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Página 1 Boletim 615/14 – Ano VI – 26/09/2014 Pessimismo na construção pode elevar demissões Por Juliana Elias | De São Paulo O nível de confiança entre os empresários do setor de construção atingiu em setembro o ponto mais baixo em quatro anos e essa piora pode resultar em mais demissões, segundo a Fundação Getulio Vargas (FGV). A construção civil pode terminar 2014 com um estoque de empregados inferior ao de 2013, algo que não acontece desde 2010. A pesquisa, realizada com 702 empresas em sete capitais, mostrou que a parcela dos pessimistas superou a de otimistas pela primeira vez. É o que aponta o resultado do Índice de Confiança da Construção da FGV. Em setembro, registrou 98,2, pontos, menor pontuação desde julho de 2010, quando a pesquisa começou a ser feita. Na medição que considera o trimestre encerrado em setembro, ante igual período do ano passado, a queda é de 12,3%. Tomando-se apenas setembro, o recuo é de 16,1%. A pesquisa é feita em São Paulo, Belo Horizonte, Rio, Recife, Salvador, Porto Alegre e Brasília. Resultados acima de 100 indicam predominância de percepção otimista e, abaixo, pessimista. "É a primeira vez que o nível da confiança fica abaixo do neutro (100). Isso significa um resultado negativo", explicou Ana Maria Castelo, coordenadora de projetos da construção da FGV. Foi também a primeira vez que o número de empresários que planejam demitir nos próximos meses (21,5% dos entrevistados) ultrapassou o daqueles que planejam contratar (17%). "É muito provável que isso comece a se materializar em saldo negativo mais para frente, em demissão, e há a chance que de o número de trabalhadores empregados feche este ano em um patamar menor do que ano passado, também pela primeira vez desde 2010", disse Ana. Mensalmente, a FGV também faz o levantamento da situação do emprego na construção, cruzando os dados do Ministério do Trabalho para chegar ao total de trabalhadores no setor. Segundo Ana, na média deste ano até agosto, o total de pessoas trabalhando na construção ainda é levemente maior do que no ano passado. Mas ao se olhar os dados dos últimos meses já há uma queda, o que pode apontar uma reversão na tendência: em agosto, o estoque de trabalhadores foi 0,5% menor do que em agosto do ano passado. "Isso já é demissão", afirma. Ana explica que o pessimismo está generalizado entre todos os segmentos da construção. Diferentemente do que se via nos últimos anos, as obras em andamento estão sendo entregues, mas não há muitas sendo projetadas ou iniciadas. "Não vemos indícios de início de novo ciclo. A atividade da construção não deve registrar reação nos próximos meses. Isso deixa o empresário sem perspectiva."

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Boletim 615/14 – Ano VI – 26/09/2014

Pessimismo na construção pode elevar demissões Por Juliana Elias | De São Paulo O nível de confiança entre os empresários do setor de construção atingiu em setembro o ponto mais baixo em quatro anos e essa piora pode resultar em mais demissões, segundo a Fundação Getulio Vargas (FGV). A construção civil pode terminar 2014 com um estoque de empregados inferior ao de 2013, algo que não acontece desde 2010. A pesquisa, realizada com 702 empresas em sete capitais, mostrou que a parcela dos pessimistas superou a de otimistas pela primeira vez. É o que aponta o resultado do Índice de Confiança da Construção da FGV. Em setembro, registrou 98,2, pontos, menor pontuação desde julho de 2010, quando a pesquisa começou a ser feita. Na medição que considera o trimestre encerrado em setembro, ante igual período do ano passado, a queda é de 12,3%. Tomando-se apenas setembro, o recuo é de 16,1%.

