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753-BR437RN-PROJEXEC-V3-MEM JUST.doc 4.7 Projeto de Sinalização 4.7.1 Considerações Gerais O Projeto elaborado obedece às instruções contidas no Manual de Sinalização Rodoviária do DNER, aprovado pela Redução nº 35/98, cujo texto, juntamente com o Código de Trânsito Brasileiro, são considerados como parte integrante do projeto, regendo as questões referentes à classificação, forma, cor, dimensões, símbolos, palavras, letras, localização e posição dos sinais, marcas e acessórios. O Projeto de Sinalização é composto da sinalização vertical, da sinalização horizontal e dos dispositivos auxiliares. 4.7.2 Sinalização Vertical A sinalização vertical é realizada através dos sinais de trânsito, cuja finalidade essencial é transmitir na via pública, normas específicas, mediante símbolos e legendas padronizadas, com o objetivo de advertir (sinais de advertência), regulamentar (sinais de regulamentação) e indicar (sinais de indicação) a forma correta e segura para a movimentação de veículos e pedestres. No que concerne a sinalização vertical projetada, além da sinalização de regulamentação e advertência foi dado ênfase à sinalização indicativa as interseções. As placas de sinalização vertical deverão ser confeccionadas em chapa de aço zincado na espessura de 1,25 mm, com o mínimo de 270 g/cm 2 de zinco, totalmente refletida de esferas encapsuladas, fixadas em suportes de madeira. A execução da sinalização vertical deverá a Norma DNER - ES 340/97, que regerá as questões relativas à : recebimento de material, execução e critérios de medição.

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4.7 Projeto de Sinalização 4.7.1 Considerações Gerais O Projeto elaborado obedece às instruções contidas no Manual de Sinalização Rodoviária do DNER, aprovado pela Redução nº 35/98, cujo texto, juntamente com o Código de Trânsito Brasileiro, são considerados como parte integrante do projeto, regendo as questões referentes à classificação, forma, cor, dimensões, símbolos, palavras, letras, localização e posição dos sinais, marcas e acessórios. O Projeto de Sinalização é composto da sinalização vertical, da sinalização horizontal e dos dispositivos auxiliares. 4.7.2 Sinalização Vertical A sinalização vertical é realizada através dos sinais de trânsito, cuja finalidade essencial é transmitir na via pública, normas específicas, mediante símbolos e legendas padronizadas, com o objetivo de advertir (sinais de advertência), regulamentar (sinais de regulamentação) e indicar (sinais de indicação) a forma correta e segura para a movimentação de veículos e pedestres. No que concerne a sinalização vertical projetada, além da sinalização de regulamentação e advertência foi dado ênfase à sinalização indicativa as interseções. As placas de sinalização vertical deverão ser confeccionadas em chapa de aço zincado na espessura de 1,25 mm, com o mínimo de 270 g/cm2 de zinco, totalmente refletida de esferas encapsuladas, fixadas em suportes de madeira. A execução da sinalização vertical deverá a Norma DNER - ES 340/97, que regerá as questões relativas à : recebimento de material, execução e critérios de medição.

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A série de desenhos “Projeto de Sinalização Vertical” apresenta os detalhes para confecção de cada uma das placas específicas para este projeto. 4.7.3 Sinalização Horizontal A sinalização horizontal é realizada através de marcações no pavimento, cuja função é regulamentar, advertir ou indicar aos usuários da via, que sejam condutores de veículos ou pedestres, de forma a tornar mais eficiente e segura a operação da mesma. Entende-se por marcações no pavimento, o conjunto de sinais constituídos de linhas, marcações, símbolos ou legendas, em tipos e cores diversos, apostos ao pavimento da via. A sinalização horizontal deverá ser executada com material estireno/acrilato com 0,6 mm de espessura úmida. Com relação à sinalização horizontal projetada, foram adotados os seguintes padrões: • Linhas de Bordo: contínuas, na cor branca, com largura de 0,10 m, afastadas dos bordos

da pista de 0,10 m; • Linhas de Divisão de Fluxos de Sentidos Opostos: tracejadas, na cor amarela, com

largura de 0,10 m, em segmentos de 4,00 m de comprimento, escapados de 12 m, sendo que nos 152 m que antecede as linhas de proibição de ultrapassagem, estas terão espaçamento de 4,00 m;

• Linhas de Proibição de Ultrapassagem: contínuas, na cor amarela, com largura de 0,10

m, e quando dupla, separadas de 0,10 m; • Linhas de Continuidade: tracejadas, pintadas na cor branca, com largura de 0,10 m, em

segmentos de 1,00 m de comprimento e espaçados de 1,00 m; • Linhas de Zebrado: tracejadas, com largura de 0,30 m, espaçadas de 0,80 m, na cor

branca quando contornáveis por ambos os lados e na cor amarela quando contornáveis apenas pelo lado direito;

• Marcações de setas no pavimento: cor branca, com comprimento de 7,50 m. 4.7.4 Dispositivos Auxiliares Como dispositivos auxiliares de sinalização, foram utilizadas tachas bidirecionais nos bordos e eixo da pista, conforme estabelecido no Manual da Sinalização do DNER. 4.7.5 Apresentação do Projeto O Projeto da Sinalização é apresentado em plantas do projeto geométrico, onde constam a localização das placas de sinalização vertical e das faixas de proibição de ultrapassagem, todos relacionados ao estaqueamento da rodovia. As interseções têm projetos de sinalização específicos, apresentados em plantas onde consta a sinalização vertical e horizontal de cada uma delas.

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A apresentação do Projeto de Sinalização consta ainda de desenhos contendo instruções padronizadas recomendadas para a execução dos diversos serviços utilizados, tais como: • Sinais - tipo, que é uma reprodução dos sinais de regulamentação e advertência contidos

no Manual de Sinalização Rodoviária do DNER; • Sinais de indicação, específicas para esta rodovia; • Detalhes das letras, números e símbolos utilizados nos sinais verticais; • Detalhes para colocação dos sinais verticais; • Detalhes para execução e colocação de balizadores (só de guarda-corpo); • Detalhes para execução de marco quilométrico; • Detalhes para execução das marcações no pavimento; • Detalhes para execução e colocação de tachas e tachões; • Detalhes para execução da sinalização de obras; Finalização, sendo apresentados quadros contendo: • A listagem dos sinais verticais e das linhas de proibição de ultrapassagem, todos em

correspondência ao estaqueamento da rodovia; • O resumo de quantidades dos diversos serviços de sinalização utilizados no projeto.

