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SECRETARIA DO ESTADO DO PARANÁSUPERINTENDÊNCIA DE EDUCAÇÃO
PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL – PDEUNIOESTE – MARECHAL CÂNDIDO RONDON
NÚCLEO REGIONAL DE EDUCAÇÃO – CASCAVEL
ÁREA – EDUCAÇÃO FÍSICA
PROFESSORA PDE – ADRIANA FURLANETTO
PROFESSORA ORIENTADORA IES – DRA. CARMEM ELISA HENN BRANDL
CASCAVEL2008
OBJETO DE APRENDIZAGEM COLABORATIVA – OAC
ESTABELECIMENTO – C. E. Wilson Joffre – Ensino Fundamental, Médio e
Profissional.
ENSINO – Médio
DISCIPLINA – Educação Física
CONTEÚDO ESTRUTURANTE – Ginástica
CONTEÚDO ESPECÍFICO – Ginástica de Condicionamento; de Academia
PALAVRAS-CHAVE - Educação Física, capacidades físicas, condicionamento,
qualidade de vida.
1 PROBLEMATIZAÇÃO DO CONTEÚDO
O presente trabalho tem como Objeto de Aprendizagem Colaborativa –
OAC, a Ginástica, mais especificamente, a Ginástica relacionada à promoção da
saúde.
A opção por este conteúdo justifica-se, considerando a pesquisa
realizada por meio de questionário, em escolas da rede pública de Cascavel, em
razão do plano de trabalho do PDE. Os dados levantados apresentaram a
predominância do Esporte sobre os demais conteúdos que compõem a disciplina,
sendo a ginástica, a dança, as lutas e os jogos.
Assim, neste OAC, pretende-se apresentar a Ginástica numa
perspectiva crítica, com a proposição de atividades relacionadas ao
Condicionamento Físico, a partir de proposta de Ginástica de Academia, adaptada
ao contexto escolar, a fim de auxiliar os professores que atuam no Ensino Médio a
realizarem um trabalho com estes conteúdos, objetivando ampliar os conhecimentos
dos alunos em relação à importância da atividade física para a promoção da saúde
e o bem-estar, do indivíduo bem como estimulá-los à sua prática, fora do âmbito
escolar.
Neste sentido, é importante ressaltar que, a ginástica, enquanto
conteúdo referendado pelas Diretrizes Curriculares da Educação Básica do Estado
do Paraná, é componente indispensável para a construção do conhecimento e
formação de alunos críticos e conscientes da importância da prática de atividades
corporais para além da competição esportiva e do culto exacerbado do corpo.
2 INVESTIGAÇÃO DISCIPLINAR
Analisando as concepções pedagógicas desenvolvidas ao longo da
história, até os dias atuais, constata-se que, apesar das alterações ocorridas nas
propostas educacionais da Educação Física, as práticas pedagógicas dos
profissionais da área, ainda sofrem influência de tendências que foram
historicamente construídas, as quais foram significativas em determinadas épocas e
contextos, mas muitas não satisfazem as necessidades e atuais concepções de
educação.
Em virtude da formação da maioria dos profissionais de Educação
Física, ter sido eminentemente voltada para o desporto, a principal concepção que
ainda hoje norteia as aulas de Educação Física na escola é a esportivista, que
prioriza o movimento mecânico e repetitivo restringindo-se ao corpo biológico e
mensurável.
No entanto, deve-se reconhecer o esforço de Professores que
concebem a Educação Física como uma disciplina capaz de influenciar diretamente
na formação dos indivíduos, tornando-os sujeitos autônomos, críticos e conscientes.
Deste modo, apesar das dificuldades encontradas, é imprescindível
que o profissional de Educação Física Escolar, trabalhe em busca da superação da
dimensão meramente motriz a fim de imprimir às aulas, uma dimensão histórica,
cultural e social, priorizando o conhecimento sistematizado, como oportunidade para
reelaborar idéias e práticas que ampliem a compreensão do aluno sobre os saberes
produzidos pela humanidade e suas implicações para a vida (PARANÁ, 2006).
Assim, conforme defende Soares et al (1993: p. 218/219) “a
preocupação deverá ser a apreensão crítica da expressão corporal enquanto
linguagem através do trato do conhecimento sobre os grandes temas da cultura
corporal como o jogo, a dança, o esporte, a ginástica, etc.”, frisando, que a
Educação Física escolar deve propiciar ao aluno da educação básica a
“competência para apreender as possibilidades e os limites da expressão corporal
enquanto linguagem no tempo histórico”.
Deste modo, o conteúdo abordado será a Ginástica, considerando a
dificuldade dos professores em trabalhá-la nas aulas de Educação Física, bem como
a sua inegável importância na Educação Básica, uma vez que permite ao aluno,
segundo Soares et al (1992) a possibilidade de vivenciar atividades que provocam
valiosas experiências corporais.
Considerando as orientações previstas nas Diretrizes Curriculares do
Paraná (2006), a Ginástica desenvolvida na escola deve permitir as diversas
possibilidades de movimentos corporais, considerando a participação de todos, a
criação espontânea de movimentos e coreografias a fim de que os alunos se
movimentem, descubram e reconheçam as possibilidades e limites do próprio corpo.
Além de a Ginástica estar inserida no rol de conteúdos da Educação
Física Escolar, também é considerada uma atividade popular, praticada,
principalmente em clubes e academias, por milhares de pessoas das mais variadas
faixas etárias. Neste sentido, Brandl (1999: p. 38), esclarece que, “nos últimos anos,
houve um crescimento indiscutível no número de Academias, tanto em pequenas
como nas grandes cidades”. E com isso, foram criadas novas formas de Ginástica,
para atender a diversidade e interesse do público, que procura praticá-la por
diferentes motivos: reeducação postural, prevenção ou compensação para evitar
problemas de estresse e doenças, manutenção da saúde, para fins estéticos, ou
seja, para a obtenção de um corpo perfeito, entre outros.