A pesquisa é feita em São Paulo, Belo Horizonte, Rio, Recife, Salvador, Porto Alegre e Brasília. Resultados acima de 100 indicam predominância de percepção otimista e, abaixo, pessimista. "É a primeira vez que o nível da confiança fica abaixo do neutro (100). Isso significa um resultado negativo", explicou Ana Maria Castelo, coordenadora de projetos da construção da FGV. Foi também a primeira vez que o número de empresários que planejam demitir nos próximos meses (21,5% dos entrevistados) ultrapassou o daqueles que planejam contratar (17%). "É muito provável que isso comece a se materializar em saldo negativo mais para frente, em demissão, e há a chance que de o número de trabalhadores empregados feche este ano em um patamar menor do que ano passado, também pela primeira vez desde 2010", disse Ana.

Mensalmente, a FGV também faz o levantamento da situação do emprego na construção, cruzando os dados do Ministério do Trabalho para chegar ao total de trabalhadores no setor. Segundo Ana, na média deste ano até agosto, o total de pessoas trabalhando na construção ainda é levemente maior do que no ano passado. Mas ao se olhar os dados dos últimos meses já há uma queda, o que pode apontar uma reversão na tendência: em agosto, o estoque de trabalhadores foi 0,5% menor do que em agosto do ano passado. "Isso já é demissão", afirma.

Ana explica que o pessimismo está generalizado entre todos os segmentos da construção. Diferentemente do que se via nos últimos anos, as obras em andamento estão sendo entregues, mas não há muitas sendo projetadas ou iniciadas. "Não vemos indícios de início de novo ciclo. A atividade da construção não deve registrar reação nos próximos meses. Isso deixa o empresário sem perspectiva."

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O indicador de confiança de setembro, 16,1% menor que o registrada no mesmo mês do ano passado, mantém uma série de quedas mensais que se estende desde o início deste ano. O recuo é puxado principalmente pelo Índice de Situação Atual (ISA), componente que verifica junto aos empresários as impressões referentes ao mês corrente, - por exemplo, se o faturamento aumentou e se a situação dos negócios ficou melhor ou pior em relação ao mês anterior. O ISA caiu 15,1% na comparação com setembro do ano passado, para 92,6 pontos. O Índice de Expectativas (IE), com as perspectivas para os negócios nos próximos três a seis meses, caiu 16,8%.

Conselho eleva prazo para consignado a aposentados Por Edna Simão | De Brasília Para dar um estímulo à tomada de crédito por aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), o Conselho Nacional de Previdência Social (CNPS) aprovou a elevação do prazo máximo de pagamento do crédito consignado para esses beneficiários de 60 para 72 meses. A medida tem potencial máximo de alavancar o crédito com desconto na folha de pagamentos em até R$ 23,7 bilhões ao longo de 12 meses. O teto para a taxa de juros se mantém em 2,14% ao mês.

Segundo o secretário de Políticas de Previdência Social, Benedito Brunca, a medida está em linha com as políticas que vêm sendo adotadas pelo governo para destravar o crédito. Recentemente, por exemplo, o Ministério do Planejamento elevou de 60 para 90 meses o prazo de pagamento de empréstimo consignado pelos servidores públicos federais. "São medidas que têm como objetivo aquecer, ajudar a retomar o crédito", frisou o secretário.

O alongamento no prazo não entrará em vigor imediatamente, pois depende de uma portaria do INSS, que deverá sair "em breve". Brunca fez questão de frisar que, mesmo com o alongamento dos prazos de pagamento, os bancos não poderão oferecer uma taxa superior a 2,14% nesta modalidade de crédito. "Achamos que há espaço para que a taxa do consignado fosse mantida", reforçou o secretário.

O ministério mostrou que 88,7% das operações de crédito realizadas em julho tiveram prazo de 49 a 60 meses e o valor médio foi de R$ 3.738,00. Levando em conta as novas contratações feitas em julho, o aumento de crédito com o alongamento dos prazos seria de R$ 715 milhões no mês e R$ 8,6 bilhões no acumulado de 12 meses.

Considerando-se o estoque de contratos ativos em agosto, a medida poderia alavancar o crédito em até R$ 15,1 bilhões em um ano, caso todos os atual beneficiados com empréstimos refinanciassem as dívidas por 72 meses.

