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UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA - UFBAFACULDADE DE EDUCAÇÃOCURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM COORDENAÇÃO PEDAGÓGICACOMPONETE CURRICULAR: Politicas Educacionais e Gestão PublicaDOCENTE: Maria Cristina da Costa Botelho e AlmeidaCURSISTA: Iramaia Araujo Santos
SOMANDO ESFORÇOS PARA MELHORAR O RENDIMENTO EM MATEMÁTICAPLANO DE INTERVENÇÃO NO COLÉGIO ESTADUAL PIO XII
Santo Antônio de JesusNovembro/ 2012
1. Justificativa
Refletir sobre os indicadores das avaliações internas e externas e pensar ações para melhorá-
los é um dos desafios da escola na atualidade. Sendo uma política pública implementada pela
Secretaria Estadual da Educação, o PAIP (Programa de Monitoramento, Avaliação,
Acompanhamento e Intervenção Pedagógica) tem levado coordenadores das DIRECs
(Diretorias Regionais de Educação) até as escolas para orientarem as instituições escolares no
sentido de elaborarem planos de intervenção que venham garantir o fortalecimento da
aprendizagem.
Nesse contexto, o Colégio Pio XII, localizado no município de Jaguaquara-BA, foi orientado
a discutir coletivamente seus problemas e apropriando-nos dos resultados dessa discussão
elegemos o baixo rendimento em Matemática como um dos mais urgentes por percebermos
que a constante reprovação nessa disciplina (41%) constitui-se um fator de desmotivação,
gerando a evasão e que mesmo os que são aprovados o são com uma aprendizagem ineficiente
(86,7% dos estudantes obtiveram média entre 5,0 e 6,9), o que acaba por refletir nos
resultados obtidos nas avaliações externas.
A partir das discussões realizadas suscitou-se o seguinte questionamento: Como melhorar o
rendimento dos estudantes da nossa escola na disciplina de Matemática? A reflexão sobre essa
questão perpassa pelo que diz PARO (1998) “na escola, a garantia de um bom produto só se
pode dar garantindo-se o bom processo”, o que levou a uma conclusão consensual da
necessidade de se buscar estratégias que dinamizem e otimizem o processo de ensino e
aprendizagem dessa disciplina.
Assim, a implementação desse plano de intervenção que envolve ações de formação do
professor e estratégias pedagógicas é de grande relevância visto que poderá contribuir para
que escola atinja as metas do Compromisso de Todos pela Educação, especificamente a de
que “todo aluno deverá aprender o que é apropriado para sua série e a de que todos os alunos
deverão concluir o ensino fundamental e o médio”.
O plano será apresentado aos gestores e professores, para que seja analisado e realizado as
alterações necessárias e espera-se adesão de todos, para que as ações pensadas seja eficazes
no sentindo de melhorar o rendimento escolar, garantido aprendizagens significativas e com
isso a escola cumpra com seu papel de promover educação de qualidade para todos.
2. Objetivos
Geral
Melhorar o rendimento na disciplina de Matemática dos alunos do Ensino Fundamental II e
Médio e consequentemente elevar os índices de aprovação nessa disciplina.
Específicos
• Promover formação de professores que contribuam para a construção de práticas
pedagógicas mais eficazes;
• Dinamizar o ensino de Matemática, visando otimizar a qualidade da aprendizagem.
3. Metas
• Diminuir para 20% até o final de 2013 o índice de reprovação em Matemática.
• Elevar em 30% o rendimento em Matemática até o ano de 2013.
4. Público Alvo
Alunos do Ensino Fundamental II e Médio e professores de Matemática do Colégio Pio XII
5. Estratégias Metodológicas
Ao pensarmos a metodologia de implementação desse plano de intervenção levamos em
consideração o que afirma Ângelo Ricardo do Souza
“A gestão democrática compreendida, então, como um processo político no qual as pessoas que atual na/sobre a escola identificam problemas, discutem, deliberam e planejam, encaminham, acompanham, controlam e avaliam o conjunto das ações voltadas ao desenvolvimento da própria escola na busca da solução daqueles problemas.” (SOUZA,
Partindo dessa premissa pensamos algumas estratégias relacionadas ao levantamento de dados
sobre o problemas, formação do educador de Matemáticas e a atividades de sala ou extra-
classes, visando de garantir a qualidade da educação oferecida e consequentemente a melhoria
da aprendizagem. Tais estratégias foram detalhadas e seus respectivos responsáveis e prazos
para a sua execução determinados
1. Banco de dados das dificuldades a serem superadas: Fazer um levantamento sobre as
principais dificuldades em Matemática verificadas em cada série, a fim de nortear o
planejamento das aulas e elencar os alunos que necessitam de atendimento para melhorar o
rendimento. RESPONSÁVEI: Articulador de área e professores. PRAZO DE EXECUÇÃO:
Dezembro/2012.