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4.8 Projeto de Obras Complementares As obras complementares são necessárias à proteção do corpo estradal e dos serviços a serem realizados, assegurando o perfeito funcionamento e operação da rodovia. Os serviços que compõem esta etapa são os seguintes: • Construção de cercas; • Defensas; • Paradas de ônibus. A seguir são indicados para cada situação acima, os aspectos mais relevantes: 4.8.1 Construção de Cercas No trecho da BR-437/RN as cercas existentes limitam pequenas propriedades e alguns assentamentos. Será necessária a remoção de cercas nesses locais e a construção nos dois lados do trecho, delimitando a faixa de domínio, em quase toda a sua extensão. O tipo de cerca escolhido foi em mourões de madeira com 4 fios de arame. 4.8.2 Defensas Indicou-se a utilização de defensas singelas metálicas, semimaleáveis de perfil W-ABNT, nas aproximações das obras-de-arte especiais, sendo 40 m na entrada e 24 m na saída, juntamente com delineadores metálicos, fixados nas mesmas, a cada 4 metros.

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A quantificação das defensas, inclusive o tipo indicado, está apresentada no volume 2 - Projeto de Execução. 4.8.3 Paradas de Ônibus Estão sendo apresentadas 24 (vinte e quatro) locais para implantação de parada de ônibus ao longo do segmento em estudo. Os projetos tipo das paradas e dos abrigos estão apresentados no Volume 2 – Projeto de Execução. 4.8.4 Apresentação dos Resultados

Os projetos-tipo de cercas e defensas, bem como a listagem de defensas, cercas e calçadas nas paradas de ônibus estão apresentados no Volume 2 – Projeto de Execução, no capítulo referente ao Projeto de Obras Complementares.

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4.9 Projeto de Proteção Ambiental O Projeto de Proteção Ambiental é, basicamente, subdividido em duas seções:

• Recuperação do Passivo Ambiental; e • Recuperação das Jazidas de Materiais a serem exploradas.

4.9.1 Passivo Ambiental Conforme se discorreu nos estudos ambientais, não existem ocorrências de passivo ambiental sujeitas a um projeto ambiental. Isto decorre das seguintes razões:

• Intensa ruralidade que caracteriza o entorno do traçado existente;

• O relevo plano a suavemente ondulado concorre para a inexistência de problemas

graves em taludes de cortes, tais como deslizamentos, queda de blocos, erosões, etc;

• Os problemas de alagamentos/atoleiros existentes na plataforma da rodovia serão naturalmente “absorvidos” pelos Projetos de Terraplenagem e de Drenagem quando das obras de engenharia;

• Não foram identificados problemas sérios em áreas exploradas nas proximidades da rodovia que possam vir a evoluir e comprometer o leito estradal;

• O fato do traçado planejado contornar as aglomerações urbanas (sedes municipais) fazendo com que inexistam ocorrências de passivo de natureza antrópica;

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• Foram encontrados pequenos focos de lixo a céu aberto nas margens da rodovia nos seguintes locais km 0,5 (LE), no pontilhão sobre o riacho Grande e km 2,6 (LE), constituindo-se passivos ambientais que não são sujeitos a um Projeto Ambiental, mas, sim, a uma articulação entre o DNIT e a Prefeitura local no sentido de retirar o lixo e coibir o procedimento.

4.9.2 Recuperação das Jazidas a serem Exploradas A reabilitação ambiental das áreas a serem exploradas deverá se pautar pelas seguintes especificações gerais do DNIT (DNER) e particulares, além de croquis de projetos-tipo apresentados adiante:

• ES 341/97 - Proteção do Corpo Estradal - Proteção Vegetal, com ênfase para o item 5.3.2 - Áreas Planas ou de Pouca Declividade (atividades de revegetação por aração mecanizada e semeadura manual a lanço);

• ES 288/97 - Sarjetas e valetas de drenagem, com destaque para o subitem 5.3.2 - Sarjetas e Valetas com Revestimento Vegetal e item 6 - Manejo Ambiental

• EP-01 - Plantio de Árvores e Arbustos Nativos A análise dos croquis das jazidas e empréstimos, bem como as inspeções em campo, indica a presença de vegetação nativa do bioma Caatinga na grande maioria das ocorrências, existindo vegetação antrópica – pastagens - em alguns casos. A Caatinga se apresenta como um estrato de sucessão secundária – capoeira ou arbustiva rala. Nos casos das jazidas distantes da faixa de domínio cuja vegetação atual se apresenta como arbustiva rala e/ou capoeira - indicam-se a recomposição com gramíneas associadas a leguminosa a lanço manual além de, complementarmente, o plantio de árvores/arbustos nativos por mudas, conforme especificação EP-01, em anexo. No caso da presença de vegetação rasteira, indica-se, apenas, a recomposição com gramíneas associadas a sementes de leguminosas nativas arbustiva plantadas por hidrossemeadura. Os bota-fora deverão ser acondicionados no fundo das caixas de empréstimo mais próximas, após o que espalha-se a camada fértil previamente estocada e procede-se a revegetação. Apresenta-se a seguir, a tabela Discriminação e Quantificação dos Serviços de Reabilitação Ambiental, com os devidos comentários logo a seguir acerca dos critérios adotados na definição e quantificação dos serviços. O Resumo das Quantidades apresentados após a descrição dos critérios adotados, consolida os quantitativos para serem incluídos no Quadro de Orçamento dos Projetos de Engenharia.

