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Página 1 | Guia Fácil do RG

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Tabela de

Conteúdo

Como tirar a identidade pela primeira vez

Agendamento

Segunda via da carteira de identidade

Introdução

Identidade extraviada ou roubada

Renovar a identidade

Carteira de identidade social

4

7

11

3

10

12

14

Alteração de dados pessoais

Carteira de identidade para estrangeiros

Certidão de identificação civil

Considerações finais

8

13

15

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Todos os cidadãos residentes no Brasil — brasileiros natos, naturalizados e estrangeiros — têm direito a um documento de identificação. Trata-se da cédula de identidade, mais conhecida pela maioria das pessoas como carteira de identidade.

A cédula de identidade é um documento emitido em âmbito estadual — ou distrital, no caso do Distrito Federal (DF) —, que conta com as informações básicas do cidadão: nome, data e local de nascimento, filiação e um código numérico, o Registro Geral (RG), que pode possuir de 7 a 9 dígitos, dependendo do estado.

Por ser um documento estadual, o RG de uma pessoa é único em sua unidade federativa de origem, mas pode ser igual ao de outra em um outro estado. Entretanto, como o número geralmente é fornecido com o órgão emissor e a unidade federativa a que pertence, não costuma haver confusão.

Isso faz do RG um documento diferente do Cadastro de Pessoa Física (CPF). Este, sim, é um documento nacional, emitido pela Receita Federal, e é único para cada cidadão do país. Logo, este está mais ligado ao sistema tributário.

O RG é necessário para que o cidadão tenha acesso a atendimento em diversos órgãos, públicos ou privados, como o sistema de educação, saúde, entre outros. Sem ele, também não é possível se inscrever em concurso público, entrar em uma faculdade, exercer o direito ao voto (já que é o único documento exigido atualmente dos eleitores na hora do voto) nem iniciar um processo judicial.

E aí, está curioso para saber mais sobre esse documento tão importante? Continue lendo, porque as respostas a todas as suas perguntas serão respondidas mais adiante.

Boa leitura!

Introdução

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Como tirar a identidade

pela primeira vez

A recomendação sempre foi de que a carteira de identidade fosse tirada durante a adolescência, quando o rosto já está totalmente formado. Entretanto, é cada vez mais comum ver crianças obtendo o documento. Isso se deve à exigência — de muitas entidades, principalmente escolas e hospitais — de apresentação de documentos individuais (dessa forma, torna-se praticamente obrigatório que crianças possuam identidade e CPF).

Tirar o primeiro documento de identidade é um serviço gratuito em todo o território nacional. Pode ser solicitado em diversos órgãos estaduais — ou distritais, no caso do DF —, como o Detran ou a Secretaria de Segurança Pública, ou em órgãos especializados na emissão de documentos, como o PoupaTempo, o NaHora ou o Vapt-Vupt, existentes em alguns estados do país.

O serviço só passou a ser plenamente livre de encargos em setembro de 2012, como uma tentativa do governo de reduzir o enorme número de brasileiros sem a documentação oficial básica.

Para obter o documento pela primeira vez, é preciso apresentar a certidão de nascimento do solicitante, documento onde são indicados nome da pessoa, filiação, data e local de nascimento. Todos esses dados devem estar presentes na cédula de identificação.

Além disso, são necessários a assinatura, a impressão digital e uma foto do indivíduo. Já faz alguns anos que essas etapas são realizadas de forma digital. A foto é retirada no local e a assinatura e a digital são computadorizadas. O fato de a digital estar em um sistema permite o reconhecimento da pessoa por meio da chamada biometria (já que a identificação datiloscópica está digitalizada), largamente utilizado nas eleições.

No caso de crianças, apenas o dedo polegar é digitalizado (diferentemente de outros casos, onde as digitais de todos os dedos são coletadas). Se ainda não forem alfabetizadas, é posta, no lugar da assinatura, a informação “impossibilitado de assinar”.

No caso de cidadãos analfabetos, também é colocada uma frase informativa, como “analfabeto” ou “não alfabetizado”.

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Primeiro documento para estrangeirosBrasileiros naturalizados, ou seja, estrangeiros que pediram para se tornar brasileiros, também devem solicitar o documento oficial de identidade. Para tanto, devem mostrar o Certificado de Naturalização, apresentando o ato da naturalização publicado no Diário Oficial da União.

