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PLANO DE MANEJO APA DAS NASCENTES DO RIO SUCURIÚ 1 a . REVISÃO ENCARTE III PLANEJAMENTO DA UC Março/2018

PLANO DE MANEJO APA DAS NASCENTES DO RIO SUCURIÚ 1a. … · Revisão do Plano de Manejo da APA das Nascentes do Rio Sucuriú – Costa Rica/MS Encarte III –Planejamento da UC _____

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PLANO DE MANEJO

APA DAS NASCENTES DO RIO SUCURIÚ

1a. REVISÃO

ENCARTE III – PLANEJAMENTO DA UC

Março/2018

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Encarte III –Planejamento da UC

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CRÉDITOS TÉCNICOS E INSTITUCIONAIS

Prefeito Municipal: Waldeli dos Santos Rosa

Vice-prefeito: Roberto Rodrigues

Secretarias:

Secretaria de Administração e Finanças

Paulo Renato Andriani

Secretaria de Saúde

Adriana Maura Maset Tobal

Secretaria de Agricultura e Desenvolvimento

Ailton Martins de Amorim

Secretaria de Educação

Manuelina Martins da Silva Arantes Cabral

Secretaria de Transportes, Urbanização e

Obras Públicas

Renato Barbosa de Melo

Secretaria de Turismo, Meio Ambiente,

Esporte e Cultura

Keyler Simey Garcia Barbosa

Secretaria de Assistência Social

Aurea Maria Frezarin Rosa

Dados da Empresa Consultora:

Razão Social: FIBRAcon Consultoria, Perícias e Projetos Ambientais S/S Ltda.

Endereço: Rua Dr. Michel Scaff, 105, sala 9, Bairro Chácara Cachoeira

Município: Campo Grande/MS – CEP: 79040-860

Telefone para contato: (67) 3026 3113

Home Page: www.fibracon.com.br

E-mail: [email protected]

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Coordenação do Plano de Manejo: José Milton Longo - Biólogo, Doutor em Ecologia e

Conservação

Equipe Técnica FIBRAcon

Coordenador da Avaliação Ecológica Rápida: José Carlos Chaves dos Santos – Biólogo, Mestre

em Ecologia e Conservação (Mastofauna; Uso Público)

Eliane Santos Breda - Administradora de empresas (Socioeconomia)

José Alexandre Agiova da Costa - Eng. Agrônomo, Doutor em Plantas Forrageiras (Meio Físico)

Daniele Louise Cesquin Campos - Cientista Social e Bióloga (Socioeconomia e Uso Público)

José Milton Longo – Biólogo, Doutor em Ecologia e Conservação (Vegetação; Uso Público; OPP)

Ricardo Anghinoni Bocchese - Biólogo, M.Sc. Meio Ambiente, Especialista em Gestão

Florestal (Vegetação)

Ana Luiza Cesquin Campos – Bióloga, Mestre em Ecologia e Conservação (Herpetofauna)

Thiago Matheus Breda – Biólogo (Avifauna)

Fábio Ricardo da Rosa – Biólogo, Doutor em Ecologia e Conservação (Ictiofauna)

Guilherme Hollo de Andrade – Engenheiro Ambiental (SIG)

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ÍNDICE

ENCARTE III ............................................................................................................................ 8

1. PLANEJAMENTO DA UNIDADE DE CONSERVAÇÃO ............................................. 8

1.1. Objetivos de Manejo ................................................................................................. 10

1.1.1. Objetivo Geral .................................................................................................... 10

1.1.2. Objetivos Específicos ......................................................................................... 10

1.1.3. Registro da Oficina Participativa (OPP) da APA das Nascentes do Rio Sucuriú ..

............................................................................................................................ 11

1.2. ZONEAMENTO AMBIENTAL ............................................................................................. 15

1.2.1. Missão institucional e visão de futuro ................................................................ 15

1.2.2. Zoneamento ........................................................................................................ 22

1.2.3. Zona de uso sustentável ..................................................................................... 22

1.2.3.1. Núcleo Histórico/Cultural .............................................................................. 26

1.2.4. Zona de manejo dos recursos naturais e da biodiversidade ................................... 27

Descrição, percentual e caracterização ............................................................................. 27

Critérios de Delimitação ................................................................................................... 28

Conflitos de Uso ............................................................................................................... 28

Objetivos ........................................................................................................................... 29

Normas e Restrições ......................................................................................................... 29

1.2.5. Zona de recuperação .............................................................................................. 31

Descrição, percentual e caracterização ............................................................................. 31

Critérios de delimitação .................................................................................................... 31

Conflitos de Uso ............................................................................................................... 31

Objetivos ........................................................................................................................... 32

Normas e Restrições ......................................................................................................... 33

1.2.6. Zona de preservação .............................................................................................. 34

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Descrição, percentual e caracterização .............................................................................. 34

Critérios de Delimitação.................................................................................................... 34

Conflitos de Uso ................................................................................................................ 35

Objetivos ........................................................................................................................... 35

Normas e Restrições .......................................................................................................... 36

1.3. PROGRAMAS DE CONSERVAÇÃO E MANEJO ..................................................................... 38

1.3.1. Programa de gestão e integração institucional ....................................................... 40

1.3.2. Programa de proteção dos recursos naturais .......................................................... 42

1.3.3. Programa de geração de conhecimento .................................................................. 43

1.3.4. Programa de manejo dos recursos naturais e da biodiversidade ............................ 44

1.3.5. Programa de uso sustentável dos recursos naturais ................................................ 46

1.3.6. Programa de uso público ........................................................................................ 47

1.4. CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO FÍSICO-FINANCEIRO ......................................................... 48

2. Referências bibliográficas ................................................................................................. 50

3. Anexos ............................................................................................................................... 53

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LISTA DE QUADROS

Quadro 1. Matriz FOFA, resultado da Oficina Participativa .............................................. 13

LISTA DE FIGURAS

Figura 1. Ciclo do manejo adaptativo de gestão de uma UC. Fonte: Adaptado do Roteiro

Metodológico para Elaboração dos Planos de Manejo das Unidades de Conservação Estaduais

do Mato Grosso do Sul (Longo & Torrecilha, 2015). .............................................................. 10

Figura 2. Revisão do Plano de Manejo da APA das Nascentes do Rio Sucuriú e Equipe de

Planejamento Costa Rica, MS. ................................................................................................. 13

Figura 3. Mapa das Classes de Aptidão do Solo da APA das Nascentes do Rio Sucuriú.

Fonte: SEPLAN. ...................................................................................................................... 21

Figura 4. Mapa de Zoneamento Ambiental da APA das Nascentes do Rio Sucuriú, Costa

Rica, MS. ............................................................................................................................ 22

Figura 5. Capela Senhor do Bom Jesus, Costa Rica, MS. ................................................. 26

Figura 6. Organograma dos Programas e Subprogramas para a operacionalização do Plano

de Manejo da APA das Nascentes do Rio Sucuriú, Costa Rica, MS. ...................................... 39

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LISTA DE ABREVIATURAS

APA – Área de Proteção Ambiental.

APP – Área de Preservação Permanente.

FOFA – Forças, Oportunidades, Fraquezas e Ameaças.

ICMS Ecológicos – Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços

Ecológicos.

IMASUL – Instituto de Meio Ambiente do Mato Grosso do Sul.

MS – Mato Grosso do Sul.

NEXUCS - Núcleo para Excelência de Unidades de Conservação Ambiental.

OPP – Oficina de Planejamento Participativa.

PRAD – Plano de Recuperação de Áreas Degradadas.

PTI – Plano de Trabalho Individual.

RL – Reserva Legal.

RPPN – Reserva Particular de Patrimônio natural.

SAF – Sistemas Agroflorestais.

SEBRAE - Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas.

SENAC - Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial.

SENAI - Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial.

SEPLAN – Secretaria de Planejamento.

SIG – Sistema de Informação Geográfica.

SNUC - Sistema Nacional de Unidades de Conservação.

SWOT – Strengths, Weakness, Opportunities and Threats.

TM – Terras Marginais.

UC – Unidade de Conservação.

ZUS – Zona de Uso Sustentável.

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1ª Revisão Do Plano De Manejo da APA das Nascentes do Rio Sucuriú

ENCARTE III

1. PLANEJAMENTO DA UNIDADE DE CONSERVAÇÃO

O Planejamento da APA das Nascentes do Rio Sucuriú é resultante da análise integrada de

informações biológicas, ecológicas, físicas e sócio culturais geradas para a consolidação do

Encarte II – Diagnóstico Ambiental da UC. Nos resultados do diagnóstico incorporamos ainda

sugestões das Oficinas locais, com a aplicação da matriz de planejamento FOFA (forças,

oportunidade, fraquezas e ameaças) para fortalecer as ações direcionadas ao planejamento e

zoneamento/ações de manejo a partir das contribuições dos atores locais.

O processo de formulação do planejamento é dinâmico e deve ser considerado como um

instrumento de gestão desenvolvido mediante uma análise do diagnóstico da situação atual,

bem como uma visão de futuro e de valores institucionais, que indicam a escolha da estratégia

de atuação e do alcance dos objetivos específicos do planejamento.

Durante o planejamento devem ser estabelecidos os referenciais que constituem a base de

atuação. Tais referenciais são: a missão, a visão e os objetivos estratégicos.

No estabelecimento da missão e da visão devem ser considerados os respectivos conceitos:

Missão é a declaração de propósito ampla e duradoura que individualiza e distingue

a razão de ser de uma instituição, ou neste caso, de uma Unidade de Conservação;

Visão é a idealização de um futuro desejado para a organização, programa ou, neste

caso, a APA das Nascentes do Rio Sucuriú. Esta deve ser clara, estar em permanente

visibilidade para a sociedade e também transmitir a essência da APA considerando

seus propósitos e a maneira como deverá ser reconhecida.

