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SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO – SEED
PLANO DE AÇÃO NA GESTÃO DA ESCOLA – 2016 a 2019
ROSÂNGELA VANSAN PARISE – DIRETORA
MARIZA NESI - DIRETORA AUXILIAR
"Meu único desejo, meu tema
musical, meu diamante é educação"
Rubem Alves
FRANCISCO BELTRÃO / PR
ANEXOS
1- IDENTIFICAÇÃO DA INSTITUIÇÃO DE ENSINO
“Onde quer que haja mulheres e homens, há sempre o que fazer, há sempre o que ensinar, há sempre o que aprender”. Paulo Freire
CEIEBJA - Centro Estadual Integrado de Educação Básica para Jovens
e Adultos – Ensino Fundamental, Médio e Profissional, situado na Rua União
da Vitória nº. 1272, centro, na cidade de Francisco Beltrão, CEP: 85.605-040
telefone/fax (46) 3523 2987, e-mail: [email protected]
A Educação de Jovens e Adultos, Ensino Fundamental - Fase II e
Ensino Médio é ofertada de forma presencial, com a seguinte organização:
I. coletiva e individual, no Ensino Fundamental - Fase II e no Ensino Médio;
II. componentes curriculares organizados por disciplina, conforme matriz
curricular;
III. turnos: Manhã (7:30h às 11h), tarde (13:30h às 17h) e noite (18:45h às
22:05h), conforme calendário escolar;
IV. curso Técnico em Informática em nível médio – PROEJA, no período noturno
(18:45h às 22:30h)
2- CARACTERIZAÇÃO DA INSTITUIÇÃO DE ENSINO
2.1 APRESENTAÇÃO DA ESCOLA – PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS.
2.1.1 Histórico:
O Centro Estadual Integrado de Educação Básica para Jovens e Adultos
de Francisco Beltrão - CEIEBJA desde 11/07/1997 até a presente data localiza-
se na Rua União da Vitória, nº 1272, em prédio locado, tem como entidade
mantenedora o Governo do Estado do Paraná e é administrado pela Secretaria
de Estado da Educação, subordinado ao DET – Departamento de Educação e
Trabalho com sede em Curitiba.
Este estabelecimento de ensino iniciou sua história em novembro de
1985 quando da elaboração do projeto de implantação do NAES – Núcleo
Avançado de Ensino Supletivo de Francisco Beltrão, jurisdicionado ao CES -
Centro de Estudos Supletivos de Cascavel, o qual foi encaminhado para
análise e aprovação, em 09 de Dezembro do mesmo ano.
Foi autorizado a funcionar pela Resolução nº 921/86 de 03/03/1986 –
D.O.E. 12/03/86, ofertando ensino de 1º Grau Função Suplência de Educação
Geral somente de 5ª à 8ª séries (Supletivo), no bairro Alvorada. Sendo que no
período de março até maio, fez-se o trabalho de elaboração do material
didático-pedagógico e a divulgação da escola. A partir de maio do mesmo ano,
iniciou-se o trabalho efetivo com os alunos, sendo que os mesmos eram
orientados, na época por 09 professores das diferentes disciplinas da Matriz
Curricular.
Também, no mês de maio de 1986, o NAES foi autorizado a aplicar
Exames de Equivalência, com o objetivo de certificar o candidato inscrito para
conclusão da 4ª série.
Em 21 de junho de 1990, através do Parecer 021/90, o Conselho
Estadual de Educação autorizou o funcionamento do primeiro segmento (1ª a
4ª série) em regime de matrícula por disciplina e cursada por módulos.
Através da Resolução nº 1398/92 – DOE 20/05/92, o NAES de Francisco
Beltrão foi transformado em Centro de Estudos Supletivos – CES de Francisco
Beltrão.
O curso de 1º grau (Supletivo) foi reconhecido pela Resolução nº
1358/93 publicado no Diário Oficial do Estado dia 15/04/93.
Até 1993, usavam-se notas inteiras.
Pela Resolução nº2477/95 DOE 19/06/95 foi autorizado o funcionamento
do curso de 2º Grau Supletivo – Função Suplência de Educação Geral.
LEM – Inglês (de 1995 até 1º semestre de 1996 para 1º grau, voltando
depois somente no sistema semipresencial em 01/05/2002).
O reconhecimento do curso de 2º grau, com a Resolução nº 3135/97
DOE 30/10/1997.
Através da Resolução nº 691/98 de 16 de março de 1998 foi designado
ao CES à função de CES- POLO.
