Upload
lamtu
View
222
Download
0
Embed Size (px)
Citation preview
Ano XII - nº 17 Junho/Julho 2014
NESTA EDIÇÃO
Compareça à reunião com a urbanista Regina Monteiro. Saiba a quem pedir ajuda em situações críticas na página 2
O puxão de orelha nas autoridades é o assunto das notícias do Balaio. Estes e outros assuntos estão no Balaio da página 3
A falta de chuva em São Paulo não está impedindo a proliferação do Aedes aegypti; Veja uma visão diferente da água e da dengue nas páginas 4 e 5
O vizinho que anda de ônibus e a dança das cadeiras das Subprefeituras e das Polícias. Saiba mais na página 6
Os pombos que estão espalhados pela cidade. Leia a palavra da Cia City sobre o bem viver urbano na página 7
A Copa acabou, o padrão FIFA foi respeitado; e agora? Veja o que fazer na página 8
Plano Diretor - A cidade e o bairroEm 2002, uma Viva Pacaembu recém nas-cida, inexperiente, mas entusiasta, acompa-nhou e participou (na medida do possível) da elaboração do Plano Diretor Estratégi-co da cidade, comparecendo às audiências públicas tanto no âmbito do poder Execu-tivo como do Legislativo.
Em 2014, tentou-se fazer o mesmo, mas as audiências do Executivo tornaram a parti-cipação muito difícil - dado o gigantismo das mesmas - e a participação pelo site da Prefeitura nos parecia direcionada - e nun-ca recebemos retorno das proposições fei-tas.
Quando o Projeto de Lei foi para o Legisla-tivo, nossa associação atuou mais ativamen-te e, ainda que os interesses de construtores e comerciantes pesem sempre mais que o de simples moradores, fizemos o que estava ao nosso alcance para que não se desquali-ficasse essa fração mínima do território da cidade que são as zonas estritamente resi-denciais e bairros tombados.
Muitas de nossas demandas foram aten-didas, graças ao empenho de vereadores conscientes da importância desses bairros para a qualidade de vida de toda a cida-de. Há, porém, aqueles que se deixam le-var por interesses eleitoreiros (ou outros) e se empenharam na desqualificação dessas regiões.
Conseguiu-se que as zonas estritamente re-sidenciais fossem mantidas com suas carac-terísticas urbanísticas preservadas, os eixos estruturais de transporte não serão adensa-dos nesses bairros, novas tipologias de zo-nas não poderão ser inseridas neles, haverá uma zona de amortecimento (transição) na passagem de uma zona mais restritiva para uma menos restritiva, os corredores de co-mércio e serviços deverão respeitar os mes-mos parâmetros urbanísticos do restante do bairro, as regras de tombamento serão mantidas, e, mais importante, moradores poderão fazer e tentar aprovar seu Plano de Bairro.
Até hoje, 14 de julho, a Lei ainda não foi sancionada. Conhecíamos o texto que foi para votação, mas emendas podem ser apresentadas e aprovadas no momento fi-nal da votação, trazendo mudança signifi-cativa no texto final. O resultado, já com as emendas ainda não é do nosso conhe-cimento e deverá ser publicado já com as sansões ou vetos do Prefeito.
Virá agora a Lei de Parcelamento, Uso e Ocupação do Solo (zoneamento) e Plano de Bairro. Esta Lei analisará rua a rua, lote a lote e, então, a atuação dos pacaembuen-ses será absolutamente necessária. Com a força da união e da participação de todos os moradores, nosso bairro pode se tornar cada vez melhor. Avisaremos, oportuna-mente, sobre os encontros para discussão do zoneamento através dos nossos canais de comunicação: site, facebook e e-mail.
Para terminar, quero agradecer aos Direto-res, Conselheiros e Representantes de rua, que participaram ativamente nessa luta em benefício de nosso bairro e de nossa cidade.
