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PROGRAMA NACIONAL DE CAPACITAÇÃO DE GESTORES AMBIENTAIS PLANO AMBIENTAL PARA O MUNICIPIO DE UNA BAHIA MÔNICA SANTOS BARROS EDILEUSA MALTA GOLDMAN KARLLA MIRANDA DA COSTA UNA BAHIA NOVEMBRO 2009

PLANO AMBIENTAL UNA

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CONSTRUÍDO EM 2009 A PARTIR DO CURSO DO GAC DA BAHIA

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Page 1: PLANO AMBIENTAL UNA

PROGRAMA NACIONAL DE CAPACITAÇÃO DE GESTORES AMBIENTAIS

PLANO AMBIENTAL PARA O MUNICIPIO DE

UNA – BAHIA

MÔNICA SANTOS BARROS EDILEUSA MALTA GOLDMAN KARLLA MIRANDA DA COSTA

UNA – BAHIA NOVEMBRO – 2009

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PLANO AMBIENTAL PARA O MUNICIPIO DE

UNA – BAHIA

MÔNICA SANTOS BARROS Secretária de Turismo e Meio Ambiente

Licenciada em Biologia EDILEUSA MALTA

Licenciada em Geografia Especialista em Gestão Ambiental Municipal

KARLLA MIRANDA DA COSTA Bacharel em Administração

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DEDICATÓRIA

Oferecemos esse Plano em especial a Deus pelo fôlego de vida, ao Prefeito

Dejair Birschner pelo apoio que tem dado, a Secretaria de Educação, Esporte e

Cultura, a Secretaria de Viação Obras e Transportes, a Secretaria de Agricultura

Indústria e Comércio, a Secretaria de Saúde, a Divisão de Tributação e

Arrecadação, a COOPERUNA, CEPLAC, ICMBIO,IESB pelo apoio no fornecimento

de informações para execução do plano e a todos os que contribuíram para esse

importante documento que visa a sustentabilidade e qualidade de vida para todos.

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SUMÁRIO

RESUMO....................................................................................................................05

INTRODUÇÃO...........................................................................................................06

METODOLOGIA........................................................................................................08

DIAGNÓSTICO E CARACTERIZAÇÃO AMBIENTAL............................................. 09

ANÁLISE/AVALIAÇÃO............................................................................................ 89

PRINCIPIOS E DIRETRIZES PARA GESTÃO MUNICIPAL.................................... 91

ESTRUTURAÇÃO DO SISMUMA............................................................................ 93

CONSIDERAÇÕES FINAIS.......................................................................................95

REFERÊNCIAS......................................................................................................... 97

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PLANO AMBIENTAL PARA O MUNICIPIO DE

UNA – BAHIA

RESUMO: Demonstra o Plano Ambiental do Município de Una, contemplando seus aspectos

históricos, culturais, sócio-econômicos e ambientais identificando as atividades de

pequeno, médio e grande porte nas áreas urbanas e rurais e nelas suas

características impactantes para daí então propormos ações que a curto médio e

longo prazo venham mitigar os efeitos nocivos ao meio ambiente. Este Plano atende

a uma proposta do Programa Nacional de Capacitação de Gestores Ambientais

(PNC) que visa fortalecer a Gestão Ambiental Municipal em todos os seus aspectos,

sobretudo institucionalmente constituindo-se uma ferramenta para nortear futuras

políticas e discussões no âmbito ambiental que venham a ser desenvolvidas em

nosso município. Compõe este trabalho informações levantadas a partir de

pesquisas realizadas em literaturas científicas, dados estatísticos levantados em

instituições federais e estaduais e municipais resultando num retrato fiel do

panorama, sobretudo, ambiental do nosso município. Registram-se aqui metas e

prazos para serem cumpridos buscando em alguns casos extinguir, e em outros

mitigarem impactos, bem como compensações ambientais quando couber.

Palavras – chave: Plano, Ambiental, Una.

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1. INTRODUÇÃO

Na atualidade observamos que a humanidade defere uma especial atenção

ao meio ambiente, devido a alterações sofridas e as conseqüências advindas que

serão prejudiciais ao planeta. As agressões perpetradas pelos seres humanos são

enormes e de todas as maneiras. Temos os ingentes desmatamentos em grande

escala em áreas importantes, como a floresta amazônica, mata atlântica, dentre

outros ecossistemas preciosos. Observamos constantemente, a supressão das

matas ciliares, prejudicando as margens de rios, riachos e córregos, através de

erosão, assoreamento, etc. Fatos estes, contribuindo também para o aquecimento

global. A grande maioria das cidades brasileiras, sem tratamento de resíduos, com

uma elevada geração de descartes que contribuem de maneira crucial para

degradação ambiental. Tornou-se vezo, mudanças constantes no clima, com

período intenso de secas e períodos com chuvas torrenciais alternando-se

constantemente. Furações, tornados e diversos fenômenos escassos tempos há

atrás, agora triviais, causando enormes danos materiais, inclusive ceifando vidas

prematuramente. Grandes áreas agricultáveis, sofrendo processo acelerado de

desertificação. E notamos principalmente a falta de políticas públicas ambientais,

que procurem reverter a atual situação em que se encontra o mundo e em particular

nosso país.

Chegamos ao cerne do “individualismo ambiental”, onde não levamos em

conta as conseqüências das nossas pequenas ações individuais em relação ao meio

ambiente, como por exemplo, jogar papel em via pública, o desperdício da água em

lavar a calçada, para não citar inúmeras outras. Parece que não temos compromisso

em relação às gerações futuras, sobre o meio ambiente, pois não herdamos o meio

ambiente de nossos pais; nós o tomamos emprestado de nossos filhos. È mister

pensar coletivamente e agirmos individualmente, como “formiguinhas”, se assim for

o mais imediato e correto para que se possa ser feito alguma ação, para garantir a

preservação do meio ambiente para o futuro, ou seja, pensar globalmente e agir

localmente.

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Em termos municipais, somos contemplados com a maioria dos impactos

ambientais que ocorrem no país, com algumas ações pontuais, características do

nosso município. Verificamos a extração desordenada de areia, nas margens, nos

mangues. Deposição irregular e fora do horário dos resíduos sólidos gerados nas

residências. Uso de forma incorreta das margens do rio Aliança, sem uma

aplicabilidade adequada e sem consultar as autoridades pertinentes (Lavagem de

automóveis, criação de animais, etc.).Bairros periféricos, desprovidos de

esgotamento sanitário e sendo lançados no rio. Extração de madeira em áreas

remanescente da mata atlântica. È perfeitamente notável, o sentimento de posse,

que a maioria da população local tem, em relação ao meio ambiente, como se não

estivesse destruindo-o. Ocorre também, uma complacência por parte da sociedade,

em não denunciar os fatos mais graves, achando-os corriqueiros e irrelevantes.

O cenário vislumbrado torna-se peremptório a procura de um modelo, de

sistema de gestão ambiental, que tenha uma atuação coletiva, democrática,

participativa e consciente, para assegurar a melhoria da qualidade ambiental, com

ganhos substanciais de vida. Modelo este, que contemple sempre a

intersetorialidade, alinhado a transversalidade. Esteja sempre atento aos anseios da

sociedade e que ao mesmo tempo transforme-a em defensora contumaz das causas

ambientais, fomentando indivíduos conscientes do seu papel de guardião ambiental.

Partindo destes pressupostos, e sem panacéia procuramos traçar o Plano

Municipal de Gestão Ambiental de Una, onde inicialmente realizamos um

planejamento, para coligir, analisar, discutir, traçar, desenvolver e futuramente

acompanhar as ações públicas ambientais, ouvindo todos os setores da sociedade

unense e as cidades circunvizinhas, que possuam situações ambientais

compartilhadas em relação ao nosso projeto e possamos desenvolver ações em

parcerias.

Inicialmente, houve a formação de uma comissão para capitanear os

trabalhos de elaboração do Plano Municipal de Gestão Ambiental, representante da

Secretaria de Turismo e Meio Ambiente. Indivíduos estes, que foram submetidos a

um Programa de Capacitação em Gestão Ambiental, promovido pelo Instituto de

Meio Ambiente-IMA. A posteriori, ocorreram à realização de diversas reuniões como

os variados setores e segmentos da sociedade unense, para vislumbrar o panorama

ambiental de Una, para obtermos uma visão sistemática para a confecção do futuro

plano. Demos inicio a materialização do Plano Municipal de Gestão Ambiental, com

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a metodologia coletiva participativa mais adequada e que procurasse atingir os

escopos desejados, com uma melhor relação custo/beneficio e que contemple em

primeiro lugar a aplicabilidade efetiva das ações propostas. Sempre pautado em

ações ambientais passadas (ações mitigadoras), presentes (os evitado) e futuras

(antecipando danos). Elaborado, foi colocado à apreciação geral e irrestrita de toda

a sociedade unense, para ratificação e obtivesse legitimidade.

O Plano Municipal de Gestão Ambiental para o município de Una não

pretende ser epílogo e definitivo na sua elaboração, propostas e ações. Por ser o

primogênito, demanda sempre ser perfectível, evitando as diatribes corriqueiras e

desnecessárias. Pretendemos sim, que seja os auspícios de muitos que venham

consultá-lo para desenvolver outros trabalhos e que ao mesmo tempo possa

enriquecê-lo com novas e consentâneas contribuições.

2. METODOLOGIA

O Plano Ambiental Municipal de Una foi acalentado durante vários anos, devido

as suas condições ambientais peculiares, pois a cidade possui grande espaço

territorial, com imensas áreas remanescentes da mata atlântica e com ingente

biodiversidade, tornando-se mister um norteador para nossas políticas públicas

ambientais, ocupando o primeiro lugar em maiores áreas de remanescente da Mata

Atlântica ( INPE,2009)

Procuramos continuamente estabelecer diversos contatos com instituições

afins, no sentido de nos auxiliar nesta tarefa de relevância para o nosso município,

bem como nos fornecer subsídios para a elaboração, pois acreditamos que a

transversalidade institucional, é de fundamental importância no preparo de qualquer

projeto, mas sempre procurando contemplar a visão de toda sociedade ubaitabense,

referente à realidade ambiental em nosso entorno e das cidades circunvizinhas, que

tenham impactos ambientais compartilhados, visando à solução conjugada.

Em contato com o Governo do Estado da Bahia, através do Instituto de Meio

Ambiente, a cidade de Una, dentre os 417 municípios do estado, teve a honra de ser

contemplada com o Programa Nacional de Capacitação de Gestores

Ambientais/Gestão Ambiental Compartilhada-GAC, com o apoio do Governo

Federal. Visando formar gestores na área ambiental, indivíduos estes em número de

dois, advindos da Secretaria de Turismo e Meio Ambiente, proporcionando uma

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habilitação para este processo municipal, para obter um fortalecimento do sistema

ambiental nacional.

Foi desenvolvido em duas etapas, sendo cada etapa de três dias, realizadas no

prédio da Justiça Federal em Ilhéus, sendo a primeira etapa, compreendida no

período de 13 a 15 de Maio de 2009 e a segunda, no período de 16 a 18 de Junho

de 2009, composta por uma equipe multidisciplinar, com mestres e renomados

profissionais de destaque na área ambiental. Participaram também do projeto as

cidades de: Ilhéus, Itabuna, Itacaré, Coaraci, Ibirapitanga e Canavieiras.

Inicialmente foi distribuído material didático de qualidade, para uma leitura

apropriada, procurando dar embasamento no desenvolvimento das atividades do

programa. Nas duas etapas, as aulas forma ministradas pelo Profº. Ms Paulo,

posteriormente ocorriam exercícios entre indivíduos do mesmo município e tínhamos

a participação de todos os grupos, socializando os conhecimentos adquiridos por

cada cidade e que fosse relevante para as demais.

Primava a participação coletiva nos trabalhos e atividades, visando aprimorar

conceitos, conteúdos, objetivando obter elementos para a elaboração do plano

ambiental municipal. Sempre no final de cada etapa, as cidades realizam uma

explanação individual para os demais sobre os seus progressos obtidos em cada dia

de elaboração.

3. CARACTERIZAÇÃO SOCIOAMBIENTAL

Dando prosseguimento ao Plano Ambiental de Una, abordaremos neste item, um

estudo pormenorizado das características municipais, com dados de relevante

importância para a elaboração de ações presentes e futuras.

3.1 Delimitação da Área de Estudo:

3.1.1 Bioma: Mata Atlântica

3.1.2 Território de Identidade: Litoral Sul

3.1.3 Bacia Hidrográfica: Bacia do Leste(Sub-bacia Rio Una)

3.1.4 Unidades de Conservação: Reserva Biológica de Una e Refúgio de Vida

Silvestre

3.1.5 O Município de Una compreende uma área de 1.159,53 Km².

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3.1.6 População corresponde aproximadamente (Contagem 2007) a 26.mil

habitantes aproximadamente

3.1.7 Coordenadas Geográficas Lat. (Sul) =15°17’36” Lon. (Oeste) = 39°04’31”.

3.1.8 Altitude 68.00 m

3.1.9 Limites: Ao Norte, IIlhéus e Buerarema / Ao Sul, Canavieiras e Santa Luzia /

Ao Leste, Oceano Atlântico / Ao Oeste, Arataca

3.1.10 Distância da Capital = 548 km

3.1.11 Data de Emancipação Política 27 de Julho de 1933.

3.2 ASPECTOS HISTÓRICOS DA ADMINISTRAÇÃO GERAL

Rosilane Maciel apud Sousa (2004) os primeiros desbravadores do território que

atualmente integram o município de Una, foram D. Maria Clementina Henriqueta e

seus familiares, que aqui ocuparam terras no ano de 1770 e requereram sesmaria a

D. Rodrigues José de Menezes, então governador e Capitão geral da Província da

Bahia. Em 26 de julho de 1787 foi-lhes concedida pela rainha de Portugal, a

sesmaria requerida com três léguas de frente e uma de fundo situada na confluência

dos rios Una e Cachoeira (hoje Sapucaeira) . A fazenda recebeu a denominação de

São José e, em 1809(18 de setembro), as terras foram arrematadas por Manuel

Vasconcelos de Souza, em virtude de execução imperial. Logo depois, foram

chegando colonos alemães, austríacos, polonoses, teuto-russos, que formaram nova

povoação na embocadura do Rio Maruim, afluente do Rio Una pela margem

esquerda e próximo à foz , povoação que, em virtude das águas escuras do rio,

recebeu o nome de Una, nome de origem Tupi-Guarani. Sendo tempos depois

tragada pelo mar, obrigando seus habitantes a recuarem a povoação para 4 milhas,

em direção ao interior, conservando a mesma denominação, por força de Resolução

Provincial nº 842 em 21 de julho de 1860, foi a dita povoação elevada a freguesia e

distrito, sob o patrocínio de Santo Antonio da Barra de Una, desmembrado de

Canavieiras em 2 de agosto de 1890, criando o de Una, com sede no lugar

denominado Pedras, começando a funcionar a 16 do mesmo mês e ano. Como o ato

de não lhe delimitava a área territorial, foi reanexado ao município de Canavieiras

pela Lei Estadual nº 1326, de 23 de agosto de 1923, sendo por esta mesma lei a

sede do Distrito, em que se transformou o município, denominado Cachoeirinha.

Todavia, em 2 de agosto de 1924, a Lei Estadual 1718, restaurou o município. Por

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essa mesma lei, foi delimitada a área pelo Exmº. Sr. Dr. Francisco de Góis Calmon,

Governador do Estado da Bahia por delegação especial dos municípios. O convênio

de limites foi assinado pelos intendentes Francisco Muniz Barreto e Antônio de Melo,

em 9 de novembro de 1926 e publicada no Diário Oficial de Canavieiras de 11 de

dezembro de 1926. A 1º de Janeiro de 1939,a Vila de Cachoeirinha foi elevada à

categoria de cidade, com a denominação de Una, pelo Decreto Lei Federal 311,

ratificada pelo Decreto Estadual 11.087. A sede da cidade ficou localizada na

Fazenda São José de propriedade de Manoel Pereira de Almeida e irmãos, que

fizeram doação de 5.600m2 com 70 m de frente por 80 de fundo, à margem do Rio

Una. Cabe a Manoel Pereira de Almeida a honra de desbravador, lutando duramente

pela nossa emancipação política e levando agricultura pelo interior do município,

doando terras, não só para a área da cidade, como também para que instalasse aqui

a Estação Experimental de Una, que dentre os seus competentes chefes estava o

nome de Dr. Djalma Bahia.

