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PLANO DE GERENCIAMENTO DE RISCO SORO ANTIDIFTÉRICO, LOTES 1210233 E 1210243 ATUALIZAÇÃO EM RELAÇÃO AO LOTE 1210243 Brasília Julho, 2017 MINISTÉRIO DA SAÚDE SECRETARIA DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE DEPARTAMENTO DE VIGILÂNCIA DE DOENÇAS TRANSMISSÍVEIS COORDENAÇÃO-GERAL DO PROGRAMA NACIONAL DE IMUNIZAÇÕES COORDENAÇÃO-GERAL DE DOENÇAS TRANSMISSÍVEIS SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE DE SÃO PAULO INSTITUTO BUTANTAN

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PLANO DE GERENCIAMENTO DE RISCO

SORO ANTIDIFTÉRICO, LOTES 1210233 E 1210243

ATUALIZAÇÃO EM RELAÇÃO AO LOTE 1210243

Brasília

Julho, 2017

MINISTÉRIO DA SAÚDE

SECRETARIA DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE

DEPARTAMENTO DE VIGILÂNCIA DE DOENÇAS TRANSMISSÍVEIS

COORDENAÇÃO-GERAL DO PROGRAMA NACIONAL DE IMUNIZAÇÕES

COORDENAÇÃO-GERAL DE DOENÇAS TRANSMISSÍVEIS

SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE

DE SÃO PAULO

INSTITUTO BUTANTAN

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LISTA DE SIGLA

AISA- Assessoria de Assuntos Internacionais em Saúde

ANVISA- Agência Nacional de Vigilância Sanitária

CGDT - Coordenação-Geral de Doenças Transmissíveis

CGPNI - Coordenação-Geral do Programa Nacional de Imunizações

CV- Cobertura vacinal

DEVIT- Departamento de Vigilância das Doenças transmissíveis

EV- Via endovenosa

FormSUS- Formulário eletrônico do SUS

MS- Ministério da Saúde

NOTIVISA- Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária

OPAS- Organização Pan-Americana da Saúde

SAD- Soro antidiftérico

SF- Soro fisiológico

SF-IB- Serviço de Farmacovigilância do Instituto Butantan

SIM-Sistema de Informações sobre Mortalidade

SI-EAPV- Sistema de Informações de Eventos Adversos Pós-Vacinação

SUS - Sistema Único de Saúde

SVS – Secretaria de Vigilância em Saúde

TD- Toxina diftérica

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Sumário

Apresentação .......................................................................................................................................... 4

1 Identificação ......................................................................................................................................... 5

1.1 Difteria ............................................................................................................................................... 5

1.2 Soro antidiftérico (SAD) ..................................................................................................................... 6

1.2.1 Registro do produto ....................................................................................................................... 6

1.2.1.1 Apresentação .............................................................................................................................. 7

1.2.2 Soro antidiftérico de baixa potência .............................................................................................. 7

1.2.2.1 Rotulagem ................................................................................................................................... 8

1.2.2.2 Dispensação e Transporte ........................................................................................................... 9

1.2.2.3 Informações ao profissional de saúde que acompanha o caso ................................................ 10

1.2.3 Informações às Coordenações Estaduais de Imunizações ........................................................... 10

2. Análise situacional ............................................................................................................................. 11

2.1 Incidência de difteria no Brasil ........................................................................................................ 11

2.2 Cenário atual de produção de soro antidiftérico ............................................................................ 14

2.3 Atuais Problemas de Segurança ...................................................................................................... 15

2.4 Análise de especialistas ................................................................................................................... 15

2.5 Possíveis Riscos da administração do SAD de baixa potência ......................................................... 15

2.6 Esquema de administração ............................................................................................................. 19

2.7 Recolhimento do produto ............................................................................................................... 20

3. Quantificação .................................................................................................................................... 21

3.1 Objetivo e meta ............................................................................................................................... 21

3.2 Liberação e monitoramento do SAD de baixa potência.................................................................. 21

3.3 Notificação ...................................................................................................................................... 23

3.4 Vigilância de eventos adversos pós-administração do soro antidiftérico – Instituto Butantan ..... 24

3.5 Monitoramento dos casos de difteria – Ministério da Saúde ......................................................... 25

4. Comunicação ..................................................................................................................................... 26

4.1 Estratégias de comunicação ............................................................................................................ 26

Referências Bibliográficas ..................................................................................................................... 27

Anexos .............................................................................................................................................. 29

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Apresentação

O Ministério da Saúde, por meio da Coordenação-Geral do Programa Nacional de

Imunizações (CGPNI) e da Coordenação-Geral de Doenças Transmissíveis (CGDT), da

Secretaria de Vigilância em Saúde, e o Instituto Butantan divulgam atualização do Plano de

Gerenciamento de Risco para a utilização do soro antidiftérico (SAD), lote 1210243, em julho

de 2017, no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS).

Em função das intercorrências na produção do SAD pelo Instituto Butantan – Brasil,

o Ministério da Saúde possui atualmente apenas soro de baixa potência disponível para

utilização. Essa situação provavelmente se estenderá até a normalização do fornecimento. O

laboratório, fornecedor exclusivo do produto, reiniciou sua produção em fevereiro de 2016 e

vem realizando todos os esforços no sentido de produzir o SAD com a especificação devida.

Diante da indisponibilidade do produto, tanto no mercado nacional quanto no

mercado internacional, e da ciência do risco de utilização do SAD de baixa potência foi

solicitado à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorização emergencial para

a utilização dos dois lotes do soro antidiftérico disponíveis. A solicitação foi aceita e a

utilização do SAD de baixa potência foi autorizada.

O lote 1210233 teve seu prazo de validade expirado em junho de 2015, com

quantitativo de frascos-ampolas insuficiente para manutenção de fluxo de envio e utilização.

Já o lote 1210243 teve a extensão do prazo de validade, inicialmente até outubro de 2016,

posteriormente até abril de 2017, e recentemente até outubro de 2017, sendo este o produto

disponível atualmente.

Assim, este plano atualizado tem por objetivo identificar, analisar, quantificar e

comunicar aos profissionais de saúde envolvidos no tratamento de difteria no âmbito do SUS

os riscos associados à utilização do lote 1210243 do soro antidiftérico de baixa potência, além

de detalhar as etapas de sua distribuição e utilização, além de possibilitar o acompanhamento

dos casos de difteria que utilizarão este imunobiológico.

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1 Identificação

1.1 Difteria

Na era pré-vacinação, a difteria era uma das principais causas de mortalidade infantil.

Com a introdução da vacina da difteria na rotina, o atendimento pediátrico e a melhoria das

condições de higiene, a incidência da doença diminuiu significativamente, em muitos países

desenvolvidos. Nos países em desenvolvimento, ao contrário, a difteria ainda é a responsável

por 80 a 90% da carga global (DANDINARASAIAH et al., 2013).

A difteria possui evolução aguda com manifestações locais e sistêmicas. Essa doença

permanece como uma importante causa de morbidade e mortalidade nos diferentes

continentes, mesmo em países com programas de imunização infantil. As formas clássicas da

difteria são causadas principalmente pelo Corynebacterium diphtheriae, produtor de toxina

diftérica (TD), e são caracterizadas pela presença de pseudomembrana acinzentada no sítio de

infecção devido aos efeitos da multiplicação desse bacilo e da resposta imune do hospedeiro.