Neste viés, Souza apud Brandl (1999: p. 39/40) divide a Ginástica em
cinco grupos que englobam seus principais campos de atuação, facilitando a
compreensão de suas diversas ramificações.
1- Ginásticas de condicionamento físico: englobam todas as modalidades que
tem por objetivo a aquisição ou a manutenção da condição física do indivíduo
normal e/ou atleta. Temos como exemplo: ginástica localizada, aeróbica,
musculação, step, etc.
2- Ginásticas de competição: reúnem todas as modalidades competitivas –
ginástica artística, rítmica desportiva, acrobática, aeróbica, roda ginástica,
trampolim acrobático, tumbling, mini-trampolim, etc.
3- Ginásticas fisioterápicas: responsáveis pela utilização do exercício físico na
prevenção ou tratamento de doenças. Reeducação postural global,
cinesioterapia, isostreching, etc.
4- Ginásticas de consciência corporal: reúnem as novas propostas de
abordagem do corpo, também conhecida por “Técnicas alternativas ou
Ginásticas Suaves”, que foram introduzidas no Brasil a partir da década de
70, tendo como pioneira a Anti-Ginástica. A grande maioria destes trabalhos
teve origem na busca da solução de problemas físicos e posturais. Exemplos
desse grupo são - Anti-Ginástica, Eutonia, Feldenkrais, Bioenergética, etc.
5- Ginásticas de Demonstração: é representante deste grupo a Ginástica Geral,
cuja principal característica é a não-competitividade, tendo como função
principal a interação social, a formação integral do indivíduo em seus
aspectos motor, cognitivo, afetivo e social.
Portanto, de acordo com o entendimento da autora “a Ginástica,
enquanto movimento educativo (...), poderá reunir todas as formas de Ginástica,
desde que sejam feitas adaptações próprias aos objetivos escolares e às
características de cada faixa etária”. (Brandl,1999: p.41),
Sendo assim, a proposta de Ginástica aqui apresentada objetiva que o
educando adquira conhecimentos básicos acerca das capacidades físicas
essenciais, para a realização dos movimentos comuns do cotidiano com maior
facilidade e segurança, bem como, a conscientização da importância da prática de
atividades físicas habituais para a melhoria de sua qualidade de vida, invertendo
assim, o caráter apresentado pela mídia o qual incentiva o culto exagerado ao corpo,
impondo padrões estéticos e até mesmo determinando o cenário e os materiais que
devem ser utilizados para a prática da ginástica (PARANÁ, 2006: p. 34).
O Condicionamento Físico, segundo Guiselini (2004) pode ser
considerado como fitness ou aptidão física e esta é definida pela Organização
Mundial de Saúde como sendo “a capacidade de realizar trabalho muscular de
maneira satisfatória”. (Guiselini, 2004: p. 35)
Porém, este conceito é um pouco limitado, considerando que,
atualmente, a aptidão física não está relacionada somente em preparar o indivíduo
para realizar atividades físicas com eficiência, melhorando seu desempenho em
atividades esportivas de alto rendimento, mas está voltada principalmente, para a
melhoria das capacidades funcionais visando à qualidade de vida do sujeito.
Neste contexto, considerando-se as necessidades da sociedade
contemporânea, Bouchard et al apud Guiselini (2004: p. 36) apresenta uma definição
mais ampla de aptidão física como sendo
um estado dinâmico de energia e vitalidade que permite a cada um não apenas a realização das tarefas do cotidiano, das ocupações ativas das horas de lazer e enfrentar emergências imprevistas sem fadiga excessiva, mas também evitar o aparecimento das disfunções hipocinéticas1, enquanto funcionamento no pico da capacidade intelectual e sentindo uma alegria de viver.
.
Deste modo, o conteúdo de Ginástica de Condicionamento e de
Academia desenvolvido na escola, deverá estar voltado para o trabalho equilibrado
das capacidades físicas e perceptivo-motoras, as quais serão mais relevantes ao
desenvolvimento saudável dos alunos, tais como Coordenação, Equilíbrio, Ritmo,
Força, Flexibilidade, e Resistência.
Segundo Tubino apud Bregolato (2002: p. 69), a Coordenação “é a
qualidade física de que a Educação Física se vale para associar a consciência à
ação (...)”. Ou seja, significa realizar os movimentos de forma pensada/planejada,
que tanto podem envolver ações simples como andar, entre outras mais complexas.
Já Weineck ((1999: p. 514), considera as capacidades coordenativas
como as que se diferenciam em gerais e específicas. “As capacidades
coordenativas gerais resultam da instrução geral para movimentação em diversas
modalidades esportivas. Estas capacidades manifestam-se em diversos setores da
vida cotidiana e esportiva, de modo que qualquer movimento possa ser executado
de modo eficiente e criativo”. Já as capacidades coordenativas específicas são
caracterizadas por “movimentos específicos para modalidades esportivas, nas quais
eles ocupam uma posição prioritária”.
O Equilíbrio, na concepção de Bregolato (2002: p. 70), é a “qualidade
física conseguida por uma combinação de ações musculares com o propósito de
sustentar o corpo sobre uma base, contra a lei da gravidade”.
Para Piccolo (1995: p. 56), “Fluir é a tradução da palavra ritmo, ou seja,
tudo que está em constante movimento”. Laban apud Piccolo (1995: p. 58)
complementa esta definição, enfatizando que “o ritmo do movimento é manifestado
por ondas rítmicas, constituídas por velocidade, fluidez, intensidade e tamanho. São
as diferentes combinações destes fatores que determinam a variação do ritmo
expresso em diversos movimentos”.
