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1 PROJETO PEDAGÓGICO PERSEU, O HERÓI – UM MISTÉRIOSO MITO MALUCO Rua Tito, 479 – Lapa – São Paulo – SP CEP 05051-000 DIVULGAÇÃO ESCOLAR (11) 3874-0884 [email protected] www.editoramelhoramentos.com.br www.facebook.com/melhoramentos escrito por ROBYN DI TOCCO & TONY DI TOCCO ilustrado por DANIEL BUENO PERSEU, O HERÓI um misterioso mito maluco

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projeto pedagógico

perseu, o herói – um mistérioso mito maluco

rua tito, 479 – lapa – são paulo – sp

cep 05051-000

divulgação escolar

(11) 3874-0884

[email protected]

www.editoramelhoramentos.com.brwww.facebook.com/melhoramentos

escrito porROBYN DI TOCCO

& TONY DI TOCCO

ilustrado porDANIEL BUENO

PERSEU, O HERÓI um misterioso mito maluco

QUEM PRECISA DE UM BRUXO QUANDO PODE TER UM HERÓI?

Adolescente de dia, herói mitológico à noite. Tudo acontece num piscar de olhos. PJ Allen, um tí-pico garoto de dezessete anos, é jogado numa aven-tura além da imaginação quando é convocado por Zeus, rei dos deuses, para recriar um momento perdi-do no tempo que ameaça acabar com a humanidade.

Repleto de gigantes e dragões, feiticeiras e mons-tros, O Herói Perseu conta a fantástica saga de PJ pelo mundo antigo para obter o capacete da invisibilidade, as sandálias aladas e o saco de couro necessários para derrotar a mais perigosa inimiga: a fatal Górgona Medusa. E, quando parece que a batalha terminou, PJ tem que lidar com um conflito ainda maior: uma nova guerra entre os Titãs e os Olímpicos.

Claro que essas batalhas não são nada compará-veis ao conflito que PJ enfrenta em casa: duas loiras de tirar o fôlego, que tomam conta de quase todos os seus pensamentos.

“Perseu, o Herói é uma montanha ‑russa cheia de humor e emoção para crianças de todas as idades!”

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Perseu, o Herói – Um Misterioso Mito Maluco

Robyn e Tony Di Tocco vivem em Fort Lauderdale, Flórida, com seus dois filhos, Jessica e Anthony. Em 1996, escreveram e produziram jun‑tos o filme independente Catherine’s Grove e, em 1998, produziram outro filme independente: Chapter Zero.

Autores: Robyn e Tony Di Tocco

Tradutora: Renata S. Tufano HoTítulo: Perseu, o Herói – Um Misterioso Mito Maluco

Ilustrador: Daniel Bueno

Formato: 13,5 x 20,5 cm N.o de páginas: 220Elaboração: Renata S. Tufano Ho

Ficha

Temas principais: mitologia grega, aventura e amizade

Temas transversais:ética e pluralidade cultural

Interdisciplinaridade: Língua Portuguesa, História, Geografia, Artes

Quadro sinóptico

PJ Allen é um adolescente de uma cidade grande que passa por um momento delicado: seu pai, que era bombeiro, morreu num acidente de trabalho, e sua mãe decide deixar para trás as lembranças e recomeçar a vida num lugar mais tranquilo. A cidade escolhida, Athenia, é uma típica cidade do interior, onde todos se conhecem e não há muito o que fazer. Mas é ali que PJ recebe uma visita fantástica e quase inacreditável: Hermes, o mensageiro dos deuses, chega para convocá ‑lo para uma missão de vida ou morte, que vai decidir o destino da humani‑dade. PJ descobre que é o herdeiro de Perseu, o grande herói da mitologia grega. Além de ter que lidar com sua nova casa, seus novos amigos e a riva‑lidade no time de futebol americano da escola, PJ embarca todas as noites numa aventura incrível, voltando no tempo para resgatar um momento crucial que coloca toda a humanidade em risco. Para ser bem ‑sucedido em sua missão, ele contará com a ajuda do Olimpo e de personagens da mito‑logia grega, mas vai enfrentar perigos reais pelo caminho, tanto em terras mitológicas como na vida real.