O bacilo toxicogênico C. diphteriae frequentemente se aloja nas amígdalas, faringe,

laringe, nariz e, ocasionalmente, em outras mucosas ou na pele. A TD é uma potente

exotoxina de natureza proteica capaz de atuar em todos os tecidos com especial tropismo para

o miocárdio, sistema nervoso, rins e suprarrenais (DIAS et al., 2011), causando danos a esses

órgãos.

Trata-se de uma doença de notificação compulsória em todo o território nacional (Portaria

nº 204/2016). Sua transmissão ocorre por contato direto da pessoa doente ou do portador com

a pessoa susceptível com eliminação de gotículas de secreção pela tosse, espirro ou ao falar

(Brasil, 2010).

O tratamento específico é realizado com a administração do SAD em ambiente hospitalar,

a fim de possibilitar a circulação de anticorpos para neutralizar a toxina circulante. O SAD

não tem ação sobre a toxina alojada nos tecidos (Brasil, 2016). As doses do soro dependem da

gravidade e do tempo de doença (Brasil, 2016). O tratamento com antibiótico evita a

produção de toxinas, mas a interrupção da progressão das lesões de órgãos alvos, como o

miocárdio, causadas por toxinas previamente liberadas e circulantes, somente é obtida com a

ação do SAD, insumo essencial no tratamento de difteria.

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1.2 Soro antidiftérico (SAD)

1.2.1 Registro do produto

O soro antidiftérico produzido pelo Instituto Butantan na apresentação farmacêutica

ampola foi registrado pela primeira vez no Brasil em 17/02/2003 (Resolução RE nº. 285, de

13 de fevereiro de 2003 – Diário Oficial da União (DOU) nº 34 p. 38), passou por revalidação

automática de registro em 21/01/2009 com vencimento em 02/2013 (Resolução RE nº 157, de

19 de dezembro de 2009 – DOU Nº 14 p. 52 e 53) e em 16/08/12 teve a sua submissão de

renovação de registro junto a Anvisa por meio do expediente 0661420/12-5. O soro

antidiftérico em ampola está aprovado atualmente para uso no País sob o número de registro

1.2234.0011.002-1.

O soro antidiftérico na apresentação farmacêutica frasco-ampola teve a apresentação

em questão inclusa no processo de registro do produto junto à Anvisa em 05/10/2009

(Resolução nº. 4.404, de 02 de outubro de 2009 – DOU suplemento ao nº 190 p. 2; retificação

de publicação em 21/12/2009 – DOU suplemento ao Nº. 243 p. 4, Resolução Nº. 5.735, de 17

de dezembro de 2009; retificação de publicação em 25/01/2010 – DOU suplemento ao nº. 16

p. 78, Resolução nº. 236, de 21 de janeiro de 2010). Em 16/08/12 a apresentação em questão

teve sua submissão de renovação de registro em conjunto com a apresentação ampola pelo

expediente 0661420/12-5. O soro antidiftérico em frasco-ampola está aprovado atualmente

para uso no país sob o número de registro 1.2234.0011.003-7.

Desde 2003 não houve ocorrência de retirada, de limitação de uso do soro

antidiftérico, de indeferimento do registro ou de retirada de submissão de registro por motivo

de segurança e eficácia.

Com relação às atualizações das medidas regulatórias ou ações tomadas pelo Instituto

Butantan por motivo de segurança durante o período de 2003 a 2011 não ocorreu suspensão

de comercialização, cancelamento do registro, indeferimento de renovação de registro,

mudança na posologia ou mudança na população alvo ou indicação. Até o presente momento,

a bula é utilizada para alterações nos documentos de segurança de referência.

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1.2.1.1 Apresentação

O SAD é apresentado em frasco-ampolas de 10 ml de solução injetável da fração

(Fab’)2 de imunoglobulinas específicas e purificadas obtidas de plasma de equinos

hiperimunizados com a anatoxina diftérica (Quadro 1).

Quadro 1. Forma farmacêutica, apresentação e composição do soro antidiftérico, conforme

bula do produto registrado.

Forma Farmacêutica Solução injetável

Apresentação Frasco-ampola de 10 ml

Composição Fração (Fab’)2 de imunoglobulinas equivalentes a 10.000 Unidades

Internacionais (soroneutralização em cobaias)

Fenol...................................................................... 35 mg (máximo)

Solução fisiológica 0,85% q.s.p. ........................................... 10 ml

Fonte: Bula do soro antidiftérico, Instituto Butantan.

O soro é o único medicamento eficaz na neutralização das toxinas secretadas pelo

bacilo diftérico C. diphtheriae. Os anticorpos (imunoglobulinas específicas) contidos no soro

agem, ligando-se especificamente às toxinas, neutralizando-as.

1.2.2 Soro antidiftérico de baixa potência

Os frascos-ampola do soro antidiftérico do lote 1210243 que serão distribuídos após

solicitação ao Ministério da Saúde e ao Instituto Butantan conterão informações referentes ao

nome do produto, número do lote e data de validade. Além destas informações, um ofício do

Instituto Butantan será encaminhado juntamente com o produto para orientações quanto à

situação do produto e utilização em caráter excepcional.

O lote 1210243 foi produzido em 2013 e teve aprovação da Anvisa para que seu prazo

de validade fosse estendido inicialmente, de outubro de 2015 para outubro de 2016, mantendo

até 36 (trinta e seis) meses após a fabricação, potência de 498 UI/ml, conforme anexo I.

Já o estudo de estabilidade realizado no período de 48 (quarenta e oito) meses revelou

em outubro de 2016 uma ligeira queda na potência estabelecida in vivo, para 476,2 UI/ml.

Diante dessa situação e na ausência de produto com especificação de 1.000 UI/ml, novamente

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a Anvisa autorizou o uso do lote 1210243 até abril de 2017 (anexo II), mediante

acompanhamento de Farmacovigilância e testes de estabilidade.

Recentemente, após nova solicitação de extensão do prazo de validade, a Anvisa

autorizou a utilização do produto até outubro de 2017 (anexo III).

1.2.2.1 Rotulagem

O soro do lote 1210243 está rotulado com informações referentes ao nome do produto

(Soro Antidiftérico Referência para Floculação), ao número do lote, à data de validade e à

data de fabricação (Figura 1).

Figura 1. Embalagem primária do soro antidiftérico lote 1210243.

Optou-se por não proceder a rerotulagem dos frascos remanescentes em função das

dificuldades operacionais e do risco de alteração da estabilidade do produto devido ao

procedimento.

Uma vez que não se trata de produto com especificação de acordo com o registro do

produto, a bula que normalmente acompanha o produto não poderá ser enviada, sendo as

orientações de utilização contidas no Ofício ARE 173/16 (anexo IV), destinado ao

profissional de saúde responsável pelo acompanhamento do caso.

