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Presidente da Comunhão recomenda divulgar a terceira revelação página 02 O cumprimento das profecias depende da ação coletiva página 03 Jesus concede última chance à comunidade terráquea, revela Chico Xavier página 04 Nazareno Feitosa alerta que a reforma íntima vai impulsionar regeneração página 05 Allan Kardec: “não vereis, pois, nem milagres, nem prodígios, nem nada sobrenatural” página 06 Segundo Júlio Capilé, todo momento é próprio para nos renovarmos ao bem páginas 06 Espetáculo de Capela à Alcíone saúda tempos de paz páginas 07 Manoel Philomeno de Miranda analisa mecanismos de ordem superior páginas 08 Jornal Temático da Comunhão Espírita de Brasília Ano 18, n o 04, novembro de 2012 Planeta está sob as luzes da transformação Os desafios, lições e desdobramentos da mudança da Terra da categoria de provas e expiações a planeta de regeneração é o tema desta edição, abordado sob aspectos doutrinários, filosóficos e artísticos, à luz da doutrina espírita Ilustração: Margarida Alcantra

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Presidente da Comunhão recomenda divulgar a terceira revelação

página 02

O cumprimento das profecias depende da ação coletiva

página 03

Jesus concede última chance à comunidade terráquea, revela Chico Xavier

página 04

Nazareno Feitosa alerta que a reforma íntima vai impulsionar regeneração

página 05

Allan Kardec: “não vereis, pois, nem milagres, nem prodígios, nem nada sobrenatural”

página 06

Segundo Júlio Capilé, todo momento é próprio para nos renovarmos ao bem

páginas 06

Espetáculo de Capela à Alcíone saúda tempos de pazpáginas 07

Manoel Philomeno de Miranda analisa mecanismos de ordem superior

páginas 08

Jornal Temático da Comunhão Espírita de BrasíliaAno 18, no 04, novembro de 2012

Planeta está sob as luzes da transformação

Os desafios, lições e desdobramentos da mudança da Terra da categoria de provas e expiações a planeta de regeneração é o tema desta edição, abordado sob aspectos doutrinários, filosóficos e artísticos, à luz da doutrina espírita

Ilustração: Margarida Alcantra

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Precisamos divulgar a terceira revelação

A chegada de cada nova edição do nosso valioso Jornal Libertação é uma emoção para mim, que tive o privilégio de ter visto as pri-meiras etapas dessa publicação anos atrás, ainda na fase do mi-

meógrafo. Hoje, na condição de presidente da Comunhão, reflito o quão é importante ao movimento espírita contar com todas as formas de di-vulgação disponíveis, com o emprego dos recursos atuais.

Precisamos divulgar as bênçãos que a “terceira revelação”, recebida pela codificação kardequiana, que nos legou as orientações para nossa conduta diária. Eis uma missão, um desafio, mas, sobretudo, uma grata tarefa aos corações solidários e sensíveis.

Sim, queridos irmãos e irmãs! O tempo atual requer tanto de todos nossos confrades que atuam na seara espírita quanto de adeptos e sim-patizantes dessa doutrina maravilhosa se informar, reciclar, refletir, com-partilhar pensamentos elevados à busca da nossa almejada reforma ín-tima.

As atividades mediúnicas, a dedicação caridosa, o tempo destinado à família, o auxílio aos amigos, em resumo a prática do amor universal, são os apanágios que podemos dispor a fim de que nossa vibração alcance

as exigências dos tempos vindouros. Vivemos um período de contradições e contrastes nunca antes vis-

tos. Se por um lado conseguimos perceber que estão se aproximando, espiritualmente, as influências divinas anunciadas há milênios, por outro, lamentamos e sofremos com a frequência de todo tipo de infortúnios materiais, morais e espirituais que provocam turbulências graves nas au-ras humanas e desgastam o entusiasmo coletivo.

Mas enfim. Alegremo-nos e atentemos para tudo aquilo que possa fortalecer a nossa fé e evitemos tudo o que nos atinge, muitas vezes, imagens plasmadas negativamente, por influências que se esforçam para nos manter na desesperança e imobilismo. Anseio que o Libertação contribua a todos vocês em sentir essa sensação benfazeja que a espiri-tualidade superior não cansa de nos enviar na expectativa de que nos elevemos e nos preparemos a uma fase que está bem próxima.

Por Heloísa Magalhães Presidente da Comunhão Espírita de Brasília

No universo tudo se supera

O conceito do químico francês Antoine Laurent de Lavoisier de que na “natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transfor-ma” é um bordão que a maioria dos jovens tem contato nos

bancos escolares. Esse conceito pode ser verificado por meio de uma observação do que se passa à nossa volta. Diariamente, esse poten-cial regenerador movimenta o universo.

