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Instituto Nacional da Propriedade Industrial Coordenação-Geral de Disseminação para a Inovação Plano de Ação Regional 2017 – 2022 v.4.0 – Outubro/2017

Plano de Ac¸a~o Regional 09out2017 - inpi.gov.br · ESTRUTURA REGIMENTAL ... Seção de Difusão Regional Sul I– SEDIR-S I ... METODOLOGIA DE LOTAÇÃO DE SERVIDORES NAS UNIDADES

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Instituto Nacional da Propriedade Industrial

Coordenação-Geral de Disseminação para a Inovação

Plano de Ação Regional

2017 – 2022 v.4.0 – Outubro/2017

2

FICHA TÉCNICA

MINISTÉRIO DA INDÚSTRIA, COMÉRCIO EXTERIOR E SERVIÇOS (MDIC)

Presidente da República: Michel Temer

Ministro da Indústria, Comércio Exterior e Serviços : Marcos Pereira

INSTITUTO NACIONAL DA PROPRIEDADE INDUSTRIAL (INPI)

Presidente: Luiz Otávio Pimentel

Chefe de Gabinete : Ana Paula Gomes Pinto

Ouvidor : Marcos Ferreira dos Santos Jaron

Procurador Chefe : Loris Baena Cunha Neto

Auditor Chefe : Carlos Henrique de Castro Ribeiro

Corregedora : Daniele Michel Soares Neves

Coordenador-Geral de Contratos de Tecnologia : Dirceu Yoshikazu Teruya

Coordenador-Geral de Recursos e Processos Administr ativos de Nulidade : Gerson da

Costa Corrêa

Coordenador-Geral de Disseminação para Inovação : Felipe Augusto Melo de Oliveira

Diretor-Executivo : Mauro Sodré Maia

Diretor de Administração : Jorge Maximiano dos Santos

Diretor de Patentes, Programas de Computador e Topo grafias de Circuitos Integrados :

Júlio César Castelo Branco Reis Moreira

Diretor de Marcas, Desenhos Industriais e Indicaçõe s Geográficas : André Luis

Balloussier Âncora da Luz

Endereço : Rua Mayrink Veiga, 9, Centro, Rio de Janeiro, RJ CEP 20090-910

Página Eletrônica : http://www.inpi.gov.br

Telefone : +55 21 3037 3000

3

O presente documento foi consolidado em 31 de julho de 2017.

ESTRUTURA REGIMENTAL

A partir da nova estrutura do INPI, definida pelo Decreto Nº 8.854, aprovado em 22 de

setembro de 2016, a área responsável pela atuação regional do Instituto, a Coordenação de

Articulação e Fomento à Propriedade Intelectual - COART, passou, junto a Coordenação-

Geral de Disseminação para Inovação – CGDI, a qual é hierarquicamente submetida, a ser

subordinada diretamente à Presidência do Instituto.

A Coordenação Geral de Disseminação para a Inovação (CGDI), criada pelo Decreto

n° 8.854, de 22 de setembro de 2016, tem por compet ência regimental, segundo o artigo 16,

do mesmo regulamento:

I - promover e apoiar as atividades de pesquisa, en sino e extensão, de

disseminação da propriedade industrial e de difusão tecnológica e de inovação;

II - opinar sobre a conveniência da assinatura ou d a denúncia de convênios e

acordos envolvendo as atividades de cooperação em â mbito nacional e relacionadas à

operação das Unidades Regionais;

III - prestar informações aos usuários para melhor utilização do sistema de

propriedade industrial;

IV - coordenar as atividades das Unidades Regionais do INPI;

V - organizar, por meio de parcerias, o atendimento do INPI às necessidades e

demandas das micro, pequenas e médias empresas; e

VI - coordenar a execução de outras atividades fina lísticas quando realizadas

nas Unidades Regionais do INPI.

A Coordenação-Geral é subdividida em uma Coordenação de Articulação e Fomento

Coordenação de Articulação e Fomento à Propriedade Intelectual e Inovação, COART, e a

Academia de Propriedade Intelectual, Inovação e Desenvolvimento (ACAD). A coordenação é

composta de uma Divisão de Cooperação Nacional (DICOP), 4 Escritórios de Difusão

Regional – localizados no Ceará, no Rio Grande do Sul, em Minas Gerais e em Goiás – e 7

Seções de Difusão Regional – subordinadas aos escritórios e localizadas em Pernambuco,

em Sergipe, no Paraná, em Santa Catarina, no Espírito Santo, na Bahia e no Amazonas.

Com relação à DICOP, esta é responsável pela interlocução do INPI com demais

atores do setor produtivo e inovativo nacional, através de instrumentos de cooperação

4

técnica.

As Unidades Regionais, divididas em EDIR e SEDIR, distribuídas em 9 estados da

Federação, são coordenadas pela COART, com a devida subordinação à CGDI.

Figura 1 – Organograma CGDI 1

Fonte: Elaboração própria

1 As unidades regionais da Bahia e Amazonas estão atualmente fechadas.

5

EQUIPE DO PROJETO

Este plano foi desenvolvido pelos seguintes servidores:

Coordenador-Geral de Disseminação para Inovação: Felipe Augusto Melo de Oliveira

Coordenadora de Articulação e Fomento à PI e Inovaç ão: Rafaela Di Sabato Guerrante

Cesar Augusto Fernandes de Azevedo

Cristiana Maria do Valle Freitas

Júlio Grevy Montenegro Osorio e Alves

Nataniel Oliveira Gentil

Rachel do Monte Bottrel

Rafael Andrade da Cruz

Samantha Magalhães dos Santos

Escritório de Difusão Regional Sul – EDIR-S

Chefe: Maria Isabel de Toledo Andrade Cunha

Daniel Barros Junior

Genízia Islabão de Islabão

Julieta Ferreira de Macedo

Leoberto Balbinot

Roberto Marques Strohaecker

Wilson Fogazzi da Silva Junior

Seção de Difusão Regional Sul I– SEDIR-S I

Chefe: Araken Alves de Lima

Seção de Difusão Regional Sul II– SEDIR-S II

Chefe: Cassandra Carneiro de Medeiros

Anna Claydn Martins Machado Profeta Veloso

Douglas Alves dos Santos

Nicolas Virgilli Guimarães

6

Escritório de Difusão Regional Sudeste – EDIR-SE

Chefe: José Renato Carvalho Gomes

Almério Amorim de Castro

Hércio José Lima Ribeiro

José Amâncio de Lima

José Hufnagel Barbosa Júnior

Rodrigo de Paula Pereira

Wilson Garzon Filho

Seção de Difusão Regional Sudeste I– SEDIR-SE I

Chefe: Roberto Galera

Escritório de Difusão Regional Nordeste – EDIR-NE

Chefe: Alberto Moreira da Rocha

Carla Fernandes de Freitas

José Estevam Mosca Junior

Ronaldo Alves

Seção de Difusão Regional Nordeste II– SEDIR-NE II

Chefe: Eduardo Andrade Bemfica

Armando de Oliveira Mendes Neto

Flávio Aureliano da Costa

Gasparina Freire Castillo

Seção de Difusão Regional Nordeste III– SEDIR-NE II I

Chefe: Clara Cerqueira Gomes do Nascimento

Escritório de Difusão Regional Centro-Oeste e Norte – EDIR-CO/N

Chefe: Milene Dantas Cavalcanti

Lara Guerreiro Pires

Seção de Difusão Regional Centro-Oeste e Norte I – SEDIR-CO/N I

Chefe: Francisco Montandon Guilhermino

7

HISTÓRICO DE VERSÕES

Data Versão Descrição Autor

31/07/2017 1.0 Elaboração do Plano de Ação

Regional CGDI

23/08/2017 2.0 Elaboração do Plano de Ação

Regional CGDI

06/09/2017 3.0 Elaboração do Plano de Ação

Regional CGDI

10/10/2017 4.0 Errata do Plano de Ação Regional

Publicado CGDI

8

SUMÁRIO

FICHA TÉCNICA 2

ESTRUTURA REGIMENTAL 3

EQUIPE DO PROJETO 5

HISTÓRICO DE VERSÕES 7

TERMOS E ABREVIATURAS 10

ÍNDICE DE TABELAS 11

ÍNDICE DE FIGURAS 12

DOCUMENTOS DE REFERÊNCIA 13

INTRODUÇÃO 14

1.1 Finalidade 15

1.2 Fatores Motivacionais

1.3 Alinhamento, Execução e Avaliação 16

1.4 Abrangência e Vigência 17

REFERENCIAL 18

2.1 Diagnóstico Estratégico das Unidades Regionais

2.2 Missão 19

2.3 Visão

2.4 Valores e fatores críticos de sucesso

2.5 Diretrizes e Premissas para Atuação Regional 21

OBJETIVOS 22

NOVA ATUAÇÃO REGIONAL 24

4.1. Escopo

4.2. Eixo Missão: Competências 25

4.3. Eixo Recursos Humanos: Unidade mínima e perfis 27

4.3.1. Unidade Mínima

4.4 Eixo infraestrutura e sustentabilidade do modelo 31

4.5 Iniciativas prioritárias 32

METODOLOGIA DE LOTAÇÃO DE SERVIDORES NAS UNIDADES R EGIONAIS 33

5.1 Conceito de Unidade Mínima

5.2 Índice de Produtividade em Patentes 34

5.3 Estudo da DIRPA sobre Vocações Regionais e Depósitos de Patentes 35

5.4 Enquete sobre preferência de remoção e lotação 36

REVISÃO DO PLANO DE AÇÃO 39

ENTREGAS E MARCOS CRÍTICOS 40

9

CONCLUSÃO 41

ANEXO I 42

ANEXO II 43

ANEXO III 48

ANEXO IV 49

ANEXO V 50

ANEXO VI 53

ANEXO VII 54

10

TERMOS E ABREVIATURAS

APL – Arranjos Produtivos Locais

CNI – Confederação Nacional da Indústria

EaD – Ensino à distância

IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística

ICT – Instituição Científica, Tecnológica e de Inovação

MDIC – Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços

MPE – Micro e Pequenas Empresas

SEBRAE – Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas

SWOT – acrônimo, em inglês, para Strengths (Forças), Weaknesses (Fraquezas), Opportunities

(Oportunidades) e Threats (Ameaças)

TCU – Tribunal de Contas da União

Termos específicos do INPI:

AECON – Assessoria de Assuntos Econômicos

CGDI – Coordenação Geral de Disseminação para Inovação

COART – Coordenação de Fomento à Propriedade Intelectual e Inovação

DILOG - Divisão de Contratos e Logística das Unidades Regionais

DIRMA – Diretoria de Marcas, Desenhos Industriais e Indicações Geográficas

DIRPA – Diretoria de Patentes, Programas de Computador e Topografias de Circuitos Integrados