Dentre as representações culturais do município, estão às manifestações

religiosas como a puxada do mastro em louvor a São Sebastião no Distrito de

Comandatuba, além de festas em homenagem a Santo Antônio padroeiro do Distrito

de Pedras, onde se iniciou o município, entre outras e o Micareta realizado no

aniversário da cidade no dia 2 de agosto, além de grupos de capoeira, artesãos. Os

povoados e distritos existentes possuem características diferenciadas que podem

ser estruturas para atividades turísticas como : Comandatuba, Outeiro, Colônia, Vila

Brasil e Lençóis Belgas. O município possui mais de 50 Km de praias de mar

aberto, como a Ilha de Comandatuba, Ilha do Desejo, Praia de Itapororoca, Praia de

Lençóis e Ilha de Independência, Una Mirin além de rios e cachoeiras maravilhosas,

e Fauna e Flora diversificadas, sendo um dos maiores remanescentes da Mata

Atlântica, tendo como símbolo o mico-leão-da-cara-dourada, que pode ser visto no

Ecoparque de Una, dentre outras belezas.

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Fotos Históricas:

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T

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Alguns aspectos importantes do Município de Una

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3.3 ASPECTOS BIOFÍSICOS

3.3.1 Clima

Clima Litorâneo ùmido Súbmido

Folha

3.3.2 Geologia:

3.3.3 Geomorfologia

Planícies Marinhas e Fluviomarinhas Serras e Maciços Pré-Litorâneos Tabuelros Costeiros Tabuleiros Pré-Litorâneos

3.3.4. Pedologia:

O solo da micro região onde está inserido o município de Una, apresenta-se em

sua maioria podezólico vermelho-amarelo álico ou eutrófico, excelente para o cacau,

além de podzol hidromórfico e latossolos, variação uma, entre outros.

A cobertura vegetal dominante inclui lavouras de cacau em estado de

decadência. Capoeiras remanescentes de florestas subperenifólia e, mais

recentemente, áreas de pastagem utilizadas em regime de pisoteio.

São solos moderadamente drenados, ausente de pedregosidade, sujeitos a

erosão laminar. Nesse contexto, a erosão tende a se tornar mais severa quando, se

tem reduzido à vegetação arbórea, substituindo por pastagem. O regime de

precipitações das regiões cacaueiras, com chuva em todos os meses do ano,

ensejam a formação de processos erosivos que, vem se agravando ano a ano.

Biotita-Gnaisses

Gnaisses

Rochas Intermediárias Básicas Depósitos Fluviais Formação de Barrerias

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Associam-se, naturalmente, ao incremento de materiais carreados para os cursos

d’água. Os latossolos variação una compreendem solos com horizonte b latossólico,

não hidromórficos, distróficos. São em geral, profundos, bem drenados, apesar do

mediano teor de argila que apresentam nas camadas superficiais. Internamente,

entre 100/200 cm os teores de argila se elevam ajudando a promover maior

acumulação de água no perfil. São ausentes de pedregosidade, sujeitos à erosão

laminar ligeira. A vegetação típica é de florestas subperenifólia, e o relevo regional,

com feição forte ondulado, é constituído por topos arredondados e vales em “V” ,

com vertentes ligeiramente convexas.

As condições físicas e de cobertura vegetal desses solos levam a uma

moderada sujeição à erosão. Contudo, a freqüência de chuvas típica da região,

enseja a formação de processos erosivos, em pequena escala, contribuindo para o

assoreamento de mananciais.

LV - Latossolos Vermelho

LVA – Latossolo Vermelho Amarelo

TC – Luvissolo Crômico

LA – Latossolo Amarelo

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3.3.5. Recursos Hídricos:

O município de Una está localizado na bacia hidrográfica do rio Una/Aliança

inserida na bacia do leste da Bahia, situa-se nas coordenadas 15º 03’ -15º 25’

latitude sul e 39º 29’ longitude oeste, apresentando os seguintes limites: ao norte :

Bacia do rio Cachoeira, ao sul: Bacia do rio Pardo, a oeste: Bacia do rio Cachoeira e

o rio Pardo, a leste: Oceano Atlântico.

O rio Una/Aliança recebe esta denominação a partir da confluência dos

braços norte e sul, o que se dá nas imediações do Núcleo Colônia de Una. A

nascente encontra-se na região de Anuri no Município de Arataca.

Mapa Bacia do Leste

Banhando áreas dos municípios de Una, Canavieiras, São José da Vitória e

Santa Luzia a superfície é de 1.695 km2 com uma densidade de drenagem 0,59 km/

km2 e um índice de capacidade igual a 1,05. Sua rede de drenagem é composta

dos seguintes tributários:

a) Afluentes do Aliança ou Braço sul do Una: Rio Branco, Ribeirão Teimoso,

Ribeirão do Prata, Ribeirão das Lontras, Ribeirão do Longe, Ribeirão Santo

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Antônio, Ribeirão do Jaú, Ribeirão da Pancada, Ribeirão dos Olhos D’água,

Ribeirão dos Lençóis, Ribeirão dos Mongóis e Ribeirão da Muça.

b) Afluentes do Braço Norte do Una: Ribeirão da Sepultura, Ribeirão do Tingui,

Ribeirão das Caveiras e Ribeirão do Batista .

c) Afluentes do Una: Rio São Pedro e Ribeirão das Pedras.

d) Afluentes do São Pedro – Ribeirão Salobro, Córrego do Hospital, Ribeirão

Piabanha, Ribeirão Tiririca, Ribeirão Beija Flor, Ribeirão Vermelho, Ribeirão

Sapucaeira, Ribeirão das Navalhas, Córrego Preto e Ribeirão das Varas.

Rio Aliança

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Uso e Ocupação do solo na Bacia

Agropecuária

Irrigação

Geração de Energia ( Situada na Fazenda Dendhevea, no núcleo São Rafael, há

uma barragem construída em alvenaria de pedra com 107m de extensão e 3m de

altura, com um volume de aproximadamente 550m3, permite um volume de

armazenamento de aproximadamente 106m3 de água.

Usos da Água

Abastecimento

Dessendentação de animais

Pesca

Geração de Energia

Corpo receptor de esgotos domésticos e indústria

Manguezal

O desflorestamento da Mata Atlântica representa hoje uma questão ambiental

de preocupação mundial, devido à sua grande riqueza de espécies e ao elevado

grau de ameaça existente sobre todo o bioma. O inventário teve como principal

objetivo analisar, através da interpretação de fotografias aéreas não convencionais e

imagens TM-Landsat, a distribuição das áreas remanescentes da vegetação

litorânea, servindo como apoio para implantação de trabalhos que venham contribuir

com a conservação deste ecossistema costeiro. Os resultados obtidos revelam a

existência de remanescentes florestais ainda significativos nos dois municípios

estudados, sendo urgente a necessidade de implementação de medidas efetivas

para a sua conservação. Os remanescentes da vegetação natural da região sudeste

do Estado da Bahia vêm sendo rapidamente convertidos para outros usos em

decorrência do impacto das atividades econômicas, especialmente aquelas

relacionadas à agropecuária e especulação imobiliária (Araujo et al, 1998). Isto tem

contribuído para o desequilíbrio ambiental e aumentado o risco de extinção da

grande riqueza de espécies endêmicas da fauna e flora existentes nesta região.

A análise da distribuição espacial e temporal dos remanescentes florestais,

pode fornecer elementos fundamentais para a compreensão da história recente do

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processo de fragmentação, auxiliando os estudos de manejo da biodiversidade e

orientando as iniciativas de conservação e desenvolvimento.

As estratégias de conservação devem basear-se em informações a cerca das

características dos ecossistemas, considerando os seus aspectos naturais e

antrópicos. O inventário, por meio de mapeamento, constitui-se em etapa

fundamental na definição de um planejamento conservacionista.

O presente estudo tem como objetivo analisar a distribuição das áreas da vegetação

litorânea, na região Sul da Bahia, envolvendo os municípios de Itacaré, Uruçuca,

Ilhéus, Una e Canavieiras, formando uma base de dados para o monitoramento

contínuo.

O município de Una apresenta uma área de 115.853,8 ha, localizado a 15°18’

latitude sul e 39°07’ longitude oeste. A área total estudada compreende a faixa

litorânea do município, abrangendo cerca de 21.309,7 ha, ou aproximadamente

18,4% da área total do município. Os manguezais remanescentes ocupam área de

1.853 ha, representando cerca de 1.6% da área total do município, e

aproximadamente 8.7% da área mapeada.

Manguezal é uma comunidade microfanerofítica de ambiente salobro, ocupando

espaços bem delimitados na desembocadura dos rios e rasgados de mar. Segundo

Santos (1951), esse ecossistema ocupa as costas baixas tropicais, inundáveis por

ocasião de maré alta, possuem solos pantanosos e lamacentos estabelecendo-se

uma vegetação adaptada ao teor de salinidade das águas. Apresenta-se na

coloração vermelho-escuro (para imagem de satélite), e verde-escuro (para

fotografias aéreas), com pouca variação entre as copas das árvores, ressaltando

bem a homogeneidade relacionado com a textura uniforme. Área total: 9.256,0 ha.

Restinga – essa vegetação possui características especiais, por receber influência

marítima e se desenvolver em solos extremamente arenosos de baixa fertilidade.

Nesta categoria foram enquadradas as formações vegetacionais pioneiras, inclusos

os campos da restinga onde a vegetação é arbustiva, de densidade variável,

entremeadas por algumas áreas alagadas na época de chuvas mais intensas.

Distribuição dos fragmentos:

Una

Análise dos Fragmentos

Área Total Média Menor Maior Nº Tipologias ha

Mata Avançada 3.403,0 113,4 2,9 1.661,3 30

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Mata Secundária Avançada 3.738,0 91,1 2,6 796,0 41

Mata Secundária 2.894,0 34,8 1,2 449,8 82

Manguezal 1.853,0 59,7 0,4 305,3 31

Restinga 1.112,0 69,4 1,6 812,1 16

Atividades impactantes

Os impactos mais relevantes com referência aos recursos hídricos na bacia,

refere-se ao assoreamento e o lançamento de efluentes líquidos e resíduos sólidos.

Em Una o rio percorre 25 Km sendo a partir da confluência na direção Oeste-Leste,

mudando a poucos quilômetros do Povoado de Pedras para direção NW-SE onde

sofre uma brusca inflexão, passando a correr praticamente na direção N/S, paralelo

ao litoral, até a sua foz na barra do Una. Praticamente é um rio encaixado em vale,

só se tornando de planície nas imediações da sede municipal, até sua foz. Embora

esta bacia possua a forma Piriforme são raras as inundações que causam danos à

população ribeirinha.

A 3.3.6 Arqueologia: A cidade de Una não possui em seus arquivos e em instituições pesquisadas

nas três esferas, estudos que contemplem os aspectos arqueológicos relevantes do

município de Una. Porém, foram encontrados pelos munícipes no terreno do

Hospital Municipal restos de utensílios indígenas.

SISTEMATIZAÇÃO DE INFORMAÇÕES DA FAUNA,

VEGETAÇÃO E CLIMA DE UMA

INFORMAÇÕES SOBRE O SUL DA BAHIA

O sul da Bahia ocupa uma posição de destaque no que se refere à

necessidade de ações conservacionistas. Esta região constitui um dos mais

importantes centros de endemismo de todo o bioma, tanto para plantas (Thomas ET

al.,1998) como para borboletas e vertebrados de um modo geral, abrigando

espécies ameaçadas de extinção como o mico-leão-da-cara-dourada

(Leonthopithecus chrysomelas), macaco-prego-de peito-amarelo (Cebus

xanthosternos) e o ouriço-preto (Chaetomys subspinosus) (machado et al., 2005) e o

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bicho-preguiça-de-coleira (Bradypus torquatus). A região é particularmente

interessante por ser uma das poucas áreas onde todos os seis gêneros de primatas

da Mata Atlântica ocorrem simpatricamente. Estão presentes três espécies

endêmicas, Leontopithecus chrysomelas, Callithrix kuhli e Cebus xanthosternos, e

mais outras cinco espécies: Callithrix geoffroyi, Callicebus melanochir, Cebus

robustus, Alouatta fusca e Brachyteles arachnoides (Pinto, 1994). Devido ao intenso

desmatamento e a caça, apenas Callithrix kuhlii não está incluído na lista das

espécies ameaçadas (Machado et al, 2005). Estes mamíferos são encontrados nas

florestas de Una, onde ainda existem alguns dos últimos remanescentes florestais

com tamanho suficiente para manter populações viáveis dessas espécies.

Por sua grande importância biológica, o sul da Bahia foi incluído nos limites

do Federal e do Estado da Bahia, com o objetivo de promover a conservação da

Corredor Central da Mata Atlântica criado em 1999 por agências do Governo

biodiversidade através da manutenção e restauração da conectividade da paisagem

(CI; IESB, 2000). A sobrevivência a longo-prazo deste bioma vai depender da

habilidade das espécies de persistirem em ambientes alterados e da capacidade

humana para manejar e conservar estas paisagens degradadas (LAURANCE;

GASCON, 1997).

INFORMAÇÔES SOBRE A REGIÃO DE UNA

O município de Una está inserido na região cacaueira do sul da Bahia. Em

1980, com o objetivo de preservar um dos últimos grandes remanescentes florestais

habitados pelo mico-leão-da-cara-dourada (Leontopithecus chrysomelas) foi criada

nesse município a Reserva Biológica de Una (REBIO Una), a maior Unidade de

Conservação da região cacaueira com 11.400ha. Até 1996 apenas 7.000ha estavam

em posse do IBAMA (ALGER & ARAÚJO, 1996). Entre 2002 e 2005 novos esforços

de regularização fundiária resultaram na aquisição de mais 3.000 ha, restando

atualmente apenas uma pequena área em posse de particulares. Aproximadamente

67% das terras que compreendem a REBIO Una e entorno desta Reserva são

cobertas por áreas naturais e a perda de vegetação primária através de corte

seletivo é um problema que atinge as florestas de Una (IESB, 2003). Plantações de

seringa (Hevea brasiliensis) e cacau correspondem a aproximadamente 60% das

áreas plantadas e são os principais cultivos agrícolas na Zona Tampão da REBIO

Una (ALGER & ARAÚJO, 1996). O cultivo do cacau não se expandiu no município

Page 28: PLANO AMBIENTAL UNA

28

de Una como no restante da região, sobretudo na porção leste do município, devido

à baixa fertilidade dos solos.

VEGETAÇÃO

A vegetação dominante na região é a Mata Hidrófila Sul Baiana (GOUVÊA ET al.,

1976), ou Floresta Úmida Sul Baiana (THOMAS, 2003), que se caracteriza pela

presença de árvores altas, latifoliadas e sempre verdes, com grande quantidade de

lianas e epífitas. Esta floresta é limitada à leste por restingas que se desenvolvem

nos solos arenosos próximos ao litoral e à oeste por florestas semi-decíduas. A

fisionomia da vegetação apresenta uma certa heterogeneidade que se relaciona ao

tipo de solo onde se desenvolve. No município de Una as florestas se desenvolvem

sobre solos pouco férteis, Latossolo Vermelho Amarelo, na porção leste, e sobre

solos mais férteis, Podzólico Vermelho Amarelo, na porção oeste. Segundo Thomas

(2003) a Floresta Úmida Sul Baiana que se desenvolve sobre Latossolo possui um

porte menor, com algumas espécies vegetais características como arvoretas do

gênero Harleyodendron. Sobre os solos mais férteis, a vegetação apresenta-se mais

alta e uma gramínea (gênero: Anomochloa) e uma árvore (gênero: Andreadoxa) são

espécies características.

CLIMA

O clima na região é quente e úmido, caracterizado pela ausência de estação

seca bem definida. A precipitação anual é superior a 1.300 mm, podendo chegar à

1600-1800mm em anos chuvosos (MORI, 1989). A temperatura média anual é de

24-25ºC, com períodos mais quentes entre os meses de outubro e abril (máxima de

38º) e mais frios entre junho e agosto (mínima de 7ºC) (MORI, 1989). Dados de

precipitação e médias das temperaturas mensais máximas e mínimas registradas

durante o período do estudo são apresentados nas figuras 3 e 4. A precipitação

anual registrada para os anos de 2003, 2004 e 2005 foi de 1740mm, 1920mm e

2730mm respectivamente. As temperaturas médias máximas foram de 32-33°C

entre os meses de janeiro e março de cada ano e as temperaturas médias mínimas

foram de 19-20°C entre os meses de junho e agosto. Mamíferos endêmicos da Mata

Atlântica e ameaçados de extinção são encontrados nas florestas de Una, onde

ainda existem alguns dos últimos remanescentes florestais com tamanho suficiente

para manter populações viáveis dessas espécies.

