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www www www www www.abto.org.br .abto.org.br .abto.org.br .abto.org.br .abto.org.br [email protected] [email protected] [email protected] [email protected] [email protected] Revisão: Dra. Maria C Revisão: Dra. Maria C Revisão: Dra. Maria C Revisão: Dra. Maria C Revisão: Dra. Maria Cristina Ribeiro de C ristina Ribeiro de C ristina Ribeiro de C ristina Ribeiro de C ristina Ribeiro de Castro astro astro astro astro Médica Nefrologista da Unidade de T Médica Nefrologista da Unidade de T Médica Nefrologista da Unidade de T Médica Nefrologista da Unidade de T Médica Nefrologista da Unidade de Transplante ransplante ransplante ransplante ransplante Renal do Hospital das Clínicas da F Renal do Hospital das Clínicas da F Renal do Hospital das Clínicas da F Renal do Hospital das Clínicas da F Renal do Hospital das Clínicas da Faculdade de aculdade de aculdade de aculdade de aculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Medicina da Universidade de São Paulo. Medicina da Universidade de São Paulo. Medicina da Universidade de São Paulo. Medicina da Universidade de São Paulo. PERÍODO PÓS-TRANSPLANTE PERÍODO PÓS-TRANSPLANTE

PERÍODO PÓS-TRANSPLANTE

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Revisão: Dra. Maria CRevisão: Dra. Maria CRevisão: Dra. Maria CRevisão: Dra. Maria CRevisão: Dra. Maria Cristina Ribeiro de Cristina Ribeiro de Cristina Ribeiro de Cristina Ribeiro de Cristina Ribeiro de CastroastroastroastroastroMédica Nefrologista da Unidade de TMédica Nefrologista da Unidade de TMédica Nefrologista da Unidade de TMédica Nefrologista da Unidade de TMédica Nefrologista da Unidade de TransplanteransplanteransplanteransplanteransplanteRenal do Hospital das Clínicas da FRenal do Hospital das Clínicas da FRenal do Hospital das Clínicas da FRenal do Hospital das Clínicas da FRenal do Hospital das Clínicas da Faculdade deaculdade deaculdade deaculdade deaculdade de

Medicina da Universidade de São Paulo.Medicina da Universidade de São Paulo.Medicina da Universidade de São Paulo.Medicina da Universidade de São Paulo.Medicina da Universidade de São Paulo.

PERÍODO PÓS-TRANSPLANTEPERÍODO PÓS-TRANSPLANTE

Manual de Transplante Renal foi produzido e editado pelo Grupo Lopso de Comunicação Ltda. com apoioinstitucional de Novartis Biociências. Diretora Geral Ana Maria Sodré Diretora Administrativa FernandaSodré Autoria Helga Bergold Assessoria Médica Dr. René Gross Criação e Diagramação André

Teixeira, Hudson Calasans, Iuri P. Augusto, Meire Vaccari Depto. Comercial Cristiana Domingos Produção Tatiana PerriRevisão Científica Dra. Maria Cristina R. de Castro Revisão Ortográfica Isabel Gonzaga Tiragem 5.000 exemplares.Calçada das Palmas, 20, 2º andar – C. C. Alphaville. CEP 06453-000. Barueri - SP Fone: (11) 6014-5400 Fax: (11) 6014-5420

O conteúdo desta publicação é de responsabilidade do Grupo Lopso de Comunicação.

SumárioA recuperação imediata no pós-transplante ......................................................... 4Cuidados durante a recuperação hospitalar .......................................................... 6Alta hospitalar ....................................................................................................... 6Medicamentos .................................................................................................... 10Complicações ...................................................................................................... 12Rejeição ................................................................................................................ 12Tipos de rejeição .................................................................................................. 13Infecção ............................................................................................................... 13Complicações cirúrgicas ...................................................................................... 15Casos de urgência ................................................................................................ 15Qualidade de vida no pós-transplante ................................................................. 17A vida no pós-transplante .................................................................................... 17Recomendações que devem ser seguidas em casa ............................................. 18No trabalho ......................................................................................................... 19Cuidados gerais .................................................................................................. 20Orientação alimentar .......................................................................................... 22Acompanhamento psicológico ........................................................................... 24Perguntas mais freqüentes (FAQ) ....................................................................... 25Referências Bibliográficas ................................................................................... 30

Esse material destina-se a orientação de pacientes renais crônicos e transplantados renais.

