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PLANO DE DESENVOLVIMENTO PARA A REGIÃO IMEDIATA DE CURVELO

Plano de desenvolvimento Para a região imediata de curvelo · governos de todo o mundo recorrem, cada vez mais, a es-tratégias de desenvolvimento local, em resposta aos desa-fios

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Plano de desenvolvimentoPara a região imediata de

curvelo

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Plano de desenvolvimentoPara a região imediata de

curvelo

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ORGANIZADOR

José Marcos Soares de SouzaPresidente da Sociedade Mineira de Agricultura

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aPresentaÇão

Minas Gerais é o maior estado do Brasil em número de municípios: 853. E as diversas regiões do estado – tanto as Intermediárias quanto as Imediatas – não costumam trocar entre si ideias e ações políticas coordenadas de de-senvolvimento econômico e social. Em consequência, não conhecem com a profundidade necessária as potencialida-des econômicas de seus municípios.

Grandes planos e projetos econômicos já foram lançados em Minas. Segundo a história, surgiu, por exemplo, o Pla-no da Cidade Industrial de Contagem, na década de 1940, e logo depois o Plano de Recuperação Econômica e Fo-mento à Produção, lançado no início do Governo Milton Campos, em 1947, que propunha a centralização da pro-dução e a respectiva industrialização.

O Governo Juscelino Kubitschek iniciou a política de in-dustrialização do estado, a partir de 1950, com o binômio Energia e Transportes, e grandes iniciativas, como a cria-ção da CEMIG, e implantação do DER, Departamento de Estradas e Rodagens, hoje DEER-MG – Departamento de Edificações e Estradas de Rodagens de Minas Gerais.

Seguiu-se o 1º Diagnóstico da Economia Mineira, em mea-dos da década de 1960, no governo Israel Pinheiro, tendo

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como ponto de apoio organizações como o INDI, CEMIG, BDMG e Fundação João Pinheiro.

No governo de Rondon Pacheco, no início dos anos 1970, a economia do estado ganhou novo impulso, com a insta-lação de grandes indústrias, como a Fiat Automóveis, em Betim, e a Açominas, em Ouro Branco, esta durante o go-verno Aureliano Chaves.

Entretanto, a crise chegou a partir dos anos 1980 – consi-derada a década perdida – e o País só voltou a se recuperar graças ao Plano Real, em 1994, que o colocou nos trilhos do desenvolvimento. Mas, nos últimos 10 anos, o País vol-tou às crises sucessivas, com governos insatisfatórios e os mais de 12 milhões de desempregados.

Minas acompanhou todas essas oscilações econômicas, e os reflexos da economia nacional refletiram sobremaneira em nosso estado. Isto significa que Minas Gerais terá que buscar novas soluções de políticas públicas nos campos econômico, social, político e cultural, que mantenham os avanços obtidos no passado e criem novas oportunidades de desenvolvimento em bases sustentáveis modernas, que incluam a totalidade dos 853 municípios mineiros.

Minas possui grande potencial para o seu desenvolvimen-to, com seus 20 milhões de habitantes, e sua grande voca-ção para a agricultura, a pecuária, a geração de energia e a

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mineração. É o maior produtor de café, leite, batata inglesa e o primeiro do País em rebanho de eqüinos. Figura ainda como grande produtor de feijão, cana-de-açúcar, suínos, arroz, soja e detém a maior área de florestas plantadas. E destaca-se como forte presença nos setores têxtil, de calça-dos, confecções, indústrias farmacêuticas, todos baseados no agronegócio como fornecedor de matéria-prima.

Basta que se criem projetos sérios de desenvolvimento para todas nossas principais regiões, a fim de que tenhamos su-cesso nos empreendimentos no estado de Minas Gerais.

Este é o pensamento da Sociedade Mineira de Agricultu-ra, ao propor este PLANO DE DESENVOLVIMENTO PARA A REGIÃO IMEDIATA DE CURVELO – PDRC, no sentido de criar um projeto de geração de emprego e renda para essa região que abriga 11 municípios.

Com mais de 100 anos de atividades, fundada em 21 de abril de 1909, a Sociedade Mineira de Agricultura tem sido, ao longo de sua história, uma das instituições da sociedade civil organizada que mais contribuem para o desenvolvi-mento econômico, social e político de Minas Gerais, sem-pre atuando em defesa dos interesses dos empreendedores mineiros.

A SMA teve papel preponderante na implantação da Escola de Engenharia, que anos mais tarde se vinculou à UFMG,

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e a centros de pesquisas como a Emater, a Ruralminas, en-tre outros.

E dirigiu por muitos anos a Feira Permanente de Amos-tras, destinada a divulgar as riquezas de Minas, inaugura-da em 1935, em um prédio que na época era o mais alto de BH, e que foi demolido em 1956 para dar início às obras da nova rodoviária. Minerais, rochas, gemas, fósseis e me-teoritos que compunham o acervo da Feira Permanente de Amostras formaram o embrião do Museu de Mineralogia Professor Djalma Guimarães.

