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    ORIENTAES PARA A ORGANIZAO

    DOS TRABALHOSPARA O ANO LETIVO DE 2012

    ANOS FINAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL EENSINO MDIO

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    SSUUMMRRIIOO

    Introduo ............................................................................................................................................. 4

    Linguagens, Cdigos e suas Tecnologias ................................................................................................ 5

    1. Sequncias de Atividades ........................................................................................................... 11

    1.1. Matando a charada ................................................................................................................................ 11

    1.2. Ritmo e Poesia ........................................................................................................................................ 16

    1.3. A propaganda e o texto publicitrio ....................................................................................................... 22

    1.4. Lendo e vivendo poemas........................................................................................................................ 28

    1.5. Histrias em Quadrinhos (HQ) ............................................................................................................... 321.6. Arte, Cidade e Patrimnio Cultural ........................................................................................................ 37

    1.7. O ingls presente no dia a dia. ............................................................................................................... 44

    1.8. Our tastes and preferences illustrated ...................... ...................... ...................... ...................... ........... 47

    1.9. Foto-legenda .......................................................................................................................................... 49

    1.10.Enquete .................................................................................................................................................. 50

    1.11.Moda, msica, cinema: as mudanas de padres estticos ao longo dos anos ...................... ............... 51

    1.12.Jogos Populares e Cooperativos ............................................................................................................. 53

    1.13.Esporte Modalidades Coletivas ........................................................................................................... 58

    1.14.Organismo Humano, Movimento e Sade ............................................................................................. 65

    1.15.Corpo, Sade e Beleza ............................................................................................................................ 69

    Matemtica e suas Tecnologias ........................................................................................................... 75

    1.1. 5 srie / 6 ano do Ensino Fundamental ............................................................................................... 75

    1.2. 6 srie / 7 ano do Ensino Fundamental ............................................................................................... 84

    1.3. 7 srie / 8 ano do Ensino Fundamental ............................................................................................... 90

    1.4. 8 srie / 9 ano do Ensino Fundamental ............................................................................................... 96

    1.5. 1 srie do Ensino Mdio ..................................................................................................................... 104

    1.6. 2 srie do Ensino Mdio ..................................................................................................................... 118

    1.7. 3 srie do Ensino Mdio ..................................................................................................................... 134

    Cincias Humanas e suas Tecnologias ................................................................................................ 151

    1.1. Propostas de Atividades ....................................................................................................................... 152

    1.2. Consideraes Finais ............................................................................................................................ 158

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    1.3. Bibliografia ........................................................................................................................................... 158

    Cincias da Natureza e suas Tecnologias ........................................................................................... 1601.1. Sugesto de Atividades ........................................................................................................................ 161

    1.2. Ensino Fundamental II .......................................................................................................................... 163

    1.3. Ensino Mdio........................................................................................................................................ 170

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    IInnttrroodduuoo

    Um novo ano letivo ter incio em 01 de fevereiro. Muitas sero as expectativas de pais e

    alunos matriculados nos Anos Finais do Ensino Fundamental e no Ensino Mdio.

    um momento importante para iniciar uma parceria entre a comunidade escolar e os pais e

    responsveis. Para tanto de grande importncia que o trio gestor se prepare para receber os

    pais e responsveis que acompanham seus filhos neste primeiro momento.

    Sugerimos que seja feita uma pequena reunio para conversar com os pais e responsveis a

    respeito das normas de convivncia da Unidade Escolar. Questes como a necessidade de se

    respeitar horrios de entrada e sada, uso de uniforme, quando e como ser feita a distribuio

    do kit escolar, a necessidade de acompanhamento e participao no processo de ensino-

    aprendizagem, inclusive nas reunies bimestrais, entre outros. Caso seja possvel,

    aconselhvel a distribuio de cpia do Regimento Escolar.

    importante que pensemos tambm na recepo aos novos alunos, principalmente aqueles

    egressos do 5 e 9 anos que encontraro um ambiente escolar novo, com caractersticas

    distintas daquelas a que estavam acostumados. Sugerimos que para este grupo em especial,

    seja pensada uma acolhida por parte dos gestores e professores que trabalharo diretamentecom o grupo. Pode-se organizar, por exemplo, uma visita a todos os ambientes que a UE

    oferece. Para acompanh-los, sugerimos a formao de um comit de recepo com alunos do

    ltimo ano/srie para acompanhamento e esclarecimentos sobre as normas de convivncia,

    usos dos espaos, etc.

    Na sequncia, este documento apresentar, por rea, uma breve conversa com os professores

    e algumas sugestes de atividades que podero subsidiar os primeiros dias de aula.

    Bom trabalho a todos!

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    LLiinngguuaaggeennss,, CCddiiggooss ee ssuuaass TTeeccnnoollooggiiaass

    Somos herdeiros de um longo processo acumulativo que constantemente seamplia e se renova, sem anular a sua histria, refletindo, dessa forma, oconhecimento e a experincia adquiridos pelas geraes anteriores. amanipulao adequada e criativa desse patrimnio cultural que possibilitaas invenes humanas e o contnuo caminhar da sociedade. (1)

    A cada incio de ano letivo, muito se ouve falar em planejamento e so inmeras as maneiras

    de olhar o que foi planejado e realizado no ano anterior para que, ao reconhecer os desafios

    vencidos e aqueles ainda por vencer, novos passos sejam dados em direo ao desenho das

    aes, que sero realizadas em mais um ano de trabalho.

    O que nos estimula a experimentar e renovar? O que deve ser mantido? Estamos satisfeitos

    com os resultados alcanados? E os alunos? Os pais e a comunidade reconhecem a qualidade

    dos servios prestados pela escola?

    O que dizer, ainda, sobre a relevncia dos estudos na rea de Linguagens, Cdigos e suas

    Tecnologias? Muito alm da importncia da comunicao, esto a constituio dos significados

    e a construo de sentidos que embasam os processos de aprendizagem e de ensino em todasas reas do conhecimento.

    As linguagens nascem e evoluem nas prticas sociais e permeiam todas as experincias e

    necessidades da vida em sociedade e da interao humana. Assim, para viabilizar os processos

    de construo de conhecimentos, a escola deve criar condies para que o trabalho com as

    diferentes linguagens seja capaz de mobilizar os indivduos, para o desenvolvimento das

    capacidades de percepo de si mesmo, do outro e do mundo.

    Compreender e utilizar os sistemas simblicos das diversas formas de expresso humana (2),

    emitir, conhecer e confrontar opinies e contextos de produo, assim como entender os

    impactos das tecnologias de comunicao e de informao so competncias que o professor

    deve priorizar ao organizar ambientes de ensino/aprendizagem e aes pedaggicas, com

    (1) So Paulo (Estado) Secretaria da Educao. Currculo do Estado de So Paulo: Linguagens, cdigos e suas tecnologias.Coordenao geral, Maria Ins Fini; coordenao de rea, Alice Vieira. So Paulo: SEE, 2010, p. 26.

    (2)Vide PCN Ensino Mdio rea de Linguagens, cdigos e suas tecnologias. Disponvel em:http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/14_24.pdfAcesso em 19/01/2012.

    http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/14_24.pdfhttp://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/14_24.pdfhttp://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/14_24.pdf
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    vistas ao desenvolvimento de indivduos que possam protagonizar procedimentos

    comunicativos de forma articulada e produtiva nos contextos social, histrico e cultural nos

    quais se constituem.

    Alm de objetos de estudos e de anlises, as linguagens devem ser consideradas, tambm,

    instrumentos de acesso a informaes e a produes culturais de todos os povos. As atividades

    propostas em cada uma das disciplinas que compem a rea de Linguagens, Cdigos e suas

    Tecnologias (LCT) devem favorecer o desenvolvimento e a integrao das diferentes formas de

    comunicao e de construo de sentidos: oral, escrita, iconogrfica, sonora e corporal, bem

    como privilegiar a incluso social e o respeito heterogeneidade e diversidade cultural.

    Dessa forma, a partir do princpio de que essas capacidades so desenvolvidas na interao,

    destacamos a importncia da mediao do professor em situaes de aprendizagem

    desafiadoras e provocadoras de produo de linguagens, de forma que os alunos possam

    compreender seu funcionamento e os contextos sociais e culturais de uso.

    Nos primeiros dias de aula, os professores da rea de LCT devem observar alguns aspectos,

    para que, conhecendo os alunos e suas necessidades, elaborem seus planos de ensino de

    modo a contemplar retomadas ou avanos que sejam significativos.

    Em Lngua Portuguesa, para as sries finais do Ensino Fundamental e no Ensino Mdio,

    recomenda-se observar, por exemplo, em relao linguagem oral, se o aluno expe, de

    forma clara, suas ideias; se consegue argumentar em defesa de seu ponto de vista e se utiliza a

    fala de forma adequada a diferentes interlocutores e situaes de comunicao.

    Quanto leitura, vale observar se o aluno compreende e capaz de se expressar sobre o que

    l; se reconhece e diferencia os diversos suportes textuais e os gneros textuais j estudados,

    e quais relaes estabelece com o texto literrio.

    Quando o foco da observao a produo escrita do aluno, importante verificar se escreve

    convencionalmente, sem marcas de oralidade e se escolhe estruturas composicionais

    adequadas ao tipo de texto e ao objetivo a que se prope. relevante verificar, ainda, se h

    clareza e coerncia em seu texto e se consegue utilizar adequadamente os elementos

    coesivos.

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    A prtica de anlise lingustica busca a reflexo sobre o uso da lngua sob dois aspectos: a

    deciso sobre a melhor forma de registrar as ideias, de forma clara, coerente e coesa, sem

    erros ortogrficos e de pontuao; o outro aspecto diz respeito s classificaes ou s

    referncias s regras gramaticais.

    No incio do trabalho com turmas de 6 ano, importante que os professores possam verificar

    se nessa etapa de escolaridade o aluno capaz de(3):

    interagir produtivamente em situaes de intercmbio oral, ao ouvir com ateno,

    compreender explicaes, explicar, manifestar opinies, argumentar e contra-

    argumentar;

    planejar e realizar exposies orais, inclusive fazendo uso de textos escritos;

    compartilhar a escolha de obras literrias, a leitura, a escuta, os comentrios e os

    efeitos das obras lidas;

    selecionar textos para leitura, de acordo com seus propsitos e a natureza dos temas;

    demonstrar certa autonomia ao buscar recursos para compreender ou superar

    dificuldades de compreenso durante a leitura;

    reescrever e/ou produzir textos escritos, utilizando a escrita convencional e

    considerando o contexto de produo; revisar textos (prprios e de outros), posicionando-se como leitor crtico para garantir

    a adequao composicional e a correo gramatical.