Page 29: PLANO AMBIENTAL UNA

29

UM POUCO MAIS SOBRE A FAUNA LOCAL

PREGUIÇAS

Na Mata Atlântica, a preguiça-comum (B. variegatus) e a preguiça-de-coleira

(B. torquatus) são simpátricas embora a sintopia entre as duas espécies seja rara

(OLIVER & SANTOS, 1991). A preguiça-comum está presente em toda a Floresta

Atlântica ao norte do Estado do Paraná, na Amazônia e Florestas Tropicais da

América Central, além de registros esparsos em área de domínio dos Biomas

Cerrado e Pantanal. A área de distribuição original identificada para a preguiça-de

coleira é bem menor, se estendendo pelos Estados de Sergipe, Bahia, Espírito

Santo e Rio de Janeiro e nordeste de Minas Gerias (OLIVER & SANTOS, 1991).

Dentro dessa área as populações se distribuem de forma descontínua, sendo

registrados “hiatos” sem registros de ocorrência (CHIARELLO & LARA-RUIZ,

2004).A espécie ocorre em pelo menos três regiões distintas nos Estados do Rio de

Janeiro, Espírito Santo e Bahia e esta separação aparentemente é bastante antiga

dada a grande diferença genética identificada entre as populações (CHIARELLO &

LARA-RUIZ, 2004). Dentro de cada população a diversidade genética é pequena e,

entre as três populações, a da Bahia apresenta a maior diversidade e é a mais

diferenciada das demais potencialmente constituindo uma nova subespécie

(CHIARELLO & LARA-RUIZ, 2004).

PRINCIPAIS AMEAÇAS ÀS PREGUIÇAS

A fragmentação de habitat é apontada como a maior ameaça para a

sobrevivência da preguiça-de-coleira (OLIVER & SANTOS, 1991). Esses animais

são particularmente susceptíveis a derrubada da mata e queimadas , pois, diferente

da maioria dos mamíferos que fogem para se defender, permanecem imóveis na

copa das árvores. Em paisagens modificadas pelo homem onde predomina uma

matriz não florestal, o isolamento de sub-populações nos fragmentos florestais é

elevado dada a pequena capacidade das preguiças de se locomoverem em áreas

abertas (CHIARELLO et al., 2004). Entretanto, ambientes que mantém parte da

estrutura florestal podem contribuir para minimizar este isolamento. Segundo Oliver

& Santos (1991) B. torquatus e B. variegatus são capazes de sobreviver nas

plantações de cacau no sistema de cabruca existentes no sul da Bahia.

Page 30: PLANO AMBIENTAL UNA

30

MICO-LEÃO-DA-CARA-DOURADA (Leontopithecus chrysomelas) Os micos-

leões-da-cara-dourada são primatas de pequeno porte da familia Callitrichidae, cuja

distribuição está restrita do sul da Bahia ao norte de Minas Gerais (PINTO;

RYLANDS, 1997). Dentro do gênero Leontopithecus, ela pode ser considerada a

espécie que enfrenta maior risco, pois apenas 2% de sua área de ocorrência está

protegida por uma única Unidade de Conservação: a Reserva Biológica de Una

(REBIO-Una). O restante de seu habitat natural encontra-se em áreas particulares,

constituídas principalmente de fragmentos desconectados (PINTO; RYLANDS,

1997). Este fato aumenta a importância de estudos biológicos básicos sobre esta

espécie em áreas perturbadas. Os MLCDs são primatas arbóreos, com dieta

constituída por frutos, flores, néctar, invertebrados, pequenos vertebrados, e fungos

(KIERULFF et al., 2002). Embora estes animais utilizem matas maduras devido aos

locais específicos de forrageamento e de abrigos em ocos de troncos de árvores de

maior porte (RABOY, 2002), muitas populações sobrevivem em ambientes

perturbados (RABOY; DIETZ, 2004). Os micos-leões-da-cara dourada são os únicos

do gênero a utilizar áreas de seu habitat transformada em sistema agroflorestal,

denominado cabruca (RABOY, 2004). O sistema da cabruca, estabelecido em

muitas fazendas da região, auxilia na conservação da biodiversidade na região

(ALGER; CALDAS, 1994). Essas plantações mantêm parte da cobertura florestal e

abrigam um número elevado de espécies nativas (PARDINI, 2004). Para o L.

chrysomelas, a cabruca possui alguns atrativos. A utilização de bananeiras para o

sombreamento do cacau, em seus estágios iniciais, ou mesmo como um consórcio

de plantios, constituem um recurso alimentar fácil e abundante para L. chrysomelas.

Outro atrativo na cabruca são as árvores nativas remanescentes utilizadas no

sombreamento do cacau. Estas são bem desenvolvidas, com copas largas e, além

de ocos, geralmente apresentam grandes quantidades de bromélias (Bromeliaceae),

recurso alimentar e também sítio de forragemento para estes animais (RABOY;

DIETZ, 2004). Assim, as cabrucas entremeadas aos fragmentos florestais podem

também funcionar como corredores, o que proporciona o fluxo de indivíduos entre

suas populações (HARVEY et al, 2004). No entanto, a exposição aos predadores

tende a ser muito maior nestas áreas, principalmente pela baixa densidade de

subbosque e da cobertura do dossel (RABOY, 2002).

Page 31: PLANO AMBIENTAL UNA

31

PRINCIPAIS AMEAÇAS AO MICO-LEÃO-DA-CARA-DOURADA

As maiores ameaças às populações selvagens de L. chrysomelas têm sido o

desmatamento e a alteração de ambientes em toda a área de distribuição da

espécie; a crise cacaueira, que tem levado à substituição das plantações de cacau,

principalmente as cabrucas, por pastagens, resultando na perda de habitat marginal

para L. chrysomelas; o comércio ilegal de exemplares da espécie; e incêndios

florestais em áreas específicas, como ao redor de Canavieiras (RYLANDS et al.,

1990). Soma-se a isto a presença de posseiros na REBIO-Una.

MACACO-PREGO-DO-PEITO-AMARELO (Cebus xanthosternos)

O macaco-prego-do-peito-amarelo (Cebus xanthosternos) é endêmico da

Mata Atlântica dos estados de Sergipe, Bahia e norte de Minas Gerais e, hoje, pode

ser encontrado apenas em alguns fragmentos florestais da região limitada ao norte e

oeste pelo rio São Francisco, sul pelo rio Jequitinhonha e a leste pelo oceano

atlântico (GUIDORIZZI, et al., 2005). Segundo a International Union for Conservation

of Nature and Natural Resources (IUCN) (www.iucn.org/themes/ssc/red_list_2004) e

a lista da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção, coordenada pelo Instituto

Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (IBAMA)

(www.ibama.gov.br), o macacoprego- do-peito-amerelo está “Criticamente

ameaçado”.

No sul da Bahia as populações de macacos-pregos-do-peito-amarelo estão

restritas a poucas áreas pequenas e degradas, em sua maioria dentro de

propriedades particulares. Apenas a Reserva Biológica de Una destaca-se como

uma importante área federal protegida, com aproximadamente 9.000 hectares

regularizados (KIERULFF et al., 2005).

PRINCIPAIS AMEAÇAS AO MACACO-PREGO-DO-PEITO-AMARELO

A destruição do seu habitat, a intensa pressão de caça e a captura como

animal de estimação têm contribuído para o rápido declínio das populações de C.

xanthosternos (KIERULFF et al., 2005).

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Espécies Ameaçadas Raras, Endêmicas, de Importância Cinegética e

Econômica.

De um modo geral a fauna de vertebrados da região florestada do sudeste e sul as

Bahia é composta por espécies típicas da mata atlântica, que se distribuem,

aproximadamente, até a região litorânea do estado do Rio Grande do Norte, e parte

do noroeste do Ceará, para o norte, e espécies que ocorrem também na Amazônia.

Essas espécies são observadas, notadamente, na região mais ao sul da Bahia,

especificamente, em Porto Seguro (Coelho, 1985; Langguth et al. 1987), tendo

algumas já se expandido mais para o norte, principalmente nas áreas serranas e

montanhosas do rio das contas (como Boa Nova), e próximas da área de estudo,

como o picapauzinho (Glyphorhynchus spirurus).

Quadro 3.3.8: Espécie de aves

ORDEM FAMÍLIA GÊNERO/ESPÉCIE FONTE Nome comum

Apodiformes Apodidae Chaetura cinereiventris Plano de Manejo

Apodiformes Trochilidae Aphantochroa cirrhochloris Plano de Manejo

Apodiformes Trochilidae Colibri serrirostris Plano de Manejo

Apodiformes Trochilidae Eupetomena macroura Plano de Manejo

Page 47: PLANO AMBIENTAL UNA

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Apodiformes Trochilidae Hyloclaris sp Plano de Manejo

Apodiformes Trochilidae Phaethornis petrei Plano de Manejo

Apodiformes Trochilidae Phaethornis ruber Plano de Manejo

Apodiformes Trochilidae Thalurania glaucopis Plano de Manejo

Caprimulgiformes Caprimulgidae Caprimulgus rufus Plano de Manejo

Caprimulgiformes Caprimulgidae Chordeiles sp Plano de Manejo

Caprimulgiformes Caprimulgidae Lurocalis semitorquatus Plano de Manejo

Caprimulgiformes Caprimulgidae Nyctidromus albicollis Plano de Manejo

Caprimulgiformes Caprimulgidae Nyctidromus ocellatus Plano de Manejo

Caprimulgiformes Nyctibiidae Nyctibeus griseus Plano de Manejo

Charadriiformes Charadriidae Vanellus chilensis Plano de Manejo

Ciconiiformes Ardeidae Butorides striatus Plano de Manejo

Ciconiiformes Ardeidae Egretta thula Plano de Manejo

Columbiformes Columbidae Claravis pretiosa Plano de Manejo

Columbiformes Columbidae Columba plumbea Plano de Manejo

Columbiformes Columbidae Columba speciosa Plano de Manejo

Columbiformes Columbidae Columbina minuta Plano de Manejo

Columbiformes Columbidae Columbina talpacoti Plano de Manejo

Columbiformes Columbidae Leptotila verreauxi Plano de Manejo

Columbiformes Columbidae Scardafella squatamata Plano de Manejo

Craciiformes Alcedinidae Ceryle torquata Plano de Manejo

Craciiformes Alcedinidae Chloroceryle amazona Plano de Manejo

Craciiformes Momotidae Baryphthengus ruficapillus Plano de Manejo

Cuculiformes Cuculidae Coccyzus melacoryphhus Plano de Manejo

Cuculiformes Cuculidae Crotophaga ani Plano de Manejo

Cuculiformes Cuculidae Crotophaga major Plano de Manejo

Cuculiformes Cuculidae Guira guira Plano de Manejo

Cuculiformes Cuculidae Piaya cayana Plano de Manejo

Cuculiformes Cuculidae Tapera naevia Plano de Manejo

Falconiformes Accipitridae Buteo albonatua Plano de Manejo

Falconiformes Accipitridae Buteo magnirostris Plano de Manejo

Falconiformes Accipitridae Chondrohierax uncinatus Plano de Manejo

Falconiformes Accipitridae Elanoides forficatus Plano de Manejo

Page 48: PLANO AMBIENTAL UNA

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Falconiformes Accipitridae Gampsonyx swainsoni Plano de Manejo

Falconiformes Accipitridae Harpanus bidentatus Plano de Manejo

Falconiformes Accipitridae Parabuteo unicinctus Plano de Manejo

Falconiformes Cathartidae Cathartes aura Plano de Manejo

Falconiformes Cathartidae Coragyps atratus Plano de Manejo

Falconiformes Cathartidae Sarcoramphus papa Plano de Manejo

Falconiformes Falconidae Herpetotheres cachinnans Plano de Manejo

Falconiformes Falconidae Micrastus ruficolis Plano de Manejo

Falconiformes Falconidae Milvafo chimachima Plano de Manejo

Falconiformes Falconidae Polyborus plancus Plano de Manejo

Galliformes Cracidae Ortalis araucuan Plano de Manejo

Galliformes Cracidae Penelope superciliares Plano de Manejo

Galliformes Cracidae Pipile jacutinga Plano de Manejo

Galliformes Phasanidae Odontophorus capueira Plano de Manejo

Gruiformes Rallidae Aramides cajanea Plano de Manejo

Gruiformes Rallidae Porzana albicollis Plano de Manejo

Gruiformes Rallidae Rallus nigricans Plano de Manejo

Passeriformes Coerebidae Chlorophanes spiza PINTO (1993) & ALVES (1990)

Passeriformes Coerebidae Coereba flaveola PINTO (1993) & ALVES (1990)

Passeriformes Coerebidae Cyanerpes cyaneus PINTO (1993) & ALVES (1990)

Passeriformes Coerebidae Dacnis cayana PINTO (1993) & ALVES (1990)

Passeriformes Cotingidae Lipaugus vociferans PINTO (1993) & ALVES (1990)

Passeriformes Cotingidae Pachyramphus castaneus

PINTO (1993) & ALVES (1990)

Passeriformes Cotingidae Pachyramphus polychopterus

PINTO (1993) & ALVES (1990)

Passeriformes Cotingidae Procnias nudicollis PINTO (1993) & ALVES (1990)

Passeriformes Cotingidae Tityra sp PINTO (1993) & ALVES (1990)

Passeriformes Cotingidae Xipholena atropurpurea

PINTO (1993) & ALVES (1990)

Passeriformes Dendrocolaptidae Campylohamphus falcularius

PINTO (1993) & ALVES (1990)

Page 49: PLANO AMBIENTAL UNA

49

Passeriformes Dendrocolaptidae Capilorhamphrus falcularis

PINTO (1993) & ALVES (1990)

Passeriformes Dendrocolaptidae Dendrocincla turdina

PINTO (1993) & ALVES (1990)

Passeriformes Dendrocolaptidae Dendrocolaptes platyrostris

PINTO (1993) & ALVES (1990)

Passeriformes Dendrocolaptidae Glyphorynchus spirurus

PINTO (1993) & ALVES (1990)

Passeriformes Dendrocolaptidae Sittasomus griseicapillus

PINTO (1993) & ALVES (1990)

Passeriformes Dendrocolaptidae Xiphorhynchus guttatus

PINTO (1993) & ALVES (1990)

Passeriformes Formicariidae Conopophaga melanops

PINTO (1993) & ALVES (1990)

Passeriformes Formicariidae Drymophila ferruginea

PINTO (1993) & ALVES (1990)

Passeriformes Formicariidae Drymophila squamata

PINTO (1993) & ALVES (1990)

Passeriformes Formicariidae Formicarius colma PINTO (1993) & ALVES (1990)

Passeriformes Formicariidae Formicivora grisea PINTO (1993) & ALVES (1990)

Passeriformes Formicariidae Herpsilochmus pileatus

PINTO (1993) & ALVES (1990)

Passeriformes Formicariidae Myrmotherula sp/ PINTO (1993) & ALVES (1990)

Passeriformes Formicariidae Pyriglena leucoptera

PINTO (1993) & ALVES (1990)

Passeriformes Formicariidae Thamnophilus palliatus

PINTO (1993) & ALVES (1990)

Passeriformes Formicariidae Thamnophilus punctatus

PINTO (1993) & ALVES (1990)

Passeriformes Frigillidae Ammodramus humeralis

PINTO (1993) & ALVES (1990)

Passeriformes Frigillidae Arremon taciturnus PINTO (1993) & ALVES (1990)

Passeriformes Frigillidae Caryothrautes canadensis

PINTO (1993) & ALVES (1990)

Passeriformes Frigillidae Emberizoides herbicola

PINTO (1993) & ALVES (1990)

Passeriformes Frigillidae Oryzoborus angolensis

PINTO (1993) & ALVES (1990)

Passeriformes Frigillidae Paroaria dominiana PINTO (1993) & ALVES (1990)

Passeriformes Frigillidae Saltator maximus PINTO (1993) & ALVES (1990)

Passeriformes Frigillidae Sicalis flaveola PINTO (1993) & ALVES (1990)

Passeriformes Frigillidae Sporophila PINTO (1993) &

Page 50: PLANO AMBIENTAL UNA

50

bouvreuil ALVES (1990)

