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Plano Municipal Integrado de Gestão de Resíduos da Construção Civil e Resíduos

Volumosos – Salto de Pirapora/SP

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Volumosos – Salto de Pirapora/SP

3G Soluções Ambientais

Adalberto Lucas Leite de Campos Gestor Ambiental

Paulo Sérgio de Moraes Vieira Gestor Ambiental CRA 6-001146

José Afonso Lopes

Engenheiro Civil CREA 5060182375-SP

Raquel Albuquerque Souza Chefe da Divisão do Meio Ambiente

3G SOLUÇÕES AMBIENTAIS LTDA Rua Abdalla Tebet, n°145

CEP 18052-160 Jardim Bertanha - Sorocaba - São Paulo

Fone: (15) 3011-9234 [email protected]

PREFEITURA MUNICIPAL DE SALTO DE PIRAPORA Secretaria Municipal do Meio Ambiente

Av. Lydia David Haddad, n°150 CEP 18160-000

Bairro do Campo Largo - Salto de Pirapora - São Paulo Fone: (15) 3491-9595

[email protected]

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Apresentação

A fim de estabelecer diretrizes, critérios e procedimentos quanto a

gestão de Resíduos da Construção Civil (RCC), foi criada a Resolução n° 307 do

Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA), entrando em vigor no ano de 2003

tendo como objetivo disciplinar as ações necessárias, minimizando os impactos

ambientais proveniente dos resíduos da construção civil.

Essa resolução define a classificação dos resíduos da construção civil,

bem como todas as medidas de manejo envolvendo a responsabilidade dos

geradores, coletores, transportadores, incluindo também, especificidades referente à

disposição final do resíduo em questão. Quanto a destinação a resolução prevê

alternativas contemplando a reutilização, reciclagem e/ou beneficiamento de RCC, a

utilização de aterros de RCC e a especificação de outras áreas para destinação de

RCC.

Dentro da esfera do poder público municipal, a resolução CONAMA

n°307 prevê a criação de um Plano Municipal de Gestão de Resíduos da Construção

Civil (PMGRCC), servindo este de base e instrumento para a gestão de RCC nos

municípios brasileiros. Dentro dessas perspectivas, para que se haja o cumprimento

da lei federal a prefeitura de Salto de Pirapora, através dos métodos legais de

contratação, utilizando dos poderes licitatórios registrados no pregão presencial n°

88/2013 do dia 21 de outubro de 2013, contratou a empresa 3G Soluções Ambientais

(nome fantasia) para o desenvolvimento do plano. Pelo motivo do plano englobar os

resíduos volumosos, adotou-se o termo Plano Municipal Integrado de Gestão de

Resíduos da Construção Civil e Resíduos Volumosos (PMIGRCC-RV) de Salto de

Pirapora.

Neste plano, após a devida auditoria realizada pelas instâncias

competentes, será indicado como instrumento legal do município de Salto de Pirapora,

com o objetivo de regulamentar a gestão de RCC do mesmo.

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Esse plano está estruturado de forma dinâmica, portanto nota-se

rapidamente a contextualização e explicitação do problema, bem como em seguida a

amostra de todos os objetivos e metodologia utilizada na elaboração dos estudos

efetuados para produção do diagnóstico. O diagnóstico contempla os pontos de vista,

econômico, técnico e jurídico, destacando todos seus fundamentos e definições em

torno da atividade da construção civil no município de Salto de Pirapora.

Abordando todo o potencial econômico, serão explicitadas as ações para

o gerenciamento do RCC levando em consideração todos os impactos em curto,

médio e longo prazo, provindos da geração de RCC no município. Além dos tópicos

mencionados acima, encontra-se anexado a este plano a minuta de lei que, assim que

aprovada, se tornará vigente no município de Salto de Pirapora.

HISTÓRICO DE REVISÕES

Número da revisão Data da Revisão Item revisado

00 Emissão inicial

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SUMÁRIO

Lista de Siglas ............................................................................................................ 6

Lista de Figuras ......................................................................................................... 8

Lista de Tabelas ....................................................................................................... 10

Lista de Quadros ...................................................................................................... 11

Introdução ................................................................................................................ 12

1 Objetivo ............................................................................................................... 15

1.1 Objetivos específicos ................................................................................... 15

2 Metodologia ......................................................................................................... 16

2.1 Etapas do plano .......................................................................................... 16

3 Definições e Conceitos Técnicos Jurídicos .......................................................... 20

3.1 Resíduos Sólidos......................................................................................... 20

3.2 Os Resíduos da Construção Civil ................................................................ 23

3.3 Geradores de Resíduos da Construção Civil ............................................... 26

3.4 Reservação de Resíduos ............................................................................ 27

3.5 Disque Coleta para PEV (Ponto de Entrega Voluntária) .............................. 27

3.6 Equipamentos de Coleta de RCC-RV .......................................................... 28

3.7 Ecoponto ..................................................................................................... 28

3.8 Área de Transbordo e Triagem (ATT) .......................................................... 29

3.9 Transportadores de RCC-RV ...................................................................... 29

3.10 Controle de Transporte de Resíduos (CTR) .............................................. 30

3.11 Receptores de Resíduos da Construção Civil e de Resíduos Volumosos . 31

3.12 Depósito Clandestino ou Bota-fora ............................................................ 31

3.13 Insalubridade ............................................................................................. 31

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3.14 Aterro de Resíduos da Construção Civil .................................................... 32

3.15 Banco de Áreas para Aterramento ............................................................ 32

3.16 Alimentadores ........................................................................................... 33

3.17 Fragmentação de Sólidos .......................................................................... 33

3.18 Processos de Separação........................................................................... 34

3.19 Peneiramento ............................................................................................ 34

3.20 Peneira Vibratória e Rotativa ..................................................................... 34

3.21 Grelha Vibratória ....................................................................................... 35

3.22 Separador Magnético ................................................................................ 35

3.23 Britadores .................................................................................................. 36

4 Diagnóstico em Torno da Geração de Resíduos da Construção Civil .................. 36

4.1 Descrição da fonte geradora de RCC-RV .................................................... 37

4.2 Avaliação da geração de RCC..................................................................... 40

4.2.1 Estudo dos alvarás ............................................................................ 41

4.2.2 Estimativa do prestador de serviço público ....................................... 42

4.2.3 Estimativa do prestador de serviço privado ....................................... 44

4.2.4 Total da coleta dos prestadores ........................................................ 46

4.2.5 Comparativo do crescimento físico municipal .................................... 46

4.2.6 Estimativa através dos alvarás .......................................................... 50

4.2.7 Correlação entre o total coletado e o total dos alvarás ...................... 54

4.3 Mapeamento das Áreas de Disposição Irregular ......................................... 55

4.4 Manejo de RCC-RV ..................................................................................... 67

4.5 Logística do Prestador Público .................................................................... 68

4.6 Destinação em Aterro Controlado ................................................................ 71

4.7 Materiais nas caçambas .............................................................................. 73

5 Potencial Econômico de Geração de RCC .......................................................... 74

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6 Estrutura do Modelo de Gestão ........................................................................... 79

6.1 Análise do plano municipal integrado de gestão de resíduos de Salto de

Pirapora ................................................................................................................ 81

6.2 Definição dos agentes envolvidos e suas responsabilidades ....................... 81

6.3 Apontamento das diretrizes ......................................................................... 82

6.3.1 Proposta de metodologia de gestão .................................................. 84

6.3.2 Controle de indicadores através de ferramenta via web .................... 85

7 Plano de Ação ..................................................................................................... 86

7.1 Ações sociais .............................................................................................. 87

7.2 Ações Ambientais ........................................................................................ 88

7.3 Ações de Controle ....................................................................................... 89

7.4 Ações Educacionais .................................................................................... 93

7.5 Ações público/privadas ................................................................................ 94

8 PERIODICIDADE DO PLANO ............................................................................. 98

9 CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................... 100

Bibliografia ............................................................................................................. 102

referências Bibliográficas ....................................................................................... 104

Legislações e referências normativas .................................................................... 105

Leis e resoluções federais ............................................................................... 105

Leis estaduais .................................................................................................. 105

Leis municipais ................................................................................................ 105

Normas técnicas .................................................................................................... 106

10 apêndice ............................................................................................................ 107

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LISTA DE SIGLAS

ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas

APP – Área de Preservação Permanente

ATT – Área de Transbordo e Triagem

CETESB – Companhia Ambiental do Estado de São Paulo

CLT – Consolidação das Leis de Trabalho

CONAMA – Conselho Nacional de Meio Ambiente

CTR – Controle de Transporte de Resíduo

ETA – Estação de Tratamento de Água

ETE – Estação de Tratamento de Esgoto

IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística

NBR – Norma Brasileira

PDCA – Plan, Do, Check, Act

PGMRS – Plano de Gestão Municipal de Resíduo Sólido

PGRCC – Plano de Gerenciamento de Resíduos de Construção Civil

PIB – Produto Interno Bruto

PMGRCC – Plano Municipal de Gestão de Resíduo de Construção Civil

PMIGRCC-RV – Plano Municipal Integrado de Gestão de Resíduo de Construção Civil

e Resíduos Volumosos

PMSD – Plano Municipal de Saneamento Básico

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PNRS – Política Nacional de Resíduos Sólidos

RCC – Resíduo de Construção Civil

RCC-RV – Resíduo de Construção Civil e Resíduos Volumosos

RCD – Resíduo de Construção e Demolição

RSU – Resíduo Sólido Urbano

RSU – Resíduo Sólido Urbano

Seade – Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados

SIGOR – Sistema de Gestão On-line de Resíduos

Sinduscon – Sindicato da Construção

SMA – Secretaria de Meio Ambiente

SNVS – Sistema Nacional de Vigilância Sanitária

UFSCar – Universidade Federal de São Carlos

SALTO DE PIRAPORA
Carimbo
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LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - Mapa de 1981 ............................................................................................ 39

Figura 2 - Mapa de 2010 ............................................................................................ 39

Figura 3 - Mapa dos Setores ...................................................................................... 47

Figura 4 – Mapa 1981 ................................................................................................ 47

Figura 5 – Mapa 2010 ................................................................................................ 47

Figura 6 - Mapa 1981 ................................................................................................. 48

Figura 7 - Mapa 2010 ................................................................................................. 48

Figura 8 - Mapa 1981 ................................................................................................. 48

Figura 9 - Mapa 2010 ................................................................................................. 48

Figura 10 - Mapa 1981 ............................................................................................... 49

Figura 11 - Mapa 2010 ............................................................................................... 49

Figura 12 - Mapa 1981 ............................................................................................... 49

Figura 13 - Mapa 2010 ............................................................................................... 49

Figura 14 - Mapa 1981 ............................................................................................... 50

Figura 15 - Mapa 2010 ............................................................................................... 50

Figura 16 – Mapa Apontado ....................................................................................... 57

Figura 17 – Estrada Vicinal ........................................................................................ 58

Figura 18 – Estrada da Leiteria .................................................................................. 59

Figura 19 – Vila Xavier ............................................................................................... 60

Figura 20 – Rua Guanabara ....................................................................................... 61

Figura 21 – Rua Virgílio Cerone ................................................................................. 62

Figura 22 – Bairro Ana Guilherme .............................................................................. 63

Figura 23 – Rua Laura T do Rosário .......................................................................... 64

Figura 24 – Rua Roque M Foga ................................................................................. 65

Figura 25 – Rua Paulo R Lopes ................................................................................. 66

Figura 26 – Manejo de RCC ....................................................................................... 67

Figura 27 - Poliguindaste Público ............................................................................... 69

Figura 28 – Trajeto da Cidade ao Aterro .................................................................... 70

Figura 29 – RCC não Tratado .................................................................................... 72

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Figura 30 - Resíduo nas Caçambas ........................................................................... 73

Figura 31 – Tabela de Saneamento Básico................................................................ 77

Figura 32 – Zoom da Tabela ...................................................................................... 77

Figura 33 – Organograma de Gestão ......................................................................... 80

Figura 34 – Estrutura de Ações .................................................................................. 84

Figura 35 - Croqui da ATT/Britagem........................................................................... 95

Figura 36 - Modelos de Caçambas Fechadas ............................................................ 97

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1 - Classe dos Resíduos .............................................................................. 25

Tabela 2 – Setor 1 ................................................................................................... 51

Tabela 3 – Setor 2 ................................................................................................... 51

Tabela 4 – Setor 3 ................................................................................................... 52

Tabela 5 – Setor 4 ................................................................................................... 52

Tabela 6 – Setor 5 ................................................................................................... 52

Tabela 7 – Setor 6 ................................................................................................... 53

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LISTA DE QUADROS

Quadro 1 - Classe dos Resíduos ............................................................................. 25

Quadro 2 – Relação de Insumos para Construção Civil ........................................... 75

Quadro 3 - Cronograma de Investimento ................................................................. 78

Quadro 4 – Cronograma de Ações Sociais .............................................................. 88

Quadro 5 – Cronograma de Ações Ambientais ........................................................ 89

Quadro 6 - Controle de Alvarás Deferidos ................................................................ 91

Quadro 7 - Controle do Fluxo de Resíduos .............................................................. 91

Quadro 8 – Cronograma de Ações de Controle ....................................................... 93

Quadro 9 – Cronograma de Ações Educacionais ..................................................... 94

Quadro 10 - Segregação e Acondicionamento de RCC ........................................... 95

Quadro 11 - Cronograma de Ações Público/Privados .............................................. 97

Quadro 12 - Infrações e Gradações ....................................................................... 132

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INTRODUÇÃO

Diversos problemas ambientais são derivados do crescimento elevado

dos centros urbanos, que junto ao aumento populacional resultam em um crescimento

considerável no consumo de recursos naturais, aumentando assim proporcionalmente

a geração de resíduos, que somado à disposição incorreta dos mesmos propiciam um

cenário de insalubridade e periculosidade para o meio e os que nele vivem.

Quando citamos a geração de resíduos, é necessário afirmar que a

ligação entre o desenvolvimento socioeconômico é diretamente proporcional a

geração dos resíduos. Essa regra se expande para todas as esferas, municipal,

estadual e nacional. Pode-se dizer que essa lógica é respeitada em todo o mundo,

partindo do princípio que quanto maior a população, maior será o consumo e

consequentemente, maior a geração de seus resíduos.

De acordo com estudos realizados em outros países por Schneider

(2004) quanto a geração de resíduos da construção civil, fica claro que o tema em

questão é pesquisado e reconhecido em todo o mundo e apresenta índices relevantes

quanto a geração do mesmo. No caso dos estadunidenses, é descartado o número

aproximado de 136 milhões de toneladas de Resíduo de Construção e Demolição

(RCD) anualmente. Sendo explicitada nesse mesmo estudo uma quantidade de 3500

unidades recicladoras, sendo estas responsáveis por 25% da reciclagem dos resíduos em

comparação ao total de resíduos da construção e demolição gerados. Em contra

partida, o autor mostra em seus estudos que 90% dos resíduos da construção civil

gerado nos países baixos são reciclados.

Partindo desse mesmo pressuposto, Pinto (2005) também apresenta

estudos similares realizados em algumas cidades do estado de São Paulo.

Computando dados a respeito da relação de RCD e a massa total de Resíduo Sólido

Urbano (RSU) em São Paulo, Guarulhos, Diadema, Campinas, Piracicaba, São José

dos Campos, Ribeirão Preto, Jundiaí, São José do Reio Preto e Santo André, foi

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observado que em todas as cidades em questão, o conjunto de resíduos da

construção civil e demolição superaram 50% de massa do total dos resíduos gerados.

Corroborando com os estudos aqui citados, o município de Salto de

Pirapora cita em seu Plano de Gestão Municipal de Resíduos Sólidos (PGMRS) a forte

preocupação com os resíduos provenientes da construção civil, tendo em vista que

PGMRS municipal apresentou o RCC com o maior índice de geração de peso no

município, perfazendo a média acima dos 50% referente a massa total de resíduos

gerados. Tal diagnóstico resultou em planos de ações de curto, médio e longo prazo

para que fosse possível a regularização do município dentro das leis vigentes, bem

como o desenvolvimento de novas práticas visando a gestão correta da problemática

em torno do RCC, bem como todos os envolvidos nesse processo.

De maneira geral, o RCC gerado teve sempre o mesmo tratamento de

disposição que o resíduo comum, tendo em vista que qualquer serviço de retirada de RCC

podia ser vendido se houvesse alguém disposto a pagar por ele, automaticamente

ignorando o destino que o mesmo receberia. Dentro de um contexto sociocultural, esse

tipo de atitude da população ou do gerador de resíduos sempre existiu, o que

ocasionou na disposição irregular do RCC em municípios brasileiros, causando

diversos problemas e passivos nas cidades.

Levando em consideração que todo tipo de gestão incorreta, ou

destinação irregular de resíduos, gera custos excessivos ao poder público. De acordo

com John e Agopyan (2000), esse tipo de problema ocorre em quase todas as grandes

cidades brasileiras o que acaba levando a contratação de terceiros para mitigar os

problemas gerados pela gestão incorreta do RCC, trazendo um custo médio de

R$10,00 por habitante ao ano. Esse pode ser o caso da cidade vizinha – Sorocaba –

que possui uma usina de reciclagem de entulho que recebe diariamente 2.000m³

desse material. O resíduo verde totaliza 3 toneladas e os resíduos gerados em 19

ecopontos espalhados pela cidade chega a somar 300ton/dia.

Contudo, esse tipo de ação como dito anteriormente não previne ou

soluciona o problema, podendo causar um efeito acumulativo dentro do município,

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produzindo um efeito contrário, ou seja, incentivando a disposição irregular dos

resíduos, onerando cada vez mais a administração pública, bem como os munícipes.

Para que esse tipo de consequência não ocorresse no município de

Salto de Pirapora, a gestão administrativa da cidade, junto a parcerias e contratação

de empresa especializada, desenvolveram este plano, a fim de buscar medidas

preventivas para a solução dos problemas em torno do RCC no município.

Partindo desse pressuposto, temos em foco a problemática aqui citada,

o qual deverá ser analisada, diagnosticada e posteriormente avaliada de forma

contundente para que se haja metas e melhorias nos processos de gestão de resíduos

do município de Salto de Pirapora, tendo em vista os pilares da PNRS (Política

Nacional de Resíduos Sólidos) sendo eles, a não geração, a redução, a reciclagem e

a disposição final adequada dos resíduos e a responsabilidade compartilhada.

Quanto ao que se trata este plano, pode-se afirmar que os resíduos

provenientes da construção civil é um dos grandes desafios para o cumprimento da

legislação que se refere aos resíduos sólidos, isto porquê além de ser um tema

recente na realidade de nosso país, existe diversas dificuldades na produção de

alternativas ambientalmente corretas para o tratamento e destinação correta dos

resíduos.

Dentro desse contexto, a prefeitura de Salto de Pirapora, unida a

experiência da empresa contratada – 3G Soluções Ambientais – e todos os envolvidos

e interessados dos setores responsáveis do setor público, deram início a elaboração

do Plano Municipal Integrado de Gestão de Resíduos da Construção Civil e Resíduos

Volumosos de Salto de Pirapora, cujo o produto final apresenta o diagnóstico atual da

cidade, em comparativo com o seu crescimento e as propostas de melhorias e

projeções de programas, investimentos e parcerias, visando sempre o bem estar

social, ambiental e econômico da cidade, alinhado ao crescimento e desenvolvimento

do município de Salto de Pirapora.

SALTO DE PIRAPORA
Carimbo
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1 OBJETIVO

O objetivo do PMIGRCC-RV de Salto de Pirapora é o atendimento a

resolução do CONAMA nº 307, de 05 de julho de 2002. É esperado como consequência

após sua transformação em lei e decreto, a normatização e responsabilização de todos

os envolvidos nos processos de gestão dos resíduos que abrangem a coleta,

transporte, tratamento e destinação final dos resíduos da construção civil e resíduos

volumosos sejam eles, tanto dos pequenos quanto dos grandes geradores.

Em todos os casos, a ação do PMIGRCC-RV estará sempre em

conformidade com as legislações em vigor – PNRS, prevalecendo sempre os 3R’s –

três erres – especificados como: reduzir, reutilizar, reciclar.

1.1 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Diagnosticar a atividade da construção civil e resíduos volumosos

no município de Salto de Pirapora, partindo dos processos de

geração, coleta, transporte, tratamento e destinação final dos

resíduos da construção civil;

Fornecer subsídios para a caracterização e identificação dos

resíduos da construção civil gerados no município de Salto de

Pirapora, afim de analisar seus aspectos e sua valoração no

mercado;

A apresentação das diretrizes e ações do PMIGRCC-RV do

município;

A apresentação das estratégias/métodos de execução das ações

indicadas no PMIGRCC-RV do município.

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2 METODOLOGIA

Um dos desafios que estão associados a gestão de resíduos em grande

parte da problemática referente aos resíduos é a metodologia. Para que se tenham

dados e indicadores mais próximos da realidade, faz-se necessário o uso de métodos

peculiares, podendo os mesmos mudarem conforme as diferentes situações

encontradas no decorrer do desenvolvimento das ações para a elaboração do plano.

Contudo, não existe metodologia padrão ou determinação legal para o

uso de alguma metodologia específica no quesito da elaboração do plano e seus

devidos diagnóstico. Por isso, é importante ressaltar que toda metodologia utilizada

nas etapas podem ou não sofrer alterações com o passar do tempo e/ou nas revisões

do plano, afim de aumentar a eficiência dos resultados ou corrigir métodos já

obsoletos.

2.1 ETAPAS DO PLANO

Para este plano, as etapas foram separadas da seguinte forma:

1° Etapa: diagnóstico em torno da geração de resíduos da construção

civil e coleta de volumosos no município;

2° Etapa: identificação/caracterização quantitativa dos resíduos da

construção civil gerados no município e o valor comercial e industrial dos mesmos,

visando o potencial econômico dos resíduos da construção civil;

3° Etapa: apresentação das diretrizes e ações do PMIGRCC-RV;

4° Etapa: apresentação das estratégias/métodos de execução das ações

contempladas na etapa anterior;

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5° Etapa: projeção das medidas e ações propostas pelo PMIGRCC-RV;

6° Etapa: elaboração do modelo de minuta inerente a PMIGRCC-RV.

A metodologia de cada etapa prevista anteriormente será detalhada a

seguir.

1° Etapa: Elaboração do Diagnóstico a partir da geração de resíduos da

construção civil e volumosos do município.

O diagnóstico foi realizado por meio do levantamento do crescimento

físico da cidade, juntamente da análise das características do local, inventário que

resultou na caracterização demográfica, análise e levantamento do potencial de

geração de RCC bem como análise dos processos e métodos quanto a fonte de

geração, coleta, transporte, tratamento e destinação final dos resíduos da construção

civil praticados no município de Salto de Pirapora.

Posteriormente foram analisadas as quantidades de resíduos gerados

localmente, a identificação dos agentes envolvidos com a geração, a coleta, o

transporte, tratamento e a destinação final, bem como a avaliação das condições de

operação dos agentes públicos e privados que atuam nessa atividade. Além disso,

será apresentado através das imagens fotográficas os impactos resultantes do atual

sistema de gestão de resíduos da construção civil e resíduos volumosos do município.

O crescimento da cidade mensurado através dos dados dos alvarás, que

foram disponibilizados pela secretaria de planejamento e obras do município,

correspondente ao período de janeiro de 2013 a dezembro de 2013. Os mesmos

foram classificados em 2 tipos de alvarás – perímetro urbano e rural, sendo eles

construções novas, reformas e ampliações.

