Plano Diretor Lei 1875-06 Petrolina

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    NDICE SISTEMTICO

    T TULO I - DISPOSI ES PRELIMINARES ........................................................................... 2

    T TULO II - DA POL TICA TERRITORIAL ................................................................................ 2

    CAP TULO IDAS DIRETRIZES, OBJETIVOS E DEMANDAS ....................................... 2

    CAP TULO IIDA FUN O SOCIAL DA CIDADE E DA PROPRIEDADE URBANA ...... 3

    CAP TULO IIIDO PLANO DIRETOR ................................................... ........................... 4

    T TULO III - DAS POL TICAS SETORIAIS DE DESENVOLVIMENTO URBANO E RURAL ... 5

    CAP TULO IDAS DIRETRIZES GERAIS ............................................. .......................... 5

    CAP TULO IIDA INFRA-ESTRUTURA E DESENVOLVIMENTO ECON MICO ........... 5

    CAP TULO III - DAS POL TICAS SOCIAIS ......................................... .............................. 11

    CAP TULO IVDA POL TICA AMBIENTAL ........................................... .......................... 17

    T TULO IV - DO ORDENAMENTO TERRITORIAL .......................................................... ........ 24

    CAP TULO I - DO MACROZONEAMENTO ............................................... ....................... 25

    CAP TULO IIDO ZONEAMENTO DA REA URBANA ................................................ .. 26

    CAP TULO III DAS ZONAS ESPECIAIS DE INTERESSE SOCIAL 28

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    CAP TULO III DAS ZONAS ESPECIAIS DE INTERESSE SOCIAL 28

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    LEI N 1.875, DE 14 DE NOVEMBRO DE 2006.DISPE SOBRE O PLANO DIRETOR PARTICIPATIVO DO MUNICPIO DE PETROLINA, E D OUTRASPROVIDNCIAS.

    O PREFEITO DO MUNICPIO DE PETROLINA fao saber que a Cmara Municipal aprovou e eu sanciono aseguinte Lei:

    TTULOI

    DI SPOSIESPRELIMINARES

    Art. 1 Em atendimento ao disposto no art. 182, 1, da Constituio Federal, no art. 7, inciso II, alnea g, da LeiOrgnica do Municpio de Petrolina e s disposies constantes da Lei Federal n 10.257, de 10 de julho de 2001,a poltica de desenvolvimento do Municpio de Petrolina ser regulada de acordo com este Plano Diretor,doravante denominado Plano Diretor Territorial Participativo de Petrolina.

    TTULOI I

    DA POLTI CATERRITORIAL

    CAPTULO I

    DAS DIRETRIZES, OBJETI VOS E DEMANDAS

    Art. 2 A poltica de desenvolvimento do Municpio, a ser executada pelo Poder Pblico Municipal de Petrolina,tem por objetivo ordenar o pleno desenvolvimento das funes sociais da cidade e da propriedade urbana e ruralgarantir o bem-estar de seus habitantes, mediante as diretrizes gerais fixadas no art. 2 da Lei Federal n10 257/2001 E d Cid d

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    XII - A reviso e atualizao da legislao urbanstica e da diviso poltico-administrativa;XIII - O estabelecimento de critrios e aes para a urbanizao de reas localizadas no meio rural, garantindo atransformao equilibrada das localidades;

    XIV - A regularizao fundiria e urbanizao de reas ocupadas por populao de baixa renda;

    XV - A integrao e complementaridade entre as atividades urbanas e rurais, tendo em vista o desenvolvimentosocioeconmico de Petrolina e da sua regio de desenvolvimento no mbito estadual;

    XVI - O incentivo ao desenvolvimento das atividades econmicas geradoras de emprego, trabalho e renda;

    XVII - O ordenamento das atividades econmicas em funo da aptido do solo e dos elementos estruturadores doterritrio;

    XVIII - O desenvolvimento de atividades produtivas organizadas que aproveitem os potenciais naturais domunicpio;

    XIX - O desenvolvimento de aes que possibilitem a permanncia da populao e a diversificao das atividadesprodutivas nas reas rurais;

    XX - O incentivo do uso do solo na rea rural direcionado s atividades agro-familiares e cooperativas ligadas

    produo primria atravs da ao pblica integrada e planejada;XXI - O direcionamento de polticas e programas para a reestruturao de localidades rurais em desenvolvimentoe posio geogrfica estratgica e o fortalecimento das atividades locais, melhorando o atendimento para apopulao residente nas reas de influncia;

    XXII - O fortalecimento das reas rurais atravs da implantao de elementos que propiciem sua estruturao,como escolas, postos de sade, atividades comerciais, pontos de integrao do transporte coletivo, atividades deturismo, espaos para o convvio social e comunitrio, equipamentos pblicos, entre outros.

    XXIII A id ifi l i d i i l i

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    I - Habitao, inclusive de interesse social;II - Atividades econmicas geradoras de trabalho, emprego e renda;

    III - Proteo e preservao do meio ambiente;

    IV - Proteo e preservao do patrimnio histrico e cultural;

    V - Equipamentos e servios pblicos;

    VI - Usos e ocupaes de solo adequados aos termos da legislao e compatveis com a infra-estrutura urbanadisponvel.

    Pargrafo nico - A atuao do Poder Pblico municipal dever garantir o cumprimento pelo proprietrio dascondies estabelecidas, em funo do interesse social, ao exerccio do direito de propriedade.

    CAPTULO I I I

    DO PLANO DIRETOR

    Art. 6 O Plano Diretor um instrumento bsico da poltica de desenvolvimento territorial, que orienta a atuaoda administrao pblica e da iniciativa privada, de forma a assegurar o pleno desenvolvimento ordenado dasfunes sociais da cidade e da propriedade, a melhoria da qualidade de vida e o bem estar da populaopetrolinense, segundo os princpios da democracia participativa e da justia social.

    Art. 7 O Plano Diretor estabelece aes concernentes estruturao de todo o territrio municipal, visando odesenvolvimento integrado entre a rea urbana e rural.

    Art. 8 O Plano Diretor constitui instrumento fundamental para a implementao da poltica de desenvolvimentourbano municipal e parte integrante do processo de planejamento municipal, devendo o plano plurianual, asdiretrizes oramentrias e o oramento anual incorporar as diretrizes e as prioridades contidas nesta Lei.

    A 9 N d L i F d l 10 257/2001 E d Cid d L i d i l

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    CAPTULO IIDA INFRA-ESTRUTURA E DESENVOLVIM ENTO ECONMI CO

    Art. 12 Para fins desta Lei entende-se por Infra-estrutura:

    I - Abastecimento dgua;

    II - Saneamento Bsico;

    III - Drenagem Urbana;

    IV - Coleta, Destino e Tratamento do Lixo;V - Energia, Telefonia e Comunicaes;

    VI - Mobilidade.

    Art. 13. Para fins desta Lei entende-se por Desenvolvimento Econmico o crescimento e a diversificao dasatividades econmicas locais, de forma sustentvel, dinmica e competitiva, garantindo o trabalho, o emprego, arenda e a melhoria da qualidade de vida da populao.

    Seo I

    Do Abastecimento Dgua

    Art. 14 O servio pblico de abastecimento de gua dever assegurar a oferta domiciliar de gua para consumoresidencial regular e outros usos, em quantidade suficiente para atender s necessidades bsicas e qualidadecompatvel com os padres estabelecidos em planos e programas federais e conforme as normas tcnicas vigentes.

    Art. 15 Ficam definidas como diretrizes prioritrias para as aes e investimentos relativos ao servio deabastecimento de gua na rea rural (ribeirinha, irrigada e de sequeiro):

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    IV - Readequar a estrutura de reservao e de distribuio de gua tratada:a) Redimensionar o esquema de reservao;

    b) Recuperar e conservar as redes de distribuio;

    c) Eliminar problemas de intermitncia de distribuio, de forma a garantir o pleno abastecimento populao;

    d) Ampliar as redes de distribuio;

    e) Substituir toda a rede implantada com tubos de cimento amianto por tubos que atendam legislao vigente;

    f) Recuperar padro de hidrometrao e implantar sistema de macromedio de forma a maximizar a reduo deperdas e a garantir o volume necessrio de consumo, segundo o padro preestabelecido, aps a regularizao dofornecimento de gua potvel.

    V - Garantir a qualidade das instalaes e equipamentos de servios de gua de acordo com as normas e padresestabelecidos pela ABNT;

    VI - Garantir o atendimento de gua tratada em todos os empreendimentos pblicos e privados aprovados pelosrgos competentes.

    Seo I IDo Saneamento Bsico

    Art. 17 O saneamento bsico dever assegurar populao o acesso a um sistema de coleta e tratamento adequadodos esgotos sanitrios e guas servidas, na rea urbana e rural (ribeirinha, irrigada e de sequeiro), objetivandomelhorar as condies ambientais, de sade e salubridade.

    Art. 18 Ficam definidas como diretrizes prioritrias para as aes e investimentos relativos ao saneamento bsicona rea rural (ribeirinha, irrigada e de sequeiro):

    l b l d b i i

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    e) Ampliar e redimensionar as redes coletoras, de acordo com a demanda;f) Conservar permanentemente as redes coletoras de esgotos.

    II - Recuperar e ampliar as estaes elevatrias de esgotos, garantindo o pleno funcionamento do sistema deesgotamento sanitrio e implementando a sua conservao permanente.