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Encarte III –Planejamento da UC

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Ainda como parte da avaliação global e que auxilia no estabelecimento dos objetivos

estratégicos, num processo de planejamento, tem-se a avaliação das Oportunidades e das

Ameaças, sendo duas condições externas à organização e gestão da UC, mas que podem

impactar positiva ou negativamente seu desempenho e influenciam as chances de sucesso da

gestão, desde que se adotem as devidas providências.

Tais objetivos são indicações do que se pretende alcançar na APA num horizonte temporal de

cinco anos, sendo as prioridades de gestão e manejo elencadas durante o planejamento.

Para uma Unidade de Conservação com distintos graus de complexidade o planejamento

estratégico é uma ferramenta imprescindível para o sucesso de sua gestão, cujo foco respalda-

se no caminho da gestão para resultados (Nexucs, 2012).

A gestão para resultados baseia-se na definição das metas a serem alcançadas com o

planejamento, a partir da análise estratégica para solucionar os problemas e as limitações

encontradas (Araujo et al., 2007) que indicam o ciclo de manejo adaptativo denominado de

PDCA como um método básico que busca atender aos ajustes necessários proveniente das

mudanças nas condições da UC e seu entorno, além de acomodar recursos incertos e variáveis,

contribuindo efetivamente para melhoria da gestão das unidades de conservação (Longo &

Torrecilha, 2015).

O ciclo PDCA é formado por quatro pilares que significam: P: planejamento; D:

desenvolvimento, C: checagem e A: ação corretiva (Figura 1). Com a implantação do

planejamento da APA, o ciclo do PDCA, ou manejo adaptativo deve ocorrer com checagem

contínua de que as ações implantadas estão sendo executadas e caso negativo, tomar medidas

corretivas para ajustes de percurso.

Na etapa de planejamento é preciso refletir para indicar quais os principais objetivos a serem

alcançados, mediante prioridades da instituição e urgências de proteção dos recursos naturais

da UC.

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Figura 1. Ciclo do manejo adaptativo de gestão de uma UC.

Fonte: Adaptado do Roteiro Metodológico para Elaboração

dos Planos de Manejo das Unidades de Conservação Estaduais

do Mato Grosso do Sul (Longo & Torrecilha, 2015).

1.1. OBJETIVOS DE MANEJO

1.1.1. Objetivo Geral

A APA das Nascentes do Rio Sucuriú foi criada com o objetivo de proteger o conjunto

paisagístico, ecológico e histórico-cultural, promover a recuperação de seus mananciais,

compatibilizando-as com uso racional dos recursos ambientais e ocupação ordenada do solo,

garantindo qualidade ambiental e da vida das comunidades autóctones.

1.1.2. Objetivos Específicos

Conservar a diversidade de ambientes, de espécies e de processos naturais pela

adequação das atividades humanas às características ambientais da área, seus

potenciais e limitações;

Proteger, paisagens e belezas cênicas, rios, nascentes e riachos; incentivar o uso

equilibrado dos recursos naturais; estimular o desenvolvimento regional e preservar

as espécies animais e vegetais;

OBJETIVOS E PROBLEMAS

ELABORAR UM PLANO DE

MANEJO COM METAS E AÇÕES

CLARAS

IMPLEMENTAR O PLANO DE

MANEJO

MONITORAR CONDIÇÕES E RESULTADOS

REVER O MANEJO,

AVALIAR OS PRODUTOS E RESULTADOS

IMPLEMENTAR OS AJUSTES

NECESSÁRIOS

MANEJO

ADAPTATIVO

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Promover a recuperação das áreas de APP localizadas na bacia do Sucuriú, das

Reservas Legal e outras áreas legalmente protegidas promovendo a formação de

corredores de biodiversidade para a fauna e flora.

Seguindo esta abordagem no diagnóstico e avaliação integrada da APA das Nascentes do Rio

Sucuriú as análises estão voltadas a melhoria da qualidade ambiental da área como um todo,

especialmente na restauração dos ambientes degradados nos seus aspectos físicos e

hidrográficos prevendo também a conexão e restauração dos remanescentes na manutenção da

biodiversidade e processos ecológicos, garantindo o bem-estar das comunidades locais.

Assim, o Zoneamento Ambiental da APA foi baseado nas características naturais da UC,

impactos negativos de degradação ambiental e no seu potencial de uso sustentável, voltada a

aptidão natural da região.

1.1.3. Registro da Oficina Participativa (OPP) da APA das Nascentes do Rio Sucuriú

Estas oficinas foram realizadas no município de Costa Rica, onde foram colhidas as sugestões

para complementação da análise e subsídios para o planejamento das ações de gestão, que

compõe este encarte.

As OPPs tiveram como objetivos:

Atualizar a proposta de missão e visão da APA das Nascentes do Rio Sucuriú, de forma

participativa;

Levantar os principais problemas da APA das Nascentes do Rio Sucuriú e sugestões de

solução;

Obter subsídios para atualização do zoneamento e ações de manejo da APA das

Nascentes do Rio Sucuriú, visando a sua gestão eficaz e efetiva de modo a cumprir a

missão da UC, ao longo de 5 (cinco) anos;

Levantar parcerias potenciais entre as instituições que, direta ou indiretamente,

interferem no manejo da APA;

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Fornecer informações sobre os aspectos técnicos e institucionais que norteiam a revisão

do Plano de Manejo da APA das Nascentes do Rio Sucuriú.

Durante as oficinas foram atualizadas as propostas a missão e a visão de futuro como subsídios

a elaboração de uma redação consolidada.

Entre os insumos considerados na composição das propostas de gestão e manejo da UC,

destacam-se o Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza – SNUC, o Plano

Diretor de Ordenamento Territorial do Município de Costa Rica, Planos e programas de

Governo que visam ao desenvolvimento regional e a proteção/restauração da paisagem,

biodiversidade e dos recursos naturais.

Para construção da matriz de planejamento foram considerados os resultados das discussões

das duas oficinas de planejamento, o diagnóstico socioambiental da APA e as reuniões técnicas

junto à equipe de coordenação da elaboração deste Plano. A partir desta, foram definidas, no

contexto do planejamento, estratégias para auxiliar a reverter forças negativas existentes e

potencializar as forças positivas detectadas a favor dos objetivos e da missão da APA.

Durante a oficina foi aplicada a metodologia participativa Matriz FOFA, (Figura 2, Quadro 1)

que permitiu uma análise do ambiente interno e externo dos fatores que impactam

positivamente e negativamente a região da APA. A metodologia de análise de SWOT, sigla em

inglês de Strenghts, Weaknesses, Opportunities and Threats, é uma ferramenta participativa

que foi popularizada no Brasil como Matriz FOFA (Fortalezas, Oportunidades, Fraquezas e

Ameaças) que se baseia numa abordagem de análise prática e objetiva, amplamente aplicada

em atividades multidisciplinares de planejamento estratégico. Utiliza-se de uma análise ampla

do ambiente, esquematicamente representada a seguir:

1) Interno da UC, influenciáveis por ela:

Forças: aspectos vantajosos X Fraquezas: aspectos que precisam ser melhorados.

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2) Externo da UC, não influenciáveis diretamente por ela:

Oportunidades: aspectos favoráveis ao alcance dos objetivos X Ameaças: aspectos que

dificultarão o alcance dos objetivos. De acordo com a montagem dessa matriz, podemos ter

diferentes combinações de cenários no interior e ambiente externo da UC. A interação dos

Pontos Fortes e Oportunidades é chamada de Forças Impulsoras, as quais fortalecem a UC,

contribuindo para o manejo e alcance de seus objetivos de criação. Já a interação entre Pontos

Fracos e Ameaças é conhecida como Forças Restritivas, ou seja, forças que debilitam a UC,

comprometendo o manejo e alcance das metas de seus objetivos de criação.

Figura 2. Revisão do Plano de Manejo da APA das Nascentes do Rio

Sucuriú e Equipe de Planejamento Costa Rica, MS.

Quadro 1. Matriz FOFA, resultado da Oficina Participativa

Interno Externo

Forças

impulsoras

Forças

-Preservação da biodiversidade

-Proteção dos recursos hídricos

-Áreas prioritárias para conservação e

corredores ecológicos

-Atratividade turística

-Existência de legislação

-Plano de Manejo

-Tecnologia na produção

Oportunidades

-Conservação do solo

-Adoção de boas práticas agropecuárias

-Captação de recursos externos

-Diversificação das atividades econômicas

-Educação ambiental e disponibilização de

material informativo sobre a UC

-Oportunidades recreativas

-Parcerias e convênios

-Reflorestamento com espécies nativas

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-Turismo de natureza

Forças

restritivas

Fraquezas

-Fragilidade do solo

-Conservação das nascentes

-Manejo inadequado de pastagens e

lavouras

-Comprometimento da qualidade da água

-Perda de vegetação nativa e

biodiversidade faunística

-Falta de divulgação sobre a UC e suas

normas.

Ameaças

-Manejo inadequado do solo

-Ocupação irregular da APP

-Pesca predatória

-Descontinuidade de políticas públicas

Considerações finais da Oficina: a APA das Nascentes do Rio Sucuriú apresenta-se com intensa

atividade agrícola. Como impacto positivo, as tecnologias aplicadas as atividades rurais

aumentaram, o que confere maior produtividade, aspecto positivo na economia. Como impacto

negativo os principais são a fragmentação da vegetação nativa, a baixa riqueza da fauna e o

assoreamento dos cursos de água, resultantes do desmatamento decorrente do processo de

ocupação e uso da terra, e no presente, a extração de espécies arbóreas, a caça e a sobrecarga

de pesca.

As principais fortalezas são a biodiversidade, as áreas prioritárias para conservação e corredores

ecológicos e a tecnologia empregada na produção.

As oportunidades decorrem gestão da APA como promotor do desenvolvimento rural

sustentável, ampliando a educação ambiental junto aos proprietários rurais, e promovendo as

atividades de turismo e lazer. O desafio é a maior presença pública para proporcionar

infraestrutura no meio rural e ordenamento do uso do solo.