    Todas as habilidades e competncias desenvolvidas nos processos de ensino e de

    aprendizagem da lngua materna so importantes quando se trata do estudo de uma lngua

    estrangeira. PAIVA (2005)(4) menciona as contribuies ao ensino comunicativo trazidas pela

    anlise do discurso, com reflexes sobre a interao na sala de aula e sobre discurso e ensino

    de lnguas. A autora aponta que:

    1. a lngua deve ser entendida como discurso, ou seja, um sistema para expressar

    sentido;

    2. deve-se ensinar a lngua e no sobre a lngua;

    (3) SO PAULO (Estado) Secretaria da Educao. Orientaes Curriculares do Estado de So Paulo. Lngua Portuguesa eMatemtica, Ciclo 1. So Paulo: FDE, 2008.

    (4) PAIVA, V.L.M.O. Como se aprende uma lngua estrangeira? In: ANASTCIO, E.B.A.; MALHEIROS, M.R.T.L.; FIGLIOLINI, M.C.R.(Orgs).Tendncias contemporneas em Letras. Campo Grande: Editora da UNIDERP, 2005. p. 127-140

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    3. a funo principal da lngua a interao com propsitos comunicativos;

    4. os aprendizes devem ter contato com amostras de lngua autntica;

    5. a fluncia to importante quanto a preciso gramatical;

    6. a competncia construda pelo uso da lngua;

    7. deve-se incentivar a criatividade dos alunos;

    8. o erro deve ser visto como testagem de hipteses;

    9. a reflexo sobre os processos de aprendizagem deve ser estimulada de forma a

    contribuir para a autonomia dos aprendizes;

    10.a sala de aula deve propiciar a aprendizagem colaborativa.

    O aluno deve perceber que a construo do conhecimento no um processo estanque, comos assuntos divididos em reas rigidamente compartimentadas. Ao contrrio: todas as reas

    do conhecimento podem e devem se relacionar, contribuindo para o crescimento dos alunos,

    como indivduos e cidados conscientes e participativos.

    No caso especfico do ingls, fundamental que eles percebam que tm muitas oportunidades

    de contato com o idioma no seu dia a dia: por meio de filmes e msicas, por exemplo, e de

    palavras inglesas usadas no Brasil, seja no original (delivery, self-service skate), seja

    como termos aportuguesados (futebol, pnalti, gol, hambrguer). Alm disso, o ingls a

    lngua mais usada na internet, qual mais e mais alunos tm acesso, e muito importante no

    mercado de trabalho. Com a ajuda desse idioma, os alunos podem se comunicar com pessoas

    do mundo inteiro, recebendo informaes sobre outros povos e falando sobre ns. O objetivo

    maior aprender a conviver com as diferenas e a valorizar o que h de positivo em todas as

    culturas.

    A oferta do idioma espanhol no Ensino Mdio objetiva fundamentalmente formao global

    do aluno como cidado. Busca integrar a nossa cultura dos pases vizinhos atravs do idioma,

    no apenas considerando a sua especificidade enquanto lngua estrangeira para os brasileiros,

    mas tambm observando as semelhanas entre os dois idiomas.

    importante ressaltar que, respeitadas as diferentes situaes de ensino, as habilidades de

    compreenso e produo oral, de compreenso e produo escrita e de leitura devem ser

    trabalhadas pelo professor. Atravs de uma abordagem contrastiva, o ensino de espanhol

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    deve levar os alunos a superarem preconceitos e esteretipos sobre a lngua, contribuindo

    para a incluso social, tnica e cultural(5).

    Chamamos a ateno para o fato de que a comunicao humana no se realiza somente por

    meio da linguagem verbal. Fazer, conhecer e apreciar arte em suas quatro linguagens tambm

    so formas de compreender o mundo e participar de prticas culturais. Artes Visuais, Dana,

    Msica e Teatro constituem representaes humanas que resultam em produes culturais

    que precisam fazer parte do cotidiano escolar. Fazer arte materializar sua experincia e

    percepo do mundo, transformando o fluxo de movimentos em algo visual, textual ou

    musical. A arte cria uma espcie de comentrio.(6)

    H nesse modo de comentar o mundo e as coisas da vida uma elaborao, uma construo

    que somente configurada pela ao de um gesto criador. Pode nascer de um convite, de uma

    proposta, de um projeto, quer esse seja uma provocao de outro ou encontre seu embrio

    nas perguntas que o prprio fazedor de prticas artsticas se faz, lanando-as de volta ao

    mundo.(7)

    Metodologicamente, de acordo com os PCN de Arte e o Currculo, o ensino de arte, visto

    como rea de conhecimento e linguagem, dever se dar de forma a articular trs eixos

    metodolgicos, a saber:

    Criao/produo em arte o fazer artstico.

    Fruio esttica apreciao significativa da arte e do universo a ela relacionado,

    leitura, crtica.

    Reflexo: a arte como produto da histria e da multiplicidade de culturas. Esses trs

    eixos metodolgicos, presentes na proposta triangular de Ana Mae Barbosa, articulam-

    se com a fundamentao filosfica da proposta com a concepo dos territrios de

    Arte e Cultura, que abrem possibilidades para o mergulho em conceitos, contedos e

    experincias estticas nas linguagens da Arte, colocando-a como objeto de estudo.(8)

    (5) Disponvel em: http://cenp.edunet.sp.gov.br/Portal/PropostaCurricularEspanholEM.doc. Acesso em 19/01/2012.(6) SO PAULO (Estado) Secretaria da Educao. Currculo do Estado de So Paulo Linguagens, Cdigos e suas Tecnologias, So

    Paulo: SEE, 2010. p. 145.(7)

    Idem.(8) Idem. p. 153.

    http://cenp.edunet.sp.gov.br/Portal/PropostaCurricularEspanholEM.dochttp://cenp.edunet.sp.gov.br/Portal/PropostaCurricularEspanholEM.dochttp://cenp.edunet.sp.gov.br/Portal/PropostaCurricularEspanholEM.dochttp://cenp.edunet.sp.gov.br/Portal/PropostaCurricularEspanholEM.doc
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    A Educao Fsica, disciplina que se responsabiliza pela socializao e construo de

    conhecimentos relativos cultura de movimento representada por ginstica, jogo, esporte,

    luta, atividades rtmicas e brincadeiras, que correspondem a um patrimnio sociocultural que

    foi criado, aperfeioado, transformado e transmitido de gerao em gerao. Na escola, a

    cultura de movimento pode ser interpretada, compreendida e interagida enquanto um

    conjunto de produo e reproduo dinmica de significados/sentidos, fundamentos e

    critrios desse patrimnio sociocultural, que delimita, dinamiza e/ou constrange o Se

    Movimentar dos sujeitos, base do nosso dilogo expressivo com o mundo. A apropriao dos

    saberes envolvidos nessas atividades so especialmente relevantes para uma melhor

    qualidade de vida.

    Ao longo da escolarizao no ciclo II, do Ensino Fundamental, as habilidades e competncias

    referentes Educao Fsica podem ser assim expressas(9):

    identificar as modalidades de cada prtica da cultura de movimento;

    reconhecer as caractersticas especficas e de funcionamento de cada prtica da

    cultura de movimento;

    comparar as caractersticas entre cada prtica da cultura de movimento;

    estabelecer relaes entre cada prtica da cultura de movimento, bem como, entre os

    eixos temticos que permeiam a aprendizagem.

    A seguir, sugestes de atividades para os primeiros dias de aula. So momentos em que o

    professor pode conhecer as turmas e observar o desempenho dos alunos para elaborar seu

    planejamento para 2012. So propostas que abrem possibilidades para que os alunos

    participem de forma dinmica das situaes de aprendizagem, envolvendo saberes que

    integram a rea de LCT, ora priorizando habilidades e competncias de uma disciplina, ora de

    outra.

    importante que o professor, em seu papel de mediador, favorea a motivao, abra

    caminhos, problematize, proponha experincias que permitam aos alunos articular novos

    conhecimentos queles j conquistados anteriormente. Promover junto aos alunos o hbito de

    refletir sobre o prprio processo de aprendizagem, analisando seus ritmos pessoais, avanos e

    (9)SO PAULO (Estado) Secretaria da Educao. Currculo do Estado de So Paulo Linguagens, Cdigos e suas Tecnologias, SoPaulo: SEE, 2010.

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    dificuldades um encaminhamento desejvel, pois auxilia o professor em suas tomadas de

    deciso, respeitando a diversidade e as relaes que se estabelecem no contexto

    ensino/aprendizagem.

    1. Sequncias de Atividades1.1. Matando a charada

    Recomendao: 6 e 7 anos do Ensino Fundamental

    Elaborao: Equipe Tcnica de Lngua Portuguesa

    Apresentao:

    Decifrar uma charada significa encontrar uma soluo, achar uma sada para resolver

    um problema. Trazer o tema para a sala de aula constitui-se uma forma ldica de

    busca pelo envolvimento do aluno para compreender e, de certa forma, participar da

    narrativa, experimentando sensaes, ainda que na imaginao, como se fizesse parte

    do enredo.(10)

    As atividades propostas nesta sequncia oferecem ao professor a oportunidade de ser

    mediador num processo permeado pela lngua, como prtica social, em que os

    alunos, de forma prazerosa e divertida, buscam estratgias para realizar as tarefas

    propostas.

    Objetivos:

    Oferecer oportunidade de leitura com compreenso de um conto de tradio

    oral.

    Criar condies para a decifrao de um enigma.

    Oferecer oportunidade para que os alunos elaborem texto narrativo para

    explicao da soluo de um problema.

    (10) Para saber mais: Cordioli, Rosemarie Giudilli (2001). De Charadas e Adivinhas: o continuum do contar em ngela Lago.Disponvel em: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8156/tde-19052002-190026(Acesso em 12/01/2012)

    http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8156/tde-19052002-190026http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8156/tde-19052002-190026http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8156/tde-19052002-190026http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8156/tde-19052002-190026
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    Oferecer oportunidade de produo escrita de texto narrativo para dar

    continuidade histria.