Objetiva esclarecer as dúvidas básicas que ocorrem no período pós-transplante renal.

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A recuperação imediatano pós-transplante

Após a realização da cirurgia, inicia-se o período derecuperação imediata do transplante renal, que geral-mente leva de cinco a sete dias. Nessa primeira fase, opaciente pode necessitar passar um ou dois dias naUnidade de Terapia Intensiva (UTI), ou na unidade semi-intensiva do hospital, embora isso não seja necessáriona maioria das vezes. A seguir, o paciente é encaminha-do ao setor de internação geral, onde pode ficar poruma semana ou mais, quando então recebe a alta hos-pitalar e é encaminhado para acompanhamentoambulatorial.

No pós-operatório imediato, o paciente dispõe demédico e pessoal de enfermagem disponíveis nas 24horas do dia. Nessa fase o paciente deve pedir todos osesclarecimentos que necessita, inclusive sobre os pro-

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cedimentos que estão sendo nele realizados. O pacien-te será avaliado através de aparelhos apropriados: seuestado clínico observado, exames laboratoriais realiza-dos e suas funções vitais controladas.

r RespiraçãoRespiraçãoRespiraçãoRespiraçãoRespiração::::: em alguns casos raros pode ser neces-sária a manutenção da respiração por aparelho após acirurgia do transplante, mas de maneira geral, o pacien-te já chega à unidade respirando espontaneamente, semajuda de aparelhos.

r AlimentaçãoAlimentaçãoAlimentaçãoAlimentaçãoAlimentação::::: após um período de 8 a 12 horas dejejum, se houver condições clínicas, o paciente já podese alimentar com dietas leves.

r MedicamentosMedicamentosMedicamentosMedicamentosMedicamentos::::: administração intravenosa de soros,além de medicações para evitar dor, infecções e rejei-ção serão administradas inicialmente pela veia e de-pois por via oral.

r DrenagemDrenagemDrenagemDrenagemDrenagem::::: eventualmente haverá a colocação de umdreno (pequeno tubo) no corte cirúrgico a fim de elimi-nar sangue e líquidos acumulados.

r Sonda vesicalSonda vesicalSonda vesicalSonda vesicalSonda vesical::::: será inserida durante a cirurgia como objetivo de facilitar a eliminação da urina. A quantida-de de urina eliminada será computada diariamente. Asonda vesical é retirada na maioria dos serviços entre o5º e o 7º dia, mas pode ser necessária a sua manuten-ção por mais tempo.

Os sinais de alarme para infecção pós-operatória sãofebre (acima de 380C), inchaço, calor, vermelhidão (ru-bor) no local operado, ardência ao urinar, tosse, difi-culdade para respirar e diarréia.

Manual de Transplante Renal6

Cuidados durante arecuperação hospitalar

Após a cirurgia, iniciam-se os cuidados médicos quevão durar por toda a vida do transplantado. Examesclínicos, laboratoriais e de imagens são feitos de acor-do com o protocolo de cada serviço e segundo a neces-sidade de cada caso. Ocorrerão também visitas diáriasde médicos, cirurgiões, enfermeiros, nutricionistas e,se necessário, fisioterapeutas.

Alta hospitalarr A alta ocorre em geral após uma semana de cirurgia,mas vai depender da recuperação de cada paciente.

r A enfermeira dará orientações importantes quantoao acompanhamento ambulatorial, indicando cuidadosespecíficos, em relação à medicação prescrita, exameslaboratoriais, datas de retorno em consulta etc. Para osucesso do transplante, é necessário que todas essasorientações sejam rigorosamente cumpridas.

r A retirada de pontos ocorre entre 7 e 10 dias apósa cirurgia.Pó

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Após a alta, o transplantado faz exames clínicos elaboratoriais semanalmente, durante os primeiros 30dias, e depois disso duas vezes por mês. Os três pri-meiros meses são os mais difíceis e perigosos, porqueé quando ocorre o maior número de rejeições e de com-plicações infecciosas. A partir do terceiro mês, iniciam-se os exames mensais por um período de seis meses. Eassim o controle vai se espaçando, conforme a evolu-ção clínica do paciente, a rotina do serviço e a situaçãodo enxerto renal.