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1.2.2.2 Dispensação e Transporte

Após a solicitação do soro e a autorização do Ministério da Saúde para o envio do

produto, o Instituto Butantan irá efetuar a dispensação do SAD. O envio somente será

efetuado mediante o fornecimento das seguintes informações listadas no item 3.2.

O transporte poderá ser realizado por diferentes vias, a depender do destino. Contudo,

conforme preconizado pela Lei nº 6.360/1976, em qualquer situação o transporte irá dispor de

recursos específicos, como condições que possibilitem a conservação do produto de forma a

assegurar as condições de segurança e eficácia.

Assim, o produto será dispensado em quantidade adequada e exata à necessidade, a ser

remetido à unidade demandante. O acondicionamento será realizado em caixa térmica (figura

2) e o soro estará devidamente isolado por bobinas térmicas para preservação da temperatura

ideal. Este acondicionamento visa preservar o soro de eventuais choques mecânicos ou

impactos ao longo do trajeto e evitar quebras ou microfissuras que exponham o SAD à

contaminação microbiológica.

Um profissional indicado pelo Instituto Butantan acompanhará a carga até ser entregue

ao responsável no estado pelo recebimento do produto no aeroporto de destino ou o mais

acessível. O responsável no estado será indicado pela Coordenação Estadual de Imunizações.

Após ser realizada a entrega à coordenação estadual, esta instituição será a responsável por

encaminhar o produto e o ofício do Instituto Butantan que o acompanha, que contém

informações relacionadas à administração do produto (Ofício ARE 173/2016, anexo IV) até a

unidade de saúde a qual o doente está hospitalizado.

Figura 2. Expedição dos frascos-ampola de soro antidiftérico.

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Nos casos em que houve solicitação do produto, desde outubro de 2013 a outubro de

2016, a grande maioria teve o intervalo entre a chegada da solicitação ao Instituto Butantan e

o envio menor que 24 horas (78,2%), sendo que nenhuma solicitação foi atendida em prazo

maior que 48 horas. A rapidez na transmissão das informações mínimas necessárias para o

cálculo do ajuste de dose e de logística de recebimento foram cruciais para a resposta efetiva

às solicitações.

1.2.2.3 Informações ao profissional de saúde que acompanha o caso

O Ofício ARE 173/16 do Instituto Butantan (Anexo IV) comunicando a

responsabilidade do Instituto frente ao produto será enviado juntamente com o produto para

informar ao profissional de saúde a situação do produto que ele irá utilizar no tratamento do

doente.

1.2.3 Informações às Coordenações Estaduais de Imunizações

O Ministério da Saúde, por meio da CGPNI e da CGDT, disponibilizou às

Coordenações Estaduais de Imunizações as Notas Técnicas Informativas nº 18/2014/CGPNI

/DEVIT/SVS/MS e 01/2014 CGPNI-CGDT/SVS/MS (Anexos V e VI) para orientá-las

quanto às informações que deverão ser repassadas ao Ministério da Saúde e ao Instituto

Butantan a respeito dos casos de difteria que irão utilizar o SAD com potência inferior à

recomendada pela Farmacopeia Brasileira 5º edição.

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2. Análise situacional

2.1 Incidência de difteria no Brasil

Em virtude das altas coberturas vacinais com dT (dupla adulto), DTP (tríplice), DTP-

HiB (tetravalente) e a pentavalente (DTP-Hib-Hepatite B), a incidência da difteria no País

reduziu significativamente. Entretanto, observa-se que a ocorrência dessa doença é mais

frequente em áreas com baixas condições socioeconômicas e sanitárias. Comumente, essas

áreas apresentam baixa cobertura vacinal (CV) e, portanto, não se obtém o impacto esperado

para o controle da transmissão da doença.

Na década de 1990, a incidência da difteria variou entre 0,04 a 0,45 casos por 100.000

habitantes, com média de 0,17 casos por 100.000 habitantes. Em 1990, registrou-se a maior

incidência do período analisado na Figura 3 (0,45 casos por 100.000 habitantes), com CV de

65,6%. Em 2000, observou-se o alcance de 100% da CV, e a incidência chegou a 0,03. Na

década de 2010, a incidência diminuiu ainda mais, com a manutenção da CV acima de 95%.

Figura 3. Coeficiente de incidência de difteria e cobertura vacinal (DTP e DTP-HiB). Brasil, 1990 a 2016*.

Fonte: CGDT/DEVIT/SVS/MS CGPNI/DEVIT/SVS/MS

0

20

40

60

80

100

120

0,0

0,1

0,2

0,3

0,4

0,5

199019911992199319941995199619971998199920002001200220032004200520062007200820092010201120122013201420152016

Co

be

rtu

ra V

ac

ina

l (%

)

Co

ef.

de

In

cid

ên

cia

Coeficiente de Incidência/100.000 hab. Cobertura vacinal

Em 2013 - 2016, Vacina Pentavalente.

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População: IBGE/DATASUS * Dados preliminares

Entre 2006 a 2015, o coeficiente de incidência de difteria, apresentou-se entre 0,00 a

0,01 casos por 100.000 habitantes, com exceção do ano de 2010 com a ocorrência de um surto

no estado do Maranhão, quando foram confirmados 28 casos (CI:0,02 casos por 100.000

habitantes). A CV variou de 103,29% em 2006 a 96,9% em 2015.

Em 2015, foram notificados 99 casos suspeitos de difteria, independentemente do uso

do SAD ou não, distribuídos em 15 estados brasileiros (Tabela 1).

Tabela 1. Distribuição dos casos notificados de difteria, por unidade federada (UF) de residência,

segundo mês de início dos sintomas. Brasil, 2015.

UF Residência Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Total

RO 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

AC 1 0 0 0 1 1 0 0 0 0 0 0 3

AM 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

RR 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

PA 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

AP 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1

TO 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

MA 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 1

PI 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

CE 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

RN 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

PB 0 3 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 4

PE 0 4 2 1 5 0 2 4 2 14 2 0 36

AL 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

SE 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 1

BA 0 1 0 0 1 2 0 1 0 1 0 0 6

MG 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1

ES 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

RJ 0 0 1 1 0 0 2 0 0 0 1 0 5

SP 3 1 2 0 1 2 5 1 0 1 2 1 19

PR 0 1 0 0 1 1 2 1 1 1 0 0 8

SC 0 0 0 0 1 0 0 2 0 2 0 0 5

RS 0 0 0 0 2 0 0 2 0 3 0 0 7

MS 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1

MT 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

GO 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 1

DF 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

BRASIL 4 10 8 2 12 7 11 11 3 23 7 1 99

Fonte: SINAN (UVRI/CGDT/DEVIT/SVS/MS)

No período de setembro de 2013 até novembro de 2016, o SAD de baixa potência foi

administrado em 50 casos suspeitos de difteria (Tabela 2) sendo que dentre estes 28% (14)

foram confirmados, 72% (36) descartados e 2% (1) ainda aguarda classificação final. Quanto

à evolução, dos 50 casos suspeitos, 16% (8) foram a óbito, 76% (39) tiveram cura sem

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sequelas, 6% (3) cura com sequelas e 2% (1) ainda sem informação sobre a evolução (Tabela

2).

