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Ano 5 • 16ª edição | Abril 2018 IFRS 9 – Nova Regra Internacional Contábil Atualização da norma internacional contábil traz mudanças significativas na forma de gerenciamento do risco de crédito e suas provisões. PÁG. 22 PÁG. 30 Evolução dos Indicadores de Saúde Suplementar Números reforçam a importância estratégica da gestão de saúde para as empresas. PÁG. 6 PESQUISA LOCKTON SOBRE A REFORMA TRABALHISTA Saiba como algumas empresas estão reagindo a alguns pontos da reforma.

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Ano 5 • 16ª edição | Abril 2018

IFRS 9 – Nova Regra Internacional Contábil

Atualização da norma internacional contábil traz mudanças significativas na forma de gerenciamento do risco de crédito e suas provisões.

PÁG. 22 PÁG. 30

Evolução dos Indicadores de Saúde Suplementar

Números reforçam a importância estratégica da gestão de saúde para as empresas.

PÁG. 6

PESQUISA LOCKTON SOBRE A REFORMA TRABALHISTA Saiba como algumas empresas estão reagindo a alguns pontos da reforma.

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Palavra do Presidente

Com mais de 20 anos de carreira internacional, Tony geriu empresas na área de consultoria atuarial na África do Sul e Inglaterra. Assumiu a posição de CEO da Lockton Brasil em 2013 e atualmente faz parte de vários comitês globais da Lockton Internacional.

TONY GUSMÃ[email protected]

CEO LOCKTON BRASIL

Prezados(as) clientes,

Sejam muito bem-vindos a mais uma edição da Lockton News.

Nesta edição, vamos compartilhar com você os principais resultados de uma pesquisa sobre a nova legislação trabalhista, realizada pela Lockton com 221 empresas.

Outros assuntos relevantes que você encontrará na revista são a evolução dos indicadores de Saúde Suplementar e o impacto da nova regra contábil internacional sobre a forma de gerenciamento do risco de crédito.

Teremos ainda conteúdos sobre Expatriados, Riscos Cibernéticos, Assistência Pessoal e muito mais.

Esperamos informá-los com nossos artigos e agradecemos sempre o “feedback”. Portanto, gostaríamos muito de ouvir suas opiniões sobre futuros temas, ou mesmo melhorias gerais que podem ser realizadas em nossos serviços.

Boa leitura!

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PROPRIEDADE E ATUALIZAÇÃO DE ACIDENTESTotal de perdas por eventos de catástrofes globais em 2017 está estimado em cerca de US$ 135 bilhões.

RISCOS CIBERNÉTICOSUnião Europeia impõe novos regulamentos de proteção de dados.

PESQUISA LOCKTON SOBRE A REFORMA TRABALHISTA Saiba como algumas empresas estão reagindo a alguns pontos da reforma.

PROGRAMA DE ASSISTÊNCIA AO EMPREGADOEAP é uma boa forma de incrementar o Programa de Benefícios sem fazer grandes investimentos.

SOLUÇÕES PARA EXPATRIADOSProcesso de expatriação continua sendo um desa�o para a área de Recursos Humanos.

22 EVOLUÇÃO DOS INDICADORES DE SAÚDE SUPLEMENTAR NOS ÚLTIMOS ANOSNúmeros reforçam a importância estratégica da gestão de saúde para as empresas.

IFRS 9 – NOVA REGRA INTERNACIONAL CONTÁBILAtualização da norma internacional contábil traz mudanças signi�cativas na forma de gerenciamento do risco de crédito e suas provisões.

25 REPASSE AO SUS DOS SERVIÇOS PRESTADOS AOS PACIENTES DE PLANOS PRIVADOSNos últimos anos, as operadoras investiram fortemente no controle das cobranças e no repasse dos custos praticados pelo SUS.

GESTÃO DE SALDO EM VALE-TRANSPORTEJá é possível realizar a gestão da recarga do vale-transporte, com base na real utilização dos colaboradores.

ON THE SCALESArtigos selecionados especialmente para você.

38 NOVAS CONTRATAÇÕESVeja quem a Lockton contratou recentemente para reforçar seu time de especialistas.

Sumário

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Estudou Direito e possui certi�cação pela Superintendência de Seguros Privados (SUSEP). A maior parte de sua experiência pro�ssional foi desenvolvida em empresas internacionais de consultoria. Ao longo de sua carreira, esteve envolvido em diferentes projetos, com destaque para a avaliação diagnóstica do benefício com o objetivo de otimizar custos, desenho e redesenho de benefícios, entre outros.

Atuário formado pela PUC-SP, contador formado pela FECAP e pós-graduado em Administração de Empresas pela Fundação Getúlio Vargas, possui mais de 10 anos de experiência na gestão de projetos de RH e Benefícios. Antes de se juntar à equipe da Lockton, foi auditor e consultor de Benefícios em grandes empresas de consultoria.

CESAR LOPES BRUNO CERBONCINI

PESQUISA LOCKTON SOBRE A REFORMA TRABALHISTA Em 11 de novembro de 2017, entrou em vigor a chamada nova legislação trabalhista ou reforma trabalhista, um conjunto de mudanças, em mais de 100 itens que atualizam a CLT, visando uma maior �exibilidade entre empregado e empregador. O tema é complexo, recente e gerou muita discussão na mídia quando da promulgação da Lei. Em janeiro de 2018, a Lockton decidiu lançar uma pesquisa com o objetivo de veri�car como as empresas estão reagindo a alguns pontos dessa reforma.

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REFORMA TRABALHISTA

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De forma sucinta, a Lockton queria saber como as empresas estavam enxergando as seguintes questões: autôno-mos/terceirização; contrato intermitente; acordo individual com funcionários que ganham duas vezes o teto do INSS; �exibilização de benefícios; férias; demissão por acordo e teletrabalho ou home o�ce. A pesquisa contou com a participação de 221 empresas. Veja um resumo com os principais resultados.

AUTÔNOMOS/TERCEIRIZAÇÃOA reforma trabalhista afastou do autônomo a qualidade de empregado prevista no artigo 3º da CLT (que de�ne os requisitos para um pro�ssional ser considerado empregado de determinada companhia) e ainda criou uma �gura chamada “autônomo exclusivo”, que poderá prestar serviços de forma contínua e para uma única empresa, sem que isso seja caracterizado como vínculo empregatício. Somado a isso, alterações na legislação do trabalho temporário permitiram às empresas terceirizar todas as suas atividades.

A combinação dessas duas regras levou muitas pessoas ao entendimento de que a contratação de trabalhadores no formato de pessoa jurídica seria facilitada (ou até mesmo liberada). Isso signi�caria que em vez de a empresa contratar um pro�ssional para ser seu funcionário no regime CLT, ela poderia

A Lockton perguntou às empresas como elas avaliam o tema dos autônomos exclusivos e da terceirização de todas as atividades da empresa sob a luz da nova legislação trabalhista. O gráfico abaixo ilustra os resultados obtidos. Mais de 1/3 das empresas não efetuaram análise sobre o tema, e apenas 11% já estão adotando o modelo.

7

Como sua empresa avalia a questão dos autônomos exclusivos/terceirização de todas as atividades/contratação de PJ?

11%

23%

24%7%

35%

Já estamos adotando

Tema está em estudo, com possibilidade real de aplicação

Tema está em estudo, com baixa possibilidade de aplicação

Já foi tema de estudo, mas descartamos a aplicação

Não foi objeto de análises

exigir que essa pessoa criasse um CNPJ em seu nome e passasse a trabalhar como se fosse outra empresa, prestando serviços à primeira, com esta recolhendo menos impostos.

Apesar das críticas à eventual “pejotização” da força de trabalho, o nosso entendimento é de que a contratação de funcionários na forma de pessoa jurídica ainda expõe a empresa a riscos. Os requisitos para um pro�ssional ser conside-rado empregado de determinada organização, conforme artigo 3º da CLT, são os seguintes: habitualidade, subordinação e salário – a exclusividade, embora não seja um dos critérios de referido artigo, também era uma das evidências aceitas pela Justiça para comprovar vínculo empregatício. Dessa forma, a questão da exclusividade soa muito mais como um esclarecimento à Justiça do Trabalho do que como uma permissão à “pejotização”.

AUTÔNOMOS/TERCEIRIZAÇÃO

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CONTRATO INTERMITENTEConsidera-se como intermitente o contrato de trabalho no qual a prestação de serviços com subordinação não é contínua, ocorrendo com alternância de períodos de prestação de serviços e de inatividade, independentemente do tipo de atividade do empregado e do empregador (exceto para os aeronautas, regidos por legislação própria). Essa nova modalidade de contratação permite que contratações e dedicação ao trabalho se adequem ao escopo e duração dos projetos, além de possibilitar às empresas uma maior �exibilidade na gestão de mão de obra e uma gestão otimizada dos custos com pessoal. Todavia, como ilustrado no grá�co abaixo, os contratos intermitentes ainda não estão sendo adotados pelas empresa, sendo que em mais de 1/3 delas o tema sequer foi objeto de análise.

Como sua empresa avalia a questão do contrato intermitente?

1%

23%

14% 28%

34%

A Lockton entende que as oportunidades de utilização de contratos intermitentes possam ser maiores em alguns segmentos que possuem necessidade de mão de obra sazonal, como os setores de comércio varejista ou atacadista, turismo, eventos, alimentício, entre outros.

Livre estipulação de contratos de trabalhos individuais para pro�ssionais que ganham duas vezes o teto da previdência social e possuam diploma superior.A reforma trabalhista introduziu o parágrafo único ao artigo 444 da CLT, permitindo a livre estipulação de contrato com empregado portador de diploma de nível superior e que receba salário mensal igual ou superior a duas vezes o limite máximo dos benefícios do Regime Geral de Previdência Social, com tal contrato individual

tendo a mesma e�cácia legal e preponderância sobre os instrumentos coletivos.Mais uma vez, ainda é baixo o número de empresas que já estão adotando a livre estipulação de contratos individuais para pro�ssionais chamados de “hiperssu�cientes”.

Como sua empresa avalia a livre estipulação de contratos de trabalho individuais para pro�ssionais com salários acima de R$ 11.100,00?