No reino vegetal nos deparamos sem cessar com essa lógica de nas-cimento, vida e superação. Por assim dizer, a noção que o espiritismo nos propicia sobre a trajetória dos planetas, que da mesma forma que os seres que os habitam, passam por fases evolutivas, deve ser entendida com certa tranquilidade, sem necessidade de superstição, fanatismo ou misticismo.

Foi esse tema, ou seja, transformação planetária, que escolhemos para este número do Jornal Libertação. Para tanto, nossos repórteres entrevistaram estudiosos sobre o assunto. Foram ouvidas pessoas como Nazareno Feitosa e Sérgio Castro, que sob escopo doutrinário, se debru-çaram para compreender e debater sobre o destino da Terra, fadada a deixar a categoria de mundo de provas e expiações para atingir o pata-mar de orbe de regeneração.

Os leitores também terão informações atribuídas a Chico Xavier, a respeito da mudança terrestre, e um artigo de Julio Capilé. No campo ar-tístico, disponibilizamos textos a respeito da peça de Capela a Alcíone e a resenha do livro Transição Planetária, de Manoel Philomeno de Miranda.

Não foi nosso propósito investir em imagens aterradoras e fantásticas. Nossos designers foram instigados a elaborar artes que propiciem belas visões sobre o que está em nosso caminho espiritual. Aliás, quem se inte-ressa por esse viés, digamos escandaloso, têm ao dispor em outras fontes fartas literaturas e mentes propensas a construir imagens catastróficas. Mas se frustrarão aqueles que buscarem imagens e informações com es-ses contornos nas páginas seguintes.

A meta da edição é analisar o papel da humanidade nessa etapa de mudança. Onde tradicionalmente se viu as trevas, procuramos encontrar as luzes. Em outras palavras, diverso da jargão de “fim de mundo”, quise-mos vislumbrar a chegada de um tempo novo, de esperança, de progres-so e busca do autoconhecimento.

Por Sionei Ricardo LeãoAssessor de Comunicação Social da Comunhão

Presidente da Comunhão Espírita de Brasília Heloísa Magalhães

Vice-Presidente da Comunhão Espírita de Brasília Durval Moraes de Castro

Jornalista responsável Sionei Ricardo Leão – Mtb-95/MS

ReportagemAlessandra Rosa, Bernardo de Felippe, Célia Chaves, Marco Linhares e Marta Moraes

RevisãoJanaína Araújo

Projeto gráfico e diagramaçãoRodrigo Braga

ImagensAndré Ramos, Denise Escovino e Roberto Gandarra

Expediente

Editorial

O Jornal Libertação é uma publicação da Comunhão Espírita de Brasília Endereço Avenida L2 Sul, Quadra 604, Lote 27. CEP: 70.200-640 Fone: (61)3048-1801 - [email protected]

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Batalha final do Livro das Revelações é alegórica

Estamos chegando ao fim de um ciclo tido como um marco de grandes transformações. Para muitos segmentos religiosos, essa fase coincide com movimentos mundiais importantes nas áre-

as científica, tecnológica, política e econômica além das variações do clima em algumas regiões do planeta. No Livro das Revelações, ou O Apocalipse, o apóstolo João relata sobre o futuro da humanidade que pode coincidir com os fatos atuais. Para buscar compreender a essa relação entrevistamos Sérgio Castro que, há 32 anos ministra cursos de estudos bíblicos e doutrinários na Comunhão. Advogado e pales-trante, ele elucida, sob um ponto de vista atual, questões bíblicas re-ferentes ao que seria o popularmente conhecido como ‘fim dos tem-pos’. Sérgio transmite a esperança de uma vida melhor para todos, mas, lembra que “‘é preciso trabalho para a implantação do reino dos céus dentro de nós”’.

Libertação- O Livro das Revelações sugere que há, na Terra, uma batalha entre forças espirituais e que haverá um momento de fim desse conflito. O ano 2012 é considerado um marco? Para a doutrina espírita também é uma data importante?

Sérgio Castro - Com relação a datas exatas dos acontecimentos apo-calípticos considero uma temeridade cultural estabelecer dias, meses e anos. Os eventos preditos (profecias) dependem das ações, condições e velocidades evolutivas dos indivíduos e das coletividades. Mas os even-tos astronômicos do planeta e do nosso sistema solar, que independem dos eventos morais e evolutivos da humanidade, esses têm uma época mais precisa para ocorrerem, mas com base em tempos astronômicos e medidas astrofísicas que não são em horas, dias, meses ou anos. Na mi-nha opinião, a cada dia que acordamos ainda reencarnados se renova um marco em nosso tempo individual para efetivarmos nossa decisão de nos melhorar, nos corrigir, praticar o bem e trabalhar pela mais breve implantação do reino dos céus dentro de nós, que é um simples dever de todo espírita. Conhecida vulgarmente como “Batalha Final” ou “Ba-talha do Armagedon”, a guerra definitiva entre o bem e o mal na Terra é uma alegoria do Apocalipse que significa o final de um ciclo de lutas evolutivas das almas, num âmbito individual e coletivo, onde, as que forem vitoriosas, ganharão o prêmio de continuar reencarnando na Ter-ra nova, já habitada espiritualmente e povoada no plano físico apenas com moradores regenerados para o bem, inaugurando propriamente dita a era do espírito na Terra. As individualidades e coletividades que não lograrem êxito nessa seleção espiritual natural serão atraídas a re-encarnar em outros mundos que permanecem na categoria de provas e expiações.