EDIR – Escritório de Difusão Regional

e-Marcas - Conjunto de ferramentas que visam à modernização do processamento de marcas

dentro do Instituto

e-Patentes - Conjunto de ferramentas que visam à modernização do processamento das patentes

dentro do Instituto

GAB – Gabinete da Presidência do INPI

IPP - Indicador de Produtividade em Patentes

PAR – Plano de Ação Regional

PFE – Procuradoria Federal Especializada

REINPI – Representação do INPI

RPI – Revista da Propriedade Industrial

SEDIR – Seção de Difusão Regional

SEPEX – Serviço de Protocolo e Expedição

SNI – Sistema Nacional de Inovação

SPU – Secretaria de Patrimônio da União

UR – Unidade Regional

11

ÍNDICE DE TABELAS

Tabela 1 – Diagnóstico Estratégico – Análise SWOT 18

Tabela 2 – Diretrizes e Ações Correspondentes 21

Tabela 3 – Ações Prioritárias 32

Tabela 4 – Ranking IPP das Unidades Regionais 34

Tabela 5 – Ocupação atual e futura proposta das Unidades Regionais 38

Tabela 6 – Entregas previstas 40

Tabela 7 – Produção dos Examinadores de Patente lotados nas Unidades Regionais 48

Tabela 8 – Custos x Pessoal 49

Tabela 9 – Quadro Final das Unidades Regionais 53

12

ÍNDICE DE FIGURAS

Figura 1 – Organograma CGDI 4

Figura 2 – Horizonte do Plano de Ação e período previsto para o ciclo de avaliação 17

Figura 3 – Eixos Operacionais do Plano de Ação 23

Figura 4 – Lotação Sugerida EDIR 28

Figura 5 – Lotação Sugerida SEDIR 28

Figura 6 – Metodologia de lotação das Unidades Regionais 36

Figura 7 – Fluxograma da Gestão de Trabalho nas Unidades Regionais 43

Figura 8 – Avaliação Institucional do Examinador 46

13

DOCUMENTOS DE REFERÊNCIA

Para a elaboração deste Plano, foram utilizados como referência os seguintes

documentos:

• Regimento Interno do INPI, aprovado pela Portaria n° 11, de 27 de janeiro de 2017,

que detalha todas as unidades administrativas do Instituto, publicada no DOU de 30 de

janeiro de 2017;

• Decreto nº 8.854, de 22 de setembro de 2016, que aprova a Estrutura Regimental

e o Quadro Demonstrativo dos Cargos em Comissão, das Funções Comissionadas e

das Funções Gratificadas do Instituto Nacional da Propriedade Industrial - INPI, e dá

outras providências;

• Recomendação 1.7.4., constante do voto do Relator Ministro-Substituto Augusto

Sherman Cavalcanti, no Acórdão nº 632/2016, da 1ª Câmara do Tribunal de Contas da

União (TCU);

• Relatório de Auditoria Interna nº 005/2017;

• Estudo “Perfil desejável dos candidatos para compor o edital de seleção interna, de

acordo com depósitos de pedidos de patentes de 2006 a 2016 efetuados nos estados

que compõem as DIREG’s, REINPI’s, DNOR e SEDIR’s”, elaborado pela Diretoria de

Patentes, Programas de Computador e Topografia de Circuitos Integrados;

• Enquete sobre preferências de remoção e lotação no âmbito do projeto estratégico

de marcas e patentes nas Regionais do INPI (2016);

• Proposta de Ação Regional do INPI (2017-2018), elaborada pela COART/CGDI e

entregue à Presidência em 13 de abril de 2017;

• Normas de Execução DIRPA n° 05 de 2013 e DIRMA n°09 de 2016;

• Ofícios nº 262 e 263-2017/PR – Encerramento do Termo de Cessão de Uso de

Bem Imóvel firmado entre INPI, SECTI-BA e SAEB;

• Processo n° 52400.127205/2017-89;

• Norma de Execução DIRPA n° 05 de 2013;

• Norma de Execução DIRMA n° 09 de 2016;

• Memorando n° 112 2017/CGDI/PR – Encerramento do pr otocolo presencial;

• Resolução n° 47/2013 – Horário de funcionamento pa ra o público do SEPEX.

14

1 INTRODUÇÃO

O Plano de Ação Regional 2017-2022 resulta da necessidade de reestruturação da

atuação regional do INPI, no tocante às atividades desempenhadas, à mensuração dos

resultados e à necessária e contínua reavaliação do papel institucional das Unidades

Regionais para melhoria de procedimentos, aumento da eficiência e melhor desempenho das

competências a elas delegadas.

Através do presente, o novo modelo de atuação do INPI no Brasil perpassa por três

eixos bem definidos, indispensáveis ao fortalecimento institucional: definição da missão,

estabelecimento de perfis de recursos humanos necessários ao alcance dos resultados e da

infraestrutura adequada ao bom funcionamento das unidades.

Em conjunto com o fortalecimento dos controles primários e monitoramento contínuo pela

CGDI, as Unidades Regionais atuarão prioritariamente, como células de realização de

atividades finalísticas. Paralelamente, mas em menor escala, as Unidades Regionais também

figurarão como núcleos especializados de difusão, sendo a gestão administrativo-financeira

centralizada na sede (Rio de Janeiro, Diretoria de Administração) e definitivamente

encerradas as atividades de protocolo presencial.

Ao alinhar a estratégia institucional à execução, através de harmoniosa sinergia entre

missão, recursos humanos e infraestrutura fundamentais, o Plano apresenta dinâmica

estruturada para gradual implantação até 2022, de acordo com condições objetivas:

infraestrutura, orçamento, capacidade técnica e recursos humanos disponíveis. Dessa forma,

as iniciativas planejadas representam resposta a problemas institucionais, que contribuirão

para o aumento do valor do INPI e realização de experiências inovadoras de gestão.

Assim, o Plano oferece robusta abordagem de atuação nacional do INPI em horizonte

de cinco (5) anos, guardando estreita correlação às orientações institucionais e estratégicas

do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços - MDIC. Além do monitoramento

contínuo da atuação regional, foram idealizados mecanismos de revisão e reavaliação

obrigatórios ao fim de dois (2) anos de sua execução, para o alinhamento entre as iniciativas

empreendidas e possíveis redirecionamentos institucionais.

Desta forma, este documento também representa a evolução das discussões

realizadas no Workshop das Unidades Regionais, em março de 2017, na sede do INPI, que

teve por objetivo construir uma proposta2 para a reestruturação das atividades das Unidades

Regionais e uma Estratégia de Ação Regional.

Este documento também considerou o trabalho empreendido pela Diretoria de

Patentes, Programas de Computador e Topografia de Circuitos Integrados (DIRPA) “Perfil 2 Documento entregue à Presidência em 13 de Abril de 2017

15

Desejável dos candidatos para compor edital de seleção interna, de acordo com depósitos de

pedidos de patentes de 2006 a 2016 efetuados nos estados que compõem as DIREGs,

REINPIs, DNOR e SEDIRs”, em maio de 2016.

1.1 Finalidade

O Tribunal de Contas da União (TCU), 1ª Câmara, em voto do Relator Ministro-

Substituto Augusto Sherman Cavalcanti, no Acórdão nº 632/2016, recomenda ao INPI, em

seu item 1.7.4.: “a realização de avaliação, pela alta administração, do custo de manutenção

das Representações do INPI, tendo em vista as respectivas competências, a forma de

disseminação da Propriedade Industrial, o perfil dos recursos humanos alocados e a

efetividade dos serviços prestados”.

Esse entendimento associa-se ao relatório de Auditoria Interna nº 005/2017, que

dispôs sobre a necessidade de definição do número de vagas nas Unidades Regionais do

INPI para remoção de servidores.

Considerando a recomendação do TCU, o relatório de Auditoria Interne, ainda, a

necessidade de estruturar devidamente a Ação Regional do Instituto em horizonte de médio

prazo, torna-se necessária a elaboração de um Plano de Ação, que, primariamente, confira

amplitude nacional às ações de incremento da celeridade na concessão de direitos em

propriedade industrial e seja, em contrapartida, capaz de promover a articulação regional, a

difusão da Propriedade Industrial - como meio de aumentar a eficiência dos serviços

prestados.

Nesse contexto, o presente documento pretende prover direção ao novo modelo de

atuação do INPI no Brasil, através do encadeamento de ações que objetivam o avanço na

concessão de direitos de propriedade industrial, com qualidade, eficiência e segurança

jurídica e o fortalecimento da participação do Instituto junto ao Sistema Nacional de Inovação.

1.2 Fatores Motivacionais

Desde seu surgimento, as Unidades Regionais funcionaram como extensões do INPI

nas atividades de recebimento de documentos, peticionamento presencial, além de

orientação a respeito de procedimentos, direitos e deveres dos usuários do sistema de PI e

consultas às publicações oficiais do Instituto (hoje disponíveis no sítio do INPI na internet).

Posteriormente, com a introdução de sistemas eletrônicos, como o e-Marcas e o e-Patentes,

e, mais recentemente o e-Contratos, além da possibilidade de acesso à base de dados do

INPI, a estratégia central de atuação regional passou a ser o exame desconcentrado, somado

às atividades de difusão técnica da PI e seu uso.

16

A partir de 2015, através da experiência Piloto de Desconcentração de Exame de

Marcas e Patentes, houve a incorporação de competência inovadora àquelas

desempenhadas pelas Unidades Regionais. Com isso, uma nova avaliação a respeito do

papel reservado a elas se tornou necessária.

Somam-se a esse cenário a diretriz prioritária de reestruturação do instituto, focada na

análise de pedidos para conceder direitos de PI, no tocante ao combate ao backlog, e a

configuração da atividade de exame desconcentrado como ferramenta adicional para

aumento de produtividade. Ademais, a presença física de examinadores nas Unidades

Regionais permite levar o conhecimento técnico da área finalística do INPI, por meio de

atividades de articulação e disseminação, para potencializar o desenvolvimento tecnológico

dos atores relevantes do Sistema Nacional de Inovação, em nível regional, de forma contínua

e planejada. O novo arranjo de fortalecimento das atividades de exame nas regionais se

mostra ainda mais adequado levando-se em consideração que o Brasil é um país de

dimensões continentais.

1.3 Alinhamento, Execução e Avaliação

O presente Plano está alinhado ao Plano de Ação do INPI 2017 e às Diretrizes e

Premissas explicitadas pela Alta Administração durante o Workshop das Unidades Regionais.

Em adição, o planejamento contempla sistemática de monitoramento contínuo e mecanismos

de revisão de conformidade e resultados.

Nos últimos três meses do 2° ano de sua execução, s erá implementado Ciclo de

Avaliação, que consiste na verificação das metas atingidas e pactuadas e da necessidade de

providências e alterações para o período posterior, além de avaliação de aderência do Plano

de Ação Regional ao Planejamento Estratégico do INPI, a vigorar em data futura.

Assim, propõem-se, como início do Ciclo de Avaliação do Plano de Ação Regional, os

três (3) meses finais do 2° ano de sua vigência, co ntados a partir da data de aprovação ou de

publicação deste documento. Note-se, conforme ilustra a Figura 2, que o fim do Ciclo de

Avaliação coincidirá com o início do 3° ano da exec ução do Plano. Desta forma o período de

remanejamento de metas e de novas contratações, caso seja necessário, deverá ocorrer

nesses 3 meses.

