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LETRAS ESPANHOL

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Montes Claros/MG - 2014

Islei Gonçalves RabeloMaria Cristina Freire Barbosa

Maria das Graças Mota Mourão

2ª edição atualizada por

Islei Gonçalves Rabelo

Estrutura eFuncionamento do

Ensino Fundamental eMédio

2ª EDIÇÃO

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Copyright ©: Universidade Estadual de Montes Claros

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MONTES CLAROS - UNIMONTES

2015

Proibida a reprodução total ou parcial. Os infratores serão processados na forma da lei.

EDITORA UNIMONTESCampus Universitário Professor Darcy Ribeiro, s/n - Vila Mauricéia - Montes Claros (MG) - Caixa Postal: 126 - CEP: 39.401-089

Correio eletrônico: [email protected] - Telefone: (38) 3229-8214

Catalogação: Biblioteca Central Professor Antônio Jorge - UnimontesFicha Catalográfica:

REITOR

João dos Reis Canela

VICE-REITORAAntônio Alvimar Souza

DIRETOR DE DOCUMENTAÇÃO E INFORMAÇÕESJânio Marques Dias

EDITORA UNIMONTESConselho ConsultivoAntônio Alvimar SouzaCésar Henrique de Queiroz PortoDuarte Nuno Pessoa VieiraFernando Lolas StepkeFernando Verdú Pascoal

Hercílio Mertelli JúniorHumberto GuidoJosé Geraldo de Freitas DrumondLuis JobimMaisa Tavares de Souza LeiteManuel SarmentoMaria Geralda AlmeidaRita de Cássia Silva DionísioSílvio Fernando Guimarães CarvalhoSiomara Aparecida Silva

CONSELHO EDITORIALÂngela Cristina BorgesArlete Ribeiro NepomucenoBetânia Maria Araújo PassosCarmen Alberta Katayama de Gasperazzo

César Henrique de Queiroz Porto

Cláudia Regina Santos de AlmeidaFernando Guilherme Veloso QueirozLuciana Mendes OliveiraMaria Ângela Lopes Dumont MacedoMaria Aparecida Pereira QueirozMaria Nadurce da SilvaMariléia de SouzaPriscila Caires Santana AfonsoZilmar Santos Cardoso

REVISÃO DE LÍNGUA PORTUGUESACarla Roselma Athayde MoraesWaneuza Soares Eulálio

REVISÃO TÉCNICAKaren Torres C. Lafetá de AlmeidaKáthia Silva GomesViviane Margareth Chaves Pereira Reis

DESENVOLVIMENTO DE TECNOLOGIAS EDUCACIONAISAndréia Santos DiasCamilla Maria Silva RodriguesSanzio Mendonça HenriquesWendell Brito Mineiro

CONTROLE DE PRODUÇÃO DE CONTEÚDOCamila Pereira GuimarãesJoeli Teixeira AntunesMagda Lima de OliveiraZilmar Santos Cardoso

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Diretora do Centro de Ciências Biológicas da Saúde - CCBS/

UnimontesMaria das Mercês Borem Correa Machado

Diretor do Centro de Ciências Humanas - CCH/UnimontesAntônio Wagner Veloso Rocha

Diretor do Centro de Ciências Sociais Aplicadas - CCSA/UnimontesPaulo Cesar Mendes Barbosa

Chefe do Departamento de Comunicação e Letras/UnimontesMariléia de Souza

Chefe do Departamento de Educação/UnimontesMaria Cristina Freire Barbosa

Chefe do Departamento de Educação Física/UnimontesRogério Othon Teixeira Alves

Chefe do Departamento de Filosofia/UnimontesAlex Fabiano Correia Jardim

Chefe do Departamento de Geociências/UnimontesAnete Marília Pereira

Chefe do Departamento de História/UnimontesClaudia de Jesus Maia

Chefe do Departamento de Estágios e Práticas EscolaresCléa Márcia Pereira Câmara

Chefe do Departamento de Métodos e Técnicas EducacionaisHelena Murta Moraes Souto

Chefe do Departamento de Política e Ciências Sociais/UnimontesCarlos Caixeta de Queiroz

Ministro da Educação

Cid Gomes

Presidente Geral da CAPESJorge Almeida Guimarães

Diretor de Educação a Distância da CAPESJean Marc Georges Mutzig

Governador do Estado de Minas GeraisFernando Damata Pimentel

Secretário de Estado de Ciência, Tecnologia e Ensino SuperiorVicente Gamarano

Reitor da Universidade Estadual de Montes Claros - UnimontesJoão dos Reis Canela

Vice-Reitor da Universidade Estadual de Montes Claros -UnimontesAntônio Alvimar Souza

Pró-Reitor de Ensino/UnimontesJoão Felício Rodrigues Neto

Diretor do Centro de Educação a Distância/UnimontesFernando Guilherme Veloso Queiroz

Coordenadora da UAB/UnimontesMaria Ângela lopes Dumont Macedo

Coordenadora Adjunta da UAB/UnimontesBetânia Maria Araújo Passos

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Autoras

Islei Gonçalves RabeloGraduada em Pedagogia pela Universidade Estadual de Montes Claros – UNIMONTES.

Especialista em Docência do Ensino Superior também pela UNIMONTES. É professorade Ensino Superior da Universidade Estadual de Montes Claros – UNIMONTES e

integra os grupos de pesquisa GEPEDS (Grupo de Estudos e Pesquisa em Educação,Diversidade e Saúde) e GHES (Grupo de Estudos e Pesquisas em História da Educação

e Sociedade). Também atua como Supervisora Pedagógica Escolar da SecretariaMunicipal de Educação de Montes Claros/MG.

Maria Cristina Freire BarbosaDoutoranda pela Universidade Trás-os-Montes e Alto Douro - UTAD de Portugal,

mestre em Educação pelo Instituto Superior Pedagógico Enrique José Varona/ Cuba,graduada em Pedagogia pela Universidade Estadual de Montes Claros - Unimontes.

Atualmente é professora do Departamento de Educação, membro do Corpo Editorial

da Revista Educação Significante e Coordenadora da Pós-Graduação Strictu Senso daUnimontes.

Maria das Graças Mota MourãoDoutoranda pela Universidade Trás-os-Montes e Alto Douro - UTAD de Portugal,

mestre em Educação pelo Instituto Superior Pedagógico Enrique José Varona/ Cuba,graduada em Pedagogia pela Universidade Estadual de Montes Claros - Unimontes.

Atualmente é professora do Departamento de Educação, membro do CorpoEditorial da Revista Educação Significante e Coordenadora do Grupo de Pesquisas na

Educação, Diversidade e Saúde - GEPEDS da Unimontes.

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SumárioApresentação. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9

Unidade 1 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11

Organização do Sistema de Ensino Brasileiro . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11

1.1 Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11

1.2 Organização dos Sistemas de Ensino. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11

1.3 Características Gerais do Sistema Educacional . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .13

1.4 Inter-Relação do Sistema Nacional com o Sistema Estadual, Municipal e Escolar . . .15

Referências. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .16

Unidade 2 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17

Currículo do Ensino Básico na Legislação Brasileira. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .17

2.1 Introdução. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17

2.2 O Currículo na Lei de Diretrizes e Bases de Educação Nacional 9394/96 e nasDiretrizes Curriculares Nacionais - DCN . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17

R e f e r ê n c i a s . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2 0

Unidade 3 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .23Organização e Estrutura da Educação Brasileira . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23

3.1 Introdução. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23

3.2 Organização e Estrutura da Educação Brasileira . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23

3.3 Níveis de Educação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 25

3.4 Modalidade de Educação. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 31

3.5 Financiamento da Educação. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .41

R e f e r ê n c i a s . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4 3

Unidade 4 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .47

Gestão das Instituições de Ensino . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 47

4.1 Introdução. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .47

4.2 A Escola na sua Dimensão Administrativa e Pedagógica. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .47

Referências. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 56

R e s u m o . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5 9

Referências Básicas e Complementares . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .65

Atividades de Aprendizagem - AA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .71

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Letras Espanhol - Estrutura e Funcionamento do Ensino Fundamental e Médio

ApresentaçãoCaro (a) acadêmico (a),

A disciplina Estrutura e Funcionamento do Ensino Fundamental e Médio trata da legislação eorganização do sistema de ensino. Esta disciplina tem o objetivo de contextualizar a evolução doprocesso de organização e funcionamento da educação brasileira, especificamente o ensino fun-damental e médio e o momento histórico atual, de modo a possibilitar ao graduando analisar cri-ticamente e posicionar-se como agente desse processo, fundamentado na legislação educacional.

A disciplina Estrutura e Funcionamento do Ensino Fundamental e Médio está estruturadaem quatro unidades, na Unidade 1 - Organização do Sistema de Ensino Brasileiro: sentido do ter-mo, áreas de prioridades e regime de colaboração.

Na Unidade 2 - intitulada “O Currículo do Ensino Básico na Legislação Brasileira” - buscamosanalisar as disposições legais sobre o currículo escolar na LDB 93934/96 e nas DCN que precisacontar com um trabalhador pensante, criativo, pró-ativo, analítico, com habilidade para resolu-

ção de problemas e tomada de decisões, entre outras capacidades.Na Unidade 3 - intitulada “Organização e Estrutura da Educação Brasileira” - trataremos dosNíveis e Modalidades de Educação, bem como do Financiamento da Educação.

A unidade 4 - denominada “Gestão das Instituições de Ensino” está voltada para o conheci-mento da gestão das instituições de ensino regulares norteadas pelos regimentos escolares, bemcomo pelos projetos político-pedagógicos e institucionais.

Esperamos que esta disciplina possibilite amplas reflexões em relação aos temas aqui trata-dos, contribuindo para a formação de um profissional comprometido com a construção de umasociedade mais humana e justa.

As autoras

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Letras Espanhol - Estrutura e Funcionamento do Ensino Fundamental e Médio

UNIDADE 1Organização do Sistema de

Ensino BrasileiroA educação do homem começa no momento do seu nascimento; antes de falar,antes de entender, já se instrui.

Jean Jacques Rousseau

1.1 IntroduçãoNesta unidade, vamos analisar a organização dos sistemas de ensino brasileiro: sentido,

áreas de prioridades, regime de colaboração e modalidades de ensino.No decorrer do estudo sobre as modalidades de ensino, você poderá observar o caráter fle-

xível da legislação educacional vigente, considerando-se a autonomia atribuída aos sistemas deensino e às suas respectivas redes.

Pretendemos, ao final desta unidade, que você seja capaz de:• Reconhecer o sentido da expressão sistema de ensino.• Identificar as áreas prioritárias de atuação no sistema de ensino.• Definir o papel da União, do Estado e do Município na rede colaborativa.• Caracterizar as modalidades de ensino.• Compreender a flexibilidade da legislação vigente, considerando a autonomia das redes co-

laborativas.

1.2 Organização dos Sistemas deEnsino1.2.1 O Significado da Expressão Sistema de Ensino

De acordo com Saviani (2008, p.2), o “desenvolvimento da sociedade moderna correspon-de ao processo em que a educação passa do ensino individual ministrado no espaço doméstico

◄ Figura 1: Educação

Fonte: Disponívelem <http://espacoa-bertoweb.blogspot.com/2011/05/qualidade--da-educacao-no-brasil.html>. Acesso em 11 set.2011.

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UAB/Unimontes - 4º Período

por preceptores privados para o ensino coletivo ministrado em espaços públicos denominadosescolas”. Dessa forma, a educação sistematizada exige que o funcionamento dessas instituiçõesseja também sistematizado, originando os sistemas educacionais organizados pelo poder públi-co, emergindo e consolidando, a partir da segunda metade do século XIX, os Estados nacionaisacompanhados pela implantação dos sistemas nacionais de ensino nos diferentes países.

Para Saviani (2008), o alicerce do uso prolixo do conceito de sistema na educação está na

noção de que o termo sistema significa conjunto de elementos, ou seja, a reunião de diferen-tes unidades formando um todo, ocasionando a assimilação do sentido de sistema educacionalcomo conjunto de unidades escolares ou de rede de instituições de ensino.

O termo sistema significa um conjunto de atividades que se cumprem tendo em vista deter-minada finalidade. Na visão de Saviani (2008, p. 3), “sistema implica organização sob normas pró-prias (o que lhe confere um elevado grau de autonomia) e comuns, isto é, que obrigam a todosos seus integrantes”. O autor afirma que:

o deslocamento do eixo do processo produtivo do campo para a cidade e daagricultura para a indústria provocou o deslocamento do eixo do processo cultu-ral do saber espontâneo, assistemático para o saber metódico, sistemático, cien-tífico. Em conseqüência, o eixo do processo educativo também se deslocou dasformas difusas, identificadas com o próprio processo de produção da existência,para formas específicas e institucionalizadas, identificadas com a escola (SAVIA-NI, 2008, p. 7).

Abreu (1998, p. 36) entende o sistema de ensino como

um conjunto de instituições de ensino públicas ou privadas, de diferentes níveise modalidades de educação e de ensino, e de órgãos educacionais administrati-vos, normativos e de apoio técnico, elementos distintos mas interdependentes,que interagem entre si com unidade e coerência (o que não exclui contradiçõese ambigüidades), a partir de um conjunto de normas comuns elaboradas peloórgão competente, visando ao desenvolvimento do processo educativo.

No Brasil, “a organização dos sistemas de ensino sustenta-se na definição de áreas prioritá-rias de atuação e na preocupação em instituir um regime de colaboração entre os mesmos” (RA-

POSO, 2002, s/p). Assim, cabe aos Municípios atuarem prioritariamente no ensino fundamental eno ensino infantil, aos Estados e ao Distrito Federal compete atuarem no ensino fundamental emédio.

A discussão a respeito da existência de um sistema nacional, abrangendo os sistemas esta-duais, distrital e municipais, envolve estudiosos como Saviani (2008), Ranieri (2000), entre outros.Ranieri (2000, p. 123) diz que:

numa perspectiva sociológica parece-lhe inegável a existência desse sistema na-cional, mas não com um caráter de supremacia sobre os demais e sim inseridono contexto de cooperação e inter-relacionamento decorrente do federalismocooperativo, cuja expressão maior decorre da previsão constitucional do artigo214 de um plano nacional de educação.

Cabe ressaltar que o dispositivo do artigo 210 da Constituição Fede-ral, no campo da organização dos sistemas de ensino, evidencia tanto apreocupação com o papel da educação em promover a integração nacionalquanto a preservação das peculiaridades regionais, mediante previsão deconteúdos mínimos para o ensino fundamental, visando à formação básicacomum e ao respeito aos valores culturais e artísticos, nacionais e regionais.

A Constituição Federal de 1988, portanto, determina que os sistemasde ensino brasileiro sejam organizados em regime de colaboração entre aUnião, os Estados e o Distrito Federal (art. 211, § 1 a 4): à União, compete aorganização do sistema de ensino federal e dos Territórios, financiando asinstituições públicas federais e exercendo, em matéria educacional, funçãoredistributiva e supletiva, de forma a garantir a equalização de oportuni-dades educacionais e o padrão mínimo de qualidade mediante assistênciatécnica e financeira aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios.

A Constituição Federal de 1988, no seu Art. 211, modificada pelasEmendas Constitucionais n.º 14/96, 53/2006 (§ 5º) e 59/2009 (§4º), defineas competências de cada esfera governamental para com a educação. Para

Figura 2: ConstituiçãoFederal

Fonte: Disponível em<http://www.revistasau-deemdestaque.com.br/ler.php?materia=MTI=>.

Acesso em 11 set. 2011.

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Letras Espanhol - Estrutura e Funcionamento do Ensino Fundamental e Médio

isso, a União, os Estados, o Distrito federal e os municípios organizarão, em regime de colabora-ção, seus sistemas de ensino.

§ 1.º - A União organizará o sistema federal de ensino e o dos Territórios, financiará as insti-tuições de ensino públicas federais e exercerá, em matéria educacional, função redistributiva esupletiva, de forma a garantir a equalização de oportunidades educacionais e o padrão mínimode qualidade do ensino mediante assistência técnica e financeira aos Estados, ao Distrito Federal

e aos Municípios.§ 2.º - Os Municípios atuarão prioritariamente no ensino fundamental e na educação infantil.§ 3.º - Os Estados e o Distrito Federal atuarão prioritariamente no ensino fundamental e mé-

dio.§ 4.º - Na organização de seus sistemas de ensino, a união, os Estados, o Distrito Federal e os

Municípios definirão formas de colaboração, de modo a assegurar a universalização do ensinoobrigatório.

§ 5º - A educação básica pública atenderá prioritariamente ao ensino regular.

1.3 Características Gerais doSistema Educacional1.3.1 A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – 9394/96

A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei n.º 9.394/96), em seu artigo 21, divide aeducação escolar em dois grandes níveis:

I. Educação básica - formada pela educação infantil, ensino fundamental e ensino médio;II. Educação superior.

A educação básica se divide em três etapas, as finalidades de cada uma estão expressas nosartigos 22 a 26 da referida lei. O art. 22 proclama que a educação básica “tem por finalidade de-senvolver o educando, assegurar-lhe a formação comum indispensável para o exercício da cida-dania e fornecer-lhe meios para progredir no trabalho e em estudos posteriores”.

A educação infantil, etapa inicial da educação básica, tem por finalidade “o desenvolvimentointegral da criança até seis anos de idade, em seus aspectos físico, psicológico, intelectual e so-cial, complementando a ação da família e da comunidade” (art. 29). A educação infantil é ofereci-da em creches, para crianças de zero a três anos de idade, e pré-escolas, para crianças de quatroa seis anos.

DICA

Acesse o link abaixopara ler na íntegra aConstituição Federal em

relação à educação.http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/constituicao.pdf 

Figura 3: LDB 9394/96Fonte: Disponível em<http://download-seducaotc.blogspot.com/2010/07/leis-de--diretrizes-de-base-da--educacao.html>. Acessoem 10 set. 2011.

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UAB/Unimontes - 4º Período

O ensino fundamental é obrigatório e gratuito na escola pública,inclusive para os que a ele não tiveram acesso na idade própria. Deacordo com o art. 32 da LDB 9394/96, tem duração de 9 (nove) anos,inicia-se aos 6 (seis) anos de idade, terá por objetivo a formação bási-ca do cidadão, mediante:I. o desenvolvimento da capacidade de aprender, tendo como

meios básicos o pleno domínio da leitura, da escrita e do cálculo;II. a compreensão do ambiente natural e social, do sistema polí-tico, da tecnologia, das artes e dos valores em que se fundamenta asociedade;III. o desenvolvimento da capacidade de aprendizagem, tendoem vista a aquisição de conhecimentos e habilidades e a formaçãode atitudes e valores;IV. o fortalecimento dos vínculos de família, dos laços de solida-riedade humana e de tolerância recíproca em que se assenta a vidasocial.

O acesso à educação básica obrigatória é direito público subjeti-vo, podendo qualquer cidadão, grupo de cidadãos, associação comunitária, organização sindical,entidade de classe ou outra legalmente constituída e, ainda, o Ministério Público, acionar o po-der público para exigi-lo.

O ensino médio visa à consolidação e aprofundamento dos objetivos adquiridos no ensinofundamental. Tem a duração mínima de três anos, com ingresso a partir dos quinze anos de idade.

A educação superior tem como finalidades:• estimular a criação cultural e o desenvolvimento do espírito científico e do pensamento re-

flexivo;• incentivar o trabalho de pesquisa e investigação científica, visando ao desenvolvimento da

ciência e da tecnologia e da criação e difusão da cultura.

Com isso, espera-se desenvolver o entendimento do homem e do meio em que vive. A edu-cação superior abrange cursos sequenciais nos diversos campos do saber, cursos de graduação,de pós-graduação e de extensão. O acesso a esse nível de educação acontece a partir dos 18

anos, variando o número de anos de estudo de acordo com os cursos e sua complexidade.As modalidades de ensino que permeiam os níveis descritos anteriormente são:

• Educação especial: oferecida, preferencialmente, na rede regular de ensino, para educandosportadores de necessidades especiais.

• Educação de jovens e adultos: destinada àqueles que não tiveram acesso ou continuidadede estudos no ensino fundamental e médio na idade própria.

• Educação profissional e tecnológica: que, integrada às diferentes formas de educação, aotrabalho, à ciência e à tecnologia, conduz ao permanente desenvolvimento de aptidõespara a vida produtiva. É destinada ao aluno matriculado ou egresso do ensino fundamental,médio e superior, bem como ao trabalhador em geral, jovem ou adulto (art. 39).

Cabe ressaltar que as Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais para a Educação Básica (Res.

4/2010), em seu art. 27, consideram também como modalidades de ensino a Educação do Cam-po, a Educação Escolar Indígena e a Educação a distância.Ressalta-se ainda que, a partir das discussões na Conferência Nacional de Educação (CO-

NAE), em 2010, ocorrida em Brasília, foi feita a inclusão da educação escolar quilombola comomodalidade da educação básica, através do Parecer CNE/CEB 07/2010 e da Resolução CNE/CEB04/2010.

No Brasil, devido à existência de comunidades indígenas em algumas regiões, existe a ofer-ta de educação escolar bilíngue e intercultural aos povos indígenas, visando à valorização ple-na das culturas dos povos indígenas e à afirmação e manutenção de sua diversidade étnica. Deacordo com o art. 78, essa educação objetiva:

I. proporcionar aos índios, suas comunidades e povos, a recuperação de suas memórias histó-ricas; a reafirmação de suas identidades étnicas; a valorização de suas línguas e ciências;

II. garantir aos índios, suas comunidades e povos, o acesso às informações, conhecimentos téc-nicos e científicos da sociedade nacional e demais sociedades indígenas e não-índias.

Figura 4: Educação

Infantil no BrasilFonte: Disponível em

<http://mariajprn.blogspot.com/2011/09/

breve-resumo-sobre-his-toria-da-educacao.html>.

Acesso em 11 set. 2011.