    Promover a socializao das produes.

    Recursos materiais:

    Giz e lousa.

    Papel pardo (recomendvel, mas opcional).

    Livros com contos infantis (recomendveis, mas opcionais).

    Aparelho de som (opcional).

    Cpias para os grupos (opcional).

    Contedo:

    Conto e Charada(autor desconhecido)

    Aconteceu h muitos e muitos anos, num reino bem distante. Rufino, Laurindo e Bertoldo foram pegos roubando e o rei, como castigo, tratou de mand-los para o calabouo. Noentanto, como era muito generoso, decidiu oferecer-lhes uma chance de liberdade e pediu aosguardas que os trouxessem sua presena.

    Mandou que os trs formassem uma fila. Ordenou que se mantivessem absolutamenteimveis, um atrs do outro, de olhos fechados, e colocou chapus em suas cabeas. Aosguardas ordenou que garantissem o respeito s regras estabelecidas.

    Disse a eles, ento, que se decifrassem uma charada, poderiam ser libertados.

    Procedimentos:

    1 momento

    a) Converse com os alunos sobre o desafio que vai propor: decifrar umacharada.

    b) Conte ou leia a histria (que pode ser apresentada em folha de papel

    pardo), em seguida divida a turma em duplas ou trios e, se possvel,

    distribua cpias apenas do trecho inicial e do pedao em que aparece

    a charada. Conforme suas condies, use a lousa, ou exponha a folha

    de papel pardo na qual transcreveu essas duas partes. importante

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    que os alunos tenham o texto no caderno. Esta a charada proposta

    pelo rei aos trs infratores da Lei, Rufino, Laurindo e Bertoldo:

    Cada um de vocs est com um chapu e nenhum de vocs sabe deque cor o chapu em sua cabea. O primeiro que adivinhar de quecor o chapu que est em sua cabea, ser libertado. Para ter essedireito preciso manter-se em fila, no olhar para os lados, nem paratrs. Dou dicas: somente h chapus na cor preta e na cor branca.Pelo menos um chapu preto. Pelo menos um chapu branco.

    c) Faa uma leitura da charada e certifique-se de que todos

    compreenderam a proposta do rei.

    d) importante que os alunos possam visualizar os trs homens:desenhe suas figuras (sem os chapus) na lousa ou traga-as num

    cartaz para exibir ao ler a histria para a turma.

    e) Converse com os alunos sobre como imaginam ser os personagens; os

    cenrios onde acontecem as aes, a poca, o tempo decorrido etc.

    f) Pea que cada grupo faa um pargrafo, pelo menos, em que

    apaream as descries dos personagens e dos cenrios.

    g) Circule pela turma para acompanhar as produes que podem ser

    terminadas em casa, para serem apresentadas na prxima aula porum representante da dupla ou do trio. Sugira, por exemplo, que o

    texto seja ilustrado por colagem ou desenho.

    2 momento

    a) Retome a histria e promova a socializao dos pequenos textos

    produzidos.

    b) Aps as leituras, faa comentrios sobre a forma como imaginaram

    cenrios, personagens e relembre com eles outros contos que podem

    ter colaborado para a construo de certas impresses ou imagensem suas criaes.

    c) Solicite aos alunos que faam ilustraes com os personagens e

    cenrios que imaginaram, colorindo-os. No se esquea de avis-los

    para no colorirem os chapus. Se o professor tiver a possibilidade de

    ilustrar sua conversa com livros, por exemplo, uma boa ideia.

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    d) Em seguida, apresente aos alunos o final do conto, que traz tambm

    o desafio para a turma, e pea-lhes que copiem, completando as trs

    partes em que foi dividida a histria.

    Quando o rei pediu que abrissem os olhos, Rufino no podia vernenhum chapu. Laurindo podia ver o chapu de Rufino, mas no oseu. Bertoldo podia ver os chapus de Rufino e de Laurindo, mas oseu, no. Depois de um minuto, ningum ainda havia resolvido o

    problema, mas pouco tempo depois, um deles decifrou a charada efoi libertado.

    e) Faa uma leitura expressiva do texto completo para a classe e, em

    seguida, apresente a charada:

    O desafio da turma descobrir: quem matou a charada, como sediz popularmente, e como conseguiu resolver o problema proposto

    pelo rei, ganhando a liberdade.

    3 momento

    a) Retome com a turma o texto, j completo, que copiaram no caderno

    ou exponha o seu na lousa (pode ter sido previamente escrito em

    papel pardo, em trs partes, agora unidas). Pea aos alunos que

    faam uma leitura silenciosa e, em seguida, proponha a leitura em

    voz alta por alguns alunos.

    b) Retome a questo e pea que resolvam o enigma, muito

    silenciosamente, em duplas ou trios. Estabelea o tempo para isso.

    c) O grupo que descobrir a resposta deve solicitar a presena do

    professor para dizer secretamente a ele, quem (Rufino, Laurindo ou

    Bertoldo) e como soube a cor do chapu que estava em sua cabea.

    d) Se a resposta estiver certa, pea para que o grupo escreva a

    explicao da soluo do enigma, que ser socializada depois. As

    respostas podem ser semelhantes, mas as explicaes podero

    apresentar diferentes elaboraes. O importante socializar e

    comentar semelhanas e diferenas, para promover o respeito

    diversidade e forma adequada de se expressar. Um exemplo de

    resposta:

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    Quem decifrou a charada foi Laurindo, porque Bertoldo, que era oultimo da fila, no disse nada. Se Laurindo e Rufino (que estavam emsua frente) estivessem ambos com chapus da mesma cor, ento

    Bertoldo saberia de que cor era o chapu que estava em sua cabea.Mas, se Bertoldo no sabia, era porque provavelmente um estavacom chapu preto e o outro com chapu branco.

    Por esta razo, Laurindo, ao notar que o chapu de Rufino (queestava em sua frente) era preto, deduziu que o chapu que estava emsua cabea era branco.

    Alguma dupla ou trio pode chegar concluso de que Laurindo

    decifrou a charada ao ver que o chapu de Rufino era branco e, por

    isso, deduziu que o seu era preto.

    Discuta com a classe as duas possibilidades, mostrando as figuras na

    lousa, lembrando as palavras do rei e exemplificando ao colocar e

    retirar os chapus (pretos e brancos) das figuras.

    Aps os grupos chegarem a um acordo sobre a soluo da charada,

    pea que os alunos pintem os chapus que desenharam, de acordo

    com a resposta correta.

    e) Nesta etapa possvel pedir aos grupos que recontem a histria, e

    como quem conta um conto, aumenta um ponto Pea a eles que

    elaborem um desfecho para a narrativa.

    Faa breves questionamentos, por exemplo, sobre o que imaginam

    ter acontecido com Laurindo ao ganhar a liberdade, ou com os outros

    prisioneiros. interessante retomar as caractersticas que atriburam

    aos personagens anteriormente. Pea-lhes tambm para dar um

    ttulo ao conto.

    Circule pela classe para acompanhar e revisar as produes. Oscontos devero ser apresentados na prxima aula, em leitura

    expressiva, por um representante do grupo.

    4 momento

    a) o momento em que os grupos devem recontar a histria, fazer suas

    apresentaes e disponibilizar para os colegas os contos produzidos.

    O professor pode organizar essa socializao com a classe. Se

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    possvel, estimul-los a trazer trilha sonora, para propiciar um clima

    diferenciado, adequado leitura expressiva dos contos.

    Outras sugestes de atividades:

    o O professor pode solicitar a 4 alunos que produzam uma

    encenao recontando a charada conforme ela foi proposta,

    ou, pode solicitar que eles criem a continuao da histria

    nessa encenao.

    o Pode-se solicitar aos alunos que pesquisem e tragam outras

    charadas para serem lidas, ilustradas ou encenadas em grupo.

    Desdobramentos:

    a) As atividades realizadas devem propiciar ao professor um diagnstico

    inicial, relevante para o planejamento de seu trabalho.

    b) importante observar nas produes dos alunos o uso adequado ou

    inadequado da lngua e dos recursos lingusticos e composicionais

    apropriados ao texto solicitado, alm de verificar em que medida os

    alunos utilizam os conhecimentos prvios e o raciocnio lgico para

    encontrar a soluo da charada.

    1.2. Ritmo e PoesiaRecomendao: 8 e 9 anos do Ensino Fundamental

    Elaborao: Equipe Tcnica de Lngua Portuguesa

    Apresentao:

    O movimento hip hop faz parte da diversidade de culturas juvenis de nossos dias e

    aqueles que participam desse movimento so considerados protagonistas de seu

    processo de desenvolvimento, com grande visibilidade principalmente nos ambientes

    urbanos. Suas produes artsticas atingem a sociedade e principalmente as periferias

    das cidades. O rap (rhythm and poetry) uma espcie de canto falado originado na

    frica, adaptado msica jamaicana na dcada de 1950, que chegou at ns, por

    influncia da cultura dos guetos dos negros americanos de Nova Iorque. As letras das

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    canes, constitudas de longos relatos sobre o dia a dia dos jovens, muitas vezes so

    denncias de excluso social e cultural, violncia policial e discriminao social, mas

    h composies com outros temas, inclusive raps evanglicos.

    No rap, a letra assemelha-se a um discurso com muita informao; h pouca melodia

    e o ritmo caracteriza-se por ter uma batida acelerada, rpida. Geralmente ele

    acompanhado por danas com movimentos rpidos e malabarismos corporais.

    Trazer o rap para a sala de aula importante para aproximar as prticas culturais dos

    alunos das atividades escolares, a fim de proporcionar a eles a oportunidade de atuar

    de forma propositiva, podendo contribuir para a soluo de problemas e mesmo para

    a transformao social.

    Objetivos:

    retomar as caractersticas da tipologia relatar;

    propiciar momentos de contato com diferentes possibilidades lingusticas

    para expressar-se sobre determinado tema;

    oferecer oportunidade para que os alunos;

    oferecer oportunidade para que os alunos:o produzam letra e msica de rap;

    o produzam coreografias artsticas no gnero;

    o trabalhem com movimentos corporais, atribuindo-lhes significados;

    o trabalhem com a lngua inglesa;

    o apresentem suas produes.