Após o transplante renal, os pacientes precisam es-tar cientes dos enormes riscos de perda do transplantee de complicações, decorrentes do uso insuficiente,inadequado ou não supervisionado dos medicamen-tos imunossupressores, mesmo após muitos anos detransplante. Por causa desses riscos são realizados exa-mes e consultas por toda a vida. Nenhuma alteração demedicação ou introdução de novos medicamentos deveser feita sem autorização médica.

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Alguns sinais clínicos podem ser acompanhados pelopróprio paciente em casa após a alta:

r FFFFFreqüência cardíacareqüência cardíacareqüência cardíacareqüência cardíacareqüência cardíaca::::: com dois dedos da mão di-reita ou esquerda (indicador e dedo médio), localizar aartéria pulsando, junto à parte interna do punho, dolado do polegar. Quando sentir a artéria (pulsação) deve-se iniciar a contagem dos batimentos durante o perío-do de um minuto. O normal para o adulto é de 60 a 80batimentos por minuto. É importante verificar a fre-qüência cardíaca algumas vezes antes e depois de al-guma atividade de maior esforço, e anotar os dadospara levar ao médico nas próximas consultas;

r FFFFFreqüência respiratóriareqüência respiratóriareqüência respiratóriareqüência respiratóriareqüência respiratória::::: verificar a freqüência res-piratória colocando a mão sobre o tórax. Respirar nor-malmente. Cada vez que inspirar (puxar o ar para den-tro do pulmão) contar como uma vez. Isto deverá serfeito também durante um minuto (no adulto, em geral,os valores normais variam de 16 a 20 vezes por minu-Pó

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to). Também é importante fazer isto algumas vezes,anotar os dados para levar nas próximas consultas;

r TTTTTemperaturaemperaturaemperaturaemperaturaemperatura::::: normalmente ela poderá ser observa-da pela manhã e à tarde, nos primeiros meses após otransplante. Verificar sempre que sentir alteração datemperatura corporal (muito calor ou calafrios) e ano-tar sempre estes dados. Se a temperatura permanecerpor várias horas acima de 37,50C, avisar o médico ouenfermeiro da equipe. Jamais tomar qualquer medi-Jamais tomar qualquer medi-Jamais tomar qualquer medi-Jamais tomar qualquer medi-Jamais tomar qualquer medi-camento antes de contatar com o médico;camento antes de contatar com o médico;camento antes de contatar com o médico;camento antes de contatar com o médico;camento antes de contatar com o médico;

r Dieta e pesoDieta e pesoDieta e pesoDieta e pesoDieta e peso: : : : : verificar o peso três vezes por sema-na, dando preferência ao horário da manhã. Um au-mento superior a um quilo por dia indicará, provavel-mente, acúmulo de líquidos. É preciso evitar o aumen-to excessivo de peso e a ingestão exagerada de sal e deaçúcar após o transplante.

Manual de Transplante Renal10

MedicamentosAo tomar corretamente os medicamentos o transplan-tado estará construindo o pilar básico do sucesso doseu transplante. Portanto é importante:

r Tomar as medicações rigorosamente como fo-ram prescritas (quantidade e horários). Verifi-car a dose, a hora e os dias em que devem sertomados. Não deixar de tomar nenhuma dasdoses sem ordem do médico da equipe de trans-plante;

r Caso haja esquecimento, tomar logo que lembrar, seainda estiver no mesmo dia. Nunca tomar a dose emdobro. Ao errar a dose, anotar o fato e comentar como médico na próxima consulta;Pó

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r Jamais tomar qualquer medicação que não tenha sidoprescrita;

r Levar sempre consigo a sua última receita;

r Manter sempre as medicações em suas embalagensoriginais;

r Aprender os nomes dos medicamentos e saber paraque eles servem;

r Ter sempre pelo menos uma caixa de reserva de cadamedicamento;

r Guardar a medicação de maneira ordenada, limpa eseca, protegida da luz, do calor e da umidade;

r Não guardar os frascos ou caixas vazias ou com pra-zo de validade vencido;

r Não trocar os medicamentos de caixa e tampoucojuntá-los com outros;

r Caso surjam efeitos imprevistos como vômitos, urti-cária, dor de cabeça, dor de estômago, anotá-os einformar imediatamente o médico.