Libertação - Quais das Revelações já ocorreram?Sérgio Castro - Algumas profecias bíblicas, considero cumpridas. Por

exemplo, a destruição total de Jerusalém pelo exército romano no ano 70, prevista por Jesus. (Mateus, 24:1-2). Dentre as apocalípticas temos as duas grandes guerras europeias, chamadas mundiais. A primeira, considerada a mais cruel de toda a história da Humanidade, e a segun-da, que marcou na Terra o surgimento do nazismo, com toda certeza um evento característico da besta apocalíptica. O ataque às torres gê-meas em Nova Iorque e os tsunamis que têm perturbado a Ásia podem ser classificados como efeitos dos acontecimentos apocalípticos.

Libertação- Como pode ser entendida a referência à besta, ou ao sinal da besta nesses tempos modernos?

Sérgio Castro - Emmanuel, em A Caminho da Luz, tem a seguinte opinião: reza o Apocalipse que a besta poderia dizer grandezas e blas-fêmias por 42 meses, acrescentando que o seu número era o 666 (Apoc. 13: 5 e 18). Examinando-se a importância dos símbolos naquela época e seguindo o rumo certo das interpretações, podemos tomar cada mês como sendo de 30 anos, em vez de 30 dias. Obtendo, desse modo, um período de 1260 anos comuns, justamente o período compreendido entre 610 e 1870, da nossa era, quando o papado se consolidava, após o seu surgimento, com o imperador Focas, em 607, e o decreto da in-

falibilidade papal com Pio IX, em 1870. Reza o Apocalipse que a besta poderia dizer grandezas e blasfêmias por 42 meses, acrescentando que o seu número era o 666 (Apoc. 13: 5 e 18).

Libertação - De que forma podemos contribuir para a transformação da humanidade em mais amor e mais luz?

Sérgio Castro - Esforçando-nos o máximo para definir com since-ridade as nossas paixões e vícios degradantes, combatendo-os com a prática e o exercício das qualidades e virtudes que lhes são opostas. No egoísmo, desenvolvamos nosso altruísmo, na inveja, o nosso respeito, conformação e resignação; nas ambições desmedidas, o nosso desape-go, nas ilusões das mídias, a nossa conscientização e discernimento e, em tudo a caridade e a prática do bem. Allan Kardec deixou registrado em O Evangelho Segundo o Espiritismo uma regra de ouro: “Reconhe-ce-se o verdadeiro espírita pela sua transformação moral, e pelos esfor-ços que empreende para domar as suas más inclinações”.

Libertação - A mensagem de um dos sete selos revelados a João mostra anjos e suge-re o raiar de um novo tempo. Significa que haverá um momento de transição de um estado para outro, ou seja, de um estado de dor e sofrimento, para um alento, uma di-mensão mais pura e elevada, em que a humanidade caminhará mais perto do divino?

Sérgio Castro - O novo céu e a nova terra, instituídos em nossa hu-manidade após a conclusão desses tempos (a transição planetária), exi-girão seres humanos qualificados no bem, que podem ser conceitua-dos em termos da linguagem bíblica: os justos, espíritos renovados que foram aprovados no vestibular moral e espiritual que ora se inicia em toda a nossa humanidade (encarnados e desencarnados), os santos, espíritos mais evoluídos que vivenciam a doutrina revelada nos Evan-gelhos de Jesus, e anjos, espíritos há muito superiores, que não reencar-nam mais na Terra, sendo os protetores dos homens e agentes de Cristo nas coordenações dos processos evolutivos dos indivíduos e das cole-tividades. Somente esses poderão habitar a Terra (Bem-aventurados os mansos e os pacificadores porque eles serão chamados Filhos de Deus e porque eles possuirão a Terra. Jesus, Mateus 5:5 e 9). Esse momento de transição de um estado para outro poderá durar muitas décadas ou até muitos séculos, depende de nós!

