Revelações do Apocalipse Vol 03 - Pr. Samuel Ramos

Embed Size (px)

DESCRIPTION

Volume 03 – Apocalipse 17, Mistério … A Grande Babilônia

Citation preview

Vol. 3

APOCALIPSE 17 MIST RIO... A GRANDE BABIL NIA

Samuel Ramos [email protected]

Edio - 2006 Copyright 2006 Todos os direitos de publicao desta edio reservados Samuel Ramos Diagramao e capa SERGRAF - Servios Grficos e Editora Ltda. 1 EDIO - VOLUME TRS DOIS MIL EXEMPLARES Nenhuma parte desta obra pode ser reproduzida ou duplicada sem autorizao expressa do autor e do editor.

Ramos, Samuel Revelaes do Apocalipse / Samuel Ramos. Curitiba : 2006. 151p. ; 21cm 2. Religio. Teologia - Paran. I. Ttulo

CDD (1 ed.) registro 356.190 livro 657 folha 350

SERGRAF -

SERVIOS GRFICOS E EDITORA LTDA.

Rua O Brasil para Cristo, 495 - Boqueiro CEP 81650-110 - Curitiba - Paran Fone/Fax: (41) 3277-3213 e-mail:[email protected]

Sumrio

Introduo....................................................................05 Captulo 1Uma Mulher Cavalgando a Besta....................................09 O Tempo do Verbo...................................................10 A Grande Prostituta.................................................12 Muitas guas...........................................................14 Amante dos Reis da Terra........................................15 O Vinho de Babilnia..............................................19

Captulo 2Quem Quem?...............................................................25 Nomes de Blasfmia.................................................28 As Blasfmias Papais Refletem as Pretenses de Satans.....................................................................30 A Mulher Vestida de Prpura e de Escarlata...........32 Mistrio, a Grande Babilnia...................................36 A Igreja Me............................................................37 A Me das Prostituies e Abominaes..................41 Embriagada com o Sangue das Testemunhas de Jesus..........................................................................43 O Papa Negro...........................................................47 O Vaticano e o Holocausto.......................................51

Captulo 3O Mistrio da Mulher e da Besta ...................................53 So Duas Bestas.......................................................54 A Besta do Abismo..................................................57 Por que Satans Chamado a Besta do Abismo?.....59 A Histria Terrestre de Satans................................60

Captulo 4A Besta que Subiu do Mar...............................................67 A Supremacia Papal de 42 Meses.............................70 A Origem dos Trs Anos e Meio.............................72 Por que o Anticristo Reinaria por Trs Anos e Meio Literais?....................................................................75

Captulo 5Sete Cabeas, Sete Montes e Sete Reis............................83 Diversas Interpretaes............................................83 Outra Interpretao..................................................84 Sete Cabeas= Sete Montes= A Cidade de Roma....86 Sete Cabeas= Sete Reis= Sete Papas.......................87 Cinco J Cairam.......................................................93 A Importncia do Tratado de Latro........................98

Captulo 6Sete Reis e Sete Papas....................................................103 Os Sete ltimos Papas...........................................106

Captulo 7O Ato Culminante no Grande Engano.........................111 Os Dez Chifres da Besta Papal..............................113 Conclio dos Homens Sbios.................................114

Captulo 8O Illuminati...................................................................123 A Vitria de Jesus e dos Seus Santos......................135 No Mais Mrtires.................................................137 Besta do Abismo versus Besta Papal......................138 Deus Soberano.....................................................144 A Grande Cidade...................................................149

Introduo

05

IntroduoNos ltimos anos o captulo dezessete de Apocalipse se tornou um assunto muito polmico entre os estudiosos da profecia bblica. No podemos mais fechar os olhos para essa viso que se prope explicar o mistrio da grande Babilnia. No Apocalipse so descritas as profundas coisas de Deus. O prprio nome dado a suas pginas, revelao, contradiz a afirmao de que um livro selado. Uma revelao alguma coisa revelada. O prprio Senhor revelou a Seu servo os mistrios contidos neste livro, e prope que seja aberto ao estudo de todos. Suas verdades so dirigidas aos que vivem nos ltimos dias da histria da Terra... Que ningum pense que por no poder explicar o significado de cada smbolo do Apocalipse, -lhe intil investigar este livro numa tentativa de conhecer o significado da verdade que ele contm. Aquele que revelou esses mistrios a Joo dar ao diligente pesquisador da verdade um antegozo das coisas celestiais. Estamos no limiar de grandes e solenes acontecimentos. Muitas das profecias esto prestes a se cumprir em rpida sucesso... Repetir-se- a histria passada. Ao nos aproximarmos do fim da histria deste mundo, devem as profecias relativas aos ltimos dias exigir especialmente nosso estudo. O ltimo livro dos escritos do Ellen G. White, Atos dos Apstolos, 584. Ibidem. Ellen G. White, Testemunhos para Ministros,. 116, nfase minha.

06

Revelaes do Apocalipse - Vol. 3

Novo Testamento, est cheio de verdades que precisamos compreender. Satans tem cegado o esprito de muitos de modo que se tm contentado com qualquer escusa por no tornarem o Apocalipse motivo de seu estudo. Mas Cristo, por intermdio de Seu servo Joo declara aqui o que ser nos ltimos dias. Foram reveladas a Joo cenas de profundo e palpitante interesse na experincia da igreja. Viu ele a posio, os perigos, os conflitos e o livramento final do povo de Deus. Ele registra as mensagens finais que devem amadurecer a seara da terra... Assuntos de vasta importncia lhe foram desvendados, especialmente para a ltima igreja... Especialmente o captulo dezessete de Apocalipse tem uma mensagem especial para a ltima igreja; Deus quer preparar a Sua igreja para os eventos finais. No Devemos Temer a Investigao No h escusas para algum tomar uma posio de que no h mais verdade para ser revelada, e que todas as nossas explanaes da Escritura esto sem um erro. O fato de que certas doutrinas tm sido defendidas como verdade por muitos anos pelo nosso povo, no uma prova de que nossas idias so infalveis. O tempo no deixar permanecer o erro na verdade, e a verdade pode ser esclarecida. Nenhuma verdadeira doutrina perder alguma coisa pela inteira investigao. Ibidem. Ellen G. White, O Grande Conflito, 341, 342, nfase minha. Ellen G. White, Review and Herald, 20/12/1892, nfase minha.

Introduo

07

Temem alguns que se reconhecerem estar em erro, ainda que seja num simples ponto, outros espritos sero levados a duvidar de toda a teoria da verdade. Tm portanto achado que no se deve permitir a investigao; que ela tenderia para a dissenso e a desunio. Mas se tal o resultado da investigao, quanto mais depressa vier, melhor. Se h aqueles cuja f na Palavra de Deus no suportar a prova de uma investigao das Escrituras, quanto mais depressa forem revelados melhor... No podemos manter a opinio de que uma posio uma vez assumida, uma vez advogada a idia, no deve, sob qualquer circunstncia ser abandonada. H apenas Um que infalvel: Aquele que o Caminho, a Verdade e a Vida. No deve a Bblia ser interpretada para agradar s idias dos homens, por mais longo que seja o tempo em que tm considerado verdadeiras essas idias. No devemos aceitar a opinio de comentaristas como sendo a voz de Deus; eles eram mortais, sujeitos ao erro como ns mesmos. Deus nos tem dado a faculdade do raciocnio tanto como a eles. Devemos tornar a Bblia o seu prprio expositor.

Ellen G. White, Testemunhos para Ministros, 105. Ibidem.

08

Revelaes do Apocalipse - Vol. 3

Captulo 1 - Uma Mulher Cavalgando a Besta

09

Captulo 1

Uma Mulher Cavalgando a BestaSculos antes de Joo escrever o Apocalipse, a antiga cidade de Babilnia tinha sido completamente destruda e nunca mais reconstruda. Por muitos sculos ela jaz em runas, mas a mulher de Apocalipse 17 surgiu para revitalizar os ensinos dessa antiga Babilnia e introduzi-los no cristianismo. O contraste entre a mulher de Apoc. 12:1 e a prostituta de Apoc. 17:1 to chocante que a profecia chama de: Mistrio... a grande Babilnia! A viso do captulo dezessete foi dada na sequncia das Sete Pragas e deve ser estudada no contexto do terceiro ai: passado o segundo ai; eis que o terceiro ai cedo vir (Apoc. 11:14). O terceiro ai cai sobre a grande Babilnia: E da grande Babilnia se lembrou Deus para lhe dar o clice do vinho da indignao da Sua ira (Apoc. 16:19). A viso trata principalmente da condenao da grande meretriz. O terceiro ai se relaciona com a quinta, sexta e stima pragas de Apocalipse 16:10-19 que atingem diretamente o trono da besta, a Cidade do Vaticano. Apocalipse 17 e 18 provem informaes adicionais sobre as sete ltimas pragas do captulo 16. Trs dessas pragas so dirigidas especificamente contra Babilnia mstica. A quinta praga incide sobre o trono da besta (Apoc. 16:10)... A sexta praga seca as guas do Eufrates, a fonte da vida de Babilnia (Apoc. 16:12; comparar com 17:15). A stima praga divide a grande cidade de Babilnia em trs partes. Carl Coffman, Lio da Escola Sabatina, 3 trimestre de 1989, 2 parte, 137.

10

Revelaes do Apocalipse - Vol. 3

Conquanto a interpretao pormenorizada do captulo tenha as suas dificuldades, o quadro total claro. A viso muito importante para nossa compreenso da confederao do mal que existir no fim do tempo. O livramento final do povo de Deus resultar de sua fidelidade, a despeito das foras que se levantaro contra eles. O Tempo do Verbo O captulo dezessete de Apocalipse contm uma das mais surpreendentes profecias da Bblia. O anjo mostra para Joo acontecimentos que esto no futuro usando o verbo no passado. Por exemplo: e vi que a mulher estava embriagada do sangue dos santos (Apoc. 17:6); na realidade, quando o profeta recebeu essa viso s existia a Igreja Crist pura e fiel, a grande prostituta ainda no tinha surgido. O mesmo acontece no verso 8 onde lemos: vendo a besta que era e j no , mas que vir (Apoc. 17:8); esse verso no pode ser aplicado ao tempo do profeta Joo porque o prprio apstolo Paulo explica que naquele tempo a besta, isto , o homem do pecado, o filho da perdio... que se assenta no trono de Deus querendo parecer Deus (II Tess. 2:3-4) ainda no tinha surgido. O mesmo princpio deve ser aplicado quando estivermos estudando o verso 10 onde a profecia fala dos sete reis: cinco cairam, e um existe; outro ainda no vindo (Apoc. 17:10). Esse verso tambm no pode ser entendido no contexto do perodo de vida do profeta Joo e sim como uma profecia para o tempo do fim. muito frgil o argumento de que a profecia se aplica ao passado somente porque o verbo est no passado; existem outros exemplos de profecias que claramente Ibidem, 136.

Captulo 1 - Uma Mulher Cavalgando a Besta

11

apontam para o futuro apesar do verbo estar no passado. Joo viu uma mulher assentada sobre uma besta mas no pode entender a viso porque era para o tempo do fim. Os lderes da Reforma estavam seguros de que ela (a mulher) representava a Igreja Catlica Romana em geral, e mais em particular, o papa. Esta crena, porm, foi rejeitada posteriormente pela maioria dos protestantes por rebaixar e provocar um corpo de cristos amigos com quem os evanglicos desejam trabalhar unidos na tarefa de conquistar a maior parte do mundo para Cristo. Muito antes do surgimento do protestantismo os escritores antigos, membros da Igreja de Roma, tambm interpretaram a mulher do captulo 17 como sendo a Igreja de Roma. Essa aplicao quase universal. Dante Alighieri (1265-1321), poeta italiano catlico, em sua Divina Comdia, expe claramente a Igreja de Roma: Pisando os bons e exaltando os perversos, entristece o mundo. De vs, pontfices simonistas, fala o evangelista S. Joo Quando v prostituir-se aos reis da terra Aquela que tem mando sobre muitas naes, Aquela que nasceu com as sete cabeas E que dos dez cornos teve argumento de poder e autoridade... Criastes para vosso uso um deus de ouro e de prata... Ah! Constantino, de quantos males foi princpio, No o teres-te feito cristo, mas a doao Veja o comentrio de Apoc. 17:10. Dave Hunt, A Woman Rides the Beast, 14.