    III - Implantar melhorias nas estaes de tratamento de esgotos, atravs de:

    a) Avaliao dos nveis de eficincia das estaes de tratamento existentes de forma a garantir a qualidade dotratamento dos esgotos, obedecendo aos padres estabelecidos pelos rgos competentes em relao aos nveis de

    DBO e de microorganismos dos efluentes lanados nos corpos receptores;b) Recuperao e ampliao das estaes de tratamento de esgotos, garantindo o pleno funcionamento do sistema;

    c) Implementao de uma estao de tratamento de esgotos para a bacia centro;

    d) Conservao permanente das lagoas de estabilizao;

    IV - Garantir a qualidade das instalaes e equipamentos de servios de esgotamento sanitrio de acordo com asnormas e padres estabelecidos pela ABNT;

    V - Eliminar problemas operacionais de forma a garantir o pleno servio de esgotamento sanitrio populao,evitando situaes de risco de poluio dos efluentes;

    VI - Elaborar projeto de ampliao do sistema de esgotamento sanitrio para os bairros e/ou baciasremanescentes, adjacentes rea atendida pelo sistema de coleta e tratamento existentes;

    VII - Eliminar o dficit de atendimento dos servios de esgotamento sanitrio, com implantao de sistemas decoleta e tratamento;

    VIII - Estabelecer plano de metas para garantir 100% de tratamento dos esgotos sanitrios;

    R li t t t d t i t l d Ri S F i

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    Seo IVDos Resduos Sli dos

    Art.23 Ficam definidas como diretrizes prioritrias para as aes e investimentos relativos coleta, destino etratamento dos resduos slidos para a rea urbana e rural (ribeirinha, irrigada e de sequeiro):

    I - Elaborar Plano de Gesto Integrada de Resduos Slidos;

    II - Universalizar e ajustar os servios de limpeza pblica;

    III - Remediar o Aterro do Raso da Catarina e transform-lo em rea verde;

    IV - Implantar Central de Tratamento de Resduos para tratar todas as tipologias de resduos slidos geradas nomunicpio;

    V - Promover, nos seus locais de origem, o tratamento dos resduos slidos produzidos nas localidades distantes;

    VI - Elaborar e executar projeto permanente de educao ambiental atravs da rede de ensino regular e com aparticipao de instituies parceiras;

    VII - Capacitar os trabalhadores responsveis pela limpeza pblica do municpio, inclusive o corpo gerencial edemais atores sociais;

    VIII - Formar e habilitar fiscais e agentes ambientais, para atuarem na rea de fiscalizao, monitoramento econscientizao das atividades relacionadas gesto dos resduos slidos;

    IX - Elaborar, com auxlio e aprovao do COMDEMA, Poder Legislativo e demais rgos pblicos ambientais,uma legislao especfica sobre os resduos slidos, associada aos propsitos do Plano citado no inciso I;

    X - Apoiar as Associaes e Cooperativas de Agentes Ambientais;

    i i i l d i bli

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    Art. 26 Ficam definidas como diretrizes prioritrias para aes e investimentos relativos ao sistema de mobilidadena rea rural (ribeirinha, irrigada e de sequeiro):

    I - Executar obras de pavimentao de estradas e implantar a sinalizao viria;

    II - Executar obras de construo, encascalhamento e patrolamento de estradas vicinais, para acesso s vilas edistritos;

    III - Executar obras de asfaltamento do km 45 da BR 407 at o distrito de Lagoas, de Rajada a Caititu, e deCaititu, passando por Cristlia, at divisa de Lagoa Grande;

    IV - Implementar melhorias no transporte coletivo entre as comunidades, com implantao de linhas dirias,ajustes de horrios para atender demanda, garantia de transporte escolar legalizado, vale transporte para agentesde sade e viabilizao de linhas para acesso Universidade;

    V - Implantar transporte alternativo para reas desassistidas, atravs de associaes e cooperativas;

    VI - Regulamentar o servio de mototxi, atravs de associaes e cooperativas;

    VII - Implantar sinalizao indicativa das localidades do municpio.

    Art. 27 Ficam definidas como diretrizes prioritrias para as aes e investimentos relativos ao sistema demobilidade na rea urbana:

    I - Implementar um sistema integrado de transporte coletivo;

    II - Ampliar o nmero de empresas municipais e estaduais de transporte e respectiva frota;

    III - Melhorar a sinalizao e as condies das vias urbanas e rurais;

    IV - Legalizar e fiscalizar os transportes alternativos;

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    IV - Incentivar a implantao de agroindstrias e mini-distritos industriais no poluentes nas comunidadesurbanas e rurais;

    V - Estimular o desenvolvimento sustentvel com utilizao de matria-prima e mo-de-obra da regio;

    VI - Estimular a organizao da produo atravs do cooperativismo;

    VII - Incentivar a implantao de apicultura e beneficiamento do mel e derivados;

    VIII - Divulgar e implantar tecnologias desenvolvidas pela Embrapa;

    IX - Apoiar as atividades informais, atravs de programas integrados de qualificao, estruturao e incentivo aotrabalho coletivo de catadores, agricultores, artesos, dentre outros;

    X - Incentivar a realizao de programas de responsabilidade social dos empresrios da irrigao, especialmentenas relaes com os trabalhadores temporrios;

    XI - Criar e ampliar feiras populares;

    XII - Implantar programas de capacitao para insero dos jovens e adultos nas polticas de fomento;

    XIII - Incentivar implantao de cermicas;XIV - Propiciar a retomada das atividades de irrigao, por meio de gotejamento, na localidade de Cruz deSalinas, com a implantao de uma adutora do canal do Projeto Pontal at a barragem de Cruz de Salinas;

    XV - Construir mercados pblicos que atendam comercializao de produtos agrcolas no municpio;

    XVI - Implantar cameldromos, com equipamentos padronizados e condies de transporte pblico e alternativo;

    XVII - Padronizar os equipamentos das feiras e prover as respectivas instalaes eltricas e hidro-sanitrias;

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    a) Implementao de aes para melhoria das condies de segurana social;

    b) Implantao de ncleos de segurana comunitrios, devidamente equipados, especialmente nas reas de maiorndice de violncia;

    c) Implementao de melhorias na estrutura dos postos policiais existentes;

    d) Implantao de rondas nas vilas, assentamentos e povoados da rea rural (ribeirinha, irrigada e de sequeiro);

    e) Implantao de postos mveis, com rondas freqentes de policiais nos bairros da rea urbana e da rea rural(ribeirinha, irrigada e de sequeiro);

    f) Instalao das delegacias do idoso e da criana e adolescente, com seleo de equipes tcnicas especializadasatravs de concurso pblico;

    g) Realizao de concurso pblico para agentes femininas da delegacia da mulher, garantindo atendimento deplanto 24 horas, assim como implantao de juizado especial da mulher.

    h) Efetivao dos programas de ressocializao, com atividades de trabalho para presidirios, adolescentesinfratores e/ou em situao de vulnerabilidade pessoal e social;

    i) Implantao da Lei Seca em todos os bairros da rea urbana e da rea rural (ribeirinha, irrigada e de sequeiro).

    II - Implementar melhorias na segurana dos equipamentos sociais, com ampliao e qualificao da equipe daguarda municipal;

    III - Implementar aes preventivas e educativas integradas de segurana, para prevenir o agravamento daviolncia;

    IV - Aumentar sistematicamente o efetivo da guarda municipal.

    Seo I I

    D Ed

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    VIII - Regularidade no fornecimento da merenda escolar, com regionalizao do cardpio, atendendo nutrio esegurana alimentar, priorizando a agricultura familiar;

    IX - Ampliao, criao e produo de atividades cvicas, esportivas e culturais nas escolas, tais como rdios,cinema, fotografia, fanfarras, cursos de teatro, dana, artesanato e reciclagem;

    X - Fazer cumprir a Lei Federal da criao de Grmios Estudantis nas escolas.

    XI - Incremento dos quadros de pessoal, com qualificao, para creches e escolas, inclusive ampliando a gestodemocrtica;

    XII - Implantao de escolas rurais agropecurias no ensino fundamental e mdio, com pedagogia adaptada realidade do semi-rido, envolvendo teoria e prtica;

    XIII - Promoo ao estmulo precoce de crianas com deficincia nas creches e na educao infantil;

    XIV - Estimular a descentralizao e implantao de cursos de formao superior na rea rural (ribeirinha,irrigada e de sequeiro);

    XV - Realizao de gestes junto aos Centros Universitrios, objetivando incluir na matriz curricular dos cursosuniversitrios, no municpio, conhecimentos da rea de geriatria e gerontologia;

    XVI - Emisso da carteira de estudante pelo rgo estudantil municipal, fiscalizando sua aceitao obrigatria emtodos os shows e eventos culturais;

    XVIIIncrementar ao quadro de pessoal qualificado, a funo de interprete de Lngua Brasileira de Sinais LIBRASDecreto n 5.626/05;

    XVIIIDelimitar o distanciamento por m2 do aluno em sala de aula.

    Art. 36 A gesto administrativa das creches municipais, urbanas e rurais, dever ficar a cargo da secretariamunicipal de educao.

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    IV - Ampliar o nmero de ambulncias e pronto atendimento do SAMU, para atender a todo municpio,promovendo campanhas educativas para melhor uso do servio e informando sua verdadeira finalidade;

    V - Ampliar a rede de farmcias populares e propiciar maior abrangncia do elenco dos remdios;

    VI - Implantar pronto atendimento nas regionais das reas urbana e rural (irrigada, ribeirinha e de sequeiro), comampliao de cotas para consultas e exames especializados;

    VII - Consolidar a poltica de humanizao e formao continuada em toda a rede de sade do municpio;

    VIII - Ampliar as unidades do Programa Sade da Famlia e prover cobertura dos agentes comunitrios de sade a

    toda a populao;IX - Implementar melhoramentos nas campanhas educativas de Doenas Sexualmente Transmissveis (DST) e deplanejamento familiar, propiciando maior acesso aos mtodos contraceptivos;

    X - Construir novos cemitrios, inclusive regularizao dos existentes, atravs dos rgos municipaiscompetentes;

    XI - Prover fiscalizao mais efetiva da vigilncia sanitria nos cemitrios existentes, regulares e clandestinos;

    XII - Providenciar a extino dos matadouros clandestinos;

    XIII - Ampliar e estruturar as equipes de vigilncia sanitria;

    XIV - Fazer cumprir o Estatuto do Idoso, proporcionando o atendimento prioritrio s pessoas da terceira idade;

    XV - Priorizar o atendimento materno-infantil e do idoso no Hospital Dom Malam;

    XVI - Incluir as terapias alternativas na rede pblica de sade municipal;

    XVII - Fazer gestes para garantir o cumprimento das competncias das trs esferas do Poder Pblico;

    XVIII - Estabelecer parcerias com as instituies universitrias para a realizao de programas do tipo Hospital

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    Art. 43 As polticas pblicas relativas acessibilidade urbana devem ser orientadas para a incluso social, com oobjetivo de assegurar e preservar os direitos fundamentais da pessoa humana, em especial das pessoas comdeficincia e mobilidade reduzida.

    Art. 44 A poltica municipal de Acessibilidade Urbana observar as seguintes diretrizes:

    I - Garantir a acessibilidade aos equipamentos, prdios de uso pblico e logradouros existentes e futuros, comeliminao de barreiras fsicas e de comunicao que dificultem a locomoo das pessoas com deficincia, idosos,mulheres gestantes, pessoas com mobilidade reduzida permanente ou temporariamente, obedecendo sorientaes da NBR 9050;

    II - Garantir a acessibilidade das pessoas com deficincia aos eventos educativos, sociais, culturais e esportivos;

    III - Obrigatoriedade de adaptao dos transportes coletivos para pessoas com deficincias, conforme legislaoespecfica;

    IV - Adaptao das caladas s normas de acessibilidade e mobilidade, vinculando a aprovao do projeto deconstruo ou reforma apresentao de projeto da calada pblica, de acordo com as normas pertinentesobedecendo ogridda rua definido pela Prefeitura;

    V - Fazer cumprir a Lei Federal n 10.048/00, que estabelece a prioridade para o atendimento s pessoas comdeficincia, a Lei Federal n 10.098/00, que estabelece normas gerais para acessibilidade das pessoas comdeficincia, o Decreto n 5.296/04, que regulamenta as citadas leis, e ainda as deliberaes do ConselhoMunicipal dos Direitos das Pessoas com Deficincia;

    VI - Incluir ciclovias e passarelas para pedestres nas principais vias urbanas e nas vias de acesso rea rural(irrigada, ribeirinha e de sequeiro).

