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PLANO BÁSICO AMBIENTAL – PBA Rodovia BR-242/TO – Taguatinga – Paranã – Peixe TOMO II – 1/3

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PLANO BÁSICO AMBIENTAL – PBA

Rodovia BR-242/TO – Taguatinga – Paranã –

Peixe

TOMO II – 1/3

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ÍNDICE Pág. Apresentação 1 1. Programa de Gestão Ambiental - PGA

1.1. Introdução 2 1.2. Justificativa 2 1.3. Objetivos 2 1.4. Metas 2 1.5. Alvo 2 1.6. Metodologia e Descrição do Programa 2 1.7. Recursos Humanos e Materiais 6 1.8. Instituições Envolvidas 7 1.9. Cronograma Físico de Implantação 7 1.10. Estimativa de Custos 7 1.11. Implantação, Acompanhamento e Avaliação do Programa 8 1.12. Referências Bibliográficas 8

2. Programa de Comunicação Social - PCS 2.1. Introdução 9 2.2. Justificativa 9 2.3. Objetivos 10 2.4. Metas 10 2.5. Alvo 10 2.6. Metodologia e Descrição do Programa 10 2.7. Recursos Humanos e Materiais 13 2.8. Instituições Envolvidas 14 2.9. Cronograma Físico de Implantação 14 2.10. Estimativa de Custos 16 2.11. Implantação, Acompanhamento e Avaliação do Programa 16 2.12. Referências Bibliográficas 17

3. Programa de Desapropriação - PD 3.1. Introdução 18 3.2. Justificativa 18 3.3. Objetivos 18 3.4. Metas 19 3.5. Alvo 19 3.6. Metodologia e Descrição do Programa 19 3.7. Recursos Humanos e Materiais 25 3.8. Instituições Envolvidas 25 3.9. Cronograma Físico de Implantação 25 3.10. Estimativa de Custos 27 3.11. Implantação, Acompanhamento e Avaliação do Programa 27 3.12. Referências Bibliográficas 27

4. Programa Resgate da Flora - PRF 4.1. Introdução 28 4.2. Justificativa 28 4.3. Objetivos 28 4.4. Metas 28 4.5. Alvo 28 4.6. Metodologia e Descrição do Programa 28

4.6.1. Subprograma de Resgate de Epífitas 28 4.6.2. Subprograma de Coleta de Sementes 29 4.6.3. Subprograma e Descrição do Subprograma 34

4.7. Recursos Humanos e Materiais 35

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ÍNDICE Pág. 4.8. Instituições Envolvidas 36 4.9. Cronograma Físico de Implantação 36 4.10. Estimativa de Custos 38 4.11. Implantação, Acompanhamento e Avaliação do Programa 39 4.12. Referências Bibliográficas 39

5. Programa de Proteção à Fauna - PPF 5.1. Introdução 41 5.2. Subprograma de Criação de Passagens e Barreiras de Animais 42 5.3. Subprograma de Monitoramento de Fauna 56 5.4. Subprograma de Manejo de Fauna 72 5.5. Custo total do Programa 88 5.6. Implantação, Acompanhamento e Avaliação do Programa 88 5.7. Referencias Bibliográficas 89

6. Programa de Treinamento e Capacitação de Técnicos da Obra em Questão Ambientais - PTCT

6.1. Introdução 94 6.2. Justificativa 94 6.3. Objetivos 94 6.4. Metas 94 6.5. Alvo 94 6.6. Metodologia e Descrição do Programa 95 6.7. Recursos Humanos e Materiais 96 6.8. Instituições Envolvidas 97 6.9. Cronograma Físico de Implantação 97 6.10. Estimativa de Custos 99 6.11. Implantação, Acompanhamento e Avaliação do Programa 99 6.12. Referências Bibliográficas 100

7. Programa Ambiental para a Construção - PAC 7.1. Introdução 101 7.2. Justificativa 101 7.3. Objetivos 101 7.4. Metas 101 7.5. Alvo 102 7.6. Metodologia e Descrição do Programa 102 7.7. Recursos Humanos e Materiais 108 7.8. Instituições Envolvidas 108 7.9. Cronograma Físico de Implantação 109 7.10. Estimativa de Custos 109 7.11. Implantação, Acompanhamento e Avaliação do Programa 109 7.12. Referências Bibliográficas 110

8. Programa de Supressão de Vegetação 8.1. Introdução 111 8.2. Justificativa 111 8.3. Objetivos 111 8.4. Metas 111 8.5. Alvo 111 8.6. Metodologia e Descrição do Programa 112 8.7. Recursos Humanos e Materiais 133 8.8. Instituições Envolvidas 134 8.9. Cronograma Físico de Implantação 135 8.10. Estimativa de Custos 137

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ÍNDICE Pág. 8.11. Implantação, Acompanhamento e Avaliação do Programa 138 8.12. Referências Bibliográficas 138

9. Programa de Controle de Processos Erosivos - PCPE 9.1. Introdução 140 9.2. Justificativa 140 9.3. Objetivos 140 9.4. Metas 140 9.5. Alvo 141 9.6. Metodologia e Descrição do Programa 141 9.7. Recursos Humanos e Materiais 148 9.8. Instituições Envolvidas 149 9.9. Cronograma Físico de Implantação 149 9.10. Estimativa de Custos 152 9.11. Implantação, Acompanhamento e Avaliação do Programa 153 9.12. Referências Bibliográficas 153

10. Programa de Recuperação de Áreas Alteradas - PRAA 10.1. Introdução 154 10.2. Justificativa 154 10.3 Objetivos 154 10.4. Metas 154 10.5. Alvo 154 10.6. Metodologia e Descrição do Programa 155 10.7. Recursos Humanos e Materiais 167 10.8. Instituições Envolvidas 167 10.9. Cronograma Físico de Implantação 168 10.10. Estimativa de Custos 170 10.11. Implantação, Acompanhamento e Avaliação do Programa 170 10.12. Referências Bibliográficas 171

11. Programa de Monitoramento dos Corpos Hídricos - PMCH 11.1. Introdução 172 11.2. Justificativa 172 11.3 Objetivos 172 11.4. Metas 173 11.5. Alvo 173 11.6. Metodologia e Descrição do Programa 173 11.7. Recursos Humanos e Materiais 183 11.8. Instituições Envolvidas 183 11.9. Cronograma Físico de Implantação 183 11.10. Estimativa de Custos 185 11.11. Implantação, Acompanhamento e Avaliação do Programa 186 11.12. Referências Bibliográficas 186

12. Programa de Paisagismo - PP 12.1. Introdução 187 12.2. Justificativa 187 12.3 Objetivos 187 12.4. Metas 187 12.5. Alvo 188 12.6. Metodologia e Descrição do Programa 188 12.7. Recursos Humanos e Materiais 196 12.8. Instituições Envolvidas 196 12.9. Cronograma Físico de Implantação 196

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ÍNDICE Pág. 12.10. Estimativa de Custos 199 12.11. Implantação, Acompanhamento e Avaliação do Programa 199 12.12. Referências Bibliográficas 200

13. Programa de Controle de Material Particulado, Gases e Ruídos - PCMP 13.1. Introdução 201 13.2. Justificativa 201 13.3. Objetivos 202 13.4. Metas 203 13.5. Alvo 203 13.6. Metodologia e Descrição do Programa 204 13.7. Recursos Humanos e Materiais 210 13.8. Instituições Envolvidas 210 13.9. Cronograma Físico de Implantação 210 13.10. Estimativa de Custos 213 13.11. Implantação, Acompanhamento e Avaliação do Programa 213 13.12. Referências Bibliográficas 213

14. Programa de Criação de Unidade de Conservação - PCUC 14.1. Introdução 215 14.2. Justificativa 215 14.3 Objetivos 215 14.4. Metas 215 14.5. Alvo 216 14.6. Metodologia e Descrição do Programa 216 14.7. Recursos Humanos e Materiais 220 14.8. Instituições Envolvidas 221 14.9. Cronograma Físico de Implantação 221 14.10. Estimativa de Custos 223 14.11. Implantação, Acompanhamento e Avaliação do Programa 223 14.12. Referências Bibliográficas 223

15. Programa de Proteção ao Patrimônio Arqueológico - PPPA 15.1. Introdução 224 15.2. Justificativa 225 15.3. Objetivos 226 15.4. Metas 226 15.5. Alvo 226 15.6. Metodologia e Descrição do Programa 226 15.7. Recursos Humanos e Materiais 239 15.8. Instituições Envolvidas 239 15.9. Cronograma Físico de Implantação 240 15.10. Estimativa de Custos 240 15.11. Implantação, Acompanhamento e Avaliação do Programa 241 15.12. Referências Bibliográficas 241

16. Programa de Monitoramento Espeleológico - PME 16.1. Introdução 243 16.2. Justificativa 243 16.3. Objetivos 244 16.4. Metas 244 16.5. Alvo 244 16.6. Metodologia e Descrição do Programa 244 16.7. Recursos Humanos e Materiais 249 16.8. Instituições Envolvidas 249

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ÍNDICE Pág. 16.9. Cronograma Físico de Implantação 250 16.10. Estimativa de Custos 252 16.11. Implantação, Acompanhamento e Avaliação do Programa 252 16.12. Referências Bibliográficas 253

17. Programa de Educação Ambiental - PEA 17.1. Introdução 254 17.2. Justificativa 255 17.3. Objetivos 255 17.4. Metas 256 17.5. Alvo 256 17.6. Metodologia e Descrição do Programa 257 17.7. Recursos Humanos e Materiais 263 17.8. Instituições Envolvidas 264 17.9. Cronograma Físico de Implantação 264 17.10. Estimativa de Custos 266 17.11. Implantação, Acompanhamento e Avaliação do Programa 267 17.12. Referências Bibliográficas 267

18. Programa de Apoio ao Desenvolvimento Sustentável - PADS 18.1. Introdução 268 18.2. Justificativa 268 18.3. Objetivos 268 18.4. Metas 268 18.5. Alvo 269 18.6. Metodologia e Descrição do Programa 269 18.7. Recursos Humanos e Materiais 274 18.8. Instituições Envolvidas 274 18.9. Cronograma Físico de Implantação 274 18.10. Estimativa de Custos 274 18.11. Implantação, Acompanhamento e Avaliação do Programa 274 18.12. Referências Bibliográficas 275

19. Programa de Saúde Pública - PSP 19.1. Introdução 276 19.2. Justificativa 277 19.3. Objetivos 277 19.4. Metas 277 19.5. Alvo 278 19.6. Metodologia e Descrição do Programa 278 19.7. Recursos Humanos e Materiais 282 19.8. Instituições Envolvidas 282 19.9. Cronograma Físico de Implantação 283 19.10. Estimativa de Custos 285 19.11. Implantação, Acompanhamento e Avaliação do Programa 285 19.12. Referências Bibliográficas 286

20. Programa de Prevenção e Atendimento de Acidentes com Cargas Perigosas - PPAA 20.1. Introdução 287 20.2. Justificativa 290 20.3. Objetivos 291 20.4. Metas 291 20.5. Alvo 291 20.6. Metodologia e Descrição do Programa 291 20.7. Recursos Humanos e Materiais 317

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ÍNDICE Pág. 20.8. Instituições Envolvidas 317 20.9. Cronograma Físico de Implantação 318 20.10. Estimativa de Custos 320 20.11. Implantação, Acompanhamento e Avaliação do Programa 320 20.12. Referências Bibliográficas 320

21. Considerações Finais do PBA 322 22. Anexo 323

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Apresentação

A ocorrência de impactos sobre o meio ambiente é uma conseqüência inerente a realização de projetos de grande porte, tais como, a pavimentação da BR-242/TO. No entanto, mediante a adoção de medidas adequadas, estes impactos podem ser evitados, mitigados ou até compensados. Além disso, pode-se maximizar os impactos positivos esperados. A ferramenta utilizada para este fim são os Projetos Básicos Ambientais – PBA.

No intuito de atingir aos objetivos supracitados, elaborou-se o presente PBA contemplando o detalhamento de ações e procedimentos que deverão ser observados contemplando as fases de pré-implantação, implantação e/ou operação do empreendimento.

A elaboração dos programas ambientais apresentados está baseada nas recomendações do EIA/RIMA, abrangendo os programas e subprogramas descriminados, bem como as medidas gerais de controle ambiental propostas como balizadoras dos programas. Os mesmos foram agrupados e discutidos neste TOMO, conforme se segue.

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1. Programa de Gestão Ambiental – PGA

1.1. Introdução

O Programa de Gestão Ambiental – PGA define o processo gerencial a ser adotado para a execução de um conjunto de ações destinadas, basicamente, a evitar ou a mitigar as conseqüências dos impactos provocados pelas obras rodoviárias e pelas instalações de apoio, buscando soluções para alguns dos processos potenciais de degradação ambiental que podem ser deflagrados por elas.

1.2. Justificativa

Com a necessidade de implantação de uma série de programas ambientais que possibilitem a mitigação dos impactos ambientais negativos de um empreendimento e otimizem os positivos, a Gestão Ambiental torna-se fundamental no sentido de gerenciamento de todas das normas, tarefas e ações previstas nos estudos, projetos e planos ambientais, assim como a coordenação geral da equipe técnica que atuará em cada programa.

A implantação dos programas ambientais se traduz pela materialização de um elenco bastante vasto e diversificado de ações, em termos de sua correlação com as obras e a operação rodoviária.

O PGA busca abarcar todo o complexo das atividades referentes ao acompanhamento dos programas e ações demandadas pelo PBA, a ser desenvolvida na forma da sistemática estabelecida.

1.3. Objetivos

Estabelecer uma sistemática de gerenciamento ambiental eficaz durante a implantação do empreendimento, capaz honrar os compromissos ambientais assumidos durante todo o processo de licenciamento, de maneira a serem cumpridos nos prazos estabelecidos.

1.4. Metas

Garantir que o complexo de atividades referentes ao acompanhamento dos programas e ações demandadas para a obra, seja desenvolvido na forma da sistemática estabelecida.

1.5. Alvo

Todas as componentes ambientais afetadas pela implantação da rodovia e a verificação do cumprimento de todos os programas ambientais previstos neste PBA.

1.6. Metodologia e Descrição do Programa

O Programa de Gestão Ambiental da obra de asfaltamento da BR-242/TO no trecho situado entre as cidades de Taguatinga, Paranã e Peixe, será gerido pela Coordenação de Gestão Ambiental, a qual será composta pela Coordenadoria de Meio Ambiente da Diretoria Técnica (DITEC) do DERTINS e pelo Núcleo de Supervisão Ambiental.

O Núcleo de Supervisão Ambiental será composto basicamente por dois profissionais de nível superior (Supervisores Geral e Técnico), com experiência mínima de 5 anos em gerenciamento ambiental de empreendimentos lineares, os quais terão dedicação exclusiva ao gerenciamento ambiental do empreendimento objeto deste PBA.

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O Núcleo de Supervisão Ambiental promoverá o assessoramento técnico da Coordenadoria de Meio Ambiente da DITEC/DERTINS para a execução dos compromissos ambientais assumidos durante o processo de licenciamento, procurando equacionar, integrar e realizar todos os planos, projetos e programas de ordem ambiental que sejam de interesse ao empreendimento.

Este Programa de Gestão Ambiental contará ainda com a participação dos Gerentes de Programa Ambiental, os quais serão os responsáveis técnicos pelos respectivos programas ambientais previstos neste PBA.

A figura 1.1 ilustra um organograma da estrutura prevista para o Programa de Gestão Ambiental da obra.

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PAC - Programa Ambiental para Construção PPF - Programa de Proteção a Fauna

PTCT - Programa de Treinamento e Capacitação de Técnicos da Obra em Questões

PP - Programa de Paisagismo

PCPE - Programa de Controle de Processos Erosivos PD - Programa de Desapropriação

PRAA - Programa de Recuperação de Áreas Alteradas

PSP - Programa de Saúde Publica

PCMP - Programa de Controle de Material Particulado, Gases e Ruídos

PEA - Programa de Educação Ambiental

PMCH - Programa de Monitoramento dos Corpos Hídricos

PCUC - Programa de Criação de unidade de Conservação

PPAA - Programa de Prevenção e Atendimento de Acidentes com Cargas Perigosas

PADS - Programa de Apoio ao Desenvolvimento Sustentável

PME - Programa de Monitoramento Espeleológico PCS - Programa de Comunicação Social

PSV - Programa de Supressão de Vegetação PPPA - Programa de Proteção ao Patrimônio Arqueológico

PRF - Programa de Resgate da Flora

Figura 1.1. Organograma de ordenamento do Programa de Gestão Ambiental.

PPAA

DERTINS Coordenadoria de Meio

Ambiente

COORDENAÇÃO DE GESTÃO AMBIENTAL

Supervisão Ambiental

PAC

PTCT

PCPE

PRAA

PCMP

PMCH

PME

PSV

PRF

PPF

PP

PCUC

PD PSP PEA PADS PCS PPPA

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A partir dos procedimentos derivados da análise do PBA e da legislação vigente, a Coordenação de Gestão Ambiental deverá organizar as atividades pertinentes à prevenção, recuperação, proteção e controle ambiental, definindo os parâmetros de avaliação de desempenho ambiental. Para isso deverão ser identificados os indicadores de desempenho, os métodos e as unidades de medição dos indicadores e os critérios de avaliação dos resultados obtidos.

As principais atribuições da Coordenação de Gestão Ambiental da obra são as seguintes:

• Realização do gerenciamento de todas as fases do empreendimento, desde sua pré-implantação até o início de operação e garantir o suporte técnico necessários para condução dos programas ambientais previstos neste PBA;

• Garantia da realização de todos os acordos e condições estabelecidas para as diferentes fases do licenciamento junto aos organismos de fiscalização e controle ambiental nos prazos estabelecidos;

• Garantia de que todos os outros programas ambientais e outros condicionamentos, instituídos no decorrer da obra, sejam desenvolvidos com estrita observância à legislação de qualquer nível (federal, estadual e municipal);

• Averiguação e fornecimento de suporte técnico em questionamentos ao empreendimento, tais como os originados por auditorias, representações, inquéritos, ações civis públicas, denúncias de organismos não governamentais, bem como os de outras naturezas e origens, mantendo ao mesmo tempo um serviço público que permita a intervenção aos questionamentos de moradores e usuários da rodovia no empreendimento;

• Promoveção as adequações que se fizerem necessárias durante a implantação e execução dos programas ambientais, desde que devidamente comunicada e aprovada pela instituição licenciadora.

Antecedendo o início das obras, as principais ações e atividades pertinentes à Coordenação de Gestão Ambiental serão as seguintes:

• Análise de toda a documentação técnica do empreendimento, em especial dos aspectos de interface do Projeto de Engenharia com os programas propostos neste PBA;

• Revisar toda documentação técnica e ambiental do empreendimento, incluindo os quantitativos e custos, na fase de detalhamento do projeto;

• Realizar inspeção preliminar aos trechos para certificação de que as “condições de campo” ao longo de cada trecho são efetivamente as retratadas no Projeto de Engenharia com vistas, inclusive, à detecção da necessidade de eventuais adequações das atividades ambientais previstas;

• Participar da elaboração dos termos de contratos e convênios a serem celebradas com empresas especializadas, instituições de pesquisa, ONG para implementação e desenvolvimento das atividades especializadas previstas no PBA.

Durante o andamento da obra, as principais ações e atividades da Coordenação de Gestão Ambiental serão as seguintes:

• Promover a estruturação dos programas ambientais do PBA e supervisionar a implantação das respectivas medidas de caráter ambiental previstas nos mesmos, por meio de análise dos relatórios mensais e inspeções sistemáticas de campo;

• Efetuar o controle ambiental sistemático dos programas do PBA atendendo às exigências dos órgãos, de maneira a obtenção e renovação dos certificados e licenças ambientais para o funcionamento legal das obras e serviços;

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• Executar o monitoramento e o acompanhamento de todas as atividades ambientais, inventariando e avaliando, periodicamente seus efeitos, resultados e propondo, quando necessário, alterações, complementações, ou novas ações e atividades, definindo as fases de estudos e projetos, e considerando também se os prazos contratuais e os recursos alocados estão de acordo com o andamento dos serviços;

• Realizar inspeções mensais ao trecho, supervisionando o andamento dos programas ambientais quanto ao cumprimento dos cronogramas, a evolução da execução dos serviços com avaliação qualitativa e quantitativa, assim como a observância das respectivas especificações técnicas pertinentes.

• Analisar os relatórios mensais de andamento dos programas ambientais, elaborados pelos gerentes de cada programa ambiental e elaborar dos relatórios trimestrais de acompanhamento da obra que deverão ser encaminhados ao IBAMA;

É importante observar que a abertura de novas frentes de serviço da obra deverá estar condicionada ao cumprimento das responsabilidades ambientais das empresas executoras das obras de engenharia.

1.7. Recursos Humanos e Materiais

Os recursos humanos e materiais necessários para o bom desenvolvimento deste programa, encontram-se definidos nas tabelas 1.1 e 1.2.

Tabela 1.1. Recursos humanos.

PROFISSIONAL QUANTIDADE PERÍODO

(MESES) AÇÃO

Supervisor geral 1 33 Supervisão e administração geral dos programas ambientais

Supervisor técnico 1 33 Supervisão e apoio técnico aos programas ambientais

Consultor técnico 5 - Consultoria técnica em situações específicas ou emergenciais

Assistente Administrativo 1 33 Apoio Administrativo

Motorista 1 33 Condução de veículo automotor

Tabela 1.2. Recursos materiais.

MATERIAL QUANTIDADE PERÍODO (MESES)

Material de escritório - 33

Aluguel de veículo (sedan) 1 33

Aluguel de veículo (traçado) 1 33

Combustível (gasolina) 140 litros/mês 33

Combustível (diesel) 250 litros/mês 33

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1.8. Instituições Envolvidas

• DERTINS;

• Empresas Contratadas e Organizações Conveniadas;

• IBAMA;

• NATURATINS;

• IPHAN;

• Ministério do Trabalho;

• Prefeituras Municipais;

• Universidades.

1.9. Cronograma Físico de Implantação

Para atender as atribuições específicas do Programa de Gestão Ambiental, este deverá apresentar em relação ao período de execução das obras, uma antecipação de 3 meses, bem como um período adicional após a execução das obras de 6 meses. Em conseqüência o cronograma deverá se estender por um prazo de 33 meses. Está prevista a realização de campanhas mensais com duração de quinze dias cada.

1.10. Estimativa de Custos

Nas tabelas 1.3 e 1.4 são apresentadas às estimativas de custos relativos a contratação de profissionais e o consumo de materiais necessários para o desenvolvimento do programa.

Tabela 1.3: Estimativa de custos referente à contratação de profissionais.

PROFISSIONAL QUANTIDADE PERÍODO (MESES)

PREÇO UNITÁRIO (R$)

PREÇO TOTAL (R$)

Supervisor geral 1 33 5.803,87 191.527,71

Supervisor técnico 1 33 5.255,72 173.438,76

Consultor Técnico 5 - 7.738,50 38.692,50

Assistente Administrativo 1 33 935,07 30.857,31

Motorista 1 33 290,20 9.576,60

TOTAL 444.092,88

Tabela 1.4: Estimativa de custos materiais.

MATERIAL QUANTIDADE PERÍODO (MESES)

PREÇO UNITARIO (R$)

PREÇO TOTAL (R$)

Despesas com viagens - 33 3.000,00 99.000,00

Material de escritório - 33 500,00 16.500,00

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MATERIAL QUANTIDADE PERÍODO (MESES)

PREÇO UNITARIO (R$)

PREÇO TOTAL (R$)

Aluguel de veículo (sedan) 1 33 2.643,99 87.251,67

Aluguel de veículo (traçado) 1 33 3.353,35 110.660,55

Combustível (gasolina) 140 litros/mês 33 2,50 11.550,00

Combustível (diesel) 250 litros/mês 33 1,80 14.850,00

TOTAL 339.812,22

O custo final deste projeto é o somatório dos dois montantes, ou seja, R$ 783.905,10. Quaisquer alterações advindas de modificações de projetos serão realizadas quando da definição dos projetos no momento da obra.

1.11. Implantação, Acompanhamento e Avaliação do Programa

O DERTINS será o responsável pela implantação do Programa de Gestão Ambiental. Por meio de relatórios mensais, o acompanhamento e a avaliação deste programa serão de realizadas pela Diretoria de Tecnologia – DITEC do DERTINS, na qual está subordinada a Coordenadoria de Meio Ambiente do DERTINS.

1.12. Referências Bibliográficas

Corpo Normativo Ambiental para Empreendimento Rodoviário. Rio de Janeiro: DNER, 1996. 91p.

Manual de Instruções Ambientais para Obras Rodoviárias. Curitiba: SETR/DER e UFPR/FUPEF, 2000. 248p.

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2. Programa de Comunicação Social - PCS

2.1. Introdução

Os atuais processos de desenvolvimento de uma consciência ambientalista no País vêm suscitando a discussão sobre a implantação de médios e grandes projetos e impactos sociais e ambientais a eles associados, e ao mesmo tempo contribuindo para a criação de um consenso sobre a necessidade de uma política participativa na formulação e implementação de projetos modificadores dos meios natural e antrópico. Estas novas exigências se constituem em uma conquista da sociedade no sentido da consolidação da democracia e da cidadania.

O projeto de implantação da BR-242/TO (Taguatinga-Paranã-Peixe) se insere neste contexto. Nos estudos ambientais do projeto foram identificados vários impactos ambientais e sociais decorrentes do empreendimento, definidas medidas e implantação de programas ambientais visando sua prevenção, minimização e compensação, ou maximização, no caso dos impactos positivos.

O Programa de Comunicação Social integra o conjunto de programas ambientais propostos que compõe o Projeto Básico Ambiental (PBA) e se justifica não só em função dos impactos ambientais identificados, mas por esta busca de um novo relacionamento entre o setor público e a sociedade brasileira.

Em função do seu caráter de canal de comunicação e interação entre o empreendedor e a sociedade, caracteriza-se como o programa de maior abrangência em relação ao público a ser atingido e aos impactos que a ele estão associados. No entanto, a compreensão de que a implantação de projetos, em especial os que afetam o meio natural e antrópico como o da rodovia, envolve uma partilha desigual de custos e benefícios entre os diversos setores sociais, recaindo os custos sociais e materiais exclusivamente sobre a população local e os benefícios para a sociedade como um todo. Neste sentido, no desenvolvimento do Programa de Comunicação Social, prioriza-se a população diretamente afetada pelo projeto, seja por deslocamentos compulsórios, pela presença de trabalhadores ou pelos transtornos durante o período das obras.

Na prática, as ações de comunicação do projeto de implementação da BR-242/TO (Taguatinga-Paranã-Peixe) já foram iniciadas, por meio dos contatos e atividades estabelecidos durante as etapas dos estudos ambientais (EIA/RIMA e formulação do Projeto Básico Ambiental) e da elaboração dos projetos de engenharia.

O Programa de Comunicação Social ora proposto, proporciona um conjunto de ações de comunicação social de forma a evitar conflitos de informações decorrentes de atuações diferenciadas entre as equipes encarregadas pela implantação dos Programas Ambientais e empresas contratadas para as obras e serviços na relação com a população.

2.2. Justificativa

Amenizar as apreensões e expectativas por parte das populações que hoje ocupam as áreas que, serão afetadas pelas ações do empreendimento, mantendo uma relação transparente entre as partes envolvidas, estabelecendo um fluxo mais intenso e preciso das informações a respeito do projeto, seus aspectos envolvidos, a temporalidade das ações e, principalmente, sobre o estabelecimento dos critérios que serão utilizados quanto aos aspectos sócio-econômicos envolvidos, notadamente no caso dos processos de deslocamento compulsório de população e desapropriação dos imóveis e benfeitorias nas áreas que comporão o projeto.

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2.3. Objetivos

O objetivo principal do Programa de Comunicação Social é a criação de um canal de comunicação contínuo entre o empreendedor e a sociedade, especialmente a população diretamente afetada pelo empreendimento, de forma a motivar e possibilitar a sua participação nas diferentes fases do empreendimento.

São igualmente objetivos do Programa de Comunicação Social:

• Divulgar a importância do empreendimento para o desenvolvimento local e regional;

• Garantir o amplo e antecipado acesso às informações sobre o empreendimento, os impactos ambientais e sociais associados;

• Contribuir para a minimização dos impactos ambientais e sociais, por meio da participação da população afetada durante todas as fases do empreendimento;

• Mitigar os transtornos causados à população e aos usuários da rodovia durante o período de construção;

• Integrar e compatibilizar as diversas ações do projeto que envolva comunicação e interação comunitária com o público.

2.4. Metas

A meta do Programa de Comunicação Social é propiciar o conhecimento adequado do empreendimento à população da sua área de influência, com ênfase na população que vive, trabalha ou tem patrimônio na Área Diretamente Afetada.

2.5. Alvo

Devem ser identificados como alvo do programa os segmentos relacionados a seguir:

• Opinião pública regional e municipal;

• Órgãos governamentais, em especial as prefeituras municipais de Arraias, Paranã, Peixe e Taguatinga;

• Associações, entidades ambientalistas e organizações da sociedade civil;

• População da Área de Influência, e em especial a população residente no entorno das obras; as famílias a serem desapropriadas e beneficiárias do Subprograma de Relocação da População Afetada; os proprietários envolvidos nos processos de desapropriação; os usuários da rodovia e técnicos e trabalhadores das obras.

2.6. Metodologia e Descrição do Programa

O Programa de Comunicação Social foi elaborado adotando-se a concepção de comunicação em seu sentido mais amplo, envolvendo a elaboração, o envio e a recepção de mensagens, e a compreensão de seu caráter de suporte às atividades do projeto nas fases de planejamento, construção e operação.

A comunicação social deve ser utilizada para a obtenção de um relacionamento construtivo do empreendedor com os diferentes setores sociais. Para tal deve se garantir o acesso antecipado às informações relacionadas ao empreendimento e às atividades necessárias à sua implantação, com uso de linguagem e instrumentos de comunicação apropriados a cada público.

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A pesquisa de campo visando à atualização e complementação de dados e informações de interesse para o Programa de Comunicação foi feita em alguns trechos do traçado. Durante a pesquisa foram realizadas entrevistas com moradores à margem da rodovia para identificação dos problemas atuais e dos possíveis de ocorrer durante a implantação da mesma.

Também foram realizadas visitas às Prefeituras Municipais que se encontram na Área de Influência Direta da rodovia para identificar os benefícios/malefícios trazidos com a implantação da rodovia. Nas prefeituras foram coletados dados essenciais para a continuidade dos estudos e planos futuros.

O contato com as prefeituras municipais teve como objetivo, além da obtenção de dados, informar sobre a fase dos estudos ambientais - Projeto Básico Ambiental, procurando sensibilizar sobre a importância de estabelecer parcerias em trabalhos de interesse comum.

a. Módulos do Programa

O Programa de Comunicação foi estruturado a partir dos módulos detalhados a seguir:

Articulação

Abrangendo as atividades e ações de comunicação desenvolvidas com o objetivo de estabelecer um relacionamento construtivo com as instituições governamentais, em especial as prefeituras municipais, com o público interno (empresas contratadas e equipes responsáveis pelos programas ambientais) e, principalmente, com a população local.

Envolve ainda, a criação e a implantação de mecanismos ágeis de comunicação e a elaboração de instrumentos de comunicação.