Através da Resolução nº 3120/98 DOE 11/09/98 o CES passou a
denominar-se CEAD - Centro Estadual de Educação Aberta Continuada a
Distância.
No período de 19 de setembro de 1996 até dezembro de 1997
funcionaram os Postos Avançados do CES (PACs) com a Escola do Campo
Casa Familiar Rural de Francisco Beltrão, Marmeleiro, Manfrinópolis e Enéas
Marques. Após este período os monitores das casas ficaram responsáveis pela
escolarização dos alunos do curso de Qualificação em Agricultura e do Ensino
Fundamental e o CEEBJA pela Certificação.
Em 15/12/1999 através da Resolução nº 4561/99 DOE 06/01/2000 a
escola passou a denominar-se CEEBJA (Centro Estadual de Educação Básica
para Jovens e Adultos).
Com o curso semipresencial de 01/05/2002 a 30/04/2006, o
reconhecimento do curso do Ensino Fundamental (Fase I e Fase II) e Médio
mediante Resolução 2993/01 DOE 30/01/02. Em 01/05/2006 até a presente
data com o curso presencial com reconhecimento do curso Fundamental e
Médio, mediante Resolução 3960/06 DOE 14/09/06.
Com a nova Proposta Pedagógica Curricular (P.P.C.) presencial, a partir
de 2006, houve a reorganização da oferta de EJA no Paraná, sendo que os
municípios de: Marmeleiro, Verê, Enéas Marques e Francisco Beltrão ofertam
APEDs, vinculadas a esta sede.
Também oferta Exames on line para o Ensino Fundamental e Ensino
Médio em datas de acordo com o cronograma da SEED.
Diretoras do CEEBJA:
Elizabete Martins – 1986/1987
Cilene Leal - 1988/1990
Noemy Viana da Silva – 1991/1994
Olivia Basso Ferrari – 1995/2000
Iliane Maria Caregnatto de Morais – 2001/2008
Ilda Schmitz – 2009/2015
A escolha dos diretores foi até 1995 por indicação, a partir dessa data
ocorreram eleições, iniciando a democracia nas escolas.
O sistemas de lançamentos e controles de notas: INFO até 30/04/2001;
SABI de 01/05/2002 até 30/04/06 e SEJA de 01/05/2006 até a presente data.
Leis de amparo:
* Até 1997 - pela Lei 5692/71 (SUPLETIVO);
* 1998 até 30/04/02 - Lei 5692/71 e dispositivos da Lei 9394/96 - para 1º
grau e Lei 5692/71, modificada pela 7044/82 e dispositivos da 9394/96 – para
2º grau;
* A partir de 01/05/2002 até hoje – Lei 9394/96, com curso
semipresencial até 30/04/2006 e presencial a partir de 01/05/2006.
A partir de 2002, com a autorização do DEJA o CEEBJA passou a
ofertar os exames “on line” e em 2007 os mesmos foram suspensos.
Em 2003 iniciou-se a oferta do ensino de Italiano, projeto desenvolvido
através do CELEM (Centro Estadual de Língua Estrangeira Moderna), também
suspenso em 2006.
A partir de 2007, as disciplinas de Sociologia e Filosofia tornaram-se
obrigatórias no currículo escolar para os alunos do Ensino Médio.
Em 2010 tendo como opção não obrigatória para alunos de Fase II, o
Ensino Religioso.
No segundo semestre de 2011 iniciou o Curso Técnico de Informática
em nível Médio – PROEJA e de acordo com a deliberação número 05/10 –
Conselho Estadual de Educação do dia 02 de outubro de 2014 passou a
chamar-se Centro Estadual Integrado de Educação Básica para Jovens e
Adultos – CEIEBJA.
2.1.2. Prédio Escolar:
O imóvel está localizado em região central da cidade, muito próximo ao
terminal rodoviário interestadual, estadual e municipal. Nas imediações está
pontos de táxi, moto táxi, telefones públicos. Quanto à segurança pública,
temos o apoio da Patrulha Escolar da Secretaria de Segurança do Estado do
Paraná. As condições de salubridade, saneamento e higiene, estão
plenamente satisfeitas, pois o estabelecimento conta com rede de esgoto da
SANEPAR, as ruas adjacentes e fronteiras são todas revestidas de pavimento
asfáltico com iluminação pública.
As 15 salas de aulas têm área de aproximadamente cinqüenta metros
quadrados, ventiladas e equipadas com ar condicionado e ventiladores.