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    VII - Implementar um banco de dados com os seguintes informaes:

    a) Relao de todas as pessoas j beneficiadas com a doao de casas populares;

    b) Criao de lista de espera nica, garantindo que as casas doadas no sejam comercializadas ou repassadas;

    c) Mecanismo para repasse do imvel ao prximo candidato da lista de espera, em caso de comercializao ourepasse indevido.

    VIII - Instituir Zonas Especiais de Interesse Social ZEIS, mediante legislao especfica, nos termos definidosneste Plano Diretor.

    IX - Utilizar os instrumentos de poltica urbana previstos no Estatuto da Cidade e no Plano Diretor, para fins deimplantar programas de habitao de interesse social e de regularizao jurdica e fundiria.

    Art. 48 As reas de preservao ambiental, as destinadas a usos pblicos imprescindveis, as que ofereamsituaes de risco ou ainda as non aedificandi so consideradas inviveis para implantao de programashabitacionais e para a regularizao urbanstica e jurdico-fundiria.

    Seo VI I

    Do Tur ismo, Cultura e Lazer

    Art. 49 As polticas municipais voltadas para o turismo, cultura e lazer devero abranger a rea urbana e a rearural (irrigada, ribeirinha e de sequeiro), e observaro as seguintes diretrizes:

    I - Promover o turismo rural na rea (irrigada, ribeirinha e de sequeiro), atravs de aes integradas com adinmica das atividades econmicas, sociais e culturais;

    II - Formatar parcerias para fortalecer o turismo, inclusive elaborar estudos especficos para identificar aspotencialidades e locais atrativos;

    III - Fortalecer o potencial turstico da regio, destacando a paisagem do rio So Francisco, o artesanato, o agro-

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    XIIICriar a Secretaria de Cultura;

    XIVCriar a Secretaria de Turismo.

    Seo VI I I

    Da Assistnci a Social

    Art. 50 A poltica municipal de assistncia social deve ser realizada de forma integrada s demais polticassetoriais, visando ao enfrentamento das desigualdades scio-territoriais, garantia dos mnimos sociais, aoprovimento de condies para atender contingncias sociais e universalizao dos direitos sociais, conforme os

    princpios e diretrizes do Sistema nico de Assistncia Social - SUAS.Art. 51 A poltica municipal de assistncia social dever abranger a rea urbana e a rea rural (irrigada, ribeirinhae de sequeiro), e observar as seguintes diretrizes:

    I - Promover a implantao de Centros de Referncia da Assistncia SocialCRAS, nas regionais;

    II - Promover a implantao do Centro de Referncia Especializado da Assistncia Social CREAS, nasregionais;

    III - Consolidar e ampliar as aes dirigidas aos idosos (grupos e Centros de Convivncia de Idosos CCIs);

    IV - Ampliar o apoio s instituies no governamentais e sem fins lucrativos que atuam na rea de assistnciasocial;

    V - Realizar mapeamento e diagnstico social do municpio, inclusive com atualizao permanente, sobcoordenao da Secretaria de Desenvolvimento Social, Juventude e CidadaniaSEDESC;

    VI - Garantir a consolidao do Sistema nico da Assistncia SocialSUAS;

    VII - Realizar gestes junto ao Governo Federal para ampliao das metas dos programas federais, comoPrograma de Erradicao do Trabalho Infantil - PETI, Agente Jovem, Sentinela e Bolsa Famlia, bem como para a

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    Art. 54 A Poltica Ambiental do Municpio de Petrolina dever ser aplicada na rea urbana e rural (irrigada,ribeirinha e de sequeiro), na forma do que dispe a Lei Federal n. 4.771/1965 - Cdigo Florestal, a Lei Municipaln 1.199/2002 Cdigo Municipal do Meio Ambiente, e resolues pertinentes dos rgos de meio-ambiente edemais instrumentos legais aplicveis.

    Seo I I

    Da Proteo Ambiental das Margens e das I lhas do Rio So Francisco

    Art. 55 A proteo ambiental das margens e das ilhas do Rio So Francisco deve ser aplicada, na rea urbana erural, de acordo com a legislao citada no art. 54 desta Lei.

    Pargrafo nico - Alm daquelas preconizadas na Lei Municipal n 1.199/2002 Cdigo Municipal do MeioAmbiente, so diretrizes para a proteo ambiental das margens e das ilhas do Rio So Francisco:

    I - Fiscalizar a aplicao da legislao vigente e promover o seu respectivo aprimoramento;

    II - Executar o reflorestamento das margens continentais e das ilhas, objetivando o combate eroso nas referidasmargens e assoreamento no leito do rio.

    III - Criar acesso pblico ao rio, em locais identificados como necessrios para fins de travessia e visitao,

    mediante desapropriao, pelo Poder Pblico, quando se tratar de rea privada, com instituio de corredoresdotados de infra-estrutura.

    Seo I I I

    Da I nf ra-Estrutura das I lhas do Rio So Francisco

    Art. 56 A infra-estrutura das ilhas do Rio So Francisco dever ser beneficiada, atravs de aes e implementaode servios pblicos, mediante as seguintes prioridades:

    I - Levantamento cadastral das ilhas;

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    VI - Criar corredores ecolgicos interligando as reservas legais, com proteo da fauna e da flora mediantelevantamento e mapeamento das referidas reas de caatinga nativa, de mata ciliar dos rios existentes nomunicpio, dos projetos de irrigao e assentamentos, visando formao de mosaicos;

    VII - Implementar o monitoramento permanente das condies ambientais do municpio;

    VIII - Instituir programas permanentes de revitalizao do rio So Francisco e da Caatinga;

    IX - Implementar a autorizao prvia dos rgos responsveis pelo meio-ambiente para liberao de eventos emreas pblicas, avaliando o impacto ao meio-ambiente e vizinhana, inclusive instituir cobrana de taxa parautilizao eventual de reas pblicas, excludos da cobrana de taxa os eventos sem fins lucrativos de interessesocial;

    X - Promover e incentivar a educao ambiental, com campanhas educativas para populao, escolas e catadoresde lixo;

    XI - Elaborar Lei Municipal proibindo o banho nos canais e reservatrios das reas irrigadas e audes pblicos darea de sequeiro;

    XII - Criar o Frum Municipal de Defesa do Bioma Caatinga na jurisdio do municpio;

    XIII - Implantar o Fundo Municipal de Meio Ambiente, j institudo pela Lei Municipal n. 1.603, de 14 dedezembro de 2004, com a criao da Secretaria Executiva;

    XIV - Destinar os recursos obtidos por meio de alienao de imveis pblicos municipais a implantao,preservao e manuteno de reas verdes no territrio do municpio, conforme estabelecido na Lei Municipal n1.551, 15 de outubro de 2004;

    XV - Promover a implantao da Agenda Ambiental em todas as escolas da rede municipal, segundo os ditamesda Agenda 21 Local;

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    II - Realizar e Apoiar estudos e pesquisas que visem definio de indicadores de sustentabilidade;

    III - Utilizao de Estudo de Impacto Ambiental EIA e de Relatrio de Impacto ao Meio Ambiente RIMA,como instrumentos orientadores das atividades empreendedoras;

    IV - Junto s fontes de fomento local e regional, criao de editais que visem o desenvolvimento de pesquisasvoltadas para a recuperao de ambientes degradados ou em processo de degradao, com especial nfase parareas ameaadas ou em processo de desertificao;

    V - Definio de novos indicadores de uso sustentvel dos recursos naturais e para a sustentabilidade deempreendimentos pesqueiros do Rio So Francisco;

    VI - Realizao de inventrio das fontes poluidoras e seus nveis de riscos ambientais, com os respectivoscadastros no Sistema Municipal de Informaes do Cadastro AmbientaisSICA;

    VII - Adoo de incentivos fiscais por meio de legislao municipal especfica.

    Seo VI

    Das Unidades de Conservao

    Art. 60 Nos termos da Lei Municipal n. 1.199/2002 - Cdigo Municipal de Meio Ambiente, as Unidades deConservao so parcelas do territrio municipal, incluindo as reas com caractersticas ambientais relevantes dedomnio pblico ou privado legalmente constitudas ou reconhecidas pelo poder pblico, com objetivos e limitesdefinidos, sob regime especial de administrao, as quais se aplicam garantias adequadas de proteo.

    Pargrafo nico Para cumprimento do disposto no art. 19 da lei citada no caput, com objetivo de constituirlegalmente unidades de conservao no Municpio de Petrolina, devero ser adotadas as seguintes medidas:

    I - Levantamento e mapeamento das reas potenciais para a criao de unidades de conservao;

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    VI - Promover a proteo e manejo de aterros sanitrios de forma segura, considerando os aspectos hidrolgicos;

    VII - Incentivar a reciclagem e reutilizao das guas residuais e dos resduos slidos, como forma de aumentar adisponibilidade de gua;

    VIII - Promover a implantao de programas eficientes de drenagem pluvial;

    IX - Elaborar diagnstico da potencialidade das fontes hdricas no municpio (poos, audes, barreiros, barragens,lagoas e cisternas), informando populao e possibilitando o seu acesso a esse bem pblico;

    X - Elaborar diagnstico nas propriedades rurais, ouvidos os produtores, trabalhadores e moradores, sobre os

    efeitos nocivos sade derivados do uso de agro-qumicos e implementao de medidas preventivas eassistenciais.

    Seo VI I I

    Do Combate aos Focos de Explorao I legal dos Recursos M inerais

    Art. 62 Os rgos responsveis pela Poltica Ambiental do Municpio de Petrolina devero identificar e combateros focos de explorao ilegal dos recursos minerais, desburocratizando seus principais entraves e adotando, paratal, as seguintes medidas:

    I - Realizao de inventrio das fontes de extrao dos recursos minerais do municpio, principalmente asreferentes extrao de areia, pedra e barro;

    II - Concesso de benefcios fiscais s empresas que adotarem prticas de recuperao de reas degradadas,mediante aprovao dos Conselhos pertinentes;

    III - Elaborao de critrios para explorao e uso dos recursos minerais conforme determina a Lei Municipal n1.199/2002 - Cdigo Municipal de Meio Ambiente;

    IV - Implementao da representao do rgo competente para avaliar a explorao dos recursos minerais.