Informação

Envolvendo o conjunto de ações e instrumentos de comunicação desenvolvidos com o objetivo de informar aos diferentes públicos alvos sobre os diversos aspectos do empreendimento, impactos associados, adoção de medidas e implantação e desenvolvimento dos planos ambiental de construção e de Gestão Ambiental.

b. Detalhamento dos Equipamentos e Instrumentos do Programa

Detalham-se, a seguir, os principais equipamentos e instrumentos propostos no programa

• Formação de Banco de Dados

O banco de dados visa dar agilidade aos processos de comunicação do empreendimento. Os dados, relacionados no quadro de atividades do programa, deverão ser complementados e atualizados permanentemente. No caso das prefeituras municipais deverá, logo no início da implementação do programa, ser estabelecido contato com os novos prefeitos e identificados os interlocutores preferenciais nas municipalidades.

• Criação de Centros de Comunicação

Os centros de comunicação são espaços concebidos enquanto locais de atendimento à população para informar, divulgar, esclarecer dúvidas e receber sugestões, preocupações e queixas. Estes centros deverão ser planejados e implantados em conjunto com a SEINF/DERTINS. Em princípio, propõe-se alocação de 3 centros: nas proximidades do escritório de obras de Arraias, Taguatinga e Paranã. Estes centros deverão localizar-se em pontos acessíveis e de grande afluxo de população. Espera-se, para a implantação dos centros, uma parceria com as empreiteiras encarregadas das obras.

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A responsabilidade pela elaboração e conteúdo dos instrumentos de comunicação de ordem institucional fica a cargo do DERTINS, por meio das Assessorias de Imprensa, e a dos demais instrumentos de comunicação pela equipe do Programa de Comunicação Social, com o apoio dos respectivos programas ambientais e instituições responsáveis. Os principais instrumentos de comunicação e conteúdos relacionados a seguir, deverão ser concebidos a partir da perspectiva do público alvo a que se destina, em linguagem e formas adequadas e, acima de tudo, respeitando as características sociais e culturais dos destinatários.

Esses instrumentos são:

• Vídeo Institucional - Vídeo elaborado para a divulgação do projeto, que será apresentado à população local por meio de audiência ou reuniões com a sociedade, apoiado pelas prefeituras locais.

• Folheteria - Folheto institucional contendo as justificativas para o projeto, sua importância para o desenvolvimento nacional e regional, as principais fases e características, obras especiais, cuidados ambientais adotados e programas ambientais;

• Folheto - Específico por município ou lote de obras, especificando as características, impactos e benefícios, cuidados ambientais a serem adotados e programas ambientais propostos para o trecho;

• Material para a Mídia - De acordo com o veículo de comunicação (jornal, televisão, rádio);

• Material informativo - Para a população em geral, associações e entidades representativas e usuários da rodovia;

• Folheteria e cartazes - Informando sobre o início das obras;

• Folheteria e cartazes - Informando antecipadamente sobre cuidados a serem adotados durante as obras.

As oficinas de integração serão realizadas na fase de Pré-Implantação com o objetivo de padronizar o conhecimento sobre o empreendimento, estabelecendo e uniformizando regras de conduta e procedimentos entre todos os envolvidos diretamente em contatos com a população.

Neste sentido, são beneficiários da atividade: gerentes e técnicos das empresas contratadas para a execução das obras e serviços; as equipes da empresa de Gestão Ambiental, inclusive os técnicos do Programa de Comunicação Social e da Supervisão Ambiental, além dos técnicos do DERTINS envolvidos com o projeto.

Principais temas básicos das Oficinas:

• O projeto de Implantação da BR-242/TO - fases de desenvolvimento e características básicas;

• O papel dos estudos ambientais em grandes projetos;

• Legislação Ambiental Aplicável ao Empreendimento;

• Conceitos básicos de comunicação e tipologia. A importância da comunicação para a construção da cidadania nas diversas etapas do empreendimento;

• Regras básicas de conduta nos contatos com a população afetada e com usuários da rodovia;

• Andamento dos programas especificados no Programa de Apoio ao Desenvolvimento Sustentável.

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c. Detalhamento dos Mecanismos de Resposta

O retorno às solicitações de informações e eventuais reclamações e dúvidas dos diversos setores interessados deve ser permanentemente garantido, independente do teor da questão e das formas utilizadas para o seu encaminhamento. Parte-se do pressuposto que a criação de mecanismos de comunicação sem um retorno constitui-se em fator muito mais negativo do que a própria ausência desses mecanismos na medida em que cria falsas expectativas.

O Programa de Comunicação Social tem como responsabilidade, além de informar a partir dos instrumentos implantados com este objetivo, receber e garantir o retorno aos questionamentos da sociedade. Para tal, deve direcioná-los aos setores competentes e acompanhar o processo de encaminhamento das respostas.

- Subprograma de Divulgação e Informação do Empreendimento

Esse Subprograma destina-se a orientar as ações de divulgação e informação sobre o empreendimento, garantindo às comunidades afetadas e diretamente envolvidas o acesso a informações, a importância da rodovia no contexto nacional e regional, os principais impactos e as ações e planos ambientais que serão implantados.

Possibilita o acesso e o conhecimento sobre o empreendimento. Para as comunidades envolvidas é fundamental que essa população tenha possibilidade de interagir em um contexto de mudanças que interferem, em maior ou menor medida, no seu cotidiano.

Não se verifica, até o momento, nenhum tipo de repúdio da sociedade local e regional à implantação do empreendimento. Ao contrário, a implantação da rodovia é entendida positivamente, como capaz de proporcionar benefícios significativos em nível regional. Em nível local a expectativa é também positiva, embora as alterações para a dinâmica regional sejam pouco significativas.

Compreendendo que a preservação do meio ambiente é um processo que exige a participação da sociedade, torna-se vital sensibilizar as comunidades para o envolvimento nas ações de gestão ambiental que serão desenvolvidas. É importante considerar que o trecho que é atravessado pela rodovia se encontra pouco alterado pela ação antrópica.

O Subprograma de Divulgação e Informação tem como objetivo informar às comunidades envolvidas sobre o empreendimento permitindo a participação e a agregação de comentários e sugestões.

Visa também sensibilizar a comunidade para apoiar as medidas de preservação ambiental que serão implementadas a partir da execução dos PBA e que dizem respeito não só a garantia da integridade da obra como também ao respeito ao meio ambiente.

O programa comporta o detalhamento e a elaboração de dois conjuntos temáticos:

• Informações sobre o projeto: disponibilizar ao público, informações sobre a rodovia, a obra, os prazos de execução, os valores investidos, os responsáveis pela obra, os empregos gerados e os reflexos sociais.

• Informações sobre os aspectos ambientais: principais impactos, aspectos diretamente ligados a comunidade local, medidas mitigadoras e ações previstas nos PBA.

2.7. Recursos Humanos e Materiais

Os recursos humanos e materiais necessários para o bom desenvolvimento deste programa, encontram-se definidos nas tabelas 2.1 e 2.2.

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Tabela 2.1. Recursos humanos.

PROFISSIONAL QUANTIDADE PERÍODO (MESES)

AÇÃO

Assistente social 1 9 Implementação do Subprograma de divulgação e informação

Comunicador social 1 9 Implementação do Subprograma de divulgação e informação

Técnico em comunicação 1 9 Implementação do Subprograma de divulgação e informação

Motorista 1 9 Condução de veículo automotor

Tabela 2.2. Recursos materiais.

MATERIAL QUANTIDADE PERÍODO (MESES)

Cartazes 1.000 9

Panfletos 10.000 9

Inserções em radio 4 -

Material para mídia - 9

Aluguel de veículo (sedan) 1 9

Combustível (gasolina) 150 litros/mês 9

2.8. Instituições Envolvidas

• DERTINS;

• Empresas contratadas e organizações conveniadas;

• IBAMA;

• NATURATINS;

• Prefeituras municipais.

• Secretarias Estadual e Municipais envolvidas.

2.9. Cronograma Físico de Implantação

Dada a natureza da programação ora proposta, sua implantação deve ser tão imediata quanto possível, permanecendo pelo tempo em que a situação sócio-política do projeto assim o requerer, ou seja, abrangendo toda a etapa de implantação do processo.

Para o bom desenvolvimento deste PCS serão realizadas campanhas trimestrais, com duração de 1 mês cada. Será iniciado 3 meses antes do início da obra e finalizado juntamente com o término das obras, totalizando 9 campanhas.

Na tabela 2.3 é apresentado o cronograma físico de implantação referente às ações executadas no presente programa.

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Tabela 2.3. Cronograma físico de implantação.

AÇÃO MESES

-3 -2 -1 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24

Articulação X X

Formação de Banco de Dados X X X

Criação de centros de compras X X

Oficinas X X X X X X X X

Sub-programa de divulgação de informações do empreendimento

X X X X X X X

Elaboração de relatórios X X X X X X X X X X

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2.10. Estimativa de Custos

Nas tabelas 2.4 e 2.5 são apresentadas às estimativas de custos relativos a contratação de profissionais e o consumo de materiais necessários para o desenvolvimento do programa.

Tabela 2.4. Estimativa de custos para a contratação dos profissionais.

PROFISSIONAL QUANTIDADE PERIODO (MESES)

PREÇO UNITÁRIO (R$)

PREÇO TOTAL (R$)

Assistente social 1 9 4.707,58 42.368,22

Comunicador social 1 9 4.707,58 42.368,22

Técnico em comunicação 1 9 2.379,08 21.411,72

Motorista 1 9 580,39 5.223,51

TOTAL 111.371,67

Tabela 2.5. Estimativa de custos materiais.

MATERIAL QUANTIDADE PERIODO (MESES)

PREÇO UNITÁRIO (R$) PREÇO TOTAL (R$)

Cartazes 1.000 9 10,00 10.000,00

Panfletos 10.000 9 3,00 30.000,00

Inserções em radio 4 - 10.000,00 40.000,00

Material para mídia - 9 - 10.000,00

Aluguel de veículo (sedan) 1 9 2.643,99/mês 23.795,91

Combustível (gasolina) 150 litros/mês 9 2,50/litro 3.375,00

TOTAL 117.170,91

O custo final deste projeto é o somatório dos dois montantes, ou seja, R$ 228.542,58. Quaisquer alterações advindas de modificações de projetos serão realizadas quando da definição dos projetos no momento da obra.

2.11. Implantação, Acompanhamento e Avaliação do Programa

A implantação deste PCS será de responsabilidade do DERTINS, por meio da Coordenação de Gestão Ambiental - CGA. A execução será realizada pela equipe técnica deste PCS.

O acompanhamento será realizado pelo coordenador do programa e pela Supervisão Ambiental da obra. A avaliação das atividades será de responsabilidade da equipe do CGA.

Como instrumentos de acompanhamento e avaliação serão emitidos relatórios após o término de cada campanha definida neste programa, elaborados pelo coordenador do PCS. Ao final deste programa será elaborado um Relatório Final de Avaliação a ser encaminhado à CGA.

Na fase de pré-implantação, quando se desenvolve o contato inicial com o público alvo do programa (Associações e entidades da sociedade civil, proprietários a serem indenizados, mídia em geral) e se implanta o principal instrumento de comunicação (Bancos de Dados, Centros de Comunicação), serão utilizados indicadores principalmente quantitativos, possibilitando avaliar, no

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processo, o atendimento às metas planejadas e, se necessário, a correção de estratégias e rumos.

Durante a fase de construção, os mecanismos implantados para a criação de um canal de comunicação entre a população e o empreendedor permitirá aferir, principalmente do ponto de vista qualitativo, o nível de informação e de demandas da população, assim como de sua participação efetiva no projeto, possibilitando avaliar e orientar as ações para áreas ou setores sociais onde se façam mais necessários. A freqüência e o teor das matérias publicadas ou veiculadas pela mídia (positivo, negativo, neutra) constituem-se em outro indicador importante para a avaliação da eficácia das ações de comunicação.

2.12. Referências Bibliografias

Bellia, Vitor. EIA e RIMA na atualidade brasileira. Caso dos transportes – Oikos Pesquisa Aplicada, 10p.

Bidone, Edison Dausacker; Lacerda, Luis Drude De. Fundamentos da Abordagem por Parâmetros Críticos em Estudos Ambientais.Si.: Ibram, 1986.

Braga, Marilita G. Camargo. Trafego e Meio Ambiente. Concepção Preliminar de Pesquisa Realizada Pelo Ndt/Coppe para Denatran/Dner, 1980.

IBGE. (1995). Situação Demográfica, Social e Econômica: Primeiras Considerações – Estado do Tocantins.

IBGE. (1998). Base de Informações Municipais (Cd - Rom).

IBGE. (1999). Síntese de Indicadores Sociais – Informação Demográfica e Socioeconômica. Número 4.

IBGE. (1999). Tendências Demográficas – Uma Análise dos Censos Demográficos e da Contagem da População 1996. Tocantins. Volume 8.

IBGE. (2000). Base de Informações Municipais (CDRom). 2a Edição. Incra – Sr – 26/TO. (2000). Plano Plurianual – 2000/2003.

Prefeitura Municipal - Secretaria de Administração e Planejamento. (1999). Perfil do Município de Palmeirópolis. Palmeirópolis.

SEINF – Secretaria da Infra-Estrutura. Corredor de Transportes Multimodal Centro – Norte. Tocantins.

SEINF – Secretaria da Infra-Estrutura. (1999). Pavimentação da Rodovia Federal Br–242. Trecho Peixe – Paranã e Paranã – Taguatinga. Estudo de Impacto Ambiental – EIA. Tocantins.

SEPLAN – Secretaria de Planejamento e Meio Ambiente. (1997). Anuário Estatístico do Estado do Tocantins -1997. Tocantins.

Silva, O. (1997). Breve História do Tocantins e Sua Gente – Uma Luta Secular. 2a Edição. Solo Editores

Tocantins. Plano Plurianual 2000/2003 – Construindo O Futuro Hoje. Tocantins.

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3. Programa de Desapropriação - PD

3.1. Introdução

As obras de implantação da rodovia BR-242/TO, no trecho situado entre as cidades de Taguatinga, Paranã e Peixe, se desenvolverão predominantemente no interior da faixa de domínio atual. A regularização da faixa de domínio existente e a necessidade de desapropriações, não só para a implantação das variantes de traçado como também para acessos e obras de contenção, justificam a necessidade do desenvolvimento deste programa ambiental.

A inserção deste tema no Projeto Básico Ambiental – PBA, para desenvolvimento de um programa específico, segue a orientação estabelecida no Estudo de Impacto Ambiental – EIA e no respectivo Relatório de Impacto Ambiental – RIMA, referentes às obras de implantação da rodovia em pauta.

Algumas das atividades iniciais deste programa são a identificação das famílias afetadas, o cadastro físico de suas propriedades e a pesquisa sócio-econômica para a caracterização da população atingida.

3.2. Justificativa

O Programa de Desapropriação justifica-se pela necessidade de desenvolver alternativas para oferecer alternativas às famílias que moram e ou trabalham na área do futuro empreendimento, garantido-lhes condições de vida iguais ou melhores do que as existentes atualmente.

O referido Projeto considerou uma faixa de domínio de 80m de largura, sendo 50m para um lado e 30m para o outro, a partir do eixo da estrada. Esse levantamento foi baseado em estudos e amarrações topográficas, contato direto com os proprietários e, por fim, consulta ao Cartório de Registro de Imóveis.

Segundo o Projeto apresentado, o levantamento topográfico identificou as divisas existentes, correlacionado-as ao estaqueamento do eixo projetado. Em seguida, foi feito o levantamento de todas as benfeitorias situadas nas áreas a serem desapropriadas.

3.3. Objetivos

Este programa tem como objetivo regularizar a faixa de domínio atual e efetuar as desapropriações necessárias para a execução das obras de implantação, abrangendo o trecho da rodovia BR-242/TO, situado entre Taguatinga, Paranã e Peixe.

O programa também se propõe a praticar preços justos nas avaliações e indenizações, de modo que as famílias afetadas não sofram perdas patrimoniais e de qualidade de vida, fazendo com que o processo transcorra sem conflitos e questões judiciais.

Além desses critérios e de outros procedimentos usuais em casos de desapropriação, serão tomados cuidados especiais de modo a minimizar os transtornos temporários / permanentes inerentes ao processo, que apresentam algum tipo de vulnerabilidade (chefes de família doentes, idosos, analfabetos, dentre outros), com pouca mobilidade social e quase sem nenhum poder de negociação.

Para tal, a equipe técnica responsável pela implementação do programa será integrada além dos técnicos do setor rodoviário, por profissionais das áreas de Comunicação Social, Direito e Assistência Social.

A implementação do Programa de Desapropriação ocorrerá antes do início das obras.

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3.4. Metas

Pretende-se que, antes do início de operação das obras, todos imóveis tenham sua situação regularizada, assim como as famílias tenham recebido o tratamento adequado à situação-tipo em que estiverem enquadradas, conforme Decreto-lei nº 3.365/41, e que, individual ou coletivamente, entendam como uma solução satisfatória.

Para os casos de famílias que apresentem algum quadro maior de fragilidade sócio-econômica, os objetivos e metas deverão incluir um acompanhamento social mais detido, desde o início do programa até um momento em que se possa considerar que houve a reconstrução de seu quadro de vida em condições, no mínimo, equivalentes às preexistentes, independentemente da forma de tratamento em que forem enquadradas.

3.5. Alvo

No caso da implantação da BR-242/TO, considera-se como público-alvo potencial para projetos de desapropriação os indivíduos e famílias atingidos que se enquadram nas seguintes condições:

• proprietários rurais que residem e/ou exploram imóveis menores que o módulo regional com atividades agrícolas, sejam de lavoura ou pecuária;

• posseiros, arrendatários e parceiros, dentro dos mesmos limites de área estipulados para os proprietários;

• famílias com chefes não-produtivos, mas com força-de-trabalho familiar superior a 2,0 equivalente-homem.

3.6. Metodologia e Descrição do Programa

A implementação do Programa de Desapropriação precederá ao início das obras de implantação, tendo como pré-condição, a aprovação formal do Projeto de Engenharia e publicação, no Diário Oficial do Estado, do correspondente Ato Declaratório de Utilidade Pública para efeitos de desapropriação. Envolverá, além da estrutura formal do DERTINS, uma equipe de apoio especialmente contratada para esta finalidade e também uma empresa de gestão ambiental.

O processo de desapropriação gera impacto significativo no cotidiano das famílias atingidas, principalmente as de baixa renda ou que apresentem outros quadros de vulnerabilidade (chefes de família doentes, pessoas idosas, analfabetos, deficientes).

A elaboração deste programa, concomitantemente ao desenvolvimento do Projeto de Engenharia, envolveu, em termos práticos, as seguintes etapas de trabalho:

• Levantamento da situação da faixa de domínio atual, a partir de informações prestadas pela UNIT de Tocantins;

• Análise dos Projetos de Engenharia referentes aos lotes, com vistas à identificação, ao longo dos trechos, da necessidade da adoção de procedimentos objetivando a liberação da faixa de domínio, com conseqüentes ações expropriatórias;

• Análise dos instrumentos normativos adotados / vigentes e referentes à questão em pauta;

• Estabelecimento das premissas básicas do programa, com base nas recomendações contidas no EIA/RIMA e na documentação analisada. ��Avaliação da necessidade de alteração ou de incorporação aos Projetos de Desapropriação, integrantes dos Projetos de Engenharia, de tópicos julgados pertinentes em função das análises precedidas;

• Interação com as empresas encarregadas da elaboração do Projeto de Engenharia, com o objetivo de encontrar soluções de projeto que reduzam a necessidade de desapropriações;

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• Realização da pesquisa socioeconômica para a caracterização da população afetada. Os dados desta pesquisa, uma vez definidos os critérios de vulnerabilidade, permitiram efetuar a triagem das famílias afetadas e estabelecer os mecanismos a serem empregados para o correto equacionamento da questão desapropriação.

No mapa 3.1 é apresentada a localização da área de estudo, definida no EIA/RIMA da BR-242/TO.

Mapa 3.1. Mapa de localização da área de estudo.

O Projeto de Desapropriação, desenvolvido no âmbito do Projeto de Engenharia, é a referência básica para elaboração deste programa, sendo elaborado de forma a contemplar as seguintes atividades:

- “Congelamento” das Áreas de Interesse para fins de Desapropriação

Tratando-se de uma iniciativa de interesse público ou social, o procedimento elementar a ser levado a efeito é a determinação topográfica da faixa de domínio, assim como o arrolamento simplificado das matrículas e dos proprietários (não é necessário, nesse momento, que todos sejam arrolados), assim como a anotação das propriedades confrontantes.

Esses dados deverão alimentar a montagem do processo necessário à edição do decreto de utilidade pública, providência que deve preceder as demais, ainda que seja de bom alvitre que acompanhada, já nessa etapa, de alguma forma de esclarecimento às comunidades envolvidas quanto às intenções futuras do empreendedor.

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- Cadastramento Físico dos Imóveis

Sob a égide do Decreto de Utilidade Pública, as equipes do empreendedor terão todo o respaldo legal para o levantamento, já agora individualizado, sobre os limites de cada propriedade, levantamento preliminar da documentação comprobatória da situação fundiária e condição de ocupação, benfeitorias, culturas e outros bens imóveis, conforme as normas da ABNT.

- Pesquisa Documental

Com base na informação documental levantada preliminarmente, procede-se ao levantamento em cartórios da cadeia dominial pregressa do imóvel e a comprovação da sua efetiva titularidade, para efeito do processo desapropriatório amigável ou judicial.

- Cadastramento Socioeconômico

O cadastro deverá ser repetido individualmente a cada grupo familiar, qualquer que seja a condição atual de ocupação. Tal procedimento, no caso das famílias identificadas como mais frágeis, em termos socioeconômicos, deverá ser repetido anualmente, até a verificação da efetiva reconstrução de seu quadro de vida. Ao longo do tempo, isso poderá ensejar a necessidade de ações de apoio social complementares, a serem providas pelo empreendedor diretamente ou por interpostas instituições.

- Pesquisa de Preços

Os elementos levantados no cadastramento físico deverão permitir a consignação dos valores indenizatórios para todos os bens passíveis de tal providência, mesmo para os casos em que se excluam os terrenos. Tal procedimento é feito com base em pesquisas de preços correntes e valores praticados na região para terrenos e benfeitorias, também para as quais há normas ABNT específicas. Na ausência desses dados, qualquer que seja a impossibilidade de sua obtenção, os preços-base deverão ser referenciados nos valores periodicamente publicados pela Fundação Getúlio Vargas e/ou pelo INCRA.

- Negociação dos Valores Indenizatórios

Nos casos em que a documentação esteja regularizada, ou seja, rapidamente passível de tal providência, casos que deverão, se necessário, merecer algum auxílio gracioso por parte do empreendedor e/ou do DERTINS, tanto para situações de propriedade (espólio, desdobro, escrituração) quanto de posse mansa e pacífica, são ofertados os valores indenizatórios apurados aos detentores de tais direitos, como valores básicos a serem negociados.

Para os detentores de direitos apenas quanto a benfeitorias e bens assemelhados, os procedimentos são os mesmos dos casos anteriores, independentemente do tratamento social complementar que possa ser requerido tanto num caso quanto no outro.

Os laudos de avaliação com os valores básicos devem ser publicados em Diário Oficial do Estado antes de qualquer providência de negociação, assim como os valores que sejam finalmente negociados, de modo a evitar-se procedimentos negociais escusos e/ou manipulatórios, de outro modo de difícil fiscalização.

- Ajuizamento das Ações Desapropriatórias

Essa providência somente deve ser aplicada nos casos de documentação imperfeita da situação dominial, de difícil saneamento em tempo hábil para a viabilização do processo de aquisição de áreas necessárias às obras. Aplica-se, também, por analogia, aos casos manifestamente irregulares, notadamente de áreas públicas e devolutas. Outros casos passíveis de providência judicial são aqueles relativos às negociações de valores indenizatórios onde não se logre um acordo satisfatório entre as partes.

Em todos os casos, a partir do depósito judicial, com exceção de ações discriminatórias, o empreendedor poderá imitir-se da posse real dos imóveis em tempo hábil.

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Concluído o processo de negociação, é realizado em cartório o pagamento dos valores da indenização acordada e efetuada a transferência da propriedade para o empreendedor.

Subprograma de Relocação da População Afetada

Somente nos casos onde a simples indenização não é a solução mais apropriada à resolução dos problemas de desapropriação de terras, serão realizadas a transferências de moradia da população aftada pelo empreendimento, seguindo os princípios abaixo:

• Elaborar um Plano de Desapropriação integrado ao desenho do projeto de engenharia, cuja aplicabilidade deverá respeitar as diferentes fases do empreendimento (viabilidade, básico e executivo);

• Evitar no processo indenizatório, o simples ressarcimento em dinheiro dos bens e propriedades afetados, optando-se preferencialmente pela reconstituição (no mínimo) da situação existente (terra por terra e habitação por habitação);

• Garantir a compensação das perdas relativas à situação presente vivida pela população;

• Garantir no mínimo, a manutenção dos atuais padrões de vida (receitas, produção, vizinhança, acesso a serviços), visando a melhoria desses padrões;

• Garantir especial atenção aos grupos de baixa renda e aqueles vulneráveis ao risco de empobrecimento e marginalização;

• Garantir a participação das comunidades / famílias atingidas no processo de desapropriação;

• Considerar, como população atingida, os proprietários, os arrendatários, os inquilinos, os ocupantes (posseiros e moradores da faixa de domínio da rodovia).

Normalmente, as interferências (quando ocorrerem) incidirão em populações pobres, com baixo nível de escolaridade e residentes em áreas rurais ou periféricas a núcleos urbanos. Isto indica a necessidade de incluir, entre as medidas mitigadoras, a realização de Programas de Cidadania, ou seja, fornecimento de certidões e carteiras de identidade, para que seja possível efetuar a regularização fundiária pretendida.

Uma breve caracterização da área de estudo foi realizada por meio das fotos 3.1 a 3.6.

Foto 3.1. Casa abandonada na BR-242/TO. Trecho entre Paranã e Arraias. Coordenadas UTM: 215932E / 8600586N.

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Foto 3.2. Casa abandonada próxima à faixa de domínio, Município de Paranã. Coordenadas UTM: 216361E/8600906N.

Foto 3.3. Casa as margens da rodovia, no Município de Paranã. Coordenadas UTM: 217186E / 8601489N.

Foto 3.4. Distrito de Bom Jesus da Palma, no Município de Paranã. Coordenadas UTM: 221701E / 8602662N.

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Foto 3.5. Distrito de Bom Jesus da Palma, no Município de Paranã. Coordenadas UTM: 221701E/8602662N.

Foto 3.6. Casa abandonada dentro da faixa de domínio. Município de Taguatinga. Coordenadas UTM: 342545E/ 8628196N.

- Assistência Social

As atividades e ações, bem como as formas de execução e responsabilidades inerentes à assistência social exigem um trabalho de cooperação e integração entre várias instituições. As mesmas encontram-se agrupados em três grandes blocos:

• Participação das famílias assistidas;

• Acompanhamento na desapropriação, na relocação de moradias e mudança de domicílio;

• Melhoria da qualidade de vida das famílias assistidas.

- Assistência Jurídica

Segundo informações constantes dos laudos de avaliação elaborados para fins de desapropriação verifica-se que, no universo das propriedades existentes ao longo do trajeto de implantação da BR-242/TO trecho Taguatinga, Paranã e Peixe, uma parcela dos imóveis apresenta problemas de titularidade.

Para fazer frente a essas dificuldades das provas documentais, o DNIT terá, em suas equipes de apoio, advogados e engenheiros civis que farão a revisão dos laudos patrimoniais e a respectiva

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comprovação da titularidade. O empreendedor também poderá contar com programas de regularização fundiária, a saber:

A Assistência jurídica prevista para a regularização fundiária das áreas afetadas deverá contar com a participação e apoio das seguintes instituições:

• DNIT;

• Associações de Municípios;

• Prefeituras Municipais;

• Corregedoria Geral do Tocantins.

3.7. Recursos Humanos e Materiais

Os recursos humanos necessários à execução deste programa são aqueles do quadro permanente da empresa que deverão acompanhar o Programa de Comunicação Social e Educação Ambiental.

3.8. Instituições Envolvidas

• DERTINS;

• Empresas contratadas e organizações conveniadas;

• IBAMA;

• NATURATINS;

• Prefeituras municipais e associações de municípios.

3.9. Cronograma Físico de Implantação

O cronograma físico de implantação deve ser realizado considerando a programação de implantação das obras. Os trabalhos deverão ser iniciados três meses antes do início das atividades, no intuito de viabilizar o sucesso deste programa.

Na programação estão o Congelamento das Áreas, o Cadastramento Físico, a Pesquisa Documental, o Cadastramento Sócio-Econômico (atualizado todos os anos), a Pesquisa de Preços, a Negociação, o Ajuizamento de Ações e o Remanejamento Rural (Tabela 3.1).

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Tabela 3.1. Cronograma físico de implantação.

AÇÃO MESES

-3 -2 -1 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24

Congelamento da área X X X X X

Cadastramento físico X X X X X X X

Pesquisa documental X X X X X X

Cadastramento socioeconômico X X X X

Pesquisa de preços X X X

Negociação X X X

Ajustamento de ações X X X X

Remanejamento rural X X X X X X X X X

Elaboração de relatórios X X X X X X X X X

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3.10. Estimativa de Custos

Os custos de desapropriação de terras e benfeitorias rurais, não correspondem a uma medida de mitigação ou compensação ambiental, mas sim a um item imperativo da planilha de orçamento da obra, de vez que não é possível implantar qualquer obra sem que se faça a aquisição das terras.

3.11. Implantação, Acompanhamento e Avaliação do Programa

A implantação deste PD será de responsabilidade do DERTINS, por meio da Coordenação de Gestão Ambiental - CGA. A execução será realizada pela equipe técnica deste PD.

O acompanhamento será realizado pelo coordenador do programa e pela Supervisão Ambiental da obra. A avaliação das atividades será de responsabilidade da equipe do CGA.

Como instrumentos de acompanhamento e avaliação serão emitidos relatórios após o término de cada campanha definida neste programa, elaborados pelo coordenador do PD. Ao final deste programa será elaborado um Relatório Final de Avaliação a ser encaminhado à CGA.

Está previsto neste Programa o Convênio de Assistência Social e Jurídica, envolvendo o DERTINS, as Associações de Municípios e as Prefeituras Municipais.

3.12. Referências Bibliográficas

DNER - Departamento Nacional de Estradas de Rodagem: Norma – DNER-154/85: Normas e Procedimentos Administrativos para Desapropriação.

DNER – IS-23: Instruções de Serviços para Projeto de Desapropriação.

Diretrizes e procedimentos para reassentamento de populações afetadas em obras rodoviárias.

SPU – Secretaria do Patrimônio da União/ Ministério da Fazenda Instrução Normativa no 1, de 10/ 11/ 1994.

ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas

BID - Banco Interamericano de Desenvolvimento. Reassentamento involuntário em projetos do BIRD - Banco Internacional de Reconstrução e Desenvolvimento (Banco Mundial) Guideline para el manejo social en proyectos viales. Banco Mundial. Minuta de 20-11-1998.

DNER - Departamento Nacional de Estradas de Rodagem. Diretrizes e procedimentos para reassentamento de populações afetadas em obras rodoviárias. DNER. Abril de 1998.

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4. Programa Resgate da Flora - PRF

4.1. Introdução

O Programa de Resgate da Flora descreve os procedimentos necessários para a coleta de material vegetal para transplante e propagação em viveiro, resultado das atividades de desmatamento necessárias para a implantação do empreendimento.

Este programa se subdivide em quatro subprogramas:

• Subprograma de Resgate de Epífitas;

• Subprograma de Coleta de Sementes;

• Subprograma de Transplante de Palmeiras.

4.2. Justificativa

Este Programa se justifica tendo em vista a necessidade da adoção de medidas que visem o manejo e a conservação da vegetação regional.