    Recursos materiais:

    giz e lousa;

    dicionrio da Lngua Inglesa;

    aparelho de som, TV, aparelho de DVD e/ou recursos de Tecnologia da

    Informao Computacional (computador, projetor, internet);

    CD/DVD com a msica 1967, de Marcelo D2.

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    Contedo:

    1967(11)

    1967, o Mundo comeou, pelo menos pra mim, ea minha histria reduzida mais ou menos assim:Nascido em So Cristvo, morador de Madureira,

    desde pequeno acostumado a subir ladeiraMe lembro bem dos meus tempos de muleque

    que sempre passava as frias no final do 77Padre Miguel, sempre 10 na bateria,

    saudoso mestre Andr sempre soube o que queriaFutebol na rua F ou no campo de baixo,

    voc sabe meu tio Gentil era um esculaxoAndava pelas ruas vestindo meu bate-bola

    se tu passasse em minha frente era melhor tu sair fora

    Carnaval de rua perigoso e divertido,mas passei por tudo isso entre mortos e feridos

    Graas ao meu pai, o pessoal da Tramela, Srgio Cabrito, meu padrinho,no dava trgua

    Lembra do Cassino Bangu, de vez em quando eu ia l, curtir um funk,ver a mulherada rebolar

    Com in the Gang Iaf Band e outro mestre James Brown,era s alegria, no tinha pau

    Quero ver se tu homem manDo jeito que eu fui que eu sou

    Quero ver se tu homem manQue nem a parteira falou

    No Andara e Graja o bicho pegava mais,quando pixava muro sempre tinha um correndo atrs

    Carlos Bess, meu camarada, de vez em quando no pixe, outras na baforadaVida de muleque sempre sangue bom,calote no nibus pra ir praia no vero

    Pra ficar um pouco mais roubava no supermercado,pra mim isso nunca foi pecado

    Sempre no Maraca vendo o Mengo jogar, Zico, Adlio, Jniorfazendo a bola rolar

    Como j diz o hino, vou repetir pra voc,uma vez Flamengo, Flamengo at morrer

    Meu av Peixoto, deixou meu sangue Rubro-Negro,meu orgulho de ser carioca, meu orgulho de ser brasileiroSkate na veia, s quem tem sabe qual que ,

    a sensao e o poder de dar um rolCampo Grande, Norte Shop, street no MEC,

    a noite Circo Voador, show do Defala DomecVender camisa na Treze de Maio na situao,

    (11)Msica: 1967. Autor: Marcelo D2. lbum: Eu Tiro Onda. Pas: Brasil. Disponvel em:

    ; Acesso em 12/01/2012.

    http://centralhiphop.uol.com.br/site/?url=letras_detalhes.php&id=131http://centralhiphop.uol.com.br/site/?url=letras_detalhes.php&id=131http://centralhiphop.uol.com.br/site/?url=letras_detalhes.php&id=131http://centralhiphop.uol.com.br/site/?url=letras_detalhes.php&id=131
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    show no Garagi, Skunk, diverso de irmoMeu Master Flash, frica, Bambata, Planet Rock, Rap, Break, Graffiti,

    chegou o Hip Hop

    Cantando a vida, mas vista de um outro lado,minha apologia cumpdi, no adianta fica bolado

    Entenda se a minha rima no te faz rir, som das ruas fluindo no adianta, sai daqui

    Eu vim pra zuar, fazer barulho,falar um pouco de Mul, Sk8, Som, BagulhoSempre ligado, sempre sabendo o que quer,sempre bom da cabea, nunca doente do p

    Eu vou levando a vida juro que vou,s no sapato sempre sendo o que sou

    Refro

    Agora saiu o flow, brasileiro, carioca, Marcelo D2 na rea,se derrubar pnalti, Valeu!!!

    Procedimentos:

    1 momento

    a) Propor questes aos alunos sobre o movimento hip hop e mais

    especificamente sobre o rap.

    importante resgatar a ideia de que o rap uma combinao entre a

    linguagem verbal e a linguagem musical (ritmo e melodia). um

    subgnero do gnero cano. O rap articula o oral e o escrito, a fala

    rimada e ritmada. A escrita aparece como forma de registro da

    criao, ou mesmo do processo de produo e como encarte, no

    momento de distribuio do CD, ou ainda nas pginas da internet.

    O rap uma das manifestaes artsticas do movimento hip hop,

    assim como o break (expresso pela dana) e o grafite (expresso por

    meio do desenho). Os alunos devem conhecer inmeros grupos de

    rap e as longas letras que possibilitam a expresso de uma grande

    massa de jovens, que se identificam com as mensagens e a postura

    dos rappers. uma parcela da juventude que sente necessidade de

    msicas que falem sobre a existncia humana e a sobrevivncia, com

    variaes que vo de verses muito prximas aos repentes at raps

    evanglicos.

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    Para ampliar seus conhecimentos sobre o rap, o professor pode

    consultar o Caderno do Professor: arte, ensino fundamental 7

    srie, volume 2, da Secretaria da Educao, pginas 20 a 26.

    Exponha a letra 1967 de Marcelo D2 na lousa. Pea aos alunos que

    copiem, se achar conveniente. Se possvel, permita turma uma

    leitura com a escuta da msica. De todo modo, os alunos devem

    conhecer e podem cantar, mesmo sem o CD ou DVD ou a reproduo

    da internet. Faa com que percebam a interao entre a linguagem

    verbal e os outros recursos do rap.

    b) Se necessrio, ler e escutar mais de uma vez.

    c) Analise com os alunos como esse rap foi construdo; para que pblico;

    o relato de quem; como esse jovem, de onde vem, como so as

    pessoas a quem se refere.(12)

    2 momento

    a) Retome a letra e pea para que os alunos, ao reconhecerem o

    narrador, faam uma descrio dele, a partir das informaes

    presentes no texto (famlia, escolaridade, idade, comunidades que

    frequenta, forma de resolver alguns problemas do cotidiano, como

    falta de dinheiro, por exemplo).

    b) A atividade pode ser realizada em grupos e apresentada oralmente,

    em seguida, por um representante de cada grupo. O momento

    importante para destacar as diferentes possibilidades de uso

    adequado da lngua, na oralidade e na escrita, dependendo do

    contexto, da situao de uso.

    c)

    Recupere com eles expresses usadas que revelam a identidade

    social do narrador. Pea para que apresentem outros exemplos de

    linguagem caracterstica desse texto ou de outro rap.

    (12) Se houver condies, reproduza a letra e distribua aos grupos. Pea aos alunos, como tarefa para a prxima aula, pesquisasobre o movimento hip hop e sua produo cultural no Brasil. H vasto material, por exemplo, na internet:http://www.bocadaforte.com.br ; http://www.nacaohiphopbrasilsc.com ; http://www.dancaderuabrasil.co.cc (Acesso em12/01/2012)

    http://www.bocadaforte.com.br/http://www.bocadaforte.com.br/http://www.nacaohiphopbrasilsc.com/http://www.nacaohiphopbrasilsc.com/http://www.dancaderuabrasil.co.cc/http://www.dancaderuabrasil.co.cc/http://www.dancaderuabrasil.co.cc/http://www.nacaohiphopbrasilsc.com/http://www.bocadaforte.com.br/
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    d) O uso da gria muito comum nesse tipo de manifestao artstica e

    interessante levantar alguns exemplos com os alunos e socializar o

    significado.

    e) Solicite aos alunos que faam um levantamento das palavras da

    Lngua Inglesa, que aparecem no texto. Pea-lhes que ouam

    atentamente sua pronncia e depois as repitam oralmente,

    percebendo as diferenas existentes entre a forma escrita e a forma

    oral. Em seguida, solicite que consultem o dicionrio para conhecer

    o(s) significado(s) dessas palavras.

    3 momento

    a) Chegou a hora de iniciar a produo final. Converse com os alunos

    para que se organizem. A sugesto de produo de um rap em

    grupo, para apresentao, na prxima aula.

    b) Assim como a letra de D2, devem elaborar um rap em que faam um

    relato de sua trajetria de vida (individual ou do grupo, conforme a

    opo ou o comando do professor).

    c) O professor dever efetuar possveis correes e sugerir alteraes,

    se necessrio.(13)

    d) Em seguida, os alunos devem elaborar uma coreografia com base no

    rap produzido pelo grupo.

    e) Caso o professor queira saber mais sobre o hip hop, no Caderno do

    Professor - Educao Fsica, Ensino Fundamental 8 srie, volume 1,

    da SEE, pginas 29 a 34, ele poder encontrar situaes de

    aprendizagem que podero enriquecer as apresentaes dos alunos.

    4 momento

    a) Os grupos fazem suas apresentaes e entregam as produes

    escritas ao professor.

    Desdobramentos:

    a) As atividades realizadas devem propiciar ao professor um diagnstico

    inicial, relevante para o planejamento de seu trabalho.

    (13) Os alunos podem concluir a produo e ensaiar a apresentao, como tarefa para a prxima aula.

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    b) interessante observar na produo escrita dos alunos o uso

    adequado ou inadequado da lngua, bem como a clareza e a

    coerncia do texto, na estrutura composicional solicitada.

    c) Em relao dana, verificar se o aluno percebeu que o corpo e o

    movimento do corpo intermediam sua relao com o mundo e se

    constituem em um jeito singular de gerar em si e no outro,

    pensamentos e expresses do mundo(14). Pode-se tambm

    verificar, em relao msica, como o aluno percebeu o ritmo, a

    musicalidade e a sonoridade da composio criada pelo grupo.

    1.3.A propaganda e o texto publicitrioRecomendao: Anos Finais do Ensino Fundamental e Ensino Mdio

    Elaborao: Equipe Tcnica de Lngua Portuguesa

    Apresentao:

    Se a finalidade da propaganda vender e para isso faz uso de uma linguagem com o

    intuito de convencer o consumidor, o publicitrio aposta na identificao do leitor da

    revista, por exemplo, com a imagem projetada pelo consumidor do produto

    anunciado. Os recursos expressivos utilizados devem estar de acordo com o tipo de

    consumidor que se quer atingir, ou seja, esto empregados em funo dos objetivos

    propostos. Geralmente, as propagandas publicadas em revistas so criadas com base

    em duas linguagens: a verbal e a no verbal.