ResenhaOs autores

12anos

IndIcação:

Leitor crítico:

a partir de

ensinofundamental

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Ambientando os personagensO que PJ Allen tem em comum com

o leitor em língua portuguesa é que ambos são adolescentes e passam pela mesma fase de agitações emocionais, dúvidas e questionamentos. Embora o protagonista seja um típico adoles‑cente americano, o leitor brasileiro vai se identificar com seus desafios, já que representam, de maneira metafórica, a vida humana, especialmente quando ele se depara com os mitos.•Discuta com a classe que hábitos da

cultura americana estão presentes no dia a dia do jovem brasileiro e como eles se propagam. Termos em lín‑gua inglesa, culinária, internet e até mesmo datas comemorativas (Dia das Bruxas, por exemplo) e costu‑mes que vieram dos Estados Unidos e hoje são relativamente difundidos no Brasil.A história se passa em dois ambien‑

tes muito distintos: em Athenia, uma cidadezinha no Oregon, e num espaço fantástico, que é o território da mito‑logia grega.•Quais os principais contrastes entre

um espaço e o outro? Como o per‑sonagem transita entre os espaços?

Preparando a leitura Como se locomove em cada um dos territórios?•Aqui podemos explorar as diferen‑

ças entre o ambiente interiorano e previsível da cidade onde PJ vive e o espaço fantástico que apresenta desafios e surpresas. Em Athenia, PJ anda a pé sempre pelos mes‑mos lugares, familiariza ‑se com as pessoas e com a paisagem que o cerca e tem rotinas estabelecidas e até mesmo um pouco rígidas. Seus pés estão muito ligados à terra em que pisa, especialmente se pen‑sarmos no caminho de terra que leva à sua casa e à prática espor‑tiva. Já no espaço fantástico, ele é guiado por Hermes, que na maio‑ria das vezes se locomove voando em paisagens estranhas e cheias de surpresas. Quando seus pés saem do chão, PJ torna ‑se Perseu, que é capaz de tudo para cumprir sua missão, até mesmo enfrentar a morte. Essa ligação com o chão o conecta à realidade de sua vida como PJ, e a imaterialidade de sua vida de herói se manifesta apenas dentro dele mesmo, com o forta‑lecimento de sua coragem e auto‑confiança. Apenas dentro de PJ os dois espaços coexistem.

Assim como os espaços diferem, podemos considerar a passagem do tempo, do ponto de vista literário.•Discuta com os alunos a diferença

entre o tempo real, cronológico, e o tempo fantástico, que é manipu‑lável pelo personagem Hermes e sua ampulheta mágica. Debata de forma descontraída as consequências da alteração dos eventos no passado.

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dos, ao bel ‑prazer dos deuses, que se divertem com a humanidade de maneira quase cruel. Já em nossa cultura, pode‑mos dizer que herói é quem age de forma altruísta, abnegada ou corajosa, independentemente de sua origem, seu nome ou sua posição social. Shakespe‑are disse “não temeis a grandeza; alguns nascem grandes, alguns conseguem grandeza, a alguns a grandeza lhes é imposta e a outros a grandeza lhes fica grande” (Noite de Reis, Ato II, Cena V ).•Como podemos relacionar o pensa‑

mento de Shakespeare ao conceito de criação de um herói? Como um homem comum pode se tornar um herói? Relembre com os alunos histó‑rias de pessoas comuns que fizeram algo extraordinário e foram chamadas de heroínas.

tribos da Europa central invadiram a Grécia e outros países do Mediterrâneo.

Os palácios ficaram desertos, e o povo voltou para a agricultura simples. Até a arte de escrever foi esquecida. A civiliza‑ção micênica ficou apenas na memória, sendo lembrada em relatos passados de pais para filhos.

Entre 1100 e 500 a.C., desenvolveu‑‑se uma nova civilização. Aos pou‑cos, os grupos de aldeias cresceram, organizando ‑se em pequenos Esta‑dos independentes, conhecidos como cidades ‑Estados.