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Revisão do Plano de Manejo da APA das Nascentes do Rio Sucuriú – Costa Rica/MS

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1.2. ZONEAMENTO AMBIENTAL

1.2.1. Missão institucional e visão de futuro

1.2.1.1. Missão Institucional

Conservar a Biodiversidade e os aspectos Histórico e Culturais da APA das Nascentes do Rio

Sucuriú, promovendo um uso racional dos recursos naturais e cênicos e ordenamento da

ocupação do solo da Unidade de Conservação

Justificativa: APA das Nascentes do Rio Sucuriú busca compatibilizar a conservação da

biodiversidade com o uso racional dos recursos ambientais da região valorizando seus aspectos

históricos e culturais. Objetiva também assegurar a preservação do seu complexo sistema

hidrológico, com Veredas e campos úmidos associados. Fortalecer o turismo com enfoque nos

seus atrativos histórico e cultural, garantindo a qualidade de vida das comunidades locais.

1.2.1.2. Visão de Futuro

Ser conhecida por ser uma Unidade de Conservação de gestão integrada eficiente e

participativa, que contribui para a conservação da biodiversidade, e promoção do

desenvolvimento sustentável com base nos seus aspectos naturais, históricos e culturais.

Justificativa: A APA das Nascentes do Rio Sucuriú apresenta uma matriz de ocupação

consolidada pela presença de colonos imigrantes que se estabeleceram na região para cultivos

agrícolas e pecuários. Apresenta remanescentes de Savana Florestada, porém sofre grande

pressão de expansão das atividades econômicas. Seus mananciais apresentam uma associação

de Veredas e Florestas Estacionais que agregam grande valor biológico a UC. Esse conjunto

deve ser gerido de forma a garantir a preservação da sua biodiversidade para as atuais e futuras

gerações.

Com a revisão do Plano de Manejo esta UC atingirá em médio e longo prazo, resultados eficazes

não só para a proteção e conservação dos ecossistemas e sistema hídrico, mas também para o

desenvolvimento econômico e social da região de entorno, privilegiando sua biodiversidade e

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comunidade local, indo ao encontro dos objetivos de criação da APA das Nascentes do Rio

Sucuriú

1.2.1.3. Pressupostos básicos necessários para o desenvolvimento das ações, que irão

nortear os Programas e Ações do Plano de Manejo

Reconhecimento da existência da APA das Nascentes do Sucuriú pela comunidade,

considerando que os questionários aplicados aos moradores locais demonstraram

desconhecimento por parte destes da existência da UC. A falta de governança irá

comprometer a implementação do Plano de Manejo da UC;

Envolvimento da sociedade, ou seja, a integração da sociedade civil e entidades

governamentais e não governamentais como ação fundamental para a implantação

do Plano de Manejo em todos os seus níveis;

Disponibilidade de recursos financeiros, isto é, basicamente as atividades propostas

neste Plano de Manejo necessitam de aportes financeiros para sua implementação.

Para que essa meta seja exequível, requer-se uma necessária adequação e

qualificação do quadro de funcionários e da infraestrutura geral da APA das

Nascentes do Sucuriú.

1.2.1.4. Diretrizes Gerais da APA

Nesta etapa de desenvolvimento do Plano de Manejo procura-se definir quais as regras que irão

nortear todo o processo de construção do Zoneamento e dos Programas e Ações de manejo da

APA das Nascentes do Sucuriú. Desta forma, espera-se estabelecer, em conformidade com os

objetivos da Unidade e de seus pressupostos básicos, algumas linhas a serem seguidas,

abrangendo assim as questões pertinentes ao subsídio à gestão da UC.

Com base na Oficina e nos objetivos de criação da Unidade de Conservação foram estabelecidas

as seguintes diretrizes:

Gestão participativa e sustentável da UC;

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Revisão do Plano de Manejo da APA das Nascentes do Rio Sucuriú – Costa Rica/MS

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Desenvolvimento sócio ambiental da população local, por meio de programas de

educação ambiental e de capacitação comunitária;

Construção de um plano de comunicação sócio ambiental para a UC;

Promoção da aproximação institucional com entidades potencialmente parceiras;

Intensificação das ações de fiscalização, monitoramento e controle;

Promoção da integração com as demais UCs, centros especializados e demais áreas

protegidas da região;

Fomento às pesquisas na UC.

1.2.1.5. Restrições Gerais da UC APA das Nascentes do Sucuriú

Não será admitida dentro da APA das Nascentes do Rio Sucuriú a adoção de técnicas

e/ou práticas agropecuárias ou de obras de engenharia que acarretem na aceleração

dos processos erosivos, perda de fertilidade natural dos solos, ou degradação dos

recursos hídricos;

Para a utilização de agrotóxicos devem ser observadas: a classe toxicológica, o

manejo na aplicação do produto, a extensão da área a ser aplicada e suas

características residuais;

Preservar as Veredas e Campos Úmidos ao longo do rio Sucuriú e tributários,

atendendo a Lei nº 12.651/ 2012 que no seu Art. 4º define e delimita as Área de

Preservação Permanente, em zonas rurais ou urbanas, e no seu inciso XI – delimita

a área de preservação em Veredas, assim estabelecidas: “em veredas, a faixa

marginal, em projeção horizontal, com largura mínima de 50 (cinquenta) metros, a

partir do espaço permanentemente brejoso e encharcado;

Não será admitida a formação de condomínios rurais cujas frações mínimas ideais

sejam inferiores ao módulo fiscal do município integrante da UC;

Não será admitido o parcelamento do solo em lotes de tamanho inferior ao módulo

fiscal estabelecido pelos órgãos competentes, não sendo permitida a transformação

de zona rural em áreas urbana;

A recuperação das áreas degradadas deverá ser realizada com espécies nativas da

UC, seguindo projetos técnicos elaborados por profissionais legalmente habilitados

para este fim;

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Dependerão de autorização do órgão gestor e Conselho Gestor da APA das

Nascentes do Rio Sucuriú a instalação e operação de qualquer atividade

potencialmente poluidora ou utilizadora de recursos naturais, respeitando o

Zoneamento da UC;

A fiscalização sistemática deve coibir permanentemente a caça, o desmatamento, a

exploração de espécies vegetais, os impactos nos recursos hídricos e as atividades

que impliquem na redução da área dos remanescentes e de acordo com o

Zoneamento.

A atualização do Zoneamento da APA aplicou técnicas de geoprocessamento em um Sistema

de Informação Geográfica (SIG), para analisar a paisagem da UC, o qual permitiu a elaboração

das zonas da Unidade de Conservação. As bases destas análises foram substanciadas pelos

dados físicos, biológicos, sócio/culturais e de paisagem da UC, onde foram agregados dados de

levantamentos de campos, como a presença de vegetação remanescente de cerrado, espécies

ameaçadas, endêmicas áreas frágeis com processos erosivos.

Para análise dos aspectos físicos da UC foi empregada à classificação de Aptidão Agrícola das

Terras (Macrozoneamento, 1990), o qual sumariza diversos aspectos abióticos importantes para

mensurar a fragilidade ambiental de uma dada localidade.

Através da classificação Aptidão Agrícola das Terras do Atlas Multirreferencial do MS,

visualiza-se espacialmente a capacidade produtiva das terras, entendida quanto a interação de

parâmetros físicos de tipo de solo-clima vigente-posição no relevo, havendo, assim a indicação

de áreas aptas a serem ocupadas com lavouras, pastagens plantadas e natural e silvicultura, além

das que são desaconselháveis à introdução ao processo produtivo, visto a existência de uma

série de fatores limitantes (que indicam fragilidades físicas), como textura do solo, deficiência

hídrica, tipos de vegetação e de nutrientes, por exemplo.

A partir desses fatores limitantes estabeleceram-se os Níveis de Restrição para cada classe de

aptidão do solo, os quais associados aos remanescentes de vegetação do Mato Grosso do Sul, e

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demais potencialidades de uso racional dos recursos naturais foi possível definir as Zonas

Ambientais da UC.

Na APA das Nascentes do Rio Sucuriú as terras aptas para a lavoura são do Grupo 2 e estão

localizadas à norte e sudeste.

A maioria da área da UC é constituída por terras com aptidão intermediária, denominadas

Terras Marginais (TM), que são divididas em TM1, com combinações de aptidão para lavoura

(Grupo 3) / pastagem plantada (Grupo 4), e TM2, aptas para pastagem plantada (Grupo 4) /

silvicultura (Grupo 5). A utilização dessas terras pode oferecer certos riscos de insucesso e

requerem pesquisas em lavouras, pastagens plantadas, silvicultura ou outros usos para melhor

definição da classe de aptidão.

As terras com aptidão intermediária TM1 apresentam solos de textura média, com maiores

riscos de deficiência hídrica para uso com lavoura. A utilização destas terras com pastagem

plantada oferece menores riscos de insucesso. Correspondem a 17,35% da área do estado e

estão presentes na porção nordeste da APA das Nascentes do Rio Sucuriú, margem esquerda

do rio Sucuriú.

Na APA também ocorrem as terras com aptidão intermediária TM2, que apresentam maiores

riscos de deficiência hídrica para uso com pastagem plantada, pois são solos de textura arenosa,

sendo a silvicultura a sua utilização mais segura. Outra opção é reservar parte destas terras para

proteção da fauna e flora do Cerrado, mantendo os fragmentos de mata ainda existentes.

Correspondem a 16,74% da área do estado e na APA estão localizadas na margem direita do

rio Sucuriú.

Na APA também encontramos alguns pontos com terras indicadas para preservação da flora e

fauna, recreação ou outros usos não agrícolas (Grupo 6), essas terras correspondem a 3,50%

do estado, são áreas de solos rasos, impróprios a mecanização, altamente susceptíveis a erosão,

podendo apresentar afloramentos rochosos.

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Na área central da APA, as margens do rio Sucuriú, encontramos solos 1AB(c), são solos de

aptidão boa, cm boas reservas de nutrientes, relevo ondulado, com presença comum de

afloramentos rochosos.

