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42 R. Periodontia - Setembro 2010 - Volume 20 - Número 03 INTRODUÇÃO Os padrões atuais de beleza estão ganhando maior importância e cada vez mais a estética é exigida pelos pacientes nos consultórios odontológicos. A exposição de 3 mm de gengiva além dos limites cervicais do dente é aceitável sob o ponto de vista estético. Um sorriso é tido como gengival se mais de 3mm de gengiva é visível durante um sorriso mode- rado. O sorriso forçado permite confirmar essa im- pressão. Uma quantidade excessiva de tecido mole não é antiestética em si, dependendo sobremaneira da forma cujo excesso está disposto em relação aos dentes e lábios, e essencialmente da autopercepção do paciente (Borghetti, 2002). Todo caso de sorriso gengival pode ser corrigido, podendo integrar várias especialidades da odontologia, uma vez que a cau- sa pode ser bastante variada (Fosquiera, 2009). O crescimento vertical da maxila - que pode ser diag- nosticado através de radiografias cefalométricas pela discrepância do osso maxilar - pode ser corrigido atra- vés de cirurgia ortognática. Outra possível causa é a hiperfunção dos músculos elevadores do lábio ou lábios curtos, que podem ser corrigidos apenas com aplicação de toxina botulínica. E outra etiologia bas- tante relatada é a erupção passiva alterada dos den- tes, onde o periodonto não migra satisfatoriamente PLANEJAMENTO REVERSO NA CORREÇÃO DE SORRISO GENGIVAL Reverse planning on the correction of gummy smile Pedro Henrique Duarte França de Castro 1 , Luana Pontes Barros Lopes 1 , Maurício Crispin 2 , Suellen de Lima e Silva 3 , Miriam Raquel Ardigó Westphal 4 RESUMO Este trabalho objetiva destacar a importância do pla- nejamento reverso para correção de sorriso gengival. Le- vanta-se o tema a partir de um relato de caso, com o diag- nóstico de erupção passiva alterada. O tratamento de es- colha foi o aumento de coroa clínica no sextante superior anterior com planejamento reverso. O planejamento rever- so consiste na confecção de um guia cirúrgico que possui diversas funções, tais como definir plano e arquitetura gengival para as incisões iniciais, estabelecer referência para osteoplastia e determinação da posição do zênite, e ainda simular o resultado esperado. Assim, é possível avaliar o impacto do tratamento proposto e, além disso, o paciente pode interagir e avaliar os resultados esperados. Para a con- fecção do guia cirúrgico executou-se moldagem com silicone de adição Adsil®, objetivando copiar fielmente os detalhes anatômicos dos dentes e gengivas. O modelo foi confeccionado em gesso especial e, aplicando os princípi- os estéticos de zênites sobre o modelo, foi realizado o enceramento das faces vestibulares até a área cervical a ser removida. A prensagem do guia foi feita com resina acrílica, não diferindo dos passos de prensagem de uma prótese total. Foi realizada a cirurgia e após 45 dias observou-se que o resultado almejado foi alcançado sem necessidade de cirurgias adicionais. Conclui-se que o planejamento re- verso confere ao procedimento alto grau de precisão e previsibilidade. UNITERMOS: Periodontia; cirurgia plástica; estética dentária. R Periodontia 20 ; 20:42-46. 10 1 Graduandos em Odontologia da FAO-UFAM 2 Especialista em Periodontia pela USP-SP 3 Especialista em Periodontia pela USP-BA 4 Mestre em Periodontia - SL Mandic, Doutoranda em Biotecnologia - UFAM, Professora Auxuliar de Periodontia - UFAM Recebimento: 20/07/10 - Correção: 19/08/10 - Aceite: 03/09/10

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R. Periodontia - Setembro 2010 - Volume 20 - Número 03

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R. Periodontia - Data 2009 - Volume 00 - Número 00