DICA

Leia na íntegra asDiretrizes CurricularesNacionais Gerais para aEducação Básica, aces-

sando o site do MEC nolink abaixo:

<http://portal.mec.gov.br/index.php?option=-

com_content&view=ar-ticle&id=12992:diretri-zes-para-a-educacao--basica&catid=323:or-

gaos-vinculados>

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Letras Espanhol - Estrutura e Funcionamento do Ensino Fundamental e Médio

1.4 Inter-Relação do SistemaNacional com o Sistema Estadual,

Municipal e EscolarPara compreender essa inter-relação, devemos entender primeiramente o sentido de siste-

ma. Saviani (1999, p. 122) diz que “sistema denota um conjunto de atividades que se cumprem,tendo em vista determinada finalidade, o que implica que as referidas atividades são organiza-das segundo normas que decorrem dos valores que estão na base da finalidade preconizada”.

Dessa forma, um sistema implica a unidade na multiplicidade, considerando-se uma finali-dade comum quanto à maneira do como se busca articular tais elementos.

Assim, podemos entender que os sistemas de ensino são o conjunto de campos de compe-tências e atribuições, que visam ao desenvolvimento da educação escolar e que se concretizamem instituições, órgãos executivos e normativos, recursos e meios articulados pelo poder públicocompetente, acessíveis ao regime de colaboração e respeitadas as normas gerais vigentes.

Teoricamente cada sistema de ensino forma um conjunto articulado de competências e atri-buições. Existindo, entretanto, uma educação nacional, fundamentada em valores e finalidadescomuns, que promove a articulação entre os sistemas.

A LDB/96 prescreve que cabe à União a coordenação da política nacional de educação, arti-culando os sistemas de ensino e “[...] exercendo função normativa, redistributiva e supletiva emrelação às demais instâncias educacionais” (art. 8º, §1º), conforme discutido anteriormente. Asatribuições que conferem às normas e ações da União o estatuto de coordenação da política na-cional de educação estão listadas no artigo 9º desta Lei, entre as quais se destacam: a elaboraçãode plano nacional de educação, em colaboração com estados e municípios; a assistência técnicae financeira aos governos subnacionais, o estabelecimento de diretrizes para as etapas da Educa-ção Básica, com a colaboração dos estados e municípios e a implementação de processo nacio-nal de avaliação do rendimento escolar no ensino fundamental, médio e superior.

Na organização da educação nacional, funciona o Conselho Nacional de Educação (CNE).Esse conselho exerce funções específicas voltadas às instituições do sistema federal de ensino.Ele é, efetivamente, um conselho nacional, já que suas competências e sua área de jurisdiçãoatingem todos os sistemas de ensino, abrangendo os sistemas estaduais e municipais. O CNEexerce muitas das atribuições da União que constam na LDB. As atribuições do Conselho Nacio-nal constam na Lei 9.131/1995.

É importante ressaltar que se integrar ao sistema de ensino é ser parte deste, adotar suasnormas e regulamentações para

credenciamento e funcionamento, sem perder suas características históricas eo respeito às suas diversidades culturais; estar sujeito à supervisão, ao acompa-nhamento, ao controle e à avaliação do Sistema de Ensino. Pertencer ao SistemaEstadual, Municipal ou do Distrito Federal não é uma opção das instituições. Se

o município tiver constituído seu Sistema de Ensino todas as instituições de edu-cação infantil deverão vincular-se a ele (BRASIL, 2001).

As secretarias e conselhos têm o desafio de promover a integração das creches aos sistemasmunicipais de ensino, a fim de realizar um atendimento de qualidade às crianças brasileiras dezero a seis anos de idade.

Historicamente as instituições de educação infantil eram vistas como de amparo e assistên-cia, assim integrá-las aos sistemas municipais de ensino, conferindo-lhes um caráter educacio-nal, não tem sido uma tarefa fácil para as Prefeituras. Assumir essa integração envolve aspectosburocráticos e questões ligadas à qualidade do atendimento com diferentes implicações para omunicípio, entre os quais se destacam:

• Criação do Sistema Municipal de Ensino.• Definição de normas para o funcionamento da educação infantil.• Formação inicial e continuada dos professores e sua profissionalização.• Elaboração de Propostas Pedagógicas das instituições.• Criação de espaços físicos e a aquisição de recursos materiais para o atendimento às crian-

ças de 0 a 6 anos, entre outros (BRASIL, 2002).

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UAB/Unimontes - 4º Período

Dessa forma, faz-se necessário que, ao definir as políticas municipais, as Secretarias de Edu-cação se organizem com relação aos seguintes aspectos: à estrutura, ao orçamento, relativo àsdemandas por ampliação do atendimento e melhoria da qualidade dos serviços proporcionados,articulando a construção de uma política municipal de educação infantil.

ReferênciasABREU, M. Organização da Educação Nacional na Constituição e na LDB. Ijuí: Ed. UNIJUI,1998.

BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil . Disponível em<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/principal.htm>. Acesso em 26 abr. 2009.

BRASIL. Lei nº 9.394 de 21/12/1996. Estabelece as Diretrizes e Bases da Educação Nacional. DiárioOficial da União. Brasília-DF, 23 de dez. de 1996. v. 134, nº 248, p. 27883 – 27841.

BRASIL. Ministério da Educação. Integração das instituições de educação infantil aos sistemas deensino: um estudo de caso de cinco municípios que assumiram desafios e realizaram conquistas.Secretaria de Educação Fundamental. Brasília: MEC/SEF, 2002.

RAPOSO, Gustavo de Resende. A educação na Constituição Federal de 1988. Jus Navigandi, Te-resina, a. 10, n. 641, 10 abr. 2005. Disponível em <http://jus.com.br/revista/texto/6574>. Acessoem 6 out. 2011.

SAVIANI, Dermeval. Sistemas de ensino e planos de educação: o âmbito dos municípios. Educ.Soc. [online], v.20, n.69, 1999. p. 119-136. ISSN 0101-7330.

SAVIANI, Dermeval. Sistema Nacional de Educação: conceito, papel histórico e obstáculos parasua construção no Brasil. In: 31ª Reunião Anual da ANPEd. Caxambu, out. 2008.

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Letras Espanhol - Estrutura e Funcionamento do Ensino Fundamental e Médio

UNIDADE 2Currículo do Ensino Básico na

Legislação Brasileira

2.1 IntroduçãoNesta unidade, vamos discutir o currículo no ensino básico expresso na LDB 9394/1996 e nas

Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais para a Educação Básica (Resolução 04 do CEB/CNE/2010),

para analisarmos e compreendermos a sua trajetória no contexto da legalidade brasileira.Juntos desvelaremos as mudanças legais ocorridas no campo do currículo escolar para atuar

como um professor mais reflexivo, analítico, criativo e pró-ativo, com habilidade para resolver osproblemas postos pelas transformações dos tempos atuais.

Pretendemos, ao final desta unidade, que você seja capaz de:• Compreender o currículo nos seus aspectos legais.• Compreender a importância da legislação na definição do currículo escolar.• Determinar a sua ação educativa fundamentada na legislação vigente.

2.2 O Currículo na Lei deDiretrizes e Bases de EducaçãoNacional 9394/96 e nas DiretrizesCurriculares Nacionais - DCN2.2.1 Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional

A Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), de 1996, norteia-se para um currículo de basenacional comum para o ensino fundamental e médio. Na LDB, três artigos tratam sobre o currí-culo: o artigo 8º, mais geral, rege a organização da Educação Nacional, o artigo 9º, IV, define acompetência da União para

◄ Figura 5: EducaçãoBásica

Fonte: Disponívelem <http://cursos-pecialway.blogspot.com/2011/04/28-musica--e-um-dos-sete-novos--conteudos.html>. Acessoem 11 nov. 2011.

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Estabelecer, em colaboração com os Estados, o Distrito Federal e os Municípios,competências e diretrizes para a educação infantil, o ensino fundamental e oensino médio, que nortearão os currículos e seus conteúdos mínimos, de modoa assegurar formação básica comum.

E o art. 12 define que os estabelecimentos de ensino, respeitadas as normas comuns e as doseu sistema de ensino, terão a incumbência de:

I - elaborar e executar sua proposta pedagógica;II - administrar seu pessoal e seus recursos materiais e financeiros;III - assegurar o cumprimento dos dias letivos e horas-aulas estabelecidas;IV - velar pelo cumprimento do plano de trabalho de cada docente;V - prover meios para a recuperação dos alunos de menor rendimento;VI - articular-se com as famílias e a comunidade, criando processos de integraçãoda sociedade com a escola;VII - informar pai e mãe, conviventes ou não com seus filhos, e, se for o caso, osresponsáveis legais, sobre a frequência e rendimento dos alunos, bem como so-bre a execução da proposta pedagógica da escola;VIII – notificar ao Conselho Tutelar do Município, ao juiz competente da Comarcae ao respectivo representante do Ministério Público a relação dos alunos queapresentem quantidade de faltas acima de cinqüenta por cento do percentual

permitido em lei.

No capítulo da Educação Básica, estão outras referências mais específicas. O art. 23 orientaque esta se organize

em séries anuais, períodos semestrais, ciclos, alternância regular de períodos deestudos, grupos não-seriados, com base na idade, na competência e em outroscritérios, ou por forma diversa de organização, sempre que o interesse do proces-so de aprendizagem assim o recomendar.

O artigo 24 define as regras comuns de organização da educação básica. Já o artigo 26 ex-pressa que

Os currículos da educação infantil, do ensino fundamental e do ensino médiodevem ter base nacional comum, a ser complementada, em cada sistema deensino e em cada estabelecimento escolar, por uma parte diversificada, exigidapelas características regionais e locais da sociedade, da cultura, da economia edos educandos.

A LDB também estabelece as diretrizes que deverão orientar os “conteúdos curriculares daeducação básica”, que envolvem: valores, direitos e deveres e orientação para o trabalho.

2.2.2 Diretrizes Curriculares Nacionais - DCN

Como vimos, a educação básica está dividida em modalidades, e para cada modalidade há

uma Diretriz Curricular Nacional (DCN) para regulamentá-la.As DCN são os documentos com caráter de obrigatoriedade por força de Lei, definida na Re-solução CEB nº 2, de 7 de abril de 1998, em seu artigo 2º

As Diretrizes Curriculares Nacionais são o conjunto de definições doutrinárias so-bre princípios, fundamentos e procedimento da educação básica, expressas pelaCâmara de Educação Básica do Conselho Nacional de Educação, que orientarãoas escolas brasileiras dos sistemas de ensino na organização, articulação, desen-volvimento e avaliação de suas propostas pedagógicas .

É importante reiterar que a educação de nossas crianças e jovens é res-ponsabilidade social, ou seja, problema da sociedade como um todo e não sódas que se utilizam da escola ou nela desempenham suas funções profissio-nais. Portanto, a educação escolar, como patrimônio público, é de responsabi-lidade social, independentemente de sua forma jurídica de manutenção (MA-ZZULLI; ROSALEN, 2001, p. 1).

Para os autores, a educação, vista como estrutura socialmente determinada,

DICA

Acesse o link e leia naíntegra, a LDB 9394/96 e

suas alterações.<http://www.planalto.

gov.br/ccivil_03/leis/L9394.htm>.

Figura 6: DCN

Fonte: Disponível em<http://www.dailymotion.com/video/xksovr_peb-i--professor-de-educacao--basica-i-simulado-2011_

school>. Acesso em 11nov. 2011.

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Letras Espanhol - Estrutura e Funcionamento do Ensino Fundamental e Médio

reflete o conjunto das contradições que permeiam o contexto social. É no con-texto dessas contradições que se situa a expectativa de que a escola contribuapara a formação de pessoas capazes de analisar criticamente a realidade na qualestão inseridas e exercerem participação cidadã em seu meio (MAZZULLI; ROSA-LEN, 2001, p. 1).

As Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais para a Educação Básica (Resolução 04 do CEB/

CNE/2010), no capítulo 1, estabelecem as formas para organização curricular no art. 13, transcritoa seguir:

O currículo, assumindo como referência os princípios educacionais garantidosà educação, assegurados no artigo 4º desta Resolução, configura-se como oconjunto de valores e práticas que proporcionam a produção, a socialização designificados no espaço social e contribuem intensamente para a construção deidentidades socioculturais dos educandos.

O parágrafo 1º deste artigo explicita que o currículo deve “difundir os valores fundamentaisdo interesse social, dos direitos e deveres dos cidadãos, do respeito ao bem comum e à ordemdemocrática”, levando em consideração as condições de escolaridade dos estudantes no estabe-lecimento, “a orientação para o trabalho, a promoção de práticas educativas formais e não-for-

mais”.O 2º parágrafo diz que, na organização da proposta curricular, é preciso assegurar o entendi-

mento do currículo como experiências escolares desdobradas em torno do conhecimento, “per-meadas pelas relações sociais, articulando vivências e saberes dos estudantes com os conheci-mentos historicamente acumulados, contribuindo para construir as identidades dos educandos”.

O 3º parágrafo trata da organização do percurso formativo, que deve ser aberto e contex-tualizado. Para isso, “deve ser construída em função das peculiaridades do meio e das caracterís-ticas, interesses e necessidades dos estudantes, incluindo não só os componentes curricularescentrais obrigatórios, previstos na legislação e nas normas educacionais”, como também outros,de modo flexível e variável, de acordo com o projeto escolar, desde que assegure alguns aspec-tos que podem ser consultados e analisados a seguir:

BOX 1

Incisos do § 3º da Resolução 04 do CEB/CNE/2010

I. concepção e organização do espaço curricular e físico que se imbriquem e alarguem, in-cluindo espaços, ambientes e equipamentos [...];

II. ampliação e diversificação dos tempos e espaços curriculares que pressuponham profis-sionais da educação dispostos a inventar e construir a escola de qualidade social, comresponsabilidade compartilhada [...];

III. escolha da abordagem didático-pedagógica disciplinar, pluridisciplinar, interdisciplinarou transdisciplinar pela escola, que oriente o projeto político-pedagógico e resulte depacto estabelecido entre os profissionais da escola, conselhos escolares e comunidade,subsidiando a organização da matriz curricular, a definição de eixos temáticos e a consti-tuição de redes de aprendizagem;

IV. compreensão da matriz curricular entendida como propulsora de movimento, dinamis-mo curricular e educacional, de tal modo que os diferentes campos do conhecimentopossam se coadunar com o conjunto de atividades educativas;

V. organização da matriz curricular entendida como alternativa operacional que embase agestão do currículo escolar e represente subsídio para a gestão da escola (na organizaçãodo tempo e do espaço curricular, distribuição e controle do tempo dos trabalhos docen-tes), passo para uma gestão centrada na abordagem interdisciplinar, organizada por ei-xos temáticos, mediante interlocução entre os diferentes campos do conhecimento;

VI. entendimento de que eixos temáticos são uma forma de organizar o trabalho pedagógi-co, limitando a dispersão do conhecimento, fornecendo o cenário no qual se constroemobjetos de estudo, propiciando a concretização da proposta pedagógica centrada na vi-são interdisciplinar, superando o isolamento das pessoas e a compartimentalização de

conteúdos rígidos;

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UAB/Unimontes - 4º Período

VII. estímulo à criação de métodos didático-pedagógicos utilizando-se recursos tecnológicosde informação e comunicação, a serem inseridos no cotidiano escolar, a fim de superar adistância entre estudantes que aprendem a receber informação com rapidez utilizando alinguagem digital e professores que dela ainda não se apropriaram;

VIII. constituição de rede de aprendizagem, entendida como um conjunto de ações didático-pedagógicas, com foco na aprendizagem e no gosto de aprender, subsidiada pela cons-ciência de que o processo de comunicação entre estudantes e professores é efetivadopor meio de práticas e recursos diversos;

IX. adoção de rede de aprendizagem, também, como ferramenta didático-pedagógica rele-vante nos programas de formação inicial e continuada de profissionais da educação [...].

Fonte: Disponível em <http://portal.mec.gov.br/dmdocuments/rceb004_10.pdf>. Acesso em 14 out. 2014.

O parágrafo 4º traduz o entendimento da transversalidade “como uma forma de organizar otrabalho didático-pedagógico em que temas e eixos temáticos são integrados às disciplinas e àsáreas ditas convencionais, de forma a estarem presentes em todas elas”. Diferenciando no § 5º atransversalidade da interdisciplinaridade, afirmando que “ambas complementam-se e rejeitandoa concepção de conhecimento que toma a realidade como algo estável, pronto e acabado”.

O parágrafo 6º diz que “a transversalidade refere-se à dimensão didático-pedagógica, e a in-terdisciplinaridade, à abordagem epistemológica dos objetos de conhecimento”.

O capítulo II desta mesma resolução trata da formação básica comum e parte diversificada,que não podem se constituir em dois blocos diferentes, devendo “ser organicamente planejadase geridas de tal modo que as tecnologias de informação e comunicação perpassem transversal-mente a proposta curricular, desde a Educação Infantil até o Ensino Médio, imprimindo direçãoaos projetos político-pedagógicos”, nos art. 14 e 15.

As disciplinas que integram a base nacional comum na Educação Básica são:• a Língua Portuguesa;• a Matemática;• o conhecimento do mundo físico, natural, da realidade social e política, especialmente do

Brasil, incluindo-se o estudo da História e das Culturas Afro-Brasileira e Indígena;•

a Arte, em suas diferentes formas de expressão, incluindo-se a música;• a Educação Física;• o Ensino Religioso.

A parte diversificada deve complementar a base nacional comum, considerando as carac-terísticas regionais e locais da sociedade, da cultura, da economia e da comunidade escolar, per-passando todos os tempos e espaços curriculares constituintes do Ensino Fundamental e do En-sino Médio, independentemente do ciclo da vida no qual os sujeitos tenham acesso à escola.

De acordo com a resolução, a parte diversificada pode ser organizada em temas, com eixostemáticos, selecionados nos colegiados escolares.

A língua estrangeira pertence à parte diversificada e, pelo menos uma, deve ser incluída nocurrículo, escolhida pela comunidade escolar, dentro das possibilidades da escola, que deve con-siderar o atendimento de suas especificidades.

A língua espanhola, por força da Lei nº 11.161/2005, é obrigatoriamente ofertada no EnsinoMédio, embora facultativa para o estudante, bem como possibilitada no Ensino Fundamental, do6º ao 9º anos.

Ainda há Leis específicas que complementam a LDB, determinam que sejam incluídos com-ponentes não disciplinares, como temas relativos ao trânsito, ao meio ambiente e à condição edireitos do idoso.

ReferênciasBRASIL. Lei nº 9.394, de 21 de dezembro de 1996. Estabelece as Diretrizes e Bases da EducaçãoNacional. Diário Oficial da União.  Brasília-DF, 23 de dez. de 1996. v. 134, nº 248, p. 27883 –27841.

DICA

• A Lei 11.525, de

setembro de 2007,definiu que o currí-culo do ensino fun-damental incluísse“obrigatoriamente,

conteúdo quetrate dos direitos

das crianças e dosadolescentes”.

• A Lei 11.645, emmarço, tornou obri-gatórios, no ensino

fundamental emédio, conteúdosda cultura africana

e indígena.• A Lei 11.684, em

 junho, transfor-mou a Filosofia ea Sociologia em

“disciplinas obri-gatórias em todas

as séries do ensinomédio”.

• A Lei 11.769, emagosto, estabele-

ceu o ensino demúsica como con-teúdo obrigatório,

no ensino funda-

mental e médio,do componente

curricular de Artes.

DICA

Acesse o link abaixopara ler na íntegra os

documentos legaisdisponibilizados no

Portal do MEC sobre aeducação básica.

<http://portal.mec.gov.

br/index.php?option=-com_content&view=ar-

ticle&id=12992:diretri-zes-para-a-educacao--basica&catid=323:or-

gaos-vinculados>

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Letras Espanhol - Estrutura e Funcionamento do Ensino Fundamental e Médio

BRASIL. Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educaçãonacional. Disponível em <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/l9394.htm>. Acesso em 15out. 2011.

BRASIL. Lei nº 11.645, de 10 de março de 2008. Prevê a obrigatoriedade do ensino da história ecultura afro–brasileira em todas as escolas brasileiras, e destaca o ensino da história e cultura dos

povos indígenas . Disponível em <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11645.htm>. Acesso em 10 out. 2011.

BRASIL. Lei n° 11.684/08, de 02 de junho de 2008. Alterou o art. 36 da Lei no 9.394, de 20 de de-zembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para incluir a Filoso-fia e a Sociologia como disciplinas obrigatórias nos currículos do ensino médio. Disponível em<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11684.htm>. Acesso em 10 out.2011.

BRASIL. Lei n° 11769, de agosto de 2008. Altera a Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996, Leide Diretrizes e Bases da Educação, para dispor sobre a obrigatoriedade do ensino da música naeducação básica. Disponível em <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11769.htm>. Acesso em 10 out. 2011.

MAZZILLI, S.; ROSALEN, M. A. S. As diretrizes curriculares nacionais para a Educação Infantil e osprojetos pedagógicos das instituições de educação infantil. In: XXIV Reunião Anual da ANPEd,2001, Caxambu, 2001.

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Letras Espanhol - Estrutura e Funcionamento do Ensino Fundamental e Médio

UNIDADE 3Organização e Estrutura da

Educação Brasileira

3.1 IntroduçãoNesta unidade vamos discutir a Organização e Estrutura da Educação Brasileira, focalizando

a formação e os diversos fatores políticos, econômicos e sociais e a legislação como instrumentode intervenção na realidade educacional, além de abordarmos a questão do financiamento da

educação no Brasil.Rediscutiremos as esferas do sistema educacional, a União, os estados e municípios, focali-

zando também a escola onde você concretizará a educação na aula, na relação com os alunos eseus pais e nos debates com o conjunto de profissionais da unidade escolar.