6%

30%

23%

7%

34%

Já estamos adotando

Tema está em estudo, com possibilidade real de aplicação

Tema está em estudo, com baixa possibilidade de aplicação

Já foi tema de estudo, mas descartamos a aplicação

Não foi objeto de análises

Já estamos adotando

Tema está em estudo, com possibilidade real de aplicação

Tema está em estudo, com baixa possibilidade de aplicação

Já foi tema de estudo, mas descartamos a aplicação

Não foi objeto de análises

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REFORMA TRABALHISTA

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Em linha com a livre estipulação de contratos de trabalho individuais para os pro�ssionais “hiperssu�cientes”, perguntamos às empresas como elas avaliam a questão da �exibilização de benefícios, especi�camente para este grupo. Nesse sentido, a inclusão do parágrafo 5º no Artigo 458 da CLT, que esclarece que valores relativos à

assistência médica ou odontológica, mesmo quando concedidos em diferentes modalidades de planos e coberturas, não integram o salário, traz mais segurança às empresas para a questão de �exibilização dos benefícios.

Esse item, assim como os anteriores, também não foi objeto de análises para mais de 1/3 das empresas, e apenas 4% já adotam alguma forma de �exibilização de benefícios para os “hiperssu�cientes”.

Como sua empresa avalia a questão da �exibilização de benefícios?

Você concorda com a frase: "A reforma trabalhista possibilitará que as empresas adotem um programa formal de benefícios �exíveis"?

Discordo totalmente

Discordo parcialmente

Concordo parcialmente

Concordo totalmente

25%

25%9%

37%

4%

Por outro lado, quando perguntado se as empresas enxergam na reforma trabalhista uma oportunidade para a �exibilização de benefícios, 73% dos respondentes concordam com essa possibilidade, sendo que 61% concordam parcialmente e outros 12% têm plena convicção na abordagem de benefícios �exíveis, conforme mostra o grá�co:

16%

11%12%

61%

Já estamos adotando

Tema está em estudo, com possibilidade real de aplicação

Tema está em estudo, com baixa possibilidade de aplicação

Já foi tema de estudo, mas descartamos a aplicação

Não foi objeto de análises

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FÉRIAS EM ATÉ TRÊS PERÍODOSO parágrafo 1º do artigo 134 da CLT estabelece que desde que haja concordância do empregado, as férias poderão ser usufruídas em até três períodos, sendo que um deles não poderá ser inferior a quatorze dias corridos e os demais não poderão ser inferiores a cinco dias corridos, cada um.Se há um item que pode resumir a reforma trabalhista até o momento, este diz respeito às férias em até 3 períodos. Nesse sentido, apenas 4% das empresas ainda não analisaram a possibilidade de quebrar as férias em até três períodos, ao passo

que 63% das empresas já adotaram essa abordagem e 27% disseram que o tema já foi estudado e apresenta possibilidade real de ser implementado.Para as empresas que ainda não adotaram ou que descartaram a aplicação de férias em até três períodos, os motivos citados foram a di�culdade de adaptação do sistema de folha de pagamento ou a convenção coletiva da categoria, que determina que as férias sejam concedidas em dois períodos.

Como sua empresa avalia a questão das férias em até três períodos?

Já estamos adotando

Tema está em estudo, com possibilidade real de aplicação

Tema está em estudo, com baixa possibilidade de aplicação

Já foi tema de estudo, mas descartamos a aplicação

Não foi objeto de análises

23%

4%4% 2%

27%

10

REFORMA TRABALHISTA

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DEMISSÃO POR ACORDO

TELETRABALHO OU HOME OFFICE

O artigo 484-A da CLT, introduzido pela reforma trabalhista, permite que o contrato de trabalho seja extinto por acordo entre empregado e empregador, caso em que serão devidos pela metade o aviso prévio (se indenizado) e a indenização sobre o saldo do FGTS. As demais verbas trabalhistas são devidas ao empregado na integralidade. A demissão por acordo permite ainda a movimentação da conta vinculada do trabalhador no FGTS, limitada até 80% do valor dos depósitos, e não autoriza o ingresso do trabalhador no programa de seguro-desemprego.

Como sua empresa avalia a questão da demissão por acordo?

18%

31%23%

12%

12%

O teletrabalho ou home o�ce passou a ser regulamentado na CLT com a reforma trabalhista. O Capítulo II-A, que trata do tema, institucionaliza o teletrabalho ou home o�ce e descarta argumento anterior de que a dedicação ao trabalho era quase sempre atrelada ao espaço físico.

Nosso entendimento é que nem todas as atividades podem ser feitas de maneira remota, mas vislumbramos benefícios com a adoção de teletrabalho ou home o�ce, como um aumento no engajamento dos funcionários e uma gestão otimizada dos custos.

Porém, como ilustrado no grá�co abaixo, a Reforma Trabalhista apenas trouxe mais segurança jurídica às empresas que já adotavam o modelo de home o�ce. Apenas 3% das empresas passaram a adotar essa modalidade de trabalho após a promulgação da lei, ao passo que 29% das empresas já adotavam o modelo antes da reforma.

Como sua empresa avalia a questão do teletrabalho ou home o�ce?

Já adotávamos antes da Reforma Trabalhista

Passamos a adotar após a Reforma Trabalhista

Tema está em estudo, com possibilidade real de aplicação

Tema está em estudo, com baixa possibilidade de aplicação

Já foi tema de estudo, mas descartamos a aplicação

Não foi objeto de análises3%

18%

8%

24%

29%18%

Já estamos adotando

Tema está em estudo, com possibilidade real de aplicação

Tema está em estudo, com baixa possibilidade de aplicação

Já foi tema de estudo, mas descartamos a aplicação

Não foi objeto de análises

Esta �exibilização na demissão, na visão da Lockton, legalizou a prática do acordo que era comum, em que o empregado pedia à empresa que o demitisse para ter acesso aos saldos do FGTS e do seguro-desemprego, devolvendo à empresa a indenização do FGTS, algo que era considerado como fraude às leis trabalhistas.O grá�co abaixo ilustra que o tema já foi estudado pela maioria das empresas e que sua aplicação efetiva, ainda que inferior a 20% quando da coleta dos dados, tende a ser maior no futuro próximo.

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INFORMAÇÕES POR SETORO quadro a seguir apresenta informações separadas por setor de atuação das empresas que tiveram participação relevante na pesquisa. Por meio dele, é possível identi�car quais setores estão mais propensos a adotar as novidades trazidas pela Reforma Trabalhista e os setores que estão mais reticentes.

Já estão adotando ou têm possibilidade real de adotar:

Segmento

Autô

nom

os

Terc

eiriz

ação

Cont

rato

inte

rmite

nte

Cont

rato

sin

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duai

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pers

su�c

ient

es

Féria

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até

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ríodo

s

Dem

issão

por

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do

Hom

e o�

ce

Painel Geral 34%

28%

8%

25%

30%

47%

16%

15%

36%

30%

36%

14%

9%

55%

44%

27%

46%

36%

55%

35%

90%

93%

73%

90%

100%

93%

83%

90%

100%

100%

49%

36%

37%

10%

67%

53%

76%

30%

56%

30%

32%

31%

11%

10%

45%

59%

51%

20%

23%

64%

24%

64%

17%

8%

-

33%

38%

-

27%

12%

Comércio Varejista ou Atacadista

Farmacêutica eBiotecnologia

Petróleo e Gás

Químico

TI, Software e E-commerce

Serviços Profissionais

Automóveis e Autopeças

Seguros, Corretagem eOperadoras de Saúde

Bens de Consumo NãoDuráveis

Legenda:Em azul está o setor que possui maior prevalência de empresas que já estão adotando ou com possibilidade real de adotar o item.Em cinza está o setor que possui menor prevalência de empresas que já estão adotando ou com possibilidade real de adotar o item.

REFORMA TRABALHISTA

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Conhecida pela sigla GDPR (General Data Protection Regulation), a nova regulamentação, que passará a vigorar em maio de 2018, deter-mina que todas as empresas envolvidas com o compartilhamento de dados pessoais dos cidadãos da comunidade europeia sofrerão severas sanções.

Além dos recentes casos de vazamentos de dados de terceiros envolvendo grandes empresas, há vários exemplos em nosso dia a dia. Quem nunca recebeu uma ligação de uma empresa com a qual jamais teve contato e que mesmo assim possuía seus dados pessoais, como nome, número de celular, e-mail, etc.?

Especialista em Linhas Financeiras, Filippi é formado em Administração com Ênfase em Seguros e Previdência pela Escola Nacional de Seguros – Funenseg. Com 8 anos de experiência em Linhas Financeiras, sempre atuou na área de Placement, nos ramos de D&O e E&O.

RISCOS CIBERNÉTICOS

NO MERCADO DE SEGUROSFormas consistentes de gerenciamento de dados serão essenciais para sobrepor as barreiras de conformidade e evitar as enormes multas associa-das à GDPR. A contratação de uma apólice de Cyber é, sem dúvida, uma importante ferramenta para mitigar os prejuízos relacionados a uma invasão e divulgação de dados. A contratação da apólice possibilita que a seguradora assuma despesas envolvendo custos com os Órgãos Regula-dores Nacionais e Internacionais, retratação com clientes que tiveram informações expostas, litígio judicial, recuperação de dados, etc.

FILIPPI SOUZA

Levando em conta os avanços tecnológicos dos últimos anos, podemos a�rmar que as legislações pertinentes a esse tema não cresceram na mesma proporção.

Considerando esse cenário, certamente a nova regulamentação é um grande passo para o avanço na legislação mundial, pois os países envolvidos nessas normas ditam tendência em relação ao comporta-mento global na proteção de dados pessoais, tomando como modelo as futuras legislações relativas ao tema. No Brasil, por exemplo, está em tramitação o PL 5276/16, projeto de lei que busca de�nir melhor os limites legais relativos à proteção de dados de terceiros.

Em decorrência dessa nova regulamentação, estima-se que o número de apólices de Cyber a partir de Programas Mundiais cresça cerca de 30% nos próximos 2 anos no Brasil, já que muitas empresas multinacionais vão incorporar o produto globalmente. Não obstante, muitas empresas brasileiras envolvidas com o armazenamento de dados pessoais de terceiros serão expostas aos riscos de sanções da União Europeia, especialmente as que atuam no ambiente digital, pois há usuários domiciliados em outros países, o que também ocasionará o aumento de contratações de apólices locais.

Extorsão Reputação LitígioJudicial

Recuperaçãode Dados

Perda deProdução

ReputaçãoNac./Int.

Clientes3º Afetados

RISCOS CIBERNÉTICOS União Europeia impõe novos regulamentos de proteção de dados.

