Ministério da Educação UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ

Campus Ponta Grossa

Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação para Veículos Comerciais e Agrícolas

Programa Rota 2030 – Mobilidade e Logística

Elaborada por:

Prof. Dr. Max Mauro Dias Santos – UTFPR-PG Prof. Dr. Marcelo Vasconcelos de Carvalho – UTFPR-PG Prof. Dr. Rui Tadashi Yoshino – UTFPR-PG Prof. Dr. Armando Antônio Maria Laganá – Poli/USP Prof. Dr. Evandro L. S. Santos – UnB Prof. Dr. Abel Guilhermino da Silva Filho – UFPE

Ponta Grossa, Abril de 2019

INSTITUIÇÃO PROPONENTE (COORDENADORA) Nome: Universidade Tecnológica Federal do Paraná – Ponta Grossa. Nome Empresarial: UTFPR-PG Endereço: Av. Monteiro Lobato, s/n – Km 04 – CEP: 84.016-210 – Ponta Grossa, Paraná, Brasil Pessoa para contato: Prof. Dr. Max Mauro Dias Santos (Professor UTFPR) – maxsantos@utfpr.edu.br Prof. Dr. Luiz Alberto Pilatti (Reitor UTFPR) – lapilatti@utfpr.edu.br

CAPTAÇÃO PRETENDIDA: R$ 111.000.000,00 em 05 anos

PROGRAMA PRIORITÁRIO

Nome do Programa: Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação para

Veículos Comerciais e Agrícolas

Público Alvo: Montadoras e sistemistas do setor automotivo Instituições de Ensino, Pesquisa Científica e Tecnologias Órgãos governamentais responsáveis pelo Sistema Nacional de Trânsito Órgãos governamentais responsáveis pelos direitos e defesas dos consumidores Empresas Públicas de personalidade jurídica de direito Organizações sociais

Prazo de Vigência: 05 anos

Atendimento à Linha Prioritária: c) aumento dos investimentos em pesquisa, desenvolvimento e inovação na cadeia de fornecedores do setor automotivo, incluindo máquinas agrícolas e rodoviárias autopropulsadas.

Programas Relacionados às Seguintes Linhas Prioritárias:

a) incremento da produtividade da cadeia de fornecedores do setor automotivo, incluindo máquinas agrícolas e rodoviárias autopropulsadas;

b) automatização de processos, conectividade industrial e manufatura avançada na cadeia de fornecedores do setor automotivo, incluindo máquinas agrícolas e rodoviárias autopropulsadas;

c) aumento dos investimentos em pesquisa, desenvolvimento e inovação na cadeia de fornecedores do setor automotivo, incluindo máquinas agrícolas e rodoviárias autopropulsadas;

d) fortalecimento da cadeia de ferramental e moldes destinados a produtos automotivos; e

e) estímulo à produção de novas tecnologias relacionadas a biocombustíveis, segurança veicular e propulsão alternativa à combustão.

Referência:http://www.mdic.gov.br/index.php/competitividade-industrial/ce-bim/guias-

bim/61-noticias/3844-rota-2030-ministerio-da-economia-recebe-propostas-de-programas-

prioritarios

Veículos Comerciais

Descrição do Programa:

Os veículos comerciais são responsáveis pelo transporte de cargas e pessoas em que possuem características peculiares de sua aplicação. Os modos de operação e condução tem impacto direto em nível de transporte e tráfego urbano/rodoviário, onde a aplicação de tecnologias tende alcançar uma maior eficiência e desempenho. Um exemplo de aplicação de veículos comerciais é o conceito tecnológico de sistemas de comboio [platoon systems] em que soluções em telemática e conectividade visam ter rodovias melhor utilizadas, economia de combustível, redução de congestionamento e colisões. Novas tecnologias de assistência ao condutor, frenagem, suspensão entre outras podem ser exploradas para veículos comerciais. Além disto, para veículos off-road as tecnologias assistivas visam melhorar o desempenho de aplicações. Por fim, a garantia da manutenção da engenharia de veículos comerciais no Brasil é um diferencial tecnológico em que deve ser garantido e mantido de forma a elevar a nossa capacidade em nível de competitividade internacional.

