Plano Estrategico SIS 2009-2014 Aprovado

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Repblica de Moambique Ministrio da Sade Direco de Planificao e Cooperao Departamento de Informao para a Sade

PLANO ESTRATGICO DO SISTEMA DE INFORMAO PARA A SADE (SIS) 2009-2014

Maputo, Outubro/2009

Plano Estratgico do Sistema de Informao para a Sade 2009-2014

ContedoPrefcio ................................................................................................................................. 3 Acrnimos ............................................................................................................................. 5 Sumrio Executivo ................................................................................................................ 6 Introduo ............................................................................................................................. 8 Processo de desenvolvimento do Plano Sectorial................................................................... 9 Viso e Misso do SIS ..........................................................................................................10 Situao do Sistema de Informao para a Sade ...............................................................121. 2. 3. 4. Antecedentes ............................................................................................................................ 12 Descrio sumria do SIS ....................................................................................................... 13 As avaliaes realizadas.......................................................................................................... 13 Diagnstico da situao actual ............................................................................................... 15

Objectivo e estratgias ..........................................................................................................21Estratgia 1: Dispor de RHs capacitados e em nmero suficiente para as actividades do SIS a todos os nveis ................................................................................................................................... 21 Estratgia 2: Melhorar a gesto do SIS ......................................................................................... 25 Estratgia 3: Dispor de infra-estrutura e de tecnologias de informao e comunicao (TIC) adequadas, a todos os nveis ............................................................................................................ 28

Plano de implementao.......................................................................................................32Parmetros para avaliao do sucesso do Plano Estratgico e Riscos ........................................ 32

Anexos ..................................................................................................................................34

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PrefcioO desenvolvimento dos sistemas informativos sanitrios e o reforo do sistema de vigilncia epidemiolgica so reconhecidamente duas reas que devem merecer ateno prioritria dos pases1. Neste sentido, o Plano Estratgico do Sector Sade (PESS) foi o processo atravs do qual o Ministrio da Sade (MISAU) definiu e partilhou, de modo transparente, as suas polticas e os grandes objectivos sectoriais num horizonte temporal plurianual. O PESS vigente (2007-2012) reconhece que, desde 2004, tem havido uma melhoria na qualidade da informao disponibilizada equipa de monitoria e avaliao da situao de sade. Entretanto, ressalta que para poder fazer avaliaes deste tipo, preciso dispor de informao fivel sobre os indicadores seleccionados, e, recomenda, para a rea da Informao: o Melhorar a fiabilidade dos dados do SIS em geral e especialmente aqueles utilizados para o clculo dos indicadores das avaliaes peridicas; o Eliminar divergncias entre os dados digitados e agregados aos diferentes nveis (distrito, provncia, centro); o Reduzir a sobrecarga dos dados devida presena de programas verticais e fichas separadas de recolha; o Reforar o pessoal estatstico e incentivar o bom desempenho na compilao dos dados. Este Plano Estratgico do Sistema de Informao para a Sade (2009-2014) considera que o factor determinante da pouca fiabilidade da informao para tomada de deciso , principalmente, que a arquitectura/modelo actualmente definida para o SIS no se adequam s necessidades do Servio Nacional de Sade (SNS). Apropriando-se das avaliaes j realizadas e do Plano Nacional de

Desenvolvimento de Recursos Humanos da Sade (2008-2015), identifica-se que a falta de profissionais capacitados para as diversas e complexas actividades exigidas no correcto funcionamento do SIS podem ter dificultado que todas as solues propostas anteriormente fossem realizadas e propem-se alternativas s estratgias anteriormente identificadas para solucionar os problemas de capacidade e nmero1

43 sesso do Comit Regional da Organizao Mundial da Sade (OMS) para a frica (1993) Pgina 3

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de profissionais disponveis. O Plano tambm sugere a adequao, a todos os nveis, dos recursos de infra-estrutura e de tecnologias de informao e comunicao e uma melhoria na gesto do SIS. O cumprimento das recomendaes aqui documentadas dever ser um diferencial no processo de melhoria da qualidade do SIS, com vista a torn-lo fivel para subsidiar a tomada de deciso em sade, melhorando assim a situao de sade do povo moambicano.

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AcrnimosBES CDC CID CRDS CSP DAF DIS DPINE DPPC DPS HMN IAF ICS IOF INE INS MISAU M&A NEP OE OMS ONG PARPA PE SIS PES PESS PRODESI QAD RH SEN SDSMAS SIP SNS SDC SIS TB UNFPA TICs US USAID Boletim Epidemiolgico Semanal Centre for Diseases Control Classificao Internacional de Doenas Centro Regional para o Desenvolvimento Sanitrio Cuidados de Sade Primrios Direco de Administrao e Finanas Departamento de Informao para a Sade Delegao Provincial do INE Departamento Provincial de Planificao e Cooperao Direco Provincial de Sade Rede de Metrologia para a Sade (Health Matrix Network) Inqurito aos Agregados Familiares Instituto de Cincias de Sade Inqurito sobre Oramento Familiar Instituto Nacional de Estatstica Instituto Nacional de Sade Ministrio da Sade Monitoria e Avaliao Ncleos de Estatstica Provincial Oramento do Estado Organizao Mundial de Sade Organizao No-Governamental Plano de Aco para a Reduo da Pobreza Absoluta Plano Estratgico do SIS Plano Econmico e Social Plano Estratgico do Sector Sade Programa de Desenvolvimento do Sistema de Informao Quadro de Avaliao de Desempenho Recursos Humanos Sistema Estatstico Nacional Servio Distrital de Sade, Mulher e Aco Social Sistema de Informao de Pessoal Servio Nacional de Sade Cooperao Sua para o Desenvolvimento Sistema de Informao para a Sade Tuberculose Fundo das Naes Unida para Actividades Populacionais Tecnologias de Informao e Comunicao Unidade Sanitria Agncia Americana para o Desenvolvimento Internacional (United States Agency for International Development)