17

Horizonte TemporalCiclo de Avalia ção

Início da Execução do Plano

5 anos

Fim do 2°ano de

vigência

Início do Ciclo Fim do Ciclo Fim do Plano

3 meses

2 anos

Fim do 5°ano de

vigência

Início do 1° ano de vigência

Figura 2: Horizonte do Plano de Ação e período prev isto para o ciclo de avaliação

Fonte: Elaboração própria

1.4 Abrangência e Vigência

As diretrizes estabelecidas neste documento aplicam-se a todas as unidades

administrativas e regionais do INPI sob a CGDI, podendo ser observadas pelas

Coordenações de Relações Institucionais de São Paulo e Distrito Federal, hierarquicamente

sob o Gabinete da Presidência.

Cabe mencionar que as Seções de Difusão da Bahia e do Amazonas não fazem parte

do escopo do presente Plano de Ação Regional, tendo em vista a decisão pelo fechamento da

SEDIR-NE I, contida nos Ofícios n° 262 e n° 263/PR, em 26 de maio de 2017, e da SEDIR-

CO/N I, aprovada no processo n° 52400.127205/2017-8 9.

O período de vigência deste plano é de 2017 a 2022, alinhando-se ao Plano de Ação

do INPI 2017, a futuros planejamentos semelhantes e, ainda, a políticas industriais

supervenientes, a serem implantadas durante sua execução.

18

2 REFERENCIAL

2.1 Diagnóstico das Unidades Regionais

Utilizou-se a Análise SWOT como técnica de avaliação da situação atual das Unidades

Regionais, sendo identificados os principais pontos fortes e fracos do ambiente interno e as

oportunidades e ameaças do ambiente externo.

A seguir, a Tabela 1 apresenta o diagnostico realizado em junho de 2017.

Tabela 1: Diagnóstico realizado pela CGDI em junho de 2017

Análise SWOT

A

mbi

ente

inte

rno

Pontos Fracos Pontos Fortes

Heterogeneidade estrutural

Inadequação do perfil de RH

Diversidade de cenários regionais

Ausência de direcionamento institucional à atuação

regional

Experiência em exame – projeto piloto (produtividade

aumentada)

Presença institucional prévia nas regiões

Conhecimento técnico em articulação, disseminação e

atendimento

Articulação regional

Am

bien

te e

xter

no

Oportunidades Ameaças

Aumento da produtividade no exame

Extravasamento do conhecimento especializado de

examinadores

Aumento da presença regional do INPI

Melhoria na qualidade de depósitos

Qualificação de atores regionais relevantes

Inserção nos comitês de inovação regionais

Possibilidade de realização de concursos regionais

Mudança de política industrial

Contingenciamento orçamentário

Fonte: Elaboração própria.

As principais informações da matriz evidenciam heterogeneidade estrutural ampla e a

necessidade de harmonizar estratégias em uma gestão mais abrangente e integrada e Ação

Regional.

Há, no entanto, a possibilidade de coordenação entre o projeto piloto de exame

desconcentrado e o conhecimento técnico adquirido em articulação, disseminação e

atendimento, que pode se tornar externalidade positiva a favor das atividades

desempenhadas.

A esta análise devem-se acrescentar, como pontos fracos, a falta de instrumentos

uniformes de mensuração e de mecanismos de avaliação das competências desempenhadas

19

na atuação institucional.

2.2 Missão

Entre os componentes da Missão das Unidades Regionais estão:

• Atuar como células de exame e difusão, contribuindo para a celeridade na

concessão de direitos em propriedade intelectual para a indústria, estimulando

a proteção da PI e a competitividade nacional;

• estimular a inovação; e

• favorecer o desenvolvimento tecnológico, econômico e social do

País.

Cabe ressaltar que a missão institucional das Unidades Regionais está alinhada à

missão do INPI.

2.3 Visão

As Unidades Regionais deverão ser reconhecidas como um INPI

padronizado, eficiente e capaz de prestar seus serviços com qualidade.

2.4 Valores e fatores críticos de sucesso

• Aperfeiçoamento contínuo – das estruturas, das ações, dos instrumentos de

medição e da atuação regional, em consonância com o planejamento

institucional;

• Eficiência – garantir o melhor emprego dos recursos, tendo como princípio

básico a economicidade e a priorização das atividades de exame;

• Atenção ao usuário – foco na comunicação, nas estratégias que simplifiquem a

interação com os atores nacionais e regionais do Sistema de Inovação;

• Transparência – clareza e visibilidade de ações institucionais junto aos usuários

e aos órgãos de controle externo e interno;

• Cooperação – atuar em conjunto, de forma articulada, com os demais órgãos

do INPI e do Sistema Nacional de Inovação, de forma a aumentar o grau de

informação sobre o uso do sistema de PI;

• Inovação – buscar oportunidades que proporcionem melhoria na entrega dos

serviços do INPI;

• Comprometimento, Gestão, Articulação e Parceria; e

20

• Adaptação - atenção aos arranjos produtivos e às características regionais para

definição de estratégias individuais mais eficazes na obtenção das metas

perseguidas.

21

2.5 Diretrizes e Premissas para Atuação Regional

Na elaboração do presente Plano de Ação foram adotadas as seguintes diretrizes e

premissas:

Tabela 2 – Diretrizes e Ações Correspondentes

Diretrizes de Ação para as Regionais Ações decorrentes

Diretriz I - Contribuir para a redução do

backlog

Estabelecer as Unidades Regionais

como células de exame desconcentrado.

Priorizar as atividades de exame e

calibrar a disseminação/educação da PI.

Diretriz II - Redimensionamento da

Cooperação Nacional

Avaliar o custo-benefício da manutenção

de unidades regionais.

Estruturar modelo padronizado, moderno

e eficiente de atuação do INPI nos Estados.

Diretriz III – Melhoria do gasto público

Viabilizar atuação do INPI em baixo

custo de operação nos Estados (revisão de

contratos e modelo de ocupação nacional)

Adequar o orçamento das Unidades

Regionais à meta de redução institucional de

44%3.

Diretriz IV – Modernização de infraestrutura

e instalações

Adequar a infraestrutura (predial e de TI)

ao novo modelo de operação do INPI no

Brasil.

Padronizar mobiliário e instalações,

assegurar obediência a critérios de

identidade e comunicação visuais e garantir

configurações eficientes (capacidade) e

estáveis.

Fonte: Elaboração própria.

3 Foi institucionalizada em 2017 a necessidade de reduzir em 44% das despesas projetadas para o exercício financeiro futuro.

22

3 OBJETIVOS

Este Plano de Ação tem como principal objetivo compatibilizar o modelo de gestão e

operação das Unidades Regionais à missão do INPI, assegurando a eficácia e efetividade dos

serviços públicos prestados.

São objetivos específicos do Plano de Ação Regional:

• tornar as Unidades Regionais extensões da ação do INPI nos

Estados, fazendo da concessão de direitos o principal produto

entregue;

• criar núcleos tecnológicos nas regionais, formados por examinadores

de patentes, com vistas a potencializar as atividades de exame e

atender às demandas dos polos tecnológicos locais estabelecidos;

• detectar e incentivar a criação de novos polos tecnológicos;

• definir parceiros (público-alvo) e treiná-los para promover e

disseminar a cultura e o uso do sistema de PI;

• atuar em parceria com associações de empresas para orientar na

disseminação da PI junto aos associados; e

• modernizar o modelo de atendimento nas Unidades Regionais, potencializando

os benefícios de tecnologia digital e conferindo maior valor e capilaridade às

ações.

A estratégia para alcance dos resultados baseia-se na seguinte abordagem

operacional:

• O modelo de gestão e operação das unidades regionais deve estar alinhado ao

planejamento institucional vigente, às diretrizes da Alta Administração, às

recomendações do TCU e da Auditoria Interna;

• A avaliação do benefício-custo das unidades regionais deve perpassar pela

concepção de infraestrutura física fundamental e pelos recursos humanos

necessários ao desempenho de competências pactuadas, a saber: gestão

administrativa de escritório, exame, disseminação, articulação e atendimento;

• A adequação do quadro de pessoal das Unidades Regionais deve obedecer à

previsão de vagas por unidade, ao mapeamento de perfis e à adequada

seleção de recursos humanos, tendo por base as vocações regionais

tecnológicas, os arranjos produtivos locais e, ainda, às condições físico-

espaciais e às competências a serem desempenhadas.

23

Figura 3: Eixos Operacionais do Plano de Ação (Miss ão, Recursos Humanos e Infraestrutura)

Fonte: Elaboração própria.

Seguindo-se os 3 eixos constantes da Figura 3, deve-se ainda:

• criar instrumentos de mensuração quantitativa e qualitativa das atividades

desempenhadas, de modo a permitir o contínuo aperfeiçoamento e avaliação

dessas; e

• executar, acompanhar e analisar as ações empreendidas a partir do

alinhamento institucional e dos instrumentos criados para determinar a eficácia

da atuação regional.

Recomenda-se ciclo de dois (2) anos de execução deste Plano, com previsão de

reavaliação e revisão de resultados nos três (3) meses finais deste período. Para tanto, é

prevista a constituição de comissão para avaliar a melhor condução do Plano, sob gestão da

CGDI, de forma a evidenciar as iniciativas mais bem sucedidas, propor novas rotinas

baseadas nos resultados observados, reparar condutas e iniciar novo ciclo do projeto, com

recomendações a respeito de:

• estrutura;

• ações e competências;

• melhoria de procedimentos; e

• adequação de quadros e quantitativos.

24

Além da gestão do projeto, cabe, à CGDI, a delineação das estratégias de atuação

regional, sobretudo no que tange à:

• promoção e apoio às atividades de disseminação da propriedade

industrial e de difusão tecnológica e de inovação;

• redesenho Institucional e Regimental; e

• proposição de iniciativas e procedimentos no desempenho das

competências regimentais das Unidades Regionais.

4 NOVA ATUAÇÃO REGIONAL

4.1. Escopo

De acordo com este Plano, o espectro da atuação do INPI nos estados terá as

Unidades Regionais como células especializadas de exame-difusão, obedecendo à vocação

tecnológica regional.

As diretrizes e premissas dadas pela Alta Administração subsidiaram a criação de um

portfólio de orientações que constituem o direcionamento deste Plano de Ação Regional.

A seguir, as orientações que nortearam a criação deste plano:

• a reestruturação das atividades das Unidades Regionais terá como

ponto de partida a elaboração de uma Unidade Mínima de pessoas e

competências;

• a desconcentração do exame é uma das alternativas da Alta

Administração para estimular o aumento da produtividade através do

exercício dessa atividade nas Unidades Regionais;

• a lotação dos examinadores de patentes seguirá critério de vocação

regional tecnológica e econômica para atender às necessidades de

disseminação e de articulação;

• é recomendável que os servidores das unidades regionais tenham perfil e

capacitação para disseminação4;

4 Espera-se que a presença de examinadores nas Unidades Regionais com perfil de disseminação e articulação leve ao aumento do entendimento sobre o uso do Sistema de Propriedade Industrial pelos atores relevantes do Sistema Nacional de Inovação, por meio da interação entre os arranjos produtivos locais, a indústria, os Institutos de Ciência e Tecnologia, os empreendedores e o

25

• a atividade de disseminação dos examinadores de patentes nas Unidades

Regionais se dará em conformidade com as normas de execução das

diretorias e coordenações técnicas5;

• a disseminação em todas as Unidades Regionais deve ter como foco os

serviços do INPI, bem como a PI, voltando-se para os setores produtivo e de

P&D, federações de indústrias, redes de ICTs e inovação e parques

tecnológicos, priorizando as ações e formas de maior capilaridade;

• redução do atendimento ao usuário externo, por meio da transição do modelo

presencial de “portas abertas” ao agendado;

• não serão removidos examinadores para ocupar cargo de chefia, dadas as

prioridades para atividade de exame e redução do backlog;

• não haverá atividades de gestão administrativa e financeira nas Unidades

Regionais, considerando a centralização administrativa e financeira, em curso,

prevista no Regimento Interno do INPI; e

• o número de colaboradores é de 1 (um) por Unidades Regionais.