Passeriformes Frigillidae Sporophila caerulescens

PINTO (1993) & ALVES (1990)

Passeriformes Frigillidae Sporophila leucoptera

PINTO (1993) & ALVES (1990)

Passeriformes Frigillidae Sporophila lineola PINTO (1993) & ALVES (1990)

Passeriformes Frigillidae Sporophila nigricollis

PINTO (1993) & ALVES (1990)

Passeriformes Frigillidae Tiaris fuliginosa PINTO (1993) & ALVES (1990)

Passeriformes Frigillidae Volatinia jacarina PINTO (1993) & ALVES (1990)

Passeriformes Furnariidae Certhiaxis cinnamomea

PINTO (1993) & ALVES (1990)

Passeriformes Furnariidae Furnarius rufus PINTO (1993) & ALVES (1990)

Passeriformes Furnariidae Phacellodomus rufifrons

PINTO (1993) & ALVES (1990)

Passeriformes Furnariidae Synallaxis ruficapilla

PINTO (1993) & ALVES (1990)

Passeriformes Furnariidae Xenops rutilans PINTO (1993) & ALVES (1990)

Passeriformes Hirundinidae Notiochelidon cyanoleuca

PINTO (1993) & ALVES (1990)

Passeriformes Hirundinidae Phaeoprogne tapera

PINTO (1993) & ALVES (1990)

Passeriformes Hirundinidae Progne chalybea PINTO (1993) & ALVES (1990)

Passeriformes Hirundinidae Stelgydopteryx ruficollis

PINTO (1993) & ALVES (1990)

Passeriformes Icteridae Cacicus cela PINTO (1993) & ALVES (1990)

Passeriformes Icteridae Cacicus haemorrhous

PINTO (1993) & ALVES (1990)

Passeriformes Icteridae Gnorimopsar chopi PINTO (1993) & ALVES (1990)

Passeriformes Icteridae Psarocolius decumans

PINTO (1993) & ALVES (1990)

Passeriformes Mimidae Donacobius atricapillus

PINTO (1993) & ALVES (1990)

Passeriformes Mimidae Mimus saturninus PINTO (1993) & ALVES (1990)

Passeriformes Parulidae Basileuterus rivularis

PINTO (1993) & ALVES (1990)

Passeriformes Pipridae Chiroxiphia pareola PINTO (1993) & ALVES (1990)

Passeriformes Pipridae Machaeropterus regulus

PINTO (1993) & ALVES (1990)

Page 51: PLANO AMBIENTAL UNA

51

Passeriformes Pipridae Manacus manacus PINTO (1993) & ALVES (1990)

Passeriformes Pipridae Pipra pipra PINTO (1993) & ALVES (1990)

Passeriformes Pipridae Pipra rubrocapilla PINTO (1993) & ALVES (1990)

Passeriformes Ploceidae Passer domesticus PINTO (1993) & ALVES (1990)

Passeriformes Sylviidae Ramphocaenus melanurus

PINTO (1993) & ALVES (1990)

Passeriformes Thraupidae Euphonia chlorotica PINTO (1993) & ALVES (1990)

Passeriformes Thraupidae Euphonia violacea PINTO (1993) & ALVES (1990)

Passeriformes Thraupidae Hemithraupis flavicollis

PINTO (1993) & ALVES (1990)

Passeriformes Thraupidae Nemosia pileata PINTO (1993) & ALVES (1990)

Passeriformes Thraupidae Ramphocelus bresilius

PINTO (1993) & ALVES (1990)

Passeriformes Thraupidae Tachyphonus cristatus

PINTO (1993) & ALVES (1990)

Passeriformes Thraupidae Tangara cayana PINTO (1993) & ALVES (1990)

Passeriformes Thraupidae Tangara cyanoptera

PINTO (1993) & ALVES (1990)

Passeriformes Thraupidae Tangara mexicana PINTO (1993) & ALVES (1990)

Passeriformes Thraupidae Tangara sayaca PINTO (1993) & ALVES (1990)

Passeriformes Thraupidae Tangara seledon PINTO (1993) & ALVES (1990)

Passeriformes Thraupidae Tangara velia PINTO (1993) & ALVES (1990)

Passeriformes Thraupidae Thraupis palmarum PINTO (1993) & ALVES (1990)

Passeriformes Troglodytidae Campylorhynchus turdinus

PINTO (1993) & ALVES (1990)

Passeriformes Troglodytidae Thryothorus genibarbis

PINTO (1993) & ALVES (1990)

Passeriformes Troglodytidae Troglodytes aedon PINTO (1993) & ALVES (1990)

Passeriformes Turdidae Turdus albicollis PINTO (1993) & ALVES (1990)

Passeriformes Turdidae Turdus fumigatus PINTO (1993) & ALVES (1990)

Passeriformes Turdidae Turdus leucomelas PINTO (1993) & ALVES (1990)

Passeriformes Turdidae Turdus rufiventris PINTO (1993) &

Page 52: PLANO AMBIENTAL UNA

52

ALVES (1990)

Passeriformes Tyranidae Atilla rufus PINTO (1993) & ALVES (1990)

Passeriformes Tyranidae Camptostoma obsoletum

PINTO (1993) & ALVES (1990)

Passeriformes Tyranidae Corythopis delalandi

PINTO (1993) & ALVES (1990)

Passeriformes Tyranidae Elaenia flavogaster PINTO (1993) & ALVES (1990)

Passeriformes Tyranidae Empidonomus varius

PINTO (1993) & ALVES (1990)

Passeriformes Tyranidae Fluvicola nengeta PINTO (1993) & ALVES (1990)

Passeriformes Tyranidae Legatus leucophatus

PINTO (1993) & ALVES (1990)

Passeriformes Tyranidae Leptopogon amaurocephalus

PINTO (1993) & ALVES (1990)

Passeriformes Tyranidae Machetornis rixosus PINTO (1993) & ALVES (1990)

Passeriformes Tyranidae Megarhynchus pitangua

PINTO (1993) & ALVES (1990)

Passeriformes Tyranidae Mionectes oleagineus

PINTO (1993) & ALVES (1990)

Passeriformes Tyranidae Myiarchus fasciatus PINTO (1993) & ALVES (1990)

Passeriformes Tyranidae Myiarchus ferox PINTO (1993) & ALVES (1990)

Passeriformes Tyranidae Myiodynastes maculatus

PINTO (1993) & ALVES (1990)

Passeriformes Tyranidae Myiozetetes similis PINTO (1993) & ALVES (1990)

Passeriformes Tyranidae Myiozetetes similis PINTO (1993) & ALVES (1990)

Passeriformes Tyranidae Phylloscartes flaveola

PINTO (1993) & ALVES (1990)

Passeriformes Tyranidae Pitangus sulphuratus

PINTO (1993) & ALVES (1990)

Passeriformes Tyranidae Todirostrum cinereum

PINTO (1993) & ALVES (1990)

Passeriformes Tyranidae Tolmomyias sp. PINTO (1993) & ALVES (1990)

Passeriformes Tyranidae Tyrannus melancholicus

PINTO (1993) & ALVES (1990)

Passeriformes Vireonidae Cychlarhis gujanensis

PINTO (1993) & ALVES (1990)

Passeriformes Vireonidae Vireo chivi PINTO (1993) & ALVES (1990)

Piciformes Bucconidae Chelidoptera tenebrosa

PINTO (1993) & ALVES (1990)

Page 53: PLANO AMBIENTAL UNA

53

Piciformes Bucconidae Malacoptila striata PINTO (1993) & ALVES (1990)

Piciformes Bucconidae Nystalus charuru PINTO (1993) & ALVES (1990)

Piciformes Galbulidae Galbula ruficauda PINTO (1993) & ALVES (1990)

Piciformes Phalacrocoraciidae Phalacrocorax olivaceous

PINTO (1993) & ALVES (1990)

Piciformes Picidae Camphefhilus robustus

PINTO (1993) & ALVES (1990)

Piciformes Picidae Celeus sp PINTO (1993) & ALVES (1990)

Piciformes Picidae Dryocopus lineatus PINTO (1993) & ALVES (1990)

Piciformes Picidae Melanerpes flavifrons

PINTO (1993) & ALVES (1990)

Piciformes Picidae Picumnus exilis PINTO (1993) & ALVES (1990)

Piciformes Picidae Picumnus flavigula PINTO (1993) & ALVES (1990)

Piciformes Ramphastidae Pteroglossus aracari

PINTO (1993) & ALVES (1990)

Piciformes Ramphastidae Ramphastos vitellinus

PINTO (1993) & ALVES (1990)

Piciformes Ramphastidae Selenidera maculirostris

PINTO (1993) & ALVES (1990)

Psittaciformes Psittacidae Amazona aestiva Plano de Manejo

Psittaciformes Psittacidae Amazona rodhocoryta Plano de Manejo

Psittaciformes Psittacidae Ara sp. Plano de Manejo

Psittaciformes Psittacidae Aratinga aurea Plano de Manejo

Psittaciformes Psittacidae Aratinga leucophtalmus Plano de Manejo

Psittaciformes Psittacidae Brotogeris tirica Plano de Manejo

Psittaciformes Psittacidae Forpus xanthopterygius Plano de Manejo

Psittaciformes Psittacidae Pinus maximiliani Plano de Manejo

Strigiformes Strigidae Ciccaba virgata Plano de Manejo

Strigiformes Strigidae Glaucidium brasilianum Plano de Manejo

Strigiformes Strigidae Otus choliba Plano de Manejo

Strigiformes Strigidae Pulsatrix perspicillata Plano de Manejo

Strigiformes Strigidae Speotyto cunicularia Plano de Manejo

Tinamidae Nothurinae Nothura maculosa Plano de Manejo

Tinamidae Tinamidae Crypturellus Plano de Manejo

Page 54: PLANO AMBIENTAL UNA

54

parvirostris

Tinamidae Tinamidae Crypturellus variegatus Plano de Manejo

Tinamidae Tinamidae Rhynchotus rufescens Plano de Manejo

Tinamidae Tinamidae Tinamus solitarius Plano de Manejo

Tinamidae Tinamidae Tinamus soui Plano de Manejo

Trogoniformes Trogonidae Trogon viridis Plano de Manejo

Page 55: PLANO AMBIENTAL UNA

55

.3.21 Vegetação:

Mapa da Vegetação:

Florestas Ombrófilas Densa

Florestas Ombrófilas e Mistas

Campinarama Florestas Ombrófilas

Área Antropizada

3.4 ASPECTOS SOCIOECONÔMICOS

Em linhas gerais, a economia do município de Uma está assentada em

atividades do setor primário – cultura do cacau, piaçava ,dendê, graviola, coco,

cupuaçu, mangostin e marginalmente, a mandioca e em atividades do setor

secundário e terciário, principalmente a atividade de comércio, destacando-o como

um mini-pólo regional. A estrutura econômica municipal apresenta baixo grau de

diversificação e produtividade, prevalecendo um reduzido aproveitamento dos

recursos. Isto restringe as condições do desenvolvimento Entretanto, a absorção de

investimento em novas atividades produtivas e a ampliação da produtividade das

atividades já existentes que podem modificar a situação atual e ampliar as

possibilidades do desenvolvimento, principalmente no setor de serviços onde

observamos a carência de atividades econômicas importantes. Cabe ressaltar que

os problemas de Ubaitaba não conseguiram ser solucionados apenas pelo setor

Page 56: PLANO AMBIENTAL UNA

56

público municipal, uma vez que os recursos públicos para custear e gerar

investimentos são escassos. Sendo assim, é preciso engendrar um projeto de

desenvolvimento administrativo, econômico e social sustentável, amparado por

ações governamentais, estaduais, federais e por organismos multilaterais, além da

colaboração de instituições privadas e representações da sociedade civil.

Agência Banco do Brasil , Banco Postal Bradesco, Banco Popular do Brasil,

Caixa Econômica(Lotérica), Banco Real ( Hotel Transamérica)

Agência dos Correios

Um Cartório Particular

Fórum

Escritório da ADAB (Secretaria de Agricultura)

Escritório da EBDA(Secretaria de Agricultura)

Companhia Independente da Polícia Militar

Clube de lazer AABB

Mais de 30 Ingrejas : católica e protestante

3.4.1 Uso e ocupação das terras

A predominância é da lavoura cacaueira normalmente consorciado com outras

culturas como a seringa ocupando uma área aproximada de 40%, mata pura 30%

pastos 15%, e capoeira 15%.

Cacauicultura

Apesar de atravessar uma séria crise motivada por questões ligadas à redução

de preço e crédito, doenças e pragas, no entanto o município de Una não sofreu

tanto como as demais cidades da região pois sempre praticou a policultura e

eventuais irregularidades climáticas, a cacauicultura representa ainda importante

atividade econômica na região.

O início do seu cultivo, oficialmente estimulado, na floresta litorânea do sul da

Bahia, ocorreu a partir dos anos de 1780 (Dean, 1996). Contudo, somente por volta

da metade da década de 30, até meados dos anos 80 do presente século, com

cotação considerável no mercado internacional, a cultura do cacau (Theo broma

cacao) ocupou cerca de 8.000 Km² em todo o sul da Bahia.

Page 57: PLANO AMBIENTAL UNA

57

Inicialmente, a utilização das áreas de floresta para esta atividade de cultivo se

mostrava pouco agressiva, se comparada ao cultivo do café, ou da cana-de-açúcar,

que suprimia toda cobertura vegetal original. O cacau, ao contrário, necessitava que

lhe fosse propiciadas condições de crescimento semelhantes à àquelas de seu

habitat nativo do sobosque da floresta amazônica. Desta forma, deixava-se

preservada parte da cobertura vegetal, o estrato dominante e co-dominante da

floresta, raleando-se em alguns casos, parte do dossel superior da mesma,

constituindo-se num sistema de cultivo agroflorestal, “promovendo um convívio

harmônico e duradouro com a natureza” (Lobão et al., 1977).

Este sistema de cultivo, que recebeu o nome de “cabroca” ou “cabruca”,

aumentava a vida produtiva dos pés de cacau e pode ter reduzido o perigo de

pestes e parasitas, o que “passou a ser considerado pelos ambientalistas, como

preferível a abertura de clareiras” (Dean, 1996). Com a prática das clareiras, passou-

se a ralear as árvores de sombreamento das “cabrucas”, para o aumento da

produtividade da lavoura cacaueira, o que contribuiu para a eliminação de mais

espécies das florestas.Por outro lado, a decadência da lavoura cacaueira levou

muitos proprietários de terras a utilizarem do comércio de madeira,

provocando, destarte, uma maior supressão da cobertura florestal

Fonte: Estudo Ambiental Usina Hidrelétrica de Funil 2001

3.4.2 Atividades Econômicas

Agricultura

Agropecuária

Indústria

Comércio

Prestação de Serviço

Agricultura Lavoura Permanente:

Açaí, Acerola, banana, banana da terra, bovino duplo, bovino corte,cacau/total, cacau X seringa, café, canela, citrus, côco, cravo da índia, cupuaçu, dendê,graviola, guaraná, mangostin, ovinocultura, piaçava, pimenta da jamaica, pupunha, rambutão, seringueira, urucum e cajú. Agricultura Lavoura Temporária

Page 58: PLANO AMBIENTAL UNA

58

Abacaxi, apicultura, avestruz, mamão, mandioca, maracujá, outras obrícolas( tomate, batata), pimenta do reino, pinha, pitanga. Extração Vegetal e Silvicultura

Madeira /lenha Agropecuária

Bovinos

Suínos

Eqüinos

Muares

Galinhas

Galos, Frangos, Frangas e Pintos

Vacas Ordenhadas

Ovos de Galinhas Indústria

Indústria Extrativista

Indústria de Transformação

Indústria de Construção AGRICULTURA

Fonte; Sec. de Agricultura 2009.

PRODUTO UNIDADE

PIMENTA DO REINO Kg

CACAU @

COCO DA BAHIA Und.