A norte e nordeste a APA apresenta terras de aptidão regular e restrita - 2(a)bc, mais indicadas

para lavoura, são solos com baixas reservas de nutrientes, relevo normalmente plano a suave

ondulado de textura argilosa.

As terras 3(abc) localizadas a nordeste da APA são terras de aptidão restrita, de solos com

medianas a boas reservas de nutrientes, relevo plano, sujeitos a inundação de curta duração

(Figura 3).

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Figura 3. Mapa das Classes de Aptidão do Solo da APA das Nascentes do Rio Sucuriú.

Fonte: SEPLAN.

Portanto, as Zonas foram geradas analisando de forma integrada os mapas de fragilidades

físicas, aptidão sócio econômica, importância biológica, valores histórico/culturais e quadro

atual de uso e ocupação, buscando assegurar a preservação dos principais remanescentes. Segue

mapas do Zoneamento, suas características e normas (Figura 4). O mapa detalhado do

Zoneamento encontra-se em anexo.

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Figura 4. Mapa de Zoneamento Ambiental da APA das Nascentes do rio Sucuriú, Costa Rica, MS.

1.2.2. Zoneamento

1.2.3. Zona de uso sustentável

Descrição, percentual e caracterização.

A Zona de Uso Sustentável, com 2.82.973,6369 hectares, representa 96,47% da sua área total,

apresenta uma matriz predominante de pastagem.

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O Núcleo Histórico/cultural está representado pela região de Baús, na localidade da Capela

Senhor do Bom Jesus na porção Nordeste da UC e sítios arqueológicos.

Suas terras possuem aptidão intermediária, apresentam solos de textura média, com maiores

riscos de deficiência hídrica para uso com lavoura. A utilização destas terras com pastagem

plantada oferece menores riscos de insucesso. Apresenta poucas práticas de conservação de

solo, mas necessita de restauração de áreas para compor as RLs das propriedades.

Critérios de Delimitação

Características de Aptidão física;

Uso e Ocupação do solo;

Atividades turísticas e culturais.

Conflitos de Uso

Usos de técnicas inadequadas de conservação do solo, causando seu empobrecimento e

erosão;

Represamento sistemático dos cursos d’água;

Agricultura com técnicas inadequadas, envolvendo a utilização de pesticidas;

Pecuária em condições inadequadas de manejo, implicando ocupação de áreas de alta

declividade e/ou com ocorrência de processos erosivos;

Ocupação irregular de APPs;

Pesca em desconformidade com as normas ambientais;

Caça ilegal;

Disposição inadequada de resíduos sólidos;

Inadequação de saneamento básico;

Inadequação das estradas;

Turismo não disciplinado;

Expansão desordenada de loteamentos e chácaras de recreio, nas regiões próximas aos

núcleos urbanos sem infraestrutura de saneamento;

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Atividades de mineração.

Objetivos

Estimular novos padrões tecnológicos de produção agropecuária e sistemas

agroflorestais, que racionalizem a utilização dos recursos ambientais da UC APA;

Incentivar a Restauração e Averbação das Reservas Legais nas propriedades;

Controlar e reduzir a poluição hídrica do rio Sucuriú e seus afluentes, a montante da

área metropolitana, devido a lançamento dos efluentes das atividades urbanas e

industriais;

Controlar e reduzir a poluição do ar, decorrente das atividades das indústrias;

Disciplinar as atividades de extração e beneficiamento de minérios, desenvolvidas no

interior da zona;

Assegurar a integridade remanescentes de vegetação nativa e manejo dos recursos

pesqueiros que permeiam esta Zona na constituição dos corredores;

Dar suporte as atividades de turismo de baixo impacto que aumentem os valores

ecológicos, paisagísticos e econômicos dos remanescentes junto às comunidades

humanas residentes e visitantes;

Dar suporte ao ordenamento do uso dos ambientes aquáticos e vegetação remanescente

associada.

Fortalecer e incentivar a ocupação do território sob condições sustentáveis de manejo e

utilização dos recursos ambientais;

Viabilizar práticas de agricultura e silvicultura sob condições de manejo que conduzam

ao consumo sustentável dos recursos ambientais e que promovam o desenvolvimento

de tecnologias que associem alta produtividade e redução de impactos ambientais.

Normas e Restrições

Disciplinar o parcelamento do solo, controlando sua expansão em direção às áreas de

alta vulnerabilidade hidrogeológica, geotécnica; e de poluição dos aquíferos locais,

ficando proibidas as expansões de perímetro urbano, loteamentos urbanos e rurais nestas

áreas;

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Serão permitidos Loteamentos rurais destinados a chácaras de recreio, com lote mínimo

de 5.000 m2, exigindo-se o cumprimento da legislação ambiental quanto a destinação

de 20 % como Reserva legal, utilizando para a recomposição vegetal espécies da flora

nativa;

Somente será permitida implantação de loteamentos perante a instalação de

infraestrutura de saneamento básico e anuência do conselho gestor da APA;

O Turismo ecológico deve ser condicionado à implantação de infraestrutura sanitária,

preservando-se as condições ambientais locais e não induzindo à concentração

populacional;

Serão permitidas somente atividades de agricultura, pecuária e silvicultura sob

condições de manejo que conduzam ao uso sustentável dos recursos ambientais e que

promovam o desenvolvimento de tecnologias que associem alta produtividade e redução

de impactos ambientais;

Não deverá ser autorizada a realização de queimadas para o manejo da pastagem;

Reformas de áreas para pastagens deverão aplicar técnicas de conservação do solo e

recursos hídricos;

Somente será permitida a implantação e operação de empreendimentos de baixo

impacto ambiental, devidamente licenciado e com anuência do Conselho Gestor da UC;

Estabelecer exigências específicas quanto à instalação de equipamentos de controle das

emissões atmosféricas industriais;

Proibir a instalação de indústrias com potencial poluidor fora dos limites estabelecidos

no plano diretor do município;

Proibir a instalação de depósitos e tratamento de efluentes sanitários, resíduos sólidos

urbanos e industriais, resíduos de agrotóxicos ou de fertilizantes e outros resíduos

perigosos, em locais inadequados e em condições que impliquem risco de poluição do

solo e das águas superficiais e subterrâneas;

Somente serão permitidas atividades de Extração e beneficiamento mineral

regularmente licenciadas pelo Órgão Ambiental Competente e com anuência do órgão

gestor municipal, sendo condicionados à sua regularização a implantação de

infraestrutura sanitária, preservando-se as condições ambientais locais e não induzindo

à concentração populacional, e a vinculação em programa de extensão ambiental,

destinados à redução dos impactos da atividade, melhoria tecnológica e redução de

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perdas. Além das exigências já contidas na licença ambiental, estes empreendimentos

deverão manter intactos sítios espeleológicos, arqueológicos ou paleontológicos e APPs

que ocorrerem nas áreas de suas concessões ou nas imediações de suas lavras e

responsabilizar-se por sua salvaguarda; tratar e dispor adequadamente seus efluentes

líquidos, sem que se configure alteração das águas subterrâneas ou superficiais. Nos

casos de ampliação dos empreendimentos, deverão ser realizados novos estudos de

impacto ambiental de acordo com o órgão licenciador estadual;

Deverá ser implementada uma fiscalização sistemática e em parceria com os órgãos

ambientais competentes.

1.2.3.1. Núcleo Histórico/Cultural

Caracterização

Representado pela comunidade da Capela Senhor do Bom Jesus, conhecida como “O Santo

Fujão”, e seus elementos históricos associados. O Núcleo Histórico/Cultural está localizado na

porção nordeste da Zona de Uso Sustentável.

Na Capela Senhor do Bom Jesus no dia 6 de agosto é realizada a festa do Santo Fujão onde os

visitantes realizam uma caminhada de quatro horas da sede do município de Costa Rica até a

Capela Senhor do Bom Jesus (Figura 5).

Figura 5. Capela Senhor do Bom Jesus, Costa Rica, MS.

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Os sítios arqueológicos identificados, denominados MS-SU-008, MS-SU-009 E MS-CR02,

também fazem parte do núcleo Histórico/Cultural.

Critérios de Delimitação

Limites da localidade da Capela Senhor do Bom Jesus e seu entorno imediato.

Objetivos

Proteger o patrimônio histórico e cultural da região;

Estudar, e interpretar para o público a história local e seu papel na colonização regional,

servindo à pesquisa, educação e turismo;

Promover a integração entre o conjunto paisagístico e a cultura regional;

Estimular as atividades de visitação na área da Capela tendo em vista seu valor histórico,

cultural e de estímulo ao turismo integrativo entre os elementos naturais e culturais da

região.

Normas e Restrições

Não deverá ser autorizada a realização de queimadas para o manejo da pastagem e áreas

agrícolas no entorno da Capela;

Somente será permitida a implantação e operação de empreendimentos de baixo

impacto ambiental no entorno da Capela, devidamente licenciado e ouvido o Conselho

Gestor da UC;

Deverá ser implementada uma fiscalização sistemática e em parceria com os órgãos

ambientais competentes.

1.2.4. Zona de manejo dos recursos naturais e da biodiversidade

Descrição, percentual e caracterização

Compreende o rio Sucuriú, vegetação associada de Matas Ciliares e Veredas, com ou sem a

presença de Buritis e os remanescentes florestais conectados ou não, formando corredores ao

longo das propriedades rurais.

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São áreas preferencialmente indicadas para preservação da fauna e flora, recreação ou para

outro uso não agrícola.

Esta Zona permeia pela Zona de Uso Sustentável, totalizando uma área de 350,3596 hectares,

que corresponde a 0,12% da área da UC.