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    Art. 65 A Poltica Ambiental dever criar programas permanentes de distribuio e orientao para o plantio demudas de espcies nativas e exticas adaptadas regio, contemplando a rea urbana e a rea rural (irrigada,ribeirinha e de sequeiro).

    Pargrafo nico Para atender ao disposto no caput, devero ser observadas as seguintes diretrizes, a seremincorporadas ao Plano Diretor de Arborizao e reas Verdes de Petrolina:

    I - Implementao de parcerias com instituies dos setores pblico e privado, ONGs e instituies afins;

    II - Implantao e implementao de viveiros para produo de mudas de espcies nativas e exticas que seroadotadas para arborizao na rea urbana e na rea rural (irrigada, ribeirinha e de sequeiro), observando o dispostona Lei Estadual n. 12.857/2005 e legislao municipal vigente;

    III - Implantao de viveiros em pontos estratgicos da rea ribeirinha para produo de mudas de espciesnativas e exticas para o reflorestamento das reas de mata ciliar do Rio So Francisco, atualmente degradadas ouem processo de degradao;

    IV - Concesso de incentivos fiscais para empresas e produtores que adotarem iniciativas para a recuperao dereas antropizadas;

    V - Instituio do Selo Verde Ambiental e criao do prmio de preservao e conservao ambiental municipal.

    Seo XI I

    Do Combate Comercial izao I legal de Animais e Plantas Nati vas

    Art. 66 A Poltica Ambiental deve combater a venda ilegal de animais e plantas nativas em todo o territriomunicipal, segundo a legislao ambiental vigente nas esferas federal, estadual e municipal.

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    IV - Regular o uso do solo de forma compatvel com a sua aptido.

    Seo XIV

    Das Var iaes Edafocl imti cas sobre os Recur sos Hdricos e sobre a

    Ocor rnci a de Calamidades

    Art. 68 A Poltica Ambiental, atravs de instrumento legal, buscar compreender, prevenir e quantificar asameaas dos impactos das variaes edafoclimticas sobre os recursos hdricos e sobre a ocorrncia de

    calamidades na rea urbana e na rea rural (irrigada, ribeirinha e de sequeiro).Pargrafo nicoPara atender ao disposto no caput, devero ser observadas as seguintes diretrizes:

    I - Criao de comisso multidisciplinar para anlise do ambiente atmosfrico, com o objetivo de identificar asprincipais fontes emissoras de gases poluentes na atmosfera e definir normas de posturas para o ambienteatmosfrico municipal;

    II - Promoo de programas especficos, visando qualidade do ar em estabelecimentos que promovam qualquertipo de combusto;

    III - Incentivo adoo de energias alternativas sustentveis (solar, elica, etc.);

    IV - Desenvolvimento de estudos de modelagem climtica e de simulao do balano hdrico das baciashidrogrficas situadas no territrio do municpio, com base em modelos digitais de elevao do terreno e imagensde satlite;

    V - Incentivo s atividades de pesquisa que avaliem com preciso a influncia da substituio da vegetao nativapor cultivos irrigados e seu impacto no clima, divulgando os resultados para conhecimento da populao;

    VI - Implantao de sistema de monitoramento climtico, administrado pelo rgo municipal de Meio Ambiente;

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    Seo XVI

    Da Municipal izao do L icenciamento, Controle e Fiscal izao Ambiental de Empreendimentos Causadoresde Impacto Ambiental Local

    Art. 70 A municipalizao do licenciamento, controle e fiscalizao ambiental de empreendimentos causadores deimpacto ambiental local dever abranger a rea urbana e a rea rural (irrigada, ribeirinha e de sequeiro) conformedisposto na Lei Municipal n 1.199/2002 - Cdigo Municipal de Meio Ambiente e na Lei Estadual n 12.916/05,Art. 30, e demais leis pertinentes.

    Pargrafo nicoPara atender ao disposto no caput, o Poder Executivo Municipal dever regulamentar os artigosda Lei Municipal n 1.199/2002 - Cdigo Municipal de Meio Ambiente, relativos ao licenciamento ambiental queainda se encontram pendentes de regulamentao.

    TTULOI V

    DOORDENAMENTOTERRITORIAL

    Art. 71 O ordenamento territorial tem por finalidade definir as diretrizes e os instrumentos necessrios para odesenvolvimento do municpio de Petrolina nas reas urbana e rural, buscando, como objetivos gerais, a reduodas desigualdades scio-espaciais, o controle do uso e ocupao do solo e a qualificao ambiental, e como

    objetivos especficos:I - A definio de uma nova diviso territorial, compatvel com as atuais funes sociais da cidade, a infra-estrutura e as expectativas de crescimento;

    II - A indicao da necessidade de uma nova diviso poltica-administrativa dos distritos;

    III - A indicao da necessidade de delimitar zonas urbanas dentro do permetro da rea rural, de forma a atenders demandas da populao e aos usos e funes ali estabelecidas;

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    especfica, no prazo de 12 (doze) meses a contar da publicao desta Lei, de forma a atender s demandas sociaislevantadas no processo participativo deste Plano Diretor e, em especial, s seguintes questes especficas:

    I - Redefinio do permetro dos Distritos Petrolina, Cristlia, Curral Queimado e Rajada, devolvendo a rea deTerra Nova reintegrando ao novo distrito sede que ser criado.

    II - Demarcao de permetros que apresentem ocupao com caractersticas urbanas, com fins de aplicao delegislao de uso e ocupao do solo e demais normas pertinentes.

    Art. 76 Devero ser delimitados ncleos urbanos na rea Rural, atravs de lei especfica, com o objetivo deregular os adensamentos populacionais consolidados e atender s demandas sociais.

    Pargrafo nicoO Poder Pblico, no prazo de 2 (dois) anos a contar da publicao desta Lei, dever editar a leiespecfica que tratar da delimitao dos permetros urbanos dentro do territrio da rea Rural, que considerar asseguintes questes:

    I - Elaborao de estudos prvios para levantamento e demarcao dos permetros dos ncleos urbanos;

    II - Definio de responsabilidades entre as esferas de gesto municipal e federal, quanto implantao emanuteno de infra-estruturas, servios pblicos e equipamentos comunitrios, nas vilas urbanas dos projetos deirrigao.

    III - Estabelecimento de prazo de 6 (meses) aps a publicao da lei especfica para a implantao da nova ordemde responsabilidades, atribuies e competncias dos rgos pblicos envolvidos nas vilas urbanas dos projetos deirrigao.

    IV - Aplicao de legislao municipal pertinente, em especial quanto a uso e ocupao do solo, cdigos de obrase posturas e normas para o parcelamento do solo, inclusive aplicao de tributos e taxas municipais.

    V - Participao da populao afetada e dos segmentos sociais representativos.

    C O

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    Art. 82 A Zona Residencial 3 (ZR3) caracterizada pela predominncia do uso habitacional unifamiliar de padroconstrutivo mdio-baixo, principalmente oriundo de conjuntos habitacionais, pela intensidade da ocupao doslotes, bem dotada de infra-estrutura e propcia a uma ocupao de densidade mdia.

    Art. 83 A Zona Residencial 4 (ZR4) caracterizada pelo predominncia do uso habitacional unifamiliar de padroconstrutivo baixo, pela presena de loteamentos de habitao popular ainda no ocupados, assentamentosirregulares e loteamentos clandestinos, dispe de vazios urbanos entre os loteamentos e em meio s reas jurbanizadas, pouco servida de infra-estrutura, com problemas ambientais, especialmente pela presena do lixo, epropcia a uma ocupao de densidade mdia.

    1 - No territrio da ZR4 sobrepe-se parte da Zona Especial Aeroporturia, cujos limites, restries e condiesde uso e ocupao do solo esto definidos na Lei Municipal n 635/1996.

    2 - No territrio da ZR4 sero delimitadas reas prioritrias para transformao em Zonas Especiais deInteresse Social (ZEIS), aprovada pelo Conselho Municipal da Cidade e regulamentada atravs de lei especfica.

    Art. 84 A Zona de Patrimnio Histrico (ZPH) a rea do stio histrico da cidade, caracterizada pela diversidadede usos e atividades urbanas, inclusive uso habitacional de diversos padres construtivos, pelas significativasmudanas de tipologias e usos acarretando a desfigurao das construes, pelo adensamento excessivo dos lotesnas reas comerciais, pela obstruo visual da rea histrica com edificaes verticais na orla, zona bem dotada deinfra-estrutura e propcia a uma ocupao de densidade mdia-baixa que resguarde os valores do conjuntohistrico.

    Art. 85 A Zona de Preservao e Proteo Ambiental (ZPA) a faixa lindeira s margens do Rio So Francisco,de riqueza natural e paisagstica, caracterizada pela presena de reas de uso pblico na orla, de loteamentos econdomnios de uso habitacional de padro construtivo alto, de chcaras, alm de algumas atividadesinadequadas, tais como curtume, indstria, presdio, e clubes recreativos, com disponibilidade de terrenos paraexpanso da urbanizao, constituindo-se propcia a uma ocupao de densidade baixa compatvel com a

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    3 As condies de uso e ocupao do solo, inclusive as mudanas de uso, ficaro sujeitas anlise especial dosrgos municipais competentes, devendo respeitar os parmetros urbansticos dispostos nesta Lei.

    Art. 87 A Zona de Interesse ao Desenvolvimento Urbano 1 (ZIDU1) corresponde a uma rea com uso industrialinstalado, com potencialidade para expanso da urbanizao e para instalao de atividades impulsionadoras doturismo, inclusive fluvial, constituindo-se de estrito interesse do Municpio para implantao de projetosestruturadores, tais como a via de integrao Rota da Uva e do Vinho e a Sobradinho/Bahia.

    1 O territrio da ZIDU1 prioritariamente propcio utilizao dos instrumentos da poltica urbana aplicveis.

    2 As condies de uso e ocupao do solo, inclusive as mudanas de uso, ficaro sujeitas anlise especial dos

    rgos municipais competentes, devendo respeitar os parmetros urbansticos dispostos nesta Lei.Art. 88 A Zona de Interesse ao Desenvolvimento Urbano 2 (ZIDU2) corresponde a uma rea com usosinstitucionais e pblicos instalados, com potencialidade para atividades e equipamentos scio-culturais deabrangncia urbano-regional, desde que respeitadas as faixas de domnio rodovirio e ferrovirio, bem dotada deinfra-estrutura e de relevante importncia para o sistema virio, constituindo-se de estrito interesse do Municpiopara requalificao urbana.