4.3.Objetivo

O Programa de Resgate da Flora tem como objetivo resgatar e realocar plântulas e espécies vegetais jovens, coletar sementes de árvores e mudas de palmeiras de tamanho pequeno e de fácil transporte, existentes às margens da rodovia BR-242/TO para transplante e propagação em viveiro, visando a recuperação de áreas degradadas pelas obras de construção da rodovia, minimizando os prejuízos para a flora e fauna local e, conseqüentemente, para as comunidades residentes.

4.4. Metas

A meta básica a ser alcançada pelo presente Programa é a minimização dos danos causados sobre o meio ambiente local, por meio da adoção de medidas de conservação da vegetação a ser afetada pelas obras.

4.5. Alvo

A vegetação a ser suprimida devido a implantação do empreendimento, com ênfase nas espécies pertencentes as famílias Bromeliaceae, Araliaceae, Orchidaceae, Plamaceae e vegetação herbácea.

4.6. Metodologia e Descrição do Programa

4.6.1. Subprograma de Resgate de Epífitas

a. Introdução

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O resgate de epífitas consiste na retirada e translocação dos indivíduos que estão presentes nas árvores suprimidas durante a execução das obras de construção da rodovia. Este subprograma apresenta metodologia para as fases de triagem de indivíduos, remoção, transporte e replantio.

b. Justificativa

O resgate de epífitas faz-se necessário para auxiliar na diminuição dos prejuízos às comunidades residentes, incluindo a flora e fauna, considerando a importância da relação destes com indivíduos arbóreos, trazendo benefícios para a comunidade florestal.

c. Objetivo

O salvamento da flora epífita tem como objetivo resgatar e realocar plântulas e espécies vegetais jovens, dando continuidade à função desse indivíduo (adulto ou não), dentro de um ecossistema que será parcialmente afetado pelo empreendimento.

d. Metas

Promover o resgate e propagação do maior número possível de espécies epífitas e garantir a qualidade de readaptação dos indivíduos localizados no local das obras.

e. Metodologia e Descrição do Subprograma

As espécies selecionadas para o resgate obedeceram aos seguintes critérios: facilidade para o salvamento, transplante e "pegamento", mudas de orquídeas, bromélias e outras epífitas de fácil transplante, além de estacas de espécies que possuem facilidade de propagação vegetativa.

As epífitas deverão ser colhidas nas árvores abatidas, tomando-se o máximo de cuidado ao remover as raízes no tronco das árvores. Quando não for possível a remoção da raiz da planta sem danificar o sistema radicular, o galho ou tronco da árvore derrubada onde se encontra a epífita deve ser cortado juntamente com o indivíduo removido.

As mudas de Bromeliáceas, Orquidáceas e Aráceas serão replantadas em locais contíguos, respeitando as restrições ecológicas destas espécies e no viveiro a fim de se produzir mudas. As plântulas e mudas serão monitoradas até que seja considerada como já estabelecidas. A propagação de bromeliáceas é feita normalmente, por filhotes que nascem juntos à planta mãe. Dessa forma sua principal forma de cultura é através de fixação em troncos secos ou árvores, explorando sua qualidade epífita.

Para as orquidáceas devem ser cultivadas em estufas intermediárias. Um método simples é por divisão de touceiras no momento do replantio; mas isto não deve ser feito automaticamente.

4.6.2. Subprograma de Coleta de Sementes

a. Introdução

A coleta de sementes é uma etapa muito importante para a formação de indivíduos que irão compor um novo povoamento. Para que o povoamento seja composto de indivíduos de qualidade, faz-se necessário que também se utilize sementes de qualidade. Para isso foram desenvolvidos diferentes métodos de colheita de sementes em função das características físicas, morfológicas e fisiológicas de cada espécie a ser colhida. Para que se obtenha uma boa qualidade na semente

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colhida, além da técnica adotada, o sucesso ainda depende ainda de outros fatores como a seleção das arvores matrizes, o conhecimento da época de maturação, características de dispersão (vento, animais, gravidade ou até pela água), das condições climáticas durante o processo de colheita, dentre outros fatores.

b. Justificativa

A renovação da vegetação, recuperação de áreas degradadas e estabelecimento de bancos de germoplasma são baseados na coleta de sementes e na propagação das espécies.

Qual quer que seja o tipo de projeto, os fatores relativos à colheita dos materiais a serem propagados envolvem desde a escolha de matrizes até a coleta das sementes.

c. Objetivo

O objetivo deste subprograma é mitigar os efeitos da obra sobre o meio ambiente local com a proposição de medidas de coleta e propagação da flora através de sementes.

d. Metas

Promover a coleta de sementes de boa qualidade para o desenvolvimento e formação de povoamento com indivíduos capazes de obter um desenvolvimento desejado no processo de sucessão.

e. Metodologia e Descrição do Subprograma

Seleção de árvores matrizes

A colheita deve ser feita em árvores matrizes em povoamentos naturais. Estas devem ser dominantes (maior porte, copa mais densa, proporcional à altura bem formada) estar sadias, vigorosas e em plena maturidade sendo muito importante conhecer a fenologia de cada espécie. Normalmente, árvores jovens produzem pequena quantidade de sementes e de qualidade inferior quando iniciam a frutificação. Esta variação pode ocorrer entre gênero ou procedências de uma espécie (Zanatto et. al. 1983).

Sendo a maioria dessas características hereditárias, provavelmente uma espécie de boas características fenotípicas e genéticas origine bons descendentes. Por isso as matrizes devem ser, de árvores dominantes e superiores as demais de um povoamento ou de uma mesma espécie. Recomenda-se que a coleta não seja realizada em indivíduos isolados, para evitar problemas de autofecundação interferindo assim, no ganho genético. Consideram-se, ainda, alguns parâmetros para escolha de matrizes como ritmo de crescimento, porte, forma do tronco e da copa, ramificação, vigor, densidade da madeira, teor de extrativo, produção de sementes, entre outros, dependendo do objetivo de utilização do povoamento.

Para evitar a colheita de frutos de poucas árvores, cujas sementes vão apresentar baixa variabilidade genética, deve-se ter no mínimo 20 matrizes frutificando na mesma época, evitando a colheita de matriz isolada, conforme já discutido. A semente colhida de cada matriz deve ser misturada em quantidade igual para a constituição do lote de semente.

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Coleta das sementes

Para se estabelecer o método mais adequado, deve-se considerar o tamanho e a quantidade de áreas de dispersão além das características do fruto, da árvore e do talhão ou local de colheita. É importante que os responsáveis pela colheita conheçam a fenologia e a forma como cada espécie dispersa suas sementes, processo esse característico e distinto entre as espécies, e que se inicia após a maturação dos frutos. Frutos ou sementes florestais são, normalmente, colhidos no chão, em árvores em pé ou abatidas.

O método de coleta no chão consiste na colheita de frutos ou sementes no chão na área de dispersão da árvore matriz após sua queda natural. Aconselhado para espécies de frutos grandes e pesados que caiam no solo sem se abrirem e no caso de sementes que não são disseminadas pelo vento (grandes) ou que não se distanciem muito da matriz. Deve-se fazer a colheita assim que se iniciar a queda para evitar ataque de fungos ou predadores.

O método de coleta em árvores abatidas é feito apenas para aproveitar as sementes produzidas em árvores derrubadas. A época de exploração deve coincidir com a colheita colhendo-se apenas sementes ou frutos maduros em árvores selecionadas.

No método de coleta em árvores em pé, as sementes ou frutos são coletados nas copas das árvores. Esta colheita é feita derrubando-se os frutos ou sementes com gancho, tesoura (presos na extremidade de uma vara, normalmente de bambu), podão (alicate de poda especial com uma vara de material sintético acionado por uma corda) dentre outros métodos, tais como, escalada e tiro.

Época de coleta

Na maioria das espécies, faz-se a colheita dos frutos e posteriormente a extração das sementes, sendo necessário verificar o amadurecimento com vistorias periódicas onde a melhor época de colheita corresponderia a época em que a maioria dos frutos estiver maduros. O ponto de maturidade fisiológica varia em função da espécie, do local e da época do ano. A definição da época de coleta é muito importante, porque muitas espécies produzem frutos com dispersão natural (deiscente), devendo ser coletados no momento exatamente antes desta dispersão, para não ocorrer perda das sementes ou colheita de frutas verdes. A maturação dos frutos é variável entre as espécies, indivíduos, local ou tempo, devido a fatores climáticos. Normalmente os primeiros frutos e sementes que caem são improdutivos (Morandini, 1961).

Beneficiamento

As técnicas de beneficiamento de sementes dependem do tipo do fruto. Comumente, aplicam-se as seguintes técnicas:

• Maceração e/ou despolpamento – consiste na obtenção de sementes através da retirada manual ou mecânica da polpa que as envolve e posterior secagem à sombra;

• Secagem a meia-sombra – os frutos são deixados para secar à meia-sombra (2-5 dias) até a abertura natural;

• Abertura mecânica – as sementes envolvidas por frutos de cascas muito duras devem ser obtidas através da abertura mecânica do seu envoltório.

Secagem e Armazenamento de Sementes

Após a colheita as sementes devem ser armazenadas adequadamente, a fim de reduzir ao máximo o processo de deterioração. Este não pode ser evitado, mas o grau de prejuízo pode ser

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controlado. Assim o principal objetivo do armazenamento é o de controlar a velocidade de deterioração da semente. A qualidade da semente não é melhorada pelo armazenamento, mas pode ser mantida com o mínimo de deterioração possível, através do armazenamento adequado. As condições fundamentais para o armazenamento de sementes são o controle da umidade relativa do ar e a temperatura do ambiente de armazenamento.

Para a grande maioria das espécies, as baixas temperaturas e umidade relativa do meio são as condições ideais para a manutenção do poder germinativo das sementes, pois essas condições reduzem as atividades enzimáticas envolvidas no processo respiratório do embrião contido na semente, levando à diminuição do consumo de substâncias de reservas armazenadas e utilizadas para sua germinação.

A secagem é outro procedimento empregado para a extração da semente do interior do fruto e posteriormente para a redução do conteúdo de umidade das sementes a um teor adequado ao acondicionamento. Deve-se ter o cuidado quando estiver trabalhando com sementes recalcitrantes. O período de secagem depende da espécie, da umidade inicial da semente, da velocidade de secagem, do aumento da corrente de ar, da temperatura do ar e do conteúdo final de umidade desejada.

As Principais transformações degenerativas que ocorrem com as sementes em função do tempo de armazenamento são a degeneração das membranas celulares e subseqüente perda do controle da permeabilidade, redução do vigor, redução das atividades respiratórias e de biossíntese, germinação das sementes e crescimento de plântulas mais lento, crescimento e desenvolvimento das plantas mais lento, menor uniformidade às diversidades ambientais, maior porcentagem de plântulas anormais e perda do poder germinativo.

As espécies nativas se reproduzem por sementes ou por propagação vegetativa. Geralmente as sementes têm viabilidade curta e devem ser plantadas logo que colhidas. Muitas sementes precisam de um preparo especial antes de ser plantadas para aumentar a taxa de germinação.

As sementes são classificadas quanto a sua longevidade, o que determina suas condições de armazenamento.

• Sementes Ortodoxas - são sementes que podem ser armazenadas com um baixo teor de umidade e temperatura, mantendo sua viabilidade por um maior período de tempo. Este tipo de semente requer menos cuidados para sua armazenagem.

• Sementes Recalcitrantes - estas sementes não sofrem secagem natural na planta mãe e são dispersadas com elevado teor de umidade, resultando em maiores dificuldades no armazenamento quando comparadas com as ortodoxas. Isto ocorre tendo em vista a sua alta sensibilidade a perda de água, fazendo com que estas sejam armazenadas com alto grau de umidade interna favorecendo o ataque de microorganismos e a germinação durante o armazenamento. O uso de baixas temperaturas que poderiam inibir estes problemas fica também limitado, pois as sementes recalcitrantes sofrem danos por temperaturas próximas ou abaixo de zero. Uma das alternativas de propagação de espécies com sementes recalcitrantes é a produção de mudas logo após a colheita, em condições de controle de crescimento e seleção até a época de plantio definitivo no campo. De uma maneira geral, os locais ideais de armazenamento das sementes são a câmara fria e a câmara seca, onde se obtêm as condições de baixa temperatura e umidade, respectivamente. Existe também câmara fria e seca que reúne em uma só as duas condições, porém a instalação e manutenção são caras.

Os principais tipos de embalagens utilizados para armazenamento de sementes podem ser classificados em embalagens porosas, embalagens semiporosas, embalagens impermeáveis. As principais condições de armazenamento são:

• Sementes armazenadas em sacos plásticos impermeáveis (em câmara fria);

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• Sementes armazenadas em sacos de pano ou caixas de madeira (embalagens permeáveis), em Câmara seca;

• Sementes armazenadas em caixas de madeira, em condições normais de ambiente.

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4.6.3. Subprograma de Transplante de Palmeiras

a. Introdução

O transplante de palmeiras consiste na retirada e translocação dos indivíduos que coincidem com a localização do empreendimento, apresentando metodologia para as fases de triagem de indivíduos, remoção, transporte e replantio.

Esta é uma operação bastante delicada a fazer com indivíduos adultos ou já adaptados a um local. Para replantá-las, é necessário um guindaste ou outro equipamento de elevação.

b. Justificativa

O transplante de palmeiras faz-se necessário devido à importância de tais indivíduos que estão em fase de maturação e em constante desenvolvimento.

A escolha das palmeiras para transplante é devido ao seu sistema radicular, que sendo superficial, facilita sua retirada e readaptação em novo local.

c. Objetivo

A finalidade do transplante de palmeiras é dar continuidade à função desse indivíduo (adulto ou não), dentro de um ecossistema que será parcialmente afetado pelo empreendimento.

d. Metas

Promover o resgate e garantir a qualidade de readaptação dos indivíduos localizados coincidentes com o local das obras.

e. Metodologia e Descrição do Subprograma

O transplante inicia-se com a retirada do indivíduo a ser transplantado. Para isso, é necessário abrir uma vala no chão em volta do indivíduo tomando cuidado para atingir as raízes o mínimo possível. A vala deve ser cavada até uma profundidade de 1 a 1,5 metro, dependendo da profundidade das raízes. Após a remoção do indivíduo do solo, deve ser feita uma poda nas raízes até ficar um torrão uniforme e envolvê-las com papelão ou lona amarradas com cordas.

Também será feita a remoção de plântulas com raízes nuas de 15 a 20 cm, retiradas de açaizeiros nativos ou outras palmeiras, para plantio em área adjacente ou levada para o viveiro para plantio futuro e propagação.

A melhor época para ser executado o transplantio é a estação chuvosa, em dias nublados e com boa umidade no solo, pois nesta fase o individuo necessita de água em abundância. Devem-se evitar dias claros e muito quentes reduzindo a perda de água pela planta. Para o plantio, devem ser abertos covas de 60 cm de profundidade e a realização da adubação. Devem ser abertos com cavadeiras ou pá, enxada e picareta, no espaçamento recomendado, que é de 2,0 x 2,0 m para palmito envasado. Após o transplantio devem ser realizadas a aclimatação e a adubação de manutenção.

Após o pegamento das mudas deve-se dar início às adubações com nitrogênio e potássio, em cobertura. Uma adubação anual razoável seria entre 300 e 400 g/planta de 20-5-20, fracionada o maior número de vezes possível. Quando se faz irrigação, deve-se realizar adubação em

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cobertura a cada mês, aplicando-se entre 30 a 40 g/planta. Os tratos culturais resumem-se apenas a roçadas periódicas. As palmeiras serão replantadas em locais específicos, respeitando as restrições ecológicas destas espécies e no viveiro a fim de se produzir mudas para as recomposições. As plântulas e mudas serão monitoradas até que seja considerada como já estabelecidas.

A Avaliação das características dos exemplares encontrados no campo será determinada por um profissional competente (Engenheiro Florestal).

4.7. Recursos Humanos e Materiais

Os recursos humanos e materiais necessários para o bom desenvolvimento deste programa, encontram-se definidos nas tabelas 4.1 e 4.2.

Tabela 4.1. Recursos humanos.

PROFISSIONAL QUANTIDADE PERÍODO (MESES)

AÇÃO

Engenheiro Florestal 1 25 Supervisão dos serviços

Técnico agrícola 1 25 Acompanhamento direto das atividades previstas no programa

Operador de moto-serra 1 25 Poda de material botânico

Trabalhadores braçais 3 25 Remoção e transplante das palmeiras

Trabalhadores braçais 3 25 Coleta de sementes e epífitas

Motorista 2 25 Condução de veiculo para o deslocamento de pessoal e motoristas

Tabela 4.2. Recursos materiais.

MATERIAL QUANTIDADE PERÍODO (MESES)

Caminhão “muck” (com braço mecânico) 1 25

Moto-serra com corrente reserva 1 25

Podão 1 25

Serrote de podas 2 25

Alicate de poda 2 25

Enxadas e enxadões 2 25

Picaretas e pás 2 25

Carrinho de mão; 2 25

Embalagens para armazenamento de sementes e indivíduos a serem

transplantados

5.000

25

Capacete com viseira 1 25

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MATERIAL QUANTIDADE PERÍODO (MESES)

Calça de nylon 2 25

Protetor auricular 20 25

Coturno de couro 2 25

Luvas de nylon 4 25

Blusa 4 25

Aluguel de veículo (traçado) 1 25

Combustível (diesel) 275litros/mês 25

4.8. Instituições Envolvidas

• DERTINS;

• Empresas contratadas e organizações conveniadas;

• IBAMA;

• NATURATINS.

4.9. Cronograma de Físico de Implantação

O Programa de Resgate de Flora deverá ser executado em conformidade com os cronogramas de execução dos Programas de Supressão de Vegetação e de Recuperação de Áreas Alteradas, e as obras de construção da rodovia BR-242/TO. Alterações no cronograma de execução da obra poderão resultar em mudanças no cronograma em tela.

As atividades de resgate de flora deverão ser iniciadas um mês antes do início das obras, no intuito de serem realizados os estudos preliminares, compreendendo principalmente a identificação precisa da vegetação a ser resgatada.

Na tabela 4.3 é apresentado o cronograma físico de implantação referente às ações a serem executadas no presente Programa.

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Tabela 4.3. Cronograma físico de implantação.

AÇÃO MESES

-1 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24

Atividades preliminares X

Resgate de epífitas

- Coleta X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X

- Replantio X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X

- Monitoramento X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X

- Produção de mudas X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X

Coleta de sementes

- Seleção X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X

- Coleta X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X

- Beneficiamento X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X

- Armazenamento X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X

Transplante de palmeiras

- Retirada do individuo X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X

- Transplantio X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X

- Propagação X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X

Exploração de jazidas e resgate de vegetação rasteira

- Retirada da vegetação X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X

- Remoção e armazenamento da camada de solo fértil X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X

- Recomposição topográfica X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X

- Descompactação do solo X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X

- Terraceamento X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X

- Retorno da camada de solo vegetal X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X

- Medidas para controle de erosões X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X

Confecção de relatórios X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X

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4.10. Estimativa de Custos

Nas tabelas 4.4 e 4.5 são apresentadas às estimativas de custos relativos a contratação de profissionais e o consumo de materiais necessários para o desenvolvimento do Programa.

Tabela 4.4. Estimativa de custos para a contratação de profissionais.

PROFISSIONAL QUANTIDADE PERÍODO (MESES)

PREÇO UNITÁRIO (R$)

PREÇO TOTAL (R$)

Engenheiro Florestal 1 24 4.707,58 112.981,92

Técnico agrícola 1 24 2.379,08 57.097,92

Operador de moto-serra 1 24 260,00 6.240,00

Trabalhadores braçais 3 24 260,00 18.720,00

Trabalhadores braçais 3 24 260,00 18.720,00

Motorista 2 24 580,39 27.858,72

TOTAL 241.618,56

*1 mês = 22 dias.

Tabela 4.5. Estimativa de custos materiais.

MATERIAL QUANTIDADE PERÍODO (MESES)

PREÇO UNITÁRIO (R$)

PREÇO TOTAL (R$)

Caminhão “muck” (com braço mecânico) 1 24 4.500,00/mês 108.000,00

Moto-serra com corrente reserva 1 24 1.820,00 43.680,00

Podão 1 24 500,00 500,00

Serrote de podas 2 24 15,00 30,00

Alicate de poda 2 24 25,00 50,00

Enxadas e enxadões 2 24 26,00 52,00

Picaretas e pás 2 24 26,00 52,00

Carrinho de mão; 2 24 100,00 200,00

Embalagens para armazenamento de sementes

e indivíduos a serem transplantados

5.000 24 40,00/milheiro 200,00

Capacete com viseira 1 24 40,00 40,00

Calça de nylon 2 24 105,00 210,00

Protetor auricular 20 24 2,00/par 40,00

Coturno de couro 2 24 178,00 356,00

Luvas de nylon 4 24 12,50 50,00

Blusa 4 24 15,00 60,00

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MATERIAL QUANTIDADE PERÍODO (MESES)

PREÇO UNITÁRIO (R$)

PREÇO TOTAL (R$)

Aluguel de veículo (traçado) 1 24 3.353,35/mês 80.480,40

Combustível (diesel) 275litros/mês 24 1,80/litro 11.880,00

TOTAL 245.880,40

O custo final deste projeto é o somatório dos dois montantes, ou seja, R$ 487.498,96. Quaisquer alterações advindas de modificações de projetos serão realizadas quando da definição dos projetos no momento da obra.

4.11. Implantação, Acompanhamento e Avaliação do Programa

A implantação deste PRF será de responsabilidade do DERTINS, por meio da Coordenação de Gestão Ambiental - CGA. A execução será realizada pela equipe técnica deste PRF.

O acompanhamento será realizado pelo coordenador do programa e pela Supervisão Ambiental da obra. A avaliação das atividades será de responsabilidade da equipe do CGA.

Como instrumentos de acompanhamento e avaliação serão emitidos relatórios mensais, elaborados pelo coordenador do PRF. Ao final deste programa será elaborado um Relatório Final de Avaliação a ser encaminhado à CGA.

4.12. Referências Bibliográficas

FIGLIOLIA, M. B.; AGUIAR, I. B.; Colheita de Sementes. Capítulo 7

MARTINS, R. C. C.; Compilação: Notas de aula sobre Colheita de Sementes Florestais

MORANDINI, N. 1961. Aparatos y procedimentos para la manipulacion de las semilas forestales. Unasylva. 5 (4):185-99.FIGUEIRAS, T. S. & NOGUEIRA, P. E. Caminhamento – um método expedito para levantamentos florísticos qualitativos. Caderno de Geociências, Rio de Janeiro, n. 12:39- 43. Out. Dez. 1994.

ZANATTO. A C. S. et al. 1983. Seleção de árvores superiores de Pinus spp para implantação de pomares de sementes. Silvicultura, São Paulo, (28): 546-50

DIAS, B.F.S. Conservação da Natureza no Cerrado In: PINTO, M.N. (Coord.) Cerrado: Caracterização, ocupação e perspectivas. Brasília: UnB/SEMATEC, 1990. p.583-640.

DIAS, B.F.S. Alternativas de desenvolvimento dos cerrados: manejo e conservação dos recursos naturais renováveis. Brasília: Fundação pró-Natureza, 1996.

EITEN, G. Vegetação do Cerrado In: PINTO, M.N. (Coord.) Cerrado: Caracterização, ocupação e perspectivas. 2. ed. Brasília: UnB/SEMATEC, 1993. p.9-65.

IMAÑA, E. J. “Dasometria practica” . Brasília: Editora Universidade de Brasilia, 1998.

LORENZI, H. Árvores Brasileiras: Manual de identificação e cultivo de plantas arbóreas do Brasil, v. 1, Nova Odessa, SP: Instituto Plantarum, 3 ed., 2000.

LORENZI, H. Árvores Brasileiras: Manual de identificação e cultivo de plantas arbóreas do Brasil, v. 2, Nova Odessa, SP: Instituto Plantarum, 3 ed., 2000.

MENDONÇA, R. C.; FELFILI, J. M.; WALTER, B. M. T.; SILVA-JÚNIOR, M. C.; REZENDE, A. V.;

FILGUEIRAS, T. S.; NOGUEIRA, P. E. Flora Vascular do Cerrado. In: SANO, S.M.;

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ALMEIDA, S.P. (eds.) Cerrado: ambiente e flora. Planaltina, DF: EMBRAPA-CPAC, 1998. p. 289 556.

NETTO, P. S. & BRENA, D. A.; Inventario Florestal. .V. 1. Curitiba-PR: Editado pelos autores, 1996. 316 p.

RATTER, J.A.; ASKEW, G.P.; MONTGOMERY, R.F.; GIFFORD, D.R., Observations on forest of some mesotrophic soils in central Brazil. Revista Brasileira de Botânica, v.1 (1), 1978. p. 47-58.

RIBEIRO, J. F.; WALTER, B. M. T. Fitofisionomias do bioma Cerrado. In: SANO, S.M.; ALMEIDA, S.P. (eds.) Cerrado: ambiente e flora. Planaltina, DF: EMBRAPA-CPAC, 1998. p.89-166.

SANO, S.M.; ALMEIDA, S.P. (eds.) Cerrado: ambiente e flora. Planaltina: EMBRAPA-CPAC, 1998. 556 p.

BRANDÃO, M.; GAVILANES, M. L.; LACA-BUENDIA, J. P. Plantas daninhas na cultura do arroz Oryza sativa L.) no Estado de Minas Gerais. In: ANAIS do XXXVI Congresso Nacional de Botânica - Curitiba, PN. 2v, 1985. Brasília, DF: IBAMA, 1990. p. 575-591.

CUNHA, L. H. S.; BRANDÃO, M.; LACA-BUENDIA, J. P.; GAVILANES, M. L. Plântulas, frutos, frutos/sementes e sementes de plantas daninhas em pastagens naturais de cerrado, Estado de Minas Gerais. In: ANAIS do XXXVI Congresso Nacional de Botânica - Curitiba, PN. 2v, 1985. Brasília, DF: IBAMA, 1990. p. 717-767.

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5. Programa de Proteção à Fauna - PPF

5.1. Introdução

A construção e operação de rodovias produzem efeitos à fauna, principalmente pela destruição e fragmentação de habitats (Primack e Rodrigues, 2001). Parte da vegetação que cobre as áreas desaparece com o incremento da ocupação humana e o entorno da rodovia modifica-se. A alteração da paisagem natural, reconhecida aqui como um “mosaico de habitats”, não está restrita ao local onde a vegetação foi retirada para a construção de uma rodovia. Rios e riachos podem ser afetados pela erosão, sedimentação e mudanças no fluxo da água (Goosem, 1997). Considerando que as populações naturais estão em equilíbrio com a oferta de recursos e que esses recursos são finitos e limitados, qualquer tipo de perturbação que leve a grandes modificações da paisagem pode reduzir os números populacionais, levando espécies e, até mesmo, comunidades inteiras à extinção local.

O extrativismo vegetal e animal, incluindo caça, pesca e coleta, tende a aumentar durante a construção da rodovia e afeta diretamente os organismos silvestres, podendo levar à extinção de algumas populações mais apreciadas. As ocupações estimulam a formação de açudes e drenagens mal planejadas que afetam diretamente os habitats aquáticos, incluindo peixes, plantas e invertebrados aquáticos. O efeito pode ser desde o incremento das populações de certas espécies, em detrimento de outras, até a extinção local de populações.

Dejetos orgânicos, lixo e restos de obras são depositados muitas vezes em cursos d’água e modificam a qualidade da água, alterando as condições propícias para a colonização dos organismos. Os efeitos podem estender-se até os habitats terrestres e suas populações de animais e plantas. Espécies exóticas de animais e plantas são favorecidas nessa fase de instalação e, assim, competem com as espécies silvestres, trazendo doenças e contribuindo com a destruição e fragmentação dos habitats. Na construção da rodovia, a formação de novos habitats, como poças, lagoas, brejos e capoeiras, favorece o incremento de algumas populações de animais e plantas silvestres, dentre elas vetores de zoonoses que necessitam de controle para evitar doenças que afetam não só os seres humanos, como também as demais populações de animais e plantas.

A transformação da paisagem é, portanto, inevitável, nesse tipo de empreendimento. Diante do quadro provocado pela instalação de uma rodovia e o grande risco de atropelamento da fauna residente, é fundamental o monitoramento dos impactos e a tomada de iniciativas que objetivem estratégias conservacionistas nos sítios mais afetados. Este programa aponta diretrizes para as ações apresentadas como medidas de mitigação e compensação no Estudo de Impacto Ambiental do projeto de construção da BR-242/TO. Tais ações visam o controle, diminuição e compensação dos impactos sobre fauna gerados pelo empreendimento em sua área de influência direta e indireta.

Este Programa de Proteção à Fauna foi segregado em três subprogramas que exigiram ações distintas, porém intimamente relacionadas, denominados:

• Subprograma de Criação de Passagens de Animais;

• Subprograma de Monitoramento de Fauna;

• Subprograma Manejo de Fauna.

Estes subprogramas são fundamentados nos estudos de campo e bibliográficos definidos no EIA. Todos os resultados obtidos, os objetivos específicos e os detalhamentos metodológicos referentes a cada um dos subprogramas propostos são apresentados a seguir.

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5.2. Subprograma de Criação de Passagens e Barreiras de Animais

5.2.1. Introdução

A construção e a manutenção de rodovias têm efeitos variados sobre a fauna nativa tais como: a destruição ou alteração dos habitats, com conseqüente redução nos tamanhos populacionais; distúrbios, efeitos de borda e entrada de espécies exóticas; aumento da mortalidade devido ao tráfico de veículos; fragmentação do habitat e das populações selvagens (Goosem, 1997). Nas regiões adjacentes à área construída da rodovia pode ocorrer uma redução na qualidade dos habitats gerados pelo barulho, distúrbios visuais (e.g. iluminação), mudanças no lençol freático e no microclima, emissão de gases tóxicos, entre outros (Cuperus et al., 1999). Esses impactos podem reduzir as chances de sobrevivência de certas populações e podem influenciar essencialmente o ecossistema devido ao isolamento das mesmas em subpopulações e dos sítios de forrageamento e reprodução decrescendo assim, a viabilidade de uma população (vanBohemen, 1998). Estes aspectos podem ter um forte efeito negativo nos valores ecológicos do habitat.