Critérios de Delimitação

Conjunto de áreas contíguas as de APP, localizadas ao longo do rio Sucuriú com 50m

além do estipulado para pela legislação pertinente;

Conjunto de áreas contíguas as APPs localizadas no entorno de nascentes com o mesmo

valor em metros, além da estipulada pela legislação pertinente;

Limites onde ocorre a presença de APP em toda extensão da APA;

Valores biológicos;

Usos e manejo dos recursos pesqueiros;

Áreas que apresentam potencial turístico de balneabilidade e rural de baixo impacto.

Conflitos de Uso

Ocupação irregular nas áreas de preservação permanente para atividades de pecuária e

agricultura e aquicultura;

Desmatamentos irregulares em áreas de Áreas de Preservação Permanente (APPs),

Reserva Legal (RLs);

Agricultura intensiva e irrigada, com utilização de adubos tóxicos e pesticidas sem o

devido licenciamento ambiental;

Atividades de extração de areia ou cascalho no rio Sucuriú, causando impactos

significativos ao sistema fluvial e à vegetação ciliar;

Alteração da dinâmica do regime hidrológico do rio Sucuriú e seus tributários;

Competição pelo uso da água;

Assoreamento e poluição dos mananciais;

Desmatamento nas áreas de APP;

Pesca em desacordo com os parâmetros ambientais;

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Caça ilegal;

Ausência de Cadastro Ambiental Rural.

Objetivos

Proteger os sistemas naturais existentes, o rio Sucuriú e seus tributários, os

remanescentes de florestas e Savanas, áreas de preservação permanente e Veredas,

assegurando a conectividade funcional destas formações;

Viabilizar a formação de corredores de biodiversidade com a alocação de remanescentes

naturais preferencialmente contíguos às APPs;

Proteger a vida aquática e a fauna associada;

Assegurar a manutenção da biodiversidade e ecossistema aquático local;

Viabilizar atividades científicas e de educação ambiental com caráter conservacionista

na UC;

Controlar e reduzir o assoreamento dos recursos hídricos e manutenção do seu regime

hidrológico;

Promover a recuperação do solo e dos remanescentes naturais degradados;

Estimular usos alternativos de baixo impacto, evitando a conversão de novas áreas em

ambientes naturais;

Estimular turismo ecológico e rural de baixo impacto, que utilize técnicas de acesso com

baixo impacto sobre os ambientes a serem preservados;

Promover a restauração das áreas degradadas nos limites da Zona.

Normas e Restrições

Não deverá ser permitida a expansão das atividades agropecuárias que impliquem em

abertura de novas frentes de desmatamento sem os devidos estudos de aptidão do solo

com a anuência do Conselho Gestor;

Reformas de áreas para pastagens e agricultura deverão aplicar técnicas de conservação

do solo e recursos hídricos;

Não deverá ser autorizada a realização de queimadas para o manejo da pastagem e áreas

agrícolas;

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Somente será permitida a implantação e operação de empreendimentos de baixo

impacto ambiental, devidamente licenciado e ouvido o Conselho Gestor da UC;

Restringir para um prazo de até dois anos o início dos projetos de recuperação dos

núcleos de erosão e APPs ocupadas com pastagens;

Viabilizar a substituição progressiva de fossas negras por sistemas adequados de

saneamento;

Determinar a restauração florística com espécies nativas;

Sejam adotadas práticas sustentáveis de manejo de solo e água e de recursos hídricos,

garantindo sua qualidade e quantidade, de acordo com norma dos Conselhos Estaduais

de Meio Ambiente;

Somente utilizar os recursos hídricos com base nos planos de bacia hidrográfica;

Proibida a utilização de áreas para disposição e tratamento de efluentes sanitários,

resíduos sólidos domésticos ou industriais, sob quaisquer condições;

Proibida a disposição de efluentes ou resíduos de substâncias químicas, de agrotóxicos

ou de fertilizantes sem utilização de programas de monitoramento de risco ambiental;

Não será permitida agricultura, silvicultura e pecuária com manejo intensivo e com uso

de defensivos e fertilizantes potencialmente poluentes, sem o devido licenciamento

ambiental e anuência do Conselho Gestor da UC;

Deverão ser adotadas práticas sustentáveis de manejo de solo e água e de recursos

hídricos, garantindo sua qualidade e quantidade, de acordo com norma dos Conselhos

Gestor da UC;

Deve-se preferencialmente estabelecer áreas contíguas às APPs para alocação de RL,

para implantar atividades alternativas de baixo impacto, dependendo a aptidão local –

SAFs (Sistemas Agroflorestais), agricultura orgânica, apicultura, etc. nas áreas

contíguas as APPs estabelecidas na Zona de Uso Sustentável.

Implantar um sistema de apoio à reorientação tecnológica de atividades incompatíveis

e conflitantes em relação ao ambiente, visando reduzir as incompatibilidades existentes;

Disciplinar o uso do solo em áreas com declividades acima de 3%, incentivando a

implantação de curvas de nível, terraços, etc.;

Deverá ser implementada uma fiscalização sistemática e em parceria com os órgãos

ambientais competentes;

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Disciplinar os processos de licenciamento ambiental referentes a atividades de irrigação

e exploração mineral, vinculando a aprovação das licenças ao Conselho Municipal de

Meio Ambiente do município e ao conselho da APA.

1.2.5. Zona de recuperação

Descrição, percentual e caracterização

Compreende áreas frágeis que necessitam de monitoramento e ações preventivas e ações de

recuperação de danos ambientais. Destaca-se as áreas com certo grau de antropização

consideradas de maior fragilidade do solo e suscetíveis a erosão, encostas. Esta Zona permeia

pela ZUS, totalizando uma área de 1589,9711 hectares, que corresponde a 0,54% da área da

UC.

Critérios de delimitação

Limites do conjunto de ecossistemas úmidos das nascentes do rio Sucuriú que se

localizam ao norte da APA, bem como os encontrados na bacia do rio Sucuriú;

Limites onde ocorre a presença de Veredas associadas aos cupinzeiros luminosos;

Áreas de recarga do aquífero guarani situadas ao norte e noroeste da APA;

Áreas de remanescentes vegetacionais significativos;

As áreas de coval formadas pelo afloramento do lençol freático na região das nascentes

do rio Sucuriú;

Área com processos erosivos acentuados nos limites da UC, em córregos contribuintes

na formação do rio Sucuriú;

Áreas de APPs ocupadas por pastagens às margens dos córregos contribuintes do rio

Sucuriú.

Conflitos de Uso

Usos de técnicas inadequadas de conservação do solo, causando seu empobrecimento e

erosão;

Atividades de uso e ocupação do solo em áreas úmidas, Veredas e APPs;

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Utilização de sistemas de drenagem das áreas úmidas para fins de substituição da vegetação

nativa em monoculturas ou pastagem exótica;

Pecuária em condições inadequadas de manejo, implicando ocupação com ocorrência

de processos erosivos;

Ocupação de APPs, veredas, nascentes e matas ciliares;

Competição pelo uso da água (uso para irrigação sem o devido licenciamento

ambiental);

Objetivos

Promover a recuperação do solo, dos recursos hídricos e dos remanescentes naturais

degradados;

Proteger e promover a integração entre o conjunto paisagístico e a cultura regional;

Proteger os importantes sistemas ambientais da região representados pelos: campos

úmidos – coval localizados nas regiões das nascentes do rio Sucuriú e afluentes, além

das áreas de veredas;

Proteger o ecossistema úmido e a biota remanescente em ambiente lacustre, em especial

aos recursos hídricos e sua fauna associada;

Controlar e reduzir a poluição proveniente do uso de agrotóxicos pela lavoura que

causam a poluição do aquífero guarani (áreas de recarga do aquífero) e águas

superficiais;

Disciplinar as atividades agropecuárias nas áreas próximas aos campos úmidos – covais

e veredas;

Proteger a expressiva biodiversidade dos ambientes úmidos da APA, representada pela

área das nascentes do rio Sucuriú e sua conectividade com as áreas de Cerrado;

Proteger a biodiversidade dos diferentes remanescentes florestais, savânicos e

campestres presentes na APA, promovendo a manutenção da integridade desses

ecossistemas;

Viabilizar ações de manejo mais adequadas de acordo com a aptidão agrícola e

conservação;

Consolidar novos padrões tecnológicos de produção agropecuária;

Incentivar a Averbação das Reservas Legais nas áreas apontadas como Corredores de

Biodiversidade;

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Controlar as atividades agropecuárias causadoras de poluição na região dos covais;

Controlar atividades de agricultura e pecuária que impliquem impactos ambientais,

especialmente relacionados à geração de carga orgânica, utilização de fertilizantes

tóxicos e pesticidas;

Proibir desmatamentos irregulares e troca de vegetação nativa dos campos úmidos por

espécies exóticas, a drenagem nas áreas de covais, conforme limites pré-estabelecidos.

Normas e Restrições

Reformas de áreas para pastagens e agricultura no entorno deverão aplicar técnicas de

conservação do solo e recursos hídricos;

Não deverá ser autorizada a realização de queimadas para o manejo da pastagem e áreas

agrícolas do entorno;

Somente será permitida a implantação e operação de empreendimentos de baixo

impacto ambiental, devidamente licenciado e ouvido o Conselho Gestor da UC;

Restringir para um prazo de até dois anos o início dos projetos de recuperação dos

processos erosivos e APPs ocupadas com pastagens;

Determinar a produção florestal com utilização de manejo em bases ecológicas,

condicionada à produção e recomposição florística com espécies exóticas ou nativas;

As instalações deverão ser localizadas em áreas de domínio público. Para tanto, serão

necessários estudos fundiários para identificação e aquisição das áreas para este fim.