Por Alessandra Rosa

Escrituras

IIustração: André Ramos

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Chico Xavier

Jesus concede última moratória à civilização“Pois então, Emmanuel escreveu isso nos idos de 1938 e estou infor-

mado que essa reunião de fato já ocorreu. Ela se deu quando o homem finalmente ingressou na comunidade planetária, deixando o solo do mundo terrestre para pisar pela primeira vez o solo lunar. O homem, por seu próprio esforço, conquistou o direito e a possibilidade de viajar até a Lua, fato que se materializou em 20 de julho de 1969.

Naquela ocasião, o Governador Espiritual da Terra, que é Nosso Se-nhor Jesus Cristo, ouvindo o apelo de outros seres angelicais de nosso Sistema Solar, convocara uma reunião destinada a deliberar sobre o futuro de nosso planeta.

O que posso lhe dizer, Geraldinho, é que depois de muitos diálo-gos e debates entre eles foram dadas diversas sugestões e, ao final do celeste conclave, a bondade de Jesus decidiu conceder uma última chance à comunidade terráquea, uma última moratória para a atual civilização no planeta Terra. Todas as injunções cármicas previstas para acontecerem ao final do século 20 foram então suspensas, pela mise-ricórdia dos céus, para que o nosso mundo tivesse uma última chance de progresso moral.

O curioso é que nós vamos reconhecer nos Evangelhos e no Apo-calipse exatamente este período atual, em que estamos vivendo, como a undécima hora ou a hora derradeira, ou mesmo a chamada última hora.

Nosso Senhor deliberou conceder uma moratória de 50 anos à sociedade terrena, a iniciar-se em 20 de julho de 1969, e, portanto, a findar-se em julho de 2019. Ordenou Jesus, então, que seus emissários celestes se empenhassem mais diretamente na manutenção da paz

entre os povos e as nações terrestres, com a finalidade de colaborar para que nós ingressássemos mais rapidamente na comunidade pla-netária do Sistema Solar, como um mundo mais regenerado, ao final desse período.

Algumas potências angélicas de outros orbes de nosso Sistema So-lar recearam a dilação do prazo extra, e foi então que Jesus, em sua sabedoria, resolveu estabelecer uma condição para os homens e as na-ções da vanguarda terrestre.

Segundo a imposição do Cristo, as nações mais desenvolvidas e res-ponsáveis da Terra deveriam aprender a se suportarem umas às outras, respeitando as diferenças entre si, abstendo-se de se lançarem a uma guerra de extermínio nuclear.

A face da Terra deveria evitar a todo custo a chamada 3ª Guerra Mundial. Segundo a deliberação do Cristo, se e somente se as nações terrenas, durante este período de 50 anos, aprendessem a arte do bem convívio e da fraternidade, evitando uma guerra de destruição nuclear, o mundo terrestre estaria enfim admitido na comunidade planetária do Sistema Solar como um mundo em regeneração.

Nenhum de nós pode prever, os avanços que se darão a partir dessa data de julho de 2019, se apenas soubermos defender a paz entre nos-sas nações mais desenvolvidas e cultas!”.

Trecho de depoimento divulgado por Geraldo Lemos Neto, sobre o futuro re-servado ao planeta Terra, que segundo ele, foi revelado por Chico Xavier, em

1986. Publicado inicialmente pelo jornal Folha Espírita de maio, de 2011

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A transição é processo moral sem magia

Na questão 642 de O Livro dos Espíritos, Allan Kardec indaga: “Bastará não fazer o mal para ser agradável a Deus e assegurar sua posição futura”? E os espíritos respondem: “Não, é preciso

fazer o bem no limite de suas forças, porque cada um responderá por todo o mal que resulte do bem que não haja feito.”

A resposta dos espíritos pode ser um ponto de partida para refle-tirmos, à luz da doutrina espírita, qual deve o ser o papel do espírita no processo de transformação do nosso planeta, considerando a escala de classificação e progressão dos mundos habitados, apresentada no Capítulo 3 de O Evangelho Segundo o Espiritismo.

Neste capítulo, os mundos habitados são classificados da seguin-te forma: mundos primitivos, destinados às primeiras encarnações da alma humana; mundos de provas e expiações, onde predomina o mal, mundos de regeneração, nos quais as almas que ainda têm provas a suportar haurem novas forças, repousando das fadigas das lutas, mun-dos ditosos, onde o bem sobrepuja o mal, mundos celestes ou divinos, habitações de espíritos depurados, onde reina, exclusivamente, o bem.

Pertencente à categoria dos planetas de expiação e provas, a Ter-ra está destinada a se transformar em um mundo de regeneração. Se-gundo Nazareno Feitosa, esse processo de transformação - também conhecido como transição planetária – está em curso desde o século 19, deflagrado sob a influência dos ideais iluministas e pela chegada da codificação espírita, marcando o início de uma nova era para a huma-nidade.

