Plano Da Politica Municipal de Residuos Solidos BETIM

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PLANO MUNICIPAL DE RESDUOS SLIDOS

BETIM / 2010

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PREFEITURA MUNICIPAL DE BETIMSECRETARIA MUNICIPAL DE INFRAESTRUTURA NDICE1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. Prembulo............................................................................................................................................ 5 Apresentao....................................................................................................................................... 6 Introduo ............................................................................................................................................ 7 Objetivos ............................................................................................................................................ 11 Princpios ........................................................................................................................................... 13 Gerenciamento de resduos slidos em Betim.................................................................................. 15 Caracterizao do Municpio ............................................................................................................. 18 6.1 6.2 6.3 6.4 6.5 8. 7.1 Localizao .................................................................................................................................. 18 Aspectos histricos ...................................................................................................................... 19 Aspectos demogrficos................................................................................................................ 20 Economia municipal ..................................................................................................................... 21 Infraestrutura e aspectos sociais ................................................................................................. 24 Caracterizao quantitativa e qualitativa dos resduos a serem tratados e/ou dispostos........... 30 Caracterizao qualitativa (Composio gravimtrica) .................................................... 30 Caracterizao quantitativa............................................................................................... 35 Acondicionamento dos resduos domiciliares................................................................... 39 Coleta domiciliar................................................................................................................ 39 Varrio ............................................................................................................................. 46 Coleta seletiva................................................................................................................... 56 Coleta e tratamento de resduos de servios de sade - RSS......................................... 63 Capina ............................................................................................................................... 65 Outros servios (Capina e roada manual, roada mecanizada, pintura de meio fio e Lavao de vias e logradouros pblicos ........................................................................... 68 Fiscalizao e monitoramento dos servios ..................................................................... 69 Mobilizao e sensibilizao ambiental ............................................................................ 70 Disposio final ................................................................................................................. 71

Servios executados.......................................................................................................................... 30 7.1.1 7.1.2 7.2 7.2.1. 7.2.2. 7.2.3. 7.2.4. 7.2.5. 7.2.6. 7.2.7. 7.2.8. 7.2.9. 7.2.10. 7.2.11. 7.3

Servios ....................................................................................................................................... 38

limpeza de bocas de lobo) ................................................................................................................. 67

Manejo de resduos de construo e demolio ......................................................................... 75

9. 10. 11. 12. 13.

Legislao Existente .......................................................................................................................... 85 Proposies ....................................................................................................................................... 86 Metas ................................................................................................................................................. 90 Estimativa Financeira ........................................................................................................................ 92 Concluses ........................................................................................................................................ 94

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PREFEITA DO MUNICPIO DE BETIMMaria do Carmo Lara Perptuo

SECRETRIO MUNICIPAL DE INFRAESTRUTURAJos do Carmo Dias

DIVISO DE SERVIOS AMBIENTAISlvaro Luiz Rodrigues

CONSULTORIAL & E Engenharia e Consultoria Ltda.

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1. Prembulo Esse Plano Municipal de Resduos Slidos visa atender a Lei Federal n. 11.445 de 5 de janeiro de 2007, sobretudo nos seguintes princpios fundamentais: I - universalizao do acesso; II - integralidade, compreendida como o conjunto de todas as atividades e componentes de cada um dos diversos servios de saneamento bsico, propiciando populao o acesso na conformidade de suas necessidades e maximizando a eficcia das aes e resultados; III - manejo dos resduos slidos realizados de formas adequadas sade pblica e proteo do meio ambiente; IV - adoo de mtodos, tcnicas e processos que considerem as peculiaridades locais e regionais; V - articulao com as polticas de desenvolvimento urbano e regional, de habitao, de combate pobreza e de sua erradicao, de proteo ambiental, de promoo da sade e outras de relevante interesse social voltadas para a melhoria da qualidade de vida, para as quais o saneamento bsico seja fator determinante; VI - eficincia e sustentabilidade econmica; VII - utilizao de tecnologias apropriadas, considerando a capacidade de pagamento dos usurios e a adoo de solues graduais e progressivas; VIII - transparncia das aes, baseada em sistemas de informaes e processos decisrios institucionalizados; IX - controle social; X - segurana, qualidade e regularidade; XII - integrao das infra-estruturas e servios com a gesto eficiente dos recursos hdricos.

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PREFEITURA MUNICIPAL DE BETIMSECRETARIA MUNICIPAL DE INFRAESTRUTURA2. Apresentao O municpio de Betim possui uma das maiores taxas de crescimento do estado. Esse crescimento, unido com o desenvolvimento industrial e econmico da cidade, faz com que o planejamento urbano seja uma das principais necessidades em curto prazo, sobretudo no que se refere ao meio ambiente. Aliado a esse cenrio, a Poltica Nacional de Resduos Slidos foi aprovada aps 19 anos de espera. O projeto probe a criao de lixes, nos quais os resduos so lanados a cu aberto. Todas as prefeituras devero construir aterros sanitrios adequados ambientalmente. Ser proibido catar lixo, morar ou criar animais em aterros sanitrios. Alm disso, introduzida na legislao a "responsabilidade compartilhada", envolvendo a sociedade, as empresas, as prefeituras e os governos estaduais e federal na gesto dos resduos slidos. A proposta estabelece que as pessoas tero de acondicionar de forma adequada seu lixo para a coleta, inclusive fazendo a separao onde houver coleta seletiva. A proposta prev que a Unio e os governos estaduais podero conceder incentivos indstria de reciclagem. Pela nova poltica, os municpios s recebero dinheiro do governo federal para projetos de limpeza pblica e manejo de resduos slidos depois de aprovarem planos de gesto. As cooperativas de catadores de material reciclvel foram includas na "responsabilidade compartilhada", devendo ser incentivadas pelo poder pblico. A Prefeitura Municipal de Betim sempre foi referncia nacional quando o assunto gesto de resduos slidos. O pioneirismo na implantao do Aterro Sanitrio licenciado ainda no ano de 1996, bem como a implantao da coleta seletiva so realidades em nosso municpio h quase duas dcadas. O que hoje est se tornando obrigao para alguns municpios, Betim j referncia nacional no assunto. A continuidade de nossas polticas ambientais, aliado a necessidade da universalizao dos servios de saneamento bsico, fomentou a implementao do plano municipal de resduos slidos. Visando a manuteno dessa referncia positiva, o planejamento aparece como pea fundamental para implantao de medidas necessrias sustentabilidade scio-ambiental em nosso municpio, e a Poltica Municipal de Resduos Slidos componente indispensvel nesse arcabouo. Assim, considerando este cenrio, surge a necessidade de se iniciar o processo de elaborao do projeto de uma poltica municipal de resduos slidos, a partir da qual podero ser definidas diretrizes e normas visando preveno da poluio para proteo e recuperao da qualidade do meio ambiente e da sade pblica, atravs da gesto democrtica e sustentvel dos resduos slidos no Municpio de Betim.

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PREFEITURA MUNICIPAL DE BETIMSECRETARIA MUNICIPAL DE INFRAESTRUTURA3. Introduo O reconhecimento da importncia de diversos atores sociais como co-responsveis na gesto de resduos slidos, a valorizao da reciclagem e a promoo de aes educativas para mudanas de valores e hbitos da sociedade so alguns dos elementos centrais para uma gesto integrada, descentralizada e compartilhada. Trata-se de prioridades relativamente novas, uma vez que foram incorporadas a partir do incio da dcada de 1990 por alguns governos municipais. Inmeras razes explicam o desenvolvimento tardio destas novas prioridades: o descaso ou desconhecimento por parte da sociedade sobre os impactos socioambientais gerados pelos resduos slidos; a escassez de recursos pblicos para esta atividade e uma cultura privilegiando uma abordagem tcnica e no socioambiental da questo. Os resduos slidos ocuparam por muito tempo uma posio secundria no debate sobre saneamento quando comparados s iniciativas no campo da gua e esgotamento sanitrio. Na dcada de 1970, o Plano Nacional de Saneamento, denominado PLANASA, enfatizou a ampliao dos servios de abastecimento de gua e de coleta de esgoto em detrimento de investimentos em resduos slidos. Tal opo registrou como principal benefcio levar gua para 80% da populao urbana durante a dcada de 1980. Resultado bem mais modesto foi alcanado com relao ao esgotamento sanitrio: apenas 35% do esgoto passou a ser coletado, destacando-se ainda o fato de que, desse total, apenas uma parcela bastante reduzida vem sendo tratada antes do descarte direto em crregos e rios (Philippi Jr, 2001). Ao deixar a questo de resduos slidos em segundo plano, os governos federal, estadual e municipal contriburam para a proliferao de lixes nas dcadas de 1970 e 1980, paralelo ao intenso processo de urbanizao vivido pelo pas. Em meados da dcada de 1980, porm, o agravamento dos problemas socioambientais, decorrentes da destinao inadequada de resduos slidos, estimulou a integrao desta temtica nos debates sobre saneamento no pas. Um dos marcos foi a criao do PROSANEAR, em 1985, privilegiando uma viso integrada do saneamento e tendo como objetivo financiar aes conjuntas em relao gua, ao esgoto, drenagem urbana e aos resduos slidos. Tratava-se de um avano significativo, uma vez que os resduos slidos passavam a ser includos pela primeira vez em uma linha de financiamento A valorizao da questo dos resduos slidos contribuiu para que, nos anos 1990, o conceito de saneamento se ampliasse, passando a ser denominado saneamento ambiental. Na prtica, no entanto, os recursos destinados aos resduos slidos cresceram muito pouco. Para os municpios, a opo do governo federal representou um grande entrave. Desde 1988, com a promulgao da nova constituio, de responsabilidade exclusiva dos municpios o gerenciamento dos resduos slidos. No entanto, se a competncia para operao dos servios foi descentralizada, o mesmo no ocorreu com a distribuio de recursos financeiros que continuaram controlados pela Unio. Alm disso, os recursos federais disponveis para o financiamento de programas de saneamento foram reduzidos na dcada de 1990. Os sucessivos acordos com o Fundo Monetrio Internacional FMI tm includo metas crescentes de supervit primrio.PLANO MUNICIPAL DE RESDUOS SLIDOS BETIM/MG