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Sumrio ExecutivoNo MISAU, o Departamento de Informao para a Sade (DIS) o rgo coordenador de todas as funes estatsticas sanitrias, responsvel pelo desenvolvimento e manuteno do Sistema de Informao em Sade. O nvel provincial coordena as actividades do SIS dos distritos, adequando as orientaes estratgicas definidas centralmente situao real de cada provncia. O Servio Distrital de Sade, Mulher e Aco Social (SDSMAS) implementa as orientaes, conforme as prioridades definidas pelo sector e harmonizadas com o nvel provincial. Espera-se que o Plano sirva de instrumento de planificao que permita ao DIS e Departamentos Provinciais de Planificao e Cooperao (DPPC) e Reparties Distritais de Estatstica operarem de forma organizada, segundo as linhas definidas pela poltica do Governo, devendo ser o quadro de referncia para a implementao das recomendaes do Plano Estratgico do Sector Sade (PESS), no que se refere rea de informao. Com efeito, nele esto consideradas as avaliaes anteriormente realizadas; so traadas as estratgias e identificados os recursos necessrios para o alcance dos objectivos explicitados no PESS, a serem seguidos no perodo em referncia. Este documento, a partir do desenvolvimento dos Sistemas de Informao para a Sade em Moambique, deve se constituir como a base principal para os planos de aco nesta rea at, ao ano 2014. Viso, Misso e princpios orientadores do Sector Sade para a rea do SIS A viso do Sector Sade definida no PESS : Colocar disposio de uma cada vez C maior percentagem de moambicanos Cuidados de Sade de qualidade aceitvel, gratuitos ou a um preo comportvel. De forma coerente com esta viso, a misso do SIS apoiar as aces que venham a possibilitar um maior acesso populao moambicana aos Cuidados de Sade de qualidade aceitvel. De forma resumida, o SIS deve: produzir, elaborar e disseminar a informao para quantificar e monitorar o estado de sade da populao. Objectivos O MISAU tem realizado importantes aces com vista a melhorar a qualidade do SIS, implementando, gradualmente, estratgias definidas nos planos e avaliaesPgina 6

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realizados. Entretanto, um objectivo identificado de forma recorrente nas diversas avaliaes o fortalecimento do SIS, para que cada vez mais seja utilizada a informao para a tomada de deciso, recuperando a fiabilidade e preciso de dados e produtos estatsticos. provvel que a falta de modelo do Sistema de Informao em Sade adequado ao contexto actual do sistema de Sade esteja implicando em abordagens pontuais e em iniciativas isoladas para a sua melhoria, sem contudo alcanar o sucesso esperado. Neste sentido, o PE SIS 2009-2014 mantm, como objectivo: Adequar o modelo actual do SIS s necessidades do SNS, tornando-o mais fivel e mais abrangente at 2014 (particularmente a fiabilidade dos nveis I e II e incorporao das informaes dos nveis III e IV). De forma coerente com as recomendaes do PESS 2007-2012 foram identificadas trs estratgias para o SIS: 1) Melhorar a gesto do SIS; 2) Dispor de RH capacitado e em nmero suficiente para as actividades do SIS a todos os nveis; 3) Dispor de infra-estrutura e de tecnologias de informao e comunicao adequadas a todos os nveis. A reviso da arquitectura do SIS auxiliar no direccionamento das aces para fortalecer o SIS e, consequentemente, no fortalecimento de subsdios para a melhoria da situao de sade. Na elaborao deste novo Plano Estratgico foram considerados os principais problemas do SIS relacionados com as avaliaes anteriores e foi identificado que a grande quantidade de estratgias propostas e a falta de recursos humanos capacitados para execut-las, nos diferentes nveis, com nfase no nvel Central, impediram que fossem realizadas todas as solues propostas, e alguns problemas ainda se mantm. Apesar deste ser um problema conhecido dos gestores do SIS, as recomendaes at ento feitas no tm apresentado o resultado esperado para que se disponha de profissionais capacitados em quantidade suficiente para as diversas e complexas actividades. O Plano prope aces para capacitao e reteno de pessoal, mas tambm a celebrao de acordos com entidades parceiras e contratao de servios para execuo das actividades do SIS, possibilitando uma mudana no quadro que tem sido mantido h muitos anos. As metas definidas, se alcanadas, sero um grande passo para a melhoria da qualidade do SIS.Pgina 7

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IntroduoDesde a elaborao do Programa de Desenvolvimento do Sistema de Informao para Sade 2003 2005 (2010) (PRODESI) houve avanos importantes na busca da qualidade do sistema. Dentre eles, destaca-se o desenvolvimento de um aplicativo que padroniza a interface para as diferentes fichas, facilitando a operao do usurio, e disponibilizando um banco de dados que agrega informaes epidemiolgicas, de assistncia e de morbilidade, permitindo ao usurio obter os diferentes olhares panormicos necessrios gesto de sade. Este aplicativo est implantado em todas as provncias e distritos abastecidos de energia elctrica da rede nacional de energia. Tambm foram realizadas revises das fichas de colheita de dados, debates para padronizao de conceitos e clculo dos indicadores, iniciativas para implantao de sistemas hospitalares, com consequente incorporao da CID 10 e foram ministrados cursos de mdia durao para gestores. Entretanto, algumas recomendaes feitas nos documentos anteriores no foram integralmente implementadas e algumas reas importantes para a gesto da sade ainda necessitam de ateno especial. Apesar da sobrecarga de trabalho da equipa do MISAU e a falta de pessoal qualificado para a coordenao das actividades do SIS ter sido ressaltada em diversas avaliaes, este problema ainda se mantm, o que certamente contribuiu fortemente para a no execuo de parte das actividades ento recomendadas. Consequentemente, ainda existem problemas importantes no SIS e as suas informaes no esto sendo regularmente utilizadas para a tomada de deciso. Observa-se, cada vez mais, a percepo de que o uso sistemtico da informao na gesto essencial para que a qualidade da informao melhore e oferea subsdios cada vez mais consistentes para orientar decises. Dada a recente aprovao da Estratgia de Incluso da Igualdade de Gnero no Sector de Sade, torna-se imperiosa a desagregao dos dados por sexo, de forma a permitir a anlise de gnero na planificao e implementao dos programas de Sade e posterior definio de estratgias especficas, com vista a torn-los sensveis ao Gnero.Pgina 8

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O presente Plano Estratgico aponta estratgias e metas que devem ser alcanadas para a obteno de um sistema de informao fivel e acessvel. A sua elaborao baseia-se em subsdios fornecidos por representantes do MISAU nos diversos nveis e por instituies e organismos parceiros. Tambm foram consideradas as contribuies obtidas em avaliaes e em documentos elaborados anteriormente. Acompanhando o processo de descentralizao implantado no pas, sua

implementao demanda uma actuao intensa das Direces Provinciais de Sade, cujo sucesso depende de uma pactuao entre os diversos actores envolvidos com a informao em sade. As linhas directivas para a melhoria do SIS esto traadas e, com o compromisso e apoio dos gestores do Ministrio da Sade e dos parceiros, a execuo das intervenes aqui relacionadas permitir que, ao longo do perodo, os problemas identificados sejam minimizados.

Processo de desenvolvimento do Plano SectorialO Plano Estratgico do Sistema de Informao em Sade (2009-2014) PE do SIS desenvolve-se num contexto institucional que serve de enquadramento da sua viso e misso, como tambm os seus objectivos estratgicos. Trs documentos representam mais claramente a base de referncia do PE do SIS: a) o Plano de Aco para a Reduo da Pobreza Absoluta - (2006-2009) - PARPA II; b) o Plano Estratgico do Sector de Sade (2007-2012) PESS e; c) o Plano Estratgico do Sistema Estatstico Nacional (SEN) (2008-2012). O PE SIS 2009-2014 foi elaborado num processo integrativo para responder demanda informacional do Sector. Neste mbito, participaram na sua elaborao representantes das diversas reas do MISAU, dos Programas de Sade, equipe do DIS, membros das DPSs, Hospitais, INE, Servios do Registo Civil e Notariado e parceiros afins. A percepo de que as diversas avaliaes peridicas do SIS e Planos anteriormente elaborados identificaram problemas semelhantes e apresentaram propostas para melhoria nem sempre realizadas, trouxe como desafio para a elaborao deste PE SIS a identificao de algumas estratgias fundamentais para resolver os principais problemas e com solues para RH.