Tabela 2. Distribuição dos casos notificados e confirmados de difteria, segundo data de início

dos sintomas e uso de do soro antidiftérico de baixa potência. Brasil, 2013-2016*. Ano N DT_PRI_SS UF Município Sexo Idade Classificação final Critério de Confirmação/Descarte Evolução

2013 1 15/10/2013 RJ Rio de Janeiro M 41a Descartado Laboratorial Óbito

2013 2 04/12/2013 SP São Paulo F 28a Descartado Laboratorial Óbito

2013 3 05/12/2013 SP São Paulo M 6a Descartado Laboratorial Cura, sem sequelas

2013 4 09/12/2013 PR Francisco Beltrão F 2a Confirmado Clínico Cura, sem sequelas

2013 5 12/12/2013 RJ Nilópolis F 3m Descartado Laboratorial Cura, sem sequelas

2014 6 07/01/2014 MS Iguatemi M 27a Descartado Clínico Cura, sem sequelas

2014 7 27/01/2014 SP Valinhos M 31a Descartado Laboratorial Cura, sem sequelas

2014 8 23/01/2014 MG Araçuaí F 4a Descartado Laboratorial Cura, sem sequelas

2014 9 01/03/2014 MT Cuiabá M 53a Descartado Laboratorial Cura, sem sequelas

2014 10 05/05/2014 AC Rio Branco F 6a Confirmado Laboratorial Óbito

2014 11 28/05/2014 ES Cachoeiro do Itapemirim M 9m Confirmado Clínico Cura, sem sequelas

2014 12 28/07/2014 MS Campo Grande M 17a Descartado Laboratorial Cura, sem sequelas

2014 13 23/07/2014 MG Juiz de fora F 18a Descartado Laboratorial Cura, sem sequelas

2014 14 13/10/2014 SP São Paulo F 1a Confirmado Clínico Cura, sem sequelas

2014 15 12/11/2014 MT Tangará da Serra F 7m Descartado Clínico Cura, sem sequelas

2014 16 13/12/2014 RS Frederico Westphalen M 22a Confirmado Clínico Cura, sem sequelas

2015 17 12/02/2014 PB João Pessoa M 7m Descartado Laboratorial Cura, sem sequelas

2015 18 26/02/2015 PE Petrolina F 8a Descartado Laboratorial Cura, sem sequelas

2015 19 02/04/2015 RJ Rio de Janeiro F 6a Descartado Laboratorial Cura, sem sequelas

2015 20 30/03/2015 RJ Rio de Janeiro M 21a Confirmado Laboratorial Óbito

2015 21 21/05/2015 SP Guarulhos F 2a Descartado Laboratorial Óbito

2015 22 11/06/2015 SP São Paulo M 9a Descartado Laboratorial Cura com sequelas

2015 23 20/06/2015 AC Rio Branco M 6a Confirmado Clínico Óbito

2015 24 13/06/2015 SP São Paulo F 43a Descartado Laboratorial Cura, sem sequelas

2015 25 01/07/2015 RJ Rio de Janeiro F 17a Descartado Laboratorial Cura, sem sequelas

2015 26 19/07/2015 RJ Rio de Janeiro M 6a Descartado Laboratorial Cura, sem sequelas

2015 27 20/07/2015 SP Ribeirão Preto F 53a Descartado Laboratorial Cura, sem sequelas

2015 28 01/08/2015 SC Tubarão F 30a Descartado Laboratorial Cura, sem sequelas

2015 29 16/08/2015 PE Recife F 57a Confirmado Laboratorial Cura com sequela

2015 30 29/08/2015 PE Salgueiro M 19a Confirmado Vínculo epidemiológico Cura, sem sequelas

2015 31 01/10/2015 PR Umuarama M 55a Confirmado Clínico Cura, sem sequelas

2015 32 08/10/2015 RS Camaquã M 20a Descartado Laboratorial Cura, sem sequelas

2015 33 13/10/2015 PE Amaraji F 17a Descartado Laboratorial Cura, sem sequelas

2015 34 22/10/2015 PE Ipojuca F 6a Descartado Laboratorial Óbito

2015 35 20/11/2015 SP São Paulo F 2a Descartado Laboratorial Cura sem sequelas

2015 36 24/11/2015 SE Aracajú M 2a Descartado Laboratorial Cura sem sequelas

2016 37 12/02/2016 MT Várzea Grande F 10a Descartado Clínico Cura sem sequelas

2016 38 21/02/2016 PB Campina Grande F 18a Descartado Laboratorial Cura sem sequelas

2016 39 20/02/2016 PB Campina Grande M 43a Confirmado Clínico Cura sem sequelas

2016 40 20/03/2016 MT Cáceres F 9a Confirmado Clínico Cura sem sequelas

2016 41 24/03/2016 RO Cacoal M 31a Confirmado Clínico Cura com sequelas

2016 42 02/05/2016 RJ Rio de Janeiro M 5m Descartado Laboratorial Óbito

2016 43 29/06/2016 MG Uberaba F 2a Descartado Laboratorial Cura sem sequelas

2016 44 03/08/2016 PR Barracão M 40a Descartado Laboratorial Cura sem sequelas

2016 45 25/08/2016 MT Primavera do Leste M 1a Descartado Laboratorial Cura sem sequelas

2016 46 28/08/2016 PR Campo Largo F 16a Descartado Laboratorial Cura sem sequelas

2016 47 26/09/2016 ES Cachoeiro do Itapemirim M 10m Descartado Laboratorial Cura com sequelas

2016 48 10/10/2016 MG Sarzedo F 38a Descartado Laboratorial Cura com sequelas

2016 49 29/10/2016 SP São Paulo M 1a Descartado Laboratorial Cura sem sequelas

2016 50 14/12/2016 RS Gravataí M 6a Confirmado Clínico Cura sem sequelas

Fonte: SINAN (UVRI/CGDT/DEVIT/SVS/MS)

* Dados sujeitos à revisão

Foram utilizados, de outubro de 2013 a junho de 2015, 845 frascos-ampola do lote

1210233, enquanto o lote 1210243 teve uma utilização, de outubro de 2013 a outubro de

2016, de 665 frascos-ampola. O percentual de utilização em relação ao envio foi de 79%,

indicando a necessidade de uma melhor avaliação por parte do profissional de saúde em

relação à indicação do produto.

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14

2.2 Cenário atual de produção de soro antidiftérico

O Instituto Butantan, único produtor de SAD para o Ministério da Saúde, por falta de

resposta imune dos animais utilizados para a produção dos anticorpos heterólogos, tem

disponível, no momento, um lote de SAD com potência dosada de 476,2 UI/ml, valor abaixo

do recomendado pela Farmacopeia Brasileira 5º edição, de 1.000 UI/ml, apresentado em

ampolas de 10 ml de solução injetável (Quadro 2).

Quadro 2. Lotes de soro antidiftérico disponíveis para utilização no Brasil em 2017.

Número do lote Unidades de frasco-ampola Potência

(UI/ml) Validade

1210243 873 476,2 Outubro/2017

Fonte: Instituto Butantan, Brasil 2017.