Portugueses beneficiados pelo Tratado de Amizade, Cooperação e Consulta entre Brasil e Portugal devem apresentar o Certificado de Igualdade de Direitos e Deveres, mostrando o ato de outorga de igualdade de direitos e obrigações civis e de gozo de direitos políticos no Brasil publicado no Diário Oficial da União. Esse é um tratado entre os dois países que tornam iguais em direitos os cidadãos de ambas nacionalidades.

Informações extrasNo ato da solicitação do documento, também podem ser recolhidas outras informações, que não são colocadas na cédula de identificação, mas que ficam disponíveis no sistema. Tais informações dizem respeito à presença de tatuagens no cor-po, coloração do cabelo, entre outras que facilitem a identificação do indivíduo.

No documento de identidade, também há um campo para informar o CPF, caso a pessoa já o possua. Entretanto, não é um dado obrigatório. Também há um campo, de preenchimento não obrigatório, para a inserção do número PIS/Pasep. Esses campos servem apenas para evitar que o cidadão tenha de portar muitos documentos e facilita para a identificação geral.

O PIS refere-se ao Programa de Integração Social, uma contribuição feita pela empresa em nome do trabalhador. Já o Pro-grama de Formação do Patrimônio do Servidor Público (Pasep) é um programa similar voltado para funcionários públicos.

Validade do documentoMuitas pessoas se perguntam se o documento de identificação possui validade. A resposta é que ele é válido enquanto for capaz de identificar seu titular. Isso quer dizer que o mesmo será aceito enquanto todas as informações contidas nele estiverem claras, legíveis. Se for difícil identificar algum dado, então será a hora de pedir um novo documento.

Documento Nacional de IdentificaçãoRecentemente, instituiu-se um novo tipo de documento, digital, que irá integrar todas as informações do indivíduo: RG, CPF e título de eleitor. É o chamado Documento Nacional de Identificação (DNI). Esse novo tipo de documento começou a ser implementado em 2018, mas ainda em uma fase de testes.

Aos poucos, o DNI estará disponível para a população em geral, na forma de um aplicativo para celular. Para solicitá-lo, o cidadão deve, obrigatoriamente, estar com a biometria cadastrada no Tribunal Superior Eleitoral, pois essa informação é obrigatória no novo documento.

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O número do RG também costuma ser associado ao órgão que o emitiu. Você pode encontrar qual é esse órgão na parte da frente da cédula, logo abaixo do nome do estado de origem. A data de emissão do documento, que também costuma ser solicitada no preenchimento de formulários, fica na parte de trás do documento, ao lado do número do Registro Geral.

Todas essas informações são solicitadas a fim de aumentar a segurança, pois é impossível ter mais de um cidadão no país com o mesmo número de RG, mesmos órgão emissor e estado e mesma data de expedição. Ainda assim, isso não é suficiente para evitar fraudes com o documento.

Pessoas de má índole costumam se aproveitar de posse de documentos perdidos ou roubados para cometer crimes, principalmente de ordem financeira. Essa prática realizada por quadrilhas causam prejuízos ao comércio e aos verdadeiros donos das cédulas de identificação.

Hoje, quando alguém emite um Boletim de Ocorrência para comunicar o sumiço de uma carteira de identidade, o número de registro associado àquele documento é automaticamente cancelado. Alguns estados possuem um cadastro de tais números, para que os comerciantes e organizações que o acessam possam identificar possíveis tentativas de fraude.

CURIOSIDADE:

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Agendamento

Na maior parte dos lugares onde se pode emitir a carteira de identidade, é necessário agendar o atendimento. Isso geral-mente pode ser feito pela Internet.

Para a solicitação do documento pela primeira vez, é necessário informar, no ato do agendamento, os dados pessoais do indivíduo. Se o motivo da solicitação for fazer uma segunda via do documento, deve-se, primeiramente, emitir o boleto para o pagamento da taxa de emissão (caso não se enquadre em qualquer das condições de isenção).

Essa taxa varia muito nos diversos estados do país. No Rio de Janeiro, por exemplo, é de R$ 38,58. Já em Belo Horizonte, é de R$ 71,86. O boleto deve ser pago na rede bancária conveniada ao orgão emissor de seu estado e apresentada no dia do atendimento, assim como o protocolo que confirma o agendamento prévio.