SERINGUEIRA Kg

PIAÇAVA Kg

GUARANÁ Und

CUPUAÇU Und

CRAVO-DA-ÍNDIA Kg

BANANA PACOVAN Cacho

BANANA DA TERRA Cacho

BANANA DA PRATA Cacho

MANGOSTINHO Caixa

URUCUM Caixa

MAMÃO Kg

PALMITO Kg

AÇAÍ

PUPUNHA

MANDIOCA Kg

GRAVIOLA Kg

DENDÊ Kg

APICULTURA-MEL Litro

LEITE Litro

Page 59: PLANO AMBIENTAL UNA

59

COMÉRCIO

LOJAS DE CONFECÇÕES

LOJAS DE CALAÇADOS

MÓVEIS ELETRODOMÉSTICOS

FARMÁCIAS

SUPERMERCADOS

AÇOUGUES

LANHOUSES

SACOLÕES

PAPELARIAS

MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO

VIDRAÇARIA

CONTABILIDADE

RESTAURANTES

REDE HOTELEIRA

POSTO DE COMBUSTÍVEIS

OFICINAS MECÂNICAS

CASAS DE PEÇAS

ESTOFADOS

CASA DE PRODUTOS AGRÍCOLAS

LANCHONETES

RESTAURANTES

BARES

PADARIA E PANIFICADORES

ESCRITÓRIOS DE CONTABILIDADE

ESCRITÓRIOS DE ADVOCACIA

CONSULTÓRIOS ONDOTOLÓGICOS

CLÍNÍCAS MÉDICAS

SALÕES DE BELEZA

IMOBILIÁRIA

LOJAS DE SOUVENIRS

ESCOLA DE IDIOMAS

ESCOLAS PARTICULARES

SORVETERIA S

LOJA DE ARTESANATO

Page 60: PLANO AMBIENTAL UNA

60

INDÚSTRIA

BIOBRAX ( DENDÊ) 01

INACERES(PALMITO) 01

BIOFÁBRICA 01

BENEFICIAMENTO DO COCO 01

VASSOURA( PEDRÃO-URBIS)

VASSOURA(RAIMUNDO-URBIS) 03

DESPOLPADEIRA DE FRUTAS 05

LATICÍNIO 01

ALAMBIQUE 01

AGROPECUÁRIA

GADO BOVINO 176 CRIADORES CADASTRADOS COM 10.076 BOVINOS

OVINOCULTURA 15 CRIADORES

ÓRGÃOS PARCEIROS EBDA: Elaboração de projetos e assistência técnica aos agricultores INCRA : Cadastramento de propriedades rurais . Levantamento e acompanhamento dos acampados e assentados do município . COOTEBA : Assitência técnica . ADAB : Transito de animais /GTA/ guia de transito de animais Controle e fiscalização de vacinas contra a febre aftosa, raiva e brucelose. CEPLAC: Elaboração de projetos e assistência técnica aos produtores do município. BAHIA PESCA: Orientação técnica e doação de alevinos. TERRITÓRIO LITORAL SUL : Órgão Gestor do Programa Território da Cidadania .

3.4.3 Estrutura Fundiária

A estrutura fundiária do município de Una, segundo dados da INCRA, apresenta-

se assim distribuída:

Módulo Fiscal = 20,000 ha. (vinte hectares). Fração Mínima de parcelamento = 2,0000 ha. (dois hectares).

Page 61: PLANO AMBIENTAL UNA

61

1. MINIFÚNDIO (ABAIXO DE 1 MÓDULO FISCAL)

EM HECTARES TOTAL DE IMÓVEIS TOTAL EM ha.

TOTAL

2. PEQUENA PROPRIEDADE (1 a 4 MÓDULOS FISCAIS)

EM HECTARES TOTAL DE IMÓVEIS TOTAL EM ha.

20,0001 a 80,0000

3. MÉDIA PROPRIEDADE (4 á 15 MÓDULOS FISCAIS)

EM HECTARES TOTAL DE IMÓVEIS TOTAL EM ha.

80,0001 a 300,0000

4. GRANDE PROPRIEDADE (ACIMA DE 15 MÓDULOS FISCAIS)

EM HECTARES TOTAL DE IMÓVEIS TOTAL EM ha.

300,0001 a 1300,0000

Obs. Não foram encontrados imóveis rurais com áreas acima de 1300,0001 a 10, 000,0000 há. 3.4.4 Aspectos Culturais e da Organização Social e Política

Constata-se um esforço, da atual gestão municipal no sentido de resgatar

tradições culturais, a exemplo da festa de Folia de Reis . Outras ações no sentido de

fortalecer a cultura local têm sido empreendidas, a exemplo da participação na

Bienal do Livro em Salvador onde um jovem se cidadão unense foi apresentado:

Joilson Maia. Por outro lado o departamento de cultura tem empreendido esforços

voltados para o resgate de espaços culturais na cidade, como a recuperação e/ou

estruturação de bibliotecas públicas,entre outras atividades do gênero. Entretanto

estas ações representam ainda um empenho pequeno diante da relevância e

potencialidade do setor. Os depoimentos de representantes da sociedade local são

Page 62: PLANO AMBIENTAL UNA

62

unânimes ao afirmar que Una tem uma riqueza cultural a ser resgatada, reafirmando

a premência de ações públicas neste sentido para possibilitar as crianças, jovens e

adultos e idosos oportunidade de contribuírem com o fortalecimento da identidade

local e a integração social.

Ações Realizadas até Setembro de 2009 .

Bienal do Livro em Salvador : Lançamento do livro, Antologia literária “ O que

é que a Bahia tem ?^com a participação do escritor Joilson Maia; Contou a

participação de 35 pessoas entre professores e alunos da rede pública .

Viabilização do recebimento do Kit de Modernização para a Biblioteca Pedro

Calmon;

Ação do Projeto Mais Cultura Biblioteca,: Governo Federal ;

Projeto Art’’escola : Projeto de arte que atende sete escolas da rede pública

municipal atingindo 400 alunos da rede;

Apoio a quadrilha pé de couro : Realização de apresentações nos distritos de

Colônia e Vila Brasil, Hotel Transamérica e Itabuna .

Apresentação do coral dos Alunos do coral do Projeto Art’’ escola na

conferência municipal de educação ;

Gravação de CD com Hino de Una : com as crianças do projeto Art’ escola .

Participação no III Encontro de Dirigentes Municipais de Cultural, Salvador de

13 a 14 de Abril de 2009.

Participação no Seminário de Sistema Nacional de Cultural, Salvador de 006

a 07 de Junho de 2009.

Participação no III Curso de Formação de Gestores e Agentes Culturais,

promovido pela UESC em convênio com o MINC.

Apoio a viagens da fanfarra BAMUNA em apresentações nos municípios

vizinhos : Canavieiras, Arataca, Camacã.

Recadastramento dos artistas locais ;

Assinatura do protocolo de intenção para o desenvolvimento de condições

institucionais do sistema estadual de cultural .

Page 63: PLANO AMBIENTAL UNA

63

3.4.5 Infra-Estrutura de Serviços

3.4.5.1 Saúde

O indicadores de saúde no Brasil, particularmente a saúde dos municípios

nordestinos, durante muito tempo, representaram uma realidade lamentável. Porém,

essa situação tem sido revertida, nos últimos anos, em virtude dos esforços

combinados do poder público, nas esferas federal, estadual e municipal.

Saúde –Dados do Primeiro Semestre de 2009 – Secretaria Municipal de Saúde de Una

A Secretaria Municipal de Saúde de Una, composta por cinco Unidades de Saúde da

Família nos bairros : Sucupira e Bairro Novo, nos distritos de Colônia, Pedras e Vila Brasil;

Um Centro de Saúde( na sede do município) e uma Unidade Básica de Saúde em

Comandatuba. Possui também um Centro de Apoio Psicossocial (CAPS), Centro de

Especialidades Odontológicas(CEO), Central de Marcação e Consulta de Exames

Especializados e o Laboratório situado do Hospital Municipal Frei Silvério.

De acordo com a população do município de Una estimada pelo IBGE tendo o município

25.287 habitantes podemos constatar que os Agentes Comunitários de Saúde (ACS) cobrem

98,57% da população do município que equivalem a 24.927 pessoas, essa cobertura é dividida

da seguinte forma nas Unidades de Saúde e PACS.

Cobertura por Equipe

PACS Zona Rural 4.116

PACS Zona Urbana 5.768

ESF Bairro Novo 2.497

ESF Sucupira 4.453

ESF de Pedras 1.891

ESF Colônia 4.631

ESF de Vila Brasil 1.553

Total de população coberta pelas equipes 24.927

A Prefeitura Municipal no dia 09 de Fevereiro baixou decreto que dispõe sobre a

administração dos bens e serviços da Santa Casa dando um passo fundamental para a

reabertura deste importante serviço de saúde. Em 23 de Março, inauguramos o Hospital

Municipal Frei Silvério para prestar assistência de urgência, emergência, internação,

ambulatório, parto e serviços laboratoriais para toda população de Una. Contamos com a

presença do Secretário Estadual de Saúde, Dr. Jorge Sola e representantes da diretoria de

Vigilância Epidemiológica da Venezuela. O hospital funciona 24 horas com uma equipe

multiprofissional( médico, enfermeiro, técnicos de enfermagem, recepcionistas dentre outras)

possuindo seu foco voltado para as urgências e emergências e priorizando esses atendimentos.

Contratamos especialidades tais como : médico cardiologista, cirurgião pediátrico, urologista

e ginecologista-obstetra para sanar a demanda reprimida que encontramos no município.

Estamos oferecendo serviços de Eletrocardiograma e Ultrassonografia à população com

agendamento prévio na regulação. Priorizamos no ato da contratação os técnicos e auxiliares

de reconhecimento profissional. Até a presente data a prefeitura vem arcando com todas as

reformas, adequações e manutenção de equipamentos e as despesas desde a folha de

Page 64: PLANO AMBIENTAL UNA

64

pagamento dos profissionais aos insumos necessários para o funcionamento do hospital, pois,

não recebemos verba alguma do governo Federal ou Estadual .

Analisando a série histórica dos últimos quatro anos, observa-se um aumento

considerável de acesso à vacinação tanto na zona urbana quanto na zona rural. Devemos isso,

os esforços conjuntos de todos os profissionais da saúde envolvidos e a sensibilização dos

próprios idosos e comunidade quanto à importância de prevenção .

A Vigilância Sanitária e Ambiental atua na realização de diversas atividades, com :

fiscalização sanitária, apuração de denúncias sanitárias e ambientais, ações educativas. Um

dos objetivos é a adequação dos serviços às normas vigentes, assim uma das formas de

elucidar as ações da ANVISA e através do número de alvarás expedidos.

Dados informados pela Secretária de Saúde de Una

Gleiciane Birschner Hora

3.4.5.2 Educação

1. OBJETIVOS E PRIORIDADES PARA A EDUCAÇÃO NO MUNICÍPIO

Conforme o estabelecido no Artigo 179 da Lei Orgânica Municipal, em consonância com a União e o Estado: “A educação é direito de todos e dever do Município que manterá seu sistema de ensino em colaboração com a União e o estado, atuando, prioritariamente, no ensino fundamental e pré-escolar.” A mesma deverá ser oferecida de forma gratuita e democrática, visando o atendimento inclusivo de qualidade, onde sejam respeitadas as diversidades e singularidades dos cidadãos. 4. EDUCAÇÃO BÁSICA 4.1 EDUCAÇÃO INFANTIL Introdução

A Educação Infantil, tem como finalidade o desenvolvimento integral da criança até 05 (cinco) anos de idade, em seus aspectos físicos, psicológicos, intelectual e social, complementando a ação da família e da comunidade (art. 29 da LDB). Embora a Educação Infantil tenha mais de um século de história como cuidado e educação extra domiciliar, somente nos últimos anos foi reconhecida como direito da criança e das famílias, como dever do Estado e como primeira etapa da Educação Básica.

Page 65: PLANO AMBIENTAL UNA

65

Diagnóstico

No Município de Una, a Educação Infantil funciona na creche; em salas de escolas do Ensino Fundamental que atendem crianças de 04 a 05 anos de idade; e ainda em classes multisseriadas na zona rural. Na rede privada, funciona em salas de escolas do Ensino Fundamental. Existe 01 creche pública, com o número de crianças variando em 250 a 300 crianças por ano, 06 escolas na sede oferecendo Educação Infantil de 04 a 05 anos de idade e 06 na zona rural com classes multisseriadas, além de 02 escolas da rede privada oferecendo Educação Infantil de 01 a 05 anos.

A demanda pela educação das crianças de 0 a 05 anos de idade em estabelecimentos específicos, vem crescendo em decorrência da necessidade da família de contar com uma Instituição que se encarregue do cuidado da educação de seus filhos pequenos, principalmente quando os pais trabalham fora de casa.

O quadro de professores é composto por 95 % de profissionais com formação em Magistério (nível médio), 02 % curso de faculdades de educação e 03 % graduandos em pedagogia.

Tabela 01

Evolução da matrícula da Educação Infantil no Município de Una

por dependência administrativa. 1999 – 2007

Ano Rede Municipal Rede Privada Pré – escola Creche Pré- escola

1999 723 79

2000 955 84

2001 122 1.181 58

2002 179 748 90

2003 174 583 107

2004 240 534 100

2005 250 568 145

2006 211 475 136

2007 184 606 64 Total 1.360 6.373 863

Fonte: Censo Escolar

É possível observar na tabela acima, a necessidade de implantação de creches, considerando que as escolas do Ensino Fundamental não oferecem classes de Educação Infantil de 0 a 03 anos de idade, e que a Educação Infantil necessita de espaço específico.

São muitas as dificuldades enfrentadas pelas escolas que funcionam a Educação Infantil, em especial, na zona rural, já que as classes são multisseriadas e não têm auxiliar de classe. O apoio desses profissionais é muito importante, pois, com sua presença, o trabalho poderá ser melhor conduzido e os resultados altamente positivos.

Page 66: PLANO AMBIENTAL UNA

66

Outra dificuldade é que as escolas que atendem a esse nível de ensino, apresentam estrutura física não adequada a essa modalidade. O mobiliário também não é adequado pelo menos em 30 % das escolas, principalmente na zona rural e o material didático pedagógico é insuficiente.

Apesar das dificuldades citadas acima, o Município vem demonstrando uma preocupação procedente com a Educação Infantil, respeitando a faixa etária da clientela, como também vem desenvolvendo atividades diferenciadas, planejadas objetivando oferecer a integração social, autoconhecimento, o desenvolvimento de habilidades cognitivas e a psicomotricidade, almejando preparar o alicerce para a construção de sua formação cidadã.

A avaliação realizada na Educação Infantil é diagnóstica e processual, mediante o registro do desenvolvimento das crianças, durante todo o ano letivo e visa acompanhar o desenvolvimento da criança observando suas dificuldades e crescimento, além de favorecer adequação das ações planejadas. A promoção nesta modalidade de ensino é automática.

4.2 ENSINO FUNDAMENTAL Introdução

De acordo com a Constituição Brasileira, o ensino fundamental é obrigatório e gratuito. O art. 208 preconiza a garantia de sua oferta, inclusive para todos os que a ele não tiveram acesso na idade própria. É básico na formação do cidadão, pois de acordo com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, em seu art. 32, o pleno domínio da leitura, da escrita e do cálculo, constituem meios para o desenvolvimento da capacidade de aprender e de se relacionar no meio social e político. É prioridade oferecê-lo a toda a população brasileira. No município de Una, o Ensino Fundamental é garantido mediante Lei Orgânica Municipal, artigos 179 e 180. Diagnóstico O município tem 62 escolas, sendo 59, do Ensino Fundamental (de 1ª a 4ª séries) e 03, do Ensino Fundamental (de 5ª a 8ª séries). Dispomos, a partir de 22 de novembro de 2006, de um Sistema Municipal de Ensino que regulamenta as instituições da Educação Infantil a Ensino Médio, mantidas pelo Poder público Municipal. Atendendo a Lei Federal 10.172/01 da aprovação do Plano Nacional de Educação, o Conselho municipal de Educação usa

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67

das suas atribuições para regulamentar o Ensino Fundamental para (09 nove) anos, com vigência a partir de 2006, que altera a redação dos artigos 29, 30, 32 e 87 da Lei 9394/96, dispondo sobre a duração de 09 (nove) anos para o Ensino Fundamental, matricula obrigatória a partir dos 06 (seis) anos de idade. Contamos agora com o Ensino fundamental, (de 06 a 14 anos) sendo dividido em(06 a 10 anos) anos iniciais e (11 a 14 anos) anos finais do Ensino Fundamental.

