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DECRETO Nº 5906/2018, DE 20 DE JULHO DE 2018. REGULAMENTA A ORGANIZAÇÃO E O FUNCIONAMENTO DO SERVIÇO DE INSPEÇÃO MUNICIPAL O PREFEITO MUNICIPAL DE GUAPORÉ, no uso de suas atribuições legais e, considerando as disposições da Lei Municipal nº 3855/2017, de 07-12-2017 e Decretos nºs 5857/2018, 5858/2018 e 5859/2018, de 07-05-2018, decreta: Art. 1º Fica regulamentada a organização e o funcionamento do Serviço de Inspeção Municipal, conforme disposto no Plano de Inspeção e nos ANEXOS 1 ao 25, que ficam fazendo parte integrante deste Decreto. Art. 2º Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação. Gabinete do Prefeito Municipal de Guaporé, em 20 de julho de 2018. Valdir Carlos Fabris Prefeito Registre-se e Publique-se Evandro Ghizzi Secretário da Administração Publicado no quadro de publicações da Prefeitura de Guaporé no período de 20 a 30-07-2018

PLANO DE INSPEÇÃO - guapore.rs.gov.br · 3 ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL MUNICÍPIO DE GUAPORÉ Anexo 4 – Planilha de Ante Morten Bovinos-Suínos.....30

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DECRETO Nº 5906/2018, DE 20 DE JULHO DE 2018.

REGULAMENTA A ORGANIZAÇÃO E O FUNCIONAMENTO

DO SERVIÇO DE INSPEÇÃO MUNICIPAL

O PREFEITO MUNICIPAL DE GUAPORÉ, no uso de suas atribuições legais e,

considerando as disposições da Lei Municipal nº 3855/2017, de 07-12-2017 e Decretos nºs

5857/2018, 5858/2018 e 5859/2018, de 07-05-2018, decreta:

Art. 1º Fica regulamentada a organização e o funcionamento do Serviço de

Inspeção Municipal, conforme disposto no Plano de Inspeção e nos ANEXOS 1 ao 25, que ficam

fazendo parte integrante deste Decreto.

Art. 2º Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.

Gabinete do Prefeito Municipal de Guaporé, em 20 de julho de 2018.

Valdir Carlos Fabris

Prefeito

Registre-se e Publique-se

Evandro Ghizzi

Secretário da Administração

Publicado no quadro de publicações da Prefeitura de Guaporé no período de 20 a 30-07-2018

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PLANO DE INSPEÇÃO

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ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

MUNICÍPIO DE GUAPORÉ

SUMÁRIO 1- Apresentação..........................................................................................................04 2- Introdução ...............................................................................................................05 3- Funcionamento do Serviço de Inspeção Municipal ............................................06

3-1. Estrutura Administrativa e Âmbito de Aplicação .....................................................06

3-2. Estrutura Física e Recursos Humanos ...................................................................07

3-2.1 Organização Geral e Arquivamento ......................................................................07

3-3. Legislação Municipal ..............................................................................................08

3-4. Cronograma de Atividades e Frequência das Inspeções de Rotina.......................08

3-5. Programa de Inspeção ............................................................................................09

3-5.1 Planilhas de Verificação ........................................................................................11

3-5.1.1. Procedimento Padrão de Higiene Operacional (PPHO) ....................................11

3-5.1.2. Controle de Temperaturas e Cloro Residual ......................................................13

3-5.1.3. Abate Humanitário e Bem-Estar Animal ............................................................14

3-5.1.4. Águas Residuais e Controle de Pragas .............................................................16

3-5.1.5. Instalações, Equipamentos e Ambiente ............................................................16

3-5.1.6. Controle de Rotulagem ......................................................................................17

3-5.1.7. Verificação de Controle de Matéria-Prima, Ingredientes e Material de Embalagem.....17

3-5.2 Coleta de Amostras Oficiais ..................................................................................17

3-6. Programa de Capacitação e Treinamento ..............................................................18

3-7. Rotulagem em Geral ...............................................................................................20

3-8. Análise e Registro de Projetos .................................................................................22

3-9. Taxa de Registro/Licenciamento e Taxa de Fiscalização Sanitária........................23

3-10. Processo Administrativo ........................................................................................24

3-10.1 Rito Processual ...................................................................................................25 4- ANEXOS....................................................................................................................26

Anexo 1 – Registro de Não Conformidade (RNC) .........................................................27

Anexo 2 – Controle de RNCs Emitidos...........................................................................28

Anexo 3 – Auto de Infração............................................................................................29

3

ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

MUNICÍPIO DE GUAPORÉ

Anexo 4 – Planilha de Ante Morten Bovinos-Suínos......................................................30

Anexo 5 – Planilha Ante Morten Aves............................................................................31

Anexo 6 – Planilha Post Morten Bovinos-Suínos...........................................................32

Anexo 7 – Planilha Post Morten Aves............................................................................33

Anexo 8 – Planilha Procedimento Padrão de Higiene Operacional (PPHO)..................34

Anexo 9 – Planilha Controle de Verificação Agroindústria Del Paesi ............................35

Anexo 10 – Planilha Controle de Verificação Abatedouro Gustavo Perondi..................36

Anexo 11 – Planilha Controle de Verificação Natupeixe................................................37

Anexo 12 – Planilha Controle de Verificação Agroindústria Baldissera.........................38

Anexo 13 – Registro de Atividades da Equipe Técnica do SIM.....................................39

Anexo 14 – Termo de Verificação de Pontos de Autocontrole.......................................40

Anexo 15 – Requisição para Análise de Produtos de Origem Animal............................41

Anexo 16 – Requisição para Análise de Água...............................................................42

Anexo 17 – Formulário de Registro de Produtos............................................................43

Anexo 18 – Termo de Aprensão/Inutilização..................................................................46

Anexo 19 – Termo de Fiel Depositário...........................................................................47

Anexo 20 – Termo de Suspenção de Atividades............................................................48

Anexo 21 – Termo de Aplicação de Penalidade.............................................................49

Anexo 22 – Termo de Cancelamento de Registro .........................................................50

Anexo 23 – Termo de Encerramento de Processo Administrativo.................................51

Anexo 24 – Termo de Julgamento..................................................................................52

Anexo 25 – Formulário de Denúncia .............................................................................53

Anexo 26 – Planilha de Supervisão SIM/Guaporé ........................................................54

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ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

MUNICÍPIO DE GUAPORÉ

1- APRESENTAÇÃO

Este documento contém informações gerais sobre a organização e funcionamento

do Serviço de Inspeção Municipal de Guaporé/RS – SIM.

O objetivo desse material é facilitar o acesso à informação e ao mesmo tempo

orientar os funcionários do SIM em como agir e qual o documento lançar mão em cada

situação.