Iênidis Benfati
Janeiro/ Fevereiro/Março 20142 3www.vivapacaembu.com.br
Fumacê da dengueEm abril, a Viva Pacaembu soli-citou junto às Sub Prefeituras da Lapa e Sé que passasse pelas ruas do bairro aspergindo aquela “fuma-ça” com inseticida contra o mos-quito transmissor da dengue. Infe-lizmente nada aconteceu e no mês de maio estivemos pessoalmente em reunião nas Subprefeituras, cobran-do das autoridades uma providên-cia urgente. Fiquemos de olhos bem abertos.
Rua Macapá sofre com vizinho irregularHá uma casa com uso e ocupação irregulares na Rua Macapá. Lá está instalada uma espécie de “hostel” com quartos para locação em ple-na área residencial. A edificação fere as regras do loteamento e tom-bamento do bairro do Pacaembu quanto à utilização do terreno. A primeira denúncia da Viva Paca-embu data de 2008 e, de lá para cá, foram emitidos embargo da obra e multa ao proprietário. Entretanto, o infrator insiste em continuar a obra, ameaçar os vizinhos e manter seu “estabelecimento” em pleno funcio-namento. Solicitamos à Subprefei-tura da Lapa providências urgentes – talvez o seu “emparedamento” - pois tememos que este se transfor-me em um caso de Polícia.
Uso irregularAntes de comprar sua casa no bair-ro do Pacaembu, é importante que se preste atenção a 3 fatores: o zo-neamento, o loteamento e o tom-bamento do bairro. O primeiro está previsto no Plano diretor da Cidade; o segundo na matrícula de cada imóvel, tendo em vista que há alguns loteadores dentro do mes-mo bairro tombado e o terceiro faz parte das resoluções dos órgãos de tombamento Condephaat (órgão estadual) e Conpresp (órgão muni-cipal). Nem toda rua é exclusiva-mente residencial, pois existem aqui os chamados corredores ou “zonas de centralidade linear” I e II. Toda e qualquer liberação para demoli-ção, reforma ou construção nova deve ser solicitada à Subprefeitura correspondente (Lapa ou Sé) e aos
2 órgãos de tombamento. Antes de comprar, reformar ou construir seu imóvel, certifique-se corretamente e não corra o risco de ficar sujeito às penalidades da Lei.
Cata-bagulhoNossa região faz parte da operação cata-bagulho feita pela Prefeitu-ra. Diante da permanência e dos constantes descartes irregulares que “decoram” nossas ruas, podemos concluir que esse trabalho da muni-cipalidade está aquém do necessá-rio... Ou será falha de fiscalização? A solução não seria aumentar a fre-quência da coleta e maior divulga-ção das datas? Esperamos mais agi-lidade dos órgãos competentes.
Procure no site da Prefeitura e clique sobre a palavra CATA-BAGULHO, na coluna à esquerda para saber as datas previstas do serviço para a sua rua: www.prefeitura.sp.gov.br/cida-de/secretarias/subprefeituras
Falta de energiaApagão não é exclusividade da nossa seleção. Nosso bairro que o diga! É recorrente falarmos nas reu-niões de moradores da Viva Pac e em nosso BI sobre a falta de ener-gia em nossa região. A demora na reposição de lâmpadas queimadas em nossas ruas deixa no escuro a segurança dos moradores. A im-prensa também tem dado destaque ao assunto, às condições da fiação e aos prejuízos causados pela falha de energia. Parece que essas queixas não incomodam às autoridades. Ao cidadão, parece que só resta lanter-na na mão, olho vivo e continuar cobrando responsabilidade.
Lixo de eletrônicosO mundo em que vivemos impõe o uso de equipamentos eletrônicos, os
quais têm vida curta quer seja pe-los avanços tecnológicos, quer seja porque são descartáveis (pouco re-sistentes e de alto custo do conser-to). Os equipamentos abandonados precisam ser devidamente descar-tados, mas não é fácil encontrar o lugar certo! Será que a Prefeitura não pode criar algum posto de re-colhimento aqui, na nossa região? Ou, quem sabe, substituir algumas daquelas inadequadas “casas” de lixo reciclado espalhadas em nossas praças por containers específicos para o lixo eletrônico?