Muitas das ideias que temos hoje a respeito de governo, ciência, matemá‑tica, medicina, história, filosofia, arte, arquitetura e teatro devem ‑se aos gre‑gos que viveram entre os anos 500 e 400 a.C., época chamada de Idade da Grécia Clássica. E muito do que vemos e fazemos tem origem na Grécia desse período.

Existem diversas maneiras de se conhecer o povo que viveu na Grécia daquela época. Há edifícios antigos, alguns bem conservados, os escritos das pessoas que lá viveram e os obje‑tos resgatados em sítios arqueológicos, como ferramentas, gravuras e cerâmicas (Os Gregos. Coleção Povos do Passado. São Paulo: Melhoramentos, 2002, p. 6).

O heróiPJ é um garoto comum. Perseu é um

grande herói. O que distingue uma pessoa comum de um herói?•Apresente uma lista de qualidades

geralmente atribuídas a heróis. Pro‑cure despertar nos alunos a sensibi‑lidade para que percebam que mui‑tas vezes as circunstâncias podem “fazer” o herói e que qualidades como simplicidade e honestidade também podem gerar atos de hero‑ísmo. Busque exemplos do cotidiano ou do noticiário.No mundo mitológico, PJ se torna um

herói que salva o planeta; no mundo real, torna ‑se um herói do esporte.•Discuta com os alunos as atribuições

necessárias para cada conquista de PJ. De que modo elas o distinguem dos demais garotos e o tornam especial?

O herói épico e o homem comum

O herói épico – especialmente na mitologia grega, em que os persona‑gens não conseguem escapar dos seus destinos – nasce para ser herói ou para fracassar e envergonhar a família e a nação. Os atos não são fruto do livre‑‑arbítrio, mas já estão predetermina‑

Trabalhando a leitura

Os gregos  – Mitologia, cultura e civilizaçãoEntre os anos 1500 e 1200 a.C., a civi‑

lização micênica desenvolveu ‑se na Gré‑cia, com reis como Agamenon gover‑nando em magníficos palácios. A partir de 1200 a.C., essa civilização entrou gradualmente em colapso, quando as

Explorando a leitura – Além da narrativa

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Parthenon.Erguido no século V a.C., é uma das mais famosas construções do período clássico.

Placa funerária de uma garota.Mármore, c. 450 ‑440, Atenas.

A expressão serena da criança que se des‑pede de suas pombas de estimação é esculpida em mármore com uma técnica apurada. O escultor dessa peça prova‑velmente estava em Atenas no final do século V a.C. e pode ter participado das obras de decoração do Parthenon.Acervo do Metropolitan Museum of Art, Nova York, Estados Unidos.

Disponível em: www.metmuseum.org. Acesso em: 22 maio 2012.

Espelho de bronze com base de figura feminina em vestes drapeadas.A expressão séria e a postura tranquila são típicas do começo do período clás‑sico, cerca de 480‑450 a.C. Dois Eros alados pairam sobre sua cabeça. Um cão persegue uma lebre de cada lado do disco. Uma sereia, metade pássaro, metade mulher, está no topo.Acervo do Metropolitan Museum of Art, Nova York, Estados Unidos.

Disponível em: www.metmuseum.org. Acesso em: 22 maio 2012.

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Vaso grego, Ática, c. 440 a.C.Com a forma de cálice ‑cratera, este vaso, em terracota, é pintado com a técnica das “figuras vermelhas”, exibindo o “estilo livre”, característico de meados do século V a.C. Traz uma temática decorativa de natureza mitológica, organizada em dois níveis: no superior é figurado o rapto das Leu‑cípides pelos gêmeos Castor e Pólux, enquanto no inferior apresenta uma cena dionisíaca, de Sátiros perseguindo Mênades.Acervo do Museu Calouste Gulbenkian, Lisboa, Portugal.

Disponível em: www.museu.gulbenkian.pt. Acesso em: 21 maio 2012.

Moeda grega, Naxos (Sicília), c. 460 a.C.Em prata, retrata Dionísio.Acervo do Museu Calouste Gulbenkian, Lisboa, Portugal.