4.2. Eixo Missão: Competências e Processos de traba lho

A partir deste Plano, as Unidades Regionais desempenharão as seguintes atividades:

• Exame de pedidos de PI;

• Articulação institucional, que inclui:

I. Inserção em comitês, fóruns e câmaras de discussão locais sobre

Inovação, representando o INPI;

II. Articulação com parceiros locais dos sistemas nacional e regional de

inovação, com foco na indústria e em instituições de pesquisa com projetos

voltados para aplicação industrial;

III. Contribuir para a construção da política institucional de disseminação;

• Disseminação dos serviços do INPI; e

• Atendimento ao público

Por exame, entende-se o conjunto de atos para análise técnica de pedidos e

concessão de direitos de PI, atividades essas que, até o Projeto Piloto de Desconcentração

do Exame, encontravam-se restritas à Sede. Note-se que o referido Projeto Piloto, cujos

INPI. 5 Atualmente, as normas em vigor sobre as atividades de disseminação dos examinadores são as de nº 05/2013, da DIRPA, e nº 09/2016 da DIRMA.

26

resultados podem ser vistos no Anexo III, teve início em 2015 e abrangeu as Unidades

Regionais localizadas em São Paulo, Distrito Federal, Rio Grande do Sul, Pernambuco, Minas

Gerais e, posteriormente, Paraná.

Por disseminação, entende-se a multiplicação do conhecimento sobre o INPI, seus

serviços e a PI, por meio de cursos, palestras, seminários, colóquios, entre outros. No âmbito

deste Plano de Ação Regional, a disseminação será realizada, primariamente, de forma a

potencializar seus efeitos sobre a configuração produtiva da região, razão pela qual o perfil

profissional dos examinadores a serem removidos foi alinhado às vocações regionais –

extraídas do estudo realizado pela DIRPA. Desta forma, as Unidades Regionais terão perfil de

pessoal afinado com os setores produtivos locais – em particular, com o setor industrial.

Ressalta-se que a principal atividade dos examinadores nas regionais será o exame,

respeitando a diretriz da administração que versa sobre a redução do backlog de exames de

patentes. Assim, a carga de disseminação e/ou de articulação, a ser executada por

examinadores lotados nas regionais, poderá ser calibrada e deverá respeitar obrigatoriamente

às Normas de Execução DIRPA n° 05 de 2013 e DIRMA n°09 de 2016, que tratam da gestão

da carga de trabalho dos examinadores e das metas contratadas.

No Anexo I, estão descritos o escopo, o público-alvo, o objeto e as metas da ação de

disseminação e articulação nas regionais.

Entende-se Articulação como a interlocução do INPI, por meio das Unidades

Regionais, com os atores locais relevantes do Sistema Nacional de Inovação nos Estados, e,

também, com os formuladores de políticas públicas concernentes ao tema, com o intuito de

subsidiar a criação e execução de normas, iniciativas, práticas e protocolos que tenham a PI

como seu objeto, ou, ainda, que fomentem estratégias de proteção de ativos de PI.

Por fim, entende-se atendimento como atividade de orientação a usuários a respeito

de procedimentos e normas para o adequado uso do sistema de PI, quando esta ocorre nas

dependências do INPI. Esta atividade não se confunde com a disseminação, embora, no caso

do atendimento coletivo, esta distinção não seja tão clara. Recomenda-se, para melhor

entendimento desta competência e de seu escopo, no âmbito da Ação Regional, a consulta

ao Anexo V deste documento.

Este plano prevê transição do atendimento presencial de “portas abertas” à

modalidade “presencial agendada”, para melhor gestão dos recursos. Faz-se a sugestão de

redução das atuais 40h semanais para 15h, o que corresponderá à redução de 72,5% do total

de tempo despendido na atividade. O serviço de atendimento agendado do INPI passará a

ser complementar aos sistemas “Fale Conosco” e Ouvidoria para contato. O procedimento de

transição é sugerido no Anexo V.

27

Ademais, à luz da modernização do atendimento, planeja-se conciliar a prestação dos

serviços aos avanços tecnológicos da computação (por exemplo, EaD). Nesse sentido,

utilizar-se-á de exploração de mídias digitais para maior facilidade e benefícios aos usuários.

Além disso, em paralelo, a COART implantou, em julho de 2017, um sistema de

acompanhamento de atendimento, que permite a mensuração quantitativa e a inferência

qualitativa a respeito da atividade e de sua qualidade. Em um segundo momento, após

acompanhamento e análise qualitativa e quantitativa do novo formato de atendimento

presencial agendado, espera-se ter dados para a definição do modelo de atendimento mais

adequado às Unidades Regionais, no que tange à alocação de recursos humanos e às

melhores estratégias para lidar com a atividade.

Todas as competências aqui descritas ajudam a determinar as atividades a serem

desempenhadas pelos servidores nas Unidades Regionais. Somadas a essas, a adequação

dos perfis desejados ao Plano de Ação Regional a ser implementado contribui para o

estabelecimento dos critérios para lotação ideal de servidores em cada uma das Unidades

Regionais.

4.3 Eixo Recursos Humanos: Unidade mínima e Perfis

4.3.1. Unidade Mínima

O objetivo da constituição de uma Unidade Mínima é prover todas as Unidades

Regionais de capacidade para desempenhar todas as suas competências. Nas Figuras 4 e 5,

são propostos os quantitativos de pessoal para os Escritórios de Difusão Regional (EDIR) e

as Seções de Difusão Regional (SEDIR), levando em consideração:

• as ações e atividades esperadas no desempenho das competências

pactuadas;

• a necessária uniformização da atuação regional;

• o conhecimento tácito adquirido no funcionamento atual das

Unidades Regionais e no âmbito do Projeto Piloto de

Desconcentração; e

• as formas administrativas existentes sob esta COART.

28

Figura 4 - Lotação sugerida para os Escritórios de Difusão Regional (EDIR)

Fonte: Elaboração própria.

Figura 5 - Lotação sugerida para as Seções de Difus ão Regional (SEDIR)

Fonte: Elaboração própria.

Note-se que a estrutura da Unidade Mínima é entendida como o quantitativo

mínimo necessário à execução deste Plano de Ação Re gional, sendo também um

indicativo de viabilidade de manutenção das Unidades Regionais

Hoje, algumas das competências da Unidade Mínima já são desempenhadas nas

Unidades Regionais. O objetivo da ação descrita nesse item é que todas as Unidades

Regionais desempenhem, de forma uniforme, todas as competências previstas.

A seguir, são apresentadas as funções desempenhadas nas Unidades Regionais.

EDIR 7 Pessoas: • 1 chefe • 1 chefe substituto (analista). • 1 Examinador de Marcas • 3 Examinadores de Patentes • 1 colaborador

SEDIR 6 Pessoas: • 1 chefe • 1 chefe substituto (analista). • 1 Examinador de Marcas • 2 Examinadores de Patentes • 1 colaborador

29

Para os EDIR:

• Chefe (cargo a ser ocupado preferencialmente por analistas):

I. Gestão do escritório e planejamento das atividades dos servidores do

EDIR (exame, articulação, disseminação e atendimento);

II. Representação institucional regional e atividades de articulação;

III. Fiscalização das atividades administrativas do Escritório;

IV. Gestão, compartilhada com a sede, das atividades administrativas

das Seções subordinadas;

V. Planejamento das atividades institucionais (disseminação e

articulação) das Seções Subordinadas; e

VI. Colaboração com as atividades da sede.

• Chefe substituto (cargo a ser ocupado preferencialmente por

servidores da carreira de Planejamento e/ou que não exerçam

atividade de exame de mérito de pedidos):

I. Fiscalização das atividades administrativas do Escritório;

II. Apoio à fiscalização das atividades administrativas das Seções

subordinadas;

III. Apoio ao chefe, no planejamento de atividades administrativas das

SEDIR;

IV. Apoio nas atividades de articulação / disseminação / atendimento; e

V. Colaboração com as atividades da sede.

Em termos de funções, prevê-se para as SEDIR:

• Chefe (cargo a ser ocupado preferencialmente por analistas):

I. Gestão do escritório e planejamento das atividades dos servidores do

EDIR (exame, articulação, disseminação e atendimento);

II. Representação institucional regional e atividades de articulação; e

III. Fiscalização das atividades administrativas do Escritório.

• Chefe Substituto (cargo a ser ocupado preferencialmente por

30

servidores da carreira de Planejamento e/ou que não exerçam

atividade de exame de mérito de pedidos):

I. Atividades de articulação / disseminação / atendimento;

II. Apoio ao chefe no planejamento das atividades institucionais e

administrativas da SEDIR;

III. Apoio ao chefe no planejamento das atividades dos servidores da

SEDIR; e

IV. Fiscalização de contratos administrativos.

Para EDIR e SEDIR, prevê-se, em termos de funções:

• Examinadores (Pesquisadores e Tecnologistas, no mínimo, 2 tipos de exame):

I. Exame de mérito; e

II. Disseminação, Articulação e Capacitação.

• Colaborador:

I. Atendimento telefônico (marcações de atendimento presencial e

chamadas internas);

II. Agendamento de atendimento presencial;

III. Consolidação de dados das Unidades Regionais; e

IV. Demais atividades administrativas.

Ressalta-se que o desenho da Unidade Mínima não é uma proposta de quantitativo de

pessoal ideal nas Unidades Regionais, mas um passo fundamental para chegar à melhor

lotação possível em médio prazo.

A proposta de uma Unidade Mínima sugere a quantidade e o perfil do pessoal

alocado, além das funções exercidas. A definição de cargo para cada competência é uma

sugestão, sendo o perfil do servidor igualmente importante. Outros requisitos para o critério

de lotação serão explicitados na Seção 5 desse Plano, “Metodologia de Alocação de

Servidores nas Unidades Regionais”.

A partir dos resultados obtidos e da observação da execução, além da avaliação da

demanda e dos potenciais locais detectados, será possível determinar qual a estrutura de

funcionamento necessária à Ação Regional em cada Unidade da Federação em que o INPI

estiver.

31

4.4 Eixo infraestrutura e sustentabilidade do model o

Neste eixo, consideram-se as medidas de enfrentamento do cenário macroeconômico

atual para a mitigação dos riscos observáveis na Análise SWOT conduzida e demonstrada no

início do Plano.

Após avaliação do custo de manutenção das Unidades Regionais e concepção da

Unidade Mínima que viabilize a atuação do INPI em Território Nacional, propõe-se neste

Plano a ocupação imobiliária com baixo custo de operação, focada na utilização de imóveis

cedidos pela União.

