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Petrobrás localizou outra jazida por. tadora de petróleo na Bacia de Cam- ... área terrestre do Rio Grande do Nor- ... ção de minerais não-metálicos

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INDÚSTRIA QUíMICANO. BRASIL

Descoberta de petróleopor empresa de risco

Avaliação realizada no poço pio-neiro Bahia Submarino nC?64(1-BAS-64), perfurado sob Contratode Risco pelo Consórcio PECTEN/CHEVRON/UNION OIL, indicou apossibilidade de o poço vir a produ-zir cerca de milbarris por dia de óleode 31<?API. O poço está a 100 km aosul de Salvador, em lâmina d'água(distância da superfície ao fundo domar) de 30 metros e a dez quilôme-tros da costa.. PECTEN/CHEVRON/UNION OILpreparam agora o plano de avaliaçãoda descoberta, que deverá ser sub-metido à aprovação da PETROBRÁSoportunamente. Após essa avalia-ção, se verificada a comercial idadedo campo potencial, terá início a fasede maiores investimentos por parteda contratante, relacionada com odesenvolvimento do campo, com aperfuração dos poços e implantaçãodas demais instalações de produção,armazenagem e transporte de óleo.

O poço 1-BAS-64foi perfurado nobloco correspondente ao 19<?Contra-to de Risco assinado pela PETRO-BRÁS, a 13 de agosto de 1979. Atéhoje, a companhia já firmou 102 Con-tratos de Risco com empresas' es-trangeiras e com o consórcio IPT/CESP; 52 poços já foram perfuradospor essas companhias, dos quais, atéo momento, àpenas o 1-BAS-64reve-lou resultado mais significativo.

Duas descobertas em Campos

Os ensaios de produção ralizadosno poço pioneiro Rio de Janeiro Sub-marino n<?186A evidenciaram novadescoberta de petróleo no litoral flu-minense. Realizado entre as profun-didades de 2507 a 2542 metros, aavaliação indicou uma vazão de 1 600barris de petróleo por dia.

Este novo poço produtor da Baciade Campos está situado a 81 km dacosta e em águas onde a profundi-dade é de 229 metros. Dista 10 km anordeste do Campo de Enchova e11 km a sudoeste do Campo de Cor-vina e poderá dar origem a novo cam-po, além dos dez já batizados naárea.

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Com uma produção em ensaio decerca de 1 400 barris (222 m3), aPetrobrás localizou outra jazida por.tadora de petróleo na Bacia de Cam-pos, por meio de perfuração do poçopioneiro Rio de Janeiro Submarino194, situado a aproximadamente 63km da costa e a 5,5 km do Campo deBagre e em águas onde a profundi-dade é de 117 metros.

O petróleo encontrado é de 28C?APIe o poço, que atingiu a profundidadede 3 303 metros, teve sua perfuraçãoiniciada no dia 21 de setembro doano passado. A avaliação da desco-berta revelou a produção de 1 400barris/dia (vazão de ensaio que podeser modificada em regime normal deoperação) entre as profundiades de2539 a 2547 metros, em espessurade rocha porosa com 6 metros eporosidade média de-24%.

Novas perfurações serão determi-nadas para a área, após os estudos aser realizados utilizando conheci-mentos obtidos na perfuração destepoço pioneiro, para delimitação des-ta nova descoberta de petróleo naBacia de Campos.

Em operação o gasodutosubmarino

Entrou em operação o maior gaso-duto submarino da América do Sul,responsável pelo escoamento de 500mil m3/dia de gás natural extraídosda plataforma continental do Estadodo Rio de Janeiro. Construído pelaPetróbras, o gasoduto é parte inte-grante do sistema de dutos submari-nos da Bacia de Campos, que terá460 km de extensão e vai interligar assete plataformas de produção na ba-cia, ligando-as ao continente.

Com o início de operação do gaso-duto, começou a ser escoado até arefinaria de Duque de Caxias (RE-DUC) e gás natural produzido nocampo de Garoupa, que até entãovinha sendo queimado a bordo donavio de processo Presidente Pru-dente de Moraes. Numa primeira eta-pa, o gás será utilizado para substi-tuir cerca de 500 t/dia de óleo com-bustível consumidos nas caldeiras efornos da refinaria D,uque de Caxias.Posteriormente, será enviado à Com-pahia Estadual de Gás ~ CEG, parasubstituir a nafta usada como maté-

REVISTA "DE QUíMICA INDUSTRIAL

ria-prima na fabricação de gás de ruapara a cidade do Rio de Janeiro.

O sistema de escoamento de hidro-carbonetos (óleo e gás) da Bacia deCampos envolve investimentos glo-bais da ordem de 240 milhões dedólares. Quando concluído, terá 22linhas submarinas e 37 conexões,para transferir até 450 mil barris/diade petróleo e 5,4 milhões de m3/diade gás para a praia do Furado, no -continente. Daí, óleo e gás serãotransferidos para a REDUC,por duaslinhas de dutos terrestres, com ex-tensão de 240 km cada uma.

Contrato de risco para aBacia Potiguar

Vinte e nove empresas brasileirasforam pré-qualificadas pela Petro-brás para exploração de petróleo naárea terrestre do Rio Grande do Nor-te e Ceará, por meio de contrato deprestação de serviço, com cláusulade risco.

As companhias têm prazo até o diadois de março de 1982para apresen-tar proposta, com vistas à assinaturade contratos.

Gás natural em Alagoas

A Petrobrás encontrou gás no po-ço pioneiro Pilar nC?1,situado a cercade 30 km de Maceió. As zonas porta-doras de gás têm 70 metros de es-pessura e situam-se à profundidadede cerca de 2300 metros. Dificul-dades técnicas impediram determi-nar a vazão do poço e a reserva degás nele contida.

Assim, o volume anunciado de 4bilhões de metros cúbicos é umaestimativa inicial a partir da espessu-ra da zona portadora e da suposiçãode que a estrutura contenha gás emtoda sua extensão, que é de 10 km2.

O volume exato da descoberta sópoderá ser definido após a perfura-ção de poços de delimitação queserão iniciados dentro em breve.

Quimbrasillançou em 1981o adubo foliar

Quimbrasil Química Industrial Bra-sileira SA lançou, o ano passado, oadubo foliar Serrana.

Syntechrom em atividade

Syntechrom, empresa de que parti-cipam Quimbrasil, com 60% do capi-

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tal, e Dainippon Ink & ChemicaJs Inc., 1/

Janeiro de 1982- 2

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com 40%, iniciou atividade no pri-meiro semestre de 1981.

Ampliação da capacidade deprodução da CPC

A Cia. Petroquimica Camaçari, em1981, o segundo ano de atividade,produziu 122 301 toneladas de clore-to de vinila e 127858 toneladas de'Poli(cloreto de vinHa),quantidade in-ferior à capacidade fabril {de1500001).

No ano de 1980 a produção da PVCatingiu 147462 t.

As obras de ampliação da capaci-dade produtiva do cloreto de vinila(moRÔmero) para 180000 t/ano fo-ram concluídas no exercício de 1981.

E as obras para aumento da capa-cidade de produção do polímero,também para 180000 t/ano, devemter terminado em dezembro pp.

Uma parte da produção de PCVfoiexportada.

Monsanto está agoraem casa nova

o Grupo Monsanto transferiu assuas empresas para novo e grandeedifício situado na Rua Paes Leme,524 (esquina da Av. Nações Unidas,junto à Ponte Eusébio Matoso), nobairro de Pinheiros.

Os telefones são 815-0211 e815-9211 (PABX).

As firmas do grupo são estas: Mon-santo do Brasillnd. e Com. Ltda., In-dústrias Monsanto SA, Cia. Brasilei-rà <te Plásticos Mosanto e FisherControles do Brasil Ltda.

Novas indústrias químicas ecorrelatas nos Distritos Industriais de

Minas Gerais.

Em 1981,até meados de dezembro,entraram em funcionamento, nosDistritos Industriais da CDI (Cia. deDistritos Indl!striais):

Em Uberaba, no DI-Delta, sede doPólo Petroquímico, começaram afuncionar a Ultrafértil e a Fertibrás.Outra empresa que iniciou atividade,mas no DI-Ifoi a Georges Calapodo-poulos.

Em Santa Luzia, no DI-III,começoua trabalhar a cerâmica de Nadir Fi-gueiredo Ind. e Com. S.A.

Em Pirapora, passou a funcionar aCerâmica Pirapora Ltda.

Em Montes Claros, está operandbdesde 1981 a Quartzil, que produzmini-computadores.

REVISTA DE QUíMICA INDUSTRIAL

Em Contagem, entrou em trabalhoa Polimetal-ligas e Metais, no campometalúrgico.

Em Juiz de Fora, entrou em ativi-dade a Concretex, da área de produ-ção de minerais não-metálicos.

Em janeiro. do corrente ano de1982 deverá iniciar suas atividades,em Montes Claros, a Vallée NordesteS.A., de vacinas veterinárias, com aprodução anual de 30 milhões de do-ses de vacinas oleosas antiaftosa,bovina e suina, e 40 milhões de vaci-na antiaftosa bovina hidroxi-saponi-nada.

Este último projeto tem o seu custofinal estimado em 1,5 bilhão de cru-zeiros.

As maiores empresasdo país

As Indústrias Votorantim - omaior grupo privado nacional- evo-luiram de 24~ para a11~ posição nalista das 500 maiores empresas pri-vadas do Brasil feita pelo InstitutoBrasileiro de Economia da FundaçãoGetúlio Vargss. O grupo é precedidopor nove empresas estatais e umaestrangeira - a Mercedes Benz doBrasil, que ocupa a 8~posição. Apró-xima empresa controlada por capi-tais nacionais, a Construtora Camar-go Correa, só aparece na 20~ colo-cação.

A lista revela que o cenário empre-sarial brasileiro é dominado por em-presas estatais e monopolistas. Ela éliderada pela Petrobrás, que reassu-miu a: 1~posição depois de perdê-Iano ano de 1980 para a Eletrobrás,com a compra da Light. Dentre as 50maiores empresas, 19 são estrangei-ras, 11 são nacionais privadas e 20são estatais.

O critério utilizado para a classifi-cação geral das empresas conjugouo patrimônio líquido obtido e o lucrodo exercício, relacionando 438 em-presas do setor industrial, 144 pres-tadoras de serviços e apenas 8 daárea agrícola.

Na classificação geral, a lista daConjuntura Econômica mostra que as10 maiores empresas são a Petro-brás, Eletrobrás, Telebrás, CESP, Va-Ie do Rio Doce, Telesp, Fumas, Mer-cedes-Benz, Cemig e Embratel.

Mas, quando ao patrimônio líqui-do, a lista é liderada pela Rede Fer-roviária Federal, seguida pela Eletro-brás, Petrobrás, CESP, Telebrás, Te-lesp. Cia. Luz e Força Mococa (SP),

IDVale do Rio Doce, Light (SP)e Me-trô (SP).

Janeiro de 1982 - 4

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f:/t' .\t/r-)\ ~ t( JJ) ~ (O '---/~~Todo químico deve fazer parte daAssociação Brasileira de Química

É a entidade de âmbito nacional dos pro-fissionais químicos em exercício no nos-

so país.

É a instituição que tem promovido osCongressos Brasileiros de Química, ten-do sido o último deles, o XXI, realizado

em Porto Alegre, nofim de 1980.

É a associação mais representativa da classe dos quí-micos do Brasil, tanto no país como no estrangeiro,

. pela sua tradição e pelos serviços que tem prestado.

É à núcleo que mais tem cumprido os programas técnicos,científicos e culturais, proporcionando a realização de pales-

tras, conferências, seminários e cursos.

Há três modalidades de sócios:individuais, estudantes e coletivos.Os preços de anuidades são bemrazoáveis. Consulte-nos.

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Os negócios das empresas tipica-mente químicas, tanto das nacionaisquanto das internacionais, são aindaem parte limitados no âmbito nacio-nal. Mas estão crescendo acentuada-mente, por que muitos artigos da in-dústria química, que eram consumi-dos em pequena escala, agora estãosendo procurados e consumidos emescala crescente. Logicamente, coma procura em aumento, surgem no-vas fábricas e maiores produções.

Alguns produtos químicos já sãoproduzidos entre nós em quantida-des de centenas de milhares de tone-ladas.

O mercado brasileiro é apreciável eas possibilidades de exportação seapresentam cada vez mais estimulan-te. Isso se traduz em prespectivas deamplitude dos negócios.

Exportações dos produtosda Glasurit do Brasil

A Glasurit do Brasil Indústria deTintas encerrou o primeiro semestrede 1981 com exportações no valordeUS$ 5,2 milhões. No mesmo período,em 1980, a empresa havia exportadocerca de US$ 1,5 milhão.

Os principais compradores locali-zam-se na América Latina e África, eas vendas compreendem basicamen-te tintas para a construção civil, re- .

pintura de veículos e indústria emgeral, além de resinas e outros pro-dutos.

A Glasurit, empresa do GrupoBASF, começou a colocar seus pro-dutos no mercado externo em 1974,com vendas no valor de US$ 33 000.Nos anos seguintes, o faturamentocom as exportações cresceu subs-tancialmente, para em 1980, atingir amarca de US$ 3,3 milhões. Até o finalde 1981, as vendas ao exterior devemaproximar-se dos US$ 10 milhões.