Ao oferecer este projeto à sociedade, a SMA pretende dar sua contribuição para o desenvolvimento dessa região cen-tral de Minas, no sentido de congregar esforços conjuntos dos municípios que a compõem; visa a um painel de novas oportunidades de negócios e investimentos, e focaliza a excelência do ser humano representada por pleno emprego e renda compatível para uma vida digna.

oBJetivo

Parta-se do princípio de que essa região é privilegiada, pois se localiza na parte central de Minas e do Brasil. Geogra-ficamente, comunica-se com todas as partes do País, com as capitais como Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo e Brasília, e portos para eventuais exportações como os do

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Espírito Santo, Rio de Janeiro e Santos. Além disso, trata-se de uma região bem servida por rodovias e ferrovia.

Pergunta-se: o que falta para essa região tornar-se efeti-vamente um polo de desenvolvimento, com uma eleva-da criação de emprego e de nível de renda da população de seus municípios? No linguajar mineiro, “arregaçar as mangas” e trabalhar. É o que se propõe a seguir.

A ideia central consiste em criar uma agência de desen-volvimento que não vá inventar a roda. Ela não vai suge-rir uma novidade para levar à região, e sim procurar nos próprios municípios aquilo que eles possuem de melhor, e que hoje se encontra desorganizado e sem objetividade definida.

O estado de Minas Gerais é composto por 853 municípios, distribuídos em 70 Regiões Geográficas Imediatas, que, por sua vez, agrupam-se em 13 Regiões Geográficas In-termediárias, segundo a divisão do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) vigente desde 2017.

As Regiões Geográficas Imediatas foram apresentadas em 2017, com a atualização da divisão regional do Brasil, e correspondem a uma revisão das antigas microrregiões em vigor desde a divisão de 1989. As Regiões Geográfi-cas Intermediárias, por sua vez, substituíram as mesorre-giões.  Na divisão vigente até 2017, os municípios do esta-

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do distribuíam-se em  12 mesorregiões e 66 microrregiões, segundo o IBGE.

Curvelo é a cidade-sede de uma Região Geográfica Ime-diata e abriga 11 municípios: Augusto de Lima, Buenópo-lis, Corinto, Curvelo, Felixlândia, Inimutaba, Monjolos, Morro da Garça, Presidente Juscelino, Santo Hipólito e Três Marias. E pertence à Região Geográfica Intermediária de Belo Horizonte, composta por cinco regiões-sede: Belo Horizonte, Sete Lagoas, Curvelo, Santa Bárbara-Ouro Pre-to e Itabira.

Esta Região Imediata de Curvelo situa-se, geograficamen-te, no centro de Minas, sendo privilegiada com referência à logística de transporte, pois fica equidistante de várias capitais e cidades importantes, como Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo e Brasília.

Define-se o desenvolvimento regional como sendo um es-tágio econômico, social e político de determinada região, que promova a inclusão social, e onde haja cooperação, criação e alargamento das esferas públicas, em que dife-rentes atores políticos, econômicos e sociais dialogam en-tre si, procurando construir em conjunto.

Uma das instituições que mais estudam o desenvolvi-mento regional no mundo é a CARE, e que considera que promover o desenvolvimento local significa implementar

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ações em microrregiões que permitam a ativa participação do cidadão, o efetivo controle social sobre a gestão pública, mediante o fortalecimento da sociedade civil, e o empode-ramento de grupos sociais antes marginalizados nas esfe-ras de tomada de decisão.

A CARE Brasil é uma ONG brasileira, com título de OSCIP (Organização da Sociedade Civil de Interesse Público) e que integra a CARE Internacional, uma rede que possui mais de 60 anos de experiência em ajuda humanitária e no combate à pobreza. A CARE mostra-se presente em 72 países, sendo uma das cinco maiores ONGs hoje no mundo.

O foco do trabalho da CARE Brasil consiste na promoção do desenvolvimento local e sustentável das comunidades e territórios onde atua, por meio de ações de inclusão social, fortalecimento da economia local, proteção ambiental e o uso racional de recursos naturais, inovação na gestão pú-blica e mobilização social.

Outra instituição, a OIT – Organização Internacional do Trabalho – considera que as comunidades, as cidades e os governos de todo o mundo recorrem, cada vez mais, a es-tratégias de desenvolvimento local, em resposta aos desa-fios da globalização e ao incentivo à descentralização. O desenvolvimento local promove a participação e o diálo-go em nível local, estabelecendo a ligação entre as partes

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interessadas do setor público e do setor privado, e os res-pectivos recursos, com vista ao melhor emprego, e a uma melhor qualidade de vida para homens e mulheres. O de-senvolvimento local consiste em um processo que aborda uma combinação das questões sociais, econômicas e am-bientais relativas a um território, procedendo à identifica-ção de soluções integradas para a criação de emprego e o trabalho digno.

Essa região, no dizer de Guimarães Rosa, “o centro coro-gráfico, do vale do Rio das Velhas, calcáreo, ameno, claro, aberto à alegria de todas as vozes novas”, toma a iniciativa, por meio deste PDRC, da retomada de seu destino históri-co pelo desenvolvimento integrado.