Moeda grega, Taras, c. 342‑333 a.C.Cunhada pela cidade de Taras, esta moeda em ouro apresenta no anverso a cabeça da deusa Perséfone (ou Hera), usando um diadema decorado, véu, brinco e colar. O reverso é particularmente interessante: a figura infantil do herói local, de quem a cidade derivou o nome, de pé, apoiado na ponta dos pés, estende os braços para o pai, Poseidon, deus dos mares. Este último, sentado em trono sem espaldar, segura, na mão esquerda, o seu tridente, cujo extremo superior não é visível.Acervo do Museu Calouste Gulbenkian, Lisboa, Portugal.

Disponível em: www.museu.gulbenkian.pt. Acesso em: 21 maio 2012.

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que pesquisem sobre os persona‑gens do livro que não são deuses e descubram suas his tórias.Fontes de pesquisa•www.pt.wikipedia.org/wiki/

Deuses_ol%C3%ADmpicos. Acesso em: 21 maio 2012.

•Dicionário de Mitologia Grega e Romana, de Pierre Grimal. Rio de Janeiro, Bertrand Brasil, 2000.

Civilização – Esportes

Os gregos eram famosos pela prá‑tica de esportes. Como nos conta o livro Grécia Antiga, coleção Mundo Estranho  – 100 respostas, uma das muitas lendas sobre a “invenção” dos jogos olímpicos credita a Hércu‑les a criação das Olimpíadas na cidade de Olímpia em louvor a si mesmo. A menção mais antiga aos jogos apa‑rece na Ilíada. Os primeiros jogos foram rea lizados na cidade de Olímpia por volta de 776. Em 393, o impera‑dor romano Teodósio aboliu as provas por considerá ‑las pagãs. Em 1894, o aristocrata francês Pierre de Fredy, conhecido como barão de Coubertin, fez ressurgir a ideia dos jogos num congresso em Paris, e os jogos volta‑

Mitologia – Os deuses do Olimpo

A mitologia grega é muito conhe‑cida e teve influência até mesmo sobre a mitologia romana, pois a civilização grega conquistou parte do território europeu e deixou marcas que resistem até hoje, como os templos e as cons‑truções que, mesmo em ruínas, nos contam um pouco do modo de vida e da religiosidade do período em que a cultura grega se expandia pelo mundo.

Os deuses da mitologia grega clás‑sica moravam no Monte Olimpo, a mais alta montanha da Grécia. No ano 750 a.C., Hesío do escreveu a história dos doze principais deuses do Olimpo, conhecidos como Dodekatheon.•Peça aos alunos que façam uma pes‑

quisa sobre esses doze deuses, sua história, seus símbolos e suas princi‑pais características.

•Há outros deuses gregos que não fazem parte desse grupo mas que também aparecem na narrativa de Perseu, o Herói, entre eles Hades e Dionísio. Solicite aos alunos que complementem a pesquisa incluindo outros deuses famosos.

•Há ainda outros personagens que não são deuses, como a Górgona Medusa e as Ninfas. Peça aos alunos

Discóbolo

Escultura de Míron

Disponível em: en.wikipedia.org/wiki/Discobolus.

Acesso em: 23 maio 2012.

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ram a ser disputados dois anos mais tarde, em Atenas.•Explore com os alunos aspectos

curiosos das competições esportivas; por exemplo, quem podia participar, o fato de os atletas competirem nus, o costume de acender a tocha olím‑pica, os prêmios dados aos vencedo‑res e os esportes praticados.

•PJ também é esportista: ele treina futebol americano. Embora tam‑bém seja chamado de futebol, é um esporte bem diferente do futebol prati cado no Brasil. Pesquise com os alunos as principais diferenças entre o futebol americano e o futebol pra‑ticado aqui.

Cultura – Teatro e arteA cultura grega é considerada o

berço das artes ocidentais, sendo uma referência na questão de estilo. Na época do Renascimento, foram desco‑bertas esculturas do período clássico, como o Discóbolo, de Míron (p. 13), e a Vênus de Milo (abaixo).