Produção de compostos químicospela Copene

COPENE Petroquímica do Nordes-te SA produziu no período janeiro-outubro de 1981 menos que no pe-ríodo anterior. O Complexo Petroquí-mico de Camaçari sentiu, como todoo país, os reflexos da situação geralde limitações e dificuldades, de to-dos bem conhecida.

Produção de jan-out. 81 (em t):Etileno 298132Propileno 155592Butadieno 50308Benzeno. """"""""""""""" 127501Tolueno 17530Xilenos mistos 14798O-xileno """""""'-""""""'" 48072P-xileno 58624Resíduo de pirólise 72 270Solvente C-9 19 181Butenos """"""""""""""'" 3 781

865 798

Coral mostra na Fehabnova linha de tintas

Nova linha acrílica para aplicaçãoem interiores e exteriores, compostade Selador, Massa e Latex Coralmur- 100% acrílico, Verniz Coramarcom Filtro Solar e Latex Textura,foram as novidades para a constru-ção civil, que a Coral mostrou duran-te a I Feira Nacional da Habita-ção FEHAB, realizada no ParqueAnhembi.

O evento, organizado pela Guaz-zelli Associados, teve apoio do Mi-nistério do Interior, por intermédiodo BNH, e do Ministério das Rela-ções Exteriores, e reuniu perto de200 empresas do setor e mais de 60compradores internacionais de paí-ses da América Latina eÁfrica. Serviupara ampliação do mercado interno etambém para a abertura de novosmercados, além dos tradicionais, pa-ra os quais a Coral já exporta e quesomente no ano passado possibilita-ram o envio de perto de 1 milhão emeio de dólares em tintas.

Mereceu destaque na FEHAB a no-va linha acrflica Coral composta doSelador Acrílico Coral, Massa Acrí-lica e Coralmur - 100"!oacrílico, de-senvolvida e ensaiada durante os úl-timos três anos nos laboratórios daempresa. Entre as vantagens queoferece, está a maior resistência àalcalinidade, às intempéries e aoamarelecimento em paredes de alve-naria e tijolos.

-INDÚSTRIA QUíMICANO MUNDO

EUA

Union Carbide e sua fábr~ca de silício

Union Carbide vinha trabalhandoem planos para construir no noroes-te do país uma fábrica de silício comcapacidade de 1 000 t/ano. Assinaraum acordo tecnológico com Kamat-su Electronic Metais of Japan, quedava acesso ao proc.esso de deposi-ção do silício da empresa japonesa. A

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fábrica, segundo os planos, começa-ria a produção no final do ano de1984.

É sabido que silício ultra-puro énecessário para fabricação das célu-las produtoras de energia elétricatendo como fonte os raios solares. Eénessa região americana que se estãolocalizando as grandes fábricas demicroeletrônica. Já existe o Vale doSilício, onde outrora eram terras deculturas de fruteiras.

REVISTA DE QUíMICA INDUSTRIAL

Tecnologias da UniroyalChemical

A Uniroyal Chemical estabeleceuhá alg umtempo um departamento detransferência de tecnologia para li-cenciar alguns dos seus processos,como os de alquilação e hidroge-nação.

Elastômero poliéster da Ou Pont

Ou Pont possui em New Jerseyuma fábrica do elastômero poliésterHytrel.

Já aprovou investimento com a fi-nalidade de construir uma fábrica domesmo produto na Europa, em esca-la mundial, estabelecimento que de-verá entrar em produção no ano de

ID1984.

Janeiro de 1982- 6

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Fábrica de polibuteno no Tex<!s

Exxon Chemical Americas monta-rá, em seus estabelecimentos deBaytown, Texas, uma fábrica de po-libuteno com capacidade de 61 000tlano, que deverá funcionar em finalde 1983.

Fábrica de óleo de chistono Colorado

Union Oi! of California construiráuma fábrica de óleo retirado do chis-to no Colorado. A primeira constru-ção será de uma fase do estabeleci-mento. A capacidade será de 10 000barris por dia.

Vulcan e Stake associam-separa produzir etanol a partir

de madeira

Vulcan Ciricinnati, dos EUA, e Sta-ke Technology, do Canadá, assina-ram um convênio para projetar econstruir fábricas de etanol que em-preguem madeira como matéria-prima.

A Stake desenvolveu um processopara digestão contínua de matériaisligno-celulósicos. No processo em-prega-se vapor sob alta pressão paraquebrar as ligações entre a lignina ea celulose.

Pode ser utilizado o substrato parahidrólise, obtendo-se açúcares, com-postos químicos e enzimas.

CANADÁ

Expansão da fábrica declorado de sódio da Erco

Erco Industries vai expandir a pro-dução de sua fábrica de clorato desódio localizada em Buckingham,Quebec.

A expansão é de 36 000 tlano. Emjaneiro de 1981 a Erco realizou umaexpansão de 16 000 t/ano na fábricade Thunder Bay, Ontario.

"Erco é o maior produtor mundialdo elo rato de sódio.

GRÃ-BRETANHA

Vitamina A e câncer,~"do pulmãO em fumantes

o risco de câncer no pulmão emfumantes do sexo masculino pode

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ser reduzido comendo-se cenoura everdu ras ricas em beta-caroteno,fonte de vitamina A, segundo umaequipe de pesquisa científica chefia-da pelo Dr. Jeremiah Stamler, daNorthwestern University, IlIinois,cujos resultados foram publicadosna revista inglesa de medicina TheLancet.

A equipe concluiu recentementeum estudo de 20 anos, que incluiuexperimentação com 2000 pessoasdo sexo masculino, de meia-idade.Os pesquisadores verificaram que aexistência de altos níveis de beta-ca-roteno pode reduzi r significativa-mente o risco de câncer pulmonar,mesmo em fumantes de longa data.

Advertem, entretanto, que não sedeve usar estas observações comopretexto para fumar. A fumaça do ta-baco contém substâncias canceríge-nas - é o que se deve ter em mente.

Contudo, o hábito do fumo aumen-ta o risco de outras doenças sériasalém do câncer, e não há indícios deque beta-caroteno - substância en-contrada em peras, tomates e espi-nafre, que o organismo converte emvitamina A - impeça estes males,conforme assinalou o estudo.

R. F. DA ALEMANHA

Novo carbon black da Degussa

A Divisão de Produtos Químicos'Inorgânicos de Degussa lançou aomercado o Cora><L 6, um novo de-senvolvimento do carbon black Co-rax, que se tornou conhecido pormuito tempo.

Pelo aumento da superfície especí-fica e alterando a estrutura, conse-guiram os químicos de modo notávelmelhorar a condutividade.

O novo produto é usado nas indús-trias de plástico e de borracha.

BÉLGICA

UCB-Bioproductsinvestigará,produzirá e comercializará

proteínas e peptídeos

A firma belga de produtos quími-cos.UCB vai confiar a uma nova filia-da, a UCB-Bioproducts S.A., o desen-volvimento de suas atividades nocampo promissor da Biotecnologia.

A nova empresa retomará as ativi-dades empreendidas desde 1965 pe-la UCB na Divisão Farmacêutica no

REVISTA DE QUíMICA INDUSTRIAL

que concerne à pesquisa, à produçãoe comercialização de proteínas epeptídeos biologicamente ativos.

Estas atividades rapidamente sedesenvolveram há alguns anos,es-pecialmente em cooperação comCentros Universitários e apoio daIRSIA (Institut póur I'Encouragementde Ia Recherche Scientific dansL'lndustrie et l'Agriculture).

Seu objectivo principal é baseadona Biotecnologia, aplicando-se astécnicas de engenharia genética, dabioquímica e da enzimologia, semtodavia negligenciar as tecnologiasquímicas clássicas.

A nova sociedade receberá colabo-ração de universidades belgas e deentidades internacionais.

Começará a operar em 1982, nasinstalações farmacêuticas da UCBem Braine-I'Alleud.

SUÉCIA

. Citratode piperazinae di-hidrocloreto de piperazina

Uma Divisão da W.R. Grace, a Re-xolin Chemicals, aplicará capital eknow-how numa fábrica, a construir,em Helsingerborg, Suécia, para aprodução de citrato de piperazina edi-hidrocloreto de piperazina.

A Rexolinrecentemente desenvol-veu um processo para a fabricaçãode sais de piperazina.

Usam-se estes sais como anti-hel-mínticos no ser humano e em ani-mais de criação.

PORTUGAL

Fábrica de negro de carbonono Complexo de Sines

Em Sines, ao sul de Lisboa e a oes-te de Portugal, será erguida uma fá-brica de carbon black, de acordo como contrato assinado entre a Carbogale a Société Foster Wheeller Fran-çaise.

Ashland Chemical, que colaboracom a empresa estatal portuguesaPetrogal, fornecerá a tecnologia bá-sica e se encarregará de colocar nomercado mundial o carbon black pro-duzido além das necessidades doconsumo interno.

A fábrica estará em condições defuncionar na primavera de 1983.

Ja.neiro. de 1982 - 8

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'Revista de

Química IndustrialREDATOR PRINCIPAL: JAYME STA. ROSA

ANO 51 NC?597JANEIRO DE 1982

As perspectivas do novo ano

Acabamos de deixar um ano dificil para a indústria epara as atividades econômicas de modo geral. E entra-mos em outro periodo de tempo de igual duração comespectativas e dúvidas.

O ano de 1981 foi, com efeito, de muito trabalho,nem sempre compensador. No caminho de cada em-presa surgiram embaraços, contratempos, imprevis-tos, e sobretudo escassearam os recursos financeiroshabituais. Tinha-se que trabalhar num clima de certaadversidade.

Mas não há mal do qual não resultem bens, já diziamos antigos. Esta atmosfera pesada de infortúnio per-mitiu que se abrissem para muitos as comportas dopensamento e se começasse a raciocinar à procura deidéias para vencer a crise. Vários empreendimentoscom base econômica puderam prosseguir.

Na adversidade os eleitos pela boa Fortuna sabemconstruir. Se vencem, são apontados como os audazes.Aprendem a economizar, se não sabiam. E nadamelhor para os empreendimentos industriais do quetrabalhar numa economia de elicasse2.

Na realidade, alicerçaram-se muitas construções deboas empresas.

O primeiro desempenho favorável que se observaem todo o panorama nacional é o da agricultura.Convém assinalar que estamos no início de nova épocade prosperidade que resulta, antes do mais, de umestado de espírito, de Ministros do governo federal etambém de homens responsáveis que trabalham emserviços de Economia.

Como temos martelado em nossos escritos, a agri-cultura é a base de prosperidade de uma nação,pequena ou grande, sobretudo dos países altamenteindustrializados.

Encontramo-nos, atualmente no mundo, numa fasede transição da indústria, tanto das atividades quími-cas como das outras que, de uma forma ou de outra,dependem da produção química.

Procuramos trazer às páginas desta revista o reflexodas sensíveis mudanças que se operam nos meiostécnicos e científicos do mundo, concernentes aosnovos caminhos.

No ano passado, anunciamos resumidamente o pro-grama dos assuntos que seriam mais focalizados em1981/82: "Problemas de energia. Combustíveis paraas condições atuais. Matérias-primas renováveis. Asgrandes contribuições da Biotecnologia. As revoluçõesda Engenharia Genética que resultem em novos pro-cessos de obter compostos químicos, mantimentos bá-sicos e mais abundantes produtos agricolas".

Cumprimos a promessa feita, divulgando inúmerostrabalhos a respeito dos assuntos mencionados.

No corrente ano, continuaremos no mesmo afã deapresentar matérias que mostrem com honestidade asmudanças, as inovações, os novos processos, as inven-ções, tudo com o propósito de acompanhar o pro-gresso e dominar as tecnologias.

Aponta-se no exterior que o Brasil está numa si-tuação muito satisfatória, na atual emergência, porque na questão de ent:!rgia desenvolveu a tempo osprogramas da energia hidroelétrica, e do etanol paraveículos. Informa-se, por exemplo, que se os EUAquiserem dispor de tanto etanol quanto nós terão deaplicar nessa finalidade a metade de sua produção demilho, que é sobretudo um alimento:

NlJ interior de nosso país começa~se a produzir bio-gás, uma forma de produção de energia, que oferece avantagem de aproveitar resíduos e produzir fertili-zantes. Nosso intento é dedicar-nos com afinco aoprograma de apresentar as conquistas no campoenergético que sejam valiosas e seguras, no proveito denossa economia e no bem-estar de nossa gente.

Entendemos que não esteja longe a disponibilidadede energia solar, de modo eficiente e econômico. Tam-bém está para ser utilizado em nossos dias o hidrogê-nio como fonte de energia. A pesquisa tecnológica arespeito processa-se há muito em vários centros cien-tíficos e já se conseguiram resultados promissores paraum emprego geral com plena segurança.

As perspectivas que se desenham no horizonte sãoanimadoras.

Jayme Sta. Rosa

Janeiro de 1982- 9 REVISTA DE QUíMICA INDUSTRIAL 9

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ENSINO

o mestrado e o doutoradoApromoção na carreira do Magistério Superior

Neste artigo o autor apresentaseu ponto de vista contrário àinstalação de banca examiCladorapara a defesa de tese.

Anal isa e critica o atual sistemade ingresso e promoção no Ma-gistério Superior. .

Com a queda do Império Roma-no e invasão dos bárbaros, algre-ja procurou cristianizar o invasor.