O Pacaembu também é bonito no invernoA paisagem do Pacaembu é um es-petáculo à parte, com as flores que cobrem as copas das árvores e, de-pois, caem formando um tapete co-lorido sobre o chão. Assim, fazem a alegria das crianças, substituindo, com vantagem, a neve que não te-mos. O ambiente agradável provo-ca também a ocupação dos espaços públicos e das nossas praças. Nos finais de semana, na Praça Char-les Miller, durante a manhã, pesso-as de todas as gerações se reúnem para trocar as figurinhas do álbum da Copa – sem dúvida, uma ótima oportunidade para vizinhos “troca-rem figurinhas” sobre a vida. Com-pletados os álbuns, esperamos que se criem outros motivos para esses encontros continuarem acontecen-do.
Rodrigo Mauro
Palavra do PresidenteQueridos moradores, traba-lhadores e frequentadores do Pacaembu,
Estamos compartilhando mais uma edição do nosso Boletim Informativo, peça importante e já muito conhe-cida na exploração do nosso bairro. Reparem que, neste número, alteramos um pou-co a montagem de algumas páginas, procurando deixar o “jornal” mais atualizado e prático.
Falando do BI e do bairro, também não poderíamos dei-xar de mencionar o futuro de nossa cidade. No último dia 30 de junho, o Plano Diretor Estratégico (PDE) da cidade de São Paulo foi aprovado em segunda votação pela Câma-ra dos Vereadores. A Viva Pa-caembu esteve na maioria das audiências públicas e lutou arduamente pela manutenção do nosso bairro estritamente residencial. A importância do PDE é que ele irá ordenar o desenvolvimento da capital durante os próximos 15 anos.
O passo seguinte ao Plano
será a aprovação de Lei de Uso e Ocupação do Solo, a qual sacramentará as alte-rações previstas neste PDE. Essa discussão é feita bairro a bairro e já começamos em nosso pedaço. Contratamos a Urbanista Regina Monteiro para nos ajudar a traçá-lo e agora precisamos da sua aju-da. Queremos ouvir os “Paca-embuenses” e, para isso, pedi-mos que mandem sua opinião para o nosso e-mail [email protected]. Também, utilizaremos a reunião de 04 de agosto para esta discussão, rua a rua. Mandem sugestões e compa-reçam a este encontro, às 20h, na Sala de Imprensa do Está-dio do Pacaembu, à Rua Ca-pivari, s/n- Portão 23.
Contamos, mais uma vez, com a ajuda de todos para transformarmos o bairro do Pacaembu em um local ótimo para morar, trabalhar ou fre-quentar.
Grande abraço.