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ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

MUNICÍPIO DE GUAPORÉ

2- INTRODUÇÃO

O Serviço de Inspeção Sanitária de produtos de origem animal é regulamentado

no município por um conjunto de instrumentos legais, sendo eles: leis, decretos e

portarias. Essas legislações tratam do funcionamento dos serviços de inspeção e

fiscalização sanitária em todos os estabelecimentos produtores de alimento de origem

animal dentro município.

Adicionalmente cabe ao Ministério da Saúde, dentro do Sistema Único de Saúde

e por meio da Vigilância Sanitária Municipal, regulamentar e verificar o uso de aditivos

em alimentos, os limites de contaminantes em geral e os resíduos de agrotóxicos e de

medicamentos veterinários, além da fiscalização dos alimentos de origem animal nas

etapas de distribuição e consumo. Nesse contexto, o Serviço de Inspeção Municipal

(S.I.M.), atuará nas casas atacadistas e varejistas de forma supletiva à fiscalização

sanitária local, tendo por objetivo: reinspecionar produtos de origem animal destinados

ao comércio, verificar a existência de produtos de origem animal que não foram

inspecionados nos postos de origem ou quando o tenham sido infringidas as leis

municipais e combater o abate clandestino, através da fiscalização da procedência dos

produtos de origem animal.

Normas detalhadas de todo o funcionamento do S.I.M., bem como para análise e

aprovação de projetos e registro de estabelecimentos e rótulos; processo de aprovação

dos produtos, suas formulações e memoriais descritivos, assim como os procedimentos

e documentos necessários para aprovações, alterações e cancelamentos de registro dos

estabelecimentos, estão contidos na Lei Municipal n° 3855/2017 de dezembro de 2017

e nos Decretos Municipais n° 5857/2018, de 7 de maio de 2018, 5858/2018 de de maio

de 2018 e 5859/2018 de 7 de maio de 2018, que dispõe sobre o Regulamento da

Inspeção Industrial e Sanitária de Produtos de Origem Animal, obedecendo às

peculiaridades de cada tipo de estabelecimento, resguardando-se sempre o aspecto

higiênico-sanitário de elaboração dos produtos e garantindo registros auditáveis de todos

os procedimentos do S.I.M.

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ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

MUNICÍPIO DE GUAPORÉ

3- FUNCIONAMENTO DO SERVIÇO DE INSPEÇÃO MUNICIPAL

3-1. ESTRUTURA ADMINISTRATIVA E ÂMBITO DE APLICAÇÃO

De acordo com a Lei Orgânica Municipal, a administração municipal é constituída

das Secretarias Municipais, dos órgãos e departamentos integrados na estrutura

administrativa da Prefeitura Municipal e das entidades dotadas de personalidade jurídica

própria, onde os órgãos da administração direta que compõem a estrutura da Prefeitura

se organizam e se coordenam, atendendo aos princípios técnicos recomendáveis ao

bom desempenho de suas atribuições.

O Serviço de Inspeção Municipal (S.I.M.) é vinculado à Secretaria Municipal de

Agricultura, conforme Figura 01.

A Inspeção Industrial e Sanitária de Produtos de Origem Animal é exercida

através do S.I.M. em todo o território do Município de Guaporé/RS em relação às

condições higiênico-sanitárias e, sua operacionalização obedece às normativas em

consonância com as prioridades de Saúde Pública e abastecimento da população.

O cargo de coordenador do Serviço de Inspeção Municipal é exercido por médico

veterinário concursado e este tem por responsabilidade fazer cumprir as normas

previstas na Lei de criação do S.I.M. e Decreto que a regulamenta, bem como outras

que possam vir a ser implantadas, desde que por meio de dispositivos legais que

digam respeito à Inspeção Industrial e Sanitária dos Produtos de Origem Animal.

Figura 01 – Organograma do Serviço de Inspeção Municipal – S.I.M.

Gabinete Prefeito Municipal

Secretaria Municipal da Agricultura

Serviço de Inspeção

Municipal - S.I.M.

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ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

MUNICÍPIO DE GUAPORÉ

3-2. ESTRUTURA FÍSICA E RECURSOS HUMANOS

O Serviço de Inspeção Municipal conta com uma estrutura administrativa

completa para execução de suas atividades, englobando sala isolada com mesa,

cadeiras, arquivos e computador exclusivo, dentre outros equipamentos

complementares.

O S.I.M. é composto por 01 (um) Coordenador, Médico Veterinário concursado,

01 (um) Médico Veterinário exclusivo para a atividade de inspeção e 01 (um) técnico

agr íco la que atua como auxi l ia r administ rat ivo e auxiliar de inspeção.

3-2.1 ORGANIZAÇÃO GERAL E ARQUIVAMENTO

O auxiliar administrativo e os médicos veterinários serão responsáveis por garantir

a perfeita organização de todos os documentos e materiais inerentes ao Serviço de

Inspeção Municipal, como: notificações, ofícios, memorandos, documentos recebidos,

planilhas de verificação, análises, comprovantes de pagamento de taxas, rótulos

aprovados, etc., separados por pastas, devidamente identificadas, para que estejam

prontamente disponíveis para consulta local ou de Auditoria. Toda documentação

referente ao SIM será protocolada no livro de protocolo com o carimbo segundo a Figura

02.

A Planilha de Registro de Condenações/Post-Morten de Bovinos/suínos e aves

(Anexo 6 e 7), o controle de verificação local (Anexo 9, 10, 11 e 12) e as GTAs, são

arquivados nesta ordem, ao final de cada abate, em pasta arquivo, devidamente

identificada. A Ficha de Inspeção Ante-Mortem de Bovinos/suínos e aves (Anexo 4 e 5)

e a ficha do PPHO (Anexo 8), ficam arquivadas no estabelecimento.

Anualmente os documentos arquivados no SIM e nos estabelecimentos serão

reunidos e transferidos para caixas, onde permanecerão arquivados no arquivo morto da

prefeitura, devidamente identificadas, por pelo menos 05 (cinco) anos.

Figura 02 – Carimbo de protocolo de documentos no S.I.M.

S.I.M GUAPORÉ / RS

Protocolo nº _________________

Data: ______/_______/________

Ass.:__________________

8

ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

MUNICÍPIO DE GUAPORÉ

3-3. LEGISLAÇÃO MUNICIPAL

As legislações relacionadas ao S.I.M. de Guaporé /RS são citadas a seguir:

- Lei Municipal nº 3855/2017, de 7 de dezembro de 2017;

- Decreto Municipal nº 5857/2018, de 7 de maio de 2018;

- Decreto Municipal n° 5858/2018, de 7 de maio de 2018;

- Decreto Municipal n° 5859/2018, de 7 de maio de 2018

- Portaria nº 0928/2017, de 10 de julho de 2017;

- Portaria n° 0418/2018, de 22 de março de 2018;

- Portaria n° 0927/2017, de 10 de julho de 2017;

- Portaria n° 0417/2018, de 22 de março de 2018;

- Portaria n° 1559/2017, de 27 de novembro de 2017.