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caracterÍsticas

REGIÃO IMEDIATA DE CURVELO

Desde 2017 tem o Brasil a definição de um novo quadro regional vinculada ao intenso processo de mudança ocor-rido no espaço produtivo nacional; este espaço, junto ao acelerado movimento de criação de municípios, a partir da Constituição Federal do Brasil de 1988, coloca novos desafios metodológicos à sua construção.

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Nesse contexto, um duplo processo de mudança, não só es-tritamente socioeconômico, mas também de natureza po-lítico-administrativa, alterou a geografia do País, gerando diferenças e desigualdades que tornaram mais complexa a leitura de seu território, e aumentou, assim, a demanda por uma nova Divisão Regional do Brasil no período que vai da última década do Século XX à primeira do Século XXI.

Desse modo, como já esclarecido, a antiga denominação de Microrregião de Curvelo tornou-se Região Imediata de Curvelo.

Apresenta-se, a seguir, breve quadro analítico das princi-pais características da região, nos índices demográficos, econômicos, sociais e de infraestrutura, segundo dados do SEBRAE-Minas de 2013 e que servem de norteamento para a elaboração de um órgão de desenvolvimento para seus municípios.

DEMOGRAFIA

A região possui uma área de 24.251 km2, abrigando uma população de 258.612 pessoas, densidade de 53,0 hab/km2. A maioria da população – 68,2% – encontra-se na faixa dos 20 a 64 anos de idade, sendo 85% na zona urbana e 15% na rural.

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A população economicamente ativa é da ordem de 56% – cerca de 119.847 pessoas, para 99.673 – 44% – não ativa. A expectativa de vida, de 65,1 em 1991, subiu para 74,6 anos em 2010.

ECONOMIA

A principal atividade econômica da região, por setor, é a de serviços (48%), seguida pela agropecuária e indústria, em-patadas em 26% cada uma. O produto interno bruto, em milhões, de 977 em 2000, aumentou para 3.604, em 2011.

Por características de estabelecimentos, vem em primeiro lugar o setor da micro e pequena empresa (8.158), em se-guida o empreendedor individual (4.031) e a média e gran-de empresa (86). Do total de empregados (21.556), cerca de 76% serviam a micro e pequena empresas, e 24% a média e grande empresas.

A arrecadação do ICMS (R$ mil) em 2012 atingiu 64.408.

SOCIAIS

Alguns dados representativos: entre homens (122.810) e mulheres (124.730), empate técnico de 50%. O IDH – Ín-dice de Desenvolvimento Humano na região apresentou

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os seguintes números: 0,424 (1991), 0,579 (2000) e 0,695 (2010). A evolução do IDH registrou crescimento em todos os seus níveis – longevidade, renda e educação – de 36,7% entre 1991 e 2000, de 20% entre 2000 e 2010, e de 64,1% considerados de 1991 a 2010.

A escolaridade da população adulta (25 anos ou mais) apresentava o seguinte quadro em 2010: sem instrução e fundamental incompleto – 90.509 – 62%. Fundamental completo e ensino médio incompleto – 19.004 – 13%. Mé-dio completo e superior incompleto – 26.441 – 18%. E su-perior completo – 9.450 – 7%.

No Brasil, de acordo com a Lei de Diretrizes e Bases, a edu-cação divide-se em dois níveis: a educação básica e o en-sino superior. A educação básica compreende a educação infantil, o ensino fundamental e o ensino médio.

Vê-se, por exemplo, que o grau de escolaridade da região se encontra em patamares muito baixos, em que mais da metade da população – 62% – não chega a completar o ensino fundamental.

E sabemos que a educação significa o processo contínuo de desenvolvimento das faculdades físicas, intelectuais e morais do ser humano, a fim de melhor integrar-se na so-ciedade ou em seu próprio grupo, o que se reflete, profun-damente, no processo de desenvolvimento.

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Nenhuma região – seja município, estado, ou país – não pode registrar bons índices de desenvolvimento se deixar de atentar para a educação. No presente caso, o índice de apenas 7%, referente ao ensino superior, demonstra que as autoridades da região precisam se debruçar em soluções para colocá-lo em um patamar condizente, a fim de se tor-nar um elemento indispensável para o crescimento de em-prego e renda da população.

INFRAESTRUTURA

Na distribuição de domicílios (76.861), cerca de 84% per-tencem à zona urbana, e 16% à zona rural, sendo que 84% deles acham-se ligados à rede geral de esgotos e 16% a po-ços ou nascentes, com 64% tendo banheiro e esgoto.

Quase a totalidade (99,1%) tem acesso à energia elétrica, e 82,4% com a coleta de lixo por serviço público.

Em instituições financeiras, dados de 2013, são 24 agências bancárias, 48 postos de atendimento e 16 cooperativas de crédito. Nesta área, nota-se um número ainda pequeno de agências bancárias e, por outro lado, um número elevado de cooperativas denotando uma união do empresariado à procura de financiamentos. Isso denota a necessidade de incrementar a oferta de financiamentos por parte de insti-tuições, tanto privadas quanto oficiais.