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A partir das avaliaes realizadas, das contribuies dos participantes de um seminrio nacional realizado com o intuito de obter subsdios para a elaborao do Plano e de entrevistas junto Direco do DIS e da DPC e s Direces de Recursos Humanos, de Sade Pblica e de Assistncia Mdica, especialistas identificaram o objectivo, compilaram as metas, definiram indicadores e atriburam responsabilidades para a implementao do PE-SIS.

Viso e Misso do SISViso O SIS visa ser a principal referncia estatstica do Sector da Sade e contribuir para a promoo da sade e do bem-estar dos moambicanos com informao fivel, completa, atempada e til para todos os intervenientes. Misso misso do SIS produzir, elaborar e disseminar informao para a tomada de decises dos gestores do SNS a todos os nveis, para a planificao de recursos com base na evidncia, para vigiar as epidemias e doenas e medir o estado sade da populao, para o apoio pesquisa e para a prestao de contas comunidade nacional e internacional. Valores e princpios O SIS partilha os mesmos (cinco) valores do Sistema Estatstico Nacional, contidos no Plano Estratgico do INE: Utilizadores: Fornecer aos utilizadores a informao que eles precisam, como e no tempo que eles querem. Profissionalismo, imparcialidade e relevncia: Promover a

qualificao, a responsabilizao e valorizao da capacidade dos quadros para que estes desempenhem o seu papel de modo srio, rigoroso e competente. Sinergias: Criar um ambiente que favorea a participao de todos: utilizadores, fornecedores, produtores, facilitadores, agncias de cooperao e desenvolvimento, sector pblico e privado, pessoas singulares, agregados familiares e populao em geral, na produo e

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utilizao das estatsticas, no presente e no futuro, para o desenvolvimento nacional. O SIS promove os sete princpios que orientam as suas finalidades e objectivos estratgicos: Eficincia: Este princpio preconiza a utilizao de dados sanitrios orientados aco. Nenhum nvel de gesto dever solicitar dados desde que os mesmos no tenham um uso claro e pr-estabelecido. Coordenao: Aplica-se para a partilha de recursos, garantindo a qualidade de dados e reduzindo a duplicao de registos, fichas, relatrios dos subsistemas do sector de sade. Segundo este princpio, os subsistemas existentes sero constantemente compatibilizados, a transmisso e disseminao da informao sero facilitadas. Integrao: Aplica-se ao processo rotineiro de extraco de dados de diferentes fontes e da sua agregao num repositrio nico de dados (banco de dados). Equilbrio: O SIS deve ser balanado com a quantidade de dados e indicadores dos diferentes Programas ou Servios, em equilbrio entre os recursos empregues para a sua manuteno e alimentao e os resultados produzidos. Simplicidade: O SIS deve ser o mais simples possvel para poder ser gerido a todos os nveis, de acordo com os recursos existentes. Qualidade: O SIS deve fornecer informao fivel, atempada e completa para ser considerado instrumento crucial no processo de avaliao e planificao sanitria. Flexibilidade: O SIS deve procurar ajustar-se contnua e racionalmente s grandes mudanas que ocorrem no Sistema Nacional de Sade. Finalidades As finalidades do SIS MISAU integram-se nos objectivos estratgicos do SEN e pretendem responder aos desafios do combate s doenas e do suporte ao Sistema de Sade para o bem-estar do povo moambicano da seguinte forma: 1. Responder s necessidades estatsticas dos utilizadores, sobre a estrutura e tendncias dos problemas de sade e doenas, das enfermidades, dos riscos

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de sade e dos seus determinantes scio-econmicos e ambientais, sobre o gnero e populao e promover a utilizao da informao estatstica oficial. Aumentar progressivamente a capacidade de produo estatstica ao nvel das provncias, dos distritos, municpios e Unidades Sanitrias que respondam s necessidades do processo de governao e desenvolvimento, da planificao, distribuio de recursos e monitoria e avaliao dos resultados ao nvel local e nacional. 2. Capitalizar a produo das estatsticas, com recurso a novas tecnologias e metodologias, inovao, coordenao interinstitucional, apropriao de registos administrativos e reduo da carga de respostas dos fornecedores de dados. 3. Aprimorar a capacidade institucional do SIS e contribuir para melhorar a capacidade do Sistema de Sade no seu todo, satisfazendo as necessidades dos utilizadores, doentes e cidados.

Situao do Sistema de Informaes em Sade1. Antecedentes Antes da Independncia Nacional existiam vrios sistemas que trabalhavam sem coordenao entre si, utilizando mtodos diferentes de actuao, reflectindo uma diviso do Sistema de Sade em componentes controladas por corpos

administrativos, associaes de classe, de beneficncia, religiosas, empresas privadas, etc. Entre 1975 e 1979 o SIS funcionou com uma orientao tipicamente centralizada e, s durante os primeiros anos da dcada oitenta comeou a primeira reestruturao do Sistema, marcada em 1983 pela chegada do primeiro micro-computador do Sector Sade. Em 1990 foi efectuada uma segunda reviso completa e, em 1991, o SIS foi introduzido escala nacional na forma que ainda hoje mantm a base de informao estatstica de sade: enquadrada pelos diversos subsistemas que cobrem reas especficas tais como Recursos Humanos, Manuteno, Gesto Financeira, Farmcia, etc.

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2. Descrio sumria do SIS A actual verso do SIS abrange os nveis primrio e secundrio do Sistema de Sade e cobre dados e indicadores epidemiolgicos, obtm informaes sobre o tipo e volume de actividades/servios prestados, alguns recursos consumveis e no consumveis. Na tentativa de torn-lo mais abrangente, esforos tm sido realizados para a incorporao de dados dos nveis tercirios e quaternrios. O SIS funciona de forma escalonada, em conformidade com a definio das reas de sade, comeando pelas Unidades Sanitrias (US) que so os produtores primrios de dados que so registados, recolhidos, processados, analisados e, finalmente, enviados s US de nvel superior ou ao nvel distrital. Por sua vez, o Servio Distrital de Sade Mulher e Aco Social processa e encaminha os dados ao nvel provincial que, os consolida e remete ao nvel central. O nvel central analisa, identifica