INTRODUÇÃO

Os padrões atuais de beleza estão ganhando

maior importância e cada vez mais a estética é exigida

pelos pacientes nos consultórios odontológicos. A

exposição de 3 mm de gengiva além dos limites

cervicais do dente é aceitável sob o ponto de vista

estético. Um sorriso é tido como gengival se mais de

3mm de gengiva é visível durante um sorriso mode-

rado. O sorriso forçado permite confirmar essa im-

pressão. Uma quantidade excessiva de tecido mole

não é antiestética em si, dependendo sobremaneira

da forma cujo excesso está disposto em relação aos

dentes e lábios, e essencialmente da autopercepção

do paciente (Borghetti, 2002). Todo caso de sorriso

gengival pode ser corrigido, podendo integrar várias

especialidades da odontologia, uma vez que a cau-

sa pode ser bastante variada (Fosquiera, 2009). O

crescimento vertical da maxila - que pode ser diag-

nosticado através de radiografias cefalométricas pela

discrepância do osso maxilar - pode ser corrigido atra-

vés de cirurgia ortognática. Outra possível causa é a

hiperfunção dos músculos elevadores do lábio ou

lábios curtos, que podem ser corrigidos apenas com

aplicação de toxina botulínica. E outra etiologia bas-

tante relatada é a erupção passiva alterada dos den-

tes, onde o periodonto não migra satisfatoriamente

PLANEJAMENTO REVERSO NA CORREÇÃO DE SORRISOGENGIVALReverse planning on the correction of gummy smile

Pedro Henrique Duarte França de Castro1, Luana Pontes Barros Lopes1, Maurício Crispin2, Suellen de Lima e Silva3, Miriam

Raquel Ardigó Westphal4

RESUMO

Este trabalho objetiva destacar a importância do pla-

nejamento reverso para correção de sorriso gengival. Le-

vanta-se o tema a partir de um relato de caso, com o diag-

nóstico de erupção passiva alterada. O tratamento de es-

colha foi o aumento de coroa clínica no sextante superior

anterior com planejamento reverso. O planejamento rever-

so consiste na confecção de um guia cirúrgico que possui

diversas funções, tais como definir plano e arquitetura

gengival para as incisões iniciais, estabelecer referência para

osteoplastia e determinação da posição do zênite, e ainda

simular o resultado esperado. Assim, é possível avaliar o

impacto do tratamento proposto e, além disso, o paciente

pode interagir e avaliar os resultados esperados. Para a con-

fecção do guia cirúrgico executou-se moldagem com

silicone de adição Adsil®, objetivando copiar fielmente os

detalhes anatômicos dos dentes e gengivas. O modelo foi

confeccionado em gesso especial e, aplicando os princípi-

os estéticos de zênites sobre o modelo, foi realizado o

enceramento das faces vestibulares até a área cervical a ser

removida. A prensagem do guia foi feita com resina acrílica,

não diferindo dos passos de prensagem de uma prótese

total. Foi realizada a cirurgia e após 45 dias observou-se

que o resultado almejado foi alcançado sem necessidade

de cirurgias adicionais. Conclui-se que o planejamento re-

verso confere ao procedimento alto grau de precisão e

previsibilidade.

UNITERMOS:

1 Graduandos em Odo ntologia da FAO-UFAM

2 Especialista em Periodontia pela USP-SP

3 Especialista em Periodontia pela USP-BA

4 Mestre em Periodontia – SL Mandic, Doutoranda em Biotecnologia – UFAM, Professora Auxiliar de

Periodontia - UFAM

Recebimento: 00/00/00 - Correção: 00/00/00 - Aceite: 00/00/00

Periodontia; cirurgia plástica; estética

dentária. R Periodontia 20 ; 20:42-46.10

1 Graduandos em Odontologia da FAO-UFAM

2 Especialista em Periodontia pela USP-SP

3 Especialista em Periodontia pela USP-BA

4 Mestre em Periodontia - SL Mandic, Doutoranda em Biotecnologia - UFAM, Professora Auxuliar dePeriodontia - UFAM

Recebimento: 20/07/10 - Correção: 19/08/10 - Aceite: 03/09/10

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em sentido apical, recobrindo assim a junção

amelocementária (JAC), deixando uma coroa clínica peque-

na e o sorriso semelhante ao de uma criança. Além dessas

causas a literatura se refere, em menor freqüência, à extrusão

dentoalveolar e a combinação de vários fatores (Silva, 2007).

A erupção passiva alterada foi classificada por McGuire em

1998, tendo como parâmetros a junção mucogengival (JMG)

e a crista óssea (In: Suzuki, 2008). A classificação confere

uma previsibilidade de tratamento para cada tipo estabele-

cido (Quadro 1).