Temas Relevantes:

- Pesquisas em componentes e tecnologias de sistemas de segurança ativa e passiva em veículos comerciais;

- Pesquisas em sistemas de gerenciamento de frotas para veículos comerciais;

- Pesquisas em integração de veículos comerciais com sistemas de transporte inteligentes;

- Veículos comerciais e off-road semi-autônomos e autônomos;

- Pesquisa e integração de veículos comerciais com infraestrutura de transporte.

Veículos Agrícolas

Descrição do Programa:

Pesquisa, desenvolvimento e inovação de novas tecnologias e soluções que promovam um melhor desempenho e eficiência de sistemas agrícolas visando a agricultura de precisão. A aplicação de tecnologias de tecnologias da informação e telecomunicações tende a melhorar o desempenho, usabilidade e produtividade de máquinas agrícolas para plantio e colheita em diferentes condições de operação e ambiente. Novas tecnologias de veículos automatizados, interface homem-máquina, sistemas de visão, internet das coisas e agricultura 4.0 proporciona ao agronegócio um impacto direto na melhoria do desempenho econômico e social em nível nacional proporcionando condições de competitividade internacional. Utilização de métodos e técnicas de inteligência artificial e sensores multi-domínios para melhoria e integração de veículos agrícolas. Por fim, a área de veículos agrícolas é competitiva nacionalmente e internacionalmente, muito movida pela inovação no setor e carente de profissionais e infraestrutura no Brasil.

Temas Relevantes Propostos:

- Pesquisas em veículos agrícolas automatizados e conectados;

- Pesquisas em veículos agrícolas para agricultura de precisão;

- Pesquisas em novas tecnologias para telemática e conectividade em veículos agrícolas;

- Pesquisas de melhoria e desenvolvimento da integração de veículos agrícolas com vistas a agricultura de precisão;

- Pesquisas em métodos e técnicas de inteligência artificial e sensores multi-domínios em veículos agrícolas;

- Novas tecnologias de veículos automatizados, interface homem-máquina, sistemas de visão, internet das coisas e agricultura 4.0

1. Introdução

O setor automotivo tem importante participação na estrutura industrial mundial.

No Brasil, representa cerca de 22% do PIB industrial. Devido aos seus

encadeamentos, é um setor cujo desempenho pode afetar significativamente a

produção de vários outros setores industriais.

De acordo com a Organisation Internationale des Construteurs d’Automobile

(OICA), a produção mundial de veículos em 2016 foi de 72,1 milhões de unidades,

dos quais 1,77 milhões foram produzidos no Brasil, o que o classifica como 10º

maior produtor mundial de veículos, atrás da China, Estados Unidos, Japão,

Alemanha, Índia, Coréia do Sul, México, Espanha e Canadá. No que tange ao

tamanho do mercado, em igual ano o Brasil comercializou 2,05 milhões de veículos,

atrás apenas da China (28 milhões), Estados Unidos (17,8 milhões), Japão (4,9

milhões), Alemanha (3,7 milhões), Índia (3,6 milhões), Reino Unido (3,1 milhões) e

França (2,4 milhões), apresentando-se como o 8º maior mercado mundial.

Conforme o anuário da ANFAVEA (Associação Nacional dos Fabricantes de

Veículos Automotores) do ano de 2019, o Brasil é o 9º produtor e 8º mercado

interno de veículos na classificação em nível mundial.

A indústria automobilística brasileira, em grandes números, pode ser assim

resumida:

• 26 fabricantes (veículos e máquinas agrícolas e rodoviárias); 582

fabricantes de autopeças; 5.226 concessionárias (2018).

• 67 unidades industriais em 10 estados e 44 municípios.

• Capacidade produtiva instalada de 5,05 milhões de unidades de veículos,

e de 109 mil unidades de máquinas agrícolas e rodoviárias.

• Faturamento em 2017, (incluindo autopeças) de U$ 59,2 bilhões.

• Investimentos, no período 1994-2012, de U$ 68,0 bilhões.