    Trazer o texto publicitrio para a sala de aula importante para oferecer ao aluno

    condies de observar, de forma crtica, no s a linguagem visual, mas tambm

    analisar um discurso que impe valores, padres de beleza e de qualidade que, mais

    do que sugerir, muitas vezes prometem sucesso e prestgio a quem os adotar.

    interessante verificar que os valores, os estilos de vida, os papis sociais veiculados

    pela propaganda apresentam-se diferentes em pocas distintas. Muitas vezes, esses

    (14)So Paulo (Estado) Secretaria da Educao. Caderno do Professor: arte, Ensino fundamental 7 srie, volume 2. So Paulo:SEE, 2009. P. 26.

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    valores acabam sendo aceitos como naturais ou verdadeiros. No entanto, foram

    construdos histrica, social e culturalmente e, portanto, so passveis de

    desconstruo, pois manifestam a maneira de ver o mundo de uma sociedade, em

    certo espao e momento da histria.

    Objetivos:

    Retomar as caractersticas do gnero.

    Propiciar momentos de contato com texto publicitrio produzido na primeira

    metade do sculo XX.

    Oferecer oportunidade para que os alunos observem e analisem o carter das

    mensagens.

    Oferecer oportunidade para que os alunos produzam e apresentem suas

    criaes.

    Recursos materiais:

    Giz e lousa.

    Retroprojetor

    Contedo:(15)

    (15) Disponvel em: .Acesso em 16/01/2012.

    http://propagandasantigas.blogspot.com/http://propagandasantigas.blogspot.com/http://propagandasantigas.blogspot.com/http://propagandasantigas.blogspot.com/
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    Procedimentos:

    1 momento

    a) Apresentar o texto publicitrio sugerido ou outro escolha doprofessor (projet-lo ou distribuir cpias para os grupos) e fazer

    perguntas para que se situem em relao a ele. Que texto ? De onde

    deve ter sido retirado? Em que poca foi produzido?

    Esse levantamento de hipteses deve ser orientado pelo professor

    para que o aluno perceba onde esto os indcios que determinam

    essas caractersticas no texto.

    b) Para os prximos passos importante que os alunos tenham o texto

    em mos, impresso ou copiado no caderno.

    c) Em seguida, fornea informaes complementares para que os alunos

    comprovem ou descartem suas hipteses.

    Essa propaganda do rdio Philco foi publicada na revista Selees do

    Reader's Digest brasileira, no ano de 1942. importante que

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    percebam a forma como est apresentada a imagem do produto (em

    preto e branco, bem prxima do olhar, com detalhes bem visveis,

    inclusive a inscrio El radio del Pueblo), com perceptvel ideia de

    que o produto se destinava s classes populares de toda a Amrica

    Latina, mercado em expanso na poca, pois a Europa encontrava-se

    em plena Segunda Guerra Mundial.

    d) Pea aos alunos que localizem, no texto, informaes a respeito do

    produto, suas funes, o usurio a quem se destina e para que serve.

    e) As mensagens informativas presentes, tanto no texto como na

    imagem, confirmam a intencionalidade. Elas esto no plano dadenotao e tm como principal objetivo informar: descrevem o

    produto, suas funes, a quem se destina, sua utilidade.

    2 momento

    a) Retome a leitura do texto e pea aos alunos que desvendem as

    mensagens adicionais. Por inferncia, devem reconhecer no texto as

    expresses que buscam, ao criar empatia, convencer o leitor de que o

    produto o ideal para ele.

    As mensagens adicionais tambm esto a servio da intencionalidade.

    Esto no plano da conotao e seu objetivo influenciar o leitor

    psicologicamente. So mensagens que conduzem o leitor

    construo do significado, de forma emptica.

    importante observar, nesse texto, que so atribudas ao produto

    caractersticas humanas, como por exemplo: um companheiro

    indispensvel. Ou certas atribuies que prometem vrios benefcios

    irrecusveis ao usurio: eis o rdio verdadeiramente popular /

    precioso elemento de diverso, educao e informao / ficaro

    encantados pelas suas qualidades / estas so a sua colaborao para

    o prazer dos ouvintes.

    Deve ficar claro para os alunos que o texto manifesta-se como um

    trao da inteno projetada de um emissor para um receptor, com a

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    finalidade de comunicar algo e produzir um efeito. Na criao, h um

    processo de seleo e de organizao de elementos escolhidos

    intencionalmente para determinadas situaes. uma forma de

    construir a argumentao em que o emissor emprega estratgias

    para dissimular a sua inteno e persuadir o destinatrio. Dessa

    maneira, orienta o modo de querer, pensar e agir do receptor.

    importante fazer referncia funo social da mensagem, pois, ao se

    comunicar, o homem estabelece relaes com os outros, esperando

    respostas e comportamentos.(16)

    3 momentoa) O prximo passo pode ser pedir aos alunos que observem a

    linguagem usada e comparem com a que se observa hoje. O que

    mudou?

    Discuta com eles as mudanas observadas, quer nas palavras

    (ortografia, escolha de vocabulrio) e frases utilizadas, quer na forma

    de se dirigir ao leitor/consumidor (estilo) e no tamanho do texto

    verbal. relevante observar que no s o produto est diferente, o

    usurio tambm. Para ser eficaz, o criador da mensagem precisa

    conhecer as expectativas do pblico-alvo, em relao ao produto, e a

    linguagem adequada para convenc-lo. Atualmente, so usadas

    frases mais curtas e de efeito, s vezes incompletas, emprego de

    polissemia e ambiguidade. A imagem tambm poderia ser

    autossuficiente, o que no acontece nesse caso. Aqui a ilustrao

    contribui para que o leitor identifique o produto, at pelo espao que

    ocupa no anncio, distinguindo-o dos concorrentes. A ideia deve ter

    sido a de fix-lo na memria do possvel consumidor.

    b) Pea aos grupos que observem se a imagem tem alguma

    caracterstica que aponte para os objetivos a seguir, considerando-se

    a poca e o pblico a que se destina: aumentar o ndice de ateno

    (16)QUINTANILHA, Leandro. Como se cria um slogan [as frases no esto na mesma ordem que aparecem no artigo].Disponvel em: . Acesso em 16/01/2012.

    http://revistalingua.uol.com.br/textos.asp?codigo=11257http://revistalingua.uol.com.br/textos.asp?codigo=11257http://revistalingua.uol.com.br/textos.asp?codigo=11257http://revistalingua.uol.com.br/textos.asp?codigo=11257
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    ao anncio; tornar o anncio mais instigante vista; induzir leitura

    do texto; estimular o desejo pelo produto anunciado; engrandecer o

    produto anunciado; demonstrar ou reforar afirmaes feitas no

    texto; identificar o produto ou a marca; apresentar um

    cenrio/contexto adequado.

    Discuta com eles as mudanas observadas em relao s ilustraes

    usadas nas propagandas atualmente. Pea a eles que vejam se esto

    contempladas as caractersticas j observadas na propaganda antiga.

    4 momento

    a) Pea aos alunos que entrem no tnel do tempo e criem slogans que

    poderiam ser usados naquela poca, para a mesma campanha do

    rdio Philco. Esses slogans devero ser expostos turma.

    Mais do que impor, cabe hoje ao slogan convencer, seduzir. No

    mercado ou na poltica. [...] De acordo com Joo Anzanello

    Carrascoza, o slogan deve resumir a essncia de uma marca, um

    produto ou uma campanha. O mais tradicional composto por uma

    frase curta, direta, afirmativa e fcil de repetir. , em geral, uma

    concluso (Parmalat - Porque somos mamferos) ou um convite

    ao (Abuse e use C&A).(17)

    b) possvel ampliar o desenvolvimento de habilidades, solicitando aos

    alunos que produzam um comercial para TV, de 30 segundos. Ao

    encenarem, podem, inclusive, onde houver condies, gravar em

    vdeo, para posterior apresentao.

    Desdobramentos:a) As atividades realizadas devem propiciar ao professor um diagnstico

    inicial, relevante para o planejamento de seu trabalho. importante

    observar nas produes dos alunos o uso adequado ou inadequado

    da lngua, se as ideias esto apresentadas de forma clara, com coeso

    (17) Vide artigo publicado em (Acesso em 16/01/2012) para conhecermais sobre Como Criar Slogans.

    http://revistalingua.uol.com.br/textos.asp?codigo=11257http://revistalingua.uol.com.br/textos.asp?codigo=11257http://revistalingua.uol.com.br/textos.asp?codigo=11257http://revistalingua.uol.com.br/textos.asp?codigo=11257
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    e coerncia, e se esto garantidas as caractersticas estruturais do

    texto solicitado.(18)

    1.4. Lendo e vivendo poemasRecomendao: Anos Finais do Ensino Fundamental e Ensino Mdio

    Elaborao: Equipe Tcnica de Lngua Portuguesa

    Apresentao:

    O texto literrio um universo de fico a ser descoberto, redescoberto e percorrido.

    No existe plenamente sem o olhar do leitor. como se renascesse com cada leitor e

    a cada leitura. O texto ecoa outros textos e se abre para outros tantos ainda a serem

    descobertos.

    Na escola, possvel incentivar o contato com essa prtica de leitura, que navega pelo

    racional e pelo emocional com tanta intensidade. Mais do que cultivar ou ampliar

    repertrio, ler compreender-se, descobrir a si mesmo. Ao proporcionar asocializao das experincias de leitura, o professor tambm colabora para ampliar as

    possibilidades dessa prtica cultural.

    Oferecer ao aluno as oportunidades de leitura e de produo de poemas pode

    proporcionar a ampliao de horizontes para prticas culturais humanizadoras.

    Objetivos:

    Propiciar momentos de contato com o texto potico, a fim de estimular aleitura para fruio.

    Oferecer oportunidades para que os alunos troquem experincias e

    apresentem suas percepes e produes.

    (18) Para saber mais: Paz, Dione M. dos S. O texto publicitrio em sala de aula: mais uma opo de leitura. Disponvel emhttp://www.ufsm.br/lec/01_02/DioniL.htm(Acesso em 16/01/2012)

    http://www.ufsm.br/lec/01_02/DioniL.htmhttp://www.ufsm.br/lec/01_02/DioniL.htmhttp://www.ufsm.br/lec/01_02/DioniL.htm
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    Recursos materiais:

    Giz e lousa. Retroprojetor, cpias para os grupos (opcional).

    Contedo:

    A Namorada

    (Manoel de Barros)(19)

    Havia um muro alto entre nossas casas.