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No setor de ensino de nível superior, há 18 estabelecimen-tos, oferecendo 177 cursos, sendo 169 (95%) na modalidade a distância, e 8 (5%) presenciais.

AMOSTRA DE DADOS COMPARATIVOS

A seguir, alguns dados comparativos entre a Região Ime-diata de Curvelo em relação ao estado, dados do SEBRAE-MG, possibilitando que a Agência de Desenvolvimento, por meio de suas ações, conforme demonstrado no item METODOLOGIA, possa proporcionar melhoria nos ín-dices apontados, em favor do aumento do emprego e de renda para a população.

População 2013 258.612 % de MGArrecadação ICMS (R$ mil)

2012 64.4080,002% de MG

Exportação (Mil US$)

2012 60.1240,001% de MG

Importação (Mil US$)

2012 45.8090,003% de MG

Participação da Região no PIB no estado: 1% em 2.000, e 0,9% em 2011, registrando uma pequena queda no item.

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Número de empresas (2011)

Empreendedor Individual 4.031 1% no estadoMicro e Pequena Empresa 8.158 1,1% no estadoMédia e Grande 26 0,4% no estado

O Índice de Competitividade Municipal (Infraestrutura) da Região Imediata de Curvelo, em 2013, alcançou o fator 43,1, Médio, nas categorias representativas: Muito Baixo, Baixo, Médio, Alto e Muito Alto.

O índice de Competitividade Municipal tem por objetivo sintetizar um conjunto de informações que indicam a ca-pacidade dos municípios mineiros e de suas regiões cor-respondentes de criar e manter um ambiente favorável aos negócios. O Índice é construído a partir de 5 subíndices, a saber:

1. Performance Econômica: abrange os aspectos relacio-nados à atividade econômica, ao comércio internacio-nal, à remuneração e ao emprego.

2. Capacidade de alavancagem do governo: inclui finan-ças públicas.

3. Quadro social: engloba os principais indicadores sociais.

4. Suporte aos Negócios: compreende o mercado de traba-lho, instituições de apoio e multiplicidade da economia.

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5. Infraestrutura: considera a infraestrutura básica, edu-cação, saúde e meio ambiente. Os resultados são apre-sentados em uma escala de 0 a 100, sendo que:

- 0 a 20 – nível de competitividade muito baixa.

- Acima de 20 até 40 – nível de competitividade baixa.

- Acima de 40 até 60 – nível de competitividade média.

- Acima de 60 até 80 – nível de competitividade alta.

- Acima de 80 até 100 – nível de competitividade muito alta.

O IDH – Índice de Desenvolvimento Humano – registrou o índice de 0,695, Médio, nas mesmas categorias que vão de Muito Baixo até Muito Alto. Minas é nono estado brasi-leiro na lista do Índice de Desenvolvimento Humano Mu-nicipal (IDHM) no País, dados de 2013, com 0,731. Valores entre 0,700 e 0,799 são considerados altos. E o registrado em Minas está acima do índice geral do Brasil: 0,727.

Em relação ao acesso à água, a situação dos domicílios na região atinge 84,1%, enquanto no estado esse índice é de 86,3%.

Em relação ao acesso à rede elétrica, a situação dos domi-cílios atinge 99,1%, e a do estado, 99,3%, segundo dados do SEBRAE-MG de 2010.

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Depreende-se, pela breve apresentação de dados gerais da região, que ela oferece amplas condições para uma esca-lada de desenvolvimento, proporcionando crescimento de emprego e renda para seus municípios.

metodologia

O objetivo principal consiste em se criar uma Agência de Desenvolvimento – AD, a ser desenvolvida e administrada pela AMEV – Associação dos Municípios do Médio Rio das Velhas, com sede em Corinto.

Em subsídio à AD central, cada prefeitura dos 11 municí-pios que compõem a região manterá uma subagência em sua cidade, sob seu controle, para compor com as demais prefeituras um projeto global de incremento de soluções para gerar emprego e renda em toda a região.

Caberá à Agência de Desenvolvimento – AD – estabele-cer medidas visando à plena execução de objetivos e metas traçadas, elencando, entre outras variáveis, iniciativas para o pleno desenrolar do projeto, tais como:

• Diagnosticar, emcadamunicípio,qualo seupo-tencial e quais os problemas para seu crescimento. E verificar quais órgãos estaduais ou federais que poderão socorrer o município.

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• Estudareprogramarodesenvolvimentoamédioelongo prazo, de forma sustentável.

• Formar um corpo técnico capacitado, compos-to por engenheiros, administradores, advogados, economistas, consultores, ou outras funções perti-nentes.

• Desenvolvereapoiarvocaçõeseconômicaslocais.

• Atuaremáreasmultidisciplinarescomo:

a) Planos diretores municipais

b) Planos diretores habitacionais

c) Planos de recursos hídricos

d) Planos de urbanização e infraestrutura

e) Planos de saneamento

• Formularaçõesparaumturismointegradoesus-tentável.