Vênus de Milo

Disponível em: en.wikipedia.org/wiki/Venus_de_Milo.

Acesso em: 23 maio 2012.

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Também foram descobertas outras esculturas do período helênico, que abrange desde o final do quarto século até o último século antes de Cristo. Entre as obras encontradas está Laocoonte e Seus Filhos (abaixo, hoje exposta no Museu do Vaticano), que exerceu grande influência no detalha‑mento das formas do corpo humano nas obras de importantes artistas do Renascimento italiano, como Rafael e Michelângelo, como podemos ver nas pinturas da Capela Sistina (ao lado), de Michelângelo.

Disponível em: en.wikipedia.org/wiki/File:Michelangelo,_Giudizio_Universale_02.jpg. Acesso em: 23 maio 2012.

Disponível em: www.flickr.com/photos/junkmonkey/6128347209/

Acesso em: 23 maio 2012.

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Embora hoje estejamos acostumados a ver os edifícios e as esculturas gregas no mármore branco em que foram feitos, sabe ‑se que eram muito coloridos. Toda a pintura se perdeu com o tempo, mas algumas poucas peças ainda conservam restos da policromia original.•Pesquise com os alunos fatos curiosos sobre a Antiguidade

grega, como a vida cotidiana, os brinquedos, a culinária, a alimentação e o custo de vida.

Outra grande contribuição dos gregos para a arte ociden‑tal foram o teatro e a literatura. Histórias de guerras e heróis sobreviveram até nossos dias, sendo as mais famosas Odisseia e Ilíada, de Homero. Os gregos também tinham uma grande tradição de contar histórias, e muitas delas eram passadas de geração em geração apenas de forma oral, geralmente reci‑tadas com acompanhamento de flautas ou liras. As narrativas de Homero fazem parte desse grupo, além de outros poemas sobre guerras e batalhas.

O teatro como conhecemos hoje surgiu na Grécia, numa evo‑lução da procissão do culto a Dionísio. Os atores eram todos homens e usavam longas túnicas, sapatos com plataformas e máscaras grandes e pesadas para que todos que estivessem na plateia pudessem vê ‑los.

Curiosidade

Réplica de um arqueiro em frente ao Parthenon

Reconstruída com base nos estudos do arqueólogo alemão Vinzenz Brinkmann. O original, de 490 a.C., está no Templo de Afaia, na Ilha de Egina.

Acervo do Smithsonian Institute Magazine, Washington, Estados Unidos.

Disponível em: www.smithsonianmag.com/arts‑culture/true‑colors.html.

Acesso em: 22 maio 2012.

Máscaras usadas no teatro grego.

Disponíveis em: pt.wikipedia.org/wiki/Teatro_na_Gr%C3%A9cia_Antiga; www.flickr.com/photos/72213316@N00/3088211959/

Acesso em: 22 maio 2012.

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As apresentações teatrais eram grandes acontecimentos anu‑ais na vida dos gregos. Como todos queriam ver os espetáculos, o teatro tinha que ser grande. As peças eram apresentadas durante dez dias apenas, e cada uma era representada uma única vez.

A população ia para o teatro logo ao amanhecer e ficava ali o dia todo. Para entrar, pagava dois óbolos (moeda grega equivalente a um terço de dracma). O Estado mantinha um

fundo especial para subsidiar quem não pudesse pagar. Era comum levar alimentos para comer durante os intervalos entre os espetáculos. Em geral, eram encenadas três tragédias ou três comédias, seguidas por uma pequena sátira. O público quase sempre conhecia o texto, porque as peças baseavam ‑se em mitos ou histórias bem populares. O que interessava mais era ver como o poeta, ator ou dramaturgo interpretava a his‑tória. O ator dava um passo à frente do coro de cantores para desempenhar o papel do personagem principal. Mais tarde, apareceu o segundo ator e, gradualmente, a representação foi se desenvolvendo, até chegar ao teatro que conhecemos hoje (Os Gregos. Coleção Povos do Passado. São Paulo: Melhora‑mentos, 2002, p. 49).

Os teatros gregos são famosos pela excelente acústica, e mui‑tos deles ainda são usados para apresentações teatrais.