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USS bn

400

300

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100

1980 1982 1984 1986 1988 1990 1992 1994 1996 1998 2000 2002 2004 2006 2008 2010 2012 2014 2016

Perdas Totais(em valores de 2016)

Perdas Seguradas(em valores de 2016)

Fontes: 2018 Munich Re; Geo Riscos Research; NatCatSERVICE. A partir de janeiro 2018.C

PROPRIEDADE EATUALIZAÇÃO DEACIDENTESO mercado de seguros atual permanece em estado de incerteza, com operadoras de seguros e resseguros procurando compreender o escopo completo de perdas relacionadas a catástrofes (CAT). As estimativas para os furacões Harvey, Irma e Maria, bem como os incêndios na Califórnia e terremotos no México, envolvem o total de pelo menos US$ 135 bilhões.

O impacto destes últimos acontecimentos é diferente dos últimos anos porque algumas operadoras têm sido afetadas no capital (uma queda no excedente). No entanto, para a maioria das operadoras, as perdas ainda estavam sendo consideradas como um duro golpe para os lucros. Essas perdas vêm, em uma esteira de uma década, diminuindo as taxas de propriedade e aumentando as taxas combinadas de operadoras que reduziram lucros da companhia de seguros. O grá�co ao lado mostra um resumo dessas perdas.

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In�ação ajustada por meio do índice de preços ao consumidor especí�co do país e consideração das �utuações da taxa do câmbio entre a moeda local e US$.

LOCKTON INTERNACIONAL

Catástrofes mundiais naturais pelas perdas totais e seguradas

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Enquanto o mercado imobiliário será provavelmente o mais atingido, as operadoras podem procurar aumentar as taxas em outras linhas de seguros para ajudar a compensar suas perdas.

Muito tem se divulgado sobre a experiência de perda de catástrofe em 2017 e seu impacto, e também em relação aos rumos do mercado imobiliário global. Pode-se a a�rmar que o cenário continua a ser transitório, mas não difícil. Como mencionado anteriormente, o total de perdas por eventos de catástrofe globais em 2017 está estimado em cerca de US$ 135 bilhões. Os eventos de maior impacto foram os furacões Harvey (US$ 30 bilhões), Irma (US$ 23 bilhões) e Maria (US$ 27 bilhões). Além disso, tivemos incêndios �orestais na Califórnia (US$ 12,5 bilhões), tremores de terra no México e outros eventos relacionados com o clima em todo o mundo. Combinado com as perdas de atrito ao longo de 2017, o índice consolidado da indústria é estimado entre 120 a 130%.

-$20.9

-$1.7

$7.1

$10.5

-$6.7-$6.2-$3.2

$18.1

$30.0

$20.0

$10.0

$0.0

-$10.0

-$20.0

-$30.0

-$40.02007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017

-$19.9

Billi

ons

($20

15)

$4.3

Perdas de subscrição têm sido “a norma”

GANHOS E PERDAS LÍQUIDAS DE SUBSCRIÇÃO

“Os primeiros nove meses de 2013, 2014 e 2015 foram períodos satisfatórios comparados aos períodos de 2008-2012 e 2017. A tendência a longo prazo é para mais eventos onerosos.”

Fonte: “Estimativas até 31 de dezembro de 2015, dólares.Fonte: Serviço de reclamações de propriedade, um negócio da Verisk Analytics; A.M. Best; Insurance Information Institute.”

EUA 2017: BILHÕES DE DÓLARES EM CLIMA E DESASTRES CLIMÁTICOS

Seca na Dakota do Norte, Dakota do Sul e MontanaPrimavera-Outono 2017

Incêndios ocidentaisVerão-Outono 2017

Inundações na CalifórniaDe 08 a 22 de fevereiro

Tempestade de granizo e tempo severo centralDe 08 a 11 de maio

Tempo severo no centro-oesteDe 27 a 29 de junho

Tempo severo no sul/sudeste De 26 a 28 de março

Furacão Harvey De 25 a 31de agosto

Furacão Irma De 06 a 12 de setembro

Furacão MariaDe 19 a 21 de setembro

Surto de tornados no sul e tempestades ocidentais.De 20 a 22 de janeiro

Congelamento no sudesteDe 14 a 16 de março

Inundações em Missouri e Arkansas e tempo severo central.De 25 de abril a 07 de maio

Surto de tornados no centro/sudeste.De 28 de fevereiro a 01 de março

Surto de tornados no centro-oeste. De 06 a 08 de março

Tempestade de granizo em Minnesota e tempo severono centro-oeste superior. De 09 a 16 de junho

Propriedade

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O mercado de seguros permanece bem capitalizado. Em 1º de janeiro, o tratado de resseguro e as renovações de retrocessão re�etiram amplamente essa condição. Enquanto aumentos foram experimentados, houve capacidade su�ciente no mercado imobiliário para ajudar a mitigar alguns dos aumentos. Exceções a isso aconteceram com as seguradoras do Caribe, com mudanças mais substanciais.Com as seguradoras em busca da “taxa adequada”, após vários anos de declínio, nossa expectativa é de aumento na disciplina de subscrição, foco na qualidade do risco e alguma restritividade nos termos e condições. Muitos líderes têm indicado que adotarão uma abordagem de riscos com base em uma estratégia “caso a caso”. A permanência de uma quantidade signi�cativa na capacidade segurável do mercado vai bene�ciar os clientes porque a concorrência ajudará a moderar o nível de aumento da taxa.

Enquanto os próximos meses são muito ativos para renovações de propriedade, o mercado imobiliário mais amplo parece mais uma reminiscência do pós-2012 (Furacão Sandy) e do pós-2005 (furacões Katrina, Rita e Wilma). Certas propriedades, tais como as wood frame, multifamiliar, o risco do construtor e contas com grandes perdas, experimentarão aumento nas taxas.

Nossos especialistas esperam as seguintes taxas de propriedade em 2018:

• Contas de propriedade com perdas CAT: 10 a 20% de aumento.

• Contas de propriedade com exposição CAT (mas sem perdas): 5 a 10% de aumento.

• Contas de propriedade com baixa ou nenhuma exposição à CAT (sem perdas): aumento de 7,5%.

ACIDENTESA capacidade do mercado global continua abundante em US$ 700 bilhões, e isso tem atenuado a pressão crescente sobre os índices de acidentes. Além da capacidade quase recorde, estamos começando a ver o mercado de acidentes evoluir devido ao movimento signi�cativo das seguradoras pela liderança. Embora os resultados desses movimentos ainda não tenham acontecido, eles já preparam o cenário para mudanças na direção ou �loso�a de subscrição em algumas seguradoras.

52%

25%

19%16% 14%

14%15%16%

45%

18%

18%

52%

25%

44%

60%

50%

40%

30%

20%

10%

0%Cyber

60%

50%

40%

30%

20%

10%

0%Compensação

dos trabalhadoresPropriedade

comercialRiscos de

construçãoGuarda-chuva

Automóveis comerciais Enchente

COMMERCIAL LINES COM MAIOR AUMENTO DE CAPACIDADE NO TERCEIRO TRIMESTRE DE 2017

COMMERCIAL LINES COM MAIOR QUEDA DE CAPACIDADE NO TERCEIRO TRIMESTRE DE 2017

Automóveis: impulsionadas por um índice combinado médio de 110% durante os últimos sete anos, as taxas de responsabilidade de automóveis comerciais continuam a subir. Os motoristas estão investindo mais e se tornando cada vez mais distraídos. Os crescentes custos médicos e veridictos do júri também tornaram as perdas mais caras para serem resolvidas. Como resultado, a frequência de sinistros e a gravidade aumentaram drasticamente, e as seguradoras estão empenhadas em mitigar as preocupações de rentabilidade. Para clientes com grande frota de exposições, os subscritores continuam buscando uma combinação de retenções, taxas e pontos de ligação. Esses clientes podem diferenciar seu risco fornecendo aos subscritores uma visão geral dos esforços de segurança, incluindo qualidade e utilização de telemática.

Número excessivo de vítimas: diversas seguradoras globais de grande porte sinalizaram preocupações sobre a adequação de reservas de carteiras de responsabilidade geral comercial nos EUA. Como resultado, alguns clientes estão vendo uma análise mais detalhada dos pontos de ligação, limites e taxas. As análises estão cada vez mais sendo usadas para orientar as decisões de subscrição e o uso de guarda-chuvas de “limite curto” (US$ 10 a US$ 15 milhões versus os mais tradicionais US$ 25 milhões) também se expandiram.

Atualmente, as seguradoras de acidentes continuam focadas na linha de crescimento e competindo agressivamente para ganhar e reter negócios.

Compensação dos trabalhadores: os resultados de subscrição para seguradoras de compensação de trabalhadores foram lucrativos nos últimos três anos. Isso tem impulsionado a concorrência por essa cobertura em 2018. As tendências médicas foram mais alinhadas com a in�ação global, apoiando a rentabilidade do mercado. A Lockton antecipou um mercado competitivo ao longo de 2018.

LOCKTON INTERNACIONAL

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• 59% dos corretores relataram um aumento no número de sinistros de inundação e 64% viram um aumento na demanda por cobertura de inundação.

• 81% de todos os corretores relataram um aumento na demanda por cobertura cibernética.

• Em contas de todos os tamanhos, os entrevistados relataram que as práticas de subscrição permaneceram relativamente semelhantes às do último trimestre, exceto por duas novas tendências: subscrição automatizada de pequenas contas e aperto de subscrição para automóvel comercial.

Compradores grandes e so�sticados normalmente produzem tendências atenuadas gerais do mercado por causa de sua capacidade de gerenciar retenções e pontos de ligação. A subscrição desses riscos também é altamente individualizada, com uma forte ênfase na perda histórica e na qualidade do risco. Para compradores de todos os tamanhos, as operadoras olham atentamente para fatores como segurança, controles contratuais, protocolos de gerenciamento e tendências de responsabilidade do produto. Empresas que podem demonstrar que são “os melhores da classe” continuarão a receber preços e condições melhores do que a média.