Esperamos, ao final desta unidade, que você seja capaz de:• Compreender a organização e o funcionamento de sistemas e instituições escolares no Bra-

sil como elemento de reflexão sobre/na realidade sócio-histórica.• Refletir sobre a estrutura da educação básica e sua organização, enfocando a formação e

os fatores de ordem política, econômica e social, onde o estudo da legislação possa servircomo instrumento de intervenção na realidade educacional.

• Contextualizar historicamente o desenvolvimento e a organização da educação no Brasil.• Identificar as leis que propuseram reformas para a educação brasileira.•

Identificar as regras sobre o financiamento da educação brasileira.

A legislação enquanto fonte documental oficial aponta necessária vinculaçãocom o Estado e então há que ser considerada como expressão possível do jogode forças das classes sociais aí presentes (MIGUEL, 2005, p. 9).

3.2 Organização e Estrutura daEducação Brasileira

Para que se cumpra sua formação como acadêmico(a), pautada em sólida fundamentação,faz-se necessário a altercação acerca da disciplina Estrutura e Funcionamento do Ensino Fun-damental e Médio como lócus privilegiado de debate sobre a realidade brasileira em cada mo-

◄ Figura 7: Estudando aEducação

Fonte: Disponível em<http://estudando-educacao.blogspot.com/2011/04/o-numeros--da-educacao-basica-no--brasil.html>. Acesso em10 nov. 2011.

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UAB/Unimontes - 4º Período

mento histórico. Segundo Mendonça e Lellis (1998), tal disciplina inscreve-se na expectativa decompreensão da contextura de relações sociais e de lutas que se travam no plano estrutural econjuntural, ou seja, discute acerca da compreensão da educação no contexto da tessitura socialprodutiva, no contexto da organização econômica global e da organização política neoliberal.

A estrutura e a organização da educação nacional não dispensam a legislação como fio con-dutor, como institucionalização lícita das políticas oficiais. A educação escolar se constitui em

uma prática social que revela e desvela fins e interesses, sendo um elemento social essencial aocontexto sociopolítico e econômico. Assim, a disciplina Estrutura e Funcionamento da EducaçãoBásica, desde a sua criação, é mensageira de uma história que se relaciona às formas específicasde organização da sociedade e dos sujeitos que a significam e ressignificam no tempo e nos es-paços escolares.

Nos tempos atuais, em pleno século XXI, período histórico cujos paradigmas reportam à ve-locidade da informação; tempo do fastígio da globalização, era do domínio e celeridade do co-nhecimento, em que as informações estão on line desde o exato momento de sua ocorrência,exige-se muito mais de profissionais da educação que buscam suscetibilidade num mercadoeclético e de transformações aceleradas; transformações nas “estruturas econômicas, políticas,demográficas, geográficas, históricas, culturais e sociais, que se desenvolvem em escala mundial,adquirem preeminência sobre as relações, processos e estruturas que se desenvolvem em escalanacional” (IANNI, 1994, p. 147), mercado influenciado principalmente por uma grande demandade consumo insano.

É importante realçar aqui o juízo de que a disciplina de Estrutura e Funcionamento do Ensi-no Fundamental e Médio, ao ser ministrada nos cursos de formação de professores, e dependen-do do enfoque que lhe é atribuído, poderá provocar entre os sujeitos do processo educacional,discussões acerca de elementos históricos que, ao serem problematizados, tornam-se elementosimperiosos ao processo de formação do professor emancipado. Nesse contexto a preocupaçãocom a educação vem adquirindo grande repercussão, de modo a mobilizar a União, os Estados, oDistrito Federal, os Municípios e a colaboração da família e da sociedade em geral.

Ratificando essa preocupação, o Artigo 205 da Constituição Federal do Brasil (1988) afirmaque “A Educação é um direito de todos e dever do Estado e da Família [...]”, e de acordo com o ar-tigo 2º da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDBEN 9394/96 – “A educação [...] tempor finalidade o pleno desenvolvimento do educando, seu preparo para o exercício da cidadania

e sua qualificação para o trabalho.” Pode-se entender, portanto, que a educação escolar primapela promoção da igualdade, da perspectiva social e pela universalização do ensino a partir dapossibilidade de formação do sujeito, de modo a garantir-lhe o acesso ao desenvolvimento e aoconhecimento.

Conforme Cury, a Constituição Federal do Brasil:

Sendo um serviço público (e não uma mercadoria) da cidadania, a nossa Cons-tituição reconhece a educação como direito social e dever do Estado. Mesmoquando autorizada pelo Estado a oferecer esse serviço, a instituição privada nãodeixa de mediar o caráter público inerente à educação. Só que esta ação obriga-tória do Estado vai se pôr em marcha no interior de um Estado federativo (CURY,2002, p. 171).

A recente estrutura e funcionamento da educação brasileira provêm da Lei de Diretrizes eBases da Educação Nacional (Lei n.º 9.394/96), que, por sua vez, se junta à Constituição Federalde 1988 e às orientações gerais do Plano Nacional de Educação (Lei 13.005/2014) bem como àsrespectivas Emendas Constitucionais em vigência. Na LDB, em cada um dos níveis e modalidadesde ensino propostos, é possível perceber, apesar das limitações ainda presentes, possibilidadesde flexibilidade da legislação educacional vigente, de forma a levar em conta a autonomia confe-rida aos sistemas de ensino e às suas respectivas interligações.

Assim, nesse contexto da educação escolar brasileira, há conforme o Título V da LDB, os ní-veis e as modalidades do ensino. Este título compreende 37 (trinta e sete) artigos: do artigo 21(vinte e um) ao artigo 58 (cinquenta e oito), através dos quais se estabelece a estrutura didáticada educação escolar do Brasil.

GLOSSÁRIO

Altercação: discussão

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Letras Espanhol - Estrutura e Funcionamento do Ensino Fundamental e Médio

3.3 Níveis de Educação

Em relação ao quadro acima apresentado, faz-se importante ressaltar que, de acordo como inciso I do artigo 208 da Constituição Federal do Brasil de 1988, através de redação dada pelaEmenda Constitucional nº 59/2009, a educação básica obrigatória, ou ensino obrigatório, diz res-peito à faixa etária de 04 a 17 anos, ou seja, educação pré-escolar (04 e 05 anos), ensino funda-

mental (06 a 14 anos) e ensino médio (15 a 17 anos); além da Educação destinada aos jovens eaos adultos: “educação básica obrigatória e gratuita dos 04 (quatro) aos 17 (dezessete) anos deidade, assegurada inclusive sua oferta gratuita para todos os que a ela não tiveram acesso naidade própria”.

Figura 8: Organogramae estrutura daeducação brasileiraFonte: Organizadopelas autoras a partir dalegislação vigente e dosite <http://www.oei.es/quipu/brasil/estructura.pdf>. Acesso em 10 nov.2011.

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UAB/Unimontes - 4º Período

Na Unidade I, vocês estudaram que a Lei de Diretrizes e Bases da Educação – Lei nº 9394/96– em seu artigo 21, determina que a educação escolar seja composta pela educação básica e su-perior. A educação se compõe na Educação Básica, formada pela educação infantil, ensino funda-mental e ensino médio; e na Educação superior.

A LDB/96 também determina as suas finalidades:

A educação básica tem por finalidade desenvolver o educando, assegurar-lhea formação comum indispensável para o exercício da cidadania e fornecer-lhemeios para progredir no trabalho e em estudos posteriores (Art. 22).A educação infantil, primeira etapa da educação básica, tem como finalidade odesenvolvimento integral da criança de até cinco anos, em seus aspectos físico,psicológico, intelectual e social, complementando a ação da família e da comu-nidade. (Art. 29).O ensino fundamental obrigatório, com duração de 9 (nove) anos, gratuito na es-cola pública, iniciando-se aos 6 (seis) anos de idade, terá por objetivo a formaçãobásica do cidadão, [...] (Art. 32).O ensino médio, etapa final da educação básica, tem duração mínima de trêsanos, [...] (Art. 35).A educação superior será ministrada em instituições de ensino superior, públicasou privadas, com variados graus de abrangência ou especialização (Art. 45).

O conceito de educação básica que nos é dado pela legislação educacional é um conceitonovo e inovador para um país cuja história da educação mostra claramente que, durante muitosanos, foi negligenciado o acesso de seus cidadãos à educação escolar. A ideia de formação co-mum pode ser entendida como um todo integral e integrado de conhecimentos em condiçõesde aprimorar a habilidade de cada um de se colocar no espaço social, no espaço de trabalho, nasrelações produtivas e na construção de sua vida particular e coletiva. A formação comum se via-biliza por meio de uma base comum de conteúdos e de aprendizagem. O conceito de educaçãobásica garante um entendimento mais aberto da função social da educação, tendo em vista umensino que prima pela qualidade.

Um elemento que merece ser aqui destacado é o trabalho que, com certeza, configura-secomo um desafio a ser assumido no processo de organização da escola mediante a condição deconstrução do conhecimento. A relação trabalho e educação, proposta pela LDB, pode constituir-

se num caminho de acesso à plenitude da democracia através de uma concepção educacionalque se paute na intenção de formar sujeitos conscientes de sua inserção social e de suas possibi-lidades no/do espaço social.

Em relação à ideia de desenvolvimento do educando, nas etapas da educação básica, eta-pas estas que formam um todo orgânico e encadeado, importa destacar o reconhecimento daeducação escolar para as diferentes fases da vida bem como sua intencionalidade maior anterior-mente posta no art. 205 da Constituição Federal do Brasil de 1988:

A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida eincentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimen-to da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação parao trabalho.

Frente ao exposto, entende-se a universalização do ensino para as diferentes fases da vidaatravés da educação infantil como primeira etapa da educação básica, do ensino fundamental edo ensino médio como etapa e espaço de culminância de um processo que se baseia na articu-lação entre suas partes, integrado inclusive com o ensino superior. Há de se considerar ainda odispositivo legal que ratifica o alargamento do conceito de educação básica e que amplia o nú-mero de anos propostos para este nível de escolarização: educação infantil de zero a cinco anos,ensino fundamental de seis a catorze anos (observa-se nove anos de duração) e ensino médioque varia entre três e quatro anos, conforme a natureza e especificidade do curso e da institui-ção, cursado a partir dos 15 (quinze) anos.

A educação infantil constitui a etapa inicial da educação básica e divide-se em duas etapas,a saber, de zero a três anos em creche e de quatro a cinco anos em educação pré-escolar. Tempor objetivo o desenvolvimento integral da criança em seus aspectos físico, psicológico, intelec-tual e motor. (Artigo 29 da Lei 9394/96).

A Constituição Federal do Brasil (1988), em seu art. 208 e inciso I, diz que o dever do Estadocom a educação será efetivado mediante a garantia da “educação básica obrigatória e gratuitados quatro aos 17 (dezessete) anos de idade, assegurada, inclusive, sua oferta gratuita para todosos que a ela não tiveram acesso na idade própria”, o que significa que a creche, zero a três anos,não se constitui, pelo menos a princípio, dever do Estado.

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Letras Espanhol - Estrutura e Funcionamento do Ensino Fundamental e Médio

Já o inciso IV do mesmo artigo dispõe esta etapa da educação como dever do Estado: “edu-cação infantil, em creche e pré-escola, às crianças até 05 (cinco) anos de idade”.

Segundo o Parecer CEE/MG 1132/97, que dispõe sobre a Educação Básica, nos termos da Lei9.394/96, a educação infantil compreende a creche e a pré-escola:

A creche e a pré-escola constituem direito da criança à educação e um direitoda família de compartilhar a educação de seus filhos em instituições sociais, As-sim como são um dos meios mediante os quais o Estado efetiva o seu dever deeducar. No mesmo sentido, cabe ao Município oferecer educação infantil, emcreches e pré-escolas, buscando formas de colaboração com outras instituições,para oferta, expansão e melhoria de sua qualidade.

Assim, a proposta pedagógica da educação infantil deve considerar o bem-estar da criança,seu grau de desenvolvimento, a diversidade cultural das populações infantis, os conhecimentosa serem universalizados e o regime de atendimento a ser oferecido pelas instituições educacio-nais (tempo integral ou parcial).

A avaliação, na educação infantil, será feita mediante acompanhamento e registro do desen-volvimento da criança, tomando como referência os objetivos estabelecidos para essa etapa daeducação, que não tem função de promoção nem constitui pré-requisito para o acesso ao ensinofundamental.

As instituições de educação infantil integram o Sistema Municipal ou Estadual de Ensino, se-gundo as opções que forem feitas pelos municípios.

Os estabelecimentos de educação infantil serão autorizados e supervisionados pelos res-pectivos sistemas de ensino, assegurado o prazo de três anos, a contar de 20.12.96, para sua reor-ganização e cumprimento das novas exigências legais.

Os municípios que se integrarem ao sistema estadual de ensino ou compuserem com esteum sistema único de educação básica cumprirão as diretrizes e normas para credenciamento efuncionamento de instituições educacionais estabelecidas pelo Conselho Estadual de Educação.

Frente à atual política educacional brasileira, a educação infantil passa a ser reconhecidacomo uma etapa específica da formação humana, baseada na ideia de educação como processocontínuo, desde o nascimento. A especificidade atribuída a essa etapa de escolarização é exata-mente oposta à visão atribuída à pré-escola, que era percebida e entendida a partir da noção de

privação cultural, ou seja, a pré-escola tinha por missão suprir as supostas deficiências das crian-ças das camadas populares, de modo a prepará-las para o ingresso no ensino fundamental.

Importa acrescentar, ainda, que a dimensão pedagógica atribuída pela legislação vigente àeducação infantil intenta o crescimento muldimensional da criança. Desse modo procura, a par-tir desse dispositivo legal, superar a visão assistencialista que marcou as ações governamentaisdirecionadas à pré-escola.

O ensino fundamental, segunda etapa da educação básica, que apresenta como maior ob- jetivo a formação básica do cidadão, tem duração de nove anos (Lei 11.274, de 06 de fevereirode 2006), e é obrigatório e gratuito na escola pública, a partir dos seis anos de idade. A oferta doensino fundamental deve ser gratuita também aos que a ele não tiveram acesso na idade pró-pria, ou seja, para a modalidade de Educação de Jovens e Adultos (EJA). Essa alteração de oitopara nove anos no ensino obrigatório tem como objetivo assegurar a todas as crianças um tem-

po mais longo de convivência escolar e maiores oportunidades de aprendizagem.Julga-se importante acrescentar, em relação ao ensino fundamental, segundo o ParecerCEE/MG 1.132/97, que, para o cumprimento da obrigatoriedade de oferta de ensino fundamen-tal, o Estado e os Municípios:

• Em regime de colaboração e com assistência da União, recensearão a população em idadeescolar para o ensino fundamental, e os jovens e adultos que a ele não tiveram acesso.

• Criarão formas alternativas de acesso aos diferentes níveis de ensino, independentementeda escolarização anterior.

• Promoverão cursos presenciais ou a distância para jovens e adultos insuficientemente esco-larizados;

• Possibilitarão a aceleração de estudos para alunos com atraso escolar.• Realizarão cursos e exames supletivos que habilitem ao prosseguimento de estudos.

Em relação ao ensino fundamental, segundo os principais teóricos que versam sobre esseassunto, a inovação mais importante posta pela Constituição Federal do Brasil de 1988 e pela Leide Diretrizes e Bases da Educação Nacional nº. 9394/96 foi o fato de que a educação básica obri-gatória, ou seja, de 04 a 17 anos, é “direito público subjetivo”. Veja a seguir os textos legais quedeterminam tal prática.

DICA

Conheça o Parecer CNE/CEB nº 22/1998 - Dire-trizes Curriculares Na-cionais para a EducaçãoInfantil e a ResoluçãoCNE/CEB nº 01/1999- Institui as Diretrizes

Curriculares Nacionaispara a Educação Infantil.

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UAB/Unimontes - 4º Período

A Constituição Federativa do Brasil (1988), no art. 208, inciso VII, § 1º e 2º determina:

§ 1º - o acesso ao ensino obrigatório e gratuito é direito público subjetivo;§ 2º - o não-oferecimento do ensino obrigatório pelo Poder Público, ou sua ofer-ta irregular, importa responsabilidade da autoridade competente.

Reafirmado na Lei 9394/96, art. 5º:

O acesso à educação básica obrigatória é direito público subjetivo, podendoqualquer cidadão, grupo de cidadãos, associação comunitária, organização sin-dical, entidade de classe ou outra legalmente constituída e, ainda, o MinistérioPúblico, acionar o poder público para exigi-lo.

De acordo com Cury, é muito importante saber o significado de “direito público subjetivo”:

[...] é aquele pelo qual o titular de um direito pode exigir direta e imediatamentedo Estado o cumprimento de um dever e de uma obrigação. O titular deste direi-to é qualquer pessoa, de qualquer idade, que não tenha tido acesso à escolari-dade obrigatória na idade apropriada ou não. É válida sua aplicação para os que,mesmo tendo tido acesso, não puderam completar o ensino fundamental. Trata-se de um direito subjetivo, ou seja, (sic) um sujeito é o titular de uma prerrogativa

própria deste indivíduo, essencial para sua personalidade e para a cidadania. E sechama direito público, pois, no caso, trata-se de uma regra jurídica que regula acompetência, as obrigações e os interesses fundamentais dos poderes públicos,explicitando a extensão do gozo que os cidadãos possuem quanto aos serviçospúblicos. O sujeito deste dever é o Estado sob cuja alçada estiver situada essaetapa da escolaridade (CURY, 2000, p. 21).

Além disso, o não cumprimento desse direito, por parte das autoridades competentes, im-plica crime de responsabilidade. O significado de crimes de responsabilidade é definido pela Lei1.079/1950, artigo 4º, III, “como crime de responsabilidade aquele em que a autoridade venha aatentar contra o exercício dos direitos políticos, individuais e sociais”. Cury (2000, p. 22) pontuaque, mediante a ausência de vagas no ensino fundamental, o art. 14 desta mesma Lei permite a“qualquer cidadão denunciar autoridades omissas ou infratoras perante a Câmara dos Deputados”.

O ensino médio, etapa final da educação básica, tem por objetivo materializar e radicar osobjetivos e habilidades construídas e consolidadas no ensino fundamental. Esta etapa da educa-ção básica, ao longo do tempo, vem buscando sua identidade, uma vez que, num momento dahistória, lhe foi delegada a função propedêutica, noutro momento o atendimento ao mercado detrabalho. Atualmente, esta etapa da educação básica tem a finalidade de preservar o caráter uni-tário da educação, a partir da proposta de educação geral e desempenha a função de colaborarpara que a juventude aprofunde e solidifique os conhecimentos até então adquiridos. Outro pa-pel que também lhe é atribuído é a condição de permitir o acesso à educação profissionalizante,seja ele técnico ou de nível superior.

A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDB (Lei nº 9.394/96), ao situar o ensinomédio como etapa final da educação básica, define-o como a conclusão de um período de esco-larização de caráter geral, como parte de uma etapa da escolarização que tem por finalidade o

desenvolvimento do indivíduo, assegurando-lhe a formação comum indispensável para o exercí-cio da cidadania, fornecendo-lhe os meios para progredir no trabalho e em estudos posteriores,como disposto em seu art. 22.

A matrícula nesta etapa da educação básica, até o ano de 2009, não era considerada obriga-tória. Desde 2010, o poder público teve que oferecer o ensino médio público e gratuito a todosos alunos interessados em cursá-lo, porém, o estudante continuou podendo escolher se ia ounão cursar o ensino médio. Entretanto, a partir de 2016, o poder público e os pais poderão serresponsabilizados civil e criminalmente por aqueles que estiverem fora da escola – como aconte-cia, segundo a Emenda Constitucional 14/96, com os alunos do ensino fundamental.

A Emenda Constitucional nº 59, de 11 de novembro de 2009, que acrescenta o § 3º ao art.76 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias para reduzir, anualmente, a partir doexercício de 2009, o percentual da Desvinculação das Receitas da União (DRU) incidente sobreos recursos destinados à manutenção e desenvolvimento do ensino de que trata o art. 212 da

Constituição Federal, dá nova redação aos incisos I e VII do art. 208, de forma a prever a obriga-toriedade do ensino de 4 a 17 anos e ampliar a abrangência dos programas suplementares paratodas as etapas da educação básica, e dá nova redação ao § 4º do art. 211 e ao § 3º do art. 212 eao caput do art. 214, com a inserção neste dispositivo de inciso VI.

DICA

Leia a legislação vigentena íntegra que trata do

ensino fundamental.- Parecer CNE/CEB nº

04/1998 - Diretrizes Cur-riculares Nacionais para

o Ensino Fundamentale a Resolução CNE/CEBnº 02/1998 - Institui asDiretrizes Curriculares

Nacionais para o EnsinoFundamental;

- A Lei 11.114/2005 –Torna obrigatório o

início do ensino funda-mental aos seis anos de

idade;- O Parecer CNE/CEB nº18/2005 - Orientações

para a matrícula das

crianças de seis anos deidade no Ensino Funda-mental obrigatório;

- A Resolução CNE/CEBnº 03/2005 - Define

normas nacionais paraa ampliação do Ensino

Fundamental para noveanos de duração.

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Letras Espanhol - Estrutura e Funcionamento do Ensino Fundamental e Médio

A extensão da obrigatoriedade ao ensino médio vem sendo posta desde 1988 pela Consti-tuição Federal, tendo perdido força com a Emenda Constitucional nº 14, de setembro de 1996,que substituiu sua obrigatoriedade por “progressiva universalização”. A Emenda nº 59 de 2009,portanto, treze anos depois, permite a recuperação da obrigatoriedade e da gratuidade ao ensi-no médio, sendo que ainda necessitamos de mecanismos que possibilitem a concretização dessedireito no País.

Também a LDB, no artigo 4º, II, afirma que o dever do Estado com a educação escolar pú-blica será efetivado mediante a garantia de universalização do ensino médio gratuito (Redaçãodada pela Lei nº 12.061, de 2009).