12

Revelaes do Apocalipse - Vol. 3

Que fizeste do primeiro pontfice rico! Embora muitos tentem fechar os olhos para essa profecia, ela a est, viva e em cores, ocupando dois captulos inteiros de Apocalipse. O que fazer? Dave Hunt afirma: Ns no temos mais direito de fechar os olhos para Apocalipse 17 e 18 do que para Joo 3:16. Inquestionavelmente a mulher a figura central nesses dois importantes captulos, o ator principal no drama dos ltimos dias. A Grande Prostituta E veio um dos sete anjos que tinham as sete taas, e falou comigo, dizendo-me: Vem mostrar-te-ei a condenao da grande prostituta que est assentada sobre muitas guas (Apoc. 17:1). A identificao desse anjo com um dos anjos portadores das pragas denota que a informao que seria transmitida a Joo estava relacionada com as sete ltimas pragas. Essa relao confirmada pelo fato de que o anunciado assunto desse captulo o julgamento da grande meretriz ocorre sob a stima praga. A quinta, sexta e stima pragas dizem respeito grande Babilnia. O juzo contra a meretriz mencionado em Apocalipse 17:1 e 16. O juzo contra a besta (do abismo) o assunto dos versos 8 4 e 11. Duas vezes Joo anunciou a queda de Babilnia sem identific-la (Apoc. 14:8; 16:19). Agora ele prov a descrio e identificao de Babilnia em termos de uma prostituta no seu Citado por Roy Allan Anderson, O Apocalipse Revelado, 193-194. Dave Hunt, A Woman Rides the Beast, 14. Seventh-day Adventist Bible Commentary, vol. 7, 849. 4 Carl Coffman, Lio da Escola Sabatina, 3 trimestre de 1989, 2 parte, 137.

Captulo 1 - Uma Mulher Cavalgando a Besta

13

papel sedutor no tempo do fim. Nenhuma mulher nasce prostituta, este um processo que leva algum tempo. A primeira coisa que nos dito da mulher que ela uma prostituta. No cdigo proftico a mulher virgem e pura representa a igreja de Deus. Jesus contou a parbola das dez virgens (Mateus 25:113) onde o esposo representa Jesus, e as virgens, a igreja. O apstolo Paulo tambm usa o mesmo simbolismo quando diz: Porque estou zeloso de vs com zelo de Deus, porque vos tenho preparado para vos apresentar como uma virgem pura a um marido, a saber, a Cristo (II Cor. 11:2). A mulher de Apocalipse 12 um smbolo perfeito da verdadeira igreja de Jesus: E viu-se um grande sinal no cu: uma mulher vestida do sol, tendo a lua debaixo dos seus ps, e uma coroa de doze estrelas sobre a sua cabea (Apoc. 12:1). Mas a mulher do captulo dezessete uma mulher corrompida, prostituta, cujo carter de natureza enganadora. Ela representa a Igreja Crist apostatada cuja apostasia foi claramente revelada na profecia das Sete Igrejas (Apoc. 2 e 3). As cartas escritas para as igrejas de feso e Esmirna revelam como a Igreja Crist se manteve fiel entre os anos 31 a 313 (Apoc. 2:1-11), e as cartas escritas para as igrejas de Prgamo e Tiatira descrevem como o paganismo foi introduzido no cristianismo e como a igreja se uniu ao poder do Estado (313 1517, Apoc. 2:12-29). O imperador romano Constantino, mediante sua suposta converso, introduziu na Igreja Crist o paganismo (ler a histria da igreja de Prgamo no volume 1). Quando se corrompeu a primitiva igreja, afastando-se da simplicidade do evangelho e aceitando ritos e costumes pagos, Ranko Stefanovic, Revelation of Jesus Christ, 503.

14

Revelaes do Apocalipse - Vol. 3

perdeu o Esprito e o poder de Deus; e para que pudesse governar a conscincia do povo, procurou o apoio do poder secular. Disso resultou o papado, uma igreja que dirigia o poder do Estado e o empregava para favorecer aos seus prprios fins, especialmente na punio da heresia. Tanto no Antigo como no Novo Testamento a fornicao e o adultrio so usados no sentido fsico e espiritual. De Jerusalm dito: Como se fez prostituta a cidade fiel! Ela que estava cheia de retido (Isa. 1:21). Pelo fato de Israel ter se corrompido pela adorao dos deuses de madeira e pedra, Jeremias diz: E sucedeu que pela fama da sua prostituio contaminou a terra, porque adulterou com a pedra e com o pau (Jer. 3:9). Nas Escrituras, o carter sagrado e permanente da relao entre Cristo e Sua igreja representado pela unio matrimonial... A infidelidade da igreja para com Cristo, permitindo que sua confiana e afeio Dele se desviem, e consentindo que o amor s coisas mundanas ocupe a alma, comparada com a violao do voto conjugal. O culto ao deus sol, a adorao de Tamuz, condenada em Ezequiel 8:14-17, a santificao do domingo, a celebrao do natal e da pscoa so heranas pags que debilitaram e prostituiram a igreja no perodo de Prgamo. Muitas guas grande prostituta que est assentada sobre muitas guas (Apoc. 17:1). Aqui novamente o cdigo proftico nos ajuda a entender a Ellen G. White, O Grande Conflito, 443. Ibidem, 381.

Captulo 1 - Uma Mulher Cavalgando a Besta

15

extenso do domnio e a fora da influncia desta mulher. A declarao de Apoc. 17:1 esclarece o secamento do Rio Eufrates que dever ocorrer durante a sexta praga (Apoc. 16:12). Apocalipse 17:15 explica: As guas que viste onde se assenta a prostituta, so povos, e multides, e naes, e lnguas. Esta uma igreja poderosa e mundial pois est assentada sobre muitas guas, muitas naes, povos, multides e lnguas; o secamento das guas do Rio Eufrates indica que esse apoio mundial grande Babilnia ser retirado no tempo indicado na profecia. Amante dos Reis da Terra Com a qual se prostituiram os reis da terra; e os que habitam na terra se embebedaram com o vinho da sua prostituio (Apoc. 17:2). A mulher-igreja descrita no captulo dezessete muito bem relacionada com os reis e governantes da terra. Ela corteja reis e prncipes e vive em relao ilcita com eles. Babilnia tambm acusada do pecado de relao ilcita com os reis da terra. Foi pelo afastamento do Senhor e aliana com os gentios que a igreja judaica se tornou prostituta; e Roma, corrompendo-se de modo semelhante ao procurar o apoio dos poderes do mundo, recebe condenao idntica. A noiva de Cristo, cuja esperana se unir com o Noivo no cu, no deveria ter ambies terrestres. Porm, a histria comprova que o Vaticano obcecado por empresas terrestres; e muito mais alm destes alvos, tem sido exatamente como Joo viu em viso, ela est enganjada em relaes adlteras com os Carl Coffman, Lio da Escola Sabatina, 3 trimestre de 1989, 2 parte, 137. Veja o comentrio de Apoc. 17:16. Ellen G. White, O Grande Conflito, 382.

16

Revelaes do Apocalipse - Vol. 3

reis da terra. Este fato do conhecimento mesmo dos historiadores catlicos. Jesus declarou: Se vs fsseis do mundo, o mundo amaria o que era seu, mas, porque no sois do mundo, antes eu vos escolhi do mundo, por isso que o mundo vos aborrece (Joo 15:19). Mas, parece que este no o caso da Igreja de Roma pois os papas construram ao longo dos sculos o maior imprio do mundo em riquezas, propriedades e influncia. Os papas tm reivindicado o domnio sobre o mundo inteiro. A bula papal do Papa Gregrio XI de 1372 (In Coena Domini) reivindicou o domnio papal sobre todo o mundo cristo, secular e religioso, e excomungou todos os que falharam em obedecer os papas e pagar as taxas. In Coena foi confirmada por subseqentes papas e em 1568 o Papa Pio V jurou que ela deveria permanecer como uma lei eterna. O papa vive na luxria com muitos servos num enorme palcio na Cidade do Vaticano enquanto Jesus, quando esteve aqui na terra, no tinha onde reclinar a cabea (Mat.8:20). Jesus disse que o seu reino no era desse mundo mas os papas construiram um verdadeiro imprio de riquezas nesta terra. O Papa Alexander VI (14921503) afirmou que todas as terras no descobertas pertenciam ao pontfice romano, para que ele, como Vigrio de Cristo e em nome Dele dispusesse delas da maneira como lhe agradasse... Em nome de Cristo, que no tinha nenhuma posse prpria nessa terra, este Papa Borgia incrivelmente mau, reivindicou a posse do mundo, traou uma Dave Hunt, A Woman Rides the Beast, 70. Dave Hunt, A Woman Rides the Beast, 70.

Captulo 1 - Uma Mulher Cavalgando a Besta

17

linha norte-sul no mapa mundial daqueles dias, dando tudo que estivesse no lado Leste para Portugal e no lado Oeste para a Espanha. Desta forma atravs de uma doao papal, que extrapola a plenitude do poder apostlico, a frica foi dada a Portugal e as Amricas para a Espanha. O Papa Inocncio III (11981216) aboliu o senado romano e colocou a administrao da cidade de Roma diretamente sob o seu comando. O senado romano que tinha governado a cidade no tempo dos Csares tinha sido conhecido como a Curia Romana, e de acordo com o Dicionrio Catlico de Bolso, esse nome agora se aplica a todos os escritrios administrativos e judiciais atravs dos quais o papa dirige as operaes da Igreja Catlica. No oitavo sculo o papado, com a ajuda de um documento fraudulento conhecido como Doao de Constantino, apossou-se de um grande territrio fora de Roma. O Papa Estevo III convenceu Pepino, rei dos francos e pai de Carlos Magno, que os territrios recentemente tomados pelos lombardos dos bizantinos tinham sido doados pelo Imperador Constantino ao papado. Pepino ento passou ao papado as chaves de cerca de vinte cidades (Ravena, Ancona, Bologna, Ferrara, Iesi, Gubbio e outras). A Doao de Constantino datada de 30 de maro de 315 declarava que essas cidades, juntamente com Roma e o Palcio de Latro estavam sendo doadas ao papado perpetuamente. Em 1440 Lorenzo Valla, um assessor do papa, provou que esse documento era falso, e hoje reconhecido como falso pelos historiadores. Ibidem, 71. Ibidem, 72.

18

Revelaes do Apocalipse - Vol. 3

Os estados papais foram literalmente roubados pelos papas dos seus verdadeiros donos, e isto durou at 1870, quando estes voltaram a ficar sob a autoridade do reino unido da Itlia. Jesus disse: O meu reino no deste mundo; se o meu reino fosse deste mundo, pelejariam os meus servos, para que Eu no fosse entregue aos judeus (Joo 18:36). Os papas, no entanto, tm lutado com exrcitos e navios em nome de Cristo no esforo de construir um majestoso reino neste mundo. Para conseguir isso, os pretensos representantes de Cristo forjam documentos e praticam fornicao espiritual com os reis e prncipes da terra. Pretendendo ser a noiva de Cristo a Igreja de Roma tem se prostitudo com governantes pagos e cristos ao longo da histria. Todos os lderes mundiais procuram estar bem relacionados com o Vaticano; esse fato foi claramente demonstrado recentemente nas cerimnias funerais do Papa Joo Paulo II, onde lderes governamentais de mais de 100 naes se fizeram presentes. Quando o Papa Joo Paulo II morreu o Vaticano tinha uma lista de 174 pases com os quais mantm relaes diplomticas. Isso representa mais de 75% das 228 naes reconhecidas pela ONU. O Vaticano a nica cidade que troca embaixadores com as naes, e faz isso com todas as grandes naes da terra. Embaixadores dos maiores pases vem ao Vaticano, inclusive dos Estados Unidos, no somente por uma mera cortesia mas porque o papa hoje o mais poderoso soberano da terra.