Juntos, o Ministério da Saúde e o Instituto Butantan, realizaram uma busca no

mercado internacional para adquirir o SAD em conformidade com o padronizado, e

verificaram que não há laboratórios com produto disponível em curto, em médio e/ou em

longo prazo.

O Ministério da Saúde, por intermédio da Assessoria de Assuntos Internacionais em

Saúde (AISA), após consulta formal de pedido de doação a outros países e à Organização

Pan-Americana da Saúde (OPAS), foi informado da impossibilidade de atendimento a essa

solicitação.

Diante desse cenário, das complicações decorrentes da toxina diftérica e da

disponibilidade do SAD de baixa potência, uma reunião para discutir sobre a possibilidade de

utilização ou não do soro disponível foi proposta, bem como a elaboração de um esquema

específico de tratamento de difteria, caso fosse necessário sua utilização. A reunião foi

realizada em Brasília, no dia 13 de novembro de 2013, com especialistas da área de produção,

membros das Sociedades Brasileira de Infectologia e de Pediatria e técnicos do Ministério da

Saúde (Anexo VII).

Até o momento foram produzidos dois outros lotes de SAD, porém com potência

abaixo da especificação e não suficientes para substituição do lote 1210243. A investigação

dos possíveis fatores que levaram à produção de soro de baixa potência encontra-se em curso

pelo Instituto Butantan, com a padronização dos testes de avaliação de concentração da

anatoxina e antígeno diftérico com os esquemas de imunização e produção de anticorpos.

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15

2.3 Atuais Problemas de Segurança

As questões de segurança do SAD são de fundamental importância para o Ministério

da Saúde e para o Instituto Butantan enquanto detentor de registro do produto (DRM).

Conforme informado nos Relatórios Periódicos de Farmacovigilância encaminhados à Anvisa

até o momento indicam a ocorrência de 5 casos de eventos adversos atribuídas ao produto, a

maioria de gravidade leve, estando esta frequência de acordo com o observado para uso de

imunoglobulinas heterólogas em geral. As informações consideradas para essa análise foram

obtidas do PNI/MS e da Farmacovigilância do Instituto Butantan.

Em virtude do que foi mencionado acima, este plano de gerenciamento de risco é

direcionado à utilização do SAD com especificações adaptadas a uma produção do lote

específico e que não estão estabelecidas nos Guias do Ministério da Saúde.

2.4 Análise de especialistas

O tratamento da difteria é realizado principalmente por meio da soroterapia.

Considerando o risco de administração do soro antidiftérico de baixa potência, a possível

administração inadequada do soro, a alta letalidade da doença e a inexistência de alternativas

terapêuticas, o grupo de especialistas chegou ao consenso de que se deveria utilizar o produto

disponível e elaborar um esquema específico de utilização com a correção do volume até que

se atinja a potência adequada, de acordo com a gravidade da doença, conforme preconizado

pelo Guia de Vigilância em Saúde 2016.

2.5 Possíveis Riscos da administração do SAD de baixa potência

A utilização do SAD nas especificações de produção e uso oficiais (Farmacopeia

Brasileira, 5ª edição; Guias do Ministério da Saúde) apresenta-se segura. Entretanto, tomando

como base o uso do SAD com especificações adaptadas a uma produção de lotes específicos e

que não estão estabelecidas nos guias do Ministério da Saúde, é possível identificar riscos

relativos à eficácia do produto e também ao teor máximo de alguns componentes da

formulação, como por exemplo, o teor de proteínas heterólogas e o de fenol.

A baixa potência do produto implica no risco de que o produto tenha eficácia reduzida

quando utilizado de acordo com as recomendações do produto registrado.

Page 16: PLANO DE GERENCIAMENTO DE RISCO SORO … · 1.2.2 Soro antidiftérico de baixa potência ... quantitativo de frascos-ampolas insuficiente para manutenção de fluxo de envio e utilização

16

A administração de proteínas heterólogas pode levar ao aparecimento de reações de

hipersensibilidade imediata e ou tardia. A hipersensibilidade tardia, conhecida também como

doença do soro, é uma reação que aparece 4 a 10 dias após a introdução de proteínas

heterólogas e tem frequência e intensidade associadas à dose de proteína administrada

(SCHAEFFER et al., 2012).

Outra preocupação seria em relação às quantidades de fenol, que pode representar

riscos à saúde dos doentes (CDC, 2011). De acordo com a Farmacopeia Brasileira 5º edição, o

teor máximo de fenol deve ser 0,35% (p/v). No caso da utilização do SAD lote 1210243, o

Instituto Butantan entende que é segura a sua utilização após a correção do volume, de modo

a atingir a potência de acordo com as formas clínicas e a gravidade da difteria, pois após a

realização dos ajustes, o fenol e os outros componentes da formulação permanecem abaixo ou

igual ao limite máximo permitido (Quadros 3, 4 e 5).

Page 17: PLANO DE GERENCIAMENTO DE RISCO SORO … · 1.2.2 Soro antidiftérico de baixa potência ... quantitativo de frascos-ampolas insuficiente para manutenção de fluxo de envio e utilização

17

Quadro 3. Especificação de qualidade do SAD lote 1210243 (476,2 UI/ ml).

Componentes da formulação Valor referência* 1 frasco-ampola

Lote 1210243 (476,2 UI/ ml)

Fenol 0,35% (p/v) 0,22% (p/v) - aprovado

Sulfato de amônio máximo 0,2% (p/v) < 0,2% (p/v) - aprovado

Cloreto de sódio 0,70% a 0,90% (p/v) 0,80% (p/v) - aprovado

Nitrogênio não proteico máximo 0,3% (p/v) 0,02% (p/v) - aprovado

Nitrogênio total Sem especificação 0,50% (p/v) - aprovado

Proteína máximo 15% 3,00% (p/v) - aprovado

Sólidos totais máximo 20% (p/v) 4,57% (p/v) - aprovado

Legenda: *Farmacopeia Brasileira 5º edição. Fonte: Laudo da Seção de Controle Físico-Químico de Controle de Qualidade do Instituto Butantan, 2017.

Tabela 4. Proteína total administrada nos tratamentos com o SAD, lote 1210243.

Lote Potência por frasco-

ampola (UI/ml)

Proteínas por

frasco-ampola (p/v) Quantidade de SAD Potência total (UI)

Proteína total

administrada (g)

Valor referência* 1.000 Máximo 15% 40 mL a 120 mL

(4 fr-amp a 12 fr-amp) 40.000 a 120.000 6 a 18

1210243 476,2 3,00% 90 ml a 250 ml

(9 fr-amp a 25 fr-amp) 42.858 a 119.050 2,7 a 7,5

Legenda: *Farmacopeia Brasileira 5ª edição; fr-amp – frasco-ampola; SAD – soro antidiftérico; UI – unidades internacionais. Fonte: Instituto Butantan, 2016.

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18

Quadro 5. Fenol total administrado nos tratamentos com SAD lote 1210243.