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PREFEITURA MUNICIPAL DE BETIMSECRETARIA MUNICIPAL DE INFRAESTRUTURAEste quadro apresenta enormes desafios para os municpios no campo dos resduos slidos, pois ao mesmo tempo em que os recursos para financiamento foram significativamente reduzidos, a necessidade de investimentos para a ampliao dos servios de coleta, transporte e construo de novas instalaes de tratamento e destinao final aumentou progressivamente. A ampliao dos servios de gerenciamento de resduos slidos uma caracterstica inerente ao processo de urbanizao, estando presente em praticamente todos os pases. Entre 1979 e 1990, enquanto a populao mundial aumentou em 18%, o lixo produzido no mesmo perodo cresceu 25%. No Brasil, 240 mil toneladas de lixo domiciliar so geradas diariamente, perfazendo uma produo mdia maior do que 1 kg por habitante/dia. O crescimento da gerao de resduos slidos urbanos em uma taxa superior ao crescimento populacional faz com que, nos grandes centros urbanos, milhares de toneladas de resduos sejam despejadas diariamente nos lixes ou em aterros sanitrios, encurtando sua vida til. Para minimizar este problema, uma das alternativas a implantao de um Plano de Gerenciamento Integrado de Resduos Slidos, o qual aponta administrao integrada dos resduos por meio de um conjunto de aes normativas, operacionais, financeiras e de planejamento. O PGIRS leva em considerao aspectos referentes gerao, segregao, acondicionamento, coleta, armazenamento, transporte, tratamento e disposio final dos resduos, priorizando atender requisitos ambientais e de sade pblica. Alm da administrao integrada dos resduos, o PGIRS tem como base a reduo, reutilizao e reciclagem dos resduos gerados no municpio. Contudo, para bem atuar sobre os problemas dos resduos slidos necessrio que seja implantada uma poltica municipal de resduos slidos, que esteja alicerada num programa de abordagem sistmica, que contemplem aes que possibilitem a sua efetiva implementao no contexto da realidade do Municpio. A poltica municipal para a gesto de resduos slidos possibilitar a participao e interveno da sociedade no processo de gerenciamento desses resduos. Para que este gerenciamento seja realmente participativo e que promova mudanas de questes culturais como o desperdcio, necessrio amobilizao dos diversos setores da sociedade. No entanto, dentro do contexto do gerenciamento integrado de resduos slidos, h que se destacar as unidades de disposio final de resduos slidos, aqui entendida como aterro sanitrio, que uma tcnica disposio de resduos slidos urbanos no solo, sem causar danos ou riscos sade pblica e segurana, minimizando os impactos ambientais, mtodo este que utiliza os princpios de engenharia para confinar os resduos slidos ao menor volume permissvel, cobrindo-os com uma camada de terra na concluso de cada jornada de trabalho ou intervalos menores se for necessrio (ABNT, 2004) .1

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Norma tcnica da ABNT 10.004/04 - "Resduos Slidos - ClassificaoPLANO MUNICIPAL DE RESDUOS SLIDOS BETIM/MG 8

PREFEITURA MUNICIPAL DE BETIMSECRETARIA MUNICIPAL DE INFRAESTRUTURANo Brasil, a disposio de resduos slidos urbanos em aterros sanitrios ainda precria, sendo que os resduos so dispostos sobre o solo, mas em depsitos irregulares, sem critrios construtivos e se m proteo ao meio ambiente. Esses locais so denominados lixes. De acordo com a Pesquisa Nacional de Saneamento Bsico (PNSB 20022) indicou uma situao exageradamente favorvel no que se refere a quantidade de lixo vazado nas unidades de destinao final, pois aproximadamente 73,2 % de todo o lixo coletado no Brasil estaria tendo um destino final adequado, em aterros sanitrios ou controlados. Porm quando se analisam as informaes tomando-se por base, o nmero de municpios, o resultado j no to favorvel, pois 63,1% deles informam que depositam seus resduos em lixes e apenas 13,7% declaram que possuem sanitrios. Por outro lado, dos 5.561 municpios brasileiros, 73,1% tm populao inferior 20.000 habitantes. Nestes municpios, 68,5% dos resduos gerados so vazados em locais inadequados. Como pode ser observado na Figura 1, Minas Gerais no difere da situao brasileira. Nessa Figura apresentado um panorama da disposio de resduos slidos urbanos em Minas Gerais. Entretanto, com objetivo de apoiar os municpios no atendimento s normas de gesto adequada de resduos slidos urbanos definidos pelo Conselho Estadual de Poltica Ambiental (Copam), a Fundao Estadual do Meio Ambiente (Feam) est frente do programa Minas sem Lixes, lanado em 2003. Este programa se insere dentro de um programa de projetos estruturadores, desenvolvidos pelo governo estadual, cujo objetivo promover e fomentar a no gerao, o reaproveitamento, a reciclagem e a disposio adequada de resduos slidos com vistas melhoria da sade e da qualidade ambiental. Com este programa, pretende-se erradicar no mnimo 70% dos lixes existentes no Estado de Minas Gerais e promover aes que permitam a disposio final de 60% dos resduos slidos urbanos gerados em sistemas tecnicamente adequados.

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Pesquisa Nacional de Saneamento Bsico. IBGE: Rio de Janeiro, 2002.PLANO MUNICIPAL DE RESDUOS SLIDOS BETIM/MG 9

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Figura 1 - Disposio final de resduos slidos urbanos em Minas Gerais

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4. Objetivos A Poltica Municipal de Resduos Slidos, a ser formulada, dever ter como finalidade o desenvolvimento das atividades voltadas para o manejo adequado de resduos em todo Municpio de Betim, de modo a promover, aes de coleta, transporte, reciclagem dos resduos gerados; disposio final; gerenciamento integrado de resduos slidos; gerenciamento do monitoramento ambiental; economia dos recursos naturais; comunicao e informao dos resultados, visando preservar, controlar e recuperar o meio ambiente natural e construdo do municpio para a qualidade ambiental propcia vida, visando assegurar, condies ao desenvolvimento scio-econmico, aos interesses municipais e proteo da dignidade da vida humana. Como objetivos especficos, a Poltica Municipal de Resduos Slidos dever procurar: IIIIIIIntegrar e articular aes relativas gesto de resduos slidos; Disciplinar a gesto, reduzir a quantidade e a nocividade dos resduos slidos; Preservar a sade pblica, proteger e melhorar a qualidade do meio ambiente, eliminando os prejuzos causados pela gerao ou disposio inadequada de resduos slidos; IVVVIEstimular e valorizar as atividades de coleta de resduos slidos reutilizveis e reciclveis; Fomentar o reaproveitamento de resduos como matrias primas; Propugnar pela imediata regularizao, ou na impossibilidade dessa medida, pelo encerramento das atividades e extino de locais que se preste inadequada destinao de resduos slidos; ISupervisionar e fiscalizar o gerenciamento, dos resduos slidos, executado pelos diversos responsveis, de acordo com as competncias e obrigaes estabelecidas; IIIIIIVDesenvolver e implementar aes relativas ao gerenciamento integrado de resduos slidos; Implementar aes de licenciamento ambiental; Fomentar: a) A adoo de mtodos, tcnicas e processos no gerenciamento dos resduos slidos e na prestao dos servios de limpeza municipal que privilegiem a minimizao desses resduos; b) Reutilizao de produtos;

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c) A destinao dos resduos slidos, de forma no prejudicial sade pblica e compatvel com a conservao do meio ambiente; A formao de cooperativas ou associaes de trabalhadores autnomos que realizem a coleta, o transporte, a triagem e o beneficiamento de resduos slidos reutilizveis ou reciclveis; d) O estmulo ampliao de mercado para materiais secundrios e produtos reciclados direta ou indiretamente; e) A capacitao dos recursos humanos envolvidos em atividades relacionadas com o gerenciamento de resduos slidos, inclusive a proteo e a assistncia sade fsica e mental do trabalhador envolvido na operao dos servios de limpeza municipal; f) O desenvolvimento, a apropriao, a adaptao, o aperfeioamento e o uso efetivo de tecnologias adequadas ao gerenciamento de resduos slidos; g) A implementao de aes de educao ambiental, em especial as relativas a padres sustentveis de consumo; h) A adoo de solues locais ou regionais, no encaminhamento dos problemas relativos a acondicionamento, armazenamento, coleta, transporte, reutilizao, reciclagem, tratamento e disposio final de resduos slidos; i) A valorizao dos resduos slidos por meio de reciclagem de seus componentes, ou tratamento, para fins de compostagem.

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5. Princpios Como mencionado anteriormente, a poltica municipal de resduos slidos pode ser entendida como sendo o conjunto de proposies necessrias para o cumprimento dos seguintes princpios bsicos: a) Funo social da cidade; b) Funo social da propriedade urbana; c) Funo social da propriedade rural; d) Gesto democrtica e participativa; e) Sustentabilidade.

Para que isso ocorra, alguns aspectos devem ser observados, sendo que a Poltica Municipal de Resduos Slidos a ser proposta dever atender a alguns princpios especficos, como a busca pela universalizao e regularidade do atendimento nos servios pblicos de limpeza municipal, promovendose a prestao dos servios essenciais totalidade da populao, dentro dos padres de salubridade indispensveis sade humana e aos seres vivos. Ou seja os servios devem ser estendidos toda populao, adotando-se os mecanismos e tecnologias apropriadas e adaptadas que se fizerem necessrias. No entanto, esta universalizao no obtida se outros atores, ou aes, se fizerem presentes, como a mobilizao social e educao ambiental, de maneira que toda a cidade, ou comunidade, seja instada a participar como atores parceiros. Esta poltica tambm passa, essencialmente pela regulamentao e fiscalizao do manejo de resduos nas reas urbana e rural das cidades, de maneira que a poltica, ou melhor, os servios de limpeza urbana de maneira geral seja executado e com qualidade. Na poltica municipal de resduos slidos deve ser prevista a constituio de sistemas de aprovisionamento de recursos financeiros que promovam a continuidade de atendimento dos servios de limpeza municipal, tratamento de resduos e implantao de sistemas de disposio final, com vistas proteo do meio ambiente e da sade pblica. Nesse sentido, o aparato legal deve ser observado, como as leis de responsabilidade fiscal, as leis de diretrizes oramentrias municipais, etc. A poltica deve ser elaborada de maneira tal que, garanta os direitos e obrigaes dos usurios e dos prestadores dos servios de limpeza municipal, em especial no que se refere promoo da continuidade e qualidade na sua prestao, bem como os respeito aos contratos celebrados entre o rgo municipal e as empresas prestadoras de servios relativos limpeza urbana.