É importante esclarecer que há divergência de entendimento entre autores que discutemeste assunto como, por exemplo, Dermeval Saviani, Carlos Roberto Jamil Cury, João Gualberto deCarvalho Menezes, Eva Waisros Pereira, entre outros. Enquanto uns entendem que a progressivauniversalização significa obrigatoriedade, outros discordam. Na interpretação de Cury, a legisla-ção vigente mantém o dever do Estado para esse nível de ensino.

A ‘prioridade’ de sua oferta fica sob a incumbência dos Estados. Ora, a concre-tização dessa oferta gratuita, progressivamente em direção à ‘universalizaçãoobrigatória’, vai também estendendo para este nível o caráter de direito público.Deste modo, admitindo-se a progressão permanente, gradual e ampliada, ‘ain-

da que em ritmos diferentes’, a obrigatoriedade ‘coroaria’ esse processo. Dentrodessa gradualidade, é precedente, desde logo, apontar o dever dos Estados emgarantir sua oferta gratuita para todos os que demandarem. Então, em um ‘se-gundo momento’, assegurar o seu atendimento universal e ‘obrigatório’, como jávige para o ensino fundamental, ‘seria’ o passo final para que essas duas etapasda educação básica se vissem sob o direito público subjetivo. (CURY, 2000, p. 25,Grifos nossos)

Percebe-se que Cury, Conselheiro do Conselho Nacional de Educação, é um dos autores queentendem que a progressiva universalização significa a obrigatoriedade do Estado para com estaetapa da educação básica. Porém, ao analisar as palavras que destacamos na citação feita, perce-bemos que ele fala em prioridade e não em obrigatoriedade, o tempo verbal usado é o futuro dopretérito do indicativo. Também quando ele se refere à “progressão permanente, gradual e am-pliada, ainda que em ritmos diferentes”, fica clara a diferença posta entre o ensino obrigatório e o

ensino médio, e quando fala sobre “a concretização dessa oferta gratuita, progressivamente emdireção à universalização obrigatória”, pode-se observar que, na redação dada pela Lei nº 12.061,de 2009, o termo posto é “universalização do ensino médio gratuito”.

Por fim, Pereira e Teixeira comentam sobre a obrigatoriedade do ensino médio:

O artigo 208 da Constituição Federal define que o ensino fundamental públi-co será obrigatório e gratuito, condições estas a serem implantadas progressi-vamente no desenvolvimento do ensino médio, ainda que hoje, com redaçãoreformulada pela [...] emenda constitucional 14/1996, a “obrigatoriedade” tenhasido substituída por “universalização” (PEREIRA e TEIXEIRA, 2000, p. 95).

Ainda em relação ao ensino médio, segundo o Parecer CEE/MG 1132/97, faz-se necessáriosalientar que

As escolas que oferecerem o ensino médio, última etapa da educação básica,organizarão seus cursos com duração mínima de três anos com 2.400 horas deefetivo trabalho escolar.O ensino médio, atendida a formação geral do educando, poderá prepará-lo parao exercício de profissões técnicas.A preparação geral para o trabalho e, facultativamente, a habilitação profissional,poderão ser desenvolvidas nos próprios estabelecimentos de ensino médio ouem cooperação com instituições especializadas em educação profissional.O ensino profissional, articulado com o ensino médio, será ministrado:a) de forma seqüencial, quando concluída a programação destinada ao ensinomédio seguir-se um período destinado exclusivamente ao ensino profissional;b) de forma paralela, quando as duas partes, a destinada à formação geral doeducando e a destinada à formação profissional, ocorrerem lado a lado. Nessecaso, as duas partes devem cumprir as respectivas cargas horárias;

c) de forma concomitante, quando as duas partes integrarem o mesmo currículo,sem prejuízo da carga horária destinada à formação geral do educando.O estabelecimento de ensino médio poderá oferecer habilitação profissional emcooperação com instituições especializadas em educação profissional (centros

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UAB/Unimontes - 4º Período

de formação profissional, escolas de formação técnica ou empresas que pos-suam programas de formação ou qualificação).Nos cursos noturnos, os horários e a duração da jornada diária serão compatíveiscom as especificidades dos alunos trabalhadores, sem comprometer os padrõesde qualidade.

Quanto à educação superior, esta constitui o segundo nível da educação escolar, conforme

estabelecido pelo artigo 21 da Lei 9394/96. Percebe-se,no Capítulo IV desta Lei, que versa sobreeste nível educacional, que este contém um número maior de artigos, sendo quinze no total (doartigo 43 ao 57). A educação superior abrange cursos sequenciais nos diversos campos do saber,cursos de graduação, de pós-graduação e de extensão. O acesso à educação superior ocorre apartir dos 18 anos, através de diferentes processos seletivos, e o número de anos de estudo variade acordo com os cursos, sua natureza e sua complexidade. O Parecer CNE nº CP 98/99, aprovadoem 06/07/99, confirma a continuidade dos concursos vestibulares:

Vale ressaltar desde logo que os concursos vestibulares continuam a ser proces-so válido para ingresso no ensino superior; a inovação é que deixaram de ser oúnico e exclusivo mecanismo de acesso, podendo as instituições desenvolver eaperfeiçoar novos métodos de seleção e admissão alternativos que, a seu juízo,melhor atendam aos interessados e às suas especificidades.

Hoje existem diferentes processos que possibilitam o acesso ao Ensino Superior no Brasil,porém ainda imperam as tradicionais provas de vestibular e a utilização do ENEM.

O Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) surgiu em 1998 para medir o desempenhodos estudantes do Ensino Médio. Hoje é uma das formas de ingresso para uma instituição deensino superior pública ou federal. Seu principal objetivo é avaliar o desempenho do estudanteao fim da escolaridade básica. Podem participar do exame alunos que estão concluindo ou que já concluíram o ensino médio em anos anteriores. O Enem é utilizado como critério de seleçãopara os estudantes que pretendem concorrer a uma bolsa no Programa Universidade para Todos(ProUni). Além disso, cerca de 500 universidades já usam o resultado do exame como critério deseleção para o ingresso no ensino superior, seja complementando ou substituindo o vestibular.

O Programa Universidade para Todos (ProUni) foi criado em 2004, pela Lei nº 11.096/2005,e tem como finalidade a concessão de bolsas de estudos integrais e parciais a estudantes de cur-sos de graduação e de cursos sequenciais de formação específica, em instituições privadas deeducação superior. As instituições que aderem ao programa recebem isenção de tributos.

Outra grande modificação foi a criação do Sistema de Seleção Unificada (SiSU). Trata-sede um processo organizado pelo Ministério da Educação (MEC) para selecionar os estudantespara as universidades por meio da nota obtida no ENEM. Uma das vantagens do sistema seriaunificar todos os testes em um só.

A nota do ENEM também é utilizada de outras maneiras: na primeira fase do vestibularcomo parte da nota final e também para preencher vagas remanescentes nas instituições.

Outro processo usado para acesso ao ensino superior é o Vestibular tradicional. Esse pro-cesso seletivo consiste em uma prova na qual os vestibulandos que obtém maior pontuação fi-cam com a vaga. O tipo de prova depende da instituição que a aplicará. Algumas dividem o ves-tibular em fases, sendo a primeira eliminatória com perguntas de múltipla escolha. A segunda é

discursiva para testar se o estudante é claro em suas explanações. Além disso, todas as universi-dades cobram a realização de uma redação em alguma das fases de seus processos.

Também utiliza-se o processo de Avaliação seriada. Essa forma de seleção é realizada du-rante os três anos em que o estudante está no Ensino Médio. As provas são aplicadas no finalde cada ano e abordam os conteúdos aprendidos. No terceiro ano é que o vestibulando deveselecionar qual o curso desejado. As provas são estruturadas da mesma forma que o vestibularcom questões de múltipla escolha e dissertativas, além de uma redação. No final do processo, ainstituição calcula uma média com a pontuação obtida em cada prova.

Outra forma de seleção a ser citada aqui é a Entrevista. Esse meio de seleção não é usa-do sozinho, ou seja, costuma estar aliado com outras formas como uma redação, nota obtida noExame Nacional do Ensino Médio (ENEM) ou análise de histórico escolar. Com base na entrevista,a instituição seleciona os candidatos que tem o perfil necessário para o curso e profissão.

Existe também a seleção através da Análise de histórico escolar. Esse tipo de processoconsidera as notas do aluno durante o Ensino Médio em todas as disciplinas. Geralmente, as ins-tituições o usam como parte da nota final do estudante, que também precisa prestar a prova dovestibular em busca da aprovação.

DICA

Leia o Parecer CEB n.º15/1998 - Diretrizes

Curriculares Nacionaispara o Ensino Médio ea Resolução n.º 3/1998

- Institui as DiretrizesCurriculares Nacionais

para o Ensino Médio.

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Letras Espanhol - Estrutura e Funcionamento do Ensino Fundamental e Médio

Outro processo é a Prova agendada. Esse sistema é comum quando ainda há vagas rema-nescentes na universidade. O estudante marca um horário e dia para realizar o teste, com o mes-mo conteúdo cobrado nos vestibulares tradicionais.

Na modalidade de Prova eletrônica, o estudante comparece até o campus e realiza a provaem um laboratório de informática. A vantagem desse tipo de seleção é que, no dia seguinte, oresultado já é divulgado.

Nas Provas de habilidade específica, dependendo do curso escolhido, os vestibulandossão submetidos a uma prova específica para verificar se eles estão aptos a ganhar a vaga. Para ocurso de Arquitetura, por exemplo, é preciso mostrar habilidades em desenho, já em EducaçãoFísica o aluno passa por testes físicos. O aluno que deseja uma vaga no curso de Música tambémtem que realizar esse tipo de teste.

Importa destacar que, na LDB 9394/96, o ensino superior apresenta, entre as suas finalida-des: o estímulo à criação cultural, o desenvolvimento do espírito científico e do pensamento re-flexivo, o incentivo ao trabalho de pesquisa e investigação científica. Pode-se entender, a partirdaí, que não ficam claros a função e o compromisso da universidade em realizar ou desenvolvera pesquisa, de modo a contribuir para o desenvolvimento do conhecimento científico, embora aConstituição Federal (1988), no seu art. 207, cite um ponto inovador neste nível de ensino, des-crevendo o conceito de universidade desta mesma LDB e advertindo que sejam “instituições plu-ridisciplinares [...] de pesquisa”.

As universidades gozam de autonomia didático-científica, administrativa e degestão financeira e patrimonial, e obedecerão ao princípio de indissociabilidadeentre ensino, pesquisa e extensão (Constituição Federativa do Brasil (1988).

Destaca-se também, no artigo 44, I, da LDB, a universidade especializada “por campo de sa-ber”. De acordo com Belloni, citada por Brzezinski (2000, p. 137), "este princípio [...] não é negati-vo em tese; no entanto, reflete uma visão positivista da ciência, [...], pois desconhece a interdisci-plinaridade e as fronteiras e aproximações entre as áreas."

Outros aspectos importantes apontados pela autora fazem referência à redução de exigên-cias nos critérios para a criação de Instituições de Educação Superior (ISE); a ausência de siste-matização no processo de avaliação interna e externa; a obrigatoriedade do cumprimento, por

parte do professor, de oito horas aulas semanais; e, por fim, fala sobre a abstenção da LDB emrelação às diretrizes educativas do ensino superior a distância, limitando-se a normatizar um tra-tamento diferenciado para essa modalidade de ensino

3.4 Modalidade de EducaçãoPassamos agora a nos ocupar da temática "modalidades de educação”, abordada ligeira-

mente na Unidade I.Modalidade de ensino: classificação dada pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacio-

nal (LDB), de 1996, a determinadas formas de educação que podem localizar-se nos diferentes

níveis da educação escolar, a saber, (educação básica e educação superior).Presentemente a preocupação com a educação tem adquirido grande repercussão, de

modo a envolver a União, os Estados, o Distrito Federal, os Municípios e a cooperação da famí-lia e da sociedade. Esta preocupação evidencia-se no Plano de Desenvolvimento da Educação(PDE), no Plano de Metas e Compromissos Todos Pela Educação, que apresentam entre seus ob- jetivos a melhoria da educação básica, o aumento do número de alunos matriculados na educa-ção profissional e tecnológica, além de promover a inclusão social.

Nem sempre o debate sobre a inclusão social alia e avalia a complexidade da diversidade navida dos sujeitos sociais. Assim, nem sempre a política de inclusão considera a diversidade na suaforma mais radical. A política de inclusão que considera as diferenças vai além do aspecto social.Trata-se de um conhecimento amplo e politizado de inclusão, que tem como linha o direito aoespaço público da diversidade em conjunturas assinaladas pela desigualdade e exclusão social.

Essa é uma reflexão que precisa ocupar mais espaço no debate acerca da educação escolarno País. Nesse sentido, as políticas educacionais devem se estruturar de forma a contribuir na dis-cussão da relação entre formação, diversidade, inclusão e qualidade social da educação básica.

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UAB/Unimontes - 4º Período

O grande desafio está em desenvolver uma postura ética de não hierarquizar as diferençase entender que nenhum grupo humano e social é melhor do que outro. Na realidade, todos sãodiferentes. Tal constatação e senso político podem contribuir para se avançar na construção dosdireitos sociais.

Historicamente, no Brasil, numerosos movimentos sociopolíticos colaboraram para a cons-trução de uma percepção ampla de educação, que aliasse a articulação entre os níveis e moda-

lidades de ensino, bem como os processos educativos ocorridos fora do ambiente escolar, nosdiversos momentos da prática social.

Hoje o sistema educacional brasileiro é dividido em Educação Básica e Ensino Superior. AEducação Básica, a partir da Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB - 9.394/96), passou a serestruturada por etapas e modalidades de ensino, englobando a Educação Infantil, o Ensino Fun-damental de nove anos e o Ensino Médio.

Conforme o Parecer CEE/MG 1132/97, a Educação Básica pode ser oferecida no ensino re-gular e nas modalidades de educação de jovens e adultos(EJA), educação especial, educação in-dígena, educação rural e educação profissional, sendo que esta última pode ser também umamodalidade da educação superior, e o ensino médio, na modalidade Normal. Por modalidadede ensino, segundo o supracitado Parecer, entende-se: “variação da educação regular é uma for-ma de organização de educação e ensino, de modo a atender a grupos diferenciados de alunos.”Adita-se às modalidades acima descritas a Educação a Distância, posta pelo artigo 1º do Decreto5622/2005:

Para os fins deste Decreto, caracteriza-se a educação a distância como modali-dade educacional [...] na qual a mediação didático-pedagógica nos processos deensino e aprendizagem ocorre com a utilização de meios e tecnologias de infor-mação e comunicação, com estudantes e professores desenvolvendo atividadeseducativas em lugares ou tempos diversos.

Ressalta-se ainda que, a partir das discussões na Conferência Nacional de Educação (CONAE)em 2010, ocorrida em Brasília, houve a inclusão da educação escolar quilombola como modali-dade da educação básica, através do Parecer CNE/CEB 07/2010 e da Resolução CNE/CEB 04/2010.

É importante ressaltar que cada uma dessas modalidades requer estrutura e organização di-ferenciada, de modo a atender as suas especificidades, entre essas: calendários, currículos, carga

horária e metodologias.

3.4.1 Educação de Jovens e Adultos – EJA

A educação de jovens e adultos vem ganhando reconhecimento, como direito, desde a dé-cada de 1930. Sua relevância se acentua com os movimentos de cultura popular dos anos 60,com o Mobral (Movimento brasileiro de alfabetização), com o ensino supletivo apresentado nogoverno militar, a partir da lei 5.692/71 e com a Fundação Educar, proposta pela Nova República,o que se deu a partir de 1985.

A partir da Constituição Federal de 1988, ampliou-se o dever do Estado com as pessoas quenão têm a escolaridade básica, independentemente da idade. O art. 208, inciso I, determina que

Figura 9: Educação deJovens e Adultos

Fonte: Disponível em<http://www.ativida-deseducativas.net.br/

atividades-educativas--eja-cadernos-1-a-5/>.

Acesso em 29 nov. 2011.

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Letras Espanhol - Estrutura e Funcionamento do Ensino Fundamental e Médio

o ensino fundamental seja obrigatório e gratuito, assegurada inclusive sua oferta gratuita paratodos os que a ele não tiveram acesso na idade própria.

É de se notar que, uma lei (a LDB 9394/96) que disciplina a política educacional no país,composta por 92 (noventa e dois) artigos, destine apenas dois para disciplinar uma modalidadede ensino. Os artigos 37 e 38 preveem que esta modalidade de educação se destina “àqueles quenão tiveram acesso ou continuidade de estudos no ensino fundamental e médio na idade pró-

pria” e que os jovens e adultos poderão concluir o ensino fundamental e médio através de “cur-sos e exames supletivos, que compreenderão a base nacional comum do currículo, habilitandoao prosseguimento de estudos em caráter regular.”

Esta determinação do artigo 38 já era prevista pela Lei de Reformulação do Ensino, a lei5.692/71, porém alteram-se as idades mínimas para a conclusão do ensino fundamental para jo-vens a partir de 15 (quinze) anos e para o ensino médio acima de 18 (dezoito) anos.

Segundo Haddad, citado por Brzezinski (2000), de maneira geral, a LDB trata da Educação deJovens e Adultos, porém em detrimento das etapas da educação básica. Este autor ainda acres-centa que “A nova LDB vem complementar este movimento de transformar a educação de pes-soas jovens e adultas em uma educação de segunda classe” (BRZEZINSKI, 2000, p. 117).

Em contrapartida, o Parecer 1.132/97 entende que o atendimento a EJA, por parte dos dis-positivos legais, retrata a “importância do direito à educação e o dever do Estado de garantir aoferta de educação escolar regular para jovens e adultos, com características e modalidades ade-quadas às suas necessidades e disponibilidades”.

3.4.2 Educação Especial

Prevista na Constituição Federal (1988), no artigo 208, inciso III: “atendimento educacionalespecializado aos portadores de deficiência, preferencialmente na rede regular de ensino” e nosartigos 58 e 60 da LDB 9394/96.

No art. 58, “entende-se por educação especial, para os efeitos desta Lei, a modalidade deeducação escolar oferecida preferencialmente na rede regular de ensino, para educandos comdeficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação.”

O conceito de Necessidades Educacionais Especiais (NEE) só foi assumido e redefinido a par-tir da Declaração de Salamanca (UNESCO, 1994), passando a envolver todas as crianças e jovenscujas necessidades abarquem deficiências ou dificuldades de aprendizagem. Dessa forma, pas-sou a envolver tanto as crianças em desvantagem como as tidas como sobredotadas, além dascrianças de rua ou em situação de risco, que trabalham, bem como populações remotas ou nô-mades, pertencentes a minorias étnicas ou culturais, entre outras.

A educação especial, que tem início com a educação infantil, pode “abranger todas as eta-pas de ensino” (Parecer CEE/MG 1.132/97).

DICA

Leia os documentos quelegislam sobre a EJA:• Parecer CNE/CEB nº

11/2000 - Diretri-zes CurricularesNacionais paraa Educação deJovens e Adultos ea Resolução CNE/CEB nº 01/2000- Estabelece asDiretrizes Curri-culares Nacionaispara a Educação deJovens e Adultos.

• O Parecer CNE/CEB nº 41/2002,- Institui Diretri-zes CurricularesNacionais para aEducação a Distân-cia na Educação deJovens e Adultose para a EducaçãoBásica na etapa doEnsino Médio.

◄ Figura 10: Educação

EspecialFonte: Disponível em<http://paaabelheira.wordpress.com/ensino--especial/>. Acesso em 29nov. 2011.

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UAB/Unimontes - 4º Período

A Resolução CNE/CEB/MEC 2/2001, art. 5º e incisos, reconhece educandos com necessida-des educacionais especiais os que, durante o processo educacional, apresentarem:

I. dificuldades acentuadas de aprendizagem ou limitações no processo de de-senvolvimento que dificultem o acompanhamento das atividades curriculares,compreendidas em dois grupos:aquelas não vinculadas a uma causa orgânica específica;

aquelas relacionadas a condições, disfunções, limitações ou deficiências;II. dificuldades de comunicação e sinalização diferenciadas dos demais alunos,demandando a utilização de linguagens e códigos aplicáveis;III. altas habilidades/superdotação, grande facilidade de aprendizagem que osleve a dominar rapidamente conceitos, procedimentos e atitudes.

Para o MEC, a Educação Especial é uma modalidade de educação escolar, considerada comoum conjunto de recursos educacionais e de estratégias de apoio que estejam à disposição de to-dos os alunos, oferecendo alternativas diferentes de atendimento.

E o Parecer 1.132/97 orienta que a escola de ensino regular precisará dispor de serviços deapoio especializado para atender às peculiaridades da clientela da educação especial na qual osalunos em condições específicas serão atendidos em classes, escolas ou serviços especializados.Determina também que:

Os sistemas de ensino assegurarão aos alunos com necessidades educativas es-peciais, currículos, recursos e organização adequados ao atendimento de suasespecificidades. A proposta pedagógica da escola deverá explicitar métodos,técnicas e procedimentos compatíveis com o atendimento aos portadores denecessidades educativas especiais.Os professores deverão possuir capacitação adequada para o atendimento espe-cializado necessário.

3.4.3 Educação Indígena

Esta modalidade de ensino está prevista na Constituição Federativa do Brasil (1988) com umcapítulo específico destinado à população indígena. É um capítulo composto apenas por dois ar-tigos;porém, é resultado de grandes lutas travadas por esse povo em busca da conquista de seusdireitos. A partir dessa constituição, a política nacional indigenista, que tinha caráter homoge-neizador e integracionista, direciona-se para novos valores a partir dos quais os povos indígenaspassam a ser considerados sujeitos de direito. O art. 231 da Constituição define:

São reconhecidos aos Índios sua organização social, costumes, línguas, crenças etradições e os direitos originários sobre as terras que tradicionalmente ocupam,

DICA

Sobre a EducaçãoEspecial, conheçam a

legislação pertinente evigente:

• Lei nº 10.098/2000

- Estabelecenormas gerais e cri-térios básicos para

a promoção daacessibilidade das

pessoas portadorasde deficiência ou

com mobilidade re-duzida, e dá outras

providências.• Decreto nº

3.956/2001(Convenção da

Guatemala) - Pro-mulga a Conven-

ção Interamericanapara a Eliminaçãode Todas as Formas

de Discriminaçãocontra as Pessoas

Portadoras deDeficiência.