A transição planetária também foi descrita no livro de Emmanuel A Caminho da Luz, psicografado por Chico Xavier. “Não se trata de um

acontecimento, mas de um pro-cesso”, afirma Feitosa. No livro Obras Póstumas, de Allan Kar-dec, temos a informação de que não devemos buscar nos céus sinais desses novos tempos, mas devemos olhar ao nosso redor, pois será entre os homens que veremos se operar essas trans-formações. Assistiremos a uma grande transformação moral. No livro A Gênese, Kardec discute a hipótese de uma nova geração de espíritos, mais esclarecidos, que estão reencarnando para nos auxiliar nesse processo.

Segundo Feitosa, temos as-sistido desde há alguns anos à chegada de espíritos evoluídos na Terra nas várias áreas da ciên-cia, filosofia, religião, e, no movi-mento espírita, personalidades como Bezerra de Menezes, Chico Xavier, Eurípedes Barsanulfo, Cai-bar Schutel, Peixotinho, Yvonne Pereira, Jerônimo Mendonça e Divaldo Franco.

Reforma moral Apesar da importância dos

acontecimentos históricos para a evolução da humanidade, o prin-cipal fator que irá impulsionar o processo de regeneração da Ter-ra é a reforma moral do indivi-duo. Argumenta o entrevistado.

“É importante compreender que o mundo de regeneração não virá como um passe de mágica, ele é uma construção nossa, que depende da nossa regeneração pessoal”. afirma Feitosa. Ele sugere a prática do autoconhecimento para o aperfeiçoamento moral, conforme a questão 919 de O Livro dos Espíritos: “Qual o meio prático e mais eficaz para se melhorar nesta vida, e resistir aos arrastamentos do mal?” Os espíritos respondem: “Um sábio da antiguidade vos disse: conhece-te a ti mes-mo.”.

Feitosa também discorre sobre a importância da revisão diária dos atos praticados e o culto do evangelho no lar, pois são também ferra-mentas indicadas para o aprimoramento espiritual. Na literatura espí-rita, há diversas obras que poderão nos auxiliar nesse processo, como os livros da codificação, os comentários evangélicos de Emmanuel, e os textos de Joanna de Ângelis. Kardec recomendava o estudo continuado da doutrina, sobretudo em pequenos grupos.

Estudo e divulgação Do ponto de vista das iniciativas coletivas que podem contribuir

para o processo de regeneração do planeta, um instrumento funda-mental é o Plano de Ação para o Movimento Espírita elaborado pela Federação Espírita Brasileira (FEB) e aprovado pelo Conselho Federativo Nacional (CFN), do qual constam as metas que visam, sobretudo, forta-lecer o estudo, a prática e a divulgação da Doutrina.

Segundo Feitosa, é importante que as casas espíritas conheçam este material e estejam unidas no esforço de união e unificação do movi-mento espírita, conforme a orientação de Bezerra de Menezes. Ele des-taca a necessidade do apoio, inclusive financeiro, às instituições que trabalham na divulgação da Doutrina, como o Conselho Espírita Nacio-nal, responsável pela tradução dos livros espíritas para outros idiomas e pela TVCEI, as federativas nacional e estaduais, as casas espíritas e as instituições que divulgam a doutrina. Destaca, ainda, as iniciativas como programas de rádio, peças de teatro, programas de TV, mídias so-ciais e a produção de conteúdos para o cinema.

Feitosa sugere a adoção do programa proposto pelo espírito Joanna de Ângelis: espiritizar, qualificar e humanizar, que nos ajudarão a não perder o foco com modismos e soluções mágicas, que muitas vezes não estão de acordo com os postulados kardequianos.

Defesa da vida Feitosa afirma, ainda, que o espírita comprometido com a transfor-

mação do planeta, deve se engajar nas diversas campanhas promovi-das pela Federação Espírita Brasileira, em especial à defesa da vida, o combate às drogas e ao suicídio.

“Se admitirmos a legalização do aborto no Brasil estaremos assu-mindo um carma coletivo e seremos, todos, coniventes com o mal”, sen-tencia Feitosa. Ele ressalta que os espíritas não podemos ficar apáticos frente a esta grande ameaça, que se constitui em um grave perigo não só para as crianças, mas também para as mães, devido às inúmeras con-seqüências orgânicas, psiquiátricas, espirituais e reencarnatórias.

Feitosa frisa que estamos às vésperas da votação da reforma do Có-digo Penal Brasileiro no Senado Federal, cujo texto legaliza o aborto no Brasil até o terceiro mês de gestação e também das crianças portadoras da deficiência equivocadamente chamada de anencefalia. Conclama a toda a população para que protestemos contra esse atentado à vida das nossas crianças e à saúde das mulheres, realizando mobilizações, encaminhando e-mails para os senadores e auxiliando instituições como o Movimento Brasil Sem Aborto.