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A responsabilidade compartilhada entre o Poder Pblico e a sociedade, deve assegurar a participao da populao no acompanhamento da prestao dos servios de limpeza municipal e no gerenciamento dos resduos slidos, nos termos da legislao pertinente, de maneira que a gesto dos servios seja acompanhada pela populao, a qual pode contribuir na identificao de problemas e falhas operacionais que possam reduzir a confiabilidade no sistema. A populao tambm dever ter direito informao quanto aos possveis potenciais impactos dos produtos e servios sobre o meio ambiente e sade pblica, bem como respectivos ciclos de vida e etapas. Tal princpio est relacionado garantia da limpeza das ruas e lotes/reas vagas existentes nas cidades e correta disposio final de resduos slidos em aterros sanitrios. A gesto e gerenciamento integrado dos resduos slidos urbanos devem ser prevista de maneira que haja racionalidade na execuo dos servios incluindo, inclusive, a mobilizao social e educao para limpeza municipal em consonncia com a poltica municipal de educao ambiental, se esta existir e, independente do grau de abrangncia da mesma. Devem ser elaborados, ou previstos, programas que incentivem a reciclagem, de maneira que sejam propostas solues de reduo, reutilizao, reaproveitamento, coleta seletiva, compostagem e reciclagem de resduos, em preferncia s formas de disposio final. Nesse sentido, deve ser previsto tambm, incentivos pesquisa e capacitao profissional para a gesto integrada, implantao e desenvolvimento da Poltica Municipal de Resduos Slidos. A poltica municipal de Resduos Slidos deve ser elaborada visando tambm a conservao in situ: conservao de ecossistemas e habitats naturais e a manuteno e recuperao de populaes viveis de espcies em seus meios naturais e, no caso de espcies domesticadas ou cultivadas, nos meios onde tenham desenvolvido suas propriedades e caractersticas. Nesse sentido, a poltica deve abordar questes relativas ao planejamento, execuo e fiscalizao dos servios de limpeza urbana de maneira o mesmo no permita a disposio inadequada de resduos em lotes, e reas vagas, em cursos dgua e, tambm, elimine as formas de disposio irregular de resduos em lixes, se esta ocorrer, e que quando a mesma ocorrer em aterros sanitrios, que seja de forma adequada, procurando minimizar os impactos ao meio ambiente e priorizando, se couber a implantao de aterros sanitrios. Alm desses princpios, devem ser abordados, de forma que no traga prejuzos populao e a empresas e indstrias, os princpios do poluidor pagador, de incentivo recuperao de reas degradadas por resduos ou no e de compatibilidade e simultaneidade entre a expanso urbana e a prestao de servio de limpeza municipal.

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6. Gerenciamento de resduos slidos em Betim O correto gerenciamento de resduos slidos urbanos tem por finalidade estabelecer um conjunto de atividades que permita o correto processo de coleta, acondicionamento, transporte e destinao final dos resduos gerados, como tambm, minimizar os passivos ambientais existentes e atender as necessidades da populao e contribuir para a melhoria da sade pblica. Assim, apesar de Betim possuir uma sistemtica de coordenao da execuo dos servios de limpeza urbana que so gerados na cidade, h necessidade que seja elaborao um Plano de Gerenciamento Integrado de Resduos Slidos PGIRS que configure como um documento formal que venha a integrar o sistema de gesto ambiental de Betim e que aponte e descreva as aes relativas ao seu manejo, contemplando os aspectos referentes segregao, acondicionamento, identificao, coleta e transporte, armazenamento e disposio final, de maneira que tenha como objetivos principais: I- a reduo da quantidade e nocividade dos resduos gerados; II- o mximo de reaproveitamento, reutilizao, recuperao e reciclagem de resduos que no puderem ser evitados; III- disposio final realizada de maneira a assegurar a proteo ao meio ambiente e sade pblica; Elaborado o PGIRS, a partir de ento, a coordenao, ou gerenciamento das atividades de limpeza urbana devero obedecer a esse Plano, de acordo com as atividades devidamente realizadas. Constituiro o Plano de Gerenciamento Integrado de Resduos Slidos do Municpio, pelo menos,de maneira ampla, os seguintes itens, de acordo com a legislao vigente, com vistas ao reaproveitamento mximo dos materiais e otimizao do espao a ser utilizado na destinao final: IIIIIIIVVPlano de gerenciamento de resduos orgnicos domiciliares, de poda, de capina e de feiras livres; Plano de gerenciamento de Resduos de Servios de Sade; Plano de gerenciamento de resduos inservveis (mveis e sucatas) de grande porte; Plano de gerenciamento de resduos de materiais reciclveis; Plano de gerenciamento de resduos da construo civil.

Os PGIRS devem abordar no mnimo, de maneira especfica os seguintes informaes e tpicos: A. Identificao do Empreendimento

Razo Social; ICEP; Telefone/fax; Tipo de Atividade; Responsvel Legal pelo empreendimento; Responsvel Tcnico pelo empreendimento.PLANO MUNICIPAL DE RESDUOS SLIDOS BETIM/MG 15

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B. Identificao do Responsvel Tcnico pela elaborao e implementao do PGRS

Nome; Formao; Telefone/fax; ART; Registro Profissional.

C. Resduos Gerados Resduos: determinar / identificar os pontos de gerao dos resduos. Classe: classificar e quantificar os resduos gerados. Segregao: consiste na separao dos resduos por grupo, no momento e no local de sua gerao. Acondicionamento/Armazenagem: indicao da forma de acondicionamento, utilizando a codificao correspondente. Freqncia de gerao. Estoque. D. Transporte dos Resduos O transporte dever ser em conformidade com legislao vigente, por empresa de transporte devidamente licenciada (CRC) ou autorizada. E. Destinao Final Devero ser indicadas as reas de destinao para cada classe de resduo, devidamente autorizadas pelo rgo ambiental competente, e o responsvel pela destinao dos resduos, apresentando as seguintes informaes: Razo Social; Nome Fantasia; Endereo Completo; CNPJ Responsvel Legal.

F. Recursos Humanos: Capacitao, Treinamento e Educao Ambiental Elaborar um programa de recursos humanos, visando a conscientizao e valorizao dos trabalhadores envolvidos no gerenciamento da importncia da segurana e de proteo coletiva e individual no trato com os resduos. O programa dever contemplar aes de capacitao, treinamentos, reciclagens, dos gestores e trabalhadores do PGRS.

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A educao ambiental ter como objetivo conscientizar todos os trabalhadores da necessidade de cooperao de todos para a manuteno de um ambiente limpo e saudvel. Devero ser promovidas campanhas educativas de divulgao utilizando folhetos, cartilhas informando os cuidados com o trato com os resduos, o desperdcio e a vantagem de minimizar, reduzir, reciclar e reutilizar, alm dos custos dos servios e os aspectos ambiental sanitrio. G. Plano de monitoramento e acompanhamento Em qualquer das hipteses o Plano de Gerenciamento deve prever medidas que impeam: IIIIIIO lanamento de resduos slidos "in natura" a cu aberto, em reas urbanas ou rurais; A queima de resduos slidos a cu aberto ou em instalaes, caldeiras ou fornos; O lanamento de resduos slidos no mar, em terrenos baldios, margens de vias pblicas, sistemas hdricos, praias, reas erodidas e poos ou cacimbas, mesmo que abandonados e em reas de preservao permanente; IVVO lanamento de resduos slidos em sistema de redes de drenagem de guas pluviais, esgotos e similares. V- O recebimento de resduos slidos de municpios vizinhos, seja para fins de tratamento ou de disposio final.

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7. Caracterizao do Municpio 6.1 Localizao

O Municpio de BetimMG situa-se na Zona Metalrgica e integra a Regio Metropolitana de Belo Horizonte (Figura 2). Com um territrio de 346 km, distante 31 km de Belo Horizonte por rodovia e 38 km por ferrovia. A rea do Municpio insere-se na bacia do Rio Paraopeba, afluente do Rio So Francisco, com o Ribeiro Betim cortando a cidade. A sede do Municpio est localizada, em mdia, a 860 m de altitude. Sua posio determinada pelas coordenadas geogrficas de 1957 52 Latitude Sul e 4411 54 Longitude Oeste. O Municpio faz divisas com Esmeraldas, Contagem, Juatuba, Igarap, Ibirit, So Joaquim de Bicas, Mrio Campos e Sarzedo.

Figura 2 - Localizao do Municpio de Betim O municpio sub-dividido em 8 (oito) Regionais Administrativas, sendo elas: Terezpolis, Vianpolis, PTB, Sede, Citrolndia, Imbiruu, Alterosas e Norte. A Figura 3 apresenta a distribuio espacial dessas regionais.

NORTE

VIANOPOLIS ALTEROSAS IMBIRU TEREZPOLIS

SEDE PTB

CITROLNDIA

Figura 3 - Regionais Administrativas do Municpio de BetimPLANO MUNICIPAL DE RESDUOS SLIDOS BETIM/MG 18

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6.2

Aspectos histricos

Betim teve seu incio no sculo XVIII, quando Jos Rodrigues Betim, um dos bandeirantes paulistas mais famosos no desbravamento dos sertes das Gerais, andou palmilhando a regio, ainda por volta dos fins do sculo XVII. J nos primeiros anos do sculo XVIII, estabeleceu-se nos ermos entre o Ribeiro das Abboras e o Rio Paraopeba. Aos 14 de setembro de 1711, o governador da provncia, Antnio de Albuquerque, concede-lhe duas lguas entre o Paraopeba e a estrada que vai para as Abboras. No mesmo ano obteve-se do Conselho Ultramarino da Corte Real Portuguesa, a Carta de Sesmaria, relativa s terras localizadas no vale do Ribeiro da Cachoeira (Rio Betim), cujas terras pertenciam, quela poca, ao imenso territrio da primitiva Vila Real de Sabar. No ano de 1754 o povoado passou a ser conhecido como Arraial da Capela Nova. Em 1797 Bernardo Jos Lorena assumiu o Governo da Capitania de Minas e criou novos distritos, entre eles, Capela Nova de Betim. No regime republicano, em 1890, houve uma reforma poltico-administrativa, baseada em dispositivo constitucional, ocorrendo alteraes no quadro territorial de Minas Gerais. Com essa reforma, o "Termo de Santa Quitria", hoje Esmeraldas, foi desmembrado de Sabar em 1901 e elevado a condio de municpio. Capela Nova de Betim passou ento a integrar o territrio Quiterense. Em 1910 chega cidade a Estrada de Ferro Oeste de Minas, auxiliando na fixao de empreendedores. Em 07 de setembro de 1923, foi criado o distrito de Betim, com sede no povoado deste nome, porm, continuando a integrar o territrio de Santa Quitria. Aos 7 de setembro de 1923, a lei n. 843 muda o nome para Capela Nova apenas, passando o arraial ao Municpio de Santa Quitria, hoje Esmeraldas. Finalmente, aos 17 de dezembro de 1938, o decreto-lei n. 148, cria o novo Municpio com o nome de Betim, elevando a sede categoria de cidade. Em 1941 o governo do Estado cria o Parque Industrial no Municpio de Betim, reconhecendo o potencial da regio e despertando os empresrios para instalao de novas indstrias. Em 1948 Contagem e Ibirit so desmembrados do territrio de Betim. Antes a economia da cidade baseava-se na atividade agropecuria e a produo era escoada pela rede ferroviria. At a dcada de 40 a economia do municpio baseava-se na atividade agropecuria, cuja produo era escoada atravs da rede ferroviria. Ao final dos anos 40 foram criadas indstrias significativas na regio, principalmente de cermicas e siderrgicas de ferro-gusa. O fenmeno de industrializao intensifica com a inaugurao da rodovia Ferno Dias (BR 381).