1 Doenças Hipocinéticas – relacionadas à falta de exercício, tais como: doenças coronarianas, pressão alta, alto nível de gordura corporal, problemas nas articulações, na região lombar e osteoporose. (GUISELINI: 2004, p. 75)
Em relação à Força, Tubino apud Bregolato (2002: p. 69), a define
como sendo a “habilidade de um músculo ou agrupamento muscular de vencer uma
resistência, produzindo tensão na ação de empurrar, tracionar ou elevar”. Neste
mesmo sentido, Peckering apud Weineck (1999: p. 121) enfatiza que força é a
“capacidade de exercer tensão contra uma resistência”.
A Flexibilidade, no entendimento de Dantas apud Bregolato (2002: p.
69), é a “qualidade física responsável pela execução voluntária de um movimento de
amplitude angular máxima por uma articulação ou conjunto de articulações, dentro
dos limites morfológicos sem o risco de provocar lesão”.
Para Frey apud Weineck (1999: p. 470), “são considerados termos
sinônimos de “flexibilidade” os termos “mobilidade”, articularidade” (referindo-se à
propriedade das articulações), “elasticidade” (referindo-se à propriedade de
músculos, fáscias, tendões e ligamentos)”.
O trabalho de flexibilidade na escola é fundamental, considerando a
grande melhoria de qualidade de vida, em relação à elasticidade muscular,
mobilidade, transporte energético, melhoria da capacidade mecânica muscular,
prevenção contra lesões além de promover um maior relaxamento corporal
(Geraldes: 1993).
E por fim, a Resistência é definida por Geraldes (1993: p. 123), como
sendo a “capacidade de se executar determinado movimento ou movimentos, por
um período de média ou longa duração”.
Para o autor acima citado, resistência anaeróbica, é a
Qualidade física que permite a um indivíduo, realizar uma atividade física sem a necessidade de consumo de oxigênio, necessária as modalidades esportivas, cujas provas sejam de curta duração, como por exemplo, corrida de 100 metros, barreira, natação nas provas de 50 metros e etc.
A resistência aeróbica, “é a qualidade física que permite ao indivíduo
realizar determinadas atividades físicas durante períodos de tempo médios e longos
(acima de 15 minutos), em condição de equilíbrio entre a energia despendida e a
utilização do oxigênio para produzi-la (steady state)”.
Já a resistência muscular localizada, segundo Barbanti apud Guiselini
(2004:p. 44), “refere-se à capacidade do músculo em repetir movimentos idênticos
durante um tempo prolongado (resistência muscular dinâmica) ou de manter um
certo grau de tensão durante um longo período (resistência muscular estática)”.
Assim, o trabalho pedagógico desenvolvido na escola deve buscar a
percepção, por parte do educando, da importância do desenvolvimento das
principais capacidades físicas e perceptivo-motoras, considerando que estas
auxiliam em seu crescimento e desenvolvimento, de forma segura e saudável, como
também, a tomada de consciência da necessidade da prática de atividades físicas
além do espaço escolar, para a manutenção de uma vida saudável e com qualidade,
Além disso, o presente trabalho visa também um olhar crítico e
consciente, por parte do aluno, do verdadeiro papel da ginástica na escola, papel
este, que contrapõe a idéia apresentada pela mídia, a qual impõe padrões e
modismos que atendem aos interesses econômicos e sociais para a aceitação e
inclusão do individuo na sociedade.
3 PERSPECTIVA INTERDISCIPLINAR
A integração com as disciplinas de História e Biologia, no presente
trabalho, auxiliará na compreensão da ginástica e sua contribuição nas
manifestações corporais, investigando os conceitos de corpo, trabalhados em outras
disciplinas, em especial nestas, enfatizando assim, o diálogo e a reflexão existente
entre os conteúdos, considerando que o aluno deve apropriar-se dos
conhecimentos, articulando-os de diferentes formas para sua melhor aprendizagem.
O tema, Ginástica, poderá ser abordado a partir de uma perspectiva
histórica, tendo em vista que sua evolução e sistematização são repletos de
acontecimentos sociais que contribuem para a compreensão do seu atual conceito e
significado. A Ginástica está relacionada à disciplina de História, por exemplo, na
medida em que buscamos compreender acontecimentos relevantes ocorridos na
Europa, a partir do ano de 1800, onde ocorreu a sistematização de ginástica nas
sociedades burguesas, mais especificamente na Alemanha, Suécia, França e
Inglaterra, as quais influenciaram as diferentes manifestações de Ginástica da
atualidade. (Soares, 2004).
Soares (2004: p. 52) afirma que, “A ginástica, considerada a partir de então
científica, desempenhou importantes funções na sociedade industrial, apresentando-
se como capaz de corrigir vícios posturais, oriundos das atitudes adotadas no
trabalho (...)”. Além disso, conforme a autora, a ginástica apresentava ainda um
caráter disciplinar que era indispensável “à ordem fabril e à nova sociedade”.
A autora elucida que a ginástica objetivava também, a regeneração da raça,
a promoção da saúde e desenvolvimento da força, coragem e energia “para servir à
pátria nas guerras e na indústria”, bem como o desenvolvimento da moral com o
objetivo de interferir nas tradições dos povos.
Neste sentido, Taffarel et al, esclarece que a ginástica emergiu no contexto
europeu (...), tendo como desafio a construção de um novo homem, de uma
sociedade modernizada, disciplinada, saudável e produtiva”2. Esse acontecimento
histórico teve grande impacto, sendo também influenciado por outros movimentos
sociais da época.