Como grandes problemas ecológicos encontrados hoje podemos destacar a perda e a fragmentação dos habitats, que reduz os recursos necessários à manutenção das mais variadas espécies. A construção de uma rodovia leva à formação de corredores sem vegetação, margeados por áreas onde a cobertura vegetal é ainda mantida, aumentando assim, o efeito de borda nessas áreas. Esses corredores funcionam como barreiras a serem transpostas pela fauna local, que utilizava ambos os lados, e também a área efetivamente construída da rodovia, em suas atividades diárias, tais como, forrageamento, defesa de territórios, migrações, comportamentos termorregulatórios e reprodutivos, entre outros. Durante o período de coleta de dados para a complementação do EIA/RIMA da BR-242/TO foram verificadas várias espécies de vertebrados mortos na área da estrada e vias próximas à mesma tais como, Cerdocyon thous (lobinho), Oncifelis colocolo (gato-palheiro), Amphisbaena alba (cobra-de-duas-cabeças), Pseudoboa nigra (cobra-preta), Mastigodryas bifossatus (jararacuçu-do-brejo), Coragyps atratus (urubu-de-cabeça-preta), entre outros. Aves como Polyborus plancus (caracará) e Coragyps atratus (urubu-de-cabeça-preta), foram vistas alimentando-se de carcaças de animais mortos em rodovias próximas à área de estudo, demonstrado a atração que as mesmas exercem sobre esses animais. Lagartos como Tupinambis merianae (Teiú) e Ameiva ameiva (calango-verde) foram vistos parados sobre o asfalto em horários de radiação solar intensa, esses locais estão sendo utilizados provavelmente como sítios termorregulatórios, importantes para essas espécies. Sendo, assim a presença de qualquer um dos animais relatados, bem como de outras espécies, por qualquer motivo anteriormente relacionado aumenta as chances de atropelamento. Quanto ao efeito de borda, gerado quando da retirada da vegetação para a construção da rodovia tem como conseqüência o aumento dos níveis de luz, temperatura, umidade e vento, descaracterizando assim, o ambiente anterior à retirada da vegetação. Uma vez que os animais estão freqüentemente adaptados a certas condições ambientais, qualquer mudança pode vir a eliminar algumas espécies nesses locais. Espécies nativas tolerantes à sombra, e animais sensíveis à umidade tais como os anfíbios, são freqüente e rapidamente eliminados pela fragmentação de habitat, levando a uma mudança na composição das espécies da comunidade (Primack e Rodrigues, 2001). Com o estabelecimento do fluxo de veículos e a constante passagem dos animais através desses corredores, iniciam-se então os ciclos de atropelamentos. É possível que os mesmos ocorram devido a dois fatores principais. Em primeiro lugar pode-se considerar que a área da rodovia estaria contida dentro da “área de vida” de alguns animais. Um segundo fator seria a disponibilidade de alimento nesses locais. A construção da rodovia na faixa de deslocamento natural das espécies aumentaria as chances de colisão dos veículos com os animais. Quanto à disponibilidade de alimento, vários itens como: frutos, sementes, insetos e animais atropelados, presentes juntos às rodovias, serviriam como

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atrativos para a fauna (Forman, 1997a; Forman, 1997b). Além disso, áreas de campos cultivados às margens das rodovias podem atrair grandes herbívoros e mesmo aves granívoras (Novelli et al., 1988), que também estariam sujeitas aos atropelamentos. Goosem (1997) estudando o efeito das rodovias sobre a fauna, verificou que em um período de 38 meses em um trecho de 2 km da rodovia Kennedy em Queensland, foram encontrados aproximadamente 4000 vertebrados atropelados, pertencentes a 100 espécies, sendo 500 espécimes de mamíferos, quase 90 aves, 450 répteis e 3000 anfíbios. Se dividirmos esses valores encontrados por Goosem por 3,16 anos (38 meses) e por 2 (2 km), nós teríamos uma estimativa da ordem de 633 animais mortos anualmente encontrados nessa rodovia a cada quilômetro. É claro que esses números devem ser variados, dependendo o trecho da rodovia considerado, podendo ter valores mais baixos, ou mesmo mais altos que os encontrados. Da mesma forma, os habitats e a fauna associada aos mesmos, variam entre as diferentes regiões, sendo as estimativas particulares a cada localidade. Apesar desses números alguns autores, como Hodson (1965; Bennett, 1991), consideram que o impacto causado por atropelamentos nas populações de pequenos mamíferos e aves, são facilmente compensados pela reprodução. Porém devemos considerar essa colocação com uma certa cautela, pois se consideramos que as espécies possuem diferentes potenciais bióticos (produzem números variados de descendentes por estação reprodutiva), os efeitos serão diferenciais entre elas. Espécies com grande potencial biótico, provavelmente terão um impacto negativo de baixa magnitude e importância, quando comparados com espécies de menor potencial. Em alguns casos, a abertura da rodovia pode beneficiar de algum modo certas espécies, normalmente generalistas quanto ao uso do habitat. Durante o trabalho de campo, na BR-242/TO, foram verificadas algumas espécies de anfíbios (Scinax fuscomarginatus, Hyla rubicundula, Hyla minuta e Physalaemus cuvieri) utilizando as poças temporárias formadas nas áreas de empréstimo como sítios reprodutivos e alguns répteis como Tropidurus torquatus e Ameiva ameiva, que aparentemente se beneficiam com o aumento da antropização, utilizando construções humanas e materiais descartados (entulhos) como abrigo ou local de obtenção de alimento.

5.2.2. Justificativa

A pavimentação de uma rodovia provoca o aumento do número de veículos trafegando, devido à melhoria de acessibilidade, além da velocidade média dos automóveis que por ela se deslocam. A soma desses dois fatores principais aumenta significativamente a probabilidade de ocorrência de acidentes com animais silvestres, tornando de essencial importâncias a adoção de medidas que reduzam a ocorrência destes eventos.

5.2.3.Objetivos

Com base nos riscos de atropelamentos na área da rodovia, este subprograma tem por objetivos:

• Identificar áreas prioritárias (com maior probabilidade de atropelamentos ou regiões de travessia da fauna) para a instalação de mecanismos que reduzam as mortes por atropelamento, e propor, quantitativa e qualitativamente, tais mecanismos de forma adequada para cada ponto estratégico;

• Construir efetivamente as passagens e barreiras de animais em pontos estratégicos.

5.2.4. Metas

Reduzir o número de atropelamento de animais silvestres quando do asfaltamento da rodovia.

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5.2.5. Alvo

Espécies da fauna local e endêmicas que, após levantamentos realizados pelo estudo, sofrerão os impactos decorrentes da implantação da rodovia.

5.2.6 Metodologia de Descrição do Subprograma

A mitigação dos impactos gerados após o estabelecimento do fluxo de veículos em rodovias é normalmente feita através de estruturas que permitam e facilitam a passagem dos animais para um lado e outro da rodovia e que impeçam o acesso dos mesmos à área asfaltada (vanBohemen, 1998). Exemplo dessas estruturas seriam as passagens tais como túneis e pontes instaladas em áreas com maior probabilidade de travessia dos animais. Nessas áreas, podem ser colocadas também cercas que impeçam o acesso dos animais à área da rodovia, ou mesmo refletores que possam afugentá-los para fora da área de risco de atropelamento, durante à noite, período de atividade de várias espécies de vertebrados.

A escolha dos locais de passagens de animais vai determinar a eficiência dos mecanismos de passagens e, portanto, deve ser criteriosa e fundamentada em informações primárias. A utilização das futuras passagens pelos animais depende de vários fatores, inclusive alguns diretamente relacionados com a construção efetiva das estruturas. Assim, deve ser realizado um estudo dos prováveis locais de passagens a ser conduzido por profissionais qualificados nas seguintes áreas de conhecimento (pelo menos três responsáveis técnicos): 1) Zoologia, 2) Botânica (Meio Biótico) e 3) Geologia (Meio físico).

A escolha dos sítios prováveis deverá ser fundamentada por análises de imagens de satélite Landsat e base cartográfica do IBGE. As imagens atuais georreferenciadas do local predeterminado da BR-242/TO serão processadas e georreferenciadas em meio digital em ambiente de Sistema de Informação Geográfica – SIG, com o sistema de coordenadas Universal Transversa de Mercator – UTM. Estas permitirão a elaboração do Mapa de Vegetação – escala 1:250.000 e, ainda, a avaliação e escolha prévia de:

• Sítios topográficos que sustentem pontos favoráveis à construção de passagens;

• Locais onde a drenagem favorece o deslocamento dos animais sob pontes e canalizações;

• Pontos onde a vegetação mantém-se notavelmente preservada (mais densa), pois estas localidades são intuitivamente mais importantes para a disponibilidade de recursos para a fauna como, alimento, abrigos, sítios de nidificação, entre outros;

• Áreas que futuramente serão preservadas como, por exemplo, unidades de conservação e áreas de reserva legal, em torno dos principais rios.

Utilizando-se de análise prévia das imagens georreferenciadas, considerandos os critérios mencionados e, ainda, com base em informações de literatura e de observações acumuladas de campo para outras localidades, serão determinados prováveis sítios para a instalação desses mecanismos (passagens e barreiras de animais). Determinadas essas áreas, faz-se necessária a conferência em campo, em uma excursão de, pelo menos vinte dias, com a presença dos técnicos responsáveis para:

• Completar a escolha dos locais definitivos de construção de passagens e barreiras;

• Averiguar in locu a viabilidade das estruturas a serem construídas;

• Planejar, junto aos responsáveis pela parte tecnológica (engenharia civil), os melhores mecanismos de transposição para cada localidade.

• Propor estratégias de adequação das estruturas utilizadas (ações posteriores, manutenção).

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a. Mecanismos contra atropelamentos

Quanto aos mecanismos que minimizam os atropelamentos destacam-se: túneis, pontes, cercas, refletores, placas educativas entre outros (Figura 5.1 a 5.9). Esses mecanismos devem seguir alguns critérios, para sua melhor efetividade:

• É aconselhável a instalação de mecanismos de transposição em locais onde a cobertura vegetal ocorra em ambos os lado da rodovia;

• Túneis devem ser construídos longe de fontes de ruídos, tais como os centros urbanos, dando-se preferência àqueles mais largos que minimizam os efeitos acústicos e são mais eficientes como passagens para animais;

• Associados aos túneis, aconselha-se a criação de corredores de vegetação que conduza os animais aos mesmos, e entre fragmentos próximos que não apenas aqueles adjacentes à rodovia, aumentando-se a conectividade entre esses locais, facilitando a dispersão desses animais na área. A barreira gerada pela vegetação minimiza também os efeitos visuais que a rodovia teria sobre os animais;

• Associados aos túneis é aconselhável também a construção de cercas que impeçam o acesso dos animais a área da rodovia e que ao mesmo tempo os conduzam aos túneis;

• A cercas devem ser construídas com telas de diferentes diâmetros. Em sua parte inferior malha mais fina de modo a impedir que pequenos animais, passem, e na parte superior uma malha maior que impeça que grandes mamíferos e aves ratitas cruzem a rodovia, mas que ao mesmo tempo permita a visibilidade através da mesma, não constituindo assim uma fonte tão grande de poluição visual;

• O número de túneis construídos em cada área deve ser suficiente à manutenção da distribuição natural das populações;

• O uso de placas alertando sobre possível passagem de animais devem ser colocadas próximas às áreas consideradas de maior risco de atropelamento. Associadas a essas, podem ser construídos redutores de velocidade como sonorizadores.

b. Estruturas Recomendadas

As características gerais das estruturas recomendadas como forma de mitigar os atropelamentos gerados pelo o estabelecimento do fluxo de veículos na área da rodovia BR-242/TO estão apresentados abaixo:

• Cerca – é recomendada a sua construção em todos os trechos onde forem construídas as passagens de animais. Elas devem possuir um mínimo de 100 metros de extensão em ambos os lados do mecanismo de transposição utilizado em cada área. Quanto às dimensões recomendadas, é aconselhável a utilização de cercas com dois metros de altura e malhas diferenciadas, os 50 cm mais próximos ao solo com diâmetros entre dois e quatro centímetros e os 1,5 metros restantes com tela de malha com 10cm de diâmetro. Essas dimensões em altura e diâmetro das telas utilizadas na construção das cercas são necessárias para que tanto animais de pequeno porte, quanto os animais maiores não consigam ultrapassar a rodovia, utilizando a área asfaltada. Sendo assim, caso necessitem transpor o asfalto, terão de buscar outros meios tais como as passagens de animais construídas em locais estratégicos. As cercas devem ser feitas de material resistente que evitem gastos desnecessários em sua manutenção.

• Passagens de animais – Essas passagens constituem-se em túneis construídos em concreto, com dois metros de altura e larguras variáveis, maiores que dois metros. Essas

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dimensões são recomendadas por permitirem uma melhor visibilidade do outro lado da rodovia, que pode servir como atrativo para que os animais utilizem essas construções, quando necessitarem transpor a rodovia. Esses túneis quando associados a riachos devem conter regiões secas em pelo menos um dos lados do mesmo, de modo a permitir que tanto animais de hábitos aquáticos, semiaquáticos e terrestres possam utilizá-los.

Fonte: van Bohemen (1998)

Figura 5.1: Exemplos de passagens para a fauna sob estradas de rodagens.

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Fonte: http://ine.vv.se

Figura 5.2: Modelo de passagem água e animal.

Fonte: http://ine.vv.se

Figura 5.3: Modelo de ponte ecológica.

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Fonte: http://www.ine.vv.se

Figura 5.4. Modelo de Ecoduto.

Fonte: http://www.ine.vv.se

Figura 5.5: Modelo de passagem para pequenos animais associadas a redes.

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Fonte: http://www.ine.vv.se

Figura 5.6. Modelo de cercas com diferentes malhas.

Fonte: http://ine.vv.se

Figura 5.7. Modelo de refletores.

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Fonte: http://ine.vv.se

Figura 5.8: Modelo de passagem para gado.

Fonte: http://ine.vv.se

Figura 5.9: Modelo de passagem para anfíbios.

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c. Construção efetiva das barreiras e passagens de animais

A construção efetiva dos mecanismos de transposição e contenção de animais ficará a cargo dos profissionais relacionados à área tecnológica (Engenharia Civil), empresa responsável pela obra no respectivo trecho indicado. A construção deverá ser realizada concomitante à construção e pavimentação da BR-242/TO e, em função da especificidade das estruturas a serem utilizadas, deverá estar concluída antes do término das obras. A construção das estruturas adequadas e posteriores cuidados paisagísticos, durante toda a execução das obras, deverão ter orientação técnica de um profissional da área de Zoologia.

Após criação de estruturas de transposição e contenção de animais através da BR-242/TO, além de manutenção constante, deverá ser feita uma avaliação da eficiência destas passagens, em conjunto com o Subprograma de Monitoramento da Fauna.

5.2.7. Recursos Humanos e Materiais

Os recursos humanos e materiais necessários para o bom desenvolvimento deste subprograma, encontram-se definidos nas tabelas 5.1 e 5.2.

Tabela 5.1. Recursos humanos.

PROFISSIONAL QUANTIDADE PERIODO (MESES) AÇÃO

Zoólogo 1 6 Realização de trabalhos técnicos

Biólogo 1 24 Realização de trabalhos técnicos e acompanhamento

Geólogo 1 2 Consultor técnico

Estagiários 1 6 Apoio aos técnicos

Motorista 1 24 Condução de veiculo

Tabela 5.2. Recursos materiais.

MATERIAL QUANTIDADE PERIODO (MESES)

GPS 2 24

Farol de mão 1 24

Lanternas 5 24

Microcomputador 1 24

Multifuncional (Fax, copiadora, impressora e scanner) 1 24

Filmes ASA100, ASA400, e Cromo (slide) 15 24

Botas de campo 10 24

Capas de chuva 10 24

Perneiras 10 24

Redes de dormir 10 24

Cartucho para impressora 5 24

Pilhas pequenas, medias e grandes Variado 24

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MATERIAL QUANTIDADE PERIODO (MESES)

Imagens georreferenciadas - 24

Aluguel de Barco a motor 10 24

Revelação de filmes 15 24

Aluguel de veículo (traçado) 1 24

Combustível (diesel) 150litros/mês 24

5.2.8. Instituições Envolvidas

• DERTINS;

• Empresas contratadas e organizações conveniadas;

• IBAMA;

• NATURATINS.

5.2.9. Cronograma Físico de Implantação

Na primeira etapa do programa de criação de passagens e barreiras de animais, a identificação e escolha de áreas prioritárias e mecanismos que reduzam às mortes por atropelamento de animais poderá ser concluída com prazo de seis meses. Esta etapa inclui a aquisição e análise de imagens georreferenciadas atuais (primeiro mês), a escolha prévia de sítios (segundo mês), a conferência in locu (terceiro mês), a escolha dos locais definitivos; a determinação dos tipos adequados de mecanismos (passagens e barreiras) para cada local (ambos no quarto mês) e o planejamento junto aos responsáveis de Engenharia (quinto e sexto meses).

A segunda etapa: a construção efetiva dos mecanismos de transposição e contenção de animais dependerá dos resultados oriundos na fase anterior e estará sujeito ao planejamento e disponibilidade da área tecnológica (Engenharia). Contudo, a construção das passagens e barreiras de animais deverá ser realizada concomitante à construção e pavimentação da BR-242/TO e, em função da especificidade das estruturas a serem utilizadas, deverá estar concluída antes do término das obras.

Na tabela 5.3 é apresentado o cronograma físico de implantação referente às ações a serem executadas no presente subprograma.

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Tabela 5.3. Cronograma físico de implantação.

AÇÃO MESES

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24

Aquisição e análise de imagens georreferenciadas X

Escolha prévia de sítios X

Conferência in locu X

Escolha dos locais definitivos X

Determinação dos tipos adequados de mecanismos (passagens e barreiras) para cada local

X

Planejamento junto aos responsáveis de Engenharia X X

Implantação dos mecanismos X X X X X X X X X X X X X X X X X X

Elaboração de Relatórios X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X

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5.2.10. Estimativa de Custo

Foi estabelecido um orçamento prévio que atende às necessidades da primeira etapa do programa de criação de passagens e barreiras de animais: a identificação e escolha de áreas prioritárias e mecanismos que reduzam às mortes por atropelamento de animais. O orçamento definitivo contendo a grande parte dos custos da obra que visa objetivo final do programa: a construção efetiva dos mecanismos de transposição e contenção de animais deverá ser definida a posteriori, em função das necessidades de serviços e de materiais relativos às ações de engenharia propriamente ditas.

Nas tabelas 5.4 e 5.5 são apresentadas às estimativas de custos relativos a contratação de profissionais e o consumo de materiais necessários para o desenvolvimento do Programa.

Tabela 5.4. Estimativa de custos para a contratação dos profissionais.

PROFISSIONAL QUANTIDADE PERIODO (MESES)

PREÇO UNITARIO (R$) PREÇO TOTAL (R$)

Zoólogo 1 6 4.707,58 28.245,48

Biólogo 1 24 4.707,58 112.981,92

Geólogo 1 2 4.707,58 9.415,16

Estagiários 1 6 260,00 1.560,00

Motorista 1 24 580,39 13.929,36

TOTAL 166.131,92

Tabela 5.5. Estimativa de custos materiais.

MATERIAL QUANTIDADE PERIODO (MESES)

PREÇO UNITÁRIO (R$)

PREÇO TOTAL (R$)

GPS 2 6 1.500,00 3.000,00

Farol de mão 1 6 120,00 120,00

Lanternas 5 6 60,00 300,00

Microcomputador 1 6 4.000,00 4.000,00

Multifuncional (Fax, copiadora, impressora e

scanner) 1 6 2.000,00 2.000,00

Filmes ASA100, ASA400, e Cromo (slide) 15 6 20,00 300,00

Botas de campo 10 6 30,00 300,00

Capas de chuva 10 6 20,00 200,00

Perneiras 10 6 30,00 300,00

Redes de dormir 10 6 30,00 300,00

Cartucho para impressora 5 6 150,00 750,00

Pilhas pequenas, medias e grandes Variado 6 Variado 400,00

Aquisição de imagens - 6 3.000,00 3.000,00

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MATERIAL QUANTIDADE PERIODO (MESES)

PREÇO UNITÁRIO (R$)

PREÇO TOTAL (R$)

georreferenciadas

Aluguel de barco a motor 10 6 100,00 1.000,00

Revelação de filmes 15 6 20,00 300,00

Aluguel de veículo (traçado) 1 24 3.353,35/mês 80.480,40

Combustível (diesel) 150litros/mês 24 1,80/mês 6.480,00

TOTAL 103.230,40

O custo final deste projeto é o somatório dos dois montantes, ou seja, R$ 269.362,32. Quaisquer alterações advindas de modificações de projetos serão realizadas quando da definição dos projetos no momento da obra.

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5.3. Subprograma de Monitoramento de Fauna

5.3.1. Introdução

A efetivação da pavimentação da rodovia BR-242/TO acarretará em vários impactos indiretos sobre a fauna, tais como a extinção local de espécies da fauna, a invasão de espécies exóticas e o incremento das populações de espécies da fauna silvestre transmissoras de zoonoses. Tais impactos são promovidos através do estímulo a: caça, corte raso ou seletivo de espécies da flora, favorecimento da instalação de atividades antrópicas, exploração de madeira e retirada de plantas e animais e, ainda, incremento das atividades agro-pastoris. A previsão destes impactos justificam algumas medidas de proteção à fauna recomendadas no EIA/RIMA:

1. Monitoramento e manejo de populações de espécies vulneráveis da fauna em toda a área de influência indireta, principalmente na rodovia;

2. Construção e manutenção de passagens e barreiras especiais para a travessia da fauna, evitando atropelamentos;

3. Controle efetivo das espécies exóticas como, por exemplo, o gado, cachorros, insetos vetores de doenças.

5.3.2. Justificativa

O monitoramento é uma forma de diminuir os custos ecológicos e econômicos de atitudes de manejo generalizadas para todo o trecho de rodovia em análise, mesmo quando não é possível avaliar a eficácia das medidas mitigadoras com meios imparciais. Nesta ótica, considera-se que o número de animais desalojados pela obra e atingidos diretamente pela operação da rodovia não é expressivo em curto prazo (dois anos).

5.3.3. Objetivos

Os objetivos específicos deste subprograma são:

• Dar continuidade ao inventário faunístico na área de influência da rodovia BR-242/TO, para os principais animais terrestres e aquáticos: peixes, anfíbios, répteis, aves, mamíferos e insetos, com a finalidade de orientar as demais atividades propostas;

• Realizar o monitoramento periódico das comunidades de fauna, de modo a avaliar:

1. Os impactos diretos e indiretos sobre a fauna decorrentes da construção da rodovia;

2. O status de conservação das populações locais;

3. Fornecer informações que fundamentem o possível manejo de populações animais com risco de extinção local.

• Buscar informações que orientem a criação e manutenção de passagem de animais, proposto no subprograma anterior, e realizar experimentos de avaliação da eficiência destas passagens, bem como, das barreiras de contenção;

• Definir as espécies críticas (ameaçadas de extinção, endêmicas, vetores de zoonoses, ou de valor cinegético e comercial) dos variados grupos taxonômicos na área de influência da rodovia BR-242/TO, com base no inventário faunístico. As espécies definidas como críticas serão alvos de estudos direcionados no subprograma de manejo da fauna).

De uma forma indireta, as propostas deste plano de trabalho resultarão:

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1. Na aquisição de conhecimento sobre história natural das espécies animais e de técnicas de manejo e monitoramento do status de conservação das populações animais;

2. No apoio às pesquisas dirigidas, com auxílio de campo e laboratório aos pesquisadores;

3. Na possibilidade de envio de material zoológico para coleções científicas e instituições de pesquisa; e ainda, disponibilizará informações que servirão:

• Para o controle de animais vetores de zoonoses, de modo a evitar a proliferação de doenças na população humana, como também, nas populações de animais silvestres;

• Para a educação ambiental visando o manejo sustentável de recursos faunísticos pela população rural;

• Para indicar áreas potenciais para a criação de unidades de conservação;

• Para a implantação de medidas conservacionistas, aliadas às atividades já desenvolvidas pelo IBAMA na região.

5.3.4. Metas

• Diminuição dos índices de mortalidade de animais decorrentes dos atropelamentos é a principal meta desse sub-programa;

• Inibição de atividades ilegais de captura e comercialização de espécimes.

• Aumentar o conhecimento da fauna regional, contabilizando e geoposicionando espécimes atropelados em coleções zoológicas que possam servir a aquisição desse conhecimento;

• Aumentar o conhecimento sobre os efeitos de rodovias, como a que será promovida pelo empreendimento em estudo, com indivíduos monitorados, por marcação e recaptura.

5.3.5. Alvo

Espécies da fauna local que possivelmente sofrerão os impactos decorrentes da implantação da rodovia.

5.3.6. Metodologia e Descrição do Programa

O Subprograma de Monitoramento de Fauna focará principalmente o acompanhamento de populações de animais diretamente atingidos pela obra. Propõe-se observar e montar experimentos de campo com grupos taxonômicos que permitam a obtenção de um grande volume de dados e replicação em um curto período de tempo. Por isso, recomenda-se concentrar o monitoramento em: peixes (ictiofauna), anfíbios e lagartos (herpetofauna), aves (ornitofauna), mamíferos (mastofauna) e algumas ordens de insetos (entomofauna) como: abelhas e vespas (Hymenoptera), moscas (Diptera), cupins (Isoptera), borboletas e mariposas (Lepidoptera).

a. Área de estudo

A metodologia básica a ser implementada é o inventário geoposicionado, por sítios, aproveitando o modelo definido em Sobrevilla & Bath (1992), adotado no diagnóstico da fauna terrestre. Serão determinados três sítios de amostragens ao longo da futura rodovia BR-242/TO, segregados nos três municípios atravessados pelo trecho alvo da obra: Peixe, Paranã e Taguatinga/TO. Os sítios serão áreas distintas, pré-determinadas num projeto piloto, que abrigarão em conjunto, pelo

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menos, três pontos fixos de amostragem em cada um dos habitats: cerrado sensu stricto e mata ciliar, para todos os grupos taxonômicos considerados neste estudo.

Em função das matas secas estarem restritas à região da Serra Geral do Tocantins, um dos sítios deve abrigar remanescentes desta fitofisionomia, no qual estarão os três pontos de amostragem deste ambiente para todos grupos taxonômicos. No caso específico da ictiofauna, os locais de amostragem serão determinados nos principais cursos d’água da região, privilegiando amostragens à jusante e à montante dos pontos de interseção da estrada, como pontes e drenagens, ao invés de se delimitar pontos amostrais nos ambientes (cerrado s.s. e florestais) utilizados pelos demais grupos de fauna terrestre. Contudo, deverão ser comparadas amostragens em cursos d’água que cortam florestas de galeria margeadas por cerrado (sensu lato), com amostragens em cursos d’água limitados por florestas estacionais (matas secas). Sugere-se que pelo menos um dos pontos de amostragem de cada fitofisionomia seja delimitado dentro da unidade de conservação a ser criada, afim de se obter informações pertinentes à sua criação, representatividade e eficiência.

b. Inventário faunístico da região

Para todos os grupos taxonômicos de estudo, o inventário terá continuidade com o auxílio dos esforços de censos, marcação e captura a serem utilizados no monitoramento e nos experimentos para avaliação das passagens de animais, que certamente acarretarão em acréscimo de registros para o levantamento de espécies regional. Além dos métodos de captura a serem descritos, os inventários contarão com registros oportunistas oriundos de procuras ativas diurnas, excursões ao longo dos grandes rios com o auxílio de barco a motor, buscas noturnas com o auxílio de farol de mão, observações e fotografias ocasionais, descrições confiáveis de moradores locais e, se possível, complementados com informações bibliográficas referentes à região do empreendimento. Cada campanha deverá destinar dois dias de trabalho para excursões aleatórias com o objetivo principal de se otimizar o inventário por todas as fitofisionomias presentes na área de influência direta e indireta do empreendimento.

c. Monitoramento de fauna

O monitoramento de fauna abrangerá duas frentes de trabalhos: censos de animais atropelados e censos pontuais.

Censos de animais atropelados

O censo das espécies diretamente afetadas pela intensificação do trânsito de veículos com a construção da rodovia, bem como a estimativa de indivíduos atropelados será realizada através de censos móveis, ao longo da estrada, auxiliados por veículos automotores. O censo consistirá em percorrer todo o trecho a ser construído neste empreendimento, numa busca minuciosa de indícios de animais atropelados nos limites e acostamentos da futura rodovia BR-242/TO. Este censo por toda a extensão da rodovia será realizado por duas vezes em cada campanha, por pesquisadores de cada um dos grupos de fauna terrestre (excluindo assim, a ictiofauna), alvos neste programa. A repetição das amostragens fornecerá dados importantes para a avaliação dos impactos diretos sobre a fauna.

Censos pontuais

Para os censos pontuais devem ser considerados, pelo menos, três pontos amostrais de cada ambiente (floresta de galeria, floresta estacional e cerrado s.s.) segregados nos três sítios distintos, referidos na área de estudo, para todos os grupos taxonômicos. Durante cada campanha, cada ponto deverá ser amostrado, por no mínimo um dia (de acordo com as particularidades de cada metodologia), por meio de censos com estimativas de abundância e

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riqueza de espécies, utilizando-se estratégias de marcação e captura específicas para cada uma das formas de vida animais. A seguir as propostas de metodologias para cada grupo taxonômico:

• Ictiofauna – o censo de peixes será realizado com a captura dos indivíduos através do auxílio de, pelo menos, 5 redes “malhadeiras” de variados diâmetros e tamanhos, colocadas em cada transecto amostral predeterminado, ao longo dos principais cursos d’água da região, considerando amostragens à jusante e à montante dos pontos de interseção da estrada como pontes e drenagens e, também, amostragens em rios de florestas de galeria e de matas secas. Em geral, a exposição das redes ocorre durante toda a noite e necessita de auxílio de barco a motor.

• Herpetofauna – a captura dos indivíduos será feita com o auxílio de armadilhas de queda (pitfall traps). Estas armadilhas capturam pequenos vertebrados e invertebrados que estejam andando na superfície do solo. Em cada sítio amostral serão instalados 10 pontos de alçapões, cada um com 15 m de cerca de lona plástica (consistindo de três linhas de 5m, formando ângulos de 120 graus, partindo de um mesmo ponto central, com um alçapão no centro e um em cada extremidade), otimizando a eficiência desta metodologia. Cada ponto deverá ser amostrado por períodos de pelo menos três dias consecutivos a cada campanha. Após a revisão das armadilhas serão feitas também incursões aleatórias (diurnas e noturnas) para observação da fauna de hábitos mais arborícolas que por ventura não tenha sido amostrada pela metodologia anteriormente relatada. Serão utilizadas também, gravações feitas à noite que permitam a identificação dos anfíbios nas áreas amostrais (Figura 5.3.1).

• Ornitofauna – o trabalho de captura das aves será realizado com auxílio de 30 redes de neblinas, de 12 m x 2 m e malha 30 mm (padrão internacional), as quais capturam indivíduos entre 5 e 100g. A marcação será feita com anilhas de alumínio, fornecidas pelo CEMAVE/IBAMA, que permitem o reconhecimento individual por captura, com a finalidade de se determinar o deslocamento e a taxa de recaptura das espécies de aves. Em cada campanha, cada ponto será amostrado por um dia inteiro, utilizando-se transectos de 500 m de extensão. As redes serão dispostas dentro do horário de maior atividade das aves (6h – 18h), com duração mínima de seis horas de amostragem. As redes serão vistoriadas em intervalos de 30 minutos para evitar excessiva exposição dos indivíduos ao sol e estresse, o que poderia levar os animais ao óbito. Os indivíduos capturados serão cuidadosamente retirados das redes e acondicionados em sacos de panos brancos, evitando-se ao máximo o estresse durante seu manuseio. Após serem marcados, os indivíduos saudáveis serão soltos no mesmo local de captura, segundo recomendações do próprio CEMAVE (IBAMA, 1994). Os censos das aves poderão ser complementados por amostragens pontuais de vinte minutos de duração cada, para a obtenção do número de espécies e de indivíduos presentes num raio de 50m, considerandos os registros visuais e auditivos (zoofonia), nas primeiras horas da manhã (maior atividade das espécies), seguindo Bibby et al. (1992).