    1 O territrio da ZIDU2 propcio utilizao dos instrumentos da poltica urbana aplicveis, em especial das

    Operaes Urbanas Consorciadas. 2 As condies de uso e ocupao do solo, inclusive as mudanas de uso, ficaro sujeitas anlise especial dosrgos municipais competentes, devendo respeitar os parmetros urbansticos dispostos nesta Lei.

    Art. 89 A Zona Industrial e de Servios (ZIS) corresponde ao Distrito Industrial, destinada exclusivamente aouso industrial e suas atividades de apoio, ao comrcio atacadista e aos grandes equipamentos de servios, e suaocupao fica sujeita s normas urbansticas desta Lei e daquelas ditadas pela Agncia de Desenvolvimento dePernambucoAD-DIPER, bem como s disposies legais institudas pela Unio, pelo Estado e pelo Municpiosobre a matria.

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    VI - Implantao de mecanismos de proteo contra as aes especulativas, atravs do estabelecimento de lotescom dimenses limitadas e da proibio do remembramento;

    VII - Regularizao do pagamento de impostos e taxas pblicas;

    VIII - Regularizao jurdica atravs dos instrumentos do usucapio especial de imvel urbano, concesso de usoespecial para fins de moradia ou concesso do direito real de uso;

    Art. 95 Podem ser institudas como Zonas Especiais de Interesse SocialZEIS, as seguintes reas:

    I - Loteamentos irregulares e agrupamentos irregulares onde existe interesse pblico em promover a regularizao

    fundiria do parcelamento, complementao da infra-estrutura e recuperao ambiental;II - Terrenos no edificados para implantar programas de habitao de interesse social.

    Art. 96 O planejamento e a regularizao urbanstica das ZEIS devero ser efetuados atravs de um plano deurbanizao especfico, com objetivo de implantar um padro urbanstico prprio e adequado s especificidadesde cada local, e que deve conter, no mnimo:

    I - Levantamento e diagnstico da rea;

    II - Projetos e intervenes urbansticas necessrias recuperao fsica e ambiental da rea;

    III - Definio do parcelamento, condies de uso do solo e parmetros urbansticos;

    IV - Delimitao de reas non aedificandi, quando pertinente;

    V - Aes especficas de relocaes, mutires e outras iniciativas necessrias;

    VI - Formas de participao da populao;

    VII - Formas de integrao dos diversos setores do poder pblico envolvidos;

    VIII - Fontes de recursos;

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    restries de localizao definidas nesta Lei, aos parmetros urbansticos fixados para cada zona e s demaisnormas urbansticas aplicveis.

    Art. 100 So considerados usos geradores de rudo ou incmodo vizinhana aqueles potencialmente geradoresde trfego, poluio sonora, poluio atmosfrica e aqueles que envolvem riscos sanitrios e de segurana,segundo a lei Municipal 1164/2002, destinados s seguintes atividades urbanas:

    I - Comrcio varejista e atacadista:

    a) Shopping center, lojas de departamento, hipermercados e similares;

    b) Revendas de veculos e acessrios com oficinas e/ou servios de instalao de som;c) Lojas de material de construo inacabado (areia, tijolos e similares);

    d) Comrcio, manuseio e estocagem de produtos qumicos, inflamveis, explosivos, armas, munies, fogos deartifcio, gs GLP e similares;

    II - Servios de reparao e manuteno:

    a) Oficinas de veculos, mquinas, motores e similares;

    b) Servios de lanternagem, borracharia, pintura, solda e similares;

    c) Lavagem e lubrificao de veculos, lava-jatos e similares;

    d) Postos de abastecimento de combustveis.

    III - Servios de diverso e afluncia de pblico:

    a) Cinemas, teatros, auditrios, estdios de TV ou rdio e similares;

    b) Clubes recreativos, esportivos, parques de diverso, e outros estabelecimentos de entretenimento em geral;

    c) Bares, boates, casas de shows, restaurantes, pizzarias, churrascarias, estabelecimentos com msica ao vivo e

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    b) Toda e qualquer fabricao ou servio que gere aerodispersides, gases, vapores, odores, fuligem, resduosslidos ou lquidos.

    c) Indstrias de produtos minerais, qumicos, txteis, de borracha, de papel e celulose, de bebidas, de alimentos,de abate e frigorificao, de explosivos, de inflamveis, metalrgicas, madeireiras, de artefatos de pedras, gesso,cimento, vidro, cermica, e similares que gerem os poluentes especificados nas alneas anteriores.

    d) Indstrias de pequeno porte de preparo de alimentos, de padaria, confeitaria e similares.

    e) Indstrias de pequeno porte de fabricao de mveis de madeira, vime, junco, artigos de marcenaria, estofadose similares.

    1 Os usos e atividades citados no caput devero atender s restries quanto aos afastamentos, definidas naSeo II deste Captulo.

    2 Alguns dos usos e atividades citados nos incisos I, II, III, IV, V e VI so Empreendimentos de Impacto,ficando portanto sujeitos, cumulativamente, s exigncias do Estudo de Impacto de Vizinhana, definidas naSeo VIII do Captulo V deste Ttulo.

    3 Os usos e atividades citados nos incisos I, II, III, e V no podero se instalar nas vias locais e secundrias dosistema virio na ZAM, nas Zonas Residenciais, ZR1, ZR2, ZR3, ZR4, na ZPH nem na ZPA, nem nos locais de

    vizinhana predominantemente residencial. 4 Os usos e atividades citados no inciso IV no sero permitidos nas zonas ZAM, ZR1, ZR2, ZPH e ZPA.

    5 Os usos e atividades citados no inciso VI sero permitidos apenas na ZIS.

    6 Para aprovao, os usos e atividades citados nos incisos I, II, III, IV e V devero ter seus projetos submetidosa uma anlise especial prvia, por parte dos rgos competentes do municpio, que verificaro a localizao e avizinhana do entorno, para opinar quanto possibilidade de instalao no local pretendido.

    Art. 101 Os usos citados no art. 100 devero dotar as suas instalaes de equipamentos, materiais, isolamento

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    1 Para efeito do disposto no inciso II, no sero computadas as reas de estacionamento coberto e as reasdestinadas ao abrigo de frota de veculos.

    2 Dever ser previsto local para carga e descarga de mercadorias, quando houver demanda em funo do usoou atividade urbana.

    Seo I I

    Dos parmetros urbansticos

    Art. 104 As condies de aproveitamento e ocupao dos terrenos ficam definidas, em funo das diversas Zonas,

    conforme os seguintes parmetros urbansticos reguladores do uso e da ocupao do solo urbano:I - Coeficiente de Aproveitamento (CA);

    II - Taxa de Ocupao (TO);

    III - Taxa de Solo Natural (TSN);

    IV - Afastamento Frontal (AF), Afastamentos Laterais e de Fundos (ALF).

    Art. 105 Coeficiente de Aproveitamento o ndice que, multiplicado pela rea do terreno, resulta na rea mximade construo permitida em cada zona da cidade, estabelecendo o total de metros quadrados que podem serconstrudos nesse terreno.

    Art. 106 Para efeito desta Lei e da aplicao dos instrumentos de poltica urbana, ficam estabelecidos os seguintescoeficientes de aproveitamento:

    I - Coeficiente de Aproveitamento (CA) Mnimo: determina a rea mnima de construo para aferir a efetivautilizao do imvel, abaixo da qual se estabelecem as condies de aplicao dos instrumentos urbansticos doparcelamento, edificao ou utilizao compulsrios, do IPTU progressivo no tempo e da desapropriao compagamento em ttulos da dvida pblica;

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    condies naturais, sem impermeabilizao ou pisos, tratada com vegetao, e varivel por Zona.

    Pargrafo nicoOs percentuais mnimos de Taxa de Solo Natural (TSN) exigidos para cada Zona estabelecidanesta Lei, esto definidos na tabela do Anexo II desta Lei.

    Art. 110 Os Afastamentos representam as distncias que devem ser mantidas entre a edificao e as linhasdivisrias do terreno, constituindo-se em afastamentos frontal, lateral e de fundos.

    1 Os afastamentos frontal, lateral e de fundos sero medidos segundo uma perpendicular linha divisria,traada a partir do ponto mdio de cada segmento da linha poligonal definida pela projeo da edificao no planohorizontal.

    2 Nenhum ponto das linhas poligonais que formam a projeo da edificao poder estar situado a umadistncia menor que o afastamento mnimo exigido.

    Art. 111 Os Afastamentos frontal, lateral e de fundos sero definidos em funo do tipo de uso da edificao e donmero de pavimentos, observados os critrios dispostos nesta Lei e a tabela constante do Anexo II desta Lei.

    Art. 112 As edificaes com at 2 (dois) pavimentos, destinadas aos usos habitacional, unifamiliar emultifamiliar, usos no habitacionais e mistos, devero apresentar os seguintes afastamentos:

    I - Nas Zonas ZAM, ZR1, ZR2, ZR3, ZPH e ZIS, devero ser mantidos o afastamento frontal mnimo de 3,00m(trs metros) e afastamentos laterais e de fundos mnimos de 1,50m (um metro e cinqenta centmetros).

    II - Na Zona ZR4 e nas ZEIS a serem definidas, devero ser mantidos o afastamento frontal mnimo de 2,00m(dois metros) e afastamentos laterais e de fundos mnimos de 1,50m (um metro e cinqenta centmetros).

    III - Nas Zonas ZIDU1 e ZIDU2, devero ser mantidos o afastamento frontal mnimo de 5,00m (cinco metros) eafastamentos laterais e de fundos mnimos de 3,00m (trs metros).

    1 As edificaes dispostas no caput podero colar em duas das divisas laterais e/ou de fundos, obedecendo sseguintes condies:

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    III - Para efeito das frmulas do inciso anterior, considera-se:

    a) n = nmero de pavimentos tipo da edificao

    b) AFR = Afastamento Frontal Resultante

    c) ALFR = Afastamento Lateral e de Fundos Resultante

    d) AFI = Afastamento Frontal Inicial

    e) ALFI = Afastamento Lateral e de Fundos Inicial

    1 As edificaes dispostas no caput podero colar os dois primeiros pavimentos em duas das divisas lateraise/ou de fundos, desde que obedeam s seguintes condies:

    I - Quando colarem em 02 (duas) divisas laterais, devero manter um afastamento mnimo de 2,00m (dois metros)para a divisa de fundos;

    II - Quando colarem em uma divisa lateral e uma divisa de fundos, devero manter um afastamento mnimo de2,00m (dois metros) para a outra divisa lateral;

    III - A altura total das edificaes coladas nas divisas laterais e/ou de fundos no poder exceder cota de 7,00m(sete metros) medida a partir do nvel do meio-fio.