A autora explicita também que
“Estudos sobre a história da educação física e da ginástica indicam que estes movimentos constituíram a base teórica e prática da cultura da ginástica e da educação física no contexto social em geral e na escolar e na formação do professor. Identificamos que nesses movimentos ginásticos e suas teorias predominam concepções idealistas e ideológicas de sociedade, restritas à concepção biológica e fisiológica do desenvolvimento humano, desenvolvidas a partir de teorias pedagógicas e psicológicas de caráter funcionalista e naturalista no trato das atividades físicas”.3
Assim, ao abordar o conteúdo da Ginástica no contexto escolar, o
professor de Educação Física poderá discutir a corporalidade numa perspectiva
histórico-social, realizando um paralelo da função da ginástica ontem e hoje,
contribuindo para a compreensão dos alunos a respeito dos conhecimentos
produzidos pela sociedade em determinados momentos históricos, políticos e
econômicos.
Em relação à articulação entre a Educação Física com a disciplina de
Biologia é importante ressaltar que, anatomicamente, como frisa Guiselini (2004: p.
71), “o corpo humano foi feito para o exercício, e tanto a falta deste, quanto a sua
prática regular, resultarão em alterações relacionadas às dimensões morfológicas,
funcional-motoras, fisiológicas e comportamentais no indivíduo (Guedes e Guedes:
1997).
2 TAFFAREL, Celi Zulke. GINÁSTICA NA ESCOLA: Um diálogo crítico entre professores da Alemanha e do Brasil. Fragmentos retirados do texto encontrado no site: http://www.faced.ufba.br/rascunho_digital/textos/579.htm 3 Idem
Inserida na dimensão funcional-motora, está a função
cardiorrespiratória que, segundo Guedes e Guedes et al (1997: p. 25), é um dos
elementos mais importantes da atividade física relacionada à saúde, considerando
que “menores níveis de capacidade aeróbica têm sido identificados como
antecedentes nas coronariopatias e em outras doenças crônico-degenerativas.
A função cardiorrespiratória, ou capacidade aeróbica, para Guedes e
Guedes (1997: p. 24), pode ser definida “como a capacidade do organismo em se
adaptar a esforços físicos moderados, envolvendo a participação dos grandes
grupos musculares, por períodos de tempo relativamente longos”.
Em vista disso, a função cardiorrespiratória, durante a atividade física,
irá requerer, conforme elucidam os autores acima mencionados, uma “participação
bastante significativa dos sistemas cardiovascular e respiratório para atender à
demanda de oxigênio através da corrente sanguínea e manter, de forma eficiente, os
esforços físicos dos músculos” (1997: p. 25).
Deste modo, Guedes e Guedes (1997: p. 25) concluem que, “os
indivíduos que apresentam nível mais elevado quanto à capacidade aeróbica
tendem a apresentar maior eficiência nas atividades do cotidiano e a recuperar-se
mais rapidamente após a realização de esforços físicos mais intensos”.
Assim, para que ocorram alterações significativas na capacidade
aeróbica, o método mais indicado, no ponto de vista de Guedes e Guedes (1997: p.
27), é a realização de atividades físicas que envolvam “grandes grupos musculares
e que possam ativar todo o sistema orgânico de oxigenação: coração, pulmões,
sangue e vasos sangüíneos”, sendo indicado para esta finalidade, os exercícios
aeróbicos, com “esforço de média e longa duração (> 5 minutos), de caráter
dinâmico, em ritmo constante e de intensidade moderada, exemplificados na
caminhada/corrida, no ciclismo, na natação, etc.”.
Portanto, o tratamento interdisciplinar da Educação Física, mais
especificamente, da Ginástica com o a disciplina de Biologia, ocorre considerando
que nesta, serão discutidas questões referentes ao funcionamento do corpo
humano, e naquela, o enfoque será sobre a influência e os reflexos (positivos) da
atividade física no corpo e na saúde do indivíduo.
4 CONTEXTUALIZAÇÃO
A ginástica (movimento natural) tem acompanhado o homem desde os
primórdios das civilizações, quando este se utilizava de seus movimentos básicos
(andar, correr, saltar, girar, arremessar, entre outros) para garantir a sobrevivência e
de sua família.
Entretanto, conforme Soares (2004), as primeiras manifestações da
ginástica de forma sistematizada, denominadas de métodos ginásticos ou escolas,
ocorreram, impulsionadas pelas sociedades burguesas, a partir de 1800, na Europa,
nos países - Alemanha, Suécia, França e Inglaterra.
Neste período, a Europa passava por grandes transformações de
ordem social, política e econômica e a ginástica, de acordo com Soares (2004: p.
52), tinha por finalidade
“regenerar a raça (não esqueçamos do grande número de mortes e doenças); promover a saúde (sem alterar as condições de vida); desenvolver a vontade, a coragem, a força, a energia de viver (para servir à pátria nas guerras e na indústria) e, finalmente, desenvolver a moral (que nada mais é do que uma intervenção nas tradições e nos costumes dos povos).
Ainda para esta autora na Alemanha, além das finalidades acima
apontadas, objetivava principalmente a defesa da pátria, devendo para isso,
desenvolver “homens e mulheres fortes, robustos e saudáveis”, através de instrução
física militar, destinada às massas, utilizando-se para isso, de estudos
fundamentados sobre bases científicas, mais especificamente, baseando-se na
fisiologia. Os principais idealizadores deste método ginástico foram Guts Muths e
Friederich Ludwig Jahn.