Esta ação tem por objetivo atender às Diretrizes III, IV e V dadas pela Alta

Administração e também as do Plano de Ação do INPI 2017, que privilegiam a busca por

imóveis que possam ser objeto de cessão ao Instituto como forma de redução de custos.

Mediante esta Diretriz busca-se reduzir substancialmente os gastos incorridos com

imóveis que hoje abrigam as Unidades Regionais. A orientação é a procura por locais que

estejam em prontas condições de funcionamento, adequados às competências a serem

desempenhadas, que não exijam reparos e que possam abrigar o quantitativo de servidores

necessários às atividades em cada uma das Unidades Regionais.

Cabe mencionar que deve ser considerada a possibilidade de que nem sempre

imóveis com essas condições estarão disponíveis e que outras soluções deverão ser

adotadas, como outros instrumentos jurídicos que não a cessão ou demais formas de

instalação das Unidades Regionais nos estados. A busca por imóveis é decorrente da

necessidade de Ação Regional, e não o contrário.

Nas Unidades Regionais onde não há espaço disponível para que seja possível fazer

o atendimento coletivo, sugere-se que, no médio prazo, imóveis a serem ocupados possam

permitir essa modalidade de atendimento. Há detalhamentos sobre o tema no Anexo V.

Na Tabela 8, constante do Anexo IV, faz-se estimativa dos custos mensais de cada

uma das Unidades Regionais, da redução projetada das despesas com as cessões e demais

providências e, ainda, da variação dos custos por pessoal nelas alocado, considerando as

cessões pretendidas, os dispêndios estimados futuros nas novas dependências, além da

despesa futura estimada com a adequação do número de colaboradores, de acordo com as

Diretrizes da Alta Administração.

Note-se que, ao final do processo de adequação sugerido das estruturas das

Unidades Regionais, estima-se uma redução do custo mensal de operação das regionais na

ordem de 38,2%.

32

4.5 Iniciativas prioritárias

A seguir, a Tabela 3 apresenta as iniciativas prioritárias para cada eixo descrito

operacional descrito.

Tabela 3 - Ações Prioritárias

Eixo Iniciativas prioritárias Produto Status

Competência

das Unidades

Regionais

Dotar as Unidades

Regionais das

atividades de exame,

articulação e

disseminação

Unidade Mínima: prover

de examinadores as

unidades regionais de ES,

GO, CE, SC e SE

Em construção

Modernização do

Atendimento

Transição do modelo de

atendimento presencial de

“portas abertas” ao

agendado

Em execução.

Datas previstas:

- Fechamento do protocolo

presencial 02/10/17

- Mudança do modelo de

atendimento: 01/12/17

Recursos

Humanos

Fortalecer a gerência

administrativa das

Unidades Regionais

Prover de um analista as

Unidades Regionais de

SC, ES e SE

Em construção

Infraestrutura

Predial

Consolidar modelo de

ocupação de baixo

custo operacional

Realizar as cessões

relativas às sedes das

Unidades Regionais de

MG, SC e CE

Em tratativas para a cessão

de MG, SC e CE

Adequar as instalações

à demanda projetada

fortalecendo a imagem

institucional

Realizar adequações de

mobiliário, identidade

visual e acessibilidade

nas Unidades Regionais

ao novo número de

postos de trabalho

Em construção

Infraestrutura

de TI

Adequar links de

internet à demanda do

novo quantitativo de

postos de trabalho nas

Unidades Regionais

Aumento da capacidade

dos links de acesso à

internet nas Unidades

Regionais

Contratação em andamento

Fonte: Elaboração própria.

33

5 METODOLOGIA DE LOTAÇÃO DE SERVIDORES NAS UNIDADES

REGIONAIS

Considerando a heterogeneidade dos quadros de pessoal das Unidades Regionais e a

necessidade de melhor desempenho das competências fundamentais à Ação Regional –

exame, disseminação, articulação e atendimento - a escolha de um critério de seleção interna

de pessoal, de forma a adequar recursos e objetivos, é tarefa primeira deste Plano.

O critério de seleção deve ser compatível com o objetivo principal da Ação Regional: o

transbordamento do conhecimento técnico da força de trabalho do INPI para o ambiente

produtivo e inovativo nos estados, de forma a alavancar o desenvolvimento tecnológico

existente, pelo melhor uso do Sistema de PI.

Para tanto, espera-se que, com a remoção de examinadores para as Unidades

Regionais, além do aumento da produtividade no exame, seja possível planejar e executar

ações que permitam a interlocução entre esses servidores com conhecimento especializado e

os atores regionais relevantes - seja por meio da disseminação, da articulação, do

atendimento ao usuário ou de outras atividades relacionadas – de forma a fomentar o

desenvolvimento das vocações econômicas regionais.

Foram usados quatro instrumentos para fundamentar as decisões sobre o número e o

perfil de servidores a serem removidos para as Unidades Regionais:

• O conceito de Unidade Mínima descrito anteriormente no item 4.3.1;

• O Índice de Produtividade em Patentes;

• O Estudo elaborado pela DIRPA em 2016: “Perfil Desejável dos

candidatos para compor edital de seleção interna, de acordo com

depósitos de pedidos de patentes de 2006 a 2016 efetuados nos

estados que compõem as DIREGs, REINPIs, DNOR e SEDIRs”; e

• A enquete sobre preferência de remoção e lotação para

pesquisadores, tecnologistas e técnicos em PI e C&T, realizada em 3

de abril de 2016.

5.1 Conceito de Unidade Mínima (ver seção 4.3.1)

A referida proposta estabeleceu um grupo de competências a serem

desempenhadas por todas as Unidades Regionais e o correspondente quantitativo de

pessoal adequado às características locais, de forma a aumentar a eficácia da Ação

34

Regional.

5.2 Índice de Produtividade em Patentes

Com a finalidade de identificar os estados brasileiros mais produtivos no tocante ao

uso do sistema de patentes, elaborou-se o Indicador de Produtividade em Patentes (IPP).

Este índice leva em consideração os pedidos de patente depositados entre 2000 e 20166, por

residentes, divididos por estado da Federação, e as populações de cada Unidade Federativa7.

De forma a evitar possíveis distorções na comparação entre estados com populações

muito distintas, foi considerada a participação da população do estado no quantitativo total do

País. Assim, pode-se definir o Índice de Produtividade em Patentes como:

IPP = Fração do total de pedidos de patente entre 2000 e 2016 do estado i no total nacional

Fração da população do estado i no total nacional

Assim, foi obtido o ranking apresentado na tabela 4 a seguir:

Tabela 4: Ranking IPP das Unidades Regionais

Depósitos 2000 a 2016

POSIÇÃO UNIDADES

REGIONAIS IPP

1° SC 2,26

2° RS 1,79

3° PR 1,67

4° MG 0,89

5° ES 0,88

6° GO 0,50

7° PE 0,29

8° SE 0,28

9° AM 0,27

10° CE 0,26

Fonte: Elaboração própria a partir de dados da AECON e IBGE.

Note-se que os números são obtidos por dupla ponderação – participação dos

6 Dados obtidos da AECON (2000-2016). 7 Dados obtidos do IBGE (2000-2016).

35

depósitos do estado no total nacional dividido pela participação estadual na população

nacional. Desta forma, o denominador funciona como um atenuante à tendência ou à

propensão de estados mais populosos depositarem mais patentes.

Para os dados de depósitos, foram utilizadas as tabelas disponibilizadas pela

Assessoria de Assuntos Econômicos (AECON) na seção Estatísticas do site do INPI,

considerando o período entre 2000 e 2016. As informações a respeito de população foram

extraídas do site de Projeção Populacional do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística

(IBGE). Note-se que a ponderação da população considera o número de habitantes no País e

nos Estados como sendo o de 2016. Dado que o crescimento populacional no País hoje é

baixo em termos históricos, a constância do denominador influencia pouco o resultado das

estatísticas. Na Tabela 5, os dados encontram-se reduzidos a 2 casas decimais.

Cabe ressaltar que o referido índice não tem por finalidade explicar as diferentes

produtividades em patentes entre estados. O IPP deve ser entendido como referencial a

respeito da proficiência quantitativa de um estado no depósito de patentes. Nesse sentido,

pode-se citar o exemplo do estado de Santa Catarina que é quatro vezes mais proficiente que

o estado de Goiás pelo IPP.

5.3 Estudo da DIRPA sobre Vocações Regionais e Depó sitos de Patentes

Com o objetivo de subsidiar a escolha dos perfis de servidores a serem alocados nas

Unidades Regionais, foram utilizados os resultados do estudo elaborado pela DIRPA, que

aponta os perfis profissionais mais adequados à lotação de cada uma das Unidades

Regionais, em função dos setores tecnológicos mais frequentes nos pedidos de patente

depositados por residentes, entre 2006 e 2016, em cada Unidade Federativa. O estudo

também utilizou como referência dados do levantamento da CNI (2015) sobre o perfil da

indústria nos estados, de forma a identificar possíveis incompatibilidades entre as tecnologias

depositadas em pedidos de patente e os setores econômicos industriais relevantes. Tal

comparação pode revelar setores muito presentes na economia regional e com pouca

expressão de patentes, ou o contrário. Ambas as situações podem configurar possibilidades

de ações regionais de articulação.

Espera-se, com a alocação proposta de recursos humanos, o aumento da qualidade

de depósitos, pela interlocução com os atores regionais relevantes; o aumento a participação

de nacionais no sistema de PI, pelo transbordamento do conhecimento tácito do INPI nos

setores produtivos; e a potencialização do desenvolvimento tecnológico e econômico, pelo

conhecimento e aprofundamento do uso do sistema de proteção à PI na busca inovativa das

empresas.

Importante ressaltar que os pedidos de patente a serem examinados nas unidades

36

regionais respeitarão as mesmas regras da sede, em que os examinadores fazem o exame

de mérito de pedidos em áreas tecnológicas compatíveis com sua formação.

Os perfis de examinadores de patente adequados à vocação tecnológica de cada um

dos estados onde o INPI dispõe de Unidades Regionais estão descritos no Anexo VI

5.4 Enquete sobre preferência de remoção e lotação para pesquisadores,

tecnologistas e técnicos em PI e C&T, realizada 03 de abril de 2016.

Para verificar a viabilidade da alocação da força de trabalho proposta para composição

da Unidade Mínima, confrontaram-se os dados da enquete sobre preferências de remoção e

lotação dos servidores com os quantitativos propostos (seção 4.3.1). Importante ressaltar que

os dados da enquete de 2016 podem não representar o cenário atual de interesse de

servidores, fato a ser ratificado nos futuros processos seletivos.

Com base nos critérios anteriormente descritos, nas estruturas regionais atuais e na

previsão dos futuros espaços a serem ocupados pelas Unidades Regionais, foi elaborada

metodologia de lotação de servidores, descrita na Figura 6, a seguir. Por pertinência ao

conceito de Unidade Mínima, haverá uma vaga para examinadores de marcas para cada

Unidade Regional.

