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3/2/2011SÃO JOÃO DE MERITI

PLANO DE CARREIRA APROVADONÃO CONTEMPLA TODA CATEGORIA

No dia 21 de dezembro de 2010 foi aprovado o planode carreira dos profissionais de educação da rede

municipal de São João.Depois de vários dias de greve, os profissionais de

educação conseguiram garantir algumas mudanças naproposta do plano de carreira do governo municipal.

Apesar das modificações, acreditamos que ainda tere-mos muitas outras lutas pela frente, pois não concor-damos com o que foi aprovado pela Câmara dos Vere-adores. Esta, mais uma vez, se posicionou a favor do

prefeito e contra todos os profissionais de educação,especialmente dos funcionários administrativos - queficam com sua remuneração congelada ate 2016 -e das professoras do primeiro segmento do ensinofundamental - que também terão um congelamentosalarial até 2013. Desta forma, podemos perceber

que, apesar das várias audiências da comissão doSepe e profissionais de educação com alguns vereado-res e - principalmente - com o presidente da Câmara, amaioria dos parlamentares votou contra a educação.

19 DE FEVEREIRO - ASSEMBLÉIA DA REDE MUNICIPAL ÀS 10hNO COLEGIO ESTADUAL MURILO BRAGA

Boletim do Sepe - Núcleo de São João de Meriti - Fevereiro/2011 - 2

MUDANÇAS GARANTIDAS PELA MOBILIZAÇÃOÉ bom lembrar que nossa mobilizaçãogarantiu o surgimento na íntegra doplano de carreira e não apenas uma

tabela. Também não podemos esquecerque este governo nunca teve nenhumcompromisso em aceitar as discussõese propostas que vieram dos pólos reali-zados pela categoria nas escolas. Estas

foram desprezadas e, por fim, apareceu -no encontro do Via Show - apenas uma

tabela que não foi votada devido a nossa mobilização e a greve. O governo foi obrigado a apresentar um projeto completo de planode carreira. Mas, o projeto apresentado pelo governo municipal não atendia as reivindicações das professoras e funcionários e, por

isto, a categoria, em assembléia, o recusou e deliberou que a diretoria do Sepe apresentasse ao governo a nossa proposta.Assim, depois de muitas discussões com os secretários de fazenda, administração e educação avançamos nos seguintes pontos:

Progressão por tempo de serviço para todos de 5 em 5 anos independentedo desempenho;

A retirada do critério de elogio, para progressão;

A possibilidade de progressão a partir de 3 anos;

A substituição da palavra avaliação por análise dos critérios;

Esclareceu os critérios para uso da Lei de Responsabilidade Fiscal;

Garantia da ampliação da carga horária, somente se houverproporcionalidade dos vencimentos;

Respeito a Lei de diretrizes Básicas, em relação a jornada dos professores;

A substituição da palavra vencimento por remuneração, garantindo assima não redução da remuneração, mantendo-se uma complementaçãosalarial para evitar perdas;

Criação de um prazo para a eleição de diretor de escolas;

Criação da data-base;

A garantia no texto do direito adquirido;

Como podemos notar acima, conseguimos garantir mudanças em vários pontos que não estavam contemplando acategoria. Porém, muitos outros, apesar das nossas reivindicações, junto aos representantes do prefeito e,

também, junto a vários vereadores, foram mantidos desrespeitando os direitos conquistados pelos trabalhadoresda educação.

Boletim do Sepe - Núcleo de São João de Meriti - Fevereiro/2011 - 3

VEJA OS PRINCIPAIS PROBLEMAS DO NOVO PLANO APROVADOREDUÇÃO DE TRIÊNIO

Esse foi o pior ataque do gover-no. Reduziu o teto do triênio de65% para 30%. Os profissionais deeducação terão agora apenas 3%de triênio a cada três anos!

CONGELAMENTO DE SALÁRIOSO plano aprovado, com tabe-

las fechadas até o ano de 2016, sig-nifica na verdade congelamentode salários e arrocho salarial paraa maioria dos profissionais de edu-cação.

PROGRESSÃO POR FORMAÇÃOO que foi aprovado é um ver-

dadeiro absurdo. Um prazo deDEZ ANOS para que o servidorpossa se enquadrar de acordo comsua nova formação. OUTRO AB-SURDO é a negação, ao professorde primeiro segmento, o direito avalorização por fazer mestrado oudoutorado.