O método de ginástica sueco, conforme esclarece Soares (2004),
somente foi sistematizado a partir do início do século XIX e visava, sobretudo, o
desenvolvimento de “indivíduos fortes, saudáveis e livres dos vícios”, principalmente
do alcoolismo, a fim de criar homens e mulheres preparados para atender ao
processo de industrialização e à defesa da pátria, em períodos de guerra. De acordo
com a autora, seu criador foi Pehr Henrick Ling, que se pautou principalmente na
anatomia e fisiologia para desenvolver este método ginástico.
Para Marinho apud Soares (2004: p. 59), “Através dessa ‘ginástica
pedagógica e higiênica’ se poderia ‘assegurar a saúde [pois ela é] essencialmente
respiratória’, assim como a ‘beleza, por seus efeitos corretivos e ortopédicos’. Além,
é claro do seu papel na formação do caráter, por ser ‘enérgica e viril’, empregando
economicamente as forças do indivíduo”.
Na França, de acordo com Soares (2004: p. 61), a ginástica foi
sistematizada a partir da “primeira metade do século XIX”, sofrendo forte influência
das concepções ideológicas e pedagógicas de Rousseau. Ela deveria integrar, ”a
idéia de uma educação voltada para o desenvolvimento social”, ou seja, acessível à
população a fim de “contribuir para a formação do homem completo e universal”.
Este método ginástico teve por fundador D. Francisco de Amoros y
Ondeaños, integrando os currículos das escolas a partir de 1850. Sua preocupação
era, conforme explica Soares (2004: p. 64), “com o desenvolvimento da força física,
da destreza, da agilidade e da resistência, qualidades físicas essenciais, tanto para
o trabalho fabril quanto para as lutas pela defesa da pátria, na ótica de uma
burguesia ascendente”.
É importante salientar que, os métodos ginásticos apresentados foram
utilizados pelo Brasil em momentos diferenciados, de acordo com a realidade
histórica e social que marcou o país.
Assim, no Brasil, o método ginástico alemão, segundo Marinho apud
Soares (2004: p. 57) foi implantado no início do século XX, vindo com os imigrantes
alemães que eram adeptos desta ginástica. Entretanto, já em 1860, este método é
“consagrado como o método oficial do exército brasileiro”, não sendo considerado
adequado para ser utilizado nas escolas primárias.
Surge então no país, o método sueco, que, de acordo com Soares:
2004, por seu caráter essencialmente pedagógico apresentava-se como mais
apropriado para ser utilizado nas escolas brasileiras. Esta ginástica teve como
grande defensor, Rui Barbosa, o qual por ser favorável a este método, contribuiu
para sua propagação pelo Brasil.
E, por fim, conforme a autora acima citada, a ginástica francesa é
oficialmente implantada no Brasil, com finalidades militares, a partir de 1921, através
do decreto n. 14. 784. Porém, como explica Cantarino Filho apud Soares (2004), em
1929, ela foi instituída, através da Educação Física, por meio de um anteprojeto de
lei, como obrigatória em todos os estabelecimentos de ensino.
Assim, a ginástica passa a ser componente curricular obrigatório em
todos os estabelecimentos do país, influenciando, de alguma forma, as práticas
corporais presentes na Educação Física Escolar até os dias atuais.
Então, pergunta-se: existe relação entre a ideologia que marcou a
presença da ginástica no início do século XIX e a que permeia a sua prática na
sociedade contemporânea?
É possível perceber a relação, a partir da análise dos fatores e
interesses que influenciaram a prática da ginástica naquele período histórico,
considerando que a sociedade utilizou-se desta para atender a conveniências
políticas, econômicas e sociais, voltados para uma sociedade industrial emergente,
que necessitava de corpos robustos e saudáveis para garantir a produção fabril e a
defesa da pátria.
E atualmente, a que interesses a ginástica tem buscado acolher?
Novamente percebe-se que existem interesses econômicos e sociais firmados em
uma ideologia capitalista, que incentiva a sua prática de forma a atender ao mercado
de consumo.
A ginástica tem diminuído seu status de atividade física voltada para a
obtenção de uma vida ativa e saudável, e aumentado o seu poder em desenvolver
métodos que favoreçam a obtenção de corpos esbeltos (femininos), fortes e
musculosos (masculinos). Este culto exacerbado ao corpo, criado por modismos e
estereótipos, é fruto da sociedade capitalista que se utiliza de todos os meios para
garantir o consumo massificado de produtos e serviços voltados para a beleza
(padronizada), incentivando, com o poderoso auxílio da mídia, a supervalorização da
estética corporal em detrimento do ser individual, singular e único.
Para atender a esse mercado, além das empresas de cosméticos e das
clínicas de embelezamento com suas cirurgias plásticas, encontram-se, as
academias com seus “bodys”, “nos quais o mesmo padrão rítmico, a mesma música,
o mesmo ‘sorriso’ e o mesmo movimento serão realizados em São Paulo, no Rio de
Janeiro, em Brasília ou na Nova Guiné”, incentivando massificação e
consequentemente, a padronização dos indivíduos (Venâncio e Carreiro, 2005: p.
235).
Deste modo, um dos aspectos propostos para o trabalho de ginástica
na escola, é fomentar (provocar) a reflexão dos alunos, acerca das questões acima
apresentadas (a ginástica historicamente construída; culto exacerbado ao corpo;
imposição social de modelos estereotipados; influência da mídia, etc.), traçando um
paralelo com situações reais de seu cotidiano, tais como: o desrespeito às
características individuais, a discriminação em razão da idade, sexo, altura,
obesidade, entre outras, que, muitas vezes, são causas de exclusão do indivíduo, na
escola e no meio em que vive.
Outro aspecto proposto para a discussão com os alunos, é quanto aos
benefícios da ginástica para a promoção da saúde do indivíduo.