    Difcil de mandar recado para ela.

    No havia e-mail.

    O pai era uma ona.A gente amarrava o bilhete numa pedra presa por um cordo

    E pinchava a pedra no quintal da casa dela.

    Se a namorada respondesse pela mesma pedra

    Era uma glria!

    Mas por vezes o bilhete enganchava nos galhos da goiabeira

    E ento era agonia.

    No tempo do ona era assim.

    Procedimentos:

    1 momento

    a) Converse com os alunos sobre o assunto da aula. Pergunte se gostam

    de poesia, se leem e se algum escreve poemas, que poetas

    conhecem e se conhecem Manoel de Barros.

    Repasse algumas informaes sobre o poeta e sua produo, para

    que os alunos possam se situar no contexto da obra.

    b) Faa com que os alunos tenham acesso ao poema de Manoel deBarros e pea que faam inicialmente uma leitura silenciosa.

    c) Enquanto leem observe as reaes, as expresses faciais, os

    comentrios.

    19Texto extrado do livro Tratado geral das grandezas do nfimo, Editora Record. Rio de Janeiro, 2001,

    pg. 17.Disponvel emhttp://www.releituras.com/manoeldebarros_menu.asp (Acesso em 14/01/2011))

    http://www.releituras.com/manoeldebarros_menu.asphttp://www.releituras.com/manoeldebarros_menu.asphttp://www.releituras.com/manoeldebarros_menu.asphttp://www.releituras.com/manoeldebarros_menu.asp
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    d) Ao terminarem pea que anotem, individualmente, em trs ou quatro

    linhas, as impresses que tiveram ao ler o poema.

    e) A seguir faa uma leitura expressiva do poema para a turma,

    cuidando da entonao.

    f) Pea ento, que anotem as impresses que tiveram ao ouvir o

    poema.

    Explique a eles que essas anotaes sero usadas para

    compartilharem com os colegas o que sentiram, perceberam ou

    pensaram ao ouvir o poema. Podem escrever palavras soltas ou

    frases. importante que registrem os efeitos que o poema causou emcada um.

    2 momento

    a) Se necessrio leia mais uma vez, ou pergunte se algum aluno gostaria

    de ler para a classe.

    b) O prximo passo conversar sobre o poema retomando as anotaes

    que fizeram. Incentive a troca de ideias, agora em grupos, sobre o

    que sentiram ao ler e ao ouvir. As sensaes que se confirmaram e as

    que mudaram. Que imagens vieram s suas mentes enquanto liam e

    ouviam? Como imaginaram que fosse a namorada? E o pai? E o

    sentimento do eu lrico em relao ao pai e namorada?

    um momento interessante para falar sobre o poeta e o eu lrico;

    quem elabora a linguagem potica para a expresso do eu lrico?

    Resgate tambm a nomenclatura para se referir estrutura do

    poema: estrofes, versos, presena ou no de rimas.

    Chame a ateno para a linguagem empregada e oriente-os sobre a

    metfora usada pelo poeta: o pai era uma ona e instigue-os a

    reproduzir as comparaes que podem ser feitas entre o pai da moa

    e uma ona, de forma a justificar o recurso expressivo usado pelo

    poeta. Faa com que observem a diferena entre as figuras de

    linguagem: comparao e metfora.

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    Na medida do possvel acompanhe as criaes. Oriente adequaes,

    pois cada poema construdo dever compor a coletnea da turma e

    ser exposto no mural ou no varal de poesia.

    4 momento

    a) Cada um dever ler ou declamar seu poema e public-lo num espao

    organizado para tal.

    Desdobramentos:

    a) As atividades realizadas devem propiciar ao professor um diagnstico

    inicial relevante para o planejamento de seu trabalho. importante

    observar nas produes dos alunos o uso adequado ou inadequadoda lngua, a escolha adequada do vocabulrio e da estrutura

    composicional de acordo com o contexto da produo.

    1.5. Histrias em Quadrinhos (HQ)Recomendao: Ensino Mdio

    Elaborao: Equipe Tcnica de Lngua Portuguesa

    Apresentao:

    Histrias em quadrinhos (HQ), mangs e tirinhas so fascinantes em qualquer idade. A

    humanidade conhece essa forma de comunicao, sequncia de palavras e imagens

    h muito tempo: as inscries nas cavernas, nas cermicas dos Maias e dos Gregos,

    por exemplo.

    Trabalhar com a leitura de textos visuais na escola oferece interessantes momentos

    de reflexo e construo de significados nas relaes interativas mediadas pelo

    professor, entre os estmulos visuais prprios do no verbal, o verbal e o repertrio

    do leitor.

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    Os gneros textuais, para Bakhtin(20), so configurados por trs elementos: o tema, a

    estrutura e o estilo. Tratando-se especificamente das histrias em quadrinhos, os

    temas, alm de dependerem de cada suporte e de cada destinatrio esto associados

    s inquietaes da natureza humana e seus aspectos histricos, sociais e culturais. A

    estrutura composicional determinada pela sequncia de planos: nas tiras em geral

    de dois a quatro planos (apresentao do problema, criao de expectativas, conflito,

    resoluo e desfecho). As histrias em quadrinhos comportam um nmero maior de

    planos mantendo as sequncias narrativas.

    Os quadrinhos tm como objetivo principal a narrao de fatos. Eles procuram

    reproduzir situaes semelhantes s de uma conversao cotidiana na qual ospersonagens interagem expressando-se por meio de palavras e expresses faciais e

    corporais. O contexto enunciativo obtido por meio do verbal e do no verbal, ou

    seja, tanto as palavras como as imagens contribuem para sua construo.

    Em relao ao estilo, as marcas lingusticas e enunciativas tambm trazem tanto

    elementos verbais como no verbais, com recursos visuais que incluem formas, cores,

    planos, tipos de bales, formatos das letras e outros para se obter determinado efeito

    de sentido.

    importante observar ainda, o foco da imagem que acontece sob diferentes

    perspectivas segundo os planos cinematogrficos. O plano geral aberto e usado

    para situar o leitor em relao cena: o geral aberto privilegia o espao onde

    acontece a ao e o geral fechado deixa evidente a relao personagem/espao; o

    inteiro com o enquadramento dos personagens de corpo inteiro; americano com o

    enquadramento da personagem do joelho para cima; o mdio em que os personagens

    so apresentados da cintura para cima; o prximo com os personagens enquadrados

    do busto para cima; o close com o personagem de ombro para cima; o superclose

    com o personagem enquadrado entre o queixo e o limite da cabea; detalhe com o

    enquadramento de uma parte do corpo ou um objeto; o plonge em que a cena

    enquadrada de cima para baixo e o contraplonge em que a perspectiva da cena

    vista de cima para baixo. Esses diferentes planos propiciam efeitos visuais capazes de

    (20) BAKHTIN, M. Esttica da criao verbal. So Paulo: Martins Fontes, 1992.

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    transmitir emoes e/ou sensaes diversas que aliadas ao contexto contribuem para

    a verossimilhana da HQ.

    Importante tambm observar os bales (suas formas e os textos, os sinais de

    pontuao e os smbolos) e sua dupla funo: apresentar a fala e o pensamento dos

    personagens com suas caractersticas emocionais e respectivas manifestaes.

    Objetivos:

    Retomar as caractersticas do gnero.

    Propiciar momentos de contato com uma HQ de Hagar para leitura e anlise.

    Oferecer oportunidade para que os alunos produzam e apresentem suas

    criaes.

    Recursos materiais:

    Giz e lousa, retroprojetor, ou computador e projetor.

    Xerocpias para os grupos (opcional).

    Contedo:

    Hagar em: Marido Perfeito(21)

    (21) Disponvel em: . Acesso em 12/01/2012.

    http://asmelhoresdohagar.blogspot.com/2008_12_01_archive.htmlhttp://asmelhoresdohagar.blogspot.com/2008_12_01_archive.htmlhttp://asmelhoresdohagar.blogspot.com/2008_12_01_archive.htmlhttp://asmelhoresdohagar.blogspot.com/2008_12_01_archive.html
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    Procedimentos:

    1 momento

    a) Apresentar o texto sugerido ou outro escolha do professor (projet-

    lo ou distribuir cpias para os grupos) e pedir que inicialmente, fixemo olhar apenas nos dois primeiros quadrinhos e formulem hipteses

    sobre o contedo da HQ.

    b) Converse com os alunos sobre o que sabem sobre HQ. interessante

    descobrir se conhecem sua origem e se alguma vez perceberam que

    sequncias semelhantes de imagens e palavras j apareciam nas

    pinturas pr-histricas nas cavernas, nas cermicas de povos da

    antiguidade, por exemplo. importante colocar em pauta, inclusive, o

    uso das tecnologias em nossos dias e o que isso pode significar para

    as HQ.

    c) Pea aos alunos que faam uma leitura atenta e em seguida,

    estimule-os com questes como: quem so os personagens/que tipo

    de relacionamento eles tm/a ambientao externa ou

    interna/como est elaborado o cenrio/em que plano aparecem os

    personagens nos diferentes quadrinhos/os tamanhos dos quadros e

    seus limites/a sensao de movimento, o uso do negrito para realar

    o tom de voz, a reproduo dos movimentos corporais para

    reproduzir uma situao de conversa face a face e as expresses dos

    rostos que indicam o desnimo caracterstico de uma pessoa gripada

    etc.

    d) Do ponto de vista lingustico solicite que observem o uso de

    onomatopeias (sniff) e de vocbulos prprios da linguagem oral

    (T, t).

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    recomendvel que o professor oferea informaes

    complementares para orientar os alunos em suas observaes e

    hipteses sobre o texto.

    e) Organize com os alunos uma forma de registrar todas as observaes

    da turma no caderno, respeitando a diversidade de opinies, desde

    que fundamentadas em argumentos consistentes.

    2 momento

    a) Retome a leitura e faa perguntas aos grupos oralmente, para se

    certificar de que compreenderam o texto.

    b) Em HQ, a interpretao do leitor depende da leitura compreensivade todos os elementos verbais e no verbais, da ser producente uma

    reflexo coletiva e uma discusso a respeito das diferentes maneiras

    de compreender Hagar: Marido Perfeito. Em que circunstncias pode-

    se, por exemplo, considerar o ttulo como adequado ao sentido do

    texto? Que significados podemos inferir sobre a relao entre os

    parceiros no casamento? Diferenas e semelhanas com o nosso

    cotidiano?

    c) Em seguida pea aos alunos que observem e analisem os personagense elaborem uma lista de caractersticas fsicas e psicolgicas de cada

    um deles.