3-4. CRONOGRAMA DE ATIVIDADES E FREQUÊNCIA DAS INSPEÇÕES DE ROTINA

A inspeção municipal, à juízo do S.I.M., é dividida em: inspeção permanente

(realizada em matadouros), inspeção periódica semanal (realizada em agroindústrias

de embutidos, de laticínios e unidade de beneficiamento de pescado e produtos de

pescado) e inspeção periódica quinzenal (realizada em granja avícola). O registro de

Atividades do Veterinário do SIM é efetuada em planilha (Anexo 13) onde deve constar

o dia, a hora e a atividade efetuada neste dia com assinatura e carimbo do veterinário.

Essa planilha é arquivada no estabelecimento.

Deste modo, foram criadas diferentes planilhas de inspeção para serem aplicadas

nos estabelecimentos de controle permanente (matadouros-frigoríficos) e nos

estabelecimentos de controle periódico (agroindústrias de embutidos, agroindústrias de

laticínios e granja avícola).

O programa de educação sanitária realizado pelo S.I.M., nas escolas do município,

acontece semestralmente, sendo para tal, os temas elencados conforme a necessidade

e estágio dos ouvintes.

O Serviço de Inspeção Municipal (S.I.M.) também atuará nas casas atacadistas e

varejistas de forma supletiva à fiscalização sanitária local, tendo por objetivo:

reinspecionar produtos de origem animal destinados ao comércio, verificar a existência

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ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

MUNICÍPIO DE GUAPORÉ

de produtos de origem animal que não foram inspecionados nos postos de origem ou quando o

tenham sido infringidas as leis municipais e combater o abate clandestino, através da fiscalização

da procedência dos produtos de origem animal. Quando do recebimento de uma denúncia de

abate clandestino será preenchido formulário específico (Anexo 25) e repassado a Vigilância

Municipal.

Anualmente os profissionais de inspeção serão supervisionados pelo coordenador do SIM

conforme planilha do Anexo 26.

Anualmente será efetuada a supervisão dos estabelecimentos registrados e será emitido

um laudo de vistoria. As adequações apontadas neste laudo de vistoria gerarão um plano de ação

por parte dos estabelecimentos, prevendo prazo para as melhorias.

3-5. PROGRAMA DE INSPEÇÃO

O responsável pela inspeção municipal, Médico Veterinário e/ou auxiliar de inspeção, deve

comparecer aos estabelecimentos registrados e ativos, para acompanhar e avaliar os processos

de produção, de acordo com o cronograma de atividades do S.I.M. e frequência das inspeções

de rotina. Em se tratando de matadouro-frigorífico, o Médico Veterinário responsável, deve

chegar antes do início das atividades, para realizar a verificação dos setores para liberação do

abate.

O responsável pela inspeção em suas atividades deve preencher as planilhas de verificação,

de acordo com a periodicidade definida pelo S.I.M. para cada uma, ficando os Registros de Não

Conformidade (Anexo 1), gerados a partir da observação de não conformidades, bem como os

autos de infração (Anexo 3), sob responsabilidade de emissão apenas do Médico Veterinário.

Os RNCs são listados na planilha de controle de RNCs emitidos (Anexo 2), para manter a

organização das verificações e avaliar a efetividade. Os RNCs e a Planilha de controle de RNCs

são arquivadas no estabelecimento.

Todos os documentos devem ser preenchidos utilizando caneta esferográfica azul/preta, não

devendo ser passado a limpo e evitando-se rasuras. Quando ocorrerem erros no preenchimento

das planilhas, esses deverão ser colocados entre parênteses, transcrito o valor e/ou informação

correta no verso da planilha e, rubricado pelo avaliador.

Todos os documentos emitidos, bem como os recebidos pelo S.I.M, são carimbados,

conforme Figura 02 e registrados em livro ata próprio, Protocolo de Saída/Entrada de

documentos, seguindo numeração sequencial. No caso de documentos entregues ao S.I.M. em

02 (duas) vias, uma delas fica retida no S.I.M., seguindo o trâmite como descrito acima e a outra

via é carimbada, conforme Figura 03 e, devolvida ao estabelecimento.

Figura 03 – Carimbo de documentos recebidos pelo S.I.M.

RECEBIDO

Em _____/_____/______

Ass.: ___________________

SIM

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ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

MUNICÍPIO DE GUAPORÉ

As notificações emitidas pelo S.I.M. irão dar origem a respostas por parte da

empresa. O Coordenador do Serviço Oficial deverá julgar as respostas recebidas para

cada notificação, inclusive avaliando os prazos solicitados pelo estabelecimento para

resolução das não conformidades e apor o carimbo de VISTO, conforme figura 04

abaixo, bem como o encerramento da mesma em seu verso. Deve-se trabalhar para que

os prazos estabelecidos sejam os mais curtos possíveis, devendo o prazo para higiene

ser SEMPRE imediato. Respostas avaliadas como insatisfatórias serão anexadas junto

à respectiva notificação com a indicação – Aguardando Retificação. Neste caso, o

Responsável Técnico pelo estabelecimento será comunicado pelo Serviço Oficial, para

que refaça o documento e o entregue junto ao Serviço de Inspeção.

Figura 04 – Carimbo para documentos conferidos pelo S.I.M.

As RNCs resultarão na emissão de auto de infração, quando:

1. A RNC NÃO for respondida dentro do prazo estipulado. Respostas

insatisfatórias serão tratadas como não respondidas;

2. Não cumprir os prazos propostos, por descaso;

3. Após 3 reincidência(s) consecutivas sobre a mesma não conformidade.

Nesses casos a contagem das RNCs é zerada quando realizada a emissão do

auto de infração. Não havendo reincidência sobre a mesma RNC no período de

2 anos, a contagem será zerada.

Quando forem constatadas falhas na higienização durante o processo, este deverá

ser interrompido, os produtos retirados e retomados após a higienização. Observando-

se falhas no escoamento, condensação, acúmulo de águas residuais ou de resíduos

sólidos, devem ser tomadas ações podendo, até mesmo, interromper a produção para a

resolução, se julgar necessário.

Quando forem observadas falhas no abate humanitário e bem-estar animal a

insensibilização deverá ser suspensa até sua correção, podendo ser liberados lotes de

até 02 (dois), para ajuste da insensibilização, quando for o caso. Havendo

impossibilidade de correção do problema (exemplo: pistola danificada, sem equipamento

VISTO

Em _____/_____/______

Ass.: ___________________

SIM

11

ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

MUNICÍPIO DE GUAPORÉ

reserva) deve-se parar o abate. A empresa fica obrigada a fornecer alimentação aos

animais, colocando-os novamente em jejum pré-abate, quando o problema estiver

resolvido. Quando ocorrerem maus tratos aos animais, deve ser emitido imediatamente,

RNC e auto de infração.