Os resultados dessa análise de dados foram apresentados na forma

gráficos e tabelas adaptados, bem como um mapa representativo para melhor

visualização dos dados. No mapa representativo é possível encontrar informações

importantes para ao diagnóstico presente neste plano, podendo facilitar a observação

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da divisão dos bairros, crescimento da cidade e a geração de RCC, separada através

de setores dentro do município de Salto de Pirapora.

Desse modo, identificou-se o potencial de geração de resíduos da

construção civil, bem como se avaliou o modelo do atual sistema de gestão de

resíduos da construção civil do município.

2° Etapa: identificação/caracterização quantitativa dos resíduos da

construção civil gerados no município e o valor comercial e industrial dos mesmos,

visando o potencial econômico dos resíduos da construção civil

Para que houvesse possibilidade de realizar a aferição do valor

comercial e industrial dos RCC, inicialmente, com base da correlação foi identificado

os tipos de resíduos que resultam da atividade da construção civil, diferenciados por

componentes e outros elementos comuns presentes nos resíduos. Seguidamente,

foram explicitadas as quantidades geradas nesses processos, este último foi

apresentado em classe de resíduo.

Em seguida, foi realizado um levantamento de preço para cada material

gerado no beneficiamento de RCC e seu correspondente no mercado.

3° Etapa: apresentação das diretrizes e ações do PMIGRCC-RV

A apresentação das diretrizes e ações do plano municipal integrado de

gestão de resíduos da constrição civil e resíduos volumosos foi realizado com base

na resolução 307 – CONAMA – que trata do gerenciamento de resíduos da construção

civil unido a pesquisas de outros trabalhos técnicos implementados em outros

municípios brasileiros.

Para cada elemento aqui apresentado foi proposto ações e diretrizes

tanto nas esferas do pequeno gerador quanto para o grande gerador. Para a

realização desta fase, foi necessária, visitas a campo e reuniões com entidades

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envolvidas no tema, visando a socialização dos envolvidos e a melhor escolha das

diretrizes e ações propostas pela sociedade.

4° Etapa: apresentação das estratégias/métodos de execução das ações

contempladas na etapa anterior

Para o conjunto de diretrizes e ações, correspondentes aos pequenos

e grandes geradores, conforme apresentado na etapa 3, avaliadas como necessárias

para o atendimento da resolução 307/2002, foram desenvolvidos métodos de

execução – estratégias – com base na reutilização e/ou reincorporação na cadeira

produtiva, seguindo a mesma sequência dos elementos estruturais considerados na

etapa 3, ou seja, fonte geradora de resíduos, coleta, transporte e destinação.

5° Etapa: projeção das medidas e ações propostas pelo PMIGRCC-RV

Após serem feitas as etapas anteriores, envolvendo as diretrizes,

métodos e ações entre todos os aspectos quanto a geração, coleta, transporte e

destinação dos resíduos, é chegada a etapa de apresentação da avaliação dos

impactos das medidas e ações já propostas nas etapas anteriores.

Conforme cada qual, relacionado a sua respectiva ação, os impactos

devem ser analisados de forma imparcial, gerando então uma diversidade de óticas

para que se possa obter dados próximos da realidade do plano em questão.

Em seguida são apresentadas as considerações finais acerca do

PMIGRCC-RV para o município e os correspondente modelo de minuta da lei.

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3 DEFINIÇÕES E CONCEITOS TÉCNICOS JURÍDICOS

De acordo com o CONAMA foram definidas toda a responsabilidade

referente aos resíduos da construção civil, partindo desde o escopo dos geradores,

dos transportadores e dos gestores interno e externo, bem como forma e os conceitos

de reutilização, reciclagem, beneficiamento, aterros específicos, áreas de destinação

e classificação, segundo as características físico-químicas dos resíduos.

Dessa forma, faz-se necessário para a adequada elaboração deste

plano, posteriormente servindo como instrumento para implantação da gestão de

resíduos da construção civil e para a melhoria da eficiência no entendimento dos

aspectos técnicos, jurídicos legais e econômicos é apresentado a seguir uma revisão

dos conceitos e definições de todo o tema, utilizando como base as normas técnicas

atuais, trabalhos já realizados e legislações pertinentes.

3.1 RESÍDUOS SÓLIDOS

De forma inequívoca, a PNRS é bem clara quanto as diferenças entre os

resíduos gerados nos municípios brasileiros, fazendo assim uma distinção e

classificação específica dos mesmos. Assim sendo, o presente documento está

embasado na lei federal nº 12.305/2.010, que estabeleceu a política nacional de

resíduos sólidos e em sua regulamentação, o decreto federal nº 7.404/2.010, bem

como na política estadual de resíduos sólidos, lei estadual nº 12.300/2006 e seu

regulamento. Os artigos 6° e 7° da política estadual definem os principais termos do

universo que trata dos resíduos sólidos, conforme segue:

Artigo 6º - Nos termos desta lei, os resíduos sólidos enquadrar-se-ão nas seguintes categorias:

I) Resíduos Urbanos: os provenientes de residências, estabelecimentos comerciais e prestadores de serviços, da varrição, de podas e da limpeza de

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vias, logradouros públicos e sistemas de drenagem urbana passíveis de contratação ou delegação a particular, nos termos de lei municipal;

II) Resíduos Industriais: os provenientes de atividades de pesquisa e de transformação de matérias-primas e substâncias orgânicas ou inorgânicas em novos produtos, por processos específicos, bem como os provenientes das atividades de mineração e extração, de montagem e manipulação de produtos acabados e aqueles gerados em áreas de utilidade, apoio, depósito e de administração das indústrias e similares, inclusive resíduos provenientes de Estações de Tratamento de Água - ETAs e Estações de Tratamento de Esgoto - ETEs;

III) Resíduos de Serviços de Saúde: os provenientes de qualquer unidade que execute atividades de natureza médico-assistencial humana, ou animal; os provenientes de centros de pesquisa, desenvolvimento ou experimentação na área de farmacologia e saúde; medicamentos e imunoterápicos vencidos ou deteriorados; os provenientes de necrotérios, funerárias e serviços de medicina legal; e os provenientes de barreiras sanitárias;

IV) Resíduos de Atividades Rurais: os provenientes da atividade agropecuária, inclusive os resíduos dos insumos utilizados;

V) Resíduos provenientes de Portos, Aeroportos, Terminais Rodoviários, e Ferroviários, Postos de Fronteira e Estruturas Similares: os resíduos sólidos de qualquer natureza provenientes de embarcação, aeronave ou meios de transporte terrestre, incluindo os produzidos nas atividades de operação e manutenção, os associados às cargas e aqueles gerados nas instalações físicas ou áreas desses locais;

VI) Resíduos da Construção Civil: os provenientes de construções, reformas, reparos e demolições de obras de construção civil, e os resultantes da preparação e da escavação de terrenos, tais como: tijolos, blocos cerâmicos, concreto em geral, solos, rochas, metais, resinas, colas, tintas, madeiras, compensados, forros e argamassas, gesso, telhas, pavimento asfáltico, vidros, plásticos, tubulações e fiação elétrica, comumente chamados de entulhos de obras, caliça ou metralha;

Parágrafo único - Os resíduos gerados nas operações de emergência ambiental, em acidentes dentro ou fora das unidades geradoras ou receptoras de resíduo, nas operações de remediação de áreas contaminadas e os materiais gerados nas operações de escavação e dragagem deverão ser previamente caracterizados e, em seguida encaminhados para destinação adequada.

Artigo 7º - Os resíduos sólidos que, por suas características exijam ou possam exigir sistemas especiais para acondicionamento, armazenamento, coleta, transporte, tratamento ou destinação final, de forma a evitar danos ao meio ambiente e à saúde pública, serão definidos pelos órgãos estaduais competentes.

Já na política nacional de resíduos sólidos, nos termos do artigo 13 da

lei federal nº 12.305/2010, são classificados os resíduos sólidos, conforme segue:

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Art. 13. Para os efeitos desta Lei, os resíduos sólidos têm seguinte

classificação:

I – quanto à origem:

• resíduos domiciliares: os originários de atividades domésticas em residência urbanas;

• resíduos de limpeza urbana: os originários da varrição, limpeza de logradouros e via públicas e outros serviços de limpeza urbana;

• resíduos sólidos urbanos: os englobados nas alíneas “a” e “b”;

• resíduos de estabelecimentos comerciais e prestadores de serviços: os gerado nessas atividades, excetuados os referidos nas alíneas “b”, “e”, “g”, “h” e “j”;

• resíduos dos serviços públicos de saneamento básico: os gerados nessas atividades, excetuados os referidos na alínea “c”;

• resíduos industriais: os gerados nos processos produtivos e instalações industriais;

• resíduos de serviços de saúde: os gerados nos serviços de saúde, conforme definido em regulamento ou em normas estabelecidas pelos órgãos do Sisnama e do SNVS;

•resíduos da construção civil: os gerados nas construções, reformas, reparos e demolições de obras de construção civil, incluindo os resultantes da preparação escavação de terrenos para obras civis;

•resíduos agrossilvopastoris: os gerados nas atividades agropecuárias e silviculturais incluídos os relacionados a insumos utilizados nessas atividades;

•resíduos de serviços de transportes: os originários de portos, aeroportos, terminai alfandegários, rodoviários e ferroviários e passagens de fronteira;

•resíduos de mineração: os gerados na atividade de pesquisa, extração o beneficiamento de minérios;

II - quanto à periculosidade:

•resíduos perigosos: aqueles que, em razão de suas características de inflamabilidade, corrosividade, reatividade, toxicidade, patogenicidade, carcinogenicidade, teratogenicidade e mutagenicidade, apresentam significativo risco à saúde pública ou à qualidade ambiental, de acordo com lei, regulamento ou norma técnica;

•resíduos não perigosos: aqueles não enquadrados na alínea “a”. Parágrafo único. Respeitado o disposto no art. 20, os resíduos referidos na alínea “d” do inciso I do caput, se caracterizados como não perigosos, podem, em razão de sua natureza composição ou volume, ser equiparados aos resíduos domiciliares pelo poder público municipal.

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3.2 OS RESÍDUOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL

São classificados RCC aqueles gerados através de processos de

construções, reformas, reparos e demolições de obra de construções civil, incluindo

os resíduos oriundos da preparação e escavação de terrenos de obras civis, sendo

genericamente caracterizados com constituição de tijolos, metais, pedaços de

concreto, blocos, bem como embalagens e outros tipos gerados nas obras.

De acordo com a resolução CONAMA 307, de 5 de julho de 2002, que

dispõe sobre a gestão dos resíduos da construção civil e estabelece diretrizes,

critérios e procedimentos para a gestão de tais resíduos, temos as seguintes

definições:

Resíduos da Construção Civil – São os provenientes de construções, reformas, reparos e demolições de obras de construção civil, e os resultantes da preparação e da escavação de terrenos, tais como: tijolos, blocos cerâmicos, concreto em geral, solos, rochas, metais, resinas, colas, tintas, madeiras e compensados, forros, argamassa, gesso, telhas, pavimento asfáltico, vidros, plásticos, tubulações, fiação elétrica etc., comumente chamados de entulhos de obras, caliça ou metralha;

Geradores – São pessoas, físicas ou jurídicas, públicas ou privadas, responsáveis por atividades ou empreendimentos que gerem os resíduos definidos nesta Resolução;

Transportadores – São as pessoas, físicas ou jurídicas, encarregadas da coleta e do transporte dos resíduos entre as fontes geradoras e as áreas de destinação;

Agregado reciclado – É o material granular proveniente do beneficiamento de resíduos de construção que apresentem características técnicas para a aplicação em obras de edificação, de infra-estrutura, em aterros sanitários ou outras obras de engenharia;

Gerenciamento de resíduos – É o sistema de gestão que visa reduzir, reutilizar ou reciclar resíduos, incluindo planejamento, responsabilidades, práticas, procedimentos e recursos para desenvolver e implementar as ações necessárias ao cumprimento das etapas previstas em programas e planos;

Reutilização – É o processo de reaplicação de um resíduo, sem transformação do mesmo;

Reciclagem – É o processo de reaproveitamento de um resíduo, após ter sido submetido à transformação;

Beneficiamento – É o ato de submeter um resíduo a operações e/ou processos que tenham por objetivo dotá-los de condições que permitam que sejam utilizados como matéria-prima ou produto;

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Aterro de resíduos classe A de reservação de material para usos futuros: é a área tecnicamente adequada onde serão empregadas técnicas de destinação de resíduos da construção civil classe A no solo, visando a reservação de materiais segregados de forma a possibilitar seu uso futuro ou futura utilização da área, utilizando princípios de engenharia para confiná-los ao menor volume possível, sem causar danos à saúde pública e ao meio ambiente e devidamente licenciado pelo órgão ambiental competente;

Área de transbordo e triagem de resíduos da construção civil e resíduos volumosos (ATT): área destinada ao recebimento de resíduos da construção civil e resíduos volumosos, para triagem, armazenamento temporário dos materiais segregados, eventual transformação e posterior remoção para destinação adequada, observando normas operacionais específicas de modo a evitar danos ou riscos a saúde pública e a segurança e a minimizar os impactos ambientais adversos.

Os resíduos da construção civil deverão ser classificados da seguinte forma:

CLASSE A – São os resíduos reutilizáveis ou recicláveis como agregados, tais como:

de construção, demolição, reformas e reparos de pavimentação e de outras obras de infraestrutura, inclusive solos provenientes de terraplanagem;

de processo de fabricação e/ou demolição de peças pré-moldadas em concreto (blocos, tubos, meios-fios etc.) produzidas nos canteiros de obras;

Classe B - são os resíduos recicláveis para outras destinações, tais como: plásticos, papel, papelão, metais, vidros, madeiras e gesso;

Classe C - são os resíduos para os quais não foram desenvolvidas tecnologias ou aplicações economicamente viáveis que permitam a sua reciclagem ou recuperação;

Classe D: são resíduos perigosos oriundos do processo de construção, tais como tintas, solventes, óleos e outros ou aqueles contaminados ou prejudiciais à saúde oriundos de demolições, reformas e reparos de clínicas radiológicas, instalações industriais e outros, bem como telhas e demais objetos e materiais que contenham amianto ou outros produtos nocivos à saúde.

Os resíduos da construção civil deverão ser destinados das seguintes formas:

Classe A: deverão ser reutilizados ou reciclados na forma de agregados ou encaminhados a aterro de resíduos classe A de reservação de material para usos futuros;

CLASSE B – Deverão ser reutilizados, reciclados ou encaminhados a áreas de armazenamento temporário, sendo dispostos de modo a permitir a sua utilização ou reciclagem futura;

CLASSE C – Deverão ser armazenados, transportados e destinados em conformidade com as normas técnicas especificas.

Classe D: deverão ser armazenados, transportados e destinados em conformidade com as normas técnicas específicas.

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Referindo-se a resolução CONAMA 307, a mesma foi alterada pela

resolução n°348 de 16 de agosto de 2004, onde é incluído o amianto na classe dos

resíduos perigosos – classe D, onde consta atualmente no artigo 3°, inciso IV da

própria 307.

Seguidamente, a resolução de n° 431 de 25 de maio de 2011, altera o

disposto no artigo 3°, incisos II e III da resolução 307 em destaque, modificando o

gesso quanto sua classificação, hoje fazendo parte da classe B dos resíduos da

construção civil.

Por fim, a última alteração da resolução 307/2002 foi realizada pela

resolução n°448 de 18 de janeiro de 2012, alterando então os artigos 2°, 4°, 5°, 6°, 8°,

9°, 10° e 11°, entretanto tais alterações não caracterizaram mudanças de classes de

resíduos como as alterações anteriores e são resumidas na tabela abaixo.

Tabela 1 - Classe dos Resíduos

Classe Característica Exemplo

A Recicláveis inertes Solo, argamassa, cerâmicos B Recicláveis não inertes Papeis, plásticos, metais, vidros C Sem tratamento comercial Isopor D Perigosos Tintas, solventes, óleos, amianto

A tabela acima apresenta a característica dos resíduos que leva a

separação por classes e o quadro abaixo mostra de forma mais segregada a

discriminação dos resíduos de forma mais abrangente.

Quadro 1 - Classe dos Resíduos

Tipos de RCC

Definição Exemplos Destinações

Classe A

Resíduos reutilizáveis ou

recicláveis como agregados

Resíduos de pavimentação e de outras obras de infraestrutura, inclusive solos provenientes de

terraplanagem; Resíduos de componentes cerâmicos (tijolos, blocos,

telhas, placas de revestimentos), argamassa e

concreto; Resíduos oriundos de processo de fabricação e/ou demolição de

peças pré-moldadas em concreto (blocos, tubos, meios-

Reutilização ou reciclagem na forma de agregados, ou encaminhados às áreas de

aterro de resíduos da construção civil, sendo

dispostos de modo a permitir a sua utilização ou reciclagem futura.

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fios) produzidas nos canteiros de obras.

Classe B

São os resíduos recicláveis para

outras destinações

Plásticos, papeis/papelão, metais, vidros, madeiras e

gesso.

Reutilização /reciclagem ou encaminhamento às áreas

de armazenamento temporário, sendo dispostos

de modo a permitir a sua utilização ou reciclagem

futura.

Classe C

São os resíduos para os quais não

foram desenvolvidas tecnologias ou

aplicações economicamente

viáveis que permitam a sua

reciclagem/ recuperação

Luvas, pincéis, rolos, lixas e discos diamantados.

Armazenamento, transporte e destinação final, conforme normas técnicas específicas.

Classe D

São os resíduos perigosos

oriundos do processo de construção

Tintas, solventes, óleos e outros, ou aqueles

contaminados oriundos de demolições, reformas e reparos

de clínicas radiológicas, instalações industriais e outros.

Armazenamento, transporte, reutilização e destinação

final conforme normas técnicas específicas.

3.3 GERADORES DE RESÍDUOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL

Segundo a resolução CONAMA 307 os geradores são classificados

como pessoas físicas ou jurídicas, públicas ou privadas, que sejam responsáveis por

ações, atividades, ou empreendimentos que gerem os resíduos da construção civil.

Partindo desse pressuposto, é possível a partir deste plano, classificar dois tipos de

geradores: o pequeno gerador e o grande gerador.

Abaixo, segue os critérios de classificação dos geradores citados

anteriormente:

Pequenos geradores de resíduos da construção civil

A partir desse plano são considerados pequenos geradores de resíduos

da construção civil todos os indivíduos públicos, privados, físicos ou jurídicos que

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atendam ao seguinte parâmetro de enquadramento, sendo este definido da seguinte

forma: caso a área correspondente à obra – nova, reforma, ampliação ou demolição

– seja menor ou igual a 30m².

Grandes geradores de resíduos da construção civil

A partir desse plano são considerados grandes geradores de resíduos

da construção civil todos os indivíduos públicos, privados, físicos ou jurídicos que

atendam ao seguinte parâmetro de enquadramento, sendo este definido da seguinte

forma: caso a área correspondente à obra – nova, reforma, ampliação ou demolição

– superior a 30m².

3.4 RESERVAÇÃO DE RESÍDUOS

Quando é citado o processo de disposição segregada dos resíduos da

construção civil em ambiente adequado e de forma correta, pode-se apresentar tal

operação como reservação de resíduos.

3.5 DISQUE COLETA PARA PEV (PONTO DE ENTREGA VOLUNTÁRIA)

“Disque Coleta” número de telefone dedicado para atender solicitações

de retirada dos materiais das PEV’s. As PEV’s são pontos de coleta de materiais de

RCC, volumoso e recicláveis dispostos na cidade para entrega de pequenos volumes.

Os pontos de entrega para pequenos volumes, serão instalados ficando à disposição

dos munícipes visando atender à solicitação de coleta de pequenos volumes de

resíduos da construção civil, resíduos volumosos e recicláveis, por meio do

acionamento do transportador público.

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3.6 EQUIPAMENTOS DE COLETA DE RCC-RV

Os equipamentos de coleta de resíduos da construção civil e resíduos

volumosos são dispositivos utilizados para a coleta e posterior transporte de resíduos,

tais como caçambas metálicas estacionárias, caçambas basculantes instaladas em

veículos autopropelidos, carrocerias para carga seca e outros, incluídos os

equipamentos utilizados no transporte do resultado de movimento de terra.

3.7 ECOPONTO

A resolução CONAMA em seu artigo 6º apud – gestão de resíduos da

construção civil, preconiza que deverá constar no plano municipal de gestão o

cadastramento de áreas públicas ou privadas, destinadas à atração e triagem dos

resíduos de pequenos geradores. Neste plano essas áreas serão denominadas de

Ecopontos.

Os pontos de entrega para pequenos volumes – ecopontos – são as

ferramentas públicas destinadas ao recebimento de pequenos volumes de RCC-RV,

gerados e entregues pelos munícipes. Os resíduos podem ser coletados e entregues

por pequenos transportadores diretamente contratados pelos geradores. Quanto aos

equipamentos e ferramentas, sem causar danos à saúde pública e ao meio ambiente,

devem ser utilizados para a triagem de resíduos recebidos, posteriormente a coleta

diferenciada e depois a remoção para disposição de forma adequada.

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3.8 ÁREA DE TRANSBORDO E TRIAGEM (ATT)

A área de transbordo e triagem de resíduos da construção civil se

caracteriza como uma instalação destinada a captação dos resíduos de grandes

geradores e pequenos geradores compromissados com a sua total triagem. Esse

estabelecimento destinam-se ao recebimento de RCC-RV gerados e coletados por

agentes públicos e/ou privados, tendo em seus processos, ferramentas e

equipamentos um sistema de serviço que não cause danos à saúde pública e ao meio

ambiente. Além de todas especificações anteriores a ATT conta com o beneficiamento

e posterior remoção para adequada disposição e/ou uso, conforme especificações da

Norma Brasileira (NBR) 15.112/2004, e NBR 15,114/2004 da ABNT (Associação

Brasileira de Normas Técnicas).

3.9 TRANSPORTADORES DE RCC-RV

Os Transportadores de RCC-RV são caracterizados como pessoas

físicas ou jurídicas, públicas ou privadas, encarregadas da coleta e do transporte

remunerado – ou não – dos resíduos entre as fontes geradoras até as áreas de

destinação. Os transportadores são reconhecidos como ação privada de coleta

regulamentada, sendo assim, devem se submeter às diretrizes e à ação da gestão do

poder público municipal, devendo ser cadastrados pelo departamento responsável na

diretoria de meio ambiente e/ou na secretaria de obras do município, conforme

regulamentação específica.

O transporte deverá ser realizado em conformidade com as etapas

anteriores e de acordo com as normas técnicas vigentes para o transporte de

resíduos.

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Todo transportador de RCC-RV deverá portar a autorização de tráfego,

emitida pela secretaria de planejamento/obras e/ou diretoria do meio ambiente para

cada obra autorizada – pública ou privada – e/ou o Controle de Transporte de Resíduo

(CTR) emitida pelo transportador em 3 (três) vias.

3.10 CONTROLE DE TRANSPORTE DE RESÍDUOS (CTR)

O CTR é um documento emitido pelo transportador de resíduos que

fornece informações sobre gerador, origem, quantidade e descrição dos resíduos e

seu destino, além data do início, o término da movimentação e a classificação – com

3 opções – do material transportado: material de terraplenagem, resíduos recicláveis,

ou rejeitos da construção civil.

O CTR é um documento emitido pelo transportador de resíduos que

fornece informações sobre gerador, origem, quantidade e descrição dos resíduos e

seu destino, além da data do início, o término da movimentação e a classificação que

deverá ser avaliada dentro de 3 opções quanto ao material transportado: material de

terraplenagem, resíduos recicláveis ou rejeitos da construção civil.