Manual de Transplante Renal12

Complicações

RejeiçãoUm dos principais problemas após o transplante é a

rejeição. O sistema imunológico protege o organismode infecções e de tudo que lhe for estranho. As célulasdeste sistema percorrem cada parte do corpo procu-rando e conferindo se existe algo diferente do que elasestão acostumadas a encontrar. Estas células identifi-cam o órgão transplantado como sendo algo diferentedo resto do corpo e ameaçam destruí-lo.

Para evitar a rejeição é necessário usar a medicaçãoimunossupressora por toda a vida. É ela que ajudará a“confundir” o sistema imunológico para que este nãorejeite o órgão transplantado. Nos primeiros dias apóso transplante as doses são maiores, depois vão sendodiminuídas pouco a pouco. Mesmo tomando esta me-dicação é possível ocorrer uma rejeição aguda. Masisto não significa que o paciente vai perder o transplan-te, pois existem tratamentos anti-rejeição.Pó

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Tipos de rejeição

Rejeição hiperaguda: Rejeição hiperaguda: Rejeição hiperaguda: Rejeição hiperaguda: Rejeição hiperaguda: ocorre nas primeiras 24 horasdo pós-transplante, ou até mesmo durante a cirurgia. Équando o receptor apresenta anticorpos dirigidos con-tra o rim transplantado antes mesmo do transplante,causando a perda rápida e irreversível do órgão;

Rejeição aguda:Rejeição aguda:Rejeição aguda:Rejeição aguda:Rejeição aguda: ocorre a partir do 3º dia após otransplante, podendo acontecer a qualquer momen-to no curso do pós-transplante, sendo mais comumnos três primeiros meses. É o tipo mais comum derejeição precoce, e a única para a qual existe trata-mento efetivo;

Rejeição crônica:Rejeição crônica:Rejeição crônica:Rejeição crônica:Rejeição crônica: ocorre ao longo da evolução dotransplante, levando à perda funcional lenta e pro-gressiva do rim transplantado. A presença de prote-ínas na urina é um indicador desta situação, sendoseguida por um aumento da creatinina do sangue.Há maior chance de ocorrer nos transplantes feitos apartir de doadores mortos, de doadores vivos nãorelacionados e em pacientes que apresentam episó-dios de rejeição aguda.

InfecçãoO uso de medicamentos imunossupressores torna

o receptor mais suscetível ao aparecimento de infec-ções. Estes quadros infecciosos podem ser de ori-gem bacteriana, viral, fúngica (micoses) ou de outrosmicroorganismos menos freqüentes.

Para prevenir as infecções utilizam-se antibióticosde amplo espectro (por via endovenosa ou oral), ime-diatamente antes e depois da cirurgia e pelo tempoque for necessário. Pó

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O período pós-transplante, em relação às infecções,é dividido em três fases:

r Até seis semanas após o transplanteAté seis semanas após o transplanteAté seis semanas após o transplanteAté seis semanas após o transplanteAté seis semanas após o transplante, quando asinfecções são, na sua maioria, secundárias ao procedi-mento cirúrgico. A ferida operatória e o trato urináriosão locais mais freqüentes de infecção;

r De 6 semanas a 6 mesesDe 6 semanas a 6 mesesDe 6 semanas a 6 mesesDe 6 semanas a 6 mesesDe 6 semanas a 6 meses, quando há predomíniodas infecções oportunistas. É durante este período queo risco de desenvolver tuberculose e infecção porcitomegalovírus (CMV) é mais elevado;

r A partir dos seis meses após o transplanteA partir dos seis meses após o transplanteA partir dos seis meses após o transplanteA partir dos seis meses após o transplanteA partir dos seis meses após o transplante, quan-do podem ocorrer infecções semelhantes à populaçãoem geral além de infecções oportunistas. É importantesalientar que os quadros infecciosos em pacientestransplantados podem ter caráter mais grave e apre-sentações atípicas, ou seja, diferente dos pacientes quenão fazem uso de imunossupressores.

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Portanto, a ocorrência de febre ou qualquer outrosintoma que surgira presença de infecção (mal-estar,dor, calor, rubor) sempre deve ser investigada. Pode sernecessária a internação para realização de exames etratamento adequado deste quadro.

Complicações cirúrgicasTodo paciente transplantado está sujeito a passar por

algumas complicações que podem levar à internação.