Dave Hunt, A Woman Rides the Beast, 83.

Captulo 1 - Uma Mulher Cavalgando a Besta

19

A revista Time de 11 de abril de 2005 trouxe uma lista de 264 papas desde S. Pedro at Joo Paulo II e neste artigo chamou a ateno o fato de Bento IX ter sido eleito papa trs vezes: 1032, 1045, e 1047. Ele era sobrinho dos seus dois antecessores e se tornou famoso pelo fato de vender a posio papal e tornar a adquiri-la. surpreendente tambm o fato do cardeal Ratzinger ter escolhido para si o nome de Bento XVI porque obviamente esse no um nome recomendvel. O Vinho de Babilnia se embebedaram com o vinho da sua prostituio (Apoc. 17:2). O grande pecado imputado a Babilnia que a todas as naes deu a beber do vinho da ira da sua prostituio. Esta taa de veneno que ela oferece ao mundo representa as falsas doutrinas que aceitou, resultantes da unio ilcita com os poderes da Terra. A amizade mundana corrompe-lhe a f, e por seu turno a igreja exerce uma influncia corruptora sobre o mundo, ensinando doutrinas que se ope s mais claras instrues das Sagradas Escrituras. Roma privou o povo da Escritura Sagrada e exigiu que todos os homens aceitassem seus ensinos em lugar da prpria Bblia. H duas taas, a taa do Senhor e a de Babilnia. O vinho na taa do Senhor representa a verdade viva tal como est na Bblia; o vinho na taa de Babilnia representa suas falsas doutrinas: a substituio da Bblia pela tradio humana (Conclio de Trento 1545); a orao intercessria pelos mortos c. 300; o sinal da cruz foi introduzido no cristianismo c. 300 mas Ellen G. White, O Grande Conflito, 388.

20

Revelaes do Apocalipse - Vol. 3

a cruz e o sinal da cruz eram originalmente smbolos do deus sol Tamuz (T), smbolos usados pelos adoradores do deus sol em Babilnia sculos antes de Jesus nascer; o sagrado e mstico Tau era usado pelos caldeus para sacrificar o filho primognito ao deus sol; o uso de velas c. 320; a substituio da santificao do sbado, o stimo dia da semana, pela santificao do domingo, o venervel dia do sol (lei Constantino 07/03/321; essa lei imperial foi confirmada pela Igreja de Roma no Conclio de Laodicia em 364); gradualmente o mitrasmo comeou a ser introduzido no cristianismo; a venerao de anjos, de santos mortos e adorao de imagens (375); a substituio da Lei de Deus, os Dez Mandamentos, pela lei do catecismo romano que anulou o segundo e o quarto mandamento da Lei de Deus; a adaptao do dia 25 de dezembro, dia em que era comemorado o aniversrio do deus sol na antiga Babilnia e em Roma, ao suposto nascimento de Jesus no natal; o natal uma festa pag revestida com uma roupagem crist (c. 336); a adaptao da pscoa bblica festa de Ishtar, a deusa da fertilidade na antiga Babilnia (no Conclio de Nicia no ano 325); a unio ilcita da igreja com o poder secular (sc. IV e V); a exaltao da virgem Maria como me de Deus foi feita no Conclio de feso (431) que pela primeira vez foi aplicada a Maria a frase me de Deus;

William Josiah Sutton, The Illuminati 666, 56.

Captulo 1 - Uma Mulher Cavalgando a Besta

21

os sacerdotes comearam a se vestir diferentes dos leigos em 500; a doutrina do purgatrio foi estabelecida pelo Papa Gregrio I em 593; o ttulo de papa, ou bispo universal, foi dado a Bonifcio III pelo imperador Phocas em 607; o poder temporal concedido aos papas por Pepino, rei dos francos em 750; a adorao da cruz, imagens e relquias autorizada em 786; a gua benta misturada com um pouco de sal e abenoada pelo sacerdote (850); a canonizao dos santos mortos comeou com o Papa Joo XV em 995; o voto de celibato para os sacerdotes foi institudo pelo Papa Gregrio VII em 1079; o rosrio foi inventado por Pedro o Hermito em 1090; a venda de indulgncias (1190); adorao da hstia foi decretada pelo Papa Honrio III em 1220; a Bblia foi decretada como livro proibido aos leigos, colocada na lista de livros proibidos no Conclio de Valena em 1229; a participao do vinho na comunho foi proibida ao povo pelo Conclio de Constana em 1414; o purgatrio foi proclamado como dogma pelo Conclio de Florena em 1439; a doutrina dos sete sacramentos foi afirmada tambm em 1439; a Ave Maria foi aprovada pelo Papa Sixtus V em 1508;

22

Revelaes do Apocalipse - Vol. 3

os livros apcrifos (cerca de 14 ou 15 livros) foram adicionados Bblia pelo Conclio de Trento em 1546; a substituio da salvao pela f em Jesus pela salvao pelas obras foi feita gradualmente ao longo dos sculos e foi confirmada no Conclio de Trento em 1546; a substituio de Jesus, o nico Mediador entre Deus e os homens por outros inmeros mediadores canonizados como santos pela igreja; a substituio da infalibilidade divina pela infalibilidade papal (Conclio Vaticano 1870); a substituio da mortalidade da alma pela imortalidade natural da alma; a substituio da morte eterna dos mpios pelo tormento eterno e perpetuao do mal; a substituio da confisso dos pecados a Jesus pela confisso auricular; a confisso dos pecados ao sacerdote foi instituda pelo Papa Inocncio III no Conclio de Latro 1215); a imaculada concepo de Maria foi proclamada pelo Papa Pio IX em 1854; a assuno de Maria, isto , a ascenso do corpo de Maria aps a morte foi proclamada pelo Papa Pio XII em 1950; Maria foi proclamada Me da Igreja pelo Papa Paulo VI em 1965. Babilnia tem estado a promover doutrinas venenosas, o vinho do erro. Esse vinho do erro composto de doutrinas falsas, tais como a imortalidade natural da alma, o tormento eterno dos mpios, a negao da existncia de Cristo antes de Loraine Boettner, Roman Catholicism, 7-8.

Captulo 1 - Uma Mulher Cavalgando a Besta

23

Seu nascimento em Belm, a defesa e exaltao do primeiro dia da semana acima do santo e santificado dia de Deus. A faculdade humana de raciocnio e discernimento nas coisas espirituais est entorpecida pelo vinho de Babilnia. A cristandade adotou os erros dessa prostituta e perdeu a habilidade de discernir entre o que certo e errado.

Ellen G. White, Testemunhos Para Ministros, 61.

24

Revelaes do Apocalipse - Vol. 3

Captulo 2 - Quem Quem?

25

Captulo 2

Quem Quem?E levou-me em esprito a um deserto, e vi uma mulher assentada sobre uma besta de cor de escarlata, que estava cheia de nomes de blasfemia, e tinha sete cabeas e dez chifres (Apoc. 17:3). Em Apocalipse 13:1 a Igreja de Roma representada pela besta que subiu do mar, e esta tambm tem sete cabeas e dez chifres... e sobre as suas cabeas um nome de blasfmia (Apoc. 13:1). Em Apocalipse 12:3 o drago vermelho, que Satans (Apoc. 12:9), tambm identificado com sete cabeas e dez chifres. A profecia bblica estabelece um elo inseparvel entre Satans e o papado, e ainda diz que essa super influncia mundial exercida pelo papado, esse poder, como que sobrenatural, que o papado exerce sobre reis e governantes, realmente sobrenatural, pois de origem satnica. A profecia afirma: e o drago deu-lhe o seu poder, e o seu trono, e grande poderio (Apoc. 13:2). A est a resposta para esse fascnio papal. Ningum no mundo, nenhum poder terreno, poderia ter to grande influncia, se no fosse de origem sobrenatural. Foi o drago-satans que deu o seu poder ao papado e aqueles que se ajoelham e adoram o papa esto adorando o prprio Satans: E adoraram o drago que deu besta o seu poder; e adoraram a besta dizendo: Quem semelhante besta? Quem poder batalhar contra ela? (Apoc. 13:4). Quem Quem? Em Apocalipse 13:1-2 o drago que d o poder e o trono ao papado, antes da ferida mortal de 1798. Em Apocalipse 17:3 o drago que transporta, conduz e guia o

26

Revelaes do Apocalipse - Vol. 3

papado, cuja ferida mortal comeou a ser curada a partir de 1929. O contexto do captulo dezessete o tempo do fim e mostra a Igreja de Roma cavalgando sobre a besta que lhe deu o trono e o poder. O Apocalipse fala de trs bestas: a besta que subiu do abismo e, quando acabarem o seu testemunho, a besta que sobe do abismo lhes far guerra... (Apoc. 11:7) essa besta o drago vermelho de Apocalipse 12:3, o prprio Satans. Por que a Bblia diz que ela subiu do abismo? Satans est ligado ao abismo desde que foi expulsodo cu. A viso do profeta Isaas afirma: Como caste do cu, estrela da manh (Isa. 14:12). Lcifer no e nunca foi a estrela da manh, mas ele pretendia ser. Estrela da manh um ttulo que pertence, desde sempre, a Jesus. Ele mesmo afirmou: Eu sou a raiz e a gerao de Davi, a resplandecente Estrela da manh (Apoc.22:16). E Isaas continua dizendo de Lcifer: E tu dizias no teu corao: Eu subirei ao cu, acima das estrelas de Deus (acima dos anjos, ele queria ser mais do que anjo), exaltarei o meu trono e no monte da congregao me assentarei da banda dos lados do norte. Subirei acima das mais altas nuvens e serei semelhante ao Altssimo. E contudo levado sers ao inferno, ao mais profundo do abismo (Isa. 14:13-15). Em Apocalipse 12:9 dito que Satans foi expulso do cu e lanado para a terra, e nesse tempo a terra ainda estava num estado catico de total abismo, conforme a descrio de Gnesis 1:2 E a terra era sem forma e vazia havia trevas sobre a face do abismo. Uma vez mais em Apocalipse 9:11 Satans identificado como o anjo do abismo. A besta que subiu do abismo a besta original e as outras duas

Captulo 2 - Quem Quem?

27

servem os seus interesses. a besta que subiu do mar Roma Papal (Apoc. 13:1); a besta que subiu da terra Estados Unidos, o protestantismo apostatado (Apoc. 13:11). As trs esto intimamente relacionadas, e s vezes as duas primeiras se mesclam tanto que fica difcil identificar de quem a profecia est falando. A mulher de Apoc. 17 e a besta que subiu do mar de Apoc. 13:1 representam a Igreja de Roma. Em Apocalipse 17, a besta de sete cabeas mais semelhante ao drago de sete cabeas de Apocalipse 12. Os dois so vermelhos. Em sua aplicao primria, o drago vermelho identificado como Satans (Apoc. 12:9). chocante ver a maior igreja do cristianismo, a Igreja de Roma, com sua sede na cidade do Vaticano, sendo carregada e transportada pelo prprio Satans. Na verdade, a mulher e a besta escarlata que a carrega, so idnticas no carter, nas cores, nas sete cabeas e ambas possuem nomes de blasfmias que indicam claramente a arrogncia de agirem como Deus (Apoc. 12:3 e Apoc. 13:1). Enquanto o papado estiver no pleno exerccio do poder ser simplesmente um instrumento servil nas mos de Satans, mas, quando o papado cair, conforme a profecia sugere em Apoc. 17:16, a besta do abismo surgir alegando ser o prprio Cristo. Por ocasio da volta de Jesus, Satans estar em pleno poder na terra, fazendo aparies miraculosas em vrios lugares a fim de que todos creiam ser ele o Cristo. Quando os rumores do oriente forem ouvidos anunciando a chegada triunfal de Jesus haver uma terrvel surpresa para todos os adoradores do anjo do Carl Coffman, Lio da Escola Sabatina, 3 trimestre de 1989, 2 parte, 141.