Variação da taxa para linhas principais foi de -2,3 a +7,3% no terceiro trimestre de 2017

Considerações Gerais

Automóveis comerciais

Compensação dos trabalhadores

Propriedade comercial

Responsabilidade geral Guarda-chuva

Média

Terceiro trimestre de 2017

Segundo trimestre de 2017

Primeiro trimestre de 2017

Quarto trimestre de 2016

Alta

Terceiro trimestre de 2016

Baixa

7.3%

6.1%

5.4%

4.4%

28.6%

3.2%

-11.6%

-2.3%

-2.7%

-1.9%

-2.9%

24.9%

-2.6%

-12.3%

0.9%

-3.6%

-3.1%

-4.4%

45.4%

-4.5%

-14.8%

-0.8%

-2.7%

-2.6%

-2.6%

26.0%

-3.0%

-13.6%

-0.4%

-1.4%

-1.1%

-1.4%

51.9%

-1.7%

-13.5%

-1.4%

35.3%

-1.7%

-13.1%

TAXA DE EXPECTATIVASEnquanto não prevemos o endurecimento do mercado de acidentes, esperamos que as seguradoras pressionem por taxas �xas com possível aumento de um dígito. Aqui está o que nós antecipamos ser o novo normal para as taxas de acidentes em 2018:

Compensação dos trabalhadores:-5% to +4%

Responsabilidade geral:Flat to +3%

Responsabilidade de guarda-chuva:Flat to +5%

Automóveis comerciais:+5% to +10%

Excesso de responsabilidade:Flat

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Os RH’s estão familiarizados com as consequências que os proble-mas pessoais trazem para o dia a dia dos colaboradores. Baixa produtividade, absenteísmo, acidentes no trabalho e licenças médicas podem indicar que algo não está bem com sua equipe. Mas como é possível auxiliar e ao mesmo tempo mensurar os resultados das ações sociais? É com essa �nalidade que existe no mercado o produto EAP (Employee Assistance Program) ou, em português, PAE (Programa de Assistência ao Empregado).

O EAP é reconhecido mundialmente como uma proposta efetiva para gerenciamento de colaboradores que enfrentam di�culdades. Está presente nas maiores empresas americanas e também no Canadá, onde existe desde 1940. Posteriormente, o conceito se espalhou para outros países.

O programa é consistente com os objetivos da empresa, uma vez que integra recursos de intervenção, fornecendo dados para a implantação de ações pelo RH e demais áreas. Mostra-se ainda um instrumento para a melhoria do clima organizacional e corporati-vo e uma ferramenta efetiva para a supervisão imediata do RH e da área médica na ajuda aos colaboradores e seus familiares.

O EAP é um serviço fornecido pela empresa que oferece assistência pro�ssional e con�dencial especializada para questões de ordem pessoal, de caráter pontual e circunstancial, em abordagem focal, de�nidas como circunstâncias geradoras de dor emocional, sejam elas de ordem psicológica, social, familiar, �nanceira ou jurídica.

Esses problemas incluem, mas não estão limitados a:

• Alcoolismo.• Uso de drogas.• Depressão, ansiedade e/ou outros problemas emocionais.• Problemas conjugais ou familiares.• Problemas �nanceiros.• Problemas legais.

O EAP favorece:

• Identi�cação precoce de problemas e gerenciamento de possíveis comportamentos de risco.

• Aumento das chances de sucesso na reintegração do colaborador.

• Elevação da produtividade.• Melhoria do clima organizacional.• Diminuição dos gastos com saúde.• Redução de absenteísmo e turn-over.• Diminuição da ocorrência de acidentes de trabalho.

Mas o que é o EAP?

ASSISTÊNCIA PESSOAL

Graduada em Administração de Empresas e Comércio Exterior, atua no mercado segurador há nove anos. É especialista em Benefícios, com ênfase nos segmentos de Assistência Médica, Assistência Odontológica e Seguro de Vida em Grupo. Está na Lockton há três anos e, atualmente, lidera a célula internacional de Benefícios.

SANDRA SOUZA

EAP É UMA BOA FORMA DE INCREMENTAR O PROGRAMADE BENEFÍCIOS SEM FAZER GRANDES INVESTIMENTOS

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Graduada em Administração de Empresas e Comércio Exterior, atua no mercado segurador há nove anos. É especialista em Benefícios, com ênfase nos segmentos de Assistência Médica, Assistência Odontológica e Seguro de Vida em Grupo. Está na Lockton há três anos e, atualmente, lidera a célula internacional de Benefícios.

E quais são os serviços assistenciais disponíveis no programa?

E quais são as formas de encaminhamento?O programa é um serviço voluntário e con�dencial, que não é substituto para o processo disciplinar da organização. Colaboradores e familiares podem acessar os serviços oferecidos por meio de:

• Assistência psicológica (intra e interpessoal) – terapia breve com limite de sessões presenciais.

• Orientação e suporte por meio de abordagem breve e focal. Tem como objetivo de trabalho a situação-problema vivida pelo colaborador e/ou dependente, não sua estrutura psíquica.

• Orientação jurídica (advocacia preventiva) – apoio às diversas áreas do Direito, como:

• Civil – responsabilidade civil, questões imobiliárias, família, sucessões, proteção ao consumidor, contratos e obrigações.

• Penal – crimes de menor potencial ofensivo contra o patrimônio, contra a vida, contra a honra e de violência doméstica.

• Tributário – impostos em geral, dúvidas sobre a declaração de Impos-to de Renda.

• Previdenciária – aposentadoria e afastamentos.

Importante:

• O atendimento não inclui queixas e causas de natureza trabalhista.• Não cobre a atuação do advogado em nome do usuário.

• Consultoria �nanceira – apoio no desenvolvimento de planejamentos �nanceiros, seja para novas aquisições, renegociações de dívidas, planejamento preventivo ou qualquer outra meta �nanceira.

• Serviço social – aconselhamento e planejamento social e/ou familiar. Orientação sobre concessão de licenças e benefícios e identi�cação de recursos da comunidade em casos de necessidades especiais (de�cientes físicos, mentais, idosos, etc.).

• Autoencaminhamento – o colaborador ou familiar acessa diretamente o serviço por meio de uma linha 0800. O pro�ssional realiza um aconselhamento inicial por telefone e, caso seja necessário, encaminha o usuário a uma consulta com especialista na rede credenciada da prestadora ou para recursos gratuitos da comunidade, perto da localidade onde o mesmo reside.

• Encaminhamento pelo gestor imediato ou RH – o gestor imediato, em contato com o RH, pode recomendar ao colaborador o uso do programa. Este tipo de encaminhamento é baseado no declínio de desempenho no trabalho e na aceitação do colaborador em buscar ajuda especí�ca por meio do programa. O PAE oferece consultoria às lideranças da empresa a respeito dos procedimentos de encaminhamento. Necessário o de acordo do colaborador.

• Encaminhamento pelo departamento médico – o encaminhamento médico está baseado na descoberta de problemas médicos ou sintomas, assim como pode ser o resultado do diálogo entre o colaborador e o médico/enfermeiro sobre algum problema pesso-al. Necessário o de acordo do colaborador.

• Outros encaminhamentos – o encaminhamento ao PAE também pode ser feito por membros da família, colegas de trabalho, amigos, membros do sindicato, religiosos. Não importa o modo, os colaboradores e seus familiares sempre encontrarão ajuda.

A abordagem do programa é sistêmica e multidisciplinar, envolvendo serviços das seguintes áreas:

Gostei da ideia de apresentar um benefício diferenciado parameus colaboradores, como posso contratar?A contratação é relativamente simples, com o escopo de serviços desenhado de acordo com as necessidades da empresa. O programa é prestado por uma empresa especializada em EAP e o pagamento é mensal, de acordo com o número de colaboradores. O custo poderá variar com base nos serviços contratados e considerando um grupo mínimo de colaboradores no Brasil. O serviço permite ainda gerenciar indicadores por meio de relatórios gerenciais de serviços procurados, sempre preservando a con�dencialidade individual.

A experiência da Lockton demonstra que o EAP é uma ferramenta com histórico de custos relativamente baixos, que proporciona uma visibilidade interna representativa.

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Graduada em Administração de Empresas, atua há 14 anos na gestão de benefícios nos ramos de saúde, vida, odontologia e previdência. Desde 2016, faz parte do time da Lockton Brasil, exercendo a função de Executiva de Contas, sendo responsável pela gestão estratégica e relacionamento com os clientes.

ISABEL ANTONINI

É um processo de mudança de cultura, que exigirá do executivo expatriado e sua família, a disponibilidade de entrar em contato com novos valores, mitos, tabus, crenças, hábitos, costumes, além de novas formas de viver, de se expressar, de pensar e de se comportar. Assim o processo de expatriação, não é somente um processo de mudança de país, é funda-mentalmente um processo de mudança de cultura.

Apesar do crescimento expressivo, o processo de expatriação continua sendo um desa�o para a área de Recursos Humanos. Segundo a Pesqui-sa Global Mobility E�ectiveness, o índice global de expatriação malsuce-dida é muito alto: quase 55% dos expatriados voltam ao país de origem antes do tempo previsto. Isso signi�ca prejuízo para as empresas e um importante desa�o para o RH.

Em um mundo cheio de distrações e oportunidades, atrair o funcionário certo é um desa�o para qualquer empresa. Nessa batalha pelas mentes mais brilhantes, o plano de saúde costuma ser um forte aliado. Nesse contexto, o aumento de colaboradores expatriados é um fator complica-dor. O que fazer quando o seu CEO está sempre viajando? E quando o diretor tem que ser enviado para outro país? Ou quando o gerente está baseado em outro continente? De acordo com estudo publicado pela

O QUE É EXPATRIAÇÃO?

SOLUÇÕES PARAEXPATRIADOSCom possibilidades crescentes de atuação em outros países por conta da globalização dos negócios, pro�ssionais recebem propostas para atuarem em cargos de gestão e liderança como desa�os em suas carreiras. O processo de expatriação cresce cada vez mais, trazendo uma oportunidade de viver e conhecer outras culturas por meio do mercado de trabalho.

Brook�eld Relocation Services, o Brasil se tornou um dos destinos mais comuns para executivos expatriados após a crise internacional. O declínio econômico brasileiro não diminuiu o �uxo e o país está em primeiro lugar no ranking das nações com aumento no número de expatriados (7% de aumento). Em segundo vem a China, seguida da Índia e da África do Sul (todos com 4%). No ranking geral, o país está na 12ª colocação. Com números assim, as companhias precisam se desdo-brar para de�nir o melhor caminho a seguir. Muitas vezes, as empresas escolhem um seguro viagem como opção mais prática, entretanto, essa solução tende a suprir apenas as necessidades de uma estadia de curta duração e não sana o problema de longo prazo. A�nal, o usuário quer ter a praticidade e o mesmo tipo de cuidado e atenção que tem no seu país de origem, em qualquer lugar do mundo. Para solucionar esse

EXPATRIADOS

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IPMI - INTERNATIONAL PRIVATE MEDICAL INSURANCE

Permanência prolongada

Cobertura médica e odontológica completa (eletivas, internações, exames e cirurgias)

Viagens de expatriação

SEGURO VIAGEM

Permanência máxima de 90 dias consecutivos

Acidentes ou enfermidades agudas e imprevistas durante o decorrer da viagem

Viagens a trabalho ou lazer de curta duração

De acordo com Camila Pignatari, Gerente de Recursos Humanos da Care Plus, esse tipo de produto muda a forma de olhar para a saúde em um âmbito global. “O IPMI dá ao bene�ciário a possibilidade de fazer tanto uma consulta simples com um especialista mundial, como uma cirurgia complexa no melhor hospital do planeta. Tudo com cobertura do plano de saúde. Certamente é uma revolução na forma de se tratar a saúde, algo que se encaixa com o mundo conectado que temos hoje”.