Atual Situação do Ensino Fundamental da Rede municipal de Una Distorção idade/série & Desempenho

Zona Urbana – dados de 1998 a 2007

Os gráficos abaixo, demonstram a variação em percentuais de dados fornecidos pelas escolas de Ensino Fundamental da sede do município de Una, dos anos de 1998 a 2007, referentes à Distorção idade/série e Desempenho de alunos. 1ª a 4ª séries

Houve um aumento significativo, nos últimos nove anos, no que se refere à freqüência de alunos com idade considerada ideal pelos parâmetros nacionais. Segundo os dados analisados, nas séries iniciais da zona urbana, houve um aumento de quase 100%, pulando de mais de vinte e cinco e meio por cento (25,5%), para quarenta e nove e meio (49,5%). Em relação à distorção entre 1 a 2 anos, houve uma redução tímida, de aproximadamente, seis (6%) pontos percentuais. Já nas distorções acima de dois anos, a redução foi mais acentuada, registrando queda de mais de dezoitos pontos (18,1%) percentuais.

Tabela 02

Distorção idade/série 1ª a 4ª séries Amostra por percentual

Fonte: SEEC - Una

5ª a 8ª séries

No Ensino Fundamental II (5ª a 8ª séries), houve um aumento tímido, em relação à idade ideal, passou de aproximadamente, dez pontos e meio (10,4%) para quase treze (12,7%). Já a distorção entre 1 e 2 anos, houve um leve aumento, passando de mais de vinte e três pontos percentuais (23,2%) para quase trinta e

21,5

39,6

29

34,9

49,5

25,5

Idade Ideal 1 a 2 ano s A cima de 2 ano s

1998

2007

Page 68: PLANO AMBIENTAL UNA

68

dois por cento (31,8%). O destaque foi para a distorção acima de dois anos, onde houve uma redução de sessenta e seis e meio por cento (66,5) para pouco mais de cinqüenta e cinco por cento (55,6%). Tabela 03

Distorção idade/série 5ª a 8ª séries Amostra por percentual

Fonte: SEEC - Una

Desempenho 1ª a 4ª séries

Relacionado ao desempenho de alunos das séries iniciais do Ensino Fundamental da zona urbana, os resultados apresentados não são dos melhores, visto que em 1998 apresentávamos uma realidade de mais de sessenta por cento de aprovação (60,7%), chegando a 2007 com menos de cinqüenta e oito por cento (57,6%), o que automaticamente, aumentou o índice percentual de reprovados, passando de quinze (15%) para mais de dezoito por cento (18,2%). Em compensação, tivemos redução no número de alunos que abandonaram a escola em mais da metade: passamos dos quase dezenove por cento (18,7), para os pouco mais de nove por cento (9,2).

Tabela 04

Desempenho 1ª a 4ª séries Amostra por percentual

Fonte: SEEC - Una

55,6

66,5

31,8

23,2

12,710,4

Idade Ideal 1 a 2 ano s A cima de 2 ano s

1998

2007

9,2

18,718,215

57,660,7

A pro vado s R epro vado s A bando no

1998

2007

Page 69: PLANO AMBIENTAL UNA

69

5ª a 8ª séries No Ensino Fundamental II (5ª a 8ª séries) o resultado não é nada animador. Passamos dos quase setenta e nove por cento (78,7%) de aprovação, para menos de cinqüenta e sete por cento (56,5%). Já o número de reprovados não se elevou com a mesma proporção, pois pulou dos oito e meio por cento (8,5%) para os quase treze e meio (13,4%). O índice mais desanimador foi o que se refere ao abandono de alunos, pois, passou dos quase treze por cento (12,7) para a triste marca de trinta por cento (30%). Uma elevação de mais de cem por cento de abandono entre 1998 e 2007.

Tabela 05 Desempenho 5ª a 8ª séries

Amostra por percentual

Fonte: SEEC - Una

4.3 ENSINO MÉDIO

Introdução O Ensino Médio vem assumindo, nas últimas décadas, um importante papel, tendo em vista o processo de modernização em curso no mundo inteiro, em especial nos países emergentes, como o Brasil, já que sua expansão é um fator que

30

12,713,48,5

56,5

78,7

Aprov ados Reprov ados Abandono

1998

2007

Page 70: PLANO AMBIENTAL UNA

70

proporciona alavancar com mais firmeza o desenvolvimento socioeconômico e que prioriza a formação para a cidadania e qualificação profissional. Quanto ao financiamento do Ensino Médio,a emenda constitucional nº 14, assim como a LDB, atribuem ao estado a responsabilidade pela sua manutenção e desenvolvimento. Entretanto, os municípios podem articular ações em parcerias com os estados que contribuam com a ampliação do acesso ao Ensino Médio e a melhoria da qualidade do referido serviço. Diagnóstico Com a expansão do Ensino Médio, poderoso fator de formação para a cidadania e de qualificação profissional, todos os esforços devem estar voltados para que cada vez mais possamos universalizar seu atendimento. Apesar dos esforços, podemos identificar vários problemas, dentre os quais:

Fluxo irregular, não há continuidade de estudos;

Carências: espaços físicos, acompanhamento pedagógico e material humano;

Grande rotatividade de professores – mudança constante do quadro funcional;

Ausência de atualização e formação continuada de professor e técnico – administrativo;

Profissionais admitidos em caráter temporário e com formação não adequada ou específica;

4.4. MODALIDADES DE ENSINO 4.4.1 EDUCAÇÃO ESPECIAL Introdução

A Educação Especial é uma área de estudo relativamente nova, isto pode ser afirmado porque até por volta do século XVI, a sociedade não oferecia o atendimento educacional às pessoas consideradas “deficientes”. Por toda a história da humanidade se percebe a negação do direito de viver em sociedade, deste “deficiente”, em períodos mais remotos, chegou-se ao extremo de negar-lhe até o direito à vida, história que se repete nesta sociedade, pretensa, Pós-moderna. Entre os séculos XVIII e XIX, foram criadas inúmeras instituições de treinamentos para trabalhos manuais, por toda a Europa e suas extensões. Neste contexto, as primeiras instituições especializadas chegam ao Brasil, ainda na época do Império de D. Pedro II.

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Na década de 80, chega ao Brasil um processo denominado Integração. Fruto de um movimento norte-americano, no qual reuniram-se: pais, amigos e pessoas com deficiências; reivindicando direito de acesso a educação ofertada nas escolas regulares. Já na década de 90, ampliando o enfoque de integração, surge o movimento de Inclusão. Este, ganha força total com a Declaração de Salamanca (1994), nela defende-se uma escola única para todas as crianças, independentes de suas diferenças individuais. É neste cenário que, no município de Una - Bahia - Brasil, a Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE), é inaugurada (1997), respaldada na Lei de Utilidade Pública Municipal nº 537 de 08 de Maio de 1997. Pela primeira vez, os

munícipes são “provocados” a devolver, aos deficientes, os anos de sua existência, que lhe foram negados. Diagnóstico

Em Una, o único lugar de prestação de serviços educacionais destinado a pessoas com necessidades especiais é a APAE (Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais). E, durante os 10 anos de APAE na cidade, foram prestados os seguintes Atendimentos: Médico, Terapêutico e Escolar (Clínico, Neurologista, Fonoaudiólogo, Fisioterapeuta, Psicóloga e Pedagoga); ressaltando que apenas os três últimos serviços sempre foram prestados na sede da Instituição e de modo ininterrupto. Os demais são circunstanciais, pontuais, e realizados em Clínicas, Hospitais ou em Postos de Saúde. Todos os atendimentos contemplam a comunidade escolar, familiares, comunidade local e outras organizações sociais. É comum aos Técnicos, prestarem serviços preventivos ou remediativos (num sentido inverso à inclusão) a escolas da rede regular de ensino, tanto públicas quanto privadas. O público-alvo da Instituição compõe-se de pessoas com necessidades especiais: mental, visual, auditiva, física e múltipla; e de condutas típicas (problemas de conduta). Apesar dos superdotados também serem foco das APAE’s, no município ainda não houve registros deste atendimento. Cerca de 80 alunos são atendidos anualmente na Unidade Escolar Mico-leão (APAE /Una). Em todo este tempo, os Programas são basicamente os mesmos:

Estimulação Essencial – para alunos de até 3 anos de idade, com total atraso maturacional;

Adaptação – para alunos com a mesma dificuldade, e que tem acima de 4 aninhos;

Pré-escola – para alunos que devam ser estimulados a iniciar o desenvolvimento da leitura e escrita, e de idade cronológica correspondente a uma criança ou adolescente;

Alfabetização – para alunos de toda idade que começam a responder significativamente aos estímulos de leitura e escrita.

Educação de Jovens e Adultos (EJA) – para alunos de idade cronológica correspondente aos jovens ou adultos, mas que por alguma razão não foi possível perceber traços de desenvolvimento escolar, após longo período exposto ao conhecimento. É um programa que busca atender prioritariamente, o desenvolvimento social deste educando para viver da

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72

melhor forma possível em sociedade. Atendimento chamado em algumas Instituições no Brasil, de serviço de manutenção.

Em 2002, a Escola Mico-leão viveu sua primeira experiência de “inclusão”. Na oportunidade, os alunos com Deficiência Auditiva foram encaminhados à Rede Regular de ensino. Há informações de que a iniciativa fracassou. Procurou-se pelos surdos nas escolas e a informação é que evadiram, voltaram a ficar segregados em suas residências, em seus “mundinhos”. Mas foi em 2006 que a Escola começou a realizar as mais coerentes e bem sucedidas experiências de Inclusão. Desta vez, as escolas-piloto são devidamente orientadas de acordo com suas solicitações, mediante aquilo que afirmam ser suas necessidades para inicio do processo de Inclusão.

4.4.2.EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS

Introdução O desenvolvimento da alfabetização de adultos no Brasil acompanha a história da educação como um todo e teve início com o trabalho de catequização e ensino das primeiras letras, realizado pelos jesuítas, durante o Brasil colônia. Ao longo do tempo, o avanço econômico e tecnológico passou a exigir mão-de-obra cada vez mais qualificada e alfabetizada. Com isso, várias medidas políticas e pedagógicas foram sendo adotadas, tais como a Campanha de Educação de Adolescentes e Adultos ( CEAA), a Campanha Nacional de Erradicação do Analfabetismo (CNEA), o Movimento Mobral, o Ensino Supletivo etc. Nesta perspectiva,o município de Una compreende a alfabetização como início do processo de escolarização e parte integral da política de educação de jovens e adultos, fazendo-se necessário, uma proposta pedagógica que considere as especificidades. De acordo com a LDB/ 9394/96 Seção V

ART.37 A educação de jovens e adultos será destinada àqueles que não tiverem acesso ou continuidade de estudos no ensino fundamental e médio na idade própria. § 1º Os sistemas de ensino assegurarão gratuitamente aos jovens e aos adultos, que não puderam efetuar os estudos na idade regular, oportunidades educacionais apropriadas, consideradas as características do alunado, seus interesses, condições de vida e de trabalho, mediante cursos e exames. § 2º O Poder Público viabilizará e estimulará o acesso e a permanência do trabalhador na escola, mediante ações integradas e complementares entre si.

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Diagnóstico

Tabela: 06

Quadro da Educação de Jovens e Adultos Municipal

Ano Rede Municipal Rede Estadual Total

2003 - 187 187

2004 490 334 824

2005 469 290 759

2006 1.064 20 1.084

2007 861 257 1.118

2008 841 75 916

Fonte: SEEC - Una

O município tem 62 escolas, sendo 55 na zona rural e 7 na zona urbana e conta ainda com uma creche e APAE que oferecem níveis de Educação Infantil e Ensino Fundamental com modalidade de EJA. Os índices de defasagem idade/série atingem uma média de 70%. A Educação de Jovens e Adultos no município de Una iniciou em 2003 na Rede Estadual de ensino com 187 alunos no Segmento II. A partir de 2004 foi implantada na Rede Municipal de Ensino, iniciando o Segmento I e em 2005 com Segmento II. Em 2007, contamos na Rede Municipal com 636 alunos no Segmento I e 640 alunos no Segmento II. E o município ainda conta com 47 turmas de Alfabetização, pois aderiu ao Programa Todos pela Alfabetização-TOPA que é iniciativa do Governo Federal - Brasil Alfabetizado, cujo projeto, o governo da Bahia está intermediando para os municípios.

4.4.3 EDUCAÇÃO DO CAMPO Introdução Embora o Brasil, sendo um país de origem eminentemente agrária, a

educação do campo não foi sequer mencionada nos textos constitucionais até 1891,

evidenciando o descaso dos dirigentes e as matrizes culturais centradas no trabalho

escravo, na concentração fundiária, no controle do poder político pela oligarquia e

nos modelos de cultura letrada européia “urbanocêntrica”.

Esse panorama condicionou a história da educação escolar brasileira e

deixou como herança um quadro de precariedade no funcionamento da escola do

campo: em relação aos elementos humanos disponíveis para o trabalho pedagógico,

a infra-estrutura e os espaços físicos inadequados, as escolas mal distribuídas

geograficamente, a falta de condições de trabalho, salários defasados, ausência de

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formação inicial e continuada adequada ao exercício docente no campo e uma

organização curricular descontextualizada da vida dos povos do campo.

Embora os problemas da educação não estejam localizados apenas no meio

rural, neste, a situação é mais grave, pois além de não considerar a realidade sócio-

ambiental onde cada escola está inserida, esta foi tratada sistematicamente, pelo

poder público, como resíduo, com políticas compensatórias, programas e projetos

emergenciais, ratificando o discurso da cidadania e, portanto, de uma vida digna

reduzida aos limites geográficos e culturais da cidade, negando o campo como

espaço de vida e de constituição de sujeitos cidadãos.

O modelo de desenvolvimento implementado no campo brasileiro, foi tão

excludente que marca até hoje o modelo de educação adotado no Brasil. A escola

brasileira, de 1500 até o início do século XX, serviu e serve para atender as elites,

sendo inacessível para grande parte da população rural. Para as elites do Brasil

agrário, as mulheres, indígenas, negros e trabalhadores rurais, não precisavam

aprender a ler e escrever, pois, para desenvolver o trabalho agrícola, o letramento

era desnecessário.

O modelo brasileiro de educação rural apresenta uma série de elementos os

quais aparecem na legislação, nas instituições pedagógicas, no currículo e mesmo

nas "recomendações" dos organismos internacionais, que possibilitam traçar um

esboço da educação rural brasileira a partir dos anos 30.

Presente em todos os momentos históricos, imbuídos nas propostas para a

educação rural, o movimento do capital de desestruturação da produção

camponesa, tanto para a formação de um mercado de força de trabalho, quanto

para a constituição de condições para a modernização da produção agrícola. O

emprego de máquinas, de tecnologias e insumos, próprios desta modalidade de

produção, demandará o aumento das lavouras e, conseqüentemente, das

propriedades rurais, fortalecendo o latifúndio que nasce com a colonização.

A partir da década de 1950, consolida-se a gestação de um discurso

urbanizador que enfatiza a fusão entre os dois espaços, urbano e rural, por acreditar

que o desenvolvimento industrial, em curso no Brasil, faria desaparecer dentro de

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75

algumas décadas a sociedade rural, ou seja, “o campo é uma divisão sócio cultural a

ser superada, e não mantida” (Moreira apud Abraão, 1989).

Uma nova redefinição do pensamento educacional será trazida pelo golpe de

1964, que com o fechamento dos canais de participação e representação, impõe

limites e controle aos segmentos populares e aos bens educacionais e sociais.

Educadores comprometidos e lideranças são perseguidas e exiladas, as

universidades sofrem intervenções e os movimentos populares e sindicais são

desarticulados. Contudo, o analfabetismo continuava a desafiar as elites dominantes

que achavam que o Brasil tinha que se tornar uma potência no cenário internacional.

Para tanto, organizaram durante esse período, várias campanhas de alfabetização

com o intuito de colocar o País no rumo do "desenvolvimento".

Nesse sentido, é válido ressaltar que a educação para a população do meio

rural, nunca tivera políticas específicas. O atendimento à educação se deu através

de campanhas, projetos e/ou políticas compensatórias, sem levar em conta as

formas de viver e conviver dos povos do campo, que ao longo da história foram

excluídos enquanto sujeitos do processo educativo.

Nos anos 90 esse quadro educacional começa a dar sinais de mudança, pois

os movimentos sociais e sindicais, pressionavam o estado, no intuito de elaborar

políticas públicas para a população do campo, visando garantir a universalização do

ensino, bem como a construção de propostas pedagógicas que respeitassem a

realidade, as formas de produzir, de lidar com a terra, de viver e conviver dos povos

do campo.