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Destaques Danos morais

A Justiça do Trabalho negou indenização por danos morais a uma nutricionista da Convida Alimentação que se descolou de Jaú (SP) a São Paulo, cuja distância é de 300 quilômetros, para homologar sua rescisão. Ao não acolher agravo de instrumento da ex-empregada, a 3ª Turma do Tribunal Superior do Trabalho manteve decisão do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) de Campinas favorável à empresa. O relator do caso, ministro Maurício Godinho Delgado, não verificou violação aos artigos 186 e 927 do Código Civil. "Não há dano moral pelo simples fato de a autora do processo ter se deslocado para São Paulo a fim de homologar sua rescisão", afirmou. De acordo com ele, o TRT decidiu bem ao reconhecer apenas o direito ao ressarcimento das despesas efetuadas com o deslocamento. A nutricionista, que reside em Jaú (SP), prestou serviço para a Convida Alimentação de 2006 a 2011. Ao ser dispensada, teve que se dirigir até São Paulo (SP) para homologar sua rescisão no Sindicato dos Nutricionistas. Tanto o juiz de primeiro grau quanto o TRT de Campinas não reconheceram o direito à indenização por dano moral devido a essa viagem. Para o TRT, o dano moral passível de indenização "seria aquele decorrente da lesão a direitos do trabalhador", o que não seria o caso.

Justiça em Números Tramitaram na Justiça do Trabalho, em 2013, 7,9 milhões de processos - quatro milhões de casos novos, que ingressaram ao longo do ano. No mesmo período, o Judiciário trabalhista solucionou definitivamente (baixou) quatro milhões de ações. Ao baixar a mesma quantidade de processos que entraram em 2013, a Justiça do Trabalho impediu o crescimento do estoque processual, graças ao aumento de produtividade de magistrados e juízes. Os dados são do Relatório Justiça em Números, que foi divulgado pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), na última terça-feira. De 2012 para 2013, os casos novos cresceram em 2,4%, enquanto os baixados aumentaram 6,6%.

(Fonte: Valor Econômico dia 26-09-2014).

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Faltam propostas para o fator previdenciário Tema de debate das campanhas dos presidenciáveis Di lma Rousseff (PT), Aécio Neves (PSDB) e Marina Silva (PSB), uma mudança no mecanismo exigir ia contrapartida, segundo especialistas Fernando Barbosa São Paulo - Faltam informações no debate feito pelos presidenciáveis Dilma Rousseff (PT), Aécio Neves (PSDB) e Marina Silva (PSB) em torno do fim do fator previdenciário. Segundo especialistas consultados pelo DCI, os candidatos tratam o tema de forma demagógica - sem expor propostas concretas sobre o assunto. O entendimento é que a extinção do mecanismo, que serve para calcular as aposentadorias, sem uma contrapartida, pode prejudicar ainda mais os rendimentos dos aposentados. A professora de Direito Previdenciário da Universidade Presbiteriana Mackenzie, Zélia Pierdoná, crítica o nível dos debates em torno do tema. "Eles [candidatos] estão mais preocupados em se eleger do que com a sustentabilidade do sistema previdenciário. Alguns presidenciáveis dizem de má fé; outros, por ignorância mesmo", diz. Para a docente, "todos falam que o fator prejudica. Isso não é verdade. No ordenamento jurídico, ele só é aplicado na aposentadoria por tempo de contribuição. Na aposentadoria por idade, a aplicação é facultativa, sendo que o INSS (Instituto Nacional da Seguridade Social) só aplica se for favorável, quando aumenta o valor [ao trabalhador]", afirma. Já para o professor de direito da PUC de São Paulo, Vagner Balera, "o que esses candidatos estão fazendo é achando que vão salvar o Brasil, com uma fórmula da cartola". Durante a campanha, Dilma Rousseff anunciou que não vai rever o método; Marina Silva declarou em seu programa de governo que estuda uma medida para substituição do índice - sem detalhar propostas; já Aécio Neves, primeiro afirmou ser a favor da extinção do fator - entretanto, recuou e disse que estuda um meio para a substituição do cálculo. Alternativas Para a alteração na Previdência, Pierdoná coloca como alternativa a introdução da idade mínima. "Mas é pior porque se ela não chegar naquela idade, a pessoa não pode se aposentar", observa. Balera se diz contra o mecanismo do fator, "mas sou favorável a uma idade mínima". Outra proposta relevante, segundo os docentes, é a fórmula 85/95, que calcula o tempo de contribuição com o de idade, em que a soma dos fatores deve ser de 85 para as mulheres e 95 para os homens. "É interessante, porque trata as pessoas que começaram a trabalhar cedo diferente dos que entram no mercado mais tarde", opina Pierdoná. (Fonte: DCI dia 26-09-2014).