Dar segurança ao colaborador é um passo fundamental para reter talentos e, nesse sentido, a saúde vem em primeiro lugar. Ter o melhor plano de saúde em qualquer lugar do mundo é, sem dúvida, algo difícil de recusar.

impasse, muitas empresas multinacionais começam a optar pelo IPMI (International Private Medical Insurance). Esse produto confere ao bene�ciário toda a praticidade do plano de saúde doméstico em qualquer país do mundo. Enquanto os planos de saúde especí�cos para expatriados estão se tornando mais populares, uma pequena parcela dos empregadores ainda mantém expatriados em planos de saúde do país de origem, concentrados no gerencia-mento de custos. Contudo, os empregadores com planos especí�cos de expatriados tendem de fato a estarem mais comprometidos com os benefícios como uma estratégia de talentos, buscando planos relevantes para suas diversas populações.

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Responsável pela análise estratégica de carteiras de bene�ciários, estruturação de protocolos para mapeamento de pacien-tes crônicos e de alta sinistralidade, elaboração e apresentação de relatório gerencial com per�l epidemiológico e de utilização, bem como criação e implementação de intervenções de prevenção e promoção de saúde e readequação da rede assistencial. Graduado em medicina pela UNILUS, possui pós-graduação em medicina comportamental pela UNIFESP.

DR. LEANDRO ROMANI

O custo médio assistencial entre 2011 e 2016, considerando a quantidade total de procedimentos e despesas assistenciais, teve um aumento de 84%, passando de R$ 55,71 para R$102,42. Destaca-se também nesse período, a variação do valor da consulta de pronto-socorro (200%) e das terapias (108%).

Consultas médicas

Ambulatoriais

Pronto-Socorro

Outros ambulatoriais

Exames complementares

Terapias

Internações

Total

2011

R$ 45,81

R$ 46,29

R$ 30,53

R$ 44,42

R$ 18,82

R$ 61,69

R$ 4.576,18

R$ 55,71

2012

R$ 51,22

R$ 50,50

R$ 51,96

R$ 46,35

R$ 29,33

R$ 72,84

R$ 5.070,30

R$ 76,36

2013

R$ 57,75

R$ 56,57

R$ 59,09

R$ 48,23

R$ 29,70

R$ 96,13

R$ 5.772,74

R$ 82,91

2014

R$ 63,90

R$ 62,18

R$ 67,64

R$ 46,84

R$ 31,67

R$ 103,43

R$ 6.229,96

R$ 87,68

2015

R$ 72,89

R$ 67,44

R$ 84,20

R$ 60,30

R$ 33,69

R$ 141,82

R$ 6.558,84

R$ 97,18

2016

R$ 76,67

R$ 72,05

R$ 91,62

R$ 64,10

R$ 35,39

R$ 128,18

R$ 7.487,43

R$ 102,42

Variação 2011-2016

67%

56%

200%

44%

88%

108%

64%

84%

A Saúde Suplementar exerce um importante papel assistencial no Brasil. Em novembro de 2017, representava a cobertura de 24,3% da população. Das 47.281.046 vidas cobertas, 66,8% estão vinculadas aos planos coletivos empresariais, demonstrando a relevância do benefício saúde oferecido pelas empresas. Nesse cenário, deve-se adicionar o paradoxo da sustenta-bilidade do plano de saúde, pois ao mesmo tempo em que é um diferencial para atrair e reter colaboradores, corresponde a uma fração cada vez mais expressiva do orçamento empresarial.

EVOLUÇÃO DOSINDICADORES DASAÚDE SUPLEMENTARNOS ÚLTIMOS ANOS

SAÚDE SUPLEMENTAR

TABELA 1 – Custo médio dos procedimentos de assistência à saúde na Saúde Suplementar entre 2011 e 2016

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Apesar do incremento dos custos associados ao pronto-socorro, o padrão de utilização também apresentou mudanças e a representatividade das consultas de pronto-socorro sobre o total de consultas médicas teve redução de 26% para 20,2%.

Cabe ressaltar que apesar da modalidade da operadora estar relacionada a um per�l característico de utilização, entre 2014 e 2016, com exceção da Medicina de Grupo, as demais modalidades apresentaram aumento na frequência de consultas por bene�ciário.

Ainda assim, a distribuição da utilização de consultas médicas por especialidade apresenta-se com pequena variação entre 2011 e 2016, sendo que em 2016, 4 (quatro) especialidades contribuíram com 47% das consultas ambulatoriais: Clínica Médica (16%), Ginecologia e Obstetrícia (12%), Pediatria (10% ) e Oftalmologia (10%).

Grá�co 1 – Distribuição das consultas médicas entre 2011 e 2016.

Grá�co 2 – Número de consultas médicas (por bene�ciários) por modalidade da operadora em 2014 e 2016

74% 79%

26% 21%

00%

20%

40%

60%

80%

100%

2011 2016

Pronto-Socorro

Ambulatoriais

120%

4.95.6 5.8 5.8

5.2 5.65.36 6 5.8 5.4 5.7

2014

2016

Autogestão CooperativaMédica

Filantropia Medicinade Grupo

SeguradoraEspecializada

em Saúde

Total

76543210

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Ao considerar a realização de exames complementares, observamos que, entre 2014 e 2016, houve um acréscimo expressivo tanto na realização de alguns exames simples, como a hemoglobina glicada (26,9%), quanto em exames de maior custo, como a ressonância nuclear magnética (22,5%) e a tomogra�a computadorizada (18,2%). Ao analisarmos a realização do exame de ressonância nuclear magnética por 1.000 bene�ciários, entre 2014 e 2016, houve um aumento médio de 25%. Ficam evidentes os diferentes per�s de utilização de acordo com o aumento obtido em cada modalidade de operadora: Autogestão (24%), Seguradora Especializada em Saúde (26%), Medicina de Grupo (27%), Cooperativa Médica (27%) e Filantropia (54%).

Ao se considerar uma análise temporal, nota-se a ampliação dos procedimentos disponíveis a cada renovação do Rol da ANS, o aumento na frequência e a elevação nos custos dos procedimentos. Tudo isso contribui para o aumento do sinistro, impactando diretamente no reajuste do benefício. Portanto, é fundamental que a alta direção compreenda o quanto a gestão de saúde pode ser estratégica para a empresa, pois por meio de um diagnóstico de saúde corporativa, é possível evidenciar as principais oportunidades de atuação com o objetivo de propiciar melhor saúde aos bene�ciários por meio do uso racional dos recursos.

Grá�co 4 - Número de exames de ressonância magnética realizados ambulatorialmente por 1.000 bene�ciários em 2014 e 2016

140

10778 85

219

119

173

136120 108

276

149

0

50

100

150

200

250

300

2014

2016

Autogestão CooperativaMédica

Filantropia Medicinade Grupo

SeguradoraEspecializada

em Saúde

Total

Grá�co 3 – Distribuição da utilização de consultas por especialidade médica

18%

12%

10%

7%

29%

2011 2016

Outras

Dermatologia

Cardiologia

Traumatologia/Ortopedia

Oftalmologia

Pediatria

Ginecologia/Obstetrícia

Clínica Médica

0%

20%

40%

60%

80%

100%

120%

7%8%9%

16%

12%

10%

7%

30%

8%8%10%

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SAÚDE SUPLEMENTAR

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Como funciona o repasse?

Nessa matéria, abordaremos como é feito o repasse dos custos realizados por pacientes com planos privados de saúde ao Sistema Único de Saúde (SUS). O ressarcimento é uma obrigação da ANS, de�nida por meio do artigo 32 da lei 9.656/1998, iniciada em 2000, e ocorre devido à utilização dos serviços do SUS pelas pessoas com planos privados de saúde.

Atuando há mais de 15 anos em Benefícios, possui larga experiência em saúde, dental e vida. Com curso em Gestão de Recursos Humanos, em uma de suas recentes experiências, realizou um projeto para benefícios não seguráveis (vale-refeição, transporte, alimentação e restaurante) que gerou importante saving ao cliente, além de melhorar a percepção dos funcionários.

PRISCILLA SILVA

REPASSE AO SUS DOS SERVIÇOS PRESTADOS AOSPACIENTES DE PLANOS DE SAÚDE PRIVADOS

SAIBA COMO É O PASSO A PASSO DESSE RESSARCIMENTO:

1

5 6 7

2 3 4

ATENDIMENTO: os bene�ciários do plano de saúde são atendidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

IDENTIFICAÇÃO: a ANS cruza os dados dos sistemas de informações do SUS com o Sistema de Informações de Bene�ciários (SIB) da própria agência para identi�car os atendimentos a bene�ciários de planos de saúde, excluindo aqueles sem cobertura contratual.

NOTIFICAÇÃO: a ANS noti�ca a operadora a respeito dos atendimentos identi�cados.

IMPUGNAÇÃO E RECURSO: a operadora pode contestar as identi�cações em duas instâncias administrativas. Caso comprove que os serviços prestados no atendimento identi�cado não têm cobertura contratual, a identi�cação é anulada. Se �car demonstrado que o contrato cobre apenas parte do atendimento, a identi�cação é reti�cada.

COBRANÇA E RECOLHIMENTO: concluída a faculdade de impugnar ou recorrer, ou decidida em última instância administrativa e mantida a identi�cação integralmente ou parcialmente, a ANS encaminha para a operadora a noti�cação de cobrança dos valores devidos, a qual tem o prazo de 15 dias para pagamento ou parcelamento.

INADIMPLÊNCIA: caso os valores devidos não sejam pagos ou parcelados no prazo, a operadora �ca sujeita à inscrição no Cadastro Informativo (CADIN) dos créditos de órgãos e entidades federais não quitados, à inscrição em dívida ativa da ANS e à execução judicial.