• Mastofauna – o censo de mamíferos terrestres, não voadores, de médio e grande porte será feito através do registro visual da espécie e também da análise dos rastros, em trilhas predeterminadas (transectos adequados para a obtenção de pegadas). Cada ponto amostral, deve ter, pelo menos 1 km de trilha a ser percorrida por campanha nas primeiras horas do dia. O trabalho de captura e marcação poderá ser feito para os mamíferos terrestres de pequeno porte e para os mamíferos voadores (morcegos). A captura de morcegos será feita com o auxílio de 20 redes de 7m x 1,5m e malha 30 mm (tipo nacional). Em cada campanha, cada ponto será amostrado por uma madrugada, dentro do horário de maior atividade dos animais (18h - 6h), com duração mínima de seis horas de amostragem. As redes serão vistoriadas em intervalos de 30 minutos para evitar estresse aos indivíduos. O método de “captura-marcação-recaptura” de pequenos mamíferos será realizada com o auxílio de armadilhas de arames galvanizados do tipo gancho (“Tomahawk”) e também do

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tipo “Sherman”, de fabricação nacional. Cada ponto será amostrado com armadilhas distribuídas em grades de 6 X 6 pontos de capturas, eqüidistantes 15 m, alternando entre o chão e estrato arbustivo como suportes. As armadilhas serão iscadas com uma mistura de banana, amendoim, óleo de fígado de bacalhau (emulsão de Scott), farinha de mandioca e aveia. Os indivíduos capturados serão marcados com cortes nas falanges. Cada ponto deverá ser amostrado com as grades de armadilhas por, pelo menos, três noites consecutivas.

• Entomofauna – em cada ponto amostral será delimitado uma parcela de 1 hectare (ha), marcado com 24 pontos de coleta, separados por 15m. Em cada um destes pontos de coleta será colocada uma armadilha para captura de insetos, variando-se igualmente entre rede malaise (superfície bidirecional de 2m2), armadilha de queda de 20cm3 (pitfall) e armadilha de vidro de 80cm x 80cm (window trap) (Pinheiro et al., 2002). Estes esforços servirão para a captura de formigas, abelhas, vespas (Hymenoptera), moscas (Diptera), cupins (Isoptera), borboletas e mariposas (Lepidoptera), entre outros grupos de insetos. A amostragem dentro da parcela poderá ser complementada pela procura ativa em cada campanha, desde que padronizada.

Figura 5.3.1. Desenho esquemático da estratégia de captura da herpetofauna.

d. Avaliação da eficiência das passagens de animais

No período anterior à construção efetiva da rodovia, os esforços reservados para esta seção do monitoramento serão direcionados a determinar as espécies de animais mais diretamente afetados, bem como, destinar os principais locais para o subprograma de criação de passagens e barreiras de contenção na estrada. Serão realizadas observações de campo que visem buscar informações precisas dos pontos e modelos de passagens e contenções a serem construídas, que serão complementadas com dados provenientes do inventário e do censo de animais atropelados e, também, dados disponíveis de status de conservação da paisagem em torno da futura BR-242/TO.

Os experimentos de campo que avaliarão a eficiência das passagens e barreiras de contenção de animais utilizarão a mesma metodologia de registro, captura e marcação de indivíduos descrita para os censos pontuais, específica para cada um dos seis grupos taxonômicos. Após o início da construção das passagens, serão selecionados três pontos de amostragem em três das estruturas

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preestabelecidas . Em cada ponto de amostragem, o esforço de captura para cada grupo faunístico será distribuído em ambos os lados da estrada, em locais:

• Paralelos à passagem;

• Paralelos à barreira de contenção;

• Paralelos a trechos sem ambas estruturas, conforme figura 5.3.2.

Figura 5.3.2. Desenho esquemático das passagens e barreiras de contenção propostas no subprograma.

e. Definição das espécies críticas

As informações oriundas do inventário faunístico e do monitoramento de fauna fundamentarão os trabalhos referentes ao manejo de fauna. Em qualquer etapa do Subprograma de Monitoramento da Fauna serão consideradas espécies críticas:

• Todas as espécies inventariadas ameaçadas de extinção e, assim, protegidas por lei (Bernardes et al., 1990);

• Espécies com potencial de disseminação de zoonoses;

• Espécies altamente visadas pela caça e pela criação ilegal;

• Espécies favorecidas pela presença humana (sinântropas) com potencial de proliferação; e, por fim;

• Espécies endêmicas. Tais espécies deverão ser indicadas para acompanhamento específico no subprograma de manejo de fauna.

f. Esforços de campo

Serão realizadas quatro campanhas por ano de quinze dias cada, para todos os grupos taxonômicos considerados. Cada campanha servirá para os esforços de: inventários de fauna (dois dias), censos periódicos com captura e marcação (nove dias), censos de animais atropelados (um dia) e experimentos de avaliação da eficiência de barragens e passagens de

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animais (três dias). Todos os grupos taxonômicos terão, pelo menos, doze pontos de amostragem (três para cada ambiente: cerrado s.s., mata de galeria e mata seca; e três da avaliação das passagens), os quais deverão ser prontamente determinados, e amostrados durante todas as campanhas.

Os trabalhos de campo devem ser mantidos por, pelo menos, seis meses após a implantação da rodovia. Deverá ocorrer uma única campanha de quinze dias, prévia ao início do trabalho efetivo de monitoramento, considerada como projeto piloto, que servirá para escolha dos sítios e pontos de amostragens e, também, para avaliação da viabilidade operacional do programa de monitoramento como proposto, o qual estará sujeito a pequenos ajustes de ordem prática.

g. Análises

Para todos os grupos faunísticos, serão obtidos dados morfométricos e parâmetros ecológicos como riqueza, densidade e/ou abundância relativa, composição de espécies, que permitirão comparações de índices de diversidade, variações estruturais entre as comunidades referentes à dieta, associação aos ambientes, relações interespecíficas, entre amostragens realizadas antes (controle) e após a construção da rodovia (fator determinante). O inventário da fauna regional será apresentado utilizando-se da curva cumulativa de espécies por esforço amostral para cada grupo taxonômico. A detenção de deslocamentos através da estrada nos locais de passagens e contenção, bem como o censo de animais atropelados, servirão às analises de eficiência das estruturas construídas para a proteção da fauna.

h. Produtos a serem obtidos:

Relatórios de andamento ao término de cada campanha, contendo informações referentes a:

• Inventário qualitativo das espécies por grupo faunístico, indicando o critério de registro (observações diretas, captura, sinais, fotografias, relatos), e sua distribuição por sítios e formações fitofisionômicas;

• Estimativas de densidade e freqüência relativa das espécies por sítios e formação fitofisionômica;

• Relação de espécies raras, endêmicas e ameaçadas de extinção, de acordo com a Lista Oficial do IBAMA e IUCN.

Relatórios anuais de consolidação, contendo análises referentes a:

• Inventário das espécies por grupo taxonômico, mediante comparações a locais de interesse (por exemplo unidades de conservação e/ou outros locais com empreendimentos similares);

• Estimativas de densidade e/ou freqüência relativa das espécies por sítios e formação fitofisionômica;

• Relação de espécies raras, endêmicas e/ou ameaçadas de extinção, de acordo com a Lista Oficial do IBAMA e IUCN, além de recomendações de manejo para sua proteção;

• Eficiência das passagens e barreiras de contenção de animais construídas na rodovia e da criação de unidade de conservação baseada nos resultados dos experimentos de campo.

i. Atividade de Orientação da Mão-de-Obra

Durante o período da construção da BR-242/TO, haverá um aumento na circulação de pessoas e veículos nos remanescentes de áreas naturais que intersectam a estrada. Nas fases iniciais da

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implantação do empreendimento, haverá um aumento na pressão antrópica sobre os recursos naturais, devido ao incremento na exploração de madeira e na pressão de caça (por vezes, efetuado pelos próprios funcionários), alteração na qualidade da água, desmatamento de áreas propícias para sítios de reprodução, alimentação ou dormitório de certos animais, entre outros. Igualmente susceptível a impactos são espécies de ofídios, peçonhentas ou não, e animais vetores de zoonoses.

5.3.7. Recursos Humanos e Materiais

Corpo técnico

Para o esforço de campo planejado, serão necessários, pelo menos, um profissional pesquisador para cada um dos grandes grupos de vertebrados (ictiofauna, herpetofauna, ornitofauna e mastofauna) e dois profissionais para a entomofauna responsáveis pelas amostragens das quatro ordens (Hymenoptera, Diptera, Isoptera e Lepidoptera), com o auxílio obrigatório de pelo menos um estagiário com nível superior incompleto. Estes profissionais serão assessorados, quando necessário, por auxiliares de campo, motoristas) e barqueiros. A coordenação geral do programa estará a cargo de um profissional que possua:

• Especialização na área de Zoologia, Ecologia ou afins, com nível mínimo de Doutorado;

• Experiência comprovada em estudos de manejo ou monitoramento de fauna e avaliações de impactos ambientais;

• De preferência, que esteja vinculado a instituições de pesquisa com coleções zoológicas.

Os recursos humanos e materiais necessários para o bom desenvolvimento deste Programa, encontram-se definidos nas tabelas 5.3.1 e 5.3.2.

Tabela 5.3.1. Recursos humanos.

PROFISSONAL QUANTIDADE PERÍODO AÇÃO

Biólogo (Coordenador especialista em herpetofauna)

1 9 campanhas Coordenação das espécies e a realização dos estudos sobre a

herpetofauna

Biólogo ictiofauna 1 9 campanhas Realização dos estudos sobre a ictiofauna

Biólogo para pequenos mamíferos (mastofauna) 1 9 campanhas Realização dos estudos sobre a

mastofauna

Biólogo para ornitofauna 1 9 campanhas Realização dos estudos sobre a ornitofauna

Biólogo para entomofauna 1 9 campanhas Realização dos estudos sobre a entomofauna

Estagiários 2 9 campanhas Apoio aos técnicos

Auxiliares 4 9 campanhas Apoio em campo para equipe

Motorista 2 9 campanhas Condução de veículos automotores

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Tabela 5.3.2. Recursos materiais.

MATERIAL GRUPO TAXONÔMICO QUANTIDADE

PERÍODO

Armadilhas tipo Shermann para captura de pequenos animais Mastofauna 30 9 campanhas

Armadilhas tipo Tomahawk para captura de pequenos animais Armadilhas Mastofauna 75 9 campanhas

Armadilhas tipo Shermann para captura de pequenos animais Mastofauna 75 9 campanhas

Redes malaise de 2m2 ‘ Entomofauna 100 9 campanhas

Baldes pitfall de 20cm3 Entomofauna 100 9 campanhas

Window trap de 80cm x 80 cm Entomofauna 100 9 campanhas

Espingardas de chumbo Ornitofauna e Herpetofauna 3 9 campanhas

Cartucheira Ornitofauna e Herpetofauna 1 9 campanhas

Puçás e redes de varreduras Entomofauna 10 9 campanhas

Redes de neblina de 7m x 1,5m, malha 30 mm Ornitofauna 15 9 campanhas

Estacas de alumínio diâmetro 27mm (1,5 m) Ornitofauna 100 metros 9 campanhas

Estacas de alumínio diâmetro 18mm (1,5 m) Ornitofauna 10 metros 9 campanhas

Lona plástica preta Herpetofauna 2.000 m² 9 campanhas

Redes malhadeiras Ictiofauna 30 9 campanhas

Anilhas coloridas Ornitofauna 500 9 campanhas

Isca para armadihas Mastofauna Variado 9 campanhas

Botas de campo Geral 20 9 campanhas

Redes de dormir Geral 10 9 campanhas

Luvas de couro Geral 4 pares 9 campanhas

Equipamento completo de camping (5 pessoas) Geral 3 9 campanhas

Farol de mão Geral 2 9 campanhas

Lanternas Geral 10 9 campanhas

Capas de chuva Geral 6 9 campanhas

Perneiras Geral 6 9 campanhas

Camburão de plástico Geral 5 9 campanhas

Vidraria Geral Variado 9 campanhas

Álcool comercial Geral 100 litros 9 campanhas

Formol Geral 50 litros 9 campanhas

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MATERIAL GRUPO TAXONÔMICO QUANTIDADE

PERÍODO

Gesso odontológico Mastofauna 20 kilos 9 campanhas

Isca Mastofauna Variado 9 campanhas

Sacos de algodão 60x60cm Geral 300 9 campanhas

Sacolas de plástico grande Geral 2kg 9 campanhas

Sacolas de plástico médio Geral 2kg 9 campanhas

Sacolas de plástico pequeno Geral 2kg 9 campanhas

Caderneta de campo Geral 5 Un. 9 campanhas

Lona plástica preta Geral 600m² 9 campanhas

Estojo de primeiros socorros Geral 1 9 campanhas

Barbante Geral 5 9 campanhas

Corda Geral 5 metros 9 campanhas

Luvas de laboratório Geral 9 campanhas

Pilhas pqns, meds e grds Geral Variado 9 campanhas

Baldes de plásticos de 35 litros Herpetofauna 500 9 campanhas

Combustível e lubrificantes Geral 10.000 litros 9 campanhas

Livros Geral Variado 9 campanhas

Caneta permanente Pigma Geral 30 9 campanhas

Fita de vídeo filmadora Geral 20 9 campanhas

CDR e CDRW Geral 100 9 campanhas

Filmes ASA100, ASA400, e Cromo (slide) Geral 100 9 campanhas

Revelação de filmes Geral 100 9 campanhas

Taxidermia Geral 200 9 campanhas

Aluguel de veículo (traçado) Geral 1 9 campanhas

Combustível (diesel) Geral 250l/campanha 9 campanhas

Como instrumentos específicos para os trabalhos de campo, imprescindíveis nos esforços de inventário e monitoramento, ou mesmo, para análise e avaliação material obtido serão necessários:

• Ictiofauna – serão fundamentais, pelo menos, 30 redes “malhadeiras” de diâmetros e tamanhos a serem determinados pelos pesquisadores. Para o trabalho de campo será essencial a presença de barqueiro e o auxílio de barco a motor com todos os dispositivos de segurança;

• Herpetofauna – pelo menos, 500 baldes de plásticos de 35 litros e 3.000 m2 de lona plástica preta, 1500 estacas de madeira de 80 cm para a fixação da lona, 2 grampeadores de pressão, 10 caixas de grampos para os mesmos, sacos plásticos e pana para a contenção

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dos animais. Duas lanternas de cabeça e duas de mão e baterias suficientes para a manutenção das mesmas durante o período do monitoramento;

• Ornitofauna – pelo menos 50 redes de neblinas, de 12 m x 2 m e malha 30 mm (padrão internacional), anilhas de alumínio a serem fornecidas pelo CEMAVE/IBAMA e, pelo menos 300 sacos de panos brancos;

• Mastofauna – pelo menos, 40 redes de 7m x 1,5m e malha 30 mm (tipo nacional). Pelo menos 150 armadilhas de arames distribuídas entre as do tipo gancho e as do tipo “Sherman”, de fabricação nacional. Devem ser previamente determinadas as doze grades de 6 X 6 pontos, eqüidistantes 15 m, para a captura de pequenos mamíferos e doze trilhas predeterminadas de 1 km de extensão (mamíferos médios e grandes). Deverá ser predeterminado pelos pesquisadores o fornecimento suficiente de iscas;

• Entomofauna – a prévia delimitação de um hectare (ha) em cada ponto de amostragem, marcando os 24 pontos de coleta, separados por 15 m. Serão providenciadas pelo menos, 100 armadilhas de cada tipo (rede malaise de 2m2, pitfall de 20cm3 e window trap de 80cm x 80 cm).

Serão materiais essenciais para a complementação dos esforços de levantamento de espécies de todos os grupos: farol de mão, lanternas, redes de dormir no campo, equipamento completo de camping para cinco pessoas (levantamentos noturnos), espingardas de chumbo, cartucheira devidamente licenciada, munição, puçás, redes de varreduras (para coletas em geral), botas de campo, barco a motor (ambientes paludícolas e aquáticos), binóculos, capas de chuva, canivetes, cadernetas, filmes fotográficos, filtro solar e repelente. Outros materiais que servirão a análise em laboratório: etiquetas, peneiras, lupas, envelopes, pinças, tesouras, bandejas, vasilhames plásticos, luvas, boráx, farinha de trigo, algodão, formol, acetato de etila, álcool, sacos plásticos, frascos de vidros e galões para acondicionamento.

5.3.8. Instituições Envolvidas

• DERTINS;

• Empresas contratadas e organizações conveniadas;

• IBAMA;

• NATURATINS.

5.3.9. Cronograma Físico de Implantação

Para os esforços de campo serão realizadas quatro campanhas por ano de quinze dias cada, para todos os grupos taxonômicos, tendo início três meses antes do início das obras. Está prevista também uma campanha de quinze dias prévia ao início do trabalho efetivo de monitoramento (projeto piloto), que servirá para avaliação da viabilidade operacional do subprograma em questão, e para escolha e delimitação dos sítios e pontos de amostragens.

Assim, propõe-se um total de 9 campanhas de quinze dias para os cinco grupos taxonômicos, com intervalos de três meses cada. Os grupos faunísticos podem executar os trabalhos de campo simultaneamente ou segregados em poucos grupos, de acordo com a melhor logística a ser disponibilizada pelo empreendedor. Os relatórios de andamento deverão ser entregues em vinte dias após o término de cada campanha, e os relatórios anuais de consolidação deverão substituir os primeiros após o fim de quatro campanhas consecutivas, excluído o projeto piloto, com o prazo de trinta dias.

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Na tabela 5.3.3 é apresentado o cronograma físico de implantação referente às ações a serem executadas no presente subprograma.

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Tabela 5.3.3. Cronograma físico de implantação.

AÇÃO MESES

-3 -2 -1 1 2 3 4 5 6 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24

Campanha prévia (Projeto Piloto) X

Inventario X X X X X X

Monitoramento X X X X X X X X

Avaliação da eficiência das passagens de animais

X X X

Definição de espécies críticas X X

Relatórios de andamento X X X X X X X X X

Relatórios anuais X X

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5.3.10. ESTIMATIVA DE CUSTO

Nas tabelas 5.3.4 e 5.3.5 são apresentadas às estimativas de custos relativos a contratação de profissionais e o consumo de materiais necessários para o desenvolvimento do Programa.

Tabela 5.3.4: Estimativa de custos para a contratação dos profissionais.

PROFISSONAL QUANTIDADE PERÍODO PREÇO UNITÁRIO

(R$) PREÇO TOTAL

(R$)

Biólogo (Coordenador especialista em herpetofauna)

1 9 campanhas 2.901,94 26.117,46

Biólogo para pequenos mamíferos (mastofauna) 1 9 campanhas 2.627,86 23.650,74

Biólogo para ornitofauna 1 9 campanhas 2.627.86 23.650,74

Biólogo para entomofauna 1 9 campanhas 2.627,86 23.650,74

Biólogo para pequenos mamíferos (mastofauna) 1 9 campanhas 2.627.86 23.650,74

Estagiário 2 9 campanhas 150,00 2.700,00

Auxiliares 4 9 campanhas 130,00 4.680,00

Motorista 2 9 campanhas 290,20 5.223,60

TOTAL 133.324,02

Tabela 5.3.5: Estimativa de custos materiais.

MATERIAL QUANTIDADE PERÍODO PREÇO UNITÁRIO

(R$) PREÇO TOTAL

(R$)

Armadilhas tipo Shermann para captura de pequenos

animais 30 9 campanhas 40,00 1.200,00

Armadilhas tipo Tomahawk para captura de pequenos

animais Armadilhas 75 9 campanhas 40,00 3.000,00

Armadilhas tipo Shermann para captura de pequenos

animais 75 9 campanhas 40,00 3.000,00

Redes malaise de 2m2 ‘ 100 9 campanhas 30,00 3.000,00

Baldes pitfall de 20cm3 100 9 campanhas 30,00 3.000,00

Window trap de 80cm x 80 cm 100 9 campanhas 30,00 3.000,00

Espingardas de chumbo 3 9 campanhas 100,00 300,00

Cartucheira 1 9 campanhas 600,00 600,00

Puçás e redes de varreduras 10 9 campanhas 30,00 300,00

Redes de neblina de 7m x 1,5m, malha 30mm 15 9 campanhas 400,00 6.000,00

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MATERIAL QUANTIDADE PERÍODO PREÇO UNITÁRIO

(R$) PREÇO TOTAL

(R$)

Estacas de alumínio diâmetro 27mm (1,5 m) 100 metros 9 campanhas 12,00 1.200,00

Estacas de alumínio diâmetro 18mm (1,5 m) 10 metros 9 campanhas 10,00 100,00

Lona plástica preta 2.000 m² 9 campanhas 0,50 1.000,00

Redes malhadeiras 30 9 campanhas 200,00 6.000,00

Anilhas coloridas 500 9 campanhas 2,00 1.000,00

Isca para armadihas Variado 9 campanhas Variado 3.000,00

Botas de campo 20 9 campanhas 30,00 600,00

Redes de dormir 10 9 campanhas 30,00 300,00

Luvas de couro 4 pares 9 campanhas 5,00 20,00

Equipamento completo de camping (5 pessoas) 3 9 campanhas 500,00 1.500,00

Farol de mão 2 9 campanhas 120,00 240,00

Lanternas 10 9 campanhas 60,00 600,00

Capas de chuva 6 9 campanhas 20,00 120,00

Perneiras 6 9 campanhas 30,00 180,00

Camburão de plástico 5 9 campanhas 100,00 500,00

Vidraria Variado 9 campanhas 1.000,00 1.000,00

Álcool comercial 100 litros 9 campanhas 5,00 500,00

Formol 50 litros 9 campanhas 10,00 500,00

Gesso odontológico 20 kilos 9 campanhas 5,00/kilo 100,00

Isca Variado 9 campanhas 300,00 300,00

Sacos de algodão 60x60cm 300 9 campanhas 3,00 900,00

Sacolas de plástico grande 2kg 9 campanhas 30,00 300,00

Sacolas de plástico médio 2kg 9 campanhas 30,00 150,00

Sacolas de plástico pequeno 2kg 9 campanhas 30,00 30,00

Caderneta de campo 5 Un. 9 campanhas 2,00 10,00

Lona plástica preta 600m² 9 campanhas 0,50 300,00

Estojo de primeiros socorros 1 9 campanhas 14,50 14,50

Barbante 5 9 campanhas 1,80 9,00

Corda 5 metros 9 campanhas 1,20 6,00

Luvas de laboratório 9 campanhas 13,00 13,00

Pilhas pqns, meds e grds Variado 9 campanhas Variado 1.000,00

Baldes de plásticos de 35 litros 500 9 campanhas 3,00 1.500,00

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MATERIAL QUANTIDADE PERÍODO PREÇO UNITÁRIO

(R$) PREÇO TOTAL

(R$)

Combustível e lubrificantes 10.000 litros 9 campanhas 2,40 24.000,00

Livros Variado 9 campanhas Variado 1.500,00

Caneta permanente Pigma 30 9 campanhas 10,00 300,00

Fita de vídeo filmadora 20 9 campanhas 40,00 800,00

CDR e CDRW 100 9 campanhas 5,00 500,00

Filmes ASA100, ASA400, e Cromo (slide) 100 9 campanhas 30,00 3.000,00

Revelação de filmes 100 9 campanhas 30,00 3.000,00

Taxidermia 200 9 campanhas 100,00 20.000,00

Aluguel de veículo (traçado) 1 9 campanhas 250,00/dia 33.750,00

Combustível (diesel) 250 l/campanha 9 campanhas 1,80/litro 60.750,00

TOTAL 193.992,50

O custo final deste projeto é o somatório dos dois montantes, ou seja, R$ 327.316,52. Quaisquer alterações advindas de modificações de projetos serão acrescidas quando da definição dos projetos no momento da obra.

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5.4. Subprograma de Manejo de Fauna

5.4.1. Introdução

O tráfego de veículos intensificado em decorrência da pavimentação de estradas potencializa os impactos negativos diretos sobre a fauna. Várias espécies são freqüentemente observadas nas estradas, sendo comum encontrar indivíduos atropelados.

A conseqüente ocupação da região facilitada pela criação da estrada trará impactos indiretos, a longo prazo, porém, não menos incisivos e abrangentes. A colonização de regiões preservadas pelo isolamento traz como conseqüência a modificação das fitofisionomias com a abertura de trilhas e clareiras, o aumento da presença de animais domésticos e vetores de doenças, entre outros favorecidos pela colonização humana (sinântropos). Há maior incidência de captura de animais para a criação em cativeiro, da caça de animais silvestres como fonte de alimento ou, mesmo, da simples eliminação como medida de proteção a moradores e criações (no caso de se matar cobras e onças).

Os esforços destinados ao Subprograma de Monitoramento de Fauna consideram as comunidades de animais como um todo, não possibilitando o acompanhamento direto de espécies com hábitos singulares, como p. ex.: araras ocorrem em grupos de poucos indivíduos, voam grandes distâncias por dia e que possuem locais específicos de alimentação e reprodução. Para se acompanhar as populações regionais de certas espécies de forma objetiva é necessário direcionar os esforços de campo. Algumas espécies-chave exigem maiores atenções, como: aquelas listadas entre as ameaçadas de extinção (Collar et al., 1992; Collar et al., 1994; Bernardes et al., 1990), espécies endêmicas, animais vetores de doenças, espécies com valor cinegético ou comercial. Modificações associadas aos impactos oriundos da construção da BR-242/TO podem levar à eliminação, ou mesmo, à proliferação de alguns animais.

5.4.2. Justificativa

Justificou-se a elaboração deste Subprograma visando propiciar estudos sobre a biologia básica das espécies críticas e sobre o estado de conservação de suas populações e ambientes. Tais estudos poderão antecipar possíveis impactos irreversíveis de dominância ou extinção local de espécies, e ainda, fundamentarão estratégias de conservação das espécies ameaçadas regionalmente e das comunidades faunísticas como um todo.

5.4.3. Objetivos

A partir da definição de espécies críticas (ameaçadas de extinção, endêmicas, vetores de zoonoses, ou de valor cinegético e comercial) dos variados grupos taxonômicos (peixes, anfíbios, répteis, aves, mamíferos e insetos), com base no inventário faunístico e monitoramento do Subprograma de Monitoramento da Fauna, na área de influência da rodovia BR-242/TO, foram definidos os objetivos específicos deste subprograma, conforme se segue:

• O acompanhamento das populações de espécies críticas indicadas pelo Subprograma de Monitoramento da Fauna, na área de influência da rodovia BR-242/TO, com finalidade de:

1. Estimar o estado de conservação regional destas espécies e de seus ambientes originais;

2. Determinar a presença dentro das unidades de conservação regionais;

3. Identificar possíveis ameaças correlacionadas ao empreendimento.

• Propor ações de manejo pertinentes à implantação da rodovia, a fim de controlar:

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1. Ameaças à conservação regional de certas espécies de animais;

2. A proliferação de animais vetores de doenças ou sinântropos. Devem ser desenvolvidos experimentos que possam avaliar a eficiência destas ações.

De uma forma indireta, as propostas deste plano de trabalho resultarão:

• Na aquisição de conhecimento sobre história natural das espécies animais e de técnicas de manejo e monitoramento do status de conservação das populações animais;

• No apoio às pesquisas dirigidas, com auxílio de campo e laboratório aos pesquisadores;

• Na possibilidade de envio de material para zoológico para coleções científicas e instituições de pesquisa; e ainda, disponibilizará informações que servirão, para futuras pesquisas;

• À educação ambiental que visa o manejo sustentável de recursos faunísticos pela população rural;

• Complemento aos trabalhos de inventário, monitoramento de fauna, e avaliação de passagens de animais (Subprograma de Monitoramento de Fauna);

• Para indicar ou avaliar áreas potenciais para a criação de unidades de conservação;

• À implantação de medidas conservacionistas, aliadas às atividades já desenvolvidas pelo IBAMA na região.

5.4.4. Metas

• Redução da taxa de mortalidade de fauna por atropelamentos;

• Conservação da fauna na área de influência do empreendimento;

• Geração de dados sobre a fauna local contribuindo com a preservação das espécies.

5.4.5. Alvo

Espécies da fauna local e endêmicas que, após levantamentos realizados pelo estudo, sofrerão os impactos decorrentes da implantação da rodovia.

5.4.6. Metodologia e Descrição do Programa

Os trabalhos referentes ao manejo de fauna serão baseados nas informações oriundas do inventário e monitoramento faunístico (Subprograma de Monitoramento de Fauna), a partir da definição das espécies críticas:

1. Todas as espécies inventariadas ameaçadas de extinção e, assim, protegidas por lei (Bernardes et al., 1990);

2. Espécies com potencial de disseminação de zoonoses;

3. Espécies altamente visadas pela caça e pela criação ilegal;

4. Espécies favorecidas pela presença humana (sinântropas) com potencial de proliferação;

5. Espécies endêmicas. Tais espécies serão alvo de acompanhamento específico neste subprograma de manejo de fauna, que será dividido em duas etapas.

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a. Acompanhamento das populações regionais

Novos esforços de campo serão destinados ao acompanhamento das espécies definidas como críticas para a área de influência da rodovia BR-242/TO. Serão alvos de estudos:

1. O estado de conservação regional destas espécies e de seus ambientes originais;

2. A avaliação das populações na área de influência direta e indireta da rodovia BR-242/TO, quanto a possíveis impactos correlacionadas ao empreendimento, considerando efeitos de eliminação e de proliferação local de espécies.

Para o acompanhamento específico das populações críticas, recomendam-se as mesmas metodologias de amostragem faunística apresentadas no Subprograma de Monitoramento de Fauna. Contudo, deverá ser previamente estabelecida à distribuição de esforços destinados a:

• Censos móveis ao longo da estrada, com auxílio de veículos automotores;

• Censos pontuais;

• Avaliação de ambientes específicos: floresta de galeria, floresta estacional, cerrado s.s., ou outras fitofisionomias locais;

• Censos com estimativas de abundância;

• Estratégias de marcação e captura específicas para cada grupo faunístico;

• Avaliação das passagens de animais;

• Registros oportunistas;

• Procuras ativas diurnas;

• Excursões ao longo dos grandes rios com o auxílio de barco a motor;

• Buscas noturnas com o auxílio de farol de mão; sempre visando a melhor estratégia de acompanhamento das populações de cada espécie crítica.

Em acréscimo, os trabalhos de acompanhamento objetivo de espécies singulares citadas no EIA/RIMA, como por exemplo: os grandes mamíferos, cascavéis, entre outras; recomenda-se o uso de radiotelemetria. Serpentes, mamíferos, aves e até morcegos podem ser monitorados, variando o tempo de monitoramento com a durabilidade e alcance dos rádios instalados. O uso da radiotelemetria exigirá outras estratégias de capturas de animais médios e grandes, com o auxílio de: puçás, armadilhas maiores, cevas para atração de animais, iscas vivas, caça com dardos tranqüilizantes, redes de pesca e laços.

Os experimentos de monitoramento de animais têm como proposta básica estudar a dispersão de animais capturados em determinados sítios junto à rodovia. Para melhor sucesso, os experimentos deverão ser implementados na fase de instalação, mas deverão ser estendidos para a fase de operação. Para experimentos com tecnologias mais complexas como a radiotelemetria, é a oportunidade para se testar equipamentos e ajustar metodologias de coleta de dados. A preparação dos experimentos de monitoramento antes da fase de operação da rodovia é fundamental para mostrar reduções ou ampliações de áreas de vida entre taxa, padrões de dispersão, escolha de habitats, causas de mortalidade e outras informações de história natural.

Algumas espécies previamente registradas no inventário realizado para o EIA/RIMA da pavimentação da rodovia BR-242/TO serão prontamente consideradas espécies críticas e objetivadas nesta etapa do subprograma. São elas:

Herpetofauna – cinco espécies justificam acompanhamento objetivo, duas em função do valor cinegético:

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• A rã-manteiga Leptodactylus ocellatus – é uma espécie que atinge grande tamanho (8cm) e as pernas são bastante musculosas, o que a faz ser muito apreciada na alimentação. Possui padrão de coloração com manchas ocelares esverdeadas no dorso, sobre um fundo também verde, porém mais claro. Apesar de também ser encontrada em áreas de borda de matas, é mais freqüente em formação aberta e está sempre associada à água permanente e parada. Durante a época reprodutiva, as desovas e os cardumes de girinos são constantemente vigiados pelos pais, oferecendo proteção contra eventuais ataques de predadores. Vocalizações e outras manifestações reprodutivas concentram-se apenas na época chuvosa (Feio et al. 1998).