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Bancários fazem greve a cinco dias da eleição

Categoria aprova paralisação em 18 Estados e DF par a pedir aumento real. Proposta dos bancos, de reajuste de 7%, foi recusada; profis sionais querem 12,5% e melhor condição de trabalho

CLAUDIA ROLLITONI SCIARRETTADE SÃO PAULO

Em campanha salarial, os bancários iniciam uma greve nacional a partir da próxima terça-feira (30), cinco dias antes da eleição presidencial.

A categoria pede reajuste de 12,5%, o que inclui 5,8% acima da inflação medida pelo INPC, e melhores condições de trabalho, entre outras reivindicações.

A paralisação foi aprovada em assembleias na noite de quinta em 18 Estados, além do Distrito Federal.

Funcionários de oito capitais decidiram cruzar os braços: São Paulo, Rio, Brasília, Belo Horizonte, Curitiba, Porto Alegre, Florianópolis e Campo Grande (MS).

Também votaram pela greve os bancários dos Estados de Alagoas, Mato Grosso, Piauí, Paraíba, Ceará, Pará, Roraima, Acre, Sergipe, Espírito Santo e Rio Grande do Norte, além dos das regiões metropolitanas do país.

Após sete rodadas de negociação, os bancos tinham oferecido reajuste de 7%, ou 0,61% acima da inflação de 6,35% medida pelo INPC no período acumulado de 12 meses. Para o piso da categoria, atualmente de R$ 1.649 (salário do caixa), a proposta dos bancos é de aumento de 7,5% --1,08% acima da inflação.

No ano passado, após 23 dias de paralisação, os bancários conseguiram reajuste de 8% --com 1,82% de ganho real. Foi a maior greve da categoria desde 2004, quando os funcionários dos bancos pararam por 30 dias.

Além do reajuste, a pauta de reivindicação da categoria inclui 14º salário, piso de R$ 2.979,25 (salário mínimo do Dieese), PLR (participação nos lucros) no valor de três salários-base mais parcela adicional fixa de R$ 6.247.

Os bancários também pedem vales alimentação e refeição, auxílio-creche no valor de R$ 724, o salário mínimo nacional em 2014.

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CONVENÇÃO COLETIVA

A categoria é uma das poucas que têm convenção coletiva de validade nacional. A negociação dos bancários serve como parâmetro para os reajustes salariais de categorias profissionais do setor de serviços.

A Contraf-CUT (Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro) representa 134 sindicatos no país. No Brasil, há cerca de 500 mil bancários. Apenas em São Paulo, Osasco e região são 142 mil funcionários.

Segundo os bancários de São Paulo, a categoria conseguiu aumento real de 18,3%, no acumulado de 2004 a 2013, --sendo 3,08% em 2010; 1,5% em 2011; 2% em 2012; e 1,82% acima da inflação em 2013.

"A média dos ganhos reais das categorias que negociaram no primeiro semestre foi de 1,54%. Os bancos têm rentabilidade bem mais alta e condições de aceitar as reivindicações dos trabalhadores", disse Juvandia Moreira, presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo.