Na verdade, não há interessedesse governo em valorizar a for-mação dos profissionais de educa-ção e, muito menos, incentivaressa formação.Qual o sentido deesperar DEZ LONGOS ANOS

Como podemos notar temos muitas razões para continuarmos mobilizados. Precisamos lembrar que só a nossa luta pode fazer comque esse governo apresente emendas a esse plano e modifique questões que são cruciais. NÃO DÁ PARA ACEITAR SALÁRIOCONGELADO ATÉ 2016. NÃO DÁ PARA ACEITAR PRAZO DE DEZ ANOS PARA ENQUADRAMENTO POR FORMAÇÃO, NÃO DÁ PARAACEITAR DESVALORIZAÇÃO DO PROFESSOR II. Precisamos continuar nossa luta para reverter esses absurdos!Acreditamos que, apesar das ameaças e do autoritarismo do governo municipal, a educação mais uma vez deu uma aula de cidadania.Mostrando que essa categoria não se abate com as ações ditatoriais de um prefeito, que diferente dos profissionais de educação, nãopermanecerá por muito tempo no cargo.A educação de Meriti é construída por seus profissionais efetivos, e não por comissionados ou contratados que ficarão apenas duranteo mandato do atual prefeito e, por isto, não tem compromisso com a qualidade.Novamente o Sepe convoca a todos a mostrar que os profissionais de educação de São João de Meriti são formados por lutadores elutadoras, que sempre estão dispostos a exigir respeito e melhores condições de trabalho de qualquer governo, pois entendemos queeles passam e nós ficamos.

VEREADORES VOTAM CONTRA EDUCAÇÃOA direção do SEPE Meriti e comissão dos profissi-

onais de educação estiveram várias vezes na CâmaraMunicipal para apresentar os problemas do Plano deCarreira enviado pelo governo e solicitando que essenão fosse aprovado sem emendas que garantissemdireitos da categoria.

Protocolamos , no dia 16 todas as emendas discu-tidas com os profissionais de educação na Câmara emais especificamente na Comissão de Educação.

As principais emendas eram relativas a manuten-ção de 65% de triênio e ao fim do congelamento dossalários. Sabíamos que não podíamos obter tudo quequeríamos, mas essas questões eram fundamentaise, por isso, solicitávamos o apoio dos vereadores.

No dia 21 de dezembro, a categoria compareceu aCâmara esperando uma posição minimamente com-prometida dos vereadores apresentando algumaemenda. Não foi o que assistimos! NENHUM verea-dor apresentou emenda e o plano foi aprovado qua-se por unanimidade, não foi feita nem uma leituraresumida do mesmo. Um VEXAME!

VEJA OS VEREADORES QUEVIRARAM AS COSTAS PARA AEDUCAÇÃO E VOTARAM PELA

APROVAÇÃO IMEDIATA DO PLANO

1. TITINHO2. JOÃO DA PADARIA3. BEBETO DA VEGGI4. JOEL RODRIGUES

5. ALEXANDRE SALGADO6. ANDERSON PEÇANHA7. CARLOS MOUTINHO

8. DOCA BRAZÃO9. DORINDO

10.ERNANE ALEIXO11.PROF. FRANCISCO COSTA

12.JABES MOCOTÓ13.LUIZ FERNANDO14.NELSON LILINHO

15.PAULINHO DO SINDICATO16.VALDECY DA SÁUDE

para valorizar a formação dos pro-fissionais?????? Está claro que,para esse governo, a valorizaçãoda formação está só no discurso!Na prática, só estão preocupadosem economizar verbas públicasque, isto sim, deveriam ser usadaspara valorização da qualificaçãodas professoras como aponta aLDB

Outra questão grave é que, apa-rentemente, esse governo e a suaSecretaria de Educação realmen-te consideram que os professoresdo sexto ao nono ano são melho-res do que os de primeiro ao quin-to. A reivindicação do SEPE de

que as remunerações fossem equi-paradas pela formação (PI comgraduação receberia o mesmo quePII com graduação) não teve re-percussão. Com o plano que foiaprovado, essa reivindicação foijogada no lixo. Mesmo que o PIITENHA A MESMA FORMAÇÃODE UM PI, ELE GANHARÁ ME-NOS.

Foi covarde e injusto o que foiaprovado. O SEPE REPUDIA estaconcepção do governo, que des-preza àqueles que são responsá-veis pela base da educação de nos-sas crianças e que tenta dividir acategoria.

FIM DA ATUALIZAÇÃO DOSALÁRIO MÍNIMO

Em 2007, após quase 20 dias degreve, conseguimos negociar jun-to ao governo a atualização dosalário mínimo. Isto é, toda vezque o salário mínimo nacional fos-se aumentado, o salário do funci-onário administrativo (merendei-ras, serventes, cozinheiras, inspe-tores, pessoal de secretaria etc.)seria automaticamente aumenta-do. Com o plano que foi aprova-do, essa conquista foi derrubada.O salário mínimo pode aumentarque o salário do funcionário de SãoJoão continuará congelado!

VEREADOR QUE VOTOU CONTRA

— APENAS O DR. JOÃO FERREIRANETO.