Convencionalmente, este procedimento cirúrgico vem

sendo realizado tendo como parâmetro, para as incisões ini-

ciais e osteotomia, a JAC. Para tal, utiliza-se uma sonda

milimetrada para localização da JAC e transferência da pro-

fundidade para a gengiva marginal. Pode-se nestes casos

lançar mão de um método auxiliar para o ato cirúrgico: o

planejamento reverso, que consiste na confecção de um guia

cirúrgico com diversas funções, tais como: 1) definir plano e

arquitetura gengival para as incisões iniciais; 2) estabelecer

referência para osteoplastia e a posição do zênite; e 3) simu-

lar o resultado esperado. Assim, podemos avaliar o impacto

do tratamento proposto e, além disso, o paciente pode

interagir e avaliar os resultados esperados (Gusmão, 2006;

Suzuki, 2008).

Antes do exame intrabucal, uma anamnese do paciente

é imprescindível em um contexto tão subjetivo quanto o

estético. Para isso, é valido questionar o que o paciente acha

da estética de sua gengiva e o que espera do tratamento.

(Chen, 1998). Os tecidos gengivais devem ser avaliados por

sua dimensão, seu estado de saúde, forma, contorno e cor.

Os dentes também devem ser examinados, avaliando o com-

primento da coroa clínica dos dentes (da borda incisal à gen-

giva marginal), e da coroa anatômica (da borda incisal até a

JAC), sendo esta aferível pela sonda periodontal no sulco,

salvo as exceções onde esta está abaixo da crista óssea

(Borghetti, 2002).

RELATO DE CASO

Paciente R.M, gênero feminino, 20 anos, compareceu à

clínica de periodontia da UFAM, tendo como queixa princi-

pal o sorriso gengival (Fig. 1). Ao exame clínico foi observada

profundidade de sondagem média de 2,5mm, ausência de

sangramento gengival, bom controle de biofilme dental e

abaulamento ósseo vestibular acentuado. Por meio de son-

dagem clínica não foi possível identificar a JAC, sendo

Classificação McGuire (1998) Conjugação Tratamento

Tipo I: JMG apical à crista óssea Subtipo A – pelo menos 2 mm Gengivoplastiaentre a JAC e a crista óssea

Subtipo B – menos de 2mm Gengivoplastia e osteotomiaentre a JAC e a crista óssea

Tipo II: JMG no nível ou Subtipo A – pelo menos 2 mm Retalho de espessura parcialcoronal à crista óssea entre a JAC e a crista óssea deslocado apicalmente

Subtipo B – menos de 2mm Retalho de espessura totalentre a JAC e a crista óssea deslocado apicalmente e

osteotomia

Quadro 1

CLASSIFICAÇÃO MCGUIRE (1998) DE ERUPÇÃO PASSIVA ALTERADA E A PREVISIBILIDADE DE TRATAMENTO

Fig.1 - Aspecto inicial. Fig. 2 – Radiografias periapicais iniciais.

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identificada apenas em radiografia periapical, considerando

que esta se localizava abaixo da crista óssea alveolar (Fig. 2),

fechando o diagnóstico de erupção passiva alterada tipo IB.

O tratamento de escolha foi o aumento de coroa clínica

no sextante superior anterior, com planejamento reverso. Para

a confecção do guia cirúrgico, executou-se moldagem com

silicone de adição Adsil®, material indicado para copiar com

detalhes a anatomia de dentes e gengiva. O modelo foi con-

feccionado em gesso especial. Aplicaram-se os princípios

estéticos de zênites sobre o modelo com lápis cópia (Fig. 3)

e foi realizado o enceramento das faces vestibulares até a

área cervical a ser removida (Fig. 4).

O enceramento teve espessura aproximada de 2 mm e

o término cervical apresentando ângulo de 90º com a su-

perfície de gesso. Essa borda serviu de apoio para a lâmina

de bisturi tangenciar com precisão a incisão inicial (Fig. 7).

Fig. 8 – Pós operatório de 45 dias.

Fig. 7 – O apoio para a lâmina de bisturi tangenciar com precisão a incisão inicial.

Fig. 6 – Guia cirúrgico obtido após a prensagem com resina acrílica.

Fig. 5 - Cera na oclusal dos primeiros molares para conferir estabilidade ao guia – modelo jáincluído na mufla.

Fig. 3 - Princípios estéticos de zênites sobre o modelo.

Fig. 4 - Enceramento das faces vestibulares até a área cervical a ser removida.

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Acrescentou-se cera na oclusal dos primeiros molares

para conferir estabilidade ao guia (Fig. 5).

A prensagem do guia foi feita com resina acrílica

autopolimerizável, não diferindo dos passos de prensagem

de uma prótese total (Fig. 6). Após o preparo básico, foi rea-

lizada a cirurgia, consistindo de gengivectomia, osteotomia

e osteoplastia.