REPASSE: os valores recolhidos a título de ressarcimento ao SUS são repassados pela ANS para o Fundo Nacional de Saúde.

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SAÚDE SUPLEMENTAR

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Transplante de rim

Tratamento c/ cirurgias múltiplas

Tratamento de outras doenças bacterianas

Tratamento de pneumonias ou in�uenza (gripe)

Parto normal

Parto cesariano

Procedimentos sequenciais em oncologia

Implante coclear

Revascularização miocárdica c/ uso de extracorporea (c/ 2 ou mais enxertos)

Outros procedimentos com cirurgias sequenciais

QTD

900

5.848

4.218

11.714

22.181

17.024

1.742

208

626

2.087

VALOR (R$)

R$ 53.072.225,25

R$ 24.200.547,13

R$ 20.152.520,46

R$ 19.430.982,71

R$ 18.836.166,18

R$ 18.581.733,80

R$ 18.394.834,20

R$ 13.886.402,84

R$ 11.364.975,55

R$ 11.869.940,03

QTD

818

4.452

3.921

10.283

15.529

11.207

986

133

465

1.567

VALOR (R$)

R$ 47.121.732,92

R$ 16.184.471,14

R$ 19.732.271,18

R$ 15.396.131,57

R$ 13.172.673,60

R$ 12.241.121,36

R$ 9.993.600,34

R$ 8.829.691,69

R$ 8.806.214,58

R$ 7.292.368,71

QTD

1.718

10.300

8.139

21.997

37.710

28.231

2.729

341

1.091

3.654

VALOR (R$)

R$ 100.193.958,17

R$ 40.385.018,27

R$ 39.884.791,64

R$ 34.827.114,28

R$ 32.008.839,78

R$ 30.822.855,16

R$ 28.388.434,54

R$ 22.716.094,53

R$ 20.171.190,13

R$ 19.162.308,74

Ranking dos principais eventos realizados no SUS

Internação Hospitalar:

Em 2017, foi arrecadado o valor de R$ 458,81 milhões que corresponde ao maior valor já repassado ao Sistema Único de Saúde (SUS). É o maior índice desde a criação da ANS, em 2000, e representa um aumento de 46% em comparação ao valor repassado em 2016. No último boletim emitido pela Agência Nacional de Saúde, aparecem como maior utilização os procedimentos de internação hospitalar e terapias, conforme mostram os grá�cos a seguir:

Competência: 2014 (ABI 54º, 55º, 56º, 57º)

Competência: 2015 (ABI 58º, 59º, 61º, 63º)

Total (2014 + 2015)Procedimento Principal – AIH

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SAÚDE SUPLEMENTAR

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Nos últimos anos, as operadoras de saúde investiram fortemente no controle das cobranças e no repasse dos custos praticados pelo SUS. Atualmente, elas possuem áreas dedicadas ao mapeamento das cobranças realizadas pela ANS. Dessa forma, conseguem localizar o usuário, enviar a comunicação ao cliente/empresa e responder à agência dentro do prazo estabelecido de até 75 dias. Existiam outros movimentos em andamento na tentativa de reduzir ou até mesmo isentar o recurso de repasse ao Sistema Único de Saúde. Os veículos de comunicação divulgaram o processo de votação junto ao Supremo Tribunal Federal (STF) quanto ao recurso que poderia perdoar uma dívida de R$ 4,99 bilhões das operadoras de saúde referente ao período de 2000 a 2017, e tornar inconstitucional a cobrança dos serviços prestados aos pacientes de planos privados.

Terapias:

Hemodiálise (máximo 3 sessões por semana)

Hormonioterapia do adenocarcinoma de próstata avançado – 1a. linha

Radioterapia com acelerador linear de fótons e elétrons (por campo)

Quimioterapia do carcinoma de mama avançado – 2a. linha

Quimioterapia de câncer na infância e adolescência – 1a. linha

Hormonioterapia do carcinoma de mama avançado – 2a. linha

Facoemulsi�cação c/ implante de lente intra-ocular dobrável

Radioterapia com acelerador linear só de fótons (por campo)

Quimioterapia de leucemia mielóide crônica em fase crônica – Marcador positivo – 2a. linha

Quimioterapia de doença mieloproliferativa rara – 2a. linha

QTD

78.197

33.501

6.205

3.715

4.234

22.293

11.329

4.784

2.548

3.381

VALOR (R$)

R$ 265.350.048,74

R$ 16.320.396,00

R$ 15.392.802,00

R$ 14.046.515,40

R$ 11.844.013,50

R$ 11.014.166,25

R$ 11.014.166,25

R$ 10.472.070,00

R$ 15.580.677,00

R$ 9.169.221,00

QTD

818

4.452

3.921

10.283

15.529

11.207

986

133

465

1.567

VALOR (R$)

R$ 47.121.732,92

R$ 16.184.471,14

R$ 19.732.271,18

R$ 15.396.131,57

R$ 13.172.673,60

R$ 12.241.121,36

R$ 9.993.600,34

R$ 8.829.691,69

R$ 8.806.214,58

R$ 7.292.368,71

QTD

1.718

10.300

8.139

21.997

37.710

28.231

2.729

341

1.091

3.654

VALOR (R$)

R$ 100.193.958,17

R$ 40.385.018,27

R$ 39.884.791,64

R$ 34.827.114,28

R$ 32.008.839,78

R$ 30.822.855,16

R$ 28.388.434,54

R$ 22.716.094,53

R$ 20.171.190,13

R$ 19.162.308,74

Competência: 2014 (ABI 54º, 55º, 56º, 57º) Procedimento

Principal – APAC

Competência: 2015 (ABI 58º, 59º, 61º, 63º)

Total (2014 + 2015)

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SAÚDE SUPLEMENTAR

No dia 07/02/2018, por unanimidade, os nove ministros que compunham a votação junto ao Supremo Tribunal Federal (STF) mantiveram a condição de repasse ao Sistema Único de Saúde (SUS) dos serviços realizados aos pacientes de planos privados. Conforme informação do STF, a determinação é de�nitiva e não cabe recurso.

28

Todos os atendimentos realizados por bene�ciários de planos de saúde no SUS são passíveis de ressarcimento?

PERGUNTAS E RESPOSTAS

Não. O ressarcimento ocorre sempre que beneficiários de planos de saúde são atendidos na rede pública para realizar procedimentos que estão previstos nos contratos ou no rol de procedimentos editado pela ANS e nos termos do que foi contratado, como abrangência geográfica, período de carência, etc. Para isso, a ANS identi-fica o paciente atendido pelo sistema público e cruza as informações desse paciente com o banco de dados da agência reguladora, cujo cadastro de usuários é abastecido pelos planos de saúde. A partir da identificação de um usuário com plano de saúde que tenha sido atendido no SUS, e tendo sido verificado nas bases de dados que o atendimento deveria ter sido garantido pelo plano, a ANS notifica a operadora sobre os valores que devem ser ressarcidos. Assim se inicia um processo administrativo em que a operadora poderá apresen-tar defesa e contestar a cobrança. Geralmente, 25,5% dos recursos administrativos feitos pelas operadoras em relação a atendimentos identificados/notificados são deferidos, ou seja, do total de procedimentosnotificados, somente 74,5% são passíveis de cobrança.

As operadoras são obrigadas a pagar pelos atendimentos que são feitos na rede pública? O que acontece se não pagarem?Sim, o pagamento é determinado por lei. Caso a operadora não efetue voluntariamente o pagamento dos valores apurados a título de ressarcimento, decorridos 75 dias da notificação, os autos são encaminhados para a inscrição da devedora no Cadastro Informativo de Créditos não Quitados do Setor Público Federal (CADIN) e na Dívida Ativa, bem como para a consequente cobrança judicial.

1

O que é feito com os recursos arrecadados pela ANS por meio do ressarcimento?Os valores pagos pela operadora a título de ressarcimento ao SUS são destinados ao Fundo Nacional de Saúde e são reaplicados em programas prioritários do Ministério da Saúde.

2

Por que os recursos obtidos com o ressarcimento não voltam para os estados e municípios onde foram realizados os atendimentos pelo SUS?Com o advento da alteração normativa promovida no artigo 32, § 1º, da Lei nº 9.656/1998, em razão da edição da Lei nº 12.469/2011, houve uma importante modificação no destino do repasse dos valores obtidos por meio do procedimento de ressarcimento ao SUS. O montante arrecadado passou a ser integralmente transfe-rido para o Fundo Nacional da Saúde (FNS), não sendo mais partilhado com as demais entidades prestadoras de saúde. Essa nova operacionalização propiciou maior segurança no envio da quantia do ressarcimento, tendo em vista que o encaminhamento dos valores anteriormente era depositado em diversas contas bancá-rias, as quais, em muitas oportunidades, por estarem desatualizadas, acabavam provocando o retorno do crédito à agência reguladora. Além disso, a concentração da verba em apenas um ente do SUS permite um aprimoramento dos gastos dos recursos enviados.

4

3

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O objetivo do ressarcimento é �nanciar a saúde?

PERGUNTAS E RESPOSTAS

Não, o ressarcimento é um mecanismo de regulação da Saúde Suplementar. Através dele, a ANS pode verifi-car como está a atuação das operadoras no cumprimento dos contratos.

Por que o montante que a ANS cobra das operadoras não é o mesmo que o valorarrecadado?A legislação em vigor garante às operadoras o direito de recorrer da notificação da ANS se a empresa consi-derar que o ressarcimento é indevido. Nesse caso, a empresa pode interpor defesas – em primeira (impug-nações) e em segunda instância (recursos). E, caso tenha o recurso negado (indeferido), a operadora também tem a possibilidade de parcelar o pagamento. Dessa forma, geralmente os recursos cobrados em determinado vencimento acabam tendo o pagamento protelado em função de recursos e da possibilidade de parcelamento que são garantidos por lei, o que causa a diferença entre o que é cobrado e o que é efetiva-mente arrecadado no período.

5

Para os contratos com coparticipação, como funciona o repasse?Conforme artigo 10 da Resolução nº22 (CONSU), a ANS repassa somente o percentual custeado pela operadora. Exemplo: contrato com 30% de coparticipação, será repassado ao Sistema Único de Saúde 70% do valor cobrado.