As principais são:r VVVVVascularesascularesascularesascularesasculares::::: Trombose de artéria renal, trombose de

veia renal, linfocele (coleções de linfa próximas aoórgão transplantado);

r UrológicasUrológicasUrológicasUrológicasUrológicas::::: Fístula urinária, obstrução urinária;r OutrasOutrasOutrasOutrasOutras::::: Hematoma de loja renal, ruptura renal, rup-

tura de anastomose arterial.

Casos de urgênciaApós a cirurgia é preciso prestar atenção a qualquer

sinal que seja sinônimo de rejeição do novo órgão.

Dentre os sinais ou sintomas, citam-se:• Dor ou inchaço no local da cirurgia• Temperatura acima de 37,50C• Diminuição da quantidade de urina• Ganho grande de peso em pouco tempo• Inchaço (edema) de pálpebras, mãos ou pés• Dor ao urinar• Urina sanguinolenta ou com cheiro fétido• Aumento na pressão sangüínea com a mínima

maior que 100 mmHg• Tosse ou falta de ar• Perda da sensação de bem-estar Pó

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Se o paciente apresentar um desses sintomas devecomunicar imediatamente o fato ao médico ou à equi-pe de transplante. Caberá ao transplantador avaliar seestá acontecendo ou não um processo de rejeição. Arealização de uma biópsia do rim transplantado podeser necessária para confirmar ou afastar o diagnósticode rejeição ou para avaliar o resultado do tratamentoinstituído. A biópsia é em geral realizada com anestesialocal e requer algumas horas de permanência no hospi-tal com repouso absoluto.

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Qualidade de vidano pós-transplante

A vida no pós-transplanteQualidade de vida é mais do que uma boa saúde

física ou mental. É estar de bem com você mesmo,com a vida, ter hábitos saudáveis, cuidados com o cor-po e mente, conviver bem com familiares, ser amigo,sentir-se pleno e desfrutar ao máximo da existência,enfim, estar em equilíbrio.

Após o transplante, apesar das recomendações e exi-gências médicas, o transplantado pode levar uma vidanormal. A cada mês que passa, diminuem as restriçõese os cuidados são menores, possibilitando um conví-vio social pleno e saudável. Q

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Recomendações que devemser seguidas em casa:

r Para evitar infecções, alguns médicos vão orientar ouso de máscaras de proteção nos primeiros dias;

r Restringir, no início, as visitas de parentes e amigos;

r Manter-se afastado do contato com pessoasportadoras de enfermidades contagiosas ou deanimais;

r Conservar a casa sempre limpa e arejada, especial-mente os banheiros;

r Lavar as mãos com água e sabonete antes e depoisde usar o banheiro, comer ou chegar em casa;

r Seguir estritamente a dieta indicada para o seu casoe não consumir alimentos preparados em lugaresdesconhecidos;

r Verificar o controle dos sinais vitais (pressão arterial,pulso e temperatura, conforme já mencionado ante-riormente), bem como o peso, anotando diariamen-te para conhecimento do médico. Havendo altera-ção, comunicá-lo imediatamente;

r Fazer um diário dos líquidos ingeridos e da urinaeliminada, pois é de vital importância para controleda evolução do transplante;

r Realizar exercícios (caminhada e bicicleta de prefe-rência), sem exceder o recomendado;Q

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r Utilizar sempre um protetor solar de alto fator aosair de casa; assim como bonés, chapéus e roupasque protejam do sol;

r Não suspender, sob hipótese alguma, a medicaçãoimunossupressora;

r Jamais se automedicar;

r Qualquer sinal ou sintoma diferente do habitual deveser avisado imediatamente ao médico;

r Seguir o tratamento odontológico recomendado pelomédico.

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No trabalho

O médico indicará ao paciente quando poderáretornar ao trabalho e às outras atividades cotidianas.Esta integração será gradativa. O tempo de licença dotrabalho poderá ser longo, mas de maneira geral todosos transplantados podem voltar a trabalhar.