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Alteração de

dados pessoais

Muitas vezes, devido a algumas circunstâncias, é necessário solicitar a alteração de alguns dados no documento de identi-dade. Listamos, na sequência, os motivos mais comuns para a alteração.

Correção de dados errôneosÉ comum haver algum dado errado na hora de elaborar o documento de identificação, seja nome, local de nascimento, assi-natura errada. Para desfazer o equívoco, é necessário agendar um atendimento no órgão emissor do documento e exigir a reparação, informando os dados corretos.

CasamentoTradicionalmente no país, quando uma mulher se casa geralmente recebe o sobrenome do marido. Em casos mais recentes, o marido também pode mudar de sobrenome. Em ambos os casos, é necessário solicitar a alteração do nome. Para tanto, deve-se agendar atendimento pelo site e emitir boleto referente à emissão de um novo documento. Como já foi dito em ca-pítulos anteriores, essa taxa varia de estado para estado.

Para a emissão da nova carteira de identidade, deve-se apresentar a Certidão de Casamento (documento original ou uma cópia autenticada em cartório).

DivórcioApós um divórcio, a pessoa geralmente volta a utilizar o sobrenome anterior, de solteira(o). Para voltar a ter esse sobrenome estampado na documentação, é necessário agendar atendimento pelo site e emitir boleto referente à emissão de um novo documento.

Para a confecção da nova carteira de identidade, deve-se apresentar a Certidão de Divórcio ou a Certidão de Casamento com averbação (anotação que indica o divórcio). O documento deve ser original ou uma cópia autenticada em cartório.

Mudança de nomeHoje em dia, a justiça permite a troca de nome em diversas situações. Seja pelo fato de o nome gerar constrangimentos, por erros de digitação no ato do registro, ou pela razão do uso de um nome social (esse assunto será tratado mais à frente). Qualquer que seja o motivo, é necessário agendar atendimento pelo site e emitir boleto referente à emissão de um novo do-cumento. Para a fabricação da nova carteira de identidade, deve-se apresentar um documento judicial (ou cartorial no caso do nome social) que ateste a mudança de nome.

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Identificação de idosoIdosos com 65 anos ou mais recebem diversos benefícios do governo, tal como a gratuidade no transporte público. Para facilitar a concessão de tais direitos, o cidadão pode decidir incluir a informação “idoso” estampada em sua carteira de identi-dade. Essa medida facilita na hora de exigir seus benefícios. Homens com mais de 65 anos e mulheres com mais de 60 anos, por lei, estão isentos ao pagamento de taxa para emissão de 2ª via do documento.

É muito comum que cidadãos na terceira idade precisem solicitar uma nova identidade atualizada. Isso porque muitos pro-cessos burocráticos — por exemplo, o recebimento do benefício da aposentadoria pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) — podem exigir um documento mais recente (com menos de 10 anos de emissão) e em bom estado de conservação.

Inserção de filiaçãoMuitas pessoas passam a vida sem conhecer (ou sem ser reconhecido por) um dos progenitores — geralmente o pai. Mas quando o fazem, desejam possuir o nome do mesmo na documentação. Para alterar informações com relação à filiação, é necessário apresentar documento oficial que comprove a paternidade. Pode ser uma nova certidão de nascimento já com o nome do pai incluso, ou uma escritura pública de reconhecimento de filiação, requerida pelo pai em questão.

Em quase todos os casos, é pedido ao solicitante da reparação que leve o documento atual.Com o advento do DNI, as entidades emissoras de documentos também têm recomendado aos solicitantes da renovação ou da segunda via da carteira de identidade que levem seus comprovantes de CPF, título de eleitor e número do PIS/PASEP, a fim de inseri-los no novo documento e no documento digital, quando vierem a tê-lo.

Em caso de um divórcio, há uma outra questão com relação aos filhos: se uma mãe se separa do cônjuge e deseja voltar a usar seu nome de solteira, por exemplo, seu nome também deve ser alterado no(s) documento(s) de identi-dade do(s) filho(s).

Veja um exemplo: se Maria de Lourdes Silveira de Castro se divorcia de Raul Duarte de Castro e quer voltar a se cha-mar Maria de Lourdes Silveira, ela deve solicitar a remoção do último nome de seus documentos. Entretanto, o primei-ro nome também está presente no documento de seu filho, Jorge Silveira de Castro. Este não deixará de ter “de Castro” no sobrenome, mas o nome da mãe — no campo filiação — deve ser alterado para o nome de solteira, ficou claro?