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QUANTITATIVOS DOS SERVIÇOS DE REABILITAÇÃO AMBIENTAL

Ocorrências

Localização

Área de ocorrência

Vegetação pré-existente

Serviços a Realizar

Estaca

Lado

Dist. Eixo (km)

Leivas

(m2)

Hidrosse-meadura

(m2)

Plantio de

mudas (Obs. 6 e 7)

(ud)

Croqui

de Projeto-Tipo (No) (Obs.8)

a) Passivo (Obs.1)

b) Jazidas de Solo (Obs.2) S.1 – Lagoa do Pau S.2 – São José S.3 – Guarujá S.4 – São José II

0

146 146 146

LE

LD LD LD

26,8

7,8 5,8 7,9

(420x180+60x390=99.000) (120x180=21.600) (210x210=44.100) (150x210+90x90=39.600)

(Caatinga) Arbórea densa Pasto Capoeira Capoeira/caju

- - - -

204.300

99.000

21.600 44.100 39.600

7.308

3.960 -

1.764 1.584

1 1 1 1

c) Empréstimos E.1 E.2 E.3 E.4 E.5 E.6 E.7 E.8 E.9

240 340 460 560 650 760 860 960 1035

E/D E/D E/D E/D E/D E/D E/D E/D E/D

Margem Margem Margem Margem Margem Margem Margem Margem Margem

(Caatinga)

Arbustiva rala Arbustiva rala Arbustiva rala Arbustiva rala Arbustiva rala Arbustiva rala Arbustiva rala Arbustiva rala Arbustiva rala

- - - - - - - - -

628.000

55.000 55.000 50.000 168.000 60.000 60.000 60.000 60.000 60.000

- - - - - - - - - -

2 2 2 2 2 2 2 2 2

d) Areais (Obs. 3) A.1 – Pau d’Arco

0

LE

35,8

Não. Leito de rio

-

-

e) Pedreiras (Obs. 4) P.1 – Britagel (comercial) P.2 – Poço

0 0

LE LE

25,1 7,2

Não. Rocha nua Não. Rocha nua

- -

- -

- -

-

-

f) Acampamento

15.000

g) Interseção

16.582,64

h) Taludes . Corte . Aterro . Mista

93.356

4.558

72.908 15.890

TOTAIS

16.582,64

940.656

7.308

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OBSERVAÇÕES (Memória de Cálculo): 1. Conforme já discorrido nos Estudos Ambientais não existem ocorrências de Passivo

Ambiental sujeitas a um Projeto Ambiental, uma vez que o traçado existente percorre áreas de intensa ruralidade e relevo plano a suavemente ondulado, além de contornar as aglomerações urbanas o que concorre para a inexistência de instabilidades em taludes e ausência de passivo de natureza antrópica, à exceção de pequenos focos de lixo.

2. Todas as jazidas e empréstimos têm espessura média utilizável inferior a 1,20 m razão

porque não se prevê tratamento de taludes no pós-exploração, não se prevendo a implantação de valetas (recomendação DNIT).

3. O areal A.1 localiza-se no leito do Rio Apodi. Conforme recomendação do DNIT foi

previsto uma área de 35 m x 35 m = 1.225 m2 na margem do rio (correspondente à área necessária para movimentação de máquinas e veículos, acesso e estocagem de material. Como é Área de Preservação Permanente – APP, deve-se plantar mudas nativas com espaçamento de 3 m x 3 m = 9m2/muda (orientação DNIT), totalizando 136 mudas.

4. A pedreira P.1 consiste em afloramento rochoso (calcário) tendo exploração comercial,

encontrando-se o maciço desprovido de vegetação, razão porque não se prevê serviços de recuperação ambiental, devendo-se apenas proceder-se a limpeza dos pátios no pós-exploração. A pedreira P.2 tem rocha nua, não havendo vegetação, devendo-se, apenas proceder a limpeza dos pátios e fazer sulcos para drenar as águas evitando alagamentos.

5. Os Bota-Foras deverão ser depositados no fundo das caixas de empréstimo mais

próximas após o que, deve-se espalhar a camada fértil previamente estocada e proceder-se a revegetação.

6. O plantio de árvores/arbustos nativos por mudas nos empréstimos não foi considerado

uma vez que localizam-se nas margens da plataforma viária e assim sendo, não é recomendável o plantio de árvores muito próximas ao leito estradal para não comprometer a segurança dos usuários no caso de veículos desgovernados.

7. Nas jazidas com vegetação nativa deve-se, após efetuar-se o tratamento com

hidrossemeadura, plantar-se arbustos nativos/árvores (Especificação EP-01 em anexo) por mudas (400 arbustos/árvores/ha, com espaçamento de 5 m entre linhas e 5 m entre as mudas) do ecossistema Caatinga (ver o item Escolha das Espécies Vegetais adiante).

8. O Projeto-Tipo 1 refere-se à recuperação de jazidas e empréstimos distantes do eixo

estradal; O Projeto-Tipo 2 relaciona-se com a recuperação de empréstimos próximos a plataforma viária (margem). Os croquis de projeto-tipo são apresentados adiante.

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Resumo das Quantidades

Serviços

Unidade

Quantidade

Especificações

. Enleivamento . Hidrossemeadura . Plantio de mudas espécies nativas

m2 m2 ud.

16.582,64 940.656 7.308

DNIT ES-341/97

DNNIT ES-341/97 EP-01

4.9.3 Detalhamento das Etapas O detalhamento das etapas apresentado a seguir, para utilização na reabilitação de áreas de empréstimos e jazidas, complementa os procedimentos constantes das Especificações do DNER, já referidas anteriormente. a) Remoção da Cobertura Vegetal

• Realizar a retirada da vegetação paripassu ao avanço da exploração da jazida, nunca desmatando além do necessário;

• Retirar, inicialmente, o material lenhoso (árvores isoladas, caso existam) e picotear

toda a copa/galhadas para incorporação ao solo, conjuntamente com o todo e o resto da vegetação de menor porte (arbustos, arvoretas, etc.) a serem removidas e que deverão se encontrar também devidamente fragmentadas;

• Evitar o uso do fogo (queimadas) para a remoção de qualquer tipo de vegetação;

b) Decapeamento A retirada do solo superficial (camadas A e B), aquele mais propício à proliferação da flora e microorganismos, é uma etapa fundamental para a recuperação ambiental de áreas degradadas. O decapeamento consiste na retirada das camadas de material de solo para estocagem no entorno da jazida para posterior reaproveite com as seguintes etapas:

• Remoção de toda a camada superficial de solo orgânico (nível A), caso esta ocorra, numa altura variável de até 30 cm;

• Remoção, em seguida, da segunda camada (horizontes B/C). Em jazidas já

exploradas, sem camada orgânica, onde o nível B/C está aparente, este, também deverá ser decapeado. Esse material, poderá ser o único elemento a se contar para a revegetação. Ainda que possa apresentar uma natureza estéril, suas qualidades químicas são facilmente alteráveis pela calagem e adubação;

• Retirada gradual do solo, através de remoções sucessivas de acordo com o

desenvolvimento ou expansão da lavra;

• Todos os resíduos orgânicos e a própria vegetação de porte herbáceo, devem ser removidas conjuntamente com o solo.