28

Revelaes do Apocalipse - Vol. 3

abismo; enquanto eles se prostram em adorao do falso Cristo, ouvem os rumores do exrcito celestial que acompanha Jesus, sons de trombetas, a voz do Arcanjo Miguel e a exultao de todos os salvos anunciando a chegada de Jesus com todos os Seus anjos para libertar o remanescente fiel. Nomes de Blasfmia estava cheia de nomes de blasfmia, e tinha sete cabeas e dez chifres (Apoc. 17:3). Nesse texto dito que a besta de cor de escarlata estava cheia de nomes de blasfmias, e tinha sete cabeas e dez chifres. Aqui no especifica em que parte da besta estavam os nomes de blasfmias, mas em Apocalipse 13:1 a profecia bem especfica ao dizer que as blasfmias esto escritas nas sete cabeas, e no nos dez chifres. E vi subir do mar uma besta que tinha sete cabeas e dez chifres, e sobre os seus chifres dez diademas, e sobre as suas cabeas um nome de blasfmia (Apoc. 13:1). No Novo Testamento o termo blasfmia se refere pretenso de ser Deus exercendo prerrogativas divinas. No evangelho de Joo lemos: Os judeus responderam-lhe: No te apedrejamos por alguma obra boa, mas pela blasfmia, porque, sendo tu homem, te fazes Deus a ti mesmo (Joo 10:33). Jesus, porm, guardava silncio. E, insistindo o sumo sacerdote, disse-lhe: Conjuro-te pelo Deus vivo que nos digas se tu s o Cristo, o Filho de Deus. Disse-lhe Jesus: Tu o disseste; digo-vos, porm, que vereis em breve o Filho do homem assentado direita do Poder, e vindo sobre as nuvens do cu. Ento o sumo sacerdote rasgou os seus vestidos, dizendo:Blasfemou; para que precisamos ainda de testemunhas? Eis que ouvistes agora a sua blasfmia (Mateus 26:63-65). Em

Captulo 2 - Quem Quem?

29

Apocalipse 13:1 a besta que subiu do mar, que representa a Igreja de Roma, identificada com sete cabeas e sobre as suas cabeas um nome de blasfmia; e novamente em Apocalipse 13:5 e 6 dito: e foi-lhe dada uma boca para proferir grandes coisas e blasfmia... e abriu a sua boca em blasfmias contra Deus, para blasfemar do seu nome. Ao falar sobre os nomes de blasfmias que aparecem nas duas bestas de sete cabeas, chama a nossa ateno o fato de que a besta que subiu do mar (Apoc. 13:1), possui nomes de blasfmias somente nas cabeas, e a besta que subiu do abismo, aquela que carrega a mulher (Apoc. 17:3), est cheia de nomes de blasfmias. Por que essa diferena? Entendemos que a besta que subiu do mar representa a Igreja de Roma, a maior igreja crist, onde ainda est uma grande parte dos sinceros filhos de Deus, e as sete cabeas representam o papado ou os papas, e eles so de fato cabeas da igreja. So eles que se proclamam Deus na terra; a infalibilidade no uma pretenso da Igreja Catlica como um todo e sim dos papas, por isso se diz infalibilidade papal; isso explica porque os nomes de blasfmias esto nas cabeas. Por outro lado, a besta que carrega a mulher (Apoc. 17:3) a besta que subiu do abismo, o prprio Satans, e ele, desde o princpio, pretende ser Deus; por isso os nomes de blasfmias aparecem na besta toda e no somente nas cabeas. Alguns argumentam que as sete cabeas de Apocalipse 17 podem representar naes ou imprios, em vez de indivduos. Para reforar esse argumento usam a viso de Daniel captulo sete, dizendo que ali existe um total de sete cabeas, porm no captulo sete de Daniel existem sim quatro animais que

30

Revelaes do Apocalipse - Vol. 3

representam quatro reinos, e o leopardo o nico animal que possui quatro cabeas (Daniel 7:6), e nesse caso as quatro cabeas representam quatro indivduos, os quatro generais de Alexandre o Grande que dividiram o imprio grego: Cassandro, Lismaco, Ptolomeu e Seleuco. Apocalipse 13:3 diz: e vi uma de suas cabeas (uma das sete) ferida de morte, e a sua chaga mortal foi curada; a maioria dos estudiosos entende que essa cabea ferida o papado, e mais diretamente o Papa Pio VI, deposto e preso pelo General Berthier em 1798. No vamos encontrar nas profecias de Daniel e de Apocalipse nenhuma indicao de que as cabeas possam ser interpretadas como reinos, imprios ou naes. As sete cabeas do captulo dezessete despertaram uma diversidade de interpretaes e todas elas merecem ser estudadas na tentativa de entender melhor a profecia. Considerando a seriedade do assunto vamos expor no comentrio do verso 9 as diversas linhas de interpretao e deixar com o leitor a responsabilidade de escolher, com orao e humildade, aquela que for mais bblica e mais coerente com o contexto. As Blasfmias Papais Refletem as Pretenses de Satans As pretenses histricas dos papas e dos conclios catlicos romanos ainda so consideradas oficiais. O papa Leo XIII escreveu em 20 de Junho de 1894: Ns [o papa] ocupamos na terra o lugar do Deus Onipotente. Blasfmia! No simbolismo proftico os animais representam reinos e as cabeas representam reis ( Apoc. 17:10). The Great Encyclical Letters of Pope Leo XIII, Nova Iorque: Benziger, 1903, 304.

Captulo 2 - Quem Quem?

31

O papa , no s o representante de Jesus Cristo, mas ele o prprio Jesus Cristo, oculto sob o vu da carne. Blasfmia! O papa de to grande dignidade e to exaltado que ele no um homem, mas Deus, e Vigrio de Deus. O papa chamado Santssimo porque presume-se corretamente que ele seja tal. Unicamente o papa merecidamente chamado pelo nome santssimo, porque ele somente Vigrio de Cristo, que a fonte e plenitude de toda santidade. Ele da mesma forma o divino Monarca e supremo Imperador, e Rei dos Reis. Por isso o papa coroado com uma trplice coroa, sendo rei do cu e da terra e das regies inferiores. Alm do mais a superioridade e o poder do Pontfice Romano, no se refere de maneira alguma somente s coisas celestiais, coisas terrestres, e coisas nas regies inferiores, mas seu poder est mesmo acima dos anjos, sendo mesmo maior do que eles. Desta forma, se fosse possvel os anjos errarem na f, ou pensarem contrrio f, eles poderiam ser julgados e excomungados pelo papa. O papa como Deus na terra. Blasfmia! O papa Nicolau I (858 867) declarou: Ns [os papas] unicamente temos o poder de ligar e desligar, absolver Nero ou conden-lo; e os cristos no podem, sob penalidade de excomunho, executar outro julgamento que no seja o nosso, o qual o nico infalvel. Blasfmia! Catholic National, Julho de 1895. Ferrari, Dicionrio Eclesistico, tpico papa. Dave Hunt, A Woman Rides the Beast, 85.

32

Revelaes do Apocalipse - Vol. 3

Nicolau I ordenou um rei que destruisse o outro, dizendo: Ns ordenamos que voc, em nome da religio, invada seus estados, queime suas cidades, e massacre seu povo... A Mulher Vestida de Prpura e de Escarlata E a mulher estava vestida de prpura e de escarlata, e adornada com ouro, e pedras preciosas e prolas; e tinha na sua mo um clice de ouro cheio das abominaes e da imundcia da sua prostituio (Apoc. 17:4). Roy A. Anderson escreveu: por ocasio do jubileu do Papa Leo XII foi cunhada uma medalha, trazendo de um lado a efgie do papa e do outro um smbolo da Igreja Catlica Romana. Nesta medalha vemos uma mulher sustentando em sua mo esquerda uma cruz, e na direita um clice, com esta legenda em torno: Sedet super universum (o mundo todo sua sede). Este positivo cumprimento da profecia apenas um dos muitos que poderiam ser mencionados. A apostasia e o anticristo que o apstolo predisse haveriam de surgir, e se assentariam no templo de Deus, querendo parecer Deus (II Tess. 2:3, 4), no alguma coisa para o futuro, est no mundo hoje. Ranko Stefanovic declara que: a cor escarlata refora a terrfica aparncia da besta. Essa cor associa a besta de Apocalipse 17 com o drago vermelho de Apocalipse 12:3, refletindo a ntima relao entre este poder poltico do tempo do fim e Satans. Escarlata, ou vermelho, a cor de sangue e Ibidem. Roy Allan Anderson, O Apocalipse Revelado, 194.

Captulo 2 - Quem Quem?

33

opresso (cf. II Reis 3:22-23)... A cor escarlata da besta est ligada diretamente prostituta embriagada do sangue dos santos e do sangue das testemunhas de Jesus (Apoc. 17:6). A cor bem apropriada para o carter opressivo da besta em relao ao povo de Deus. A cor escarlata a cor da mulher e da besta que a carrega; essa literalmente a cor do clrigo catlico. Dave Hunt afirma: estas eram as cores de Roma no tempo dos csares, com as quais os soldados zombeteiramente vestiram Cristo como Rei (ver Mateus 27:28 e Joo 19:2,5), cores estas que o Vaticano tomou para si mesmo. As cores da mulher so literalmente ainda as cores do clrigo catlico! A Enciclopdia Catlica menciona que os bispos usam uma capa longa de l prpura; os cardeais usam uma capa de seda escarlata, e o papa uma capa de veludo vermelho. O clice de ouro belo, mas est cheio de falsas doutrinas e enganos, e representa o irresistvel fascnio das falsidades que a mulher apresenta ao mundo. Sua habilidade para seduzir e sua impureza moral so representadas pelas vestes de prpura e de escarlata que ela est usando. A mulher adotou as cores da realeza, mas na realidade uma meretriz. Que contraste com a noiva do Cordeiro vestida de linho fino, puro e resplandecente (Apoc. 19:8). O clice de ouro em sua mo novamente identifica a mulher com a Igreja Catlica Romana. A edio de Broderick da Enciclopdia Catlica fala do clice: [Este ] o mais importante dos vasos sagrados... pode ser de ouro ou prata, e se for de prata, Ranko Stefanovic, Revelation of Jesus Christ, 507. Dave Hunt, A Woman Rides the Beast, 74. Ibidem.

34

Revelaes do Apocalipse - Vol. 3

ento o interior precisa ser de ouro. A Igreja Catlica Romana possui muitos milhares de clices de ouro macio que so guardados em suas igrejas ao redor do mundo. Mesmo a cruz manchada de sangue de Cristo foi transformada em ouro e salpicada de jias que refletem a grande riqueza de Roma. A cruz pendurada no peito dos abades, dos bispos, dos arcebispos, dos cardeais e do papa, so feitas de ouro e decoradas com jias. Muito da riqueza da Igreja Catlica Romana foi conseguida atravs da confiscao das propriedades das piedosas vtimas da Inquisio papal. Em 680 o Sexto Conclio Geral decretou que a Igreja de Roma deveria desenterrar os corpos dos hereges mortos para que fossem julgados, e ento suas propriedades confiscadas. A maior parte da riqueza de igreja romana foi adquirida pela venda da salvao. Incontveis bilhes de dlares tm sido pagos para a igreja por aqueles que pensam estar comprando o cu para si e para os seus amados. A Igreja de Roma mercadejava com a graa de Deus. As mesas dos cambistas (Mat. 21:12) foram postas ao lado de seus altares, e o ar ressoava com o clamor dos compradores e vendedores. Com a alegao de levantar fundos para a ereo da igreja de S. Pedro (a Baslica de So Pedro), em Roma, publicamente se ofereciam venda indulgncias, por autorizao do papa. Pelo preo do crime deveria construir-se um templo para o culto de Deus... (Tetzel, o oficial designado para dirigir a venda das indulgncias na Alemanha) declarava que em virtude de seus certificados de perdo, todos os pecados que o comprador mais tarde quisesse cometer ser-lhe-iam Ibidem.