A CTR é emitida em 3 vias para fins de controle do gerador, do

transportador e da ATT que receberá o resíduo. Caso a verificação do RCC-RV não

coincida com o apresentado na CTR, um adendo será acrescentado no mesmo

documento.

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3.11 RECEPTORES DE RESÍDUOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL E DE

RESÍDUOS VOLUMOSOS

Receptores de resíduos da construção civil e de resíduos volumosos se

tratam de pessoas jurídicas, públicas ou privadas, operadoras de empreendimentos,

cuja função seja o manejo adequado de resíduos da construção civil e resíduos

volumosos em pontos de entrega, áreas de triagem, áreas de reciclagem e aterros,

entre outras.

3.12 DEPÓSITO CLANDESTINO OU BOTA-FORA

É uma área procedente da disposição irregular de resíduos executada,

principalmente, por empresas privadas de transporte de RCC-RV, o qual utilizam

grandes áreas sem licenças ambientais ou com consentimento tácito, ou explicito, das

administrações locais.

Áreas de bota fora, podem ser considerados pelos mesmos aspectos dos

depósitos clandestinos, porém em áreas menores, geralmente com disposição não só

de transportadores, mas também de pequenos geradores dos arredores de tais áreas.

As áreas geralmente utilizadas para essas ações irregulares são beiras de estradas

intermunicipais, beiras de terrenos abandonados e margem de áreas verdes nos

arredores da cidade, em bairros afastados ou terrenos baldios.

3.13 INSALUBRIDADE

Segundo a Consolidação das Leis de Trabalho (CLT) lei 6.5144 de 22

de dezembro de 1977 em seu artigo 189 diz:

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Serão consideradas atividades ou operações insalubres aquelas que, por sua natureza, condições ou métodos de trabalho, exponham os empregados a agentes nocivos à saúde, acima dos limites de tolerância fixados em razão da natureza e da intensidade do agente e do tempo de exposição aos seus efeitos.

3.14 ATERRO DE RESÍDUOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL

A resolução CONAMA nº 307/2002 preconiza que fica proibido os

depósitos clandestinos, os bota-foras e a disposição final dos resíduos da construção

civil em aterros de resíduos domiciliares.

O aterro de resíduos da construção civil se define pelo estabelecimento

onde são empregadas técnicas de disposição adequadas de RCC de origem mineral,

de forma que tal disposição possibilite a reservação dos materiais, sendo possível

posteriormente seu uso no futuro ou ainda, a disposição destes materiais com vistas

à futura utilização da área.

No aterro de RCC são empregados princípios de engenharia para

confiná-los com a melhor logística possível, resultando em um volume menor e

otimizando o espaço utilizado dentro do aterro, sem causar danos à saúde pública e

ao meio ambiente, conforme especificações da norma brasileira NBR 15.113/2004 da

ABNT.

3.15 BANCO DE ÁREAS PARA ATERRAMENTO

São áreas cadastradas para o recebimento de resíduo classe A, neste

caso específico esse resíduo passa a ser considerado matéria prima para o

alteamento de cota. O banco de áreas para aterramento é composto de lotes ou

pequenos espaços urbanos, públicas ou particulares, que necessitem de aterramento

de seus relevos, dentro de normas específicas e que não comprometam o meio

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ambiente e em caráter definitivo e de forma adequada, com vistas à implantação

posterior de outra atividade urbana.

Para a implantação desse banco de áreas além do cadastro das áreas

disponíveis para aterramento, e as que possam ter a solicitação de alteamento, deve

conter critérios corretos para atender à demanda de materiais limpos, definição das

responsabilidades e procedimentos para o licenciamento e execução do aterramento.

Também deve ser exigido dos responsáveis pelas obras o uso exclusivo dos resíduos

classe A, adequadamente triados nas instalações do novo sistema de gestão, não

sendo possível a utilização de RCC sem a devida triagem.

3.16 ALIMENTADORES

Os alimentadores são dispositivos como correias, ou esteiras utilizados

para a alimentação de matérias primas/insumos nas correspondentes etapas do

processo. Existem diversos tipos de alimentadores e a escolha dos mesmos

dependerá das características construtivas do equipamento alimentador, forma de

operação, tipo e quantidade de material a ser alimentado.

3.17 FRAGMENTAÇÃO DE SÓLIDOS

É a operação que tem por objetivo a redução do tamanho de um

determinado material sólido, podendo este ser matéria prima, insumo ou produto nas

diversas etapas de um processo de transformação. Existe uma grande diversificação

de equipamentos relacionados a fragmentação de sólidos, os quais podem ser

classificados de acordo com a redução do tamanho das partículas em grossos, médios

e finos.

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3.18 PROCESSOS DE SEPARAÇÃO

Os processos de separação são etapas utilizadas na triagem dos

materiais provindos do RCC coletado. Esse tipo de processo utiliza fenômenos físicos

para sua realização, são provindos de equipamentos específicos que podem variar

suas características conforme o tipo de material a ser separado. As etapas que se

utiliza a separação é possível encontrar o processo de peneiramento e de separação

magnética.

3.19 PENEIRAMENTO

O peneiramento é um tipo de processo de separação mecânica, onde

tem como objetivo separar os materiais sólidos granulados através de peneiras

especificas para cada tipo de granulação escolhida na etapa. Os principais tipos de

peneiras para o processo de RCC são as peneiras vibratórias, rotativas e a grelha.

3.20 PENEIRA VIBRATÓRIA E ROTATIVA

A peneira rotativa é uma ferramenta utilizada para a separação mecânica

dos materiais. Quando a separação manual dos resíduos acaba sendo ineficiente por

questões de gerenciamento de tempo e mão de obra é utilizado no processo a peneira

rotativa, ela tem como objetivo a separação dos materiais recicláveis – sacos e

plásticos – dos resíduos da construção civil.

A peneira vibratória consiste de uma ferramenta para separar os

materiais em granulometrias diferentes de forma que eles possam ser utilizados como

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matéria prima de outros produtos, ou seja, a peneira vibratória serve para separar o

material triturado em tamanhos diferentes para ser coprocessado em outro material.

3.21 GRELHA VIBRATÓRIA

Grelha vibratória é o equipamento que tem como objetivo separar as

pedras menores na alimentação de britadores e rebritadores. Tal processo permite

que as máquinas de britagem não tenham acúmulo de matéria fina entre seus

mecanismos permitindo assim que os equipamentos trabalhem em seus níveis

máximos de capacidade, melhorando a eficiência da produção e processamento do

material a ser britado.

3.22 SEPARADOR MAGNÉTICO

Os separadores magnéticos são equipamento eletro mecânicos que tem

como função separar os materiais de que contenham metais ferrosos contidos em sua

composição. Geralmente utilizados após a britagem dos resíduos, os mesmos que

passam por uma esteira onde o separador magnético poderá estar suspenso, atraindo

os metais e retirando-os da material granulado. A potência do separador magnético

vai depender da necessidade de seu uso, sendo assim para cada potência de um

separador desse tipo, existe determinados pesos e tamanhos de metais que podem

ser separados.

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3.23 BRITADORES

Para diminuir o tamanho dos materiais a serem trabalhados é utilizado o

britador. O processo de trituração envolve energia mecânica de caráter compressivo,

ou de impacto. Alguns tipos de britadores mais utilizados são: britador de mandíbulas

e britador de rolos. Os britadores são equipamentos usados para a redução grosseira

de grandes quantidades de sólidos como argamassa, tijolos, concreto e alvenaria em

geral.

4 DIAGNÓSTICO EM TORNO DA GERAÇÃO DE RESÍDUOS DA

CONSTRUÇÃO CIVIL

Este capítulo apresenta o diagnóstico referente ao crescimento da área

urbana de Salto de Pirapora e a correspondente relação que o mesmo possui com a

geração de resíduos da construção civil e volumosos.

Para que tal etapa fosse realizada com sucesso, foi necessário

considerar alguns elementos importantes para a análise sendo os seguintes:

Descrição da fonte geradora de RCC-RV;

Avaliação da geração de RCC;

Reconhecimento da capacidade de geração de RCC-RV através

dos prestadores de serviço no ano de 2013 – privados e

particulares;

Análise do sistema de logística utilizado pelo prestador de serviço

público;

Avaliação do processo de coleta de RCC-RV;

Análise referente à disposição dos resíduos da construção civil,

utilizando a comparação entre as quantidades de RCC gerados –

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através dos alvarás emitidos – e o total de resíduos coletados

pelos prestadores de serviço público e privado e;

Estimativa do potencial econômico relacionado a gestão

municipal do RCC-RV.

4.1 DESCRIÇÃO DA FONTE GERADORA DE RCC-RV

Fazendo limite com Votorantim, Piedade, Araçoiaba da Serra, Sarapuí,

Pilar do Sul e Sorocaba o município de Salto de Pirapora encontra-se na micro região

de Sorocaba, sendo esse um dos principais polos metal mecânico do estado. O

município é ligado pelas rodovias João Leme dos Santos SP-264, Rodovia Francisco

José Ayub e Rodovia João Guimarães. Situado a margem esquerda do rio Pirapora,

o município fica a 121 km da cidade de São Paulo.

Possuindo uma área de 280,31Km², o município de Salto de Pirapora

apresenta hoje, através de projeções do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e

Estatística) para o ano de 2013 uma densidade demográfica de 152,20 habitantes/km²

perfazendo um total de 42.710 habitantes, sendo que desse montante 78% reside em

área urbana e o restante 21,61% residem na área rural do município. Salto de Pirapora

possui um sistema intermunicipal de transporte para atender a demanda de entrada e

saída de pessoas da cidade, que geralmente possuem emprego nas cidades vizinhas

ou estudam em universidades de Sorocaba.

Um dos destaques que estão entre o município de Salto de Pirapora e

Sorocaba é a UFSCAR (Universidade Federal de São Carlos), inaugurada

recentemente (2008) que possui cursos considerados únicos no país, o que possibilita

uma grande procura de imóveis para estudantes na cidade.

Segundo dados do SEADE (Fundação Sistema Estadual de Análise de

Dados) de 2009 a renda per capta da população era de 12.095,96 em reais correntes,

distribuídos em uma população de 40.639 habitantes. Através de dados obtidos pelo

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mesmo instituto, em 2011 a distribuição da população era de 42.710 habitantes com

um PIB (Produto Interno Bruto) que totaliza o valor de 595.930.000.000 em reais

correntes, tendo assim o valor per capta de 14.709,00 em reais correntes ao ano.

Sendo assim, em dois anos tivemos um incremento de 2.071 habitantes e um aumento

na renda per capta de 2.613,04 em reais correntes.

As questões ligadas ao resíduos da construção civil estão diretamente

envolvidas com todo o desenvolvimento socioeconômico de uma cidade ou região,

havendo sempre uma equivalência proporcional quanto ao crescimento e geração de

resíduos. Partindo desse pressuposto, é notável o aumento de problemas, destacando

problemas ambientais relacionados ao desenvolvimento das cidades brasileiras, o que

pode em médio e longo prazo causar grandes prejuízos ao país e consequentemente

a toda população aqui residente.

Em 1981 segundo levantamento obtido pelo Seade a população de Salto

de Pirapora era de 15.319 habitantes, já em 2014 segundo o mesmo instituto o número

de habitantes é de 41.384. Utilizando-se dos mapas de 1981 – cedido pelo setor de

planejamento e obras – e de 2010 – disponibilizado pelo plano diretor de 2010 –

podemos visualizar a expansão física da cidade através das imagens abaixo.

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Figura 1 - Mapa de 1981

Fonte 1 – Mapa de Expansão Urbana 81

Figura 2 - Mapa de 2010

Utilizando como orientação principal os mapas figuras 01 e 02 expostas

anteriormente, é notável a visualização da expansão da cidade, resultando em

diversos novos bairros como Jd (Jardim) St (Santa) Helena, Jd Madalena, Jd Daniel

D Haddad, Jd Alvorada, Jd Ilha das Flores, Jd Ana Guilherme, Jd Amélia, Jd Conde

Matarazzo, Jd Vera Lúcia, Jd Floriano, Jd Agenor, Jd Maria Clara, Jd Teixeira, Jd

Áurea, Jd Elizabeth, Jd Cachoeira, Recanto São Manoel I e II, Distrito Industrial I e II.

Atualmente existem diversos loteamentos novos e em fase de

finalização na cidade o que confirma uma expansão residencial dentro do município.

Tal crescimento derivado também do plano diretor municipal, juntamente das

ampliações e reformas de imóveis já existentes, bem como a construção de novos

empreendimentos e imóveis que atendam a demanda de moradia dos cidadãos,

podem afirmar que a cidade possui um grande potencial de geração de resíduos.

Avaliando tais pontos citados, faz-se necessário que o município de

Salto de Pirapora, observando toda a complexidade da problemática em torno dos

resíduos da construção civil, desenvolva ferramentas e mecanismos que contribuam

para a redução de geração de RCC, bem como processos para melhor

reaproveitamento dos mesmos. Para que haja pleno funcionamento de tais programas

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de redução, bem como uso das ferramentas criadas pelo município faz-se necessário

a utilização desse plano como instrumento de direção, podendo este nortear todo o

processo de implantação descrito no cronograma deste plano.

Além de todo processo de instalação de infra estrutura, a logística e os

planos de ação, os programas de informação ambiental da população enfatizando a

preservação de áreas verdes, bem como a disposição correta do resíduos da

construção civil, são indispensáveis na gestão dos resíduos do município de Salto de

Pirapora.

4.2 AVALIAÇÃO DA GERAÇÃO DE RCC

Além da diferentes origens dos RCC, estes também apresentam

elementos de diferentes naturezas, tais como: solo, rocha, concreto armado ou não,

argamassa de cimento e cal, metais, madeiras, dentre outros. Estes elementos

apresentam-se em diferentes proporções e dependem basicamente, da origem do

RCC, da fase da obra, da tecnologia construtiva e da natureza da construção.

É possível encontrar nas literaturas referente ao tema, diversas

definições para os tipos de resíduos da construção civil e demolição. Uma grande

parte dos autores, entre eles (apud ZORDAN 1997, p.7), diz que RCC são resíduos

sólidos não contaminados, provenientes de construção, reforma, reparos e demolição

de estruturas e estradas, e resíduos sólidos não contaminados de vegetação,

resultantes de limpeza e escavação de solos. Como resíduos, incluem-se, mas não

limitam-se, blocos, concreto e outros materiais de alvenaria, solo, rocha, madeira,

forros, argamassa, gesso, encanamentos, telhas, pavimento asfáltico, vidros,

plásticos que não camuflem outros resíduos, fiação elétrica e equipamentos que não

contenham líquidos perigosos e metais que estiverem num dos itens acima.

Segundo a resolução CONAMA 307 em seu artigo número 2 e primeiro

parágrafo diz:

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Resíduos da construção civil: são os provenientes de construções, reformas, reparos e demolições de obras de construção civil, e os resultantes da preparação e da escavação de terrenos, tais como: tijolos, blocos cerâmicos, concreto em geral, solos, rochas, metais, resinas, colas, tintas, madeiras e compensados, forros, argamassa, gesso, telhas, pavimento asfáltico, vidros, plásticos, tubulações, fiação elétrica etc., comumente chamados de entulhos de obras, caliça ou metralha.

4.2.1 Estudo dos alvarás

Esta parte do plano foi elaborada através da análise dos alvarás emitidos

em 2013 disponibilizados pelo setor de planejamento e obras, discriminados por

imóveis residenciais e industriais, e ainda os do perímetro urbano e rural. A

quantificação e a qualificação dos dados foram embasados em diversos autores

dentre muitas pesquisas realizadas e visitas a campo e acompanhamento do trabalho

de geração dos RCC’s no município.

Segundo o controle de autorizações de construções, reformas e

ampliações emitidas pela secretaria de obras do município, utilizados como base dos

dados para a metodologia citada neste plano, é possível contabilizar no ano de 2013

o total de uma área de 38.697,8 m². Para desenvolvimento dos cálculos esse valor foi

multiplicado pela média de geração citada por Pinto (1999) especificada em 150kg/m².

A partir desse primeiro cálculo temos uma estimação do total de RCC gerado em kg,

perfazendo o valor de 5.804.670kg ou aproximadamente 6.000ton. Utilizando os

mesmos estudos do cálculo anterior, que apresenta uma média de 1.200kg para cada

1m³ de resíduo de construção civil gerado, foi dividido o total do resíduo gerado pelo

valor do peso médio de uma caçamba 5m³ (8.000kg) o cálculo estimou a quantia de

aproximadamente 725 caçambas geradas pelas obras residenciais da zona urbana

no município.

Aplicando a mesma metodologia para as área rurais obtêm-se

2.224,42m² que por sua vez multiplicado pela média de geração por m² (150kg/m²) e

dividido pela média do peso das caçambas de 5m³ foi obtido resultado de 41

caçambas geradas nas construções autorizadas dentro das áreas rurais. Já nas áreas

industriais que perfazem um total de 1.916,16m² obteve-se a estimativa de 35

caçambas de 5m³ através da metodologia apresentada aqui neste plano.

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Os dados contabilizados para o ano de 2013 considerou a literatura

utilizada neste plano, tem-se então a autorização de construções, reformas e

ampliações para uma área de 38.697,8m². Multiplica-se esse valor por 150kg sendo

este a quantia em peso por m² e obteve-se 5.804.670kg, ou 5.804, 67ton. Divide-se

esse valor por 8ton – 8.000kg – que é o peso médio de uma caçamba – levando-se

em consideração que cada m³ pesa em torno de 1.200kg – e obteve-se 725 caçambas

geradas pelas obras residenciais da zona urbana.

Aplicando a mesma metodologia para a zona industrial e área rurais

obteve-se 2.224,42m² multiplicado por 150kg e dividido por 8ton resultando em 41

caçambas. Para áreas rurais utilizou-se a medida de 1.916,16m², aplicando a mesma

metodologia obteve-se 35 caçambas para as áreas industriais respectivamente.

Alguns autores enfatizam que a origem e composição dos RCC’s provém

de várias fontes e de acordo com Pinto e Gonzáles (2005), a grande quantidade de

resíduos, ou a maioria possuem origem em reformas, ampliações e demolições. Ainda

segundo Pinto ele demonstra que alguns municípios brasileiros uma geração de 75%

dos resíduos da construção civil são provenientes de construções informais – obras

não licenciadas, enquanto 15 a 30% são oriundas de obras formais – licenciadas pelo

poder público.

4.2.2 Estimativa do prestador de serviço público

Esta etapa do plano foi elaborada através da análise das solicitações de

caçambas ao setor público, bem como entrevistas no setor responsável pelo envio e

coleta das caçambas aos endereços de solicitação. Após entrevista com todos

envolvidos foi necessário o levantamento dos registros referentes a quantidade,

localização e composição dos resíduos coletados pelo prestador de serviços público.

Os resultados são apresentados ainda neste, posteriormente, contendo dados

imprescindíveis para a formulação do diagnóstico deste plano.

Segundo os dados disponibilizados pelo pátio onde o prestador de

serviço público tem sua sede, foram contabilizados todos os serviços de coleta

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prestados aos munícipes o que totalizou em 586 registros do serviço de coleta de

RCC-RV através das caçambas do serviço público. Esses dados foram separados de

acordo com os bairros do município e servirão posteriormente para análises e

demonstrativos específicos para esse plano.

O poder público disponibiliza o serviço de um caminhão com caçamba

para o atendimento à população após aprovação do setor de assistência social da

prefeitura. Através de uma entrevista com um assistente social o candidato deve

apresentar comprovantes de renda e as possibilidades financeiras em que se

encontra. Após a constatação da necessidade da caçamba e a impossibilidade do

munícipe arcar com os devidos custos para a retirada do RCC-RV por meio de

serviços particulares o assistente social encarrega o serviço público para tal tarefa.

Esse tipo de coleta através de entrevista ocorre há muitos anos no município, sendo

o serviço de mão de obra – encaminhamento e coleta das caçambas – desenvolvido

pelo mesmo funcionário a mais de 10 anos, o que agregou informações importantes

a respeito deste estudo.

O volume e a composição das caçambas – que em muitos casos não

completam a carga total – segundo o que foi relatado em entrevista é de 10m³ de

entulho sendo estes 70% composto de terra, argamassa, tijolo, blocos, pisos e outros

resíduos pertencentes a classe A, 25% compondo os resíduos da classe B e 5%

classe D. Os resíduos volumosos integram 5m³, os resíduos de podas totalizam 5m³

e os inservíveis perfazem 5m³. A destinação desses resíduos são semelhantes, pois

todos são levados para o aterro controlado fazendo diferenciação apenas para os

inservíveis que possuem uma destinação diferenciada, ou seja, são dispostos

diretamente nas células de disposição.

Pode-se representar esses dados através do seguinte gráfico.

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Gráfico 1 - Prestador Público

Fonte 2 - Pátio de Obras

4.2.3 Estimativa do prestador de serviço privado

Esta etapa contemplou todo um diagnóstico elaborado e realizado

diretamente das informações do prestador de serviço privado. Foi disponibilizado pelo

mesmo, através de entrevista e carta protocolada pelo setor responsável da prefeitura

municipal, os dados referente a quantidade de resíduos recolhidos em m³ pela

empresa, bem como especificação dos tipos de resíduos recolhidos em “%” e a

destinação final para os mesmos. O município de Salto de Pirapora, possui apenas

uma empresa prestadora desse tipo de serviço, o que trouxe ao diagnóstico um melhor

controle sobre os resíduos da construção civil gerados.

Através dos dados disponibilizados pela administração do prestador de

serviço privado – em um documento enviado para a diretoria de meio ambiente da

cidade – é apresentado as gerações do ano de 2013 para os resíduos coletados pela

empresa Jose Roberto de Carvalho & CIA LTDA – ME. Segundo levantamento da

empresa, foram coletados 8.000m³ sendo distribuídos da seguinte forma:

4.800m³, ou seja, 60% do total de resíduos sendo englobados os

resíduos de reformas, demolições de obras, escavação de

Entulho40%

Podas20%

Inservíveis20%

Volumosos20%

RCC

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terrenos, dentre outros e tiveram sua destinação a áreas

particulares – através de doação – para arrumação de estradas;

3.200m³, ou seja, 40% do restante dos resíduos subdivididos em:

15% de resíduo comercial como papel, papelão,

embalagens plásticas. Esses resíduos foram doados para a

empresa Só Alegria e carrinhos de reciclagem;

5% em resíduos não recicláveis;

20% em resíduos como galhos de árvore, madeiras dentre

outros, os quais foram doados para olarias.

Através do levantamento desses dados com o prestador de serviços

privados delimita-se a quantia de caçambas geradas por dia no município, ou seja,

divide-se o valor total de resíduos coletados em m³ ao ano, pelos dias oficialmente

trabalhados, ou seja, 8.000m³ dividido por 260 dias onde temos 30,77m³, onde divide-

se pela capacidade de carga das caçambas que é de 5m³ e temos 6 caçambas diárias

sendo coletada pelo prestador de serviço privado.

Pode-se visualizar no gráfico abaixo a distribuição dos resíduos de forma

mais didática:

Gráfico 2 - Prestador Privado

Fonte 3 - Empresa Jose Roberto de Carvalho & CIA LTDA – ME

Embora a destinação do prestador de serviço privado tenha sido

especificada no relatório enviado pela administração da empresa, o mesmo possui um

Entulho60%

Podas20%

Recicláveis15%

Não Recicláveis

5%

RCC

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local onde está sendo obtido licença para implementar o tratamento do RCC que ainda

não é feito no momento.

4.2.4 Total da coleta dos prestadores

Após aplicação da metodologia para o diagnóstico, levando em

consideração a quantia de RCC-RV coletados utilizando como unidade de medida a

caçamba coletora de RCC, foi obtido através da análise dos dados do setor público

responsável pelo serviço e também pelos dados do setor privado o valor total de 2186

caçambas sendo desse montante 586 caçambas recolhidas pelo setor público e o

restando, 1600 caçambas de responsabilidade do setor privado.