Iluminação natural e provida de lâmpadas fluorescentes brancas. Oferecem
espaço suficiente dentro dos parâmetros preconizada pela Resolução nº
0318/2002 (SESA). Cada sala está provida com televisores com entrada para
pendrive, podendo ser utilizados pelos professores na sua prática docente.
O complexo higiênico-sanitário dispõe de banheiros masculino e
feminino com vasos sanitários e pias, em cada piso do prédio, os banheiros do
andar térreo possuem vasos sanitários para cadeirantes. Estão disponíveis
bebedouros com água em temperatura externa e refrigerada, atendendo
perfeitamente as exigências para o grupo de alunos.
A escola possui Laboratório de Física e Química conjugados, contando
com instalações e equipamentos básicos que se prestam para experimentos e
estudos, provida de balcão, pias e armários.
A escola possui Laboratório de Informática do Paraná digital equipado
com 20 computadores, (servidor e terminal) e impressora a laser e temos
também o Laboratório do PROINFO com 19 computadores. A APAF também
adquiriu alguns computadores e impressoras para a secretaria, equipe
pedagógica e direção, como também para o curso técnico de informática. A
Internet pode ser acessada via fibra ótica, adsl ou pelo sistema wifi com acesso
em todos os ambientes da escola.
2.1.3. Recursos Físicos e Pedagógicos
Biblioteca Escolar
A Biblioteca é um espaço pedagógico, cujo acervo está à disposição de
toda a Comunidade Escolar sendo parte integrante do processo educativo.
Para entendermos melhor o conceito de Biblioteca Escolar é preciso
entendê-la como um local privilegiado para a prática pedagógica. Os docentes
juntamente com a equipe da biblioteca incentivam a utilização, desde obras de
ficção a obras de referência impressas ou eletrônicas. Estes recursos
complementam e enriquecem o currículo escolar, os materiais pedagógicos e
as metodologias de ensino.
É organizada para integrar-se com a sala de aula e no desenvolvimento
do currículo escolar. Funciona como um centro de recursos educativos,
integrado ao processo de ensino-aprendizagem, tendo como objetivo primordial
desenvolver e fomentar a leitura e a informação. Podendo servir também como
suporte para a comunidade em suas necessidades.
Laboratório
O laboratório constitui um espaço pedagógico adequado à finalidade que
se propõe e para qual ele foi projetado: proporcionar ao aluno a oportunidade
de promover a compreensão do mundo e da sociedade através da investigação
científica sendo ele o agente de suas descobertas. As atividades e os
experimentos dão sequência aos conteúdos trabalhados em sala de aula,
auxiliando na compreensão e fixação do assunto estudado.
O laboratório de informática também é um espaço pedagógico para uso
dos professores e alunos, com Regulamento próprio aprovado pelo Conselho
Escolar, que tem por finalidade auxiliar a compreensão de conteúdos
trabalhados nas diferentes disciplinas do Ensino Fundamental, Médio e
Profissional como uma alternativa metodológica diferenciada.
Recursos Tecnológicos
A utilização das novas tecnologias de informação e comunicação trouxe
mudanças profundas nas relações econômicas, políticas e sociais. Sendo, a
escola um espaço de organização dos conhecimentos, deve proporcionar
situações didáticas que levem os alunos jovens e adultos a criar afinidades
com recursos tecnológicos de maneira a complementar os conteúdos
aprendidos em sala de aula que os auxiliem a fazerem uma “leitura de mundo”
através de uma análise critica das informações que a tecnologia oferece.
As tecnologias, assim como os demais recursos didáticos têm sua
função enquanto meios que potencializam o ato de ensinar e aprender. As
utilizamos principalmente para facilitar a compreensão de conceitos abstratos,
na resolução de problemas e ainda, para aumentar a motivação pela
aprendizagem, promovendo trabalhos cooperativos e colaborativos. Levando
em consideração os diferentes estilos e necessidade cognitivas dos alunos. Os
recursos influenciam em maior ou menor grau o rendimento escolar, mas sem
dúvida, contribuem no desenvolvimento da aprendizagem.
2.1.4. Recursos Humanos:
Os profissionais que atuam na gestão, ensino e apoio pedagógico neste
Estabelecimento Escolar na modalidade Educação de Jovens e Adultos, devem
procurar apropriar-se do conhecimento e estudo constante da fundamentação
teórica e da função social da EJA, do perfil de seus alunos jovens e adultos;
das Diretrizes Curriculares Nacionais e Estaduais de EJA; bem como as
legislações e suas regulamentações inerentes à Educação e, em especial, à
Educação de Jovens e Adultos.
