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1 PHENOGLAD: UM MODELO DE SIMULAÇÃO DO DESENVOLVIMENTO EM GLADÍOLO Nereu Augusto Streck, Lilian Osmari Uhlmann, Camila Coelho Becker, Rômulo Pulcinelli Benedetti, Andrea Schwertner Charão, Natalia Teixeira Schwab, Fernanda Alice Antonello Londero Backes, Bruna San Martin Rolim Ribeiro e Waleska Bolson Silveira. Departamento de Fitotecnia/Centro de Ciências Rurais (UFSM). Departamento de Linguagens e Sistemas de Computação/Centro de Tecnologia (UFSM). © 2016 por Universidade Federal de Santa Maria. Todos os direitos reservados (All rights reserved). 1. INTRODUÇÃO 2. O SOFTWARE E SEUS DESENVOLVEDORES 3. INSTALAÇÃO DO SOFTWARE PHENOGLAD 4. FUNCIONAMENTO DO PHENOGLAD 5. USANDO O SOFTWARE PHENOGLAD 6. RESULTADOS 7. VALIDAÇÃO DO MODELO 8. DIREITOS, PERMISSÃO E CONDIÇÕES DE USO 9. DÚVIDAS E INFORMAÇÕES 10. AGRADECIMENTOS 11. REFERÊNCIAS 12. LISTA DE ABREVIATURAS

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PHENOGLAD: UM MODELO DE SIMULAÇÃO DO

DESENVOLVIMENTO EM GLADÍOLO

Nereu Augusto Streck, Lilian Osmari Uhlmann, Camila Coelho Becker, Rômulo Pulcinelli

Benedetti, Andrea Schwertner Charão, Natalia Teixeira Schwab, Fernanda Alice Antonello

Londero Backes, Bruna San Martin Rolim Ribeiro e Waleska Bolson Silveira.

Departamento de Fitotecnia/Centro de Ciências Rurais (UFSM). Departamento de Linguagens e Sistemas de Computação/Centro de Tecnologia (UFSM).

© 2016 por Universidade Federal de Santa Maria. Todos os direitos reservados (All

rights reserved).

1. INTRODUÇÃO 2. O SOFTWARE E SEUS DESENVOLVEDORES 3. INSTALAÇÃO DO SOFTWARE PHENOGLAD 4. FUNCIONAMENTO DO PHENOGLAD 5. USANDO O SOFTWARE PHENOGLAD 6. RESULTADOS 7. VALIDAÇÃO DO MODELO 8. DIREITOS, PERMISSÃO E CONDIÇÕES DE USO 9. DÚVIDAS E INFORMAÇÕES 10. AGRADECIMENTOS 11. REFERÊNCIAS 12. LISTA DE ABREVIATURAS

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1. INTRODUÇÃO

O PhenoGlad é um modelo matemático dinâmico determinístico que calcula a

emissão de folhas e o desenvolvimento (fenologia) da cultura do gladíolo no passo de tempo

de um dia. Possui aplicações de campo, como simular o dia de ocorrência dos estágios de

desenvolvimento da cultura, incluindo o ponto de colheita e alertas sobre danos nas hastes

florais por altas e baixas temperaturas. Utiliza como dados de entrada a temperatura mínima e

máxima diárias do ar.

É permitido ao usuário selecionar se deseja iniciar a simulação a partir da data de

plantio ou da data de emergência da cultura e selecionar a cultivar a partir de uma lista. Se a

cultivar desejada não consta na lista, o usuário pode optar por realizar a simulação simulando

o ciclo de desenvolvimento (Precoce, Intermediário I, Intermediário II ou Tardio). O usuário

também pode optar por realizar a simulação até o ponto de colheita da cultura (R2) ou até o

final do ciclo (R5) e realizar a simulação com vários anos simultaneamente, indicando o

número de anos a simular (simulações de longo prazo). A dinâmica de emissão de folhas e os

estágios de desenvolvimento da cultura do gladíolo são simulados de acordo com a escala

fenológica da cultura, proposta por Schwab et al. (2015).

O PhenoGlad é uma ferramenta com aplicações de campo, que poderá ser utilizada no

ensino, pesquisa e extensão, por estudantes de graduação e pós­graduação, professores,

pesquisadores, produtores e extensionistas.

A lista de abreviaturas dos termos utilizados no PhenoGlad está no item 12 deste

Manual.

2. O SOFTWARE E SEUS DESENVOLVEDORES

O software PhenoGlad foi desenvolvido por professores e estudantes de graduação e

pós­graduação da UFSM.

O software contém duas partes: (a) o código fonte do modelo em FORTRAN com as

equações e sub­rotinas que descrevem a emissão de folhas e a fenologia da cultura do

gladíolo e (b) a interface em Java que permite ao usuário rodar o modelo de desenvolvimento

da cultura do gladíolo a partir de uma tela de fácil entendimento e interatividade.