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O primeiro grande empreendimento industrial no Municpio, a Refinaria Gabriel Passos, surge na dcada de 60, responsvel por muitas atividades complementares na regio. As atividades industriais ocupam vrios espaos de Betim, onde est localizado o segundo maior plo industrial automobilstico do Pas. Na dcada de 70, seguindo o processo de industrializao do municpio, teve-se a implantao da Fiat Automveis S.A. e suas indstrias-satlites, resultando na formao do segundo plo industrial automobilstico do pas. Com a crise econmica que se estabeleceu no incio dos anos 80, observou-se desacelerao do processo de crescimento, retomado no final da dcada. O parque industrial se modernizou para adequarse aos padres de concorrncia impostos pelo mercado externo, tais como programas de qualidade total e processos de terceirizao. 6.3 Aspectos demogrficos

O ltimo censo realizado pelo IBGE, em 2000, indicou uma populao residente, em Betim, de 303.588 habitantes e uma taxa de crescimento populacional de 6,65% ao ano, considerando o perodo de 1991 a 2000. No entanto, o mais recente trabalho de atualizao do referido censo, elaborado pelo IBGE, estima uma populao residente de Betim, em 2008, de 429.507 habitantes, e um taxa de crescimento populacional de 5,08% a.a., calculada para o perodo de 2000 a 2007, taxa muito superior da populao da Regio Metropolitana de Belo Horizonte RMBH (2,07%) e de Minas Gerais (1,08%) (Dados Censo IBGE de 2000. Em relao populao metropolitana, vale enfatizar que um grande nmero de pessoas reside em cidades da regio metropolitana e trabalham em Betim e vice-versa, influenciando na mobilidade espacial e na metropolizao da regio, constituindo assim a migrao pendular, a qual determina a populao flutuante da cidade de Betim. Esta migrao contribui na questo da gerao dos resduos slidos urbanos, cuja estimativa populacional, se no for levada em conta, pode acarretar em erros graves na estimativa das taxas de produo per capita de resduos, podendo comprometer o dimensionamento dos projetos de tratamento. Na seqncia so tecidas maiores consideraes a respeito da migrao pendular e de seus efeitos sobre a metropolizao, segundo o trabalho elaborado por Fausto Brito (1992), possibilitando assim a estimativa da populao ampla de Belo Horizonte, considerando os aspectos supracitados. Na Tabela 1 so apresentados os dados populacionais de Betim.

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Ano 1970 1980 1991 2000

Tabela 1 - Betim - Dados populacionais (1970 2000) Urbana Rural Total 17.536 76.801 162.143 295.480 20.279 7.382 8.791 8.108 37.815 84.183 170.934 303.588

Fonte: FIBGE 6.4 Economia municipal

Betim um dos principais plos de concentrao industrial de Minas onde se encontram instaladas a maioria das indstrias geradoras de emprego e das atividades econmicas e de servios A rea urbana do municpio foi bastante influenciada pela via de acesso cidade de Belo Horizonte, ao longo da qual se formou um corredor industrial e comercial, acompanhando no seu entorno por reas residenciais. A economia do municpio se estrutura basicamente na agropecuria, indstria e comrcio. a) Agropecuria

A agricultura e a pecuria foram, por muito tempo, as grandes fontes de renda do municpio de Betim. At 1950, a maior parte da mo de obra estava concentrada nestes setores, colocando em plano secundrio o pessoal empregado na indstria de transformao e na atividade extrativa. Atualmente, a agricultura constitui pondervel atividade econmica do municpio, especialmente no que se refere produo de hortifrutigranjeiros da qual boa parte enviada para Belo Horizonte. Pode ser mencionada tambm a fruticultura, com destaque para a produo de tangerinas, laranjas e bananas. As culturas que ocupam maiores espaos so as de cana-de-acar, milho mandioca e tomate. Estas consideradas culturas temporrias. Na Tabela 3 so apresentados os principais produtos agrcolas produzidos em Betim no ano de 2003. Em relao pecuria, predomina-se a criao de bovinos com destinao principal produo de leite. A avicultura aparece com relativo destaque sendo desenvolvida nas reas de vrzea. A maioria da produo destinada ao mercado consumidor de Belo Horizonte.

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Dentre as atividades ligadas ao setor agropecurios podem ser citadas a Cooperativa Agropecuria, a Cooperativa de Eletrificao Rural e o Sindicato dos Trabalhadores de Betim. Na Tabela 2 so apresentados os principais efetivos verificados no Municpio de Betim em 2003. Tabela 2 - Principais Produtos Agrcolas - Municpio de Betim 2003 Produto Banana Caf Feijo (1 .safra) Feijo (2 .safra) Laranja Milho Tomate (de mesa)(1) a a (2)

rea colhida (ha) 10 40 6 40 2 20 20 50 1

Produo (t) 80 1.600 3 32 1 133 200 125 30

Rendimento mdio (kg/ha) 8.000 40.000 500 800 500 6.650 10.000 2.500 30.000

Cana-de-acar

Mandioca

Fonte:Fundao Instituto Brasileiro de Geografia e Estatstica (IBGE)(1) Produo em mil frutos e rendimento em frutos/ha (2) Produo em mil cachos e rendimento em cachos/ha Disponvel em www.almg.gov.br

Tabela 3 - Pecuria - principais efetivos - Municpio de Betim 2003 Especificao Asininos Bovinos Bubalinos Caprinos Equinos Galinaceos Muares Ovinos SuinosDisponvel em www.almg.gov.br

Nmero de cabeas 18 15.603 123 364 1.536 54.412 121 77 2.542

Fonte: Fundao Instituto Brasileiro de Geografia e Estatstica (IBGE)

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b)

Indstria

Atualmente o setor industrial domina a economia do municpio de Betim, destacando-se o ramo automobilstico, siderrgico, metalrgico, petroqumico e de cermica. A privilegiada localizao, condies topogrfica e infraestrutural facilitam o desenvolvimento industrial do municpio. No distrito industrial Paulo Camillo de Oliveira Pena, com uma rea de 16 km , abriga, entre outras, as seguintes indstrias de grande porte: Fiat Automveis S/A (Figura 4); FMB Produtos Metalrgicos; REGAP Refinaria Gabriel Passos.2

-

Destaca-se que, at 1976, Betim no possua uma atividade econmica definida e forte. Com cerca de 40 mil habitantes, a cidade tinha um comrcio que sofria com a concorrncia da capital e quase da metade da populao vivia nas reas rurais. Com a implantao da Fiat, o municpio investiu forte na busca de bases econmicas capazes de aumentar a receita e provocar crescimento. O incio da construo da fbrica era o exemplo que faltava para estimular a chegada de novas indstrias. As mudanas foram ocorrendo rapidamente com grande aumento na oferta de empregos e melhoria nas condies de vida. Depois de algumas dcadas aps o incio da produo fica evidente a participao da empresa no crescimento e progresso da cidade (FIAT, 1999). Com a finalidade de incentivar a implantao de novas indstrias e conseqentemente promover a gerao de novos empregos, o executivo municipal tem concedido incentivos fiscais aos grupos interessados.

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A mo-de-obra concentrada neste setor constitui cerca de 52% da populao ocupada em setores econmicos. c) Comrcio

O setor tercirio tem pequena importncia na gerao de empregos para o municpio de Betim. Predominam os estabelecimentos destinados comercializao de gneros alimentcios, bares e restaurantes. 6.5 Infraestrutura e aspectos sociais a) Comunicaes Em relao aos meios de comunicao, o municpio de Betim favorecido pela proximidade a Belo Horizonte, capital do Estado de Minas Gerais. Os servios de telefonia fixa em Betim so ofertados pela Embratel, Vsper S.A, Telemar Norte Leste S/A e Global Village Telecom (GVT). At 2008, haviam cerca de 51.700 terminais telefnicos residenciais e 7.290 comerciais/industriais instalados, alm de 1982 telefone pblicos, segundo informaes da Prefeitura de Betim (Prefeitura de Betim, 2008). O sistema de telefonia mvel tambm est presente no Municpio. As operadoras que atuam na cidade so: Oi, Claro, Nextel, Tim e Vivo. O municpio em estudo ainda conta com um total de 3 agncias dos Correios. Deste total 03 agncias so prprias e 1 franqueada e se localizada na Fbrica da FIAT. Existem ainda no Municpio de Betim os seguintes jornais locais: Jornal O tempo, Jornal Hoje em dia e Jornal Estado de Minas. O municpio conta ainda com 01 rdio local, mas devido sua proximidade a Belo Horizonte, diversas outras rdios so captadas em Betim. O municpio conta ainda com 2 operadoras de TV por assinatura a cabo e 01 via satlite, e sinais de TV aberta oriundos de Belo Horizonte. Tem-se tambm a TV Betim (Fundao Cultural Mangabeiras), que um canal comunitrio que retransmite a programao da Rede Minas, uma parte da programao infantil da TV Cultura, clipes exibidos pelo canal por assinatura M1Station e da TV Assemblia Legislativa de Minas Gerais (TV ALMG). A emissora, em 2008, obteve uma grande autonomia de sua programao, ocupando a maior parte da programao com programas feitos pela prpria TV Betim. Esta emissora transmitida em rede aberta pelo canal 53 UHF, atingindo mais de 50 municpios da Regio Metropolitana de Belo Horizonte, incluindo a Capital Mineira. Sua sede de produo e transmisso fica no bairro Brasilia, na prpria cidade de Betim.PLANO MUNICIPAL DE RESDUOS SLIDOS BETIM/MG 24

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b) Transportes Os meios de transporte de Betim favorecem a economia municipal e o acesso ao municpio, principalmente devido ao entroncamento de duas Rodovias Federais BR 262 e BR 381 e a Ferrovia Centro-Atlntica, que proporcionam excelente acessibilidade e conexo com o Estado e com o Pas, facilitando o escoamento da produo local e permitindo a convergncia de pessoas e mercadorias. A seguir so apresentadas algumas caractersticas do sistema rodovirio, ferrovirio e aerovirio que atendem ao municipio de Betim. Rodovirio

O meio de transporte mais usado pelo municpio de Betim o rodovirio, o municpio servido por diversas estradas, sendo 03 (duas) Rodovias Federais e 02 (duas) Rodovias Estaduais.