Manual de Transplante Renal20

Cuidados gerais

r Cartão de identificação:Cartão de identificação:Cartão de identificação:Cartão de identificação:Cartão de identificação: ter sempre à mão o cartãofornecido pelo hospital indicando: sua condição detransplantado, as medicações que está tomando; osnomes e telefones dos membros da equipe que partici-param do transplante para contatá-los a qualquer mo-mento, numa emergência ou urgência;

r VVVVVacinações:acinações:acinações:acinações:acinações: é preciso mantê-las em dia, mas antes detomar qualquer tipo de vacina, deve consultar o médico;

r Atividade sexual:Atividade sexual:Atividade sexual:Atividade sexual:Atividade sexual: após seis a oito semanas de trans-plante, é permitido o retorno à atividade sexual, no en-tanto, é fundamental discutir com seu médico qual seráo método anticoncepcional a ser usado. As gestaçõesnão são aconselhadas no primeiro ano de transplante;

r Dentista: Dentista: Dentista: Dentista: Dentista: caso seja necessária a realização de umtratamento dentário, com risco de infecção, deve avisaro médico, pois provavelmente será administrado umantibiótico por determinado período (o uso deantiinflamatórios deve ser evitado);

r Exposição ao Sol e calor: Exposição ao Sol e calor: Exposição ao Sol e calor: Exposição ao Sol e calor: Exposição ao Sol e calor: evitar o Sol forte, usar chapéue protetor solar, pois com o uso dos imunossupressores hámaior risco de desenvolver câncer de pele;

r Ambientes fechados:Ambientes fechados:Ambientes fechados:Ambientes fechados:Ambientes fechados: evitar locais fechados e comaglomeração de pessoas, em especial nas épocas desurtos de gripe, pneumonia, etc.;

r FFFFFumo, álcool e demais drogas: umo, álcool e demais drogas: umo, álcool e demais drogas: umo, álcool e demais drogas: umo, álcool e demais drogas: são hábitos prejudi-ciais à saúde e devem ser intensamentedesaconselhados após o transplante;Q

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r Esforços físicos: Esforços físicos: Esforços físicos: Esforços físicos: Esforços físicos: nos primeiros meses deve-se evitargrandes esforços físicos abdominais, como por exem-plo, levantar-se e deitar-se na cama bruscamente. Deve-se virar sempre para o lado contrário ao operado, flexionarum pouco os joelhos e inclinar o corpo para sair da cama,deixando as pernas caírem para fora da mesma. Sempreque necessário, pedir ajuda nestes momentos;

r Atividade física:Atividade física:Atividade física:Atividade física:Atividade física: os exercícios físicos são importantespara recuperar a força física. Porém, é importante a orien-tação médica ou do fisioterapeuta sobre o programa deexercícios mais recomendados para cada paciente.

A cicatrização total da ferida cirúrgica ocorre em seisa oito semanas. Portanto, durante este período deve-se evitar:• Levantar objetos muito pesados;• Empurrar ou puxar objetos grandes ou de muito peso;• Realizar atividades que produzam ou aumentem a

dor no local da cirurgia.

Depois deste período, os exercícios físicos podemser intensificados, mas as seguintes restrições devemser observadas:• Esportes violentos e/ou traumáticos, que possam

provocar choque na região abdominal (futebol,handebol, jiu-jitsu, karatê);

• Exercícios físicos durante episódios de rejeição;• Atividades sexuais com posições ou situações que

provoquem dor.

Caminhadas, andar de bicicleta e nadar em piscinas lim-pas são excelentes exercícios, após este período. Também épermitido dirigir e nadar no mar. É importante suspenderqualquer atividade física se houver cansaço ou falta de ar. Q

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Orientação alimentar

A dieta para pacientes transplantados é menos rigo-rosa do que aquela que se indica para pacientes emdiálise. A dieta será definida conforme os medicamen-tos e resultados do acompanhamento médico.

Seguir uma dieta adequada e individualizada é muitoimportante para manter a saúde de qualquer pessoa.

Algumas precauções precisam ser tomadas:

r Organizar a dieta de forma mais equilibrada possí-vel, dando preferência à alimentação vegetariana erica em fibras;

r Moderar a ingestão de alimentos para não ganharpeso em excesso;

r Não restringir líquidos (água e sucos naturais, depreferência) se não houver contra-indicação;

r Acrescentar pouco sal aos alimentos (ou mesmoeliminá-lo se a pressão arterial estiver elevada).Existem outros tipos de condimentos comoorégano, tomilho, pimenta, limão e vinagre, queajudam a dar sabor;

r Evitar os temperos prontos, alimentos enlatados,alimentos em conserva e aperitivos em geral, poiseles contêm muito sal;

r Ingerir pouco açúcar, uma vez que o uso deimunossupressores tem a tendência de elevar aglicose do sangue;Q