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A parte (a) do PhenoGlad foi desenvolvido durante o projeto de pesquisa da

dissertação de mestrado da Engenheira Agrônoma aluna do Programa de Pós­Graduação em

Agronomia (PPGAgro) Lilian Osmari Uhlmann, sob a supervisão do Prof. Nereu Augusto

Streck, do Departamento de Fitotecnia/Centro de Ciências Rurais da UFSM.

A parte (b) do PhenoGlad foi desenvolvida por Rômulo Pulcinelli Benedetti, aluno de

graduação do Curso de Ciência da Computação da UFSM, sob supervisão da Profa. Andrea

Schwertner Charão, do Departamento de Linguagens e Sistemas de Computação/Centro de

Tecnologia da UFSM.

3. INSTALAÇÃO DO SOFTWARE PHENOGLAD

O PhenoGlad é um software gratuito. Para obter uma cópia do programa o usuário

deve acessar o sítio oficial do programa em www.ufsm.br/phenoglad e realizar o download

do programa PhenoGlad clicando no ícone “PhenoGlad(1.0).jar” na aba “Downloads” do site.

Para a utilização do programa, o sistema operacional deve ser o Windows e é

necessário ter instalada a máquina virtual Java (JVM) no computador, versão 1.8 ou superior,

pois o programa foi desenvolvido em Java e não pode ser executados sem a JVM. A máquina

virtual Java pode ser baixada acessando o site www.java.com/download/. Esse link também

está disponível da aba “Downloads” no site PhenoGlad.

4. FUNCIONAMENTO DO PHENOGLAD

O modelo PhenoGlad simula a fenologia da cultura do gladíolo baseado em três fases

principais de desenvolvimento, de acordo com a escala fenológica de desenvolvimento

proposta para a cultura do gladíolo por Schwab et al. (2015): fase de brotação dos cormos,

que vai do plantio (PL) até a emergência (VE) da cultura (Fig. 1a), fase vegetativa, do VE até

o início do espigamento (R1.0) (Fig. 1c) e fase reprodutiva, do R1.0 até a senescência

completa dos floretes da haste (R5). Durante a fase vegetativa, ocorre a emissão de folhas,

que inicia no VE até o aparecimento da folha bandeira (VF), quando é definido o número

final de folhas (FLN) (Fig. 1b). Durante a fase reprodutiva, os estágios de desenvolvimento

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são: R0= diferenciação da espiga floral, R1.0= espigamento, R2= desenvolvimento dos

botões florais, R3= início da antese, R3.4= metade da antese, R3.5= início da senescência,

R3.6= metade dos floretes senescentes, R4= antese completa e R5= final da senescência dos

floretes (Fig. 1d).

Figura 1. Representação esquemática da linha do tempo e da sequência do desenvolvimento de gladíolo no modelo PhenoGlad. O ciclo de desenvolvimento é dividido em fases principais (a, c, d) e sub­fases (sub divisões de cada fase principal). A sequência dos estágios vegetativos (V1, V2, V3,…,Vn) em (b) compreendem o aparecimento de folhas que ocorre durante a fase vegetativa. As equações usadas para simulação de cada fase e sub­fase estão apresentadas na figura. O número de codificação de cada estágio de desenvolvimento está apresentado na linha do tempo em (e). LAR= taxa de aparecimento de folhas (folhas dia­1), LARmax= taxa máxima de aparecimento de folhas (folhas dia­1), f(T)= função de resposta à temperatura, CF= fator de correção para uma maior taxa de aparecimento foliar das folhas superiores, VF= folha bandeira, r= taxa de desenvolvimento (dia­1), rmaxs= taxa máxima de desenvolvimento (dia­1) durante a base de brotação dos cormos, rmaxv= taxa máxima de desenvolvimento (dia­1) durante a fase vegetativa, rmaxh= taxa máxima de desenvolvimento (dia­1) durante a sub­fase de espigamento, rmaxf= taxa máxima de desenvolvimento (dia­1) durante a sub­fase de florescimento. A seta tracejada em (d) indica que os estágios de desenvolvimento reprodutivos R3.4 e R3.5 ocorrem simultaneamente.