Figura 6: Metodologia de lotação das Unidades Regio nais

Fonte: Elaboração própria

A partir do cenário atual de lotação, todas as Unidades Regionais devem receber

37

quantitativo para compor a Unidade Mínima. Na Figura 6, os números sobre as setas

representam os quantitativos de pessoal a serem alocados. Por exemplo, para a SEDIR-SC, a

fim de compor a Unidade Mínima, são necessários 2 examinadores de patentes, 1 de marcas

e 1 analista. Note-se que hoje esta Unidade Regional não tem examinadores, nem chefe

substituto.

Atualmente, há 31 servidores lotados nas Unidades Regionais8. Após as remoções

sugeridas pela adequação do atual quadro de pessoal à Unidade Mínima, o quantitativo de

servidores lotados nas Unidades Regionais passará a 58. Com 9 colaboradores, o número de

postos de trabalho ocupados atingirá 67.

Levando-se em consideração o Índice de Produtividade em Patentes, fez-se a opção

por alocar mais servidores nas unidades melhor posicionadas no ranking (Tabela 5) e com

postos de trabalho ociosos. A saber: Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Paraná e Minas

Gerais receberão mais 11 servidores no total. O propósito é fortalecer as Unidades

Federativas que apresentam produtividade em patentes mais expressiva.

Ainda no escopo do Plano, ao final do período de dois (2) anos de sua execução, será

feita avaliação a respeito dos resultados obtidos, das atividades empreendidas, das

oportunidades disponíveis e o dimensionamento das Unidades Regionais em termos ideais.

A Tabela 5, contendo a estimativa do quantitativo de remoções de servidores em

termos de postos de trabalho e lotação, é apresentada a seguir.

8 Neste cômputo não está incluído o servidor Francisco Montandon, lotado na SEDIR-AM porque este documento não contempla a Unidade da Região Norte.

38

Tabela 5: Ocupação Atual e Futura Proposta para as Unidades Regionais

POSTOS ATUAIS POSTOS A PREENCHER

UNIDADES

REGIONAIS

Capacidade do

escritório Ocupados NÃO EXAME DIRMA DIRPA

EDIR RS 10 8 - 1 1

SEDIR SC 11 2 1 Analista 1 7

SEDIR PR 12 7 9 - 1 4

EDIR CE 9 4 1 1

SEDIR SE 3 1 1 Analista 110 211

SEDIR PE 6 4 - 1 0*

EDIR MG 20 12 10 13 - 1 5

SEDIR ES 6 2 1 Analista 1 2

EDIR GO 8 2 - 1 3

TOTAL 85 40 3 9 25

REMOÇÕES 37

Fonte: Elaboração própria

*Originalmente existia previsão de ingresso de 1 examinador da DIRPA. Contudo, a vaga foi preenchida em razão da remoção do servidor oriundo da Representação do INPI na Paraíba (unidade recentemente fechada).

9 Depende de cessão de espaço a ser firmada com SPU. 10 Depende de cessão a ser firmada junto ao Sebrae. 11 Idem ao anterior. 12 Depende de cessão a ser assinada com Justiça Federal em Minas Gerais. 13 Idem ao anterior.

39

6 Revisão do Plano de Ação

É importante salientar que a execução e a revisão do Plano de Ação têm como

objetivos inseparáveis a contínua análise das ações empreendidas, seu monitoramento e a

busca de instrumentos de mensuração e índices que subsidiem o entendimento dos

resultados alcançados, bem como sua adequação às metas propostas e à missão

institucional do INPI.

Neste sentido, deverão ser criadas métricas para as atividades executadas pelas

Unidades Regionais, de forma a aferir a adequação deste plano, seu contínuo

aperfeiçoamento, ganhando subsídios para eventuais processos seletivos nos Estados,

remoção e alocação de servidores e definição dos perfis desejados.

Sugerem-se os seguintes indicadores de:

1 Articulação: neste caso, não se trata apenas da quantificação do número de

atividades, mas da qualificação do tipo de articulação desempenhada, seus objetivos e

resultados alcançados.

2 Disseminação: atividade medida atualmente de forma quantitativa pela Meta de

Fomento à PI. Este índice deverá incluir formas de mensuração do público atingido, de

acordo com a prioridade e o foco da disseminação no contexto do Plano de Ação do

Instituto.

3 Atendimento: deve envolver número e perfil de pessoas atendidas, temas

abordados e tempo despendido. Para este indicador, a CGDI implementou, em julho de

2017, um sistema de monitoramento desta atividade por meio de formulário eletrônico.

Seu acompanhamento será feito através de relatórios mensais.

No caso da atividade de exame, a métrica já existe nas Diretorias (DIRMA e DIRPA).

40

7 Entregas e Marcos Críticos

Tabela 6: Entregas e Datas Previstas 14

Descrição Produto (Entregável) Data

Entrega 1 Entrega do Plano de Ação Regional à Presidência Plano de Ação Regional 31/07/2017

Entrega 2 Apresentação do documento final do Plano de Ação à Presidência e Diretorias

Plano de Ação homologado 11/08/2017

Entrega 3 Publicação do Plano de Ação Regional Plano de Ação publicado Set./2017

Entrega 4 Publicação do quadro de vagas por unidade regional Publicação realizada Set.-Out./17

Entrega 5 Transição do modelo de atendimento Modelo de atendimento agendado em funcionamento

Dez./2017

Entrega 6 Implementação dos indicadores Indicadores implementados Dez./2017

Entrega 7 Provimento de pessoal: seleção Edital publicado Out.-Dez./17

Entrega 8 Provimento de infraestrutura de TI Infraestrutura de TI disponibilizada

Dez./2017 – Fev./2018

Entrega 9 Provimento de mobiliário e instalações Mobiliário e instalações disponibilizados

Dez./2017 – Jan/2018

Entrega 10 Publicação das remoções Portaria de remoção publicada Jan./2018

Entrega 11 Instalação de servidores Servidores instalados Até Mar./2018

Entrega 12 Avaliação do Plano de Ação Regional Relatório de avaliação do Plano de Ação Regional entregue

Dez./2019

Fonte: Elaboração própria

14 As datas previstas neste documento poderão sofrer alterações em virtude de necessidades/interesses da

Administração

41

8 Conclusão

O presente documento buscou apresentar encaminhamento prático para a

reestruturação das Unidades Regionais e para as diretrizes de ação, partindo de

determinações da Administração do INPI. Sabe-se que há restrição às disponibilidades –

humanas, orçamentárias e administrativas – e, que, nem sempre, estas podem atender a

todas as necessidades do Instituto. No entanto, entende-se que a ação e o planejamento do

INPI não devem ser definidos com base somente nas possibilidades de alocação de recursos,

mas tendo em vista objetivos de médio e longo prazos da Missão Institucional do INPI.

42

ANEXO I

Diretrizes de Articulação e Disseminação em Patente s

Público-alvo (em ordem de prioridade)

• Associações de classes e Cooperativas

• Representantes de comunidades produtivas e arranjos produtivos locais (APLs)

• Micro, pequenas e médias empresas

• ICTs

Objetivo

• Fortalecimento de polos industriais já estabelecidos, a partir da introdução da PI ou do

aprofundamento do conhecimento sobre o tema.

• Articulação com redes já estruturadas para inserção do uso do Sistema de PI.

• Promoção para o desenvolvimento de novos pólos tecnológicos

• Promoção de MPEs para exportação – parceria Apex/Sebrae

• Pontos focais para trabalhar “in house” com Associações de Indústrias, APLs e MPEs

Conteúdo

• Disseminação de conteúdo especializado (redação de patentes, busca, classificação,

projetos prioritários, normas e diretrizes) – em EAD, no médio prazo.

Outras atividades de articulação e disseminação em relação a demais temas da PI –

marcas, desenhos industriais, programas de computador, contratos de transferência de tecnologia,

topografia de circuitos integrados, indicações geográficas – serão definidas junto às diretorias

responsáveis por cada área.

43

ANEXO II

Gestão de Trabalho nas Unidades Regionais

Chefe da UR

Contratação das Metas

DIRPA / DIRMA

Chefe da URChefe da URmetas

comportamentais,

de disseminação,

articulação

e demais

atividades

metas de exame Do exame

FimDo

Ciclo

DIRPA / DIRMA

Avaliação Institucionaldo Servidor

Acompanhamento

gestão

das

atividades

que não

de exame

DIRPA / DIRMA

gestão do

exame

Das

atividades

que não

de exame

Início Do

Ciclo

90%

10%

Figura 7 - Fluxograma da Gestão de Trabalho nas Uni dades Regionais

Fonte: Elaboração própria.

Com a experiência do Projeto Piloto de Desconcentração do Exame de Marcas e Patentes

iniciada em 2015, torna-se necessária a criação de dinâmica para avaliação de desempenho e

gestão do trabalho dos servidores que exercem atividade de exame fora da Sede. O fluxo proposto

acima tem o condicionante dado pelas normas de execução de exame da DIRPA e da DIRMA, que

estabelecem que 10% da meta pactuada pode ser utilizada em atividades que não sejam de

exame, entre elas, disseminação e articulação.

No Plano de Ação Regional, a proposta é direcionar esses 10% da meta que não são

utilizados no exame para fortalecer as atividades empreendidas nas Unidades Regionais, de forma

a transbordar o conhecimento de examinadores junto aos atores regionais do Sistema Nacional de

Inovação.

44

Esta é a motivação para que dois dos critérios sugeridos para seleção dos perfis a serem

alocados nas Unidades Regionais sejam o perfil de disseminação/articulação e a formação do

candidato compatível com o cenário industrial regional.

Como apenas 10% da meta de exame são alocados para demais atividades, o aumento do

número de ações de disseminação e de articulação depende, em certa medida, do número de

examinadores alocados nas Unidades Regionais. Isto porque, quanto mais examinadores, maior o

somatório de tempos livres para atividades que não as de exame.

Gestão das Atividades

O Plano de Ação Regional está assentado no redirecionamento das atividades de

atendimento, que passará da modalidade “portas abertas” a agendado, na centralização da

atividade administrativa, hoje em curso, na estruturação e focalização da disseminação ao público-

alvo, já explicitado no Anexo I, e na proposição de estratégias e atividades pelos chefes das

Unidades Regionais que dialoguem com os interlocutores relevantes em suas áreas de influência,

de forma a aumentar a capilaridade das ações empreendidas.

Todas essas iniciativas contribuem, na visão desta CGDI, para a melhoria da gestão da

Ação Regional por parte dos chefes das Unidades Regionais e para a concentração dos recursos

disponíveis nas atividades de maior valor agregado e mais focalizadas.

Para que haja pleno aproveitamento dos “10% disponíveis” de cada examinador, propõe-se

flexibilização das rotinas de trabalho de modo a permitir a inserção dos examinadores nas

atividades relevantes do escopo da ação regional, sem prejuízo das metas pactuadas para o

exame.

É necessário considerar que, embora a meta de exame não seja dada em horas, mas por

pontuação relacionada ao número de decisões emitidas pelo examinador, é possível pensá-la em

termos de tempo. Note-se que, salvo em casos especiais, todos os examinadores – e também os

demais servidores – cumprem jornada de 40 horas semanais.

Assim, a meta de exame, por exequível, deve ser tal que possa ser cumprida no tempo de

trabalho do servidor. Se a meta for de 10 pontos em 20 dias de trabalho, por exemplo, cada 2 dias

de trabalho deveriam possibilitar o cumprimento de um ponto da meta.