problemas e solicita correces. O sistema prev o mecanismo de retroalimentao cuja complexidade varia na razo dos nveis. Parte do SIS est informatizada e parte ainda trabalha com documentos em papel. Existem iniciativas para incluir no sistema de dados agregados, as informaes dos programas que ainda utilizam apenas o controlo manual. 3. As avaliaes realizadas Desde o incio da dcada de 90, diversas avaliaes sobre o SIS foram realizadas, fornecendo importantes informaes sobre o desempenho e os problemas do SIS e subsdios para sua melhoria: Set./1990: Organizao e Funcionamento do SIS em Moambique, organizada pelo MISAU. Ago.-Set./1999: Moambique. Ago.-Nov./2002: Avaliao do SIS e Projecto para o Plano Director de Informatizao do Sector da Sade, proposta elaborada pela empresa EUROSIS. O documento Programa de Desenvolvimento do Sistema de Informao para Sade 2003 2005 (2010) PRODESI 2 , quadro deMinistrio da Sade. Direco de Planificao e Cooperao. Departamento de Informao para a Sade. Programa de Desenvolvimento do Sistema de Informao para Sade (PRODESI). Disponvel emhttp://www.misau.gov.mz/pt/misau/instituicoes_subordinadas/instituto_nacional_de_saude/departamento_de_informacao_para_ a_saude/documentos_chave_do_sistema_de_informacao_para_a_saude/programa_de_desenvolvimento_2003_2005_10_sis2

Avaliao

Conjunta

MISAU-OMS

do

SIS

em

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referncia estratgica para o desenvolvimento do Sistema de Informao para a Sade em Moambique, foi a base principal para os planos de aco nos anos sucessivos sua elaborao. O documento identificou 4 principais problemas: a) o SIS no um sistema eficaz, de qualidade e eficiente; b) os instrumentos do SIS so inadequados; c) a capacidade institucional na gesto do SIS fraca; d) fraca cultura de comunicao interna e externa. Jun./2004: Mapeamento das capacidades e necessidades no mbito de Monitoria e Avaliao, organizada pelo MISAU com a consultoria do Instituto de Global Health - Universidade de Califrnia, Measure International e da UEM Moambique -Faculdade de Medicina. Abr./2008 - o DIS realizou visitas a 7 unidades sanitrias, 4 Servios Distritais de Sade Mulher e Aco Social (SDSMAS) e 2 Direces Provinciais de Sade (DPS), com o objectivo de avaliar a qualidade do SIS. Como resultado, apresenta 3 principais problemas: a) Os dados disponveis no expressam a realidade; b) O SIS no utilizado para aprimorar a situao de sade; c) A gesto do SIS insuficiente para garantir sua qualidade. Jul./2008 - o DIS organizou um seminrio com o objectivo de obter informaes para subsidiar a elaborao de um Plano Estratgico. Os participantes, organizados em grupos de trabalho, conforme a sua especialidade, debateram uma lista de perguntas pr-definidas pela Rede de Metrologia da Sade (HMN)3. Como resultado, obteve-se 6 objectivos gerais: a) Fortalecer o SIS para que cada vez mais seja utilizada a informao para tomada de deciso; b) Dispor de recursos suficientes para o bom funcionamento do SIS; c) Reforar a implementao das linhas directivas do SIS a todos os nveis; d) Reforar e ampliar a capacitao dos Recursos Humanos (RH) para melhorar o funcionamento do SIS;

A ferramenta, que deve ser aplicada aos profissionais de sade, gestores da sade e seus parceiros, apresenta uma lista de perguntas, agrupadas em distintas categorias: I. Recursos, II. Indicadores, III. Fontes de dados, IV. Tratamento dos dados, V. Produtos de informao, VI. Divulgao e uso. Pgina 14

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e) Recuperar a fiabilidade e preciso de dados e produtos estatsticos e fortalecer a monitorizao e a avaliao do SIS; f) Rever e reforar o sistema de informao de mortalidade. O detalhamento dos resultados est disponvel nos Anexos 1 e 2. Out./2008 a Jan./2009 - Realizada avaliao do Mdulo Bsico-SIS pelo Centro Internacional de Formao e Educao sobre o HIV (ITECH) para analisar as caractersticas tcnicas do sistema e determinar a actual estabilidade e eficincia do sistema em si. Como resultado, considerou que o Mdulo Bsico-SIS provou ser til no apoio entrada de dados de rotina, tendo facilitado a sua transferncia e armazenamento e fornecido informaes bsicas a vrios nveis. Entretanto, recomenda-se uma remodelao gradual do aplicativo, com uma estabilizao modesta e o desenvolvimento das funcionalidades de interoperabilidade na aplicao actual, acompanhados pela

aquisio ou desenvolvimento de uma aplicao com uma forte funcionalidade de armazenamento de informaes, utilizando os mesmos padres de interoperabilidade. Esta aplicao seria

implementada inicialmente a nvel do Ministrio, e em seguida seria disseminada para substituir a verso estabilizada do actual software, primeiro a nvel das provncias e, eventualmente, a nvel distrital. Desde 2001 cada relatrio das Avaliaes Conjuntas Anuais (ACA) do PESS e do PES contm apreciaes e sugestes sobre os problemas e sobre o funcionamento do SIS. Para elaborao deste Plano, foram considerados os relatrios de 2008 e 2009. 4. Diagnstico da situao actual A falta de uma arquitectura do SIS que traduza as necessidades do Sistema Nacional de Sade, abordando todo o ciclo da informao possibilitou que constrangimentos no controlados viessem a influenciar a qualidade do produto final do SIS. A inadequao do modelo existente do SIS ao contexto actual do sistema de sade traduz-se em insuficincia de Gesto do SIS, de Recursos Humanos capacitados para as inmeras tarefas e de recursos Infra-estruturais e Tecnologia de Informao e Comunicao. Estes seriam os principais problemas, que fazem com que a

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fiabilidade, a abrangncia e o uso das informaes para tomada de deciso sejam insuficientes.

Apesar das iniciativas em curso para reviso das fichas e do guio de superviso, da elaborao, em processo de finalizao, da padronizao das definies conceituais e mtodos de clculo dos indicadores de situao de sade e de desempenho, ainda h muito que se fazer para a obteno de um sistema de informao fivel. Uma reviso da arquitectura do SIS deve considerar a necessidade de ampliar a abrangncia do SIS, de forma estruturada, prevendo que haja uma unidade do SIS encarregada aos nveis central e provincial de gerir um armazm de dados integrados (data warehouse). Segundo as recomendaes da Avaliao Conjunta Anual (ACA) 2008 e o programado no PES 2009 deve-se ampliar a abrangncia do SIS, atravs da sua extenso para os nveis III e IV (incluindo a componente informatizao dos procedimentos). J est em curso a implementao dos sistemas de internamento e de mortalidade hospitalar. Durante a realizao deste trabalho, estavam sendo definidas Listas Reduzidas da CID 10, o que permitir uma padronizao na colheita dos dados de internamento e mortalidade hospitalar. Entretanto, ainda h necessidade de se incorporarem informaes de diversosPgina 16