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r Elaborar uma dieta pobre em gorduras, já que tam-bém existe uma tendência para o aumento docolesterol e dos triglicérides do sangue;

r Diminuir o consumo das carnes vermelhas e ingerirmais carnes brancas (frango e peixe);

r Beber leite desnatado;

r Lavar bem os alimentos antes de cozinhá-los;

r Ingerir verduras e hortaliças, pois contêm vitami-nas e minerais além de um alto teor de fibras;

r Lavar verduras com 20 gotas de hipoclorito de sódio(água sanitária) em dois litros de água, deixandorepousar por 10 minutos;

r Ingerir cereais (integrais de preferência) como tri-go, aveia e arroz;

r Ingerir menos proteínas, pois alguns medicamen-tos levam a um maior acúmulo de resíduos em suacirculação sangüínea;

r Fazer uso de frutas quando possível, mas sempre la-vando antes com água e hipoclorito de sódio, de modoidêntico às verduras. Não ingerir este tipo de alimen-tos fora de casa, porque não se sabe como foram lava-das e podem transmitir alguma contaminação;

r Jamais comer alimentos crus (carnes, peixes, em-butidos, mariscos ovos). Maionese só industriali-zada, não ingerir a elaborada manualmente, mes-mo que seja feita em casa; Q

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r Cozinhar a comida pouco antes de ingerir e nuncareaquecer os alimentos;

r Guardar os alimentos em geladeira apenas por umperíodo de 24 horas;

r As bebidas, enquanto fechadas, mantêm-se esté-reis (em frascos de plástico ou vidro); uma vez aber-tas, conservam-se bem apenas 4 horas em tempe-ratura ambiente ou por 24 horas na geladeira. Omesmo se aplica aos enlatados;

r Ao comer em restaurantes não esquecer de verificara procedência dos alimentos e certificar-se que este-jam frescos e sejam de boa qualidade.

Acompanhamento psicológicoTodo paciente com doença crônica pode se sentir

atemorizado ou desencorajado quando pensa no futu-ro. Pode até sentir-se deprimido. Esses sentimentossão normais e fazem parte do processo de aceitação dadoença e do tratamento. Conhecer a doença, aceitá-la eaprender a lidar com ela só lhe fará bem e facilitará oseu tratamento.

Exercícios de relaxamento também ajudam a dimi-nuir o estresse, a ansiedade e os medos, que são bas-tante comuns em doentes crônicos. As atividades físi-cas regulares mantém a mente ocupada e melhoram oseu condicionamento e o aspecto físico.

O primeiro passo para vencer estes momentos é teruma atitude positiva. Conversar com familiares, ami-gos e trocar experiências com outros pacientes podeser muito benéfico. A ajuda de um profissional especi-alizado é sempre importante neste período.Q

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Perguntas mais freqüentes (FAQ)

O que significa rejeição?Rejeição é o termo usado para descrever a reação docorpo ao novo rim. Algum grau de rejeição é esperado;alguns pacientes apresentarão rejeição durante a pri-meira ou segunda semana após o transplante. Existemvárias maneiras de tratar a rejeição e na maioria dasvezes ela é solucionada.

Como saber se está havendo rejeição?O nefrologista faz a avaliação da existência ou não doprocesso de rejeição. Porém, alguns sinais e sintomasdevem ser observados:• Dor ou inchaço sob o rim transplantado;• Febre acima de 37 graus;• Diminuição da urina;• Rápido e grande ganho de peso;• Inchaço de pálpebras, mãos e pés;• Dor ao urinar;• Urina fétida ou sanguinolenta;

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• Aumento na pressão sangüínea com uma pressãomínima maior do que 10;

• Tosse ou falta de ar;• Perda da sensação de bem-estar.

Há necessidade de restrição de líquidosapós o tratamento?A maioria dos pacientes é capaz de beber tanto líquidoquanto quiser após o transplante. No entanto, se a pres-são sanguínea estiver elevada e houver retenção de lí-quido (edema), o paciente poderá ser orientado a res-tringir a ingestão de líquidos e de sal.

Há necessidade de restrição de alimentosapós o transplante?Como cada indivíduo é único, as recomendaçõesnutricionais podem variar. No entanto, há restriçõesdietéticas, sendo freqüentemente temporárias. Muitasdelas estão relacionadas aos medicamentos e resulta-dos dos exames mais recentes.