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4.1. EMISSÃO DE FOLHAS

A taxa diária de aparecimento de folhas (LAR) é calculada no modelo PhenoGlad

usando a metodologia descrita em Wang e Engel (1998):

LAR= LARmax . f(T) (1)

onde LAR é a taxa diária de aparecimento de folhas, LARmax é a taxa máxima diária de

aparecimento de folhas (folhas dia­1), e f(T) é a função de resposta à temperatura (que varia

de 0 – 1). A f(T) é uma versão da função beta:

f(T) = [2(T ­ Tb)α (Topt ­ Tb)α ­ (T ­ Tb)2α] / (Topt­Tb) 2α if Tb ≤ T ≤ TB

f(T) = 0 if T < Tb or T > TB (2)

α = ln2 / ln [(TB­Tb) / (Topt­Tb)] (3)

onde Tb, Topt and TB são as temperaturas cardinais (minima, ótima e máxima) para LAR,

respectivamente. T é a temperatura média diária do ar, calculada através da média da

temperatura mínima e máxima diárias. LARmax é cultivar específico. As temperaturas

cardinais para LAR são Tb = 2°C (SHILLO; HALEVY, 1976; HERTOGH, 1996), Topt =

27°C (INTERNATIONAL FLOWER BULB CENTRE, 2011), e TB = 45°C (SHILLO;

HALEVY, 1976; INTERNATIONAL FLOWER BULB CENTRE, 2011). A curva gerada

pelas equações (2) e (3) com estas temperaturas cardinais para LAR é apresentada na Fig. 2

(linha verde, correspondente à fase vegetativa, que é quando ocorre a emissão de folhas). O

número de folhas acumuladas (CLN) é calculado iniciando no VE e acumulando valores

diários de LAR, isto é, CLN = ∑LAR até o aparecimento da última folha verdadeira. No

estágio R1, um fator de correção (CF), específico para cada cultivar, é adicionado ao CLN

para levar em consideração a maior taxa de aparecimento foliar das últimas folhas e, neste

dia, é quando o número final de folhas (FLN) é definido.

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Figura 2 ‒Função de resposta à temperatura f(T) usada no modelo PhenoGlad para simular as fases de desenvolvimento do gladíolo: fase de brotação (Tb = 5°C, Topt = 25°C and TB = 35°C), fase vegetativa (Tb = 2°C, Topt = 27°C and TB = 45°C) e fase reprodutiva (Tb = 6°C, Topt = 25°C and TB = 42°C).

4.2. DESENVOLVIMENTO (FENOLOGIA) DA CULTURA

Iniciando a partir do plantio, os estágios de desenvolvimento (DVS) são calculados

através do acúmulo de valores da taxa de desenvolvimento diário. DVS é ­1 no PL, 0 no VE,

0.8 no R1.0, 1.0 no R2, 1.13 no R3, 1.32 no R3.4 e no R3.5, 1.56 no R3.6, 1.84 no R4 e 2 no

R5 (Fig. 2e). A taxa diária de desenvolvimento (dia­1) é calculada segundo a metodologia

proposta por Wang e Engel (1998):

r = rmax . f(T) (4)

onde r é a taxa diária de desenvolvimento (dia­1), rmax é a taxa máxima diária de

desenvolvimento (dia­1) sob temperatura ótima e f(T) é a função de resposta à temperatura. O

rmax é genótipo dependente e varia de acordo com a fase e a sub­fase de desenvolvimento

(Fig. 2a, 2c e 2d): rmaxs= taxa máxima de desenvolvimento (dia­1) durante a fase de brotação,

rmaxv= taxa máxima de desenvolvimento (dia­1) durante a fase vegetativa, rmaxh= taxa

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máxima de desenvolvimento (dia­1) durante a sub fase de espigamento e rmaxf= taxa máxima

de desenvolvimento (dia­1) durante a sub fase de florescimento.

A função de resposta à temperatura f(T) é a mesma das equações (2) e (3), usando a

temperatura média diária do ar, calculada a partir da média da temperatura mínima e máxima

diárias do ar. Cada fase de desenvolvimento possui temperaturas cardinais específicas. Na

fase de brotação, as temperaturas cardinais são: Tb = 5°C (SHILLO; SIMCHON, 1973), Topt

= 25°C (a partir de experimentos realizados em ambiente controlado), e TB = 35°C (a partir

de experimentos realizados em ambiente controlado). Na fase vegetativa, as temperaturas

cardinais são: Tb = 2°C (SHILLO; HALEVY, 1976; HERTOGH, 1996), Topt = 27°C

(INTERNATIONAL FLOWER BULB CENTRE, 2011) e TB = 45°C (SHILLO; HALEVY,

1976, INTERNATIONAL FLOWER BULB CENTRE, 2011) e durante a fase reprodutiva:

Tb = 6°C (HERTOGH, 1996; BURG, 2004), Topt = 25°C (INTERNATIONAL FLOWER

BULB CENTRE, 2011) e TB = 42°C (SHILLO; HALEVY, 1976; INTERNATIONAL

FLOWER BULB CENTRE, 2011). A fase reprodutiva inclui as sub fases de espigamento e

florescimento. O formato da curva da f(T) para as diferentes fases de desenvolvimento está

representada na Fig. 2.