• Lei nº 10.436/2002- Dispõe sobre a

Língua Brasileira deSinais - Libras e dá

outras providên-cias.

• Portaria nº1.793/1994 –

Dispõe sobre anecessidade decomplementar oscurrículos de for-

mação de docentese outros profissio-

nais que interagemcom portadores de

necessidades es-peciais e dá outras

providências.• Parecer CNE/CEB nº

17/2001 - DiretrizesNacionais para aEducação Espe-

cial na EducaçãoBásica.

• Resolução CNE/CEB nº 02/2001 -Institui DiretrizesNacionais para aEducação Espe-

cial na EducaçãoBásica.

Figura 11: EducaçãoIndígena

Fonte: Disponível em<http://educacaoecultu-

ra.synthasite.com/vdeos--motivacionais.php> .

Acesso em 29 nov. 2011.

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Letras Espanhol - Estrutura e Funcionamento do Ensino Fundamental e Médio

competindo à União demarcá-las, proteger e fazer respeitar todos os seus bens(Constituição Federativa do Brasil ,1988).

Outros artigos da Constituição brasileira reforçam o novo paradigma adotado pelas políticaspúblicas nacionais em relação à modalidade de educação indígena:

Art. 210, § 2º - o ensino fundamental regular será ministrado em língua portu-guesa, assegurada às comunidades indígenas também a utilização de suas lín-guas maternas e processos próprios de aprendizagem;Art. 215, §1º - o Estado protegerá as manifestações das culturas populares, indí-genas e afro-brasileiras e das de outros grupos participantes do processo civili-zatório nacional;Art. 242 § 1º - o ensino da História do Brasil levará em conta as contribuições dasdiferentes culturas e etnias para a formação do povo brasileiro.

Como representação da política educacional nacional, a LDB, 9394/96, ratifica o disposto naConstituição através de seus artigos 78 e 79, respectivamente:

O sistema de Ensino da União, com a colaboração das agências federais de fo-mento à cultura e de assistência aos índios, desenvolverá programas integradosde ensino e pesquisa, para oferta de educação escolar bilingüe e intercultural aospovos indígenas, [...]A União apoiará técnica e financeiramente os sistemas de ensino no provimentoda educação intercultural às comunidades indígenas, desenvolvendo programasintegrados de ensino e pesquisa.

O Parecer 1.132/97 define a educação indígena como:

uma modalidade destinada a populações específicas. Respeita uma cultura tra-dicional ainda viva e fortemente atuante. Essa modalidade de ensino será dife-renciada para garantir as características estruturais da cultura, a manutenção deseus valores e costumes e a língua do respectivo povo indígena.

De acordo com o Parecer CNE/CEB 14/99, os progressos implementados na prática pedagó-

gica, própria para a educação indígena, demandam "vontade política e medidas concretas parasua efetivação", porém novas possibilidades surgem a partir de ações de grupos indígenas e nãoindígenas pertencentes a "organizações da sociedade civil e universidades”. Esse parecer reco-nhece as dificuldades a serem enfrentadas para que haja uma educação de qualidade para essapopulação.

Há ainda muito a ser feito e construído no sentido da universalização da ofertade uma educação escolar de qualidade para os povos indígenas, que venha aoencontro de seus projetos de futuro e de autonomia e que garanta sua inclusãono universo dos programas governamentais que buscam a "satisfação das ne-cessidades básicas de aprendizagem", nos termos da Declaração Mundial sobreEducação para Todos (BRASIL, 1999).

3.4.4 Educação Rural

DICA

Conheçam a legislaçãoque regulamenta a mo-dalidade de EducaçãoIndígena:Parecer CNE/CEB nº14/1999 - DiretrizesNacionais para o fun-cionamento das escolasindígenas.Resolução CEB nº3/1999 - Fixa DiretrizesNacionais para o fun-

cionamento das escolasindígenas e dá outrasprovidências.

◄ Figura 12: Educação doCampo

Fonte: Disponível em<http://www.canoinhas.net/noticias/17973-calen-dario_escolar_2011_se-cretaria_municipal_de_educacao.html>. Acessoem 29 nov. 2011.

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UAB/Unimontes - 4º Período

A implementação de uma modalidade de ensino específica para a Educação Rural, trata-da na legislação pertinente como Educação do Campo, representa, ainda que tardiamente, umavanço significativo das políticas públicas educacionais.

Segundo Hage (2005), há uma diferença paradigmática em relação aos conceitos de educa-ção do campo e educação rural. Diferença esta não levada em conta pela legislação pertinente.Conforme o autor, a expressão educação do campo é própria e originária dos/nos movimentos

sociais que se expressam na/pela luta desse povo, e a expressão educação rural nasceu da orga-nização da elite agrária. A diferença posta entre essas duas expressões se funda no fato de que oentendimento de campo para a elite rural é a de que o campo é o lugar de atraso econômico eintelectual onde o desenvolvimento está posto de forma inferior ao desenvolvimento da cidadee, na perspectiva da educação do campo, este é percebido como espaço de produção econômi-ca e intelectual, de vida, de produção material e simbólica das condições de existência e constru-ção de identidade de um povo que luta pelos seus direitos.

De acordo com o Parecer CNE/CEB 36/2001,

A educação do campo, tratada como educação rural na legislação brasileira, temum significado que incorpora os espaços da floresta, da pecuária, das minas e daagricultura, mas os ultrapassa ao acolher em si os espaços pesqueiros, caiçaras,ribeirinhos e extrativistas. O campo, nesse sentido, mais do que um perímetro

não urbano, é um campo de possibilidades que dinamizam a ligação dos sereshumanos com a própria produção das condições da existência social e com asrealizações da sociedade humana (BRASIL, 2001).

De acordo com a Resolução CNE/CEB 1/2002, art. 2º, Parágrafo único, a identidade da escolado campo é definida

pela sua vinculação às questões inerentes à sua realidade, ancorando-se na tem-poralidade e saberes próprios dos estudantes, na memória coletiva que sinalizafuturos, na rede de ciência e tecnologia disponível na sociedade e nos movimen-tos sociais em defesa de projetos que associem as soluções exigidas por essasquestões à qualidade social da vida coletiva no país.

O seu art. 3º determina:

O Poder Público, considerando a magnitude da importância da educação escolarpara o exercício da cidadania plena e para o desenvolvimento de um país cujoparadigma tenha como referências a justiça social, a solidariedade e o diálogoentre todos, independente de sua inserção em áreas urbanas ou rurais, deverágarantir a universalização do acesso da população do campo à Educação Básicae à Educação Profissional de Nível Técnico.

A LDB 9394/96, no art. 28, diz que, na oferta de educação básica para a população rural, ossistemas de ensino promoverão as adaptações necessárias à sua adequação às peculiaridades davida rural e de cada região, especialmente:

I. conteúdos curriculares e metodologias apropriadas às reais necessidades e in-teresses dos alunos da zona rural;II. organização escolar própria, incluindo adequação do calendário escolar às fa-ses do ciclo agrícola e às condições climáticas;III. adequação à natureza do trabalho na zona rural.Parágrafo único. O fechamento de escolas do campo, indígenas e quilombolasserá precedido de manifestação do órgão normativo do respectivo sistema deensino, que considerará a justificativa apresentada pela Secretaria de Educação,a análise do diagnóstico do impacto da ação e a manifestação da comunidadeescolar.

A organização desta modalidade de ensino se pauta no confronto de seus conhecimentos,que são próprios e muito peculiares, situação que importa à organização e estrutura escolar res-significarem os conhecimentos da prática social desse povo, de modo a construir conhecimentosem condições de possibilitar a transformação social e política do sujeito do campo. Esta concep-

ção entende que a educação do campo deve considerar os aspectos da formação geral, da quali-ficação social e profissional, de gestão, dos processos produtivos e da organização do trabalho eda produção.

DICA

Conheça a Resolução eo parecer que regula-

mentam a EducaçãoRural no Brasil: Parecer

CNE/CEB 36/2001 eResolução CNE/CEB

1/2002.

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Letras Espanhol - Estrutura e Funcionamento do Ensino Fundamental e Médio

3.4.5 Educação Profissional

A educação profissional, a partir da LDBEN, passa a ser considerada complementar à educa-ção básica e pode ser desenvolvida em escolas, em instituições especializadas ou no próprio am-biente de trabalho. Esta modalidade de educação, integrada às diferentes formas de educação,ao trabalho, à ciência e à tecnologia, conduz ao permanente desenvolvimento de aptidões para a

vida produtiva.A educação profissional é posta pela LDB/96 como um tipo de formação que permeia a vida

do sujeito em idade produtiva. Diante da importância assumida pelo trabalho na sociedade neo-liberal globalizada, ou em qualquer outro momento histórico, esta modalidade de ensino, dentrodo processo formativo, deve constituir-se em um direito.

A educação profissional foi um dos assuntos mais polêmicos no processo de elaboração, tra-mitação e aprovação da LDB 9394/96, em razão da diversidade de interesses e ideologias queenvolvem essa temática. Tanto que “[...] o texto final, lamentavelmente, pode ser considerado omais fragilizado e débil no sentido de apontar para uma formação profissional

mais definida e articulada com os demais itens do Sistema nacional de Educação (artigos39-42)” (PEREIRA e TEIXEIRA 2000, p. 104-105).

De acordo com o art. 39 da supracitada lei, a educação profissional e tecnológica, no cum-

primento dos objetivos da educação nacional, integra-se aos diferentes níveis e modalidades deeducação e às dimensões do trabalho, da ciência e da tecnologia.O disposto nesse artigo implica que a educação profissional, a partir de 2008, está direta-

mente em consonância com o art. 1º da LDB, quando este articula a educação à sociedade demaneira geral, inclusive ao trabalho.

A educação abrange os processos formativos que se desenvolvem na vida fami-liar, na convivência humana, no trabalho, nas instituições de ensino e pesquisa,nos movimentos sociais e organizações da sociedade civil e nas manifestaçõesculturais.

As modificações que, a partir desta data, incorporam o texto da lei propõem a integração daeducação profissional aos diferentes níveis, etapas e modalidades da educação, atrelados ao de-

senvolvimento da ciência e da tecnologia. Dispõe também sobre os tipos de curso que a educa-ção profissional e tecnológica envolverá: formação inicial e continuada ou qualificação profissio-nal, técnica de nível médio, e tecnológica de graduação e pós-graduação. Essa nova organizaçãopolítica estabelece a educação continuada, permanente, como forma de atualizar, especializar eaperfeiçoar jovens e adultos em seus conhecimentos tecnológicos.

O acesso à educação profissional é possível ao aluno matriculado ou egresso do ensino fun-damental, médio e superior, assim como ao trabalhador em geral. As instituições de educaçãoprofissional deverão oferecer, além de seus cursos regulares, cursos especiais, abertos à comuni-dade. Nesse caso, a matrícula não deverá ser condicionada necessariamente ao nível de escolari-dade, mas à capacidade de aproveitamento do aluno.

3.4.6 Educação a Distância

DICA

Leia a legislação perti-nente ao Ensino TécnicoProfissional:• Decreto nº

5.154/2004 –Conjuga a ofertade Ensino TécnicoProfissional deNível Médio ao En-sino Médio Regulare revoga o Decretonº 2.208/1997.

• Resolução CNE/CEBnº 01/2005 - Atua-liza as DiretrizesCurriculares Nacio-nais para o EnsinoMédio e para a

Educação Profissio-nal Técnica de nívelmédio às disposi-ções do Decreto nº5.154/2004.

• Resolução CNE/CEBnº 4/2005 - Incluinovo dispositivo àResolução CNE/CEB01/2005, que atua-liza as DiretrizesCurriculares Nacio-nais para o EnsinoMédio e para aEducação Profissio-

nal Técnica de nívelmédio às disposi-ções do Decreto nº5.154/2004.

• Decreto nº5.478/2005 - Ins-titui, no âmbitodas instituiçõesfederais de educa-ção tecnológica,o Programa deIntegração da Edu-cação Profissionalao Ensino Médiona Modalidadede Educação deJovens e Adultos -PROEJA.

• Parecer CNE/CEB nº20/2005 - Inclusãoda Educação deJovens e Adultos,prevista no Decretonº 5.478/2005,como alternativapara a oferta daEducação Profissio-nal Técnica de nívelmédio de forma

integrada com oEnsino Médio.

◄ Figura 13: Educação aDistância

Fonte: Disponível em<http://telecentro-marioalves.blogspot.com/2010/05/nt-educa-cao.html>. Acesso em 29nov. 2011.

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UAB/Unimontes - 4º Período

A modalidade de educação a distância é caracterizada pelo art. 1º do Decreto nº.5.622/2005:

[...] a educação a distância como modalidade educacional na qual a mediaçãodidático-pedagógica nos processos de ensino e aprendizagem ocorre com autilização de meios e tecnologias de informação e comunicação, com estudan-tes e professores desenvolvendo atividades educativas em lugares ou tempos

diversos.

Esta definição está presente no Decreto 5.622, de 19 de dezembro de 2005 que revoga o De-creto 2.494/9), que regulamenta o Art. 80 da Lei 9.394/96 (LDB).

A educação a distância é a modalidade de ensino que permite o rompimento da barreirafísica e cronológica, de modo que os sujeitos envolvidos no processo não precisem estar fisica-mente presentes em um ambiente formal de ensino-aprendizagem, assim como também permi-te que o aluno estude autonomamente e em horários condizentes com sua disponibilidade. Fazreferência também à distância cronológica ou espacial entre professor e aluno. A interação entreprofessor e aluno ocorre por meio de tecnologias, principalmente as telemáticas como a internete as hipermídias, mas também podem ser utilizados outros recursos de comunicação, tais como:carta, rádio, televisão, vídeo, CD-ROM, telefone, fax, celular, ipod , entre tantos outros. Conforme

avançam as tecnologias de comunicação virtual, o conceito de presencialidade também se alte-ra. A educação a distância ressalta o papel do aluno, que organiza sua própria aprendizagem, demodo a desenvolver sua autonomia.

A Educação a Distância é uma modalidade de ensino que se consolida cada vez mais no ce-nário educacional. Para entender um pouco mais sobre esta modalidade, é importante conside-rar que se trata de um processo de ensino-aprendizagem com características específicas.

Essa modalidade de educação tem uma longa história de sucessos e fracassos. Sua origemrecente está nas experiências de educação por correspondência iniciadas no final do século XVIII.Na atualidade utiliza multimeios, desde os impressos a redes de computadores, avançando rumoà comunicação instantânea de dados de voz e imagem via satélite ou por cabos de fibra ótica,empregando formas diferenciadas de interação e interatividade entre os sujeitos típicos destamodalidade. No Brasil, desde a fundação do Instituto Rádio Técnico Monitor, em 1939, e depoisdo Instituto Universal Brasileiro, em 1941, várias experiências foram desenvolvidas com relativo

sucesso (GUARANYS; CASTRO, 1979, p. 18).Sobre esta modalidade de ensino a LDB 9394/96 apresenta:

Art. 80. O Poder Público incentivará o desenvolvimento e a veiculação de pro-gramas de ensino a distância, em todos os níveis e modalidades de ensino, e deeducação continuada.§ 1º A educação a distância, organizada com abertura e regime especiais, seráoferecida por instituições especificamente credenciadas pela União.§ 2º A União regulamentará os requisitos para a realização de exames e registrode diplomas relativos a cursos de educação a distância.§ 3º As normas para produção, controle e avaliação de programas de educaçãoa distância e a autorização para sua implementação, caberão aos respectivos sis-temas de ensino, podendo haver cooperação e integração entre os diferentessistemas.

§ 4º A educação a distância gozará de tratamento diferenciado, que incluirá:I - custos de transmissão reduzidos em canais comerciais de radiodifusão sonorae de sons e imagens e em outros meios de comunicação que sejam exploradosmediante autorização, concessão ou permissão do poder público;II - concessão de canais com finalidades exclusivamente educativas;III - reserva de tempo mínimo, sem ônus para o Poder Público, pelos concessio-nários de canais comerciais.

A regulamentação desse artigo abriu perspectivas para que seja traçada uma política na-cional de educação a distância e também para que se fixem diretrizes gerais para os sistemas deensino.

Importa ainda acrescentar que a modalidade educação a distância se constitui em uma tá-tica, uma metodologia de ensino a serviço da educação. Assim, a estrutura, organização e fun-cionamento dos cursos são sempre os mesmos aprovados para os cursos convencionais. Dife-renciam-se, apenas, as atribuições do professor, os profissionais específicos demandados pelaspeculiaridades da modalidade, a relação professor-aluno, os meios usados para veicular o conhe-cimento e a organização técnico-administrativa responsável pelos programas e pelos cursos.

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Letras Espanhol - Estrutura e Funcionamento do Ensino Fundamental e Médio

3.4.7 Educação Quilombola

A Conferência Nacional de Educação (CONAE)ocorrida em Brasília, no ano de 2010, realizou um de-bate sobre a diversidade no campo da política edu-

cacional.Esse debate resultou na inclusão da educaçãoescolar quilombola como modalidade da educaçãobásica no Parecer CNE/CEB 07/2010 e na ResoluçãoCNE/CEB 04/2010 que instituem as Diretrizes Curricu-lares Gerais para a Educação Básica. Esse novo con-texto determina que a regulamentação da EducaçãoEscolar Quilombola nos sistemas de ensino, no quese refere à educação básica, deverá ser concretizadano país e cumprir uma organização curricular co-mum, enquanto garante, ao mesmo tempo, especifi-cidades da realidade das comunidades quilombolasdo país.

Essa modalidade de ensino deverá adotar tam-bém as determinações do Parecer CNE/CP 03/2004e Resolução CNE/CP 01/2004 que instituem a obri-gatoriedade do ensino de história e cultura afro-brasileira e africana nos currículos das escolaspúblicas e privadas da Educação Básica, bem como as demais orientações e resoluções do CNEvoltadas para a educação nacional.

A legislação educacional brasileira determina que a prática social na educação básica tenhaem vista o enfrentamento das desigualdades étnico-raciais. A instituição dessa modalidade deensino teve início a partir de temas transversais que buscavam dialogar com a pluralidade cultu-ral. Posteriormente, a partir da Lei 10.639 de 2003 que altera a LDBEN em seus artigos 26A, 79Ae 79B, estabelecendo a obrigatoriedade do ensino de História e Cultura Afro-brasileira e Africanana educação básica.

Art. 26-A. Nos estabelecimentos de ensino fundamental e de ensino médio, pú-blicos e privados, torna-se obrigatório o estudo da história e cultura afro-brasi-leira e indígena.§ 1º O conteúdo programático a que se refere este artigo incluirá diversos aspec-tos da história e da cultura que caracterizam a formação da população brasileira,a partir desses dois grupos étnicos, tais como o estudo da história da África edos africanos, a luta dos negros e dos povos indígenas no Brasil, a cultura negrae indígena brasileira e o negro e o índio na formação da sociedade nacional, res-gatando as suas contribuições nas áreas social, econômica e política, pertinentesà história do Brasil.§ 2º Os conteúdos referentes à história e cultura afro-brasileira e dos povos in-dígenas brasileiros serão ministrados no âmbito de todo o currículo escolar, emespecial nas áreas de educação artística e de literatura e história brasileiras.

A Lei n. 10.639/2003 tornou obrigatório o ensino da História e da Cultura Africana e Afro-brasileira nas escolas. Essa lei avigora a discussão acerca da importância de uma educação mul-ticultural e da implementação de novas práticas de ensino alusivas à inclusão da temática racialno ambiente escolar.

No campo político faz-se mister lembrar outra conquista histórica para a população negrano Brasil, as políticas de ações afirmativas, em especial, as cotas nas universidades.

Praticado em várias universidades brasileiras desde 2003, enquanto política de Ação Afirma-tiva, o sistema de cotas tem sido objeto de grandes debates. Esta prática encontra dificuldadesde diferentes naturezas, principalmente em relação à definição de grupos a serem beneficiados;entretanto, é a reserva de cotas raciais que traz maior debate entre defensores e oponentes.

O tema das políticas de Ações Afirmativas não é recente no domínio da sociedade brasileira,ainda que seja muito polêmico, a principiar pela discussão acerca de sua própria definição. A ex-

pressão Ação Afirmativa tem ampla distinção de sentidos porque reflete, pelo menos em parte,as experiências históricas dos países em que foram desenvolvidas. É uma política destinada nãoapenas às minorias, mas aos menos favorecidos que, de alguma forma, tiveram ou têm seus di-reitos civis, políticos e sociais afetados pela discriminação.

Figura 14: EducaçãoQuilombola.

Fonte: Disponível em<https://www.google.com.br/?gws_rd=ssl#q=educa%C3%A7%C3%A3o+quilombola>. Acesso em01 out. 2014.

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A educação quilombola deve ter como referência valores sociais, culturais, históricos e eco-nômicos das comunidades quilombolas. Assim, a escola deverá se tornar um espaço educacionalque realize a conversa “entre o conhecimento escolar e a realidade local, que valorize o desenvol-vimento sustentável, o trabalho, a cultura, a luta pelo direito à terra e ao território”. (BRASIL 2011).

Portanto, a escola precisa de currículo, projeto político-pedagógico, espaços,tempos, calendários e temas adequados às características de cada comunidadequilombola para que o direito à diversidade se concretize. Essa discussão precisafazer parte da formação inicial e continuada dos professores. (BRASIL, 2011).

BOX 2

A legislação pertinente à Educação a Distância e à Educação Quilombola

Portaria nº 4.059, de 10 de dezembro de 2004, que permite a oferta de 20% da carga ho-rária total dos cursos na modalidade a distância.