Os dados obtidos pelo setor público foram retirados do controle do

serviço de caçambas a população, dessa forma foi possível contabilizar a quantia

exata de caçambas disponibilizadas, o que representa 26,8% do total de caçambas

geradas. Em contra partida os dados obtidos do setor privado, foram repassados do

controle direto do dono do empreendimento ao banco de dados desse plano, o que

somou o total de 73,2% do total de caçambas coletadas.

4.2.5 Comparativo do crescimento físico municipal

O mapa da cidade foi dividido em setores para a melhor compreensão

dos bairros alocados e a geração dentro deles, assim sendo a figura abaixo elucida a

forma de setorização atribuída ao mapa.

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Figura 3 - Mapa dos Setores

Fonte 4 – Mapa do Plano Diretor Alterado

Utilizando-se das figuras dos mapas de 1981 e 2010 que foram

subdivididos anteriormente em setores, nota-se o crescimento da cidade através das

ampliações dos bairros do setor 01.

Figura 4 – Mapa 1981

Fonte 5 - Mapa do Plano Diretor Alterado

Figura 5 – Mapa 2010

Verifica-se através desses mapas que houve o aumento de mais 3

bairros na cidade dentro do setor 1, sendo eles o Jd Santa Helena, o Jd Daniel David

Hadad e o Jd Madalena.

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As próximas figuras apresentam o setor 2 e seus respectivos mapas.

Figura 6 - Mapa 1981

Fonte 6 – Mapa do Plano Diretor Alterado

Figura 7 - Mapa 2010

Esse mapa mostra o crescimento da cidade através de 2 bairros, o Jd

Alvorada, e o Jd Ana Guilherme.

Adiante apresenta-se os mapas do setor 3 e seus bairros.

Figura 8 - Mapa 1981

Fonte 7 - Mapa do Plano Diretor Alterado

Figura 9 - Mapa 2010

Nota-se o surgimento de vários bairros nesse setor, visto que ele está

próximo ao centro e a tendência de urbanização parte do marco zero da cidade esses

bairros se apresentam com os seguinte nomes: Jd Alexandre, Jd Amélia, Ilha das

Flores, Jd Conde Matarazzo e Jd Vera Lúcia.

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No setor 4 os bairros que adicionaram ao inventário da cidade são

apresentados nas figuras abaixo.

Figura 10 - Mapa 1981

Fonte 8 - Mapa do Plano Diretor Alterado

Figura 11 - Mapa 2010

Este é um dos poucos setores onde a visualização da expansão urbana

é mais nítida através dos mapas e os bairros que preenchem o espaço em branco são

os bairros Jd Maria Clara, Jd Teixeira dos Santos e Jd Agenor Leme dos Santos.

Logo a seguir visualiza-se as figuras dos mapas relativos aos setores 5

e 6 com a adição dos bairros nos mesmos.

Figura 12 - Mapa 1981

Fonte 9 - Mapa do Plano Diretor Alterado

Figura 13 - Mapa 2010

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Figura 14 - Mapa 1981

Fonte 10 - Mapa do Plano Diretor Alterado

Figura 15 - Mapa 2010

Os setores 5 e 6 contam com a adição dos bairros Jd Cachoeira,

Recanto São Manoel I, II e o Distrito Industrial I, II respectivamente.

4.2.6 Estimativa através dos alvarás

Para a classificação dos setores foi levado em consideração a

proximidade dos bairros e o agrupamento das ruas da cidade, resultando então nas

seguintes classificações:

Setor 1: Jd Santa Helena, Jd Campo Largo, Jd Madalena, Jd Xavier, Jd

São Carlos;

Setor 2: Jd Avenida, Jd São Joao, St Maria, Jd Primavera, Jd Alvorada,

Jd Ana Guilherme;

Setor 3: Jd Alexandre, Jd Silva Barros, Jd Ilha das Flores, Jd Cidade

Nova, Centro, Jd Bela Vista, Jd Áurea, Vila Floriano;

Setor 4: Jd Maria Clara, Jd Teixeira, Jd Agenor, Jd Elizabeth;

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Setor 5: Jd América, Jd Bandeira, Jd Cachoeira, Jd Paulistano;

Setor 6: Jd São Manoel, Zona Industrial, Jd São Francisco.

Através da divisão por setores foi realizado o levantamento dos registros

de alvarás constando autorizações de ampliação, reformas, demolição e construção,

obtendo-se assim os seguintes resultados apresentados nas tabelas e representados

no gráfico abaixo por m².

Tabela 2 – Setor 1

Bairro m²

Jd Santa Helena Jd Campo Largo Vila Madalena Vila Xavier Jd São Carlos

3.391,85 2.251,26

391,18 455,00

1.055,06

Total 7.544,35

Fonte 11 – Secretaria de Obras e Planejamento

Os bairros comtemplados pelo setor 1 teve uma quantificação de

7.544,35m² de autorização de construções, reformas e ampliações no ano de 2013.

Tabela 3 – Setor 2

Bairro m²

Jd Avenida Jd São João Jd St Maria Jd Primavera Jd Alvorada Jd Ana Guilherme

420,00 1.168,00

648,03 128,62

1.765,61 1.208,65

Total 5.339,01

Fonte 12 – Secretaria de Obras e Planejamento

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O setor 2 teve como área permitida para as ampliações de 5.339,01 para

o ano de 2013.

Tabela 4 – Setor 3

Bairro m²

Jd Alexandre Jd Silva Barros Jd Ilha das Flores Jd Cidade Nova Centro Jd Bela vista Jd Áurea Jd Floriano

734,36 236,72

3.415,06 628,91

4.447,14 735,10 834,24

4.656,16

Total 16.367,71

Fonte 13 – Secretaria de Obras e Planejamento

O setor 3 contabilizou 16.367,71m² autorizados pelo setor de

planejamento e obras da cidade.

Tabela 5 – Setor 4

Bairro m²

Jd Maria Clara Jd Teixeira Jd Agenor Jd Elizabeth

311,39 74,36

1.447,03 185,75

Total 2.268,53

Fonte 14 – Secretaria de Obras e Planejamento

O Setor 4 teve 2.268,53m².

Tabela 6 – Setor 5

Bairro m²

Jd América Jd Bandeira Jd Cachoeira Jd Paulistano

1.309,22 1.118,44 1.466,01

635,15

Total 4.528,82

Fonte 15 – Secretaria de Obras e Planejamento

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O setor 5 por sua vez teve 4.528,82m²

Tabela 7 – Setor 6

Bairro m²

Jd São Manoel I e II Zona Industrial I e II Jd São Francisco

483,60 3.389,82 2.085,90

Total 5.959,32

Fonte 16 – Secretaria de Obras e Planejamento

O setor 6 ficou com 5.959,32.

Visualizamos a geração das emissões de alvarás para as construções

de forma mais didática no gráfico abaixo.

Gráfico 3 – Geração por Setores

Fonte 17 – Secretaria de Obras e Planejamento

Percebe-se na visualização do gráfico que o setor que possui maior

quantidade de obras relativas a ampliação, reforma, construção e demolição (em m²),

é o setor 3. Isso se dá pelo fato desse setor ter sua maior parte localizada no centro

da cidade, apresentando maior número de estabelecimentos comerciais e quantidade

maior de ampliações. É possível relacionar tais dados com o nível de eficiência e

Setor 118%

Setor 213%

Setor 339%

Setor 45%

Setor 511%

Setor 614%

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eficácia da fiscalização, que possui grande participação nas áreas centrais, o que

eleva o pedido de regularização de obras dentro do setor.

4.2.7 Correlação entre o total coletado e o total dos alvarás

Utilizando-se da metodologia aplicada acima, toma-se a quantidade

coletada pelos prestadores públicos e privados o qual é a soma dos dois resultados,

ou seja, 586 caçambas do prestador público multiplicado por um valor aproximado de

6ton/caçamba temos uma quantificação em peso (massa) de 3.516 toneladas. O

mesmo se aplica ao prestador privado com 1.600 caçambas que gera uma quantidade

em toneladas de 9.600ton.

A coleta do município em toneladas coletadas pelos prestadores é de

13.116ton que servirá de base para a correlação entre os totais de correlação.

Para o cálculo da estimativa dos alvarás toma-se a quantidade dada por

m² e aplica-se os valores estipulados por Pinto (1999) de 150kg/m². O valor obtido

pela soma dos alvarás apresenta uma quantia de 42.007,74m² multiplicado por 150kg

obtêm-se o valor de 6.301.161kg, ou seja, 6.301ton.

O gráfico abaixo ilustra melhor a correlação estimada para o tema

proposto.

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Gráfico 4 – Percentual de Coleta e Estimado

Fonte 18 - Plano Municipal Integrado de Resíduos da Construção Civil

Através do gráfico visualiza-se que a coleta dos prestadores de serviço

foi maior do que o estimado pelos alvarás deferidos pelo poder público municipal, isto

deve se ao fato de que como ciado acima, segundo Pinto (2005) 75% das obras são

de origem informal, ou seja, são reparos ou construções não licenciadas pelos alvarás

estudados neste plano.

4.3 MAPEAMENTO DAS ÁREAS DE DISPOSIÇÃO IRREGULAR

Como resultado da gestão atual do RCC-RV levando em consideração

a geração e coleta no município, pode-se diagnosticar a disposição irregular dos

mesmos. Tal levantamento de disposição irregular foi compilado em um mapa

explicativo representado abaixo. Para tal explanação do estudo e diagnóstico foi

utilizado o software Google Earth como ferramenta para localização através de

coordenadas geográficas.

Prestadores68%

Estimado32%

CORRELAÇÃO

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O mapa gerado possui áreas delimitadas, que posteriormente serão

detalhadas quanto a sua localização exata, bem como fotos registradas dos resíduos

descartados nas mesmas. As áreas foram organizadas em 9 pontos de disposição,

no entanto, por tratar-se de locais de disposição irregular, pode ao decorrer do tempo

de elaboração e de execução deste ocorrer o surgimento de mais áreas irregulares

de disposição.

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Figura 16 – Mapa Apontado

Fonte 19 - Mapa do Plano Diretor Alterado

Área Nº 1

Localizada na extensão da rua Pernambuco essa área faz parte de uma

estrada vicinal e serve de acesso a alguns pontos turísticos da cidade, como o casarão

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colonial e a cachoeira do alemão. Pode-se verificar no quadro abaixo a localização

geográfica, a altitude e logo e os registros fotográficos tirados no 1º trimestre do ano

de 2014.

Latitude S – 23º 40’ 16,96”

Longitude O – 47º 35’ 43,29”

Elevação 652m

Figura 17 – Estrada Vicinal

Pode-se notar na fotografia acima a disposição de resíduo de poda,

resíduos da construção civil destacando uma quantidade relevante de telhas de

amianto, além de peças de carros e resíduo sólido domiciliar comum.

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Área Nº 2

Essa área é aparentemente a mais recente quanto à disposição irregular

dos resíduos da construção civil, volumosos e também urbanos. Quando não se conta

com áreas específicas para a disposição correta dos resíduos, a população elege

áreas próximas aparentemente abandonadas para a disposição dos resíduos,

geralmente a escolha da área é dada através dos requisitos de localização e

conveniência motora dos moradores.

É possível citar a área 2 como exemplo, levando em consideração que

o antigo proprietário do imóvel desocupou o local, que posteriormente se tornou

depósito irregular de RCC-RV devido a diminuição de transito da estrada que servia

de acesso a antiga leiteria.

Latitude S – 23º 39’ 55,57”

Longitude O – 47º 35’ 19,96”

Elevação 651m

Figura 18 – Estrada da Leiteria

Neste local, bem como em todas as áreas foi encontrado o mesmo

padrão de resíduos, lembrando que cada local apresenta suas especificidades, esta

área também mantém o padrão, apresentando uma grande quantidade de resíduos

volumosos e uma grande quantidade de resíduos sólidos domiciliares, este último pelo

fato da área estar localizada próxima a áreas residenciais.

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Área 3

Esta área está localizada entre dois bairros antigos, no entanto, existe

um local perfazendo um trecho entre esses bairros, delimitado por uma área contendo

uma nascente de água perene, que através da lei 12.651 de 2012 é configurada como

área de preservação permanente (APP). Apesar de ser protegida por leis federais e

estaduais, os munícipes realizam a disposição de RCC-RV neste local a muito tempo,

e embora a administração pública faça limpeza constante no terreno, a população

insiste em dispor cada vez mais resíduos nessa área. Abaixo é apresentada as

coordenadas da área.

Latitude S – 23º 39’ 46,05”

Longitude O – 47º 35’ 08,83”

Elevação 632m

Figura 19 – Vila Xavier

Apesar da administração pública fornecer sinalização de proibição de

despejo de entulho na área é possível observar pelas imagens acima o nível de

desinformação dos moradores residentes ao redor da área, que mesmo informados

pelas placas, contribuem com a irregularidade da disposição dos resíduos. É possível

analisar também através das fotos o mesmo padrão de resíduos dispostos

irregularmente nas outras áreas, tendo um maior destaque para resíduos volumosos,

da construção civil e também os resíduos sólidos domiciliares.

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Área 4

Nota-se que nesse ponto de disposição irregular utilizados para

alteamento de cota está disposto em uma área que consta no plano diretor, como uma

área de parques, tendo como principal preocupação uma margem de córrego, que

através das leis pertinentes é considerada uma área de preservação permanente

(APP).

Latitude S – 23º 40’ 08,01”

Longitude O – 47º 34’ 08,83”

Elevação 632m

Figura 20 – Rua Guanabara

Apesar da baixa nitidez, é possível observar nas imagens acima o

córrego a esquerda (foto da esquerda) e juntamente na mesma área é possível

observar a disposição irregular do RCC (foto da direita), ressaltando que todo o

material disposto na área não passou por nenhum tratamento para esse fim,

resultando em impactos ambientais na área em questão.

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Área 5

A localização dessa área está entre a junção de dois novos bairros do

município, por existir terrenos em declive e vazios os munícipes acabam depositando

diversos resíduos no local com o intuito de elevar o terreno e dispor os resíduos

gerados eventualmente em suas residências.

Latitude S – 23º 39’ 42,08”

Longitude O – 47º 34’ 12,27”

Elevação 602m

Figura 21 – Rua Virgílio Cerone

É possível observar nas imagens acima, um grande acumulo de resíduos

sólidos domiciliares e uma quantia considerável de resíduos perigosos e não

degradáveis como exemplo o isopor – foto da esquerda. Quanto aos resíduos

perigosos é possível encontrar o amianto – imagem da direita – e latas de tintas sem

tampa, que além de poderem contaminar o solo com resíduos de tinta, podem também

servir como foco de animais vetores de doenças, ameaçando a saúde pública

municipal.

Área 6

Essa é uma nova área de loteamento na cidade, sendo que possui uma

grande área em relação aos outros bairros, sendo assim, partindo da teoria já citada

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neste plano de que a geração de resíduos é diretamente proporcional a população

local, a área em questão possui uma grande geração e disposição incorreta dos

resíduos. A disposição se dá em ruas mais distantes da avenida que liga o centro da

cidade, além da disposição irregular existe também a utilização de RCC para

alteamento de cota nessa região, que por análise in loco é feito de forma incorreta.

Latitude S – 23º 39’ 06,48”

Longitude O – 47º 34’ 53,25”

Elevação 611m

Figura 22 – Bairro Ana Guilherme

A imagem da esquerda foi registrada ao lado da avenida, próximo a um

córrego. Os materiais foram encontrados depositados para elevar o terreno, porém

existe corpos d’água nas mediações dessa área o que é preocupante nos quesitos de

assoreamento e contaminação de córregos da cidade. Na segunda imagem pode-se

visualizar um bueiro aberto totalmente entupido o que contribui com o efeito de erosão

do solo. Ao lado do bueiro nota-se a disposição de resíduos da construção civil, o

mesmo pode ter sido trazido tanto pela força da água da chuva, quanto da disposição

irregular dos residentes em torno da área.

Área 7

Essa área está situada em um dos poucos locais de acesso a um dos

bairros mais carentes da cidade, portanto, é uma das áreas que mais recebe atenção

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do poder público municipal, sendo que recebe grande quantidade de resíduos de

todos os tipos. É possível notar a sinalização instalada pelo setor responsável

municipal, porém, por falta de informação e conveniência das situações a ordem de

proibição é constantemente infringida segundo os residentes próximos da área.

Latitude S – 23º 38’ 46,62”

Longitude O – 47º 34’ 02,98”

Elevação 615m

Figura 23 – Rua Laura T do Rosário

Nota-se também pelas imagens acima, que após a intervenção do poder

público quanto a limpeza da área, rapidamente a mesma torna a receber resíduos da

construção civil e resíduos domésticos. No entorno existem moradores que

sobrevivem da coleta e venda de materiais recicláveis, mas os materiais que não

possuem valor comercial são descartados, por isso é possível encontrar diversos

resíduos que são inservíveis economicamente para os catadores que vivem ao redor.

Área 8

Localizada próxima a entrada da cidade, essa área é utilizada pelo poder

público municipal, servindo para alocação de materiais que possam futuramente ser

utilizados como fonte de reforma e manutenção de estradas vicinais municipais,

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porém, por se tratar de uma área aberta é possível encontrar diversos tipos de

resíduos além do RCC.

Latitude S – 23º 38’ 24,65”

Longitude O – 47º 34’ 42,55”

Elevação 606m

Figura 24 – Rua Roque M Foga

É notável pelas imagens acima que é possível encontrar além dos

resíduos de construção civil, os resíduos volumosos e contaminados, um exemplo

destes é a imagem de uma lona contaminada com óleo – imagem da direita. Embora

a área possua um bom intuito para um princípio de correta gestão dos resíduos da

construção civil, não é possível encontrar ações equivalentes por parte dos munícipes,

que por falta de informação e como nas maiores situações a conveniência dispõe

quaisquer resíduos na área aqui citada, dificultando o processo de reuso desses

materiais e podendo causar problemas e impactos ambientais nessa área.

Área 9

Mesmo não se tratando de uma área localizada em um bairro novo, a

quantia de reformas e reparos no bairro Jardim América é considerável. Através da

análise dos alvarás nota-se que uma boa parcela dos que requisitaram o serviço de

coleta do setor público tiveram seus pedidos deferidos, porém ainda é possível

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encontrar alguns pontos de descarte de resíduos nos arredores do bairro, destacando

as áreas verdes que margeiam o local, assim como é possível observar nas imagens

abaixo.

Latitude S – 23º 38’ 13,56”

Longitude O – 47º 34’ 52,85”

Elevação 615m

Figura 25 – Rua Paulo R Lopes

Nos locais citados e mostrados pelas imagens acima é nítida a existência

de resíduos da construção reformas e demolição, bem como resíduos domiciliares,

volumosos e uma quantidade considerável de resíduos provenientes de materiais para

pintura e pequenos reparos residenciais.

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Esse tipo de disposição é preocupante, pois dá ênfase no descuido e

acomodação da população do entorno, podendo posteriormente sofrer com aumento

de animais vetores de doenças, animais peçonhentos, odores e problemas de saúde.

4.4 MANEJO DE RCC-RV

Nas áreas onde são depositados os resíduos de construção civil e

volumosos na cidade o manejo é feito de forma que as áreas de proteção permanente

sofram ainda mais danos, isso por quê os materiais são direcionados mecanicamente

ou manualmente para dentro dessas áreas impactando ainda mais o ambiente. Por não

oferecerem aspectos sociais positivos para a população local, as áreas verdes, tornam-

se ambiente para a utilização de drogas ilícitas, bem como a prática de prostituição em

alguns casos, o que além de causar certo repúdio pela população causa também o

incentivo do despejo de resíduos criando a necessidade do poder público solucionar o

problema preenchendo tais áreas. Dessa forma, os munícipes acreditam que fazem um

“favor” ao setor público soterrando o resíduo na área, tendo em mente que o poder público

quer enterrar os “buracos” da cidade, o que na realidade resulta em um desserviço ao

meio ambiente.

Figura 26 – Manejo de RCC

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A responsabilidade compartilhada é um item que não deve deixar os

munícipes, geradores e prestadores de serviço incorrerem no erro de uma ação

prejudicial ao ambiente em que vivem, sendo assim, todos são responsáveis, tanto o

gerador que dispôs de forma errada o material em área verde, como o operador de

máquina que direcionou o entulho, quanto o responsável pelo operador da máquina e

seus superiores hierárquicos.

Referente aos procedimentos de deposição de resíduos da construção

civil, a administração pública de Salto de Pirapora contribui com medidas mitigadoras

quanto à disposição inadequada dos resíduos, arcando com todos os custos de

logística e disposição final adequada. Esse tipo de medida, porém, não aumenta a

eficiência na solução dos problemas em sua fonte, em primeira vista isso ocorre pois

o sistema não alcança a totalidade na remoção dos resíduos o que acaba resultando

também o efeito reverso a esse objetivo, incentivando cada vez mais o munícipe a

descartar o RCC em locais inadequados.

A administração pública cobra dos munícipes que querem limpar seus

terrenos R$147,70 por hora/máquina para terrenos de 250m² e mais R$127,20 por

caçamba de entulho retirado do local.

Além dessas consequências, a remoção dos resíduos irregularmente

acumulados aumenta os custos municipais. Como já citado anteriormente neste plano,

segundo John e Agopyan (2003, p. 4), isso tem se transformado em um negócio

adotado na maior parte das grandes cidades brasileiras, envolvendo as empresas

contratadas pela prefeitura para recolher o entulho depositado incorretamente,

resultando em um custo médio de R$10/hab/ano (transporte e disposição).

4.5 LOGÍSTICA DO PRESTADOR PÚBLICO

O poder público municipal dispõem de um caminhão poliguindaste com

caçambas para recolher os RCC’s da população carente e o mesmo faz o trajeto de

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coleta das caçambas levando diretamente para o aterro municipal. Em média o

caminhão percorre em torno de 10km até o aterro, sendo que cada viagem leva em

torno de 1 hora para fazer o trajeto. O aterro está situado na cota 655m, ou seja, fica

em torno de 25m a 30m mais elevado que a média da cidade.

Abaixo temos as imagens do caminhão poliguindaste Mercedes Benz

modelo 1113 e o trajeto que ele realiza até o aterro controlado do município.

Figura 27 - Poliguindaste Público

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Figura 28 – Trajeto da Cidade ao Aterro

Fonte 20 - Google Earth 2014

A maior parte do trajeto é de ruas pavimentadas – cerca de 7km – e

uma pequena parte de chão batido – 3km – até a chegada ao aterro. O trecho

pavimentado do percurso é composto por um terreno praticamente nivelado, em

contra partida a parte do trecho composto por terra possui além de um grande

desnível, muitos buracos, obrigando o caminhão a percorrer o percurso em baixa

velocidade. Abaixo temos um gráfico que mostra a correlação de combustível utilizado

pelo prestador de serviço.

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Gráfico 5 – Correlação Km/l

O caminhão vazio em área pavimentada possui uma autonomia em torno

de 4,5km/l e quando carregado perfaz uma autonomia de 3,5km/l, percorrendo uma

média a cerca de 7km, resultando em um consumo de 3,55 litros de combustível. Em

terra batida o consumo tem um aumento significante, ficando com uma variação 3km/l

carregado e 4km/l vazio apresentando um consumo em torno de 1,75 litros,

representando assim um gasto de combustível em torno de 5,3 litros por viagem.