Rodrigo Mauro
Balaio de NotíciasEditorialCONTATOS ÚTEISA SOLUÇÃO CERTA PARA CADA SITUAÇÃO
Crianças ou adolescentes em situação de risco, abandono ou exploração SMADS – CAPE: 3258-9449GCM: 153PM: 190Conselho Tutelar: 3113-9651Moradores de rua “deitados” ou “acam-pados” em via pública SMADS – CAPE: 3258-9449Prefeitura: 156GCM: 153PM: 190Venda de bebida alcoólica a menores de 18 anosPrefeitura: 156GCM: 153PM: 190Locais com situação de risco ou inunda-çãoDefesa Civil: 199Corpo de Bombeiros: 193Prefeitura: 156Descarte irregular de lixo ou entulhoLIMPURB: 0800-727-0211Prefeitura: 156GCM: 153Pessoas cometendo vandalismo, etc.GCM: 153PM: 190Veículos abandonados ou estacionados irregularmenteCET: 1188Prefeitura: 156PM: 190Iluminação deficienteILUME: 0800-779-0156Prefeitura: 156Invasão em áreas públicas ou privadas e crime ambientalPrefeitura: 156GCM: 153PM: 190Perturbação do sossego, som alto, etcPrefeitura: 156PM: 190Socorro médicoSAMU: 192Corpo de Bombeiros: 193Ambulantes irregulares e comércio ilegalPrefeitura: 156GCM: 153PM: 190Atitudes suspeitas, pessoas intimidando ou cometendo delitosPM: 190GCM: 153Poda ou queda de árvorePrefeitura: 156Ouvidoria da Prefeitura0800-175-717Ouvidoria da Polícia0800-177-07023º Distrito Policial3864-6712SAC Prefeiturawww.prefeitura.sp.gov.brSubprefeitura [email protected] Sé[email protected]
EXPEDIENTE Boletim Informativo Viva Pacaembu Por São Paulo
• Conselho editorialRodrigo Mauro, Iênidis Benfati , Cláudia Sodré, Maria AméliaPerrone, Elisângela Borges
• Colaboraram nessa ediçãoRodrigo Mauro , Iênidis Benfati, Cláudia Sodré, Maria AméliaPerrone, Elisângela Borges, José Pereira W. Bicudo
• Projeto Gráfico : Juan José Balzi
• Jornalista Responsável: Silvio Henrique Barbosa (MTB 19258)
• Diagramação: Rodrigo Cheruti Caetano
• Fotografia : Miriam Rezende Fotografia
• Tiragem: 2800 exemplares
• Gráfica Activa: Fone – 3255-6718
Junho/Julho 2014
Alguém quer isso na porta da sua casa?
Trocar figurinha não tem idade, quando a paisa-gem é bonita.
Para lixo especial, lixeira especial.
Janeiro/ Fevereiro/Março 20144 5www.vivapacaembu.com.br
Dengue: tem história no BrasilO mosquito transmissor da dengue é originário da África, precisamente do Egito e desde o século XVI vem se espalhando pelo mundo nas regiões tropicais e subtropicais. Coincide com o período das Grandes Navegações e, no Novo Mundo, o vetor foi introduzido embarcando nos navios ne-greiros.
Os primeiros relatos de dengue no Brasil datam do século XIX (Curitiba - PR) e do início do sé-culo XX, em Niterói (RJ) onde já era um proble-ma - embora, na época, a principal preocupação sanitária fosse a transmissão da febre amarela que é feita pelo mesmo mosquito.
Antonio Gonçalves Peryassu, pesquisador do en-tão Instituto Soroterápico Federal, hoje Instituto Oswaldo Cruz (IOC), estudou o ciclo de vida, os hábitos e a biologia do A. aegypti. Fez descobertas importantes: quanto maior a densidade popula-cional, maior a quantidade do mosquito; tempera-tura menor que 20ºC reduz a reprodução do mos-quito drasticamente; os ovos desse inseto podem ficar vivos até um ano sem contato com a água.
As descobertas de Peryassu deram ainda mais força à cam-panha movida pelo médico sanitarista Oswaldo Cruz para o combate ao mosquito, cuja proliferação foi controlada na dé-cada de 1920 no Rio de Janeiro.
Em 1955 o Aedes aegypti foi erradicado do Brasil graças ao tra-balho de combate à febre amarela. Em 1960, com o relaxa-mento das medidas de controle, o mosquito foi reintroduzido e, hoje, é encontrado em todo território nacional.
A incidência da doença, que é grave e pode ser mortal, só vem aumentando e faz-se necessário exigir maior seriedade e rigor na postura governamental.
No primeiro semestre deste ano, na capital, foram registra-dos oficialmente mais de doze mil casos e dez óbitos. Apesar de necessário, o caminhão nebulizador da Prefeitura para o combate do mosquito ainda não circulou pelas ruas do bairro como havia sido combinado com a Viva Pacaembu!