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c) Estocagem do Solo Superficial Obtido o material do decapeamento, deverá ser procedida sua estocagem numa área adequada ou no entorno da jazida, de modo a se formar duas pilhas distintas (níveis A e B) sem misturá-las. As pilhas devem ser baixas (principalmente a do nível A), não devendo ultrapassar 1,5 m circundadas por valetas para facilitar a drenagem e estocadas de modo a facilitar a reutilização posterior. Após dois ou três meses, antes de sua reutilização (recobrimento das áreas exploradas), promover um revolvimento das pilhas para melhorar a aeração e preservar a atividade biológica. Durante todo o período de estoque, procurar adicionar o máximo de matéria orgânica às pilhas, principalmente na de material mais estéril (nível B). d) Recomposição do Relevo (Fase Pós-Exploração) Após o término da exploração, deve-se fazer uma limpeza geral da área, e nivelar ao máximo o piso da área explorada, espalhando-se, nas depressões ou cavas, os entulhos de material porventura existentes. Os taludes recém abertos ou os antigos instáveis devem ser suavizados (fator de inclinação de 3:2), de modo a torná-los o mais compatível possível com a topografia original. Nestes taludes, fazer sulcos longitudinais horizontais fortemente inclinados para dentro, com aproximadamente 5 cm de largura ou promover picoteamento, afastados 30 a 50 cm para receber o solo orgânico. Ao término do nivelamento topográfico, refazer os condutos ou superfícies de escoamento das águas pluviais, desviando-a das áreas mais sensíveis a erosão, ou seja, aquelas que tenham sido decapeadas e se situem próximas às encostas, canalizando-as para mais de uma direção. O desvio pode ser feito quando do nivelamento do piso da jazida por meio de trator, imprimindo uma leve inclinação no terreno e/ou por canais estreitos feitos com enxada ou picareta. Nas áreas mais sensíveis, revestir os canais com cascalho para diminuir a velocidade das águas e evitar o aprofundamento da erosão. Após os trabalhos de direcionamento geral das águas pluviais, deve-se agora espalhar o reaproveite (solo superficial) estocado na fase de preparação ou durante o processo de exploração. O espalhamento deve ser feito na ordem inversa do decapeamento, primeiro espalhando-se os níveis mais profundos (B e C) e, subsequentemente, o nível mais superficial (0 a 30 cm) do nível A, rico em matéria orgânica. Promover a revegetação. 4.9.4 Escolha das Espécies Vegetais A escolha das espécies vegetais a serem introduzidas na reabilitação das áreas a serem exploradas corresponde a gramíneas associadas a leguminosas recomendadas na Especificação DNER-ES-341/97, as quais serão confirmadas pelos estudos e análise do solo, além de espécies nativas do ecossistema Caatinga. a) Gramíneas e Leguminosas (plantio a lanço manual) A associação com leguminosas, segundo a bibliografia especializada é importante, haja vista que estas possuem uma bactéria na sua raiz que tem a capacidade de fixar nitrogênio no solo. Conseqüentemente, ajudam naturalmente a fertilizá-lo, contribuindo para o desenvolvimento das gramíneas.

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A lista das gramíneas e leguminosas mais aptas para os trabalhos de recuperação de áreas degradadas é apresentada a seguir.

LISTA DAS ESPÉCIES VEGETAIS A SEREM UTILIZADAS NA REVEGETAÇÃO DAS JAZIDAS E EMPRÉSTIMOS (recomendadas na Especificação DNER-ES-341/97

Gramíneas

Leguminosas

Braquiaria Humidícola, Decumbens ou Brizantha Paspalum notatum (grama Batatais) Axonopus Obtuzifolius Eragrostis Curvula (capim chorão) Milinis Minitiflora (capim gordura ou meloso) Lolium Multiflorum (azevêm) Setária anceps (capim sectária)

Pueraria Phaseoloides (kudzu tropical) Calopogonium Muconoides (calopo) Cajanus Cajan (Feijão guandu) Centrocema Pubescens (Centrosema) Estizolobium anterrinum (Mucuna)

A proporção de aplicação usual é da ordem de 50 a 60 kg/ha, grupando-se na consorciação das sementes de mudas 3 a 4 espécies vegetais para gramíneas e para leguminosas (devendo-se escolher sementes de leguminosas arbustivas nativas), as quais se completam quanto às suas características botânicas (fixação de nitrogênio pelas leguminosas) e visuais planejadas. Como referência, a ser levado em conta na escolha das espécies vegetais, indica-se, a seguir, a tolerância de algumas gramíneas relativamente aos atributos: textura dos solos, fertilidade e capacidade de proteção contra a erosão (conforme Alcântara, Pedro Jr. Donzelli, 1993).