O Reflorestamento e/ou reconstituição da paisagem natural deverá ser com espécies

nativas, visando ao adensamento da vegetação e à recomposição florística,

principalmente áreas naturais em processo de degradação ambiental;

Será permitida a Pesquisa científica, Turismo ecológico e lazer em contato com a

natureza, que utilize técnicas de acesso com baixo impacto sobre os ambientes a serem

preservados;

Será permitida apenas a pesca artesanal e de subsistência;

Fica proibida a disposição de efluentes ou resíduos de substâncias químicas, de

agrotóxicos ou de fertilizantes sem utilização de programas de monitoramento de risco

ambiental;

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Revisão do Plano de Manejo da APA das Nascentes do Rio Sucuriú – Costa Rica/MS

Encarte III –Planejamento da UC

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Fica proibida a agricultura com manejo intensivo e com uso de defensivos e fertilizantes

potencialmente poluentes, sem o devido licenciamento ambiental e anuência do

Conselho Municipal de Meio Ambiente e Conselho Gestor da APA;

Fica proibido o parcelamento do solo destinado a loteamentos;

Fica proibida a utilização de áreas para disposição e tratamento de efluentes sanitários,

resíduos sólidos domésticos sob quaisquer condições;

Não será permitida a criação intensiva de animais;

Fica proibida a utilização dos recursos hídricos sem o devido licenciamento ambiental

e anuência do Conselho Municipal de Meio Ambiente e Conselho Gestor da APA;

Deverá ser implementada uma fiscalização sistemática e em parceria com os órgãos

ambientais competentes.

1.2.6. Zona de preservação

Descrição, percentual e caracterização

A Zona de Preservação engloba uma área de 8.409,3723 hectares, que corresponde a 2,87% da

área da UC, compreendendo o rio Sucuriú e seus contribuintes, nascentes, vegetação associada

de Matas Ciliares, Veredas, áreas úmidas, com ou sem a presença de Buritis e os remanescentes

florestais conectados ou não, formando corredores ao longo das propriedades rurais e áreas de

importância ecológica para reprodução de peixes.

São áreas preferencialmente indicadas para preservação da fauna e flora, recreação ou para

outro uso não agrícola, por apresentarem altos níveis de restrição, inclusive restrições legais.

São na sua grande maioria APPs e os demais remanescentes podem cumprir seu papel de RL

das propriedades, ou por exemplo títulos de cotas para constituição de RLs.

Critérios de Delimitação

Áreas de APP e remanescentes florestais (Floresta Aluvial, Savana, Campo Úmido e

Vereda) contíguos localizados ao longo do rio Sucuriú e seus tributários na área da UC.

Conjuntos representativos do patrimônio arqueológico e paleontológico, espeleológicos e

cultural;

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Valores biológicos;

Usos e manejo dos recursos pesqueiros;

Áreas que apresentam potencial turístico de balneabilidade e rural de baixo impacto;

Áreas que se apresentam como importantes na composição da Unidade de Conservação,

quer pelo caráter representativo de conjunto cultural, histórico ou paisagístico, quer pelo

grau de fragilidade física e biótica que possam representar riscos que comprometam os

ecossistemas locais, independentemente de estarem protegidas por qualquer tipo de

norma, federal, estadual ou municipal.

Conflitos de Uso

Ocupação irregular nas áreas de preservação permanente para atividades de pecuária

e agricultura e aquicultura;

Desmatamentos irregulares em áreas de APP, Reserva Legal;

Alteração da dinâmica do regime hidrológico do ribeirão Salobra e seus tributários;

Pesca em desacordo com os parâmetros ambientais;

Caça ilegal;

Ausência de Cadastro Ambiental Rural.

Objetivos

Proteger os sistemas naturais existentes, o rio Sucuriú e seus tributários, os

remanescentes de florestas e Savanas, áreas de preservação permanente e Veredas,

assegurando a conectividade funcional destas formações;

Viabilizar a formação de corredores de biodiversidade com a alocação de

remanescentes naturais preferencialmente contíguos às APPs;

Proteger a vida aquática e a fauna associada;

Assegurar a manutenção da biodiversidade e ecossistema aquático local;

Viabilizar atividades científicas e de educação ambiental com caráter conservacionista

na UC;

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Controlar e reduzir o assoreamento dos recursos hídricos e manutenção do seu regime

hidrológico;

Promover a recuperação do solo e dos remanescentes naturais degradados;

Estimular usos alternativos de baixo impacto, evitando a conversão de novas áreas em

ambientes naturais;

Estimular turismo ecológico e rural de baixo impacto, que utilize técnicas de acesso

com baixo impacto sobre os ambientes a serem preservados;

Promover a restauração das áreas degradadas nos limites da Zona.

Normas e Restrições

Não deverá ser permitida a expansão das atividades agropecuárias que impliquem em

abertura de novas frentes de desmatamento sem os devidos estudos de aptidão do solo

com a anuência do Conselho Gestor;

Reformas de áreas para pastagens e agricultura deverão aplicar técnicas de

conservação do solo e recursos hídricos;

Não deverá ser autorizada a realização de queimadas para o manejo da pastagem e

áreas agrícolas;

Somente será permitida a implantação e operação de empreendimentos de baixo

impacto ambiental, devidamente licenciado e ouvido o Conselho Gestor da UC;

Restringir para um prazo de até dois anos o início dos projetos de recuperação dos

núcleos de erosão e APPs ocupadas com pastagens;

Viabilizar a substituição progressiva de fossas negras por sistemas adequados de

saneamento;

Determinar a restauração florística com espécies nativas;

Sejam adotadas práticas sustentáveis de manejo de solo e água e de recursos hídricos,

garantindo sua qualidade e quantidade, de acordo com norma dos Conselhos Estaduais

de Meio Ambiente;

Somente utilizar os recursos hídricos com base nos planos de bacia hidrográfica;

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Proibida a utilização de áreas para disposição e tratamento de efluentes sanitários,

resíduos sólidos domésticos ou industriais, sob quaisquer condições;

Proibida a disposição de efluentes ou resíduos de substâncias químicas, de agrotóxicos

ou de fertilizantes sem utilização de programas de monitoramento de risco ambiental;

Agricultura, silvicultura e pecuária com manejo intensivo e com uso de defensivos e

fertilizantes potencialmente poluentes, sem o devido licenciamento ambiental e

anuência do Conselho Gestor da UC;

Deverão ser adotadas práticas sustentáveis de manejo de solo e água e de recursos

hídricos, garantindo sua qualidade e quantidade, de acordo com norma dos Conselhos

Gestor da UC;

Deverá ser implementada uma fiscalização sistemática e em parceria com os órgãos

ambientais competentes.

1.2.6.1. Núcleo de Proteção de Áreas de Reprodução e Berçário de Peixes

Caracterização e justificativas

O Núcleo de Proteção de Áreas de Reprodução e Berçário de Peixes é formado por grande parte

do percurso rio Sucuriú e a maioria dos seus afluentes na APA, em locais que apresentam matas

paludosas (pindaíbas), várzeas e lagoas marginais, locais que servem como abrigo, sítio de

forrageamento, sítio de desova de algumas espécies e “berçários” para o desenvolvimento de

formas larvais e juvenis de peixes, mesmo daquelas que desovam a montante (RESENDE,

2003; AGOSTINHO et. al., 2003). Outros ambientes que compõem o Núcleo são as lagoas e

varjões que possuem uma ictiofauna residente.

Critérios de Delimitação

Ambientes que servem de abrigo para peixes;

Sítios de forrageamento de peixes;

Sítios de desova de peixes.

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Objetivos

Garantir a reprodução das espécies peixes residentes, seu crescimento, e ganho de

biomas;

Proteger os sítios de reprodução, crescimento e forrageamento das espécies da

ictiofauna.

Normas e Restrições

Estipular um período de defeso;

Proibição da pesca no trecho das corredeiras a baixo do salto do Sucuriú até a barra o

ribeirão Cascavel e na das lagoas marginais e brejos acima da ponte de pedra até o

ribeirão Lajeado;

A proibição da pesca nos trechos mencionados deve coincidir com período reprodutivo.

1.3. PROGRAMAS DE CONSERVAÇÃO E MANEJO

Os programas e ações são direcionados para atender aos objetivos de criação da APA,

Formalizados através do zoneamento e normas de manejo da Unidade de Conservação,

permitem a efetivação das diretrizes de uso e ocupação de cada zona ambiental, proposta.

Definem as ações de apoio que deverão estimular os processos econômico-sociais

ambientalmente adequados.

Neste encarte são apresentados a seguir os Programas com seus respectivos objetivos principal

e as ações gerenciais:

1) Programa de Gestão e Integração Institucional

2) Programa de Proteção dos Recursos Naturais, Histórico Culturais e Arqueológicos

3) Programa de Geração de Conhecimento

4) Programa de Manejo dos Recursos Naturais e da Biodiversidade

5) Programa de Uso Sustentável dos Recursos Naturais

6) Programa de Uso Público

A seguir é apresentado o organograma dos Programas e Subprogramas para a APA das

Nascentes do Rio Sucuriú (Figura 6).

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Figura 6. Organograma dos Programas e Subprogramas para a operacionalização do Plano de Manejo da APA das Nascentes do Rio Sucuriú, Costa Rica, MS.

Gestão e Integração Institucional

Administração

Infra estrutura e equipamentos e regularização

fundiária

Integração Institucional e

Relações Públicas

Capacitação

Proteção dos Recursos Naturais, Histórico

Culturais e Arqueológicos

Fiscalização

Controle

Geração de Conhecimento

Pesquisa

Manejo dos Recursos Naturais e da

Biodiversidade

Manejo dos Recursos Florestais

Manejo dos Recursos Pesqueiros

Recuperação de Áreas Degradadas

Uso Público

Educação Ambiental

Ecoturismo

Uso Sustentável dos Recursos Naturais

Melhores práticas agropecuárias e

Alternativas de Uso

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1.3.1. Programa de gestão e integração institucional

Objetivo Geral: Viabilizar recursos humanos capacitados para a organização e controle dos

aspectos administrativos e financeiros, traçar estratégias para a implementação do Plano de

Manejo, além do estabelecimento e manutenção das infraestruturas e a divulgação da UC e a

capacitação continuada dos técnicos. Deve também promover o envolvimento das instituições

locais, incluindo o terceiro setor, empresas e demais esferas governamentais nas ações de

conservação e manejo sustentável da APA.