O expositor tem um site onde é possível assistir várias palestras que realiza: www.nazarenofeitosa.com.br

Por Célia Chaves

Autoconhecimento

Ilustração: Roberto Gandarra

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Renovação diária

A natureza nos ensina que nossa vida tem que ser renovada diaria-mente. Tudo muda a cada dia e nós, como parte dessa natureza, temos que mudar também. Nossa mudança, entretanto, deve ser

em dois sentidos: no físico e no espiritual. Nenhum dia é igual a outro. Uns são alegres, serenos e felizes, isto é, o que sentimos. Outros aparecem ofus-cados por brumas de desentendimentos, incidentes desagradáveis, pre-ocupações. Não nos detenhamos na amargura que por vezes aparecem. Sigamos em frente, pois tudo o que passamos são disciplinas da escola da vida, são aulas que devemos aprender o que é bom e o que nem tanto. Deus não dá cargas superiores à nossa força. Por isso é preciso que nos re-novemos diariamente para, a cada disciplina, fixarmos conhecimentos que muito servirão para evoluirmos espiritualmente.

Há ocasiões em que nos tornamos mais enérgicos ao sermos obrigados a passar determinados ensinamentos ao nosso semelhante, quando o me-recer. Ficamos pesarosos por isso, mas, ao observarmos o aproveitamento que foi para ele, sentiremos algo suave como uma carícia espiritual a nos premiar com a consciência tranquila e o sono do justo.

Nossas vibrações, em determinadas circunstâncias, podem variar, rapi-damente, da luz para a sombra e até às trevas, mas se vivermos a vida cons-ciente, podemos ajustar a vibração e voltarmos à luz imediatamente. O que não se deve guardar é mágoa e ressentimento, mas sim compreender que aquela atitude foi necessária. A renovação deverá ser de tal forma que a cada dia possamos subir um degrau na escada da evolução. Isso demanda vigilância constante e conscientemente usar cada instante para as neces-sidades, no bem, para conosco ou com a pessoa em foco. Umas requerem

doces palavras de encorajamento e outras necessitam de admoestações fortes. Em tudo, porém, com boa dose de amor e compreensão.

Se à vezes somos obrigados a ser ríspido com alguém para que se cons-cientize e guarde o ensinamento, também devemos ser enérgicos para co-nosco. Em nós não podemos perdoar nada que tenha indícios de amorali-dade. Aos outros, devemos perdão e compreensão, pois nunca sabemos o quê levou a pessoa cometer aquele ato.

Sabendo disso, renovemo-nos a cada instante, em encontros fortuitos com o semelhante na via pública, no trabalho, em casa onde está a verda-deira escola evolutiva; enfim, que estejamos sempre preparados a tirarmos ilações de cada fato à nossa volta, pois todo momento é próprio para nos renovarmos para o bem.

Antigamente, em casas em que havia muita gente costumava haver a disciplina ”sujou? – lavou”. Todos seguiam a regra e viviam bem. Na con-vivência diária poderíamos usar o “desagradou? – pediu desculpas since-ras”. Nossa luta por evoluirmos às vezes não é compreendida e recebemos ataques. Revidar não adianta, mas em ocasião oportuna devemos mostrar o porquê fizéramos aquele ato. Temos obrigação de vivermos em paz e amorosamente com todos. Para isso muitas vezes requer um pedido de desculpa ou de perdão.

Por Julio CapiléMédico e membro-fundador da Comunhão

Reflexão e espiritualidade“Ainda verteremos muito pranto, ouviremos muitas profecias alar-mantes, mas a Terra sairá desse processo de transformação mais feliz, mais depurada, com seus filhos ditosos rumando para mundo

superior na escalada evolutiva”Bezerra de Menezes, em mensagem recebida por Divaldo Franco, em 2010,

em Varsóvia, na Polônia

“Tudo segue a ordem natural das coisas, e as leis imutáveis de Deus não serão nunca invertidas. Não vereis, pois, nem milagres, nem prodígios, nem nada sobrenatural no sentido vulgar ligado a essas palavras. Não olheis para o céu para nele procurar os sinais precur-sores, porque nele nada vereis, e aqueles que os anunciaram vos en-ganaram, mas olhai ao redor de vós, entre os homens, será aí que os

encontrareis”Trecho de Obras Póstumas (Regeneração da Humanidade), publicado por

Allan Kardec

“Meus irmãos, o mundo não é uma nau à matroca. Nós sabemos que “Jesus está no leme!” e que não iremos soçobrar. Basta de dúvidas e incertezas que somente retardam o avanço e prejudicam o traba-lho. Sejamos solidários, sim, com a dor de nosso próximo. Façamos por ele o que estiver ao nosso alcance. Temos o dever indeclinável de

fazê-lo”Eurípedes Barsanulfo, em mensagem psicografada por Suely Caldas Schubert

“É lamentável a realidade de médiuns em profundos desequilíbrios vivenciais, reclamando sempre assistência espiritual em causa pró-pria, da mesma forma a realidade de médiuns desencarnados sofri-da e angustiadamente pelos seus enganos, um deles, sobretudo, o de se tornarem médiuns no centro espírita sem a preocupação em tra-

balhar como medianeiros do próprio equilíbrio pessoal”Sandoval, em mensagem psicografada no Centro Espírita Chico Xavier, em