• Produção acumulada de veículos montados, no período 1957-2018, de

81,4 milhões de unidades de veículos, e 2,71 milhões de máquinas agrícolas e

rodoviárias, no período 1960-2018.

• Exportações de US$ 20,4 bilhões (2018) e importações de US$ 23,8

bilhões em 2018 (incluindo autopeças).

• Empregos diretos e indiretos totalizando 1,3 milhão de pessoas.

• Participação de 22,0% no PIB Industrial e de 4,0% no PIB Total em 2015.

• Geração de US$ 55 bilhões de tributos, em 2014, entre IPI, ICMS, PIS,

COFINS.

Este cenário mercadológico é de interesse nacional e internacional por ser um

vetor que contribui para a economia. Destaca-se ainda que um setor automotivo é

composto por produtos de mobilidade e transporte como veículos de passeio,

caminhões, ônibus, motocicletas, máquinas agrícolas, máquinas de construção e

outros que utilizam direta ou indiretamente a infraestrutura de transporte

disponibilizada pela malha rodoviária do Brasil ou para atividades oriundas da

produção de bens e serviços. A ligação direta com outros setores da economia

impulsiona ao desenvolvimento social e econômico nacional.

Os centros de decisão e de P&D localizam-se nos países sede e a fabricação

é distribuída internacionalmente, de maneira a atender ao mercado final e às

necessidades de outras filiais da empresa, via comércio interfiram, no qual não é

viável a instalação de uma planta produtiva específica.

Para que haja a sustentação deste estímulo, a inovação tecnológica torna-se

fator preponderante para que novas características incrementais sejam criadas no

processo de fabricação, produto, processos e serviços, e programas para sustentar

este estímulo são essenciais para a competitividade no setor.

2. Veículos Comerciais e Agrícolas

Um veículo terrestre é um sistema de transporte com propulsão capaz de se

deslocar e transportar pessoas ou cargas em estradas pavimentadas e não

pavimentadas.

Veículos comerciais tem a capacidade de transportar grandes quantidades de

cargas ou pessoas e tem um sistema de propulsão com maior potência em face aos

requisitos de torque, potência e velocidade demandados. Geralmente, os motores

diesel tem uma curva de torque e potência capazes de atender estes requisitos.

Os sistemas de mecanização agrícola é uma das áreas da engenharia agrícola

e se dedica ao planejamento, execução e desenvolvimento das operações agrícolas

por meio da utilização de máquinas, implementos e outras ferramentas mecânicas.

2.1 Veículos Comerciais

O Brasil é o país que tem a maior concentração rodoviária de transporte de

cargas e passageiros entre as principais economias mundiais. 58% do transporte no

país é feito por rodovias - contra 53% da Austrália, 50% da China, 43% da Rússia,

32% da Rússia e 8% do Canadá, segundo dados do Banco Mundial.

A malha rodoviária é utilizada para o escoamento de 75% da produção no

país, seguida da marítima (9,2%), aérea (5,8%), ferroviária (5,4%), cabotagem (3%)

e hidroviária (0,7%), de acordo com a pesquisa Custos Logísticos no Brasil, da

Fundação Dom Cabral.

Quando se fala em Transporte Rodoviário Brasileiro de Cargas, muitas

pessoas não têm ideia da dimensão deste mercado e do número de veículos que

temos no país. Trata-se numa divisão em diversos modelos para transportar os mais

variados tipos de materiais.

Dados da CNT (Confederação Nacional do Transporte) apontam que o número

de autônomos cadastrados na ANTT, a frota das empresas no segmento rodoviário

e o número de caminhoneiros vinculados a cooperativas, somam 1.664.866 veículos

no Brasil. Veja as especificações no gráfico da Figura 1.

Fonte: http://anuariodotransporte.cnt.org.br/Rodoviario/1-6-1-/Transporte-nacional

Figura 1. Quantidade de veículos comercias produzidos em 2017.