Subprograma de Administração

Objetivo Estratégico Indicadores

Otimizar a gestão dos recursos humanos disponíveis e

buscar meios para o aprimoramento da gestão

operacional

1. Número de reuniões de monitoramento do

planejamento

2 Número de ações planejadas/Número de ações

executadas

Ações

Nomear um gestor local para implementar de forma sistemática as ações de gestão da UC e demais ações

previstas nos programas;

Promover a implantação de conselhos e gestão em mosaico da UCs que se encontram na APA e seu entorno;

Detalhar para os próximos 5 anos cronograma de ações deste planejamento - incluindo responsáveis;

Realizar giro do manejo adaptativo (monitoramento planejamento) semestralmente;

Elaborar Plano de Trabalho Individual (PTI) conforme planejamento estratégico, plano de manejo, processos

administrativos e rotinas mapeadas e acordadas;

Mapear as atividades rotineiras por área e servidor.

Objetivo Estratégico Indicadores

Incrementar o quadro de pessoal. Quadro de funcionários disponibilizados para atuar na

gestão da APA.

Ações

Sensibilizar com o apoio do Conselho, as instâncias superiores da Prefeitura Municipal para a ampliação do

quadro de servidores e colaboradores da APA;

Articular junto à prefeitura cessão de funcionário para a área administrativa;

Articular para a ampliação dos recursos financeiros da APA (orçamentários e não orçamentários);

Monitorar a execução financeira;

Desenvolver mecanismos de gestão adequados para a potencialização dos recursos financeiros provenientes do

ICMS Ecológico;

Fazer gestão para inserir a APA no desenvolvimento de projetos para a conservação do Cerrado.

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Subprograma de Infraestrutura e Equipamentos

Objetivo Estratégico Indicadores

Capacidade de atuação ampliada, com a melhoria da

logística da UC

Infraestrutura e Equipamentos adquiridos e

disponibilização para a gestão da UC.

Ações

Definir estrutura logística necessária e mínima para atuar na APA;

Definir estrutura funcional para atender à demanda de gestão da UC;

Buscar meios para suprir as demandas logísticas da UC;

Controlar equipamentos e insumos;

Realizar rotinas de demandas por equipamentos e insumos;

Apresentar projetos para instituições de fomento e outras fontes para obtenção de recursos;

Implantar centro de visitantes da APA e viabilizar a capacitação do seu conselho gestor.

Subprograma de Integração Institucional

Objetivo Estratégico Indicadores

Promover o envolvimento das instituições locais,

ONGs, Universidades, terceiro setor, empresas e

demais esferas governamentais nas ações de

conservação e manejo sustentável da APA

Número de parcerias consolidadas

Ações

Elaborar anualmente um cronograma de reuniões com os órgãos da região, tais como: IMASUL, Associações

de Moradores, Artesãos, Pescadores, Produtores Rurais e outras organizações não governamentais;

Encaminhar cópias impressas do Resumo Executivo do Plano de Manejo para instituições que atuam na região;

Buscar meios para suprir as demandas logísticas da UC;

Articular junto às outras instituições para que seja possível que o produtor rural tenha uma compensação

financeira pela prestação de serviços ambientais;

Fortalecer a integração dos órgãos que tratam da questão de ocupação do solo e parcelamento;

Buscar integração entre os órgãos ambientais visando o desassoreamento dos corpos hídricos da bacia.

Subprograma de Capacitação

Objetivo Estratégico Indicadores

Desenvolver competências em gestão pública

Número de servidores capacitados em gestão

participativa;

Número de servidores com capacitação iniciada em

planejamento estratégico;

Número de eventos de capacitação internos.

Ações

Realizar com os servidores eventos de capacitação e disseminação do conhecimento em gestão;

Incluir atividades de capacitação dos temas alvo nos Planos de trabalho dos servidores.

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1.3.2. Programa de proteção dos recursos naturais

Objetivo Geral: Viabilizar ações de proteção dos recursos naturais dentro da UC através de

estreita parceria com órgãos estaduais, federais e municipais de fiscalização evitando que ações

degradadoras causem impacto na biodiversidade e uso sustentável da APA das Nascentes do

Rio Sucuriú.

Subprograma de Fiscalização e Controle

Objetivo Estratégico Indicadores

Proteger os recursos naturais existentes dentro da APA

por meio de ações integradas entre os órgãos de

fiscalização, visando coibir os ilícitos ambientais na

região

Número de degradações efetivamente recuperadas.

Ações

Realizar operações especiais, quando houver demanda, envolvendo equipe de fiscalização do IMASUL e

prefeitura de Costa Rica para o cumprimento da legislação ambiental enfocando a adequação ambiental das

propriedades rurais (alocação de reserva legal, recomposição de Área de Preservação Permanente - APP);

Fazer gestão para fiscalizar o uso de agrotóxicos e lançamento de efluentes;

Elaborar calendário anual de operações de fiscalização na região da APA e executar operações de fiscalização

conforme calendário anual e Plano de Proteção;

Fazer gestão para efetiva fiscalização e identificação dos locais com loteamento irregular;

Realizar atividades de fiscalização das ações de exploração dos recursos naturais;

Exigir o cumprimento dos PRADs para as áreas com processos erosivos e aquelas ocupadas por pastagens em

APP, na Zona de Recuperação;

Avaliar a integridade da vegetação na APA por meio de vistorias programados, com apresentação de

relatórios, registros e indicação de programas ou medidas de manejo;

Orientar os proprietários rurais sobre a proibição quanto ao uso do fogo e as implicações legais de uso

utilização no manejo de pastagens e eliminação do lixo acumulado;

Adquirir equipamentos necessários para a fiscalização; e Implementar e manter sinalização em pontos

estratégicos da APA quais sejam: próximo a estradas, trilhas, cursos d’ água, etc.

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1.3.3. Programa de geração de conhecimento

Objetivo Geral: Tem como objetivo apoiar e incentivar estudos e pesquisas, divulgar as

atividades de pesquisa prioritárias para a APA das Nascentes do Rio Sucuriú e fazer parcerias

com instituições de ensino e pesquisa para monitoramento em longo prazo.

Subprograma de Pesquisa

Objetivo Estratégico Indicadores

Atuar para a conservação das espécies, do seu

ambiente, dos recursos hídricos e dos sítios de valor

cênico na APA Municipal Sete Quedas do Rio Verde

Número de ações dos Planos Anuais realizadas;

Número de projetos de pesquisas em andamento;

Número de encontros para a difusão das informações

geradas pelas pesquisas.

Ações

Identificar e priorizar temas de pesquisas de interesse da gestão;

Implantar um Sistema Geográfico de Informação e banco de dados integrando os diversos estudos e

levantamentos realizados na APA;

Realizar estudos nas áreas de covais-campos úmidos e remanescentes florestais contíguos a estes sistemas e,

em áreas com potencial para identificar sítios espeleológicos, arqueológicos e paleontológicos ou de especial

interesse ambiental;

Promover estudos nas áreas de naturais, sítios espeleológicos, arqueológicos e paleontológicos, de interesse

histórico e cultural;

Divulgar aos potenciais parceiros os temas de interesse e possibilidades de apoio/ contrapartida da UC;

Submeter projeto a fontes de financiamento adequadas;

Acompanhar a execução dos trabalhos de pesquisa e a divulgação dos resultados;

Realizar encontros para compartilhar as experiências, resultados e contribuições para a gestão da UC com a

sociedade (seminários, oficinas);

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1.3.4. Programa de manejo dos recursos naturais e da biodiversidade

Objetivo Geral: Tem como objetivo promover a manutenção das áreas florestadas, a

restauração da conectividade funcional da paisagem e a recuperação de áreas degradadas

visando à manutenção da viabilidade genética das populações de espécies da fauna e flora, dos

estoques pesqueiros e modos de vida das comunidades da APA das Nascentes do Rio Sucuriú.

Subprograma de Manejo de Recursos Florestais

Objetivo Estratégico Indicadores

Promover a ampliação das áreas florestadas, a

restauração da conectividade funcional da paisagem e

a recuperação de áreas degradadas visando à

manutenção da viabilidade genética das populações de

espécies da fauna e flora, dos estoques pesqueiros e

modos de vida das comunidades da APA

Área florestada restaurada;

Ampliação de área de conexão dos remanescentes;

Ações

Apoiar projetos de associações, ONGs e instituições públicas que visem a implantação de viveiros e hortos;

Destinar parte dos recursos de compensação ambiental e conversão de multas para a execução de projetos de

recomposição de matas ciliares, com ênfase às áreas ocupadas por pastagens;

Incentivar a criação de RPPNs na região da APA;

Apoiar estudos e projetos de associações, ONGs e instituições públicas e privadas que visem a implantação de

projetos de monetarização os serviços ecossistêmicos da UC, como a manutenção da biodiversidade, ciclagem

de água e carbono entre outros;

Propor alternativas de uso (indenização ou compensação de Reservas Legais, criação de RPPN, substituição

de atividades degradadoras do meio ambiente por alternativas de baixo impacto - por exemplo: pagamento por

serviços ambientais; ecoturismo; dentre outras) das áreas de campos rupestres, e demais remanescentes da

Zona de Preservação.

Subprograma de Manejo de Recursos Pesqueiros

Objetivo Estratégico Indicadores

Promover a proteção e monitoramento da fauna e dos

recursos pesqueiros

Atividades de fauna e pesqueiras monitoradas;

Redução do número de petrechos de pesca

apreendidos pela fiscalização.

Ações

Elaborar um programa que deverá ser desenvolvido em interface com a fiscalização e controle, com orientação

aos pescadores das restrições de pesca nestas áreas por meio de palestras, boletins informativos, cartilhas, etc.;

Orientação aos pescadores das restrições legais aos petrechos de pesca;

Capacitar os pescadores para desenvolvimento e adoção de práticas alternativas para aproveitamento máxima

do pescado e seus subprodutos, como a pele, óleo e filé, com desenvolvimento de técnicas e incrementando a

renda dos pescadores locais;

Implantar placas de sinalização normativas e interpretativas nas áreas de restrição à pesca.