Um importante aceno já dado pela LDB – Lei de Diretrizes e Bases da

Educação Nacional, 9394/96 e fortalecida com outra importante conquista recente

para o conjunto das organizações de trabalhadores e trabalhadoras do campo, no

âmbito da luta por políticas públicas, que foi a aprovação das “Diretrizes

Operacionais para a Educação Básica nas Escolas do Campo” (Parecer no 36/2001

e Resolução 1/2002 do Conselho Nacional de Educação). Esse instrumento de luta,

junto às ações de diversos movimentos sociais e sindicais do campo, vêm

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76

pressionando sua inclusão na agenda de alguns governos municipais, estaduais e

também na esfera do governo federal.

Após a aprovação das Diretrizes Operacionais para a Educação Básica nas

escolas do campo, vem se desencadeando um processo de mobilização e

envolvimento social, na busca de fortalecer a construção de políticas públicas que

garantam o acesso e permanência à Educação de qualidade para os povos do

campo.

Diagnóstico

Em nosso município, o panorama não é diferente do nacional, escolas

desestruturadas, dificuldades de acesso dos professores ao seu local de trabalho

em virtude de péssimas estradas, como também, falta de transporte. O mesmo

problema se aplica aos diretores e coordenadores, não tendo condições ideais de

deslocamento para realizar um trabalho de monitoramento e intervenção

pedagógica.

Diante desta realidade, ainda apresentamos um elevado índice de evasão e

repetência. Nota-se, porém, que ao longo desta década o índice de aprovação vem

crescendo, enquanto que o de reprovação está em queda. Isto se justifica em virtude

de ações que foram tomadas principalmente com relação à participação dos

professores do campo em cursos de capacitação. Quanto às taxas de abandono, é

importante ressaltar que esta queda ocorreu, devido a um trabalho de

conscientização realizado pelo professor. A maioria dos pais, quando ficavam

desempregados nas fazendas, ia embora e não se preocupava com a vida escolar

de seus filhos. Hoje, ao necessitarem de deslocamento, têm a preocupação de vir

até a secretaria municipal de educação, requisitar o histórico escolar, para que,

dessa forma, eles possam continuar seus estudos em outra escola.

Conforme, tabela abaixo, o número de matrículas no campo vem caindo de

forma significativa, em virtude, principalmente do êxodo rural, ocasionada pela

decadência da lavoura cacaueira, que de certa forma, tem expulsado o homem do

campo por falta de condições econômicas para sobreviver.

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Tabela 07

Ensino Fundamental - 1ª a 4ª série Histórico de 1998 a 2007 dos alunos das Escolas da Rede Municipal de Ensino-

Escolas do Campo

Aprovados Reprovados Abandono Salas Disponíveis

Ano Matriculados nº % nº % nº %

1998 4.083 2.313 56,6% 819 20,1% 929 22,8% 66

1999 3.771 2.026 53,7% 835 22,1% 706 18,7% 65

2000 4.100 2.210 53,9% 937 22,9% 725 17,7% 72

2001 3.711 2.113 56,9% 696 18,8% 660 17,8% 72

2002 3.424 1.864 54,4% 746 21,8% 509 14,9% 69

2003 3.209 1.673 52,1% 678 21,1% 622 19,4% 67

2004 2.819 1.399 49,6% 613 21,7% 587 20,8% 66

2005 2.808 1.560 55,6% 622 22,2% 675 24,0% 62

2006 2.808 1.327 47,3% 511 18,2% 555 19,8% 60

2007 2.121 1.214 57,2% 470 22,2% 315 14,9% 58 Fonte: SEEC-Una

Analisando a tabela 08, podemos verificar um quadro crescente no sentido da

melhoria da formação dos docentes, com um aumento significativo no número de

professores licenciados. Este fato tem contribuído para uma tomada de consciência,

no sentido de que precisamos investir na formação dos profissionais para que

possamos oferecer uma educação de melhor qualidade. Porém, muitos que estão

em comunidades mais distantes, se sentem privados de terem acesso à faculdade,

em virtude da não existência de uma política que vise essa formação.

Tabela 08

Professores segundo o nível de escolaridade

Ensino Fundamental - Escolas do Campo

Formação/ Ano 2003 2004 2005 2006 2007 2008

Fundamental Incompleto

Fundamental Completo

Médio Completo 102 104 100 94 86 84 Ens. Médio Outra Forma. Completo 2 5 1 2

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Licenciatura Completa 14 13 14 9 17 14

Superior com Magistério 1 2 2

Superior sem Magistério 1 2 2 3 1 1

Total 117 119 118 112 107 103

Total de Escolas 64 65 63 59 57 55 Fonte: SEEC-Una

Porém, ao longo dos últimos dez anos, presenciamos um quadro sensível de

mudança de pensamentos e atitudes, tanto na esfera governamental, como no

quadro de profissionais, onde devemos destacar:

Melhoria de estrutura física na maioria das escolas;

Erradicação de educadores sem qualificação mínima para atuar;

Oferta de curso de formação continuada para os educadores do

campo;

Ter no seu quadro de profissionais, mais de 80% dos seus professores

cursando o ensino superior.

É importante lembrar que muito precisa ser feito, principalmente no que tange

ao projeto pedagógico inexistente e/ou que não atende a realidade das escolas do

campo e seu regimento interno, o qual, precisa ser elaborado.

Quando analisamos os dados da educação do campo, Identificamos

desigualdades históricas do direito à educação dos povos do campo. O fluxo escolar

dos alunos matriculados nas escolas rurais também apresenta problemas de

distorção bastante acentuada. Vejamos a tabela abaixo.

Tabela 09

Distorção Idade Série - Ensino Fundamental - 1ª a 4ª série Histórico de 1998 a 2007 dos alunos das Escolas da Rede Municipal de Ensino –

Escolas do Campo

Até a idade ideal 1 a 2 anos após mais de 2 anos não informado Total

Ano nº % nº % nº % nº %

1998 372 9,5% 800 20,3% 2.135 54,3% 628 16,0% 3.935

1999 462 11,9% 851 21,9% 2.269 58,3% 311 8,0% 3.893

2000 504 12,5% 930 23,2% 2.393 59,6% 189 4,7% 4.016

2001 607 18,4% 821 24,9% 1.690 51,2% 185 5,6% 3.303

2002 579 17,7% 800 24,5% 1.622 49,7% 263 8,1% 3.264

2003 661 21,2% 797 25,6% 1.450 46,5% 211 6,8% 3.119

2004 671 24,1% 805 28,9% 1.248 44,8% 62 2,2% 2.786

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79

2005 685 24,7% 771 27,8% 1.319 47,5% 0 0,0% 2.775

2006 639 24,0% 759 28,5% 1.258 47,2% 11 0,4% 2.667

2007 662 30,0% 667 30,2% 870 39,4% 11 0,5% 2.210

Fonte: SEEC-Una

É importante ressaltar que ao longo desses dez anos há um decréscimo

significativo nesta distorção.

Associada a esses dados, há uma rede escolar caracterizada por uma grande

precariedade em suas instalações físicas. Os dados indicam que persiste a ausência

ou inadequação de elementos básicos de infra-estrutura física das escolas do

campo, tais como, sanitários, esgotos e energia elétrica.

A partir do ano de 2001, foi implantado o Programa Escola Ativa, cujo

objetivo, é diminuir o número de repetência e a distorção idade/série nas classes

multisseriadas. A proposta é fazer com que seja implantada em todas as escolas. No

entanto, é preciso uma reestruturação do projeto, a fim de atender com qualidade

melhor os alunos.

5. PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO Introdução A qualificação do pessoal docente se apresenta hoje, como um dos maiores

desafios para o plano nacional e municipal de Educação. O Poder Público precisa

se dedicar prioritariamente à solução deste problema, através da implementação de

políticas públicas de formação inicial e continuada para os profissionais da

educação. Esta, representa uma condição e um meio para o avanço científico e

tecnológico em nossa sociedade e, portanto, o desenvolvimento do município

unense.

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80

Diagnóstico

Ao observar a tabela abaixo, pode-se perceber o aumento considerável do

nível de escolaridade dos professores que atuam no Ensino Fundamental das

Escolas do município, saindo dos 16,6% dos profissionais com nível superior em

2003, para 26,5% em 2008. No entanto, mesmo em queda, o índice de professores

com formação em Ensino Médio apenas, ainda é considerado muito alto: 73,5% dos

professores da Rede Municipal.

Tabela 10 Professores segundo o nível de escolaridade

Ensino Fundamental Formação/ Ano 2003 2004 2005 2006 2007 2008 Fund. Incompleto Fundamental Completo Médio Completo 156 80,8% 171 84,7% 170 80,2% 161 76,7% 129 69,7% 136 69,4% Ens. Médio Outra Forma. Completo 5 2,6% 2 1,0% 2 0,9% 12 5,7% 7 3,8% 8 4,1% Licenciatura Completa 27 14,0% 27 13,4% 34 16,0% 29 13,8% 37 20,0% 36 18,4% Sup. com Magistério 2 0,9% 2 1,0% 8 4,3% 12 6,1% Sup. sem Magistério 5 2,6% 2 1,0% 4 1,9% 6 2,9% 4 2,2% 4 2,0% Total 193 100,0% 202 100,0% 212 100,0% 210 100,0% 185 100,0% 196 100,0% Total de Escolas 70 71 70 66 64 62 Fonte: SEEC-Una

Diante desta realidade, é de fundamental importância, para amenizar os

impactos dos números desfavoráveis, que se invista, sobretudo, na formação em

serviço dos profissionais da educação.

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ANEXOS

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Tabela

Ensino Fundamental - 1ª a 4ª série

Histórico de 1998 a 2008 dos alunos das Escolas da Rede Muncipal de Ensino - Zona Urbana

Aprovados Reprovados Abandono

Ano Matriculados nº % nº % nº %

1998 1.532 930 60,7% 230 15,0% 286 18,7%

1999 1.574 940 59,7% 322 20,5% 258 16,4%

2000 1.512 992 65,6% 373 24,7% 138 9,1%

2001 1.416 887 62,6% 296 20,9% 137 9,7%

2002 1.606 986 61,4% 277 17,2% 219 13,6%

2003 1.638 1.082 66,1% 227 13,9% 210 12,8%

2004 1.699 930 54,7% 352 20,7% 293 17,2%

2005 1.676 1.009 60,2% 272 16,2% 244 14,6%

2006 1.435 915 63,8% 273 19,0% 154 10,7%

2007 1.680 968 57,6% 306 18,2% 154 9,2%

2008 1.599 1.104 69,0% 252 15,8% 102 6,4%

Fonte: SEEC-Una

Tabela

Ensino Fundamental - 1ª a 4ª série

Histórico de 1998 a 2008 dos alunos das Escolas da Rede Muncipal de Ensino - Escolas do Campo

Aprovados Reprovados Abandono Salas Disponíveis

Ano Matriculados nº % nº % nº %

1998 4.083 2.313 56,6% 819 20,1% 929 22,8% 66

1999 3.771 2.026 53,7% 835 22,1% 706 18,7% 65

2000 4.100 2.210 53,9% 937 22,9% 725 17,7% 72

2001 3.711 2.113 56,9% 696 18,8% 660 17,8% 72

2002 3.424 1.864 54,4% 746 21,8% 509 14,9% 69

2003 3.209 1.673 52,1% 678 21,1% 622 19,4% 67

2004 2.819 1.399 49,6% 613 21,7% 587 20,8% 66

2005 2.808 1.560 55,6% 622 22,2% 675 24,0% 62

2006 2.808 1.327 47,3% 511 18,2% 555 19,8% 60

2007 2.121 1.214 57,2% 470 22,2% 315 14,9% 58

2008 1.802 1.055 58,5% 389 21,6% 170 9,4% 70

Fonte: SEEC-Una

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Tabela

Ensino Fundamental - 5ª a 8ª série

Histórico de 1998 a 2008 dos alunos das Escolas da Rede Muncipal de Ensino - Escolas do Campo

Aprovados Reprovados Abandono Salas Disponíveis

Ano Matriculados nº % nº % nº %

1998 265 211 79,6% 25 9,4% 29 10,9%

1999 349 263 75,4% 36 10,3% 50 14,3%

2000 462 337 72,9% 39 8,4% 44 9,5% 9

2001 623 479 76,9% 26 4,2% 109 17,5% 21

2002 773 597 77,2% 33 4,3% 138 17,9% 22

2003 835 587 70,3% 90 10,8% 147 17,6% 24

2004 704 451 64,1% 59 8,4% 187 26,6% 23

2005 691 454 65,7% 61 8,8% 163 23,6% 23

2006 674 450 66,8% 47 7,0% 159 23,6% 25

2007 561 392 69,9% 56 10,0% 101 18,0% 18

2008 522 347 66,5% 76 14,6% 78 14,9% 19

Fonte: SEEC-Una

Tabela

Ensino Fundamental - 5ª a 8ª série

Histórico de 1998 a 2008 dos alunos das Escolas da Rede Muncipal de Ensino - Zona Urbana

Aprovados Reprovados Abandono

Ano Matriculados nº % nº % nº %

1998 1.082 851 78,7% 92 8,5% 137 12,7%

1999 1.000 734 73,4% 95 9,5% 153 15,3%

2000 944 710 75,2% 82 8,7% 93 9,9%

2001 573 438 76,4% 39 6,8% 74 12,9%

2002 1.107 641 57,9% 109 9,8% 234 21,1% 2003 1.003 554 55,2% 159 15,9% 236 23,5%

2004 768 368 47,9% 143 18,6% 206 26,8%

2005 1.189 542 45,6% 214 18,0% 418 35,2%

2006 914 548 60,0% 123 13,5% 243 26,6%

2007 1.056 597 56,5% 141 13,4% 317 30,0%

2008 1.020 578 56,7% 211 20,7% 201 19,7%

Fonte: SEEC-Una

Page 84: PLANO AMBIENTAL UNA

84

6.0 CARACTERIZAÇÃO SÓCIOAMBIENTAL DO MUNICÍPIO

Secretaria de Turismo e Meio Ambiente

De acordo com a Lei Municipal nº459 de 14 Janeiro de 1993 , em ementa

estabelece a estrutura administrativa na gestão do Sr. Luiz Elias,não existia

secretaria, sendo Divisão de Cultura,Esporte e Turismo fazendo parte da Secretaria

de Educação e Cultura, na seção III artigo 32 Capítulo 8 .

Na Lei Municipal 527 de 11 de Setembro de 1996 a Ementa cria Conselho

Municipal de Turismo e dá outras providências denominado de CONTUR. Em 25 de

Setembro de 1996 através do Decreto 266, ementa aprova regimento do Conselho

Municipal de Turismo do Município de Una, constituído de 13 Membros.

Em 30 de Junho de 1999 através da Lei Municipal 590 e ementa cria

Secretaria de Turismo, Esporte e Meio Ambiente e dá outras providências.

Já na Lei Municipal nº 701 de 22 de Junho de 2005, ementa : altera a

estrutura administrativa do município: Artigo I – Fica alterado capítulo X da Lei nº

459 de 14 de Janeiro , que passa ter a seguinte redação , Capítulo X : Secretaria de

Turismo e Meio Ambiente.

COMDEMA –foi criado através da Lei Municipal nº 643 de 26 de Junho de

2002, ementa: dispõe sobre Criação do Conselho Municipal de Desenvolvimento e

de Meio de Una e dá outras providências, sendo apenas consultivo.

Lei Complementar nº 008 de 03 de Outubro de 2008 ,Institui o Código do Meio

Ambiente do Município de Una e dá outras providências, capítulo V sub-seção I , II –

tornando-o de caráter consultivo, deliberativo e normativo do SIMMA. Sendo

reativado no dia 21 de Maio de 2009.

Durante esses 6 meses de gestão foi realizado a reativação do COMDEMA,

a realização dos seguintes projetos: Projeto de Limpeza do Rio Aliança em

comemoração ao dia da água, Projeto em Comemoração dia do Meio Ambiente com

Mostra Iconográfica em parceira com IESB, Projeto Arraiá da Colonha, além de

encontros com proprietários de box e barracas na orla do Rio Aliança para limpeza

do Rio Aliança. Reunião também com proprietário de carros e equipamentos de

som, visando o cumprimento de Lei que institui o horário de funcionamento dos

mesmos bem como a quantidade de decibéis permitida, além de licenciamento

ambiental, entre outras ações.Além de participação 8º Fórum empresarial na Ilha de

Page 85: PLANO AMBIENTAL UNA

85

Comandatuba onde foram discutidas ações relacionadas ao Meio Ambiente e

participação da Câmara de Turismo da Costa do Cacau, I e II etapa do curso de

Capacitação Ambiental Compartilhada Estando em execução os projetos: Adote

uma lixeira , Projeto de Educação Ambiental nas escolas e Festival Policultural de

Una. Tendo como proposta a realização do Inventário Turístico, e criação da Agenda

21 bem como o desenvolvimento do Município de Una por meio de ações que visem

o Turismo Sustentável.