A medida que se processava acatequese do homem inculto, in-civilizado, selvagem, a Igreja pro-curava preservar a cultura greco-romana.

O trabalho paciente de mongese frades consistia em transcrevere/ou traduzir para o vernáculo,em papiros ou pergaminhos, asobras clássicas e tudo que repre-sentasse valor intelectual.

Acultura refugiou-se nos mos-teiros e conventos.

Partindo, porém, do ponto devista de que a Redenção é univer-sal, a Igreja, para ser coerente, re-conheceu que a cultura tambémdeveria ser para todos, cabendoao leigo a tarefa principal.

Daí a criação da UnivE1rsidadeque, como o nome indica, teria a

função de universalizar a cultura,o saber, o conhecimento.

Com o nascimento da Universi-dade surgiu a tese, cuja primeiradefesa ocorreu em 1084, ou seja,daqui a 3 anos estará festejando900 anos.

Assim sendo, o autor é contraeste sistema por ser arcáico, me-dieval, inquisitorial, obsoleto, su-perado e anti-econômico.

Igualmento o autor é contrárioà obrigatoriedade da instituiçãodo mestrado e do doutorado paraquem opta pela carreira do Ma-gistério Superior.

a mestrado e o doutorado de-vem ser facultativos uma vez queum bom pesquisador pode serum mau professor e vice-versa.

A transmissão do saber é umdom que pode ser aprimorado.

a optante à carreira do Magis-tério Superior que quizer ter o tí-tulo de mestre e/ou doutor deveescolher orientado r capacitado efazer a tese.

Pronta a tese, o orientador co-munica a Universidade o términodo trabalho e publica em revistae/ou órgão de divulgação idôneo,especializado, credenciado, deâmbito mundial. -

LUIZ RIBEIRO GUIMARÃESL o., D.SC. - UFRJ

Se o trabalho realizado fôr demá qualidade, a responsabilidadee o bom nome do orientador éque estarão em jogo, uma vez queo candidato (orientado) é um ilus-tre desconhecido que está sendoapresentado ao meio científico.

Igualmente o autor é contrárioao atual sistema de ingresso epromoção no Magistério Supe-rior. Em cada Universidade devehaver uma Comissão de Promo-ção, como nas Forças Armadas,para que o professor possa serpromovido por antiguidade e mé-rito.

a regime vigente no Brasil nãoé encontrado em nenhum outropaís. Como é do conhecimentogeral, nem sempre o concursopremia o melhor e, recompensan-do o pior, faz jús ao aforismo deBernard Shaw: "quem sabe faz;quem não sabe, ensina..."

(*) O autor é Livre Docente e Doutorem Ciências. É professor do Ins-tituto deQuímica e do Instituto deNutrição da Universidade Federaldo Rio de Janeiro, Cidade Univer-sitária, Ilha do Fundão.Foi professor no Instituto Militarde Engenharia durante 10 anos.

POLíMEROS

Convenção da Polibrasil em 1981

Realizada a 4 de dezembro último em Guarujá, SP

A Polibrasil S.A., fabricante dopolipropileno PB, reuniu no HotelJequitimar (Guarujá-SP), no dia 4de dezembro, 170 dos principais

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empresários do setor de Filmesde Polipropi~eno, parasua "Con-venção Polibrasil 1981 - Filmede Polipropileno". .

REVISTA DE QUíMICA INDUSTRIAL.

E. LOBOSÃO PAULO

Os processadores de Filme dePolipropileno encerraram o anocom uma queda de vendas de=2% em relação ao ano anterior e

Janeirode 1982- 10

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Foto I. A mesa que presidiu aos trabalhos.

Foto 11.Convencionais no salão de conferências.

Foto 111.Fotografia dos convencionais no parque do Hotel Jequitimar.

Janeiro de 1982- 11 REVISTA DE QUíMICA INDUSTRIAL

porisso a Polibrasil os reuniu pa-ra mostrar o otimismo que des-ponta em 1982, com a seguinteperspectiva:

1C!)Mostra dos novos desenvol-vimentos de produtos e aplica-ções da Polibrasil, permitindo umcrescimento de 15 a 20% do mer-cado, como alvo.

2C!)A expansão no setor de Fil-mes é muito relacionada com aindústria alimentícia (70% dasembalagens) que terá um cresci-mento previsto de 6 a 10% emrelação a 1981.

3C!)A Polibrasil dará em 1982apoio maciço em AssistênciaTécnica, Marketing ao Consumi-dor, e um amplo Plano de Pro-paganda.

A Polibrasil é uma associaçãoda Petroquisa, Pronorte e Shell, eporisso o EngC!C. Venezia, Ge-rente de Marketing da Shell Quí-mica SA mostrou a importânciada Polibrasil no mercado, atuan-do com 9 novos tipos de resinasde polipropileno para Filmes. DizVenezia: "essa inovação deve-sea anseios do mercado, pois torna-se próximo do celofane no quediz respeito à sua utilização emmáquinas de embalagem auto-mática".

Outro ponto muito salientadopara 82 foi apresentado pelo Dr.Rail Ziller Ribeiro, Presidente daPolibrasil, que chama a atençãopara o controle de qualidade,tema debatido na Convenção,pois em 82 será levado muito emconta pelo consumidor.

Foi posta em relevo ainda apreocupação da Polibrasil em au-mentar a rentabilidade dos pro-cessadores pela melhoria da pro-dução e pelo controle da quali-dade.

Para as palestras, foram convi-dadas as seguintes personalida-des do ramo:

- Dr. ISRAEL SVERNERPresidentf' da Associação Brasi-leira das Indústrias de Embala-gens Flexíveis (ABIEF)

- Dr. JOSÉ SINKEVISQUEGerente de Embalagens da Nes-

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PETRÓLEO

A grande plataforma para o campo petrolíferode Enchova

Embarcada na Bahia para a Bacia de Campos

Com absoluto êxito, foi conclui-da, no dip 21 de setembro p.p., nocanteiro 'peSão Roque, a operaçãode embarque da Plataforma deEnchova, na Barcaça M44, com190 metros de comprimento e ca-pacidade, de até 30 000 toneladasde carga.

A maior plataforma submarinapara produção de petróleo já cons-truída na América Latina, com20 500 toneladas e uma altura equi-valente a um prédio de 45 andares,foi construída pelo Consórcio Mon-treal/Micoperi, no canteiro de SãoRoque do Paraguaçú, Bahia.

A operação de embarque, damaíor complexidade, consiste nodeslizamento da estrutura, sobretrilhos, da terrapara cima da barca-ça, por meio de tração realizadapor dois macacos hidráulicos comcapacídade para 2 000 toneladascada um. As variações da maré,que podem influenciar, decisiva-mente, o embarque, são controla-das minuciosamente através decomputadores. O início ao embar-que se deu 'com a maré alta, le-vando 20 horaspara sua conclusãofínal, exigindo alta tecnicidade naoperação.

Imediatamente após terminada aoperação de embarque, teve inícioo trabalhO de "amarração" da es-trutura, na M44, de forma a mantê-

Ia perfeítamente segura para reali-zar a viagem até a Bacia de Cam-pos onde será lançada e fixada aosistema central do Campo de En-chpva.

Quando em operação, a Plata-forma terá capacidade para,pro-cessar 170000 barris/dia e 1,5mi-lhão de metros cúbicos de gás na-tural, o que deverá ocorrer no iníciode 1983.

1-INTRODUÇÃO:

O CONSÓRCIO MONTREAL/MICOPERIestá construindonoCanteiro de São Roque do Para-guaçú, BA,3 Plataformas fixas deprodução de petróleo, dentro doprograma da PETROBRÁS, ge-renciado pelo Grupo Executivoda Bacia de Campos (GECAM).

Estas Plataformas destinam-seaos Campos de GAROUPA, EN-CHOVAe CHERNE 11encontran-'do-se atualmente em fasefinaldeinstalação no mar, final de mon-tagem no Canteiro e início de fa-bricação, respectivamente.

A estrutura da Plataforma deGAROUPAestá instalada a umaprofundidade de mar de 120,5metros.

Foi posicionada sobre um ga-barito de perfuração já instaladono fundo do mar, através do qual

- Dr. HIROSHIKURIBARAChefe do Setor de Plásticos doInstituto de Pesquisas Tecnológi-cas do Est. de São Paulo (IPT)

E ainda o Dr. RAILRIBEIRO-Presidente da Polibrasil; o Eng<?C. VENEZIA- Gerente de Mar-keting da Shell Química; e Técni-

12

cos de alto nível da Polibrasil eShell Química.

A "Convenção Polibrasil 1981- Filme de Polipropileno" foimuito bem aceita pelos empresá-rios e houve solicitações à Poli-brasi Ipara outra Convenção já noano de 1982.

REVISTA DE QUíMICA INDUSTRIAL

CORPO TÉCNICO DE

MONTREAL ENGENHARIA SA

já foram perfurados varios poços,utilizando-se equipamento flu-tuante.

O peso total de estrutura, inclu-indo as estacas de fundação é de13 000 t, e a carga útil do convés(equipamentos para perfuração eprodução) é de 16000 t.

A Plataforma. de GAROUPApossui 15 poços direcionais.

A Plataforma de ENCHOVAse-rá instalada em lâmina d'água de114,4 m, pesando 22000 t. Teráu ma carga úti I de convés de22 000 t, devendo atender a 21poços.

Nesta Plataforma, a estruturado convés está incorporada à Ja-queta como um único conjuntopara o transporte e instalação.

A Plataforma de CHERNE11estáem fase inicial de fabricação noCanteiro e possui um pesoseme-lhante a de ENCHOVAtendo, po-rém, como principal característi-ca estrutural, a inexistência deguias de estacas, pois a cravaçãodestas será executada através debate estacas submerso.

A perfuração poderá ser exe-cutada através de 27 poços.

Nestes empreend imentos estãoassociados à MONTREAL ENGE-NHARIA S/A e a MICOPERI S.pA,empresa italiana tradicional naáreaOffshore. A associação en-volve, além da construção dasplataformas, o transporte e suainstalação no mar, incluindo tam-bém uma cláusula de transferên-cia de tecnologia entre a empresaestrangeira e a MONTREALEN-GENHARIA,que' atua na enge-nharia de Montagem no Brasil há25 anos.

A Plataforma de GAROUPA,aprimeira do seu porte construída

Janeirode 1982- 12

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fora dos EUA e da EUROPA, foiconcluída em março de 1980,dentro dos prazos previstos.

As outras encontram-se em an-damento normal, estando previs-to para setembro de 1981o Load-Outda ENCHOVA; e meados de1981 para CHERNE 11.

A "Garantia da Qualidade", re-querida pelas rigorosas normas éespecificações empregadas nes-te tipo de construção, foi possíveldevido à padronização dos pro-cedimentos de fabricação, mon-tagem e inspeção, desenvolvidospelo CONSÓRCIO e aplicados aotrabalho das maiores empresasde caldeiraria pesada no BrasU,suas subcontratantes na pré':fa-

2 - PRINCIPAIS CONTRATOS

PLATAFORMA GAROUPA

bricação de componentes dasPlataformas.

A Fiscalização da construçãono Canteiro é realizada pela PE-TROBRÁS - SEGEM - GRUFIS- S. Roque, estando a Certifica-ção a cargo da BUREAU VERITASno caso da Plataforma de EN-CHOVA e DET NORSKE VERITAS- DNV para CHERNE lI.

No Canteiro de São Roque doParaguaçú está mobilizada umaforça de trabalho de aproximada-mente 1 500 homens, utilizandoos maiores guindastes existentesna América Latina. Aárea do Can-teiro é de 350000 m2, e sua ins-talação em S. Roque, aléin dosempregos diretos, gerou cerca de2000 empregos indiretos no locale :adjacências.

ENCHOVA CHERNE Ir

PESO (t),TAQUETA: 8 500

I

JAQUETA

I

JAQUETA: 12 900+ :20 500

CONV~S : 1 200 CONV~S CONV~S: 2 000

LAMINA D'ÁGUA (m) 120,5

DIMENSÕES (BASE)

DA JAQUETA (m)

114,4 142,o

73,7 x 53,6 x 1371 79 x 60 136,3 72 x 110 x 155

ÁREA DO CONV~S (m)

CARGA SOBRE O

CONV~S (t)

QUANTD.DE ESTACAS

PESQ (t)

DIA. DAS ESTACAS

(POLEGADAS)

N9 DE POÇOS

CARACTERíSTICAS

DECK/JAQUETA

70 x 43

22 000

24

6 700

72"

27

SEPARADO

SEÇÃO

TíPICA

TEMPLATE

Janeiro de 1982 - 13 REVISTA DE QUíMICA INDUSTRIAL

3 - PLANO DE EMBARQUE:

3.1 - DESCRIÇÃO DAOPERAÇÃO:

Terminada a construção é exe-cutada uma das mais críticas ope-rações do empreendimento: - atransferência da Jaqueta do localde montagem para a barcaça detransporte e lançamento.

A Jaqueta de ENCHOVA, sendodo tipo convencional e de grandepeso (20 500 t), requer que no seuprocedimento de embarque sejaprevista a movimentação por des-lizamento sobre as carreiras deembarque, transionando-a atra-vés de um sistema de macacohidráulico.