Lote Potência por

frasco-ampola

Fenol por frasco-

ampola Quantidade de SAD Potência total (UI)

Fenol total

administrado (mg)

Valor referência* 1.000 UI/ml

(mínimo)

0,35% p/v

(máximo)

40 ml - 120 ml

(4 - 12 fr-ampolas) 40.000 - 120.000 140 a 420

1210243 476,2 UI/ml 0,22% p/v 90 ml - 250 ml

(9 - 25 fr-ampolas) 42.858 – 119.050 198 a 550

Legenda: *Farmacopeia Brasileira 5º edição. SAD: soro antidiftérico; SF: solução fisiológica. Fonte: Instituto Butantan, 2017.

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19

2.6 Esquema de administração

As doses de SAD não dependem do peso e nem da idade do doente, mas sim da

gravidade e do tempo da doença. O soro deve ser administrado, preferencialmente por via

endovenosa (EV). Dessa forma, o esquema de administração do soro antidiftérico, proposto

pelos especialistas, consiste na correção do número de frascos-ampola necessários para atingir

a quantidade de unidades internacionais solicitada pelo médico responsável, estando em

conformidade com o que é preconizado para o tratamento de acordo com a gravidade da

doença (Quadro 6).

Quadro 6. Correção do número de frascos-ampola de soro antidiftérico conforme esquema de

administração do soro antidiftérico (SAD).

Forma clínica da difteria Indicação

de uso

(UI)

Número de frascos-ampola

SAD 1.000

UI/ml

SAD 476,2 UI

(lote 1210243)

Leve (nasal, cutânea, amigdaliana) 40.000 4 9

Laringoamigdaliana ou mista

50.000 5 11

60.000 6 13

70.000 7 15

Grave ou tardia (4 dias de doença)

80.000 8 17

90.000 9 19

100.000 10 21

110.000 11 23

120.000 12 25 Legenda: SAD – soro antidiftérico; UI – unidades internacionais. Fonte: Guida de Vigilância em Saúde,

2016; Instituto Butantan, 2017.

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20

2.7 Recolhimento do produto

Caso o número de frascos-ampola encaminhados para atender ao caso de difteria não

seja utilizado em sua totalidade por algum motivo alheio à indicação, o produto deverá ser

encaminhado pela unidade de saúde a qual o doente está internado à Coordenação Estadual de

Imunizações, que será a responsável pelo armazenamento e acondicionamento do produto em

temperatura adequada (+2º a +8ºC). A comunicação sobre o remanescente de frascos-ampola

enviado deve ser feita de imediato, por via eletrônica, às instâncias do nível federal e ao

Instituto Butantan, bem como registrado no FormSUS. O Instituto Butantan efetuará o

recolhimento dos frascos-ampola na central estadual tão logo quanto possível. O produto

remanescente não poderá ser destinado a uso em outro local ou caso.

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21

3. Quantificação

3.1 Objetivo e meta

Este plano de gerenciamento visa identificar os possíveis riscos envolvidos na

utilização do SAD de baixa potência e informar as medidas de controle necessárias para

minimizá-los. Da mesma forma, objetiva-se proporcionar a administração da dose necessária

para garantir a eficácia do tratamento da difteria e acompanhar 100% dos casos notificados ao

Ministério da Saúde que utilizarão o SAD de baixa potência.

3.2 Liberação e monitoramento do SAD de baixa potência

A notificação, o monitoramento e a investigação dos casos de difteria, assim como a

dispensação do SAD de baixa potência deverão seguir o fluxo descrito no Fluxograma 1. Os

dados do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) também serão avaliados.

A liberação do produto se fará mediante a disponibilização das seguintes informações:

1. Ficha de investigação difteria completa (Sistema de Informações de Agravos de

Notificação – Sinan);

2. Forma clínica do caso;

3. Dose preconizada do SAD, em UI/ml;

4. Nome do responsável pelo recebimento do SAD, e-mail e telefone(s);

5. Endereço completo para remessa do SAD (aeroporto de entrega do produto).

O Ministério da Saúde pretende acompanhar todos os casos de difteria notificados e

informados por meio do FormSUS e da Ficha de Investigação Difteria, assim como eventuais

eventos adversos decorrentes da utilização do SAD de baixa potência, os quais deverão ser

notificados também nos Sistema de Informações de Eventos Adversos Pós-Vacinação (SI-

EAPV) e Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária (NOTIVISA).

O preenchimento das notificações e dos formulários é de responsabilidade do

profissional de saúde que está acompanhando o caso, assim como as informações fornecidas

nesses documentos, devendo ser atualizado sempre que novas informações forem

incorporadas à investigação.

Page 22: PLANO DE GERENCIAMENTO DE RISCO SORO … · 1.2.2 Soro antidiftérico de baixa potência ... quantitativo de frascos-ampolas insuficiente para manutenção de fluxo de envio e utilização

22

Fluxograma 1. Notificação e investigação de casos de difteria e dispensação do soro

antidiftérico de baixa potência.

Caso suspeito de

difteria

Secretaria Estadual

Coordenação de Imunizações Estadual

Ministério da Saúde

Coordenação-Geral do

Programa Nacional de Imunizações

Instituto Butantan

São Paulo/SP

(envio do SAD)

Secretaria Estadual

Imunizações Estaduais

Unidade de Saúde

Caso suspeito de Difteria

(administração do SAD)

Notificação Compulsória

(Portaria GM/MS nº104/2011)

FormSUS

(Nota Técnica Informativa nº 01/2014/CGPNI-CGDT/

DEVIT/SVS/MS)

Classíficação da doença

SI-EAPV

NOTIVISA

(Nota Técnica Informativa nº 01/2014/CGPNI-CGDT/

DEVIT/SVS/MS)

Secretaria Estadual

Vigilância Epidemiológica Estadual

Ministério da Saúde

Coordenação-Geral de Doenças

Transmissíveis

Secretaria Municipal

Vigilância Epidemiológica Municipal

Legenda:

SAD – Soro antidiftérico.

Ficha do Sistema de Informações de Agravos de Notificação (Sinan) – disponível em

http://portalsinan.saude.gov.br/images/documentos/Agravos/Difteria/Difteria_v5.pdf

FormSUS – Formulário eletrônico do SUS disponível em

http://formsus.datasus.gov.br/site/formulario.php?id_aplicacao=6353 .

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23

3.3 Notificação

Todo caso suspeito deverá ser notificado imediatamente para desencadeamento da

investigação e da adoção das medidas de controle pertinentes. A notificação deverá ser

registrada, utilizando-se a Ficha de Investigação da Difteria do Sistema de Informações de

Agravos de Notificação (Sinan)

http://portalsinan.saude.gov.br/images/documentos/Agravos/Difteria/Difteria_v5.pdf

Apesar do baixo índice de acidentes causados pelo uso de soros heterólogos, e

geralmente da pouca gravidade da maioria dessas reações, esses devem ser administrados em

unidades de saúde que tenham condições para o atendimento de uma possível reação

anafilática (BRASIL, 2008). A notificação de eventos adversos pós-administração do soro

antidiftérico seguirá o mesmo fluxo preconizado para a notificação de eventos adversos pós-

vacinação.

As unidades notificantes de eventos adversos temporalmente associados à

administração do soro antidiftérico geralmente são as unidades de pronto atendimento ou

hospitalares. No entanto, qualquer unidade de saúde pública ou privada deve notificar a

ocorrência de eventos adversos ocorridos após a administração desse soro.