Os principais veículos comerciais mais comuns usados no transporte de cargas são:

Utilitários

VUC (Veículo Urbano de Carga)

Caminhão Toco

Truck ou Caminhão

Bitruck

Cavalo Mecânico Simples

Carreta LS (Cavalo Mecânico com Três Eixos)

Outros modelos

O Brasil é um país essencialmente rodoviário. Segundo estimativas, 95% das

pessoas que utilizam transporte, que não o individual – automóvel – o fazem por

meio do ônibus. Esses números são oriundos do direcionamento da política de

investimentos dos Poderes Públicos, desde décadas passadas, para a ampliação

prioritária da malha rodoviária.

Por sua vez, as Empresas de Ônibus, pioneiras no transporte de passageiros,

surgiram da premente necessidade de comunicação entre as cidades e, sobretudo,

da deficiência da malha ferroviária.

O setor de transporte ocupa hoje o quinto lugar no rol das atividades

essenciais para o Brasil e é responsável por 3,5% do PIB - Produto Interno Bruto

nacional.

Das 90 milhões de viagens terrestres realizadas, diariamente, no Brasil, 92%

utilizam o ônibus como meio de transporte, cabendo ao Metrô 4% e ao transporte

Ferroviário e outros Modais 4%.

As encarroçadoras de ônibus acompanharam a boa movimentação do

mercado brasileiro e terminaram 2018 com incremento de 39,8% na produção,

totalizando 20.424 veículos, ante as 14.607 unidades que foram fabricadas em

2017. A Associação Nacional dos Fabricantes de Ônibus (Fabus) credita o resultado

positivo no ano passado a vários fatores que ajudaram a estimular o setor, como a

redução da inflação de 10,5% para 3,6% ao ano, a diminuição da taxa de juros da

economia (Selic) de 14,5% para 6,5% ao ano e a reforma trabalhista, o que fez com

que o empresário retomasse a confiança, repercutindo na melhora do mercado.

Em cinco dos últimos 10 anos, a indústria brasileira de carrocerias de ônibus

atingiu volumes médios de produção de 33 mil unidades.

2.2 Veículos Agrícolas

É comum vermos estampados em forma de notícias as constantes quebras de

recordes de produção agrícola e contribuição significativa ao PIB Brasileiro do setor

agrícola. Por exemplo, a contribuição do setor para a economia brasileira chegou a

23,5% em 2017, segundo a entidade Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil

(CNA).

O setor de máquinas agrícolas em função do agronegócio é dependente de

políticas de incentivos fiscais, taxas de juros e programas de financiamento

orientados ao produtor rural, aliados a expansão da área cultivada e a elevação dos

índices de produção e produtividade no campo, com desenvolvimento de tecnologia

de forma concentrada em poucas grandes empresas, de capital estrangeiro, no

subsetor de tratores e colheitadeiras automotrizes, e concentrada também no eixo

Sul-Sudeste do território nacional. Entretanto, a demanda de produção é fortemente

influenciada pelas expectativas geradas pelo governo para a política agrícola,

considerando as estimativas de safra projetadas para o ano subsequente e o

volume de financiamentos disponibilizados pelo BNDES, o que é a materialização

do quadro projetado por Amato Neto (1985) como importante para o

desenvolvimento do setor e contribuição significativa ao PIB Brasileiro, mas essa

dependência pode indicar a baixa competitividade do maquinário produzido no país,

que não consegue manter um patamar de exportações, como também o baixo valor

atribuído pelos produtores à tecnologia ou a baixa capacidade financeira desses

produtores em adquiri-la.

Alguns indicadores mostram, no entanto, que o setor evoluiu em

desenvolvimento de inovação e tecnologia, ainda que sua participação no mercado

externo seja muito desproporcional à sua capacidade produtiva. Destaca-se desse

processo a importância atribuída as grandes empresas e seus departamentos de

P&DI, contribuindo para a dinâmica competitiva do setor, dada sua elevada

capacidade de apropriabilidade de tecnologias e de cumulatividade de

conhecimentos. Essa concentração, porém, contribui para a concentração também

geográfica.

A Figura 2 apresenta um gráfico evolutivo da produção, vendas internas,

importação e exportação de veículos agrícolas no período de 1984-2016, em que se

passaram vários governos. O mercado interno teve uma leve alta de produção e

consumo entre 2007 e 2015, e as importações e exportações se mantiveram

constantes ao longo dos anos.