Maria Amélia Perrone
Junho/Julho 2014
Está em nossas mãos!A situação está consolidada. Não resolve procurar desculpas, argumentos, adiar. O caos só tende a se agravar, pois estamos em época de estiagem. Tão cedo, não há solução, a não ser fechar a torneira. Precisamos da água para sobreviver e qualquer gota desperdiçada já nos faz falta.Nosso bairro se caracteriza pelas casas e pelas áreas ajardinadas; portan-to, o uso da água torna-se um dilema: se não regar, as plantas morrem; se não limpar a sujeira dos animais, atraem-se as pragas indesejáveis. O que fazer? Vassoura, balde, pano, reuso da água da lavadora de roupa, banho rápido e... Lavar portão e calçada? Jamais!
Vigilância e bom senso! Fiscalize! Oriente! Ponha avisos, lembretes em destaque. Fique atento aos próprios hábitos e, principalmente, aos das crianças e funcionários. Não releve desperdícios de ninguém. Economize enquanto dá, porque pode ser que, daqui a pouco, nem haja mais o que poupar. A responsabilidade pela água é de cada um de nós!
Cláudia Sodré
Janeiro/ Fevereiro/Março 20146 7www.vivapacaembu.com.br
A ave, símbolo da paz, traz riscos à saúde!
Os pombos, Columba lívia, chegaram ao nosso país no sec. XVI trazidos pelos europeus como ave doméstica. Adap-taram-se muito bem ao ambiente urbano. Aqui, no Brasil, são protegidos pela Lei Federal nº 9.605/fev. 1998, artigos 29 a 32. Portanto não podemos exterminá-los.
A reprodução dessa ave está diretamente ligada à fartura de alimento. Assim, quem não os quer por perto, não for-neça comida: não deixe restos de ração de animais e limpe as gaiolas de pássaros. Para evitar que haja abrigo para os pombos, instale tela de nylon para proteção da calheta - vãos deixados pelas telhas no telhado. A utilização de ob-jetos pontiagudos ou gel repelente nos beirais de janelas também podem espantá-los.
Para limpar as fezes dos pombos, proteja o nariz e a boca com máscara e faça uma solução com cloro diluído com água em partes iguais ou solução 50% quaternária de amônia. Umedeça as fezes com o produto desinfetante, es-pere um pouco, esfregue e utilize o resto da solução para enxaguar.
Sim, os pombos podem transmitir algumas doenças como:
histoplasmose, ornitose, salmonelose, alergias (transmitidas pelas suas fezes) e dermatite (que é transmitida pelo piolho de pombo). O principal transmissor de toxoplasmose é o gato que elimina o protozoário nas suas fezes. O protozoá-rio da toxoplasmose se fixa na carne do animal, mas, como não temos o hábito de comer pombo cru ou mal passado, a transmissão torna-se difícil.
M. Amélia Perrone
Segurança - Dança das Cadeiras
EcologiaPerfil
Nosso bairro é uma das grandes encru-zilhadas da cidade. Aqui se encontram jurisdições de 2 subprefeituras, 2 delega-cias da Polícia Civil, 2 batalhões de Polí-cia Militar - cada setor com uma fronteira específica e não coincidente.
Segurança é ter com quem contar e sa-ber quem são essas pessoas; portanto, vai muito além do aspecto policial. Houve, no segundo trimestre, um troca-troca de cabeças dessas três áreas em postos-chave diretamente ligados ao Pacaembu. É im-portante conhecer essas pessoas!
Na Subprefeitura da Lapa, saiu o Sr. Ri-cardo Airut Pradas – um bom parceiro do nosso bairro - e entrou interinamente
Brunna Rocha Perina Na Subprefeitura da Sé, o Sr Alcides Amazonas continua no seu cargo.
O Dr. Marco Aurélio Batista - então de-legado titular da 23ª Delegacia de Polícia, que atendeu nossas demandas sempre com presteza e profissionalismo – foi substituído pelo Dr. Willian Moitinho Navarro - que já trabalhava nessa DP e, por isso, já conhece o bairro e a atuação da Viva Pacaembu. A 4ª DP continua sob a tutela do Delegado Dr. José Gonzaga Pereira da Silva Marques.