• O teiú Tupinambis merianae - é um lagarto de grande porte, que ocorre do sul da Amazônia até o norte da Argentina. Habita tocas e gosta muito da proximidade de água. Utiliza ovos, invertebrados, pequenos vertebrados, frutos e carniça como alimento (Vanzolini et al., 1980). É uma espécie muito procurada por caçadores, que consomem sua carne e utilizam sua pele na fabricação de bolsas e sapatos.

Outras três são espécies de cobras peçonhentas:

• A jararaca-pintada Bothrops neuwiedii – conhecia também como jararacuçu e cabeça-de-capanga, esta serpente de pequeno porte possui hábitos crepusculares e noturnos. São terrestres, preferindo ambientes mais secos, alimentando-se de rãs, lagartos e pequenos roedores (Freitas, 1999). Boa parte dos acidentes ofídicos em habitats abertos do Cerrado é atribuída a essa espécie.

• A jararaca Bothrops moojeni - é uma serpente peçonhenta de médio porte, bastante comum próximo a coleções d’água; alimenta-se de rãs, lagartos e pequenos roedores (Freitas, 1999).

• A cascavel Crotalus durissus - é uma serpente peçonhenta que ocupa as regiões mais secas do cerrado, como os campos e cerrado. Ela ocorre desde o México, na América do Norte até a Argentina. No Brasil esta serpente tem expandido sua distribuição para áreas de florestas desmatadas, como na região sudeste onde havia Mata Atlântica. Assim como foi observado, ela persiste bem em regiões antropizadas, alimentando-se de ratos e camundongos nas proximidades de casas ou até mesmo nas plantações. Também se alimentam de aves e lagartos. Portanto, apesar de ser muito caçada devido ao perigo de acidentes ofídicos, ainda pode ser comumente observada em regiões periantrópicas (Vanzolini et al., 1980).

Ornitofauna – segundo o inventário realizado para o EIA/RIMA da pavimentação da rodovia BR-242/TO, três espécies estão listadas como ameaçadas (Red Data Book: Collar et al., 1992; Collar et al., 1994), duas como espécies vulneráveis:

• A arara-azul-grande (Anodorhyncus hyacinthinus) – O maior psitacídeo do mundo vive em buritizais, matas ciliares e cerrado. Estas araras nidificam em buritis e outras árvores ocas encontradas em ambientes brejosos como veredas e palmeirais. Em 1988, a população desta espécie foi avaliada em 2500 indivíduos. A principal ameaça à espécie é o comércio ilegal de animais selvagens. A espécie foi registrada para o município de Paranã-TO em novembro de 2002 (obs. pess.) durante a apreensão promovida pela polícia local de vários espécimes mantidos em cativeiro ilegalmente, colocando a região como uma das rotas do tráfico de animais silvestres do estado. Outros quatro indivíduos foram avistados sobrevoando o município de São Valério de Natividade, dia 06 de abril de 2002.

• O papagaio-galego (Amazona xanthops) – Esta espécie endêmica é comum na área do Cerrado. Ameaçada pelo comércio ilegal de animais silvestres. Os impactos decorrem da retirada de indivíduos da natureza, e, também, da destruição de ninhos, ovos, filhotes e locais de nidificação, durante as operações de captura e transporte dos espécimes.

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E uma espécie próxima de ser considerada ameaçada (“near-dangered”):

• A ema (Rhea americana) - a maior ave brasileira, vivem em bandos em formações campestres e são relativamente comuns em grandes áreas agro-pastoris. Onívora, esta espécie tem grande importância ecológica como dispersora de sementes e por controlar populações de insetos e plantas daninhas. As principais ameaças à conservação desta espécie são: a caça predatória, visando geralmente a utilização da carne e das penas, e a utilização de agrotóxicos, que podem causar a morte de indivíduos devido à ingestão de sementes contaminadas. A criação comercial da ema, viável economicamente, surge como alternativa a se evitar os riscos de extinção para a espécie;

Outras duas espécies de aves devem ser alvo dos esforços de campo deste subprograma de manejo. São justificáveis novos esforços de campo que atestem a presença ou não destas espécies na área de influência do empreendimento. São elas:

• A ciganinha Pyrrhura pfrimeri - espécie de psitacídeo considerada ameaçada de extinção, sendo raríssimas as informações a respeito de sua biologia (reprodução, alimentação, hábitos, etc) disponíveis na literatura. Sabe-se atualmente que sua distribuição está restrita a região de matas secas (florestas decíduas) de afloramentos calcários do Vale do Paranã, na região de São Domingos-GO. Esta região possui fisionomias semelhantes àquelas encontradas em Taguatinga-TO e, também, situa-se na Serra Geral do Goiás, a cerca 180 Km ao norte. Tendo em vista que a porção Sul do Estado de Tocantins é uma das regiões menos conhecidas em termos de estudos zoológicos (Silva, 1995a), é grande a probabilidade da espécie em questão ocorrer na área de estudo deste empreendimento, em especial, no extremo leste da futura rodovia BR-242/TO

• O pato-mergulhão Mergus octosetaceus - espécie singular no Brasil, considerada criticamente ameaçada de extinção em nível global (Collar et al., 1992; BirdLife, 2000) e nacional (Bernardes et al., 1990), e que se destaca por seu comportamento arisco e pela distinta habilidade para mergulhar à procura de peixes em locais de fortes corredeiras (Partridge, 1956; Bartmann, 1988). Há poucos estudos sobre a história natural dessa espécie, sendo escassas as informações disponíveis na literatura sobre reprodução e alimentação (Partridge, 1956; Bartmann, 1988), densidade populacional e exigências ambientais (Silveira e Bartmann, 2001). Foram realizados registros de M. octosetaceus para as cabeceiras dos afluentes da margem direita do rio Tocantins: no rio Preto, no Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros, Alto Paraíso, GO (Yamashita e Valle, 1990); no rio Paranã, Nova Roma, GO (Sick, 1958; Sick 1997) e, recentemente, no Rio Novo, no Parque Estadual do Jalapão, Tocantins (Braz et al., no prelo). A área de influência da futura BR-242/TO situa-se numa região intermediária aos pontos listados acima e, ainda, há ambientes adequados para esta espécie na região, rios de água límpida com cachoeiras em leitos rochosos.

Várias outras espécies de aves registradas possuem valor cinegético, em função da utilização regional como item alimentar, e devem ter suas populações vistoriadas: a perdiz Rhynchotus rufescens, a codorna Nothura maculosa, o pato-selvagem Cairina moschata e a marreca Amazonetta brasiliensis, as pombas Columba picazuro e C. plumbea, as rolinhas Columbina talpacoti e C. minuta, além do chororó Crypturellus parvirostris e do jaó C. undulatus. Outras espécies são alvos de criação em cativeiro, tendo a reprodução comprometida pela retirada de ovos e filhotes dos ninhos. Entre elas, estão os psitacídeos (família mais visada neste comércio ilegal): araras azul A. hyacinthinus e canindé Ara ararauna, jandaias Aratinga leucophthalmus, A. jandaya e A. aurea, periquitos Brotogeris chiriri, papagaios Amazona xanthops, A. aestiva e A. amazonica; além de coleirinhos Sporophila plumbea e S. bouvreuil e, também, icteríneos como o japu Psarocolius decumanus, o xexéu Cacicus cela, o corrupião Icterus jamacaii, o encontro I. cayanensis e o pássaro-preto, Gnorimopsar chopi.

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Das espécies registradas no EIA/RIMA da BR-242/TO, quatro são endêmicas do país: o rapazinho-dos-velhos Nystalus maculatus, o caneleiro-enxofre Casiornia fusca, o cancã Cyanocorax cyanopogon e o pula-pula-de-sombrancelha Basileuterus leucophrys. Este último soma-se a outras cinco espécies registradas que são consideradas endêmicas do Cerrado: o já citado papagaio-galego Amazona xanthops, o meia-lua do cerrado Melanopareia torquata, o soldadinho Antilophia galeata, a gralha-do-cerrado Cyanocorax cristatellus e o bico-de-pimenta Saltator atricollis. Em geral, tais espécies endêmicas são abundantes em algumas paisagens da região. Contudo deve-se verificar a ocorrência das espécies em unidades de conservação, bem como, a representatividade dos ambientes os quais estão associadas na área de influência da BR-242/TO.

Mastofauna – dos mamíferos registrados para a área de influência da rodovia BR-242/TO, seis espécies são consideradas em ameaçadas de extinção e uma delas (Speothos venaticus) considerada raríssima.

• A suçuarana Puma concolor – ocorre do norte do Canadá até o sul do Chile e Argentina. No Brasil pode ser encontrada nos biomas Amazônia, Cerrado, Caatinga, Mata Atlântica, Pantanal e Campos do Sul. No Pantanal, áreas de vida ocupadas por duas fêmeas foram de 155 e 60 Km2 e no Chile, a área para ambos os sexos foi em média de 56 Km2;

• O gato do mato Leopardus tigrinus – este felino, junto às demais espécies de gatos, é perseguido e morto devido a assaltos a criações de animais domésticos, que geram conflitos diretos com as populações locais;

• O gato palheiro Oncifelis colocolo - é uma espécie pouco estudada da qual sabe-se pouco em termos biológicos e ecológicos. O atropelamento já foi apontado como um dos principais problemas conservacionistas desta espécie (F.G. Rodrigues et al., em preparação);

• O cachorro vinagre Speothos venaticus (Lund, 1842) - considerado extremamente raro, não se sabe praticamente nada sobre a ecologia e biologia. Suas exigências de habitat são pouco conhecidas, embora muitos autores acreditem que a espécie ocorra preferencialmente em ambientes florestados ou associados a cursos d’água (Peres 1991). Em nível mundial é considerado vulnerável na lista de espécies ameaçadas de extinção (Collar et al., 1992; BirdLife, 2000);

• O lobo guará Chrysocyon brachyurus (Illiger, 1815) – onívoro. É encontrado na região leste do Peru na Bolívia, do Brasil Central até o Paraguai, norte da Argentina e ainda no Brasil, no extremo sul da bacia Amazônica e nordeste. No Brasil pode ser encontrado ainda nos biomas Cerrado, Pantanal e Campos do Sul. Encontra-se na lista de animais ameaçados de extinção, apesar de sua reconhecida capacidade para ocupar habitats alterados como chácaras, sítios e fazendas. A lobeira Solanum lycocarpum encontrada comumente na área de estudo é um importante item alimentar na dieta deste canídeo. Seu habitat inclui campos, cerrados e pântanos (Dietz 1984);

• O veado campeiro Ozotoceros bezoarticus (Linnaeus, 1758) - este cervídeo gosta de áreas abertas e alimenta-se basicamente de gramíneas e brotos utilizando também áreas queimadas em rebrote para sua alimentação (Prada 2001). Este cervídeo é extremamente vulnerável a caça (Fragoso et al 2000) devido à qualidade da sua carne e também porque utiliza áreas abertas, onde mais facilmente é avistado e morto. Capturas podem ser realizadas com redes;

• O tamanduá bandeira Myrmecophaga tridactyla (Linnaeus, 1758). Habita uma ampla variedade de habitats desde campos abertos até formações florestais. Alimenta-se de cupins e formigas (Emmons 1990). Em nível mundial é considerado como vulnerável na lista de espécies ameaçadas de extinção (Collar et al., 1992; BirdLife, 2000). Capturas podem ser realizadas com puçás.

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Outras espécies de mamíferos registrados para a área de influência da BR-242/TO possuem reconhecida importância cinegética na região, e devem ter suas populações monitoradas, como o veado-mateiro Mazama americana, o veado-catingueiro Mazama gouazoupira, o tatu-galinha Dasypus novemcinctus, o tatu-peba Euphractus sexcinctus, o queixada Tayassu pecari, o caitetú Tayassu tajacu, a anta Tapirus terrestris e a paca Agouti paca.

Além destes mamíferos, também se justifica o acompanhamento das populações do morcego vampiro Desmodus rotundus, potencial transmissor de zoonoses para animais domésticos, principalmente em criações de gado. Encontrado na Amazônia, Caatinga, Cerrado, Mata Atlântica, Pantanal e Campos do Sul. Registrados para o EIA/RIMA segundo indivíduos da região depositados na coleção de mamíferos do Departamento de Zoologia da UnB.

b. Ações de manejo de fauna

Visando a conservação da fauna na área de influência do empreendimento em questão, serão estabelecidas estratégias de controle ambiental para espécies notavelmente impactadas por ações relativas à implantação da rodovia. Tais ações de manejo deverão ser propostas ao se constatar: ameaça de extinção regional para qualquer espécie animal, ou mesmo, risco de proliferação de qualquer animal vetor de doenças ou sinântropo. Deverão ser desenvolvidos experimentos de campo que objetivem avaliar a eficiência das estratégias propostas. Todas as novas ações determinadas como estratégias de conservação da fauna deverão ser apreciadas e aprovadas pela coordenação do Subprograma de Manejo de Fauna e pelos órgãos ambientais competentes.

Área de estudo

No caso deste Subprograma o estudo abrangerá toda a área de influência direta e indireta do empreendimento incluindo os municípios de Peixe, Paranã, Arraias e Taguatinga no sul do Estado de Tocantins. Os sítios e ambientes alvos de pesquisa serão determinados em função dos requerimentos ecológicos de cada espécie a ser monitorada. As unidades de conservação próximas à área do empreendimento deverão ser contempladas, a fim de se verificar a presença das espécies em locais de preservação. Sítios potenciais de reprodução das espécies na região também deverão ser privilegiados em vistorias científicas.

Esforços de campo

Para acompanhamento da fauna serão destinadas seis campanhas por ano de quinze dias, para os grupos taxonômicos que apresentarem espécies críticas. O tempo e a logística disponibilizados deverão ser distribuídos segundo planejamento prévio que considere as singularidades das metodologias preestabelecidas para o acompanhamento das espécies críticas.

Como as ações de manejo poderão ser requeridas e estabelecidas no decorrer do trabalho, não há como precisar os esforços que serão despendidos para esta etapa do Subprograma. Sugere-se que as alternativas de manejo sejam implantadas e avaliadas concomitante aos trabalhos destinados ao acompanhamento das populações, no entanto, novos esforços técnicos ou logísticos poderão ser indispensáveis. Recomenda-se que as ações de manejo sejam propostas até, no máximo, seis meses antes de fim dos trabalhos relativos a este Subprograma, a fim de se haver um tempo mínimo para avaliação das estratégias sugeridas.

Análises

Para todas espécies críticas visadas no acompanhamento de espécies serão obtidas:

1. Estimativas populacionais de densidade e/ou abundância relativa;

2. Avaliação quanto à suscetibilidade a impactos advindos da construção da BR-242/TO;

3. Avaliação da representatividade e proteção dos ambientes aos quais estão associadas;

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4. Avaliação do interesse regional pela espécie;

5. Informações básicas de história natural das espécies quanto a dieta, movimentos migratórios, requerimentos ecológicos, relações inter-específicas e relações antrópicas. Para todas as ações de manejo propostas, serão desenvolvidos experimentos de campo que objetivem avaliar a eficiência das estratégias sugeridas.

c. Produtos a serem obtidos

Ao longo dos 24 meses de obra deverão ser realizadas 12 campanhas de campo com duração de 15 dias cada uma delas.

Apresentação de relatórios de andamento, ao término de cada campanha, referentes ao acompanhamento das espécies críticas, contendo metodologia utilizada para:

1. Estimativas populacionais de densidade e/ou abundância relativa;

2. Avaliação quanto à suscetibilidade a impactos advindos da construção da BR-242/TO;

3. Avaliação da representatividade e proteção dos ambientes aos quais estão associadas e

4. Avaliação do interesse regional pela espécie.

Apresentação de relatórios semestrais de consolidação, ao fim de três campanhas consecutivas contendo análises referentes ao acompanhamento das espécies críticas, contendo:

1. Estimativas populacionais de densidade e/ou abundância relativa;

2. Avaliação quanto à suscetibilidade a impactos advindos da construção da BR-242/TO, considerando efeitos de eliminação e de proliferação local de espécies;

3. Avaliação da representatividade e proteção dos ambientes aos quais estão associadas;

4. Avaliação do interesse regional pela espécie;

5. Informações quanto à presença dentro das unidades de conservação regionais; e ,ainda, se possível;

6. Informações básicas de história natural das espécies quanto a dieta, movimentos migratórios, requerimentos ecológicos, relações inter-específicas e relações antrópicas.

As ações de manejo que visem estratégias de conservação da fauna deverão ser propostas em qualquer momento do empreendimento. Cada ação de manejo proposta, será exposta na forma de projeto contendo:

1. Justificativa;

2. Objetivos;

3. Metodologia;

4. Experimentos de avaliação da eficiência;

5. Resultados esperados e obtidos;

6. Avaliações finais;

7. Cronograma de atividades;

8. Orçamento.

Tais ações deverão ser apreciadas e aprovadas pela coordenação do Subprograma e pelos órgãos ambientais competentes.

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5.4.7. Recursos Humanos e Materiais

Os recursos humanos e materiais necessários para o bom desenvolvimento deste programa, encontram-se definidos nas tabelas 5.4.1 e 5.4.2.

Tabela 5.4.1. Recursos humanos.

PROFISSIONAL QUANTIDADE PERÍODO AÇÃO

Biólogo (coordenador especialista em herpetofauna)

1 12 campanhas Coordenação das equipes e a realização dos estudos sobre o

herpetofauna

Biólogo para pequenos mamíferos (mastofauna) 1 12 campanhas Realização dos estudos sobre as

populações de pequenos mamíferos

Biólogo para ornitofauna 1 12 campanhas Realização dos estudos sobre a avifauna

Estagiários 2 12 campanhas Apoio aos técnicos

Motoristas 2 12 campanhas Condução de veículos automotores em campo

Barqueiro 1 4 campanhas Condução de embarcação

Auxiliar de campo 4 12 campanhas Apoio em campo para as equipes

Tabela 5.4.2. Recursos materiais.

MATERIAL QUANTIDADE PERÍODO

Armadilhas tipo Shermann para captura de pequenos animais 30 12 campanhas

Armadilhas tipo Tomahawk para captura de pequenos animais Armadilhas 75 12 campanhas

Armadilhas tipo Shermann para captura de pequenos animais 75 12 campanhas

Redes malaise de 2m2 ‘ 100 12 campanhas

Baldes pitfall de 20cm3 100 12 campanhas

Window trap de 80cm x 80 cm 100 12 campanhas

Espingardas de chumbo 3 12 campanhas

Cartucheira 1 12 campanhas

Puçás e redes de varreduras 10 12 campanhas

Redes de neblina de 7m x 1,5m, malha 30 mm 15 12 campanhas

Estacas de alumínio diâmetro 27mm (1,5 m) 100 metros 12 campanhas

Estacas de alumínio diâmetro 18mm (1,5 m) 10 metros 12 campanhas

Lona plástica preta 2.000 mil 12 campanhas

Redes malhadeiras 30 12 campanhas

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MATERIAL QUANTIDADE PERÍODO

Anilhas coloridas 500 12 campanhas

Isca para armadihas Variado 12 campanhas

Botas de campo 20 12 campanhas

Redes de dormir 10 12 campanhas

Luvas de couro 4 par 12 campanhas

Equipamento completo de camping (5 pessoas) 3 12 campanhas

GPS 3 12 campanhas

Farol de mão 2 12 campanhas

Lanternas 10 12 campanhas

Botas de campo 6 12 campanhas

Capas de chuva 6 12 campanhas

Perneiras 6 12 campanhas

Rádio receptor 1 12 campanhas

Radiotransmissores para animais de médio e grande porte 10 12 campanhas

Radiotransmissores para aves 5 12 campanhas

Radiotransmissores para répteis 5 12 campanhas

Cartucho para impressora 20 12 campanhas

Tonner para copiadora 5 12 campanhas

Resma de papel 100 12 campanhas

Camburão de plástico 5 12 campanhas

Vidraria Variado 12 campanhas

Álcool comercial 100 L 12 campanhas

Formol 50 L 12 campanhas

Gesso odontológico 20 kilos 12 campanhas

Isca Variado 12 campanhas

Tiletamina/Zolazepan (zoletil 50) 3 frascos 12 campanhas

Ketamina 5 frascos 12 campanhas

Xilazina 3 frascos 12 campanhas

Pentabiótico pequeno porte 5 frascos 12 campanhas

Banamine 10mg 2 frascos 12 campanhas

PVPI 1 Litros 12 campanhas

Material veterinário diversos Variado 12 campanhas

Galão de água 5 12 campanhas

Sacos de algodão 60x60cm 300 12 campanhas

Sacolas de plástico grande 2 kg 12 campanhas

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MATERIAL QUANTIDADE PERÍODO

Sacolas de plástico médio 2 kg 12 campanhas

Sacolas de plástico pequeno 2 kg 12 campanhas

Caderneta de campo 5 Un 12 campanhas

Lona plástica preta 600m² 12 campanhas

Estojo de primeiros socorros 12 campanhas

Barbante 5 12 campanhas

Corda 5 12 campanhas

Luvas de laboratório 12 campanhas

Pilhas pqns, meds e grds Variado 12 campanhas

Baldes de plásticos de 35 litros 500 12 campanhas

Combustível e lubrificantes 10.000 litros 12 campanhas

Livros Variado 12 campanhas

Caneta permanente Pigma 50 12 campanhas

Fita de vídeo filmadora 20 12 campanhas

CDR e CDRW 100 12 campanhas

Filmes ASA100, ASA400, e

Cromo (slide) 200 12 campanhas

Equipamento de gravação profissional (gravador, microfone e acessórios) 1 12 campanhas

Equipamento fotográfico (máquina, lentes e tripés) 1 12 campanhas

Balança Pesola 12 12 campanhas

Acessórios para informática Variado 12 campanhas

Binóculos prismáticos 3 12 campanhas

Câmera Trap (armadilha fotográfica) 1 12 campanhas

Barco 8m e acessórios (coletes salva-vidas, remos, entre outros) 2 12 campanhas

Motor de barco Yamaha 40 2 4 campanhas

Revelação de filmes 200 12 campanhas

Aluguel de veículo (traçado) 1 12 campanhas

Combustível (diesel) 250 litros/companha 12 campanhas

5.4.8. Instituições Envolvidas

• DERTINS;

• Empresas contratadas e organizações conveniadas;

• IBAMA;

• NATURATINS.

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5.4.9. Cronograma Físico de Implantação

Na tabela 5.4.3 é apresentado o cronograma físico de implantação referente às ações a serem executadas no presente Programa.

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Tabela 5.4.3. Cronograma físico de implantação.

AÇÃO MESES

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24

A. Acompanhamento das populações regionais

Conservação das espécies criticas e de seus habitats X X X X X X X X X X X X

Avaliação das populações nas áreas de influência da atividade

X X X X X X X

Censos móveis ao longo da estrada X X X X

Censos pontuais X X X X

Avaliação de ambiente específico X X X

Censos com estimativas de abundancia X X X X

Estratégias de marcação e captura de fauna X X X X X X X X X

Avaliação das passagens de fauna X X X X X X X X X

Registros oportunistas X X X

Procuras ativas diurnas X X X X

Excursões nos grandes rios X X X X

Buscas noturnas X X X X

B. Ações de manejo de fauna

Análises X X X X X X X X X X X X

C. Produtos X X X X X X X X X X X X

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5.4.10. Estimativa de Custos

Nas tabelas 5.4.4 e 5.4.5 são apresentadas às estimativas de custos relativos a contratação de profissionais e o consumo de materiais necessários para o desenvolvimento do programa.

Tabela 5.4.4. Estimativa de custos para a contratação de profissionais.

PROFISSIONAL QUANTIDADE PERÍODO PREÇO UNITÁRIO

(R$) PREÇO TOTAL

(R$)

Biólogo (coordenador especialista em herpetofauna)

1 12 campanhas 2.901,94 34.823,28

Biólogo para pequenos mamíferos (mastofauna) 1 12 campanhas 2.627,16 31.525,92

Biólogo para ornitofauna 1 12 campanhas 2.627,86 31.525,92

Estagiários 2 12 campanhas 150,00 3.600,00

Motoristas 2 12 campanhas 290,20 6.964,80

Barqueiro 1 4 campanhas 200,00 800,00

Auxiliar de campo 4 12 campanhas 140,00 6.720,00

TOTAL 115.959,92

Tabela 5.4.5. Estimativa de custos materiais.

MATERIAL QUANTIDADE PERÍODO PREÇO UNITARIO

(R$) PREÇO TOTAL

(R$)

Armadilhas tipo Shermann para captura de pequenos

animais 30 12 campanhas 40,00 1.200,00

Armadilhas tipo Tomahawk para captura de pequenos

animais Armadilhas 75 12 campanhas 40,00 3.000,00

Armadilhas tipo Shermann para captura de pequenos

animais 75 12 campanhas 40,00 3.000,00

Redes malaise de 2m2 ‘ 100 12 campanhas 30,00 3.000,00

Baldes pitfall de 20cm3 100 12 campanhas 30,00 3.000,00

Window trap de 80cm x 80 cm 100 12 campanhas 30,00 3.000,00

Espingardas de chumbo 3 12 campanhas 100,00 300,00

Cartucheira 1 12 campanhas 600,00 600,00

Puçás e redes de varreduras 10 12 campanhas 30,00 300,00

Redes de neblina de 7m x 1,5m, malha 30 mm 15 12 campanhas 400,00 6.000,00

Estacas de alumínio diâmetro 27mm (1,5 m) 100 metros 12 campanhas 12,00 1.200,00

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MATERIAL QUANTIDADE PERÍODO PREÇO UNITARIO

(R$) PREÇO TOTAL

(R$)

Estacas de alumínio diâmetro 18mm (1,5 m) 10 metros 12 campanhas 10,00 100,00

Lona plástica preta 2.000 mil 12 campanhas 0,50 1.000,00

Redes malhadeiras 30 12 campanhas 200,00 6.000,00

Anilhas coloridas 500 12 campanhas 2,00 1.000,00

Isca para armadihas Variado 12 campanhas Variado 3.000,00

Botas de campo 20 12 campanhas 30,00 600,00

Redes de dormir 10 12 campanhas 30,00 300,00

Luvas de couro 4 par 12 campanhas 5,00 20,00

Equipamento completo de camping (5 pessoas) 3 12 campanhas 500,00 1.500,00

GPS 3 12 campanhas 1.500,00 4.500,00

Farol de mão 2 12 campanhas 120,00 240,00

Lanternas 10 12 campanhas 60,00 600,00

Botas de campo 6 12 campanhas 20,00 120,00

Capas de chuva 6 12 campanhas 20,00 120,00

Perneiras 6 12 campanhas 30,00 180,00

Rádio receptor 1 12 campanhas 5.000,00 5.000,00

Radiotransmissores para animais de médio e grande

porte 10 12 campanhas 800,00 8.000,00

Radiotransmissores para aves 5 12 campanhas 1000,00 5.000,00

Radiotransmissores para répteis 5 12 campanhas 1000,00 5.000,00

Cartucho para impressora 20 12 campanhas 150,00 3.000,00

Tonner para copiadora 5 12 campanhas 500,00 2.500,00

Resma de papel 100 12 campanhas 15,00 1.500,00

Camburão de plástico 5 12 campanhas 100,00 500,00

Vidraria Variado 12 campanhas 1.000,00 1.000,00

Álcool comercial 100 L 12 campanhas 5,00 500,00

Formol 50 L 12 campanhas 10,00 500,00

Gesso odontológico 20 kilos 12 campanhas 5,00 100,00

Isca Variado 12 campanhas 300,00 300,00

Tiletamina/Zolazepan (zoletil 50) 3 frascos 12 campanhas 50,00 150,00

Ketamina 5 frascos 12 campanhas 30,00 150,00

Xilazina 3 frascos 12 campanhas 20,00 60,00

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MATERIAL QUANTIDADE PERÍODO PREÇO UNITARIO

(R$) PREÇO TOTAL

(R$)

Pentabiótico pequeno porte 5 frascos 12 campanhas 4,80 24,00

Banamine 10mg 2 frascos 12 campanhas 15,00 30,00

PVPI 1 Litros 12 campanhas 9,00 9,00

Material veterinário diversos Variado 12 campanhas 1.000,00 1.000,00

Galão de água 5 12 campanhas 30,00 150,00

Sacos de algodão 60x60cm 300 12 campanhas 3,00 900,00

Sacolas de plástico grande 2 kg 12 campanhas 30,00 300,00

Sacolas de plástico médio 2 kg 12 campanhas 30,00 150,00

Sacolas de plástico pequeno 2 kg 12 campanhas 30,00 30,00

Caderneta de campo 5 Un 12 campanhas 2,00 10,00

Lona plástica preta 600m² 12 campanhas 0,50 300,00

Estojo de primeiros socorros 12 campanhas 14,50 14,50

Barbante 5 12 campanhas 1,80 9.00

Corda 5 12 campanhas 1,20 6,00

Luvas de laboratório 12 campanhas 13,00 13,00

Pilhas pqns, meds e grds Variado 12 campanhas Variado 2.000,00

Baldes de plásticos de 35 litros 500 12 campanhas 3,00 1.500,00

Combustível e lubrificantes 10.000 litros 12 campanhas 2,40 24.000,00

Livros Variado 12 campanhas Variado 3.000,00

Caneta permanente Pigma 50 12 campanhas 10,00 500,00

Fita de vídeo filmadora 20 12 campanhas 40,00 800,00

CDR e CDRW 100 12 campanhas 5,00 500,00

Filmes ASA100, ASA400, e

Cromo (slide) 200 12 campanhas 20,00 4.000,00

Equipamento de gravação profissional (gravador,

microfone e acessórios) 1 12 campanhas 4.500,00 4.500,00

Equipamento fotográfico (máquina, lentes e tripés) 1 12 campanhas 5.000,00 5.000,00

Balança Pesola 12 12 campanhas 300,00 3.600,00

Acessórios para informática Variado 12 campanhas 5.000,00 5.000,00

Binóculos prismáticos 3 12 campanhas 1.000,00 3.000,00

Câmera Trap (armadilha fotográfica) 1 12 campanhas 5.000,00 5.000,00

Barco 8m e acessórios (coletes salva-vidas, remos,

entre outros) 2 12 campanhas 4.000,00 8.000,00

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MATERIAL QUANTIDADE PERÍODO PREÇO UNITARIO

(R$) PREÇO TOTAL

(R$)

Motor de barco Yamaha 40 2 12 campanhas 15.000,00 15.000,00

Revelação de filmes 200 12 campanhas 20,00 4.000,00

Aluguel de veículo (traçado) 1 12 campanhas 250,00/dia 45.000,00

Combustível (diesel) 250 l/campanha 12 campanhas 1,80/litro 81.000,00

TOTAL 295.485,50

O custo final deste projeto é o somatório dos dois montantes, ou seja, R$ 411.445,42. Quaisquer alterações advindas de modificações de projetos serão acrescidas quando da definição dos projetos no momento da obra.

5.5. Custo Total do Programa

Os custos relativos ao Programa de Proteção a Fauna correspondente ao somatório dos custos dos seus três Subprogramas, conforme tabela 5.4.6.

Tabela 5.4.6. Custo Total do Programa de Proteção a Fauna.

