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Pestvirus Msc. Anne Caroline Ramos dos Santos

Pestvirus - UFRGS · •Final dos anos 60 no Brasil (CORREA et al, 1968) odoença gastroentérica, com aspectos clínicos e patológicos compatíveis a Doença das Mucosas •1973

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Pestvirus

Msc. Anne Caroline Ramos dos Santos

Artigo

Material e Métodos • Animais:

o Leitões de 8 semanas de idade

o Livres de BVDV

• Vírus:

o BVDV-1b não-citopático estirpe St. Oedenrode – isolado de tonsila de suíno naturalmente infectado

o Multiplicado em traqueia de embrião bovino

o CSFV estirpe Paderborn – isolado em 1997 surto na Alemanha

o Multiplicado em PK15

Material e Métodos

• Delineamento experimental:

o Grupo 1 – 10 leitões inoculados com BVDV

o Grupo 2 – 10 leitões contatos com BVDV

o Grupo 3 – 10 leitões controle

• Inoculação:

o Após 35 dias todos os animais foram desafiados com CSFV

Material e Métodos

• Análises:

o Contagem de células sanguíneas

o Isolamento Viral

o Sorologia – ELISA e NPLA (Neutralização ligada a peroxidase)

o Imunofluorescência

Resultados

• Os leitões não apresentaram sinais clínicos após inoculação com BVDV

• Depois do desafio com CSFV um leitão do grupo controle apresentou quadro virêmico por 20 dias

o Febre, letargia, diarreia e inchaço de membros posteriores

Resultados

• Contagem de células sanguíneas:

o Leucopenia nos animais contato e controle

o Constante e sem sinais de leucopenia no grupo inoculado com BVDV

• Isolamento viral:

o BVDV em fluido orofaringeal e amostras de soro

o 1 leitão do grupo contato positivo para BVDV

o CSFV não foi isolado no grupo inoculado com BVDV

o Grupo contato e controle - positivo para o vírus

Resultados

• Sorologia

o Todos os leitões inoculados com BVDV e um leitão do grupo contato apresentaram anticorpos

o Todos os leitões do grupo contato e controle apresentaram anticorpos contra CSFV

• Imunofluorescência

o CSFV – baço, íleo, rim e tonsila de um leitão do grupo controle

Discussão e Resultados

• Transmissão do BVDV entre suínos demonstrou ser possível, só que de forma limitada

• Infecção auto-limitante

• Não houve transmissão do CSFV nos leitões com anticorpos contra o BVDV

• Presença de anticorpos contra o BVDV pode proteger contra os sinais clínicos da infecção pelo CSFV e limitar ou prevenir a transmissão do vírus

Discussão e Resultados

• Durante surtos, o CSFV pode não ser diagnosticado em rebanhos com alta prevalência de anticorpos contra o BVDV

• Resultados do teste de neutralização ligada a peroxidase podem apresentar diagnósticos errôneos, não detectando anticorpos contra CSFV

• Necessidade de teste que diferencie os pestivírus

Os Vírus

Introdução

• Família Flaviviridae

• Gênero Pestivirus

• Diarreia Viral Bovina

• Peste Suína Clássica

• São antigenicamente relacionados

• Suínos infectados com BVDV demonstram certo grau de proteção clínica com o CSFV

• Outros vírus antigenicamente relacionados:

o Hobi-like - 2004 na Suíça: soro bovino vindo do Brasil

o Bungowannah – granja de suínos, Austrália

o Pronghorn em antílopes

o Giraffe em girafas

Schweizer e Peterhans, 2014

Análise filogenética baseada na sequência de nucleotídeos

do gene Npro

BVDV

• Primeiro relato – 1946, no Canadá (OLAFSON et al., 1946)

• Final dos anos 60 no Brasil (CORREA et al, 1968)

odoença gastroentérica, com aspectos clínicos e patológicos compatíveis a Doença das Mucosas

• 1973 - uma estirpe de Diarreia Viral Bovina (BVDV) isolada pela primeira vez em suínos (FERNELIUS et al., 1973)

CSFV

• Primeiro surto relatado na França em 1822 (Cole et al., 1962)

• Lista da OIE

• Brasil possui regiões livres de CSFV sem vacinação

• Genoma RNA de fita simples e sentido positivo, com aproximadamente 12,3 a 12,5 kb.

• Possui envelope.

• Genoma contém uma única fase de leitura (ORF), flanqueada pelas regiões não traduzidas 5’ e 3’.

• A ORF codifica uma poliproteína que é posteriormente clivada gerando proteínas estruturais e não-estruturais.

• Diferem nas sequências da região não traduzida 5’ e gene E2.

• CSFV é mais estável e diferentes cepas podem sem agrupadas com base nas diferenças nos nucleotídeos das sequências da 5’ UTR, região N terminal da E2 e região da NS5B

• Similaridade entre CSFV e BVDV – cerca de 70%

• Alta homologia - NS3 da proteína NS2-3

• Baixa homologia – proteína E2

Estrutura do Vírus

Genoma

Schweizer e Peterhans, 2014

oBVD-1 dividido em 16 subgenótipos

oBVDV-2 dividido em 4 subgenótipos

• Os biótipos citopático e não-citopático são diferenciados baseado na ação lítica do vírus em cultura de células

• Um sorotipo de CSFV

• Subgrupos: 1.1, 1.2, 1.3; 2.1, 2.2, 2.3; 3.1, 3.2, 3.3 e 3.4

• Número de cepas de variável virulência e antigenicidade podem ser distinguidas com anticorpos monoclonais

Receptores Celulares

• CD46 – receptor celular para o BVDV

• CD46 e Heparan sulfato – receptor celular para CSFV

Replicação

Egresso do Vírus

Obrigada