QUADRO INDICATIVO DE TOLERÂNCIA DE GRAMÍNEAS ÀS CONDIÇÕES DE SOLOS

Textura dos Solos

Fertilidade dos Solos

Proteção contra a Erosão

Argilosos

Médios

Arenosos

Fértei

s

Médios

Fracos

Baixa

Média

Alta

Jaraguá Estrela Rhodes

Humidícola Elefante

Humidícola

Siratro, Galáxia Puerária

Calopogônio Braquiárias

Colonião Tobiatã

Decumbens Brizantha

Ruziziensis Kazangula

Narok, Gordura Pangola

Stylosanthes Guiné, Setária

Sempre verde Andropogon

Coloni

ão Elefan

te Estrel

a Rhod

es Tobiat

ã Semp

re verde Leuce

na

Jaraguá

Brizantha Ruziziensis

Galáxia Guiné

B.decumbens B.humidícola

Setárias Pangola Gordura Siratro

Centrosema Puerária

Stylosanthes

Colonião Elefante Jaraguá Rhodes Tobiatã Leucena

Stylosantes Guiné

Sempre verde

Calopogônio Setárias

Andropogon

Siratro Galaxia Estrela

Puerária Pangola Estrela

Decumbens Brizantha

Ruziziensis Humidícola

Gordura

Fonte: Alcântara, Pedro Jr. Donzelli (1993)

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Conforme se observa, as gramíneas capins gordura e as braquiárias são os mais resistentes a condições adversas de solos, além de deterem maior poder de proteção contra a erosão. b) Plantio de Espécies Nativas da Caatinga (plantio por mudas) O plantio de espécies nativas da Caatinga nas áreas das jazidas deve se orientar pela Especificação EP-01 em anexo. A escolha das espécies vegetais a serem introduzidas corresponde a espécies típicas da região do empreendimento (domínio da Caatinga) pautando-se pelos seguintes condicionantes:

• Serem nativas da região em estudo; • Deterem alto poder de germinação em quaisquer solos, como a seguir descrito

(Problemas de Reflorestamento do Nordeste Brasileiro - Romildo F. de Carvalho em As Regiões Naturais do Nordeste e o Meio e a Civilização, J. Vasconcelos Sobrinho, Recife, 1971):

Jurema (Mimosa sp)

“Graças à sua abundante sementação, regenera-se admiravelmente por semente, embora brote pelo tronco depois de cortada. Tem a vantagem de adaptar-se a qualquer condição de solo, propagando-se por isso em terras de aterros ou mineralizados, rochosas e solos pedregosos, secos e úmidos (não encharcados)”

Marmeleiro (Croton sp)

“Regenera-se abundantemente por semente, cuja produção é imensa, nas caatingas do Sertão, Seridó, Agreste, Caatinga Verdadeira e Cariris Velhos. Perpetua-se violentamente por brotação de tronco depois de cortada. Invade grandes áreas abertas depredadas, bem assim, nas áreas de lavouras abandonadas, margens de estradas, caminhos, veredas e aceiros.”

Macambira (Bromelia laciniosa) Planta herbáea, acaule, vivaz, folhas linear-lanceoladas, verde-brilhantes, resistentes, sesseis, dispostas em roseta densa, medindo cerca de 60 cm de comprimento, com as margens erigadas de espinhos fortes e terminando em ponta que se prolonga por fio tenueismo. Esta planta tolera longas estiagens, e já é muito utilizada em trabalhos de revegetação de taludes e áreas impactadas no Nordeste do Brasil.

Sabiá (Mimosa caesalpiniaefolia) - Família Leguminosas Mimosóideas

“Árvore de até 7 m de altura... comum em todo o Semi-Árido. Pelo seu rápido desenvolvimento, recomenda-se como essência indispensável a qualquer trabalho de reflorestamento do Nordeste seco. Multiplica-se por sementes e estacas. Três anos depois, já fornece madeira pesada, de cerne roxo-escuro. Um sabiazal praticamente não se acaba”.

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c) Croquis dos Projetos-Tipo Apresenta-se, a seguir, os croquis dos projeto-tipo 1 e 2 para recuperação dos empréstimos e das jazidas de solo, precedido por um Quadro de Soluções-Tipo do Manual Rodoviário de Conservação, Monitoramento e Controle Ambientais (DNER, 1996), sinalizando-se (em vermelho) as soluções que estão sendo indicadas neste Estudo, as quais estão de acordo com o Nível de Intervenção determinado nos Estudos Ambientais, conforme a metodologia adotada. Soluções-Tipo Casos em que as Soluções são Indicadas Gravidade GRUPO I Redução da inclinação do talude Taludes muito inclinados, incluindo drenagem 1 Criação de banquetas Idem, taludes muito altos 1 Execução de aterro de sustentação Taludes com risco de ruptura 2 Execução e estabil.de bota-foras Bota-foras 3 Enrocamento Dissipar águas provenientes do sistema de drenagem 3 Aterro com geotêxtil Confinamento de solos 3 Terra armada Recuperação de aterro 3 GRUPO II Solo cimento ensacado Obturação de erosões em taludes 1 Gabiões saco Proteçào superficial de encostas/rios e muros de peso 3 Gabiões caixa Idem 3 Colchões reno Idem 3 GRUPO III Muro em fogueira Recuperação de maciço em encostas 2 Muro de pedra argamassada Contenção de taludes até 3 m 2 Muro e concreto ciclópico Contenção de taludes com alturas maiores 2 Cortina cravada Obras provisórias ou emergenciais 2 Muros e concreto armado Recuperação de cortes e aterros 3 Estacas raiz Taludes sujeitos à ruptura 3 GRUPO IV Impermeabilização asfáltica Proteção superficial de taludes (mau aspecto visual) 1 Pano de pedra Proteção superficial de taludes 2 Tela metálica Prevenção contra queda de blocos de rocha 2 Gunita e tela Proteção de taludes 3 GRUPO V Proteção vegetal Leivas (solos friáveis); mudas; lanço; hidrosse. (taludes) 2 Plantio em manta contínua Taludes suaves e curtos 2 Plantio em canteiros escalonados Taludes mais longos e com inclinação acentuada 2 Rip/Rap – plantio Taludes sob erosão superficial com unidade do solo 2 GRUPO VI Canaleta de crista de corte Encaminhamento da drenagem 2 Canaleta de banqueta Idem, nas banquetas 2 Canaleta de pé de aterro Idem, no pé de aterro 2 Sarjeta de pista Idem, ao longo da pista 2 Descida de água Reduzir a energia das águas 2 Bacia de amortecimento Reduzir a energia das águas 2 Caixa coletora Encaminhamento da drenagem 2 Bueiro de greide Idem 2 Implantação de drenagem superficial Idem 3 GRUPO VII Barbacãs Coleta de águas subterrâneas, rebaixando o lençol 1 Drenos sub-horizontais Extravasamento de águas internas por percolação 2 GRUPO VIII Cordão vegetal Atenuar poluição atmosférica nas áreas lindeiras 2 Passagem de animais selvagens Circulação de animais silvestres 3 GRUPO IX Exploração de jazidas/empréstimos Prot. vegetal das áreas explo. e valetas a céu aberto 2 ________________________ SOLUÇÕES INDICADAS NESTE ESTUDO (assinaladas em vermelho) Fonte: Manual Rodoviário de conservação, Monitoramento e Controle Ambientais – DNER, 1996

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4.9.5 Cuidados relacionados com a Segurança do Usuário, do Trabalho e com o Meio Ambiente

Os trabalhos rotineiros de fiscalização de obras rodoviárias envolvem:

• O controle da qualidade dos serviços em função dos projetos; • O controle tecnológico dos materiais em função das especificações; • As medições.