Figura 2. Brasil: Produção, vendas internas, importação e exportação de tratores de rodas, 1984-2016

O desenvolvimento agrícola promove um efeito em cascata capaz de gerar

novos negócios em diversos outros segmentos. Contrariando o cenário econômico

nacional atual e perspectivas futuras, apenas o setor de agronegócio segue com

projeções otimistas em 2019. Isto dá-se uma dimensão de quão relevante é este

setor para a economia e desenvolvimento nacional.

A mecanização da produção agrícola revolucionou o agronegócio, aumentando

a produtividade e a eficiência de muitos processos. Porém, a operação inadequada

das máquinas pode trazer custos adicionais (desnecessários) para o produtor.

Máquinas e implementos agrícolas para o agronegócio são um dos principais

pontos de atenção na fazenda que consiste deste a produção em pequena, média e

grande escala. Esses ativos representam um grande investimento para o produtor.

A operação ótima das máquinas no campo também pode ser fator decisivo para

determinar as margens da operação. Então, tem-se que as máquinas são

caracterizadas por ser agentes importantes em que pesquisa, desenvolvimento e

inovação podem trazer benefícios diretos e com real impacto.

3. Principais Tendências de Inovações em Veículos Comerciais e Agrícolas no Mundo

A tecnologia inovadora em veículos comerciais e máquinas agrícolas oferecem

um enorme potencial melhoria da eficiência e desempenho para automação e

segurança. Então, alguns temas de destaques que considera-se de inovação nestes

segmentos em nível mundial são:

Sistemas de trem de força eletrificados

Navegação inteligente

Digitalização

Segurança

Funções de assistência ao condutor

Veículos autônomos

Agricultura de precisão

Agricultura 4.0

4. Áreas Estratégias de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação

O programa Rota 2030 é o novo programa que vai regulamentar a produção de

veículos no Brasil. O programa determina regras que as fabricantes devem seguir na

produção de veículos em termos de economia de combustível, segurança e renovação

da matriz energética. Em contrapartida, as empresas recebem concessão de

descontos tributários e fiscais.

Para o segmento de veículos terrestres do tipo comerciais e agrícolas, é

importante estabelecer objetivos estratégicos que visam fortalecer a indústria nacional

e capital humano tecnicamente capacitado a fim de ter-se desempenho e eficiência em

nível produtivo, operacional e tecnológico. A pesquisa, desenvolvimento e inovação são

agentes importantes que trazem benefícios mensuráveis ao segmento de veículos

comerciais e agrícolas em nível nacional e colocando ainda em condições de

competitividade internacional.

O programa Rota 2030 tem vigência de 15 anos, sendo que os programas terão

vigência de 5 anos. Para o caso deste programa específico, esta primeira etapa tem 5

anos de vigência entre 2019 a 2024. Então, por meio de métricas de desempenho

serão avaliados o nível de atendimento às diretrizes estabelecidas e assim definidas

novas diretrizes estratégicas com propósito de continuidade para atender a área de

veículos comerciais e agrícolas. Em resumo teremos as seguintes etapas:

1ª Etapa – 2019 – 2024

2ª Etapa – 2024 – 2029

3ª Etapa – 2029 - 2034

Geralmente, tem-se a exportação destes veículos é feita em maior escala para

países da América e assim sendo pretende-se aumentar o nível de atuação de

mercado global. Para isto, pretende-se com investimento adequado alcançar bons

resultados através de:

a) Bancadas de Testes de Motores Diesel (BTMD) - Especificação, projeto,

operação e manutenção de bancada de testes de motores diesel para atender

ações de regulamentação, homologação e testes. Pesquisa, desenvolvimento

e inovação para aumento de eficiência e desempenho. Aplicável a veículos

comerciais e agrícolas.

b) Bancadas de Testes de Veículos Comerciais (BTVC) - Especificação,

projeto, operação e manutenção de bancada de testes de veículos comerciais

para atender ações de regulamentação, homologação e testes. Pesquisa,

desenvolvimento e inovação para aumento de eficiência e desempenho.