"Os bancos que atuam no Brasil continuam tendo a mais alta rentabilidade de todo o sistema financeiro internacional. Somente os seis maiores tiveram lucro líquido de R$ 56,7 bilhões em 2013 e mais R$ 28,5 bilhões no primeiro semestre, graças em grande parte ao empenho e à produtividade dos bancários", afirma Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT e coordenador do comando nacional de negociação dos bancários.

Na segunda (29), os bancários fazem nova rodada de assembleias pelo país para organizar a paralisação.

Procurada, a Fenaban (Federação dos Bancos) não quis comentar a decisão dos bancários pela greve.

GREVE DOS BANCÁRIOS/2014 DATA-BASE 1º de setembro INFLAÇÃO NO PERÍODO 6,35% (INPC, em 12 meses) QUANTO GANHAM Piso de R$ 1.648 (salário do caixa) O QUE QUEREM 12,5% (5,8% acima da inflação) CONTRAPROPOSTA 7% (0,61% real)

(Fonte: Folha SP dia 26-09-2014).

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(Fonte: Estado SP dia 26-09-2014).

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– SITE TST –

Acordo no TST evita greve nacional dos empregados d os Correios

Vinte sindicatos de empregados da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) fecharam nesta quarta-feira, no Tribunal Superior do Trabalho, acordo coletivo de trabalho correspondente a 2014/2015. "O acordo evitou uma greve nacional da categoria", afirmou o ministro Ives Gandra Martins Filho, vice-presidente do TST, que conduziu a mediação que resultou no acordo. De acordo com a empresa, menos de 300 empregados, de um total de 120 mil, continuam em greve nos estados de Minas Gerais e Roraima.

O reajuste salarial ficou em 6,5%, a ser pago em forma de gratificação, com reflexos em verbas trabalhistas como férias, décimo terceiro e FGTS. O reajuste não será menor do que R$ 200, mesmo quando o percentual corresponder a quantia inferior. Para Ives Gandra Filho, esse é um grande avanço, pois é uma forma "de reduzir as diferenças salariais históricas existentes na ECT".

Dos 36 sindicatos da categoria, 20 fecharam o acordo no TST, o que corresponde a cerca de 60% do total de trabalhadores. A Federação Interestadual dos Sindicatos dos Trabalhadores e das Trabalhadoras dos Correios (Findect) e seus seis sindicatos filiados aderiram ao acordo. A Federação Nacional dos Trabalhadores de Empresas de Correios e Telégrafos e Similares (Fentect) não assinou o acordo porque, dos 30 sindicatos filiados, 14 aceitaram a proposta. Um dos sindicatos filiados, o da Bahia, não se pronunciou porque se encontra sob intervenção judicial.

O vice-presidente do TST destacou também que o acordo é histórico porque "ocorreu antes do ajuizamento do dissídio coletivo e de uma situação de greve". Ives Gandra Filho conseguiu, além da aceitação pela empresa de várias cláusulas de interesse dos trabalhadores, que não houvesse o corte de ponto dos atuais grevistas, devido, inclusive, à pequena adesão ao movimento.

Antes da audiência da mediação, a Vice-Presidência realizou 11 reuniões com as partes visando à conciliação. Por causa dessa negociação, a categoria, em sua maioria, não entrou em greve, e a empresa não acionou a Justiça do Trabalho. A ECT se comprometeu, agora, a ajuizar dissídio coletivo solicitando a extensão do acordo aos filiados dos outros sindicatos que não aderiram a ele. O pedido, assinalou Ives Gandra Filho, será analisado pelos integrantes da Seção Especializada em Dissídios Coletivos (SDC) do TST, quando do julgamento do dissídio.

(Augusto Fontenele/CF. Foto: Fellipe Sampaio)

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Caso não haja interesse em continuar recebendo esse boletim, favor enviar e-mail para [email protected] , solicitando exclusão.