Principal rodovia que serve de acesso a Belo Horizonte: BR 381 Principais rodovias que servem ao municpio: BR 381, BR 262, BR 040, MG 50 e MG 60Por sua proximidade Capital do Estado de Minas Gerais, Belo Horizonte, o municpio muito bem servido com relao s vias de transporte rodovirio. A distncia s principais capitais estaduais brasileiras :

Belo Horizonte: 26 km Rio de Janeiro: 461 km So Paulo: 560 km Braslia: 745 km Vitria: 565 km Ferrovirio

Em relao ao transporte ferrovirio, Betim atendida basicamente pelo transporte de cargas, sendo que as empresas descritas a seguir atendem a diversas empresas do municpio (Teksid, FIAT, etc.):

Ferrovia Centro-Atlntica S.A.; MRS Logstica S.A.; Estrada de Ferro Vitria a Minas - EFVM, e Ferrovias Bandeirantes S.A. - FERROBAN

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Em relao ao transporte ferrovirio de passageiros, tanto Betim quanto a Regio Metropolitana de Belo Horizonte so atendidas apenas EFVM Estrada de Ferro Vitria-Minas, operada pela Companhia Vale do Rio Doce. As distncias aos principais centros por transporte ferrovirio so:

Belo Horizonte: 38 km Rio de Janeiro: 730 km So Paulo: 805 km Braslia: 1.135 km Vitria: 744 km Aeroportos

Em relao ao transporte aerovirio, Betim no possui aeroporto prprio, mas atendida pelos aeroportos Internacional Tancredo Neves e o Aeroporto da Pampulha (Figuras 5 e 6), que se encontram localizados no Municpio de Confins e Belo Horizonte, respectivamente, na Regio Metropolitana de Belo Horizonte - RMBH. Aeroporto Internacional Tancredo Neves

c) Energia eltrica A concessionria do sistema de energia eltrica do municpio de Betim a CEMIG Companhia Energtica de Minas Gerais. A Tabela 20 apresenta a evoluo do consumo de energia eltrica e o nmero total de consumidores no perodo de 1999 a 2003.

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O servio de iluminao pblica atende adequadamente a populao residente. As principais vias da cidade so bem iluminadas auxiliando veculos e transeuntes. Em contrapartida, reas mais afastadas da regio central carecem de melhor estruturao (Tabela 4). Tabela 4 - Consumo e nmero de consumidores de energia eltrica, por classes, no Municpio de Betim (1999 2003) Classe 1999 2000 2001 2002 2003 Industrial consumo (KWh) n consumidores Comercial consumo (KWh n consumidores Residencial consumo (KWh) n consumidores Rural consumo (KWh) n consumidores Outros consumo (KWh) n consumidores Total 855357409 973 58447892 6457 138728209 74720 3285253 360 108928116 295 925030620 1031 57525146 6705 142201487 79950 3288380 376 115449461 318 876869373 1084 52762254 7566 124504985 86033 2786617 435 113041702 354 895046942 1109 53340355 7419 120191035 89616 2670828 462 121303400 400 896027364 1139 55341862 7520 120186872 92049 2763709 488 124753543 402 1199073350 101598

1164746879 1243495094 1169964931 1192552560 consumo (KWh) 82805 88380 95472 99006 n consumidores Fonte: Companhia Energtica de Minas Gerais - CEMIG (Disponvel em www.almg.gov.br)

Nota-se que o consumo de energia eltrica em Betim pouco variou no perodo 1999 2003, tendo sido observado uma elevao de 2,95%. Este percentual baixo, considerando a elevao do nmero de economias atendidas (consumidores), principalmente a residencial que elevou-se cerca de 35,56%, saltando de 82.805 consumidores (1999) para 101.598 (2003). Em 2008 o nmero de consumidores era de 109.070, segundo a Prefeitura de Betim (Prefeitura de Betim, 2008). Da mesma semelhante, a classe denominada "outros", relativa ao consumo dos poderes pblicos, iluminao pblica, servio pblico e consumo prprio tambm registrou uma elevao de 36,27%, isso porque houve neste perodo uma expanso da rede de iluminao pblica na rea urbana. O setor industrial o maior responsvel pelo consumo de energia, com um percentual de 74,73%, seguido do residencial e outros com 10,02 %, o comercial com 4,62% e o rural com apenas 0,23%, confirmando a vocao quase que totalmente agrria do Municpio.

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d) Saneamento Bsico O servio de saneamento no municpio de Betim gerenciado e operado pela Companhia de Saneamento de Minas Gerais - COPASA, concessionria dos servios municipais de abastecimento de gua e de esgotamento sanitrio em quase todos os municpios da RMBH. A COPASA responsvel pelos servios de saneamento no municpio de Betim desde 07/10/1971, data de assinatura do contrato de concesso, renovado atravs de termo aditivo em 1982, por um perodo de 30 anos e, portanto, com vigncia at janeiro de 2012. Esgotamento Sanitrio O sistema atualmente em funcionamento conta com uma rede coletora na extenso de 443.164 m e 57.205 ligaes, representando um atendimento de coleta de cerca de 68 % da populao do Municpio. Quanto aos esgotos gerados nas indstrias, existem duas Normas especificas que estabelecem condies e critrios para o lanamento de efluentes lquidos industriais na rede pblica coletora de esgotos. Estas normas so a ABNT - 4 NBR 9800, de abril de 1987 e a Norma Tcnica T.187, da COPASA (COPASA, 1998). Na Tabela 5 so apresentadas as principais caractersticas das Estaes de Tratamento de Esgoto que atendem a Betim. Tabela 5 - Estaes de Tratamento de Esgoto operadas pela COPASA no Municpio de Betim MGUnidade Operacional Endereo Tratamento Processo Capacidade (l/s) Populao Atendida (Hab.) Corpo Receptor Bacia ETE Cidade Verde Rua Aldebarau, s/ n Secundrio Lagoa Facultativa 7,0 ETE Cachoeira Rua Antioquia XX, Secundrio UASB + Flotao 13,40 ETE Salom Rua Iara, s/ n Secundrio RAFA + Flotao 13,4 ETE Santo Antnio Rua Ia, s/ n Primrio ETE Teixeirinha Rua 1, n 500 Teixeirinha Secundrio

Reator Anaerbio de RAFA + Flotao Fluxo Ascendente 3,0 21,0

4.032 Crrego Lava Ps Rio Paraopeba

6.700

6.068

1.923 Crrego Santo Antnio Rio Paraopeba 3,35

8.000 Crrego Saraiva Rio Paraopeba 8,6

Crrego Cachoeira

Crrego Cachoeira

Rio Paraopeba 8,3

Rio Paraopeba 1,61

Mdia Vazo (L/s) 7,0 fev/ 2008

Fonte: COPASA (2008)PLANO MUNICIPAL DE RESDUOS SLIDOS BETIM/MG

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Tratamento e abastecimento de gua Segundo a COPASA (2008), o Municpio de Betim abastecido pela gua proveniente da Bacia do Rio Paraopeba, composta pelos sistemas Serra Azul, localizado em Juatuba, Rio Manso, em Brumadinho e Vrzea das Flores, nos municpios de Contagem e Betim. O Sistema Vrzea das Flores foi inaugurado em 1972 e corresponde a 26% do abastecimento. O Sistema Serra Azul teve o incio das operaes em 1982 e responsvel por 35% do abastecimento de Betim. O Sistema Rio Manso teve atividades iniciadas em 1991 e responde por 39% do abastecimento. Esses sistemas distribuem mais de 89 milhes de litros de gua tratada por dia, por meio de 1.240.074 metros de rede. Em Betim, a populao atendida de 378.350 habitantes (83.636 ligaes). O tratamento da gua feito de forma convencional. Nas respectivas ETAs, ela passa pelos processos de coagulao, floculao, decantao, filtrao, desinfeco, fluoretao e correo de pH. As trs reas de contribuio direta dos mananciais utilizados para abastecimento de gua do municpio so de proteo especial: o Sistema Serra Azul possui 3.200 hectares, o Sistema Rio Manso tem 9 mil hectares e o Sistema Vrzea das Flores, 12.300 hectares. Nessas trs reas, a vegetao preponderante tem caracterstica de cerrado, com ocorrncia de espcies da Mata Atlntica. A fauna presente em ecossistema cerrado, com alguns animais inclusos na Lista de espcies ameaadas de extino da fauna de Minas Gerais. O controle de qualidade de gua da COPASA comea com o monitoramento da quantidade e da qualidade da gua do manancial utilizado para o abastecimento pblico. Assim, possvel definir a melhor forma de tratamento e estimular a adoo de prticas de recuperao e proteo do manancial.

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8. Servios executados O Municpio responsvel pelo planejamento e execuo, com regularidade e continuidade, da limpeza municipal, exercendo a titularidade dos servios, independentemente dos servios serem prestados de forma indireta. Os servidores de limpeza municipal classificam-se em: IServios essenciais divisveis - passveis de delegao a particular, por meio de concesso ou permisso, nos termos da lei: os servios de coleta, transporte, tratamento e disposio final de lixo, oriundo de fontes identificveis; II- Servios essenciais indivisveis - os servios gerais de limpeza municipal correlatos manuteno da sade pblica e preservao ambiental para remoo, transporte, reaproveitamento, reutilizao, tratamento e disposio final do lixo, oriundo de fontes dispersas; III- Servios complementares - os demais servios de limpeza e conservao municipal, entre os quais os realizados com finalidades urbansticas. A prestao dos servios mencionados no 1 dever adequar-se s peculiaridades e necessidades definidas 7.1 7.1.1 no Plano de Gerenciamento Integrado de Resduos Slidos do Municpio.

Caracterizao quantitativa e qualitativa dos resduos a serem tratados e/ou dispostos Caracterizao qualitativa (Composio gravimtrica)

A Central de Tratamento de Resduos Slidos em questo dever receber os resduos domiciliares, comerciais, pblicos, podas e de servios de sade, do Municpio de Betim. Nas Tabelas 6 e 7 so apresentadas as caractersticas dos resduos slidos domiciliares, as quais foram obtidas por meio de estudos realizados nos anos de 1994 e 2009. Como pode ser observado, os resduos domiciliares so compostos em sua maioria por matria orgnica que representam cerca de 55% de sua composio, em 2009.

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Metodologia empregada A caracterizao realizada em 1994, apresentada neste trabalho apenas como uma referncia devido ao fato de ser mais antiga e, conforme descrito pela BELBA Engenheiros Consultores Ltda. (1994), foi conduzida por meio de 2 sries de amostragens distintas, sendo que na primeira foram obtidas 12 amostras e na segunda 10 amostras. Cada amostra se referia a uma Regional Administrativa do municpio de Betim. As amostras foram obtidas aps descarga dos veculos coletores no local de destino final, poca no aterro localizado no Bairro Nossa Senhora das Graas. Uma vez obtidas as amostras necessrias, estas eram pesadas, para se determinar o peso especfico das mesmas. Aps a pesagem, o material era despejado sobre uma lona, onde era realizada a triagem e separao dos materiais, por categoria, para posterior quantificao. De posse do peso dos diversos componentes, foi calculado o percentual de cada material. Depois, foi determinada a mdia entres os valores obtidos nas duas sries de amostragem, chegando-se composio dos resduos por regio. Por fim, devido ao fato de que cada regio do municpio apresentava uma produo diferenciada, foi necessrio calcular a mdia geral ponderada dos diversos componentes, obtendo-se, finalmente, a composio gravimtrica dos resduos domiciliares de Betim. Em relao caracterizao realizada em 2009, essa foi realizada por uma srie de amostragem, sendo que as amostras foram coletadas e analisadas em bairros diferenciados, rea central, bairros predominantemente residenciais de produo operria, de classe mdia, e mdia-alta, bairros esses que foram previamente identificados e selecionados de comum acordo com a equipe tcnica da empresa terceirizada responsvel pela limpeza urbana no municpio. Foram trabalhadas, 08 (oito) amostras de, aproximadamente, 1,0 t cada, sendo que a metodologia empregada foi semelhante anterior, ou seja, aps a descarga, os resduos foram homogeneizados, quarteados e pesados, at se obter uma amostra representativa de aproximadamente 200 kg. Aps esse procedimento, os resduos componentes de cada quartil foram desensacados e energicamente revolvidos, com o auxlio das ps, enxadas e gadanhos. Feito isto, novamente os quarts foram mesclados entre si, dois a dois e, aps o que se procedeu ao quarteamento final. Foram ento selecionados dois quarts opostos (1 e 4; ou 2 e 3) para a etapa de triagem (qualitativa) e classificao (quanti-qualitativa), Os dois quarts no selecionados foram descartados.