À parte tais atividades emergem como de interesse especial da Fiscalização, as questões ambientais na dimensão biofísica e antrópica bem como as questões relacionadas com a segurança do usuário e dos operários no transcorrer das obras. A preservação do meio ambiente é um componente relativamente novo nos projetos de obras rodoviárias no Brasil. A legislação incidente é ampla e tem sido aperfeiçoada e incorporada às instâncias estaduais e municipais com maior vigor, a partir da Constituição de 1988. Recentemente a nova Lei de Crimes Ambientais (Lei federal 9.605/98) amplia o rigor, imputando maiores responsabilidades e penalizações para quem pratica crimes ambientais, ampliando a possibilidade de participação popular e institucional nas denúncias de crimes o que pode retardar obras em função de embargos judiciais. Desta forma, a Fiscalização e toda a equipe envolvida com as obras deverá se manter bem atualizada relativamente às situações que podem gerar crimes ambientais para evitar transtornos em decorrência de ações que, anteriormente, não se apresentavam como críticas em relação ao aparato jurídico ambiental. Surge então como de interesse especial da Fiscalização os seguintes aspectos que serão tratados de per si a seguir:

• A sinalização de obras; • Os desmatamentos; • O canteiro de obras; • Os caminhos de serviço; • Os cursos d’água e; • A legislação ambiental.

A Construtora deverá aproveitar o período chuvoso, a partir de janeiro para realizar as seguintes atividades relacionadas com a recuperação das jazidas, tirando partido das chuvas para garantir uma melhor “pega” das espécies plantadas:

• Realizar as análises pedológicas de cada jazida explorada para determinação das necessidades de calagem e adubação;

• Revegetação das áreas das jazidas de materiais, tomando-se partido da

disponibilidade de chuvas, o que proporcionará melhor “pega” das espécies plantadas.

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4.9.5.1 Canteiro de Obras O mais das vezes a implantação de canteiros de obras nos projetos rodoviários resulta nos seguintes impactos negativos:

• Descaracterização da paisagem, pelo desmatamento e presença de construções improvisadas;

• Carreamento de material provocado pela ação das águas das chuvas em direção aos cursos d’água, acompanhado de processo erosivo;

• Possibilidade de contaminação e águas pelo arrasto de substâncias não biodegradáveis (óleo, graxas, material asfáltico, etc.), vazados dos equipamentos, veículos, tanques de estocagem, etc.

A presença de mão-de-obra empregada na obra gera os seguintes impactos:

• Possibilidade de transmissão e doenças infecto-contagiosas, especialmente as sexualmente transmissíveis;

• Aumento da demanda de serviços, particularmente os de saúde; • Alterações comportamentais, gerando atritos motivados especialmente pela ingestão

e bebidas alcoólicas, inatividade e isolamento de famílias; • Possibilidade de contaminação de águas, se não houver este cuidado quando da

implantação do acampamento. Para mitigar tais impactos caberá à Fiscalização verificar o cumprimento das seguintes medidas:

• Em razão dos altos índices de desemprego nos municípios diretamente afetados pelas obras, prezar no sentido de que as contratações recaiam sobre a mão-de-obra local, levando-se em conta que são várias as atividades construtivas que não requerem mão-de-obra especializada;

• Só aprovar a instalação do Canteiro de Obras em locais onde não ocorra instalação

de processos erosivos; recalque diferencial; instabilidades físicas a exemplo de escorregamentos, deslizamentos, depósitos de talus, etc.; topografia acidentada; susceptibilidade a cheias e inundações; lençol freático aflorante; proximidade de nascentes de cursos d’água; direção de ventos para núcleos urbanos próximos;

• Prezar para que a instalação do Canteiro de Obras ocorra, preferencialmente, em

área não ocupada com a vegetação natural de Caatinga, uma vez que existem, no entorno da rodovia, várias áreas já antropizadas, ocupadas com pastagens naturais e/ou nativas.

Outras ações que serão monitoradas pela fiscalização será a observância das seguintes medidas a serem implantadas no Canteiro de Obras:

• Implantação de fossa séptica nas áreas do canteiro, pedreira e britador; • Quando da desativação do acampamento, proceder a tratamento paisagístico da

área, com utilização de espécies nativas da região;

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• Remoção sistematica da camada superficial de solo poluído com substâncias não biodegradáveis (óleo, graxas, etc.);

• Submissão periodica da mão-de-obra a exames médicos, no sentido de se

investigar a ocorrência de doenças infecto-contagiosas; • Promoção de palestras de conscientização ecológica junto aos operários e ampliar

as alternativas de entretenimento. Deverá ainda a Construtora:

• Informar previamente à Prefeitura local acerca da instalação do Canteiro;

• Observar a legislação de uso e ocupação do solo vigente no Município de sorte a não haver confrontação legal;

• No caso de proximidade com núcleos urbanos, compatibilizar o horário das

atividades do Canteiro com a lei do silêncio de sorte a evitar incômodos à população;

• Exigir da empreiteira a instalação de um sistema de sinalização, envolvendo advertências, orientações, riscos e demais aspectos do ordenamento operacional e do tráfego, com objetivos internos e externos;

• Realizar inspeções sistemáticas no Canteiro para observância da manutenção de

estruturas de segurança, saúde e lazer, em especial a adoção do programa de segurança que consiste no cumprimento, por parte da Construtora, das seguintes normas de segurança do trabalho:

• NR-4 Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e Medicina do

Trabalho – SESMET; • NR-5 Comissão Interna de Prevenção de Acidentes – CIPA; • NR-6 Equipamento de Proteção Individual – EPI; • NR-7 Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional – PCMSO; • NR-15 Atividades e Operações Insalubres; • NR-16 Atividades e Operações Perigosas; • NR-17 Ergonomia; • NR-18 Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção –

PCMAT; • NR-19 Explosivos; • NR-21 Trabalhos à Céu Aberto; • NR-26 Sinalização de Segurança.