Captulo 2 - Quem Quem?

35

perdoados, e que mesmo o arrependimento no necessrio. Mais do que isto, assegurava aos ouvintes que as indulgncias tinham poder para salvar no somente os vivos mas tambm os mortos; que, no mesmo instante em que o dinheiro tinia de encontro ao fundo de sua caixa, a alma em cujo favor era pago escaparia do purgatrio, ingressando no Cu. Foi essa profanao religiosa que levou Lutero a protestar contra a Igreja de Roma. Referindo-se ao papa, Lutero escreveu: horrvel contemplar o homem que se intitula vigrio de Cristo, a ostentar uma magnificncia que nenhum imperador pode igualar. isso ser semelhante ao pobre Jesus, ou ao humilde S. Pedro? Ele , dizem, o senhor do mundo! Mas Cristo, cujo vigrio ele se jacta de ser, disse: Meu reino no deste mundo. Podem os domnios de um vigrio estender-se alm dos de seu superior? O papa pretende ser o vigrio de Cristo; mas como se poder comparar o seu carter com o de nosso Salvador? Viu-se alguma vez Cristo condenar homens priso ou ao instrumento de tortura, porque no Lhe renderam homenagem como Rei do Cu? Acaso foi Sua voz ouvida a sentenciar morte os que no O aceitaram?... Quo diferente do esprito manifestado por Cristo o de Seu professo vigrio! A Igreja de Roma apresenta hoje ao mundo uma fronte serena, cobrindo de justificaes o registro de suas horrveis crueldades. Vestiu-se com roupagens de aspecto cristo; no mudou, porm. Todos os princpios formulados pelo papado em pocas passadas, existem ainda Ellen G. White, O Grande Conflito, 127-128. Ibidem, 140.

36

Revelaes do Apocalipse - Vol. 3

hoje. As doutrinas inventadas nas tenebrosas eras ainda so mantidas. Ningum se deve iludir. Mistrio, a Grande Babilnia E na sua testa estava escrito o nome: Mistrio, a grande Babilnia, a me das prostituies e abominaes da terra. E vi que a mulher estava embriagada do sangue dos santos, e do sangue das testemunhas de Jesus. E vendo-a eu, maravilhei-me com grande admirao (Apoc. 17:5-6). Ela traz o nome Mistrio, a grande Babilnia. Quando os cultos misteriosos da antiga Babilnia entraram na igreja, foram postos os fundamentos para o mistrio da iniquidade. O mistrio da iniquidade tomou a forma de religio logo depois do dilvio. Ninrode, o poderoso caador (Gn. 10:9), fundou o reino de Babilnia e ali foi estabelecido o centro de adorao a Satans. Ninrode foi o primeiro a tentar unir o mundo todo conhecido em seus dias em Um Governo Mundial. Quando os medos e persas assumiram o poder, os sacerdotes babilnios fugiram para a sia Central, e fixaram seu colgio central em Prgamo, e levaram consigo o paldio de Babilnia, uma pedra cbica, promovendo ali os ritos de sua religio. Prgamo foi por algum tempo a sede deste misterioso culto. Mas quando talo III, o ltimo rei da dinastia atlida, cedeu o reino de Prgamo para os romanos em 133 a.C., este culto foi transferido para Roma, que tem sido, desde ento, a sede deste sistema religioso satnico. No sistema religioso de Prgamo o monarca reinante era o cabea do sistema. Ele tinha muitos ttulos, um dos quais, Pontfice Mximo; o ttulo, as chaves e as vestimentas, Ibidem, 570-571.

Captulo 2 - Quem Quem?

37

tudo isto foi absorvido por Roma imperial e posteriormente por Roma papal. Prgamo foi assim um elo entre a antiga Babilnia e Roma. Ellen G. White desvenda esse mistrio dizendo claramente que a meretriz de Apocalipse 17 a Igreja de Roma, herdeira dos mistrios de Babilnia, e as igrejas protestantes que guardam o domingo so suas filhas: A mulher (Babilnia) de Apocalipse 17, descrita como estando vestida de prpura e de escarlata, e adornada com ouro, e pedras preciosas e prolas; e tinha na sua mo um clice de ouro cheio das abominaes e da imundcie; . . . e na sua testa estava escrito o nome: Mistrio, a grande Babilnia, a me das prostituies. Diz o profeta: Vi que a mulher estava embriagada do sangue dos santos, e do sangue das testemunhas de Jesus. Declara ainda ser Babilnia a grande cidade que reina sobre os reis da Terra (Apocalipse 17:4-6, 18). O poder que por tantos sculos manteve desptico domnio sobre os monarcas da cristandade, Roma. A cor prpura e escarlata, o ouro, as prolas e pedras preciosas, pintam ao vivo a magnificncia e extraordinria pompa ostentadas pela altiva S de Roma. E de nenhuma outra potncia se poderia, com tanto acerto, declarar que est embriagada do sangue dos santos, como daquela igreja que to cruelmente tem perseguido os seguidores de Cristo. A Igreja Me No credo do Papa Pio IV, uma autorizada declarao da f catlica romana encontrada na seguinte afirmao: Reconheo a santa Igreja Catlica Apostlica como me e soberana de todas as igrejas. Declara-se que Babilnia me Ellen G. White, O Grande Conflito, 382. Estudos Bblicos, 176.

38

Revelaes do Apocalipse - Vol. 3

das prostitutas. Como suas filhas devem ser simbolizadas as igrejas que se apegam s suas doutrinas e tradies, seguindolhe o exemplo em sacrificar a verdade e a aprovao de Deus, a fim de estabelecer uma aliana ilcita com o mundo... Muitas das igrejas protestantes esto seguindo o exemplo de Roma na inqua aliana com os reis da Terra: igrejas do Estado, mediante suas relaes com os governos seculares; e outras denominaes, pela procura do favor do mundo. E o termo Babilnia, confuso, pode apropriadamente aplicar-se a estas corporaes. As filhas dessa me representam assim as diversas corporaes religiosas que constituem o protestantismo apostatado. De onde que os batistas, luteranos, metodistas, episcopais e pentecostais receberam o domingo? Eles o receberam da apostasia papal! E de onde a apostasia papal recebeu o domingo? De Roma pag, do Mitrasmo, religio romana que adorava o deus sol no primeiro dia da semana. O Dr. Edward T. Hiscox, autor do Manual Batista, fez perante um grupo de pastores numa conveno batista, a seguinte sincera admisso: Havia e h um mandamento que manda santificar o sbado, mas esse sbado no era o domingo. Dir-se-, entretanto, e com alguma demonstrao de triunfo, que o sbado foi transferido do stimo para o primeiro dia da semana, com todos os seus deveres, privilgios e sanes. Sinceramente desejoso de informao sobre esse assunto, que estudei por muitos anos, pergunto: Onde possvel encontrar-se o registro de uma tal Ellen G. White, O Grande Conflito, 382-383. Seventh-day Adventist Bible Commentary, vol. 7, 852.

Captulo 2 - Quem Quem?

39

mudana? No no Novo Testamento, absolutamente no. No existe prova escriturstica da mudana da instituio do sbado do stimo dia para o primeiro dia da semana. claro que sei perfeitamente ter o domingo entrado em uso, como dia religioso, na primitiva histria crist, o que sabemos atravs dos pais da igreja e de outras fontes. Que pena, porm, que ele nos venha assinalado com a marca do paganismo e batizado com o nome do deus sol, em seguida adotado e sancionado pela apostasia papal, e legado ao protestantismo como uma doao sagrada. A guarda do domingo por parte das igrejas protestantes o elo entre as filhas e a me das prostituies e abominaes da terra, e se constitui um culto ao papado, besta. Ao rejeitarem os homens a instituio que Deus declarou ser o sinal de Sua autoridade, e honrarem em seu lugar a que Roma escolheu como sinal de sua supremacia, aceitaro, de fato, o sinal de fidelidade para com Roma. Quando os egpcios estavam adorando o sol, Moiss estava guardando o sbado bblico. Quando os babilnios estavam adorando o sol, Daniel estava guardando o sbado bblico. Quando os romanos estavam adorando o sol, Paulo estava guardando o sbado biblico. E hoje, quando o mundo todo est confuso sobre esse assunto e tem aceitado a filosofia pag da antiga Babilnia e da Roma moderna, o povo de Deus novamente continua guardando o sbado bblico. O papado que os protestantes hoje se acham to prontos Edward T. Hiscox, De um discurso feito numa conveno batista no dia 13 de novembro de 1893. Com nfase minha. Citado no livro: Estudos Bblicos, 313-314. Ellen G. White, O Grande Conflito, 449. Mark Finley, Predictions for a New Millennium, 360-361.

40

Revelaes do Apocalipse - Vol. 3

para honrar o mesmo que governou o mundo nos dias da Reforma, quando homens de Deus se levantaram, com o perigo de vida, a fim de denunciar sua iniquidade. Possui o mesmo orgulho e arrogante presuno que dele fizeram senhor sobre reis e prncipes, e reclamaram as prerrogativas de Deus. Seu esprito no menos desptico hoje do que quando arruinou a liberdade humana e matou os santos do Altssimo. O papado exatamente o que a profecia declarou que havia de ser: a apostasia dos ltimos tempos (II Tess. 2:3 e 4). Faz parte de sua poltica assumir o carter que melhor cumpra com o seu propsito; mas sob a aparncia varivel do camaleo, oculta o invarivel veneno da serpente... Dever esta potncia, cujo registro milenar se acha escrito com o sangue dos santos, ser hoje reconhecida como parte da igreja de Cristo? No movimento ora em ao nos Estados Unidos a fim de conseguir para as instituies e usos da igreja o apoio do Estado, os protestantes esto a seguir as pegadas dos romanistas. Na verdade, mais que isto, esto abrindo a porta para o papado a fim de adquirir na Amrica protestante a supremacia que perdeu no Velho Mundo. E o que d maior significao a este movimento o fato de que o principal objeto visado a obrigatoriedade da observncia do domingo, prtica que se originou com Roma, e que ela alega como sinal de sua autoridade. o esprito do papado . . . que est embebendo as igrejas protestantes e levando as a fazer a mesma obra de exaltao do domingo, a qual antes delas fez o papado.

Ibidem, 571. Ibidem, 573.

Captulo 2 - Quem Quem?

41

Pouco sabem os protestantes (as filhas) do que esto fazendo ao se proporem aceitar o auxlio de Roma (a me) na obra de exaltao do domingo. Enquanto se aplicam realizao de seu propsito, Roma est visando a restabelecer o seu poder, para recuperar a supremacia perdida. A observncia do domingo pelos protestantes uma homenagem que tributam, mau grado seu, autoridade da igreja (catlica). A Me das Prostituies e Abominaes Podemos dizer com certeza que um dos fatores que fortemente contribui com as abominaes e prostituies da Igreja de Roma o celibato, que proibe aos sacerdotes, bispos, cardeais e papas de se casarem. Contrariando um claro assim diz o Senhor que declara: No bom que o homem esteja s (Gen. 2:18), a Igreja de Roma insiste em que seus sacerdotes se mantenham solteiros. Embora muitos papas, entre eles Srgio III (904-911), Joo X (914-928), Joo XII (955-963), Bento V (964), Inocncio VIII (1484-1492), Urbano VIII (1623-1644), e Inocncio X (1644-1655), bem como milhes de cardeais, bispos, arcebispos, monges, e sacerdotes ao longo da histria, tm repetidamente violado esses votos...Roma de fato a me das prostituies! Sua identificao como tal inconfundvel. Nenhuma outra cidade, igreja, ou instituio na histria do mundo rival dela neste particular pecado... Pio II declarou que Roma era a nica cidade governada por bastardos [filhos dos papas e cardeais]. O Ibidem, 581. Plain Talk About the Protestantism of Today, 213. Citado em Estudos Bblicos, 192.