Devem ser preenchidas as Fichas de Inspeção “Ante-Mortem” (Anexo 4 e 5) e

Condenações/Post-Mortem (Anexo 6 e 7), antes e durante o abate, respectivamente. O

arquivamento dessas fichas deve seguir o descrito anteriormente.

Todos os documentos emitidos pelo estabelecimento e verificados pela inspeção

serão carimbados com a data da verificação e rubrica do Médico Veterinário da inspeção.

A inspeção “Ante-Mortem” dos animais será realizada pelo Médico Veterinário

responsável pela inspeção e SOMENTE após a avaliação dos seguintes itens na

documentação de trânsito:

Nome do produtor;

Procedência (município);

Número da GTA (Guia de Trânsito Animal);

Se houver tratamento(s) medicamentoso(s), verificar os medicamentos

utilizados e se foram respeitados os períodos de carência definidos.

Na inspeção “Ante-Mortem” junto à plataforma de observação se observará o lote, a

movimentação dos animais, possíveis claudicações, a necessidade de segregar algum

animal para o curral de observação ou pocilga de sequestro, doenças que não sejam

passíveis de serem detectadas no post-mortem, especialmente as que afetam o sistema

nervosos e identificar lotes com suspeita de problemas que, comprovadamente,

justifiquem redução na velocidade normal de abate, para exame mais acurado ou abate

de emergência. Também serão observadas as condições de alojamento dos animais,

com atenção para a lotação e acesso à água.

3-5.1 PLANILHAS DE VERIFICAÇÃO

3-5.1.1. Procedimento Padrão de Higiene Operacional (PPHO)

Seu preenchimento será feito no momento em que estiver sendo realizada a

verificação, ou seja, diária para os estabelecimentos de abate e, semanal ou quinzenal,

para os estabelecimentos classificados como periódicos, conforme planilha modelo no

(Anexo 8). Devem sempre ser verificadas TODAS as seções do estabelecimento, antes

do início das atividades (para estabelecimentos permanentes) e antes ou durante as

atividades (para estabelecimentos periódicos), nas trocas de turnos e no retorno dos

intervalos. No momento da verificação de cada seção deverá ser anotado o horário da

12

ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

MUNICÍPIO DE GUAPORÉ

liberação, em caso de conformidade, já em caso de não conformidade deverá ser

anotado o horário que foi constatado o problema.

O início das atividades nos estabelecimentos permanentes fica condicionado à

vistoria prévia e liberação diária das instalações pela inspeção. Deverá ser cobrada

higienização minuciosa das instalações e equipamentos. Antes da liberação do abate

deverá ser verificado o nível de cloro residual livre coletado em 01 (um) ponto da rede

clorada do estabelecimento e a verificação da temperatura dos higienizadores. Durante

a verificação pré-operacional não será aceito nenhum tipo de sujidade, acúmulo de água

ou condensação. Para a verificação da higienização, os higienizadores deverão estar

vazios, após verificação, um colaborador da Empresa deverá encher os higienizadores

para verificação da temperatura.

O reinício das atividades fica condicionado à vistoria prévia e liberação diária das

instalações pela inspeção, devendo a empresa providenciar a retirada dos produtos e

resíduos das seções, bem como limpeza básica das estruturas, equipamentos e a

secagem do piso no intervalo do almoço e/ou troca de turnos.

A verificação do recebimento e expedição de matéria-prima e produto pronto, bem

como do controle de produto armazenado e verificação do processo de produção e

funcionamento são feitas em cada visita ao estabelecimento, com preenchimento das

informações no momento em que está sendo realizada a verificação. Sempre que

possível a inspeção acompanhará a expedição e recebimento de produtos (matéria-

prima e/ou produtos prontos). Neste caso, quando constatada não conformidade SERÁ

feito o SEQUESTRO do produto, para avaliação pela Coordenação do Serviço de

Inspeção Municipal, se o mesmo sofrerá transformação ou aproveitamento condicional.

Deve-se observar se os insumos recebidos, assim como as demais matérias-primas,

atentando-se para se estes foram os aprovados pelo SIM no registro dos produtos e se

condizem com a produção do estabelecimento.

NÂO será permitida expedição de produtos resfriados e congelados com

temperaturas diferentes das descritas nos rótulos aprovados pelo SIM. Quando esta Não

Conformidade for constatada o produto em questão deve ser sequestrado e sua

expedição apenas liberada após a inspeção constatar que o produto atingiu a

temperatura adequada. Deve ser transcrito o maior valor encontrado.

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ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

MUNICÍPIO DE GUAPORÉ

Quando for encontrado resultado Não Conforme, deverá ser emitida uma RNC que

deverá ser numerada, descrita a Não Conformidade encontrada, a ação fiscal, o(s)

procedimento(s) adotado(s) pela Empresa, a(s) nova(s) verificação (ões), horário e

assinatura do verificador, se for o caso. Neste caso, o início das atividades somente

ocorrerá após sanadas todas as não conformidades encontradas.

O início da verificação realizada pela inspeção somente ocorre após a empresa já

ter concluído a higienização das instalações e o seu monitoramento, declarando as

instalações aptas para a realização da verificação pela inspeção. O checklist realizado

pela inspeção deverá sempre ser acompanhado por funcionário da Empresa que tenha

capacidade e/ou poder de aplicar ações corretivas quando necessário.

Nos setores climatizados, como a sala de cortes, deve-se atentar para a

temperatura do ambiente, só podendo tais seções serem liberadas quando estiverem

com a temperatura adequada.

Durante a realização da verificação oficial as instalações deverão permanecer

vazias e com seus respectivos equipamentos abertos e/ou desmontados. Somente

após a liberação da seção pela inspeção é que a empresa procederá ao

abastecimento de caixas plásticas, facas, montagem de equipamentos e acesso

de funcionários ao setor.

As Não Conformidades constatadas darão origem a RNC. A cada 3 (três) RNC

consecutivas sobre a mesma não conformidade poderá ser emitido auto de infração, a

critério da inspeção e histórico da Empresa.

3-5.1.2. Controle de Temperaturas e Cloro Residual

Seu preenchimento será feito diariamente nos estabelecimentos permanentes, no

momento em que estiver sendo realizada a verificação, conforme planilha de controle de

verificação local (Anexo 9, 10, 11 e 12). Devem ser verificadas TODAS as temperaturas

de ambientes, equipamentos e produtos. Alguns produtos serão verificados em mais de

uma seção.

Nos produtos da expedição será anotado o maior resultado.

Deverá ser verificado o nível de cloro residual livre em pelo menos 01 (um) ponto por

turno.