4.3. DANOS POR BAIXAS E ALTAS TEMPERATURAS

Danos devido a ocorrência de baixas temperaturas em gladíolo são consideradas no

modelo PhenoGlad da seguinte forma: se a temperatura mínima é menor do que ­2°C durante

pelo menos três dias consecutivos, a partir do DVS = 0 (VE) até DVS = 2.0 (R5) então a

cultura é morta pela ocorrência de geada. Se a temperatura mínima é menor ou igual a ­2°C

durante um dia ou ­2°C ≤ Tmin ≤ 3°C durante 3 dias consecutivos a partir do DVS ≥ 0.64,

então há a morte da espiga pela ocorrência de geada mas as folhas são somente levemente

danificadas (manchas entre as nervuras).

Danos pela ocorrência de altas temperaturas no modelo PhenoGlad são assim

simulados: se a temperatura máxima é maior ou igual a 34°C, durante três dias consecutivos

durante a fase reprodutiva (a partir de R1 até R5), o modelo avisa o usuário sobre uma

queimadura severa nas sépalas se a simulação for realizada até R2 (ponto de colheita) ou se a

simulação for até R5 (final do florescimento), o modelo emite um aviso de risco de

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queimadura severa e risco dos 3 ou 4 últimos floretes da espiga não abrirem. Estes níveis de

temperatura foram selecionados baseados nas observações em experimentos de campo.

Por fim, se a temperatura máxima for maior do que 48°C durante o DVS = 0 até DVS

= 2, a temperatura letal superior é atingida (SHILLO; HALEVY, 1976) e a cultura é morta

pelo calor. Esta situação foi incluída no modelo para torná­lo mais realístico quando ele é

forçado em climas extremos, como em cenários futuros de mudança climática.

5. USANDO O SOFTWARE PHENOGLAD

Após o download do programa “PhenoGlad(1.0).jar”, vá até a pasta de destino do

download e clique duas vezes no arquivo. A tela inicial vai aparecer (Figura 3).

Figura 3 ‒Tela inicial do programa PhenoGlad onde o usuário deve informar os dados de entrada para realizar a simulação.

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A interface gráfica do programa PhenoGlad é de fácil uso, mesmo para usuários que

não tenham tido experiência anterior com modelagem matemática. O simulador é composto

de três abas principais (Fig. 3): a primeira denominada “Simulação”, onde são inseridos os

dados necessários para uma simulação, e as abas “Tabelas” e “Gráficos”, onde são

apresentados os resultados em forma textual e gráfica.

A aba “Simulação” apresenta cinco passos (Figura 3):

5.1. PASSO 1:

O primeiro passo é inserir os dados meteorológicos para realizar a simulação. Para

isso, clicar em “Inserir dados meteorológicos”, e abrir o arquivo .txt com os dados

meteorológicos diários organizados na seguinte ordem:

Ano, Dia do Ano (Dia) (de 1 a 365 ou 366 em anos bissextos), temperatura mínima

(TMin) e temperatura máxima (TMax) com cabeçalho compatível com o mostrado abaixo

(Fig. 4).

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Figura 4 ‒Exemplo de arquivo de entrada com os dados meteorológicos diários para serem lidos no programa PhenoGlad. O arquivo deve ser no formato de texto (*.txt) contendo as variáveis Ano, Dia (1 a 365 ou 366, em ano bissexto), TMin (ºC) e Tmax (ºC). O separador decimal das variáveis temperatura mínima e temperatura máxima deve ser o ponto com uma casa decimal (ex: 23.6ºC).

O programa PhenoGlad requer um valor diário de cada variável meteorológica, assim,

se os dados obtidos forem do INMET, ele fornece dados horários de temperatura. Para tornar

o arquivo compatível com o PhenoGlad, é preciso filtrar o maior valor de temperatura

máxima e o menor valor de temperatura mínima de cada dia.

5.2. PASSO 2:

Selecionar a cultivar desejada ou ciclo de desenvolvimento para realizar a simulação .

É permitido ao usuário selecionar a cultivar desejada a partir de uma lista, na qual são

disponibilizadas dez cultivares de gladíolo com diferentes cores dos floretes e tamanho de

ciclo. As cultivares são: White Friendship (floretes de cor branca), Purple Flora (roxo), Rose

Friendship (rosa) (Fig. 5A, B, C), Amsterdã (branca), T704 (lilás), Peter Pears (alaranjado)

(Fig. 6A, B, C), Green Star (verde), Jester (amarela com parte interna em vermelho), White

Goddess (branca) (Fig. 7A, B, C) e Gold Field (amarela) (Fig. 8A).