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programas verticais de sade, alm de informaes fidedignas sobre estatsticas vitais, demografia, saneamento, etc. Algumas prioridades das polticas de sade consistem em desagregar as informaes por sexo e faixa etria nas fichas que ainda no dispem deste nvel de desagregao. Estas alteraes devem ser criteriosamente consideradas no processo de reviso do modelo, para no onerar desnecessariamente a equipa de colheita da informao, mas ao mesmo tempo, prover os gestores de informaes necessrias anlise de gnero e consequente tomada de deciso. Actualmente as informaes esto a ser disponibilizadas aos gestores atravs de relatrios peridicos, semanais, mensais e trimestrais (Boletins de Vigilncia Epidemiolgica) e anuais (Informao Sanitria Sumria e Perfil Sanitrio das Provncias), eventualmente desfasadas das necessidades. Informaes mais actualizadas so atendidas por demandas pontuais directamente rea de estatstica ou planificao. Entretanto, para que seja possvel utilizar as informaes para tomada de deciso, importante torn-las acessveis de forma actualizada, a todos os nveis. O MISAU tem apoiado, desde 2003, o desenvolvimento, a utilizao e o aperfeioamento de um sistema de recolha, transferncia e gesto de rotina de informaes sanitrias, para efeitos de acompanhamento e avaliao de programas, denominado Mdulo Bsico-SIS. O aplicativo recolhe e combina dados agregados de 15 diferentes fichas, que representam programas de sade especficos ou reas de servios de cuidados de sade. Observam-se grandes variaes da fiabilidade dos dados disponibilizados por este aplicativo, entre as distintas unidades sanitrias, Direces Provinciais e Servios Distritais de Sade, Mulher e Aco Social com diferenas em alguns itens variando de 3% a 400% 4 . A falta de confiana na fiabilidade da informao disponvel um dos factores determinantes para a utilizao insuficiente da informao para tomada de deciso. Com base nas diferentes avaliaes e exerccios mais recentes, o quadro da situao do SIS o que se segue: Arranjos organizacionais e mbito legal/mandato Na rea de informao em Sade, a atribuio da notao, o apuramento de dados estatsticos, a definio de conceitos e a coordenao das estatsticas do Sector4

Avaliao da Qualidade do SIS - Maio de 2008.Pgina 17

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Sade, da Direco de Planificao e Cooperao (DPC) do MISAU, por delegao do INE. A DPC tambm tem a atribuio definida pelo Estatuto Orgnico do MISAU5, de manter em funcionamento e desenvolver um sistema de informao. O Departamento de Informao para a Sade (DIS), subordinado DPC, o rgo responsvel por desenvolver estas funes. Apesar de as atribuies para o SIS dos trs nveis - Central, Provinciais e Servios Distritais - estarem definidas, observa-se uma fraca coordenao entre as direces provinciais de sade e os servios distritais e entre estes e as US. A planificao das actividades e das directrizes uma prtica e tradio no DIS. Entretanto, os planos de aco distritais e provinciais no incluem actividades especficas para a rea de estatstica/informao e as reas de planificao dos Servios Distritais e Direces Provinciais no possuem um plano de actividades prprio com metas definidas. As avaliaes indicam que a melhoria das rotinas de gerao dos dados e da qualidade dos mesmos no so assuntos debatidos nas reunies regulares de gesto das unidades administrativas de sade (DPCs e SDSMAS). Identificou-se que a necessidade de reforo das actividades de superviso e de retro-informao e definio clara, com ampla disseminao, das atribuies dos cargos dos profissionais dos SIS a todos os nveis. Estes constrangimentos indicam que h necessidade reforar as linhas directivas do SIS e controle de seu cumprimento, alm de fazer chegar at o nvel mais perifrico os documentos de referncia actualizados. Observa-se uma fraca estrutura de coordenao entre o MISAU, o INE e os outros Ministrios/Sectores envolvidos na elaborao dos dados estatsticos de sade, tais como Ministrio da Defesa, da Educao, da Agricultura, Ministrio da

Justia/Servio de Registo Civil e Notariado. O fortalecimento desta coordenao permitir rever a situao da legislao do pas que fornece o quadro para a informao sanitria (registos vitais; doenas de notificao obrigatria; dados do sector privado, incluindo segurana social; confidencialidade e princpios

fundamentais das estatsticas oficiais).5

Artigo 5, alnea 4 a), b) e c) deve manter em funcionamento e desenvolver um sistema de informao ..., promover a criao, manuteno e desenvolvimento de sub-sistemas de informao ... em coordenao com os sectores do Aparelho de Estado encarregados da sua normalizao, e produzir a informao estatstica peridica relativa ao Sector Sade. Pgina 18

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Recursos financeiros e fontes de fundos para estatstica do sector As anlises indicam que no existem linhas oramentais especficas no oramento das provncias para permitir o funcionamento adequado do SIS ou, apesar de existirem (estarem inscritos) recursos financeiros destinados para a rea de estatstica/informao no oramento anual das provncias, estes so eventualmente aplicados noutras necessidades. Ao nvel central, os fundos oriundos de diversas fontes garantem o financiamento das aces para o SIS. Recursos Humanos O Plano Nacional de Desenvolvimento dos Recursos Humanos da Sade - PNDRHS 2008-2015 destaca: 1) Percepo de ms condies de trabalho e de salrios inadequados e da no seleco dos quadros dos locais remotos para formao; 2) Falta de incentivos para a reteno dos quadros nas regies remotas, que vo para alm dos incentivos financeiros e/ou materiais e a inexistncia de formas descentralizadas de atribuio de incentivos; 3) Formao contnua dissociada da progresso na carreira profissional; 4) Modelo de recrutamento e admisso no aparelho do Estado pouco clere. Os problemas relativos aos RH do SIS no diferem dos identificados para os profissionais do Sector Sade6. A fraca capacidade e o nmero reduzido dos RH disponveis para o subsector tm comprometido fortemente as actividades da rea, sendo um dos principais factores determinantes da qualidade do SIS. Durante os ltimos anos, foram realizadas actividades de capacitao limitados manuteno de software e bases de dados (Mdulo Bsico-SIS) aos nveis nacional, provincial e distrital e aces pontuais de formao modular em cursos promovidos pelo CRSMaputo e ICS-Maputo. Produo de dados estatsticos Actualmente o SIS subsidia parte das informaes necessrias para o clculo dos indicadores relacionados ao PARPA II e aos Objectivos do Desenvolvimento do Milnio. As demais informaes devem ser obtidas em outros sistemas, como o Sistema de Vigilncia Epidemiolgica, o de Informaes Demogrficas e o de Estatsticas Vitais (nascimentos e mortalidade). O Registo Civil, - uma destas fontes

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PLANO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO DOS RECURSOS HUMANOS DA SADE - PNDRHS 2008-2015 Pgina 19