A Fiscalização deverá ainda se engajar com a Construtora para a realização de um Programa de Educação Ambiental com o objetivo de conscientizar os empregados da obra no que diz respeito aos cuidados a serem tomados no trato com as questões ambientais. Constará basicamente da promoção de palestras e visitações a locais degradados com todos os empregados da obra objetivando fornecer aos empregados da obra uma "cultura ambiental", através do conhecimento dos bens ambientais existentes na área do projeto, das

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conseqüências resultantes da sua degradação, da legislação incidente, bem como das penalidades previstas. Deve-se dar ênfase aos seguintes tópicos:

• A importância das matas ciliares na região e as conseqüências da sua degradação

(assoreamento e colmatação); • Os processos erosivos decorrentes da descaracterização do relevo (abertura de

cortes na estrada, desorganização da drenagem e erosões nas áreas das jazidas); • Explanação acerca dos riscos de exploração de cada jazida; • Técnicas de recuperação das áreas a serem degradadas; • Explanação acerca de imperiosa necessidade de se evitar desmatamentos

desnecessários na faixa de domínio e área de jazidas; • Cumprimento da sinalização de obras, enfocando-se, especialmente, os limites de

velocidade de caminhões e caçambas nos caminhos de serviço e trechos urbanos críticos, com vistas a evitar acidentes com terceiros.

Este Programa deverá ser implantado antes do início das obras e contar com a seguinte equipe, a ser alocada pela Construtora:

• Um especialista em meio ambiente; • Um engenheiro com prática em fiscalização de obras.

4.9.5.2 Caminhos de Serviço Os impactos resultantes dos caminhos de serviço são os seguintes:

• Levantamento de poeira devido ao tráfego de veículos pesados; • Interrupção de caminhos naturais da fauna; • Perda de biomassa devido ao desmatamento e decapeamento.

Caberá à Fiscalização acompanhar o cumprimento das seguintes exigências com relação aos Caminhos de Serviço:

• Aguamento sistemático, de modo a evitar o levantamento de poeira pelo tráfego de veículos;

• Implantação de obras de drenagem para evitar a interrupção dos caminhos de serviço e, conseqüentemente, o retardamento do fornecimento e materiais para a terraplenagem e pavimentação;

• Recuperação posterior dos caminhos, quando da sua desativação onde se deverá proceder a uma subsolagem do solo, aguamento e espalhamento da camada fértil estocada nas laterais, de sorte a facultar a regeneração natural dos caminhos.

4.9.5.3 Recomendações para Preservação dos Cursos d’Água Devem-se adotar os seguintes procedimentos:

• Evitar o lançamento de materiais resultantes das atividades e terraplenagem e/ou pavimentação nos cursos d’água;

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• Evitar a lavagem de veículos e equipamentos nas margens dos cursos d’água; • Utilizar calhas e dissipadores de energia que direcionem as águas pluviais, através

do meio-fio ou sarjetas, principalmente nos aclives e declives mais acentuados; • Escolher local adequado para disposição final do material de expurgo ou área de

empréstimo; • Revestir os taludes de cortes e aterros das margens dos Rios com gramíneas ou

outras espécies vegetais da região; • Construir instalações sanitárias adequadas nos canteiros de obras, evitando o

lançamento “in natura” nos cursos d’água.

A adoção das medidas acima relacionadas deverá contribuir para a contenção da erosão e do conseqüente assoreamento dos cursos d’água, além de proteger a qualidade dos mananciais da área. 4.9.5.4 Sinalização das Obras As situações que normalmente requerem sinalização de obras rodoviárias e que devem ser acompanhadas pela Fiscalização são:

• Faixa central impedida, faixa esquerda impedida, faixa direita impedida, pista escorregadia, distância ao local das obras, obras no acostamento, homens na pista, caminhões e máquinas na pista, trecho impedido, desvio à direita e desvio à esquerda;

• A velocidade e a carga dos veículos devem ser limitadas; os dispositivos auxiliares

de canalização a serem usados são: barreiras, cones, balizadores e marcadores tubulares; a iluminação artificial durante à noite deverá considerar lanterna portátil ou fixa, pisca-pisca e lâmpada elétrica; os dispositivos controladores de trânsito deverão considerar: sinalizador com bandeira, carregador de bandeira, carro piloto e semáforos.

Deverá, ainda, observar a Fiscalização, com relação à sinalização de obras:

• Antes do início das obras, deverão ser submetidos à fiscalização do, para aprovação,do respectivo projeto de sinalização;

• Todos os dispositivos e controle de trânsito deverão ter especificações próprias; • Sinais não normatizados não poderão ser colocados nos locais das obras; • Os sinais deverão ser posicionados de forma a não interferir nas distâncias de

visibilidade e não limitar-se às condições operacionais dos segmentos; • O âmbito dos dispositivos deverá considerar: sinais de trânsito, dispositivos de

canalização, dispositivos luminosos e controle de trânsito; • O trânsito, nos trechos em obras, serão controlados por sinais de regulamentação,

advertência e indicação;

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• Os trechos em mão única deverão ser operados por sinaleiros, barreiras e sinais complementares.

Nas estradas rurais de acessos às jazidas deverá, ainda, a sinalização implantar sinalização de advertência, bem como controlar a velocidade dos caminhões.