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ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

MUNICÍPIO DE GUAPORÉ

Quando forem constatadas temperaturas de câmara (instalações de maneira geral)

não conformes, deve-se verificar os produtos que estão acondicionados no seu interior.

Nesse caso, se os produtos também estiverem com temperaturas fora dos padrões,

deverá ser tomada uma ação fiscal por parte do veterinário do SIM.

Cabe à inspeção estipular a velocidade máxima permitida para o dia do abate, sendo

que esta não poderá ultrapassar o valor já pré-determinado pelo Serviço de Inspeção

Municipal (SIM) no momento do registro do matadouro-frigorífico ou de sua reforma.

Caso a Empresa queira aumentar a velocidade por qualquer motivo, deverá pedir a

permissão do SIM, que julgará se será possível atender essa exigência, caso contrário,

não será permitido.

Quando for encontrado resultado Não Conforme, deverá ser emitida uma RNC

(Anexo 2) numerado e descrito a Não Conformidade encontrada, a ação fiscal, o(s)

procedimento(s) adotado(s) pela empresa, a(s) nova(s) verificação(ões), horário e

assinatura do verificador, se for o caso. Neste caso, de acordo com a gravidade da Não

Conformidade encontrada, a continuação das atividades fica condicionada a resolução

da(s) mesma(s).

Para verificar a temperatura de produtos congelados será utilizado utensílio que

auxilie na colocação do termômetro, como uma furadeira.

3-5.1.3. Abate Humanitário e Bem-Estar Animal

O abate humanitário será verificado durante as inspeções de abate. O registro será

feito na planilha de Controle de Verificação Local.

Para que a insensibilização em suínos seja eficiente, os eletrodos devem estar

posicionados em ambos os lados da cabeça e aderidos adequadamente à pele, na região

próxima à inserção das orelhas, conforme Figura 05, abaixo.

Figura 05 – Posicionamento ideal de equipamento de insensibilização elétrica em dois pontos.

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ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

MUNICÍPIO DE GUAPORÉ

Para que a insensibilização em bovinos seja eficiente, a pistola de dado cativo

(penetrante) deve estar posicionada no plano frontal da cabeça do animal, no ponto de

cruzamento entre duas linhas imaginárias, traçadas entre o olho e a base do chifre

oposto, conforme Figura 06 e 07, abaixo.

Figura 06 – Posicionamento correto para pistola de dardo cativo (penetrante).

Figura 07 – Angulação correta para pistola – perpendicular à cabeça do animal.

Para que a insensibilização de aves seja eficiente, deve ser preferencialmente por

eletronarcose sob imersão em líquido cujo equipamento deve dispor de registro de

voltagem e amperagem que será proporcional a espécie, tamanho e peso das aves

conforme Figura 08.

Figura 08 - Insensibilização de aves por eletronarcose.

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ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

MUNICÍPIO DE GUAPORÉ

No momento da verificação da insensibilização dos bovinos e suínos, deverão ser

observadas as seguintes características: ausência de respiração rítmica na região do

flanco e focinho, presença de pupila dilatada (midríase), perda da consciência; com

colapso imediato (queda), presença de musculatura contraída, ausência de vocalização,

ausência de reflexo corneal e de sensibilidade a estímulos dolorosos e presença de

mandíbula relaxa e língua solta (em bovinos). A constatação de 01 (um) mal

insensibilizado já será considerado como não conformidade. As aves devem apresentar

ausência de respiração, perda da consciência e relaxamento muscular.

Os animais só podem ser conduzidos ao box de insensibilização quando todos os

operadores estiverem prontos para o serviço.

Deve ser realizada a leitura do insensibilizador (frequência, tensão e corrente). Na

insensibilização por pistola deve-se observar a posição e inclinação do êmbolo e pressão

utilizada, além do correto funcionamento da mesma.

Quando forem constatadas Não Conformidades, estas deverão ser marcadas e

descritas em RNC, junto com a ação fiscal tomada, o(s) procedimento(s) adotado(s) pela

Empresa, a(s) nova(s) verificação(ões), horário e assinatura do verificador, se for o caso.

Neste caso, de acordo com a gravidade da(s) Não Conformidade(s) encontrada(s), a

continuação das atividades fica condicionada a resolução da(s) mesma(s).

É PROIBIDA A UTILIZAÇÃO DE MARRETA E DE CHOUPA.

Quando a Não Conformidade for relacionada a maus tratos e/ou utilização de marreta ou choupa, independente do momento em que for verificada, SERÁ emitido auto de infração.

3-5.1.4. Águas Residuais e Controle de Pragas

A verificação das águas residuais e controle de pragas será feita em loco e

documentalmente durante as inspeções de rotina e registradas no TERMO DE

VERIFICAÇÃO DOS PROGRAMAS DE AUTOCONTROLE (Anexo 14).

Quando forem constatadas Não Conformidades, deverá ser emitido um RNC, a ação

fiscal tomada e a assinatura do verificador, se for o caso. Neste caso, de acordo com a

gravidade da(s) Não Conformidade(s) encontrada(s), a continuação das atividades fica

condicionada a resolução da(s) mesma(s).

3-5.1.5. Instalações, Equipamentos e Ambiente

A verificação das instalações, equipamento e ambiente será feita em loco e

documentalmente durante as inspeções de rotina e registradas no TERMO DE

VERIFICAÇÃO DOS PROGRAMAS DE AUTOCONTROLE (Anexo 14).

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O Médico Veterinário que realizará a verificação deverá passar em TODAS as

seções do estabelecimento e observar atentamente tudo, estrutura, manutenção, higiene

e conservação. Durante essa avaliação criteriosa ficam excluídas da não conformidade

as sujidades oriundas da produção do dia.

Durante a verificação deve-se atentar também para as condições dos equipamentos,

inclusive dos de insensibilização, devendo ser observadas também as condições dos

eletrodos utilizados para insensibilização de suínos, sempre tendo cuidado para evitar a

possibilidade de choques durante a verificação.

As Não Conformidades constatadas serão compiladas em RNC. Poderá ser emitido

auto de infração, a critério da inspeção, quando não forem cumpridos os prazos

estabelecidos.

3-5.1.6. CONTROLE DE ROTULAGEM

A inspeção observará frequentemente se está sendo utilizada rotulagem aprovada e se o carimbo com data de produção está legível e se confere com a data real de produção. Sobras de embalagens datadas devem ser descartadas. As etiquetas-lacres devem ser avaliadas da mesma forma que os demais rótulos.

As Não Conformidades constatadas serão compiladas em RNC. Poderá ser emitido auto de infração, a critério da inspeção, quando não forem cumpridos os prazos estabelecidos.