Portaria nº 4.361, de 29 de dezembro de 2004, que trata sobre os processos de credencia-mento e reconhecimento de cursos.

Decreto nº 5.622, de 19 de dezembro 2005, que regulamenta o art. 80 da Lei no 9.394, de20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional.

Lei nº 11.273, de 6 de fevereiro de 2006, que autoriza a concessão de bolsas de estudos ede pesquisa a participante de programas de formação inicial e continuada de professores paraa educação básica.

Decreto Nº 5.800, de 8 de junho de 2006, que dispõe sobre o Sistema Universidade Aber-ta do Brasil - UAB.

Portaria Normativa nº 02, de 10 de janeiro de 2007, que dispõe sobre os procedimentosde regulação e avaliação da educação superior na modalidade a distância.

Decreto nº 6.303, de 12 de dezembro 2007, que altera dispositivos dos Decretos nos5.622, de 19 de dezembro de 2005, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional,e 5.773, de 9 de maio de 2006, que dispõe sobre o exercício das funções de regulação, super-visão e avaliação de instituições de educação superior e cursos superiores de graduação e se-quenciais no sistema federal de ensino.

Resolução CD/FNDE Nº 24, de 4 de junho de 2008, que estabelece orientações e diretri-zes para o apoio financeiro às instituições de ensino participantes do Sistema UniversidadeAberta do Brasil, vinculado à CAPES e à Secretaria de Educação a Distância do Ministério daEducação, nos exercícios de 2008/2009.

Resolução CD/FNDE nº 26, de 5 de junho de 2009, que estabelece orientações e diretrizespara o pagamento de bolsas de estudo e de pesquisa a participantes da preparação e execu-ção dos cursos dos programas de formação superior, inicial e continuada no âmbito do Sis-tema Universidade Aberta do Brasil (UAB), vinculado à Coordenação de Aperfeiçoamento dePessoal de Nível Superior (Capes), a serem pagas pelo FNDE a partir do exercício de 2009.

Parecer CNE/CEB 07/2010 sobre as Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais para a Educa-ção Básica.

Resolução CNE/CEB 04/2010 que define Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais para aEducação Básica.

Parecer CNE/CP 03/2004 que define Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação dasRelações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana.

Resolução CNE/CP 01/2004 que institui Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educaçãodas Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana.

Lei 10.639 de 2003 que altera a Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabeleceas diretrizes e bases da educação nacional, para incluir no currículo oficial da Rede de Ensino aobrigatoriedade da temática “História e Cultura Afro-Brasileira”, e dá outras providências.

Fonte: Elaborado pelas autoras a partir da legislação vigente.

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3.5 Financiamento da EducaçãoA temática que vamos discutir neste item trata das bases legais do financiamento da educa-

ção. Ater-nos-emos às questões atuais dos recursos financeiros destinados à educação brasileira.

A Constituição Federal de 1988 garantiu, além dos direitos inerentes à educação tratadosnas unidades anteriores, os recursos financeiros para a manutenção e desenvolvimento do ensi-no, vinculados a impostos e transferências e também contribuições sociais como recursos adicio-nais, nos artigos 212, 213 e no artigo 60 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias.

Art. 212 - A União aplicará, anualmente, nunca menos de dezoito, e os Estados,o Distrito Federal e os Municípios vinte e cinco por cento, no mínimo, da receitaresultante de impostos, compreendida a proveniente de transferências, na ma-nutenção e desenvolvimento do ensino (Constituição Federativa do Brasil, 1998).

O parágrafo 5º deste mesmo artigo determina que “a educação básica pública terá comofonte adicional de financiamento a contribuição social do salário-educação recolhida pelas em-presas [...]”, que dela poderão deduzir a aplicação realizada no ensino fundamental de seus em-

pregados e dependentes.A Emenda Constitucional Nº 53 de 19 de dezembro de 2006 deu nova redação ao art. 60 doAto das Disposições Constitucionais Transitórias da Constituição Federal de 1988. Assim, confor-me o Inciso XII do artigo 2º e no § 1º deste mesmo inciso os Estados, o Distrito Federal e os Mu-nicípios destinarão não menos de 60% (sessenta por cento) dos recursos a que se refere o caputdo art. 212 da Constituição Federal, “ao pagamento dos profissionais do magistério da educaçãobásica em efetivo exercício” de modo a “assegurar, no financiamento da educação básica, a me-lhoria da qualidade de ensino, de forma a garantir padrão mínimo definido nacionalmente”.

Art. 2º O art. 60 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias passa a vigo-rar com a seguinte redação:“Art. 60. Até o 14º (décimo quarto) ano a partir da promulgação desta EmendaConstitucional, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios destinarão partedos recursos a que se refere o caput do art. 212 da Constituição Federal à manu-tenção e desenvolvimento da educação básica e à remuneração condigna dostrabalhadores da educação, respeitadas as seguintes disposições:I - a distribuição dos recursos e de responsabilidades entre o Distrito Federal, osEstados e seus Municípios é assegurada mediante a criação, no âmbito de cadaEstado e do Distrito Federal, de um Fundo de Manutenção e Desenvolvimentoda Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação - FUNDEB, denatureza contábil;[...]XII - proporção não inferior a 60% (sessenta por cento) de cada Fundo referido noinciso I do caput deste artigo será destinada ao pagamento dos profissionais domagistério da educação básica em efetivo exercício.§ 1º A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios deverão assegurar, nofinanciamento da educação básica, a melhoria da qualidade de ensino, de formaa garantir padrão mínimo definido nacionalmente. (BRASIL, 2006).

A partir daí, surgiram vários outros instrumentos legais que propuseram reformas para osetor educacional incluindo seu financiamento. São eles: a Lei do Fundo de Manutenção e De-senvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (11.494/2007– FUNDEB) e em 2001, o Plano Nacional de Educação (Lei 10.172/2001) que foi revogada pela Lei13.005 de 13 de junho de 2014.

O FUNDEF, instituído em 1996, com vigência de dez anos. Expirou em 2006, quando entãofoi instituído o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorizaçãodos Profissionais de Educação (FUNDEB). Sua regulamentação se deu primeiramente através demedida provisória (MP) nº 339/2006 e em seguida através da Emenda Constitucional nº. 53/2006,pela Lei 11.494/2007 e pelo Decreto 6253/2007.

O FUNDEB alterou os artigos 7º, 23, 30, 206, 208, 211 e 212, da Constituição de 1988 e o arti-go 60, do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias, também desta Constituição, já citado.

Vale lembrar ainda que a EC n.º 53/2006 não revogou todos os dispositivos da lei n.º9.424/96, que dispõe sobre o FUNDEF. Continuam ainda em vigor os artigos do 9 ao 12, 14 e 15.Estes dispositivos versam, entre outras matérias, sobre as de Plano de Carreira e Remuneração do

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Magistério; cumprimento do art. 212 da Constituição Federal; competência dos Tribunais de Con-tas para estabelecer mecanismos adequados à fiscalização do cumprimento pleno do dispostono art. 212 da Constituição Federal e sobre o salário-educação.

Com as modificações postas pelo FUNDEB, este atenderá não apenas o Ensino Fundamental,mas também a Educação Infantil, o Ensino Médio e a Educação de Jovens e Adultos (EJA). Essasetapas e modalidades educacionais, que anteriormente não eram contempladas pelo processo

de distribuição de recursos do FUNDEF, seguramente incentivarão o aumento em suas matrícu-las. Essa nova demanda exigirá dos Estados, e principalmente dos Municípios, um sério planeja-mento de sua estrutura física e de recursos humanos, a fim de que se tornem capazes de oferecerum ensino de qualidade.

Uma das principais características do FUNDEB é a distribuição de recursos com base no nú-mero de alunos da educação básica e repasse automático feito pelo Banco do Brasil nas datas dedez, vinte e trinta de cada mês. Observe a composição dos recursos do FUNDEB no quadro 1.

QUADRO 1Composição dos recursos do FUNDEB

IMPOSTOS 2007 2008 2009

ICMS 16,66% 18,33% 20%

FPM 16,66% 18,33% 20%

FPE 16,66% 18,33% 20%

IPI-EXP 16,66% 18,33% 20%

LC 87/96 16,66% 18,33% 20%

ITCMD 6,66% 13,33% 20%

IPVA 6,66% 13,33% 20%

ITR 6,66% 13,33% 20%

Outras Origens Rendimentos financeiros das aplicações dos recursos do FUNDEB.Complementação da União para os Estados que não atingirem o valormínimo nacional por aluno.

Fonte: Disponível em <http://qese.edunet.sp.gov.br/fundef/sugbapes/comp.htm>. Acesso em 29 nov. 2011.

O Fundo é composto, na quase totalidade, por recursos dos próprios Estados, Distrito Fede-ral e Municípios, sendo constituído de:

• Contribuição de Estados, DF e Municípios, de:• 16,66 % em 2007; 18,33 % em 2008 e 20 % a partir de 2009, sobre:

• Fundo de Participação dos Estados – FPE• Fundo de Participação dos Municípios – FPM• Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços – ICMS•

Imposto sobre Produtos Industrializados, proporcional às exportações – PIexp• Desoneração de Exportações (LC 87/96)

• Contribuição de Estados, DF e Municípios, de:• 6,66 % no 1º em 2007; 13,33 % em 2008 e 20 % a partir de 2009, sobre:

• Imposto sobre Transmissão Causa Mortis e Doações – ITCMD• Imposto sobre Propriedade Veículos Automotores – IPVA• Quota Parte de 50% do Imposto Territorial Rural devida aos Municípios – ITR

• Receitas da dívida ativa e de juros e multas, incidentes sobre as fontes acima relacionadas.Além desses recursos, ainda compõe o FUNDEB, a título de complementação, uma parcela

de recursos federais, sempre que, no âmbito de cada Estado, seu valor por aluno não alcançar omínimo definido nacionalmente.

A complementação da União está definida da seguinte forma:• 2,0 bilhões de reais em 2007;• 3,0 bilhões de reais em 2008;• 4,5 bilhões de reais em 2009; e• 10% do valor total do Fundo a partir de 2010.

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Dos recursos citados no Quadro 1, 100% são investidos na educação básica e, destes, 60%são utilizados na remuneração dos profissionais do Magistério em efetivo exercício na educaçãobásica e 40% em outras ações de manutenção e desenvolvimento do ensino. É importante real-çar que a União não pode utilizar o recurso do salário-educação para complementar o FUNDEB.

A Educação Básica, no aspecto de Valorização dos Profissionais da Educação, com a implan-tação do FUNDEB, busca uma das respostas mais esperadas, com base na gestão compartilhada

entre a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios.Cabe ressaltar que o FUNDEB representou um irrefutável progresso em relação ao FUNDEF,

no que diz respeito ao controle social dos recursos. Foram ampliadas as atribuições dos conse-lhos, os quais, além de supervisionar o Censo Escolar e acompanhar e fiscalizar os gastos com osrecursos do FUNDEB, terão também a função de supervisionar a elaboração da proposta orça-mentária anual, acompanhar a aplicação dos recursos e a prestação de contas do Programa Na-cional de Apoio ao Transporte Escolar (PNATE) e do Programa de Apoio aos Sistemas de Ensinopara Atendimento à Educação de Jovens e Adultos (BRASIL, 2007).

Frente ao exposto, podemos concluir que, apesar do FUNDEB representar um avanço emrelação ao FUNDEF, ao resgatar o conceito de educação básica e ao fortalecer o controle social,ele não enfrentou o principal problema da política de fundos, que é a existência de um valormínimo por aluno, suficiente para assegurar um ensino de qualidade e que impeça as disparida-des regionais.

A Constituição Federal, no seu art. 213, e a LDB 9394/96, no art. 77 preveem a destinaçãode recursos financeiros tanto para as escolas públicas como também para escolas comunitárias,confessionais ou filantrópicas, desde que comprovem finalidade não lucrativa e não distribuamresultados, dividendos, bonificações, participações ou parcela de seu patrimônio sob nenhumaforma ou pretexto.

O financiamento da educação no Brasil é objeto de estudo crescente entre os estudiososdas políticas públicas. Isso se reflete tanto na percepção das limitações do sistema vigente comonas mudanças administrativas e fiscais promovidas pela Constituição de 1988, pela EmendaConstitucional 14/1996, pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei no  9.394/96),pela Lei de Responsabilidade Fiscal (Lei Complementar nº 101/00), pela Emenda Constitucional53/2006 e pela Lei 11.494/2007.

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UAB/Unimontes - 4º Período

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fevereiro de 2001; revoga dispositivos das Leis n. 9.424, de 24 de dezembro de 1996, 10.880, de 9de junho de 2004, e 10.845, de 5 de março de 2004; e dá outras providências. Diário Oficial daUnião, Brasília-DF, 21 jun. 2007.

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BRASIL. Resolução CNE/CEB nº 01/1999. Institui as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educa-

ção Infantil. Disponível em <http://portal.mec.gov.br/cne/arquivos/pdf/CEB0199.pdf>. Acesso em11 nov. 2011.

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Letras Espanhol - Estrutura e Funcionamento do Ensino Fundamental e Médio

UNIDADE 4Gestão das Instituições de Ensino

4.1 IntroduçãoA unidade 4, intitulada Gestão das Instituições de Ensino, está voltada para o conhecimento

da gestão das instituições de ensino regulares, norteadas pelos regimentos escolares, bem comopelos projetos político- pedagógicos e institucionais.

Ao final da unidade, você deverá ser capaz de:• Compreender a estrutura administrativa e pedagógica da escola.• Identificar as incumbências da escola e dos professores.

• Compreender o funcionamento e a importância do Colegiado Escolar, Caixa Escolar e doConselho de Classe.

• Reconhecer a importância do Regimento Escolar e do Projeto Político-Pedagógico no exercí-cio da democracia e cidadania na instituição escolar.

• Associar o crescimento na carreira ou a demissão do serviço público com a avaliação de de-sempenho.

• Relacionar a ética profissional com o desempenho e bom andamento da instituição escolar.

4.2 A Escola na sua Dimensão

Administrativa e PedagógicaPodemos definir a escola com a seguinte estrutura:

4.2.1 A Organização Administrativa

A organização administrativa da escola é planejada tendo em vista a necessidade do cum-primento do seu papel. A escola apresenta uma estrutura administrativa, pedagógica e financei-

◄ Figura 15: Estruturaorganizacional escolar

Fonte: Elaborado pelasautoras.

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UAB/Unimontes - 4º Período

ra. As incumbências dos professores e das escolas, tanto públicas quanto privadas, são definidasnacionalmente conforme estabelece o art.12 e 13 da lei 9394/96:

QUADRO 2Organização escolar administrativa da escola a partir da lei art.12 e 13 da lei 9394/96

Incumbência da escola Incumbência dos docentes

Administrar seu pessoal e seus recursos ma-teriais e financeiros.

Elaborar e executar sua proposta pedagógica. Participar da elaboração da proposta peda-gógica do estabelecimento de ensino.

Velar pelo cumprimento do plano de traba-lho de cada docente.

Elaborar e cumprir plano de trabalho, segun-do a proposta pedagógica do estabelecimen-to de ensino.

Zelar pela aprendizagem dos alunos.

Prover meios para a recuperação dos alunosde menor rendimento.

Estabelecer estratégias de recuperação paraos alunos de menor rendimento.

Assegurar o cumprimento dos dias letivos ehoras-aulas estabelecidas.

Ministrar os dias letivos e horas-aulas esta-belecidos, além de participar integralmentedos períodos dedicados ao planejamento, àavaliação e ao desenvolvimento profissional.

Articular-se com as famílias e a comunidade,criando processos de integração da socieda-de com a escola; informar os pais e responsá-veis sobre a frequência e o rendimento dosalunos bem como sobre a execução de suaproposta pedagógica.Informar pai e mãe, conviventes ou não comseus filhos, e, se for o caso, os responsáveis

legais, sobre a frequência e rendimentodos alunos bem como sobre a execução daproposta pedagógica da escola; notificar aoConselho Tutelar do Município, ao juiz com-petente da Comarca e ao respectivo repre-sentante do Ministério Público a relação dosalunos que apresentem quantidade de faltasacima de cinquenta por cento do percentualpermitido por lei.

Colaborar com as atividades de articulaçãoda escola entre as famílias e a comunidade.

Fonte: Organizado pelas autoras a partir da legislação vigente.

Nesse sentido, a escola passa a ter a incumbência de elaborar e executar a sua proposta

pedagógica, devendo para tanto envolver a comunidade atendida ou seus representantes bemcomo o seu corpo docente. Cabe à escola administrar seu pessoal e seus recursos materiais efinanceiros, o que revela claramente uma descentralização administrativa e o exercício de suaautonomia em decisões importantes para o seu funcionamento, tendo como eixo norteador asua missão. Mas, para definir os seus recursos humanos, cada sistema estabelece suas normascomplementares, o mesmo ocorrendo com os recursos financeiros e os atos administrativos. Porexemplo, em Minas Gerais, na rede estadual, os recursos humanos da escola são definidos combase no número de alunos. Para isso, anualmente são definidos os parâmetros quantitativos paraa composição do quadro das escolas estaduais (vejamos parte do anexo II da Resolução SEE nº1.773, de 22 de dezembro de 2010).

O Quadro de Pessoal das escolas estaduais observará o número de turmas autorizadas e re-gistradas no Sistema Mineiro de Administração Escolar – SIMADE:

2.1 - o número de cargos de Professor Regente de Turma ou de Aulas será o necessário para

atender às turmas autorizadas para o funcionamento da escola, inclusive as de Projetos autoriza-dos pela Secretaria;

2.2 - para a quantificação de Professor Eventual será considerado apenas o número de tur-mas dos anos iniciais do ensino fundamental;

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Letras Espanhol - Estrutura e Funcionamento do Ensino Fundamental e Médio

2.3 - o Professor Eventual, além das substituições de docentes, deve colaborar com a Super-visão Pedagógica nas atividades de reforço de alunos;

2.4 - para a quantificação de Auxiliar de Serviços de Educação Básica - ASB - serão conside-radas também as turmas dos Projetos: Aluno de Tempo Integral e Aprofundamento de Estudos,devidamente autorizadas;

2.5 - não haverá Secretário de Escola em escola indígena e escola que funcione em Unidade

Prisional e Centro Socioeducativo;2.6 - o cargo de Assistente Técnico de Educação Básica, ATB (Auxiliar de Área Financeira),

será provido exclusivamente por servidor que comprove habilitação em Técnico de Contabilida-de ou Ciências Contábeis;

2.7 - os servidores em Ajustamento Funcional são excluídos da quantificação, exceto os de-tentores do cargo de PEB, EEB e AEB, que exercerão funções conforme estabelecido no artigo 5ºdesta Resolução;

O número de alunos também é definido a partir de regras específicas de cada sistema edu-cacional. Nesse sentido, a escola tem sua autonomia definida nos limites das legislações especí-ficas do sistema a que estiver vinculada. Para assegurar essa autonomia do sistema de ensino, aLBDEN trata do assunto em linhas gerais em seu Art. 25:

Será objetivo permanente das autoridades responsáveis alcançarem relação

adequada entre o número de alunos e o professor, a carga horária e as condiçõesmateriais do estabelecimento.Parágrafo único. Cabe ao respectivo sistema de ensino, à vista das condiçõesdisponíveis e das características regionais e locais, estabelecer parâmetro paraatendimento do disposto neste artigo.

Já em Minas Gerais, a enturmação é feita com base nos seguintes quantitativos:

QUADRO 3Orientação de enturmação para o Estado de Minas Gerais

Etapa Número de alunos por turma

Anos iniciais do ensino fundamental 25 (vinte e cinco)

Anos finais do ensino fundamental 35 (trinta e cinco)

No ensino médio 40 (quarenta)

Na educação especial: 08 (oito) a 15 (quinze)

Fonte: Organizado pelas autoras a partir da legislação vigente.

Cabe à escola assegurar que os alunos tenham, no mínimo, 200 (duzentos) dias letivos e 800(oitocentas) horas-aulas de forma efetiva, evitando-se assim dispensas antes do horário específi-co de as aulas terminarem para quaisquer fins. Não são aceitáveis alterações do calendário e doshorários normais de aulas, exceto em estado de greve ou autorização expressa do órgão central aque a escola estiver vinculada.

É papel da escola: acompanhar a execução do plano de trabalho do professor, enquanto oprofessor tem o papel de elaborar e executar o seu plano de trabalho. Para elaboração do seuplano de trabalho, devem ser considerados os documentos de referência do sistema ao qual es-teja vinculado e outros documentos da escola, tais como projeto político- pedagógico, regimen-to escolar, diretrizes curriculares nacionais e conteúdo básico comum/CBC. O plano de trabalhodeve ser elaborado para direcionar o trabalho do professor, e não apenas para cumprir um ritualde planejamento no início do ano letivo.

 Em relação aos alunos, muitos são os deveres da escola, pois é seu papel assegurar as con-dições para a efetivação de sua aprendizagem nas diversas disciplinas e recuperação dos alunosque apresentarem baixo rendimento escolar, acompanhar a sua recuperação, além de informaraos pais ou responsáveis sobre sua frequência e rendimento bem como sobre a execução de suaproposta pedagógica. Por outro lado, é papel do professor zelar pela aprendizagem do aluno;

isso significa envidar todos os esforços para assegurar a sua aprendizagem, buscar todos os re-cursos didáticos, pedagógicos e psicológicos para tal fim. Não basta o professor ministrar o con-teúdo da disciplina, há necessidade de uma avaliação constante do seu trabalho e dos resultadospedagógicos com o aluno. O professor tem responsabilidade pela aprendizagem do aluno, esse éo sentido do seu trabalho e da sua disciplina: a aprendizagem.

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O aluno é a razão da existência da escola e da existência do professor, toda a superestruturaadministrativa, pedagógica e financeira da escola é montada para atendimento ao aluno no seuprocesso de aprendizagem e formação.