Existem vários tipos de con-cepção de embarque dependen-do dos equipamentos disponí-veis, facilidades do Canteiro eporte da estrutura. Jaquetas depequeno porte até 600 t podemser embarcadas, diretamente pornavio guindaste ou deslizamentona posição transversal e/ou verti-cal por guinchos.

Para assegurar o perfeito pla-nejamento de uma operação des'-te tipo é fundamental a disponi-bilidade dos dados de maré, cor-renteza e calado do cais, bemcomo as condições meteorológi-cas do Canteiro. Não menos im-portante, são as característicasdo cais para suportar os esforçosverticais e/ou horizontais, causa-dos durante a operação: - o tipode superfície de deslizamento(coeficiente de atrito); a geome-tria das carreiras de embarque, o

-- meio naval mais disponível comseus equipamentos de tração e aépoca do ano previ.ta para em'=-barq.ue.

Ressaltamos os.dados de marécomo da maior importância. Nor-malmente, todos os canteiros deconstrução de plataformas deaço executam suas medições demaré durante todo o período quecomplete 12 meses. Os dados demaré, que embora recebam umtratamento probabi lístico, são ve-

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rificados constantemente, juntocom os dados da barcaça. Oplano de curvas hidrostáticas,planos de curvas cruzadas de es-tabilidade, capacidade de tan-ques, etc., são usados na verifi-cação das condições de embar-que. Tanto a barcaça quanto aJaqueta têm a sua integridade es-trutural devidamente analisadanos diversos estágios de embar-que, durante a fase do projetobásico.

Para minimizar o tempo de em-barque, ou seja, o período em quea estrutura estará deslizando so-bre a barcaça, a Jaqueta é dei-xada, momentos antes do "LoadOut", na posição mais próxima aocais. Um outro fato muito impor-tante, quando do deslizamentoda Jaqueta, é a seqüência de las-treamento da barcaça que deveráser rigorosamente controladamantendo o nível com as carrei-ras do Canteiro e suportandotodo o peso transferido, evitandoassim o perigo de sobrecargas nocais.

No caso das Jaquetas de EN-CHOVA e CHERNE 11,os esforçosverticais sobre o cais serão total-mente eliminados deWdoao t;lSOde um "Sistema de Ponte" (Brid-ging System), que transferirá ascargas da carreira diretamentesobre a Balsa M-44.

3~2- ARRANJO GERAL:

As figuras 2,3 e 4 mostram deforma simplificada o ~rranjo geralda operação. Poge ser observadaa Jaqueta próxima ao cais, ascarreiras de embarque sobre abarcaça ("Skid Beams"); a M-44posicionada em frente ao caisdevidamente amarrada por: doispontos de atracação em terra("Onshore Mooring points"), edois no mar ("Offshore MooringPoints"), e o seu sistema de tra-ção por macaco ("Push Pull-Hi-dranautics").

As características do embarqueda Jaqueta de ENCHOVA estãoindicadas na Fig. 5.

14

JAQUETA EM POSiÇÃO DE LOAD OUT

MOVIMENTAÇÃO DE LASTRO DA BARCAÇA

4 BOM8AS PERMIINENTES6 80M8AS ELÉTRICAS4 BOMBAS DIESEL

CABINE DE CONANDOrPUSN PUll HYD.A.Aunc"" 2 .2000 t

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FIG.2

F1NALDJLLOAD~UT

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FIG.3

SISTEMA DE ANCORAGEMDA BARCACADURANTE "LOAD OUT"

FIG.4

REVISTA DE QUIMICA INDUSTRIAL

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Janeiro de 1982- 14

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FIG.5

JAQUETA DE ENCHOVA

OPERAÇÃO DE EMBARQUE

1. CARACTERíSTICASDAJAQUETA

PESO NO EMBARQUEDIMENSÕES PRINCIPAIS137 m x 80 m x 60 m.ESTACAS PRÉ-INSERIDASTANQUES DE FLUTUAÇÃO

2. CARACTERíSTICAS DABARCAÇA

CAPACIDADE:DIMENSÕES:

JAQUETAS ATÉCOMPRIMENTOBOCAPONTAL38TANQUES4 BOMBAS

LASTREAMENTO

SISTEMA DETRAÇÃO:

19 500 t

1218

30 000 t190 m.SOm.11,4 m.

Capo 1 200 t/hr

2 CONJUNTO HIDRANAUTICScapo 2000 t cada

VELOCIDADE 20 mjhr

3. PARÂMETROS DO EMBARQUE

DURAÇÃODESLOCAMENTO TOTALCARGA NO SISTEMA DE TRAÇÃOCAPACIDADE DE BOMBEAMENTO

4 BOMBAS PERMANENTES x 1 200 t/hr .6 BOMBAS ELÉTRICAS x 150t/hr4 BOMBAS DIESEL x 300 t/hr

18 horas202 m.1 800 t

Destacamos que para GAROUPA a superfície de deslizamento com-portou-se conforme se segue:

Coef. Atrito (%)

Inicial........................................Após Início Deslizamento ........Em Deslizamento .....................

9,7%5,0%2-3%

Carga Horiz.Carreira

(t)

412212

85-128

Capo HudranauticsCarreira

(t)

200020002000

Com objetivo de reduzir os es-forços horizontais sobre' o cais, aescolha de uma adequada super-fície de deslizamento é funda-

mental para o sucesso desta ope-ração. Na plataforma çie GAROU-PA foi utilizado "Teflon" contraaço inoxidável polido e lubrifica-

REVISTA DE QUíMICA INDUSTRIALJaneiro de 1982-15

do com óleo de silicone. Para aJaqueta de ENVHOVA, o aço ino-xidável foi aplicado à madeira dopatim de deslizamento, e o "Te-flon" foi colocado em placas,sobre a carreira de embarque doCanteiro. A lubrificação foi feitatambém com silicone. Com o es-quema de deslizamento adotadopara a Jaqueta de ENCHOVAcon-seguimos valores ainda menOrespara o coeficiente de atrito.(Para as pressões sobre a carreiraver figura 6.)

Na cabeceira da carreira, sãocolocados pontos fixos que servi-rão de apoio ao sistema de re-cuperação de emergência (Re-trieval System).

3.3 - DESLOCAMENTO DAESTRUTURA:

Na realidade a operação de em-barque da Jaqueta divide-se emetapas bem distintas, a saber:

3.1 - TRANSFERÊNCIA DAJAQUETA ATÉ O CAIS:

Resume-se no deslocamento daestrutura do local de construçãoaté uma posição próxima ao cais.Embora utilizando o próprio equi-pamento de tração da barcaça,devidamente providos cabos deaço para conexão à distânciacom a Jaqueta. Esta operaçãonão requer nenhuma preocupa-ção especial com o lastreamentoe movimentos da barcaça devidoà maré, visto que o deslizamentose processa todo sobre as carrei-ras do Canteiro.

Nesta operação avaliam-se odesempenho do sistema de desli-zamento da Jaqueta, o coeficien-te de atrito real e o comportamen-to da Jaqueta em movimento.

3.3.2 - EMBARQUE-("LOAD OU!")

Resume-se na transferência daJaqueta das carreiras do Canteiropara as carreiras da barcaça, pro-vidas do mesmo meio de desliza-mento. Esta oper~ção deve serexecutada dentrq dos máximos

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REVISTA DE QUíMICA INDUASTRIAL

limites de segurança, para dimi-nuir o risco da integridade físicada Jaqueta eda barcaça. Para istotodos os sistemas envolvidos naoperação já devem ser previa-mente ensaiados para cargas in-clusive maiores às previstas naoperação. Estes sistemas envol'"vem principalmente, o sistema deatracação da barcaça ("Onshore eOffshore") sistema de tração dabarcaça e o sistema de lastrea-mento da barcaça.

Os cálculos de "Ioad out" sãoexecutados, baseando-se na eur-va senoidal (fornecida pelas tá-buas de marés), prevista para operíodo escolhido para a opera-

.ção (Ver figura 7).Nas semanas que antecedem

ao período do "Ioad out" as cur-vas das marés previstas pelas tá-buas são verificadas com as me-dições executadas no Canteiro,podendo-se desta maneira prevera curva real que s~rá encontradano período escolhIdo, pela qualos cálculos foram executados.Mesmo assim, continuamentedurante a operação de embarqueas medições de marés são feitas epequenas correções de lastro são.calculadas e executadas, se ne-cessário.

Bombas suplementares de me-nor capacidade são colocadasnos tanques de lastro seleciona-dos, que servirão como bombasde emergência ou de correção delastro.

3.4 - DEFINIÇÃO DO PERíODOEDURAÇÃO DA OPERAÇÃO:

A escolha do período é essen-cial e depende diretamente dajanela de tempo (' 'Weather Win-dow"), onde a variação de maréseja mínima, durante vários diassucessivos ("Excursion").

Portanto a data de embarque éaquela em que ocorrer a mínimadiferença entre o mínimo e o má-ximo da curva senoidal de marés,considerando-se o tempo neces-sário para a execução da opera-ção, como também uma grandemargem de segurança para fazer

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face a alguns eventuais contra-tempos.

Na figura XI-6, a curva senoidalde marés indica a variação máxi-ma de 2,3 m, durante um períodode 5 a 6 dias, abrangendo as seishoras previstas para a operaçãode embarque.

O tempo de duração da opera-ção é calculado em função do nú-mero de fases da operação. A me-dida que a Plataforma é desliza-da, parte do seu peso é transferi-do do Canteiro para as carreirasde embarque da balsa. A transfe-rência da carga tem que ser com-patível com a capacidade de las-treamento, que corresponde acada fase do embarque. Portanto,para cada etapa da operação de"Load Out", são definidas:(a) - a carga transferida pelaregra dos momentos, seu respec-tivo centro de gravidade sobre abarcaça;(b) - o tempo de deslocamentopela capacidade de tração dosequ ipamentos.

3.5 - PROCEDIMENTOGERALPARA ~ASTREAMENTO/CORREÇÕES:

É essencial manter a barcaçanuma posição constante nas 3direções (nível, inclinação trans-versal e longitudinal), o que seconsegue com o lastreamento.Este deverá compensar a varia-ção da ma~é combinada com atransferência de carga do Cantei-ro para a balsa, e ainda manterconstante a inclinação da carrei-ra de embarque.

O tempo ideal para início doembarque é a maré as"cendente,tão próximo quanto possível damaré baixa, o que reduz ao míni-mo a necessidade de correçõesde lastro.

A capacidade de bombeamen-to da barcaça M-44 é a resuItantede 4 bombas efetivas de 1 200 t/hcada uma. Além destas bombas, abalsa foi dotada de mais 6 bom-bas elétricas (150 t/hora cada uni-dade) e 4 bombas diesel (300 t/hcada unidade). Desta forma, acapacidade de lastreamento fi-Janeiro de 1982- 17

cou condizente com a transfe-rência ,da carga e duração decada fase do "Ioad out".

Todos 95 níveis da barcaça,bem como o acompanhamentoda variação da maré durante amanobra, são controlados pela

'iIr

topografia e/ou numa régua colo-cada no cais de embarque.

3.6 - AMARRAÇÃO (SEAFASTENING):

ASPÉCTOSDE PROJETO:

PARTES PRINCIPAIS DE UMA PLATAFORMA--. --. . -- ..-

FI XA DE P R OD U~A-C DE PETRÓLEO

000 o <-1 - MÓOULOS DE PRODU cÃo

~-DECK ou CONVÉS

~U'OS OEESUCOS-'--

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FIG.8

Uma vez terminada a operaçãode embarque, dá-se início à últi-ma fase dos trabalhos no Cantei-ro: - a amarração.

Do ponto de vista de projeto, aJaqueta e a Balsa deverão sersolidárias, devendo a amarraçãoter resistência suficientes pararesistir às fortes solicitações du-rante o transporte, provocadaspelas ondas, pelos ventos, etc.

REVISTA DE QUíMICA INDUSTRIAL

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Da mesma maneira verifica-

ções devem ser feitas para que ascargas dinâmicas e estáticas daJaqueta e da amarração estejamdevidamente distribuídas na es-trutu ra da barcaça e que o lastrodefinido para o transporte, atuefavoravelmente no sentido de di-

min~ir as possíveis oscilações do1

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17

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Robótica

A indústria de robôs no Japão para trabalhar em fábricas

No dia 4de julho de 1981, ocor-reu numa fábrica de automóveisdo Japão um acidente de traba-lho, do qual resultou a morte dooperário Kenji Urada, de 37 anosde idade.

A fábrica era da Kawasaki Hea-vy Industries, em Acachi, provín-cia de Riogo.

Observando que um dos robôsencarregados de trabalho apre-sentava defeito de.funcionamen-to, Urada saltou a cerca isolante,invadiu a área dos robôs, e fezparar o autômato. Reajustou-opara que passasse a operar nor-malmente. Quando se preparavapara deixar a área, fez um movi-mento brusco e acionou o inter-ruptor dando oportunidade a queo robô voltasse a funcionar.

Então, houve o acidente, sendoo encarregado colhido pelo au-tômato.

A tarefa do robô era ajustarparafusos numa peça dos carros,para o que ele estava progra-mado.

O caso ficou sob reserva parao devido estudo pelas autorida-des. Estas concluiram pela faltade atenção, pela imprevidência,do operário. Não houve crime.

Então, deu-se conhecimento dofato ao público, já no dia 8 dedezembro próximo passado.