Na 3ª Cia do 4º Batalhão da PM, o Ca-pitão Roberto Takeshi Graciolli cedeu o posto ao Capitão Benites, do qual espera-
mos o mesmo olhar zeloso sobre o Paca-embu a que estamos acostumados.
A convivência próxima e o cuidado pelo entorno de nossos lares são fundamen-tais para que seja ampliada a sensação de segurança dos moradores e foram o diferencial com o qual pudemos con-tar dessas pessoas que agora se afastam; agradecemos a eles a colaboração que re-cebemos. Força, disposição e comprome-timento com o cidadão é o que queremos dos novos titulares – e, para tal, a Viva Pa-caembu Por São Paulo abre suas portas.
Cláudia Sodré
Deixando a Vida Levar Pombos Urbanos: Como entendê-los?Vou fazer um convite: que tal escolher um ônibus a esmo – se for o elétrico, nos-so velho conhecido Machado de Assis, melhor! –, embarcar na aventura, seguir até o ponto final e, durante a viagem, ex-plorar os recantos da cidade e da alma? Talvez se sente ao lado de Abeliano e, conversa vai, reflexões vêm, aos poucos ele lhe apresente o Eduardo, homem multifacetado, poeta, romancista, pintor e dramaturgo.
Pausa para colocar os pingos nos is: Abe-liano é o personagem do último livro de Eduardo Alves da Costa, este sim, o per-sonagem desta entrevista. A história de Tango, com violino é “amarrada” pelas via-gens de ônibus que o protagonista faz, in-clusive no nosso Machado de Assis. Com a mesma paleta de cores com que tinge a trama, Eduardo tece os comentários so-bre a paisagem em que vive:
- Tenho um desencanto pela grande de-sigualdade social que existe em São Pau-lo... Observa-se uma enorme diversidade e desorganização na urbanização da ci-
dade; particularmente, aqui, no Pacaem-bu, percebe-se o planejamento no traça-do das ruas, nas suas características...
Eduardo conta que gosta de caminhar pelo bairro, pois tem praças agradáveis e sente-se seguro: “É um bairro que tem personalidade, uma identidade que o di-fere do resto da cidade”.
Pessoa eclética e ativa, seus quadros estão espalhados pelo mundo: Paris, Berlin, Roma, Amsterdã... e na Pinacoteca (SP). Seu mais famoso poema é No caminho, com Maiakóvski.
Foto: Avner Belkin de Israel
Vivendo entre a praia de Picinguaba (Ubatuba) e a metrópole, sempre acom-panhado da mulher Antonieta, esse vi-zinho ainda encontra tempo para se de-dicar ao Instituto Anchieta Grajaú, que criou junto com o arquiteto Loeb (hoje, a ONG tem creche, oferece cursos sobre vários setores do conhecimento e desen-volve um projeto de reconstituição da mata local).
Cláudia Sodré
Conectando o Homem à Cidade
Espaço Cia City
Adensamento populacional nos eixos de transporte de massa, recriação da zona ru-ral no extremo-sul da cidade, redução do déficit habitacional, alocação de recursos para mobilidade. São alguns dos aspectos que ancoram o Plano Diretor aprovado em audiência na Câmara dos Vereadores, para o município de São Paulo.
O texto produzido foi o resultado de de-bates envolvendo diversos setores da socie-dade com o objetivo de compatibilizar os interesses de seus agentes, sem prejuízo à promoção do desenvolvimento da cidade, guardando-se as suas várias dimensões - social, econômica, cultural e ambiental.
O conjunto de normas propõe tornar a cidade mais “compacta”. Para isto, as dire-trizes do Plano Diretor priorizam o aden-samento de áreas já urbanizadas e levam para regiões periféricas a implantação de Polos de Desenvolvimento Econômico, que contribuirão para melhorar a oferta de serviços, bem como reduzir o deslocamen-
to da população aproximando moradia, emprego e comércio.