Após a identificação de um evento, a notificação/investigação deve ser iniciada

prontamente, mediante o preenchimento do Formulário de Notificação/Investigação de

Eventos Adversos Pós-Vacinação e posterior encaminhamento deste à Vigilância

Epidemiológica local ou municipal. É importante frisar que, para fins de vigilância

epidemiológica, considera-se que a investigação iniciada em tempo oportuno é aquela que se

inicia em até 48 horas após a notificação.

A notificação/investigação deverá ser encaminhada às regionais de saúde, por meio

do formulário impresso ou por meio eletrônico. Ao receberem as informações de

notificação/investigação de eventos adversos relacionados ao soro antidiftérico, as regionais

de saúde devem analisar os casos notificados/investigados, realizar as complementações

necessárias e encaminhar tais informações ao nível estadual. Em unidades federadas sem

regionais, as notificações são encaminhadas diretamente dos municípios para o nível estadual.

Os dados da notificação/investigação devem ser digitados no Sistema de Informação

de Eventos Adversos Pós-Vacinação e atualizados sempre que novas informações forem

incorporadas à investigação.

Para os eventos adversos graves e/ou inusitados, a notificação ao nível hierárquico

superior deve ser imediatamente realizada por telefone. Tal determinação tem como objetivo

Page 24: PLANO DE GERENCIAMENTO DE RISCO SORO … · 1.2.2 Soro antidiftérico de baixa potência ... quantitativo de frascos-ampolas insuficiente para manutenção de fluxo de envio e utilização

24

alertar a vigilância e, caso necessário, obter orientações quanto à investigação. No quadro 8

estão descritos os principais eventos adversos associados à administração de soro heterólogo.

Quadro 8. Eventos adversos associados à administração de soro heterólogo.

Tipo de evento adverso Principais sinais e sintomas

Manifestações locais dor, edema, hiperemia, presença de abscesso, reação de Arthus

ou fenômeno de Arthus

Manifestações sistêmicas urticária, tremores, tosse, náuseas, dor abdominal, prurido,

rubor facial, doença do soro

Fonte: Manual de Vigilância Epidemiológica de Eventos Adversos Pós-Vacinação, 2008.

Em casos de intoxicação com fenol, reações sistêmicas ou locais podem ser

identificadas. Como reações sistêmicas têm-se como característica a apresentação de

anorexia, perda de peso, lassidão, dor muscular, urina escura, cianose, lesão nos rins e fígado,

tremor, convulsões e espasmos. Dor, dermatite e queimadura de pele podem ser indícios de

reação local.

O NOTIVISA é um sistema informatizado na plataforma web, previsto pela Portaria

n° 1.660, de 22 de Julho de 2009, do Ministério da Saúde, para receber as notificações de

eventos adversos e queixas técnicas relacionadas aos produtos sob vigilância sanitária, como

por exemplo, soros heterólogos. As notificações quanto aos efeitos adversos também deverão

ser realizadas nesta plataforma.

3.4 Vigilância de eventos adversos pós-administração do soro antidiftérico – Instituto Butantan

Para o bom desenvolvimento dessa atividade será necessário que a CGPNI notifique

ao Serviço de Farmacovigilância do Instituto Butantan (SF-IB) todos os casos suspeitos de

difteria onde houve uso do produto a fim de que o Instituto possa acompanhar por este serviço

a presença ou ausência de possíveis eventos adversos relacionados ao uso do SAD.

Nessa situação, todo caso suspeito de difteria onde houve uso do SAD será

considerado como um caso de notificação imediata. Esses casos deverão ser notificados pelo

Ministério da Saúde ao SF-IB em um (1) dia útil ou três (3) dias corridos, o que for mais

curto, após o recebimento, de qualquer fonte e em qualquer formato.

Page 25: PLANO DE GERENCIAMENTO DE RISCO SORO … · 1.2.2 Soro antidiftérico de baixa potência ... quantitativo de frascos-ampolas insuficiente para manutenção de fluxo de envio e utilização

25

A notificação de um caso suspeito de difteria onde houve uso do produto deverá

conter, no mínimo, informações referentes ao doente, como o nome, data de nascimento ou

idade, sexo, endereço de residência e telefones, hospital de internação, descrição do caso e

informações referentes à administração do SAD, como o número do lote utilizado e a forma

de tratamento (número de frasco-ampolas e a diluição utilizada).

Quando um caso suspeito de difteria onde houve uso do produto for notificado para o

SF-IB, este fará o acompanhamento do mesmo até que seja estabelecido um desfecho clínico

para o paciente e encerramento da investigação da suspeita de difteria. Ao término desta

atividade, o serviço de farmacovigilância realizará avaliação da efetividade das ações

implantadas as quais serão adequadas ao método utilizado.

3.5 Monitoramento dos casos de difteria – Ministério da Saúde

O monitoramento dos casos suspeitos e confirmados de difteria será realizado por

meio do formulário eletrônico do SUS (FormSUS) intitulado “Acompanhamento da utilização

uso do soro antidiftérico lote 1210243”, disponível no link

<http://formsus.datasus.gov.br/site/formulario.php?id_aplicacao=6353> (anexo VIII).

O preenchimento do formulário é de responsabilidade do profissional de saúde que

está acompanhando o caso. Após o preenchimento desse documento, os profissionais da área

técnica do Ministério da Saúde responsáveis pelo acompanhamento dos casos recebem uma

notificação por e-mail. Ressalta-se que a estratégia de monitoramento dos casos de difteria

por meio do FormSUS não isenta o fluxo normal de notificação/investigação de eventos

adversos temporalmente associados à imunização, preconizados pelo Ministério da Saúde.

Page 26: PLANO DE GERENCIAMENTO DE RISCO SORO … · 1.2.2 Soro antidiftérico de baixa potência ... quantitativo de frascos-ampolas insuficiente para manutenção de fluxo de envio e utilização

26

4. Comunicação

4.1 Estratégias de comunicação

A estratégia de comunicação adotada pelo Ministério da Saúde visa à orientação dos

profissionais da saúde envolvidos na administração do soro antidiftérico e ao

acompanhamento dos casos de difteria, suspeitos e confirmados, até o seu fechamento.

Assim, o Ofício ARE 173/2016 Instituto Butantan (Anexo IV) e a Nota Informativa

nº 18/2014/CGPNI/SVS/MS (Anexo V) foram elaborados e serão encaminhados juntamente

com o produto à unidade de saúde onde o paciente está hospitalizado. Uma nota técnica, a

Nota Técnica Informativa nº 01/2014 CGPNI-CGDT/SVS/MS (Anexo VI), já foi

encaminhada às Coordenações Estaduais de Imunizações para orientá-las quanto ao

procedimento de solicitação e os cuidados que deverão ser observados no ato da solicitação e

da administração desse produto.

Visando a coleta de informações complementares relativas à administração do SAD,

o formulário eletrônico do SUS (FormSUS) intitulado “Acompanhamento da utilização do

soro antidiftérico lote 1210243”, disponível no link

<http://formsus.datasus.gov.br/site/formulario.php?id_aplicacao=6353> (anexo VIII) foi

revisado e o seu preenchimento está sendo incentivado.

