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Ministério de Minas e Energia
PERSPECTIVAS PARA O&G NÃO-CONVENCIONAL NO BRASIL
Lauro Doniseti Bogniotti Departamento de Política de Exploração e Produção de Petróleo e Gás Natural
OLADE – Montevidéu, 25/07/2012
Ministério de Minas e Energia
SUMÁRIO
• Atividades de E&P no Brasil
• Avaliações para Não-Convencionais
• Recursos prospectáveis de shale gas
• Meio Ambiente
• Considerações Finais
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Ministério de Minas e Energia
Atividades de E&P no Brasil
Ministério de Minas e Energia
4
Atividades de E&P no Brasil - 2012
7,5 milhões km² de bacias
sedimentares
2,8 milhões km² com potencial para óleo e gás
336,7 mil km² de área concedida (campos e blocos)
317 blocos concedidos em fase de exploração
7 blocos da cessão onerosa
407 campos em fase de produção
79 empresas de E&P
Fonte: ANP, 2012
Áreas prioritárias para não convencionais
Ministério de Minas e Energia
5
Área concessão: 42 mil km² (28%) Área Cessão: 3,74 mil km² (2,5%)
VOLUMES ESTIMADOS (06/2012)
27,5 a 35,1 bilhões de boe Parque das Baleias 1,5 a 2 bi boe
Franco 2,0 a 5,5 bi boe
Iara 3 a 4 bi boe
Lula 8,3 bi boe
Sapinhoá 2,1 bi boe
Entorno de Iara 0,6 a 0,8 bi boe
Florim 0,1 a 0,4 bi boe
Sul de Guará 0,1 a 0,3 bi boe
Sul e NE de Tupi 0,5 a 0,7 bi boe
Peroba 1,1 a 1,8 bi boe
Libra 7 a 8 bi boe
Fonte: Petrotras, ANP e MME, junho/2012
Reservas Provadas (2011): 17,9 bi boe
5
Descobertas de O&G no Pré-Sal
Pão de Açúcar 1,2 bi boe
Ministério de Minas e Energia
6
Previsão de Investimentos 2011 - 2015
Investimentos no Setor de P&G*
US$ 215 bi 83%
US$ 43 bi 17%
Petrobras Outras
Fonte: IBP e Petrobras (2011)
US$ 258 bi
* Investimentos em biocombustíveis não incluídos
Investimentos em E&P
US$ 122 bi 80%
US$ 30,5 bi 20%
Petrobras Outras
US$ 152 bi
Ministério de Minas e Energia
Zoneamento Nacional de Recursos de Óleo e Gás
Em elaboração MME-EPE
Instrumento para
planejamento das
ações de governo e
elaboração de políticas
para a indústria do
petróleo
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Ministério de Minas e Energia
Avaliações para Não-Convencionais
Ministério de Minas e Energia
Bacia do São Francisco – Potencial petrolífero
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Indicações diretas de hidrocarboneto
Exsudação de Remanso do Fogo,
Rio Paracatu
Queima de gás do Poço do
Jacarezinho, Fazenda Vale das
Aroeiras
Exsudação de gás no Rio Paracatu
Ministério de Minas e Energia
Bacia do São Francisco – Blocos Ativos
11
• 39 Blocos Exploratórios (Rodadas 7
e 10)
• 109.749 km² de área sob
Exploração
• Fase de Exploração de 6 anos (4+2)
• 6 Operadores (11 Concessionários)
Fonte: ANP (março/2012)
Ministério de Minas e Energia
Bacia do São Francisco – Atividades Exploratórias
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REALIZADAS:
– 28.650 km² de dados aéreos gravimétricos e magnetométricos
– 13.403 Km de sísmica 2D
– 4 poços concluídos (5 em perfuração)
– Investimentos: US$ 160 milhões
PROGRAMADAS (curto e médio prazos):
– 6.750 km de sísmica
– 15 poços exploratórios
– Investimentos previstos: US$ 210 milhões
Fonte: ANP (março/2012)
Ministério de Minas e Energia
Bacia do São Francisco – Atividades Exploratórias
• Praticamente todos os poços perfurados na Bacia do São Francisco são portadores de gás
• Via de regra, as descobertas ocorreram em reservatórios de baixa permo-porosidade que, em teste, produzem gás no primeiro fluxo e apresentam comportamento depletivo
• Tal comportamento é interpretado como produção do gás acumulado em fraturas naturais, não havendo condição do gás acumulado na matriz da rocha recompor as condições de produção, devido à baixa permeabilidade
• Reservatórios com baixas permeabilidades, menores que < 0,1mD, são conhecidos como “não-convencionais”
• Os “Plays” exploratórios na Bacia do São Francisco não estão bem caracterizados, sejam convencionais ou não-convencionais. As descobertas precisam ser melhor avaliadas para se conhecer o potencial de produção de gás em tais reservatórios
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Ministério de Minas e Energia
Bacia do São Francisco – Atividades Exploratórias
14 Testemunhos de Sondagem - Poço 1PTRA1MG - Tight gas