    IV - Em qualquer das hipteses, dever ser respeitado o limite mximo da Taxa de Ocupao definida para aZona.

    2 Os usos geradores de rudo ou incmodo vizinhana no podero colar em nenhuma das divisas.

    Art. 115 Em qualquer das hipteses previstas nesta Lei, no caso de existir qualquer tipo de abertura nas fachadasdas edificaes, dever ser mantido o afastamento mnimo de 1,50m (um metro e cinqenta centmetros) para asdivisas laterais e/ou de fundos.

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    II - Atender s exigncias de afastamentos para as divisas, sendo facultado manter o alinhamento da edificao

    original aonde os afastamentos exigidos nesta Lei forem superiores aos existentes.III - Manter o nmero de vagas de estacionamento de veculos existentes antes da reforma;

    3 A prerrogativa de manter os parmetros urbansticos existentes nas edificaes a serem reformadas s serconcedida s construes devidamente legalizadas perante os rgos competentes do municpio, que poderovistoriar a edificao para efeito de verificar a regularidade das mesmas.

    CAPTULO V

    DA LEGISLAO URBANSTICASeo I

    Do parcelamento do solo

    Art. 118 O parcelamento do solo e as demais modificaes da propriedade urbana sero regidos por lei especfica,que dever obedecer s diretrizes estabelecidas nesta Lei e em consonncia com a estrutura fundiria da reaurbana do Municpio de Petrolina.

    Pargrafo nico O Poder Executivo, no prazo de 12 (doze) meses a contar da vigncia desta Lei, dever

    promover a reviso da Lei Municipal n 08/1983, que trata do parcelamento do solo.Art. 119 A lei especfica de Parcelamento do Solo tem por objetivo ordenar as funes da cidade relativas ahabitao, trabalho, lazer e circulao, mediante as seguintes diretrizes:

    I - Garantia da funo social da cidade e da propriedade urbana;

    II - Preservao do meio-ambiente e do equilbrio ecolgico;

    III - A adequao ao sistema de circulao e de transportes;

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    Art. 125 As glebas localizadas margem do rio que venham a ser objeto de parcelamento do solo, devem ser

    loteadas e convenientemente dotadas de via para acesso pblico beira-rio, quando se verifique a necessidade detravessia para localidades previamente existentes, nos termos da legislao municipal, estadual e federal.

    1 No parcelamento do solo, cujas glebas margeiem o rio, dever ser reservada uma faixa non aedificandi de100,00 metros (cem metros) de largura na beira-rio, com espcies nativas e estudo de impacto ambiental.

    2 Na Lei de Parcelamento do Solo, devero ser estabelecidas condies urbansticas diferenciadas para oparcelamento do solo e construes em loteamentos beira-rio, observando o que determina a Lei Federal n4.771/65 (Cdigo Florestal) e resolues pertinentes dos rgos de meio-ambiente.

    Art. 126 O Poder Executivo Municipal dever atuar para fiscalizar e garantir as reas pblicas, conformeaprovadas nos projetos de parcelamento do solo, inclusive dos equipamentos urbanos e comunitrios, assegurandoa sua finalidade pblica.

    1 Os usos e equipamentos a serem implantados nas reas pblicas destinadas ao uso comunitrio devero serdefinidos atravs de consulta formal populao do entorno, ficando vedada a doao de reas sem aplicaodeste procedimento.

    2 A doao de reas nas quadras comunitrias dos loteamentos s poder ser efetuada aps o levantamento da

    demanda local de equipamentos de uso comum. 3 O Poder Executivo Municipal dever, no prazo de 120 (cento e vinte) dias aps a vigncia desta Lei,regulamentar os procedimentos da consulta citada no pargrafo anterior.

    Art. 127 A Lei de Parcelamento do Solo definir as infraes e as penalidades pelo descumprimento das normaslegais e regulamentares pertinentes repartio do solo no Municpio do Petrolina.

    Seo I I

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    IX - Regular e estabelecer penalidades para o (a) proprietrio (a) de animais soltos nas ruas;

    X - Disciplinar as normas de funcionamento para as diversas atividades de comrcio, indstria e prestao deservios;

    XI - Definir normas e condies para as obras em geral, compartimentos das edificaes, instalaes prediais,ventilao e iluminao dos ambientes;

    Art. 130 O Poder Executivo dever operacionalizar os rgos municipais de forma a melhor exigir e fazer cumprira legislao urbanstica vigente nas trs esferas pblicas, em prol do bem-estar de toda a sociedade, especialmentenas seguintes questes:

    I - Fiscalizao das construes irregulares, exigindo o licenciamento prvio;

    II - Fiscalizao da poluio sonora, aparelhando os rgos competentes com equipamentos adequados, tais comodecibelmetros, e medidas coercitivas para sanar os incmodos;

    III - Fiscalizar o cumprimento das prerrogativas do cdigo municipal do meio ambiente (lei municipal n1.199/2002), cdigo sanitrio e demais leis pertinentes, para controle da poluio das guas, do ar e do solo, daemisso de rudos e da poluio visual, inclusive com a aplicao das penalidades previstas.

    Art. 131 O Poder Executivo dever incentivar a valorizao, a proteo, a conservao e a preservao dopatrimnio histrico, artstico, cultural e imaterial, atravs de legislao especfica que contemple as seguintesdiretrizes:

    I - Elaborao e aprofundamento dos estudos e inventrios acerca do patrimnio cultural do municpio,abrangendo o patrimnio edificado, bens mveis e patrimnio imaterial.

    II - Preservao das caractersticas originais dos imveis de relevncia histrica, arquitetnica e cultural, inclusiveestabelecendo normas e critrios de interveno;

    III - Preservao da ambincia urbana dos conjuntos de valor histrico edificado e do seu entorno, atravs de

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    os prazos para implementao da referida obrigao.

    1 Considera-se subutilizado o imvel cujo coeficiente de aproveitamento seja inferior a 0,20 (zero vrgulavinte).

    2 O proprietrio ser notificado pelo Poder Executivo municipal para cumprimento da obrigao, devendo anotificao ser averbada no cartrio de registro de imveis.

    3 A notificao far-se-:

    I - Por funcionrio do rgo competente do Poder Executivo municipal, ao proprietrio do imvel ou, no caso de

    este ser pessoa jurdica, a quem tenha poderes de gerncia geral ou administrao;II - Por edital quando frustrada, por trs vezes, a tentativa de notificao na forma prevista pelo inciso I.

    4 Os prazos a que se refere o caput no podero ser inferiores a:

    I - Um ano, a partir da notificao, para que seja protocolado o projeto da edificao ou do parcelamento dosimveis no edificados ou subutilizados, no rgo municipal competente;

    II - Dois anos, a partir da aprovao do projeto, para iniciar as obras do empreendimento.

    III - Um ano, a partir da notificao, para que os proprietrios dos imveis no utilizados, garantam o uso das suaspropriedades e o cumprimento da sua funo social.

    5 Em empreendimentos de grande porte, em carter excepcional, a lei municipal especfica a que se refere ocaput poder prever a concluso em etapas, assegurando-se que o projeto aprovado compreenda oempreendimento como um todo.

    Art. 134 A transmisso do imvel, por ato inter vivos ou causa mortis, posterior data da notificao, transfere asobrigaes de parcelamento, edificao ou utilizao previstas no art. 133 desta Lei, sem interrupo de

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    I - Refletir o valor da base de clculo do IPTU, descontado o montante incorporado em funo de obras

    realizadas pelo Poder Pblico na rea onde o mesmo se localiza aps a notificao de que trata o 2 do art. 133desta Lei;

    II - No computar expectativas de ganhos, lucros cessantes e juros compensatrios.

    3 Os ttulos de que trata este artigo no tero poder liberatrio para pagamento de tributos.

    4 O Municpio proceder ao adequado aproveitamento do imvel no prazo mximo de cinco anos, contado apartir da sua incorporao ao patrimnio pblico.

    5 O aproveitamento do imvel poder ser efetivado diretamente pelo Poder Pblico para fins de habitaopopular ou equipamentos urbanos, ou por meio de alienao ou concesso a terceiros, observando-se, nessescasos, o devido procedimento licitatrio.

    6 Ficam mantidas para o adquirente de imvel nos termos do 5 as mesmas obrigaes de parcelamento,edificao ou utilizao previstas no art. 133 desta Lei.

    Seo I I

    Do Usucapio Especial de Imvel Ur bano

    Art. 137 O usucapio especial de imvel urbano poder ser exercido nos termos dos artigos 9, 10, 11, 12, 13 e 14da Lei Federal n 10.257/2001 Estatuto da Cidade e conforme disposies contidas na Lei Federal n10.406/2002Cdigo Civil.

    Art. 138 Aquele que possuir como sua rea ou edificao urbana de at duzentos e cinqenta metros quadrados,por cinco anos, ininterruptamente e sem oposio, utilizando-a para sua moradia ou de sua famlia, adquirir-lhe-o domnio, desde que no seja proprietrio de outro imvel urbano ou rural.

    1 O ttulo de domnio ser conferido ao homem ou mulher, ou a ambos, independentemente do estado civil.

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    III - Como substituto processual, a associao de moradores da comunidade, regularmente constituda, com

    personalidade jurdica, desde que explicitamente autorizada pelos representados. 1 Na ao de usucapio especial urbana obrigatria a interveno do Ministrio Pblico.

    2 O autor ter os benefcios da justia e da assistncia judiciria gratuita, inclusive perante o cartrio de registrode imveis.

    Art. 142 A usucapio especial de imvel urbano poder ser invocada como matria de defesa, valendo a sentenaque a reconhecer como ttulo para registro no cartrio de registro de imveis.

    Art. 143 Na ao judicial de usucapio especial de imvel urbano, o rito processual a ser observado o sumrio.Seo I I I

    Da Concesso de Uso Especial para f ins de Moradia e da Concesso de Di reito Real de Uso

    Art. 144 A concesso de uso especial para fins de moradia poder ser concedida, de forma individual ou coletiva,nos termos, condies e procedimentos estabelecidos na Medida Provisria n 2.220, de 04 de setembro de 2001.

    Art. 145 A concesso de direito real de uso de imveis pblicos poder ser concedida nos termos do art. 48 da LeiFederal n 10.257/2001Estatuto da Cidade.

    Seo IV

    Do Di reito de Superfcie

    Art. 146 O direito de superfcie poder ser exercido em todo o territrio municipal, nos termos dos artigos 21, 22,23 e 24 da Lei Federal n 10.257/2001 Estatuto da Cidade e conforme disposies contidas na Lei Federal n10.406/2002Cdigo Civil.