c) Simulação Virtual de Veículos (SVV)- Especificação, projeto, operação e

manutenção de simulador virtual para veículos para testes e simulação de

melhorias e novas soluções para dinâmica veicular, controle, conforto e

segurança. Ambiente de testes e validação de provas de conceito de veículos

comerciais. Pesquisa, desenvolvimento e inovação em nível de simulação

virtual para aumento de eficiência e desempenho.

d) Projeto Nacional de Desenvolvimento de Motor Diesel (PNDMD)-

Pesquisa, desenvolvimento e inovação para estabelecer e aplicar métodos,

processos, ferramentas e padrões no projeto e gerenciamento de motor diesel

com tecnologia totalmente nacional a fim de formação e capacitação de corpo

técnico especializado.

e) Desenvolvimento e Aperfeiçoamento de Tecnologias de Assistência ao

Condutor (DATAC) - Pesquisa, desenvolvimento e inovação para novas e

melhorias em tecnologias de assistência ao condutor em veículos comerciais

e agrícolas. As tecnologias habilitadas devem atender requisitos que visem

melhorar a eficiência, desempenho, segurança e conforto de veículos

comerciais e agrícolas.

f) Tecnologias para Navegação Inteligente e Digitalização (TNID)–

Plataformas e tecnologias para utilização de dados de navegação são usadas

de maneira igualmente inteligente: os caminhões enviam seus dados de rota

GPS para o sistema de controle do motor, que pode usar os dados para

selecionar as rotações mais eficientes. Além disto, prover soluções e

melhorias a operadoras de frota que conectam digitalmente todos esses

dados em uma grande nuvem de dados ganharão controle perfeito, o que

economiza energia, tempo e custos.

g) Tecnologias da Informação e Comunicação para Agricultura de Precisão

(TICAP) - Projeto, desenvolvimento e inovação de novas e melhorias nas

existentes tecnologias de agricultura de precisão que visem prover máquinas

agrícolas com maior eficiência e desempenho em busca de alcançar maior

produtividade e qualidade das operações agrícolas. Esse conjunto de

ferramentas para a agricultura pode fazer uso do GNSS (Global Navigation

Satelite System), do SIG (Sistema de Informações Geográficas), de

instrumentos e de sensores para medidas ou detecção de parâmetros ou

de alvos de interesse no agroecossistema (solo, planta, insetos e doenças),

de geoestatística e da mecatrônica.

h) Infraestrutura de Conectividade para Serviços (ICS) – Projeto,

desenvolvimento e inovação para infraestrutura digital de conectividade para

prover serviços em aos segmentos de veículos comerciais e máquinas

agrícolas de forma integrada com as tecnologias atuais como Big Data, Cloud

Computing, Artificial Intelligence, Cyber Physical Systems, Prognostic Machine

Learning entre outras. Um bom exemplo como referência é o projeto RIO em

que é baseada em nuvem e agrupa soluções digitais para o setor de

transporte e logística. A RIO fornece seus próprios serviços e serviços de

parceiros em seu mercado.´ https://rio.cloud/en/

5. Visão de Futuro para Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação em Veículos Comerciais e Agrícolas

Em síntese, o programa de pesquisa, desenvolvimento e inovação em veículos

comerciais e agrícolas compreende a utilizar recursos de forma a prover e

disponibilizar acesso a conteúdos de ciência e tecnologia, que consolidem um

melhor entendimento e maturidade na área de veículos comerciais e agrícolas,

possibilitando a redução do tempo necessário para vencer os desafios que se

antepõem ao seu desenvolvimento em nível internacional e ainda assim garantindo

a soberania nacional científica e tecnológica.

Nesse sentido, o PPP-PD&I de Veículos Comerciais e Agrícolas, será apoiado

pelo Programa Rota 2030 como unidade interessada e gestora, com a perspectiva

de aceitação dos seguintes projetos que atendam às diretrizes do programa. A

Tabela 1 apresenta uma previsão orçamentária da distribuição de recursos a

projetos que visem atender às diretrizes dos programas estabelecidos. A Tabela 2

apresenta a previsão orçamentária da distribuição de recursos por ano no prazo de

5 anos.