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Figura 5 ‒Cultivares de gladíolo de ciclo precoce disponibilizadas no programa PhenoGlad: White Friendship (A), Purple Flora (B), Rose Friendship (C).

Figura 6 ‒Cultivares de gladíolo de ciclo Intermediário I disponibilizadas no programa PhenoGlad: Amsterdã (A), T704 (B) e Peter Pears (C).

Figura 7 ‒Cultivares de gladíolo de ciclo Intermediário II disponibilizadas no programa PhenoGlad: Green Star (A), Jester (B) e White Goddess (C).

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Figura 8 ‒Cultivar de gladíolo de ciclo Tardio disponibilizadas no programa PhenoGlad: Gold Field (A).

Se a cultivar desejada não consta na lista, o usuário pode selecionar o ciclo de

desenvolvimento (Precoce, Intermediário I, Intermediário II ou Tardio).

Figura 9 ‒ Ciclos de desenvolvimento de gladíolo disponibilizados no programa PhenoGlad.

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5.3. PASSO 3:

Definir se a simulação irá começar na data de plantio ou na data de emergência da

cultura. Digitar a data de plantio ou emergência (no formato dia/mês/ano) e escolher o

número de anos a simular, caso o usuário queira simular vários anos e assim será realizada

uma simulação com a mesma data de plantio ou emergência em vários anos (Fig. 10).

Figura 10 ‒Tela do programa PhenoGlad mostrando a data de plantio com o ano inicial da simulação. Neste caso, a simulação será feita em cinco anos com a mesma data de plantio (15 de janeiro) em cada um deles.

5.4. PASSO 4:

Escolher se deseja realizar a simulação até o ponto de colheita da cultura (estágio R2)

ou até o final do ciclo (estágio R5) (Fig. 11). O estágio R2 é o ponto de colheita comercial

recomendado para as hastes de gladíolo, que é quando os três primeiros floretes da espiga

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mostram a cor da flor. Também há a opção de simular até o final do ciclo (estágio R5), que é

o final do florescimento. Estes estágios seguem a escala de desenvolvimento proposta para

gladíolo por Schwab et al. (2015).

Figura 11 ‒Tela inicial do PhenoGlad, mostrando as duas opções do modelo em simular até o ponto de colheita das hastes (estágio R2) ou ciclo total da cultura (estágio R5). 5.5. PASSO 5:

Após realizados os quatro passos anteriores, clicar no botão de simulação (seta em

roxo) no canto inferior direito para executar a simulação. Quando a seta em roxo ficar verde e

aparecer um “V” no lugar do “play”, é só ir na aba Resultados para acessar os resultados da

simulação.

Os alertas para danos por baixas e altas temperaturas, se ocorrerem durante o ciclo de

desenvolvimento, são indicados pelo aparecimento de um botão piscante com um ponto de

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exclamação no canto inferior esquerdo da tela juntamente com uma mensagem no caso de ser

logo após a simulação. Esta mensagem indica o tipo de dano, o dia do ano, a data e o DVS no

dia que o dano ocorreu. A cor deste botão indica a natureza do alerta: botão amarelo significa

danos que não resultam na morte da planta (queimaduras nas sépalas e pétalas da espiga) e

botão vermelho significa danos que resultam na morte da planta (temperatura letal inferior e

superior, ou seja, morte por congelamento e morte por calor, respectivamente). Ao clicar no

alerta, se a mensagem estiver visível, irá desaparecer. Caso a mensagem não esteja visível, ao

clicar no alerta ela irá aparecer. A mensagem permanecerá constantemente visível enquanto

não se clicar no alerta.

6. RESULTADOS

Após a realização de uma rodada do modelo os resultados da simulação são gravados

na mesma pasta pasta em que o arquivo “PhenoGlad(1.0).jar” encontra­se. A cada simulação

realizada, o programa automaticamente cria uma nova pasta com nome contendo

características da simulação. Por exemplo, uma nova pasta com o nome:

“PL(15­jan­2011)JESTER_R5_5”

refere­se a uma simulação realizada com a data de plantio em 15 de janeiro de 2011, com a

cultivar Jester, até o ciclo total (R5) simulada para 5 anos. O ano que aparece compondo o

nome da pasta gerada refere­se ao primeiro ano simulado (2011 no caso acima). Dentro desta

pasta, aparecerão os arquivos .txt com o resultado detalhado de cada ano de simulação. Já

uma pasta com o nome:

“EM(13­nov­2015)PRECOCE_R2_1”

refere­se a uma simulação realizada com a data de emergência em 13 de novembro de 2015,

com o grupo de ciclo de desenvolvimento Precoce, até o ponto de colheita (R2) simulada para

1 ano. Mesmo que a simulação for realizada até R2 o arquivo .txt com o resultado detalhado

da simulação aparecerá até o final do ciclo de desenvolvimento (até R5).