O regime de trabalho dos servidores nas áreas de exame de marcas e de patentes

obedece a duas resoluções internas: a Norma de Execução DIRMA n° 09 de 2016 e a Norma de

Execução DIRPA n° 5 de 2013, respectivamente. Ambos os documentos estipulam a possibilidade

de divisão da meta no “regime 90-10”: 90% do número de pontos da meta cheia em atividades de

exame e 10% em demais atividades.

45

Note-se que a regra é geral: ainda que as pontuações possam ser diferentes entre cada

divisão, ou entre as Diretorias, conhecendo a meta pactuada para o período relevante, é possível

que o chefe da Unidade Regional faça a gestão dos 10% de atividades que não a de exame.

O acompanhamento da execução da meta de exame, como demonstra a Figura 6, fica a

cargo dos setores específicos da DIRPA e da DIRMA.

Tendo em vista esta dinâmica de co-gestão da jornada de trabalho de examinadores, torna-

se necessário determinar as atividades que podem ser por eles desempenhadas nos 10%

disponíveis.

De acordo com o Artigo 4 da Norma de Execução DIRMA n°09, de 28 de dezembro de

2016, examinadores podem dedicar 10% de sua meta diária de 17 pontos às seguintes atividades:

1. Participação como instrutor ou palestrante em eventos de capacitação oferecidos pelo

INPI ou por seus parceiros;

2. Capacitação recebida;

3. Atendimento à solicitação de vista de processo; e

4. Participação em eventos relacionados à propriedade intelectual.

Ainda segundo a mesma norma, cada hora dedicada a estas atividades equivale a 2,125

pontos. Notadamente, isto significa dividir 17 pontos (a meta diária) por 8 horas de trabalho (a

jornada convencional). Portanto, a gestão de tempo proposta anteriormente funciona respeitando a

própria norma da DIRMA.

A título de ilustração, propõe-se a seguinte situação: com uma meta de 17 pontos por dia,

para atingir a meta mensal, um examinador precisaria fazer 340 pontos (17 pontos vezes 20 dias)

em um período de 20 dias. Destes, 10% podem ser obtidos nas atividades acima relacionadas, de

acordo com a norma de execução da Diretoria. Ou seja, há 34 pontos para serem computados em

atividades que não a de exame. Este total corresponde a 2 dias de trabalho, considerando a

jornada diária de 8 horas. Assim, 34 pontos são iguais a 16 horas de trabalho, porque cada hora

em atividade, que a não de exame, significa 2,125 pontos, de acordo com a referida normativa.

Um examinador de marcas, ao gastar 4 horas ministrando uma palestra, computaria para

sua meta 8,5 pontos, restando, ainda para uso, 25,5 pontos (ou 12 horas) do total no mesmo

período de apuração da meta.

Pode-se gerir o uso desses 10% semanalmente, diariamente ou mesmo mensalmente. O

fato importante é que este quantitativo é garantido pelas normas de execução e que apenas esses

10% devem ser geridos pelos chefes das Unidades Regionais, sendo as metas de exame

acompanhadas pelas áreas competentes das Diretorias.

46

Tão importante quanto essa informação acima, é entender que a meta cheia deve ser

cumprida no horizonte de tempo relevante – o de avaliação de desempenho do servidor. Isto

permite flexibilizar seu cumprimento em períodos de maior demanda sem atrapalhar a atividade de

exame. É dado um exemplo na próxima seção.

Exemplo de Gestão - DIRMA

contratação das metas

Examinador

Resultados:Meta de exame:

340 pontosMeta alcançada: �306 pontos

Atividades que não exame:�34 pontos

DIRMAAVALIAÇÃO INSTITUCIONAL

DO EXAMINADOR

Período de Avaliação

Palestra4 horas (8,5 pts)

20 dias

Examinador Examinador

Curso 8 horas(17 pts)

Capacitação4 horas(8,5 pts)

Figura 8 – Avaliação Institucional do Examinador

Fonte: Elaboração própria.

O fluxograma apresentado na Figura 7 demonstra um período de avaliação de 20 dias, no

qual o servidor cumpriu a meta nos quantitativos esperados: 306 pontos na atividade de exame e

34 pontos nas demais atividades (90% e 10% da meta, respectivamente).

Para os casos hipotéticos1 em que o servidor não cumpra os 10% de atividades que não as

de exame, ou em que esse quantitativo chegue a 15%, por exemplo, sugere-se compensação

imediata, respeitando sempre o período de avaliação de desempenho do servidor. Considerando

que o ciclo de avaliação ocorre a cada ano, caso, por exemplo, nos dois primeiros meses o

1 Estas situações devem ser encaradas como excepcionalidades e derivadas de necessidade de serviço atestada pelo chefe imediato do servidor e combinado previamente com as Diretorias Técnicas.

47

servidor exceda os 10% referentes às atividades de não exame, ele poderá compensar o trabalho

nos demais meses, concentrando sua jornada nas atividades de exame.

De forma semelhante, caso não haja desempenho de atividades que não a de exame em

um determinado período, ou estas não atinjam os 10% correspondentes, o chefe da Unidade

Regional poderá gerir esta diferença excedendo, no período à frente, a cota referente aos 10%.

Desta forma, não há períodos ociosos na jornada de trabalho do servidor e as chefias ganham

flexibilidade para lidar com a gestão do trabalho. O tempo contabilizado para cada atividade pode

ser combinado entre chefias e examinadores.

Exemplo de Gestão - DIRPA

De forma semelhante, a carga de trabalho de examinadores da DIRPA pode ser gerida pelo

chefe da Unidade Regional, tendo em vista seu planejamento e as demandas existentes. Hoje, o

Sistema de Cadastro da Produção (SISCAP) permite que a DIRPA faça a gestão das duas partes

da meta (90% e 10%).

O procedimento descrito neste anexo pode ser utilizado para a gestão dos 10% pelos

chefes das Unidades Regionais, bastando, para tanto, conhecer período de apuração da meta do

examinador.

Os examinadores da DIRPA seguem divisão do trabalho em regime “90-10”, conforme

artigo 4°, §1º da Norma de Execução n° 5 de 2013, q ue estipula como atividades próprias aos 10%

de “não exame”:

“São consideradas atividades extras, desde que autorizadas pela chefia imediata

e/ou coordenação e/ou diretoria. A participação do examinador nas atividades de

disseminação;

Em cursos de capacitação tecnológica ou em propriedade industrial

Em seminários

Em palestras

Em projetos estratégicos

Em projetos prioritários

Em grupos de trabalho

Em reuniões internas e externas

Como instrutor em treinamento de examinadores

Em tecnologias específicas e ou em propriedade industrial

Em viagens a serviço

Em substituição de chefia de divisão de patentes”.

48

ANEXO III - Resultados do Projeto Piloto de Desconc entração

do Exame de Marcas e Patentes

Tabela 7 – Produção dos Examinadores de Patente lot ados nas Unidades Regionais (2016)

Fonte: Dirpa, 2016.

49

ANEXO IV

Situação Atual das Unidades Regionais

Tabela 8 – Custos x Pessoal

CUSTOS X PESSOAL UNIDADES REGIONAIS

HOJE FUTURO

UR PESSOAL CUSTO / MÊS CUSTO POR POSTO / MÊS PESSOAL CUSTO / MÊS

CUSTO POR POSTO /

MÊS EDIR RS 7 R$ 18.183,43 R$ 2.597,63 10 R$ 19.483,43 R$ 1.948,34

SEDIR SC 2 R$ 3.729,92 R$ 1.864,96 11 R$ 9.187,06 R$ 835,19 SEDIR PR 7 R$ 22.276,90 R$ 3.182,41 10 R$ 14.697,29 R$ 1.469,73 EDIR CE 4 R$ 22.160,74 R$ 5.540,18 7 R$ 8.504,49 R$ 1.214,93

SEDIR SE 1 R$ - R$ - 4 R$ 3.000,00 R$ 750,00 SEDIR PE 3 R$ 400,00 R$ 133,33 4 R$ 3.400,00 R$ 850,00 EDIR MG 10 R$ 57.355,03 R$ 5.735,50 13 R$ 12.206,40 R$ 938,95 SEDIR ES 2 R$ 7.391,42 R$ 3.695,71 6 R$ 7.391,42 R$ 1.231,90 EDIR GO 2 R$ 700,00 R$ 350,00 7 R$ 3.700,00 R$ 528,57 TOTAL 38 R$ 132.197,44 72 R$ 81.570,09

Variação -38,30% Média por

posto R$ 2.566,64 R$ 1.085,29

Variação -57,72% Fonte: Elaboração própria.

A tabela acima mostra as atuais e futuras ocupações com servidores e colaboradores nas

Unidades Regionais. Os quantitativos propostos como cenário futuro são derivados da metodologia

explicitada na seção 5 - Metodologia de Lotação de Servidores nas Unidades Regionais. Os custos

são estimados com base em uma lista de contratos fornecida pela Divisão de Contratos e Logística

das Unidades Regionais - DILOG. Trata-se de custos mensais incorridos, excetuando material de

consumo, vencimentos e aqueles não advindos de contratos. Nos casos de cessão ainda não

concluída – Minas Gerais, Ceará e Santa Catarina – os custos são estimados com base nas

informações dos imóveis em negociação.

A estimativa de redução dos custos totais e dos custos por pessoal nas Unidades Regionais

segue a mesma regra. A redução está em conformidade com as ações previstas na seção 4.4 -

Eixo infraestrutura e sustentabilidade do modelo.

50

ANEXO V

Transição do Modelo de Atendimento

Encerramento do serviço de protocolo presencial

Cabe dizer que nem todos os serviços do INPI hoje são oferecidos via protocolo digital,

portanto, o termo protocolo presencial é o mais adequado, considerando, ainda, que o objetivo

subjacente a esta ação é permitir a transição entre o atual modelo de atendimento e o almejado.

De acordo com o Memorando 112/2017/CGDI/PR, há previsão para o encerramento do

protocolo presencial até o final de 2017, acarretando necessária modificação da Resolução

47/2013, que terá participação da DIRAD/SEPEX, do GAB e da Procuradoria Federal

Especializada – PFE.

Publicidade do encerramento do serviço de protocolo presencial

A comunicação institucional oficial (site, mídias sociais, RPI, nas unidades físicas das

REINPI, das Unidades Regionais de atuação e na recepção da sede) sobre o encerramento do

serviço de protocolo presencial deverá ocorrer a partir de 15 de agosto de 2017, conforme previsto

no Memorando 112/2017/CGDI/PR.

O comunicado deverá conter a motivação, as providências e as novas práticas em função

da mudança (sugere-se que os pedidos em papel sejam enviados diretamente para a sede pelos

Correios e, para os ativos de PI que dispõem de ferramenta digital para depósito, sugere-se o uso

prioritário desse canal).

Implementação do atendimento presencial agendado

Transição do modelo de atendimento

Sugere-se prazo mínimo de 60 dias para transição entre o modelo de atendimento de

“portas abertas” para o agendado, após fechamento do protocolo presencial. Tendo em vista o

prazo previsto de outubro de 2017 para o fechamento do protocolo presencial, a transição terá seu

início em dezembro de 2017.