Tabela 1. Distribuição de recursos por projetos.

Id Projeto Valor Período

1 a) BTMD R$ 15.000.000,00 2019 – 2022

2 b) BTVC R$ 15.000.000,00 2020 – 2023

3 c) SVV R$ 15.000.000,00 2019 – 2024

4 d) PNDMD R$ 15.000.000,00 2019 – 2024

5 e) DATAC R$ 8.000.000,00 2019 – 2023

6 f) TNID R$ 8.000.000,00 2020 – 2024

7 g) TICAP R$ 25.000.000,00 2019 – 2024

8 h) ICS R$ 10.000.000,00 2019 – 2024

Tabela 2. Distribuição de recursos por ano.

Projeto Ano

Total 2019-2020 2020-2021 2021-2022 2022-2023 2023-2024

a) R$ 5,0 M R$ 5,0 M R$ 5,0 M - - R$ 15,0 M

b) - R$ 5,0 M R$ 5,0 M R$ 5,0 M R$ 15,0 M

c) R$ 5,0 M R$ 5,0 M - - R$ 5,0 M R$ 15,0 M

d) R$ 5,0 M - R$ 5,0 M - R$ 5,0 M R$ 15,0 M

e) R$ 2,0 M R$ 2,0 M R$ 2,0 M R$ 2,0 M - R$ 8,0 M

f) - R$ 2,0 M R$ 2,0 M R$ 2,0 M R$ 2,0 M R$ 8,0 M

g) R$ 5,0 M R$ 5,0 M R$ 5,0 M R$ 5,0 M R$ 5,0 M R$ 25,0 M

h) R$ 2,0 M R$ 2,0 M R$ 2,0 M R$ 2,0 M R$ 2,0 M R$ 10,0 M

Previsão Recursos

R$ 24,0 M R$ 26,0 M R$ 26,0 M R$ 16,0 M R$ 19,0 M -

Total Previsto

Programa

R$ 111.000.000,00

Cento e Onze Milhões de Reais

Obs.: M representa o valor em milhões de reais.

6. Diretrizes Orçamentárias do Programa

O Conselho Gestor ao formular a Chamada Pública para projetos deve

conceber um formato que ao mesmo tempo crie uma competição sadia, garanta a

execução conjunta conforme apresentado no programa. A chamada deve focar nas

linhas de atuação propostas para que não haja dispersão dos objetivos e da

metodologia, o que aumentaria o risco de insucesso do programa,

Os projetos deverão destinar pelo menos 25% do total de recursos total dos

mesmos em bolsas de iniciação científica, mestrado, doutorado e pós-doutorado,

com valores maiores que os praticados pelos programas convencionais (>50%),

estabelecidos como padrão no âmbito de todo o Programa Rota 2030,

Os dispêndios com investimentos em equipamentos, nos projetos relativos as

plataformas, não deverão ultrapassar 20% do total de recursos do projeto Não inclui

compra de componentes e ferramentas computacionais para projeto. Casos

excepcionais serão decididos pelo Conselho Gestor,

Os dispêndios com reformas e adequações de prédios, não deverão

ultrapassar 5% do total de recursos do projeto, nos três primeiros anos.

7. Impactos Gerais Esperados do Programa

Os impactos esperados a partir dos resultados da implementação da proposta

do programa são mensuráveis tanto em nível de indústria quanto a universidade e

sociedade. A seguir têm-se os possíveis impactos esperados e a seguir, o

detalhamento destes impactos ao longo dos 05 anos de consolidação do programa.

A Figura 3 apresenta uma visão macro dos principais impactos e benefícios do

programa para indústria, universidade e governo.

Figura 3. Impactos e benefícios do programa para indústria, universidade e governo.

Para a universidade (Academia), os ganhos são mensuráveis através do

estímulo a pesquisa, desenvolvimento e inovação para veículos comerciais e

máquinas agrícolas.