• Programardebateslocaisegeraissobredesenvol-vimento e procurar soluções junto aos governos municipais, estaduais e federal.

• Promover encontrodas lideranças regionais comórgãos tais como EMATER, SEBRAE, INDI, BDMG, ou demais agências de fomento ou de fi-nanciamentos.

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• Estabelecer uma rede de articulação entre ensino,pesquisa e interação social, criando um espaço de discussão, intercâmbio e democratização de pesquisa sobre o desenvolvimento na área urbana e rural.

• Ministrarcursosdeinovaçõestecnológicasquesur-jam nos diversos setores da economia, para acompa-nhar a evolução de fatores como produtividade, ex-pansão e lucro.

O gerenciamento da AD requer uma atuação dinâmica para atualizar planos e metas, e reuniões periódicas com as lideranças de cada município, no sentido de trocas de experiências ou experimentos de ações conjuntas.

É necessário que se estude as características de cada mu-nicípio que possam gerar vantagens competitivas para a implantação e o desenvolvimento de novos negócios; e considerar o mais amplo leque de indicadores relevan-tes de cada município, de modo a permitir aos potenciais investidores e aos interessados no tema, a melhor visão sobre as possibilidades econômicas de cada uma das ci-dades da região.

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municÍPios

É imprescindível o diagnóstico do potencial de cada um dos municípios em suas possibilidades de desenvolvimen-to. Exemplifica-se: em determinado município existem bons marceneiros. Congregam-se todos eles e estuda-se uma maneira de como conseguir financiamentos, como os produtos podem ser exportados, qual a necessidade deles para se desenvolver.

Exemplo concreto: na região de Curvelo existe grande área de plantação de eucaliptos. A Agência de Desenvolvimen-to poderia convidar empresários para montarem ali uma indústria de celulose pela abundância de matéria-prima.

E assim, sucessivamente; para cada município, o diagnós-tico e sugestões, prioridades, e tomada de decisões visando a um aumento de emprego e renda.

A seguir, um breve perfil de cada município componen-te da região, possibilitando uma avaliação inicial de suas possibilidades socio-econômicas e alternativas para um desenvolvimento integrado e sustentável.

O município de Joaquim Felício, embora não pertença à Região Imediata de Curvelo, consta neste PDRC por se si-tuar integrado à economia da região.

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curvelo

Cidade-sede da Região Imediata, é a maior da região, com 79.000 habitantes.

Liga-se pela malha rodoviária a Belo Horizonte, Rio de Ja-neiro, São Paulo, Brasília, e várias outras cidades. É servida ainda pela Ferrovia Centro Atlântico e conta também com o Aeroporto Municipal, com pista de 1.850m.

Possui um autódromo de nível internacional, o mais ino-vador do Brasil. Com uma área de 4 milhões de metros quadrados,  o Circuito dos Cristais consiste em um em-preendimento único na América Latina e traz para o Bra-sil o conceito de Race, Resort & Residence. Mais que um autódromo, o complexo conta com uma grande área verde, várias opções de esportes a motor, incluindo esportes of-f-road, e condomínio clube residencial fechado, áreas co-merciais e infraestrutura de turismo e lazer de alto padrão.

A economia do município baseia-se no comércio e presta-ção de serviços, na indústria do setor têxtil, e avanços na siderurgia, devido à existência de grande número de plan-tações de eucaliptos. Agricultura e agropecuária represen-tam outros setores fortes. Um setor em crescimento é o do turismo, pois o município localiza-se dentro do Circuito Guimarães Rosa, além do turismo religioso com a Festa de São Geraldo, quando recebe milhares de peregrinos. Con-

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ta com vários órgãos públicos – CREA, EMATER, IEF, IBGE – entre outros, e entidades como SEBRAE, SENAC, CDL, Associação Comercial e afins.

Inaugurou um Conselho de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia, para oferecer apoio estratégico a fu-turos empreendedores.

A SMA coloca as instalações e a expertise de sua sede em Belo Horizonte à disposição não só deste Conselho de Curvelo como de outros dos demais municípios, já criados ou em fase de viabilização.

augusto de lima

Menor município da Região Imediata de Curvelo, com população estimada (2017)

de 5.050 habitantes, com densidade demográfica de 3,95 hab/km2 e renda per capita de 11.409,10.

A prefeitura representa seu maior empregador, com cerca de 300 colaboradores, e a maior receita refere-se ao setor de prestação de serviços, originária da própria prefeitura. A principal atividade é a agropecuária, além de pequena produção na agricultura, com o cultivo da melancia e do quiabo como os principais produtos. Proliferam pequenas indústrias de transformação, sobretudo do setor madeirei-

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ro, e uma pequena tecelagem, que emprega em média 20 trabalhadores.

Banhada também pelo rio Jequitaí, possui uma boa área florestal, e ali vicejam pequenas indústrias de cervejas ar-tesanais.

Não possui mão de obra especializada. Na educação, re-gistra-se uma média de 150 alunos no pré-escolar, 700 no fundamental, e 200 no ensino médio, não possuindo esta-belecimento de ensino superior.