42

Revelaes do Apocalipse - Vol. 3

historiador catlico e jesuta Peter de Rosa escreve: Os papas tinham amantes de quinze anos de idade, e eram culpados de incesto e de toda espcie de perverso sexual, tinham inumerveis filhos, papas eram assassinados no prprio ato de adultrio [pelos maridos enciumados que os apanhavam na cama com suas esposas]... havia um velho ditado catlico que dizia; por que ser mais santo do que o papa? Por sculos o sacerdcio foi grandemente hereditrio. A maioria dos sacerdotes eram filhos de outros sacerdotes e bispos. Mais de uma vez o papa escolhido era o filho ilegtimo do papa anterior, supostamente celibatrio. Por exemplo, o Papa Silvrio (536-537) foi adotado pelo Papa Hormisdas (514-523), e Joo XI (931-935) era filho da amante favorita de Sergio III (904911) Marozia (conhecida como a amante de Roma)... Entre outros bastardos que governaram a igreja esto o Papa Bonifcio I (418-422), Gelasius (492-496), Agapitus (535-536), e Teodoro (642-649). E mais ainda. Adriano IV (1154-1159) era filho de um sacerdote. No de admirar que o Papa Pio II (1458-1464) tenha dito que Roma era uma cidade governada por bastardos. A lei do celibato, literalmente, criou prostitutas, tornando Roma a Me das prostituies. Em anos recentes milhares de casos de pedofilia, crianas abusadas pelos sacerdotes catlicos explodiram revelando em todos os jornais e televiso a podrido que existe dentro dessa que chamada a me das prostituies e abominaes da terra. Chamar qualquer um desses homens Sua Santidade,Dave Hunt, A Woman Rides the Beast, 78. Ibidem, 164. Marozia era filha de Teodora de Roma, esposa de um poderoso senador romano, que manipulou a poltica romana explorando o fato de que sua filha Marozia era a amante do Papa Sergio III.58 59

Captulo 2 - Quem Quem?

43

Vigrio de Cristo zombar da santidade de Cristo. Mesmo assim o nome de cada um desses mpios papas, assassinos de multides, fornicadores, ladres, belicistas, alguns deles culpados do massacre de milhares, est honrosamente gravado na lista oficial de papas da igreja. Essas abominaes que Joo viu em viso ocorreram no somente no passado mas continuam a ocorrer em nossos dias... Embriagada com o Sangue das Testemunhas de Jesus Joo viu que a meretriz estava embriagada, mas no com bebida alcolica, e sim com o sangue dos santos do Altssimo (Apoc. 17:6). No eram somente suas mos que estavam manchadas de sangue, mas ela embriagou-se com o sangue dos mrtires. Passados os primeiros triunfos da Reforma, Roma convocou novas foras, esperando ultimar sua destruio. Nesse tempo foi criada a ordem dos jesutas o mais cruel, sem escrpulos e poderoso de todos os defensores do papado... No havia para eles crime grande demais para cometer, nenhum engano demasiado vil para praticar, disfarce algum por demais difcil para assumir... era seu estudado objetivo conseguir riqueza e poder para se dedicarem subverso do protestantismo e restabelecimento da supremacia papal... Era princpio fundamental da ordem (jesuta) que os fins justificam os meios. Por este cdigo, a mentira, o roubo, o perjrio, o assassnio, no somente eram perdoveis, mas recomendveis, quando serviam aos interesses da igreja. Os Jesutas no tinham escrpulos, faziam qualquer coisa para fazer crescer a influncia papal. Ibidem, 79. Ellen G. White, O Grande Conflito, 234-235.

44

Revelaes do Apocalipse - Vol. 3

As estatsticas mais conservadoras revelam que mais de 50.000.000 (cinquenta milhes) de homens, mulheres e crianas foram mortos pelos exrcitos papais. A Inquisio Romana, Medieval e Espanhola, a histria dos Valdenses, dos Albigenses, e dos bravos Huguenotes so somente alguns exemplos. O nmero de cristos mortos pela Inquisio papal excede em muitos milhares o nmero de cristos e judeus mortos pelo Imprio Romano pago. Os protestantes eram tidos na conta de proscritos, punha-se a preo a sua cabea e eram acossados como animais selvagens... O mais negro, porm, do negro catlogo de crimes, a mais horrvel entre as aes diablicas de todos os hediondos sculos, foi o massacre da noite de So Bartolomeu (24 de agosto de 1572). O rei da Frana, pressionado por sacerdotes e prelados romanos, sancionou a hedionda obra. Um sino, badalando noite dobres fnebres, foi o sinal para o morticnio. Milhares de protestantes que dormiam tranquilamente em suas casas, confiando na honra empenhada de seu rei, eram arrastados para fora sem aviso prvio e assassinados a sangue frio. Durante sete dias perdurou o massacre em Paris. No se respeitava nem idade nem sexo. No se poupava nem a inocente criancinha, nem o homem de cabelos brancos. Nobres e camponeses, velhos e jovens, mes e filhos, eram juntamente abatidos. Por toda a Frana a carnificina durou dois meses. Pereceram 70.000 (setenta mil) da legtima flor da nao.

Leo Schreven, Now Thats Clear, 31. Ellen G. White, O Grande Conflito, 271-272. Ibidem, 272.

Captulo 2 - Quem Quem?

45

Quando as notcias do massacre chegaram a Roma, a exultao entre o clero no teve limites. O cardeal de Lorena recompensou o mensageiro com mil coroas; o canho de Santo ngelo reboou em alegre salva; os sinos tangeram em todos os campanrios; fogueiras festivas tornaram a noite em dia; e o Papa Gregrio XIII, acompanhado dos cardeais e outros dignitrios eclesisticos, foi, em longa procisso, igreja de S. Lus, onde o cardeal de Lorena cantou o Te Deum. Uma medalha foi cunhada para comemorar o massacre, e no Vaticano ainda se podem ver trs frescos de Vasari descrevendo o ataque ao almirante, o rei em conselho urdindo a matana, e o prprio morticnio. Lord Acton, um catlico, chamou a Inquisio de homicdio e declarou que os papas foram no somente homicidas em grande estilo, mas eles fizeram do homicdio a base legal da igreja crist e uma condio de salvao. Defensores do papado tentam absolv-lo da responsabilidade da Inquisio, mas foram os prprios papas que inventaram a Inquisio. Numa sucesso de oitenta papas, a comear com o sculo XIII, nenhum papa desaprovou a Inquisio. Ao contrrio, cada um acrescentou algo novo, mais cruel ainda mquina mortfera da Inquisio, e a maioria dos sacerdotes concordou com os papas. A doutrina de que Deus confiara igreja o direito de reger a conscincia e de definir e punir a heresia, um dos erros papais mais profundamente arraigados. Ibidem, 272-273. Dave Hunt, A Woman Rides the Beast, 244. Ellen G. White, O Grande Conflito, 293.

46

Revelaes do Apocalipse - Vol. 3

O tom pacfico usado por Roma nos Estados Unidos no implica mudana de corao. tolerante onde impotente. Diz o bispo OConnor: A liberdade religiosa meramente suportada at que o contrrio possa ser levado a efeito sem perigo para o mundo catlico.... O arcebispo de So Lus disse certa vez: A heresia e a incredulidade so crimes; e em pases cristos como a Itlia e a Espanha, por exemplo, onde todo povo catlico, e onde a religio catlica parte essencial da lei da nao, so elas punidas como os outros crimes.... Todo cardeal, arcebispo e bispo da Igreja Catlica, presta para o papa um juramento de fidelidade em que ocorrem as seguintes palavras: Combaterei os hereges, cismticos e rebeldes ao dito do senhor nosso (o papa), ou seus sucessores, e persegui-los-ei com todo o meu poder. Nos dias da supremacia de Roma houve instrumentos de tortura, fogueira e massacres. Os lderes catlicos dedicavam-se a inventar meios para produzir a maior tortura possvel antes de matar suas vtimas. A Igreja de Roma apresenta hoje ao mundo uma fronte serena, cobrindo de justificaes o registro de suas horrveis crueldades. Vestiu-se com roupagens de aspecto cristo; no mudou, porm. Todos os princpios formulados pelo papado em pocas passadas, existem ainda hoje... O papado que os protestantes hoje se acham to prontos para honrar o mesmo que governou o mundo nos dias da Reforma... Possui o mesmo orgulho e arrogante presuno que dele fizeram senhor sobre reis e prncipes, e reclamaram as prerrogativas de Deus. Seu esprito no menos cruel e desptico hoje do que quandoIbidem, 565

Captulo 2 - Quem Quem?

47

arruinou a liberdade humana e matou os santos do Altssimo. E, convm lembrar, Roma jacta-se de que nunca muda. A histria vai se repetir! O real sentido da frase: embriagada com o sangue dos santos e do sangue das testemunhas de Jesus (Apoc. 17:6), ainda ser visto na experincia do fiel remanescente de Deus no perodo da angstia qual nunca houve. Os jesutas hoje so to fortes como durante a Idade Mdia e para eles o que importa restaurar a supremacia papal. O Papa Negro Quando o conclave papal formado pelos cardeais se reuniu em 1769 para eleger o novo papa a famlia de Bourbons deixou claro que eles s aceitariam como papa algum que estivesse disposto a dar fim Ordem dos Jesutas. O Cardeal Lorenzo Ganganelli assumiu esse compromisso e ento ele foi eleito o Papa Clemente XIV. No dia 21 de julho de 1773 atravs do documento papal Dominus ac Redemptor a Ordem dos Jesutas foi eliminada. Porm, no dia 07 de agosto de 1814 o Papa Pio 4 VII restaurou formalmente a Sociedade dos Jesutas. Hoje ela to forte como era antes, e seu supremo objetivo restaurar a supremacia papal. Malachi Martin afirma o poder dos jesutas ao escrever: To grande aquele poder em Roma e no mundo todo, e to amplamente reconhecido, que qualquer um que ocupa a posio de Pai Geral da Sociedade dos Jesutas tambm vai ter Ibidem, 571. Ibidem, 581. A Ordem dos Jesutas foi fundada por Incio de Loyola em 1534 em Montmartre, Paris, e foi aprovada pelo Papa Paulo III em 1540. Os jesutas foram a mais forte agncia no ataque Reforma Protestante. 4 Malachi Martin, The Jesuits, 216, 217.

48

Revelaes do Apocalipse - Vol. 3

o ttulo no oficial de Papa Negro. Negro, neste caso no significa nenhuma ameaa. simplesmente o reconhecimento do fato de que, semelhana de qualquer outro jesuta, o poderoso Geral da Sociedade sempre se veste de preto, em contraste tradicional roupa branca do poderoso Santo Padre. bastante oportuno lembrar que, no por mera coincidncia, o Cardeal Joseph Ratzinger foi por 24 anos o cabea geral da Congregao para Doutrina e F, antigamente chamada de Congregao Sagrada da Inquisio Universal. Ratzinger, o ex-chefe da Inquisio moderna, tornou-se o Papa Bento XVI; para substitui-lo foi escolhido A Congregao Sagrada da Inquisio Universal foi fundada em 1542 pelo Papa Paulo III, e desde que foi fundada a Congregao tem como supremo objetivo defender a igreja das heresias. O Papa Pio X em 1908 mudou o nome para Congregao Sagrada da Santa S, e o nome atual foi dado pelo Papa Paulo VI em 1965, e por ser um nome bonito Congregao para Doutrina e F, disfara muito bem o carter homicida da Inquisio papal. O Papa Bento XVI, por ser jesuta, e por ter sido o cabea da Inquisio moderna, est muito bem familiarizado com o sistema de tortura, perseguio e fogueira, tudo em defesa da pureza doutrinria da Igreja de Roma. A sede administrativa da Inquisio, ainda hoje, est localizada no Palcio da Inquisio anexo ao Vaticano, porm, ostentando o novo nome: Congregao para Doutrina e F. At o dia da sua eleio como papa, o Cardeal Joseph Ratzinger era o Grande Inquiridor; no meio catlico seus apelidos eram Rottweiler de Deus e o Cardeal Espio; no meio jesuta ele era o papa negro, o mentor de Joo Paulo II. Para surpresa de muitos Bento XVI Ibidem, 80.