A equipe administrativa do CEIEBJA atualmente está constituída da
seguinte forma:
NOME FUNÇÃO
Ilda Schmitz Diretora
Rosângela Vansan Parise Diretora Auxiliar
Adelaide Schramel Centenaro Pedagoga
Cleonice Bonkoski Pedagoga
Luciane Girardi Pedagoga
Lourdes Zanin Viera Pedagoga
Neiva Maria Niclotte Pedagoga
Sandra Bonet Pedagoga
Ângela Maria Gritti Coord. Itinerante APED
Josiane Preto Coord. Itinerante APED
Mariza Nesi Coord. Itinerante APED
Angela Borin Navarro Secretária
O CEIEBJA conta atualmente com 51 professores efetivos 28
professores PSS, 7 Agentes Educacionais II e 8 Agentes Educacionais I.
2.2.LINHAS BÁSICAS DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO DA ESCOLA
O Projeto Político Pedagógico da escola é um documento que facilita e
organiza as atividades, sendo mediador de decisões, da condução das ações e
da análise dos seus resultados e impactos propondo a gestão democrática.
Ainda se constitui num retrato da memória histórica construída, num registro
que permite à escola rever a sua intencionalidade e sua história.
Neste sentido, podemos entender que o projeto norteia o trabalho da
escola por encaminhar ações com base na sua realidade atual e sua história. É
um planejamento que prevê ações a curto, médio e longo prazo, intervindo
diretamente na prática pedagógica diária. As ações refletidas no projeto
procuram incluir desde os conteúdos, avaliação e funções até as relações que
se estabelecem dentro da escola e entre a escola e a comunidade, assim
acreditamos que todas as ações desenvolvidas no âmbito escolar, com origem
centrada em objetivos condizentes com a comunidade escolar poderão
promover ações em prol da qualificação educacional. Como diz GANDIN,
1999,” Diante do PPP, a escola deve ter sempre a preocupação de não ficar
apenas no campo das idéias, pois para que mudanças ocorram, elas devem
possuir elementos ou ações capazes de intervir na realidade”.
O PPP é muito mais que uma filosofia educacional. Para que a escola
chegue aos resultados propostos tais instrumentos devem demonstrar
eficiência e diversidade, expressando o aspecto social, a avaliação e demais
ações num tempo determinado.
Sabemos que a gestão democrática está contemplada na Constituição
Federal de 1988 no Art. 206 inciso VIII, e na LDB 9394/96. Seguindo esta
legislação o CEIEBJA promove a Gestão Democrática que é um processo
político através do qual, as pessoas na escola discutem, deliberam e planejam,
solucionam problemas e os encaminham. Acompanham, controlam e avaliam o
conjunto das ações voltadas ao desenvolvimento da própria escola.
A Educação de Jovens e Adultos – EJA tem como finalidade e objetivos
o compromisso com a formação humana e com o acesso a cultura geral de
modo a que os alunos venham participar das relações sociais, com
comportamento ético e compromisso político, através do desenvolvimento da
autonomia intelectual e moral.
Tendo em vista este papel à educação neste CEIEBJA volta-se para
uma formação na qual os alunos trabalhadores aprendem permanentemente
com responsabilidade individual e coletiva.
Pensamos em uma escola que valorize as diferentes cultura e costumes,
proporcionando condições para o aluno inserir-se na sociedade.
Uma educação que dê subsídios para a formação de cidadãos
conscientes valorizando o conhecimento científico e a aquisição do saber.
A avaliação é compreendida como uma prática que orienta a intervenção
pedagógica. É um dos principais componentes do ensino, pelo qual se estuda e
interpreta os dados da aprendizagem. Tem a finalidade de acompanhar e
aperfeiçoar o processo de aprendizagem dos alunos e diagnosticar os
resultados atribuindo-lhes valor.
Na avaliação da aprendizagem é fundamental a análise da capacidade
de reflexão dos alunos frente às suas próprias experiências e nos
conhecimentos adquiridos no ambiente escolar. E, portanto, deve ser entendida
como processo contínuo que oportuniza uma atitude crítico-reflexivo frente à
realidade concreta.