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de dados - e o subsistema de Vigilncia Epidemiolgica foram identificados como de ateno prioritria Segundo as avaliaes, as informaes sobre as despesas para a sade no so ainda registadas, processadas e disseminadas de forma satisfatria. Espera-se pela introduo das Contas Nacionais e no h dados suficientes de rotina (exceptuando os dados fornecidos pelos inquritos nacionais peridicos) sobre as despesas dos cidados (IAF, IOF, etc.) e sobre as despesas nas entidades privadas de sade lucrativas e no-lucrativas. Infra-estruturas fsicas e Tecnologia de Informao e Comunicao Apesar das iniciativas em andamento para ampliar a abrangncia do SIS, as infraestruturas bsicas das tecnologias da informao e comunicao (telefones, acesso Internet, e-mail) que esto instaladas aos nveis provinciais e distritais no so suficientemente expandidas e satisfatrias. No h ligaes estveis de banda larga em todas as DPSs e no h conexo Internet nos Servios Distritais de Sade Mulher e Aco Social. Faltam computadores em servio em grande parte dos Servios Distritais de Sade e no h um servio de suporte de informtica no MISAU, nem nos demais nveis, prejudicando o desenvolvimento dos trabalhos do SIS. A avaliao do aplicativo Mdulo Bsico-SIS7 considerou que estrutura da base de dados funcional, porm existem vrias questes que podem ser resolvidas para melhorar a fiabilidade, flexibilidade e/ou recuperao eficiente dos dados. A avaliao conclui igualmente que existe necessidade de actualizao tecnolgica do ambiente de desenvolvimento do aplicativo. A anlise identifica que mtodos eficazes para visualizar e analisar as informaes recolhidas atravs do Mdulo Bsico-SIS podem ajudar a aumentar substancialmente o valor das informaes para os mais directamente envolvidos na sua recolha e, consequentemente, ajudar a aumentar a qualidade dos dados.

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Mdulo Bsico-SIS Fase 1. Avaliao e Recomendaes para o Futuro. Out. 2008 Jan. 2009 Pgina 20

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Objectivo e estratgiasA percepo de que a falta de um modelo/arquitectura do SIS adequado ao contexto actual do Sistema de Sade possibilitou a ocorrncia de diversos constrangimentos no controlados, que influenciaram a utilizao insuficiente da informao para tomada de deciso, levando a que o presente Plano Estratgico do SIS identificasse como objectivo a reestruturao do modelo. Em consonncia com as recomendaes da Avaliao Conjunta Anual (ACA) 2008 e com o PES 2009, o Plano sugere a ampliao da abrangncia, focando primordialmente na incorporao das informaes provenientes dos nveis III e IV. E, como a fiabilidade dos dados j colectados tem se mostrado insuficiente, propese que esta tambm seja uma prioridade a ser observada. O objectivo do PE do SIS : Adequar o modelo actual do SIS s necessidades do SNS, tornando-o mais fivel e mais abrangente at 2014 (particularmente a fiabilidade dos nveis I e II e incorporao das informaes dos nveis III e IV). Neste processo de reestruturao do SIS, identificaram-se trs estratgias principais: 1. Dispor de RHs capacitados e em nmero suficiente para as actividades do SIS a todos os nveis. 2. Melhorar a gesto do SIS. 3. Dispor de infra-estrutura e de tecnologias de informao e comunicao adequadas, a todos os nveis. Cada estratgia definida est detalhada a seguir. Estratgia 1: Dispor de RHs capacitados e em nmero suficiente para as actividades do SIS, a todos os nveis Dois importantes problemas relacionados com os recursos humanos referem-se falta de capacidade de alguns profissionais nos processos necessrios ao bom funcionamento do SIS e a alta rotatividade dos profissionais capacitados. A Poltica Nacional de Desenvolvimento de Recursos Humanos da Sade identifica quatro vertentes estratgicas para um salto qualitativo e quantitativo dos RH do sistema de servios de Sade: a) Organizao dos servios e quadro normativo; b)Pgina 21

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Capacidade de gesto aos diferentes nveis; c) Distribuio, motivao e reteno dos RHs; d) Capacidade da rede de produo inicial e de formao contnua. A abordagem em relao a capacitao dos RH deve considerar: O processo de capacitao / formao deve abranger os profissionais de todo o pas.

Para reduzir o problema a mdio e longo prazo o Plano considera necessrio estimular a capacitao dos profissionais envolvidos em todo o ciclo do SIS, desde a colheita dos dados, passando pelo processamento, disseminao at ao uso das informaes. Os profissionais envolvidos com a produo da informao devem ser capazes de analis-las, subsidiando a gesto local com informaes sobre a situao de sade de sua localidade. Entretanto, a equipa do nvel central possui atribuies fundamentais para a boa gesto do SIS, como definir directrizes, analisar dados e apoiar os profissionais das provncias. Estes profissionais devem, portanto, ser priorizados nas aces de capacitao. Para um melhor aproveitamento dos recursos, sugere-se que sejam realizadas capacitaes em cascata, e profissionais do nvel central repassem os seus conhecimentos para a equipe das provncias, estes para os distritos, que posteriormente capacitaro as unidades sanitrias. O Mdico-Chefe do nvel distrital e provincial como pilar para a gesto da qualidade dos dados, os clnicos das US como produtores dos dados, devem sempre ser envolvidos no processo de capacitao em SIS. O processo de capacitao deve estar directamente interligado com o de progresso funcional A compatibilizao da capacitao com a progresso funcional dos profissionais envolvidos trar um maior estmulo para a participao nos cursos. Processos de motivao e capacitao de curto prazo, como aprender atravs do conhecimento das boas prticas A troca de experincias tem sido um mtodo de aprendizado bastante eficaz, utilizado com frequncia pelas instituies responsveis pela gesto de qualidade dos sistemas de informao. Observa-se que a realizao de eventos destaPgina 22

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natureza motivam os profissionais numa recolha de dados e no tratamento das informaes mais cuidadosos. O conhecimento do sucesso ou do insucesso das diferentes prticas apoiam as iniciativas locais na definio de aces para a melhoria da qualidade das informaes. Os currculos dos cursos devem ser elaborados/revistos por especialistas da rea Alguns cursos especficos para a rea de Informao em Sade devem ser elaborados por instituies com esta vocao e ministrados por especialistas na rea, para que se obtenha cursos de excelncia, possibilitando um melhor aproveitamento dos estudantes Incremento e/ou reviso de mdulos sobre o SIS nos diversos cursos de reas afins sade. As formaes em reas de sade ou afins devem apresentar o SIS aos alunos, contribuindo para estimular a sua responsabilidade no regfisto de informao de qualidade e o fortalecimento da cultura do uso da informao. Resultados esperados aps o alcance das metas relativas a capacitao dos RH: Programa de capacitao em cascata realizado: a) de curta, mdia e longa durao; b) capacitao em trabalho; Eventos para troca de experincias realizados; Acordos com universidades, institutos superiores, instituies de formao e com parceiros internacionais para elaborao e administrao de cursos de excelncia de curta e mdia durao celebrados; Programas das instituies de ensino em formao de reas de interesse para a Sade, incluindo matrias especficas do SIS. O olhar para o quantitativo de RHs deve considerar: Os processos de capacitao traro benefcios em mdio/ longo prazo e a incorporao de novos quadros poder levar muito tempo, sendo necessrio encontrar alternativas imediatas Deve-se melhorar a coordenao com as parcerias, utilizando mais os recursos humanos disponveis em instituies nacionais ou estrangeiras para a produo