6

Existe uma tabela �xa de custos praticados. Quem de�ne esse custo?O artigo 32 da Lei n° 9.656 de 1998 determina que os valores a serem ressarcidos não podem ser inferiores aos praticados pelo SUS e tampouco superiores aos praticados pelas operadoras de planos privados de atenção à saúde. Conforme previsto no § 1° do mesmo artigo, esses valores devem estar previstos em tabela de proce-dimentos TUNEP (Tabela Única Nacional de Equivalência de Procedimentos) e são anualmente atualizados e divulgados pela ANS.

8

7

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A mais recente atualização da norma internacional contábil (IASB – International Accounting Standards Board), aplicada para instituições �nanceiras e empresas em todo o mundo, entra em vigor em 2018 e traz mudanças signi�cativas na forma de gerenciamento do risco de crédito e suas provisões. O impacto da nova regra é relevante não somente para bancos e seguradoras, mas também atinge a forma com que empresas não-�nanceiras deverão lidar com suas exposições ao crédito. Sem distinção de atividade econômica e tipo de negócio, empresas comer-ciais que vendem a prazo precisam se preparar para mudanças na forma de administrar seu principal ativo: os recebíveis.

Pela nova norma de instrumentos �nanceiros do IASB, a IFRS 9, novas regras não rompem totalmente com os conceitos da IAS 39 (CPC 38). A mudança mais sensível para as empresas não-�nanceiras está na forma de reporte e provisão de perdas de crédito associada ao grau de recupe-ração de títulos vencidos e não pagos. O modelo de provisão atual (Perda Estimada em Crédito de Liquidação Duvidosa – PECLD) está diretamente associado ao período de inadimplemento dos títulos não pagos, ou seja,

Possui 16 anos de experiência pro�ssional, grande parte desse períodp atuando com Seguro de Crédito, Risco Político, Gerenciamento de Crédito e Gestão de Negócios. Atuou em grandes bancos como subscritor de crédito e gerente comercial para o mercado de varejo. Graduado em Marketing pelo Instituto Municipal de Ensino Superior de São Caetano do Sul (IMES), MBA em Gestão de Negócios e Empreendedorismo pela BI Institute International com certi�ca-ção internacional pela Babson College (MA – USA) e Instituto de Tecnologia de Massachusetts (M.I.T. – USA).

FRANKLIN NOGUEIRA

SEGURO DE CRÉDITO

IFRS 9 – NOVA REGRA INTERNACIONAL CONTÁBILDEMANDA ADAPTAÇÃO DAS EMPRESAS NÃO-FINANCEIRASAO NOVO CONCEITO DE PROVISÃO DE PERDAS.

quando há evidências claras de perda incorrida. Para efeito do Impair-ment, agora, deve-se considerar as Perdas de Crédito “Esperadas” (Expected Credit Loss, ECL), calculadas sobre a perda potencial pela probabilidade de inadimplência. Nesse sentido, o reconhecimento para uma provisão (PECLD) não depende mais do não pagamento do título, sendo passível de reporte mesmo antes do seu vencimento, caso haja alteração signi�cativa do risco de crédito. No entanto, o conceito é subjetivo e não determina o nível de provisionamento para cada situação. Assim, o processo �ca sujeito a várias interpretações, o que sugere o emprego de métricas para tornar o critério de avaliação de crédito mais objetivo e mensurável, a �m de facilitar o entendimento sobre os valores provisionados, mesmo que não haja obrigatoriedade de detalhamento das ocorrências reportadas em PECLD.

Além de ser uma proteção contra a inadimplência, o Seguro de Crédito oferece quali�cação do risco de crédito da carteira de clientes, facilitando a implementação de métricas de apuração e reporte.

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Um índice a ser analisado é a Probabilidade de Inadimplência (Probability of Default – PD), que indica a chance de um determinado comprador/cliente �car inadimplente no horizonte de um ano. No entanto, poucas empresas possuem sistema de gestão de dados de crédito, no qual possam combinar informa-ções atuais com dados históricos e fazer projeções considerando o cenário econômico, por exemplo. Muitas empresas terão de se ajustar às novas exigên-cias, considerando os impactos em seus KPIs e suas volatilidades:

O que impacta no negócio?

No processo de concessão de crédito é comum as

empresa empregarem critérios de avaliação cadastral, de

histórico de pagamento e, dependendo do valor da

venda/exposição, há uma análise �nanceira para auferir

capacidade de crédito de um cliente. É também comum

que o percentual de perda provisionada seja baixo ou

nulo para títulos nos quais o vencimento não foi expirado.

Algumas medidas que podem ser avaliadas para uma

operação de concessão de crédito, como Exposição à

Inadimplência (Exposure At Default - EAD), que é o valor

total que pode ser perdido no momento em que um

cliente se torne inadimplente, e a Perda Dada a

Inadimplência (Loss Given Default - LGD), que indica o

quanto do valor exposto de fato pode ser perdido

em um evento.

Além de ser uma proteção contra a inadimplência, o Seguro de Crédito oferece

quali�cação do risco de crédito da carteira de clientes,

facilitando a implementação de métricas de apuração e reporte.

KPIs

Auditoria

Gestão e concessão de créditoInformações e projeções deprobabilidade de inadimplência

Ajustes no modelo atual degerenciamento de risco de créditoe provisionamento

Critérios e premissas das contas deprovisão pelo tamanho da exposiçãoem recebíveis e sua classificação

Empréstimos e financiamentos

Avaliação do impacto do novoformato e desenvolvimento de planopara mitigar consequências negativas

Investimentos em sistemas,processos, informação, controle

Impacto contábil, regulatório e fiscal

Julgamentos atualmente aplicadosversus novo modelo

Cumprimento de covenants

Stress tests para assegurar quepotenciais impactos sejamentendidos e endereçados

Contabilidade

Relacionamento com bancos

Governança

Medidas Revisão

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Seguro de Crédito permite que as empresas se ajustem à nova regra

Empresas e instituições �nanceiras podem avaliar suas Perdas de Crédito Esperadas (ECL) de sua exposição ao crédito, pela fórmula: ECL = EAD*LGD*PD. No exercício ao lado, teremos:

O valor de R$ 3.750.000,00 seria o montante a ser provisionado para a carteira de crédito com exposição de R$ 100 milhões e garantias somando 25% do portfólio.

Mitigar riscos e reduzir exposição são objetivos comumente perseguidos por empresas comerciais. A maioria das empresas apresenta grandes concentrações de exposição em poucos clientes/compradores e com o Seguro de Crédito aplicado às vendas, a exposição �ca limitada ao percentual de retenção, visto que parte majoritária é assumida pela seguradora. Dessa forma, permite que as provisões sejam reduzidas ao seu mínimo. Em caso de insolvência de um comprador/cliente que representa uma grande porção do ‘Contas a Receber’ – situação que em muitos casos pode comprometer a solvência da empresa – a provisão será proporcional ao fator aplicado ao risco efetivo assumido pela empresa: 10%. Tomando o mesmo exercício acima, porém, considerando a aplicação do Seguro de Crédito (CI) sobre as vendas a prazo, observe que o valor de perda é proporcional ao percentual de retenção do risco:

SEGURO DE CRÉDITO

EAD R$ 100.000.000,00

LGD 75.000.000,00 (75%) Perda em caso de inadimplência(sem colaterais)

PD 5%

Exposição (contas a receber)

Probabilidade de inadimplência

ECL = 100.000.000*0,75*0,05 = 3.750.000,00

EAD R$ 100.000.000,00

LGD 1.000.000,00 (10%)

90%

Perda em caso de inadimplência(com seguro)

PD

CI

5%

Exposição (contas a receber)EAD RR$ 100.000.000,00

Probabilidade de inadimplência

Seguro de crédito aplicado àsvendas

ECL = 100.000.000*0,10*0,05 = 500.000,00

32

Note que aplicando o Seguro de Crédito, o valor de provisão para Perdas de Crédito Esperadas (Expected Credit Loss - ECL) é reduzido em 87%.

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O Seguro de Crédito como ferramenta estratégica, permite que as empresas se adequem às novas regras internacionais e melhorem a governança de sua política de gerenciamento de risco de crédito pelos seguintes aspectos:

O Seguro de Crédito cobre o risco de origem comercial ou política de não pagamento de créditos a receber por vendas de bens ou serviços a prazo, nos mercados doméstico ou internacional. O produto previne perdas �nanceiras e recupera recebíveis de inadimplentes, indenizando os títulos de crédito não pagos.

A implementação do seguro é customizada e o custo é baixo quando comparado a outros instrumentos mitigadores de risco e ao custo de uma perda que altere o equity do negócio. O mercado segurador é composto por players de atuação global – classe de risco elevada (grau

de investimento). O produto vem sofrendo ajustes e melhorias ao longo de seus 20 anos de presença no Brasil. Aplicado pelas multinacionais e empresas que se preocupam em manter uma relação saudável com sua cadeia de valor, proporciona segurança e estabilidade em cenários futuros imprevisíveis.

Transferência de risco

Redução de custos

Modelagem de crédito

Empresa retém parte mínima do risco e a provisão é proporcional (PECLD)

Seguradoras possuem modelo de qualificação de risco de crédito emonitoramento do comportamento de pagamento disponíveis aossegurados, permitindo melhor mapeamento do ECL

Suporte no desenvolvimento de políticas de crédito, comunicaçãocom acionistas e stakeholders e aplicação das normas internacionais contábeis

Serviço de cobrança agregado com índice desucesso satisfatório, reduzindo o LGD

Governança

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Vamos entender um pouco sobre a lei que rege esse benefício:Lei do Vale-Transporte nº 7.418Para assegurar ao trabalhador o direito de ir e vir com comodidade da casa para o trabalho e vice-versa, em 1985, o então presidente José Sarney, aprovou a lei nº 7418, criada pelo senador Afonso Alves de Camargo Neto, que instituiu o direito ao vale-transporte.

O vale-transporte é de uso exclusivo para o trabalhador se deslocar da casa para o trabalho e vice-versa. As linhas e tarifas são �xadas pelo poder público com exceção dos serviços seletivos e especiais, como transporte turístico, escolar, de servidores de órgãos públicos ou de empresas privadas. Geralmente, os veículos que atendem essas categorias possuem poltronas reclináveis, estofadas e numeradas com porta-pacotes no seu interior, bagageiros externos e apenas uma porta, não sendo permitido o transporte de passageiros em pé.

Hoje já é possível realizar a gestão da recarga do vale-transporte, com base na real utilização dos colaboradores.