Este fato proporcionou moti-vos a muitas especulações, so-bretudo de ordem social. Quandotantos milhões de pessoas preci-sam de emprego no mundo, háalguns países desenvolvidos quesubstituem o ser humano por ummecanismo automático. Estes fo.ram os principais comentários.

Entretanto, no Japão a situaçãoé de escassez de trabalhadoresespecializados. Há, conforme sedivulgou, uma deficiência de800 000 trabalhadores para asse-gurar o ritmo desta nação, que éaltamente industrializada.

Na empresa Kawasaki traba-lham robôs de dois tipos: um parasolda elétrica, e outro para mon-tagem. A empresa produz os doistipos, e os fornece ao mercado.

O preço deles varia entre 45 000e 60 000 dólares. Afirma foi a pri-meira empresa japonesa a, utili-zando o know how da Unimation,dos E.UA, produzir robôs. Issoem 1968. .

Hoje há no país 13,0fabricantes.Acumuladamente, já se produzi-ram 80 000 unidades, no país.

ASPÉCTOS CONSTRUTIVOS:

Do ponto de vista de constru-ção, a amarração deve ser a maisracional possível, permitindo apré-fabricação dos ítens a solda-gem dos elementos na Jaqueta,independente do embarque. Aamarração é normalmente solda-da a Jaqueta através de uma sela18

ou berço, que, além de ser umelemento de distribuição de car-ga, serve para isolar o tubo ouviga de amarração da Jaqueta,evitando-se assim o risco de dani-ficar a estrutura, durante a sol-dagem da amarração após o em-barque, ou durante o corte antesdo lançamento.

Artigo enviado em 25 de setembro de 1981

REVISTA D QUíMICA INDUSTRIAL

APIABA TORYBA

RIO DE JANEIRO

Orígem do vocábulo. Informa-seque o vocábulo foi criado peloromancista tcheco Karel Capektomando como base a palavrade .

sua língua robota, que significatrabalho.

Foi empregado na peça teatralR.U.R. (Rossum's Universal Ro-bots) apresentada pela primeiravez em Praga no ano de 1921. Apeça é de ficção científica. Ros-sum era uma entidade que desco-briu o segredo da matéria viva equeria fabricar seres humanos.Mais tarde estourou uma revolu-ção dos robôs contra o criador... epor aí vai a história. Só a men-cionamos aqui para informar co-mo se originou o termo. Tudo foipura fantasia.

Em geral, a ficção científica sófaz atrapalhar a difusão dos ver-dadeiros conhecimentos científi-cos. Para alguns escritores o queinteressa mostrar é o pânico, omal, o crime. A isso chamamcriação. Isso dá renome literário.

Nota inserta na edição de junho de1979;

Robô. Neologismo, do francês TO-bot, para significar um aparelho auto-mático, em geral com o aspecto deboneco, capaz de executar diferen-tes tarefas, algumas normalmentefeitas pelo homem. Robótica, outroneologismo, é a atividade que seocupa de robôs.

Ver também os artigos:Habilidade de robôs. Execução de

trabalhos mais sérios de Robóticamóvel que os de ficção. M.H.E.Lar-combe, Rev. Quim. Ind., Ano 48, NC:566, pág. 183, jun. 1979.

Os robôs do futuro. Para trabalhar,e que não sejam utilizados na práticade crimes, BNS,Rev. Quim. Ind., Ano49, NC:582, pág. 317, out. 1980.

Janeirode 1982- 18

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RECURSOS NATURAIS

Já se tornou uma constante, emnosso noticiáriocotidiano,apare-cer informes sobre queimadas,secas e desertificação nos maisdiversos pontos do país.

Ecólogos e outros especialis-tas vêm denunciando, há váriosanos, processo de desertificaçãono Nordeste Brasileiro.

Se medidas técnicas imediatasnão forem impostas, sem umaação governamental enérgica, aRegião transforma-se-á, inevita-velmente, em um deserto.

Entretanto, quais seriam ascausas que desencadearam oprocesso? Teria sido o agricultorde lavourasecao responsávelportamanha devastação? Ou a buscade mais espaço vital para a pe-cuária, que teria transformado asdensas florestas do passado emásperas e inóspitas caatingas?

É com grande pesar que, res-pondendo a estas pergunts rela-cionadas com a defesa da natu-reza, concebemos que o maiordepredador de nossos recursosnaturais primitivos, foi o nossocolonizador - o português.

Como lastro dos navios lusos,recebíamos da metrópole pedrasde cantaria (arenitos) para solei-ras e pórticos de nossas Igrejas eem troca remetiamos principal-mente açúcar, pau brasil e outrasmadeiras. Houve assim quase oextermínio do pau brasil que serestinge atualmente em Pernam-buco aos remanescentes da Re-serva Florestal de Tapacurá.

DEV AST AÇÃO

É já conhecido que dois terçosdas florestas do mundo foramderrubadas em favor da produ-ção industrial e agro-pecuária.Janeirode 1982- 19

DESERTIFICAÇÃOProblema nacional

ADAUCTO TEIXEIRAENGOQUíMICO

CONSULTOR TÉCNICO DA CPRHCIA. PERNAMB. DE CONTROLE DA POLUiÇÃO

AMB, E DA ADM, DOS REC, HíDRICOS

Admite-se que o Brasil já tenhasacrificado mais de 40% de suasflorestas com a mesma finali-dade.

Analisqndo a questão num sen-tido essencialmente humanísti-co, depreende-se que a ação de-predadora do homem tem sidoverdadeiramente inconcebível, eem muitos casos chegamos mes-mo a julgá-Io como o mais irra-cional dos animais, provocandosua auto-destruição.

Pois o homem, pelo interessede riqueza, esquece seu bem-estar e o de seus semelhantes,deixa de conceber sobre os pre-juízos do futuro equilíbrio ecoló-gico da natureza. No afã de seustrabalhos, o homem provoca aderrubada das florestas, na ob-tenção de combustíveis (lenha ecarvão), materiais para constru-ção e matérias-primas para suaindústria.

O homem passa a ocupar de-sordenadamente suas terras emculturas e criações extensivas,satisfazendo às exigências de suaexpa.nsão demográfica, que cres-ce na proporção de 200 mil pordia, com a ampliação e implanta-ção de cidades e indústrias.

Aderrubada de florestas provo-ca os maiores desequilíbrios deseus biótopos e consequentesecossistemas.

Sobre o assunto, assim se ex-pressou U. Thant (ex-secretáriogeral das Nações Unidas):

"Já foram perdidos 500 milhõesde hectares de terras cultiváveispor causa da erosão e da salini-zação, dois terços da zona flores-tal do mundo ficaram inutilizadospara a produção e 150 tipos deaves e animais extinguiram-se co-mo resultado da ação humana".

REVISTA DE QUíMICA INDUSTRIAL

É portanto indispensável que ohomem se conscientize de quesua sobrevivência é uma depen-dência irrestrita da natureza.

No Brasil, pode-se considerarque o primeiro brado quanto àconservação de suas riquezas flo-restais data de 13 de março de1797, com a promulgação de suaCarta Rég ia.

Não é demais, entretanto, seafirmamos terem sido nossos an-tepassados os causadores denossos sertões, nossas secas.

Foramemgrande parte nossoscolonizadores, com as indiscri-minadas e impiedosas derruba-dasde nossasmatas,que criaramnossos sertões. E continuam emnosso país os mais diversos cri-mes à Ecologia, numa sucessãode eventos das mais nefastasconsequências.

Qual o Estado brasileiro quenão tem seus problemas de de-sertificação? Emmaior ou menorproporção, evidente ou em po-tencial, todosse preocupamcomeste problema. Todos têm quetomar medidas imediatas parasua correção ou prevenção.

O Estadodo Rio Grandedo Sulpossuia florestas corresponden-tes à aproximadamente 40% desua área. Acham-se atualmenterestritas a não mais que 15%

No Estado de Pernambuco, emestudos recentes, técnicos doInstituto de Desenvolvimento dePernambuco - CONDEPE con-cluiram pela existência no Sertãode uma área desértica de 20 880km2 (10 municípios).

No Agreste, com um núcleo emdesertificação com uma área de4 500 krJ12(14 municípios) prefa-zendo um total de 25 380 km2,ousejam, 27,20% do território do Es-

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tado atingidos pelo processo dedesertificação.

Diminuem consideravelmenteas águas do Rio São Franciscodevido às desordenadas derruba-das de matas nas suas nascentesno Estado de Minas Gerais.

O Amazonas é visto entre nóscomo a região de redenção eco-lógica; entretanto, sua explora-ção deve ser cuidadosamenteefetuada.

Até o ano de 1977 consta que,com base nos incentivos fiscais,foi no Brasil reflorestada umaárea aproximada de 2 800 000hectáres, dos quis 47000 na Re-gião Amazônica. E as queimadasdesordenadas continuam destru-indo matas, capoeiras, pastagense "solos". .

Hápoucos dias, os agricultoressertanejos, utilizandoa queimadana capina de seus roçados, in-cendiaram a Serra do Araripe,numa das maiores devastaçõesda história; criando assim maio-res problemas para aquela sofri-da região já assolada pelas se-cas e abrangendo os Estados doCeará, Pemambuco e Paraiba.

Dependendo da região e suascondições climáticas, na explora-ção racional de uma mata sãonecessários no mínimo 7 anospara sua recuperação. Quantosanos serão necessários para re-cuperar a S~rra do Araripe? Ouserá que esta imensa região serátambém transformada em deser-to permanente?

CONTRASTE

Em Pemambuco, quem visita aexuberante mata da "Serra Ne-gra", com suas majestosas árvo-res, bem evidencia o contraste do"Carrasco", ou "Caatinga Serta-neja" que a rodeia.

Marco do passado, esta Serrade escarpadas e íngremes encos-tas de arenito silicificado conser-va em seu cume a conhecida"Pedra da Espia" e a majestosa"Pedra do Sino", encimada por

20

três pequenas pedras - elemen-tos usados pelos guardiões indí-genas no alerta da defesa de seusremanescentes tribais da SerraNegra.

Dentre os mais idosos morado-res de Rochedo (povoado próxi-mo da Serra Negra), há quemafirme que seus avós consegui-ram desalojar os indígenas da-quela localidade e relembram,com pesar, que nos varões dosterraços da "Casa Grande", viramíndios amarrados, que se deve-riam converter em escravos.

O solo daquela região era are-noso, e a matériaorgânica (mantavegetal) responsável pela sua fer-tilidade fora queimada, des"ruídadevido às condições climáticaslocais. Não mais foi possível suaregeneração, resultando assimna formação daquela RegiãoSer-taneja.

É notável a reação de recupe-ração da própria natureza, que seevidencia pelas características desua autoctônica vegetação. Al-guns desses vegetais se revestemde tecidos capazes de evitar súatranspiração, ou perda de água;outros alongam suas raízes, demodo a captar águas profundas;e ainda outros, como, por exem-plo "Umbuzeiro", verdejante emplena estiagem, mantêm em suasraízes "bolsas celulósicas" ou"moringas" cheias d'águã, capa-zes de suprir suas necessidades,minorando-Ihea sede. Élamentá-vel que o atual sertanejo preju-dique os "Umbuzeiros", com aextração destas bolsas para pro-dução de doces e outras iguarias.

DESERTOS

Que esse fato sirva de exemplopara os nossos dias.. Também aRegião Amazônica tem muitossolos e espécies florestais seme-Ihantesàs de nosso Sertão, e suaexploração inadequada poderátransformar suas matas em de-sertos.

Nossos colonizadores viviamem dias de fartura, não tinham

REVISTA DE QUíMICA INDUSTRIAL

noções de conservação do solo,nem pensavam em sua regenera-ção ou futuro cultivo.

Nossos homens de hoje,.entre-tanto, adquiriram cultura, sufici-entes conhecimentos edafológi-cos capazes de bem conhecer ossolos amazônicos, para saber quea fertilidade de suas matas étambém dependente principal desua manta vegetal.

Consequentemente, qualquerdesequilíbrio ecológico daquelaregião será fruto consciente denossos técnicos, ou resultante deuma descabida ganância de indi-víduos inescrupulosos, que vi-sam apenas seus interesses ime-diatos, sem pensar no próximo,nem no futuro da humanidade.

Segundo Eugene P. Odum,emGeology- Georgia, a queima ra-cional, devidamente conduzidapode ser também considerada"fator ecológico". Pois em re-giões quentes e secas, pequenose periódicos incêndios evitamosgrandes e desastrosos incêndiose podem favorecer o crescimentodo capim, com queima ,de certosarbustos limitantes de ,seu cres-cimento.

Assim, os veados do "Chapar-ral" da Califórnia não sobrevi-vem, a menos que pequenos in-cêndios periódicos Ihes tragam,com a destruição de certos ar-bustos, uma nova cobertura decapim ou folhagem.Atuatambémo fogo na decomposição pelaqueima de velhos detritos acumu-lados, incorporando sua matériamineral (cinzas) ao solo, melho-rando sua fertilidaçje.

E as derrubadas continuam,controladas ou não, suprindo asnecessidades alimentares do ho-mem e de suas indústrias.