    Art. 147 O proprietrio urbano e rural poder conceder a outrem o direito de superfcie do seu terreno, por tempodeterminado ou indeterminado, mediante escritura pblica registrada no cartrio de registro de imveis.

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    Seo V

    Do Direito de Preempo

    Art. 152 O direito de preempo confere ao Poder Pblico municipal preferncia para a aquisio de imvelurbano, objeto de alienao onerosa entre particulares, conforme o disposto nos artigos 25, 26 e 27 da Lei Federaln 10.257/2001Estatuto da Cidade.

    1 O direito de preempo poder ser exercido em todas as zonas da rea urbana e rea rural, definidas nostermos de lei especfica, que delimitar as reas e todas as demais condies para aplicao do instrumento.

    2 O direito de preempo poder ser exercido em prazo no superior a 5 (cinco) anos, renovvel a partir de 1(um) ano aps o decurso do prazo inicial de vigncia, independentemente do nmero de alienaes referentes aomesmo imvel.

    Art. 153 O direito de preempo ser exercido sempre que o Poder Pblico necessitar de reas para:

    I - Regularizao fundiria;

    II - Execuo de programas e projetos habitacionais de interesse social;

    III - Constituio de reserva fundiria;

    IV - Ordenamento e direcionamento da expanso urbana;V - Implantao de equipamentos urbanos e comunitrios;

    VI - Criao de espaos pblicos de lazer e reas verdes;

    VII - Criao de unidades de conservao ou proteo de outras reas de interesse ambiental;

    VIII - Proteo de reas de interesse histrico, cultural ou paisagstico.

    Pargrafo nicoA lei municipal prevista no 1 do artigo anterior dever enquadrar cada rea em que incidir o

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    do coeficiente de aproveitamento (CA) mximo estabelecido para cada uma das Zonas, conforme o disposto na

    tabela do Anexo II desta Lei.Art. 156 Na rea rural, o Poder Pblico municipal exercer a faculdade de outorgar onerosamente alterao de usopara fins urbanos, mediante contrapartida a ser prestada pelo beneficirio.

    Art. 157 Lei municipal especfica estabelecer as condies a serem observadas para a outorga onerosa do direitode construir e da alterao de uso, determinando:

    I - A frmula de clculo para cobrana;

    II - Os casos passveis de iseno do pagamento da outorga;III - A contrapartida do beneficirio.

    Art. 158 Os recursos auferidos com a adoo da outorga onerosa do direito de construir a da alterao de usosero aplicados com as finalidades previstas nos incisos I a VIII do art. 26 da Lei Federal n 10.257/2001 Estatuto da Cidade.

    Seo VI

    Das Operaes Urbanas Consorciadas

    Art. 159 O Poder Pblico municipal poder, atravs de operao urbana consorciada, coordenar um conjunto deintervenes e medidas suficientes e necessrias com o objetivo de promover transformaes urbansticasestruturais, melhorias sociais e valorizao ambiental, podendo para tanto atuar em conjunto com proprietrios,moradores, usurios permanentes e investidores privados.

    Art. 160 Lei municipal especfica, baseada no plano diretor, poder delimitar rea para aplicao de operaesconsorciadas dentro do permetro das zonas ZR4, ZPH, ZIS, ZIDU1, ZIDU2 e ZPA definidos nos termos destalei.

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    2 Apresentado pedido de licena para construir, o certificado de potencial adicional ser utilizado no

    pagamento da rea de construo que supere os padres estabelecidos pela legislao de uso e ocupao do solo,at o limite fixado pela lei especfica que aprovar a operao urbana consorciada.

    Seo VI I

    Da Transferncia do Dir eito de Construir

    Art. 164Lei municipal, com base neste Plano Diretor, poder autorizar o proprietrio de imvel urbano, privadoou pblico, a exercer em outro local, ou alienar, mediante escritura pblica, o direito de construir previsto nestediploma legal ou em legislao urbanstica dele decorrente, quando o referido imvel for considerado necessrio

    para fins de:I - Implantao de equipamentos urbanos e comunitrios;

    II - Preservao, quando o imvel for considerado de interesse histrico, ambiental, paisagstico, social oucultural;

    III - Servir a programas de regularizao fundiria, urbanizao de reas ocupadas por populao de baixa renda ehabitao de interesse social.

    1 A transferncia do direito de construir poder ser concedida ao proprietrio que doar ao Poder Pblico seuimvel, ou parte dele, para os fins previstos nos incisos I a III deste artigo.

    2 A lei municipal referida no caput estabelecer os procedimentos e as condies de aplicao da transfernciado direito de construir, disciplinando a forma dos atos ou certificados que autorizam o seu exerccio, os prazos eos registros da transferncia do potencial construtivo.

    Art. 165 Podero transferir o seu potencial construtivo, atravs deste instrumento os imveis situados nas zonasZR3, ZR4 e ZPH, delimitadas nos termos do Anexo I desta lei.

    1 O potencial construtivo passvel de ser transferido para outros imveis em decorrncia deste instrumento se

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    I - Shopping center, lojas de departamento, hipermercados e similares;

    II - Centrais de cargas e de abastecimento, transportadoras e similares;

    III - Estaes de tratamento de gua, de esgoto, de energia eltrica e similares;

    IV - Terminais de transportes rodovirios, ferrovirios, aerovirios e similares;

    V - Garagens de veculos de transportes de passageiros;

    VI - Centros de diverses, casas de shows, centros culturais e similares;

    VII - Hospitais, necrotrios, cemitrios e similares;

    VIII - Matadouros, abatedouros, curtumes e similares;

    IX - Presdios e similares;

    X - Quartis, corpo de bombeiros e instalaes militares;

    XI - Aterros sanitrios e usinas de reciclagem de resduos slidos;

    XII - Estdios esportivos, autdromos, hipdromos e similares;

    XIII - Jardim zoolgico, jardim botnico e similares;

    XIV - Depsitos de produtos inflamveis, explosivos, txicos e similares;

    XV - Postos de gasolina e similares;

    XVI - Indstrias incmodas e/ou poluentes.

    2 A aprovao dos empreendimentos de impacto fica condicionada ao cumprimento dos dispositivos previstosna legislao urbanstica e apresentao, por parte do interessado, de Estudo de Impacto de Vizinhana EIV, aser apreciado pelos rgos competentes da Administrao Municipal.

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    II - Ampliao e adequao do sistema virio, faixas de desacelerao, pontos de nibus, faixas de pedestres,

    semaforizao;III - Manuteno de elementos considerados de interesse paisagstico, histrico, artstico ou cultural, bem comorecuperao ambiental da rea;

    IV - Recuperao ou implantao de reas verdes.

    1 Dar-se- publicidade aos documentos integrantes do Estudo de Impacto de Vizinhana EIV que ficarodisponveis para consulta no rgo municipal competente para quaisquer interessados.

    2 A elaborao do Estudo de Impacto de Vizinhana EIV no substitui o licenciamento ambiental requeridonos termos da legislao ambiental do municpio.

    TTULO V

    DA GESTO DEMOCRTICA MUNICI PAL

    CAPTULO I

    DOS ESPAOS DE PARTICIPAO NA GEST O DEMOCRTICA

    Art. 170 Para fins desta Lei, entende-se por Gesto Democrtica o processo decisrio no qual h participao da

    populao e das associaes representativas dos vrios segmentos da comunidade, na formulao, execuo,acompanhamento e controle das polticas pblicas municipais, relativas rea urbana e rea rural (irrigada,ribeirinha e de sequeiro).

    Art. 171 Para garantir a Gesto Democrtica do Municpio de Petrolina, devero ser utilizados, entre outros, osseguintes instrumentos:

    I - Oramento Participativo;

    II - Conferncias Municipais sobre assuntos de interesse urbano e rural;

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    VII - Divulgar sistematicamente a legislao municipal.

    Pargrafo nico - O Conselho Municipal da Cidade, de que trata o inciso III, ser composto por cmarastemticas de desenvolvimento e controle urbano e rural, de habitao, de sistema ambiental e detransporte/mobilidade.

    Art. 174 Para assegurar a participao produtiva na gesto municipal, dever ser garantido um processo deformao continuada aos membros dos Conselhos Municipais.

    CAPITULO II

    DA MODERNIZAO DA GESTO MUNI CIPALArt. 175 As aes de modernizao da gesto municipal devero abranger as reas urbana e rural (irrigada,ribeirinha e de sequeiro), e atender aos princpios de participao atravs de conferncias, de discusses emrgos colegiados, de debates, de audincias, de projetos de lei de iniciativa popular e consultas pblicas.

    Art. 176 A modernizao da gesto municipal tem por objetivos:

    I - Garantir a eficcia, eficincia e efetividade das aes e polticas municipais;

    II - Coletar, sistematizar e disponibilizar dados e informaes imprescindveis ao planejamento das aes

    municipais;III - Incorporar mtodos, processos e procedimentos apropriados para a melhoria da produtividade dos serviospblicos municipais.

    Art. 177 O Municpio dever instituir o Sistema de Informaes Georeferenciadas (SIG) Municipal contendo aintegrao da arrecadao, do planejamento e dos Cadastros Tcnicos Multifinalitrios para o acompanhamento,monitoramento e avaliao das polticas pblicas municipais, mediante as seguintes diretrizes:

    I - As informaes de arrecadao do SIG municipal devero conter a legislao tributria e planta de valores.

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    Art. 181 O Poder Executivo Municipal, no prazo de at 24 (vinte e quatro) meses a contar da vigncia desta Lei,

    dever submeter ao Poder Legislativo Municipal os Projetos de Lei relativos legislao urbanstica, que tratamdo controle do uso e ocupao do solo, das obras e posturas e do patrimnio cultural.

    Art. 182 O Poder Executivo Municipal, no prazo de at 24 (vinte e quatro) meses a contar da vigncia desta Lei,dever submeter ao Poder Legislativo Municipal os Projetos de Lei que atualizaro a legislao ambiental sdisposies constantes neste Plano Diretor.

    Art. 183 O Poder Executivo Municipal, no prazo mximo de 24 (vinte e quatro) meses a contar da vigncia destaLei, dever submeter ao Poder Legislativo Municipal as leis especficas que regulamentam os instrumentos da

    Poltica Urbana, citados no Captulo V do Ttulo IV desta Lei, salvo expressa disposio em contrrio.Art. 184 Esta Lei entra em vigor na data de sua publicao.

    Art. 185 Revogam-se as disposies em contrrio.

    Gabinete do Prefeito, em 14 de novembro de 2006.