O usuário pode visualizar, na forma gráfica, os dados meteorológicos usados na

simulação (Fig. 12).

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Figura 12 ‒Tela de resultados do programa PhenoGlad com os dados meteorológicos usados na simulação.

Na aba “Desenvolvimento da cultura” é apresentada a evolução dos estágios

vegetativos e estágios de desenvolvimento (DVS) da cultura do gladíolo na forma de gráfico

(Fig. 13A). É possível visualizar cada variável individualmente desmarcando as demais

variáveis nas caixas ao lado do gráfico, deixando marcada somente a variável de interesse.

Quando é rodada uma simulação para vários anos, o usuário pode visualizar o resultado da

simulação para os diferentes anos simulados nas abas Tabelas e Gráficos (Fig. 13B).

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Figura 13 ‒Tela de resultados do programa PhenoGlad com a evolução dos estágios vegetativos e estágios de desenvolvimento (DVS) da cultura em uma simulação com 1 ano (A) e uma simulação com 5 anos (B)..

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Os resultados da simulação podem ser visualizados de forma resumida em uma tabela

(Fig. 14). Nesta tabela é informado a data de ocorrência e o dia juliano dos principais estágios

de desenvolvimento vegetativos e reprodutivos da cultura, os dias após o plantio (DAP, se a

simulação for iniciada a partir da data de plantio) ou dias após a emergência (DAE, se a

simulação iniciar a partir da data de emergência), o número de folhas (NF) e a definição de

cada um dos estágios.

Também há a opção de visualizar o arquivo .txt com os resultados detalhados da

simulação, no qual é informado o dia do ano (Dia), o ano da simulação (Ano), a temperatura

mínima (TMin), máxima (TMax) e média (TMed) de cada dia, a função de resposta à

temperatura calculada pelo modelo (fTMed), a evolução diária dos estágios de

desenvolviemnto do modelo (DVS), o número de folhas acumulado diariamente (CLN) e os

estágios vegetativos (V_Stage), que é resultado do arredondamento dos valores de CLN (Fig.

15). Este resultado da simulação fica armazenado na mesma pasta em que o programa foi

salvo.

Figura 14 ‒Tela de resultados do programa PhenoGlad com a tabela resumida de resultados de uma simulação informando a data de ocorrência dos estágios de desenvolvimento vegetativos e reprodutivos da cultura.

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Figura 15 ‒Arquivo de texto com os resultados gerados pelo programa PhenoGlad com os resultados detalhados da simulação das seguintes variáveis: Dia, Ano, TMin, TMax, TMed, fTMed, DVS, CLN, V_Stage.

7. VALIDAÇÃO DO MODELO

A validação da emissão de folhas e fenologia do modelo PhenoGlad foi realizada com

dados de número de folhas (CLN) e estágios de desenvolvimento (DVS) coletados em

experimentos de campo realizados em Santa Maria, Itaqui, Frederico Westphalen e numa

lavoura comercial de gladíolo no RS e em Curitibanos, em SC. Um resumo dos resultados da

avaliação do modelo com os dados independentes é apresentado na Fig. 16.

O desempenho do modelo em simular o CLN e o número final de folhas (FLN) em

todas as datas de plantio e locais está na Fig. 16A e 16B. A Fig. 16C mostra o desempenho

geral do modelo em simular os estágios de desenvolvimento de gladíolo a partir da data de

emergência e a partir do plantio (Fig. 16D). O modelo teve bom desempenho em simular o

CLN, o FLN e a fenologia da cultura do gladíolo, com um desempenho levemente superior

quando iniciou a partir da data de emergência do que quando iniciou no plantio.

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Figura 16 ‒Número de folhas observado versus simulado (A), número final de folhas (B), e dias após o plantio (DAP) com o modelo PhenoGlad rodando a partir da emergência (C) e dias após o plantio (DAP) com o modelo PhenoGlad rodando a partir da data de plantio (D) dos estágios de desenvolvimento emergência (VE), espigamento (R1), desenvolvimento dos botões florais (R2), início da antese (R3), metade da antese (R3.4), início da senescência da haste floral (R3.5), metade da senescência da haste floral (R3.6), final da antese (R4) e senescência completa da haste floral (R5). Dados de todos os locais no Rio Grande do Sul (Santa Maria, Itaqui e Frederico Westphalen) e datas de plantio nos anos 2011 a 2014 estão agrupados. A linha sólida é a linha 1:1. As inserções são os resíduos. RMSE = raíz do quadrado médio do erro, BIAS= índice BIAS, dw= índice de concordância, r= coeficiente de correlação, MSEs= erro sistemático, MSEu= erro não sistemático, n= número de observações.