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O material dos dois quarts selecionados, aps sua triagem e classificao foi criteriosamente pesado, aps sua deposio nos tambores. Todas as atividades foram rigorosamente acompanhadas pela Equipe tcnica da empresa terceirizada responsvel pela limpeza urbana no municpio, profissionais que se incumbiram do lanamento dos dados da caracterizao dos resduos no formulrio apropriado. A pesquisa restringiu caracterizao qualitativa e quantitativa, por tipos, dos resduos slidos urbanos gerados na rea urbana da sede do municpio, no se estendendo, portanto, caracterizao fsicoqumica e/ou microbiolgica dos mesmos (Tabelas 6, 7 e 8). Comentrios Como pode ser observado, os componentes que apresentaram uma maior variao no percentual foram os grupos dos papis e matria orgnica. Verificou-se que o percentual de matria orgnica aumentou consideravelmente, passando de cerca de 49% para 54%, destacando-se as regionais Alterosas e Imbiruu, que apresentaram o maior e menor percentual, respectivamente. J em relao aos papis, verificou-se um reduo considervel, passando de cerca de 19% para 9%. Tal fato talvez esteja relacionado em parte coleta seletiva realizada no Municpio e em parte a um percentual que pode ter sido caracterizado como outros, j que a massa final de resduos, durante a triagem, dificulta a identificao de alguns componentes. Em relao possvel influncia da coleta seletiva, o comentrio deve ser visto com cautela, j que para outros componentes coletados pela coleta seletiva no foi observada uma variao considervel, como foi o caso dos plsticos, metais e vidros. J em relao massa final da triagem, essa parece estar relacionada variao observada na porcentagem de papis, j que foi observado um acrscimo nos valores de 4%. Nessa anlise, deve-se considerar tambm a sazonalidade, que pode ter influenciado a caracterizao, j que nessa poca do ano ocorre o perodo de frias escolares, que pode contribuir para uma menor gerao de papis, assim como so observadas temperaturas ambientes mais elevadas, que pode ocasionar para uma maior gerao de matria orgnica.

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PREFEITURA MUNICIPAL DE BETIM SECRETARIA MUNICIPAL DE INFRAESTRUTURA SECRETARIA MUNICIPAL DE INFRAESTRUTURATabela 6 - Caracterizao dos resduos slidos domiciliares do Municpio de Betim - MG, por Regional Administrativa (1994)Regional Componentes Matria orgnica putrescvel Papel e papelo Metal ferroso Trapo, couro e borracha Plstico fino e grosso Vidro Madeira Metal no ferroso Diversos Total Peso especfico (kg/m )3

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Sul 47,5 20,2 6,2 6,9 11,9 1,2 0,9 0,5 4,7 100,0 201,44

Centro 31,6 29,9 2,2 3,5 12,1 1,8 1,3 0,5 17,1 100,0 173,57

Leste 51,4 19,8 3,5 4,0 12,9 1,2 0,4 0,1 6,7 100,0 183,82

Oeste 38,6 20,5 3,8 2,8 9,6 1,2 0,6 1,0 21,9 100,0 183,19

Norte 34,7 19,5 2,8 6,4 10,2 1,9 0,6 0,7 23,2 100,0 193,37

Alterosas 57,1 13,4 2,7 5,4 10,2 0,9 2,2 2,1 6,0 100,0 184,49

Imbiruu 63,6 11,6 3,0 4,3 11,7 0,9 1,5 0,5 2,9 100,0 167,14

PTB 32,3 26,2 8,7 10,7 10,3 1,4 2,8 0,1 7,5 100,0 164,78

PTB 50,7 19,5 2,8 3,9 11,4 1,0 1,1 0,7 8,9 100,0 200,69

Terezpolis Citrolndia Vianpolis 53,5 16,0 2,7 5,6 8,7 1,0 2,2 0,6 9,7 100,0 228 65,0 12,3 2,1 3,6 10,9 1,5 2,6 0,0 2,0 100,0 263,25 64,0 13,1 1,8 5,6 7,8 0,3 0,0 0,1 7,3 100,0 203,88

Mdia 49,17 18,50 3,53 5,23 10,64 1,19 1,35 0,58 9,83 100,0 195,64

Fonte: BELBA Engenheiros Consultores Ltda., 1994

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PREFEITURA MUNICIPAL DE BETIM SECRETARIA MUNICIPAL DE INFRAESTRUTURA SECRETARIA MUNICIPAL DE INFRAESTRUTURATabela 7 - Caracterizao dos resduos slidos domiciliares do Municpio de Betim - MG, por Regional Administrativa (2009)Regional Terezpolis Componentes Matria orgnica Papelo Papis Fino Emb.Tetrapak Filme Plsticos Rgido PET Ferroso Metais No Ferrosos Vidros Resduos de Banheiro Trapos Rejeito Total (%) 0,00 2,09 4,18 4,18 10,46 100,0 0,00 1,15 8,22 0,00 13,16 100,0 0,00 1,30 6,79 0,00 21,69 100,0 0,00 1,08 7,69 0,00 6,61 100,0 0,45 1,28 7,83 3,51 11,82 100,0 0,43 0,87 9,42 0,00 15,94 100,0 0,00 0,27 6,00 0,00 9,60 100,0 0,31 0,94 4,23 0,00 8,93 100,0 0,15 1,12 6,80 0,96 12,28 100,0 1,12 6,80 0,96 12,28 100,0 48,12 3,35 6,07 2,09 8,58 2,30 0,42 8,16 64,64 2,96 1,97 0,90 0,94 0,41 0,99 4,77 51,32 3,04 1,73 0,29 7,08 4,80 0,65 1,30 61,74 7,69 2,28 1,08 7,69 2,16 0,84 1,14 55,91 2,88 1,76 0,96 9,42 2,72 0,48 1,04 42,75 9,57 3,91 1,45 10,00 3,33 1,01 1,30 56,00 6,00 2,67 0,67 10,00 4,67 2,40 1,73 55,23 6,58 3,76 0,59 9,99 2,94 1,41 5,10 54,46 5,26 3,02 1,00 7,96 2,92 1,03 3,07 3,22 11,90 9,28 54,46 Alterosa Sede Norte PTB Imbiruu Vianpolis Citrolndia Mdia Total

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Fonte: empresa responsvel pela limpeza urbana no municpio.PLANO MUNICIPAL DE RESDUOS SLIDOS BETIM/MG 34

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Tabela 8 - Composio gravimtrica dos resduos slidos domiciliares do Municpio de Betim MG Componentes Matria Orgnica Papel Plstico Metal Vidro Outros Total Peso Especfico mdia (kg/m )3

1994

(1)

2009

(2)

49,17 18,50 10,64 4,11 1,19 16,39 100,00 195,64

54,46 9,28 11,90 3,22 1,12 20,02 100,00 188,66

Fonte: 1) BELBA Engenheiros Consultores Ltda; 2) Viasolo Engenharia Ambiental S/A 7.1.2 Caracterizao quantitativa

No municpio de Betim so produzidas cerca de 220 t/d de resduos slidos urbanos, os quais so coletados pela empresa terceirizada responsvel pela limpeza urbana no municpio, por meio de contrato de terceirizao celebrado com a Prefeitura Municipal de Betim, responsvel servio de limpeza urbana municipal. Os resduos so coletados atravs de coleta diferenciada de acordo com a seguinte procedncia e produo percentual, conforme informaes da empresa terceirizada responsvel pela limpeza urbana no municpio: Resduos domiciliar Resduos comerciais Resduos pblicos Resduos dos servios de sade Coleta seletiva = = = = = 83,12% 8,56% 5,35% 0,72% 2,29%

Os resduos coletados so destinados ao aterro sanitrio municipal, localizado na Regional Administrativa Citrolndia e, cujo regime de funcionamento e recebimento dos resduos de 24h/dia. Para a quantificao dos resduos a serem destinados Central de Tratamento de Resduos Slidos, foram utilizados dados da Prefeitura Municipal de Betim, no perodo compreendido entre 1997 e 2008, conforme Tabela 9. Nesta tabela so apresentadas as quantidades geradas mensalmente e por ano. Destaca-se, no entanto, que a quantidade de resduos inertes gerada no municpio no est computada na Tabela 9 apresentada, haja vista a existncia de locais de bota-fora no municpio e o fato de que o aterro sanitrio de Betim no receber estes resduos para disposio.PLANO MUNICIPAL DE RESDUOS SLIDOS BETIM/MG

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Tabela 9 - Quantidade de resduos slidos urbanos gerados no Municpio de Betim - MG (kg/ano)Ano 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 Total CS 319.270 339.200 280.430 137.360 96.120 148.060 78.360 1.222.050 1.083.560 3.704.410 RC 380.850 885.940 1.130.765 923.700 1.566.525 3.128.080 3.514.805 3.624.040 3.381.170 3.763.610 4.773.050 4.047.840 31.120.375 RSS 245.770 258.470 359.115 415.690 433.125 585.665 465.360 538.490 476.540 463.580 463.500 323.680 5.028.985 RP 1.645.635 687.815 2.048.800 1.099.030 1.703.220 1.456.830 1.003.280 2.521.130 3.662.840 2.786.990 18.615.570 RD 26.988.530 35.886.100 39.931.060 43.857.325 43.297.245 48.879.985 45.961.430 47.519.640 50.360.590 53.413.550 55.741.650 38.142.990 529.980.095 Total 27.615.150 37.030.510 43.066.575 46.203.800 47.684.895 53.973.190 51.782.175 53.235.120 55.369.640 60.240.230 65.863.090 46.385.060 588.449.435

CS = Coleta seletiva; RC = Resduo comercial; RSS = Resduo de servios de sade; RP = Resduo pblico; RD = Resduo domiciliar Fonte: Viasolo Engenharia Ambiental S/A A quantidade de resduos apresentada anteriormente se refere a dados computados no sistema de balanas do atual aterro sanitrio de Betim. Assim, considerando a quantidade de resduos gerados nos ltimos 10 anos e a evoluo do aumento da populao do municpio, foi determinada a contribuio per-capita, que de aproximadamente 488 g/hab/dia, em mdia, conforme Tabela 10 Cumpre esclarecer que, segundo informaes da empresa terceirizada responsvel pela limpeza urbana no municpio, o ndice de atendimento populao, por servios de coleta na rea urbana, atinge a 95%. Os resduos slidos dos servios de sade representam menos de 1,0% do volume total de resduos gerados e que devero ser destinados ao aterro sanitrio. No entanto, devem os mesmos continuar a serem pr-tratados no sistema de autoclavagem existente, antes de sua co-disposio, conforme determina a Resoluo CONAMA n 358 de 2005 que dispe sobre o tratamento e a disposio final dos resduos dos servios de sade, assim como sugere-se Prefeitura que exija dos estabelecimentos de sade particulares e pblicos a implantao de planos de gerenciamento dos resduos ali gerados, no intuito de implementar medidas que incentivem a reciclagem e reduza a quantidade a ser destinada Central de Tratamento de Resduos.