Só na indústria do papel, bastadizer que "uma edição dominicalde um grande jornal das grandesmetrópoles leva à destruiçãoaproximadamente 30 hectares deflorestas de pinheiros". *

Janeirode 1982- 20

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ENERGIA

Redução do consumo de óleo combustível

Alternativas energéticas para diminuiro consumo deste combustível nas

Usinas de Pelotizaçâo daCia. Vale do Rio Doce

1. INTRODUÇÃO

Em decorrência da previsão dedemanda de energia, correspon-dente ao consumo de 1 500 t/diade óleo combustível, a Cia. Valedo Rio Doce viu-se obrigada, de-vido à crise do petróleo, a analisarfontes alternativas de energia sobo aspecto de custo, disponibili-dade e confiabilidade de supri-mento, visando a substituição,parcial ou total, do uso de óleocombustível, na pelotização.

2. ALTERNA TlVAS ENERGÉTICAS

Entre as várias alternativas quese apresentam, a CVRDdeu maiorimportância ao uso de carvãovegetal, decorrência do seu pre-ço, disponibilidade no mercado,bem como,da possibilidade domesmo poder vir a ser produzido,no futuro, por suas subsidiáriasque já atuam no campo florestal.

Como outras alternativas parao óleo combustível tem-se o car-vão mineral (nacional e importa-do), moinha de carvão vegetal,fino de coque, coque de petróleo,etanol, bem como sobras energé-ticas das siderúrgicas, caso parti-cular da Siderúrgica de Tubarão,no que concerne ao aproveita-mento do poder calorífico de

Trabalho apresentado no Seminário deRacionalização e Substituição de Com-bustíveis para Redução de Minériode Fer-ro, Associação Brasileira de Metais -ABM,Rio de Janeiro, nov./81

.Janeirode 1982- 21

ROOSEVELT DA SILVA FERNANDES

ASSISTENTETÉCNICOINDUSTRI!'LGRUPO DE ENERGIA - SUPERINTENDÊNCIA DA PELOTIZAÇÃO

eventuais sobras de gases de co-queria e alto-forno, além, natural-mente, da própria gaseificaçãodo carvão.

3. ANÁLISE INDIVIDUAL DASALTERNATIVAS

MOINHA DE CARVÃO VEGETAL

Estudos preliminares de avalia-ção do potencial de disponibili-dade de moinha de carvão vege-tal, envolvendo consultas e visi-tas a 14 fornecedores, acusou,em setembro de 1980, uma oferta

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da ordem de 70 000 m3 mensais(Tabela I).

Através deste estudo ficou defi-nido que, a curto prazo, a moinhadisponível (N 800t/dia) seria sufi-ciente apenas para atender a par-te da demanda pretendida. Ouseja a médio e longo prazos, taisfinos de carvão vegetal, devido aum mercado caracterizado poruma sensível instabilidade depreços (Gráfico I) e de quantida-des oferecidas, não seriam sufi-cientes para, sozinho, assegurara procura energética total, em ter-mos de carvão vegetal, necessá-ria à pelotização (Tabela I).

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GRÁFICOI - VARIAÇÃO DO PRECO F08 (O) E CIF le) MÉDIO DE

MOINHA DE CARVÃO VEGETAL POSTO TUBARÃO

REVISTA DE QUíMICA INDUSTRIAL 21

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TABELAI

(*) = Poder Calorífico Base de 5 000 Kcal/kgTabela 1- Programa de Substituição do óleo combustível nas usinas de pelotização

da CVRD.

Há de se salientar que a deman-da deste insumo, no Brasil, outro-ra rejeito, tem crescido ultima-mente, principalmente dada a im-plantação, em vários setores daindústria, de programas de subs-tituição do óleo combustível porcarvão vegetal, destacando-se,entre outras, a indústria de ci-mento.

CARVÃO VEGETAL

Do exposto, mantida a opçãocarvão vegetal, em termos demédio e longo prazos, ficou ca-racterizada a necessidade de aCVRD produzir seu próprio car-vão vegetal.

Assim, a compra, no mercado,de moinha e de carvão vegetal,poderia coexistir com a produ-ção, pela própria CVRD, do citadocombustível.

A análise do atual Código Flo-restal, voltado não a Florestas deciclo curto: evidencia que é daresponsabilidade do consumidordo carvão vegetal a obrigatorie-dade do reflorestamento, na rela~ção de oito árvores por metrocúbico de carvão consumido,anualmente.

Não resta dúvida de que a de-manda de enormes glebas deterra destinadas ao plantio deeucaliptos constitui-se um obstá-culo a ser vencido. Entretanto, aredução de espaçamento entreárvores e a viabilidade de corte jáno quarto ano de plantio (florestade ciclo curto), fato que careceainda de estudos mais apuradossobre as necessidades nutri cio-nais e ciclo de nutrientes das

22

várias espécies disponíveis, sãofatores considerados para redu-ção das áreas necessárias de re-florestamento, aspecto importan-te a favor da produção própria decarvão, pela CVRD.

Observa-se hoje uma alteraçãosignificativa nos conceitos e pa-drões técnicos de geração deflorestas homogêneas. Do ciclotradicional de 21 anos e 3 cortes,adotando espaçamento de 3 x 2 m(1 666 plantas/ha) - voltado àsnecessidades da indústria de ce-lulose - já temos hoje florestas

homogêneas com espaçamentosmenores, 1,5 x 1,0 m, (6 664 plan-tas/ha), com cortes de 3 em 3anos" segundo um ciclo de 18

.anos (Tabela 11).A própria tecnologia hoje dis-

ponível para a produção de car-vão vegetal (Tabela 111e IV), vol-tada que está para a produção decarvão para alto-forno (>10mm),deverá ser revista à luz da neces-sidade de produção de, oposta-mente, carvão vegetal de menorgranulometria «10 mm), ga-nhando-se, deste modo, na ope-ração posterior de moagem que asua aplicação exigiria.

Práticas então não recomen-dadas para a produção de carvãopara alto-forno passarão a seragora, já que o objetivo será amaximização natural da produ-ção de finos, a ser reconsidera-das na rotina operacional dos for-nos de alvenaria.

A aceleração da fase de carbo-nização e a redução do períodode resfriamento (nebulização deágua), com reflexos favoráveis na

TABELA 11

Tabela" - Evolução do desempenho do rendimento florestal no Brasil.

TABELA 111

(*) = Cia. Agrícola e Florestal Santa BárbaraTabela 111- Dados característicos dos fornos de alvenaria de 5 e 8 m de diâmetro.

REVISTA DE QUíMICA INDUSTRIAL Janeiro de 1982- 22

Horizonte de Grau de DemandaSubstituição Substituição Previsão

(%) (t/d) (*)

2 anos 75 1800

> 2 anos 100 2800

Rendimento Florestal (st/ha/ano)

Empresa Média Com Sementes Com ReproduçãoAtual Selecionadas Vegetativa

FLONIBRA 40 45 -FLORESTARIO DOCE 35 60 -ARACRUZ 42 60 80ACESITA 28 - -BELGO 28 50 -

ítens (*) Unido Forno 8m Forno 5m

Lenha Enfornada st 171,0 35,00Carvão Produzido m3 70,0 19,70N'?Corridas/forno/mês - 4,6 2,75m3 Carvão/forno/mês m3 325,0 55,00Relação lenha/carvão st/m3 2,4 1,78Rendimento em peso (bs) % 40,0 40,00

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TABELAIV

Variável (*)

Tipo de Forno I Unido Forno 8m.0'1 Forno 5m.0'

UmidadeFrag. MédioFriabilidade após 4 quedasFriabilidade após tamboram.entoCinzasM. VoláteisCarbono FixoPeso SecoCarbono Fixo

%b.smm010010

010

%%kg/m3kg/m3

8,132,515,869,6

2,726,1.71,2

231,2164,7

3,539,625,272,4

5,819,874,4

197,5146,9

(*) = Cia. Agrícola e Florestal Santa BárbaraTabela IV- Qualidade média do carvão produzido em tornos de alvenaria.

própria produtividade dos fornos,.enfornamento de lenha de maiordiâmetro (>10 cm) e de maiorcomprimento, além de materiallenhoso com maior teor de umi-dade (Tabela V), entre muitosoutros fatores passíveis de estu.do, são práticas, antes indesejá-veis, que, frente à nova realidadede demanda por finos, passam amerecer atenção, visando conci-liar tais fatores, em termos téc-nicos e econômicos, com os de-mais parâmetros do processo decarvoejamento.

A própria procedência da ma-deira enfornada tem relação coma quantidade de finos gerados.Sabe-se que carvões produzidosa partir de eucalipto geram maiorquantidade de finos (26 a 32%) doque o carvão produzido a partirde matas nativas (madeira de cer-rado, 18,5%').

Fica patente que para assegu-rar o melhor aproveitamentoenergético da floresta voltada àprodução de carvão vegetal, sópode ser conseguida a partir dautilização de processos de carbo-nização com aproveitamento desubprodutos (gás não condensá-vel, alcatrão, metanol, etc.) e deapenas parte dos resíduos flores-tais (combustão externa), de mo-do a não comprometer o equilí-brio de fertilizantes no solo (Fi-gura I).

Tal opção visaria deslocar oatual sistema (Tabela VI) ondenão há recuperação de voláteis,.consumindo inclusive parte da

Janeiro de 1982 - 23

MADEIRA

PARACARBO NI ZAÇÃO

10 t/ano

matéria lenhosa para assegurar aprópria operação de carvoeja-mento, situação onde o carvão éo único produto resultante (Fi-gura 11).

Para complementar a análisedas alternativas de produção decarvão vegetal restaria a citaçãodos processos contínuos de car-voejamento.

Já há experiência neste senti-do, no Brasil, caso da Belgo Mi-neira, que tem em Sabará, desati-vada, uma unidade CORNELL(USA), processo contínuo sem re-cuperação de subprodutos.

FLORESTA *(25st/h%no)

lHo

FORNO

CARVÃO

GRANULADO

2,27t/o

* = FLORESTAL

FINOS

0.56 tia

FIGURA I - Pf?OCESSO

RESíDUOS

FLORESTAIS

2t/ano

CÂMARADE

COM BUSTAO

0.3 tio

DEIXADONO

CAMPO

L...........1,7 tio

ACESITA S.A.

DE ALVENARlfI COM CÂMARA DE COMBUSTÃO

DE CI\RVOEJAMENTO EM FORNO

EXTERNA

REVISTA DE QUíMICA INDUSTRIAL 23

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TABELAV

Padrão

Parâmetro

Umidade<20%20 a 30%<30%

Comprimento220 a 240mm480 a 500 m

1.000 a 1.600 mm

Valores Médios Normais de Produção (Finos):Carvoejamento - 3,7%Carregamento/Transporte - 5,8%Armazenagem - 6,3%Peneiramento - 9,4%

% Finos«13 mm)

11,213,515,9

8,4814,2417,78

(*) = Fundação Centro Tecnológico de Minas GeraisTabela V - Influência do teor de umidade e do comprimento da lenha entornada

frente à geração de tinos.

FLORESTA *

(25 st/ha/ono)

I Ho

MADEIRA

PARA

CARBONIZAÇÃO

10 t I a

FORNO

CARVÃO F (N OS

GRANULADO

2 tio 0.5 tIa

* :FLORESTAL ACESITA S.A.

FIGUfiA TI - PROCESSO DE CARVOEJAMENTO

RESíDUOS

FLORESTA

2 t Ia

D E I X A.O O

NOCAMPO

2t/o

DE

TÃO EXTERNA.

SEM CÂMARA DE COMBUS-

EM FORNO

ALVENARIA

24 REVISTA DE QUíMICA INDUSTRIAL

Há ainda o processo SIFIC"(França), contínuo com recupe-ração de sUbprodutos, com uni-dades em operação na Áustria,Inglaterra, Espanha, Polônia, Bél-gica e França. O investimentopara uma unidade de 100000m3/mês (100 t/dia de carvão) é daordem de US$ 10 milhões.

Experiência em escalade labo-ratório com este tipo de proces-so, partindo de eucalipto planta-do no Brasil, acusou a seguinte

:relação de produção: 38 t de car-vão vegetal (min. de 85% de car-bono fixo), 9,5 t de alcatrão e 3 tde mistura carburante (basica-mente metanol) para cada 100 tde madeira seca enfornada.

Como admite a Belgo Mineira,que vem estudando de há muito aopação pelo processo SIFIC, "ovalor comercial dos produtos lí-quidos da carbonização é umsubsídio importante para a redu-ção do custo do carvão, auxiliadopelo aumento do preço do petró-leo que favorecerá,cada vezmais, a rentabilidade de recupe-ração dos subprodutos" (TabelaVII).

CARVÃO MINERAL

Em essência, em termos estra-tégicos, a opção pelo carvão mi-neral importado vislumbra ape-nas uma troca de dependênciaenergética externa; a do óleocombustível pelo carvão mineralimportado.

O aproveitamento futuro dosfinos de carvão mineral recebidopelo Terminalde Praia Mole(ES)poderá ser uma forma de acessocontínuo, justificável, a tal com-bustível. A própria possibilidadede troca de pelotas por carvãomineral no mercado internacio-nal faz, também, parte de escôpode alternativas da CVRD.

Já foram cadastradas, junto aomercado internacional, váriasofertas de carvão energético (15a20% de cinzas); entretanto, seupreço, posto Tubarão, leva des-vantagem, por exemplo, quandocomparado ao carvão vegetal.