Ministério de Minas e Energia
Bacia do São Francisco – Atividades Exploratórias
15 Aquisição Sísmica “Vibroseis” em estradas – PETRA ENERGIA
Ministério de Minas e Energia
Bacia do Parnaíba – Blocos Ativos
16 Fonte: ANP (março/2012)
8 1
2 campos em desenvolvimento:
1
10 blocos exploratórios:
1-OGX-22-MA 1-OGX-16-MA
Gavião Azul e Gavião Real
Parnaíba
Ministério de Minas e Energia
Reservas de Folhelho (‘xisto’) Pirobetuminoso
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Fonte: Casagrande (2008)
Recursos de ‘xisto’ na ordem
de 1,9 bilhão de barris de óleo
equivalente
Ministério de Minas e Energia
Aproveitamento da Petrobras - Estado do Paraná
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Usina SIX – São Mateus do Sul Seção Geológica esquemática (oil shale)
CAMADA SUP. – 6 m
CAMADA INF. – 10 m
CAMADA INF. - 2.4m
SOLO
ROCHA INTEMPERIZADA –
ARGILA ~ 10 m
SILTITO ~ 4 m
Produção (ton métr./dia)
Minério retortado 6.600
Finos de minério 1.500
Óleo combustível 480
Nafta leve 90
Gás Combustível 120
GLP 45
Enxofre 75
Ministério de Minas e Energia
Bacia do Paraná – Potencial para CBM
19 Mapa de localização das jazidas carboníferas no sul do Brasil (Casagrande, 2008)
(*) CBM = Coal Bed Methane
Ministério de Minas e Energia
Estudo ANP - Volume de recursos prospectáveis de shale gas
Ministério de Minas e Energia
Bacias Sedimentares Brasileiras
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7,5 milhões km²
(1,85 bilhões acres)
Ministério de Minas e Energia
Bacias Sedimentares Brasileiras
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Exclusão bacias
marítimas
Ministério de Minas e Energia
Bacias Sedimentares Brasileiras
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Exclusão bacias
Floresta Amazônica
Exclusão bacias
marítimas
Ministério de Minas e Energia
Bacias Sedimentares Brasileiras
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Bacia do São
Francisco
Ocorrências de Tight gas e
Shale gas
Estado MG – sob contrato
Estado BA – avaliação ANP
Exclusão bacias
Floresta Amazônica
Exclusão bacias
marítimas
Ministério de Minas e Energia
Bacias Sedimentares Brasileiras
25
Bacia do
Paraná EIA (2011): 226 TCF - Folhelhos profundos
- Espessas camadas
de basalto
Bacia do São
Francisco Exclusão bacias
marítimas
Exclusão bacias
Floresta Amazônica
Ministério de Minas e Energia
Bacias Sedimentares Brasileiras
26
No Amazon forest
basin
Bacia
Parecis
Bacia
Parnaíba
Bacia
Recôncavo
Bacia do
Paraná
Exclusão bacias
marítimas
Bacia do São
Francisco
Ministério de Minas e Energia
Bacia do Parnaíba - Rochas geradoras
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Isólitas dos folhelhos radioativos “C” Teores médios de COT dos folhelhos
radioativos “C”
Valor máximo 40 m; Valor médio ~25m (60% do máx.) Fonte: ANP (março/2012)
Ministério de Minas e Energia
Bacia do Parnaíba - Mapa de evolução térmica
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Folhelhos radioativos “C” Poço 9 – PAF – 7 – MA
Perfurado em 1964
Raios gama40 300API
Folhelhos radioativos
COT (%)4 3 2 1 0,5
Lito-logia
R0 (%)0,4 0,6 0,8
Fm
P i m
e n
t e
i r
a s
Ita
im
2000 m
2100 m
2200 m
ICERo
Área favorável para geração de gás 64.000 km2 Área favorável para geração de óleo
37 m
Fonte: ANP (março/2012)
Ministério de Minas e Energia
Bacia do Parecis - Arcabouço Estrutural
29
Três domínios tectono-sedimentares
I. Extremo oeste: Sub-bacia de Rondônia; II. Porção central: Sub-bacia de Juruena; II. Extremo leste: Sub-bacia do Alto Xingu
Área considerada Graben: 99.000 km2 Fonte: ANP (março/2012)
Ministério de Minas e Energia
Bacia do Parecis - Topo Fm. Ponta Grossa
30 Fonte: ANP (março/2012)
Folhelhos escuros radioativos
106 m
Valor médio
a ser
utilizado
50 m
Ministério de Minas e Energia
Bacia do Recôncavo - Área geradora
31
2.000 km2
• Primeira bacia produtora de
O&G no Brasil
• 6.400 poços perfurados desde
1939 – Hoje tem 1.700 poços em
produção convencional
• Instalações de produção,
processamento e transporte
• Plantas de fertilizantes e
refinarias próximas
Fonte: ANP (março/2012)
Ministério de Minas e Energia
Bacia do Recôncavo – Membro Gomo
32 Fonte: ANP (março/2012)
Mello et al., 1989
DADOS GEOQUÍMICOS: • COT médio: 1 - 2% • Alto Grau Maturação Térmica
• Alta Convertibilidade Mat.Org.