3-5.1.7. VERIFICAÇÃO DE CONTROLE DE MATÉRIA-PRIMA, INGREDIENTES E

MATERIAL DE EMBALAGEM

A verificação de controle de matéria-prima, ingredientes e material de embalagem

será feita em loco e documentalmente durante as inspeções de rotina e registradas no

TERMO DE VERIFICAÇÃO DOS PROGRAMAS DE AUTOCONTROLE (Anexo 14).

As Não Conformidades constatadas serão compiladas em RNC. Poderá ser emitido

auto de infração, a critério da inspeção, quando não forem cumpridos os prazos

estabelecidos.

O uso de insumos em desacordo com o que foi aprovado no memorial descritivo de

produção do produto acarretará em penalidade(s) administrativa(s) à empresa, podendo

até mesmo ser suspensa a produção ou o registro do estabelecimento ser cassado, em

caso de utilização de substâncias proibidas pelo Regulamento Técnico de Identidade e

Qualidade do Produto em questão.

3-5.2 COLETA DE AMOSTRAS OFICIAIS

Todos os produtos de origem animal produzidos por estabelecimentos registrados

no S.I.M., bem como a água de abastecimento interno dos referidos estabelecimentos,

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obrigatoriamente serão submetidos à análises físico-químicas e microbiológicas,

conforme cronograma definido no Decreto Municipal n°5857/2018.

As colheitas oficiais devem seguir o cronograma de análises. As amostras devem

ser coletadas e lacradas na presença do Médico Veterinário Oficial, com preenchimento

da requisição de análise, conforme características do produto em questão (Anexos 15 e

16).

Para a colheita de água de abastecimento interno devem-se seguir os procedimentos

abaixo:

1. Lavar a parte externa da torneira com água e sabão;

2. Flambar as torneiras;

3. Deixar a água correr por 3-5 minutos;

4. Diminuir o fluxo deixando correr um filete pouco intenso de água;

5. Retirar a tampa do frasco e colher 2/3 da capacidade do recipiente;

6. Acondicionar o recipiente em saco de polietileno junto com a requisição de

análise, lacrá-lo e colocá-lo em recipiente isotérmico com gelo reciclável.

A colheita de produtos de origem animal deverá ser feita com o uso de luvas para

evitar qualquer tipo de contaminação no produto. O mesmo deve ser acondicionado em

saco de polietileno junto com a respectiva requisição de análise, lacrado e acondicionado

em recipiente isotérmico com gelo reciclável (para produtos resfriados ou congelados),

sempre seguindo as recomendações contidas no rótulo para sua conservação, evitando

assim possíveis alterações nas suas condições físico-químicas e microbiológicas. O gelo

ou a água resultante do degelo, em hipótese alguma deverá ter contato direto com a

amostra. Para produtos mantidos em temperatura ambiente, basta levá-los na

embalagem de polietileno lacrada pelo serviço oficial, junto com a respectiva requisição

de análise.

Para análises físico-químicas deverá ser enviado ao laboratório no mínimo 500

gramas de alimento, 6-12 ovos (de acordo com o tamanho) e 01 litro de água. Para

análises microbiológicas deverá ser enviado ao laboratório no mínimo, 200 gramas de

alimento, 6-12 ovos (de acordo com o tamanho) e 100 mililitros de água.

Amostras coletadas para análises físico-químicas deverão ser enviadas separadas

daquelas destinadas as análises microbiológicas. Sempre que possível as amostras

devem ser enviadas em sua embalagem original, visando evitar modificações em suas

características.

3-6. PROGRAMA DE CAPACITAÇÃO E TREINAMENTO

O Serviço de Inspeção Municipal elaborou o Programa de Capacitação e

Treinamento para o corpo técnico do S.I.M. (Médico Veterinário e auxiliar de inspeção),

com o intuito de nortear as ações de capacitação e treinamento dos servidores, visando

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aperfeiçoar o serviço de inspeção de produtos de origem animal, bem como, caso

necessário, ações de capacitação e treinamentos desenvolvidas pelo corpo técnico do

S.I.M., aos funcionários cedidos pelos estabelecimentos vistoriados para atuar na

inspeção, proporcionando assim a produção de alimentos inócuos ao consumidor.

Sob a perspectiva da instituição, as ações de capacitação, aperfeiçoamento e

qualificação a serem desenvolvidas pelo programa serão utilizadas como forma de

qualificar os serviços públicos através da melhoria do desempenho dos servidores.

Nesse contexto, são objetivos do programa:

elevar os níveis de qualidade e eficiência dos serviços prestados à comunidade;

incentivar os servidores à participação em eventos de capacitação;

proporcionar aos servidores oportunidades de crescimento pessoal e profissional;

permitir aos servidores o desenvolvimento e aquisição de novos conhecimentos,

habilidades e atitudes;

otimizar recursos evitando gastos e esforços em treinamentos desnecessários;

reduzir e/ou corrigir as deficiências atendendo às necessidades de capacitação dos

servidores;

incentivar o repasse de conhecimentos adquiridos por servidores através de ações de

educação sanitária e programas de treinamento/atualização de funcionários cedidos

para a inspeção.

O Programa de Capacitação e Treinamento contempla três linhas de ação: a

capacitação para o desenvolvimento dos servidores, o treinamento funcional e as ações

de orientação aos colaboradores cedidos pelas empresas inspecionadas.

Entende-se como capacitação o processo permanente e deliberado de

aprendizagem, que utiliza ações de aperfeiçoamento e qualificação, com a finalidade de

contribuir para o desenvolvimento de competências institucionais, por meio do

desenvolvimento de competências individuais.

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As ações de capacitação serão oferecidas para todos os servidores do corpo

técnico do S.I.M.

A realização dos mesmos ocorrerá de forma anual e dependerá de autorização e

disponibilidade dos fiscais das esferas estaduais e/ou federais (CISPOA e/ou SIF), que

atuem junto às plantas dos referidos estabelecimentos. Esta atividade proporcionará ao

corpo técnico do S.I.M., acompanhar a rotina diária de estabelecimentos com maior

capacidade de processamento, bem como atualizar-se permanentemente em relação às

atividades de inspeção e fiscalização de produtos de origem animal.

Também serão estipulados semestralmente, treinamentos/atualizações dos

Fiscais Municipais, através de parceria firmada com a Secretaria de Agricultura Pecuária

e Irrigação (SEAPI), associados com a possibilidade de agenda dos fiscais estaduais

agropecuários, para atuação conjunta em ações de fiscalização de trânsito de produtos

de origem animal, bem como de carga viva, proporcionando acesso direto ao trabalho

realizado por colegas do setor de fiscalização, possibilitando a troca direta de

informações, experiências e a fim de que desta colaboração recíproca sejam

beneficiadas a Saúde Pública.