Para o setor automotivo (Indústria), espera-se a redução de custos, aumento

de desempenho, melhorias inovadoras oportunizando novos negócios e melhorias

contínuas do ponto de vista técnico tanto em desempenho ao nível de produtos,

processos e serviços para veículos comerciais e agrícolas.

Para a sociedade (Governo), há um ganho mensurável através do envio de

profissionais mais qualificados para o mercado, além de estimular a aproximação de

futuros profissionais com o mercado de trabalho, aumentando significativamente a

empregabilidade dos mesmos.

8. Metas e Indicadores de Acompanhamento

O quadro a seguir apresenta as metas e os indicadores de acompanhamento

dos projetos

Indicadores Metas/ano

Papel Definição unidade 2019-2020 2020-2021 2021-2022 2022-2023 2023-2024

Inovador 1. Numero de Grupos de Trabalho de prospecção

2. Número de protótipos e serviços Experimentais

3. Número de Propriedades Intelectuais

4. Numero de patentes

Capacidade 5. Quantidade de pessoas atendidas

6. Quantidade de pesquisa aplicada

7. Quantidade de pessoas formadas nas universidades/ICT

8. Quantidade de pessoas treinadas no programa do setor automobilístico

Qualidade 9. Quantidade de projetos implementados

10. índice de satisfação

11. Índice de qualidade

Empreendedor 12. Quantidade de novos modelos de negócios gerados

13. Percentual e organizações atendidas do setor

14. Startups

Indicador de produtividade

15. Projetos desenvolvidos

16. Número de empresas atendidas

17. Numero de horas capacitadas/treinadas por pessoa

18. Número de projetos colaborativos

Indicador de produção técnico e científico

19. Trabalhos de Conclusão Curso Gerados – TCC, Dissertações e Teses

20 – Relatórios Técnicos

21 – Artigos Científicos em Conferências e Periódicos

22 – Materiais de Instrução

9. Governança

Constituição de um Conselho de Gestão e Acompanhamento (CGA),do

programa, tendo as seguintes atribuições:

Sugerir diretrizes técnicas complementares para os projetos a serem

executados no âmbito do programa,

Fixar critérios para acompanhamento e avaliação dos resultados e

relatórios técnicos dos projetos executados no âmbito do programa;

Avaliar a execução e resultados obtidos por cada projeto.

O Conselho de Gestão e Acompanhamento será composto de mínimo 13

participantes.

A indicação dos participantes seguirá o seguinte critério:

A Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores

(ANFAVEA), que indicará 25% do total dos membros;

Sindicato Nacional de Indústria de Componentes para Veículos

Automotores (SINDIPECAS), que indicará 25% do total de membros;

Associação de Engenharia Automotiva (AEA), que indicará 25% do total de

membros;

As entidades executoras de projetos indicarão 25% do total de membros.

O Conselho de Gestão e Acompanhamento escolherá entre os seus membros,

um Presidente e um Secretário, que terão entre outras funções:

Convocar reuniões;

Fazer a gestão dos processos de avaliação.

10. Entidades Participantes na Formulação deste Programa

Universidade Tecnológica Federal do Paraná - UTFPR

Escola Politécnica da Universidade de São Paulo – Poli/USP

Instituto de Pesquisas Tecnológicas - IPT

Faculdade de Engenharia Elétrica da Universidade de Campinas – FEE-

Unicamp

Departamento de Engenharia Automotiva da Universidade Nacional de

Brasília – UnB Gama

Universidade Federal de Pernambuco - UFPE

11. Referências

https://blog.truckpad.com.br/industria/veiculos-transporte-rodoviario-cargas/

https://g1.globo.com/economia/noticia/por-que-o-brasil-depende-tanto-do-transporte-

rodoviario.ghtml

http://www.agriconnected.com/a-importancia-das-maquinas-no-agronegocio/

https://transportemodernoonline.com.br/2019/03/11/producao-de-onibus-avancara-20-em-

2019/

http://www.setpesp.org.br/institucional.aspx?XD=10

https://www.jornaldocomercio.com/_conteudo/especiais/perspectivas_2019/2018/12/660762-

montadoras-de-caminhoes-e-onibus-preveem-alta-nas-vendas.html