Janeirode 1982- 24

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TABELA VI

Flor. EnergéticaCiclo Flor. Normal

Variáveis (*) (3 anos) (7 anos)

Umidade de Carvão (bs%)Peso Seco (kglm3)Fragmento Médio (mm)Friabilidade Média (%)Cinzas (%)Materiais Voláteis (%)Carbono Fixo (%)Carbono Fixo (kglm3)

3,6145,133,161,2

2,423,375,1

108,9

4,0230,044,374,4

2,5. 24,9

72,6167,1)

(*) = Cia. Agrícola e Florestal Santa BárbaraTabela VI - Resultados médios da carbonização de madeira de floresta de ciclo

curto e de ciclo longo. .

TABELA VII

Forno Forno de Forno

Variável (*) Alvenaria SIFIC

- Produção anualpor forno (t) 150 20 000

- Vida útil (anos)- Produção durante

a vida útil (t)

- Custo do capital (4) por t decarvão (600.000)

5 30

750 600 000

1,00 3,33

- Homem-dia por t decarvão produzido 2,5 0,2

(*) = 8th World Florestry Congress, 1978,A.C. Harris, "Charcoal Production".

Tabela VII- Comparação entre forno de alvenaria (5m~) e forno SIFIC.\

Tabela VIII- Concentração de carvão mineral da jazida de Leão-Butiã.

Janeiro de 1982- 25 REVISTA DE QUíMICA INDUSTRIAL

Está sendo levado também emconsideração a possibilidade deutilização do carvão mineral na-cional, cujas reservas hoje sãocalculadas em 21 bilhões de tone-ladas, prevendo-se serem aindabem maiores.

Há de se salientar o problemamaior do carvão mineral nacio-nal, à luz de algumas das atuaistecnologias de utilização, que é oseu alto teor de cinzas, além dasdificuldadeshoje sentidas no quediz respeito à forma de colocaçãodeste combustível, em prazo fac-tível, junto aos grandes centrosconsumidores.

Associando-se a vários centrosde pesquisa em todo o Brasil, nabusca de solução paraaconcen-tração de nosso carvão mineral,está tamb$m o Departamento dePesq u isas Tecnológ icas daCVRD. .

Foram estudadas duas amos-tras de carvão mineral (-1/2" +1 mm) da Jazida de Leão-Butiá:amostra A,com um teor de N 22%de cinzas e amostra B, com umteor de N 42% de cinzas.

Ensaios de concentração porflutuação, realizados com aamostra Areduzidaa < 200mesh,tornou possível a obtenção deconcentrados com teores de1"\115%de cinzas e recuperaçãoacima de 80%. Com a amostra Bchegou-se a concentrados de(\)21% de cinzas e uma recupera-ção de 80%.

GASESCOMBUSTíVEIS

Foram feitos estudos no senti-do de dispor de gás natural, naregião, economicamente viávelpara transporte e consumo. Aop-ção aventada, dos poços petrolí-feros de Lagoa Parda (Linhares-ES), já está comprometida com aAracruz Celulose, em conseqüên-cia de contrato firmado recente-mente com a Petrobrás.

Outra opção, esta ainda emestudo, seria o aproveitamentodo gás de coqueria, gerado poruma unidade adicional à atual deprojeto, da Companhia Siderúrgi-ca de Tubarão.

25

TABELA VIII

Controle IDensidade Amostra Concentrado

Processo (glcm3) Cinzas (%) Recup. (%)

Separação em líquido denso A 9,41 84,54

B 12,84 48,851,50

Sink and Float I I A 90,20

B 66,96

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COQUEDE PETRÓLEO

o coque de petróleo, parti-cularmente aquele com maiorteor de enxofre, se apresenta co-mo um energético disponívelemquantidade no mercado norteamericano, dado serem os Esta-dos Unidosda Américaseu maiorprodutor (85%)nomundo.

Seu preço, estimado em US$50a 55,00por tonelada métrica,como teor de 4 a 6%de enxofre,preçoFOB posto US Gulf Ports, é in-ferior ao do próprio carvão ener-gético importado (7200 kcal/kg,15%de cinzas).Apresentaaindaavantagem do reduzido teor decinzas (< 0,5%)e excelente podercalorífico (7 500a 8 000 kcal/kg).

Pode, portanto, se consideradocomo uma alternativa comple-mentar, enquanto os parãmetroseconômicos justifiquem, ao car-vão mineral importado ou paramisturar com o carvão mineralnacional, adequando para o pro-duto misturado o teor de cinzas ede enxofre.

ETANOL

Naqualidadede combustível,ouso do álcool etílico como subs-tituto, total ou parcial, do óleocombustível é um assunto já de-finido por parte do governo. Seuuso está preferencialmeme des-tinado ao programa de substitui-ção dos c()mbustíveis para veí-culos.

Apenas em uma situação deemergência, em regime tempo-rário, seu uso poderia ser justifi-cado, caso de um eventual cortemais prolongado no fornecimen-to de petróleo ao país ou de umasignificativa súbita elevação depreço do produto no mercado in-ternacional.

Neste caso, durante a crise,dentro da rapidez que então sefaria necessária, sem qualquerinterferência operacional, dadoque a operação com óleo com-bustível, ou mistura desse com oetanol, pouco difereem essência,se justificaria o uso do álcooletílico.

26

Experiências nesse sentido,emcaráter pioneiro, foram conduzi-das, com êxito, em S. Paulo, pelaCompanhia Siderúrgica Paulista.Para edições de até 15%em peso,utilizando óleo BPF e BTE, semqualquer adaptação de equipa-mento (maçaricos, bombas, etc.),os resultados foram favoráveis.

Naquela é.poca (março de1980), pôde-se concluir que "como preço do óleo BPF a Cr$1 ,40/kg,seria econômico o uso de umamistura deste óleo com 15% deálcool anidro, se este custasseCr$ 3,00/1", conclusão tirada deuma experiência de cerca de 60horas de queima da mistura.

Observou-se ainda "o aumentodo rendimento da queima quechegou a superar em 9% a quedade P.C.I. do combustível".

VISCOSIDADE SSF à 75 °C

O etanol, entretanto, com pers-pectiva .efetiva de uso despontacomo um aditivo importante noque concerne a diminuição deviscosidade da mistura etanol/óleo, reduzindo inclusive a ne-cessidade de aquecimento de tu-bu lações usadas para o seu trans-porte (Gráficos 11).

o AUTOREngenheiroQuímico e Químico In-dustrialMestre em Engenharia de Produção-Coppe-UFRJAssistente Técnico Industrial daCompanhia Vale do Rio Doce; Tuba-rão, Vitória

O". 5'".

.O

ÓLEO BPF

ÓLEO BTE

GRÁFICO 11 -

.21,5

% DE ETANOLHIDRATADO

10./. 15%

>li

VARIAÇÃO DE VISCOSIDADE DAMISTURA ÓLEO COMBUST{VELE ETANOL HIDRATADO

REVISTA DE QUíMICA INDUSTRIAL Janeiro de 1982 - 26

90

1"7.080'

70

60

50

40

30

20

10

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QUADRO 1- Configuração de Disponibilidade. Transporte e Capacidade de Produ-ção de Moinha.

BIOTECNOLOGIA

Po Ii-h id roxi-buti ratoNovo termoplástico

PAUCA SED BONARIO DE JANEIRO

de pesquisa da Divisão Agrícolada ICI (Imperial Chemical Indus-tries Ltd.) informou que a empre-sa vem produzindo PHB(Poly-

REVISTA DE QUíMICA INDUSTRIAL

hydroxybutirate). novo produtotermoplástico por intermédio dabactéria Alcaligenes eutrophus

1

[\em cultura que tem como meio a V

Em começo de abril, na Segun-da Conferência Européia de Bio-tecnologia. realizada em East-bourne, o Dr. Peter King, diretor

Janeiro de 1982- 27: JfiJhil!j; li ;t; t;HJ~;;;ê~, I!_~n~o'!s,,~:<~-,: "~:~"'jr~'~'i' (j,"~n }

Tipo Dist. CapacidadeLocal àTU Produção

Fornecedor Transporte (km) (m3/mês)

ACESITA ACESITA Ferrovia 454 20 000

CERMA Vitória Rodovia 30 2 500

João Neiva Ferrovia 76 3000

CIMETAL Barão Cocais Ferrovia 618 11 SOO

Itaunas Ferrovia 800 3000

METALPEN Vitória Rodovia. 10 4000

USINAQUEIROZ JR. Itabirito (MG). Ferrovia 670 4000

CIA. FERRO CaeteBRASILEIRA (MG) Ferrovia 660 3000

SID. BOM Bom Despa- Ferrovia 925 1500

DESPACHO cho (MG)

SID. GLOBO Maravilhas Ferrovia 925 3000

(MG)

CALSETE Sete Lagoas Ferrovia 750 5000

(MG)

FERRO OESTE 1440

SID. SÃO:P.

300CRISTÓVÃO o

.

.§.SIDERÚRGICA .S Ferrovia 859 150

.;fGAFANHOTO (:;j

SIDERÚRGICA (MG) 4500PAINS

SIDERÚRGICA Itaunas Ferrovia 800 1500ITATIAIA (MG)

TOTAL .... .... ... 68 390

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MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS

Aluguel de instrumentos

o Departamento de Instrumentaçãoe Comunicação dos Serviços de Manu-tenção Industrial General Electric pos"sui grande variedade de Instrumentosde Ensaio e Medição para alugar. Esta

prática. já adotada em vários paises.possibilita ao cliente o uso. por tempolimitado. de aparelhos dispendiosos porum custo muitas vezes inferior ao de

aquisição.

Tipos mais freqüentemente solici-tados:

- Osciloscópios- Oscilógrafos- Registradores- Megger de Terra ou Motorizado- Medidor de Fator de Potência

- Medidor de pH- Teste de Alto Potencial

- Mala de Teste para Motores- TTR- Teste de Óleo Motorizado- Ponte Doble 2500

Além disto. o Departamento prestaoutros serviços como: Reparo. Calibra-ção. Modificações ou Manutenção Pre-ventiva em Instrumentos Elétricos.Eletrônicos. Mecânicos. Hidráulicos.

Pneumáticos ou Combinações destes.

Tratamento de óleo

isolante no campo

Filtração. Desgaseificação e Desu-midificação de óleos isolantes podemagora ser feitas no campo. com uso deunidades portáteis operadas pela Enge-nharia de Campo da General Electric.

O principal beneficio desse sistema éum sensivel aumento da vida útil dos

transfoqnadores. ao lado de maior con-fiabilidade operacionaI. em razão de:

- Eliminação de gases e desumidi-ficação. evitando oxidação/acidifica-

IDção do óleo.

glicose obtida de amido de milho.O micróbio, ou microorganis-

mo, é uma bactéria aeróbica dosolo, cuja altamente promissoraatividade de, obter e armazenarPHB foi observada pela primeiravez pelo Dr. Schlegel, da Univer-sidade de Gottingen. na RF. daAlemanha.

Cultivado em glicose, o micro-organismo foi ativado pelos cien-tistas da ICIa armazenar até 80%de PHB de sua massa celular.

De acordo com o Dr. PeterKing, a ICI não foi a primeiraempresa a interessar-se pela utili-zação prática do trabalho exerci-do por esse micróbio. A firma W.R Grace já trabalhou com micro-organismos produtores de PHBhá cerca de 20 anos.

28

O papel que coube à empresaICIfoi ser ela a primeira entidadea separar o composto químico,tão puro quanto possível, das cé-lulas bacterianas.

O poli-hidroxi-butirato é um po-liéster termoplástico, alifático,semelhante em muitas de suaspropriedades ao polipropileno.

Podem ser orientadas suas mo-léculas, pode receber plasticizan-te como um polímero da petro-química. E possui a vantajosapropriedade de ser biodegradá-vel quando abandonado no solo.É, todavia, mais denso que o po-lipropileno.

Foram ensaiados os plásticoscom ele obtidos.

Extrudado, fabricaram-se pe-quenas peças de plásticos.

REVISTA DE QUíMICA INDUSTRIAL

O Dr. Peter King analisou ques-tões de preços das matérias-pri-mas, fez comparações de nature-za econômica.

E por fim informou que. em lu-gar do amido de milho comosubstrato, pode ser utilizada ou-tra matéria-prima porventuramais barata.

Sugeriu como uma alternativao emprego de dióxido de carbonoe hidrogênio. *

Nota da Redação:

Dióxido de carbono e hidrogênio são ma-térias-primas que esta revista vem suge-rindo. de modo geral. abundantes na na-tureza

Janeiro de 1982- 28

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- Redução do Fator de DissipaçãoDielétrica.

- Aumento da Resistência de Iso-lamento.

É cada vez maior o interesse das In-dústrias e Concessionárias no uso des-

sas unidades portáteis. devido à econo-mia global que o método permite.

Mexedor universal de tintas. da Coral

Com o objetivo de ampliar ainda maissua participação na linha de acessóriospara pintura. a empresa Tintas Coralacaba de colocar. com exclusividade nomercado. o mexedor universal de tintas

para Latéx. Óleos. Esmaltes. Vernizese Lacas.

O novo acessório. que resiste a todosos solventes. surge em formato espe-ciaL com furos que permitem a rápidahomoneização e evitam os tradicionaispingos e as sujeiras nas mãos. com omexedor pendurado dentro da lata.