Dessa forma, o Ministério da Saúde irá, além de continuar com as medidas de

controle especificadas no Guia de Vigilância em Saúde 2016, divulgar aos profissionais da

saúde a situação do SAD e acompanhar os casos, juntamente com o Instituto Butantan, e dar o

devido suporte aos casos de difteria notificados no País.

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Referências Bibliográficas

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BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Manual de vigilância

epidemiológica de eventos adversos pós-vacinação. Brasília, DF. 2008. 2º edição, 184

páginas.

BRASIL. Portaria n° 1.660, de 22 de Julho de 2009. Institui o Sistema de Notificação e

Investigação em Vigilância Sanitária - VIGIPOS, no âmbito do Sistema Nacional de

Vigilância Sanitária, como parte integrante do Sistema Único de Saúde - SUS. Diário oficial

da República Federativa do Brasil, Brasília.

BRASIL. Portaria n° 204, de 17 de fevereiro de 2016. Define a Lista Nacional de Notificação

Compulsória de doenças, agravos e eventos de saúde pública nos serviços de saúde públicos e

privados em todo o território nacional, nos termos do anexo, e dá outras providências. [citado

2016 fev 18]. Diário Oficial da República Federativa do Brasil, Brasília (DF), 2016 fev 18;

Seção 1:18.Disponível em: http://www.jusbrasil.com.br/diarios/109217972/dou-secao-1-18-

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Disponível em: http://www.cdc.gov/niosh/npgd0493.html

DANDINARASAIAH M, VIKRAM BK, KRISHNAMURTHY N, et al. Diphtheria Re-

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http://tabnet.datasus.gov.br/tabdata/livroidb/Com2007/Com_D0102.pdf>

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Anexos

I Oficio 746-2015 – CG-GADIP/ANVISA

II Oficio 1485-2016 – CG-GADIP/ANVISA

III Ofício 558/2017 – CG/GADIP/ANVISA

IV Ofício ARE 173/2016, Instituto Butantan

V Nota Informativa nº 18/2014/CGPNI/DEVIT/SVS/MS

VI Nota Técnica Informativa nº 01/2014 CGPNI-CGDT/SVS/MS

VII Lista de especialistas presentes na reunião de avaliação da administração do

soro antidiftérico de baixa potência em dezembro de 2013

VIII Formulário Eletrônico do SUS

IX Laudos de Controle de Qualidade do lote 1210243 em outubro de 2016 –

Instituto Butantan

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Anexo I

Ofício 746-2015-CG-GADIP/ANVISA

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Anexo II

Ofício 1485-2016-CG-GADIP/ANVISA

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Anexo III Ofício 558/2017-CG/GADIP/ANVISA

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Anexo IV

Ofício ARE 173/16, Instituto Butantan

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Anexo V Nota Informativa nº 18/2014/CGPNI/DEVIT/SVS/MS

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Anexo VI

Nota Técnica Informativa nº 01/2014 CGPNI-CGDT/SVS/MS

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Anexo VII Especialistas presentes na reunião de avaliação da administração do soro antidiftérico de

baixa potência em dezembro de 2013.

Participante Instituição UF

Érico Arruda Sociedade Brasileira de Infectologia CE

Flávia Jaqueline Almeida Sociedade Brasileira de Pediatria SP

Eitan Berezin Sociedade Brasileira de Pediatria SP

Helena Sato Centro de Vigilância Epidemiológica SP

Fan Hui Wen Instituto Butantan SP

Paulo Lee Ho Instituto Butantan SP

Alina Souza Instituto Butantan SP

José Roberto Marcelino Instituto Butantan SP

Ricardo Palácios Instituto Butantan SP

Marco Antônio Moreira Instituto Butantan SP

Ana Luiza Guaraldi Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) RJ

rinella Della Negra Instituto Emílio Ribas RJ

Ralcyon Teixeira Instituto Emílio Ribas RJ

Marileide Vasconcelos Instituto Emílio Ribas SP

Ana Lucia Yu Centro de Vigilância Epidemiológica SP

Vera Malheiro CVE SP

Marcela Rodrigues CVE SP

Cláudio M. P. Henriques MS/SVS/DEVIT DF

José Ricardo Pio Marins MS/SVS/DEVIT/CGDT DF

Fabiano Marques Rosa MS/SVS/DEVIT/CGDT/UVRI DF

Zênia Monteiro Guedes dos Santos MS/SVS/DEVIT/CGDT/UVRI DF

Maria Carolina C. Q. Pereira MS/SVS/DEVIT/CGDT/UVRI DF

Zirlei Maria de Matos MS/SVS/DEVIT/CGDT/UVRI DF

Macedônia Pinto Santos MS/SVS/DEVIT/CGDT/UVRI DF

Ana Goretti K. Maranhão MS/SVS/DEVIT/CGPNI DF

Ernesto Issac Renoiner MS/SVS/DEVIT/CGPNI DF

Mara M. de Oliveira MS/SVS/DEVIT/CGPNI DF

Karla Calvette Costa MS/SVS/DEVIT/CGPNI DF

Luana Alves de Almeida MS/SVS/DEVIT/CGPNI DF

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Anexo VIII

Formulário Eletrônico do SUS, disponível em

<http://formsus.datasus.gov.br/site/formulario.php?id_aplicacao=6353>

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Anexo IX

Laudos de Controle de Qualidade do lote 1210234 em 48 meses - Instituto Butantan

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EXPEDIENTE

MINISTRO DA SAÚDE

Ricardo Barros

SECRETÁRIO DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE

Adeílson Loureiro Cavalcante

DIRETOR DE VIGILÂNCIA DE DOENÇAS TRANSMISSÍVEIS

João Paulo Toledo

COORDENADORA-GERAL DO PROGRAMA NACIONAL DE IMUNIZAÇÕES

Carla Magda A.S. Domingues

COORDENADOR-GERAL DE DOENÇAS TRANSMISSÍVEIS

Sérgio de Andrade Nishioka

Elaboração

CGPNI

Lais Martins de Aquino

Deborah Sicchierolli Moraes

Líbia Roberta de Oliveira Souza

Karla Calvette Costa

Luana Alves D' Almeida

Patrícia Soares de Melo Freire Glowacki

Ricardo Gadelha de Abreu

Sandra Maria Deotti Carvalho

CGDT

Daiana Rangel de Oliveira

Macedônia Pinto dos Santos

Maria Ausenir Paiva Gonçalves

Maria Carolina Coelho Quixadá Pereira

Suely Nilsa Guedes de Sousa Esashika

Zênia Monteiro Guedes dos Santos

Zirlei Maria de Matos

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INSTITUTO BUTANTAN

Aiessa Sardagna

Fan Hui Wen

Marcelo Eiji Koike

Marco Antônio El-Corab Moreira

Maria Beatriz Bastos Lucchesi

Vera Lúcia Gattás

Dúvidas e Sugestões

Coordenação Geral do Programa Nacional de Imunizações

Endereço: SRTVN, Quadra 701, Bloco D, Edifício PO 700, 6º andar - CGPNI

CEP: 70.719-040

Brasília/DF

Tel.: (61) 3315-3874