A prefeitura preparou um terreno de 48.400 m2 às margens da BR–135, a 800m do perímetro urbano, para receber in-dústrias ou empresas interessadas em investir no município.

BuenÓPolis

A atividade econômica predominante é a agropecuária, destacando-se a cana-de

-açúcar, utilizada tanto para forragem para gado quanto para a produção de aguardente. Outros produtos da re-gião: milho, mandioca, abóbora e hortifrutigranjeiros; na pecuária, gado de corte e produção de leite.

Inexistem indústrias de porte, apesar de a prefeitura ter

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criado um distrito industrial, oferecendo uma série de in-centivos, como a isenção de impostos. Entretanto, vicejam no município algumas fábricas de cachaças, com marcas que já receberam prêmios em nível nacional.

Possui uma boa rede de ensino, sendo que a municipal ofe-rece desde o pré-escolar até o ensino fundamental, inclu-sive com três estabelecimentos na zona rural, abrangendo em torno de 1.000 alunos. Também se vê presente a rede estadual, com acessos finais ao ensino fundamental, con-tabilizando cerca de 480 alunos.

A UNOPAR vem instalando cursos a distância e a ALFA prepara-se para oferecer vários cursos técnicos.

O município é servido por boa malha de transportes, o rodoviário pela BR-135 e o ferroviário pela Rede Central Atlântico. Possui uma área de 1.582 km2, abrigando uma população de 10.200 habitantes, sendo 2.500 na área rural.

corinto

A cidade abriga a sede da AMEV – Asso-ciação dos Municípios do Médio Rio das Velhas.

Sua população estima-se (2017) em 24.300 habitantes, com

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densidade demográfica de 9,47 hab/km2. Sustenta na pe-cuária boa produção, para corte e leite.

A silvicultura mantém-se ativa na região, sobretudo com o plantio de eucalipto e do mogno. Pequenas indústrias ponteiam no município, com destaque para o setor têxtil, com empresas de confecção.

O ensino acha-se bem aparelhado pelas escolas das redes municipal (7 estabelecimentos), estadual (6), além de um colégio particular, atingindo também a zona rural por meio dos distritos.

Duas instituições oferecem cursos a distância, através do Instituto Federal do Norte de Minas e da UNITER, abran-gendo variadas áreas de ensino.

No sentido de atrair empreendedores para o município, a prefeitura está montando a Sala do Empreendedor Minei-ro, em conjunto com a JUCEMG, a Associação Comercial de Corinto, o SEBRAE e o SICOOB.

FeliXlÂndia

Na economia do município o leite con-tinua como carro-chefe, e gado de corte

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complementa o setor da pecuária. Na agricultura, sobres-sai-se a familiar, com predominância de abacaxi, banana, milho e os hortifrutigranjeiros.

Nos últimos 6 a 8 anos, tornou-se uma atividade também primordial a piscicultura, com a criação de peixes em tan-que e rede, pequenos empresários que mandam a produção para municípios do próprio estado, por meio da BR-040. Para alavancar mais o setor, a prefeitura pretende realizar a 1a. Feira de Piscicultura, em julho de 2018.

O município oferece boas perspectivas para o turismo, pois fica situado às margens da represa Três Marias, oferecendo condições para implantação de condomínios residenciais, e à prática de esportes náuticos.

Possui estabelecimentos de ensino na rede municipal (9), na estadual (2), particular (2), com a média de 3.000 alunos matriculados.

inimutaBa

Assim como grande parte dos municípios mineiros, o município mantém na pecuá-

ria e na agricultura seus pontos fortes. Sua população, es-timada em 2014 pelo IBGE, constava de 7.349 habitantes, e dista apenas 6km de Curvelo, da qual se emancipou na década de 1960.

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Durante quase cem anos sua vida girou em torno da pe-quena indústria de tecelagem que fabricava o chamado “americano cru”, e o enviava para outra filial em Sete La-goas, onde recebia tingimento e estampa. A fábrica foi de-sativada no início dos anos 90.

Aos poucos, no entanto, a população foi se adequando à nova realidade. Hoje há várias atividades na cidade; a an-tiga indústria foi reativada e hoje constitui a principal uni-dade fabril do grupo Sertex, o qual possui mais duas uni-dades, uma em Cachoeira da Prata – Minas Gerais e outra em Vila Velha – Espírito Santo.

O garimpo do cristal foi muito forte durante muitos anos, mas, por problemas ambientais, teve acentuada redução. O comércio melhorou; há serviços básicos de infraestrutu-ra, um pequeno posto médico; escola, farmácia, um posto bancário, escola colegial; ruas asfaltadas, entre outros.

JoaQuim FelÍcio

Com área de 790,935 km2, sendo 5,44 hab/km2, possui uma população de 4.600

habitantes (IBGE/2017), com renda per capita de 9.645,99.

Na agricultura, a economia do município baseia-se em

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culturas de milho, feijão, cana-de-açúcar, abacaxi e a mandioca, transformada esta, artesanalmente, em fari-nha e polvilho. A produção acontece, em sua maior parte, nas pequenas propriedades rurais do município; e algu-mas contam também com pequenas fábricas artesanais de aguardente e rapadura.