Regimento Escolar

O regimento da escola é a sua lei interna, significa adireção, a governança da escola, ou seja, um conjunto deregras, que definem normas de conduta, estabelecendoa ordem de funcionamento. Para sua elaboração, deverãoser levadas em conta as normas estaduais e federais. É aescola que elabora e aprova seu regimento escolar atravésdo colegiado escolar, o qual obrigatoriamente deverá serreferendado pelo órgão superior de vinculação da escola.

O regimento deve abordar os elementos fundamen-tais indispensáveis ao funcionamento de uma escola.Sendo que neste documento são definidos: a filosofia,os objetivos, a organização administrativa, didática e dis-ciplinar como instrumento legal que organiza e define aescola.

O regimento escolar regula as normas de convivên-cia entre a escola e a família entre a escola e a comuni-dade, entre a escola e as autoridades e os diversos órgãos

do sistema de ensino, entre os alunos, professores, o pessoal técnico e o pessoal administrativo,define direitos e deveres de todos que mantêm algum tipo de vínculo com a escola, ou seja, osque utilizam o seu serviço ou nela trabalham.

O regimento fixa a organização e regula o funcionamento da escola. Define as atribuiçõesde todos os seus servidores e deve ser elaborado segundo a legislação de ensino e as normas dosistema. Ele garante a regularidade legal dos atos escolares.

Colegiado Escolar

A gestão democrática das instituições públicas deve ser assegurada com base na participa-ção dos docentes em conselhos e no direito de participação da elaboração da proposta pedagó-gica, conforme dispositivo da lei 9394/96.

Art. 14. Os sistemas de ensino definirão as normas da gestão democrática doensino público na educação básica, de acordo com as suas peculiaridades e con-forme os seguintes princípios:I - participação dos profissionais da educação na elaboração do projeto pedagó-gico da escola;II - participação das comunidades escolar e local em conselhos escolares ou equi-valentes.Art. 15. Os sistemas de ensino assegurarão às unidades escolares públicas deeducação básica que os integram progressivos graus de autonomia pedagógica

e administrativa e de gestão financeira, observadas as normas gerais de direitofinanceiro público.

Em Minas Gerais, o colegiado escolar é o órgão re-presentativo da comunidade escolar com a participaçãode professor de educação básica regente de turmas e deaulas, professor de educação básica que exerce outrasfunções, especialista em Educação Básica e demais servi-dores das outras carreiras que constituem o segmento deprofissionais em exercício na escola. Participam tambémdo colegiado escolar os alunos regularmente matricula-dos e frequentes no ensino médio e alunos de quaisquerníveis de ensino com idade igual ou superior a 16 anos,pai ou responsável por aluno menor de 16 anos regular-mente matriculado e frequente no ensino fundamentalque constituem a comunidade atendida pela escola. Nãohá participação de alunos nas escolas que funcionam em

Figura 16: RegimentoEscolar

Fonte: Disponível em<http://ceppindai.blogs-

pot.com/2010_02_01_ar-chive.html>. Acesso em 10

set. 2011.

Figura 17: ColegiadoEscolar

Fonte: Disponível em<http://ceomg2009.blogs-

pot.com/2011/02/posse--do-colegiado-escolar-do--ceomg.html>. Acesso em

10 set. 2011.

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Letras Espanhol - Estrutura e Funcionamento do Ensino Fundamental e Médio

penitenciárias, o colegiado escolar é composto apenas por representantes da categoria de pro-fissionais em exercício na escola.

A presidência do colegiado é exercida pelo diretor e o colegiado tem funções deliberativa econsultiva nos assuntos referentes à gestão pedagógica, administrativa e financeira, respeitada anorma legal.

Os representantes do colegiado são eleitos pelos seus pares, através do voto secreto, em

eleição convocada especialmente para esse fim.A composição do colegiado escolar é feita segundo o número de alunos na escola, conside-

rando-se os seguintes quantitativos:

QUADRO 4Quantitativo para composição do colegiado escolar

Número de alunos Número de membros

Até 250 alunos 4 membros titulares e 4 suplentes

251 a 1400 alunos 8 membros titulares e 8 suplentes

Escolas com mais de 1400 alunos: 12 membros titulares e 12 suplentes

Fonte: Organizado pelas autoras a partir da legislação vigente.

A reunião do colegiado escolar é feita pela convocação de seu presidente ou por, no míni-mo, dois terços dos membros titulares ou, ainda, por solicitação da comunidade escolar ordina-riamente a cada mês; extraordinariamente, sempre que necessário.

Nas reuniões, é obrigatória a presença de, no mínimo, metade mais um dos membros titu-lares. É previsto o desligamento do membro titular que faltar a três reuniões consecutivas oualternadas, sem justificativa.

Para realização das reuniões, a convocação dos membros será feita por escrito, sendo per-mitido o livre acesso de interessados, com direito à voz, mas sem direito a voto, não podendopermanecer no recinto da reunião no momento da votação.

As decisões do colegiado escolar são registradas em ata que, depois de aprovada e assinada

pelos presentes, deve ser divulgada à comunidade escolar, sendo de livre acesso de todos os in-teressados.

Caixa Escolar

A caixa escolar é uma associação civil com per-sonalidade jurídica própria para fins não econômicos,cujo objetivo é o de gerenciar recursos financeirosnecessários à realização do processo educativo esco-lar. Está inscrita no CNPJ, registrada no Cartório de Tí-tulos e Documentos de Pessoa Jurídica.

A Caixa Escolar administra os recursos própriose transferidos pela União, Estados e Municípios nocumprimento dos objetivos pedagógicos da escola.

Nesse sentido é responsável pela aquisição debens de consumo e permanentes, obedecendo àsdotações orçamentárias, quando se tratar de recursopúblico, garantindo em suas aquisições e contrata-ções a realização de processo de escolha da propostamais vantajosa para a utilização dos recursos públi-cos disponíveis.

A Caixa Escolar se sujeita ao cumprimento de to-das as obrigações legais, fiscais e tributárias, relativas à sua atividade, tais como: declarar anual-mente Imposto de Renda, elaborar Relação Anual de Informações Sociais – RAIS, negativa oucom vínculos; elaborar declaração de débitos e créditos tributários federais – DCTF, referentes às

ações financeiras, de acordo com a lei vigente à época; elaborar declaração de imposto de rendaretido na fonte – DIRF, atualizar, na Receita Federal do Brasil ou responsável pelo CNPJ, substitui-ção do presidente da referida Caixa Escolar. Elaborar escrituração contábil nos termos da legisla-ção vigente, além de outras obrigações instituídas por lei ou por norma da Secretaria de Estadode Educação à qual a escola esteja vinculada.

DICA

Leia o Manual de Instru-ção das Caixas Escolaresquanto à utilização derecursos financeiros eà prestação de contas.Para isso, acesse o sítio:<https://www.edu-cacao.mg.gov.br/component/docman/doc_details/1174-ma-nual-caixa-escolar>.

Figura 18: Caixa Escolar.

Fonte: Disponível em

<http://amambaieduca.blogspot.com/2009/02/uma-escola-publica-pode--cobrar-uniforme.html>Acesso em 11 set. 2011.

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UAB/Unimontes - 4º Período

As caixas escolares são compostas de associados efetivos e associados colaboradores devi-damente qualificados em sua ata de constituição. O presidente da caixa escolar é o diretor daescola e dela podem fazer parte professores e demais servidores da escola, pais e responsáveis,alunos maiores de dezoito anos. Os sócios colaboradores podem ser ex-diretores do estabele-cimento de ensino, pais ou responsáveis de ex-alunos, ex-alunos maiores de 18 anos de idade,ex-professores e servidores da escola, membros da comunidade.

A caixa escolar conta também com uma comissão de licitação, eleita em assembleia, paraum mandato de dois anos, e conta também com um Assistente Técnico da Educação Básica comformação em contabilidade, que exerce o papel de auxiliar de área financeira, com atuação nacaixa escolar.

Ética

A ética pode ser conceituada como a reflexão acer-ca da razão de ser de determinada conduta em detri-mento de outras, passível de qualificação do bem ou domal, do ponto de vista de uma pessoa ou sociedade. Seuobjeto de estudo é a conduta, é a ação moral. Sua finali-dade é a felicidade. Para Herbert de Souza (1994, p.13):

A ética é um conjunto de princípios e valores que guiam eorientam as relações humanas. Esses princípios devem tercaracterísticas universais e precisam ser válidos para todas as

pessoas e para sempre. O primeiro código de ética de que se tem notícia, princi-palmente para quem possui formação católica, cristã, são os dez mandamentos.Regras como: não matarás, não desejarás a mulher do próximo, não roubarás,são apresentadas como propostas fundadoras da civilização ocidental e cristã.

Abordar a ética na escola possibilita pensar sobre a sua missão, os valores que devem orien-tar as condutas dos profissionais no interior do exercício das diversas funções.

Ética Profissional

Trata-se da conduta do profissional no desempenho de suas atribuições consignadas em lei.É de fundamental importância que o professor envide esforços para assegurar a aprendizagemdos alunos. Professores que adotam uma didática ineficiente prejudicam os alunos de diversasformas, pois neles deixam sequelas de forma irreversível, mudando às vezes até seus sonhos.

Toda profissão, quando mal desempenhada, pode trazer danos, mas, sem dúvida, que a do-cência mal exercida pode causar prejuízos que ultrapassem o tempo e as paredes da escola.

A ética profissional pode ser entendida como um trabalho competente desenvolvido nodia a dia do trabalho pedagógico. Isso implica a busca do alto aperfeiçoamento, do gosto daqui-lo que faz, ter a vaidade de ser um bom professor, desejar o sucesso do aluno e ainda construiroportunidades de aprendizagens dinâmicas que favoreçam o desenvolvimento de habilidadescada vez mais complexas.

A educação é a alavanca principal de aperfeiçoamento da sociedade, daí a importância deseus profissionais refletirem sobre seu papel e como uma conduta profissional ética poderá con-tribuir para a construção de uma sociedade mais justa, solidária e humanizada.

É importante fomentar a discussão de que quanto mais o professor desempenhar com zeloo seu trabalho mais contribuirá para o grupo de pessoas que ajudou a formar.

A ética é parte integrante da competência do professor, do saber ser do Profes-sor. Isso significa que um professor que não tem um sonho, uma utopia, não écomprometido... não é competente, não é ético. Não se pode educar sem umsonho. Ensinar por ensinar, mecanizar, desumanizar o processo educativo é nãoser ético. A competência do Professor não se mede pela sua competência de en-sinar, muito menos de lecionar, mas pelas possibilidades que constrói para queas pessoas possam aprender, conviver e viverem melhor (GADOTT, 2003, p.35).

Quanto mais o professor for incompetente em seu desempenho mais contribuirá para man-ter a sociedade como está.

Vale ressaltar que as mudanças não ocorrerão de cima para baixo, ou seja, pela boa vontadedos governantes, mas pela mobilização da sociedade. A mobilização da sociedade depende em

Figura 19: Ética

Fonte: Disponível em<http://hamiltont.blogs-

pot.com/2011/03/codigo--de-etica-profissional-do.html>. Acesso em 27 nov.

2011.

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Letras Espanhol - Estrutura e Funcionamento do Ensino Fundamental e Médio

parte da formação de pessoas mais bem preparadas e que compreendem o processo de explora-ção a que estão submetidos e o mundo em vivem.

Nesse sentido, podemos concluir que uma conduta profissional competente é aquela emque o profissional cumpre as suas atribuições com zelo, responsabilidade, eficácia e que se preo-cupa em manter-se atualizado e bem preparado para o exercício do seu papel.

Ao docente, segundo a Lei 8069/1990 – Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), é veda-

do expor o aluno a castigos físicos, humilhantes, discriminá-lo por razões religiosas, opções se-xuais, cor, condições econômicas ou político-partidárias.

Art. 53. A criança e o adolescente têm direito à educação, visando ao pleno de-senvolvimento de sua pessoa, preparo para o exercício da cidadania e qualifica-ção para o trabalho, assegurando-se-lhes:I - igualdade de condições para o acesso e permanência na escola;II - direito de ser respeitado por seus educadores;III - direito de contestar critérios avaliativos, podendo recorrer às instâncias esco-lares superiores;IV - direito de organização e participação em entidades estudantis;V - acesso à escola pública e gratuita próxima de sua residência.Parágrafo único. É direito dos pais ou responsáveis ter ciência do processo peda-gógico, bem como participar da definição das propostas educacionais (BRASIL,1990).

Então, não é permitido aos professores tecer comentários sobre o desempenho do aluno,nível intelectual em outros ambientes ou para outras pessoas, devendo o professor manifestar-sede forma respeitosa sobre o aluno nos conselhos de classes realizados especialmente para essefim.

Art. 3º - A criança e o adolescente gozam de todos os direitos fundamentais ine-rentes à pessoa humana, sem prejuízo da proteção integral de que trata esta Lei,assegurando-se-lhes, por lei ou por outros meios, todas as oportunidades e faci-lidades, a fim de lhes facultar o desenvolvimento físico, mental, moral, espirituale social, em condições de liberdade e de dignidade (BRASIL, 1990).

O aluno deve ser tratado com respeito pelos seus educadores, nesse sentido, é vedado ao

professor assediar, perseguir ou apelidar o aluno. Art. 17. (ECA): O direito ao respeito consiste nainviolabilidade da integridade física, psíquica e moral da criança e do adolescente, abrangendo apreservação da imagem, da identidade, da autonomia, dos valores, ideias e crenças, dos espaçose objetos pessoais.

O professor licenciado, ou seja, autorizado ao exercício da profissão, recebeu uma formaçãoque certamente lhe preparou para enfrentar as situações do cotidiano da escola, não podendode nenhuma forma medir forças com o aluno, devendo ter postura madura e equilibrada diantedas circunstâncias naturais da escola e dos problemas atuais que afligem a sociedade moderna.

O desrespeito ao aluno é considerado uma conduta criminosa prevista no Estatuto da Crian-ça e do Adolescente no Art. 232. Submeter criança ou adolescente, sob sua autoridade guarda ouvigilância, a vexame ou a constrangimento: Pena - detenção de seis meses a dois anos. Já foramabolidos da prática educacional os castigos e humilhações de quaisquer naturezas, não sendo

uma conduta ética a que despreza essas determinações, sujeitando-se, assim, às penalizaçõesprevistas na legislação vigente.

4.3.2 Dimensão Pedagógica

Toda organização administrativa da escola tem como fundamento principal assegurar ascondições pedagógicas necessárias para a aprendizagem dos alunos. Nesse sentido a escola ela-bora e aprova o seu projeto pedagógico, realiza conselhos de classe e faz avaliação individual eespecial de todos os servidores que nela trabalham.

Projeto Político-Pedagógico

O projeto político-pedagógico foi introduzido no cenário educacional brasileiro a partir dalei de diretrizes e bases da educação brasileira como meio de assegurar a gestão democrática dainstituição pública.

DICA

Leia a Lei nº 8.069, de13 de julho de 1990.Estatuto da Criançae do Adolescente.Disponível no sítio<http://crv.educacao.mg.gov.br/sistema_crv/banco_objetos_cr-v/%7B4534077C-ACDF-466F-A270-51F7941E-5B5%7D_ECA%20lei8069_02.pdf>

DICALeia o Decreto43885/2004 de04/10/2004 - Dispõesobre o Código de Con-duta Ética do ServidorPúblico e da Alta Admi-nistração Estadual.

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UAB/Unimontes - 4º Período

O projeto político-pedagógico ou proposta pedagógica estabelece as diretrizes pedagógi-cas da instituição escolar que significa definir a identidade pedagógica da escola, definir sua fi-nalidade, sua estrutura organizacional; as relações de trabalho; os processos de decisão; o tempoescolar; a organização dos alunos; os conteúdos curriculares; os procedimentos didáticos; a con-cepção metodológica da ação pedagógica; as estratégias de trabalho; estratégias de avaliação;definir as formas de realização da recuperação dos alunos de baixo rendimento escolar; as ativi-

dades culturais e comemorações cívicas que farão parte do calendário escolar.Desde 1986, a elaboração do projeto político-pedagógico passou a ser obrigatória na esco-

la, devendo participar dessa elaboração os docentes da instituição, sendo aprovado pelo colegia-do escolar e referendado pela Superintendência Regional de Ensino ou órgão superior a que aescola estiver vinculada.

O Conselho Estadual de Educação de Minas Gerais traça algumas diretrizes para a elabora-ção do PPP da escola nos pareceres 1132/97 e 1158/98.

Conselho de Classe

O conselho de classe, segundo Dalben, (1994) originou-se na França, por volta de 1945, como objetivo de realizar o trabalho interdisciplinar em classes experimentais. Foram criados três ti-pos de conselho de classe: o conselho de classe, no âmbito da turma, o conselho de orientação,no âmbito do estabelecimento, e o conselho departamental, no âmbito de orientação, em esferamais ampla, cujo objetivo era organizar um sistema escolar fundado na observação sistemática e

contínua dos alunos.Segundo Rocha (1986), essa ideia de criação do conselho de classe, no Brasil, foi de dez edu-cadores brasileiros estagiários em Sèveres, em 1958, sendo sua implantação no Colégio de Apli-cação da Universidade Federal do Rio de Janeiro. A expansão dos conselhos de classes foi ocor-rendo com base em orientações dos Conselhos Estaduais de Educação que, quando consultados,produziram resoluções e pareceres que encaminhavam os problemas para instâncias coletivasde avaliação, sendo formalmente implantados pelos regimentos escolares, na vigência da lei dereformulação do ensino nº. 5692/71.

O conselho de classe é composto por professores da turma e especialistas da educação en-volvidos no processo de ensino-aprendizagem cujo objetivo é avaliar a aprendizagem dos alu-nos e apresentar sugestão coletiva para os problemas de aprendizagem diagnosticados pelosdiversos profissionais que atuam diretamente na turma avaliada.

Conselho de Classe é uma reunião que envolve professores, especialistas da educação e odiretor da instituição cujo objetivo é analisar a aprendizagem dos alunos e o processo de ensino.Tem como finalidade possibilitar uma avaliação integral do aluno e da prática docente, fomen-tando um momento de análise sobre o trabalho pedagógico que está sendo realizado e possi-bilitando a definição de estratégias para a solução dos problemas conhecidos e diagnosticados.

DICA

Leia os pareceres1132/97 e 1158/98.

Figura 20: Conselho deClasse

Fonte: Disponível em<http://static.infoescola.

com/wp-content/uplo-ads/2010/01/conselho-

-escolar.jpg> Acesso em27 nov. 2011

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Letras Espanhol - Estrutura e Funcionamento do Ensino Fundamental e Médio

A reunião do conselho de classe deve ter três momentos, sendo o primeiro o diagnósticoda turma, que define o seu desempenho e aponta as suas dificuldades; no segundo momento, aapresentação de alternativas para solucionar os problemas detectados coletivamente e, no ter-ceiro momento, uma reunião com os pais ou responsáveis para discussão dos resultados práticosdo desempenho dos alunos e desenvolvimento curricular das disciplinas da série.

Não basta o conselho de classe se reunir apenas para cumprir um ritual, uma exigência, em

que cada professor recite as notas dos alunos para um registro coletivo do serviço de supervisãopedagógica e, posteriormente, a realização de reunião de pais para informação se o aluno atin-giu a média do bimestre ou não. Não pode ser uma reunião para os professores apontarem osdefeitos dos alunos de forma coletiva, feita às pressas para passar adiante em outras turmas, mas,sobretudo, que seja uma reunião participativa e democrática para apontamento das dificuldadesdos alunos, dos professores, da escola, a fim de definir as estratégias adequadas para a melhoriado processo de ensino-aprendizagem. O conselho de classe é um momento coletivo de cons-trução de alternativas para o desenvolvimento da instituição de ensino e das estratégias para oatendimento aos alunos que nela estudam.

Portanto, é necessário que os alunos estejam sendo constantemente observados pelos pro-fessores e demais especialistas, profissionais da instituição de ensino. Para isso, a avaliação deveser contínua, pois cabe ao professor observar, diagnosticar e registrar o desempenho do alunonas suas diversas dimensões.

O serviço de supervisão pedagógica deve, coletivamente, com os envolvidos no conselhode classe, traçar as metas a serem atingidas para a melhoria do processo de ensino-aprendiza-gem bem como estabelecer os prazos e acompanhar e supervisionar o trabalho a partir das alter-nativas apresentadas.

A finalidade primeira dos conselhos de classe é diagnosticar problemas e apontar soluçõestanto em relação aos alunos e turmas quanto aos docentes. Na prática, o conselho de classe aca-ba por avaliar alguns alunos e/ou turmas e a própria prática pedagógica da escola.

Normalmente, os conselhos acontecem nos fins de bimestres, trimestres ou semestres,quando são discutidos encaminhamentos pedagógicos, notas e comportamento de alunos.Quando necessário, o conselho de classe decide se um aluno será retido ou não.

Se não for bem conduzido, o conselho de classe acabará atendendo somente a questõesdos alunos e suas notas e comportamentos, sem avaliar a própria prática educativa da escola.

Em vez de discutir o aluno, de modo integral, os professores acabarão acentuando apenas seuspontos negativos.

Em uma escola em que a gestão democrática prepondera, o conselho de classe desempe-nha o papel de avaliação dos alunos e de auto-avaliação de suas práticas com o objetivo de diag-nosticar a razão das dificuldades dos alunos e apontar as mudanças necessárias nos encaminha-mentos pedagógicos para superar tais dificuldades. Para tanto, as reuniões do conselho de classenão devem ter somente os momentos de “fechar as notas”.