O VEREADOR MARCOS MILLER FALTOUA SESSÃO NESTE DIA.

ACREDITE! APENAS ESSE VEREADORVOTOU CONTRA A APROVAÇAO DO

PLANO SEM EMENDAS. APENAS UMFICOU A FAVOR DA EDUCAÇÃO.

2012 TEM ELEIÇÃO!

Em 2012 teremos eleições municipais,esse fato é muito importante para todas

as categorias, principalmente aeducação, que sempre foi organizada ecombativa. É neste momento que, mais

uma vez, vamos voltar a exigir ocumprimento das promessas daqueles

que pensam em reeleição!

Boletim do Sepe - Núcleo de São João de Meriti - Fevereiro/2011 - 4

Boletim do Sepe - Meriti é uma publicação do Sindicato Estadual dos Profissionais da Educação- Núcleo São João de Meriti - Sepe/RJRua São Pedro, 145, sala 201 - São João de MeritiTel.: 2696-6142 - email: sepemeriti@ig.com.br - www.seperj.org.br - Tiragem desta edição: 3.000

PLANO APROVADO NÃO FOI PUBLICADO!Até o final de DEZEMBRO o plano apro-

vado na Câmara não havia sido publicadoem D.O. Isto é um claro desrespeito aConstituição Federal, que estabelece oprincípio da publicidade dos atos de go-verno. Estamos cobrando sua publicação!A pressa no final do ano era só para apro-var aproveitando a categoria quase emférias?A categoria não precisa saber o quefoi aprovado?Exigimos do governo umaresposta imediata a essas questões!

DIÁRIO OFICIAL EM MERITI É ARTIGODE LUXO.

Em São João tudo tem sido difícil. Atéter acesso ao Diário Oficial que deveria serde domínio público. Esse governo, quevive alardeando eficiência técnica, até ago-

Com o início da ano le-tivo parece que começouum processo de ditaduranas escolas, pois algumasdiretoras estão tentandoultrapassar os limites dalei, ou seja, querendo pu-nir os profissionais de edu-cação por atraso estabele-

ATENÇÃO:19 DE FEVEREIRO - ASSEMBLÉIA DA REDE MUNICAIPAL ÀS 10h NO

COLEGIO ESTADUAL MURILO BRAGA.VAMOS APRESENTAR O PLANO DE CARREIRA INTEGRALMENTE E REARTICULAR NOSSA LUTA.

TODOS A ASSÉMBLEIA. PARTICIPE, SEPE MERITI

ra não conseguiu garantir que os movi-mentos sociais, sindicatos e sociedade emgeral tenham acesso ao diário oficial? Oque está acontecendo? Alguma coisa pre-cisa ser escondida da população? Se não éisso é o que fica parecendo!

CONTRA CHEQUE TAMBÉM ÉRARIDADE!

Essa é uma questão que vem irritandoos profissionais de educação. Ter acesso acontracheque virou um problema. O Secre-tário de Administração garantiu que a par-tir de outubro de 2010 o acesso seria rápi-do, via internet. Mas não é o que está aconte-cendo. A categoria continua penando para aces-sar o programa e, na prática, continua na mes-ma. Os profissionais têm tido dificuldade

até para fazer compras a crédito.Onde estão os “tecnocratas” desse go-

verno, que muitas vezes são extremamen-te arrogantes, mas que não conseguem efe-tivar coisas básicas como publicização deD.O e emissão de contracheques? Esse éum documento que pertence a categoria eele tem direito de recebê-lo com rapidezcomo acontece em outros municípios!

LICENÇA MATERNIDADEUma conquista importante que conse-

guimos no final de 2010 foi aprovação dalicença maternidade com prazo de 6 me-ses Essa era uma reivindicação que cons-tava da pauta de negociação há muito tem-po e vem atender ao anseio de uma cate-goria majoritariamente feminina

ASSÉDIO MORAL É CRIME! CHEGA DE DITADURA NAS ESCOLAScendo critério sem nenhu-ma fundamentação legal.

Pela resolução da Pre-feitura, os atrasos acima de15 minutos, deverão sercompensados no final do tur-no e não com desconto oufalta. Sendo assim é bomlembrar que coagir, fisica-

mente, psicologicamente,abusar da autoridade, so-negar informações, divulgarrumores entre outros, con-siste em assédio moral. O as-sédio moral é consideradocrime pela lei estadual 3921desde de agosto de 2002. Poristo, o Sepe orienta a todos

os profissionais de educa-ção, denunciar a diretoraou quem esteja ameaçan-do com atitude que nãoconsta em lei, lembrandoque pela Constituição Fede-ral ninguém é obrigado a fa-zer ou deixar de fazer senão em virtude de lei.