Na pecuária, em grandes partes das fazendas desenvol-vem-se o gado leiteiro e o de corte. Em pequena escala, al-guns produtores fabricam queijo, requeijão, variedades de doces caseiros, manteiga e outros derivados do leite. A sui-nocultura é, geralmente, usada para o consumo familiar.

O extrativismo representa outro aspecto positivo da eco-nomia do município, com a exploração do cristal de rocha (quartzo), sempre-viva (flor) e frutos silvestres, comerciali-zados em diversas partes do Brasil. O carvão vegetal tam-bém ocupa posição de destaque em suas atividades econô-micas, além da fabricação de cachaça.

No comércio, conta com pequenos estabelecimentos diver-sificados, como: mercearias, bares, açougues, farmácias, armarinhos, marcenarias, carpintaria, ferraria, selaria, pousadas, entre outros.

A rede de ensino público conta com uma escola de ensino fundamental, um pré-escolar, uma creche, e uma escola de ensino médio, sendo esta de âmbito estadual, acolhen-

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do, aproximadamente, 150 alunos entre os turnos diurno e noturno.

O turismo é outro setor favorável a novos empreendedo-res. Recente reportagem no jornal Estado de Minas, de 23.02.2018, destaca o município pela facilidade de acesso às suas belezas naturais, apontando os principais pontos turísticos, como a Lagoa dos Cristais, o Mirante do Cristo e a Serra do Cabral.

monJolos

Situado na região central mineira,  em um vale da Serra do Cabral, Monjolos in-

tegra, além da Estrada Real, o Circuito dos Diamantes. 

A 265km da capital mineira, o município possui alto po-tencial de ecoturismo, pois conta com diversas cachoeiras, corredeiras, grutas e trilhas, todas cercadas por uma vasta e bela vegetação e que proporcionam passeios de bike, mo-tos, jipes, ou até mesmo simples caminhadas. 

O município é constituído, em quase sua totalidade, de terras com alto teor de calcário, próprias para pastagens, tendo em destaque a pecuária de corte e leite, e a fruticul-tura, como a produção da pinha e da manga; também des-taca-se como um grande produtor de pimenta.

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O município possui grande potencial  turístico, pelo Cir-cuito dos Diamantes e da Estrada Real. A parte antiga, que liga o município à cidade de Diamantina, conta com ca-choeiras, corredeiras, várias grutas com vestígios do ho-mem pré-histórico.

morro da garÇa

O município possui uma economia pre-dominantemente agrícola; proporciona a multiplicação das lavouras, e algumas fa-zendas operam com a criação de bovinos.

Sua população, de aproximadamente    2.615 habitantes, possui como principal fonte de renda a agropecuária. Os principais produtos agrícolas são: milho, feijão e cana-de-açúcar. Conta, ainda, como tradição, a produção de ra-padura, e de cachaça que recebeu prêmios nacionais pela qualidade.

No que tange ao comércio e a indústria, não há no muni-cípio empreendimentos de grande porte, apenas pequenos comércios dos quais não vem a principal fonte de renda da população urbana, que conta com a Prefeitura Muni-cipal  como a principal fonte de emprego, pelo fato de o município ser de pequeno porte.

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A Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social sempre traz para o município cursos de especializações, mediante parceria do SENAR com o município, entre os quais pode-se citar:  – Curso de saneamento básico no meio rural / Hi-giene do lar/ – Treinamento para trabalhador na operação de sistema de irrigação localizada (Microaspersão e gote-jamento)/ – Curso de artesanato de bordados / Pedraria/ – Treinamento para trabalhador artesanal na pasteurização de leite e na fabricação de laticínios e afins / – Treinamento para trabalhador na administração de associações e sin-dicatos rurais/ – Curso de planejamento de cardápios/ – Curso de artesanato de fibras naturais flexíveis / Objetos utilitários e decorativos/ – Prevenção de acidentes/ – Tra-balhador na Avicultura de Postura / Galinha caipira.

No que tange à malha rodoviária, o município é servido pela BR-135 e AMG-0925  e não conta com malha ferroviária.

Presidente Juscelino

Servido pela BR-259, rodovia que liga Curvelo a Diamantina, o município tem sua economia baseada na pecuária – gado de corte e de leite – e na agricultura, so-

bretudo familiar, na produção de hortifrutigranjeiros.

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Há uma pequena exploração de quartzo e maior atividade na extração de areia, pois o município é banhado por três rios, o das Velhas, o Cipó e o Paraúna, este o mais impor-tante.

O Paraúna também oferece a praia urbana, principal ati-vidade turística da cidade, um setor que merece ser desen-volvido, pois recebe muitos visitantes das cidades próximas.