SUBPROGRAMA PREÇO UNITÁRIO (R$) PREÇO TOTAL (R$)

Subprograma de Criação de Passagem e Barreiras de Animais 269.362,32 269.362,32

Subprograma de Monitoramento de Fauna 327.316,52 327.316,52

Subprograma de Manejo de Fauna 411.445,42 411.445,42

TOTAL 1.008.124,26

Cabe ressaltar que tendo em vista a necessidade de até três veículos por campanha, a compra dos carros seria mais vantajosa que o aluguel.

5.6. Implantação, Acompanhamento e Avaliação do Programa

A implantação deste PPF será de responsabilidade do DERTINS, por meio da Coordenação de Gestão Ambiental - CGA. A execução será realizada pela equipe técnica deste PPF.

O acompanhamento será realizado pelo coordenador do programa e pela Supervisão Ambiental da obra. A avaliação das atividades será de responsabilidade da equipe do CGA.

Como instrumentos de acompanhamento e avaliação serão emitidos relatórios mensais, elaborados pelo coordenador do PPF. Ao final deste programa será elaborado um Relatório Final de Avaliação a ser encaminhado à CGA.

A implantação dos mecanismos mitigadores dos atropelamentos resultantes do estabelecimento do fluxo de veículos na área da rodovia é de responsabilidade do empreendedor e da empresa responsável pela obra em seu respectivo trecho, sendo eles orientados pelos consultores técnicos citados neste programa além dos órgãos ambientais envolvidos.

A implantação, o gerenciamento, a realização e a posterior divulgação dos resultados ficará sob responsabilidade do empreendedor, e deverá ocorrer sob o acompanhamento efetivo de

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representantes dos órgãos ambientais estaduais e federais. A busca por parcerias com instituições de ensino, parques zoológicos, organizações não governamentais, entre outros, poderia trazer benefícios em forma de contrapartida de experiência, esforço técnico, atividades operacionais e, até, de materiais permanentes, previamente definidos em convênios. Benefícios e interesses são evidentes para o meio acadêmico e para organizações que atuam na área ambiental. Esta procura por parceiros também está sob responsabilidade do empreendedor e sob acompanhamento dos órgãos ambientais.

O IBAMA deverá, em primeira instância, licenciar as atividades, incluindo os projetos de pesquisa, os experimentos de monitoramento dos animais e o envio de espécimes para as instituições de pesquisa. É necessária a participação ativa do IBAMA no monitoramento, para evitar mal-entendidos com relação aos procedimentos dos experimentos e de toda a atividade desenvolvida pelos pesquisadores. Com a instalação da rodovia, estar-se-á formando uma nova unidade de conservação, que definirá o rumo do crescimento dos municípios, uma ação de vital importância para a política do IBAMA na região.

A prática com o gerenciamento de rodovias aponta a necessidade de manter uma equipe básica de biólogos pesquisadores em todas as etapas de instalação e nos primeiros anos de operação. Isso garante o aumento do conhecimento empírico dos efeitos de atropelamentos e da retirada da vegetação em áreas de megadiversidade e, ainda, permite organizar experimentos de campo, de curto, médio e longo prazo que avaliem os impactos atribuídos à obra. Dessa forma, os resultados e soluções tornam-se acessíveis às revistas científicas, deixando de estar confinados aos relatórios técnicos. Também permite o relacionamento mais estreito entre as instituições de pesquisa, dissolvendo os feudos acadêmicos e o regionalismo. O envolvimento do hermético mundo acadêmico das universidades e instituições de pesquisa do Brasil com o empreendedor mobiliza recursos que não são habitualmente destinados à pesquisa, levando à análise dos problemas causados pelo modelo de desenvolvimento escolhido e permitindo que essa prática seja referendada pela sociedade, de forma mais ampla.

Com a instalação do projeto de monitoramento, as universidades, por exemplo, poderão somar recursos com projetos de pesquisa, através de convênios. Estudantes de biologia, veterinária, zootecnia, agronomia e engenharia florestal, entre outras profissões, poderão estagiar na atividade. Como a ação do empreendimento nos municípios será multidisciplinar, será de extrema valia atrair o interesse de professores e estudantes universitários para a região.

Existe um enorme interesse acadêmico-científico pela fauna do cerrado e algumas instituições científicas e de ensino gostariam de receber material zoológico da região a ser impactada pelo empreendimento. O material a ser enviado para instituições de pesquisa poderá ser fixado (morto e preparado para ser guardado em coleção zoológica) ou vivo. São poucas as localidades estudadas do cerrado, e mesmo um bom inventário de vertebrados já seria um avanço no conhecimento do bioma com uma das maiores diversidades de animais e plantas do planeta.

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6. Programa de Treinamento e Capacitação de Técnicos da Obra em Questões Ambientais - PTCT

6.1. Introdução

A implantação deste Programa visa a criação de condições para a participação dos diferentes atores sociais no processo de gestão ambiental e no entendimento de seus papéis como agentes e cidadãos para a melhoria da qualidade de vida individual e coletiva. Este enfoque de participação se constitui em uma conquista da sociedade no sentido da consolidação da democracia e da cidadania, que encontra respaldo nos órgãos financiadores internacionais.

Nos estudos ambientais para viabilização da BR-242/TO foram identificados uma série de impactos ambientais e sociais decorrentes do empreendimento, definidas diversas medidas e a implantação de programas ambientais visando sua prevenção, minimização e compensação, ou maximização, no caso dos impactos positivos.

O PTCT deverá priorizar sua atuação nos setores sociais diretamente afetados pelo empreendimento e junto à mão-de-obra contratada para a construção da rodovia.

O planejamento e as atividades do PTCT estarão profundamente articulados com os demais programas ambientais, particularmente com o Programa de Comunicação Social.

6.2. Justificativa

Tendo em vista o grande volume e complexidade de serviços e obras a serem executados pelas empreiteiras ao longo das diversas etapas de construção da rodovia, torna-se necessário atuar junto a dirigentes, funcionários e operários contratados visando prepará-los para as funções que irão desempenhar: executar a implantação da rodovia em bases ambientalmente sustentáveis.

Contribuirá para a melhoria do processo de gestão ambiental da região ao introduzir novos conhecimentos e interações entre os diversos atores e o meio ambiente, além de integrar e compatibilizar as diversas ações que envolvam educação ambiental.

6.3. Objetivos

O objetivo principal do PTCT é sensibilizar e conscientizar os trabalhadores sobre os procedimentos ambientalmente adequados relacionados às obras, a saúde e a segurança do trabalho.

6.4. Metas

A meta básica a ser alcançada consiste na geração do bem estar de todo o pessoal envolvido nas obras (dirigentes e funcionários das empreiteiras, e operários contratados), em equilíbrio com a preservação ambiental.

4.2.5 Alvo

Os dirigentes e funcionários das empreiteiras e operários contratados.

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6.6. Metodologia e Descrição do Programa

6.6.1. Estruturação do Programa

O PTCT foi estruturado com base em duas vertentes - a educação propriamente dita e o monitoramento e avaliação das ações:

• Educação - Envolvendo as ações educativas, desenvolvidas com o objetivo de educar para a formação de uma consciência ambiental e mudar comportamentos, atitudes e procedimentos na relação entre os diferentes alvos, o meio natural e o empreendimento. Compreende atividades de treinamento e educação ambiental para o público interno, principalmente trabalhadores das obras;

• Monitoramento e Avaliação - Envolvendo o processo de acompanhamento e avaliação das ações educativas.

6.6.2. Atividades do Programa

As atividades do programa, englobando a articulação, planejamento e execução, serão desenvolvidas durante período de construção do empreendimento.

O programa visa qualificar os trabalhadores sobre os procedimentos a serem adotados nas obras e em suas imediações, divulgando conteúdos específicos visando práticas ambientais e comportamentais adequadas durante o processo de construção.

Nesta fase serão confeccionados cartazes, bem como o Código de Conduta do Trabalhador que tem como objetivo disciplinar o comportamento dos operários da obra dentro e fora dos canteiros-de-obra.

6.6.3. Detalhamento das Atividades

Neste contexto será realizada uma reunião na fase de mobilização da mão-de-obra, visando apresentar e discutir o Código de Conduta dos Trabalhadores e as normas ambientais e técnicas de construção adotadas para o empreendimento. Esta atividade deverá ser reforçada em locais onde se identifiquem problemas durante as obras, e na mobilização de novos contingentes de trabalhadores.

6.6.4. Detalhamento do Material e Ações

O material pedagógico a ser produzido ou utilizado pelo programa, assim como os respectivos conteúdos, deverão ser concebidos a partir da perspectiva do público alvo a que se destina, em linguagem e formas adequadas e, acima de tudo, respeitando as características sociais e culturais dos destinatários.

A equipe de treinamento deverá estar articulada com a equipe do Programa de Comunicação Social para adequar os conteúdos dos materiais a serem elaborados. A produção gráfica e a reprodução dos materiais educativos estarão a cargo do Programa de Comunicação Social.

É de competência deste Programa a realização dos seguintes instrumentos pedagógicos:

a. Folhetos • Para os trabalhadores, contendo as normas individuais, de relacionamento e na relação com o

meio natural (pesca, caça, captura de animais silvestres, dentre outras), uso de equipamentos

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de segurança, normas de saúde e de higiene, proibições expressas de uso de armas de fogo e drogas e respeito aos limites de velocidade.

b. Cartazes • Para serem fixados nos canteiros-de-obra, alojamentos de trabalhadores e em locais próximos

a estes, com caráter educativo.

c. Reuniões

• Conforme os requisitos propostos para este Programa, os temas abordados nas reuniões deverão estar relacionados a aspectos operacionais das obras, do relacionamento da empresa e de todas as pessoas envolvidas, com a preservação do meio ambiente.

6.7. Recursos Humanos e Materiais

Nas tabelas 6.1 e 6.2 foram definidos os recursos humanos e materiais necessários para o bom desenvolvimento deste Programa.

Tabela 6.1: Recursos humanos.

PROFISSIONAL QUANTIDADE PERÍODO AÇÃO

Engenheiro Civil 1 4 campanhas Realização de trabalhos técnicos

Engenheiro Florestal 1 4 campanhas

Realização de trabalhos técnicos

Motorista 1 4 campanhas Condução de veículo automotor

Tabela 6.2: Recursos materiais.

MATERIAL QUANTIDADE PERÍODO

Folhetos 3.000 4 campanhas

Cartazes 500 4 campanhas

Reuniões 4 4 campanhas

Aluguel de veículo (sedan) 1 4 campanhas

Combustível (gasolina) 75 litros/campanha 4 campanhas

O PTCT será executado pela empresa de gestão ambiental, de forma articulada com o Programa de Comunicação Social. Dessa forma, os recursos humanos e parte dos recursos materiais (aluguel de veículo e combustível), serão os mesmos considerados no Programa de Comunicação Social, portanto, não sendo computados para o presente Programa.

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6.8. Instituições Envolvidas

DERTINS;

Empresas contratadas e organizações conveniadas;

IBAMA;

NATURATINS;

Ministério do Trabalho.

6.9. Cronograma Físico de Implantação

O presente Programa deverá ser executado em conformidade com o cronograma de execução das obras de construção da rodovia BR-242/TO.

A primeira reunião deverá ser realizada concomitantemente ao início da obra.

A panfletagem e a colocação de cartazes deverá ser iniciada em conjunto com a primeira reunião supracitada.

Tendo em vista a duração prevista para a obra, faz-se necessária à realização de campanhas semestrais, com duração de duas semanas cada, a serem desenvolvidas visando a realização de reuniões, panfletagem, avaliação do Programa, confecção de relatórios, etc.

Na tabela 6.3 é apresentado o cronograma físico de implantação do presente programa.

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Tabela 6.3: Cronograma físico de implantação.

AÇÃO MESES

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24

Realização de reuniões X X X X X

Panfletagem X X X X X

Colocação de cartazes X X X X X

Elaboração de relatórios X X X X X X

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6.10. Estimativa de Custos

Conforme discutido no item 6.7, o PTCT será executado pela empresa de gestão ambiental, de forma articulada com o Programa de Comunicação Social. Dessa forma, os custos referentes à contratação de profissionais (área de comunicação e meio ambiente) e de um motorista, além do aluguel de veículo e de combustível, serão os mesmos considerados no Programa de Comunicação Social, portanto, não sendo computados para o presente Programa.

Nas tabelas 6.4 e 6.5 são apresentadas às estimativas de custos relativos a contratação de profissionais e o consumo de materiais necessários para o desenvolvimento do programa.

Tabela 6.4: Estimativa de custos referente à contratação de profissionais.

PROFISSIONAL QUANTIDADE PERÍODO PREÇO UNITÁRIO

(R$) PREÇO TOTAL (R$)

Engenheiro Civil 1 4 campanhas 2.353,79 9.415,16

Engenheiro Florestal 1 4 campanhas 2.353,79 9.415,16

Motorista 1 4 campanhas 290,20 1.160,80

TOTAL 19.991,12

Tabela 6.5: Estimativa de custos materiais.

MATERIAL QUANTIDADE PERÍODO PREÇO UNITÁRIO

(R$) PREÇO TOTAL

(R$)

Folhetos 3.000 4 campanhas 3,00 9.000,00

Cartazes 500 4 campanhas 10,00 5.000,00

Reuniões 4 4 campanhas 1.250,00 5.000,00

Aluguel de veículo (sedan) 1 4 campanhas 120,00/dia 7.200,00

Combustível (gasolina) 75 litros/campanha 4 campanhas 2,50/litro 11.250,00

Total 37.450,00

O custo final deste projeto é o somatório dos dois montantes, ou seja, R$ 57.441,12. Quaisquer alterações advindas de modificações de projetos serão realizadas quando da definição dos projetos no momento da obra.

6.11. Implantação, Acompanhamento e Avaliação do Projeto

A implantação deste PTCT será de responsabilidade do DERTINS, por meio da Coordenação de Gestão Ambiental - CGA. A execução será realizada pela equipe técnica deste PTCT.

O acompanhamento será realizado pelo coordenador do programa e pela Supervisão Ambiental da obra. A avaliação das atividades será de responsabilidade da equipe do CGA.

Como instrumentos de acompanhamento e avaliação serão emitidos relatórios após o término de cada campanha definida neste programa, elaborados pelo coordenador do PTCT. Ao final deste programa será elaborado um Relatório Final de Avaliação a ser encaminhado à CGA.

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6.12. Referências Bibliográficas

Contrato 3714 – BR-Estado/BIRD – Plano de Ação Ambiental, Programa de Gerenciamento da Malha Rodoviária Estadual, SETO/Estado do Tocantins, 1997/1998.

IBGE - Sinopse Preliminar do Censo Demográfico, 2000.

QUINTAS, J.S. (org.) – Pensando e praticando a educação ambiental na gestão do meio ambiente. Brasília: IBAMA, 2000.

SEMADS/PNUD/BID – Programa de Despoluição da Baía de Guanabara.

Programas Ambientais Complementares, Programa de Educação Ambiental, Curso de Especialização em Educação para Gestão Ambiental, 2000.

UNESCO (org.) - Educação Ambiental: as grandes orientações da Conferência de Tbilisi. Brasília: IBAMA, 1998.

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7. Programa Ambiental Para a Construção - PAC

7.1. Introdução

O PAC faz parte de um conjunto de programas ambientais que têm como objetivo geral a mitigação de impactos para a viabilização da implantação da BR-242/TO

Especificamente este programa trata do controle dos diversos aspectos inerentes à pavimentação da estrada e que são potencialmente geradores de impactos no meio físico, com conseqüente ampliação para outras vertentes do estudo do meio ambiente, quais sejam os meios bióticos e sócio-econômico. A adoção de medidas durante as etapas construtivas diminui os danos causados ao meio ambiente e otimiza a aplicação de recursos nos diversos programas que fazem parte do Plano Básico Ambiental (PBA).

Em geral, os Programas Ambientais para a Construção tratam da minimização dos impactos ambientais inseridas no contexto das atividades construtivas para a implantação da obra, porém este PBA já possui programas que dizem respeito ao controle destes aspectos. Dentre estes, existem os de Controle do Processo Erosivo, Controle de Emissão de Material Particulado Gases e Ruídos e o Monitoramento da Qualidade da Água. Neste sentido, o Programa Ambiental para Construção ater-se-á àquilo referente ao esgotamento sanitário e destinação final dos resíduos sólidos dos canteiros-de-obras e demais estruturas de apoio ao empreendimento, bem como aos aspectos de segurança do trabalho.

7.2. Justificativa

A necessidade de criação de medidas para o controle ambiental deste empreendimento parte da experiência de que determinadas etapas do processo construtivo geram danos ao meio ambiente e atingem as populações locais. Diminui-se assim sua qualidade de vida durante a implantação da obra e deixando como legado impactos que, por atuação dos processos naturais, podem expandir para regiões fora das áreas de influência. Tais impactos são facilmente minimizados e até mesmo eliminados, caso sejam tomadas providências no momento em que estão sendo realizadas etapas do processo construtivo.

Portanto, justifica-se a criação deste programa como compromisso firmado entre o Empreendedor, Empreiteira e os órgãos fiscalizadores ambientais, no sentido de diminuir os impactos causados pela implantação e pavimentação da rodovia BR-242/TO.

7.3. Objetivo

O objetivo principal deste programa é criar medidas e ações durante o processo construtivo que diminuam os impactos no solo e nos trabalhadores da obra. Desta forma pretende-se minimizar a degradação gerada pela implantação do empreendimento e otimizar as ações dos outros programas ambientais voltados para o meio físico.

7.4. Metas

Para atingir sua finalidade, o PAC atuará em duas áreas básica, que se relacionam com o processo construtivo da obra e com a melhoria do ambiente de trabalho dos operários:

- a geração de resíduos sólidos e efluentes;

- construção de fossas sépticas;

- destinação final dos resíduos sólidos

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- construção de separadores de graxa e óleo nas oficinas;

- a definição de procedimentos para a segurança do trabalhador.

- definição de procedimentos para segurança do trabalhador ;

- definição de equipamentos de segurança para uso dos trabalhadores;

7.5. Alvo

O alvo deste programa são os operários e técnicos que atuam na frente de serviço, bem como os empregados que atuam nas áreas de apoio do empreendimento. Os empregados, operários e técnicos atuarão em suas funções sob as determinações das medidas apresentadas neste programa.

7.6. Metodologia e Descrição do Programa.

7.6.1. Geração de Resíduos Sólidos

Um dos grandes problemas da implantação de uma obra deste porte é a geração de resíduos, que têm como pano de fundo os diversos processos construtivos e não construtivos da implantação da BR-242/TO.

As atividades construtivas e a mobilização de operários para uma determinada região provocam a produção de lixo e restos de obra que têm como destino os aterros sanitários de regiões que não estão preparados para um incremento na produção de resíduos, isso pode provocar um colapso no sistema de limpeza urbana do município, sendo necessária a procura de novos locais para a destinação destes produtos.

Outro aspecto importante a ser analisado é a falta de um local para a destinação de produtos industriais ou produtos de armazenamento controlado, como é o caso de restos de entulho ou hidrocarbonetos provenientes da manutenção de máquinas. É de fundamental importância que o PBA traga uma solução para este problema, pois estão sendo introduzidos novos componentes passíveis de poluição em uma área que provavelmente não possui suporte para seu armazenamento ou reciclagem.

a. Resíduos sólidos de construção civil

A resolução 307, de julho de 2002, disciplina o armazenamento de resíduos sólidos de construção civil e ainda separa estes resíduos em quatro classes assim definidas:

I – Classe A: são resíduos reutilizáveis ou recicláveis como agregados, tais como:

a) de construção, demolição, reformas e reparos de pavimentação e de outras obras de infra-estrutura, inclusive de solo proveniente de terraplenagem;

b) de construção, demolição, reformas e reparos de edificações: componentes cerâmicos, (tijolos, tubos, telhas, placas de revestimentos etc.) argamassas e concreto;

c) de processo de fabricação e/ou demolição de peças pré-moldadas em concreto (blocos, tubos, meios-fios etc.) produzidas nos canteiros-de-obras;

II – Classe B: são resíduos recicláveis para outra destinações, tais como: plásticos, papel/papelão, metais, vidros, madeiras e outros;

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III – Classe C: são os resíduos para os quais não foram desenvolvidas tecnologias ou aplicações economicamente viáveis que permitam a sua reciclagem/recuperação, tais como produtos oriundos do gesso;

IV – Classe D: são resíduos perigosos oriundos do processo de construção, tais como: tintas, solventes, óleos e outros, ou aqueles contaminados oriundos de demolições, reformas e reparos de clínicas radiológicas, instalações industriais e outros.

Também, em seu art.10, o CONAMA, por meio da Resolução 307, prevê a forma de destinação final destes produtos:

Art. 10. Os resíduos da construção civil serão destinados das seguintes formas:

I – Classe A: deverão ser reutilizados ou reciclados na forma de agregados, ou encaminhados à áreas de aterros de resíduos de construção civil, sendo dispostos de modo a permitir sua utilização ou reciclagem futura.

II – Classe B: deverão ser reutilizados, reciclados ou encaminhados a área de armazenamento temporário, sendo dispostos de modo a permitir sua utilização ou reciclagem futura;

III – Classe C: deverão ser armazenados, transportados e destinados em conformidade com as normas técnicas específicas;

IV – Classe D: deverão ser armazenados, transportados, reutilizados e destinados em conformidade com as normas técnicas específicas.

Este dispositivo do Conselho Nacional do Meio Ambiente estabelece ainda um prazo para que as entidades da federação, especificados os municípios e o Distrito Federal, elaborem seus respectivos Planos Integrados de Gerenciamento de Construção Civil os quais contemplarão os Programas de Gerenciamentode Resíduos Sólidos da Construção Civil. O que está expresso no art. 11 da resolução supracitada.

Desta forma, o SISNAMA (Sistema Nacional de Meio Ambiente) demonstra a preocupação com a disposição final deste tipo de resíduo e compromete, tanto o Estado como as empreiteiras com a responsabilidade do destino destes produtos.

b. Resíduos Sólidos

Os resíduos sólidos provenientes das atividades cotidianas da obra, as quais não estão diretamente ligadas aos processos construtivos podem ser classificados como:

• Lixo Domiciliar: composto basicamente de restos de alimentos, embalagens de plástico, metal, vidro, papelão, jornais e revistas;

• Lixo Comercial: incluindo resíduos originados da atividade realizada em escritórios, hotéis, lojas, etc, compostos basicamente de papéis, papelão e embalagens em geral;

• Lixo Especial: são resíduos que não podem ser removidos pela coleta regular ou que necessitam de coleta especial por sua toxicidade ou, ainda, que são resultado da atividade da construção civil.

No que diz respeito ao lixo domiciliar, prevê-se a implantação de um serviço de coleta seletiva para a separar o material que será destinado a aterros sanitários do material que será reciclado.

Seu armazenamento dar-se-á em duas etapas. A primeira, nas dependências da obra em centrais de armazenamento de resíduos sólidos. Tais centrais estarão representadas por caçambas de cinco metros cúbicos com tampas para diminuir as possibilidades de contaminação e, também, minimizar os impactos visuais decorrentes da implantação deste tipo de ambiente.

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A segunda etapa será seu armazenamento definitivo. O material não reciclável terá como destino os aterros sanitários dos municípios envolvidos no processo, sendo esses, deslocados semanalmente da central de armazenamento de resíduos sólidos. Por outro lado, o material reciclável será remetido para unidades de processamento, caso haja viabilidade para este deslocamento, senão serão abertas áreas de bota-fora, nos termos da Resolução 307, para o condicionamento deste material até o momento que seja viável seu deslocamento e processamento. O mesmo destino terá o resíduo sólido comercial, devido à dificuldade de transporte do material para entidades que possam processar e comercializar o resíduo.

Os resíduos sólidos especiais, assim definidos por sua capacidade de reação e diluição no meio ambiente, provocando toxidade e alterações físico-químicas no solo e na água, terão como destino final as empresas de reprocessamento deste material. Também terão seu armazenamento em duas etapas, as quais são discriminadas abaixo:

• Armazenamento na central de resíduos sólidos: neste caso separadamente dos resíduos domésticos e comerciais. Serão armazenados em caixas de madeira devidamente identificadas.

• Armazenamento definitivo: diz respeito ás empresas de reciclagem deste tipo de material. Devido ao local da obra, este transporte torna-se difícil de ser realizado, porém quando do início das obras, deverão ser realizados os contatos para decidir a melhor forma de implementar esta medida. Decidindo a empresa a receber o material e o procedimento administrativo que relacionará o empreendedor com esta empresa (Contratação ou convênio);

7.6.2. Geração de efluentes líquidos

Os efluentes líquidos mais comuns neste tipo de empreendimento são as águas servidas dos vestiários e banheiros localizados nas dependências da obra e a produção de hidrocarbonetos nos procedimentos de manutenção de máquinas, bem como no abastecimento de automóvel.

a. Águas Servidas

Para o tratamento deste tipo de material serão utilizadas fossas sépticas. As fossas sépticas são unidades de tratamento primário de esgoto doméstico nas quais são feitas a separação e transformação da matéria sólida contida no esgoto.

Anteriormente, a área funcionava como a sede de uma indústria de cerâmica e possuía em suas dependências a infra-estrutura para a correta destinação dos efluentes líquidos, no caso um sistema de fossa séptica. Pretende-se, então, utilizar esta unidade de tratamento de esgoto, no intuito de otimizar a utilização da área, sem a construção de novos dispositivos para a destinação deste resíduo.

As fossas sépticas são fundamentais no combate a doenças, verminoses e endemias (como a cólera), pois evitam o lançamento dos dejetos humanos diretamente em rios, lagos, nascente ou mesmo na superfície do solo. O seu uso é essencial para a melhoria das condições de higiene das populações em geral, que não disponham de sistema de coleta e tratamento de esgotos.

b. Óleos e Graxas

Este tipo de efluente é de fácil separação devido às características de solubilidade deste produto frente à água, que em muitos momentos é o meio de condução desse tipo de componente. Serão enviados por gravidade sendo usadas canaletas que cercam as áreas de manipulação dos produtos, até tanques de separação de água e óleo (Figura 7.1).

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Figura 7.1. Exemplo de caixa separadora de água e óleo.

7.6.3. Saúde e Segurança do Trabalho

As atividades de segurança e saúde do trabalho estarão em conformidade com o que preceitua as normas do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), inclusive dentro daquilo que prevê a criação da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA), previsto na Norma Regulamentadora nº 5, alterada pela Portaria SSST n° 8, de 23 de fevereiro de 1999.

Algumas medidas de controle da segurança e saúde do trabalhador podem ser elencadas a fim de evitar acidentes internos e externos ao âmbito do processo construtivo, bem como ter instrumentos preventivos que possam evitar a proliferação de doenças, intoxicações ou envenenamento por animais peçonhentos.

a) A empreiteira não abrirá, interligará, ou realizará qualquer tipo de serviço no sistema de drenagem ou tratamento de efluentes sem a prévia aprovação do coordenador do PAC;

b) A empreiteira protegerá, em volta das aberturas provisórias, guarda-corpos, a fim de evitar acidentes;

c) Atestar a potabilidade da água consumida nas dependências da obra por meio de laboratório idôneo;

d) Proteção do sistema de abastecimento de água contra contaminação, especialmente em caixas d’água e poços semi-artesianos, por meio da adequada localização, cercamento e sobrelevações;

e) Observar as restrições ambientais quanto a disposição de resíduos domésticos, obedecendo, ainda, o disposto no tópico de deposição final de resíduos sólidos;

f) Haverá proteção e sinalização das áreas de risco de queda de material;

g) Os operários deverão usar material de proteção adequado para a proteção e prevenção de acidentes com:

• Picada de animais peçonhentos;

• Ferramentas de corte como: facões ou enxadas;

• Ruídos produzidos pelo maquinário pesado da obra e que não têm possibilidade de controle da emissão sonora;

• Quedas de ferramentas ou outros materiais durante os processos construtivos;

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• Fagulhas ou material de pequeno porte que possam oferecer risco aos olhos dos operários;

• Choques elétricos;

i) Cercar ou sinalizar as áreas de risco de acidentes como as áreas de despejo de resíduos sólidos ou bota-foras;

Em observância ao disposto na alínea “g” deste tópico serão mencionados abaixo alguns materiais para uso dos operários da obra que se destina a proteção corporal:

Capacete

Dispositivo básico de segurança em qualquer obra. O casco é feito de material plástico rígido, de alta resistência à penetração e impacto. É desenhado para rebater o material em queda para o lado, evitando lesões no pescoço do trabalhador. É utilizado com suspensão, que permite o ajuste mais exato à cabeça e amortece os impactos (Figura 7.2).

Figura 7.2. Exemplos de capacetes.

Calçados

Os sapatos são de uso permanente na obra, possui o objetivo de proteger contra materiais pesados que possam ocasionalmente cair nos pés dos operários (Figura 7.3).

Figura 7.3. Exemplo de bota.

Luvas

Destinadas a proteção das mãos contra perfurações, riscos e cortes no manuseio de materiais leves e outras operações que ponham os trabalhadores em risco (Figura 7.4).

Figura 7.4. Exemplo de luvas.

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Óculos

São especificados de acordo com o tipo de risco, desde materiais sólidos perfurantes até poeiras em suspensão, passando por materiais químicos, radiação e serviços de solda ou corte a quente com maçarico (Figura 7.5).

Figura 7.5. Exemplo de óculos.

Máscaras

Para proteção do sistema respiratório dos operários contra materiais particulados em geral (Figura 7.6).

Figura 7.6. Exemplo de máscara.

Protetor Facial

Utilizados em trabalhos de soldagem e serralheria para proteger o operário contra fagulhas e partículas de metal geradas no processo de beneficiamento de metais (Figura 7.7).

Figura 7.7. Exemplos de protetores faciais.

Protetores Auriculares

Protegem os ouvidos em ambientes onde o ruído está acima dos limites de tolerância, ou seja, 85dB para oito horas de exposição (Figura 7.8).

Deverão ser utilizados pelos operadores de máquinas e equipamentos produtores de ruídos excessivos.

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Figura 7.8. Exemplo de protetor auricular.

Avental

Protege a vestimenta e a sanidade física do operário (Figura 7.9).

Figura 7.9. Exemplos de avental.

7.7. Recursos Humanos e Materiais

Os recursos humanos e materiais necessários para o bom desenvolvimento deste programa, encontram-se definidos nas tabelas 7.1 e 7.2.

Tabela 7.1: Recursos humanos.

PROFISSIONAL QUANTIDADE PERÍODO (MESES)

AÇÃO

Engenheiro especialista em segurança do trabalho 1 24 Acompanhamento das atividades

Engenheiro florestal 1 24 Acompanhamento das atividades

Motorista 1 24 Condução de veículo automotor

Tabela 7.2: Recursos materiais.

MATERIAL QUANTIDADE PERÍODO (MESES)

Material para escritório - 24

Aluguel de veículo (sedan) 1 24

Combustível (gasolina) 150 litros/mês 24

7.8. Instituições Envolvidas

• DERTINS;

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• Empresas contratadas e organizações conveniadas;

• IBAMA;

• NATURATINS.

7.9. Cronograma Físico de Implantação

O cronograma de implantação deste programa está vinculado às atividades desenvolvidas durante a construção e pavimentação da rodovia BR-242/TO. Dessa forma, a implementação do PAC terá início e fim com o Cronograma de Obras previsto pelo Projeto Executivo de Engenharia, onde as atividades acontecerão no período de 24 meses.

7.10. Estimativa de Custos

Nas tabelas 7.3 e 7.4 são apresentadas às estimativas de custos relativas a contratação de profissionais e o consumo de materiais necessários para o desenvolvimento deste Programa.

Tabela 7.3: Estimativa de custos para a contratação dos profissionais.