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de informao necessria ao funcionamento do SIS e explorar e maximizar cada vez mais a compra de servios (outsorcing). RH capacitado ser melhor qualificado para buscar alternativas no mercado. No havendo possibilidade de uma remunerao compatvel, necessita receber incentivos para no se evadir. Seguindo as directrizes apontadas no PNRHS, necessrio sensibilizar os gestores para a necessidade de diminuir a rotatividade do pessoal capacitado. Incentivos devem ser identificados, como o fornecimento de bolsas de estudos, dentre outras opes, para que os profissionais se mantenham estveis em seus locais de trabalho. A demora no processo para incorporao de RH

Torna-se necessrio que, assim que identificada a necessidade de RH, o quadro seja rapidamente preenchido com um profissional com as habilidades necessrias. A morosidade na contratao de pessoal tem acarretado srios problemas no desenvolvimento das aces. O trabalho em parceira com especialistas pode ser bastante produtivo e ter como objectivo indirecto, capacitao do funcionrio. Os profissionais dos DPINEs so mais capacitados para elaborao e anlise das informaes. A formalizao de um trabalho conjunto em todas as provncias, fornecer anlises com melhor qualidade e, ao mesmo tempo, a capacitao do RH da DPPC. Absoro de profissionais recm-formados em reas de interesse do SIS

O aproveitamento dos profissionais recm-formados, oriundos dos diversos cursos de especializao de interesse para a Sade permitir a continuao de sua capacitao em trabalho e a auxiliar a realizao das tarefas do SIS. Resultados esperados aps as aces para atender necessidade de dispor de um nmero suficiente de RH para as actividades a todos os nveis Acordos com entidades parceiras celebrados e servios contratados para execuo das actividades do SIS; Incentivos para reteno de pessoal estabelecidos de acordo com o Plano de Desenvolvimento de Recursos Humanos da Sade;Pgina 24

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Maior agilidade nos concursos para admisso, contratao e para celebrao de parcerias;

Profissionais das DPINEs e dos DPPCs envolvidos no processo de anlise e divulgao das estatsticas em sade no nvel provincial;

Absoro de profissionais recm sados dos cursos de especializao em reas de interesse do SIS.

Estratgia 2: Melhorar a gesto do SIS O olhar sobre a gesto do SIS dever priorizar a qualidade do sistema de Informao, abrangendo: O contexto legal, regulador e de planificao

Para um melhor funcionamento do SIS, necessrio que todos os profissionais envolvidos com a produo, consolidao ou gesto do sistema tenham clareza de suas atribuies. Estas definies devem estar acessveis, possibilitando reforar as linhas directivas do SIS e controlar seu cumprimento. Uma forte integrao com as demais instituies e organismos provedores de informaes ou responsveis pelas estatsticas necessrias avaliao da situao de sade da populao trar benefcios importantes para a qualidade das informaes e para a ampliao da abrangncia do SIS; Controlo dos factores determinantes da qualidade

Os factores determinantes da qualidade, como condies de local de trabalho, disponibilidade de fichas para colheita dos dados, equipamentos informticos funcionando correctamente, RH comprometido com a qualidade da informao, dentre outros, devem ser regularmente observados e corrigidos; Superviso da qualidade e ajustes

As supervises regulares aos nveis subordinados nem sempre so realizadas nos nveis provinciais e distritais, eventualmente por falta de recursos (transporte, dirias etc.). Sendo este um importante apoio ao processo de qualificao da informao, com alinhamento dos rumos, padronizao dos procedimentos e minimizao das dvidas, torna-se necessria uma reviso criteriosa do guio de superviso, com definio de parmetros para comparao dos resultados, sua ampla divulgao. O reforo desta actividade junto aos gestores locais e sua monitorizao. As abordagens para avaliao da qualidade e a definio dasPgina 25

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aces a serem implementadas devem ser padronizadas, permitindo comparao entre os resultados obtidos em diferentes perodos. Instrumentos simples de anlise, como grficos de srie temporal, sero de grande valia para os gestores a todos os nveis, podendo ser implementado, com facilidade como relatrios dos aplicativos em vigor. Acessibilidade da informao;

Para incrementar a acessibilidade s informaes, possibilitando sua maior utilizao para a tomada de deciso baseada em evidncias, necessrio investir fortemente em fazer chegar s mos dos gestores informaes essenciais, atravs de diferentes instrumentos e mdias. O processo de dar visibilidade aos dados colectados permitir, por um lado, o acesso s informaes, e, por outro, a verificao pelos prprios produtores da qualidade do produto encaminhado. O Portal do MISAU deve ser incrementado com as informaes disponibilizadas pelos diversos sub-sistemas e pelo sistema agregador de informaes. Outros meios devem ser utilizados, permitindo um acesso facilitado s informaes da situao de sade e de servio Cultura do uso das informaes

O fortalecimento do SIS est directamente relacionado com a sensibilizao dos profissionais envolvidos com os processos de produo, gesto e divulgao dos dados e informaes da sua importncia para tomada de deciso mais correctas, que beneficiem a sade da populao. Por sua vez, o uso das informaes est relacionado com a disponibilidade das informaes e com a confiana que o usurio tem na qualidade das informaes disponveis, dentre outras razes. As informaes sero mais facilmente utilizadas se estiverem acessveis e com boa qualidade. A abrangncia do SIS

As informaes necessrias avaliao da situao de sade no se restringem a um ou outro aspecto, mas a uma integrao entre os distintos programas de sade, alm de informaes scio demogrficas e de estatsticas vitais. Uma viso fragmentada do SIS pode ocasionar, com frequncia, acarretar

redundncias conflituosas e dificultar o processo de anlise da situao de sade da populao. Actualmente o sistema de mortalidade possui uma abrangncia limitada, captando poucas causas de bitos. O fortalecimento de um projectoPgina 26