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EP-01 Reabilitação Ambiental em Áreas de Jazidas e Empréstimos, através do Plantio de Árvores e Arbustos Nativos da Caatinga 1. Generalidades Esta especificação se aplicará a revegetação de áreas de jazidas de solos ou cascalho, cuja vegetação nativa circundante se caracterize pela presença de espécies arbustivas e arbóreas do ecossistema da Caatinga. Da mesma forma que a revegetação herbácea, o plantio de árvores e arbustos nativos da Caatinga é processo natural de combate às erosões. Embora mais lento, é, entretanto, mais duradouro e eficaz ao longo do tempo, tendo seus custos reduzidos em função dos seguintes fatores:

• Facilidade de obtenção de sementes e mudas no entorno e bancos genéticos; • Possibilidade de se reduzir custos com calagem e adubação tendo em vista a grande

adaptabilidade das espécies aos terrenos inférteis; • Baixo custo de manutenção, em virtude da tendência à perpetuação demonstrada

por várias espécies; • Extraordinária resistência às secas; • Ampla distribuição geográfica atingindo todo o Polígono das Secas.

No bojo desta especificação está, ainda, o conceito de recuperação (Martos et al., 1992), qual seja, o de reestabelecer as condições ambientais de uma área, tornando-as semelhantes às condições anteriores à sua alteração ou, ainda, o conceito de reabilitação que está relacionado à idéia do uso e ocupação do solo, de forma compatível com as condições estéticas circunvizinhas. 2. Materiais Os materiais necessários à execução da revegetação com arbustos e árvores da Caatinga nas áreas planas ou pouco inclinadas são: • Adubo orgânico constituído da mistura do solo orgânico natural (top soil) com esterco

bovino ou avícola, curtindo na proporção de 50% cada parte.

• Adubo químico NPK (nitrogênio, fósforo e potássio) na proporção necessária e suficiente ao solo, em função da análise edáfica e pedológica do mesmo, bem como os nutrientes que completam a adubação necessária (enxofre, boro, etc.)

• Calcáreo dolomítico para correção da acidez do solo, na proporção necessária a

elevação do pH do mesmo ao índice de 5,5, com aplicação máxima de 1,5 t/ha devido ao custo elevado além deste teto.

• Mudas de espécies da Caatinga, coletadas no entorno de cada jazida e/ou bancos

genéticos. Deverão ser utilizadas mudas de no mínimo 30 cm de altura, sendo a medida do coleto até o ápice da muda.

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3. Equipamentos • Trator de pneus agrícola, potência da ordem de 70 a 90 cv para arrastar as carretas

agrícolas, equipamento de aração, calagem, adubação, mistura ou incorporação ao solo dos materiais aplicados, arados e grades.

• Equipamentos agrícola constituído de arado para sulcar o solo, com láminas de 15 a 20

polegadas de diâmetro e no mínimo 12 discos.

• Equipamento agrícola de distribuição de calcáreo dolomítico, adubo químico, orgânico e sementes coletadas nas imediações.

4. Execução Os procedimentos para execução da recuperação das áreas de jazidas com arbustos e árvores da Caatinga, constituirão nas seguintes atividades: a) Remoção da Cobertura Vegetal b) Preparo do Terreno b.1) Obras de Drenagem (implantação de valetas de proteção) b.2) Decapeamento b.3) Estocagem do Solo Superficial b.4) Recomposição do Relevo (Fase Pós-Lavra) b.5) Espalhamento do Solo superficial Estocado c) Aquisição de Mudas, com no mínimo 30 cm de altura do coleto até o ápice da muda d) Calagem e Adubação No caso da vegetação de Caatinga, poderá ser utilizado um padrão mínimo de calagem e adubação, constituindo-se, apenas, de adubação orgânica. A calagem poderá ser feita diretamente na pilha estocada da camada fértil estocada. e) Plantio de Mudas O plantio de árvores e arbustos deverá ser executado com espaçamento de 5 metros entre linhas e 5 metros entre as plantas na proporção de 400 mudas por hectare, conforme esquema da figura anexa a esta Especificação. Nas margens do areal, tratando-se de área de APP, o espaçamento deve ser de 3 metros entre as linhas e 3 metros entre as plantas.

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5. Espécies Vegetais Das espécies vegetais nativas da Caatinga, dá-se prioridade àquelas que reunem as seguintes características:

Elevado poder germinativo; Rapidez no crescimento; Boa cobertura.

Dentre as espécies da Caatinga as que mais atendem a estes requisitos são as que estão relacionadas no quadro a seguir. Entretanto, é necessário conhecer o padrão florístico circundante a cada jazida, onde nem sempre são encontradas as espécies aqui relacionadas.

ESPÉCIES DA CAATINGA MAIS FAVORÁVEIS À REABILITAÇÃO DE ÁREAS DEGRADADAS

_________________________________________________________________________ Nome Nome Floração Frutifi- Tipo Propagação

Popular Científico (início) cação

_________________________________________________________________________

Família Mimosaceae

Jurema Preta Mimosa tenuiflora Nov. Mar. Árvore Sementes

Jurema Vermelha Mimosa arenosa Set. Out. Árvore Sementes

Sabiá Mimosa caesalpinifolia Out Dez. Árvore Sementes

Família Euphorbiaceae

Marmeleiro Croton sincorensis Jan. Mar. Arbusto Capsula

Quebra-faca Croton conduplicatus Jan. Mar. Arbusto Sementes

Família Capparaceae

Feijão-Brabo Capparis flexuosa Ago. Out. Arbusto Sementes

Família Bromelliaceae

Macambira Bromelia laciniosa Mai. Jul. Herbácea Sem./Est. Obs.: A macambira, por ser herbácea é muito apropriada à contenção de taludes. Pode-se ainda se implantar a árvore Algaroba, a qual, apesar de não ser endêmica, tem sido amplamente utilizada na arborização urbana e como forrageira em todas as áreas da Caatinga do Nordeste, estando plenamente adaptada ao Semi-Árido. 6) Controle

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O controle geométrico e de acabamento serão apreciados pela fiscalização com base na apresentação visual, enquanto, o controle de cobertura da área, vigor de crescimento, persistência serão apreciados pelos processos usuais do plantio agrícola, liberados à fiscalização para aprovação pelo agrônomo responsável pelo plantio e pagamento. A seguir apresenta-se ilustração da disposição das espécies vegetais a serem plantadas.

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