Não é de hoje que a ginástica fundamenta-se em garantir a saúde da
população (homens e mulheres fortes e saudáveis). Desde a implantação dos
métodos ginásticos no Brasil, no início do século XX, esta já era uma preocupação
dos governantes, considerando que uma das concepções dominantes na época, era
a higienista.
Entretanto, atualmente, a ginástica tem apresentado uma nova
abordagem, voltada, além da estética corporal, para a prevenção e o combate aos
males da sociedade moderna tais como: stress, doenças coronarianas, hipertensão,
lombalgias, tendinites, bursites e outras “ites”, causadas pelo excesso de trabalho;
má postura; falta de momentos de lazer; alimentação irregular e inadequada;
sedentarismo, entre outros.
Este trabalho enfocará a questão da busca da qualidade de vida por
meio do desenvolvimento equilibrado das capacidades físicas do indivíduo, através
da ginástica de condicionamento, não deixando de considerar, de forma crítica, os
aspectos mais complexos relacionados a problemas de ordem social e econômica.
Assim, pergunta-se: quais os benefícios da ginástica para a promoção
da saúde?
Um dos principais benefícios, é a qualidade de vida do individuo, como
bem definida por Sharkey, Breslow & Enstrom, Alsen et al apud Guiselini (2004: 70),
“Qualidade de vida é ter uma vida ativa, saudável, prazerosa e harmoniosa. A
saúde, prazer e equilíbrio são fundamentais para que as pessoas vivam bem.
Porém, (...) a qualidade de vida depende fundamentalmente da prática de hábitos
saudáveis ou práticas básicas de saúde”.
Neste sentido, a prática de atividades físicas regulares pode ser
considerada como uma grande aliada ao cultivo de hábitos saudáveis. Guedes e
Guedes (1997: p. 28) esclarecem que a carência de exercícios físicos apropriados
poderá desencadear o enrijecimento dos tecidos musculares e conectivos elásticos,
reduzindo a amplitude dos movimentos, acarretando com isso, segundo Riihimaki
apud Guedes e Guedes (1997: p. 28) o “aparecimento de desvios posturais (...),
problemas lombares crônicos irreversíveis, provocando desconforto, dor,
incapacidades e queda no rendimento das atividades do cotidiano, o que limita
enormemente a qualidade de vida dos indivíduos”.
Para a prevenção destes problemas, é de fundamental importância o
desenvolvimento das capacidades físicas (principalmente) e perceptivo-motoras, tais
como coordenação, equilíbrio, ritmo, força, flexibilidade e resistência.
Portanto, a prática pedagógica no espaço escolar, deve abordar o
conteúdo de ginástica no sentido de despertar no educando a consciência da
necessidade de cultivar hábitos saudáveis relacionados, principalmente, à prática de
atividades físicas regulares.
5 SÍTIOS
• Título do Sítio: Os Conteúdos da Educação Física Escolar: Influências,
Tendências, Dificuldades e Possibilidades.
• Disponível em: http://www.uff.br/gef/suraya_s.rtf
• Acessado em: fevereiro/2008
• Comentário:
O texto da Professora Dra. Suraya Cristina Darido é muito interessante,
considerando que, primeiramente, apresenta as principais abordagens pedagógicas
da Educação Física Escolar nas últimas décadas, e em seguida, discute uma das
grandes dificuldades nossas, enquanto professores de Educação Física Escolar, que
é a implementação, nas aulas de Educação Física, dos conteúdos que compõem a
disciplina, analisando as dificuldades e possibilidades de sua prática na escola, com
vistas à construção do conhecimento e formação de um cidadão crítico e consciente
de seu papel na sociedade.
• Título do Sítio: Educação Física e cultura corporal: uma experiência de
intervenção pedagógica no ensino médio
• Disponível: http://libdigi.unicamp.br/document/?code=vtls000215991
• Acessado em: fevereiro/2008
• Comentário:
O texto refere-se a uma dissertação de mestrado de Adriano Rogério
Celante, e aborda, “O processo de construção de uma experiência de intervenção
pedagógica em Educação Física no Ensino Médio, a partir dos pressupostos da
cultura corporal”.
O trabalho é dividido em dois momentos nos quais, no primeiro, o autor
apresenta a fundamentação teórica quanto ao papel social da Educação Física
enquanto componente curricular da Educação Básica, numa perspectiva voltada para
a cultura corporal. No segundo momento o autor apresenta e analisa os resultados
de sua pesquisa, que consistiu na construção de um programa de Educação Física
para o Ensino Médio, por meio de um planejamento participativo com os alunos de
uma primeira série.
É um texto interessante, para nós, professores de Educação Física
Escolar, considerando que o autor apresenta uma proposta de prática pedagógica
voltada para a cultura corporal do movimento, através do planejamento participativo,
relatando as dificuldades encontradas na implementação dos conteúdos da disciplina
e sugerindo formas de superá-las.
6 SONS E VÍDEOS
• Categoria: Áudio
• Título da Música: Ginástica
• Intérprete: Angélica
• Compositor: Augusto César e Paulo Sérgio Valle
• Título do CD: Angélica
• Número da Faixa: 9
• Número do CD: - x -
• Nome da Gravadora: Sony BMG Brasil
• Ano: 1998
• Disponível em: http://vagalume.uol.com.br/angelica/discografia/angelica-1998.html
• Local: - x –
• Comentário:
A sugestão pela música “Ginástica” da cantora e apresentadora
Angélica justifica-se, considerando que ela trata, justamente, de um dos aspectos
discutidos no presente trabalho, que é a busca através da ginástica, do corpo
perfeito, desconsiderando a qualidade de vida do indivíduo.
Acesse o site, e conheça a letra na íntegra.