Levando em consideração que o caminhão realiza em torno de 6 viagens ao dia,

somente em combustível existe um consumo de 31,8 litros sem considerar o gasto de

combustível do poliguindaste e seus deslocamentos dentro da cidade, que representa

aproximadamente 2 horas para cada carregamento.

4.6 DESTINAÇÃO EM ATERRO CONTROLADO

O material de RCC-RV coletado na cidade é levado diretamente para o

aterro não havendo nenhum tipo de tratamento. Quanto aos materiais que são

enviados para esse destino, grande parte deles poderiam ser destinados a fins de

maior nobreza, sendo assim reutilizados, reciclados e reintroduzidos na cadeia

produtiva, gerando emprego e renda, diminuindo assim o passivo ambiental da cidade

e aumentando a vida útil do aterro. Além desses benefícios a destinação correta não

acarretaria na lesão ao erário público com multas e infrações.

0

1

2

3

4

5

6

7

PavimentadoVazio

PavimentadoCarregado

Terra BatidaVazio

Terra BatidaCarregado

Km/l Km

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Nas imagens abaixo pode-se visualizar o tipo de material que é

encaminhado para o aterro.

Figura 29 – RCC não Tratado

Apesar de não ser tratado pode-se observar que os materiais seguem

uma linha de elementos que compõem cada caçamba, por isso se vê uma

heterogeneidade nos montes/pilhas de RCC dispostos no local.

Quanto aos materiais encontrados nas imagens acima pode-se tria-los

da seguinte forma:

Roupas, sapatos velhos, brinquedos quebrados podem ser levados

diretamente para as valas;

Entulho de obras, reformas e demolições pode ser triados em agregado

vermelho e agregado cinza tendo várias finalidades diferentes;

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Galhos, troncos, raízes podem ser transformados em combustível sendo

assim reinseridos na cadeia produtiva com reaproveitamento energético em fornos de

cerâmica como telhas e tijolos.

4.7 MATERIAIS NAS CAÇAMBAS

Com os diversos empreendimentos tendo início e alguns em fase de

operação, a variedade de materiais na construção civil aumenta, assim como as

tendências da construção civil utilizar em empreendimentos alguns materiais

diferenciados como, por exemplo, gesso. A cidade está em plena expansão urbana e

um dos fatores que movem esse impulso de ampliação é que o município faz parte do

mais novo polo metropolitano do estado de São Paulo, sendo integrante da região

metropolitana de Sorocaba com mais de 1.000.000 de habitantes.

Abaixo temos imagens dos resíduos encontrado nas caçambas

provenientes de obras novas e reformas.

Figura 30 - Resíduo nas Caçambas

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Pode-se observar na primeira imagem uma quantidade de telhas que

podem ser de amianto, ou de fibrocimento. Neste caso a verificação dar-se-á através

da norma NBR 10.004, já na segunda imagem verifica-se uma quantidade maior de

plásticos, papel, papelão e garrafa PET do que materiais de alvenaria.

Na terceira imagem verifica-se uma grande quantidade de gesso,

atentando que independentemente da quantidade, o gesso é um material

contaminante, sendo assim, toda caçamba deve ser encaminhada para uma

destinação especifica (Classe I) caso não tenha sido efetivada a segregação desse

material em sua fonte visando sua reciclagem.

Observando a quarta imagem nota-se algo comum, presenciado

diariamente quando é efetuada a contratação de um caçambeiro para disposição de

RCC. Observa-se também o alteamento da caçamba com tábuas nas laterais para

aumentar o volume de material a ser transportado, dificultando o trabalho do

transportador, aumentando assim o risco de acidentes através de derramamento de

resíduos provindos da carga de RCC.

5 POTENCIAL ECONÔMICO DE GERAÇÃO DE RCC

Avaliar o potencial econômico quanto a geração de resíduos de um

município é uma das etapas mais importantes, pois é a partir desta que serão

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apresentados os futuros investimentos para a melhoria da eficiência quanto a gestão

de resíduos municipal, bem como a solicitação de parcerias e programas contínuos

de educação e bem estar social.

Para produzir resultados reais quanto ao potencial econômico dos

resíduos da construção civil, é necessário estabelecer critérios de análise dos dados

obtidos no diagnóstico deste plano, visualizando através de diversas óticas as

vertentes ligadas aos investimentos necessários para infraestrutura, informação,

prevenção, mitigação e controle dos problemas que cercam a problemática do RCC.

Tratando-se de Salto de Pirapora, é notável que exista um excelente

potencial econômico que, através de parcerias público-privadas e o condicionamento

dos envolvidos na gestão do RCC sendo possível em médio e a longo prazo

estabelecer um excelente exemplo de sustentabilidade unido ao crescimento

econômico da cidade, utilizando para o mesmo investimentos visando a correta gestão

de resíduos no município.

Para que se obtivesse o valor econômico quanto a gestão de RCC, foi

necessário a realização de pesquisas no mercado de produtos reciclados de RCC, e

foi levado a em consideração o valor do pó de pedra, brita, rachão e areia em

comparativo com os valores de investimentos e/ou contratação para instalação de

sistemas de centrais de reciclagem no município.

Abaixo temos um quadro com a relação de preços médios relacionados

aos produtos provindos da reciclagem do RCC e do produto comercializado de matéria

prima virgem.

Quadro 2 – Relação de Insumos para Construção Civil

Produto Valor m³

RCC Tratado Comercial

Pedrisco 45,00 60,00 Pedra 3 e 4 (mesclado) 35,00 50,00

Pedra Rachão 35,00 – Pó de Pedra 38,00 50,00

Bica Corrida 20,00 – Fonte 21 – Pesquisa de Mercado

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É importante estabelecer pesquisas no mercado desses materiais, bem

como a relação entre custo benefício dos mesmos dentro da construção civil, podendo

os atuais produtos comprados para as obras do setor público serem substituídos pelos

produtos de origem dos processos de reciclagem conforme estipula a PNRS.

Nota-se na quadro 2, o comparativo entre o produtos, onde é possível

encontrar uma diferença média entre 30% a 35% entre os mesmos. Tal diferença

projetada em grande escala, significa uma grande economia para os encargos com

esses tipos de materiais, o que pode trazer um bônus para o erário público quanto aos

aspectos financeiros do município.

Além de existir a possibilidade de substituição de matéria prima, é

necessário estabelecer critérios de investimentos, visando a possibilidade de

construção de uma usina de reciclagem municipal, observando não só a compra de

ferramentas e contratação de funcionários, como também a realidade do município

quanto a sua capacidade em gerar a demanda necessária para que o

empreendimento seja sustentável financeiramente.

Observando por tais óticas e pesquisando os planos já aprovados no

município, foi analisado o PMSB (Plano Municipal de Saneamento Básico) que aborda

todas as soluções das problemáticas de saneamento básico, incluindo resíduos

sólidos urbanos municipais dentro de um consórcio entre 34 municípios.

Conforme o plano de saneamento básico, existe uma projeção de

investimentos a curto, médio e longo prazo dentro do consórcio estabelecido nos

estudos relacionados a solução de resíduos. Esse estudo de investimento mostra o

valor investido no decorrer dos anos, referente a parcela de responsabilidade do

município quanto a sua geração de resíduos da construção civil. Abaixo encontra-se

o quadro explicativo dos investimentos propostos no ano de 2010 quanto a solução

de RCC no referido consórcio.

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Figura 31 – Tabela de Saneamento Básico

Figura 32 – Zoom da Tabela

É possível notar na imagem acima, que dentro de um consórcio entre

municípios, existe uma viabilidade de investimento próprio municipal para a

destinação correta do RCC, porém, os planos consorciados acabaram tendo as

projeções obsoletas após 4 anos passados sem concretização e organização dos

consórcios, obrigando assim, cada município agir por conta própria, o que nas atuais

circunstâncias aumentaria consideravelmente o valor do investimento de

infraestrutura, ferramental e contratação de mão de obra para uma solução adequada

quanto a gestão do RCC.

Derivando dessas informações foi estabelecido neste plano projeções

de investimentos e ações promovendo parcerias entre o setor público e privado, de

forma que o valor necessário para infraestrutura, operacionalização, logística e

recursos humanos seja viável para o município.

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Abaixo é apresentada uma quadro de investimentos a curto, médio e

longo prazo, visando o aumento da abrangência de coleta de RCC, bem como seu

tratamento e disposição adequada.

Quadro 3 - Cronograma de Investimento

Empreendi- mento

Insumos Investimento R$

201

4

201

5

201

6

201

7

201

8

201

9

202

0

202

1

202

2

202

3

202

4

202

5

202

6

202

7

202

8

202

9

203

0

203

1

203

2

203

3

203

4

ATT / Britagem

Terreno 700.000,00 20% 20% 20% 20% 20%

Infra estrutura 1.101.960,00 50% 25% 25%

Máquinas 458.900,00 21,81% 67,68% 10,51%

Total 2.260.860,00 791.066,90 1.141.563,52 328.230,29

Aterro de Reservação

Terreno 126.570,00 100%

Benfeitoria 38.700,00 100%

Total 165.270,00 165.270,00

Fonte 22 - Plano Municipal Integrado de Gestão de Resíduo da Construção Civil

Exemplificando a tabela acima, é possível notar que os investimentos

são diluídos em uma projeção de 20 anos, isso se dá pelo motivo do crescimento dos

empreendimentos conforme o crescimento da demanda da cidade. A aquisição dos

equipamentos para beneficiar os resíduos se dá na mesma proporção que aumenta a

demanda, ou o bando de reservação e podem ser implementados de forma parcial,

ou até mesmo alugada, portanto, equipamentos como os britadores, alimentadores

grelha vibratória e peneira são imprescindíveis no primeiro momento, já os

separadores magnéticos, fragmentador de sólidos e a peneira rotativa e o rebritador

pode ser inserido posteriormente.

É possível discutir os valores dos investimentos, atentando a

administração pública a inviabilidade do projeto, partindo do princípio que a demanda

gerada apenas pelo município não é suficiente para a sustentabilidade financeira dos

empreendimentos referente a gestão do RCC-RV da cidade.

Esse tipo de projeto só poderá se tornar viável quando formado

consórcios entre os municípios e/ou parcerias com o setor privado, onde a prefeitura

participaria com um valor consideravelmente menor de investimento e teria benefícios

nos insumos para manutenção e construção de bens públicos.

Dentro desse prisma, é possível através da implantação desse plano,

obter melhores resultados de potencial econômico valiosos, tendo em vista que

investindo em informação do pequeno gerador e controlando os grandes geradores

se tem menos gastos com reparação de impacto resultante da disposição incorreta de

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RCC, bem como a diminuição do valor de manutenção de estradas vicinais e

construções públicas.

Segundo informação coletada com o setor responsável pela manutenção

das estradas vicinais, o gasto do poder público com a aquisição de materiais é na

ordem de 629.000,00 reais correntes que se fosse adquirido apenas materiais

referentes a pedra 3, 4 daria em torno de 11.436m³ desse material, enquanto que a

bica corrida que é ideal para sub leito e sub base de estradas daria para adquirir

31.450m³ de material diminuindo ainda o impacto ambiental com a disposição.

6 ESTRUTURA DO MODELO DE GESTÃO

Com o intuito de padronizar todo o sistema de gestão de resíduos da

construção civil, faz-se necessário a adequação do município de Salto de Pirapora em

um sistema já proposto em outras cidades. A fim de manter o controle dos processos

de gestão, um sistema ágil e dinâmico deverá ser implantado, visando a eficiência na

produção de indicadores e desempenho na implantação e no decorrer desse plano.

Conforme apontado no organograma abaixo, é importante enfatizar um

modelo de gestão que tende a se manter em constante avaliação e otimizações,

criando assim um padrão de melhorias continuas, onde a meta é sempre o máximo

de eficiência na gestão dos resíduos, tendo em como orientação os pilares da PNRS

– não geração, redução, reciclagem, tratamento e destinação final adequada).

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Como foi exemplificado nos quadros acima, o processo de implantação

e manutenção do plano, depende do ciclo aqui exposto, onde, cada etapa deverá ser

realizada periodicamente, tendo como objetivo principal estabelecer melhorias para o

plano de gestão através de sua revisão, estabelecer novos critérios ou novas

metodologias para melhor adequação do plano as mudanças nas legislações que

possam ser criadas posteriormente e também a dinamização do plano em questão as

adversidades emergenciais, temporais ou sociais que possam surgir ao longo da fase

de implantação e controle do sistema de gestão.

Análise do plano municipal integrado de

gestão de resíduos de Salto de Pirapora

Definição dos agentes envolvidos e suas

responsabilidades

Apontamento das diretrizes

Estrutura de uma proposta modelo de

gestão de resíduos da construção civil

Controle de dados e indicadores através

de ferramenta computacional

Figura 33 – Organograma de Gestão

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6.1 ANÁLISE DO PLANO MUNICIPAL INTEGRADO DE GESTÃO DE

RESÍDUOS DE SALTO DE PIRAPORA

O plano municipal integrado de gestão de resíduos da construção civil e

resíduos volumosos de Salto de Pirapora tem como objetivo cumprir com as

legislações vigentes, bem como orientar aos gestores municipais e os munícipes para

o correto manejo dos resíduos dessa classe gerados no município.

A análise do plano dar-se-á por audiência pública, onde serão colocadas

e confrontadas informações dos geradores e prestadores de serviço, além do poder

público sobre os fatos relatados em uma breve introdução onde o plano aponta que

os resíduos de construção e volumosos são depositados em locais inapropriados,

gerando ônus ao meio ambiente e aos contribuintes causando dados ao erário público,

além de descumprir com inúmeras legislações sendo que o material é desperdiçado

com a possibilidade de ter fins muito mais nobres com a reutilização e a reciclagem.

Apesar de ser analisado, o plano não é estático, ou seja, depende

bastante da atuação dos atores que envolvem todo o ciclo produtivo desses materiais,

sendo assim ele é dinâmico e se moldará com o tempo as novas possibilidades e

tecnologias que venham a fazer parte dos quadros e classes dos materiais envolvidos

nessa análise.

6.2 DEFINIÇÃO DOS AGENTES ENVOLVIDOS E SUAS

RESPONSABILIDADES

A priori todos são responsáveis por cuidar do ambiente em que vivem,

mas a definição dos agentes serve para nortear as ações dos mesmos quanto a

geração dos resíduos, sendo assim, os prestadores de serviço de transporte – seja

de caçamba, ou carroceria –, os proprietários que cedem suas áreas para elevação

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de terreno, alteamento de cota e nivelamento de solo que recebem o RCC, os

proprietários das áreas destinadas ao recebimento dos materiais para a triagem e/ou

transbordo e o poder público.

Na descrição do software de controle de indicadores e dados no item

6.5, será explanado de forma mais abrangente as responsabilidades, sendo estas em

âmbito compartilhado entre todos os geradores.

Pode-se elencar as responsabilidades da seguinte forma:

O poder público tem como responsabilidades orientar, fiscalizar e

controlar a conformidade da execução dos processos de

gerenciamento, bem como solucionar e adotar medidas para a

estruturação de áreas para o recebimento para materiais de

reservação e de recebimento para armazenamento, triagem para

o transbordo de pequenos volumes para a destinação em locais

de tratamento desses resíduos;

Quanto ao gerador, o plano normatiza que o mesmo possa evitar

a contaminação de materiais por processos desnecessários e que

haja a reutilização e a reciclagem no local de geração;

Ao transportador cabe cumprir com as determinações do plano

que se dá pelo uso do CTR;

O cedente de área, ou o operador de áreas de triagem e

transbordo deve atentar para as normas de recebimento de

inertes para a não contaminação do solo, bem como aterramento

de APP’s (Área de Preservação Permanente).

6.3 APONTAMENTO DAS DIRETRIZES

Para se obter um resultado real referente a gestão correta dos resíduos

da construção civil e resíduos volumosos é necessário explicitar todas as diretrizes

envolvidas no processo, desde a apresentação das envolvidas na criação do plano,

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bem como as de execução, licenciamento entre outras que serão descritas

posteriormente neste tópico.

Apresentar as diretrizes do plano de gestão significa a segurança de um

sistema com um pequenas probabilidades de falhas, permitindo que todos os

envolvidos estejam registrando, comunicando e agindo da mesma forma, utilizando o

plano em vigência e as legislações de todas as esferas presentes no que diz respeito

ao RCC-RV.

Partindo dessa importante visão proposta no modelo de gestão, segue

abaixo as diretrizes necessárias para o sistema de gestão atual.

Fiscalização da execução dos PGRCC (Plano de Gerenciamento

de Resíduos da Construção Civil) pelas empresas construtoras;

Realizar ações de orientação e educação ambiental para os

agentes envolvidos;

Licenciar as áreas de beneficiamento e de disposição final de

resíduos;

Proibir e penalizar a deposição dos resíduos de construção em

áreas não-licenciadas;

Realizar ações de fiscalização e de controle dos agentes

envolvidos;

Cadastrar áreas possíveis de recebimento, triagem e

armazenamento, possibilitando a destinação posterior dos

resíduos oriundos de pequenos geradores às áreas de

beneficiamento;

Incentivar a reinserção dos resíduos reutilizáveis ou reciclados no

ciclo produtivo;

Definir critérios para o cadastramento de empresas coletoras;

Realizar ações educativas visando reduzir a geração de resíduos

e possibilitar a sua segregação.

De forma dinâmica, todas as diretrizes deverão ser revistas nos períodos

de revisão desse plano, tendo em vista a melhoria do mesmo. Torna-se importante

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salientar que, toda diretriz deverá ser seguida de acordo com cada responsabilidade

especifica para todas as partes, desde os setores públicos responsáveis pela

aplicação das mesmas, até os envolvidos nos processos da gestão de resíduos, direta

ou indiretamente.

6.3.1 Proposta de metodologia de gestão

Dentro de um modelo de gestão de resíduos é possível encontrar

diversas metodologias de gestão, sendo que as mesmas podem variar conforme as

necessidades e considerações dentro de cada escopo de abrangência do sistema

gestionário condizente com os resíduos sólidos.

A proposta a seguir é similar a propostas já utilizadas em alguns planos,

que através de estudos de indicadores e dados provindos do sistema, aperfeiçoaram

constantemente suas metodologias.

Abaixo encontramos uma estrutura de ações dessa metodologia, onde é

destacado o caminho das informações referente ao gerador, transportador e

destinatário final dos RCC-RV. É imprescindível que haja controle de toda a geração

dentro desse sistema, o que posteriormente poderá ser substituído por um software,

ou ferramenta similar eletrônica via web para disponibilização de relatórios e

prestação de contas para os encargos referentes a gestão de resíduos e eficiência da

fiscalização.

Tratamento

P M I G R C C - R V

R C C - R V

Grande

Gerador

Pequeno

Gerador

Trans

Público

Trans Privado

Trans Privado

A T T

Reservação

Reciclagem

Reutilização

Aterro

Classe I

Figura 34 – Estrutura de Ações

Fonte 23 – Plano Municipal Integrado de Gestão de Resíduos da Construção Civil

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Pode-se perceber com a estrutura acima que as informações passam

por todos os envolvidos na gestão do RCC-RV, fechando um circuito que diminui a

probabilidade de ações irregulares dentro do sistema de gestão.

Dessa forma, o grande gerador deverá cumprir com as diretrizes e fazer

solicitação de transportadores e destinação final somente com empresas

credenciadas e participantes do sistema municipal, estando devidamente cadastradas

e licenciadas para as suas atividades.

6.3.2 Controle de indicadores através de ferramenta via web

Para que se tenha controle de dados da geração real do município de

Salto de Pirapora, é importante que a administração pública invista ou projete

ferramentas de controle na gestão dos resíduos. Tal sistema será responsável pela

geração de relatórios, que contribuirão para a avaliação de todo o processo,

metodologia, diretrizes e planos de ações futuras no que se diz respeito a gestão de

resíduos de construção civil municipal.

Algumas alternativas tem sido levantadas atualmente referente a gestão

de RCC-RV, sendo esta uma parceria entre o SINDUSCON (Sindicato da

Construção), CETESB (Companhia de Tecnologia e Saneamento Ambiental) e SMA

(Secretaria de Meio Ambiente), que visa implantar um Sistema On line de Gestão de

Resíduos (SIGOR), que terá como objetivo unificar as informações e informatizar

burocracias no processo de autorizações de transporte e disposição final de resíduos,

facilitando assim os processos de fiscalização e controle em escala estadual do RCC-

RV.

Realizando o controle de indicadores e desempenho do sistema de

gestão de resíduos da construção civil, fecha-se o ciclo dentro do modelo de gestão

proposto, dando continuidade aos processos de melhorias, através dos resultados

obtidos. Após essa conclusão, torna-se a dar início a todos os processos, aplicando

novas metodologias, alterando regras e diretrizes, para que se possa ter cada vez

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mais eficiência e aprimoramento das atividades, reduzindo custos e trabalhando na

prevenção dos problemas no plano de gestão.

7 PLANO DE AÇÃO

Afim de estabelecer e objetivar resultados positivos advindos de um

plano de gestão de resíduos da construção civil, o plano de ação faz parte do plano

que cuidará das projeções de geração, percentuais de destinação adequada,

reciclagem e projetos sócio educativos, visando a preservação do meio ambiente

através da gestão correta do RCC-RV.

O plano de ação deste plano tem como ações principais de abrangência

a todos os envolvidos, sendo eles o órgão público responsável, o pequeno e grande

gerador, todos os responsáveis pelo transporte, seja esse de iniciativa privada ou

pública e também o local de destinação final.

O plano de ação terá posteriormente a apresentação de um cronograma

de atividades os quais deverão ser cumpridos de acordo com as prioridades e

necessidades do município, tendo em vista a priorização do controle de geração e a

abordagem com os envolvidos quanto a destinação inadequada dos mesmos.

Por se tratar de um plano que envolve tanto o setor de meio ambiente,

quanto o setor de obras, planejamento e educação, ficarão estabelecidos neste a

responsabilidade partilhada dos devidos setores citados, sendo que para melhor

interpretação das ações propostas, as mesmas foram divididas por áreas e

posteriormente apresentadas em cronogramas condizentes com a possibilidade e

capacidade de implantação das mesmas.

Nesta etapa, foi realizado a divisão das ações conforme explicitado

acima, o que resultou nas seguintes divisões:

Ações sociais;

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Ações ambientais;

Ações de controle;

Ações educacionais;

Ações público/privadas.

Quanto a prioridade das ações foi dada uma nota de prioridade que

obedece a escala de 1 a 5, sendo a nota 1 a de menor prioridade e de nota 5 a de

maior prioridade obedecendo as seguintes colocações:

Nota 1 – Prioridade baixa;

Nota 2 – Prioridade média;

Nota 3 – Prioridade alta;

Nota 4 – Prioridade muito alta;

Nota 5 – Prioridade circunstancial.

As notas foram utilizadas para auxiliar todos os envolvidos quanto a

prioridade das ações, sendo essencial o cumprimento dentro do prazo pelo

responsável obedecendo o nível de prioridade. Dessa forma, as metas de longo prazo

serão alcançadas com mais facilidade, podendo assim, manter o controle dos

indicadores de desempenho do PMIGRCC-RV.

7.1 AÇÕES SOCIAIS

Para que se obtenha sucesso na disseminação de um novo conceito de

gestão de resíduos da construção civil, notáveis ações sociais devem ser realizadas

no município, visando a melhoria da logística para os resíduos, bem como ações que

acondicionem e promovam a fiscalização nas intermediações de onde são residentes.

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Abaixo é apresentado um cronograma de 12 meses após aprovação do

plano constando ações em âmbito social, que deverão ser implantadas de acordo com

a prioridade das mesmas.

Quadro 4 – Cronograma de Ações Sociais

Ações Sociais Responsável Meses Prior.