• Querogênio: tipo I (óleo)
• Início Geração: Neobarremiano
• Ausência de biodegradação,
mesmo em horizontes bem
rasos
• Geração/Prof.: início 2400m,
pico 3000m, senil 4500m (DPC)
Selecionados os intervalos de médio a
bom potencial em hidrocarbonetos
perfazendo 400 m de rocha Mello et al., 1989
Ministério de Minas e Energia
Paradigma utilizado – Barnett Shale
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Modelo dos análogos comparado com exercícios
convencionais
A – área 13.000 km2
E – espessura média 92 m (300 pés)
C – Cubagem da rocha 13.000 x 0,092 = 1.196 km3
A reserva estabelecida é de 30 TCF em 1.196 km3
de rocha. A profundidade de ocorrência é entre
1.500 e 2.400 m.
Ministério de Minas e Energia
Cálculos volumétricos das 3 bacias
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BACIA ÁREA (km²) ESPESSURA MÉDIA (m)
VOLUME ROCHOSO
(km³)
(*) VOLUME RECUPERÁVEL DE GÁS (TCF)
PARNAÍBA 64.000 40 2.560 64
PARECIS 99.000 50 4.950 124
RECÔNCAVO 2.000 400 800 20
SOMA 208 (**)
OBS: (*) Proporção com Barnett Shale ( 1.196 km³ rocha = 30 TCF gás)
(**) Deve representar os volumes máximos para as três bacias
- EIA (2011): Prevê volume recuperável de 521 TCF para a Bacia
Chaco-Paraná (Brasil - 226, Paraguai, Uruguai, Argentina e Bolívia)
Ministério de Minas e Energia
Meio Ambiente - Preocupações
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• Oposições às atividades de O&G
• Questões associadas ao fraturamento
Fonte: FMC Technologies (2012)
Ministério de Minas e Energia
Cuidados com o Meio Ambiente
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• Planejamento do E&P com base em conhecimento geológico de detalhe das diferentes regiões produtoras - relevante na prevenção de impactos
• Revestimento dos poços com múltiplas camadas de aço e cimento, a partir da base do antepoço, (o controle de cimentação de todo o poço necessita ser efetivo) - chave para se evitar a contaminação dos lençóis freáticos e/ou para se prevenir eventuais vazamentos
• Órgãos de fiscalização e controle (O&G e Meio Ambiente) deverão acompanhar as operações com maior potencial de impacto (levantamento sísmico, perfuração de poços e fraturamento hidráulico), para coibir abusos
• Diminuição da “pegada” da atividade deve ser perseguida pelos operadores
• Uso racional da água de perfuração e de fraturamento hidráulico
• Aditivos da lama de perfuração e fluido do fraturamento devem ser mais naturais
Ministério de Minas e Energia
Considerações Finais
Ministério de Minas e Energia
Perspectivas para os Não-convencionais
• Avanço tecnológico propiciou que as rochas geradoras dos recursos convencionais se tornassem também alvo da pesquisa para hidrocarbonetos – Governo analisa necessidades de adaptação ao marco regulatório
• Atividades de E&P dos recursos petrolíferos não-convencionais são intensivas em bens e serviços, movimentando extensa cadeia de fornecimento -oportunidade adicional para o desenvolvimento da indústria local
• Proximidade desses energéticos aos centros de consumo implicam em redução dos custos de transporte e consequente redução de seu custo ao consumidor final
• Potencial dos não-convencionais para geração termelétrica a preços competitivos (leilões de energia no Brasil já mostram essa tendência)
• Atividades de E&P dos não-convencionais ainda apresentam desafios para a manutenção da qualidade ambiental – fluidos de fraturamento, gerenciamento de uso água, etc. (necessidade de regulação específica - regras rígidas e a garantia de seu cumprimento são fundamentais para o sucesso)
Ministério de Minas e Energia
Perspectivas para os Não-convencionais
• Aproveitamentos representam impacto positivo na segurança energética do País, bem como para a atração de investimentos ao setor produtivo
• Contribuição para o aumento da previsão de excedente exportável de petróleo no médio e longo prazos no Brasil, cuja expectativa de produção é de 2,5 milhões de bbl/dia de petróleo acima da demanda interna do ano de 2020
• Excedente exportável do Brasil deverá vir principalmente do Pré-Sal, devendo a parcela governamental integrar o Fundo Social – Metas do Milênio
• Política governamental de Conteúdo Local deverá permanecer, a exemplo dos convencionais, com o objetivo de ampliar a participação da indústria nacional no fornecimento de bens e serviços, em bases competitivas e sustentáveis, com geração de empregos e renda, em benefício da sociedade brasileira
• Aprendizagem com as experiências dos outros países
Ministério de Minas e Energia
¡Muchas Gracias!
Lauro Doniseti Bogniotti Departamento de Política de Exploração e Produção de Petróleo e Gás Natural
OLADE – Montevidéu, 25/07/2012