6.1.1 Infra-Estrutura Turística

O turismo em Una não desponta como um destaque econômico, mesmo

porque às políticas públicas para o seguimento ainda são tímidas. O potencial

turístico do município está fundamentado na sua beleza paisagística enquanto

detentor de uma extensa malha hídrica que oferece corredeiras e cachoeiras para a

prática de esportes como a rafting e atividades de lazer como pesca e banhos em

locais paradisíacos como praia de Itapororoca , Comandatuba, Pedras. Por está

localizado no corredor da Mata Atlântica registramos a presença de trilhas para o

turismo ecológico caminhadas ou passeios de moto (trilhas). Para o turismo

comercial podemos citar que o município realiza cursos, palestras, conferências,

fórum empresaria no Hotel Transamérica em Comandatuba que possui tod uma

infraestrutura, além do Clube Social de Una e do Espaço de eventos da FACINTER

A realização de competições, montarias os passeios de moto também se constituem

atrativo turísticos do município. A quantidade de pousadas gira em torno de 20 , que

oferecem uma média de 600 leitos,estando a maior parte concentrada no distrito de

Comandatuba .

6.2 Turismo Receptivo

O ponto alto do fluxo turístico em nosso município compreende o período

novembro a janeiro com a festa do Padroeiro de Comandatuba : São Sebastião O

ponto Alto é Micareta realizado no mês de Agosto –festa em comemoração ao

aniversário da cidade que oferece atrações famosas, desfiles de blocos e muita

gente bonita. Una dispõe de acomodações confortáveis, e bons restaurantes onde

Page 86: PLANO AMBIENTAL UNA

86

predomina a oferta de comidas típicas da culinária baiana e regional além da boa

hospitalidade que já é peculiar do seu povo, uma terra de gente hospitaleira.

6.3 Turismo Emissivo

Una atende a esta proposta com mais intensidade no período de fim de ano

com as férias escolares,

Clanedário de Eeventos Tradiocinais

06/01 TERNO DE REIS- Distrito de Pedras: Festa com manifestações sócios-

cultural, afro-brasileira, que resgata a tradição, dos primeiros habitantes do nosso município

20/01 FESTA DE SÃO SEBASTIÃO - PADROEIRO DO DISTRITO DE

COMANDATUBA- Festa comemorativa de cunho religioso, realizado com a

participação da comunidade local e circunvizinhas trazendo os mais

variados, cantorias, recitais e com a tradicional puxada do mastro de São

Sebastião e festa profana .

02/02 FESTA DO SENHOR DO BONFIM-PADROEIRO DE OUTEIRO- Tríduo preparatório para a festa oficial, que acontece normalmente a partir das 17 horas com a celebração eucarística seguida da caminhada de fé.

19/03 FESTA DE SÃO JOSÉ - PADROEIRO DO MUNICÍPIO DE UNA-: Festa

comemorativa de cunho religioso, realizado com a participação da comunidade local e circunvizinhas, festival de tortas em caráter beneficente, normalmente a festa começa a ser festejada 9 dias antes da data oficial o novenário. Dia em que o agricultor local planta o milho para ser colhido no São João.

13/06 FESTA DE SANTO ANTÔNIO-PADROEIRO DO DISTRITO DE PEDRAS

Festividade religiosa comemorativas à Santo Antônio, no Povoado de Pedras, Antiga sede do Município com a tradicional cultura de pescadores , artesãos e marisqueiros com culinário típica e festa profana .

20 à 24/06

FESTA JUNINA (ARRAIÁ) –DISTRITO DE COLÔNIA

Festa em comemoração ao São João, tradicionalmente realizado no distrito de colônia por ter uma cultura rural muito forte e uma grande concentração de plantações de milho, além de ser um dos poucos locais onde tem colônia de imigrantes japoneses refugiados da segunda guerra mundial que logo aderiram a cultura local se tornando exímios agricultores e trouxeram influências de sua cultura.local . Sendo o distrito um dos maiores produtores de magostin. A festa conta também com a participação de bandas locais e regionais bem como visitantes de cidades circunvizinhas.

Page 87: PLANO AMBIENTAL UNA

87

3107 à

02/08

ANIVERSÁRIO DO MUNICÍPIO DE UNA(MICARETA)-festa em

comemoração ao aniversário da cidade, dia 02 de agosto data de sua emancipação política em 1924. Com a participação de bandas locais e regionais e a participação de visitantes de cidades circunvizinhas, com 2 blocos oficiais : Skandallo e Vem me Amar e Blocos alternativos : Os fulanos, Os putões e as piriguetes, os relentões, as muquiranas entre outros. Além de festa religiosa com missas e procissão e Alvorada.

10/09 CRUZADA EVANGELÍSTICA- Festa realizada em virtude do grande número

de evangélicos da cidade chegando a quase 50% da população , autorizada pelo decreto nº 1153 de 10 de setembro de 2004 pelo então prefeito Dejair Birschner como inclusão no calendário religioso municipal. Visto que é um público crescente no país e requer produtos e serviços especializados, com a participação de líderes religiosos , cantores, coreógrafos local e de cidade circunvizinhas, aumentando o fluxo turístico na cidade.

12/10 FESTA DE NOSSA SENHORA APARECIDA-PADROEIRA DO DISTRITO DE VILA BRASIL- Missas, batismo, procissão e festa profana.

31/12 REVEILLON GOSPEL - O gospel no Brasil é um segmento turístico que tem

crescido muito em virtude no grande número de evangélicos no País numa estimativa de 26 milhões segundo dados do Ibge 2000 e 33 milhões em 2008 com dados ainda não oficiais, a palavra gospel vem da contração de duas palavras inglesas: “ God” e Spell” = Palavra de Deus ou evangelho. Visto que o segmento está em crescimento o município tem que está atendo as inovações do segmento turístico e por ser um público crescente que requer produtos e serviços específicos, que chega a movimentar x milhões anuais. A festa é realizada com a participação de grupos regionais de música e coreografia bem como cantores Nacionais.

31/12 à

02/01

REVEILLON DE LENÇÓIS – Reveillon tipicamente tropical por possuir um

clima quente e um ar puro além de uma praia de águas límpidas. Realizado na Praia de Lençóis na Ba 001 muito freqüentada pelos munícipes e turistas de cidades circunvizinhas e com a participação de bandas locais e regionais .

Page 88: PLANO AMBIENTAL UNA

88

Fotos turísticas

Page 89: PLANO AMBIENTAL UNA

89

7.0 ANÁLISE E AVALIAÇÃO

Esta etapa do plano ambiental municipal, inicialmente consiste em listarmos os

principais aspectos ambientais para de acordo com os mesmos, enumerarmos os

impactos que serão avaliados a partir dos seguintes critérios: Pontos Fracos Pontos

Fortes e finalizando com a análise e avaliação.

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90

TABELA DE AVALIAÇÃO DOS IMPACTOS AMBIENTAIS

FATOR CARACTERÍSTICAS

TIPO DE IMPACTO

OCORRÊNCIA

Efeito negativo que pode ser observado ou medido Pode vir a ocorrer, mas sem uma clara evidência, sendo provável que esteja ocorrendo.

Efetivo

Provável

MAGNITUDE

Grandeza de um impacto em termos absolutos, podendo ser definida como medida de mudança de valor de um fator ou parâmetro ambiental, em termos quantitativos e qualitativos, provocada por uma ação.

Grande

Média

Pequena

ESTADO EVOLUTIVO

Quando o impacto encontra-se estabilizado, sem risco de expandir nem de diminuir os seus efeitos. Quando os efeitos do impacto estão diminuindo, com tendência a cessarem todos os efeitos. Quando os efeitos do impacto estão em expansão

Estacionário

Retroativo

Em expansão

TEMPORALIDADE

Quando seu efeito tem duração determinada Quando, uma vez executada a ação, os efeitos não cessam de se manifestar num horizonte temporal conhecido.

Temporário Permanente

REVERSIBLIDADE

Quando cessada a ação, o fator ou parâmetro ambiental afetado retorna às condições originais. Quando cessada a ação, o fator ou parâmetro ambiental afetado não retorna às condições originais.

Reversível Irreversível

Quando o retorno do fator ou parâmetro Grande

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91

REVERSIBILIDADE(em função da intensidade)

às condições originais é extremamente fácil. Quando o retorno do fator ou parâmetro ás condições originais necessita de algumas intervenções Quando o retorno do fator ou parâmetro ás condições originais necessita de manejo intenso.

Média

Baixa

SANTOS, R.F. Planejamento Ambiental: teoria e prática. São Paulo.Oficina de

Textos,2004. 8.0 PRINCÍPIOS E DIRETRIZES PARA A GESTÃO AMBIENTAL MUNICIPAL

Lei orgânica municipal

“Institui o Código Municipal de Defesa do Meio Ambiente e dispõe sobre o

Sistema Municipal de Meio Ambiente – SIMMA, para a administração do uso

dos recursos ambientais, proteção da qualidade do Meio Ambiente do

controle das fontes poluidoras e da ordenação do solo do território do

município de Ubaitaba, de forma a garantir o desenvolvimento

ambientalmente sustentável.

INSTRUMENTOS Número Data de elaboração/publicação

Lei Orgânica ----- ---------------------

17/02/2004

Lei Ambiental 008 03/10/2008

Plano Diretor 006 03/10/2008

Lei de usos e ocupação do solo urbano

007( Código Urbanístico) 03/10/2008

Lei de usos e ocupação para todo o município

007( Código Urbanístico) 03/10/2008

Código de Obras 007( Código Urbanístico) 03/10/2008

Código de Posturas 007(Código Urbanístico) 03/10/2008

Conselho Municipal de Meio Ambiente

643 26/06/2002

Zoneamento municipal 007( Código Urbanístico) 03/10/2008

Zoneamento ecológico econômico

007( Código Urbanístico) 03/10/2008

Page 92: PLANO AMBIENTAL UNA

92

Plano de desenvolvimento de turismo

006 ( Plano Diretor) 03/10/2008

Macrodiagnóstico estadual/regional

Não tem

PPA

Em andamento

Fundo Municipal de Meio Ambiente

Decreto nº 182

30/09/2009

Lei Municipal de Criação da Secretaria de Turismo, Esporte e Meio Ambiente

590 30/06/1990

Lei Municipal que altera a Estrutura Administrativa do

Município

701 22/06/2005

Decreto que Nomeia Membros Titulares e

Suplentes do Conselho de Desenvolvimento e Meio

Ambiente-COMDEMA

162 31/07/2009

Page 93: PLANO AMBIENTAL UNA

93

6.0 ESTRUTURAÇÃO DO SISMUMA

ORGANOGRAMA DA SECRETÁRIA MUNICIPAL DE

TURISMO E MEIO AMBIENTE DE UNA

PREFEITO

COMDEMA

SECRETARIA MUNICIPAL DE TURISMO E MEIO AMBIENTE DE UNA -BA

Chefe da Divisão de Turismo

SECRETÁRIA DE TURISMO E MEIO AMBIENTE

Chefe da Divisão de Meio

Ambiente

FMMA

Secretária

Executiva

Diretor

Administrativo

Page 94: PLANO AMBIENTAL UNA

94

O organograma acima representa a atual estrutura formal da Secretaria de

Turismo e Meio Ambiente de Una e atende a uma proposta de organização simples

e básica de funcionamento. Mediante os desafios encontrados na gestão ambiental

pontuamos a necessidade da criação de novos cargos como, por exemplo, o de

gerência de projetos, e fiscais. Além da implementação da estrutura de recursos

humanos, existe também a necessidade de melhorias na parte operacional é preciso

adquiri um veículo adequado para as operações de monitoramento, fiscalização, um

GPS além de computadores, máquina digital, filmadora. É válido mencionar que os

cursos de capacitação são de suma importância para a efetiva realização dos

serviços a que se propõe a Secretaria.

Page 95: PLANO AMBIENTAL UNA

95

7.0 CONSIDERAÇÕES FINAIS

O município é o titular responsável pelas ações ambientais, já que é palco de

iniciativas de toda natureza de impactos. A Constituição Federal no artigo 30 afirma

que, compete a ele legislar, suplementando a Constituição, sobre aspectos

ambientais de interesse local. Para tanto os municípios deverão organizar o

Sismuma, criar estrutura administrativa para funcionamento do Comdema e articular-

se com as esferas estaduais e federais para implementação de políticas publica de

meio ambiente e cidadania. A capacitação dos gestores ambientais e a elaboração

do Plano Municipal Ambiental abrem uma perspectiva de um futuro diferenciado

para a nossa região. Esta ação atrelada à proposta do Governo do Estado de uma

gestão participativa sinaliza novos tempos. Integralizar, interagir deve ser a nova

ordem, pois as ações isoladas, em prol da questão ambiental não geram efeitos com

a intensidade que requer a problemática.

A capacitação pressupõe uma garantia de que as políticas ambientais terão o

devido respaldo para serem bem sucedidas. É necessário o fortalecimento na

parceria com universidades e Centros de Pesquisas para que haja o

desenvolvimento de projetos focados, sobretudo em problemas ambientais locais, a

proposta de educação ambiental nas escolas e inclusive na zona rural deve ser

efetivada o quanto antes possível, para que as comunidades tenham consciência da

sua importância enquanto agente modificador e multiplicador dos conhecimentos em

defesa do meio ambiente.

Uma visão de meio ambiente sem romantismo deve ser colocada para todos.

É necessária uma consciência do que realmente os recursos naturais significam

para a humanidade, levando-a a perceber quanto é importante à mudança nos

hábitos, na maneira de se consumir, de se descartar, na reavaliação de conceitos

que anteriormente não contemplavam com exatidão as conseqüências do mau uso

dos recursos naturais. Novas expressões como preservar, sustentabilidade,

ecologia, reciclagem devem ser inseridas no cotidiano de todos visando fazer com

que desde os cidadãos comuns até os governantes, dêem a questão ambiental a

mesma atenção que se dá a educação, a saúde e ao social, pois, o meio ambiente é

transversal a todas elas.

Page 96: PLANO AMBIENTAL UNA

96

Neste trabalho procuramos registrar uma visão global do nosso município,

inserindo todos os seus aspectos biofísicos, sociais e econômicos pontuando os

problemas ambientais e propondo ações que venham minimizar os impactos

conseqüentes das ações antrópicas desordenadas. O princípio para a ordenação do

desenvolvimento sócio-econômico de qualquer município perpassa pela

intensificação dos procedimentos de fiscalização e para isso é preciso que o

licenciamento ambiental seja uma ferramenta potencialmente utilizada em todos os

empreendimentos. Destacamos, também, o tópico que se refere aos recursos

hídricos, pois é de extrema necessidade a implantação do Comitê da Bacia do Rio

das Contas devido ao elevado grau de degradação que já se encontra em todos os

aspectos, qualidade da água, déficit de mata ciliar, lançamento e efluentes etc.

Entender que toda ação do ser humano direta ou indiretamente afeta o meio

ambiente.

Esperamos que este trabalho seja a base para o desenvolvimento sustentável

do nosso município e entendemos que este é um diagnóstico que serve de

orientação para o início de um crescimento planejado, embasado nos princípios de

preservação dos recursos naturais.

Page 97: PLANO AMBIENTAL UNA

97

REFERÊNCIAS

Ceplac – Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira

Estudo Ambiental Usina Hidrelétrica de Funil - 2001

IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística

INCRA - Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária

Plano de Desenvolvimento Econômico, Social e Administrativo do Município

de Ubaitaba. www.pnud.org.br

SEI – Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia

IESB – Instituto de Estudos Sócio-Ambientais da Bahia

COOPERUNA-Cooperativa dos Produtores Rurais de Una

ICMBIO – Instituto Chico Mendes de Conservação e Biodiversidade Rerva

Biológica de Una-BA .

Secretaria de Turismo e Meio Ambiente de Una-Ba

Secretaria de Agricultural, Indústria e Comércio

Secretaria de Saúde

Secretaria de Educação, Esporte e Cultura

ALGER, K.; CALDAS, M. The Declining Cocoa Economy and the Atlantic Forest of Southern Bahia, Brazil: Conservation Attitudes of Cocoa Planters. The Environmentalist. vol. 14, n. 2, 1994, p. 107-119.

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