    FERNANDO BEZERRA COELHO

    Prefeito

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    ANEXOI

    Permetros das zonas da rea Urbana de Petrolina

    Zona de Atividades Mltiplas (ZAM)

    Inicia no encontro da Avenida Nilo Coelho com a Avenida da Integrao e segue por esta ltima, no sentido leste,at encontrar a Avenida Monsenhor ngelo Sampaio, deflete direita e segue por esta at encontrar a AvenidaGuararapes, deflete direita e segue por esta at encontrar a Rua Engenheiro Carlos Pinheiro, deflete direita e

    segue por esta at encontrar a Rua Antonio Santana Filho, deflete esquerda e segue por esta at encontrar aAvenida Joaquim Nabuco, deflete direita e segue por esta at encontrar a Rua Coronel Amorim, deflete esquerda, e segue por esta at encontrar a Avenida Souza Filho, deflete esquerda e segue por esta at encontrar aRua Dom Vital, deflete direita e segue por esta at encontrar a Rua Ablio Dias, deflete esquerda e segue poresta at encontrar a Avenida Souza Jnior, deflete direita e segue por esta at encontrar a Avenida das Naes,deflete direita e segue por esta at encontrar a Rua Conde DEu, deflete esquerda e segue por esta atencontrar a Avenida Nilo Coelho, deflete direita e segue por esta at encontrar a Avenida da Integrao, que foio ponto inicial, fechando assim o polgono que delimita a rea em questo.

    Zonas ResidenciaisZona Residencial 1 (ZR 1)

    Oeste:

    Inicia no encontro da Avenida Ricardo Soares Coelho com a Avenida Coronel Clementino Coelho, segue por estaltima, no sentido leste, at encontrar a Rua So Vicente de Paula, que seu prolongamento, e segue por esta atencontrar o Viaduto Barranqueiro, deflete direita e segue por este at encontrar a Avenida Cardoso de S,

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    ngelo Sampaio, deflete direita e segue por esta at encontrar a Avenida da Integrao, deflete esquerda e

    segue por esta at encontrar a Avenida Nilo Coelho, deflete esquerda e segue por esta at o girador que leva Rua Padre Sizenando, deflete esquerda e segue por esta at encontrar a Rua So Vicente de Paula, deflete direita e segue por esta at a Avenida Coronel Clementino Coelho, que seu prolongamento, e por fim encontrara Rua Jos Santana, deflete esquerda e segue por esta at encontrar a RuaO, deflete direita e segue por estaat encontrar a Rua T, deflete esquerda e segue por esta at a encontrar a Rua R, deflete esquerda e seguepor esta at encontrar a Rua Jos Santana, deflete direita e segue por esta at encontrar a Avenida Mrio R.Coelho, deflete direita e segue por esta at encontrar a Avenida Dr. Ulisses Guimares, que foi o ponto inicial,fechando assim o polgono que delimita a rea em questo.

    Zona Residencial 4 (ZR 4)

    Oeste-Leste:

    Inicia no encontro da Rua S/D com o Riacho Vitria sobe pelo mesmo at encontrar a cerca limite do ProjetoSenador Nilo Coelho; segue em direo Leste e distncia de 2.612,80m; segue em direo Nordeste e distncia1.447,32m; segue em direo Noroeste e distncia de 476,10m; segue em direo Nordeste e distncia de

    619,03m; segue em direo Sudeste e distncia de 63,88m; segue em direo sudoeste e distncia de 83,99m;segue em direo Sul e distncia de 127,10m; segue em direo Sudeste e distncia de 82,04m; segue em direoSul e distncia de 91,12m; segue em direo Leste e distncia de 171,45m; segue em direo Norte e distncia de1.909,47m; segue em direo leste e distncia de 94,74m; segue em direo Norte e distncia de 386,61m; segueem direo Noroeste e distncia de 423,89m; segue em direo Leste e distncia de 2.208,78m; segue em direoNoroeste e distncia de 255,94 m; segue em direo Nordeste e distncia de 6.550,28m; segue em direo Sudestee distncia de 360,00m; segue em direo Nordeste e distncia de 1.785,00m; segue em direo Sudeste edistncia de 1.057,64m; segue em direo Nordeste e distncia de 1.221,14m; segue em direo Sudeste edistncia de 2071,56m; segue em direo Sul e distncia de 1.424,29m; segue em direo Leste e distncia de

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    encontrar a Avenida Joaquim Nabuco, deflete esquerda e segue por esta at encontrar a Avenida Cardoso de S,

    deflete direita e segue por esta at encontrar o Viaduto Barranqueiro (margeando a Rua Joo Cigano), deflete direita e segue por esta at encontrar a Avenida das Naes, deflete direita e segue por esta at encontrar aAvenida Souza Jnior, deflete direita e segue at encontrar a Rua Ablio Dias, deflete esquerda e segue poresta at encontrar a Rua Dom Vital, que foi o ponto inicial, fechando assim o polgono que delimita a rea emquesto.

    Zona de Proteo e Preservao Ambiental (ZPA)

    Oeste:

    Inicia no encontro da margem do Riacho Vitria com a Rua S/D, segue por esta ltima, no sentido leste, atencontrar outra Rua S/D, deflete direita e segue por esta at encontrar a margem de Rio So Francisco, deflete direita e segue por esta at encontrar a margem do Riacho Vitria, deflete direita e segue por esta at encontrar aRua S/D, que foi o ponto inicial, fechando assim o polgono que delimita a rea em questo.

    Leste:

    Inicia no encontro da Rua S/D com a Avenida Projetada, segue por esta ltima at o encontro com a AvenidaRicardo Soares Coelho, onde a Avenida Projetada passar a ser denominada Avenida Jos Theodomiro Arajo,segue por esta ltima, no sentido leste, at a Avenida Cardoso de S, seu prolongamento, e continua at encontrara Rua Jatob, deflete direita e segue por esta at encontrar a Avenida Joo Pernambuco, deflete direita e seguepela Estrada Petrolina/Pedrinhas que o prolongamento desta ltima at encontrar (o limite da rea urbana),deflete direita e segue por esta at encontrar a margem do Rio So Francisco, deflete direita e segue por estaat encontrar o que seria o prolongamento da Rua S/D, fechando assim o polgono que delimita a rea em questo.

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    Procuradoria Geral do Municpio

    Zona Industrial e de Servios (ZIS)

    Inicia no encontro da Avenida Mrio Rodrigues Coelho com a Rua Jos Santana, segue por esta ltima, nosentido leste, at encontrar a RuaR, deflete esquerda e segue por esta at encontrar a RuaT, deflete direitae segue por esta at encontrar a Rua O, deflete direita e segue por esta at encontrar a Rua Jos Santana,deflete esquerda e segue por esta at encontrar a Avenida Coronel Clementino Coelho, segue por esta atencontrar a Rua S/D, deflete direita e segue por esta at encontrar a Avenida Mrio Rodrigues Coelho, deflete direita e segue por esta at encontrar a Rua Jos Santana, que foi o ponto inicial, fechando assim o polgono quedelimita a rea em questo.

    Zona Porturia (ZP)

    Inicia no encontro da Rua S/D com a Rua S/D, segue por esta ltima no sentido leste at o encontro com outraRua S/D, deflete direita e segue por esta at a margem do Rio So Francisco, deflete direita e segue por estaat o encontro com a Rua S/D, segue por esta at outra Rua S/D, fechando assim o polgono que delimita a reaem questo.

    ATO DE SANO n 079/06

    O PREFEITO DO MUNICPIO DE PETROLINA, desincumbindo-se de suas atribuies legais e com arrimo noart. 60, inciso V, da Lei Orgnica do Municpio, e considerando o atendimento do regular procedimentolegislativo espcie aplicado.

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    Procuradoria Geral do Municpio

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    ANEXOII

    LEI PLANO DIRETOR

    Tabela 1

    Parmetros Urbansticos

    Zona

    Coeficiente de Aproveitamento (CA)

    Taxa deOcupao

    (TO) Mxima

    Taxa deSolo

    Natural(TSN)

    Mnima

    Afastamentos

    Mnimo Bsico Mximo

    USO UNIFAMILIAR, NO HABITACIONAL EMISTO (AT 2 PAVIMENTOS)

    USO HABITACIONAL E MULTIFAMILIAR(AT 4 PAVIMENTOS)

    USO MULTIFAMILIARUSOS NO HABITACIONAIS E MISTOS

    (MAIS DE 4 PAVIMENTOS)

    AfastamentoFrontal (AF)

    Afastamentos lateraise

    Fundos (ALF)

    Afastamento FrontalInicial (AFI)

    Afastamentoslaterais e Fundos

    Inicias (ALFI)

    Afastamento FrontalInicial (AFI)

    Afastamentoslaterais e Fundos

    Inicias (ALFI)

    AfastamentoFrontal Resultante

    (AFR)

    Afastamentos Lateraise Fundos

    Resultantes(ALFR)

    ZAM 0,0 2,5 2,5 70% 10% 3,00 m 1,50 m 5,00 m 2,00 m 5,00 m 2,00 m

    AFR = AFI + (n-4) x0,20

    ALFR = ALFI+ (n-4) x 0,20

    ZR1(*) 0,0 3,0 4,0 70% 10% 3,00 m 1,50 m 5,00 m 2,00 m 5,00 m 2,00 m

    ZR2 0,0 2,0 3,0 70% 10% 3,00 m 1,50 m 5,00 m 2,00 m 5,00 m 2,00 m

    ZR3 0,2 2,5 3,0 70% 10% 3,00 m 1,50 m 5,00 m 2,00 m 5,00 m 2,00 m

    ZR4 0,2 2,5 3,0 70% 10% 2,00 m 1,50 m 5,00 m 2,00 m 5,00 m 2,00 m

    ZPH 0,0 2,0 2,0 70% 10% 3,00m 1,50m 5,00 m 2,00 m 5,00 m 2,00 m

    ZPA 0,0 1,0 1,0 50% 15% 5,00 m 3,00 m 5,00 m 2,00 m 5,00 m 2,00 m

    ZIDU-1 0,0 1,0 1,5 50% 10% 5,00 m 3,00 m 5,00 m 2,00 m 5,00 m 2,00 m

    ZIDU-2 0,0 1,0 1,5 50% 15% 5,00 m 3,00 m 5,00 m 2,00 m 5,00 m 2,00 m

    ZIS 0,0 2,0 2,5 70% 10% 3,00 m 1,50 m 5,00 m 2,00 m 5,00 m 2,00 m

    ZP 0,0 1,0 1,0 50% 15% 5,00 m 3,00 m 5,00 m 2,00 m 5,00 m 2,00 m

    (*) Nas quadras da Avenida Cardoso de S e Avenida Jos Theodomiro Arajo, no trecho compreendido entre o viaduto Baranqueiros e a AvenidaRicardo Soares Coelho.