    Promova a socializao dessas caractersticas.

    3 momento

    a) Retomando as discusses e concluses dos grupos sobre os

    personagens e como isso est explcito ou implcito no texto, pea aos

    alunos que elaborem uma espcie de desdobramento ou

    continuao, porm usando dois personagens criados pelo grupo com

    comportamentos e atitudes semelhantes aos encontrados no texto

    estudado.

    4 momento

    a) Pea aos alunos que troquem as HQ produzidas entre os grupos.

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    b) Proponha que os grupos, aps a leitura das HQ, apresentem as

    principais caractersticas da narrativa que criaram.

    c) Uma atividade que tambm pode ser desenvolvida nesse momento

    pelos alunos a dramatizao das HQ produzidas por eles.

    Desdobramentos:

    a) As atividades realizadas devem propiciar ao professor um diagnstico

    inicial relevante para o planejamento de seu trabalho. importante

    observar nas produes dos alunos o uso adequado ou inadequado

    da lngua bem como sinais da apropriao das caractersticas do

    gnero e de escolhas lingusticas adequadas ao tipo de texto

    solicitado.

    b) O professor pode tambm, verificar se os grupos de alunos

    conseguiram reproduzir as situaes desejadas de forma coerente e

    se os recursos visuais utilizados esto apropriados ao tema, s

    personagens, ao cenrio e a outros elementos que compem a HQ.

    1.6.Arte, Cidade e Patrimnio CulturalRecomendao: Anos Finais do Ensino Fundamental e Ensino Mdio.

    Elaborao: Equipe Tcnica de Arte

    Apresentao:

    Patrimnio cultural(22) - Obras de arte que habitam a rua, que vivem em museus,

    obras de arte efmeras que so registradas em diferentes mdias, manifestaes

    artsticas do povo que so mantidas de gerao em gerao, so bens culturais,

    materiais e imateriais, que se oferecem ao nosso olhar.

    O estudo da Arte tendo como vis a ideia de patrimnio cultural na cidade,

    independentemente do nmero de seus habitantes e de sua histria oportuniza a

    ampliao do olhar sobre:

    (22) SO PAULO (Estado) Secretaria da Educao. Caderno do Professor. Arte, Ensino Mdio, 1 srie, v. 1. p. 12-13. So Paulo:SEE, 2009.

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    heranas culturais; patrimnio cultural imaterial e material; esttica do

    cotidiano; tradio e ruptura; ligao arte e vida; arte contempornea;

    preservao e restauro; polticas culturais; educao patrimonial;

    arte pblica; intervenes urbanas; grafite; pichao; monumentos histricos;

    paisagem sonora; msicos da rua; videoclipe; msica contempornea;

    Escola de samba; tambor de crioula; jongo; roda de samba; frevo; forr;

    dana contempornea; dana popular;

    artes circenses; circo tradicional; famlias circenses; circo contemporneo;

    escolas de circo; palhao clown e a tradio cmica; folia de reis; palhaos de

    hospital.

    Objetivos

    Diagnosticar o repertrio cultural dos alunos;

    refletir sobre a oferta de espaos culturais da regio na qual a comunidade

    escolar est inserida;

    explorar fontes de divulgao de informaes sobre espaos culturais.

    Recursos materiais

    Computador conectado internet ou vdeos salvos em pen drive ou cd.

    Projetor multimdia

    Papel cartolina

    Pincis atmicos

    Canetinhas coloridas

    Tinta guache

    Pincis

    Fita adesiva

    Folders de diferentes instituies culturais.

    Contedos

    Nos links abaixo os vdeos que sero utilizados no trabalho com os alunos sobre o

    tema: Arte, Cidade e Patrimnio Cultural.

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    o Patrimnio Histrico Artstico:

    .

    Acesso em 12/01/2012.o Arte Pblica:

    http://www.youtube.com/watch?v=FoNWP1oDMYQ>.

    Acesso em 12/01/2012.

    o Carnaval Vai-Vai 2011:

    .

    Acesso em 12/01/2012.

    o Break Dancing:

    .Acesso em 12/01/2012.

    o Graffiti: .

    Acesso em 12/01/2012.

    Propomos tambm, que explore com os alunos os folders, observando suas

    especificidades tais como: layout, modalidade artstica e textos explicativos.

    Procedimentos Atividade 1:

    1 momento

    a) O professor deve conversar com seus alunos investigando se eles

    conhecem o significado de Patrimnio Cultural provocando o dilogo

    com perguntas tais como: O que para vocs Patrimnio Cultural? A

    escola pode ser considerada um Patrimnio Cultural? No bairro ou na

    regio onde moram existe algum bem cultural?

    b) Em continuidade preciso verificar se eles conhecem o significado de

    arte pblica perguntando-lhes por exemplo: Qual a relao entrepblico e privado? O que arte pblica? Algum poderia citar uma

    obra de arte considerada pblica?

    c) Outras perguntas pertinentes aos temas podem ser includas e todas

    as falas dos alunos devem ser valorizadas nessa mediao do

    professor.

    http://www.youtube.com/watch?v=Caq03oe2PJMhttp://www.youtube.com/watch?v=Caq03oe2PJMhttp://www.youtube.com/watch?v=FoNWP1oDMYQhttp://www.youtube.com/watch?v=FoNWP1oDMYQhttp://www.youtube.com/watch?v=-1MX3L1A5Pw&feature=relatedhttp://www.youtube.com/watch?v=-1MX3L1A5Pw&feature=relatedhttp://www.youtube.com/watch?v=-1MX3L1A5Pw&feature=relatedhttp://www.youtube.com/watch?v=86M_rDCcZ7s&feature=relatedhttp://www.youtube.com/watch?v=86M_rDCcZ7s&feature=relatedhttp://www.youtube.com/watch?v=86M_rDCcZ7s&feature=relatedhttp://www.youtube.com/watch?v=MiwsYu3qGmg&feature=relatedhttp://www.youtube.com/watch?v=MiwsYu3qGmg&feature=relatedhttp://www.youtube.com/watch?v=MiwsYu3qGmg&feature=relatedhttp://www.youtube.com/watch?v=MiwsYu3qGmg&feature=relatedhttp://www.youtube.com/watch?v=86M_rDCcZ7s&feature=relatedhttp://www.youtube.com/watch?v=-1MX3L1A5Pw&feature=relatedhttp://www.youtube.com/watch?v=FoNWP1oDMYQhttp://www.youtube.com/watch?v=Caq03oe2PJM
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    d) Aps explorar bem as questes chegado o momento de exibir os

    vdeos: Patrimnio Histrico Artstico e Arte Pblica, para em

    seguida retomar o assunto para fixao desses conhecimentos.

    2 momento

    a) Solicite uma pesquisa de imagens na internet, revistas, folders de

    instituies culturais etc., sobre obras artsticas consideradas

    Patrimnios Culturais e Arte Pblica de sua cidade, regio e/ou pas.

    Na aula seguinte com as imagens pesquisadas, propicie um momento

    de apreciao e fruio das mesmas. Para as imagens que estiverem

    impressas em papel monte um painel deixando-as afixadas na sala de

    aula. As imagens que estiverem em formato digital podem ser

    exibidas por projeo, se houver condies.

    Desdobramentos:

    a) Como proposta de articulao com a disciplina de Lngua Portuguesa

    a partir das imagens, possvel solicitar a produo de textos

    poticos que tratem da importncia do Patrimnio Cultural e da Arte

    Pblica como elemento que habita a memria esttica, artstica e

    cultural de um povo.

    b) Em Lngua Estrangeira Moderna possvel solicitar imagens de

    Patrimnios Culturais e de Arte Pblica estrangeiros e colocar em

    prtica o uso da lngua inglesa e/ou espanhola por meio da produo

    de textos que expressem um dilogo entre pessoas que observam a

    imagem.

    c) Para a disciplina de Educao Fsica o tema poder ser trabalhado na

    perspectiva de uma pesquisa sobre o esporte enquanto objeto de

    estudo que pode contribuir para ampliar nosso olhar sobre o

    contexto social em que se insere.

    Procedimentos Atividade 2:

    1 momento

    a) Converse com os alunos para investigar qual conhecimento possuem

    sobre o carnaval. Provoque o dilogo com perguntas como, por

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    exemplo: O que conhecem sobre o carnaval? Esse evento pode ser

    considerado como Patrimnio Cultural do Brasil e de outros pases?

    considerado tambm como Arte Pblica? Em sua famlia ou

    comunidade algum participa desse evento? Proponha outros

    questionamentos e procure mediar a conversa valorizando cada fala

    que surgir e ao esgotar o assunto, apresente o vdeo: Carnaval Vai-

    Vai 2011.

    b) Aps a apreciao do vdeo retome o assunto, para fixao desse

    conhecimento.

    2 momento

    a) Solicite uma pesquisa de imagens e vdeos na internet que

    representem momentos de apresentaes do evento (escolas de

    samba suas alas e carros alegricos, trios eltricos, blocos

    carnavalescos etc.). Na aula seguinte retome as imagens e os vdeos

    para apreciao observando aspectos, tais como: figurino,

    movimentos corporais representados etc. No caso dos vdeos

    proponha tambm que se estabelea a relao entre as imagens e a

    msica que acompanhava o evento.

    Desdobramentos:

    a) Para a disciplina de Lngua Portuguesa a partir do material pesquisado

    possvel solicitar a produo de textos poticos, sobre a importncia

    do carnaval, como um evento artstico e cultural.

    b) Em Lngua Estrangeira Moderna possvel solicitar a anlise e

    interpretao das letras de msicas executadas nos eventos

    carnavalescos de outros pases em que se utilizam as lnguas inglesa e

    espanhola. Os alunos podem observar tambm se os folhetos de que

    dispem e os sites que acessarem sobre patrimnio cultural trazem

    textos e legendas em ingls e/ou espanhol. Os iniciantes (6. ano)

    podem verificar se conseguem deduzir significados de algumas

    palavras do texto comeando a desenvolver estratgias de leitura em

    lngua estrangeira. Os mais velhos (9 ano) podem criar legendas

    simples em ingls ou espanhol.