Sendo assim o CEIEBJA tem como objetivo principal atender ao
disposto nas Constituições Federal e Estadual, na Lei nº 9394/96, nas
Diretrizes Curriculares Nacionais de Educação de Jovens e Adultos, instituídas
pelo Parecer 011/2000 CNE, ofertando cursos Fase II, Ensino Médio e
PROEJA destinados à escolarização do jovem e do adulto, por meio de
metodologia adequada ao desenvolvimento cultural e a formação humana dos
alunos.
Para que isso se efetive é necessário que o processo ensino-
aprendizagem seja coerente com seu papel na socialização dos sujeitos, que
os levem à emancipação articulados aos três eixos do trabalho pedagógico
com jovens e adultos: trabalho, cultura e tempo.
Nesta perspectiva o CEIEBJA propõe ações concretas para viabilizar e
garantir a efetivação do processo ensino-aprendizagem, devendo ser
constantemente reavaliado para possíveis e prováveis adequações.
2.3. INDICADORES
A década de 1980 no Brasil está circundada de acontecimentos que a
marcam como um período de transição entre o regime autoritário, a Ditadura
Militar, e o regime democrático, com o ressurgimento da República.
Considerando o vínculo das questões educacionais com as sociais e
econômicas nos níveis estadual, federal e internacional, o processo de
“democratização” da sociedade brasileira, que se iniciou no final da década de
1970 e consolidou-se no ano de 1985, resume todo o processo evolutivo das
políticas de gestão escolar no Paraná e no Brasil.
A gestão democrática no ensino está contemplada na Constituição
Federal de 1988 no Art. 206 inciso VIII: gestão democrática na forma da LEI.
Na LDB 9394/96 no Art 30: O ensino será ministrado com base nos seguintes
princípios: VIII - gestão democrática do ensino público, na forma desta Lei e da
legislação dos sistemas de ensino. Art. 14: Os sistemas de ensino definirão as
normas de gestão democrática (...): I – participação dos profissionais da
educação na elaboração da proposta pedagógica; II – participação da
comunidade escolar e local em conselhos escolares, Associação de
Professores Alunos e Funcionários (APAF). Art. 15: Os sistemas de ensino
assegurarão às escolas progressivos graus de autonomia pedagógica,
administrativa e de gestão financeira.
Cabe aqui, nesta regulamentação o princípio da autonomia, pois esta lei
decreta a gestão democrática com seus princípios vagos no sentido de que não
estabelece diretrizes bem definidas para delinear a gestão democrática,
apenas aponta o lógico, a participação de todos os envolvidos. Nesse ínterim, o
caráter deliberativo da autonomia assume uma posição ainda articulada com o
Estado.
A Deliberação 16/99, do Conselho Estadual de Educação no Artigo
quatro menciona que a comunidade escolar é o conjunto constituído pelos
corpos docente e discente, pais de alunos, funcionários e especialistas, todos
protagonistas da ação educativa em cada estabelecimento.
Nos dias atuais, o processo de mudança epistemológica ainda sugere a
necessidade de se refletir sobre o velho debate filosófico entre “aparência” e a
“realidade”. Para elucidar esse embate, Gadotti apresenta a concepção
dialética como fundamento à Educação, enquanto filosofia da práxis. A
constituição da prática de se pensar a prática na perspectiva de apreensão da
totalidade, à medida que dialetizar a práxis é produzir a si mesmo, descobrindo
limites e desmascarando o futuro, em movimento.
3. JUSTIFICATIVA
Justificamos nossa inscrição como candidatas a direção e direção
auxiliar para o CEIEBJA por acreditarmos na educação, especialmente na
Educação de Jovens e Adultos e por termos o compromisso de estarmos
disponíveis para o trabalho no espaço escolar, respeitando e ouvindo os outros
– alunos, professores, pedagogos, agentes educacionais I e II, membros da
APAF, do Conselho Escolar, tendo assim, a oportunidade de fazer uma Gestão
Escolar com a participação de toda a comunidade escolar.
4. OBJETIVO
Trabalhar em prol de uma escola democrática, participativa buscando e
possibilitando a formação de cidadãos críticos, conscientes e responsáveis.