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Subprograma de Recuperação de Áreas Degradadas

Objetivo Estratégico Indicadores

Promover a recuperação das áreas degradadas Número de propriedades regularizadas;

Hectares recuperados.

Ações

Elaborar projeto de restauração de áreas degradadas em parceria com instituições de pesquisa, na formulação e

desenvolvimento;

Garantir apoio técnico aos proprietários rurais que desejarem por iniciativa própria fazer a revegetação das

APPs e das Reservas Legais;

Promover a redução dos impactos da atividade mineral, a melhoria e a regularização dos empreendimentos;

Apoiar a implantação de Programas de Recuperação de áreas degradadas pela mineração;

Incentivar às atividades de recuperação de áreas degradadas em remanescentes ribeirinhos, em áreas degradadas

pelo uso inadequado do solo, em focos de contaminação do aquífero e das águas superficiais; visando reduzir o

impacto ambiental sobre a qualidade dos recursos hídricos;

Desenvolver Programa de recuperação do leito e das margens dos cursos d’água, através de técnicas de

reconformação topográfica e desassoreamento, com adensamento e recomposição florística das matas ciliares;

Promover a recuperação de áreas degradadas por erosão, abatimentos ou por escorregamentos, por

desmatamentos irregulares ou uso intensivo dos recursos naturais;

Promover a recuperação de sistemas de drenagem incompatíveis com o uso dos recursos hídricos em toda região

de nascente do rio Sucuriú;

Promover Seminário Regional de Adequação Ambiental das Propriedades Rurais visando estabelecer consenso

entre os órgãos ambientais, Ministério Público, organizações não governamentais e proprietários rurais, e a

assinatura de Termo de Compromisso dos proprietários rurais para a revegetação das APPs e Reservas Legais,

quando necessário.

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1.3.5. Programa de uso sustentável dos recursos naturais

Objetivo Geral: Viabilizar a compatibilização do uso do solo da APA com a proteção dos

recursos naturais e biodiversidade, assegurando a qualidade de vida e geração de renda dos

moradores locais. Busca também incentivar as melhores práticas de usos agroecológicos, e dos

recursos naturais.

Subprograma de Melhores Práticas Agropecuárias e Alternativas de Uso

Objetivo Estratégico Indicadores

Divulgar e estimular a adoção melhores práticas

agropecuárias, de conservação dos recursos hídricos,

do solo e biodiversidade, e métodos de utilização dos

recursos naturais de forma sustentável visando a

geração de renda e promoção da qualidade de vida

para as comunidades existentes na região

Número de cursos de extensão para capacitação em

sistemas agrossilvipastoris sustentáveis;

Número de projetos de uso alternativo dos recursos

naturais

Ações

Promover a adoção de melhores sistemas de produção agrossilvipastoril, com ênfase a práticas agroecológicas

sustentáveis;

Articular com os sistemas Sebrae, Senai e Senac, a realização de cursos de profissionalização nas comunidades

da APA, nos temas: fruticultura irrigada, processamento mecânico de doces e frutas, associativismo e

cooperativismo, floricultura; ecoturismo, paisagismo; entre outros;

Articular com as instituições governamentais e não-governamentais, para apoiar tecnicamente os proprietários

rurais, no sentido de estimulá-los a adotarem técnicas agroecológicas;

Estimular o uso dos recursos naturais de forma sustentada, tais como os frutos nativos, plantas ornamentais,

apicultura, cogumelos, brotos comestíveis e outros, de forma a agregar valor;

Estabelecer através de parcerias condições técnicas e financeiras para apoiar a organização de cooperativa de

pequenos produtores, visando concentrar as áreas de produção;

Incentivar o uso de energias alternativas e medidas de saneamento ambientalmente sustentáveis, tais como:

energia solar, biodigestores, com vistas a gerar ocupação e renda para as comunidades;

Promover feiras destinadas a venda de produtos orgânicos e artesanais produzidos pelos produtores e artesões

locais para atender à demanda de turistas que procuram o município e da comunidade;

Atuar junto às instituições financeiras, para realizar ações conjuntas, visando à obtenção de financiamento para

desenvolver os programas previstos;

Contribuir na construção e implementação de plano destinado, à manutenção periódica das estradas e vias de

acesso inseridas na APA, visando ao maior conforto da comunidade e à minimização dos impactos

decorrentes da presença das estradas (erosões).

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1.3.6. Programa de uso público

Objetivo Geral: Viabilizar técnicas de interpretação ambiental e educação ambiental como

meios para estimular os visitantes e comunidade local a desenvolver uma consciência, e

valorização da Unidade de Conservação. Busca também desenvolver o ecoturismo como fator

de desenvolvimento local.

Subprograma de Educação Ambiental

Objetivo Estratégico Indicadores

Desenvolver campanhas de informação,

sensibilização e educação ambiental que possam

aproximar a população local da UC e despertar

sentimentos de respeito e responsabilidade frente à

área.

Número de cursos aplicados aos operadores de

turismo na UC;

Número de sítios turísticos com infraestrutura

interpretativa implementada.

Ações

Elaborar programas de Educação Ambiental para visitantes e moradores da APA das Nascentes do Sucuriú com

foco nos seguintes temas: reconhecimento ambiental dos remanescentes naturais e de seus componentes

bióticos e abióticos, importância da biodiversidade e seu papel no provimento de serviços ambientais,

importância da proteção dos recursos hídricos, função ecológica das APPS e Reservas Legais, Corredores de

Biodiversidade, disposição de resíduos sólidos, pesca predatória, turismo de natureza, disposição de resíduos

sólidos e reciclagem entre outros;

Deverão ser apoiados os programas municipais de Educação Ambiental, incentivando a inclusão da Educação

Ambiental em todas as disciplinas e em todos os níveis. Também deverão ser apoiados projetos de ONGs e

associações que tenham a Educação e Interpretação Ambiental como foco;

Elaborar uma agenda de dias de campo na busca de uma maior integração das comunidades locais e estudantes

sobre o valor e importância da APA das Nascentes do Rio Sucuriú na proteção e desenvolvimento sustentável

do município, valorizando a UC como um patrimônio da sociedade de Costa Rica;

Divulgação dos atributos ambientais do ecossistema cerrado e suas principais fitofisionomias;

Estimular, em conjunto com os municípios, ações que visem a implantação de coleta seletiva do lixo e

saneamento básico

Elaborar um cronograma anual de palestras nas escolas e universidades da região sobre a conservação da

biodiversidade e unidades de conservação, com enfoque as UCs do município.

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Revisão do Plano de Manejo da APA das Nascentes do Rio Sucuriú – Costa Rica/MS

Encarte III –Planejamento da UC

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Subprograma de Ecoturismo

Objetivo Estratégico Indicadores

Viabilizar o desenvolvimento do ecoturismo como

vetor de desenvolvimento local e regional.

Número de roteiros e atividades ampliadas e

atualizadas;

Número de moradores do entorno envolvidos com

atividades de uso público.

Ações

Apoiar a capacitação da sociedade local e regional para a sua participação efetiva nas atividades econômicas

relacionadas com a visitação na Unidade de Conservação;

Estimular o estabelecimento de infraestrutura de transporte, hospedagem e alimentação na área da UC e entorno,

integrado as Unidades de Conservação da Região, como os Parques Naturais Municipais de Costa Rica,

considerando a importância do desenvolvimento do turismo como vetor de desenvolvimento local e regional;

Viabilizar o aumento do período de permanência dos visitantes na região, e desta forma, propiciar maiores

oportunidades para conhecer os atrativos e incrementar o consumo de serviços locais, gerando renda;

Articular as iniciativas que visam à criação e a implementação de roteiros e produtos turísticos integrados que

envolvam a visitação nas UC e também em outros atrativos da região;

Dar apoio aos produtos e serviços, como lembranças, artesanato, alimentação sejam produzidos localmente,

considerando os benefícios que os insumos desses produtos podem trazer para a região.

1.4. CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO FÍSICO-FINANCEIRO

O cronograma apresentado orienta a gestão da APA no período mínimo de cinco anos, devendo

ser revisados após e adequado durante esse período.

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Encarte III –Planejamento da UC

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PROGRAMAS DE MANEJO RESPONSÁVEIS/

ENVOLVIDOS

CRONOGRAMA RESULTADOS

FINANCEIROS

ANO I ANO II ANO III ANO IV ANO V PREVISTO

(R$)

UTILIZADO

(R$)

Programa de Gestão e Integração Institucional Prefeitura e

Conselho Gestor 21.600,00 10.800,00 10.800,00 10.800,00 10.800,00 64.800,00

Programa de Proteção dos Recursos Naturais, Histórico Culturais

e Arqueológicos

Prefeitura e

Conselho Gestor 96.000,00 12.000,00 12.000,00 12.000,00 12.000,00 144.000,00

Programa de Geração de Conhecimento Prefeitura e

Conselho Gestor 6.000,00 12.000,00 6.000,00 6.000,00 6.000,00 36.000,00

Programa de Manejo dos Recursos Naturais e da Biodiversidade Prefeitura e

Conselho Gestor 24.000,00 24.000,00 12.000,00 12.000,00 12.000,00 76.000,00

Programa de Uso Sustentável dos Recursos Naturais Prefeitura e

Conselho Gestor 36.000,00 24.000,00 12.000,00 12.000,00 12.000,00 96.000,00

Programa de Uso Público Prefeitura e

Conselho Gestor 48.000,00 24.000,00 18.000,00 12.000,00 12.000,00 114.000,00

TOTAL 227.600,00 102.800,00 70.800,00 64.800,00 64.800,00 530.800,00

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2. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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3. ANEXOS

Anexo 1. Mapa detalhado de Zoneamento da APA Nascentes do Sucuriú