A habilidade do modelo PhenoGlad em simular os estágios vegetativos e reprodutivos

para seis cultivares de gladíolo cultivadas em uma lavoura comercial de gladíolo em Santa

Maria em 2015 estão representados na Fig. 17. O modelo foi rodado a partir da data de

plantio para a maioria das cultivares, exceto para a cultivar Green Star (Fig. 17C), em que o

modelo foi rodado a partir da data de emergência pois a fase de brotação dos cormos não foi

bem simulada pelo modelo. Os estágios V, o FLN e a evolução do DVS foram bem

simulados pelo modelo PhenoGlad. As setas indicam a utilidade do modelo em ser usado

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como ferramenta de apoio à tomada de decisão para realização de práticas de manejo a

campo.

Figura 17 ‒Estágios de desenvolvimento (DVS) e estágios vegetativos (Estágios V) observados e simulados com o modelo PhenoGlad rodando a partir da emergência em função de dias após o plantio para seis cultivares de gladíolo (A= Purple Flora, B= Amsterdã, C= Green Star, D= White Goddess, E= Jester, F= Gold Field) cultivados em uma lavoura comercial em Santa Maria, RS, Brasil. O modelo foi rodado a partir da data de plantio para todas as cultivares, exceto para a cultivar Green Star, que foi rodada a partir da data de emergência. As setas representam a data recomendada da adubação nitrogenada de cobertura, no estágio V3 (setas em azul) e o ponto de colheita da cultura (setas em alaranjado). A data de plantio foi em 27 de julho de 2015.

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A avaliação do modelo PhenoGlad em simular danos por frio e por calor foi realizada

a partir da tabela de contingência 2 x 2 (WILKS, 2006). Neste método, a frequência de erros

do modelo foi calculado através do número de observações do evento que o modelo foi capaz

de prever ou acurácia do modelo. A frequência de falsos alarmes (quando o evento foi

previsto para ocorrer pelo modelo mas não ocorreu) e a taxa de acerto, ou seja, a taxa correta

de previsão do número de vezes que o evento ocorreu e foi também previsto pelo modelo. A

acurácia do modelo variou de 77 a 100% e a taxa de acerto variou de 36 a 100% em Santa

Maria para previsão de danos por altas e baixas temperaturas.

Apesar de já ter sido testado, os testes do modelo PhenoGlad com dados

independentes continuarão sendo realizados pelo Grupo de Agrometeorologia da UFSM.

Fora do Rio Grande do Sul, o modelo foi testado para as condições de Santa Catarina.Assim,

o modelo PhenoGlad pode ser usado para cultivares cultivadas em outros locais do Brasil,

desde que os dados meteorológicos de entrada sejam do local onde as plantas são cultivadas.

8. DIREITOS, PERMISSÃO E CONDIÇÕES DE USO

Os direitos autorais do PhenoGlad são da Universidade Federal de Santa Maria e de

seus autores. Não é permitida a comercialização do Software PhenoGlad, em nenhuma forma.

O uso do modelo PhenoGlad é permitido em trabalhos científicos e técnicos, desde que seja

citado como “Modelo PhenoGlad” usando a referência:

UHLMANN, L. O. PhenoGlad: um modelo de simulação do desenvolvimento em

gladíolo.2016. 108p. Dissertação (Mestrado em Agronomia) ­ Universidade Federal de Santa

Maria, Santa Maria, RS, 2016.

São de inteira responsabilidade do usuário os resultados da simulação. Os autores do

PhenoGlad não se responsabilizam pelo uso indevido do software e por resultados

decorrentes do uso errado do modelo.

Antes do primeiro uso, todo usuário do PhenoGlad deve informar à Equipe do

PhenoGlad que irá usar o software e onde usarão os resultados (pesquisa, ensino, extensão,

consultoria ou aula), enviando mensagem de e­mail ao Prof. Nereu Augusto Streck

([email protected]; [email protected]).

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9. DÚVIDAS E INFORMAÇÕES

Para informações, dúvidas, críticas e sugestões sobre o funcionamento do programa

PhenoGlad, entre em contato com a equipe PhenoGlad:

Universidade Federal de Santa Maria

Departamento de Fitotecnia, Sala 02

Centro de Ciências Rurais

Av. Roraima, 1000 – Campus Camobi, Prédio 77, Sala 02

97105­900, Santa Maria – RS.