RESULTADOS

O caso foi acompanhado até o 45º dia de pós-cirúrgico,

quando se notou que o resultado almejado foi alcançado

sem necessidade de cirurgias adicionais (Fig. 8). A paciente

relatou grande satisfação com o resultado.

DISCUSSÃO

Para o planejamento cirúrgico, se faz necessário o diag-

nóstico da causa do sorriso gengival (Fosquiera, 2009; Suzuki,

2008; Araújo, 2007; Silva, 2007; Gusmão 2006). Segundo

classificação de McGuire (1998), o caso de R. M. enquadrou-

se como erupção passiva alterada Tipo I Subtipo B, por apre-

sentar larga faixa de gengiva inserida, margem gengival

recobrindo a JAC e JMG apical à crista óssea. Portanto, a

opção cirúrgica passou a ser aquela que permitiria acesso

aos tecidos de sustentação, para realizar osteotomia e

osteoplastia. Neste caso clínico, optou-se pela técnica de

Retalho de Widman Modificado, possibilitando assim corrigir

altura gengival, ter acesso ao tecido ósseo e corrigir o volu-

me ósseo na face vestibular da maxila. O que não seria pos-

sível se houvesse um planejamento errôneo com a execu-

ção da técnica de gengivectomia, que permitiria trabalhar

somente em tecido periodontal de proteção, sem acesso aos

tecidos periodontais de suporte (Suzuki, 2008; Carranza,

2004; Lindhe, 2003). Convencionalmente, este procedimento

cirúrgico vem sendo realizado tendo como parâmetro, para

as incisões iniciais e osteotomia, a JAC (Rossi, 2008; Suzuki,

2008; Silva, 2007). Porém, o planejamento reverso oferece

benefícios frente à abordagem convencional como: defini-

ção da arquitetura gengival bilateralmente; utilização de pro-

porções estéticas nas dimensões da coroa clínica dos den-

tes, estabelecimento de referência para osteotomia, dimi-

nuição do tempo operatório e alto grau de precisão e

previsibilidade nos resultados (Pires, 2010; Joly, 2009; Araú-

jo, 2007). A confecção do guia cirúrgico pode ser realizada

com silicone, um material transparente (Pires, 2010). Entre-

tanto, a resina acrílica foi escolhida por possibilitar a simula-

ção do resultado almejado e a interação do paciente no pla-

nejamento (Joly, 2009; Araújo, 2007).

CONCLUSÃO

O planejamento reverso está indicado para a cirurgia de

correção de sorriso gengival por erupção passiva alterada,

uma vez que oferece ao profissional mais segurança no ato

cirúrgico, por conferir ao procedimento alto grau de precisão

e previsibilidade, além de apresentar benefícios frente à abor-

dagem convencional como: definição harmônica da arqui-

tetura gengival de forma bilateral, possibilidade de aplicação

de proporções estéticas nas dimensões dos dentes e por

permitir ao paciente vislumbrar o resultado esperado.

ABSTRACT

This paper aims to highlight the importance of reverse

planning to the correction of gummy smile which is raised

from a case report. With the diagnosis of altered passive

eruption, the choosen treatment was the increase of the

clinical crown in the upper anterior sextant with reverse

planning. The reverse planning consists in preparing a surgical

guide that has many functions, such as plan and gingival

architecture for initial incisions, act as a reference to

osteoplasty and to the position of the zenith and to simulate

the expected results. Thus, it is possible to assess the impact

of the proposed treatment and, moreover, the patient can

interact and evaluate the possible outcome. To prepare the

surgical guide, it was used polysiloxane Adsil ®, to copy

faithfully the anatomic details of teeth and gums. The model

was made of special plaster and applying the principles of

esthetic zenith on the model, the waxing of the buccal faces

was performed until the cervical area to be removed. The

pressing of the guide was made with acrylic resin, not differing

from the steps of pressing of a denture. Surgery was

performed, and after 45 days it was observed that the desired

results were achieved without the need for additional

surgeries. It can be concluded that the reverse planning gives

to the procedure a high degree of precision and predictability.

UNITERMS: Periodontics, plastic surgery and cosmetic

dentistry.

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Endereço para correspondência:

Pedro Henrique Duarte França de Castro

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Manaus - Amazonas – Brasil

Tel.: 55 92 8239-2556

E-mail: [email protected]

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