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Tabela 10 - Taxas per-capita de resduos gerados no Municpio de Betim - MGAno 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 Mdia* Resduo comercial 0,005 0,010 0,012 0,009 0,016 0,030 0,033 0,032 0,028 0,030 0,036 0,046 0,029 Resduo pblico 0,018 0,007 0,021 0,011 0,016 0,013 0,008 0,020 0,028 0,031 0,017 Resduo domiciliar 0,327 0,407 0,428 0,445 0,445 0,472 0,425 0,425 0,415 0,421 0,426 0,431 0,434 Coleta Seletiva 0,003 0,003 0,003 0,001 0,001 0,001 0,001 0,009 0,012 0,004 Resduo de servios de sade 0,003 0,003 0,004 0,004 0,004 0,006 0,004 0,005 0,004 0,004 0,004 0,004 0,004 Total 0,334 0,420 0,461 0,469 0,490 0,521 0,479 0,476 0,456 0,474 0,503 0,524 0,488

*1997 2008 Fonte: Prefeitura Municipal de Betim Quanto aos resduos inertes (resduos de construo civil e terra), estes podero ser utilizados como material de cobertura diria dos resduos a serem dispostos. No entanto, sugere-se que a prefeitura procure estabelecer diretrizes que incentivem a reciclagem dos resduos de construo, conforme determina a Resoluo CONAMA 307 de 2002, alterada pela Resoluo CONAMA N 348 de 2004, seja por meio da implantao de uma Unidade de Reciclagem e/ou outra forma de reaproveitamento, de forma a dar destinao adequada a esses resduos em sua totalidade. Em atendimento Resoluo CONAMA n 258 de 1999 e alterada pela Resoluo n 301 de 2003, segundo os artigos 1 e 9, os pneus no sero recebidos no aterro sanitrio, exceo daqueles provenientes de campanhas de preveno sade da populao. A seguir apresenta-se a transcrio dos artigos 1 e 9: "Art.1 - As empresas fabricantes e as importadoras de pneumticos para uso em veculos automotores e bicicletas ficam obrigadas a coletar e dar destinao final, ambientalmente adequada, aos pneus inservveis existentes no territrio nacional, na proporo definida nesta Resoluo relativamente s quantidades fabricadas e/ou importadas. Art. 9 - A partir da data de publicao desta Resoluo fica proibida a destinao final inadequada de pneumticos inservveis, tais como a disposio em aterros sanitrios, mar, Rios, lagos ou riachos, terrenos baldios ou alagadios, e queima a cu aberto.

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7.2

Servios

O servio de limpeza urbana do Municpio de Betim regulamentado pelo Cdigo de Posturas do municpio, Lei n 909 de 30/10/1969, necessitando de uma atualizao. A execuo dos servios de limpeza urbana de responsabilidade da Secretaria Municipal de Meio Ambiente da Prefeitura Municipal de Betim, o qual terceiriza este servio. Os principais servios executados so: Coleta domiciliar manual e conteinerizada; Coleta seletiva de materiais reciclveis; Coleta dos resduos slidos de servios de sade; Tratamento dos resduos slidos de servios de sade; Varrio manual de vias e logradouros pblicos; Capina manual e mecanizada; Roada manual e mecanizada; Pintura de meio fio; Limpeza de bocas de lobo; Fornecimento de mquinas para o aterro sanitrio; Campanha de educao ambiental.

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7.2.1. Acondicionamento dos resduos domiciliares Os resduos slidos domiciliares/comerciais apresentados para a coleta, pela populao, de maneira geral so acondicionados de forma correta. Em alguns bairros e casas comerciais, lanchonetes, bares e mercearias, os resduos so apresentados para a coleta em recipientes reutilizveis de metal ou plstico e com capacidade volumtrica varivel, sem o devido acondicionamento prvio. Diversos recipientes no tm tampa, ficando os resduos expostos no mesmo e sujeitos a intempries e ao revolvimento por animais. Esta situao no a ideal, pois propicia condies de proliferao de vetores diversos e exalao de mau cheiro. Entretanto, a prefeitura municipal vem preparando campanha educativa para conscientizar a populao sobre o correto acondicionamento dos resduos.

7.2.2. Coleta domiciliar O planejamento bsico das atividades relacionadas coleta domiciliar decorre das caractersticas especficas dos servios a executar, em funo do volume de resduos a coletar diariamente nas reas e freqncias de coleta pr-determinadas associadas ao sistema de limpeza pblica. Assim sendo, as informaes fornecidas, aliadas ao conhecimento das condies locais, tornaram possvel a definio da estratgia proposta para a realizao dos servios de coleta, abrangendo o universo estabelecido pela Prefeitura Municipal de Betim. Nestas condies, os trabalhos descritos nesse item abrangem os servios de coleta regular utilizando caminhes compactadores com freqncia alternada, nos perodos diurno, e com freqncia diria, no perodo noturno, de todos os resduos especificados a seguir, desde que acondicionados nos recipientes de padro oficial, encontrados nas vias e logradouros, originrios de estabelecimentos pblicos, institucionais, de prestao de servios, comerciais e residenciais: Resduos domiciliares, inclusive os resultantes de varredura; Resduos slidos originrios de estabelecimentos pblicos, institucionais, de prestao de servios e comerciais, at 100 (cem) litros, exceto os resduos slidos da rea de sade e congneres e que apresentarem periculosidade segundo a NBR 10.004 da ABNT; Entulhos, terra e sobras de materiais de construo que no pesem mais de 50 (cinqenta) quilos, devidamente acondicionados; Restos de mveis, colches, utenslios, mudana e outros similares, em pedaos, que fiquem contidos em recipientes de at 100 (cem) litros;

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Entulhos de obras pblicas ou particulares, terra, areia, podas de arborizao pblica ou grandes jardins, resduos de mudana de domiclios ou de reformas de estabelecimentos comerciais, colches e mobilirios, cuja produo exceda 50 (cinqenta) quilos no esto compreendidos na conceituao de resduos domiciliares para efeito de coleta obrigatria. Nesse caso, os resduos devero ser levados ao ponto de destino final pelo prprio gerador. A coleta domiciliar executada porta a porta em todas as vias pblicas oficiais da sede municipal em condies de trfego para os caminhes coletores compactadores em marcha reduzida, abertas circulao ou que venham a ser abertas durante a vigncia do contrato. So empregados 77 funcionrios nas atividades de coleta domiciliar e comercial. A metodologia de execuo para coleta de resduos slidos domiciliares acompanha uma sistemtica de rotina consagrada na prtica e que, no presente caso, tem sua rotina diria iniciada trinta minutos antes do horrio estabelecido para a sada dos veculos, quando motoristas e coletores se apresentam devidamente uniformizados ao Departamento de Trfego, onde sero recepcionados pelos seus respectivos fiscais. No local, os motoristas e coletores assinam as fichas de presena, onde anotado o horrio de entrada em servio, ou passam o crach no relgio de ponto. Os motoristas recebem uma prancheta que contm a ficha de controle e os documentos do veculo que a equipe ir usar no dia e um mapa individual do setor em que ir operar. De posse desses elementos, a equipe se dirige ao ptio de estacionamento, onde o motorista verifica as condies do seu veculo, observando se o mesmo est devidamente abastecido de combustvel e gua, se os pneus esto calibrados, se os freios esto em perfeitas condies de funcionamento e se o equipamento de coleta est em ordem para uma perfeita operao. Aps esse trabalho de verificao, a equipe, j disposta no veculo, recebe ordem da portaria para sair com destino ao seu setor. Todo deslocamento ser feito atravs de itinerrios pr-estabelecidos, os quais somente podem ser interrompidos em casos de acidentes de trnsito ou congestionamentos de trfego que podero atrasar os servios. A quebra de rotina sempre ser anotada em ficha prpria pelo motorista, para efeito de controle de tempo e quilometragem. Com a chegada da equipe ao setor de trabalho, ser iniciada a coleta de resduos em obedincia ao itinerrio e ao mapa que estar em poder do motorista, comeando o servio sempre pela mesma via pblica.

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As tcnicas bsicas de trabalho que so executadas pelos coletores podem ser resumidas nas seguintes observaes: Os coletores devem pegar e transportar os recipientes com precauo, esvaziando-os

completamente, com os cuidados necessrios para no danific-los e evitar a queda dos resduos nas vias pblicas; Os coletores devem pegar e transportar os resduos que estiverem em sacos de lixo com cuidado redobrado e sempre afastado do corpo; Os resduos que tiverem sido depositados nas vias pblicas pelos moradores e que tiverem tombado dos recipientes ou que carem durante a coleta, devem ser varridos e recolhidos; vedado transferir o contedo de um recipiente para outro ou projet-lo de um coletor a outro, bem como atir-lo de volta ao passeio; O vasilhame vazio, quando for o caso, deve ser recolocado onde se encontrava, de p; e Todas as operaes devero ser executadas sem rudo e sem danificar os recipientes. Para a realizao da coleta em vilas e ruas sem sada, desde que a largura das vias permita a passagem do caminho compactador, este conduzido em marcha r at o final da via, efetuando-se a coleta na medida em que o mesmo vai sendo dirigido ao ponto inicial. Em se tratando de vilas ou ruas sem sada ou inacessvel ao veculo, este ficar estacionado no incio das vias, sendo os resduos coletados e transportados at o caminho compactador pelos coletores. Ao completar a carga do caminho compactador, o motorista conduzir o veculo ao seu destino final, na Central de Tratamento de Resduos Slidos CTRS, Aterro Sanitrio localizado margem direita da rodovia intermunicipal BR-381, na rua da Charneca, s.n, Bairro Citrolndia distante cerca de 7,0 km do Distrito Industrial. O trajeto em questo se dar sempre atravs de percursos pr-determinados. Ao chegar ao local de destinao, o motorista estaciona o caminho compactador na balana para pesagem, digitando no computador de bordo, a hora de chegada e o peso do caminho, aps a verificao do peso bruto, o veculo ser deslocado para o local de descarga. Na sada do local de descarga, o motorista retorna balana para a pesagem da tara, registrando no computador de bordo o nmero do ticket e o peso lquido do caminho, retornando ao seu setor, tambm por trajetos previamente definidos, para dar continuidade s tarefas do dia. Ao concluir a primeira viagem do dia, a equipe geralmente reservar um intervalo para refeio e repouso. A segunda viagem ser executada de forma semelhante primeira.