5. METAS
Cumprir integralmente o calendário escolar;
Garantir a segurança e integridade física dos alunos, professores e
funcionários;
Desenvolver uma Gestão Democrática seguindo a proposta pedagógica
e o regimento escolar, bem como cumprir, pareceres, deliberações e todas as
leis oriundas da SEED e do estabelecimento de ensino;
Divulgação do Regimento Interno;
Desenvolver atividades que priorizem a Gestão Participativa de todos os
segmentos escolares nas ações a serem desenvolvidas;
Envolver todos os segmentos do âmbito escolar no desenvolvimento dos
eixos norteadores da ação pedagógica: cultura, trabalho e tempo;
Solicitar junto ao NRE, abertura de turmas de APEDS, em locais
distantes da sede, oportunizando a inclusão social;
Incentivar a participação dos membros do colegiado escolar envolvendo-
os nas tomadas de decisões e promoções que envolvam a escola;
Aperfeiçoar o atendimento aos alunos orientando sobre o
funcionamento, carga horária, modalidades, frequência e avaliação bem como
o processo de classificação e reclassificação;
Proporcionar apresentações e exposições de trabalhos para a
comunidade escolar do CEIEBJA;
Primar pelo patrimônio escolar, inovando sempre que possível
equipamentos tecnológicos, materiais didáticos e acervo bibliográfico;
Incentivar a participação dos professores e funcionários nos programas
de formação oferecidos pelos governos estadual e federal;
Trabalhar em conjunto com a equipe multidisciplinar do NRE e do
estabelecimento no sentido de combater todas as formas de bulling;
Incentivar os educadores para que desenvolvam projetos nas diferentes
áreas do conhecimento, promovendo a interdisciplinaridade e socialização da
cultura;
Oferecer aos professores e funcionários do CEIEBJA, cursos de
aperfeiçoamento, em parceria com os professores do Grupo de Pesquisa
RETLEE, da UNIOESTE;
Auxiliar os professores em relação às adaptações curriculares;
Oportunizar aos educandos e educadores condições para o uso das
tecnologias existentes na escola;
Organizar palestras, sessões culturais, show de talentos e outros
eventos;
Incentivar a participação dos alunos em atividades educativas como
Olimpíada de Matemática, concurso de redação entre outros;
Visitas de alunos a Feira das Profissões realizadas anualmente pelas
Universidades e Escolas do município;
Oferecer curso de aperfeiçoamento para as merendeiras em parceria
com SESC e UTFPR;
Manter cardápios diversificados para a merenda;
Melhorias no espaço físico da cozinha e refeitório;
Divulgar nos meios de comunicação, informações referentes à escola;
Promover confraternizações envolvendo, professores, funcionários,
alunos, Conselho Escolar, APAF e familiares;
Garantir junto à comunidade escolar a transparência e a democracia na
tomada de decisões.
6. AÇÕES (em anexo)
7. AVALIAÇÃO DO PLANO DE AÇÃO
Pretende-se no decorrer da efetivação deste plano de ação realizar
constantes avaliações, replanejar e colocar em prática procedimentos
alternativos, quando se fizerem necessários. Desta forma, a avaliação deve
ocorrer normalmente ao longo de todo o processo, aperfeiçoando o plano de
ação através de princípios norteadores numa concepção pedagógica
significativa.
8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia. 31 ed. São Paulo: Paz e Terra, 2005.
GADOTTE. Moacir. Escola Cidadã 4ed. Cortez, 1997. ( Coleção Questões da
nossa época).
GANDIN, Danilo. A prática do planejamento participativo na educação e
em outras instituições, grupos e movimentos dos campos cultural,
social, político, religioso e governamental. Petrópolis, RJ, Vozes, 1999.
MARCHEZAN, Nelson. Plano Nacional da Educação, Centro de
Documentação e Informação, Coordenação de Publicações, Brasília, 2000.
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. Constituição da Republica Federativa do
Brasil, Brasília, 1988.
Política e organização da Educação Básica no Brasil a partir da LDB- Lei
9394/96. Tendências pedagógicas na prática escolar Sant Anna Martins, Ilza;
Menegolla, Maximiliano, Didática: Aprender e Ensinar, Editora Loyola. São
Paulo, 1991.
PARO, Vitor Henrique: Gestão Democrática da Escola Pública, 3 ed. São
Paulo, Ática, 2002.
LIBANEO, j. Democratização da Escola Pública. São Paulo: Loyola, 1989.
VIGOTSKY. S. Pensamento e Linguagem. São Paulo: Martins fontes, 1993.
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO – SEED
PLANO DE AÇÃO NA GESTÃO DA ESCOLA – 2016 a 2019
ROSÂNGELA VANSAN PARISE – DIRETORA
MARIZA NESI - DIRETORA AUXILIAR
FRANCISCO BELTRÃO / PR