Sempre que possível e quando da realização, o S.I.M. possibilitará aos seus

servidores a participação em cursos, palestras, congressos e seminários, relacionados

com a inspeção e fiscalização de produtos de origem animal. Estas atividades serão

comprovadas mediante apresentação de Certificado de Participação ou Atestado de

Participação, emitido pela instituição ou empresa que realizou a capacitação.

Estas atividades serão comprovadas mediante apresentação de Certificado de

Participação ou Atestado de Participação, emitido pela instituição ou empresa onde foi

realizado o treinamento.

3-7. ROTULAGEM EM GERAL

Todos os produtos de origem animal, entregues ao comércio, devem estar

identificados por meio de rótulos registrados junto ao S.I.M.

Nesse sentido, as solicitações para aprovação prévia de registro, alteração e

cancelamento de produtos, devem ser encaminhadas ao S.I.M., acompanhadas de 02

(duas) vias do formulário padrão de registro de memoriais descritivos de processos de

fabricação, composição e rotulagem de produtos de origem animal, conforme (Anexo

17), de acordo com o Regulamento Técnico de Identidade e Qualidade (RTIQ) para

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cada produto, se houver, sendo anexada ficha técnica de todos os insumos e/ou aditivos

utilizados, além do croqui de rótulo, onde constem todos os dizeres, inscrições e

desenhos do modelo definitivo.

A solicitação de registro será assinada em todas as vias pelo representante legal

da Empresa e pelo responsável técnico da mesma. A numeração de registro dos

produtos será fornecida pelo estabelecimento solicitante, com numeração crescente e

sequencial de 02 (dois) dígitos, começando pelo 01, seguido do número de registro do

estabelecimento junto ao SIM. Eventualmente a numeração final do produto poderá ser

definida pelo SIM.

Para os rótulos que contiverem informações nutricionais, anexar junto à

documentação protocolada na Prefeitura Municipal e destinada ao Coordenador do

S.I.M., declaração assinada pelo responsável pela confecção da mesma, atestando

correspondência com o produto em questão.

Ao dar entrada no Serviço de Inspeção Municipal a solicitação de registro receberá

um número de protocolo próprio do S.I.M., e será encaminhada ao Coordenador do

Serviço Oficial que será responsável pela sua avaliação. Nos casos de aprovação, este

documento será carimbado, conforme Figura 09, sendo uma via entregue ao proprietário

do estabelecimento e posteriormente esses documentos serão arquivado em pastas

devidamente identificadas, para que estejam prontamente disponíveis para consulta

local ou de Auditoria.

Figura 09 – Carimbo para documentos aprovados pelo S.I.M.

Nos casos de reprovação, o documento, será carimbado, conforme Figura 10,

sendo uma via entregue ao proprietário do estabelecimento, comunicando a reprovação

bem como as adequações que precisam ser feitas para que o produto seja registrado

junto ao S.I.M. e o rótulo aprovado, posteriormente esse documentos serão arquivado

APROVADO

Em _____/_____/______

Ass:___________________

SIM

22

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em pastas devidamente identificadas, para que estejam prontamente disponíveis para

consulta local ou de Auditoria.

Figura 10 – Carimbo para documentos reprovados pelo S.I.M.

Ao encerrar a produção de um ou mais produtos registrados junto ao S.I.M., a

empresa deverá solicitar o cancelamento do registro dos mesmos, seguindo o mesmo

processo descrito acima para o registro, mudando apenas a opção para

CANCELAMENTO DE REGISTRO, no formulário padrão de registro de memoriais

descritivos de processos de fabricação, composição e rotulagem de produtos de

origem animal, elencando todos os rótulos que pretende cancelar e anexando o estoque

dos referidos rótulos que por ventura a empresa ainda possua.

3-8. ANÁLISE E REGISTRO DE PROJETOS

Estão sujeitos a Registros todos os estabelecimentos produtores de produtos de

origem animal, como descrito no Decreto Municipal nº 5857/2018.

O encaminhamento do pedido de registro deve ser precedido de solicitação ao

Coordenador do S.I.M. de inspeção prévia, seguida de aprovação do local e terreno.

Posteriormente deverá ser protocolado junto à Prefeitura Municipal, solicitação de

registro do estabelecimento, através de requerimento destinado ao Senhor Prefeito e

Coordenador do S.I.M conforme elencado no Decreto do Município.

Apresentados ao S.I.M. toda a documentação necessária, ela será protocolada e

carimbada no setor de recepção, conforme já descrito anteriormente para qualquer

documento recebido no S.I.M., e direcionada ao Coordenador para avaliação.

Na avaliação dos projetos serão observados os seguintes pontos:

dimensionamento, quantidade e posicionamento de barreiras sanitárias, pias e

higienizadores, equipamentos e utensílios de forma geral, ausência de contra fluxos, piso

e paredes em material adequado, pés-direitos mínimos para cada seção e instalações

para produção de água quente ou geração de vapor. Para matadouros-frigoríficos

observar ainda: distanciamento mínimo entre trilhos e trilhos e paredes, presença de no

mínimo 02 (dois) currais ou pocilgas; obedecendo a área mínima por animal, quantidade de

bebedouros automáticos adequada a capacidade da pocilga ou para os bebedouros tipo cocho,

possuir renovação constante de água e tamanho adequado a capacidade do curral, banheiro de

REPROVADO

Em_____/_____/______

Ass:___________________

SIM

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aspersão adequado, tamanho do box de insensibilização, plataformas em número adequado aos

trabalhos de abate e seções em quantidade e tamanho adequados.

Nos casos de aprovação dos projetos estes serão carimbados com carimbo conforme

Figura 09 e protocolados em livro ata próprio (Protocolo de Entrada/Saída de Documentos),

sendo posteriormente arquivados em pasta devidamente identificadas, para que estejam

prontamente disponíveis para consulta local ou de Auditoria.

Após aprovação das plantas o estabelecimento será vistoriado por um técnico do S.I.M.

que emitirá um parecer oficial para análise do Coordenador do S.I.M. Satisfeitas as exigências

o Coordenador do S.I.M. autorizará a expedição do TÍTULO DE REGISTRO do estabelecimento,

onde constará o número do registro junto ao órgão oficial, razão social, classificação do

estabelecimento, localização e outros elementos julgados necessários.

Nos casos de reprovação dos projetos estes receberão o carimbo conforme Figura 10,

serão protocolados em livro ata próprio (Protocolo de Entrada/Saída de Documentos), sendo

posteriormente arquivados em pasta devidamente identificadas, para que estejam prontamente

disponíveis para consulta local ou de Auditoria. Não sendo neste caso concedido ao

estabelecimento solicitante o TÍTULO DE REGISTRO, até o término das adequações

necessárias.