Outra característica do produto sãoos dois pares de garras para o uSo emgalão e quarto de galão.

EMPRESAS INDUSTRIAIS

o Grupo Dow e o Prêmio deSegurança de Trabalho'

. As empresas que compõem o GrupoDow no Brasil atingiram. ao final do dia5 de novembro. a marca de 10milhõesde horas/homem de exposição sem aci-dente incapacitante. fazendo jus ao Prê-mio de Segurança do Presidente. criadoespecialmente para distinguir as regiõesgeográficas da The Dow ChemicalCompany.

Hunter W. Henry. Presidente daDow Quimica S.A. representará o Gru-po no ato da entrega do Prêmio a seroutorgado por Paul Oreffice. Presiden-te mundial da Empresa.

Em mensagem aos funcionários doGrupo Dow no Brasil. Hunter Henry

Janeiro de 1982- 29

ressaltou que "por 702 dias ninguém danossa força de trabalho. que totaliza3 296 empregados. passou pela experi-ência da dor mental e física que acom-panha um acidente incapacitante -pois um acidente não é apenas dolorosopara o acidentado - mas é uma preo-cupação para a sua familia. seus ami-gos. seus colegas e seus supervisores".

Compõem o Grupo Dow no Brasil asseguintes empresas: Dow QuimicaS.A.. Laboratórios Lepetit S.A.. Pro-penasa Produtos Petroqumicos N ãcio-nais S.A.. Mineração e Química doNordeste S.A. e Merrel-Moura BrasilL~a. *

REVISTA DE QUíMICA INDUSTRIAL

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29

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Os vapores de fósforo produzidosforam condensados fora do vaso emque se processou a reação.

Segundo o Dr. Thomas Whaley,que falou pelo IGT, a experiênciademonstra que se pode produzirindustrialmente fósforo elementarpor este processo com emprego deenergia solar.

E mais: que se pode aproveitareste tipo de reação para obter fós-foro elementar ao pé da jazida derocha fosfatada e levá-Io economi-camente, embarcado, para onde seencontrem as fábrica de ácido fos-fórico ou adubos fosfatados. Issoserá possível se houver abundantequantidade de raios solares parapronto uso.

O frete seria reduzido de cerca de75o/c.E haveria economia de eletri-cidade.

Igualmente seria possível aplicaro fósforo elememar na produção decompostos utilizáveis no enriqueci-mento de rações para animais.. *

Fósforo

Obtenção de fósforo elementar a partir de rochafosfatada com emprego de energia solar ..

cálcio). areia (silica) e coque (car-bono).

Para obter-se fósforo numa pro-dução comercial. empregando for-nos elétricos. parte-se do fosfatonatural (a rocha fosfatada. ou umarocha com àlto teor de fosfato de

Simplificando. o esquema é o se-guinte:

Ca3(p()4)2 + 3Si02 + 5C ~ 3CaSi03 + 5CO + 2P

substituir o fomo elétrico pelo fomosolar. para a transformação da ro-cha fosfatada em fósforo elementar.

As experiências foram realizadasem temperatura de 2 500 °Pahr (quecorresponde a I 371°C).

Esta mesma reação pode ser rea-lizada na prática industrial. de acor-do com um processo estudado edesenvolvido pelo IGT (lnstitute ofGas Techonology) que, em Chica-go. demonstrou a possibilidade de

O Dr. James Murray. presidentede Policy Research Corporation. fa-lando. não há muitos meses. numSeminário em Nova York. disse quea tecnologia do DNA recombinante(em português ADN - ácido de-soxirribo-nucléico) tem muito maiscondições econômicas de empregona agricultura que na indÚstria. porexemplo. de produtos farmacêu-ticos.

Espera que lá para o fim do atualséculo. o valor total de vendas dosprodutos agrícolas. obtidos pormeio da engenharia genética. alcan-ce o nivel de 50 000 a 100000 mi-lhões de dólares; no campo deprodutos de emprego na medicina.o total que se vislumbra será apenasde um décimo daquele této. nomesmo periodo. isto é. até o fim doséculo.

Murray criticou a "super impor-tância" que se da a engenharia ge-nética para obtenção de produtosfarmacêuticos e médicos. em de-trimento da pequena consideração àagricultura.

Criticou também as verbas maio-res concedidas por autoridades go-vernamentais às pesquisas' de fár-

30

ENGENHARIA GENÉTICA

Possibilidades sobretudo naagricultura

de' dólares é destinado aos progra-mas de estudos agrícolas.

. O seminário foi organizado emconjunto pela Policy Research Cor-poration e pelo Chicago Group In-corporated, que patrocinou o estu-do "Uma avaliação do completopotencial da Engenharia Genéticano campo dos negócios agricolas"(An Assessment of the Global Po-tential of Genetic Engineering in theAgribusiness Sector).

A contribuição analisa a econo-mia e a perspectiva das técnicas daEngenharia Genética nos mercadosde: proteinas de origem animal.vacinas contra doenças em animais,enriquecimento por meio de protei-nas, produtos obtidos por fermen-tação. fixação de nitrogênio emplantas. criação de animais. protei-nas monocelulares, gasohol (gaso-lina com álcool). salinização de so-lose pesticidas. *

Janeiro de 1982 - 30

macos. quando muito menores re-cursos são dados para investigaçõesdo ácido desoxinucléico na área daagricultura.

Esclarecendo. disse que para aspesquisas científicas médico-farma-cêuticas o governo deu 52 milhõesde dólares; e para as investigaçõescientíficas. no mesmo campo do re~combinant DNA para a agricultura.aplicou apenas I milhão de dólares.

Evidentemente. o que desejava oconferencista mostrar era. não pro-priamente uma disparidade política.mas uma acentuada diferença decompreensão.

Argumentou James Murray que ogoverno do Japão está retrocedendoà pesquisa de engenharia genéticapara aplicação no desenvolvimentoda agricultura.

Grande parte do. orçamento go-vernarÍientaljaponês de 150milhões

REVISTA DE QUíMICA INDUSTRIAL

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HIDROGÊNIO

Matéria prima: água; catalisador:composto sensivel com base de

dióxido de titânio

Há muito tempo procura-se obterindustrialmente o gás hidrogênio apartir da muito -abundante fonteconstituida por água.

Hidrogênio é valiosissimo com-bustivel. que se pode empregarmesmo em automóveis e aviões. Éverdade que ainda falta resolverdefinitivamente a questão da segu-rança absoluta de armazenagem.emprego e uso.

Mas estas são questões secundá-rias. O essencial é obter hidrogêniode modo econômico. e corrente-mente.

A conhecida mundialmente em-presa italiana Montedison vem tra-balhando também nesse propósitode conseguir obter hidrogênio.

Seus pesquisadores desenvolve-ram um processo em que se utilizaaenergia solar para o fimde quebrar amolécula da água. conseguindo-sehidrogênio e oxigênio. isso contan-do-se com um catalisador apro-priado.

O catalisador constitui-se de umacomposição sensibilizada com base

TÊXTEIS

Fábricas européias produtoras de filamentostêxteis sintéticos

Norddeutsche Faserwerke. fabri-cante de nylon da R.F. da Alema-nha. e Erilser Werke. também pro-dutora de nylon. mas da Suiça.resolveram unir-se para enfrentar odifícil mercado de filamentos sin-téticos na atualidade.

Desde março de 1981.a Norddeu-tsche. que é subsidiária do conhe-cido grupo Veba. transferiu para aempresa suiça a sua produção, o seuknow how e as suas ações societá-rias para os filamentos cortados donylon 6.

De acordo com a combinaçãorealizada, a Norddeutsche mantéma propriedade das instalações dafabricação.

Ambas as empresas produzemquase exatamente a mesma linha defilamentos cortados de nylon e secompletam nas especialidades qui-mIcas.

Janeiro de 1982 - 31

A transferência dos negóciosparaa empresa suiça foi consideradacomo opção lógica, desde que elasjá trabalhavam juntas numa subsi-diária constituida na base de jointventure, Ems-Gelsenberg GmbH.

A fábrica da firma alemã, em Ne-umünster. produz 30 000 a 35 000t/ano de nylon cortado, filamentosefios para tapetes, e ainda filamentosde poliéster.

Muitas outras fábricas de fila-mentos têxteis sintéticos na Europaocidental (no regime de concorrên-cia comercial) têm tido dificulda-des: ou fecham. ou reduzem produ-ção com os prejuizos decorrentes.ou fazem combinações para sobre-viver à espera de soluções.

Escasseou e encareceu o petró-leo, base das matérias primas qui-micas da indústria de filamentostêxteis sintéticos. Disso resultaramas dificuldades. §

REVISTA DE QUíMICA INDUSTRIAL

de dióxidode titânio,que se dissol-ve na água. em presença de energiasolar.

Decompõe-se a água nos dois ga-ses em velocidades de produçaoindustrial. que permite a obtençãodo hidrogênio abundante e barato.

Foi o processo estudado e desen-volvido pela SIBIT. subsidiária en-carregada de pesquisa quimica ecientífica da Montedison. em cola-boração com o Instituto de QuimicaAnalitica. da Universidade de Tu-rim. e com o Instituto de QuimicaFísica. da Escola Politécnica Fede-ral de Lausanne. da Suiça.

A Montedison prediz que este fatopode ser um caminho de aproveita-mento econômico da energia solar.

E salienta as vantagens ecológi-cas do uso do hidrogênio. pois setrata de um combustivel que nacombustão somente produz águacomo subproduto. *

Revista deQuímica Industrial

NOVOS PREÇOS DEASSINATURA

A partir de janeiro estão emvigor os seguintes preços deassinatura.

1 Ano Cr$ 3 300,002 Anos Cr$ 5 600,00

* * *

NÃO HÁ ASSINATURAPOR DOAÇÃO

Pagamento no escritório doRio de Janeiro ou por meio decheques em nome de EditoraQuimia de Revistas TécnicasLtda., Rua da Quitanda, 199- Grupos 804-805 CEP20092Rio de Janeiro RJ

31

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INTERFERON

Desenvolvimento namodificação de cepas de

bacilos

Biogen, da Suiça. entre as prin-cipais empresas de engenharia ge-nética, não há muito anunciou queseus cientistas conseguiram produ-zir, em cepas geneticamente modi-ficadas de Bacil/us subtilís. o leu-cócito inteIferon humano.

Os cientistas criaram também ce-pas de B. subtilis que produzemproteínas antígenas da hepatite B eda doença de pés e boca causadaspor virus.

Novo Industri AS é uma compa-nhia dinamarquesa. fundada em1925, muito conhecida no mundopelos seus trabalhos de pesquisacientlfica e de produção industrialno campo de enzimas e. recente-mente, na área de engenharia ge-nética.

Esta empresa planeja produzir noJapão enzimas para fins industriais.Está estudando o projeto.

Neste pais do Oriente já há tem-pos vem fornecendo enzimas a fir-mas produtoras de detergentes emcuja fórmula entram esses pro-dutos.

Conseguiram-se estes desenvol-vimentos em conseqüência de tra-balhos realizados em colaboraçãocom o Public Health LaboratoryService Centre for Applied Micro-biology. situado em Porton. ReinoUnido.

Os pesquisadores deste Centroutilizaram bactéria como alterna-tiva. O Centro tem várias patentesde invenção pendentes sobre o usode vectores em bacilos.

A Cetus Corporation. tambémdas maiores empresas. mas da Ca-lifórnia, conseguiu desenvolvimen-tos similares. Os pesquisadores daCetus transplantaram o gene do in-teIferon humano na mesmabac-téria.

Os trabalhos precedentes de en"'genharia genética eram geralmentelevados a efeito com emprego dabactéria E. colí.

Genentech. outra grande empre-sa de engenharia genética. por in-termédio de seus investigadores.recentemente transplantou ogeneinteIferon humano em levedo.

Segundo Biogen. o B. subtilisapresenta várias vantagens para fa-zer os produtos de genes ou virushumanos. A bactéria não produzendotoxinas pirogênicas e é maisfácil de crescer em largas quantida-des do que E. colí. *

ENZIMAS

Novo Industri instalar-se-áindustrialmente no Japão

Também a Novo supre enzimasdestinadas a produtos alimentares.

Como é grande produtora de in-sulina constituiu no Japão uma so-ciedade do tipo joint venture com aKodama para venda, no paIs, desteproduto farmacêutico. .

PLÁSTICOS

Ryulex-C, compósito polimerizado de emprego empeças de engenharia

O novo produto obtido de resinaspolicarbonato e poliestireno, mol-dável à temperatura de 50-60°C:denominado Ryulex-C. está sendo

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fabricado desde pouco tempo noJapão pela firma Dainippon Ink.

Considera-se um novo tipo deplástico de engenharia com empre-

REVISTA DE QUíMICA INDUSTRIAL

A Novo Yakuhin. a recente em-presa formada. já montou um es-tabelecimento de empacotamentodos produtos farmacêuticos. espe-cialmente insulina. da firma dina-marquesa. *

gos em partes de máquinas e naobtenção de componentes de auto-móveis.

Seu. ciclo de moldagem é 20%mais rápido do que o do policar-bonato.

A fábrica da Dainippon. em Chi-ba. está produzindo normalmente omateriaL em sua escala iniciaL nabase de I 000 t/ano.

O material encontrou o primeiroemprego comercial na manufaturade componentes eletrônicos. §

Janeiro de 1982- 32

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