O teatro trágico de Sófocles (c. 496 a 406 a.C., autor de Édipo Rei, Electra e Antígona, entre outras), Ésquilo (c. 525 a 456 a.C., autor de Prometeu Acorrentado) e Eurípedes (c. 484 a 406 a.C., autor de As Troianas, Medeia e Hipólito, entre outras) continua sendo encenado até hoje, e suas peças se tornaram referência no estudo da psique humana.

Ruínas de teatro grego na cidade de Epidauro.

Disponível em: sv.wikipedia.org/wiki/Fil:Epidaurus_Theater.jpg.

Acesso em: 23 maio 2012.

Entrada da orquestra

Terraço do proskénion

Camarins (quartos de vestir)

Entrada da orquestra

Assentos dos sacerdotes e juízes

Altar

Orquestra de terra batida (local das danças)

Esquema da organização de um teatro grego.

Fonte: Os Gregos. Coleção Povos do Passado. São Paulo: Melhoramentos, 2002.

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A comédia grega também era muito apreciada. Durante a peça, os atores tiravam as máscaras e se dirigiam ao público. Enquanto a tragédia tratava das grandes aflições humanas, dos conflitos emocionais e do destino escolhido pelos deuses para cada ser humano, a comédia era geralmente uma crítica aos costumes sociais.•Escolha um texto clássico e monte uma apresentação com

os alunos. Adapte as falas e os personagens ao tema para que sejam apropriados para a idade dos alunos. Selecione algum texto de que eles já ouviram falar ou uma comédia, para explorar aspectos da vida cotidiana.

•Faça adaptações de livros clássicos, como Ilíada e Odisseia, e promova uma leitura em voz alta. Se possível, acompanhe a leitura com a reprodução de música de flauta ou lira e faça com que a leitura seja uma recriação da contação de histó‑ria à moda grega. Seria interessante levar os alunos a uma praça, ao parque ou ao pátio da escola, para que todos pos‑sam ficar em pé e num ambiente aberto.

IlíadaAdaptado por Nick McCarty.Ilustrado por Victor Ambins.Traduzido por Luiz Antonio Aguiar.São Paulo: Melhoramentos, 2007.

OdisseiaRecontado por Robin Lister.Ilustrado por Alan Baker.Traduzido por Luiz Antonio Aguiar.São Paulo: Melhoramentos, 2007.

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DIMAS, Antonio. Espaço e Romance. São Paulo: Ática, 1985.

GANCHO, Cândida Vilares. Como Analisar Narrativas. São Paulo: Ática, 1991.

GRIMAL, Pierre. Dicionário da Mitologia Grega e Romana. São Paulo: Bertrand Brasil, 1992.

KOTHE, Flávio R. O Herói. São Paulo: Ática, 1985.

MACDONALD, Fiona. Como Seria Sua Vida na Grécia Antiga? São Paulo: Scipione, 1996.

Grécia Antiga. Col. Mundo Estranho  – 100 respostas. São Paulo: Abril.

NARDINI, Bruno. Mitologia: O primeiro encontro. São Paulo: Círculo do Livro, 1982.

CROSHER, Judith. Os Gregos. São Paulo: Melhoramentos, 2002. Col. Povos do Passado.

PROENÇA FILHO, Domício. A Linguagem Literária. São Paulo: Ática, 1987.

SOUZA, Roberto A. Teoria da Literatura. São Paulo: Ática, 1986.

SitesSite da revista do Instituto Smithsonian – Washington. Dispo‑

nível em: www.smithsonianmag.com/arts‑culture/true‑colors.html?c=y&page=3#.

Site do Museu Metropolitan – Nova York. Disponível em: www.metmuseum.org.

Site da Fundação Calouste Gulbenkian – Lisboa. Disponível em: www.gulbenkian.pt/

Site dos Museus do Vaticano. Disponível em: mv.vatican.va/3_EN/pages/MV_Home.html

Site do Internet Movies Database, com informações sobre filmes, atores, diretores etc. Disponível em: imdb.com.

Acessos em: 22 maio 2012.

Referências