1º 2º 3º 4º 5º 6º 7º 8º 9º 10º 11º 12º Criação de ECOPONTO OBRAS 5

Promoção de campanhas MEIO AMBIENTE

2

Projetos informativos MEIO AMBIENTE

3

Revisão da legislação municipal

JURIDICO/MEIO AMBIENTE

4

Atualização do cadastro municipal carrinheiros e

pequenos transportadores

OBRAS 2

Cadastramento de áreas para recebimento de RCC

Classe A

MEIO AMBIENTE/

OBRAS

2

Fonte 24 – Plano Municipal Integrado de Gestão de Resíduos da Construção Civil

Pode-se perceber que as ações sociais são encaradas como início de

um novo ciclo de gestão de resíduos, colocando a população a par de seus direitos e

deveres como cidadão, trazendo através de projetos e programas toda informação

necessária para a melhoria da qualidade de vida e dos espaços públicos de Salto de

Pirapora.

7.2 AÇÕES AMBIENTAIS

Quanto as ações ambientais, é necessário a reparação dos impactos já

causados pelo atual sistema de gestão de resíduos e a criação de programas visando

a preservação das áreas verdes da cidade, dando ao cidadão residente próximo a

área verde, a responsabilidade de preservação da mesma.

Uma ferramenta que pode auxiliar a administração pública é a utilização

de um telefone dedicado (Disk Coleta) para receber solicitação de retirada de material

PEV. Esses materiais podem ser acumulados em igrejas, escolas, associação de

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bairro ou outro local onde haja frequência de moradores. Esse número será entrega

de materiais recicláveis, ou não além de servir para o caso de denúncia.

Além da reparação, através de plantio de mudas e retirada dos resíduos

em áreas de preservação ambiental, é necessário também a transformação das atuais

áreas de disposição incorreta de resíduos em áreas de lazer e/ou recreação para a

sociedade. Podendo assim, ter os cuidados dos munícipes a favor da preservação de

tais áreas que hoje estão abandonadas.

Abaixo, é apresentado um cronograma de atividades e ações no

decorrer de 12 meses, sendo aplicadas em ordem prioritária dentro das possibilidades

administrativas do município de Salto de Pirapora.

Quadro 5 – Cronograma de Ações Ambientais

Ações Ambientais Responsável Meses Prior.

1º 2º 3º 4º 5º 6º 7º 8º 9º 10º 11º 12º Criação de Programas

OBRAS 3

Limpeza de Áreas Verdes

MEIO AMBIENTE/OBRAS

4

Projetos informativos

MEIO AMBIENTE 2

Transformação de Áreas

OBRAS 4

Fonte 25 – Plano Municipal Integrado de Gestão de Resíduos da Construção Civil

É importante salientar que o cronograma acima, trata como prioridade

máxima a questão da limpeza das áreas e os programas e campanhas informativas,

tendo em vista que quanto menos houver a degradação das APP’s, menor será o valor

gasto com recuperação de áreas verdes e mecanismos de manutenção e limpeza

emergencial de áreas com disposição irregular de resíduos.

7.3 AÇÕES DE CONTROLE

No site da prefeitura encontramos a lei de 1956 que dispõem sobre a

regulamentação de construção. Essa lei precisa de alguns adendos para a inserção

da necessidade do PGRCC por parte dos construtores para se adequar ao plano. No

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mais, esse lei dá prerrogativa para que os munícipes não priorizem a confecção dos

referidos planos.

Para que se tenha dados próximos da realidade para a realização de

projeções no quesito de geração de resíduos, áreas para disposição, estratégias e

melhorias de logística e de sistema é necessário que o município implante ações de

controle da gestão dos resíduos, utilizando ferramentas que podem ser adaptadas

para esse fim.

Nesse aspecto de questão, existe uma parceria entre a SMA, o

SINDUSCON e a CETESB para a implantação de uma ferramenta que melhora a

eficiência de toda gestão de resíduos da construção civil. Intitulado como SIGOR, esse

sistema tem como objetivo facilitar a gestão de resíduos da construção civil em todos

os aspectos, desde as burocracias de autorizações de transporte até a geração de

destinação final dos mesmos.

Esse sistema está em teste e entrará como piloto em alguns municípios

do estado de São Paulo por volta de junho deste ano – 2014 – e será de grande valia

para os municípios do estado.

Apesar de existir esse projeto, os municípios podem obter seu próprio

controle de gestão, utilizando recursos mais simples e registrando todas as ações

referente a resíduos da construção civil, bem como gerando relatórios de geração e

detalhes da mesma periodicamente, visando a criação de indicadores de desempenho

do sistema de gestão.

Um mecanismo simples pode ser implementado, sendo este a adição de

campos nos registros elaborados pelo setor de obras. No atual sistema de controle do

setor não constam informações referente ao tipo de obra a ser autorizada, sendo

assim, é de grande importância o tipo de intervenção realizada pelo empreendedor ou

construtor na área a ser autorizada.

Abaixo temos os quadros referentes ao controle de deferimento dos

alvarás da secretaria de obras.

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Quadro 6 - Controle de Alvarás Deferidos

Fonte 26 - Secretaria de Obras

Fonte 27 - PMIGRCC-RV

Acima de 30m² o gerador é considerado grande gerador sendo

necessário uma forma especifica de manejo. É preciso salientar ainda que os grandes

geradores devem implementar em suas obras a segregação dos materiais em baias

para que o mesmo não seja misturado, facilitando e barateando o tratamento desses

resíduos. Esse passo dever ser colocado em prática através do PGRCC do técnico

responsável pela obra e ter seu devido deferimento através do alvará.

O quadro abaixo elenca os dados mínimos para a melhor gestão dos

resíduos para que o plano possa atender de forma mais eficiente as necessidades

dos munícipes e do município.

Quadro 7 - Controle do Fluxo de Resíduos

Controle Conteúdo mínimo Objetivos

PEV, Ecoponto Planilha de controle diário da

entrada de resíduos

- Data - Hora - Tipo / placa do veículo transportador - Responsável pelo transporte - Tipo de resíduo - Endereço de origem - Volume (m3) - Responsável pelo registro

Controlar quantidades: - De resíduos - De usuários Monitorar: - Horários de maior uso - Origem em relação à bacia - Tipo de veículo usuário - Tipos de resíduos

PEV Planilha de controle diário da

saída de resíduos

- Data - Hora - Tipo / placa do veículo transportador - Responsável pelo transporte - Tipo de resíduo - Endereço de destino - Volume (m3) - Responsável pelo registro

Controlar quantidades de resíduos por tipo Monitorar: - Demanda por remoção - Destino dos tipos de resíduos

ATTs e outras áreas de manejo públicas

Planilha de controle diário da entrada de resíduos

- Data - Hora - Tipo / placa do veículo transportador - Responsável pelo transporte - Tipo de resíduo - Endereço de origem

Controlar quantidades: - De resíduos do PEV - De resíduos da limpeza corretiva - De resíduos de obras públicas Monitorar:

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- Volume (m3) - Tipos de resíduos

ATTs e outras áreas de manejo públicas

Planilha de controle diário da saída de resíduos

- Data - Hora - Tipo / placa do veículo transportador - Responsável pelo transporte - Tipo de resíduo - identificação do destino - Volume (m3)

Controlar quantidades: - De resíduos por tipo Monitorar: - Destino dos tipos de resíduos

Deposições Irregulares

Planilha de controle diário das correções

- Data - Hora - Endereço preciso do local - Tipo / placa do veículo transportador - Tipo do equipamento de carga - Tempo da atividade - Tipo de resíduo - Volume (m3) - Endereço do destino

Controlar quantidades: - De resíduos - De equipamentos utilizados Monitorar: - Locais de deposição irregular - Destino dos tipos de resíduos

Áreas de Manejo Privadas Relatório de controle mensal

das operações

- Identificação completa do operador e sua licença de operação - Consolidação dos volumes recebidos por tipo de resíduo - Listagem dos usuários e respectivos quantitativos no período - Consolidação dos volumes expurgados por tipo de resíduo e identificação do destino - Consolidação dos volumes de produtos gerados, por tipo

Controlar quantidades: - De resíduos recebidos, - Resíduos expurgados, - Produtos gerados Monitorar: - Declarações dos transportadores - Destino dos tipos de resíduos

Transportadores autorizados Relatório de controle mensal

das operações

- Identificação completa do transportador e sua autorização de operação - Consolidação dos volumes transportados por tipo de resíduo -Quantitativo de geradores atendidos no período - Identificação do destino por tipo de resíduo e sua licença de operação - Comprovantes de entrega dos resíduos (consolidação)

Controlar quantidades: - De resíduos transportados - Geradores atendidos Monitorar: - Declarações dos receptores - Destino dos tipos de resíduos

Fonte 28 – Manual de Implantação Adaptado

Abaixo, é apresentado um cronograma de decorrência de 12 meses,

para a implantação de ações de controle.

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Quadro 8 – Cronograma de Ações de Controle

Ações de Controle Responsável Meses Prior.

1º 2º 3º 4º 5º 6º 7º 8º 9º 10º 11º 12º Criação de Mecanismos de

Controle OBRAS/ MEIO

AMBIENTE

4

Implantação de Mecanismos de Controle

OBRAS/ MEIO AMBIENTE

3

Programa informativo sobre Ferramenta de

Controle

OBRAS/ MEIO AMBIENTE

3

Criação de Relatórios de Controle

OBRAS 4

Fonte 29 – Plano Municipal Integrado de Gestão de Resíduos da Construção Civil

É possível notar que as ações de controle são imprescindíveis na gestão

de resíduos, sendo a responsável posteriormente por projeções de geração, custos e

investimentos municipais e que dependendo de sua eficiência, pode causar lucros ou

prejuízos na administração pública, quanto a gestão dos resíduos e todos os aspectos

que situam-se em seu redor.

7.4 AÇÕES EDUCACIONAIS

Como tratado em alguns pontos desse plano, a problemática envolvendo

resíduos da construção civil, possui também um aspecto de formação sociocultural, o

que implica na mudança de hábitos da população e o acesso da mesma a informações

dessa importância.

O fato de haver um comportamento dos munícipes contrário ao que

deveria ser correto pode ser justificado pela combinação da ignorância referente ao

tema, junto de hábitos que já se tem desde gerações passadas e que com o passar

do tempo não houve questionamentos sobre as atitudes prejudiciais, reforçando e

aumentando cada vez mais a frequência das práticas de disposição incorreta do RCC-

RV.

Partindo desse pressuposto, é necessário que haja intervenções

educacionais, utilizando de programas e projetos que enfatizem a importante relação

da correta gestão de resíduos com a preservação ambiental.

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Essa questão referente a educação resultou em um cronograma de 12

meses corridos a partir do início da implantação desse plano pela administração

pública e pode ser observado logo abaixo.

Quadro 9 – Cronograma de Ações Educacionais

Ações Educacionais Responsável Meses Prior.

1º 2º 3º 4º 5º 6º 7º 8º 9º 10º 11º 12º Criação de Programas

Educacionais EDUCAÇÃO/

MEIO AMBIENTE

4

Implantação dos Programas em Espaço

Escolar

EDUCAÇÃO/ MEIO AMBIENTE

3

Implantação dos Programas em Espaço

Externo e Público

EDUCAÇÃO/ MEIO AMBIENTE

3

Criação de Calendários de Eventos de

Educação

EDUCAÇÃO/ MEIO AMBIENTE

4

Fonte 30 – Plano Municipal Integrado de Gestão de Resíduos da Construção Civil

7.5 AÇÕES PÚBLICO/PRIVADAS

As ações relacionadas ao setor público em conjunto com o setor privado

são sempre importantes para a melhoria das ações e metas estipuladas no plano de

gestão de resíduos da construção civil. Geralmente existe parcerias entre os dois

setores, quando algumas soluções não são viáveis economicamente para o município,

dessa forma a união entre os setores pode ser uma boa alternativa na resolução de

problemas e cumprimento de leis, resultando em benefícios para ambos os lados.

Assim como explicitado nesse plano, as soluções quanto a reciclagem

de resíduos da construção civil demandam altos valores de investimentos em

maquinários e mão de obra especializada, o que acaba tornando-se inviável sua

aplicação referente a geração atual municipal tornando o sistema insustentável

administrativamente. Abaixo apresentamos um modelo esquemático para a área de

triagem transbordo e britagem.

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Figura 35 - Croqui da ATT/Britagem

Fonte 31 - PMIGRCC-RV

Nota: o Platô elevado serve como ecoponto, já que o mesmo facilita para

o munícipe descarregar seu carro, carreta ou outro meio que ele possa trazer seu

RCC.

A imagem acima mostra como os resíduos serão triados, tratados e

dispostos. Para facilitar o entendimento, o quadro abaixo mostra como deve ser feita

essa segregação.

Quadro 10 - Segregação e Acondicionamento de RCC

TIPOS DE RESÍDUO

CUIDADOS REQUERIDOS

DESTINAÇÃO

Blocos de concreto, blocos cerâmicos,

argamassas, outros componentes

cerâmicos, concreto, tijolos e

assemelhados

Privilegiar soluções de destinação que envolvam a reciclagem dos resíduos, de modo a permitir seu aproveitamento como

agregado.

Áreas de Transbordo e Triagem, Áreas para Reciclagem ou Aterros de resíduos da

construção civil licenciadas pelos órgãos competentes; os resíduos classificados como

classe A (blocos, telhas, argamassa e concreto em geral) podem ser reciclados para uso em pavimentos e concretos sem função

estrutural.

Madeira

Para uso em caldeira, garantir separação da serragem dos demais resíduos de madeira.

Atividades econômicas que possibilitem a reciclagem destes resíduos, a reutilização de peças ou o uso como combustível em fornos

ou caldeiras.

Plásticos (embalagens,

Máximo aproveitamento dos materiais contidos e a limpeza da embalagem.

Empresas, cooperativas ou associações de coleta seletiva que comercializam ou reciclam

estes resíduos.

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aparas de tubulações etc.)

Papelão (sacos e caixas de

embalagens) e papéis (escritório)

Proteger de intempéries. Empresas, cooperativas ou associações de

coleta seletiva que comercializam ou reciclam estes resíduos.

Metal (ferro, aço, fiação revestida,

arames etc.) Não há.

Empresas, cooperativas ou associações de coleta seletiva que comercializam ou reciclam

estes resíduos.

Serragem Ensacar e proteger de

intempéries.

Reutilização dos resíduos em superfícies impregnadas com óleo para absorção e

secagem, produção de briquetes (geração de energia) ou outros usos.

Gesso em placas cartonadas

Proteger de intempéries. É possível a reciclagem pelo fabricante ou

empresas de reciclagem.

Gesso de revestimento e

artefatos Proteger de intempéries.

É possível o aproveitamento pela indústria gesseira e empresas de reciclagem.

Solo Examinar a caracterização

prévia dos solos para definir destinação.

Desde que não estejam contaminados, destinar a pequenas áreas de aterramento ou

em aterros de resíduos da construção civil, ambos devidamente licenciados pelos órgãos

competentes.

Telas de fachada e de proteção

Não há. Possível reaproveitamento para a confecção

de bags e sacos ou até mesmo por recicladores de plásticos.

EPS (poliestireno expandido –

exemplo: isopor)

Confinar, evitando dispersão.

Possível destinação para empresas, cooperativas ou associações de coleta seletiva que comercializam, reciclam ou

aproveitam para enchimentos.

Materiais, instrumentos e embalagens

contaminados por resíduos perigosos

(exemplos: embalagens

plásticas e de metal, instrumentos de aplicação como

broxas, pincéis, trinchas e outros

materiais auxiliares como panos,

trapos, estopas etc.)

Maximizar a utilização dos materiais para a redução dos resíduos a descartar.

Encaminhar para aterros licenciados para recepção de resíduos perigosos.

Fonte 32 - PMIGRCC-RV

É partindo do diagnóstico desse plano que a parceria entre a prefeitura

municipal e o setor privado pode facilitar no cumprimento da PNRS, bem como as

legislações pertinentes ao que se diz respeito a gestão de RCC. A PNRS ainda

estipula a responsabilidade compartilhada, ou seja, do gerador a destinação final,

todos são responsáveis pelos resíduos gerados. Partindo desse pressuposto e do item

4.7 materiais nas caçambas é que este plano traz a ideia de caçambas fechadas,

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tendo em vista que o gerador pode até segregar seu resíduo, mas seus vizinhos

podem contaminar a caçamba com resíduos não pertencentes ao grupo tratado,

encarecendo o tratamento e dificultando o trabalho de reciclagem dos materiais.

Abaixo apresenta-se alguns modelos de caçambas fechadas.

Figura 36 - Modelos de Caçambas Fechadas

Geralmente as caçambas permanecem dispostas em frente à casa do

solicitante entre 24h e 48h, nesse período outros munícipes utilizam esse local para

depositar seus resíduos. Com a caçamba fechada (cadeado) o solicitante ficará com

a chave, e somente ele e quem ele autorizar poderá se utilizar dessa caçamba. Como

responsável pelo resíduo, tudo que estiver dentro desse contentor será de sua

responsabilidade.

Abaixo encontra-se um cronograma que explicita as atividades de 12

meses seguidos quanto a questão das ações público/privado.

Quadro 11 - Cronograma de Ações Público/Privados

Ações Público/Privados Responsável Meses Prior.

1º 2º 3º 4º 5º 6º 7º 8º 9º 10º 11º 12º Criação de Projetos

Público/Privados OBRAS/ MEIO

AMBIENTE

4

Aprovação de Empresa na Parceria

OBRAS/ MEIO AMBIENTE

3

Licenciamento da Área OBRAS/ MEIO AMBIENTE

3

Construção de ATT/Britagem

OBRAS/ MEIO AMBIENTE

4

Início de Atividades de Reciclagem e Disposição

Correta de RCC-RV

OBRAS/ MEIO AMBIENTE

4

Aquisição de Caçambas Fechadas

OBRAS/ MEIO AMBIENTE

5

Fonte 33 – Plano Municipal Integrado de Gestão de Resíduos da Construção Civil

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Para existir uma parceria viável para ambas as partes, é necessário que

ambos contribuam para o objetivo principal, sendo este o cumprimento das leis,

através de uma gestão correta de resíduos da construção civil, visando benefícios aos

setores pertinentes municipais bem como lucros para sustentabilidade financeira do

setor privado.

Para isso, deve-se conduzir acordos entre o município e a empresa

escolhida, a qual vai será responsável pelo coprocessamento do RCC-RV e a

transformação do mesmo em matéria prima para manutenção de estradas vicinais,

bem como materiais para serem reincorporados na construção civil. De forma que

todo material coletado pela prefeitura seja disposto na ATT criada em parceria, bem

como a criação de lei, definindo que todo grande gerador deverá realizar a disposição

dos resíduos gerados (e já triados in loco) na construção reforma ou demolição nessa

ATT parceira, participando devidamente dos trâmites de controle para tal atividade.

Em contrapartida a ATT participante da parceria, fornecerá os produtos

finais dos processos de reciclagem de RCC-RV com descontos para os

empreendimentos da prefeitura quando necessários, bem como o repasse dos

materiais recicláveis (plástico, papel, vidro) para as organizações e/ou cooperativas

de reciclagem instaladas no município.

É importante ressaltar, que o projeto público privado, visa a melhor forma

de uso dos recursos públicos, trazendo vantagens para o município, diminuição dos

gastos com estradas vicinais, melhora da logística para a coleta de resíduos e também

o caminho para certificações sustentáveis para o município de Salto de Pirapora.

8 PERIODICIDADE DO PLANO

Salto de Pirapora possui um grande potencial quanto a inovação de

alternativas de disposição final de resíduos e coleta seletiva, no que resulta em uma

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dedicação maior na implementação e operacionalização futuramente do plano aqui

apresentado.

Assim como diversos modelos de gestão, a gestão de resíduos da

construção civil deve estar ligada ao ciclo de melhoria contínua, que estabelece

através de etapas e métodos de estudos de aspectos, impactos e mitigação de

prejuízos, tanto financeiros como ambientais.

A partir da conclusão do plano, deve-se estabelecer períodos de revisão

para que se possa mensurar os resultados de ações, verificar as metas atingidas e

projetar novas metas, afim de manter o controle das ações já realizadas e a criação

de novas medidas, metodologias e alternativas quanto ao plano apresentado no

período.

Em razão de todo exposto nesse PMIGRCC-RV, a fim de manter um

período para coletas de dados reais e compilação de indicadores, foi estabelecido um

horizonte de até doze meses para a primeira revisão, sendo que as demais revisões

poderão ser realizadas a cada 18 meses.

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9 CONSIDERAÇÕES FINAIS

De acordo com o trabalho realizado as diversas atividades inseridas no

primeiro, segundo e terceiro setor da economia, bem como as atividades ligadas ao

consumidor final têm como característica principal a geração de resíduos. No início

das atividades humanas, o próprio meio de vivência nunca foi a fonte de preocupação

na sociedade, enfatizando sempre a atenção ao desenvolvimento regional, tendo

como base a exploração de recursos naturais evoluindo para a industrialização,

advento das tecnologias e diversificação do consumo, bens e serviços. Esse modelo

de desenvolvimento, somado ao crescimento populacional e o aumento na

concentração de pessoas nos centros urbanos potencializaram os efeitos negativos

da crescente geração de resíduos, o que atingiu em determinados casos, grande

preocupação por desafiar o modelo de economia utilizado atualmente.

Partindo desse causo, surge então o termo sustentabilidade, o qual

passa a ser incorporado nas atividades econômicas como diferencial em resposta a

preocupação aos problemas ambientais decorrentes da geração de resíduos. No

início e ainda atualmente, o termo sustentabilidade é tido como uma estratégia

utópica, pois a sua implementação depende de diversos fatores, sendo os mesmos

técnicos, econômicos, sociais, políticos, jurídico legais, de saúde e segurança,

filosóficos, culturais e meteorológicos.

O aspecto positivo desse cenário é a explicitação do problema ambiental

como elemento aglutinador das diversas áreas de conhecimento, tendo como

consequência a intensificação de esforços intelectuais, cujo tema principal gira em

torno da problemática ambiental estudada entre diversos pontos de vista. Para

sistematizar as ações e, principalmente, para minimizar o aspecto utópico que tende

prevalecer quanto aos termos de sustentabilidade, surge a ferramenta do

planejamento como instrumento para qualificação e quantificação dos problemas

ambientais e ao mesmo tempo para identificar as oportunidades que podem surgir

desses problemas.

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No presente caso foi trabalhada a problemática ambiental e as

oportunidades em torno da geração, coleta, transporte e destinação dos resíduos da

construção civil. Este esforço resultou no plano municipal integrado de gerenciamento

de resíduos da construção civil e resíduos volumosos do município de Salto de

Pirapora. Por meio deste documento foi possível identificar elementos que permitem

afirmar que os resíduos nem sempre representam problemas, sendo assim, eles

podem ser transformados em fontes de oportunidades de geração de novos modelos

de negócios e geração de emprego e renda, principalmente, para pessoas com pouca

ou nenhuma qualificação profissional, tendo como parte do resultado uma automática

mitigação dos problemas até sua real solução.

É com essa objetividade e com esse tipo de ação que o município de

Salto de Pirapora caminha para um futuro mais sustentável dentro dos âmbitos

sociais, ambientais e econômicos.

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BIBLIOGRAFIA

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urbanos>. Acesso em: 05 de Jan de 2014.

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de Saneamento Básico de Salto de Pirapora. 2011. 170 p.

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<http://www.ibge.gov.br/cidadesat/topwindow.htm?1>. Acesso em: 05 de Jan de

2014.

