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PERSPECTIVA
PARTE 1
A – Função do desenho de perspectiva na apresentação, linguagem gráfica.
B – Características sensoriais e mentais que constituem o raciocínio nos processos de expressão gráfica.
C – O traço como meio de expressão, técnica e habilidade.
D – Exercícios texturas e hachuras utilizando o traço e outros meios. A – O desenho de perspectiva é utilizado em todas as profissões que utilizam projetos, sendo necessário por dois motivos: 1) Mostrar aos clientes ou interessados imagens tridimensionais semelhantes às percebidas pela vista
humana, facilitando o entendimento. Em geral, os desenhos bidimensionais (plantas – cortes – elevações) não são facilmente entendidos pelo público.
2) Dentro da formação do estudante, o conhecimento é importante, pois desenvolve a visão espacial que é fundamental para quem trabalha com projetos. Atualmente temos outros recursos como a computação gráfica; porém esta nos fornece os desenhos prontos, sem mostrar o processo e sem esclarecer conceitos básicos como proporção, simetria, etc.. Podemos fazer uma comparação com qualquer estudante que vai à escola para aprender as operações fundamentais da matemática, não sendo permitido que ele leve uma calculadora. Por quê? Porque o importante é desenvolver o raciocínio matemático para depois usar este tipo de instrumento. No desenho de perspectiva, é semelhante, o importante é desenvolver a visão espacial, não interessando qual o método a usar ou a ferramenta.
B – A humanidade ocupa um lugar especial no nosso universo. Sua inteligência e capacidade de raciocínio o levam a criar, a modificar e ordenar a natureza segundo princípios estéticos que ele mesmo desenvolveu, criando incontáveis obras em todos os campos, como por exemplo, arte, edifícios, cidades, máquinas, etc.. O processo de desenvolvimento é dinâmico e é baseado na observação da natureza e da pesquisa. Observe os diagramas a seguir:
1) Observar á olhar com profundidade. Quando alguém tem interesse especial por algum assunto a
observação passa para contemplação e é neste momento que o objeto penetra na nossa mente e nos torna sensíveis a seus mínimos detalhes, forma, tamanho, proporção, cor, etc.. Êxtase e a sensação de prazer que se tem quando o entendimento e a compreensão estão próximos.
2) Analisar e compreender são processos que fazem com que este objeto e sua forma sejam retidos na mente, chamamos a isto de memória visual.
3) Quanto mais a gente passa a observar, estudar, adquirir conhecimentos, mais rica será nossa criação. Podemos ter tendências, inclinação, vocação para uma determinada área de conhecimento, mas sem uma boa observação e pesquisa nossa produção não terá a mesma riqueza.
C – Trataremos agora da habilidade técnica. Vamos trabalhar o traço, pois neste curso todos os desenhos serão trabalhados a grafite (traços construtivos, definitivos, tratamento de superfícies, hachuras, texturas e sombreado); 1) Nos desenhos tridimensionais a questão é perceber as formas e o volume.
‐ O traço (linha) define os contornos.
‐ As superfícies devem ser tratadas com texturas; este tratamento é que faz evidenciar os volumes.
Com as texturas podemos trabalhar o contraste entre luz e sombra. Estes assuntos, sombreado e tratamento das superfícies, serão tratados mais a frente. Nosso interesse no momento é a técnica do traçado, especialmente as linhas. Podemos obter texturas com tons de cinza usando superfícies texturizadas por baixo do papel usando hachuras ou esfumaçado. 2) Características do traço:
I. Personalidade II. Uniformidade (intensidade, espessura e direção) III. Firmeza IV. Técnica, posição e pressão da mão
I. O traço é tão característico em cada pessoa como as digitais, todo mundo tem um traço diferente do
outro. Podemos reconhecer o traço de uma determinada pessoa, pois ele sempre terá suas características diferenciadas, por exemplo: uns possuem traços leves porque usam pouca pressão na mão, outros poderão ter tendência a traços mais fortes. Nesta aula o objetivo é que o aluno descubra as próprias características e as desenvolva. Por isso não devemos preocupar em comparar ou querer que o nosso traço seja parecido com os dos outros.
II. Uniformidade: uma vez que o aluno descobre as características do seu traço ele deve tentar uniformizá‐lo. Intensidade: Se o traço é feito com a mão leve, ele se torna suave e claro. Se o traço é feito com força, ele sai mais escuro. O objetivo é manter sempre a mesma intensidade e características de cada um, repetindo muitas vezes até conseguir (exercitar). Espessura: Dependendo da pressão, o traço pode parecer mais grosso ou mais fino. Devemos descobrir qual é a nossa tendência e exercitá‐la.
Direção: Como podemos manter o traço seguindo a direção que desejamos? A técnica consiste em evitar fixar a vista na ponta do lápis, devemos trabalhar com atenção difusa. Nossos olhos devem imaginar o caminho a percorrer e manter a vista ligeiramente adiante do percurso do lápis.
III. Firmeza: A firmeza e a segurança do traço só são conseguidas com muito exercício e perseverança. IV. Técnica: a posição da mão é muito importante, pois a pressão que é exercida pela mão não deve ser
tão forte que cause atrito na superfície do papel. O lápis deve deslizar sobre a superfície com movimentos flutuantes.
Posições para empunhar o lápis:
a) Afastar a ponta do lápis da mão. b) É importante que a mão e o antebraço também deslizem sobre o papel, evitando o atrito e
permitindo o movimento de mão, antebraço e ombro.
c) Para traços menores os movimentos são menores podendo apoiar o pulso e o antebraço, mas lembrando que estes devem deslizar sobre a superfície do papel.
d) Quando os traços são maiores o movimento é feito com o braço todo, sendo que o ombro também se movimenta, em alguns casos, pode ser usado o apoio dos dedos.
PARTE 1 EXERCÍCIOS Observe: Posição da mão e braço (movimento), evitar “tensão” causada ao pressionar demais o lápis com a mão. Evitar atrito da mão e lápis sobre o papel. ‐ Uniformidade ‐ Direção – não interrompa o traço, evite a pressa, observe como a vista antecede o percurso do lápis. ‐ Não é necessário o traço firme e sim acompanhar a direção.
Objetivo: Desenvolver traços de vários tipos e combinações, mais adiante serão propostos exercícios para aplicá‐los em sombreados e texturas. ‐ Esfumaçado – permite obtenção de valores tonais que é conseguido com lápis macio e esfuminho. ‐ Elaborar escalas tonais com esfumaçado e traços. ‐ Sobreposição do papel em superfícies texturizadas e aplicar o lápis.
‐ Observar sempre a técnica enquanto a posição da mão, movimentar o braço e tentar seguir a direção. ‐ Estes traços são mais dinâmicos, devem ser feitos com mais rapidez indo e voltando sobre a mesma linha, sobrepondo o traço.
EXERCÍCIOS
‐ Estrutura de objetos planos direções dominantes