É possível levar uma vida normal com umrim apenas?Algumas pessoas nascem com apenas um rim e nuncaficam sabendo disso, exceto se fizerem algum exameocasional e descobrirem este fato. Um rim faz o traba-lho de dois e a vida da pessoa será normal tanto nassuas atividades pessoais como profissionais.

Por que é necessário tomar medicamentosespeciais depois do transplante?O organismo tem um sistema muito complexo (siste-ma imunológico) que reage contra órgãos estranhos.Como o rim transplantado é reconhecido como “estra-Pe

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nho”, o organismo reagirá contra ele e tentará destruí-lo, a menos que seja dada uma medicação para dimi-nuir essa reação. Tais medicamentos são chamados demedicamentos imunossupressores.

O uso de medicamentos imunossupressoresserá necessário para sempre?Sim, nas primeiras semanas em doses mais altas, de-pois, ao longo do tempo, a dose de cada medicamentovai diminuir, porém sempre haverá necessidade detomá-los, do contrário o rim transplantado poderá serrejeitado pelo organismo, necessitando de retorno àdiálise.

É mais fácil para uma paciente transplantadaengravidar do que para uma paciente emdiálise?Sim. A maioria das mulheres retoma normalmente ociclo menstrual após o transplante e passa a ter umasaúde melhor do que a paciente em diálise. Por isso, émais fácil engravidar. No entanto, a gravidez não é re-comendada antes que se complete um ano da realiza-ção do transplante, mesmo se o rim estiver funcionan-do bem.

Os medicamentos tomados pelas pacientestransplantadas podem afetar a gravidez?Logo após o transplante, as pacientes recebem altasdoses desses medicamentos, porém as doses de ma-nutenção não causam em geral efeitos negativos nodesenvolvimento do bebê. Contudo, para muitas no-vas drogas, esses efeitos ainda são desconhecidos. Odesejo e a possibilidade de gravidez devem ser semprediscutidos com o médico transplantador. Pe

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Quais métodos anticoncepcionais sãorecomendados para pacientes renais?Pacientes transplantadas devem evitar o DIU (dispo-sitivo intra-uterino), pois os medicamentos anti-rejei-ção baixam a defesa do organismo, tornando-as maispropensas a contrair uma infecção. Os anticoncepci-onais hormonais também nem sempre são aconse-lhados, pelos seus efeitos colaterais.O diafragma e a camisinha são bons métodos anti-concepcionais nestes casos, especialmente quando usa-dos com cremes espermicidas. É necessário discutir comseu médico a melhor anticoncepção para o seu caso.

A doença renal pode afetar o desenvolvimentosexual de uma criança?Depende da idade da criança. Crianças que fazem diáliseprovavelmente crescerão menos e se desenvolverãomais lentamente do que uma criança transplantada esem dúvida seu desenvolvimento sexual é mais lentodo que o das demais crianças da mesma idade. Estefato também é verdade para os adolescentes. Nessescasos, os pais devem conversar abertamente com seusfilhos sobre as alterações físicas, emocionais e sexuaisque acontecem neste período, aliando à enfermidadede que estão acometidos, além de levar essas preocu-pações ao médico que orientará cada caso.

O que muda na vida do portador de doençarenal crônica após o transplante renal?O transplante significa retornar a um estado de saúdenormal, aproveitar o relacionamento com amigos e fa-miliares e se sentir útil. A doença renal pode ter afetado aautoconfiança, tornando difícil para o paciente pensarem voltar às atividades que fazia antes. Com a ajuda dePe

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sua família, amigos e acompanhamento psicológico, eledesfrutará de uma vida com muito mais qualidade.

A quem o paciente pode pedir ajuda, caso sesinta discriminado?As cidades com maior número de habitantes possu-em Promotoria na Área de Saúde. Os pacientes de-vem procurar esse serviço se houver algum tipo dediscriminação. Caso não haja essa promotoria, o pa-ciente deverá procurar a Procuradoria da região emque reside.

É necessário fazer um exame físico ao entrarnuma empresa?Com certeza. Essa é uma obrigação trabalhista da em-presa, tanto para se proteger de problemas futuros(processos trabalhistas), como para proteger o pró-prio trabalhador de problemas causados durante oexercício profissional.

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