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Ao completar o servio de coleta de resduos slidos domiciliares do seu setor, o motorista retorna s Instalaes Operacionais de Apoio, onde, ao chegar portaria, o caminho compactador vistoriado por elemento treinado, que verifica o aspecto geral do mesmo e se todas as ferramentas de trabalho esto nos devidos lugares (vassouras, ps e garfos). Os coletores da equipe sero liberados no final do turno, aps terem apontado o horrio de trmino do trabalho. Na seqncia, o caminho coletor conduzido ao ptio de abastecimento pelo prprio motorista, onde um funcionrio do Departamento de Manuteno verifica o estado de funcionamento do veculo. Se o caminho coletor no apresentar nenhum problema de ordem mecnica, o motorista registra no computador de bordo o fim do turno, encerrar entregando o veculo ao motorista que o conduzir ao setor de lavagem e em seguida se apresenta ao Departamento de Trfego. Caso o caminho coletor necessitar de algum reparo mecnico, o motorista deve se dirigir ao Departamento de Trfego, onde, alm do procedimento habitual, preencher uma ordem de servio na qual ser descrito o defeito, sendo a mesma entregue ao Departamento de Manuteno, que providenciar o conserto. Cada setor de coleta atendido por um nico caminho coletor, sem sub-setorizao, permanecendo assim sob a responsabilidade de uma nica guarnio, advindo da a tarefa diria a ser cumprida, qual seja, a realizao da coleta completa de todos os resduos domiciliares dispostos no setor, mesmo que tal venha a demandar um tempo extra de trabalho. As equipes sero orientadas de modo a recolher apenas os resduos especificados para a coleta de resduos slidos domiciliares informando a seu respectivo fiscal quando da ocorrncia de situaes fora da rotina, para que assim possam ser avaliadas e tomadas as providncias necessrias, tais como o acionamento de equipes de coletas especiais, no caso de cadveres de animais de grande porte, entulhos, etc., ou mesmo a notificao de estabelecimentos para orientao no caso de resduos sistematicamente mantidos fora do disposto nas normas vigentes. No caso de pane ou quebra do caminho coletor, so imediatamente acionados o caminho coletor reserva da coleta e o veculo de socorro mecnico da equipe de manuteno, buscando-se desta forma o prosseguimento das tarefas do dia. No obstante, como os trabalhos so realizados em regime de tarefas dirias a cumprir, so fixados apenas os horrios de incio das atividades, estendendo-se o perodo de trabalho pelo tempo necessrio ao cumprimento total da coleta em cada setor. O responsvel pelo setor efetua um controle dirio das operaes realizadas, identificando setores de trabalho, equipes e caminhes coletores mobilizados, horrios de incio e trmino das operaes, horrios de cada viagem e distncias percorridas, alm do volume de resduos efetivamente coletado.

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O controle dirio assim caracterizado resulta em informaes acumuladas em boletim mensal de controle, sendo, porm mantidos em regime on line os principais parmetros da coleta, dispondo-se assim de valores dirios e mensais acumulados a qualquer tempo, o que propiciar a avaliao do desempenho das equipes de um modo completo e imediato. A equipe empregada na coleta de resduos domiciliares constituda de: 01 Caminho Coletor Compactador de 15 m 01 Motorista 04 Coletores Ferramentas para a execuo dos servios As atividades de coleta domiciliar afetas ao sistema de limpeza pblica de Betim, coleta um volume mensal de: Coleta e transporte de lixo domiciliar........................................................................80.300 ton./ano Coleta e transporte de lixo domiciliar.........................................................................6.692 ton./ms O volume mensal acima corresponde, portanto, a uma mdia diria aproximada de 220 toneladas de resduos slidos domiciliares coletados, considerando, inclusive, os volumes da coleta de resduos de feiras-livres e de varrio. So utilizados, pela empresa terceirizada responsvel pela limpeza urbana no municpio, uma frota total de 07 veculos coletores compactadores exclusivamente para atender coleta de resduos domiciliares, os quais somados reserva tcnica necessria, levam a uma frota total de 10 veculos.,3

Quanto s jornadas, turnos e viagens previstas para cada veculo, tem-se:,

02 turnos/dia 01 jornada por turno 02 viagens por jornada para cada veculo,

A frota de veculos encontra-se distribuda em 22 setores de coleta distintos, cada qual atendido por um nico veculo coletor compactador. As freqncias associadas a esses setores sero as seguintes:,

Setor 12 Setor 01

Coleta diria diurno (2 feira sbado) Coleta diria noturna (2 feira sbado)

Setores 12A, 13, 14, 15, 16 e 17........................... Coleta alternada diurna (2s, 4s e 6s feiras) Setores 01A, 02, 03, 04, 05, e 06........................ Coleta alternada noturna (2s, 4s e 6s feiras) Setores 12 B, 18, 19, 20, 21, 22.................... Coleta alternada diurna (3s, 5s feiras e sbados) Setores 01B, 07, 08, 09, 10, 11...................Coleta alternada noturna (3s, 5s feiras e sbados)PLANO MUNICIPAL DE RESDUOS SLIDOS BETIM/MG 43

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As freqncias concebidas pela empresa terceirizada responsvel pela limpeza urbana no municpio para a coleta domiciliar encontram-se explicitadas nos mapas inseridos no item apresentado anteriormente referente setorizao dessas atividades. Na Figura 9 podem ser observadas algumas etapas da execuo desse servio, enquanto que a Figura 10 apresenta o planejamento de coleta que vem sendo executado.

Fonte: Viasolo Engenharia Ambiental S/A (a)

Fonte: Viasolo Engenharia Ambiental S/A (b)

Figura 4 - Coleta regular de resduos slidos urbanos no Municpio de Betim

PLANO MUNICIPAL DE RESDUOS SLIDOS BETIM/MG

44

PREFEITURA MUNICIPAL DE BETIM PREFEITURA MUNICIPAL DE BETIM SECRETARIA MUNICIPAL DE INFRAESTRUTURA

SECRETARIA MUNICIPAL DE INFRAESTRUTURA

17

17

17

17

13

13

1314

08 1417

10

0710

131416 17

11

1303 03

04 0709 0522

130403 05 16

0809

12041620

11

12A

02

12

22

1306 0602 02 02

05

12B

12B01

20 06 2101B

01

01

21 2004

01B

18 21

21

22

22

20

20

LEGENDACORES TURNO FREQUENCIA

VIASOLO ENGENHARIA AMBIENTAL S/AJOO PAUL O/ VI AS OL O/BE TIM/MG ASS IS TENT E DE CONTROL E OPERACIONAL E CUST OS

ESCALA

1:15.000

DATA

ABRIL/2006

Figura 5 - Freqncia de coleta de resduos slidos domiciliares em BetimPLANO MUNICIPAL DE RESDUOS SLIDOS BETIM/MG 45

PREFEITURA MUNICIPAL DE BETIMSECRETARIA MUNICIPAL DE INFRAESTRUTURA

7.2.3.

Varrio

A exemplo do plano de coleta, o planejamento bsico das atividades inerentes varrio manual decorrente das caractersticas especficas dos servios a executar, em funo das extenses de vias a atender de acordo com o quantitativo de resduos gerados. So empregados atualmente 130 funcionrios nessa atividade. Assim sendo, as informaes fornecidas, aliadas ao conhecimento das condies locais, tornaram possvel a definio da estratgia proposta para a realizao dos servios de varrio, abrangendo o universo estabelecido pela Prefeitura Municipal de Betim. O sistema de varrio abrange os resduos gerados nas seguintes atividades: Operao no mecanizada de recolhimento e remoo de resduos espalhados pelas vias e logradouros pblicos; Trabalhos de raspagem em situaes de rotina; Esvaziamento e reposio de sacos plsticos existentes nas lixeiras e vias pblicas; Varrio de resduos resultantes de eventos havidos em logradouros pblicos. As operaes de varrio manual compreendem sarjetas, canteiros centrais no ajardinados e passeios ao longo das vias e logradouros pblicos, sendo passeio em toda a sua largura e sarjeta limitada a largura de 1,5 (um metro e meio) contados do meio-fio, floreiras e papeleiras. Considerou-se a extenso mdia diria de 210 km de vias a varrer, equivalente a cerca de 5.460 km mensais. Dentro do que dispe o planejamento idealizado para a execuo dos servios, observando-se que haver 02 turnos de trabalho, sendo diurno e noturno, 5 (cinco) diferentes freqncias estaro envolvidas na realizao dos trabalhos: Freqncia diria com 1 x varrio por dia Freqncia diria com 2 x varrio por dia Freqncia alternada - 3 x dia Freqncia alternada - 3 x semana Freqncia alternada - 2 x semana Freqncia alternada - 1 x semana Para permitir o ajuste adequado do plano de varrio, a empresa terceirizada responsvel pela limpeza urbana no municpio efetuou a verificao dos trabalhos a partir do levantamento das extenses das vias

PLANO MUNICIPAL DE RESDUOS SLIDOS BETIM/MG

46

PREFEITURA MUNICIPAL DE BETIMSECRETARIA MUNICIPAL DE INFRAESTRUTURA

indicadas. As medies realizadas levaram as seguintes extenses a atender, dentro de cada freqncia pr-estabelecida para execuo dos servios: com 1 varrio diria: com 2 varrio diria: com varrio alternada (2, 4 e 6 feira; 3, 5 e Sbado): com varrio alternada (2 e 4 ; 3 e 5): com varrio semanal (2; 3; 4; 5; 6 feira e Sbado): Extenso total a atender na Varrio Diria: .......................................................... 11,90 35,00 43,40 57,40 62,30 210,00 Km

A extenso mdia diria a varrer dada pela ponderao das extenses de cada trecho em funo de suas respectivas freqncias de atendimento. Assim sendo, tem-se as seguintes extenses mensais efetivas de trabalho: nas vias a atender com 1 varrio por dia (8,5 km x 26 dias): .............................. ................... 309,40 Km 910,00 Km 1.128,40 Km 1.492,40 Km 1.619,80 Km 5.460,00 Km

nas vias a atender com 2 varrio por dia (25,0 km x 26 dias):.................................. nas vias a atender com varrio 3 x semanal (31,0 km x 26 dias): nas vias a atender com varrio 2 x semanal (41,0 km x 26 dias):............................ nas vias a atender com varrio semanal (44,50 km x 26 dias):....