Tokyo, Berlim e Paris seguiram este con-ceito e são exemplos de capitais em que a política de mobilidade privilegia o desloca-mento do cidadão por meios públicos ou alternativos – tal como bicicleta – distri-buem os eixos empresariais e residenciais ao longo da malha urbana, implantam espaços verdes e equipamentos públicos para atender à vizinhança, sem deixar, entretanto, de manter a conexão ativa de toda a cidade. Cada bairro funciona como uma minicidade autossuficiente, mas aber-ta, compartilhando os seus potenciais e di-ferenciais com o seu entorno.
Projetando São Paulo para os próximos 16 anos, período este em que o atual Plano Diretor orientará o crescimento da cidade, veremos, possivelmente, uma metrópole policêntrica, menos caótica, mais humana.
Os bairros-jardim City, neste contexto, tem
importante papel a cumprir. O novo Pla-no Diretor preserva as zonas estritamente residenciais, além de manter as restrições impostas pela Cia City, evidenciando o im-portante papel que os bolsões verdes for-mados pelos bairros-jardim exercem sobre o conforto ambiental da cidade. O municí-pio conta com estes pulmões.
Ao planejar os seus futuros bairros, a Cia. City mantém a essência de sua marca, calçada no respeito ao meio ambiente, e integra, no desenvolvimento de seus pro-jetos, as demandas exigidas pelas cidades modernas.
José Pereira W. Bicudo
Cia City
Junho/Julho 2014
REUNIÕES
VIVAPAC 2013
4 de agosto,1 de setembro e
6 de outubro
Sala de Imprensa, Estádio
do Pacaembu, Portão 23 -
Rua Capivari, às 20hs
O CONTEÚDO DAS MATÉRIAS ASSINADAS É DE RESPONSABILIDADE DOS AUTORES.Cartas à redação:
Existe, sim, padrão brasileiroÉ chavão, porém bastante verda-deiro, o fato de se avaliar os aconte-cimentos para se amadurecer. Não fomos os campeões e o ufanismo que imperou por certo tempo na população sofreu o colapso da de-silusão e justificaria o abandono do campo sem cumprimentar os ven-cedores – contrariando assim, a ati-tude inata ao bom perdedor. A cada gol, a engrenagem do campeonato foi esmorecendo as nossas defesas e a derrota parece que referendou a crença na incapacidade e no des-mérito do brasileiro. Verdade?
Tornaram-se corriqueiros casos de corrupção, de golpes, de malandra-gens, de arruaças e de impunidade nas manchetes dos nossos jornais... E o brasileiro vacila no seu credo! Questiona alguns de seus valores e tenta adormecer outros tantos, como se fossem retrógrados ou in-coerentes à atualidade.
Desde o começo do ano, a expres-são “padrão FIFA” tem sido usada como sinônimo de excelência, de perfeição, de um patamar incoe-rente com o Brasil. Será?
Os visitantes elogiam a alegria e a acolhida que recebem. É só isso? É preciso olhar além da lente do fute-bol e do samba! Nosso povo é de-terminado, trabalhador, esperanço-so. Tem fé, lealdade, respeito...
Confiança é a tônica do comporta-mento do cidadão brasileiro. Pro-duz para o seu ganha-pão, paga seus impostos, recomeça cheio de energia a cada ‘puxada de tapete’ do destino. É nato à nossa gente a união, a honestidade, a valentia, o fazer benfeito, a retidão de caráter, a solidariedade, o senso de justiça
e a colaboração na construção do progresso do país. Não transgredir em seu juízo e não fazer concessões tem que vigorar no nosso cotidiano.
Urge resgatarmos a certeza da pró-pria ética e cobrarmos ações das autoridades! Merecemos a consi-deração e a retribuição do governo! Acima do padrão FIFA, muito me-lhor e autêntico, o PADRÃO BRA-SILEIRO existe, sim, e precisa se mostrar sempre.
Cláudia Sodré