Procedimentos:

51

Deverá haver comunicação institucional oficial (site, mídias sociais, RPI, nas UR e na

recepção da sede), contendo a motivação, as providências e as novas práticas em função da

mudança no atendimento presencial:

Procedimento de marcação

A marcação do atendimento agendado será feita via e-mail, por meio de formulário

contendo informações de horário preferencial, data, assunto e formas de contato. O e-mail para

contato estará disponível no site do INPI, na aba “Endereços e Telefones”, juntamente com os

horários disponíveis para atendimento.

A Unidade Regional responderá por e-mail ou telefone, confirmando ou oferecendo outras

opções de horário.

Procedimento de atendimento:

O atendimento será feito, preferencialmente, em até 20 minutos. Casos mais complexos ou

que demandam mais tempo podem ser geridos pela Unidade Regional com base na experiência de

atendimento e na triagem inicial, a partir das informações enviadas no contato por e-mail.

A triagem inicial permite determinar o grau de complexidade, estimar tempo e selecionar,

caso necessário, o perfil do atendente.

A escolha de horários para serem ofertados ao usuário é de responsabilidade da Unidade

Regional.

Recomendam-se variações entre os períodos da manhã e da tarde e, quando o

atendimento ocorrer no período vespertino, sugere-se que o último atendimento seja agendado

para 1h antes do encerramento do expediente.

Estrutura do atendimento:

A atividade de atendimento será feita considerando as prioridades do exame e da

disseminação – respeitando a Diretriz 1 (Seção 2.5 - Diretrizes e Premissas para Atuação

Regional).

O horário será determinado por resolução, com meta de redução gradual da modalidade de

“portas abertas” para “janela de atendimento” de 15hs semanais, que representam 37,5% da carga

horária semanal de funcionamento da Unidade Regional.

52

O novo modelo proposto deverá monitorar a demanda para proceder à avaliação e à

adequação das tarefas e adaptações necessárias ao funcionamento do serviço.

A COART implementou, desde 6 de julho de 2017, o e-pesquisa para monitoramento do

atendimento e para consolidação de dados observados.

Encerramento do atendimento telefônico

Para o encerramento do atendimento telefônico nas Unidades Regionais, deverá ser feita

comunicação oficial e retirada dos números do site. As ligações que ainda serão recebidas deverão

redirecionar o usuário às demais formas de atendimento institucional (sugere-se campanha sobre

as formas e canais de atendimento do INPI com o usuário externo).

Atendimento coletivo

Nas Unidades Regionais com espaço adequado disponível, com base nas demandas

observadas pelo monitoramento de atendimento implementado pela COART, poderão ser

implementadas atividades de atendimento coletivo, cujos temas serão selecionados a partir dos

principais assuntos demandados no atendimento. Estas atividades podem ser sugeridas no âmbito

das Unidades Regionais, de acordo com a melhor gestão do tempo.

53

Anexo VI

Tabela 9 - Quadro Final das Unidades Regionais

UR ATUAIS A PREENCHER

DIRPA / Vocações Capacidade do Escritório Ocupados NÃO EXAME Exam.

Marcas Exam.

Patentes COLAB.

EDIR RS 10 8 - 1 1 0 DIPAT XX, DIPAT XVII, DIPAT VI, DIPAT XIX, DIPAT II, DIPAT III, DIPAT VII, DIPAT VIII, DIPAT IX, DIPAT XVIII, DIPAT XIII, DIPAT XII, DIPAT IV, DIPAT XVI

SEDIR SC 11 2 1 Analista 1 7 0 DIPAT XIX, DIPAT XVII, DIPAT VI, DIPAT XX, DIPAT II, DIPAT III, DIPAT VII, DIPAT VIII, DIPAT IX, DIPAT XIII, DIPAT IV, DIPAT XVIII, DIPAT XII, DIPAT XI, DIPAT XVI

SEDIR PR 12 7(1) - 1 4 0 DIPAT II, DIPAT III, DIPAT VII, DIPAT VIII, DIPAT IX, DIPAT XX, DIPAT XIV, DIPAT XII, DIPAT VI, DIPAT IV, DIPAT XIII, DIPAT XI, DIPAT XVI

EDIR CE 9 4 - 1 1 1 DIPAT XX, DIPAT II, DIPAT III, DIPAT VII, DIPAT XVII, DIPAT VI, DIPAT XII, DIPAT X, DIPAT IV, DIPAT XIII, DIPAT XV, DIPAT XIX, DIPAT XVIII, DIPAT V, DIPAT XVI

SEDIR SE 3 1 1 Analista 1(2) 2(2) 1 DIPAT II, DIPAT III, DIPAT VII, DIPAT VIII, DIPAT IX, DIPAT X, DIPAT XVII, DIPAT VI, DIPAT IV, DIPAT XIII, DIPAT XII, DIPAT XX, DIPAT I, DIPAT XVI

SEDIR PE 6 4 - 1 0* 1 DIPAT II, DIPAT III, DIPAT VII, DIPAT VIII, DIPAT IX, DIPAT XX, DIPAT XIX, DIPAT XI, DIPAT XVII, DIPAT VI, DIPAT IV, DIPAT XII, DIPAT X, DIPAT XVIII, DIPAT XVI

EDIR MG 20(4) 10(3) - 1 5 0 DIPAT II, DIPAT III, DIPAT VII, DIPAT VIII, DIPAT IX, DIPAT XIX, DIPAT XX, DIPAT XII, DIPAT XI, DIPAT VI, DIPAT IV, DIPAT XVIII, DIPAT XVII, DIPAT XVI

SEDIR ES 6 2 1 Analista 1 2 0 DIPAT XIX, DIPAT VI, DIPAT IV, DIPAT XIII, DIPAT II, DIPAT III, DIPAT VII, DIPAT VIII, DIPAT IX, DIPAT XX, DIPAT XVII, DIPAT XVIII, DIPAT XVI

EDIR GO 8 2 - 1 3 1 DIPAT II, DIPAT III, DIPAT VII, DIPAT VIII, DIPAT IX, DIPAT XIX, DIPAT XX, DIPAT XVII, DIPAT VI, DIPAT XIII, DIPAT XVIII, DIPAT XVI

COINS SP(5) 20 11 - 1 7 2 DIPAT XIX, DIPAT II, DIPAT III, DIPAT VII, DIPAT VIII, DIPAT IX, DIPAT XX, DIPAT XVII, DIPAT VI, DIPAT XI, DIPAT XIII, DIPAT XII, DIPAT XVI

COINS DF(5) 31 10 - 1 3 - DIPAT II, DIPAT III, DIPAT VII, DIPAT VIII, DIPAT IX, DIPAT XIX, DIPAT XX, DIPAT XVII, DIPAT VI, DIPAT XIII, DIPAT XVIII, DIPAT XVI

TOTAL 136 60 3 11 36

REMOÇÕES 50 9 Exam. Marcas, 27 Exam. Patentes, 3 Analistas. Não inclui remoções de SP e DF

Fonte: Elaboração própria. *Originalmente existia previsão de ingresso de 1 examinador da DIRPA. Contudo, a vaga foi preenchida em razão da remoção do servidor oriundo da Representação do INPI na Paraíba (unidade recentemente fechada). (1) Dos 7 postos, 3 são ocupados com colaboradores. Futuramente, haverá apenas 1. (2) Mediante solicitação de espaço ao SEBRAE. (3) Dos 10 postos, 3 são ocupados por colaboradores. Futuramente, haverá apenas 1. (4) A capacidade estimada do escritório pode variar entre 20 e 30 postos. (5) Os quantitativos das Unidades Regionais de SP e DF são de caráter sugestivo, tendo em vista que ambos são subordinados ao Gabinete da Presidência do INPI.

54

ANEXO VII

Sugestão de procedimento para remoção de servidores às Unidades Regionais

Foge ao escopo do Plano de Ação Regional determinar critérios para a execução de editais

de seleção destinados à remoção de servidores às Unidades Regionais, dado que o processo de

remoção é atividade de competência da Presidência e da Coordenação Geral de Recursos

Humanos (CGRH) e que o referido Plano transborda a etapa de remoção de servidores.

Neste contexto, estão descritas, a seguir, algumas sugestões de procedimentos que a

CGDI considera relevantes, a fim de subsidiar as áreas competentes

Sugestão de Procedimento

Sugere-se a publicação de um único edital de vagas contemplando todas as Unidades

Regionais que receberão servidores. Este documento conterá cronograma para a execução dos

processos seletivos e os perfis buscados em cada Unidade Regional, além de resumo deste Plano

de Ação.

Recomendam-se intervalos de 30 dias – ou menores, se possível – para cada processo

seletivo. Os resultados de cada rodada podem ser publicados enquanto ocorrem as demais

etapas, desde que todos os processos sejam conduzidos até janeiro de 2018.

Recomenda-se a execução de processos seletivos combinando 2 (duas) Unidades

Regionais por vez, que não tenham proximidade geográfica, de forma a potencializar a demanda

para cada região. O pareamento também permite a celeridade dos processos de seleção.

Sugere-se a combinação de duas unidades regionais com diferentes quantitativos de vagas

ofertadas no edital e/ou com diferentes demandas por vagas, de acordo com a enquete1 interna

sobre interesse de remoção conduzida em 2016.

Exemplo de ordem para processos seletivos

1. Publicação do edital com vagas para todas as Unidades Regionais, respectivos perfis

adequados, resumo do Plano de Ação e cronograma dos processos seletivos.

2. Início dos processos:

a. Processo seletivo 1 - 9 Remoções :

1 A enquete fornece apenas uma estimativa do interesse de servidores, podendo seu resultado não representar o cenário atual no órgão.

55

i. 5 para PR

ii. 4 para GO

b. Processo seletivo 2 – 6 Remoções :

i. 4 para ES

ii. 2 para PE

c. Processo seletivo 3 – 10 Remoções :

i. 6 para MG

ii. 4 para SE

d. Processo seletivo 4 – 5 Remoções :

i. 2 para CE

ii. 3 para RS

e. Processo seletivo 5 – 9 Remoções :

i. 9 para SC

3. Ao final de cada processo seletivo, publicam-se os selecionados.

4. Ao fim de todos os processos seletivos, publica-se a portaria de remoção.

Critérios de seleção

• Examinadores:

O único critério condicionado pelo Plano de Ação é a adequação do perfil do candidato às

vocações regionais. Este critério precisa ser respeitado de forma a manter a integridade do

presente Plano.

Para a seleção, entre os candidatos aptos (perfil profissional adequado às vocações

regionais), sugerem-se alguns crivos adicionais:

I. Participação regular em atividades de disseminação/articulação;

II. Exercício regular da atividade de exame no período anterior à seleção;e

III. Produtividade, como critério de desempate.

• Analistas:

I. Experiência em Gestão e Planejamento de atividades; e

II. Experiência em disseminação/articulação e/ou atendimento.

Por último, não devem ser elegíveis ao edital os servidores:

• em estágio probatório;

56

• com histórico de faltas funcionais graves;

• sem perfil de formação adequado às vocações regionais, no caso de examinadores;

• que não executaram exame no período anterior à seleção; e

• que não se envolveram em atividades de disseminação no período anterior à

seleção.