Goiânia

PalcoArtigo

Coluna

w w w . p r e c i s o d e u m p s i c o l o g o . c o m . b r

c o n s u l t e i n f o r m a ç õ e s e d e p o i m e n t o s

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7

Palco

Espetáculo narra sobre dois grandes períodos de evolução

Transição Planetária - de Capela à Alcíone é o nome do espetáculo de dança que o Grupo Te-atro e Vida (GTV) apresentará no dia 25 de no-

vembro, no palco da Comunhão, no auditório Bezerra de Menezes.

Com roteiro e direção geral de Germana Carsten, a peça conta, em sete atos e duração de quarenta minutos, a trajetória evolutiva dos habitantes da Ter-ra, com a inserção de várias raças de outros planetas imigradas para cá em dois grandes períodos.

Segundo Germana Carsten, coordenadora geral do GTV, de certa forma, a peça conta a história de todos nós, mostrando que “há muitas moradas na casa do Pai e que a fraternidade entre os povos que se auxiliam mutuamente traz evolução espiritual e benefício a todos”.

O roteiro se baseou nos livros espíritas A Cami-nho da Luz de autoria espiritual de Emmanuel, psi-cografia Francisco Cândido Xavier, e Transição Plane-tária de autoria espiritual de Manoel Philomeno de Miranda, psicografia de Divaldo Pereira Franco.

Para Germana, o espetáculo tem ainda a missão de valorizar a expressão artística da dança, que tem muito a contribuir para a divulgação doutrinária, através da leveza de seus movimentos conduzidos pela harmonia e beleza dos acor-des musicais. “A dança como veiculo de divulgação doutrinária é um instrumento poderoso de transformação pessoal e um encontro ín-timo com a mensagem divina”, destacou.

Germana explica que o roteiro foi idealizado e motivado pela intenção de saudar e dar as boas vindas aos seres de Alcione, emi-grantes que vieram para a Terra com a missão de promover a Terra a tempos de paz, justiça, amor e harmonia.

FigurinoTransição Planetária será emoldurada por um figurino desenha-

do e idealizado pela mesma designer do GTV que produziu com grande beleza o vestuário do Musical Chico Xavier – O Anjo da Es-crita Iluminada, Neusa Linda. Os sete atos serão um desfile de be-leza e elegância, perfeitamente conectado com cada contexto ali expressado através da dança. Já a trilha sonora, selecionada pelos coreógrafos sob a supervisão de Juliana Castro, promete emocio-nar, especialmente no encerramento do espetáculo, onde a canção espírita com letra de Sérgio Castro e música de Ivan Sérgio, Salve a Regeneração, exaltará às boas vindas aos tempos profícuos da Terra de regeneração.

O elenco do espetáculo de dança é composto por 47 integrantes, entre eles cinco renomados coreógrafos de Brasília: Reginaldo Mo-reira (contemporâneo), Eduardo Landívar (rumba), Alessandra Rizzi (dança de salão), Wesley Messias (street), Jurema Padrão (clássico) sob a direção de coreografias de Juliana Castro (sapateado) .

O espetáculo será apresentado no mês de novembro em Vitória (ES), na 1ª Mostra Nacional de Dança Espírita, realizada com o apoio Federação Espírita do Estado do Espírito Santo (FEEES) e Associação Brasileira de Artistas Espíritas (Abrarte). Para 2013 há previsão de o espetáculo ser apresentando no Teatro Nacional.

Segundo Germana, a receptividade ao espetáculo tem sido gran-de, não só pelo interesse do tema, regeneração, como também pelo fato de o GTV já ser bem conhecido da comunidade espírita de Bra-sília. “Somos abençoados por esta comunidade de irmãos do ideal cristão que sempre apoia nossos projetos com lealdade e interesse. Afinal, são quase dez anos contando histórias através da arte espíri-ta”, concluiu.

Saiba maisO Grupo Teatro e Vida foi criado em 2003 com a finalidade de

proferir palestras interpretadas para os alunos do Estudo Sistemati-zado da Doutrina Espírita na Comunhão, com o objetivo de ilustrar, com criatividade e através da arte, as mensagens inseridas nas obras da literatura espírita.