Se algum dia o Jorge precisar fazer um financiamento imobiliário e pedir a sua mãe que seja sua fiadora, o processo poderá ser mais moroso se ele ainda tiver, na carteira de identidade, o nome de casada da mãe.

Tal ato também facilita a confrontação de informações, seja judicialmente ou financeiramente.

CURIOSIDADE:

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Identidade extraviada

ou roubada

Caso seu documento de identificação tenha sido roubado ou perdido, você deve agir o mais rápido possível para evitar que seus dados sejam utilizados de forma errada.

Primeiro, deve-se registrar um Boletim de Ocorrência (BO) na delegacia mais próxima, informando sobre o roubo. Em segui-da, você deve procurar órgãos públicos, como os Correios, para saber se seu documento foi encontrado, ou ir ao lugar onde se notou a perda e procurá-lo no setor de Achados e Perdidos.

Se o mesmo não for encontrado, sua próxima ação é acionar os Órgãos de Proteção ao Crédito. Assim, eles saberão se o seu documento for utilizado de forma indevida e você evitará possíveis problemas na justiça.

Enquanto aguarda a emissão de um novo documento, é possível apresentar o BO como documento de identificação, ou o comprovante de atendimento fornecido pelo órgão emissor.

Se a perda de seu documento se der mediante um ato não violento, como um furto, o Boletim de Ocorrência pode ser aberto por meio da Delegacia Virtual de seu estado. Em caso de violência, o recomendado é comparecer pessoal-mente a um departamento de polícia para registrar tanto a subtração dos pertences quanto a agressão.

Recomenda-se que o cidadão possua, sob seu poder, uma cópia autenticada de seu documento de identidade. Trata--se de uma cópia da cédula firmada em cartório, cujo valor legal é o mesmo do que o do documento original e evitará transtornos em caso de furto.

CURIOSIDADE:

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Segunda via da

carteira de identidade

Quando o documento de identidade já está velho ou ilegível, é preciso solicitar uma segunda via. Para tanto, é necessário agendar pelo site, informar o motivo do atendimento e emitir boleto referente à emissão de um novo documento.

O valor da taxa varia de estado para estado, indo da faixa dos R$ 35 aos R$ 80, e deve ser paga na rede bancária conveniada ao órgão emissor procurado por você. Algumas dessas entidades permitem o pagamento em qualquer banco.

A emissão de uma terceira, até uma quarta via, da cédula de identidade, se faz necessária de vez em quando. Essas tendem a ter um preço um pouco mais salgado que a segunda via, podendo chegar ao triplo do valor cobrado.

Para a emissão da nova carteira de identidade, deve-se apresentar os documentos necessários: Certidão de Nascimento, Certidão de Casamento, Certidão de Divórcio, ou o que mais for exigido para um novo registro.

A entrega também varia entre os órgãos, indo de 7 a 15 dias, em média.

Caso a segunda via venha a ser necessária devido a erros do próprio órgão, como erros de digitação ou problemas na foto ou na digital, o novo documento deve ser gratuito. A solicitação de gratuidade nesse caso deve ser feita até 60 dias após o recebimento do documento.

CURIOSIDADE:

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Renovar

a identidade

Caso a cédula de identidade tenha perdido sua função de identificar o seu titular, é preciso solicitar a renovação do documen-to. A ilegibilidade do documento pode se dar por fatores de conservação, por exemplo, quando o documento é muito antigo, ou apresentar rasuras, rasgos ou dobras.

A renovação também se faz necessária quando o titular apresenta problemas na digital. Há situações em que, devido a aci-dentes, uma parte da digital se perde, como em casos de queimaduras.

A entrega varia entre os órgãos, podendo ir de 7 a 15 dias, em média.

O Brasil pertence a um grande bloco econômico, o Mercosul. Por tal fato, é permitida a livre circulação de pessoas entre todos os países que fazem parte do bloco, sem exigência de visto. Entretanto, é necessário estar com um doc-umento de identidade, em perfeitas condições, a fim de se evitar transtornos.

Para tanto, o tratado de livre circulação do Mercosul exige, de quem se desloca entre os seus países-membros, que o documento de identidade de seu país de origem não tenha mais de 10 anos de emissão.