A/C Prof. Nereu Augusto Streck

Site: www.ufsm.br/phenoglad

E­mail: [email protected], [email protected], [email protected]

Facebook: https://www.facebook.com/phenoglad

10. AGRADECIMENTOS

Os autores do PhenoGlad agradecem ao CNPq, à CAPES, à FAPERGS e à UFSM

(Programas FIT e FIT Jr.) pelas bolsas de doutorado, mestrado, iniciação científica e

iniciação tecnológica durante os vários anos (de 2011 a 2016) em que foram realizados

experimentos de campo para calibrar e testar o modelo PhenoGlad no Rio Grande do Sul e

em Santa Catarina. Especiais agradecimentos ao Departamento de Fitotecnia da Universidade

Federal de Santa Maria, pelo apoio durante o desenvolvimento do software; aos Programas de

Pós­graduação em Agronomia (PPGAgro) e em Engenharia Agrícola (PPGEA) da UFSM,

pelas dissertações e teses que deram suporte científico para o software. Ao Departamento de

Linguagens e Sistemas de Computação e ao Curso de Ciência da Computação da UFSM, por

oferecerem condições propícias ao desenvolvimento do trabalho. Às equipes da UFSM ­

Campus de Frederico Westphalen, UNIPAMPA ­ campus Itaqui e UFSC ­ Campus

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Curitibanos, por possibilitarem que parte dos experimentos de campo fossem realizados em

suas instituições e pela valiosa ajuda na coleta de dados nos experimentos que serviram para

teste do modelo. Um especial agradecimento ao produtor de gladíolo de Santa Maria, sr.

Milton Cauzzo e à sua família, que possibilitou que realizássemos um experimento de campo

na sua propriedade para testar o modelo nas condições de uma lavoura comercial em 2015.

Agradecemos também ao sr. Adair Belli pela ajuda na obtenção dos bulbos de gladíolo

usados em todos experimentos.

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11. REFERÊNCIAS

BURG, S. P. Postharvest physiology and hypobaric storage of fresh produce. Florida: CABI Publishing; USA, 2004. 670p. HERTOGH, A. de. Holland bulb forcer’s guide. 5. ed. Hillegom: International Flower Bulb Center; Netherlands, 1996. INTERNATIONAL FLOWER BULB CENTRE. Gladiolus as cut flowers: Guidelines for cut flower production. The Netherlands: International Flower Bulb Centre, 2011. SCHWAB, N. T. et al. A phenological scale for the development of Gladiolus. Annals of Applied Biology, United Kingdom, v. 166, n. 3, p. 496­507, mai. 2015a. SHILLO, R.; HALEVY, A. H. The effects of various environmental factors on flowering of gladiolus. III. Temperature and moisture, Scientia Horticulturae, Amsterdam, v. 4, n. 2, p. 147­155, dez. 1976. SHILLO, R.; SIMCHON, S. Effect of water content and storage temperature of gladiolus corms on flowering. Scientia Horticulturae, Amsterdam, v. 1, n. 1, p. 57­62, jan. 1973. WANG, E.; ENGEL, T. Simulation of phenological development of wheat crops. Agricultural Systems, London, v. 58, n. 1, p. 1­24, set. 1998. WILKS, D. S. Forecast validation. In: WILKS, D. S, edn. Statistical methods in the atmospheric sciences. 2. ed. Burlington: Elsevier, 2006. p.255­336.

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12. LISTA DE ABREVIATURAS

BIAS Índice BIAS

CF Fator de correção

CLN Número de folhas acumuladas

DAP Dias após o plantio

DVS Estágio de desenvolvimento

dw Índice de concordância

f(T) Função de resposta à temperatura

FLN Número final de folhas

INMET Instituto Nacional de Meteorologia

LAR Taxa da aparecimento de folhas

LARmax Taxa máxima de aparecimento de folhas

MSEns Erro não­sistemático

MSEs Erro sistemático

PL Plantio

r Taxa de desenvolvimento diário e coeficiente de correlação

R1.0 Espigamento

R2 Desenvolvimento dos botões florais

R3 Início da antese

R3.4 Metade da antese

R3.5 Início da senescência da haste floral

R3.6 Metade da senescência da haste floral

R4 Final da antese

R5 Senescência completa da haste floral

rmax Taxa máxima de desenvolvimento diário

rmaxf Taxa máxima de desenvolvimento durante a sub fase de florescimento

rmaxh Taxa máxima de desenvolvimento durante a sub fase de espigamento

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rmaxs Taxa máxima de desenvolvimento durante a fase de brotação dos cormos

rmaxv Taxa máxima de desenvolvimento durante a fase vegetativa

RMSE Raíz do quadrado médio do erro

T Temperatura média diária do ar

Tb Temperatura basal inferior

TB Temperatura basal superior

Topt Temperatura ótima

UFSC Universidade Federal de Santa Cataria

UFSM Universidade Federal de Santa Maria

UNIPAMPA Universidade Federal do Pampa

V1 Primeira folha

V2 Segunda folha

V3 Terceira folha

VE Emergência

VF Folha bandeira

Vn Enésima folha

WE Modelo de Wang e Engel