Com várias peças encenadas dentro e fora da Comunhão, conso-lidou um grupo de voluntários que trabalham segundo os princípios do espiritismo, dai de graça o que de graça recebestes. Assim, ro-teiristas, diretores, atores, contrarregras, cenógrafos, maquiadores, figurinistas, coreógrafos, músicos, bailarinos ofertam tempo, talen-to e criatividade na elaboração de peças teatrais na divulgação dos preceitos espiritas, contidos na codificação de Allan Kardec e obras complementares.

O grupo conta com a participação de artistas que possuem de nove a 62 anos. Apesar de ter sido criado para interpretação de te-atro, para qualificar o tema a ser desenvolvido, o grupo sentiu a ne-cessidade de inserir as demais artes. O GTV é composto por seis áreas que interagem formando um grupo coeso e bem estruturado, entre eles: Teatro Vida; Produtora Vida; Banda Vida; Dança Vida; Su-porte Logístico; Produção e Marketing.

O Dança VIDA foi fundado diante de inúmeras situações incen-tivadoras e se estabeleceu sob a coordenação de Juliana Castro, in-trodutora da cultura do sapateado no GTV, que, juntamente com Alessandra Rizzi, vem colaborando para divulgar a Doutrina Espírita através de performances e promover a transformação pessoal de cada integrante do Dança VIDA no contato direto com os princípios espiritistas.

A dança surgiu no grupo na peça O Livro dos Espíritos – de Hy-desville a Barcelona, em comemoração aos 150 anos do referido li-vro, onde quatro bailarinas dançaram a coreografia elaborada por Verena Castro, à época coordenadora do Núcleo de Dança do GTV, atendendo a necessidade de ilustrar melhor a contextualização da beleza no momento da peça em que o livro é recebido como inspi-ração.

Por Marta Moraes

Ilustração: Roberto Gandarra

Ilustração: Roberto Gandarra

Page 8: Planeta está sob as luzes da transformaçãodev.comunhaoespirita.org.br/wp-content/uploads/2019/01/... · 3 Batalha final do Livro das Revelações é alegórica E stamos chegando

Segunda ediçãoMudanças exigem respeito às leis e à ética

Segundo relatos dos espíritos superiores, estamos perto de uma grande transformação e transição da Terra. Nosso planeta pas-sará da condição de mundo de provas e expiações para mundo

de regeneração. Isso já constava no planejamento celestial para o pla-neta há muito tempo e não se dará num passe de mágica. Será um processo lento e gradual de transformação, porém que acontecerá de forma irreversível.

O livro Transição Planetária, que já está em sua segunda edição, com mais de cem mil exemplares vendidos, explana os mecanismos e as razões de ordem superior da transição planetária, em favor das mudanças urgentes e necessárias que promovem o respeito às leis, à ética e à natureza, transformando o homem num ser integral, cons-ciente dos seus deveres para com Deus, para consigo próprio e para o próximo.

O autor Manoel Philomeno Batista de Miranda nasceu em 1876, no muni-

cípio de Jangada, estado da Bahia, filho de Manoel Batista de Miranda e Umbelina Maria da Conceição.

Foi incentivado a conhecer o espiritismo em Alagoinhas (BA) pelo médium Saturnino Favita em 1914, que o havia curado de grave enfermidade. Na mesma época conheceu José Petitinga na capital baiana, começando a freqüentar as sessões da União Espírita Baiana, fundada em 1915.

Miranda exerceu vários cargos na União, sendo eleito presidente pela Assembleia Geral, em virtude do desencarne de José Petitinga. Manoel Philomeno de Miranda teve suas atitudes doutrinárias dire-cionadas para as questões da obsessão e desobsessão.

O médiumDivaldo Pereira Franco é um dos mais conhecidos oradores e mé-

diuns da atualidade e fiel mensageiro da palavra de Cristo pelos con-soladores e esperançosos ensinamentos da Doutrina Espírita.

Com a orientação de Joanna de Ângelis, sua mentora, psicografou mais de duzentas obras de vários espíritos, muitos já traduzidos para outros idiomas, levando a luz do Evangelho a todos os continentes sedentos de paz e amor. Divaldo Franco tem sido também o pregador da paz, em contato com o povo simples e humilde que vai ouvir a sua palavra nas praças públicas, conclamando todos a implantarem a paz a partir da autopacificação.

Há mais de cinquenta anos, em parceria com seu fiel amigo Nilson de Souza Pereira, fundou em Salvador a Mansão do Caminho, cujo tra-balho dá assistência social a milhares de pessoas carentes da cidade de Salvador. Seu trabalho, de mais de meio século, tem conquistado a admiração e o respeito da Bahia, do Brasil e do mundo.

Por Bernardo de Felippe

Ilustração: Denise Escovino