VALE-TRANSPORTE

GESTÃO DE SALDO EM VALE-TRANSPORTE

DANIELLI ALTIERI

A forma de cobrança para implementar esse benefício é o Sucess Fee, ou seja, com base na economia apresentada é feita a cobrança de uma taxa administrativa que costuma custar em torno de 10% a 30%, dependendo do fornecedor e do porte das empresas contratantes.

Algumas empresas que oferecem esse tipo de controle: RB, Sodexo, Ticket, VB e Benefício Certo.

Com base nessa lei, as empresas que oferecem o benefício desenvolveram uma forma de “controle e�ciente”, na qual somente é depositado ao bene�ciário (trabalhador) a diferença necessária para sua ida e volta ao trabalho, eliminando os saldos acumulados. A implementação desse recurso estimula o hábito da correta utilização do benefício e ainda traz economia à empresa. Estima-se uma economia no primeiro mês de aplicação do benefício em torno de 30% .

Con�ra algumas vantagens desa prática:

Assessora o controlede saldos excedentes

Reduz o custocom vale-transporte

Demonstraa utilização

Evitadesperdícios

Não altera o processode envio de pedido

Serviço automatizadoe descomplicado

Especialista na área de Benefícios para os produtos Saúde, Vida, Odontológico, Medicamentos e Outsourcing, possui mais de 20 anos de experiência no mercado de seguros. Atuou em grandes corretoras, com atendimento focado na gestão operacional e estratégica de contratos corporativos. É formada em Administração de Empresas pela Universidade Cidade de São Paulo (UNICID), com diversas especializações em Benefícios.

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Um paper divulgado pela Insurance Europe destaca ações protecionistas em cinco países: Argentina, Brasil, Índia, Indonésia e Turquia. O documento, no caso brasileiro, suaviza as críticas, destacando três ações positivas adotadas em 2017 para eliminar as restrições às transações das subsidiárias, juntamente com outras barreiras. Mas queixa-se que permanecem vigentes restrições-chave como as retenções mínimas exigidas pelas cedentes locais e um sistema de ordem de preferência nas operações de resseguro.

No caso da Índia, a Insurance Europe assinala que estão em curso mudanças signi�cativas em sua estrutura regulatória para resseguros. Entretan-to, o país tem um sistema de ordem de preferência que favorece os resseguradores nacionais perante os resseguradores estrangeiros, embora este seja supervisionado pela Autoridade Reguladora e de Desenvolvimento de Seguros da Índia e esteja sujeito aos mesmos requisitos regula-mentares que os resseguradores indianos. Já a Indonésia, que atualmente está negociando um acordo de livre comércio com a UE, mantém uma variedade de barreiras de acesso ao mercado e ao comércio para os (re) seguradores estrangeiros. Estes incluem limites de retenção signi�cativos de (re) seguros, limites de propriedade estrangeira para (re) seguradoras e restrições aos �uxos de dados transfronteiriços.

"Todas essas disposições não apenas representam barreiras de acesso a mercados para as (re) seguradoras europeias, mas também podem afetar negativamente o desenvol-vimento econômico desses mercados locais, bem como diminuir a possibilidade de diversi�car riscos e criar riscos signi�cativos de concentração local. em caso de ocorrer um acidente grave, como um desastre natural", conclui a Insurance Europe.

INSURANCE EUROPE CONDENA PROTECIONISMO EM CINCO PAÍSESBrasil está na lista, mas entidade destaca medidas adotadas para abrir mercado de resseguros.

Argentina

Brasil

Turquia

Índia

Indonésia

35

Fonte: http://cnseg.org.br/cnseg/servicos-apoio/noticias/insuranc-europe-condena-protecionismo-em-cinco-paises.html (26/03/2018)

ON THE SCALES

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ON THE SCALES

Na ação, a Confederação Nacional do Sistema Financeiro (Consif ) e a Confederação Nacional das Empresas de Seguros Gerais, Previdência Privada e Vida, Saúde Suplementar e Capitalização (CNseg) questio-nam dispositivos da Lei Complementar (LC) 116/2003 alterados pela LC 157/2016. Os pontos questionados determinam que o ISS será devido no município do tomador do serviço no caso dos planos de medicina em grupo ou individual, de administração de fundos e carteira de clientes, de administração de consórcios, de administração de cartão de crédito ou débito e de arrendamento mercantil (leasing).

O modelo anterior estipulava nesses casos a incidência do ISS no local do estabelecimento prestador do serviço, mas a nova sistemática legislativa

Em decisão anterior, o ministro havia determinado a adoção do rito abreviado, previsto no artigo 12 da Lei 9.868/1999 (Lei das ADIs), para o julgamento do processo. As entidades, no entanto, peticionaram nos autos para reiterar o pedido de concessão de medida cautelar, informando que, após a adoção do rito abreviado, foram editadas normas municipais que conferem tratamento tributário diferente aos serviços em questão. Sustentaram assim a existência de novo quadro fático, apto a justi�car a concessão de medida cautelar.

Fonte: STF, em 23.03.2018.

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LIMINAR SUSPENDE NOVAS REGRASSOBRE INCIDÊNCIA DO ISS DE PLANOSDE SAÚDE E ATIVIDADES FINANCEIRAS (STF)

Caso

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), concedeu liminar na Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 5835 para suspender dispositivos de lei complementar federal relativos ao local de incidência do Imposto Sobre Serviços (ISS). Para o ministro, estão presentes os requisitos para a concessão da liminar diante da di�culdade na aplicação da nova legislação, com ampliação dos con�itos de competência entre municípios e afronta ao princípio constitucional da segurança jurídica. A decisão suspende também, por arrastamento, a e�cácia de toda legislação local editada para complementar a lei nacional.

alterou a incidência do tributo para o domicílio do tomador de serviços. “Essa alteração exigiria que a nova disciplina normativa apontasse com clareza o conceito de “tomador de serviços’”, sob pena de grave insegu-rança jurídica e eventual possibilidade de dupla tributação ou mesmo ausência de correta incidência tributária”, a�rmou o ministro.

Para o relator, a ausência dessa de�nição, somada à edição de diversas leis municipais antagônicas sobre o tema prestes a entrar em vigor, acabará por gerar di�culdade na aplicação da lei complementar federal questionada. Isso ampliaria con�itos de competência entre unidades federadas e comprometeria a regularidade da atividade econômica dos setores atingidos.

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Mais um projeto poderá contribuir para baixar os elevados índices de roubo e furto de cargas e do crime de contrabando. No dia 6 de abril, o Projeto de Lei 1530/15, do deputado Efraim Filho (DEM-PB), que estipula a pena de cassação da Carteira Nacional de Habilitação (CNH) do condutor de veículo usado em crime de receptação, contrabando ou descaminho de mercadorias, foi aprovado no plenário da Câmara dos Deputados. A matéria será analisada ainda pelo Senado. Aprovado na forma do substitutivo do deputado Covatti Filho (PP-RS), o texto permite ao juiz suspender a habilitação do condutor preso em �agrante na prática desses crimes.

Essa suspensão, decretada por medida cautelar se houver necessidade de “garantir a ordem pública”, poderá ser feita de ofício, a requerimento do Ministério Público ou por representação do delegado de polícia em qualquer fase da investigação ou da ação penal. Para o autor do projeto, o contrabando �nancia o crime organizado e o narcotrá�co, deteriora o mercado de trabalho formal e gera evasão de divisas �scais. “O contrabando é um jogo de perde-perde. Perde o governo, perde o cidadão, perdem as empresas”, a�rmou Efraim Filho, destacando que o texto impõe sanções administrativas que são mais ágeis no combate a esse tipo de crime. Hoje, a punição para contrabando prevista no Código Penal é a reclusão de dois a cinco anos. Para o crime de descaminho, é a reclusão de um a quatro anos.

Empresas envolvidasQuanto às empresas que transportarem, distribuírem, armazenarem ou comercializarem produtos fruto de contrabando ou descaminho, ou ainda se falsi�cados, sua inscrição no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ) poderá ser cancelada, após processo administrativo com ampla defesa e contraditório.

O texto proíbe a concessão de novo registro de CNPJ pelo prazo de um a cinco anos à pessoa jurídica que tenha sócios ou administrado-res em comum com aquelas cujo cadastro foi baixado pelo envolvi-mento nesses crimes. A redação do substitutivo não especi�ca, entretanto, critérios para a de�nição desse prazo.

Produtos apreendidosOutra novidade no parecer é que os produtos apreendidos, após seu furto ou roubo e não reclamados pelos seus proprietários no prazo de um ano, terão decretada a pena de perdimento, com sua incorpora-ção ao patrimônio público conforme a legislação vigente. A regra vale igualmente para os produtos cuja propriedade não possa ser determinada.

Fonte: http://cnseg.org.br/cnseg/servicos-apoio/noticias/deputados--endurecem-leis-contra-contrabando-8A8AA89F61E6B617016200C48F2553D2.html (07 de Março de 2018)

DEPUTADOS ENDURECEM LEISCONTRA CONTRABANDOEmpresas que participarem de contrabando ou descaminho terão inscrição no CNPJ cancelada. Motorista terá CNH cassada.

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ON THE SCALES

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Esta revista foi publicada em abril de 2018 e, embora tenham sido feitos todos os esforços para garantir que o conteúdo da revista estivesse preciso e atualizado no momento da publicação, isto não pode ser garantido. A revista contém artigos cujo conteúdo está sujeito a mudanças legais e regulatórias, assim eles não se destinam a substituir o conselho de um pro�ssional. Caso necessário, entre em contato com a Lockton para obter mais informações sobre os temas abordados.

Novas Contratações

Graduado em Ciências Contábeis pela FECAP e com MBA em Gestão Financeira pela Fundação Getúlio Vargas, Adilson assumiu o cargo de Coordenador Contábil em janeiro deste ano.

ADILSON OLIVEIRA COELHO

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Guilherme é graduado em Administração de Empresas pela UNIP e possui MBA Executivo em Crédito pela Saint Paul School of Business & Moody's Corporation Executive Education. Assumiu o cargo de Gerente de Crédito em abril deste ano.

GUILHERME SANTOS BASTOS

Gerente de Crédito – Admissão em Abril/18

Graduado em Administração de Empresas pela Faculdade Oswaldo Cruz e em Logística pela Universidade Monte Serrat, possui MBA em Gestão de Riscos pela Fundação Getúlio Vargas. Sérgio assumiu o cargo de Coordenador de Riscos em abril deste ano.

SÉRGIO ZAMPOLO DA SILVA

Coordenador de Sinistros – Admissão em Abril/18

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