PROFISSIONAL QUANTIDADE PERÍODO (MESES)

PREÇO UNITÁRIO (R$)

PREÇO TOTAL (R$)

Engenheiro especialista em segurança do trabalho 1 24 5.255,72 126.137,28

Engenheiro florestal 1 24 4.707,58 112.981,92

Motorista 1 24 580,39 13.929,36

TOTAL 253.048,56

Tabela 7.4: Estimativa de custos materiais.

MATERIAL QUANTIDADE PERÍODO (MESES)

PREÇO UNITÁRIO (R$) PREÇO TOTAL (R$)

Material de escritório - 24 - 3.000,00

Aluguel de veículo (sedan) 1 24 2.643,99/mês 63.455.76

Combustível (gasolina) 150 litros/mês 24 2,50/litro 9.000,00

TOTAL 75.531,00

O custo final deste projeto é o somatório dos dois montantes, ou seja, R$ 328.579,56. Quaisquer alterações advindas de modificações de projetos serão realizadas quando da definição dos projetos no momento da obra.

7.11. Implantação, Acompanhamento e Avaliação do Programa

A implantação deste PAC será de responsabilidade do DERTINS, por meio da Coordenação de Gestão Ambiental - CGA. A execução será realizada pela equipe técnica deste PAC.

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O acompanhamento será realizado pelo coordenador do PAC e pela Supervisão Ambiental da obra. A avaliação das atividades será de responsabilidade da equipe do CGA.

Como instrumentos de acompanhamento e avaliação serão emitidos relatórios mensais, elaborados pelo coordenador do PAC. Ao final deste programa será elaborado um Relatório Final de Avaliação a ser encaminhado à CGA.

7.12. Referências Bibliográficas

BELLIA V., BIDONE E. D. Rodovias, Recursos Naturais e Meio Ambiente – Editora Universitária, Universidade Federal Fluminense.

Departamento de Estradas de Rodagens de São Paulo – DER-SP. Programa de Recuperação de Rodovias do Estado de São Paulo.

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8. Programa de Supressão de Vegetação - PSV

8.1. Introdução

O presente programa aborda os procedimentos necessários para a realização da supressão da vegetação da área do empreendimento, ou seja, a vegetação que poderá ser eventualmente suprimida com as atividades de instalação da obra e da execução da pavimentação da rodovia.

Com base nos levantamentos realizados para o EIA/RIMA para a Pavimentação da Rodovia BR-242/TO, é objeto desse documento apresentar a caracterização da vegetação a ser impactada, principalmente com as atividades de supressão para a implantação do empreendimento, visando também fornecer uma estimativa volumétrica da vegetação a ser suprimida.

8.2. Justificativa

Na grande maioria das estradas que cortam o maciço central brasileiro, atravessando cerrados e campos, a preocupação maior deve ser a de conservar a vegetação existente (Pedrosa, 1983).

Dentro deste contexto o Programa de Supressão de Vegetação pretende descrever as situações que irão provocar a retirada da vegetação e orientar quanto aos procedimentos cabíveis necessários para a minimização dos impactos na flora local, resultantes da implantação do empreendimento.

8.3. Objetivos

• Orientar a supressão da vegetação visando à utilização dos critérios de cunho ambiental durante a etapa de desmatamento e limpeza prevista no processo construtivo do empreendimento;

• Apresentar os resultados do inventário quali-quantitativo da vegetação observada na área do empreendimento em questão;

• Apresentar medidas para a mitigação dos impactos decorrentes das obras de implantação da BR-242/TO.

8.4. Metas

As metas a serem alcançadas são apresentadas a seguir:

• Promover a supressão da vegetação de forma a não danificar áreas desnecessárias à implantação da rodovia, e que não cause prejuízos aos indivíduos vegetais adjacentes;

• Corroborar com os Programas de Resgate da Flora e de Recuperação de Áreas Alteradas pela implantação do empreendimento;

8.5. Alvo

As áreas alvo de ações deste programa são as porções de vegetação presentes na faixa de domínio da rodovia, principalmente aquela que será suprimida em decorrência à interceptação do seu traçado, identificadas pelo estudo.

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8.6. Metodologia e Descrição do Programa

a. Base de Dados Utilizada

Para subsidiar o presente documento foram utilizados os dados do levantamento de vegetação da área diretamente afetada e seu entorno imediato, levantados nos estudos do EIA/RIMA para a rodovia BR-242/TO.

Também foram utilizados os dados do levantamento da flora do Estudo Preliminar de Prováveis Hidrelétricas no Vale do Paraná, contratado pela Agência Nacional de Energia Elétrica – ANEEL.

É importante observar que esses dois trabalhos foram desenvolvidos pela mesma equipe de especialistas em flora.

No inventário da ANEEL foram definidos 3 (três) sítios de amostragem, os quais foram visitados no período de novembro de 2001, durante 5 (cinco) dias. Dois sítios estudados estão localizados no rio Palma e um no rio Bezerra sendo previamente designados:

• Palma I - coordenadas 12o 27’ 27,2” S – 47o 29’ 48,1” W;

• Palma II - coordenadas 12o 27’ 27,2” S – 47o 29’ 48,6” W;

• Rio Bezerra - coordenadas 13o 9’ 39,24” S – 47o 04’ 38” W.

Com os dados obtidos no levantamento para a ANEEL, no levantamento do EIA/RIMA da BR-242/TO e complementados com outros levantamentos de dados secundários e de campo, possibilitou explicitar uma melhor caracterização da cobertura vegetal ocorrente na área da Rodovia BR-242/TO.

No EIA/RIMA elaborado para a Pavimentação da Rodovia BR-242/TO definiu-se dois aspectos:

• O primeiro, um diagnóstico ambiental da região foco e das condições da cobertura vegetal onde as situações anteriores e atuais são descritas;

• O segundo, um prognóstico onde as diferentes situações criadas pela instalação ou não do empreendimento são analisadas, apresentando-se alternativas para os problemas diagnosticados.

O conjunto de dados produzidos e o mapa de vegetação elaborado foram anexados ao EIA/RIMA – item Meio Biótico – Flora e serviram como subsídios para a montagem do Programa de Supressão de Vegetação, objeto deste documento.

Para a montagem do diagnóstico ambiental do EIA/RIMA foi adotado o método de caracterização ambiental de Sobrevilla & Bath (1992), que consiste empregar os princípios básicos da Avaliação Ecológica Rápida – AER.

Especificamente, a AER tem o objetivo de coletar, analisar e disseminar informações sobre áreas pouco conhecidas e potencialmente importantes do ponto de vista da conservação da biodiversidade.

O método de Sobrevilla & Bath baseou-se em três fatores principais:

• A oportunidade de comparar os resultados deste diagnóstico com outros que foram e estão sendo preparados;

• A limitação de tempo e esforço de amostragens;

• A oportunidade analítica do método, que explora diferenças de habilidade e de investigação de uma equipe de técnicos e especialistas.

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A metodologia então empregada teve como princípio reunir o maior esforço possível de técnicos, buscando um maior número de indicadores de qualidade ambiental, por meio de detecção de espécies e outros registros a elas relacionadas, da análise da estrutura de habitat e de processos ecológicos.

Os indicadores escolhidos foram:

• O exame da paisagem;

• A descrição das fitofisionomias designadas como habitats.

b. Fitofisionomias Identificadas

O exame in situ da vegetação nos sítios de amostragem escolhidos ao longo do trajeto da rodovia BR-242/TO permitiu caracterizar habitats como unidades discretas da paisagem, porém mantendo ligações funcionais entre si, com diferentes níveis de dependência.

Os locais identificados foram considerados como fontes potenciais de dispersores, espécies vegetais nativas e da fauna associada.

Preliminarmente, nas áreas de influência direta e indireta, foram estabelecidos 5 (cinco) tipos de habitats mais importantes e que foram identificadas na imagem de satélite Landsat, reconhecidos a partir de categorias naturais de Ribeiro & Walter (1998). São eles:

• Floresta Estacional – incluindo Mata Mesofítica e Cerradão;

• Mata de Galeria – incluindo Mata Ciliar;

• Cerrado Senso Restrito – formas densas e abertas;

• Afloramentos Rochosos – Campos e Cerrados Rupestres;

• Campo Sujo – Campos naturais e não naturais.

A esta legenda foi adicionada a Matriz Rural que soma todo tipo de ocupação antrópica detectável na imagem Landsat. As fitofisonomias de referência são:

• Formações Florestais – Mata de Galeria, Matas Ciliares e Floresta Estacional (Mesofítica, Decídua e Semidecídua);

• Formações Savânicas – Cerrado Sentido Restrito, Cerrado Denso, Cerradão e Cerrado Rupestre;

• Formações Campestres – Campo Limpo, Campo Sujo, Campo Cerrado, Cerrado Ralo, Campo Úmido, Brejo e Vereda.

A identificação e distribuição das fitofisionomias encontram-se descritas no EIA/RIMA, estudo disponível junto ao IBAMA.

c. Florística e Fitossociologia

Para o levantamento da fitossociologia e florística foi adotada a seguinte dinâmica:

• No inventário fitossociológico, a metodologia aplicada foi à amostragem aleatória seguindo os princípios de Péllico & Netto (1998);

• A silvicultura entende como árvores os indivíduos arbóreos com Diâmetro a Altura do Peito – DAP, convencionando a 1,30 m de altura, superiores a 5,0 cm (cinco) centímetros (Imanã, 1998);

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• A amostragem consistiu em medir todas as árvores com DAP maiores que 5 (cinco) cm e a altura das mesmas em parcelas de 10 metros x 10 metros totalizando 100 m² (cem metros quadrados) no interior das parcelas;

• Cada fitofisionomia identificada diferente dentro do sítio definido foi amostrada, no mínimo, com 3 (três) parcelas. As parcelas foram georreferenciadas com auxílio do GPS e delimitadas por uma trena. As árvores foram mensuradas com fita e vara dendrométrica para estabelecimento do DAP e altura, respectivamente;

• Acessoriamente ao levantamento da vegetação nas parcelas implantadas foram coletadas amostras de indivíduos arbóreos mensurados, plantas herbáceas e arbustivas, para fins de identificação, ou seja, a caracterização florística quase sempre foi restrita ao interior da parcela em estudo;

• As plantas coletadas foram depositadas secas para identificação botânica e estão depositadas no Herbário da Universidade de Brasília – UnB.

8.6.1. Descrição Geral das Fitofisionomias Identificadas

A descrição geral das fitofisionomias identificadas encontra-se detalhada no Estudo de Impacto Ambiental EIA.

8.6.2. Caracterização dos Sítios de Amostragem

Com base na interpretação da imagem de satélite e dos dados até então reunidos com o trabalho da ANEEL, EIA/RIMA, bem como, campanhas de amostragem in locu, foi realizado o levantamento de campo ao local da implantação da rodovia BR-242/TO.

O levantamento objetivou:

• Reconhecer in loco a área do empreendimento;

• Coletar dados;

• Avaliar a qualidade das fitofisionomias da flora (habitats).

a) SÍTIO 1 - Coordenadas 23L 337763 / 8626624 (Município de Taguatinga – TO)

Mata Seca (Floresta Mesofítica ou Estacional)

• Aspectos Gerais

Dentre as diferentes fitofisionomias do bioma Cerrado as Matas Secas possuem um significativo grau de importância por não ocorrer em abundância no território nacional, aliado aos insuficientes estudos científicos que garantam uma base acadêmica sólida sobre este tipo de vegetação, nas diferentes regiões de ocorrência.

A Mata Seca não possui associação com cursos de água, ocorrendo nos interflúvios em solos geralmente mais ricos em nutrientes, podendo ocorrer em três subtipos: Mata Seca Sempre Verde, Mata Seca Semidecídua e a Mata Seca Decídua.

As duas primeiras tipologias podem ser encontradas em solos desenvolvidos em rochas básicas de alta fertilidade (Terra roxa estruturada, brunizém ou cambissolos), e ainda em Latossolos roxo e vermelho-escuro de média fertilidade (Ribeiro & Walter, 1998).

Segundo Eiten (1993), em áreas onde o calcário é a rocha mãe, os afloramentos desta rocha favorecem o surgimento da floresta mesofítica decídua, também conhecida como Mata Seca Calcária.

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A grande maioria das árvores é ereta, com alguns indivíduos emergentes e o estrato arbóreo variando entre 10 a 25m (Eiten, 1993).

Vale ressaltar, que esta formação vegetacional parece ser o foco de controvertidas discussões entre os pesquisadores, uma vez que alguns as consideram dentro do bioma Cerrado (Mendonça et al, 2000; Ribeiro & Walter, 1998; Felfili et al., 1994), enquanto outros afirmam sua maior afinidade com a Caatinga (Andrade-Lima, 1981; Ratter et al., 1978)

As justificativas dos autores se baseiam na sua composição florística, ressaltando que nas matas secas existem espécies que são encontradas no Cerrado ou Caatinga e suportando suas afirmações nas adaptações morfoestruturais da flora ao ambiente.

Assim sendo, as matas secas merecem especial atenção, não só por conter espécies ameaçadas de extinção, com significativo valor econômico e medicinal, mas também por carecer de estudos mais amplos em todo universo de sua distribuição geográfica.

• Descrição da área amostrada

A área amostrada consiste em uma vegetação de Mata Seca de caducidade desconhecida com um grau pequeno de perturbação antrópica. Entende-se como grau de perturbação pequeno, o corte de algumas árvores mais altas e com maior valor econômico, bem como a abertura de pequenas estradas para a retirada da madeira e trânsito da população local.

• Espécies características

As espécies que mais se destacaram na área foram Myracrodruon urundeuva Fr. All. (Aroeira), Cedrella fissilis Vell. (Cedro-rosa), Pseudobombax tomentosum (Mart. & Zucc.) A. Robyns (Embiruçu), Aspidosperma cuspa (Kunth) S. F. Blake (Guatambu-branco), Anadenanthera peregrina (L.) Speg (Angico vermelho) e Cavanillesia arborea K. Schum. (Barriguda ou Imbaré). Esta última, espécie característica deste tipo de formação fitofisionômica é uma boa indicadora do habitat.

b) SÍTIO 2 - Coordenada 23L 265924 / 8618873 (Município de Arraias – TO)

Mata de Galeria

• Aspectos Gerais

A Mata de Galeria é uma fitofisionomia associada a cursos de água, podendo ocorrer em terrenos bem drenados ou mal drenados, formando corredores fechados (também chamados de galeria) sobre rios de pequeno porte ou córregos (Ratter et al., 1973; Ribeiro et al., 1983).

Dentro do sistema de classificação fitofisionômica de Ribeiro & Walter (1998), as matas de galeria se incluem nas formações florestais do Cerrado, sendo perenifólia, ou seja, as espécies que a compõem não perdem suas folhas na estação seca.

Geralmente é circundada por faixas de vegetação não florestal em ambas as margens, mais freqüentemente por formações savânicas e campestres, caracterizando uma transição de vegetação brusca. No entanto, esta transição torna-se quase imperceptível quando ocorre com Matas Ciliares, Matas Secas ou mesmo Cerradões, o que é mais raro, podendo ser possível diferenciá-las pela composição florística (Ribeiro & Walter, 1998).

Ainda de acordo com os mesmos autores, a Mata de Galeria pode ser de dois subtipos: Mata de Galeria inundável e não inundável, definidos pela composição florística e características ambientais, como topografia e variação na altura do lençol freático.

• Descrição da área amostrada

A área amostrada consiste em uma vegetação de Mata de Galeria, circundada por um Campo Cerrado. O curso de água apresenta-se assoreado, com extração seletiva de algumas espécies

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madeireiras. No entanto pode-se afirmar que ainda existem fragmentos íntegros de mata de galeria que não estão antropizados.

• Espécies características

Para a Mata de Galeria pode-se citar a copaíba (Copaifera langsdorffii Desf.), o guatambu-branco (Aspidosperma cuspa (Kunth) S. F. Blake), o jequitibá (Cariniana estrellensis (Raddi) Kuntze) e o mandiocão (Schefflera morototonii (Aubl.) B. Mag., Steym & Frodin).

Para o Campo Cerrado, o destaque foi dos paus-terra, Qualea multiflora Mart. (pau-terra-liso) e Qualea parviflora Mart. (pau-terra-miúdo), bem como do carvoeiro (Sclerolobium cf. paniculatum Vog.) e do tingui (Magonia pubescens St. Hil.).

c) SÍTIO 3 - Coordenada 23L 244313 / 8609130

Cerrado Sentido Restrito (Cerrado S. R.)

• Aspectos Gerais

Adotou-se aqui, a terminologia empregada por Ribeiro & Walter (1998) para fitofisionomias, uma vez que os termos são mais simples e amplamente utilizados, sendo considerados os mais consagrados no meio.

Enquadrado em formações savânicas do bioma Cerrado, caracteriza-se pela presença de estratos arbóreo e arbustivo-herbáceo definidos, com as árvores, normalmente baixas, inclinadas, tortuosas e ramificadas de forma irregular, distribuídas aleatoriamente sobre o terreno em diferentes densidades. Geralmente, os indivíduos apresentam evidências de queimadas.

Vários fatores podem influenciar na densidade arbórea do Cerrado Sentido Restrito. como as condições edáficas, o pH e a saturação de alumínio, fertilidade, condições hídricas e profundidade do solo, bem como a freqüência de queimadas e ações antrópicas.

Essa complexidade de fatores condicionantes origina as subdivisões fisionômicas distintas do Cerrado Sentido Restrito, destacando-se: o cerrado denso, o cerrado típico, o cerrado ralo (ou Cerrado aberto) e o Cerrado Rupestre.

As três primeiras refletem variações na forma dos agrupamentos e espaçamento entre os indivíduos lenhosos, seguindo um gradiente de densidade decrescente do Cerrado Denso ao Cerrado Ralo. O Cerrado Rupestre, por sua vez, é tipicamente de solos rasos, com afloramentos de rocha, apresentando outras espécies características desse ambiente (Ribeiro & Walter, 1998).

• Descrição da área amostrada

A área em questão possui as características de Cerrado Típico, com tendência a Cerrado Denso, com o estrato arbóreo variando de 2 a 7 metros em solo arenoso. Não se constatou indícios de queimadas, o que leva a crer que o fragmento tem sofrido pouca interferência antrópica.

• Espécies características

As espécies que merecem maior destaque são Qualea grandiflora Mart. (pau-terra da folha grande), Q. parviflora Mart. (pau-terra-miúdo), Q. multiflora Mart (pau-terra–liso), Brosimum gaudichaudii Tréc (mamacadela), dentre outras. Vale ressaltar a predominância de espécies da família Vochysiaceae, que são consideradas acumuladoras de alumínio.

d) SÍTIO 4 - Coordenada 23L 192640 / 8601199 (Município de Paranã – TO)

Cerrado Sentido Restrito (Cerrado S. R.)

• Descrição da área amostrada

O Sítio 4 assemelha-se ao Sítio 3, no entanto a vegetação toma características de Cerradão, com os indivíduos arbóreos variando de 3 a 8 metros de altura. Aqui também não foi constatada a prática de queimadas.

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A vegetação com características de altura e circunferência apresenta-se ainda em desenvolvimento nesta área, uma vez que os indivíduos considerados clímax, conservam uma baixa estatura em relação às fitofisionomias bem estabelecidas.

Como na região do entorno prevalecem muitas manchas de Mata Seca, presume-se que aqui também havia a mesma cobertura. No entanto, estas modificações antrópicas são muito antigas, o que promoveu uma recuperação da vegetação, que novamente tenta se estabelecer.

Devendo-se considerar a existência de uma estrada de terra no mesmo local pretendido para a obra, este fato reforça que o empreendimento em questão, se realizado com critérios de preservação e minimizando-se os impactos de sua construção, leva a crer que não afetará fortemente a vegetação.

• Espécies características

Embora as espécies deste sítio sejam praticamente as mesmas do sítio anterior, deve-se destacar a ocorrência de forma mais predominante de diferentes espécies, tais como da paineira (Eriotheca candolleana (K.Schum.) A. Rob.), do jacarandá (Machaerium acutifolium Vog.), da lixeira (Curatella americana L.), do açoita-cavalo (Luehea grandiflora Mart. & Zucc.), dos muricis (Byrsonima spp.) e do pequi (Caryocar brasiliense Camb).

e) SÍTIO 5 - Coordenada 22L 782374 / 8652013 (Município de Peixe – TO)

Vegetação Antropizada

• Aspectos Gerais

Define-se vegetação antrópica ou antropizada toda aquela que foi modificada por ação humana, podendo englobar quaisquer tipos fisionômicos. Não deve ser considerada uma fitofisionomia, pois de modo geral, toda a região estudada apresenta níveis de degradação e alteração em diferentes estágios de desenvolvimento. Assim, representa somente o status em que a vegetação original se encontra atualmente.

• Descrição da área amostrada

Dos sítios amostrados, este é o que mais sofreu a ação antrópica, consistindo predominantemente em áreas de pastagem para bovinos e eqüinos, no qual a maior parte da cobertura original foi removida.

Algumas espécies nativas ainda permanecem, no entanto, aqui consideradas como indicadoras do ambiente antes das modificações sofridas. Foram observadas ainda, manchas de cerrado típico entremeando pastagens, sobre solo do tipo latossolo vermelho-amarelo. Daí. pode-se inferir que a cobertura original seria de um Cerrado Denso, quase Cerradão, que se intercalava com fragmentos de Matas Secas nas partes mais altas (amorreadas).

• Espécies características

Destaca-se a predominância de espécies exóticas, introduzidas com a finalidade de formar pastagens.

8.6.3. Análise Florística e Fitossociológica

Nos 5 sítios amostrados identificou-se cerca de 120 espécies, distribuídas em 88 gêneros e 44 famílias botânicas (Tabela 8.1).

As famílias com maior número de espécies foram: Fabaceae (19 espécies), Poaceae (11), Apocynaceae (6), Bignoniaceae e Vochysiaceae (5), e ainda, Rubiaceae, Myrtaceae e Malpighiaceae, com 4 espécies cada uma.

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Deve-se considerar, que estas oito famílias comportam 43,3% do total de espécies, ou seja, somadas, concentram 52 das 120 espécies amostradas.

As famílias com menor número de espécies foram Acanthaceae, Asteraceae, Bombaceae, Dillenianiceae, Erythrolylacaceae, Tiliaceae com 3. As famílias Anarcadiaceae, Arecaceae, Bromeliaceae, Cyperaceae, Lamiaceae, Melastomataceae, Sapindaceae, Sterculiaceae e Indeterminada com 2 espécies cada. E, por último, Annonaceae, Araliacee, Cactaceae, Caryocaraceae, Clusiceae (Guttiferae), Cochlospermaceae, Diocoreceae, Ebenaceae, Euphorbiaceae, Flacoutiaceae, Icacinaceae, Lecythidaceae, Marantaceae, Meliaceae, Moraceae, Ochnaceae, Proteaceae, Sapotaceae, Simaroubaceae, Styraceae e Ulmaceae com 1 espécie somente.

Ressalta-se que as espécies das Compostas (Asteraceae) eventualmente podem ter sido sub-amostradas, uma vez que normalmente se encontram entre as cinco famílias mais importantes do bioma Cerrado (Mendonça et al., 1998), estando também entre as mais freqüentes em áreas antropizadas, como culturas agrícolas e pastagens (Brandão et al.,1985; Cunha et al., 1985). No entanto, para este estudo, o levantamento priorizou as espécies lenhosas, o que confirma a pequena expressão deste grupo do estrato herbáceo e de outros também.

A média de espécies amostradas entre os sítios foi de 28. No entanto, pode-se observar que o Sítio 5 comporta o menor número de espécies (21), o que corrobora com a descrição e o status em que o sítio se enquadra: vegetação ou área antropizada, onde a maior parte da vegetação nativa foi suprimida. As espécies que compõem este sítio são basicamente exóticas, predominando aquelas utilizadas para a formação de pastagens.

O Sítio 4 apresentou o maior número de espécies amostradas (33), mostrando-se mais diversificada em espécies. Fato que reforça a colocação de que esta área se encontra em regeneração e ainda em transição com outras formas fitofisionômicas do Cerrado.

O Sítio 3 apresentou o maior número de gêneros identificados (28) e o Sítio 5, o menor número (19).

O maior número de famílias foi constatado no Sítio 5, ou seja, em número de 12 e houve um empate nos Sítios 1 e 2 e também nos Sítios 3 e 4, respectivamente 18 e 19 famílias.

Os gráficos 8.1, 8.2 e 8.3 mostram os resultados do levantamento por famílias, gêneros e espécies por sítio de amostragem. O gráfico 8.4 apresenta os mesmos dados de forma comparativa.

18 1819 19

12

0

2

4

6

8

10

12

14

16

18

20

1 2 3 4 5

S ítio de Am ostragem

de

Fa

míl

ias

Gráfico 8.1. Nº de famílias x Sítio de amostragem.

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G rá fic o 2 - N º d e G ê n e ro s x S ítio d e A m os tra g e m

2 6

2 3

2 8

2 6

1 9

0

5

1 0

1 5

2 0

2 5

3 0

1 2 3 4 5

S ítio d e A m o s tra g e m

de

ne

ros

Gráfico 8.2. Nº de Gêneros x Sítio de amostragem.

29

26

30

33

21

0

5

10

15

20

25

30

35

1 2 3 4 5

S ítio d e Am ostra gem

de

Es

cie

s

Gráfico 8.3. Nº de Espécies x Sítio de amostragem.

6 7 3 , 9 7

3 16 ,2 2

7 4 , 9 0

2 8 4 ,8 8

1 5 7 ,1 1

7 1 ,7 79 0 ,6 7

4 0 6 ,7 4

-

1 0 0 , 0 0

2 0 0 , 0 0

3 0 0 , 0 0

4 0 0 , 0 0

5 0 0 , 0 0

6 0 0 , 0 0

7 0 0 , 0 0

8 0 0 , 0 0

1 2 3 4 5 6 7 8

L e ge n da

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l -

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Gráfico 8.4. Legenda x Área Total.

A legenda do gráfico 8.4 compreende:

1- Campos Cerrados, Cerrados Ralo, Campo Sujo de Cerrado

2- Área Antropizada

3- Cerradão

4- Cerrado Sentido Restrito (S.R.), Cerrado Denso

5- Mata Galeria, Mata Ciliar

6- Matas Secas

7- Pastagem/Área Agrícola

8- Campo Úmido, Campo Limpo, Brejo, Vereda

Na tabela 8.1 é demonstrada a listagem de todas as espécies amostradas na área da Rodovia BR-242/TO para os sítios, relacionando o nome da família, nomes científicos e popular, assim como a ocorrência de cada espécie no sítio demarcado.

Tabela 8.1. Espécies Identificadas por Sitio.

FAMÍLIA NOME CIENTÍFICO NOME POPULAR Sítios

1 2 3 4 5

Acanthaceae Justicia sp - x

Acanthaceae Ruellia cf. incompta (Nees) Lindau - x

Acanthaceae Ruellia sp. - x

Anacardiaceae Astronium fraxinifolium Schott. Gonçalo-alves x

Anacardiaceae Myracrodruon urundeuva Fr. All. Aroeira x

Annonaceae Xylopia aromatica (Lam.) Mart.

Pimenta-de-macaco x

Apocynaceae Aspidosperma cf. subincanum Mart. Guatambu x

Apocynaceae Aspidosperma cf. tomentosum Mart. Guatambu x

Apocynaceae Aspidosperma cuspa (Kunth) S. F. Blake Guatambu-branco x x

Apocynaceae Aspidosperma cylindrocarpon M. Arg. Peroba-poca x

Apocynaceae Hancornia speciosa Gomez Mangaba x

Apocynaceae Himatanthus obovatus (M. Arg.) Wood. Pau-de-leite x

Araliaceae Schefflera morototonii (Aubl.) B. Mag., Steym &

Frodin Mandiocão x x

Arecaceae (Palmae) Allagoptera leucocalyx (Mart.) O. Kuntze Licuri; tucum x

Arecaceae (Palmae) Astrocaryum sp. Licuri; tucum x x

Asteraceae (Compositae)

Bidens pilosa L.* Picão x

Asteraceae (Compositae)

Bidens sp.* - x

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FAMÍLIA NOME CIENTÍFICO NOME POPULAR Sítios

1 2 3 4 5

Asteraceae (Compositae) Vernonia sp. Assa-peixe x

Bignoniaceae Anemopaegma sp. - x

Bignoniaceae Cybistax antisyphilitica (Mart.) Mart. Ipê verde x

Bignoniaceae Jacaranda sp. Caroba x

Bignoniaceae Tabebuia aurea (Manso) Benth. & Hook. f. Ipê-caraíba x

Bignoniaceae Tabebuia impetiginosa (Mart. ex DC.) Standl. Ipê-roxo x

Bombacaceae Cavanillesia arborea K. Schum. Barriguda; Imbaré x

Bombacaceae Eriotheca candolleana (K.Schum.) A. Rob. Paineira x x x

Bombacaceae Pseudobombax longiflorum (Mart. & Zucc.) A.

Rob. Imbiruçu x x

Bromeliaceae Bromelia sp. Bromélia x

Bromeliaceae Bromelia sp. 1 Bromélia x

Cactaceae Melanocactos sp.

Cactos x

Caryocaraceae Caryocar brasiliense Camb. Pequizeiro x

Clusiaceae (Guttiferae)

Kielmeyera sp. Pau-santo x x

Cochlospermaceae Cochlospermum regium (Mart. ex Schr.) Pilger Algodão-do-campo x

Cyperaceae Bulbostyles cf. paradoxa (Spreng.) Lindm. Barba-de-bode x

Cyperaceae Cyperus ferax Benth. Estrelinha x

Dilleniaceae Curatella americana L. Lixeira x x

Dilleniaceae Davilla cf. grandiflora St. Hil. & Tul. Lixinha x

Dilleniaceae Davilla elliptica St. Hil. Lixeirinha x

Diocoreaceae Dioscorea sp. - x

Ebenaceae Diospyros hispida A. DC. Bacupari-bravo x

Erythroxylaceae Erythroxylum campestre St. Hil. - x

Erythroxylaceae Erythroxylum cf. daphnites Mart. Muchiba x

Erythroxylaceae Erythroxylum suberosum St. Hil. Mercúrio-do-campo x

Euphorbiaceae Croton goyazensis M. Arg. - x

Fabaceae (Leguminosae) Anadenanthera peregrina (L.) Speg. Angico-vermelho x

Fabaceae (Leguminosae)

Bauhinia cf. pulchella Benth. Pata-de-cabrito x

Fabaceae (Leguminosae)

Calliandra dysantha Benth. Flor-do-cerrado x

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FAMÍLIA NOME CIENTÍFICO NOME POPULAR Sítios

1 2 3 4 5

Fabaceae (Leguminosae) Copaifera langsdorffii Desf. Copaíba x

Fabaceae (Leguminosae)

Dimorphandra mollis Benth. Faveiro x

Fabaceae (Leguminosae)

Dioclea sp. - x x

Fabaceae (Leguminosae)

Dipteryx alata Vog. Baru x

Fabaceae (Leguminosae)

Erythrina mulungu Mart. Mulungu x

Fabaceae (Leguminosae)

Erythrina sp. Mulungu x

Fabaceae (Leguminosae)

Harpalice sp. - x

Fabaceae (Leguminosae)

Hymenaea stigonocarpa Mart. ex Hayne Jatobá x

Fabaceae (Leguminosae) Indeterminada 4

- x

Fabaceae (Leguminosae)

Machaerium acutifolium Vog. Jacarandá x x

Fabaceae (Leguminosae)

Machaerium sp. Jacarandá x

Fabaceae (Leguminosae)

Mimosa cf. pellita Humb. & Bonpl. ex Willd. Malicinha x

Fabaceae (Leguminosae) Mimosa cf. pudica L. Malicinha x