JOHN & AGOPYAN. Reciclagem de resíduos da construção. Departamento de

Engenharia de Construção Civil, Escola Politécnica da USP (PCC USP). São Paulo

1997.

PERS – Política Estadual de Resíduos Sólidos. Lei Nº 12.300/2006. Disponível em:

<http://www.resol.com.br/textos/decreto_54.645-

regulamenta_politica_de_residuos_solidos_de_sao_paulo.htm>. Acesso em: 05 de

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PINTO, T. de P.; GONZÁLES, Juan LR. Manejo e Gestão de Resíduos da Construção

Civil. Manual de Orientação: como implantar um sistema de manejo e gestão nos

municípios, 194 p. Brasília. 2005.

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experiência do Sinduscon-SP. Obra Limpa: I&T: Sinduscon-SP, São Paulo. p. 9, 2005.

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PINTO, T. P. Metodologia para a Gestão Diferenciada de Resíduos Sólidos da

Construção Urbana. 1999. Tese (Doutorado em Engenharia). Escola Politécnica,

Universidade de São Paulo. São Paulo. 1999.

PNRS – Política Nacional de Resíduos Sólidos. Lei Nº 12.305, de 2 de Agosto de

2010. Disponível em:

<http://www.mma.gov.br/port/conama/legiabre.cfm?codlegi=636>. Acesso em: 05 de

Jan de 2014.

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de Construção do Município de Salto de Pirapora. Lei nº 0003/1956. Disponível em:

<http://saltodepirapora.sp.gov.br/site2012/detalhe.php?id=1858>. Acesso em: 05 de

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SALTO DE PIRAPORA, Prefeitura Municipal. Plano Diretor: Disponível em

<http://saltodepirapora.sp.gov.br/sessao/plano-diretor>. Acesso em 13 de Janeiro de

2014.

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Civil no Município de São Paulo. Ambiente Construído, Porto Alegre, v.4, n.4, p. 21-

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SEADE – Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados. Perfil Municipal de Salto

de Pirapora. Disponível em: <

http://www.seade.gov.br/produtos/perfil/perfilMunEstado.php>. Acesso em: 05 de Jan

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ZORDAN, S. E. A Utilização do Entulho como Agregado na Confecção do Concreto.

Dissertação (Mestrado em Engenharia Civil) - Universidade de Campinas, 1997.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BRASIL, Ministério do Meio Ambiente, Secretaria de Recursos Hídricos e Ambiente

Urbano. Manual para Implantação de Sistema de Gestão de Resíduos de Construção

Civil em Consórcios Públicos. Brasília, 2010. 63p.

DALPINO, Carlos Eduardo Ruiz. Utilização de Resíduos da Construção Civil para a

Produção de Concreto. São Paulo, 2008, 68p. tese (bacharelado). Curso de

Engenharia Civil, Universidade Anhembi Morumnbi. São Paulo.

PINTO, T. P. Metodologia para a Gestão Diferenciada de Resíduos Sólidos da

Construção Urbana. São Paulo, 1999, 190p tese (doutorado). Departamento de

Engenharia de Construção Civil, Escola Politécnica da Universidade de São Paulo.

São Paulo.

PINTO, T. P.; Gestão Ambiental dos Resíduos de Construção Civil: a experiência do

Sinduscon-SP, São Paulo. Sinduscon, 2005. 47p.

PINTO, T. P.; GONZÁLES, J.L.R. Manejo e Gestão dos Resíduos da Construção

Civil. Volume 1 – Manual da Orientação: Como implementar um sistema de manejo e

gestão nos municípios. Brasília. 2005. 194p.

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LEGISLAÇÕES E REFERÊNCIAS NORMATIVAS

LEIS E RESOLUÇÕES FEDERAIS

Lei nº 12.305, de 02 de agosto de 2.010 - Institui a Política Nacional de Resíduos

Sólidos; altera a Lei nº 9.605, de 12 de fevereiro de 1.998 e dá outras providências.

Resolução Conama nº 307, de 05 de julho de 2.002 - Estabelece diretrizes, critérios e

procedimentos para a gestão dos resíduos da construção civil.

Resolução Conama nº 348, de 16 de agosto de 2.004 – Altera a Resolução Conama

nº 307, de 05 de julho de 2002, incluindo o amianto na classe de resíduos perigosos.

Resolução Conama nº 431, de 24 de maio de 2.011 – Altera a Resolução Conama nº

307, de 05 de julho de 2002, incluindo o gesso na Classe B.

Resolução Conama nº 448, de 18 de janeiro de 2.012 – Altera a Resolução Conama

nº 307, de 05 de julho de 2002, nos arts. 2º, 4º, 5º, 6º, 8º, 9º, 10 e 11.

LEIS ESTADUAIS

Lei Estadual nº 12.300, de 16 de março de 2.006 - Institui a Política Estadual de

Resíduos Sólidos e define princípios e diretrizes.

LEIS MUNICIPAIS

Lei Municipal nº 0003, de 01 de agosto de 1.956 – Dispõe sobre regulamento de

construção.

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NORMAS TÉCNICAS

ABNT NBR 10004/2004 – Resíduos Sólidos – Classificação

ABNT NBR 10007/2004 – Amostragem de Resíduos Sólidos

ABNT NBR 15112/2004 – Resíduos da Construção Civil e Resíduos Volumosos –

Áreas de Transbordo e Triagem – Diretrizes Para Projeto, Implantação e Operação

ABNT NBR 15113/2004 – Resíduos Sólidos da Construção Civil e Resíduos Inertes -

Aterros - Diretrizes para Projeto, Implantação e Operação

ABNT NBR 15114/2004 – Resíduos Sólidos da Construção Civil - Áreas de

Reciclagem - Diretrizes para Projeto, Implantação e Operação

ABNT NBR 15115/2004 – Agregados Reciclados de Resíduos Sólidos da Construção

Civil - Execução de Camadas de Pavimentação – Procedimentos

ABNT NBR 15116/2004 – Agregados Reciclados de Resíduos Sólidos da Construção

Civil - Utilização em Pavimentação e Preparo de Concreto Sem Função Estrutural –

Requisitos

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10 APÊNDICE

Conteúdo mínimo para emissão da CTR segundo a NBR 15.112/2004.

Emissão em 3 vias sendo elas entregues ao gerador, transportador e

destinatário. Blocos emitidos pelo poder público para controle de geração.

Controle de Transporte de Resíduos

1. Transportador Nome ou razão social: Endereço: Condutor:

Telefone: Cadastro municipal: Placa:

2. Gerador Nome ou razão social: Endereço: Endereço da retirada:

Telefone: CNPJ ou CPF: Município:

3. Área receptora Nome ou razão social: Endereço:

Nº da licença de funcionamento: Telefone:

4. Caracterização do resíduo argamassa / concreto / alvenaria

Volume volumosos (móveis e outros)

transportado m³ volumosos (podas)

solo

madeira

outro (especificar)

5. Responsabilidades

Visto do condutor do veículo:___________________visto do gerador ou responsável pelo serviço:__________________visto e carimbo da área receptora:______________________ Data: ___/___/___ hora ___:___

6. Orientação aos usuários Do gerador:

a) Somente resíduos de construção civil podem ser dispostos nos equipamentos de coleta. Resíduos domiciliares, de serviço de saúde e industriais serão penalizados.

b) Não ultrapassar o limite original de borda do coletor. c) Não poderá contratar transportador não cadastrado. d) Pode solicitar recibo de destinação ao transportador.

Do Transportador a) É proibido de coletar, transportar resíduos domiciliares, de serviço de saúde e industriais sob

risco de penalidades. b) Não poderá coletar o equipamento com excesso de volume, nem trafegar com o mesmo. c) É obrigado a usar dispositivo de cobertura. d) Priorizar o estacionamento da caçamba dentro do imóvel. e) Não deixar caçambas estacionadas por período superior a 60 horas.

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Minuta

Ante projeto de Lei Municipal

Institui o Plano Municipal Integrado de Resíduos de

Construção Civil e Resíduos Volumosos de acordo

com o previsto na Resolução CONAMA nº 307, de

05 de julho de 2002, e dá outras providências.

O Prefeito do Município de Salto de Pirapora, Estado de São Paulo, no

uso das atribuições que lhe são conferidas por lei, considerando que todos os

munícipes têm direito ao meio ambiente equilibrado, bem de uso comum e essencial

à sadia qualidade de vida; considerando que cabe ao município proteger o meio

ambiente e combater a poluição em qualquer de suas formas, como as inúmeras

deposições irregulares de entulho e outros resíduos; considerando que cabe ao

município prover sobre a limpeza de resíduos de qualquer natureza e, portanto, sobre

sua captação e destinação; considerando que cabe ao município a responsabilidade

sobre a gestão dos resíduos da construção civil conforme disposto na Resolução

Conama (Conselho Nacional do Meio Ambiente) nº 307 de 5/07/2002; considerando

que cabe ao município disciplinar a coleta, o tratamento e a destinação dos resíduos

decorrentes da atividade humana, de modo a evitar possíveis danos ao meio ambiente

e à saúde da população; considerando que os resíduos da construção civil e resíduos

volumosos representam um significativo percentual dos resíduos sólidos produzidos

no município; considerando ainda a necessidade de redução dos elevados custos

municipais de limpeza pública e daqueles decorrentes dos danos ao ambiente urbano

e à saúde pública além do não aproveitamento dos resíduos enquanto matéria prima;

Faz saber que a Câmara Municipal de Salto de Pirapora aprovou e ele

sanciona e promulga a seguinte Lei:

CAPÍTULO I

DO OBJETO

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Art. 1º A gestão dos Resíduos da Construção Civil e Resíduos

Volumosos, no âmbito do Município de Salto de Pirapora deve obedecer ao disposto

nesta Lei.

CAPÍTULO II

DO OBJETIVO

Art. 2º Os Resíduos da Construção Civil e os Resíduos Volumosos

gerados no município, nos termos do Plano Municipal Integrado de Gestão de

Resíduos da Construção Civil e Resíduos Volumosos, devem ser destinados às áreas

indicadas no art. 4º desta Lei, visando à triagem, reutilização, reciclagem, reservação

ou destinação mais adequada, conforme a Resolução CONAMA nº 307 de 05 de julho

de 2002 ou qualquer outra que venha a sucedê-la.

§ 1º. Os Resíduos da Construção Civil e os Resíduos Volumosos não

podem ser dispostos em:

I - áreas de “bota fora”;

II - encostas;

III - corpos d’água;

IV - lotes vagos;

V - passeios, vias e outras áreas públicas;

VI - áreas não licenciadas;

VII - áreas protegidas por lei.

§ 2º. Os Resíduos da Construção Civil, se apresentados na forma de

agregados reciclados ou na condição de solos não contaminados, podem ser

utilizados em aterros sanitários com a finalidade de execução de serviços internos ao

aterro.

CAPÍTULO III

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DAS DEFINIÇÕES

art. 3º Para efeito do disposto nesta Lei, ficam estabelecidas as

seguintes definições:

I - Agregados Reciclados: material granular proveniente do

beneficiamento de Resíduos da Construção Civil de natureza mineral (concreto,

argamassas, produtos cerâmicos e outros), designados como classe A, que apresenta

características técnicas adequadas para aplicação em obras de edificação ou infra-

estrutura conforme especificações da norma brasileira NBR 15.116/2004 da

Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT);

II - Área de Reciclagem de Resíduos da Construção Civil:

estabelecimento destinado ao recebimento e transformação de Resíduos da

Construção Civil designados como classe A, já triados, para produção de agregados

reciclados conforme especificações da norma brasileira NBR 15.114/2004 da ABNT;

III - Área de Transbordo e Triagem de Resíduos da Construção Civil e

Resíduos Volumosos (ATT): estabelecimento destinado ao recebimento de Resíduos

da Construção Civil e Resíduos Volumosos gerados e coletados por agentes públicos

ou privados, cuja área, sem causar danos à saúde pública e ao meio ambiente, deve

ser usada para triagem dos resíduos recebidos, eventual transformação e posterior

remoção para adequada disposição, conforme especificações da norma brasileira

NBR 15.112/2004 da ABNT;

IV - Aterro de Resíduos da Construção Civil: estabelecimento onde são

empregadas técnicas de disposição de Resíduos da Construção Civil de origem

mineral, designados como classe A, visando a reservação de materiais de forma

segregada que possibilite seu uso futuro ou ainda, a disposição destes materiais, com

vistas à futura utilização da área, empregando princípios de engenharia para confiná-

los ao menor volume possível, sem causar danos à saúde pública e ao meio ambiente

conforme especificações da norma brasileira NBR 15.113/2004 da ABNT;

V - Bacia de Captação de Resíduos: parcela da área urbana municipal

que ofereça condições homogêneas para a disposição correta dos resíduos de

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construção ou Resíduos Volumosos nela gerados, em um único ponto de captação

(Ponto de Entrega Voluntária) e que podem ser disponibilizadas às instituições

voltadas à coleta seletiva de Resíduos Secos Domiciliares Recicláveis;

VI - Controle de Transporte de Resíduos (CTR): documento emitido pelo

transportador de resíduos que fornece informações sobre gerador, origem, quantidade

e descrição dos resíduos e seu destino, conforme especificações das normas

brasileiras NBR 15.112/2004, NBR 15.113/2004 e NBR 15.114/2004 da ABNT;

VII - Disque Coleta para Pequenos Volumes: sistema de informação

colocado à disposição dos munícipes visando atender à solicitação de coleta de

pequenos volumes de Resíduos da Construção Civil e Resíduos Volumosos, por meio

do acionamento de pequenos transportadores privados e/ou público;

VIII - Equipamentos de Coleta de Resíduos da Construção Civil e

Resíduos Volumosos: dispositivos utilizados para a coleta e posterior transporte de

resíduos, tais como caçambas metálicas estacionárias, caçambas basculantes

instaladas em veículos autopropelidos, carrocerias para carga seca e outros, incluídos

os equipamentos utilizados no transporte do resultado de movimento de terra;

IX - Geradores de Resíduos da Construção Civil: pessoas físicas ou

jurídicas, públicas ou privadas, proprietárias ou responsáveis por obra de construção

civil ou empreendimento com movimento de terra, que produzam Resíduos da

Construção Civil;

X - Geradores de Resíduos Volumosos: pessoas físicas ou jurídicas,

públicas ou privadas, proprietárias, locatárias ou ocupantes de imóvel em que sejam

gerados Resíduos Volumosos;

XI - Grandes geradores: áreas com intervenção maior que 30m²;

XII - Pequenos geradores: áreas com intervenção menor ou igual a 30m²;

XIII - Ecoponto: local destinado ao recebimento de pequenos volumes

de Resíduos da Construção Civil e Resíduos Volumosos, gerados e entregues pelos

munícipes, podendo ainda ser coletados e entregues por pequenos transportadores

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diretamente contratados pelos geradores, equipamentos esses que, sem causar

danos à saúde pública e ao meio ambiente, devem ser usados para a triagem de

resíduos recebidos, posterior coleta diferenciada e remoção para adequada

disposição. Devem atender às especificações da norma brasileira NBR 15.112/2004

da ABNT;

XIV - Receptores de Resíduos da Construção Civil e de Resíduos

Volumosos: pessoas jurídicas, públicas ou privadas, operadoras de

empreendimentos, cuja função seja o manejo adequado de Resíduos da Construção

Civil e Resíduos Volumosos em pontos de entrega, áreas de triagem, áreas de

reciclagem e aterros, entre outras;

XV - Reservação de Resíduos: processo de disposição segregada de

resíduos triados para reutilização ou reciclagem futura;

XVI - Resíduos da Construção Civil: provenientes de construções,

reformas, reparos e demolições de obras de construção civil, e os resultantes da

preparação e da escavação de terrenos, tais como: tijolos, blocos cerâmicos, concreto

em geral, solos, rochas, metais, resinas, colas, tintas, madeiras e compensados,

forros, argamassa, gesso, telhas, pavimento asfáltico, vidros, plásticos, tubulações,

fiação elétrica etc., comumente chamados de entulhos de obras. Devem ser

classificados, conforme o disposto na Resolução Conama nº 307, nas classes A, B, C

e D;

XVII - Resíduos Secos Domiciliares Recicláveis: resíduos provenientes

de residências ou de qualquer outra atividade que gere resíduos com características

domiciliares ou a estes equiparados, constituído principalmente por embalagens e que

podem ser submetidos a um processo de reaproveitamento;

XVIII - Resíduos Volumosos: resíduos constituídos basicamente por

material volumoso não removido pela coleta pública municipal rotineira, como móveis

e equipamentos domésticos inutilizados, grandes embalagens e peças de madeira,

resíduos vegetais provenientes da manutenção de áreas verdes públicas ou privadas

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e outros, comumente chamados de bagulhos e não caracterizados como resíduos

industriais;

XIX - Transportadores de Resíduos de Construção e Resíduos

Volumosos: pessoas físicas ou jurídicas, encarregadas da coleta e do transporte

remunerado dos resíduos entre as fontes geradoras e as áreas de destinação.

CAPÍTULO IV

DO SISTEMA DE GESTÃO SUSTENTÁVEL DE RESÍDUOS DA CONSTRUÇÃO

CIVIL E RESÍDUOS VOLUMOSOS

Art. 4º Fica instituído o Plano Municipal Integrado de Gestão de

Resíduos da Construção Civil e Resíduos Volumosos cujo objetivo é a facilitação da

correta disposição, o disciplinamento dos fluxos e dos agentes envolvidos e a

destinação adequada dos Resíduos da Construção Civil e Resíduos Volumosos

gerados no município.

§ 1º. O Plano Municipal Integrado de Gestão de Resíduos da Construção

Civil e volumosos incorpora:

I - diretrizes para pequenos geradores;

II - diretrizes para grandes geradores não compreendidos no inciso I;

§ 2º. O Plano Municipal Integrado de Gestão de Resíduos da Construção

Civil é corporificado no Sistema de Gestão Sustentável de Resíduos da Construção

Civil e Resíduos Volumosos que é constituído por um conjunto integrado de áreas

físicas e ações, descritas a seguir:

I - uma rede de Pontos de Entrega para Pequenos Volumes de Resíduos

da Construção Civil e Resíduos Volumosos, implantada em bacias de captação de

resíduos;

II - serviço Disque Coleta para Pequenos Volumes, de acesso telefônico

a pequenos transportadores de Resíduos da Construção Civil e Resíduos Volumosos;

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III - uma rede de Áreas para Recepção de Grandes Volumes (Áreas de

Transbordo e Triagem, Áreas de Reciclagem e Aterros de Resíduos da Construção

Civil);

IV - ações para a informação e educação ambiental dos munícipes, dos

transportadores de resíduos e das instituições sociais multiplicadoras, definidas em

programas específicos;

V - ações para o controle e fiscalização do conjunto de agentes

envolvidos, definidas em programa específico.

VI - ação de gestão integrada a ser desenvolvida pela secretaria de

obras e meio ambiente que garanta a unicidade das ações previstas no Plano

Municipal Integrado de Gestão e exerça o papel gestor que é competência do Poder

Público Municipal.

§ 3º. O Poder Público Municipal deve criar procedimentos para licenciar

as áreas físicas cujo licenciamento esteja sob sua competência.

SEÇÃO I

DO PROGRAMA MUNICIPAL DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS

DA CONSTRUÇÃO CIVIL

Art. 5º A gestão dos resíduos em pequenos volumes deve ser feita por

intermédio do Programa Municipal de Gerenciamento de Resíduos da Construção

Civil que tem como diretrizes técnicas:

I - a melhoria da limpeza urbana;

II - a possibilitação do exercício das responsabilidades dos pequenos

geradores, por meio de pontos de captação perenes;

III - fomentar a redução, a reutilização, a reciclagem e a correta

destinação destes resíduos.

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Art. 6° Para implementação do Programa Municipal de Gerenciamento

de Resíduos da Construção Civil ficam criados os Pontos de Entrega para Pequenos

Volumes, sendo definidas:

I - sua constituição em rede;

II - sua qualificação como serviço público de coleta;

III - sua implantação em locais degradados por ações de deposição

irregular de resíduos, sempre que possível.

§ 1º. Para a instalação de Pontos de Entrega para Pequenos Volumes

devem ser destinadas, pelo Poder Público, áreas livres reservadas ao uso público,

preferencialmente as já degradadas devido à deposição irregular e sistemática de

resíduos sólidos, com o objetivo de sua recuperação nos aspectos paisagísticos e

ambientais.

§ 2º. É vedada a utilização de áreas verdes que não tenham sofrido a

degradação referida no parágrafo 1º para a instalação de Pontos de Entrega para

Pequenos Volumes.

§ 3º. O número e a localização dos Pontos de Entrega para Pequenos

Volumes devem ser definidos e readequados por ato das secretarias de Meio

Ambiente e Obras, previsto no art. 22, para obtenção de soluções eficazes de

captação e destinação.

§ 4º. Os Pontos de Entrega para Pequenos Volumes:

I - devem receber de munícipes e pequenos transportadores

cadastrados, descargas de resíduos de construção e Resíduos Volumosos, limitadas

ao volume de 1 (um) metro cúbico por descarga, para triagem obrigatória, posterior

transbordo e destinação adequada dos diversos componentes;

II - podem, sem comprometimento de suas funções originais, ser

utilizados de forma compartilhada por grupos locais que desenvolvam ações de coleta

seletiva de resíduos seco domiciliares recicláveis;

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§ 5º. A operação dos Pontos de Entrega para Pequenos Volumes deve

incluir o Disque Coleta para Pequenos Volumes ao qual os geradores de pequenos

volumes podem recorrer para a remoção remunerada dos resíduos, realizada pelos

pequenos transportadores privados sediados nos Pontos de Entrega.

Art. 7º É vedado aos Pontos de Entrega para Pequenos Volumes receber

a descarga de resíduos domiciliares não-inertes oriundos do preparo de alimentos,

resíduos industriais e resíduos dos serviços de saúde.

Art. 8º As ações de educação ambiental e de controle e fiscalização,

necessárias ao bom funcionamento da rede de Pontos de Entrega para Pequenos

Volumes, fazem parte do Programa Municipal de Gestão de Resíduos da Construção

Civil.

Parágrafo único. Caberá as secretarias de Meio Ambiente e Obras a

coordenação das ações previstas no caput, em conformidade com as diretrizes dos

Departamentos / Secretarias envolvidos.

SEÇÃO II

DOS PROJETOS DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL

Art. 9º Os geradores de grandes volumes de resíduos da construção

civil, públicos ou privados, cujos empreendimentos requeiram a expedição de alvará

de aprovação e execução de edificação nova, de reforma ou reconstrução, de

demolição, de muros de arrimos e de movimento de terra, nos termos da legislação

municipal, devem desenvolver e implementar Projetos de Gerenciamento de Resíduos

da Construção Civil, em conformidade com as diretrizes da Resolução CONAMA nº

307, estabelecendo os procedimentos específicos da obra para o manejo e destinação

ambientalmente adequados dos resíduos.

§1º. Os Projetos de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil:

I - devem apresentar a caracterização dos resíduos e os procedimentos

a adotar para sua minimização e para o manejo correto nas etapas de triagem,

acondicionamento, transporte e destinação;

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II - em obras com atividades de demolição, devem incluir o compromisso

com a prévia desmontagem seletiva dos componentes da construção, respeitadas as

classes estabelecidas pela Resolução CONAMA nº 307 visando à minimização dos

resíduos a serem gerados e a sua correta destinação.