Nos casos de mudança de proprietário, administrador ou possuidor de estabelecimento

registrado, os novos responsáveis deverão de imediato, proceder as devidas transferências no

âmbito do S.I.M., que deverão obedecer, no que lhe for aplicável, o mesmo critério estabelecido

para o registro do estabelecimento. Enquanto não for efetuada a transferência legalmente,

continua como responsável pelas irregularidades que se verifiquem no estabelecimento, a

pessoa física ou jurídica na qual esteja registrado o estabelecimento.

O estabelecimento poderá a qualquer tempo e por sua conveniência solicitar o

cancelamento do seu registro junto ao S.I.M. A solicitação deverá ser protocolada em 03 (três)

vias junto ao Protocolo Central da Prefeitura através de requerimento ao Coordenador do S.I.M.,

devidamente assinado por seu representante legal. Ao dar entrada no S.I.M. este documento

receberá um protocolo próprio no setor de recepção e será encaminhado ao Coordenador, que

enviará um técnico do S.I.M. para verificação in loco do encerramento das atividades e aplicação

de lacres oficiais onde for possível (como boxes e serras, no caso de matadouros). Em seguida,

será emitido documento oficial pelo Coordenador do S.I.M. onde constará o cancelamento do

registro e número dos lacres utilizados pelo serviço oficial. Esses documentos terão uma via

arquivada no S.I.M., outra na Prefeitura e a terceira via retorna ao dono do estabelecimento. O

cancelamento à revelia também poderá ocorrer caso o estabelecimento não cumpra os

dispositivos legais ou pare de produzir sem notificar o serviço oficial.

3-9. TAXA DE REGISTRO/LICENCIAMENTO E TAXA DE FISCALIZAÇÃO SANITÁRIA

De acordo com o Decreto Municipal n° 5857/2018, poderá ser emitida uma lei que

preveja valores a serem cobrados por animal abatido e/ou por quilo de produto

produzido.

24

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3-10. PROCESSO ADMINISTRATIVO

São considerados documentos decorrentes do processo de fiscalização, além de

outros que vierem a ser instituídos:

Registro de Não Conformidade – documento hábil para estabelecer prazo, com o

objetivo de reparar irregularidades e determinar a adoção de providências (Anexo 1);

Termo de Apreensão e/ou Inutilização – documento hábil para reter matéria-prima,

produtos, insumos, rótulos, embalagens e outros materiais pelo tempo necessário às

averiguações indicadas e para procedimentos administrativos (Anexo 18);

Termo de Fiel Depositário – documento hábil que nomeia o detentor do produto ou

terceiro, para responder pela as guarda, até ulterior deliberação (Anexo 19);

Auto de Infração – documento hábil para a autoridade fiscalizadora autuar pessoa

física ou jurídica, quando constatada a violação de regras constantes no Decreto

Municipal nº 5857/2018 e demais atos normativos referentes à inspeção de produtos

de origem animal (Anexo 2), que dará início ao processo administrativo de apuração

de infrações.

Termo de Suspensão de Atividades – é o documento hábil à suspensão parcial ou

total das atividades do estabelecimento, quando estas causem risco ou ameaça de

natureza higiênico-sanitária, embaraço à atividade fiscalizadora, nas reincidências ou

em outras situações julgadas necessárias pelo Serviço de Inspeção Oficial (Anexo

20);

Termo de Julgamento – é o documento hábil que informará ao processo do

deferimento ou indeferimento da defesa do autuado ( Anexo 24);

Termo de Aplicação de Penalidade – documento hábil para cientificar o infrator

quando houver a aplicação de qualquer penalidade (Anexo 21);

Termo de Cancelamento de Registro – documento hábil que cancela o registro ou

relacionamento do estabelecimento (Anexo 22);

Termo de Colheita de Amostras – documento que formaliza a colheita de amostras

para fins de análise laboratorial (Anexos 15 e 16);

Termo de Encerramento – documento hábil, para conhecimento do(s) interessado(s),

da(s) decisão(ões) final(ais), em processo(s) administrativo(s) sanitário(s) e

determinando o encerramento do mesmo (Anexo 23);

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3-10.1 RITO PROCESSUAL

A infringência às disposições constantes na Lei n°3855/2017, no Decreto Municipal nº

5857/2018 e nos atos complementares, será apurada em processo administrativo

devidamente instruído, iniciado com a lavratura do auto de infração, observados os ritos

e prazos fixados nos termos do referido Decreto e descritos abaixo:

O processo será formalizado em ordem cronológica direta, devendo ter todas as suas

folhas numeradas e rubricadas.

Auto de Infração

Defesa Primeira Instância Não Apresentou Defesa

Termo de Aplicação de

Penalidade e Termo de

Enceramento

Apreciação da Defesa do Autuado

e do Parecer Técnico do Servidor

Autuante.

Termo de Julgamento Primeira

Instância.

Recurso Segunda Instância

Arquivo SIM

Não Apresentou

Recurso Absolvição

(Termo de

enceramento)

Termo de Aplicação

de Penalidade e

Termo de

Enceramento.

Termo de Julgamento da Segunda

Instância

Absolvição

(Termo de

enceramento)

26

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4- ANEXOS

27

ANEXO 1 – Registro de Não Conformidade (RNC)

28

ANEXO 2 – Controle de RNCs Emitidos

29

30

ANEXO 4 – Planilha de Ante Morten Bovinos-Suínos

31

ANEXO 5 – Planilha Ante Morten Aves

32

ANEXO 6 – Planilha Post Morten Bovinos-Suínos

33

ANEXO 7 – Planilha Post Morten Aves

34

ANEXO 8 – Planilha Procedimento Padrão de Higiene Operacional (PPHO)

35

ANEXO 9 – Planilha Controle de Verificação Agroindústria Del Paesi

36

ANEXO 10 – Planilha Controle de Verificação Gustavo Perondi

37

ANEXO 11 –Planilha Controle de Verificação Natupeixe

38

ANEXO 12 – Planilha Controle de Verificação Agroindústria Baldissera

39

ANEXO 13 – Registro de Atividades da Equipe Técnica do SIM

40

ANEXO 14 – Termo de Verificação de Pontos de Autocontrole

41

ANEXO 15 – Requisição para Análise de Produtos de Origem Animal

42

ANEXO 16 – Requisição para Análise de Água

43

ANEXO 17 – Formulário de Registro de Produtos

44

45

46

ANEXO 18 – Termo de Apreensão/Inutilização

47

ANEXO 19 – Termo de Fiel Depositário

48

ANEXO 20 – Termo de Suspenção de Atividades

49

ANEXO 21 – Termo de Aplicação de Penalidade

50

ANEXO 22 – Termo de Cancelamento de Registro

51

ANEXO 23 – Termo de Encerramento de Processo Administrativo

52

ANEXO 24 – Termo de julgamento

53

ANEXO 25 – Formulário de Denúncia

54

ANEXO 26: Planilha de Supervisão SIM/Guaporé