A cidade é bem servida por redes de ensino – municipal e estadual – do pré-escolar até o fundamental. Para os cur-sos de nível superior, os estudantes procuram as universi-dades das cidades próximas, Curvelo e Diamantina.

santo HiPÓlito

Sua população, estimada pelo IBGE (2017), aponta para 3.218 pessoas, com 7,52 hab/km2, e renda per capita de 11.748,52, ocupando o 744º lugar no ran-king dos municípios mineiros, no setor

econômico. Ocupa o 9º lugar em número de habitantes entre os municípios que compõem a Região Imediata de Curvelo.

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Localizado na margem direita do rio das Velhas, e também banhado pelo rio Pardo, o município mantém sua econo-mia baseada na agricultura e na pecuária. Cidade criada à margem da antiga ferrovia, apresenta ricas paisagens com grutas, cachoeiras e outros pontos pitorescos, proporcio-nando boas oportunidades para o setor de turismo.

O município insere-se dentro do Caminho dos Diamantes na Estrada Real, onde as belezas naturais constituem um dos destaques do trajeto, e, além disso, é possível aprovei-tar o que há de melhor da gastronomia mineira em cada cidade, como no caso de Santo Hipólito.

trÊs marias

Juscelino Kubitschek iniciou o trabalho de construção da Barragem de Três Marias,

objetivando a regularização do curso das águas do Rio São Francisco nas cheias periódicas e melhorar a navegabili-dade, a utilização do potencial hidrelétrico e o fomento da indústria e da irrigação. O projeto era empreendedor e sig-nificou a construção de uma das maiores barragens de terra do mundo. A conclusão da obra se deu em janeiro de 1961.

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A represa trouxe povoamento e desenvolvimento para o município, tendo inclusive mudado o nome antigo de Bar-reiro Grande para o de Três Marias.

No município, cria-se hoje gado bovino e suíno, além de peixes. Na área industrial, tem a produção de energia elétrica e de zinco. Três Marias possui grandes empresas como Gerdau (produção de carvão vegetal), Votorantim (metalurgia) e Cemig (usina hidrelétrica). A Petrobras rea-liza pesquisas no município para possível exploração de gás natural, o que pode gerar mais investimentos na região.

Sua população foi estimada em 29.962 habitantes em 2010. Em Três Marias vêm sendo realizadas diversas obras, como o reasfaltamento de pequenas ruas da cidade, a instalação de iluminação pública e saneamento básico em novos bair-ros. A cidade possui ótimas redes de ensino – municipal e estadual, do pré-escolar ao fundamental. No entanto, não conta com estabelecimentos de cursos superiores, e os es-tudantes precisam viajar diariamente pelo menos 130km para a faculdade mais próxima.

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Fontes

•CareBrasil

•Cidade-Brasil

•EMATER-EmpresadeAssistênciaTécnicaeExtensão Rural do Estado Minas Gerais

•IBGE–InstitutoBrasileirodeGeografiaeEstatística

•InstitutoEstradaReal

•OIT–OrganizaçãoInternacionaldoTrabalho

•PrefeiturasMunicipais

- Curvelo

- Augusto de Lima

- Buenópolis

- Corinto

- Felixlândia

- Inimutaba

- Joaquim Felício

- Monjolos

- Morro da Garça

- Presidente Juscelino

- Santo Hipólito

- Três Marias

•Sebrae–ServiçoBrasileirodeApoioàsMicroe Pequenas Empresas

•Wikepédia-Aenciclopédialivre 

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Diretoria da Sociedade Mineira de Agricultura

José Marcos Soares de Souza  Presidente

Renato Campos Galuppo  1º Vice-Presidente

Lúcio Flavio Bayoneta  2º Vice-Presidente

Lindomar Antônio Lopes  3º Vice-Presidente

Antônio Tarcísio Rezende  1º Diretor Administrativo

Wilson Aguinaldo de Paiva2º Diretor Administrativo

Carlos Antônio Ribeiro  1º Diretor Financeiro

Alexandre de Paula Barrêtto  2º Diretor Financeiro

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Rua dos Guajajaras 176 - 2º andar, Centro  CEP 30.180-100 - Belo Horizonte - MG

Realização

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José Marcos tem dedica-do sua vida a três ativida-des que considera como prioritárias: a educação, o esporte e a política. Em

relação ao esporte, quando diretor do Atlético, clube do seu coração, em 2007 e 2008, realizou dois grandes projetos: “Educação Também se Faz com Esporte”, uma das maiores iniciativas de captação de talentos já realizadas no Brasil, e o “Galo Ásia”, para levar o nome do Atlético como representante do futebol brasileiro nesse continente.

Na política, dedica-se a ela desde a juventude, iniciando na sua cidade natal, Curvelo, onde se tornou um nome respeitado no município, prin-cipalmente por sua atuação em vários campos da educação, do esporte e do lazer, culminando com seu trabalho em prol da emancipação do distrito de Inimutaba, tendo sido eleito seu pri-meiro prefeito.

Advogado, dirige hoje, como presidente, a Socie-dade Mineira de Agricultura, uma entidade cen-tenária que tem como missão contribuir para o desenvolvimento econômico, social e político de Minas Gerais, com atuação destacada em defesa os interesses dos empreendedores do estado.