Pra cima, pra baixo, prum lado, pro outro
E vamos lá! Vamos malhar!Eu quero ver você emagrecer
Aquele sanduíche com dois metros de pão Fez uma bola no seu barrigão
(...)
7 IMAGENS
Acesse o site indicado abaixo, e conheça um pouco das modalidades
de Ginástica existentes na atualidade.
http://aquihadesporto.blogspot.com/2008/02/histria-da-ginstica.html
8 PROPOSTA DE ATIVIDADES
ATIVIDADE DE ANÁLISE
Levando-se em conta as questões apresentadas até então, e,
considerando as dimensões do conhecimento e a relação entre teoria e prática
sugerem-se atividades para o desenvolvimento do conteúdo de ginástica do Ensino
Médio.
1. Propor aos alunos que pesquisem e tracem um paralelo entre a ginástica
higienista/militarista e a ginástica contemporânea, analisando criticamente
suas diferenças e semelhanças, exemplificando, na prática, alguns exercícios
que caracterizem a ginástica nos diferentes momentos histórico-sociais;
2. Propor aos alunos que pesquisem com pessoas de mais idade sobre as aulas
de ginástica praticadas em seu tempo de escola;
3. Analisar com os alunos, as principais capacidades físicas que devem ser
apropriadas pelo individuo para a manutenção de uma vida saudável;
4. Apresentar um vídeo com uma aula de ginástica de academia, suscitando a
análise e reflexão dos alunos quanto às características apresentadas; quais
exercícios estão voltados para a qualidade de vida do indivíduo; quais
buscam o corpo perfeito; que capacidades físicas foram desenvolvidas
durante a aula;
5. Atualmente, os meios de comunicação apresentam muitas propagandas de
equipamentos e produtos milagrosos que prometem emagrecimento rápido e
corpos esbeltos e “sarados”; a partir desta idéia, o aluno poderá realizar
pesquisa em revistas, jornais, internet, outdoors; televisão, etc. sobre estas
propagandas, trazendo-as para a sala de aula, para análise e discussão
coletiva sobre a influência da mídia na sociedade, tratando também das
características individuais de cada um;
6. Propor aos alunos que pesquisem os espaços públicos existentes em seu
bairro, para a realização de atividades físicas e se são aproveitados pela
comunidade;
7. Propor aos alunos que pesquisem, junto aos pais e familiares, se estes
possuem o hábito da prática de atividades físicas regulares e quais;
8. Analisar com os alunos, os benefícios da atividade física para a qualidade de
vida do indivíduo.
PRÁTICAS CORPORAIS
A proposta de atividade aqui sugerida deverá estar pautada na
Pedagogia Relacional, no Ensino Aberto, em situações problemas e realização de
tarefas, as quais se caracterizam pela participação ativa dos alunos nas decisões e
na construção do conhecimento.
Como exemplo, sugere-se uma aula de ginástica de condicionamento,
voltada para o desenvolvimento das capacidades físicas, mais especificamente uma
aula de Ginástica Aeróbica, com o objetivo de melhorar a resistência aeróbica,
coordenação motora e ritmo. Esta aula diferencia-se de uma aula do ambiente de
academia onde o professor escolhe a música e direciona os movimentos. No
ambiente escolar, sugere-se como tarefa, a criação por parte dos alunos, de
movimentos, exercícios e coreografias, inclusive a escolha da música. Uma das
estratégias que podem ser seguidas é de que cada aluno, ao ritmo da música, crie
um movimento; reúna em duplas, onde um aluno vai ensinar para o outro o seu
movimento, tendo assim a soma dos dois movimentos; após reúne-se duas duplas,
em que cada uma vai ensinar seus movimentos ä outra dupla, tendo assim, quatro
movimentos; novamente reúnem-se dois quartetos, o mesmo procedimento é
realizado e teremos assim uma seqüência de oito movimentos, formando uma
coreografia.
9 SUGESTÕES DE LEITURA
SUGESTÃO 01
• Categoria: Livro
• Sobrenome: Caetano
• Nome: Gilson José
• Título do Livro: Livro Didático Público do Estado do Paraná – Educação
Física
• Edição: 1ª
• Local de Publicação: Curitiba
• Editora: Secretaria de Estado da Educação
• Disponível em: http://www.seed.pr.gov.br/portals/portal/livrodidatico/
• Ano de Publicação: 2006
• Comentário:
O Livro Didático Público de Educação Física, mais especificamente, o
texto intitulado “Saúde é o que interessa! O resto não tem pressa! de autoria do
Professor Gilson José Caetano é uma sugestão de leitura, considerando que aborda
de forma crítica e reflexiva, temas relacionados ao presente trabalho como, atividade
física e saúde; a influência da mídia na prática de atividades físicas, além de ser um
material apropriado e muito bom para trabalhar com os alunos as questões
relacionadas à ginástica contemporânea.
SUGESTÃO 02
• Categoria: Livro
• Sobrenome: Darido
• Nome: Suraya Cristina
• Sobrenome: Rangel
• Nome: Irene Conceição Andrade
• Título do Livro: Educação Física na escola: implicações para a prática
pedagógica
• Edição: 1ª
• Local de Publicação: Rio de Janeiro
• Editora: Guanabara Koogan S.A
• Ano de Publicação: 2005
• Comentário:
A opção por este livro se dá em razão de tratar de questões de grande
relevância para a Educação Física Escolar, considerando que apresenta, entre
outros temas importantes, as principais abordagens pedagógicas e os objetivos da
Educação Física na escola, novas formas de organização dos conteúdos,
encaminhamentos metodológicos e avaliação da disciplina, como também, aborda
os conteúdos estruturantes propostos pelas Diretrizes Curriculares do Paraná, tais
como: jogos e brincadeiras, esporte, dança, ginástica e lutas, sugerindo formas de
trabalhar estes conteúdos na escola de forma crítica e reflexiva, levando em conta as
dimensões conceituais, procedimentais e atitudinais.