2. Grupo de Estudo. Durante os horários de AC serão realizados estudos sobre o ensino de
matemática, a matemática no dia-a-dia, avaliação da aprendizagem, etnomatemática.
RESPONSÁVEIS: Coordenadora e articulador de área. PRAZO DE EXECUÇÃO: março a
agosto/2013
3. Oficinas Pedagógicas: Promover oficina sobre “Uso das tecnologias no ensino de
Matemática” e “Jogos como facilitadores da aprendizagem de Matemática” a fim de preparar
os professores para dinamizarem suas aulas. RESPONSÁBEIS: Direção e coordenadora.
PRAZO DE EXECUÇÃO: abril e maio/2013.
4. Projeto de Monitoria: Serão escolhidos alunos com melhores rendimentos, que
voluntariamente serão monitores em aula reforço escolar, duas vezes por semana, em turno
oposto para colegas com dificuldades. Os alunos monitores serão orientados pelo professor da
disciplina e receberão prêmio de reconhecimento pelo serviço prestado. RESPONSÁVEIS:
Articulador de área, professores de Matemática e alunos-monitores. EXECUÇÃO: março a
dezembro/2013
5. Projeto de Xadrez: Aproveitando da ludicidade desse jogo e do favorecimento que o mesmo
oferece ao desenvolvimento do raciocínio lógico, o projeto será realizado em três etapas: Na
primeira etapa os professores responsáveis utilizarão os horários de AC, duas vezes por mês,
para atender alunos do turno oposto e formar multiplicadores. Paralelo à essa formação todos
os professores de Educação Física trabalharão com todas as turmas as regras do xadrez, os de
matemática trabalharam com possibilidades de jogadas e os de Artes trabalharão com
confecção de tabuleiros e peças com material alternativo. Na segunda etapa do projeto os
professores dessas três disciplinas, com auxílio de multiplicadores farão rodadas de xadrez em
duas aulas por bimestre. Os alunos que desejarem continuarão fazendo aulas de xadrez com os
multiplicadores em turno oposto. Na última etapa do projeto a escola realizará um
campeonato de xadrez aberto a todos os alunos e com premiações por categorias.
RESPONSÁVEIS: Professores de Matemática, Educação Física e Artes. EXECUÇÃO: maio
a dezembro/2013.
6. Gincana de Matemática: A gincana de matemática será realizada ao final de cada unidade
letiva em forma de circuito, sendo que as equipes formadas por alunos da mesma série,
passarão por jogos que envolvam lógica, criação de estratégias, testagem de hipóteses.
6. Recursos
De acordo com DOURADO (2007) a qualidade da educação envolve a “relação entre os
recursos materiais e humanos, bem como a partir da relação que ocorre na escola e na sala de
aula”, por isso nesse projeto serão utilizados os recursos humanos presentes na escola
( gestores, articuladores de área, professores e aluno monitor e multiplicador), além de buscar
parcerias com a DIREC para conseguir os ministradores das oficinas. Já os recursos materiais,
como tabuleiros de xadrez, jogos didáticos, softwares didáticos e material impressos, serão
adquiridos com os recursos do PDE (Plano de Desenvolvimento da Escola) e do PDDE (Plano
de Dinheiro Direto na Escola). Também se buscará parceria com o comércio local a fim de se
obter patrocínios para as premiações do campeonato e gincana.
7. Avaliação
A avaliação dos resultados desse projeto será realizada em reuniões pedagógicas a fim de
analisar a execução das ações e os resultados obtidos. Para avaliar a melhoria do desempenho
dos alunos, serão utilizados a notas registradas no SGE (Sistema de Gerenciamento Escolar)
ao fim de cada unidade letiva. A avaliação além de verificar se os objetivos estão sendo
alcançados, servirá para indicar os reajustes necessários ao plano.
8. Referências Bibliográficas
DOURADO, Luiz Fernandes. Políticas e Gestão da Educação Básica no Brasil: limites e perspectivas. Disponível em http://coordenacaoescolagestores.mec.gov.br/ufba/file.php39/Miditecada PE GP / Midiateca_PEGP_2/Texto_1_Polticas_e_Gesta_ou_da_Educa ouo_Basicano _B rasil. pdf . Acessado em 17/10/2012
PARO, Vitor Henrique. A gestão da educação ante as exigências de qualidade e produtividade da escola pública. IN: SILVA, Luiz Heron da; org. A escola cidadã no contexto da globalização. Petrópolis, Vozes, 1998.
SOUZA, Ângelo Ricardo. Explorando e Construindo um Conceito de Gestão Escolar Democrática. Disponível em http://coordenacaoescolagestores.mec.gov.br/ufba/file.php/39/ Midiateca _da _PEGP/ 2/Texto_2xplorandoeConstruindo_umConceitodeG est_uo_Escolar_Dem ocr_itica.pdf . Acessado em 20/10/2012.