Captulo 2 - Quem Quem?

49

nomeou para o seu lugar como geral da Congregao da Doutrina e F, um cardeal americano. Ele o arcebispo William J. Leveda de So Francisco, Califrnia. primeira vista, esse parece ser um outro elo entre os Estados Unidos e o Vaticano. Na sua primeira mensagem no dia 20 de abril de 2005, o Papa Bento XVI deixou claro qual ser sua suprema tarefa. Ele disse que sua primeira tarefa ser trabalhar com todas as suas energias para unificar todos os seguidores de Cristo, obviamente, unific-los em torno dele. Na homlia Sem o Domingo No Podemos Viver o Papa Bento XVI, na concluso do Congresso Eucarstico Italiano em Bari, Itlia, no dia 29 de maio de 2005, novamente repetiu a mesma inteno de unir todos os cristos: Gostaria de repetir a minha vontade de assumir como compromisso fundamental o de trabalhar com todas as energias para a reconstituio da unidade plena e visvel de todos os seguidores de Cristo. O tema da homlia Sem o Domingo No Podemos Viver por si s expressa a verdadeira inteno do Papa Bento XVI. Ele afirma: Este Congresso Eucarstico que hoje chega sua concluso, quis apresentar o domingo como Pscoa Semanal, expresso da identidade da comunidade crist e centro da sua vida e da sua misso. O tema escolhido Sem o Domingo no podemos viver leva-nos ao ano 304, quando o imperador Deocleciano proibiu os cristos, sob pena de morte, de possuir Papa Bento XVI, Homilia na Concluso do Congresso Eucarstico Italiano, 29 de maio de 2005.

50

Revelaes do Apocalipse - Vol. 3

as Escrituras, de se reunirem ao domingo para celebrar a eucaristia... Em Abitene, uma pequena localidade na atual Tunsia, 49 cristos foram surpreendidos um domingo enquanto, reunidos em casa de Octvio Flix, celebravam a eucaristia desafiando as proibies imperiais. Foram presos e levados para Cartago para serem interrogados pelo pr-Cnsul Anulino. Foi significativa, entre outras, a resposta que um tal Emrito deu ao pr-Cnsul que lhe perguntava por que motivo violaram a ordem do imperador. Respondeu: Sine dominico non possumus, isto , sem nos reunirmos em assemblia ao domingo para celebrar a eucaristia no podemos viver... O domingo, dia do Senhor, a ocasio propcia para haurir a fora Dele, que o Senhor da vida... Queridos amigos que viestes a Bari de vrias partes da Itlia para celebrar este Congresso Eucarstico, ns devemos redescobrir a alegria do domingo cristo.... Santo Incio de Antioquia qualificava os cristos como aqueles que alcanaram a nova esperana, e apresentava-os como pessoas viventes segundo o domingo... Como podemos viver sem ele? Sentimos ressoar nestas palavras de Santo Incio a afirmao dos mrtires de Abitene: Sine dominico non possumus... que tambm os cristos de hoje reencontrem a conscincia da importncia decisiva da celebrao dominical... O Papa Bento XVI no esconde sua verdadeira misso: unir todos os cristos em torno da santidade do domingo. Desde muito tempo existem rumores de que um dia viria um papa negro, porm, conforme Malachi Martin explica o real sentido dessa ttulo diz respeito ao chefe da Inquisio jesuta. Hoje o Ibidem. Malachi Martin, The Jesuits, 80.

Captulo 2 - Quem Quem?

51

ex-papa negro se tornou o papa de branco. A histria vai se repetir! No passado os jesutas fizeram milhes de vtimas, e muito em breve haver uma grande aflio como nunca houve desde o princpio do mundo at agora, nem to pouco h de haver (Mat. 24:21); nesse tempo completar-se- o nmero dos mrtires: at que tambm se completasse o nmero de seus conservos e seus irmos, que haviam de ser mortos como eles foram (Apoc. 6:11). O Vaticano e o Holocausto A grande meretriz se embriagou no s com o sangue dos mrtires cristos, mas tambm com o sangue dos seis milhes de judeus exterminados no Holocausto Nazista, tragdia essa considerada como sendo de responsabilidade nica de Hitler, porm at mesmo aqui vemos a mo do papa abenoando Hitler nessa chacina revoltante. Hitler levou a fama de monstro, e merece, porm o Vaticano no tem uma culpa menor. Em primeiro lugar Hitler era um fiel catlico. Cresceu numa tradicional famlia catlica, frequentava as missas, e atuou como coroinha; sonhou uma vez em ser padre, e frequentou a escola num mosteiro Beneditino em Lambach. Hitler insistiu at o fim confessando: Eu sou agora como antes, um catlico, e assim serei sempre. Ele estava convencido de que o plano que ele tinha concebido, como bom catlico, iria completar o massacre daqueles assassinos de Cristo o qual a Igreja Catlica tinha comeado na Idade Mdia, porm de uma forma to pobre. O Vaticano, at hoje, no excomungou Hitler. O Papa Pio XII simplesmente se manteve em completo silncio enquanto um fiel catlico assassinava nos campos de concentrao seis milhes de judeus. Existiam naquela ocasio Dave Hunt, A Woman Rides the Beast, 280.

52

Revelaes do Apocalipse - Vol. 3

30 milhes de catlicos na Alemanha, e o Vaticano e os bispos alemes sabiam muito bem que os judeus estavam sendo exterminados, porm preferiram fechar os olhos e a boca, no se dando conta de que Pedro era judeu, o Salvador Jesus Cristo era judeu, e as Escrituras Sagradas foram escritas por quarenta profetas judeus. No h dvida alguma de que a Igreja Catlica Romana colocou Mussolini no poder. A fim de conseguir o Tratado de Latro, o papa exigiu que os catlicos se retirassem da poltica... o papa fez declaraes pblicas de apoio a Mussolini... Mussolini o homem enviado pela Providncia, e os catlicos no tinham outra escolha seno apoiar o ditador fascista. Um dos personagens chaves na negociao do Tratado de 1929 com Mussolini foi o advogado Francesco Pacelli, irmo do Cardeal Eugenio Pacelli, que mais tarde se tornou Papa Pio XII. Eugenio Pacelli, como Secretrio de Estado do Vaticano, desempenharia um papel chave na negociao muito lucrativa para a igreja no Tratado de 1933 com Hitler. Um dos benefcios do Tratado eram os milhes de dlares que fluiriam para a Igreja Catlica Romana atravs do Kirchensteuer (imposto da igreja) durante todo o perodo da guerra. Em retorno, Pio XII nunca excomungaria Hitler da Igreja Catlica nem levantaria sua voz em protesto matana dos seis milhes de judeus. Hitler e Mussolini foram louvados pelo papa e outros lderes da igreja como homens escolhidos por Deus. Ibidem, 219. Ibidem, 220-221. Em 01/04/1933, quatro meses antes do Vaticano assinar o Tratado com Hitler, ele j tinha comeado um programa sistemtico de boicote contra os judeus. A inteno de Hitler de matar os judeus era conhecida do Vaticano antes deles assinarem o Tratado. Durante os anos 1933-1939 os escritos dos lderes catlicos publicados em jornais ou em livros com o Imprimatur apoiavam Hitler na mantana dos judeus. No mesmo dia em que o Papa Pio XII comeou seu pontificado, Mussolini expulsou da Itlia 69.000 judeus, e o papa no falou nada (pg. 281, 285). Ibidem, 57.

Captulo 3 - O Ministrio da Mulher e da Besta

53

Captulo 3

O Mistrio da Mulher e da BestaE o anjo me disse: Por que te admiras? Eu te direi o mistrio da mulher e da besta que a traz, a qual tem sete cabeas e dez chifres (Apoc. 17:7). Todas as informaes que o profeta Joo d em Apocalipse 17 so no sentido de revelar o mistrio da mulher e da besta que a traz. No esforo de desvendar o mistrio no podemos perder de vista que a mulher a Igreja de Roma cuja cabea visvel o papa, e que a besta sobre a qual a mulher cavalga , em sua aplicao primria, o drago vermelho, identificado como Satans em Apocalipse 12:9. Satans e o papado, justo no tempo do fim, devem ser o foco no estudo de Apocalipse 17. O Apocalipse deve ser estudado como sendo a revelao daquela poro selada do livro de Daniel: O livro que foi selado no o Apocalipse, mas a poro da profecia de Daniel relativa aos ltimos dias. Muitos tentam usar a parte no selada do livro de Daniel para explicar a poro selada, mas unicamente o Apocalipse pode explicar a poro selada de Daniel. Apocalipse 17 est voltado para a condenao final da grande prostituta: Vem, mostrar-te-ei a condenao da grande prostituta (Apoc. 17:1). E a mulher que viste a grande cidade que reina sobre os reis da terra (Apoc. 17:8). A grande cidade que impera sobre os reis da Ellen G. White, Atos dos Apstolos, 584-585.

54

Revelaes do Apocalipse - Vol. 3

terra Roma e essa cidade deu nome organizao representada pela mulher, a Igreja de Roma, o papado. A profecia se prope explicar o mistrio da mulher e da besta que a traz (Apoc. 17:7); em que perodo de tempo? Exatamente no tempo do fim! So Duas Bestas A besta que viste foi e j no , e h de subir do abismo, e ir perdio; e os que habitam na terra, cujos nomes no esto escritos no Livro da Vida, desde a fundao do mundo, se admiraro vendo a besta que era e j no , mas que vir (Apoc. 17:8). Para entender esse texto importante ter em mente que a mulher que representa a Igreja de Roma tambm uma besta. Ela a besta que subiu do mar em Apocalipse 13:1, e tambm possui sete cabeas e dez chifres. Apocalipse 17 precisa ser estudado luz das revelaes que vem de Apocalipse 13. No texto de Apocalipse 17:8 temos duas bestas: o texto comea falando da besta do abismo, Satans: A besta que viste foi e j no , e h de subir do abismo, e ir perdio (Apoc. 17:8); e termina falando da outra besta, idntica no carter, que j reinou sobre os reis e prncipes durante a Idade Mdia e que reinar novamente; ela ser adorada por aqueles cujos nomes no esto escritos no Livro da Vida; essa a besta que subiu do mar, o papado. A ltima parte de Apocalipse 17:8 uma cpia de Apocalipse 13:8 e 3; os dois textos esto falando da mesma besta, o papado. O anjo usou a mesma linguagem para identificar o poder de quem estava falando. Veja por si mesmo as semelhanas: E adoraram-na todos os que habitam sobre a terra, esses cujos nomes no esto escritos no Livro da Vida do Cordeiro que foi

Captulo 3 - O Ministrio da Mulher e da Besta

55

morto desde a fundao do mundo (Apoc. 13:8). No h mistrio algum no captulo treze, a profecia clara e todo entendemos que a besta aqui mencionada o papado. Agora vamos comparar esse texto que est falando da adorao mundial do papado com a tlima parte de Apocalipse 17:8 e os que habitam na terra, cujos nomes no esto escritos no Livro da Vida, desde a fundao do mundo se admiraro vendo a besta.. No final de Apocalipse 13:3 lemos: e toda a terra se maravilhou aps a besta. A Bblia explica a Bblia. Devemos entender as expresses: se maravilhou aps a besta (13:3); e adoraram a besta (13:4), e se admiraro vendo a besta (17:8) como expresses sinnimas falando da mesma coisa, a adorao mundial do papado por aqueles cujos nomes no esto escritos no Livro da Vida do Cordeiro (Apoc. 13:8; 17:8). O papado a menina dos olhos de Satans at que se cumpra o tempo determinado, e ento Satans mesmo se encarregar de derrub-lo. forte a evidncia de que Apocalipse 17:8 est falando de duas bestas, uma carregando a outra: a besta que subir do abismo, essa a besta original que um dia foi lanada do cu para o abismo (Isa. 14:15), o prprio Satans, e que ser de novo lanado no abismo durante os mil anos (Apoc. 20:3), e subir do abismo ao terminarem os mil anos (Apoc. 20:7-8). e a besta que subiu do mar, o papado, cuja ferida mortal de 1798 foi curada. Essa ferida foi infligida cabea papal quando os franceses, em 1798, entraram em Roma e levaram prisioneiro o papa, parecendo, por algum tempo,