Assim, se você pretende visitar qualquer país do bloco e não tem uma cédula de identidade em perfeitas condições, deve pedir a renovação do documento antes da viagem. Agende o atendimento o quanto antes e esteja atento ao prazo de validade para que não prejudique seus planos.

CURIOSIDADE:

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Carteira de identidade

para estrangeiros

O Brasil recebeu muitos imigrantes nos últimos anos, vindos de diversas partes do mundo. Estrangeiros que vivem no Bra-sil, mesmo que refugiados, também têm direito a um documento de identidade emitido pelo governo. Esse documento tem a mesma função e o mesmo valor do que o de qualquer brasileiro.

O Registro Nacional de Estrangeiros (RNE) é equivalente ao RG, ou seja, trata-se do número de registro pessoal. Já a Cédula de Identidade de Estrangeiro (CIE) corresponde à carteira de identidade, a cédula que todos possuímos. Ambos são emitidos apenas pela Polícia Federal (PF).

Para solicitar o documento, é necessário se apresentar em um posto de atendimento da PF até 30 dias após a entrada no país, ou 90 dias após publicação, no Diário Oficial da União, da concessão de permanência no país. No posto de atendimen-to, será fornecido um formulário de solicitação de registro, que deve ser preenchido e apresentado juntamente com outros documentos.

No caso de estrangeiros cujos cônjuges são brasileiros, o RNE é necessário se o casal deseja validar o matrimônio no Brasil. Juntamente a este, uma série de outros documentos (muitas certidões) e taxas, além de muita paciência, são requeridos durante o processo de validação.

CURIOSIDADE:

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Carteira de

identidade social

Nos últimos anos, tem se falado muito em nome social. Esse é um direito fornecido a membros da comunidade LGBT+ e se deve a muitos anos de luta das organizações defensoras da causa. O nome social é o nome pelo qual algumas pessoas, em sua maioria, travestis e pessoas transgênero, preferem ser chamadas. Este pode estar pre-sente na carteira de identidade e em diversos outros docu-mentos. Trata-se de um direito adquirido, mesmo que não tenha havido cirurgia de troca de sexo.

Antes, para se ter o direito a um “novo nome”, a pessoa em tais condições era obrigada a passar por um exten-so e custoso processo judicial. Depois do requerimento, era necessário enfrentar uma bateria de exames, físicos e psicológicos, apenas para provar a condição de trans-gênero. Também havia a “necessidade” do depoimento de pessoas próximas que pudessem ajudar a comprovar tal situação. Só após um longo tempo é que seria permitido, ao solicitante, o uso do nome social nos documentos.

Entretanto, uma decisão do Supremo Tribunal Federal em meados de 2018 facilitou todo o processo. A deter-minação permitiu que aqueles situados nessas condições agora precisem, apenas, se dirigir a um cartório para so-licitar a troca de nome. Isso evita aquela longa batalha ju-dicial vista alguns atrás para pedir o uso do nome social.

Se a troca de nome for efetivada, este aparecerá no doc-umento como nome único. Se o nome for apenas social, este virá junto ao nome de registro, mas no verso. O docu-mento tem validade em todo o território nacional e deve ser aceito em todos os estabelecimentos.

Todo esse processo tem, como objetivo, diminuir o con-strangimento de quem tinha de se apresentar com o nome

de registro que não corresponde ao seu gênero social. Ou seja, alguém que nasceu homem, mas sempre se sentiu mulher, ou vice-versa, não poderia se sentir à vontade us-ando o nome correspondente ao sexo oposto.

Tal atitude visa incluir na sociedade, de forma mais efetiva, uma das camadas da sociedade que mais sofre precon-ceito e acaba, por isso, se tornando maior vítima de violên-cia. Trata-se de um importante passo à inclusão social.

Como visto anteriormente, o uso do nome social na documentação oficial tem sido facilitado em todo o país. Para solicitar um novo documento de identidade, é necessário agendar atendimento em qualquer órgão emissor (como o PoupaTempo ou o Detran, dependendo do estado) e emitir boleto referente à segunda via da cédula de identidade. O valor varia muito de acordo com o estado da fed-eração. Em Alagoas, por exemplo, não chega a R$ 30. Em outros, por sua vez, o valor beira os R$ 80.