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    c) Usando a internet, explorar sites de divulgao do Brasil em ingls

    e/ou espanhol. Pesquisar e anotar termos relacionados ao Carnaval:

    desfile de escolas de samba, fantasias, samba-enredo etc.

    d) Para a Educao Fsica a partir do material pesquisado, os estudos

    podero focar questes tais como: Corpo concebido na sua totalidade

    (conscincia corporal); A linguagem das prticas corporais; A vivncia

    corporal em seu aspecto ldico e artstico.

    Procedimentos Atividade 3:

    1 momento

    a) Converse com os alunos observando o conhecimento que tm a

    respeito de Break Dancing. Provoque o dilogo com perguntas como,

    por exemplo: O que Break Dancing? uma dana brasileira?

    considerado Patrimnio Histrico e Cultural do Brasil? uma arte

    urbana? Conhecem algum que dana Break? Elabore outras

    questes que possam contemplar amplamente o assunto e procure

    mediar a conversa, valorizando cada fala que surgir e ao esgotar o

    assunto apresente o vdeo: Break Dancing.

    b) Aps a apreciao do vdeo retome o assunto para fixao desse

    conhecimento.

    2 momento

    a) Solicite uma pesquisa de imagens e vdeo sobre Break Dancing. De

    posse do material pesquisado faa a exibio dos mesmos para

    anlise e fruio. Em seguida solicite ao grupo de alunos que se

    dividam em dois grupos. Cada grupo dever propor a execuo dos

    movimentos do Break desafiando o grupo oponente tendo comoexemplo o vdeo exibido.

    Desdobramentos

    a) A partir das imagens e vdeos possvel solicitar a produo de textos

    poticos sobre a importncia do Break Dancing como Patrimnio

    Cultural e Artstico do Brasil e do mundo.

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    b) Os alunos podem redigir textos que descrevam alguns dos

    movimentos executados no Break Dancing utilizando-se da lngua

    estrangeira estudada. Em Lngua Estrangeira Moderna possvel

    solicitar que os alunos redijam textos que descrevam alguns dos

    movimentos executados no Break Dancing utilizando-se da lngua

    estrangeira estudada. Os alunos mais velhos tambm podem

    pesquisar (em ingls, espanhol ou mesmo em portugus), sobre o

    surgimento da dana nos Estados Unidos e suas razes histricas e

    culturais.

    c) A partir das imagens o Break Dancing poder ser trabalhado com foco

    em questes que envolvam os movimentos corporais (fora fsica,

    sade, conscincia corporal etc.), com a criao de coreografias

    competitivas que podero ser encenadas na quadra da escola.

    Procedimentos Atividade 4:

    1 momento

    a) Converse com seus alunos e investigue se conhecem a modalidade

    artstica Grafite. Provoque e estimule o dilogo com perguntas como

    por exemplo: O que conhecem sobre o Grafite? uma arte brasileira?

    Pode ser considerada Arte Pblica e urbana? Conhecem algum que

    faz essa arte? Qual a relao entre o Grafite e pichao? Faa outras

    perguntas procurando mediar a conversa. Valorize as colocaes

    apresentadas pelos alunos e ao esgotar o assunto apresente o vdeo:

    Graffiti.

    b) Aps a apreciao do vdeo retome o assunto para fixao desse

    conhecimento.

    2 momento

    a) Solicite uma pesquisa de imagens (na internet, em revistas ou

    registros fotogrficos da cidade onde a escola se localiza), que

    representem espaos ocupados com grafite ou pichao. Em seguida

    exiba o material pesquisado por meio de painel ou projeo para

    apreciao e discusso sobre essas representaes. Como prximo

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    passo sugerimos a criao de projeto de grafitagem das paredes da

    escola, tendo como suporte o papel cartolina. Aps a concluso dos

    desenhos exponha as produes e havendo autorizao da direo da

    escola eleja junto aos alunos, um dos projetos para ser executado em

    uma das paredes da escola.

    Desdobramentos:

    a) A partir das imagens e/ou vdeos possvel solicitar a produo de

    textos poticos sobre a importncia do Grafite no Brasil e no mundo

    como Patrimnio Histrico e Cultural das cidades.

    b) tambm uma atividade interessante a construo de palavras ou

    frases em ingls ou espanhol grafadas em estilo de grafite.

    1.7. O ingls presente no dia a dia.Recomendao: 6 e 7 anos do EF

    Elaborao: Equipe Tcnica de LEM

    Objetivos:

    Despertar a conscincia sobre os processos de incorporao de termos s

    lnguas.

    Mostrar o quanto a lngua estrangeira, especialmente o ingls, est presente

    no dia a dia dos brasileiros, o que pode ampliar o contato e facilitar a

    aprendizagem fora da sala de aula e da escola.

    Usar recursos de mmica e linguagem corporal para ilustrar movimentos de

    esporte e dana. Apresentar as palavras em ingls correspondentes aos termos usados em

    portugus.

    Recursos Materiais:

    dicionrio portugus-ingls;

    cartolina ou sulfite;

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    pincel atmico ou caneta hidrogrfica de ponta grossa;

    fita crepe ou outro recurso para prender os cartes com as palavras no mural

    ou no quadro.

    Desenvolvimento:

    a) Para a primeira parte do trabalho preparar cartes com as seguintes palavras:

    futebol, basquete, voleibol, handebol, gol, pnalti.

    b) Explicar aos alunos que recebero um carto e tero a incumbncia de usar

    mmica para ilustrar aquelas palavras.

    c) Pedir a alguns voluntrios que escolham um carto e reproduzam os

    movimentos correspondentes quele termo.

    d) O grupo deve tentar adivinhar a que os movimentos se referem. Ao

    acertarem, o carto correspondente colocado na lousa ou na parede.

    e) O professor pergunta classe se sabem a origem daquelas palavras. Caso no

    saibam explicar que so todas derivadas do ingls: football, basketball,

    handball, goal, penalty. Perguntar se sabem o significado de todos os

    componentes em ingls.

    f) Para a segunda parte do trabalho preparar mais dois conjuntos de cartes:

    um conjunto trar as palavras, enumeradas abaixo, em ingls, e outro

    conjunto trar o desenho ou foto correspondente. Os alunos devero juntar

    a palavra com o desenho verificando que o nome do esporte indica como foi

    o termo foi constitudo e reflete a forma como jogado.

    foot = p

    hand = mo

    ball = bola (trs vezes)

    basket = cesta (usar foto ou desenho de cesta comum, no a do jogo)

    g) Para a terceira parte do trabalho preparar cartes com as seguintes

    indicaes para a mmica: assistir TV, ouvir rdio, falar ao celular, lavar o

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    cabelo. As palavras relacionadas se popularizaram via lngua inglesa:

    television, radio, cell(cellular)phone, shampoo.

    h) Comofollow-up, pode-se pedir aos alunos que verifiquem nas redondezas em

    revistas, em placas, em suas prprias roupas, quantas palavras em ingls

    encontram montando ento psteres e cartazes ilustrados.

    Observao:

    Esta atividade pode ser usada tambm para 8 e 9 anos acrescentando os nomes de

    algumas lutas e artes marciais: jiu jitsu, jud, taekwondo, aikido, kung fu, karat, cujos

    nomes tm origem oriental.

    Objetivo adicional:

    Discutir a interpenetrao das culturas e a influncia da cultura de origem na

    incorporao de novos termos lngua.

    Emprstimos lingusticos no portugus do Brasil(23)

    Alm da modificao semntica e da inovao morfolgica mediante elementos j

    existentes, o emprstimo lingustico constitui o terceiro meio mais importante da inovaolexical. Encontrar palavras novas para novos objetos, conceitos ou lugares mais que tomar

    emprestado um termo de outra lngua. Implica e pressupe assimilao de hbitos ou

    modelos culturais e/ou lingusticos. "Os caminhos dos emprstimos lexicais refletem at certo

    ponto os caminhos da influncia cultural", afirma Ronald Langacker. (LANGACKER, 1975,

    p.188).

    fcil lembrar de emprstimos da lngua italiana na rea da msica (pera, adgio,

    soprano, piano, sonata, virtuoso, etc.), da lngua rabe na cincia (zero, lgebra, alquimia,

    lcool,etc.), por exemplo. Da influncia do latim e grego por seu grande prestgio no mundoda cincia na Idade Mdia no necessrio falar. Palavras latinas e gregas ingressaram nas

    lnguas europeias e tambm no ingls, muitas atravs do francs, desde a Renascena.

    Podemos verific-los no nosso dia-dia:

    (23) Consideraes finais texto da Comunicao apresentado em 20/07/2004 na mesa-redonda sobre "Emprstimos lingusticosno portugus do Brasil", no Congresso Internacional de Lngua Portuguesa, realizado no perodo de 19 a 23 de julho de 2004,na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). Promoo: Academia Brasileira de Filologia (ABF)/ Universidade Estadualdo Rio de Janeiro (UERJ). Promoo: Academia Brasileira de Filologia (ABF)/ Instituto de Letras da UERJ. Texto completodisponvel no endereo

    http://www.filologia.org.br/hilmaranauro/lexicograficaeincorporacao.htmlhttp://www.filologia.org.br/hilmaranauro/lexicograficaeincorporacao.htmlhttp://www.filologia.org.br/hilmaranauro/lexicograficaeincorporacao.htmlhttp://www.filologia.org.br/hilmaranauro/lexicograficaeincorporacao.html
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    A importncia e poder norte-americano no mundo moderno leva a que se tome de

    emprstimo palavras do ingls. So inmeros os anglicismos de nosso uso dirio, muitos delas

    aportuguesados, outras reproduzidas na ntegra: fashion, lady,OK, hand out (volantes nas palestras e conferncias). So inmeros os termos na rea da Informtica, por exemplo. J

    incorporamos os verbos deletar e clicar.

    Do francs, lembremos soir, matin, abatjour (j aportuguesado: abajur) soutein

    (suti), menu ou men? atelier,carn (carnet), buqu (bouquet) gafe, elite (flaneur/flanarI.

    No purismo exacerbado, luta-se at mesmo contra termos, vocbulos ou expresses que

    cabe agasalhar, ou por suprirem um dficit cultural, o por consagrados pelo uso. No vemos

    substituto, no momento, para dficit, que acabamos de e