Avaliação de Desempenho

A Avaliação de desempenho dos profissionais da educação foi introduzida a partir da lei dediretrizes e bases da educação nacional, como condição para o crescimento na carreira. No Esta-

do de Minas Gerais, com base na autonomia do estado para baixar normas complementares parao seu sistema de ensino, foram implantadas duas modalidades de avaliação de desempenho: aavaliação de desempenho individual e a avaliação de desempenho especial. A avaliação de de-sempenho individual se aplica a todos os servidores públicos, inclusive os ocupantes de cargoscomissionados, e a avaliação de desempenho especial aos ocupantes de cargos públicos em pe-ríodo de estágio probatório. Tanto uma avaliação quanto a outra apresenta as mesmas caracte-rísticas, diferenciando-se em termos dos objetivos e do período avaliatório.

A avaliação de desempenho individual de Minas Gerais apresenta a seguinte fundamenta-ção legal: § 3º do Art. 31 da Constituição Estadual, Lei Complementar nº 71, de 30/07/2003, De-creto nº 43.672, de 04/12/2003, Resolução SEPLAG nº 15, de 22/03/2004 e Resolução SEPLAG nº23, de 22/04/2004.

A avaliação de desempenho individual pode ser conceituada como o processo de avaliaçãodo desempenho dos servidores públicos estáveis, ocupantes de cargo de provimento efetivo edos detentores de função pública em exercício na Administração Pública Direta, Autárquica eFundacional do Poder Executivo do Estado de Minas Gerais.

São objetivos da avaliação de desempenho individual: aprimorar o desempenho do servi-dor e dos órgãos e entidades do Poder Executivo Estadual; aferir o desempenho do servidor no

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UAB/Unimontes - 4º Período

exercício de cargo ocupado ou função exercida; valorizar e reconhecer o desempenho eficientedo servidor; identificar necessidades de capacitação do servidor; fornecer subsídios à gestão dapolítica de recursos humanos; possibilitar o estreitamento das relações interpessoais e a coope-ração dos servidores entre si e suas chefias; promover a adequação funcional do servidor; contri-buir para o crescimento profissional do servidor e para o desenvolvimento de novas habilidadese contribuir para a implementação do princípio da eficiência na Administração Pública do Poder

Executivo Estadual. Seu resultado é utilizado para fins de incentivo e premiação, ou seja, adicio-nal de desempenho, prêmio por produtividade e desenvolvimento na carreira. Podendo o resul-tado da avaliação de desempenho individual ser utilizado como forma de punição, conforme alegislação vigente, podendo culminar até na perda do cargo público ou função pública.

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Letras Espanhol - Estrutura e Funcionamento do Ensino Fundamental e Médio

ResumoUnidade I

• A legislação educacional brasileira é marcada pelo caráter flexível, considerando-se a auto-nomia atribuída aos sistemas de ensino e às suas respectivas redes.

• No Brasil, a organização dos sistemas de ensino sustenta-se na definição de áreas prioritáriasde atuação e na preocupação em instituir um regime de colaboração entre eles, cabendoaos Municípios atuar prioritariamente no ensino fundamental e no ensino infantil, aos Esta-dos e ao Distrito Federal compete atuarem no ensino fundamental e médio.

• A Constituição Federal evidencia a preocupação com o papel da educação em promover aintegração nacional, além da preservação das peculiaridades regionais, mediante previsãode conteúdos mínimos para o ensino fundamental, visando formação básica comum e res-peito a valores culturais e artísticos, nacionais e regionais.

• A Constituição Federal de 1988 determina que os sistemas de ensino brasileiro sejam orga-

nizados em regime de colaboração entre a União, os Estados e o Distrito Federal (art. 211, §1 a 4):• A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei n.º 9.394/96) divide a educação escolar

brasileira em dois grandes níveis: educação básica e educação superior.• A educação básica “tem por finalidade desenvolver o educando, assegurar-lhe a formação

comum indispensável para o exercício da cidadania e fornecer-lhe meios para progredir notrabalho e em estudos posteriores”.

• A educação básica é dividida em três etapas: educação infantil, ensino fundamental e ensi-no médio;

• O acesso à educação básica obrigatória é direito público subjetivo, podendo qualquer ci-dadão, grupo de cidadãos, associação comunitária, organização sindical, entidade de classeou outra legalmente constituída e, ainda, o Ministério Público, acionar o poder público paraexigi-lo.

• A educação infantil, etapa inicial da educação básica, tem por finalidade “o desenvolvimentointegral da criança até os seis anos de idade, em seus aspectos físico, psicológico, intelectuale social, complementando a ação da família e da comunidade” (art. 29).

• A educação infantil é oferecida em creches, para crianças de zero a três anos de idade, e pré-escolas, para crianças de quatro a cinco anos.

• O ensino fundamental, etapa intermediária da educação básica, tem como objetivo princi-pal a formação básica do cidadão, tem duração de nove anos, é obrigatório e gratuito naescola pública, a partir dos seis anos de idade.

• A oferta do ensino fundamental também é gratuita àqueles que não tiveram acesso ao ensi-no na idade própria.

• O ensino médio visa à consolidação e aprofundamento dos objetivos adquiridos no ensinofundamental. Tem a duração mínima de três anos, com ingresso a partir dos quinze anos de

idade.• A educação superior tem como finalidades: estimular a criação cultural e o desenvolvimento

do espírito científico e do pensamento reflexivo e incentivar o trabalho de pesquisa e in-vestigação científica, visando ao desenvolvimento da ciência e da tecnologia e da criação edifusão da cultura.

• São modalidades de ensino: educação profissional, educação especial, educação de jovens eadultos e educação escolar quilombola.

• A Educação especial deve ser oferecida preferencialmente na rede regular de ensino, paraeducandos portadores de necessidades especiais.

• A Educação de jovens e adultos é destinada àqueles que não tiveram acesso ou continuida-de de estudos no ensino fundamental e médio na idade própria.

• Educação profissional: que, integrada às diferentes formas de educação, ao trabalho, à ciên-

cia e à tecnologia, conduz ao permanente desenvolvimento de aptidões para a vida produ-tiva. É destinada ao aluno matriculado ou egresso do ensino fundamental, médio e superior,bem como ao trabalhador em geral, jovem ou adulto (art. 39).

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UAB/Unimontes - 4º Período

• A educação quilombola, educação escolar quilombola posta pelo Parecer CNE/CEB 07/2010e pela Resolução CNE/CEB 04/2010, deve ter como referência valores sociais, culturais, his-tóricos e econômicos dessas comunidades. Para tal, a escola deverá se tornar um espaçoeducativo que efetive o diálogo entre o conhecimento escolar e a realidade local, valorize odesenvolvimento sustentável, o trabalho, a cultura, a luta pelo direito à terra e ao território.

• A LDB 9394/96, em seu art. 78, determina a educação escolar bilíngue e intercultural para as

comunidades indígenas.

Unidade II

• A União deve estabelecer, em colaboração com os Estados, o Distrito Federal e os Municí-pios, competências e diretrizes para a educação infantil, o ensino fundamental e o ensinomédio, que nortearão os currículos e seus conteúdos mínimos, de modo a assegurar forma-ção básica comum.

• A Educação Básica deve ser oferecida em séries anuais, períodos semestrais, ciclos, alternân-cia regular de períodos de estudos, grupos não seriados, com base na idade, na competên-cia e em outros critérios, ou por forma diversa de organização, sempre que o interesse doprocesso de aprendizagem assim o recomendar.

• Os currículos do ensino fundamental e médio devem ter uma base nacional comum, a sercomplementada, em cada sistema de ensino e estabelecimento escolar, por uma parte di-versificada, exigida pelas características regionais e locais da sociedade, da cultura, da eco-nomia e da clientela.

• As DCN, documentos com caráter de obrigatoriedade por força de Lei, são o conjunto de de-finições doutrinárias sobre princípios, fundamentos e procedimento da educação básica, ex-pressas pela Câmara de Educação Básica do Conselho Nacional de Educação, que orientarãoas escolas brasileiras dos sistemas de ensino na organização, articulação, desenvolvimento eavaliação de suas propostas pedagógicas (CNE: Resolução/CEB nº 2, 7/04/1998).

• A organização da proposta curricular deve assegurar o entendimento de currículo como ex-periências escolares desdobradas em torno do conhecimento, perpassadas pelas relaçõessociais.

• O percurso formativo deve ser aberto e contextualizado.

Unidade III

• A estrutura e a organização da educação nacional não dispensam a legislação como fio con-dutor como institucionalização lícita das políticas oficiais.

• A educação escolar prima pela promoção da igualdade, da perspectiva social, e pela univer-salização do ensino, a partir da possibilidade de formação do sujeito de modo a garantir-lheo acesso ao desenvolvimento e ao conhecimento.

• A recente estrutura e funcionamento da educação brasileira provêm da Lei de Diretrizes eBases da Educação Nacional (Lei n.º 9.394/96) que, por sua vez, se junta à Constituição Fe-deral de 1988 e às orientações gerais do Plano Nacional de Educação (Lei 13.005/2014) bemcomo às respectivas Emendas Constitucionais em vigência.

A ideia de formação comum pode ser entendida como um todo integral e integrado de co-nhecimentos em condições de aprimorar a habilidade de cada um de se colocar no espaçosocial, no espaço de trabalho, nas relações produtivas e na construção de sua vida particulare coletiva.

• A formação comum se viabiliza por meio de uma base comum de conteúdos e de aprendi-zagem.

• A relação trabalho e educação, proposta pela LDB, pode constituir-se num caminho de aces-so à plenitude da democracia através de uma concepção educacional que se paute na in-tenção de formar sujeitos conscientes de sua inserção social e de suas possibilidades no es-paço social.

• Entende-se a universalização do ensino para as diferentes fases da vida, através da educa-ção infantil, como primeira etapa da educação básica, do ensino fundamental como ensinoobrigatório e do ensino médio como etapa e espaço de culminância de um processo que sebaseia na articulação entre suas partes, integrado inclusive ao ensino superior.

• A proposta pedagógica da educação infantil deve considerar o bem-estar da criança, seugrau de desenvolvimento, a diversidade cultural das populações infantis, os conhecimentos

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Letras Espanhol - Estrutura e Funcionamento do Ensino Fundamental e Médio

a serem universalizados e o regime de atendimento a ser oferecido pelas instituições educa-cionais (tempo integral ou parcial).

• O ensino fundamental, segunda etapa da educação básica, que apresenta como maior obje-tivo a formação básica do cidadão, tem duração de nove anos (Lei 11.274, de 06 de fevereirode 2006), e é obrigatório e gratuito na escola pública, a partir dos seis anos de idade.

• O ensino médio, etapa final da educação básica, tem por objetivo materializar e radicar os

objetivos e habilidades construídas e consolidadas no ensino fundamental. Esta etapa daeducação básica, ao longo do tempo, vem buscando sua identidade, uma vez que, num mo-mento da história, lhe é delegada a função propedêutica, noutro momento o atendimentoao mercado de trabalho.

• O ensino médio tem a finalidade de preservar o caráter unitário da educação, a partir daproposta de educação geral e desempenha a função de colaborar para que a juventudeaprofunde e solidifique os conhecimentos até então adquiridos, bem como a condição depermitir o acesso à educação profissionalizante, seja ele técnico ou no nível superior.

• A educação superior abrange cursos sequenciais nos diversos campos do saber, cursos degraduação, de pós-graduação e de extensão. O acesso à educação superior ocorre a partirdos 18 anos, através de processo seletivo, e o número de anos de estudo varia de acordocom os cursos, sua natureza e sua complexidade.

• A educação de jovens e adultos vem ganhando reconhecimento, como direito, desde a dé-cada de 1930. Sua relevância acentua-se com os movimentos de cultura popular dos anos60, com o Mobral (Movimento brasileiro de alfabetização), com o ensino supletivo, apresen-tado no governo militar a partir da lei 5.692/71, e com a Fundação Educar, proposta pelaNova República, o que se deu a partir de 1985.

• O Parecer 1.132/97 entende que o atendimento a EJA, por parte dos dispositivos legais, re-trata a importância do direito à educação e o dever do Estado de garantir a oferta de educa-ção escolar regular para jovens e adultos, com características e modalidades adequadas àssuas necessidades e disponibilidades.

• O art. 58 da LDB9394/96 entende por educação especial, para os efeitos desta Lei, a modali-dade de educação escolar, oferecida preferencialmente na rede regular de ensino para edu-candos portadores de necessidades especiais.

• A educação especial, que tem início com a educação infantil, pode abranger todas as etapas

do ensino (Parecer CEE/MG 1.132/97).• Para o MEC, a educação especial é uma modalidade de educação escolar, considerada como

um conjunto de recursos educacionais e de estratégias de apoio que estejam à disposiçãode todos os alunos, oferecendo alternativas diferentes de atendimento.

• O Parecer 1.132/97 orienta que a escola de ensino regular precisará dispor de serviços deapoio especializado para atender às peculiaridades da clientela de educação especial naqual os alunos em condições específicas serão atendidos em classes, escolas ou serviços es-pecializados.

• A partir da Constituição de 1988, a política nacional indigenista, que tinha caráter homoge-neizador e integracionista, direciona-se para novos valores, a partir dos quais os povos indí-genas passam a ser considerados sujeitos de direito.

• A LDB 9394/96, no art. 28, diz que, na oferta de educação básica para a população rural, os

sistemas de ensino promoverão as adaptações necessárias à sua adequação às peculiarida-des da vida rural e de cada região, especialmente, nos conteúdos curriculares e metodolo-gias apropriadas às reais necessidades e interesses dos alunos da zona rural; na organizaçãoescolar própria, incluindo adequação do calendário escolar às fases do ciclo agrícola e àscondições climáticas e na adequação à natureza do trabalho na zona rural.

• A educação profissional, a partir da LDB/96, passa a ser considerada complementar à edu-cação básica e pode ser desenvolvida em escolas, em instituições especializadas ou no pró-prio ambiente de trabalho. Esta modalidade de educação, integrada às diferentes formas deeducação, ao trabalho, à ciência e à tecnologia, conduz ao permanente desenvolvimento deaptidões para a vida produtiva.

• O acesso à educação profissional é possível ao aluno matriculado ou egresso do ensino fun-damental, médio e superior, assim como ao trabalhador em geral. As instituições de educa-ção profissional deverão oferecer, além de seus cursos regulares, cursos especiais, abertos àcomunidade.

• A educação a distância é a modalidade de ensino que permite o rompimento da barreirafísica e cronológica, de modo que os sujeitos envolvidos no processo não precisem estar fisi-

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UAB/Unimontes - 4º Período

camente presentes em um ambiente formal de ensino-aprendizagem, assim como tambémpermite que o aluno estude autonomamente e em horários condizentes com sua disponibi-lidade.

• Com as modificações postas pelo FUNDEB, este atenderá não só o Ensino Fundamental, mastambém a Educação Infantil, o Ensino Médio e a Educação de Jovens e Adultos (EJA). Essanova demanda exigirá dos Estados, e principalmente dos Municípios, um sério planejamen-

to de sua estrutura física e de recursos humanos, a fim de que se tornem capazes de ofere-cer um ensino de qualidade.

• Uma das principais características do FUNDEB é a distribuição de recursos com base no nú-mero de alunos da educação básica e o repasse automático feito pelo Banco do Brasil nasdatas de dez, vinte e trinta de cada mês.

Unidade IV

• A escola apresenta em sua organização uma estrutura administrativa, pedagógica e finan-ceira.

• A organização administrativa, pedagógica e financeira da escola é planejada, tendo em vistaa necessidade do cumprimento do seu papel.

• Na sua organização administrativa pedagógica e financeira, a escola possui os seguintes do-cumentos: regimento escolar, projeto político-pedagógico e estatuto da caixa escolar.

• Possui os seguintes conselhos: colegiado escolar, conselho de classe, caixa escolar e comis-são de avaliação de desempenho.

• O regimento da escola é a sua lei interna, significa a direção, a governança da escola, ou seja,um conjunto de regras que definem normas de conduta, estabelecendo a ordem de funcio-namento. Para a sua elaboração, deverão ser levadas em conta as normas estaduais e fede-rais.

• O colegiado escolar em Minas Gerais é o órgão representativo da comunidade escolar coma participação de professor de educação básica regente de turmas e de aulas, professor deeducação básica que exerce outras funções, especialista em educação básica e demais ser-vidores das outras carreiras que constituem o segmento de profissionais em exercício na es-cola.

• Participam também do colegiado escolar os alunos regularmente matriculados e frequentesno ensino médio e alunos de quaisquer níveis de ensino com idade igual ou superior a 16anos, pai ou responsável por aluno menor de 16 anos regularmente matriculado e frequen-te no ensino fundamental que constituem a comunidade atendida pela escola.

• Não há participação de alunos nas escolas que funcionam em penitenciárias; o colegiadoescolar é composto apenas por representantes das categorias profissionais em exercício naescola.

• A caixa escolar é uma associação civil com personalidade jurídica própria, para fins não eco-nômicos, cujo objetivo é o de gerenciar recursos financeiros necessários à realização do pro-cesso educativo escolar. Está inscrita no CNPJ, registrada no Cartório de Títulos e Documen-tos de Pessoa Jurídica.

• A Caixa Escolar administra os recursos próprios e transferidos pela União, Estados e Municí-

pios no cumprimento dos objetivos pedagógicos da escola.• A ética profissional pode ser entendida como um trabalho competente desenvolvido no dia

a dia do trabalho pedagógico. Isso implica na busca do alto aperfeiçoamento, no gosto peloque faz, em ter a vaidade de ser um bom professor, desejar o sucesso do aluno e ainda cons-truir oportunidades de aprendizagens dinâmicas que favoreçam o desenvolvimento de ha-bilidades cada vez mais complexas.

• O projeto político-pedagógico ou proposta pedagógica estabelece as diretrizes pedagó-gicas da instituição escolar que significa definir a identidade pedagógica da escola, sua fi-nalidade e sua estrutura organizacional; as relações de trabalho; os processos de decisão; otempo escolar; a organização dos alunos; os conteúdos curriculares; os procedimentos didá-ticos; a concepção metodológica da ação pedagógica; as estratégias de trabalho; as estraté-gias de avaliação; definir as formas de realização da recuperação dos alunos de baixo rendi-mento escolar; as atividades culturais e comemorações cívicas que farão parte do calendárioescolar.

• O conselho de classe é composto por professores da turma e especialistas da educação en-volvidos no processo de ensino-aprendizagem, cujo objetivo é avaliar a aprendizagem dos

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alunos e apresentar sugestão coletiva para os problemas de aprendizagem diagnosticadospelos diversos profissionais que atuam diretamente na turma avaliada.

• A avaliação de desempenho dos profissionais da educação foi introduzida a partir da lei dediretrizes e bases da educação nacional como condição para o crescimento na carreira. NoEstado de Minas Gerais, com base na autonomia do estado para baixar normas complemen-tares para o seu sistema de ensino, foram implantadas duas modalidades de avaliação de

desempenho: a avaliação de desempenho individual e a avaliação de desempenho especial.

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Atividades de

Aprendizagem - AA1) Conceitue as diretrizes curriculares nacionais.

2) Fale sobre a educação na perspectiva da Constituição Federal do Brasil.

3) Qual a finalidade da caixa escolar?

4) Numere (01) para incumbência da escola e (02) para incumbência do professor:

a. ( ) Elaborar e executar sua proposta pedagógica.b. ( ) Administrar seu pessoal e seus recursos materiais e financeiros.

c. ( ) Estabelecer estratégias de recuperação para os alunos de menor rendimento.d. ( ) Participar da elaboração da proposta pedagógica do estabelecimento de ensino.e. ( ) Colaborar com as atividades de articulação da escola com as famílias e a comunidade.f. ( ) Assegurar o cumprimento dos dias letivos e horas-aulas estabelecidas.g. ( ) Velar pelo cumprimento do plano de trabalho de cada docente.h. ( ) Prover meios para a recuperação dos alunos de menor rendimento.i. ( ) Elaborar e cumprir o plano de trabalho, segundo a proposta pedagógica do estabeleci-

mento de ensino. j. ( ) Articular-se com as famílias e a comunidade, criando processos de integração da socieda-

de com a escola.k. ( ) Informar os pais e responsáveis sobre a frequência e o rendimento dos alunos bem como

sobre a execução de sua proposta pedagógica.

l. ( ) Zelar pela aprendizagem dos alunos.m. ( ) Informar pai e mãe, conviventes ou não com seus filhos, e, se for o caso, os responsáveislegais, sobre a frequência e rendimento dos alunos bem como sobre a execução da propostapedagógica da escola (Redação dada pela Lei nº 12.013, de 2009).

n. ( ) Ministrar os dias letivos e horas-aulas estabelecidos, além de participar integralmente dosperíodos dedicados ao planejamento, à avaliação e ao desenvolvimento profissional.

o. ( ) Notificar ao Conselho Tutelar do Município, ao juiz competente da Comarca e ao respec-tivo representante do Ministério Público a relação dos alunos que apresentem quantidadede faltas acima de cinquenta por cento do percentual permitido em lei (incluído pela Lei nº10.287, de 2001).

5) Marque ( F ) para as questões falsas e ( V ) para as verdadeiras.

a. ( ) O regimento da escola é a sua lei interna, significa a direção, a governança da escola, ouseja, um conjunto de regras que definem normas de conduta, estabelecendo a ordem defuncionamento.

b. ( ) Para a elaboração do regimento escolar, não se deve levar em conta as normas estaduais efederais.

c. ( ) É a escola que elabora e aprova o seu regimento escolar, através do colegiado escolar, oqual , obrigatoriamente, deverá ser referendado pelo órgão superior de vinculação da escola.

d. ( ) O regimento deve abordar os elementos fundamentais indispensáveis ao funcionamentode uma escola.

e. ( ) O regimento fixa a organização e regula o funcionamento da escola; define as atribuiçõesde todos os seus servidores e deve ser elaborado segundo a legislação de ensino e as normasdo sistema, garantindo a regularidade legal dos atos escolares.

6) A gestão democrática das instituições públicas deve ser assegurada com base na participaçãodos docentes em conselhos e no direito de participação da elaboração da proposta pedagógica,conforme dispositivo da lei 9394/96. Marque se a afirmativa está correta ou incorreta.

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