SUGESTÃO 03
• Categoria: Internet
• Sobrenome: Taffarel
• Nome: Celi Zulke
• Título do: Ginástica na Escola: Um diálogo crítico entre professores da
Alemanha e do Brasil.
• Disponível em: http://www.faced.ufba.br/rascunho_digital/textos/579.htm
• Acessado em: fevereiro/2008
• Comentário:
O texto é de autoria da Professora Celi Zulke Taffarel, e aborda a
ginástica enquanto conteúdo da Educação Física Escolar, através de um diálogo
com professores e estudantes da Alemanha e do Brasil.
O documento é relevante, considerando que trata, de forma mais
aprofundada, de temas apresentados neste trabalho, tais como: aspectos históricos
da ginástica; a escolarização, desportivização, a legitimidade da ginástica nas aulas
de Educação Física e na escola.
É importante também, tendo em vista que referenda a
metodologia crítico-superadora, prevista nas Diretrizes Curriculares do Estado do
Paraná. centrada no principio de igualdade de condições entre indivíduos, para a
construção do conhecimento.
10 DESTAQUES
Título: Você já reparou o que faz um gato?Fonte: http://www.vocesabia.net/ciencia/voce-ja-reparou-o-que-faz-um-gato/ Texto: Ele espreguiça, alonga e boceja. Na realidade ele está SEMPRE fazendo
ginástica em intervalos regulares. Assim, a cada hora, levante-se e tente se
espreguiçar, esticando os braços, os dedos, as unhas, como o gato faz. Não se
esqueça de bocejar e fazer aquela esticada. Faça a cada hora.
11 NOTÍCIAS
• Sobrenome: Sampaio
• Nome: Cassiano
• Título da Notícia: Ginástica passiva é um golpe comercial, segundo pesquisa
da Unifesp
• Nome do Jornal: Jornal Saúde
• Disponível: http://www.saudeemmovimento.com.br/reportagem/noticia_exibe.asp?cod_noticia=927
• Acessado em: 02/2008
• Comentário:
A notícia apresentada reafirma a necessidade de discutirmos com os
alunos as questões relacionadas com a busca incessante do indivíduo em cultivar
um corpo perfeito e a influência da mídia na sociedade.
12 PARANÁ
• Disponível em: http://www.ecoeducar.com.br/faab/trilha12.php
• Titulo: TRILHA URBANA: Uma aventura pelas ruas de Cascavel
• Texto:
Acesse o site, http://www.ecoeducar.com.br/faab/trilha12.php, e conheça o
“PROJETO TRILHA URBANA”, o qual está vinculado ao Projeto Ecoeducar, e
tem por finalidade, através de uma fundamentação filosófica da ecopedagogia e
da ética do cuidado, levar os alunos a “conhecer o município de Cascavel e suas
diversidades – culturais, políticas, ambientais, econômicas e sociais, através de
uma dinâmica interativa e altamente dinâmica”.
13 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BRAND, Carmem Elisa Henn. Ginástica: Um conhecimento aplicado à Educação
Física Escolar. In: Caderno de Educação Física: Estudos e Reflexões. Curso de Educação Física. UNIOESTE, Gráfica Líder. Campus de Marechal Cândido
Rondon: 1999.
BREGOLATO, Roseli Aparecida. Cultura Corporal da Ginástica. Ícone: São
Paulo, 2002.
DARIDO, Suraya Cristina (coord.). RANGEL, Irene Conceição Andrade (coord.).
Educação Física na Escola: implicações para a prática pedagógica. Guanabara
Koogan: Rio de Janeiro, 2005.
COLETIVO DE AUTORES. Metodologia do Ensino de Educação Física. Cortez:
São Paulo, 1992.
GERALDES, Amandio A. R. Ginástica Localizada. Sprint: Rio de Janeiro, 1993.
GUISELINI, Mauro. Aptidão Física: Saúde e Bem-Estar. Phorte: São Paulo, 2004.
GUEDES, D. P. e GUEDES, J. E. P. Exercícios Físicos na Promoção da Saúde. Midiagraf: Londrina, 1997.
PARANÁ. Diretrizes Curriculares de Educação Física para a Educação Básica.
2006.
PICOLO. Vilma Lení Nista. Ritmo do movimento na criança: ver e perceber. In.
MOREIRA, Wagner Wey (org.) Corpo Pressente. Papirus: Campinas, 1995.
SOARES, Carmem Lúcia. TAFFAREL, Celi Nelza Zulke. ESCOBAR, Micheli Ortega.
A Educação Física Escolar na Perspectiva do Século XXI. In: MOREIRA, Wagner
Wey (org.). Educação Física & Esportes: Perspectivas para o Século XXI. Papirus: Campinas, 1993.
SOARES, Carmen Lucia. Educação Física: Raízes Européias e Brasil. 3ª ed.
Autores Associados: Campinas, 2004.
TAFFAREL, Celi Zulke. GINÁSTICA NA ESCOLA: Um diálogo crítico entre professores da Alemanha e do Brasil. Disponível em:
http://www.faced.ufba.br/rascunho_digital/textos/579.htm. Acesso em 17/02/08
VENÂNCIO, Luciana. CARREIRO, Eduardo Augusto. In: DARIDO, Suraya Cristina
(coord.). RANGEL, Irene Conceição Andrade (coord.). Educação Física na Escola: implicações para a prática pedagógica. Guanabara Koogan: Rio de Janeiro, 2005.
WEINECK, Jürgen. Treinamento Ideal. 9ª ed. Manole Ltda: São Paulo, 1999.