Após o pagamento, geralmente realizado em qualquer banco, deve-se dirigir ao posto de atendi-mento escolhido e fornecer todas as informações para o novo documento. Este fica pronto de 7 a 15 dias após a solicitação.

CURIOSIDADE:

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Certidão de

identificação civil

Falemos agora de um documento realmente importante, que não chega a ser uma cédula de identidade, mas que tem relação com o registro de uma pessoa. Trata-se da Certidão de Identificação Civil, ou Certidão de Registro Civil.

A Certidão de Identificação Civil certifica um número de registro e informa todos os dados biográficos e cartorários vinculados ao mesmo. Isso quer dizer que o órgão solicitado para a emissão do documento deve “investigar” todos os documentos relacionados ao número de registro do cidadão pesquisado: certidões de nascimento, casamento, óbito. Qualquer coisa que “conte a história” daquela pessoa em um determinado local.

Este documento costuma ser pedido por pessoas interes-sadas em adquirir cidadania em outro país. Funciona assim: se uma pessoa deseja adquirir uma dupla cidada-nia, ou seja, ter o status de cidadão de outro país além de brasileiro, ela deve provar que tem relações com o país almejado. Isso se faz através da comprovação de laços parentescos ou de vínculo afetivo com cidadãos daquele país, mesmo que já tenham falecido. Para alguns países, o grau de vínculo pode ir a até quatro gerações de diferença.

É por isso que, ao solicitar o documento, deve-se apre-sentar, além do formulário de requisição e de um docu-mento oficial com foto, uma documentação complemen-tar, que consta de:

Caso a documentação tenha sido pedida por advogado representando o solicitante, este também deve apresen-tar uma procuração de instrumento particular. Se for por despachante e procurador, este deve apresentar uma procuração de instrumento público.

O documento pode ser solicitado, geralmente, em car-tórios, mediante pagamento de uma taxa que costuma ser um pouco salgada. No Rio de Janeiro, o documento também pode ser pedido no Detran, através de Protoco-lo Geral, ou de uma Circunscrição Regional de Trânsito (Ciretrans). Após a solicitação, só resta, ao requerente, aguardar o andamento do processo, por meio de consul-ta processual.

Em alguns casos, o documento também serve para fins de retificação de registro, isto é, para a correção de informações erradas, como a grafia de um sobrenome ou uma data equivocada.

comprovação de vínculo ou de parentesco com o pesquisado, para fins de reconhecimento de ascendência ou descendência direta;

Certidão de Casamento e Certidão de Óbito com filiação dos cônjuges do pesquisado;

Certidão de Óbito com filiação do companheiro e quaisquer dos documentos a seguir: certidão de nascimento de filhos menores de idade reg-istrados pelo casal, sentença judicial que com-prove a união estável; ou união estável lavrada em cartório com comparecimento das partes contratadas.

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Considerações

finais

Como se nota, o documento de identidade é algo essencial à vida do cidadão. Sem ele, é impossível realizar qualquer ativi-dade dentro da esfera social.

Com o enorme esforço empregado pelo governo federal para que todos os cidadãos tenham acesso à documentação ofi-cial, emitir a cédula de identidade tem ficado cada vez mais fácil, principalmente para pessoas nas mais diversas situações de vulnerabilidade, sejam elas de natureza social ou econômica.

Isso pode ser notado na redução a zero do valor da emissão do primeiro documento e na facilitação da retirada do docu-mento por pessoas que se utilizam de um nome social.

Esses esforços têm, por sua vez, implicado em uma menor burocracia na renovação do mesmo, e também na retirada de qualquer documento que necessite da apresentação do RG.

Estrangeiros que vivem no Brasil também se beneficiam de toda essa revolução, e gozam de uma relativa tranquilidade ao solicitar um documento de identificação brasileiro.

Enfim, a vida ficou mais fácil com as novas diretrizes de documentação, que deixaram de ser arcaicas e já não aborrecem o cidadão com a demora e o custo elevados.

Ressaltamos que todos os valores e os prazos informados ao longo deste e-book se referem ao ano de 2019, e podem ter sofrido alterações após a publicação.

Esperamos que este conteúdo tenha satisfeito todas as suas questões com relação ao documento de identificação, bem como a assuntos ligados à emissão de quaisquer outros comprovantes de registro nacional.

Agradecemos pela aquisição e pela atenção.

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