§2º. Os geradores especificados no caput devem:

I - especificar nos seus projetos, em conformidade com as diretrizes da

legislação municipal, os procedimentos que serão adotados para outras categorias de

resíduos eventualmente gerados no empreendimento, em locais tais como

ambulatórios, refeitórios e sanitários;

II - quando contratantes de serviços de transporte, triagem e destinação

de resíduos, especificar, em seus Projetos de Gerenciamento de Resíduos da

Construção Civil, os agentes responsáveis por estas etapas, definidos entre os

agentes licenciados pelo Poder Público;

III - quando entes públicos, na impossibilidade de cumprimento do

disposto no inciso II em decorrência de certame licitatório ainda não iniciado,

apresentar, junto aos Projetos de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil,

termo de compromisso de contratação de agente licenciado para a execução dos

serviços de transporte, triagem e destinação de resíduos, em substituição temporária

à sua identificação, conforme exigido no artigo 10 desta Lei.

§ 3º. Os geradores especificados no caput poderão, a seu critério,

substituir, em qualquer tempo, os agentes responsáveis pelos serviços de transporte,

triagem e destinação de resíduos, por outros, desde que legalmente licenciados pelo

Poder Público.

§4º. Os Projetos de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil

podem prever o deslocamento, recebimento ou envio, de resíduos da construção civil

classe A, triados, entre empreendimentos licenciados, detentores de Projetos de

Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil.

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Art. 10 Os Projetos de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil

devem ser implementados pelos construtores responsáveis por obra objeto de

licitação pública, devendo ser exigida, para a assinatura do contrato, comprovação da

regularidade dos agentes responsáveis pelas atividades de transporte, triagem e

destinação de resíduos, definidos entre os devidamente licenciados pelo Poder

Público.

§1º. É de responsabilidade dos executores de obras ou serviços em

logradouros públicos a manutenção dos locais de trabalho permanentemente limpos

e a manutenção de registros e comprovantes (CTR) do transporte e destinação

corretos dos resíduos sob sua responsabilidade.

§2º. Todos os editais referentes às obras públicas em licitação, bem

como os documentos que os subsidiem, na forma de contratos, especificações

técnicas, memoriais descritivos e outros, devem incluir a exigência de implementação

dos Projetos de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil e fazer constar as

normas emanadas desta Lei.

Art. 11 O Executivo deve regulamentar os procedimentos de análise dos

Projetos de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil para as obras públicas

e privadas.

§1º. O Projeto de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil, de

empreendimentos e atividades:

I - não enquadrados na legislação como objeto de licenciamento

ambiental, deve ser apresentado juntamente com o projeto de construção do

empreendimento para análise pelo órgão municipal competente.

II - sujeitos ao licenciamento ambiental, deve ser analisado dentro do

processo de licenciamento, pelo órgão competente.

§2º. Por meio de boletins bimestrais, ou em prazo inferior, o órgão

municipal responsável pela limpeza urbana deve informar os órgãos responsáveis

pela análise dos Projetos de Gerenciamentos de Resíduos da Construção Civil, sobre

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os transportadores e receptores de resíduos com cadastro ou licença de operação em

validade.

§ 3º. A emissão de Habite-se ou Alvará de Conclusão, pelo órgão

municipal competente, para os empreendimentos dos geradores de resíduos de

construção, deve estar condicionada à apresentação do documento de Controle de

Transporte de Resíduos (CTR) e outros documentos de contratação de serviços

anunciados no Projeto de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil,

comprovadores da correta triagem, transporte e destinação dos resíduos gerados.

§ 4º. O documento de Controle de Transporte de Resíduos relativos aos

empreendimentos devem estar disponíveis nos locais da geração dos resíduos para

fins de fiscalização pelos órgãos competentes.

Art. 12 Os executores de obra objeto de licitação pública devem

comprovar durante a execução do contrato, e no seu término, o cumprimento das

responsabilidades definidas no Projeto de Gerenciamento de Resíduos da Construção

Civil.

Parágrafo único. O não cumprimento da determinação expressa no

caput deste artigo determina o impedimento dos agentes submetidos a contratos com

o Poder Público, em conformidade com o art. 87 da Lei Federal nº 8.666, de 21 de

junho de 1993.

CAPÍTULO V

DAS RESPONSABILIDADES

Art. 13 São responsáveis pela gestão dos resíduos:

I - os Geradores de Resíduos da Construção Civil, pelos resíduos das

atividades de construção, reforma, reparos e demolições, bem como por aqueles

resultantes dos serviços preliminares de remoção de vegetação e escavação de solos;

II - os Geradores de Resíduos Volumosos, pelos resíduos desta natureza

originados nos imóveis municipais, de propriedade pública ou privada;

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III - os Transportadores de Resíduos da Construção Civil e Resíduos

Volumosos e os Receptores de Resíduos da Construção Civil e Resíduos Volumosos,

no exercício de suas respectivas atividades.

SEÇÃO I

DA DISCIPLINA DOS GERADORES

Art. 14 Os Geradores de Resíduos da Construção Civil e Geradores de

Resíduos Volumosos devem ser fiscalizados e responsabilizados pelo uso incorreto

dos equipamentos disponibilizados para a captação disciplinada dos resíduos

gerados.

§ 1º. Os pequenos volumes de Resíduos da Construção Civil e Resíduos

Volumosos, limitados ao volume de 1 (um) metro cúbico por descarga, podem ser

destinados à rede de Pontos de Entrega para Pequenos Volumes, onde os usuários

devem ser responsáveis pela sua disposição diferenciada.

§ 2º. Os grandes volumes de Resíduos da Construção Civil e Resíduos

Volumosos, superiores ao volume de 1 (um) metro cúbico por descarga, devem ser

destinados à rede de Áreas para Recepção de Grandes Volumes, onde devem ser

objeto de triagem e destinação adequada.

§ 3º. Os geradores citados no caput:

I - só podem utilizar caçambas metálicas estacionárias e outros

equipamentos de coleta destinados a Resíduos da Construção Civil e Resíduos

Volumosos para a disposição exclusivamente destes resíduos;

II - não podem utilizar chapas, placas e outros dispositivos

suplementares que promovam a elevação da capacidade volumétrica de caçambas

metálicas estacionárias, devendo estas serem utilizadas apenas até o seu nível

superior original.

§ 4º. Os geradores, obedecido o disposto no art. 15, parágrafo 2º, II e

parágrafo 3º, II, podem transportar seus próprios resíduos e, quando usuários de

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serviços de transporte, ficam obrigados a utilizar exclusivamente os serviços de

remoção de transportadores licenciados pelo Poder Público Municipal.

SEÇÃO II

DA DISCIPLINA DOS TRANSPORTADORES

Art. 15 Os Transportadores de Resíduos da Construção Civil e Resíduos

Volumosos, reconhecidos como ação privada de coleta regulamentada, submetida às

diretrizes e à ação gestora do poder público municipal, devem ser cadastrados pela

Secretaria de Meio Ambiente, conforme regulamentação especifica.

§ 1º. Os equipamentos para a coleta de Resíduos da Construção Civil e

Resíduos Volumosos não podem ser utilizados para o transporte de outros resíduos.

§ 2º. É vedado aos transportadores:

I - realizar o transporte dos resíduos quando os dispositivos que os

contenham estejam com a capacidade volumétrica elevada pela utilização de chapas,

placas ou outros suplementos;

II - sujar as vias públicas durante a operação com os equipamentos de

coleta de resíduos;

III - fazer o deslocamento de resíduos sem o respectivo documento de

Controle de Transporte de Resíduos (CTR) quando operarem com caçambas

metálicas estacionárias ou outros tipos de dispositivos deslocados por veículos

automotores;

IV - estacionar as caçambas na via pública quando estas não estiverem

sendo utilizadas para a coleta de resíduos.

§ 3º. Os transportadores ficam obrigados:

I - a estacionar as caçambas em conformidade com a regulamentação

específica;

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II - a utilizar dispositivos de cobertura de carga em caçambas metálicas

estacionárias ou outros equipamentos de coleta, durante o transporte dos resíduos;

III - quando operarem com caçambas metálicas estacionárias ou outros

tipos de dispositivos deslocados por veículos automotores, a fornecer:

a) aos geradores atendidos, comprovantes identificando a correta

destinação dada aos resíduos coletados;

b) aos usuários de seus equipamentos, documento simplificado de

orientação, com:

1 - instruções sobre posicionamento da caçamba e volume a ser

respeitado;

2 - tipos de resíduos admissíveis;

3 - prazo de utilização da caçamba;

4 - proibição de contratar os serviços de transportadores não

cadastrados;

5 - penalidades previstas em lei e outras instruções que julgue

necessárias.

§ 4º. A presença de transportadores irregulares descompromissados

com o Sistema de Gestão Sustentável de Resíduos da Construção Civil e a utilização

irregular das áreas de destinação e equipamentos de coleta devem ser coibidas pelas

ações de fiscalização.

SEÇÃO III

DA DISCIPLINA DOS RECEPTORES

Art. 16 Os Receptores de Resíduos da Construção Civil e Resíduos

Volumosos devem promover o manejo dos resíduos em grandes volumes nas Áreas

para Recepção de Grandes Volumes de resíduos, sendo definidas:

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I - sua constituição em rede;

II - a necessidade de seu licenciamento pelos órgãos competentes;

III - a implantação preferencialmente de empreendimentos privados

regulamentados, operadores da triagem, transbordo, reciclagem, reservação e

disposição final, cujas atividades visam à destinação adequada dos resíduos em

conformidade com as diretrizes desta Lei, de sua regulamentação e das normas

técnicas brasileiras.

§ 1º. Fazem parte da rede de Áreas para Recepção de Grandes

Volumes:

I - Áreas de Transbordo e Triagem de Resíduos da Construção Civil e

Resíduos Volumosos (ATT);

II - Áreas de Reciclagem;

III - Aterros de Resíduos da Construção Civil;

§ 2°. Os operadores das áreas referidas no parágrafo 1° devem receber,

sem restrição de volume, resíduos oriundos de geradores ou transportadores de

Resíduos da Construção Civil e Resíduos Volumosos;

§ 3°. Podem compor ainda a rede de Áreas para Recepção de Grandes

Volumes áreas públicas que devem receber, sem restrição de volume, Resíduos da

Construção Civil e Resíduos Volumosos oriundos de ações públicas de limpeza.

§ 4º. Os Resíduos da Construção Civil e os Resíduos Volumosos devem

ser integralmente triados pelos operadores das áreas citadas no parágrafo 1º e

parágrafo 3º e devem receber a destinação definida em legislação federal específica,

priorizando-se sua reutilização ou reciclagem.

§ 5º. Não são admitidas nas áreas citadas no parágrafo 1º e parágrafo

3º a descarga de:

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I - resíduos de transportadores que não tenham sua atuação licenciada

pelo Poder Público Municipal;

II - resíduos domiciliares, resíduos industriais e resíduos dos serviços de

saúde.

Art. 17 A Secretaria de Meio Ambiente, previsto no art. 22, visando

soluções e capazes de captação e destinação, deve definir e readequar:

I - o número e a localização das áreas públicas previstas;

II - o detalhamento das ações públicas de educação ambiental;

III - o detalhamento das ações de controle e fiscalização.

Art. 18 O Poder Público Municipal, por meio das Secretarias de Meio

Ambiente e Obras, deve criar procedimento de registro e licenciamento para que

proprietários de áreas que necessitem de eegularização topográfica possam executar

Aterro de Resíduos da Construção Civil de pequeno porte, obedecidas as normas

técnicas brasileiras específicas.

§ 1º. Os Aterros de Resíduos da Construção Civil de pequeno porte:

I - devem receber resíduos previamente triados, isentos de lixo, materiais

velhos e quaisquer outros detritos, dispondo-se neles exclusivamente os Resíduos da

Construção Civil de natureza mineral, designados como classe A pela Resolução

CONAMA nº 307;

§ 2º. Toda e qualquer movimentação de terra que configure a alteração

do relevo local, por corte ou aterro acima de 1 (um) metro de desnível, só pode ser

realizada mediante a análise e expedição de alvará pelo órgão municipal competente.

CAPÍTULO VI

DA DESTINAÇÃO DOS RESÍDUOS

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Art. 19 Os Resíduos Volumosos captados no Sistema de Gestão

Sustentável de Resíduos da Construção Civil e Resíduos Volumosos devem ser

triados, aplicando-se a eles, sempre que possível, processos de reutilização,

desmontagem e reciclagem que evitem sua destinação final a aterro sanitário.

Art. 20 Os Resíduos da Construção Civil devem ser integralmente triados

pelos geradores ou nas áreas receptoras, segundo a classificação definida pelas

Resoluções CONAMA nº 307, nº 341, nº 348 e nº 448, em classes A, B, C e D e devem

receber a destinação prevista nestas resoluções e nas normas técnicas brasileiras.

Parágrafo único. Os Resíduos da Construção Civil de natureza mineral,

designados como classe A pela Resolução CONAMA nº 307, devem ser

prioritariamente reutilizados ou reciclados, salvo se inviáveis estas operações,

quando:

I - devem ser conduzidos a Aterros de Resíduos da Construção Civil

licenciados:

a) para reservação e beneficiamento futuro;

b) ou para conformação topográfica de áreas com função urbana

definida.

Art. 21 O Poder Executivo Municipal deve regulamentar as condições

para o uso preferencial dos resíduos referidos no artigo 20, parágrafo único, na forma

de agregado reciclado:

I - em obras públicas de infra-estrutura (revestimento primário de vias,

camadas de pavimento, passeios e muração públicos, artefatos, drenagem urbana e

outras);

II - e em obras públicas de edificações (concreto, argamassas, artefatos

e outros).

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§ 1º. As condições para o uso preferencial de agregados reciclados

devem ser estabelecidas para obras contratadas ou executadas pela administração

pública direta e indireta, obedecidas as normas técnicas brasileiras específicas.

§ 2º. Estão dispensadas da exigência imposta no parágrafo 1º:

I - as obras de caráter emergencial;

II - as situações em que não ocorra a oferta de agregados reciclados;

III - as situações em que estes agregados tenham preços superiores aos

dos agregados naturais.

§ 3º. Todas as especificações técnicas e editais de licitação para obras

públicas municipais devem fazer, no corpo dos documentos, menção expressa ao

disposto neste artigo.

CAPÍTULO VII

DAS SANÇÕES ADMINISTRAT IVAS

SEÇÃO I

DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 24 Considera-se infração administrativa toda ação ou omissão,

praticada a título de dolo ou culpa, que viole as disposições estabelecidas nesta Lei e

nas normas dela decorrentes.

Art. 25 Por transgressão do disposto nesta Lei e das normas dela

decorrentes, consideram-se infratores:

I - o proprietário, o locatário, o síndico ou aquele que estiver, a qualquer

título, na posse do imóvel;

II - o representante legal do proprietário do imóvel ou responsável técnico

da obra;

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III - o motorista e o proprietário do veículo transportador;

IV - o dirigente legal da empresa transportadora;

V - o proprietário, o operador ou responsável técnico da área para

recepção de resíduos.

Art. 26 Considera-se reincidência o cometimento de nova infração dentre

as tipificadas nesta Lei, ou de normas dela decorrentes, dentro do prazo de doze

meses após a data de aplicação de penalidade por infração anterior.

Art. 27 No caso de os efeitos da infração terem sido sanados pelo Poder

Público, o infrator deverá ressarcir os custos incorridos, em dinheiro, ou, a critério da

autoridade administrativa, em bens e serviços.

SEÇÃO II

DAS PENALIDADES

Art. 28 O infrator está sujeito à aplicação das seguintes penalidades:

I - multa;

II - suspensão do exercício de atividade por até noventa dias;

III - cassação da autorização ou licença para execução de obra;

IV - interdição do exercício de atividade;

V - perda de bens.

Art. 29 A pena de multa consiste no pagamento de valor pecuniário

definido mediante os critérios constantes do Anexo desta Lei, sem prejuízo das

demais sanções administrativas previstas no art. 28.

§ 1º. Será aplicada uma multa para cada infração, inclusive quando duas

ou mais infrações tenham sido cometidas simultânea ou sucessivamente.

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§ 2º. No caso de reincidência, o valor da multa será do dobro do previsto

no Anexo desta Lei.

§ 3º. A quitação da multa, pelo infrator, não o exime do cumprimento de

outras obrigações legais nem o isenta da obrigação de reparar os danos causados ao

meio ambiente ou a terceiros.

Art. 30 A suspensão do exercício da atividade por até noventa dias será

aplicada nas hipóteses de:

I - obstaculização da ação fiscalizadora;

II - não pagamento da pena de multa em até 120 (cento e vinte) dias

após a sua aplicação;

III - desobediência ao embargo de obra ou resistência à apreensão de

equipamentos e outros bens.

§ 1º. A suspensão do exercício de atividade consiste do afastamento

provisório do desempenho de atividades determinadas.

§ 2º. A pena de suspensão do exercício de atividade poderá abranger

todas as atividades que constituam o objeto empresarial do infrator.

§ 3º. A suspensão do exercício de atividade será aplicada por um mínimo

de dez dias, com exceção de quando aplicada com fundamento no inciso III do caput,

cujo prazo mínimo será de trinta dias.

Art. 31 Se, antes do decurso de um ano da aplicação da penalidade

prevista no art. 30, houver cometimento de infração ao disposto nesta Lei, será

aplicada a pena de cassação da autorização ou de licença, para execução de obra ou

para o exercício de atividade; caso não haja autorização ou licença, ou a infração nova

envolver obra diferente, será aplicada a pena de interdição do exercício de atividade.

§ 1º. A pena de interdição de atividade perdurará por no mínimo dez

anos e incluirá a proibição de qualquer das pessoas físicas sócias da empresa

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infratora desempenhar atividade igual ou semelhante, diretamente ou por meio de

outra empresa.

Art. 32 A pena de perda de bens consiste na perda da posse e

propriedade de bens antes apreendidos e poderá ser aplicada cumulativamente nas

hipóteses de:

I - cassação de autorização ou licença;

II - interdição de atividades;

III - desobediência à pena de interdição de atividade.

SEÇÃO III

DO PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO

Art. 33 A cada infração, ou conjunto de infrações cometidas simultânea

ou sucessivamente, será emitido Auto de Infração, do qual constará:

I - a descrição sucinta da infração cometida;

II - o dispositivo legal ou regulamentar violado;

III - a indicação de quem é o infrator e as penas a que estará sujeito;

IV - as medidas preventivas eventualmente adotadas.

Art. 34 O infrator será notificado mediante a entrega de cópia do Auto de

Infração e Multa para, querendo, exercer o seu direito de defesa em 48 (quarenta e

oito) horas.

§ 1º. Considerar-se-á notificado o infrator mediante a assinatura ou

rubrica de seu representante legal, ou de qualquer preposto seu presente no local da

infração.

§ 2º. No caso de recusa em lançar a assinatura ou rubrica, poderá o

agente fiscalizador declarar tal recusa e identificar o notificando por meio da menção

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a seu documento de identidade; caso inviável a menção ao documento de identidade,

deverá descrever o notificado e indicar duas testemunhas idôneas, que comprovem

que o notificado teve acesso ao teor do Auto de Infração.

§ 3º. No caso de erro ou equívoco na notificação, este será sanado por

meio de publicação de extrato do Auto de Infração corrigido na imprensa oficial.

§ 4º. A notificação com equívoco ou erro será convalidada e considerada

perfeita com a tempestiva apresentação de defesa pelo notificado.

Art. 35 Decorrido o prazo de defesa, o Auto de Infração será enviado à

autoridade superior para confirmá-lo e aplicar as penalidades nele previstas, ou para

rejeitá-lo.

§ 1º. Caso tenham sido juntados documentos ou informações novas ao

Auto de Infração, o infrator será novamente notificado para apresentar defesa.

§ 2º. A autoridade superior, caso julgue necessário, poderá realizar

instrução, inclusive com realização de perícia e oitiva de testemunhas.

§ 3º. A autoridade administrativa poderá rejeitar parcialmente o Auto de

Infração, inclusive reconhecendo infração diversa ou aplicando penalidade mais

branda.

§ 4º. A autoridade administrativa poderá deixar de aplicar penalidade no

caso de o infrator não ser reincidente e, ainda, em sua defesa demonstrar que tomou

efetivamente todas as medidas a seu alcance para a correção da infração e o

cumprimento do disposto nesta Lei.

§ 5º. Com a decisão prevista no caput cessarão os efeitos de todas as

medidas preventivas.

Art. 36 Da decisão administrativa prevista no art. 35 não caberá recurso

administrativo, podendo, no entanto, ser anulada no caso de ofensa ao direito de

defesa ou outro vício jurídico grave.

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SEÇÃO IV

DAS MEDIDAS PREVENTIVAS

Art. 37 Sempre que em face da presença da fiscalização a atividade

infracional não cessar, ou houver fundado receio de que ela venha a ser retomada,

serão adotadas as seguintes medidas preventivas:

I - embargo de obra;

II - apreensão de bens.

§ 1º. As medidas preventivas poderão ser adotadas separadamente ou

em conjunto.

§ 2º. As medidas preventivas previstas neste artigo poderão ser

adotadas também no caso de o infrator não cooperar com a ação fiscalizadora,

especialmente impedindo o acesso a locais e documentos, inclusive os de

identificação de pessoas físicas ou jurídicas.

§ 3º. Os equipamentos apreendidos devem ser recolhidos ao local

definido pelo órgão municipal competente; os documentos, especialmente contábeis,

ficarão na guarda da Administração ou em instituição bancária.

§ 4º. Tendo sido sanada a irregularidade objeto de notificação, o infrator

poderá requerer a liberação dos equipamentos ou documentos apreendidos desde

que apurados e recolhidos os valores referentes às custas de apreensão, remoção e

guarda.

CAPÍTULO VIII

DISPOSIÇÕES FINAIS

Art. 38 Esta Lei entrará em vigor na data de sua publicação, revogando-

se todas as disposições em contrário.

Salto de Pirapora, __ de _________ de ____.

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_______________________________

Prefeito Municipal

Quadro de Infrações

Quadro 12 - Infrações e Gradações

Ref Artigo Natureza da Infração Gradação das multas (referência)

I Art. 2º, § 1º Deposição de resíduos em locais proibidos 100% II Art. 14, § 3º Deposição de resíduos proibidos em caçambas

metálicas estacionárias 100%

III Art. 14, § 3º Desrespeito do limite de volume de caçamba estacionária por parte dos geradores

25%

IV Art. 14, § 4º Uso de transportadores não licenciados 100% V Art. 15 Transportar resíduos sem cadastramento 100% VI Art. 15, § 1º Transporte de resíduos proibidos 100% VII Art. 15, § 2º I Desrespeito do limite de volume de caçamba

estacionária por parte dos transportadores 25%

VIII Art. 15, § 2º, II Despejo de resíduos na via pública durante a carga ou transporte

50%

IX Art. 15, § 2º, III

Ausência de documento de Controle de Transporte de Resíduos (CTR)

25%

X Art. 15, § 2º, IV

Estacionamento na via pública de caçamba não utilizada para a coleta de resíduos

50%

XI Art. 15, § 3º, I Estacionamento irregular de caçamba 50% XII Art. 15, § 3º, II Ausência de dispositivo de cobertura de carga 50% XIII Art. 15, § 3º,

III Não fornecer comprovação da correta destinação e documento com orientação aos usuários

50%

XIV Art. 15, § 4º Uso de equipamentos em situação irregular (conservação, identificação)

25%

XV Art. 16, § 5º, I Recepção de resíduos de transportadores sem licença atualizada

100%

XVI Art. 16, § 5º, II Recepção de resíduos não autorizados 100% XVII Art. 18, § 1º, I Utilização de resíduos não triados em aterros 50% até 1m³ e 25%

a cada m³ acrescido XVIII Art. 18, § 2º Realização de movimento de terra sem alvará 50%

Fonte 34 - Caixa Econômica Federal Adaptado