56

Revelaes do Apocalipse - Vol. 3

haver sido abolido o papado. De novo em 1870 mais um golpe foi dado quando foi tomado do papado o domnio temporal, os Estados papais, e o papa passou a considerarse prisioneiro do Vaticano. At 1929 a situao se havia mudado a ponto de combinarem um encontro entre o Cardeal Gasparri e o Primeiro Ministro Mussolini, no histrico palcio de S. Joo Latro, a fim de terminar uma longa pendncia: devolver ao papado o poder temporal, para, na linguagem do The Catholic Advocate, da Austrlia (18 de abril de 1929, pg. 16), curar-se uma ferida de 59 anos. A primeira pgina do San Francisco Chronicle de 12 de fevereiro de 1929, trouxe gravuras do Cardeal Gasparri e Mussolini, que assinaram a concordata, e a legenda: Curam a ferida de muitos anos. As duas bestas esto presentes em todo o captulo desde o incio, o papado cavalgando sobre o drago; elas tambm esto juntas em Apoc. 13:1 e 2 onde o drago Satans d o seu poder e o seu trono ao papado. A profecia deixa bem claro a parceria entre Satans e o papado a fim de que multides de cristos sinceros que ainda esto como membros da Igreja de Roma ou das suas filhas, abandonem esse sistema religioso pago e se unam ao remanescente fiel de Deus: Aqui est a pacincia dos santos; aqui esto os que guardam os Mandamentos de Deus e a F de Jesus (Apoc. 14:12). contra os que guardam os Mandamentos de Deus e tem a F de Jesus que Satans est irado: E o drago irou-se contra a mulher (a igreja pura de Jesus) e foi fazer guerra ao resto da sua semente, os que guardam os Mandamentos de Deus, e tm o testemunho de Jesus Cristo (Apoc. 12:17). Estudos Bblicos, 185.

Captulo 3 - O Ministrio da Mulher e da Besta

57

A Besta do Abismo A besta que viste foi e j no , e h de subir do abismo, e ir perdio (Apoc. 17:8). Como j vimos o captulo dezessete est falando de duas bestas: a besta que subiu do mar, a grande prostituta, e a besta do abismo. Nos primeiros seis versos Satans identificado como sendo a besta e o papado como sendo a mulher, porm a partir do verso 7 o anjo comea a explicar a viso revelando o mistrio da mulher e da besta que a traz. Que mistrio? O mistrio de que so duas bestas e no uma. O verso 8 a chave para desvendar o mistrio porque aqui o anjo explica que, embora a viso esteja falando de uma besta e de uma mulher , na realidade, so duas bestas, porque a mulher identificada como sendo a besta que subiu do mar em Apocalipse 13:1 e as duas so muito idnticas: na cor; nas sete cabeas; nos dez chifres; e no carter (comparar Apoc. 12:3 com Apoc. 13:1), mas so duas: Satans e o papado. O mistrio que o verso 8 comea explicando a besta do abismo, Satans, e termina falando da besta do mar, o papado. A besta que viste foi e j no , e h de subir do abismo (Apoc. 17:8). A nica besta que Joo viu at ento foi a que est carregando a mulher, e o verso 8 identifica-a como a besta do abismo; E os que habitam na terra cujos nomes no esto escritos no Livro da Vida, desde a fundao do mundo, se admiraram vendo a besta que era, e j no , mas que vir (Apoc. 17:8). Aqui o anjo identifica essa besta como sendo outra,

58

Revelaes do Apocalipse - Vol. 3

usando literalmente o texto de Apocalipse 13:8 e 3 para identific-la com o papado. A Bblia precisa ser explicada pela Bblia; Apocalipse 17 deve ser estudado sob a luz de Apocalipse 13. A partir do verso 8 exigida uma ateno dobrada no estudo dessa profecia porque so duas bestas idnticas em quase tudo, mas que se intercambeiam. Ora a profecia fala de uma, ora de outra, e s vezes, no mesmo verso, como o caso do verso 8. Apocalipse 13:1 e 2 mostra claramente a origem do poder e autoridade papal. Foi Satans quem deu tudo o que o papado tem hoje: o trono, o poder e a autoridade: e o drago deu-lhe o seu poder, e o seu trono, e grande poderio (Apoc. 13:2). O captulo dezessete expe a parceria das duas bestas precisamente no tempo do fim; a igreja que era pura se tornou a grande prostituta e no houve arrependimento: Mas tenho contra ti que toleras Jezabel... e dei-lhe tempo para que se arrependesse da sua prostituio; e no se arrependeu (Apoc. 2:20, 21). A Igreja de Roma teve tempo suficiente para se arrepender mas no se arrependeu, pelo contrrio, tornou-se a menina dos olhos de Satans, sendo carinhosamente carregada por ele. O outro mistrio revelado no captulo dezessete que Satans no amigo de ningum, ele usa o papado e depois o descarta; Satans finalmente se levantar contra o prprio papado, puxar-lhe- o tapete causando sua queda e sua destruio. isso o que acontecer com a mulher: e a poro desolada e nua, e comero sua carne, e a queimaro no fogo (Apoc. 17:16).

Captulo 3 - O Ministrio da Mulher e da Besta

59

Por que Satans Chamado a Besta do Abismo? A palavra abismo aparece j na primeira pgina da Bblia: E a terra era sem forma e vazia; e havia trevas sobre a face do abismo (Gn. 1:2). Quando Satans foi expulso do Cu para a Terra, antes da semana da criao, a Terra era sem forma e vazia, um abismo. Ele dizia no seu corao: Subirei acima das mais altas nuvens e serei semelhante ao Altssimo. E contudo levado sers ao inferno ao mais profundo do abismo (Isa. 14:14-15). Isaas diz que Satans seria lanado no mais profundo abismo, e Joo no Apocalipse completa dizendo que ele foi lanado para a Terra: E foi precipitado o grande drago, a antiga serpente, chamada o Diabo, e Satans, que engana todo o mundo; ele foi precipitado na terra, e os seus anjos foram lanados com ele (Apoc. 12:9). Estes textos bblicos confirmam que o abismo bblico uma referncia ao planeta Terra em seu estado catico e escuro. A profecia de Apocalipse 20 diz que durante os mil anos, aps a volta de Jesus, o abismo ser, uma vez mais, a morada de Satans antes de ser definitivamente destrudo. E vi descer do cu um anjo, que tinha a chave do abismo, e uma grande cadeia na sua mo. Ele prendeu o drago, a antiga serpente, que o Diabo e Satans, e amarrou-o por mil anos. E lanou-o no abismo, e ali o encerrou, e ps selo sobre ele (Apoc. 20:1-2). Ao acabarem os mil anos Satans ser solto do abismo, por isso a profecia diz que ele subir do abismo: At que os mil anos se acabem. E depois importa que seja solto por um pouco de tempo... E acabando-se os mil anos, Satans ser solto da sua priso (Apoc. 20:3, 7). Ele chamado de o prncipe das trevas deste sculo (Efes. 6:12), e tambm o anjo do abismo (Apoc. 9:11). Satans tem tudo a ver com o abismo.

60

Revelaes do Apocalipse - Vol. 3

A Histria Terrestre de Satans A besta que viste foi e j no , e h de subir do abismo, e ir perdio (Apoc. 17:8). Esse texto descreve a histria terrestre de Satans. A besta que viste foi - desde a queda de Ado e Eva Satans se tornou o prncipe deste mundo. Jesus confirmou esse fato quando disse: J no falarei muito convosco; porque se aproxima o prncipe deste mundo, e nada tem em Mim (Joo 14:30). Quando Satans declarou a Cristo: O reino e a glria me foram entregues, e dou-os a quem quero, disse o que s em parte era verdade, e disse-o para servir a seu intuito de enganar. O domnio dele, arrebatara-o de Ado, mas este era o representante do Criador. No era, pois, um governador independente. A Terra pertence a Deus ... Ado devia reinar em sujeio a Cristo. Ao atraioar Ado sua soberania, entregandoa s mos de Satans, Cristo permaneceu ainda, de direito, o Rei... Quando o tentador ofereceu a Cristo o reino e a glria do mundo, estava propondo que Ele renunciasse verdadeira soberania do mesmo e mantivesse o domnio em sujeio a Satans. Depois de tentar o homem a pecar, Satans reclamou a Terra como sua, e intitulou-se prncipe desse mundo. Havendo levado Ado e Eva a desenvolverem uma semelhana com sua prpria natureza, julgou estabelecer aqui para sempre seu imprio. A experincia vivida por J revela como Satans usufruia dessa posio usurpada de Ado; como o representante do planeta Terra ele comparecia nos conclios celestiais. E vindo um dia em que os filhos de Deus vieram apresentar-se perante o Senhor, veio Ellen G. White, O Desejado de Todas as Naes, 113.

Captulo 3 - O Ministrio da Mulher e da Besta

61

tambm Satans entre eles. Ento o Senhor disse a Satans: Donde vens? E Satans respondeu ao Senhor, e disse: De rodear a terra, e passear por ela. E disse o Senhor a Satans: Observaste tu a meu servo J? Porque ningum h na terra semelhante a ele, homem sincero e reto, temente a Deus, e desviando-se do mal (J 1:6-8). O primeiro Ado caiu em pecado, submentendo assim a Terra e a famlia humana ao domnio de Satans. Quando o homem transgrediu a lei divina, sua natureza se tornou m, e ele ficou em harmonia com Satans, e no em desacordo com ele. No existe, por natureza, nenhuma inimizade entre o homem pecador e o originador do pecado. Ambos se tornaram malignos pela apostasia. Jesus veio como o segundo Ado para recuperar o domnio perdido e Se tornar o cabea e representante da famlia humana. O primeiro homem, da terra, terreno; o segundo homem, o Senhor, do Cu... Assim est tambm escrito: O primeiro homem, Ado, foi feito em alma vivente; o ltimo Ado em esprito vivificante (I Cor. 15:47, 45). At a morte de Jesus na cruz Satans foi respeitado como representante da Terra, e at ento ainda existiam laos de simpatia entre Satans e os anjos celestiais porque eles ainda no conheciam o seu verdadeiro carter. At a morte de Jesus, o carter de Satans no fora ainda claramente revelado aos anjos e mundos no cados... Cristo inclinou a cabea e expirou... E ouvi uma grande voz no Cu, que dizia: Agora chegada est a salvao, e a fora, e o reino do nosso Deus, e o poder do Seu Cristo; porque j o acusador de nossos irmos derribado, o qual diante do nosso Deus os acusava de dia e de noite (Apoc. 12:10). Satans viu que estava Ellen G. White, O Grande Conflito, 505.

62

Revelaes do Apocalipse - Vol. 3

desmascarado. Sua administrao foi exposta perante os anjos no cados e o Universo celestial. Revelara-se como um homicida. Derramando o sangue do Filho de Deus, desarraigou-se Satans das simpatias dos seres celestiais. Da em diante sua obra seria restrita. Qualquer que fosse a atitude que tomasse, no mais podia esperar os anjos ao virem das cortes celestiais, nem perante eles acusar os irmos de Cristo de terem vestes de trevas e contaminao de pecado. Estavam rotos os derradeiros laos de simpatia entre Satans e o mundo celestial. Entendemos que quando a profecia diz: a besta que viste foi est se referindo ao perodo em que Satans, a besta do abismo, recebeu das mos de Ado o direito de ser legalmente o representante da famlia humana nos conclios celestiais. Quando Jesus morreu na cruz pelos nossos pecados, cumpriu-se o que est escrito: porque j o acusador de nossos irmos der