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comum s instituies envolvidas no processo de recolha deste tipo de informao (MISAU, INE e Ministrio da Justia - Registo Civil e Notariado), poder resultar em mais informao e de qualidade desejada. A identificao de uma base mnima de dados, integrando os distintos subsistemas, reduzindo duplicidade e gerando os indicadores essenciais. A integrao dos distintos sub-sistemas existentes implicar num primeiro momento, a organizao criteriosa das informaes necessrias aos distintos utentes, numa reviso das fichas de colheita de dados, buscando reduzir redundncias desnecessrias, at ao armazenamento dos dados num banco de dados que possibilite, com maior facilidade, vises orientadas s necessidades dos utentes (datawarehouse). O processo de reduo da quantidade de dados recolhidos, identificando um pacote mnimo de indicadores essenciais para a gesto, deve considerar a necessidade de contemplar um nvel de desagregao necessrio para acompanhar as polticas de sade. A elaborao de uma matriz de indicadores mnimos, que validada pelos diferentes especialistas da rea de gesto e da rea acadmica e amplamente disseminada, possibilitar um grande avano na gesto da qualidade dos indicadores. Os padres que promovem uma harmonizao de conhecimentos e possibilitam comparao dos resultados. A padronizao de conceitos dos termos utilizados fortalece a construo de um SIS de qualidade. Diversas aces podem ser realizadas nesta direco. A implantao da CID 10, que j est em curso, ser um grande avano. Outro aspecto que influencia fortemente na qualidade das informaes a compreenso correcta e padronizada dos conceitos e frmula de clculo dos indicadores, aco a ser realizada aps a definio da relao dos indicadores mnimos necessrios para a gesto da sade. Ainda nesta linha, a padronizao dos instrumentos de recolha de dados, sua distribuio regular e monitoramento de sua implementao so imprescindveis para evitar que se desenvolva um sistema paralelo de duplicao de dados em todos os nveis, e evitar tambm a rotura de stocks. A articulao com o sector de monitoria e avaliao e com os gestores dos programas fundamental para o sucesso desta tarefa, resultando em

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harmonizao de conceitos e na seleco dos indicadores necessrios para a gesto dos programas e para a gesto do Sistema de Sade. O alcance de uma melhor gesto do SIS dever ter, como resultado esperado: Distintos sub-sistemas integrados Padres de codificao de doenas, de terminologia mdica, modelos de dados, de TIC, de segurana e de clculo dos indicadores implantados Sistema de estatsticas vitais reforado Informao actualizada acessvel de forma atempada a todos os nveis para a tomada de deciso, atravs de diferentes mdias Base mnima de indicadores definida contendo informaes adequadas s necessidades actuais e futuras, sempre que possvel desagregadas por sexo. Metodologia de gesto da qualidade das informaes do SIS implantada Superviso e retro-informao realizada regularmente Normas (inclusive as que regulam as actividades das ONGs e parceiros em relao ao SIS) e procedimentos, manuais, atribuies dos cargos e funes dos trabalhadores do SIS revistos e divulgados a todos os nveis Ferramentas de anlise de qualidade dos dados elaboradas para apoiar os gestores do SIS a todos os nveis Planos de aco elaborados a todos os nveis, incluindo actividades para o SIS Estratgia 3: Dispor de infra-estrutura e de tecnologias de informao e comunicao (TIC) adequada a todos os nveis Este aspecto, observado e ressaltado em diversas avaliaes, fundamental para o bom funcionamento do SIS. Alguns problemas de TIC identificados podem ser resolvidos com a compra de servios ou atravs de acordos com parceiros ou ainda com implementao de algumas rotinas internas no MISAU. Uma abordagem nesta rea deve contemplar: A necessidade de expanso da rede de TIC existente

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Os recursos no mbito da comunicao, transporte / logstica, informtica (quer sejam do SNS ou dos parceiros), devem ser adequadamente partilhados. Entretanto, o uso mais racional dos recursos existentes no exclui a necessidade de expanso de novas tecnologias de informtica e comunicao a todos os nveis. A falta de conectividade impede a transmisso de arquivos, a comunicao entre os utentes do SIS e o suporte. Esta situao atrapalha sobremaneira o funcionamento do SIS, atrasando o envio e consequente reviso dos dados, dificultando o fornecimento de help-desk, a troca de experincias entre os diversos profissionais do SIS. A dificuldade em acessar a internet tambm dificulta a actualizao de antivrus. Os computadores contaminados no possibilitam a utilizao do sistema informtico, resultando em no encaminhamento das informaes, diminuindo a cobertura do SIS e reduzindo sua qualidade. Uma das solues para expandir a conectividade aos diversos pontos do pas seria a utilizao da rede wireless. As opes de se utilizar os servios de acesso a internet oferecidos pela rede de telefonia mvel ou pela TV a cabo devem ser consideradas. H que se considerar a necessidade de acesso a internet em todos os distritos que possuem o Mdulo Bsico-SIS instalado (todos os distritos com energia elctrica) para alm do estabelecimento duma Intranet nos rgos centrais do MISAU. Alguns distritos ainda tm constrangimentos em relao comunicao, com poucos ou nenhum telefone disponvel para os trabalhadores afectos ao SIS. A falta desta comunicao limita o apoio que a provncia pode dar aos Servios Distritais. Sugere-se um levantamento das necessidades para o provisionamento das linhas telefnicas. Os problemas decorrentes da quebra de stock das fichas

A rotura de stocks das fichas ou a utilizao de fichas antigas e com diferentes verses, - problema identificado nas avaliaes, - levam a confuses e embaraos que tambm tm um impacto na qualidade das informaes do SIS. A distribuio anual para as provncias de um manual contendo todas as fichas actualizadas minimizar estes problemas.

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A necessidade de manuteno dos aplicativos existentes e de elaborao de novos

O Portal do MISAU um importante instrumento para disseminao de informaes, onde devem estar disponibilizadas os indicadores actualizados, alm de documentos do SIS, guies de superviso, fichas de colheita de dados, relatrios de avaliao e de anlise da situao de sade e da qualidade dos indicadores. A garantia da manuteno e alimentao dos dados, alm da expanso dos servios j existentes um passo necessrio e indispensvel para um melhor funcionamento do SIS. Torna-se premente, - conforme a avaliao, - a realizao de alteraes no aplicativo Mdulo Bsico-SIS, identificadas no relatrio da avaliao do aplicativo, incluindo novas fichas e novos relatrios bem como a migrao para novas tecnologias, com implementaes que tornaro o aplicativo mais actual. Est previsto no PES 2009 e no PESS 2007-2012 a implantao de sistemas hospitalares e de mortalidade hospitalar. Ainda em 2009, aces j esto em curso para o desenvolvimento e implantao do Sistema de Informao para a Sade para Hospitais (internamentos), do Sistema de Informao de Sade para registo de bitos hospitalares (SIS-ROH) e do Sistema de Informao de Sade do Hospital Central de Maputo (SIS-HCM). A dificuldade na reteno de pessoal e o reduzido nmero de profissionais capacitados para as diversas tarefas complexas do SIS. A mudana deste quadro no ser imediata e, aces necessitam de ser realizadas com urgncia para melhorar o funcionamento do SIS. Esta situao implica uma adequao do MISAU a uma posio de definidor de polticas, normas e regulamentos, onde sero elaboradas a planificao estratgica do sector como um todo e sero delineadas as principais estratgias do Sector que serviro de orientao para a planificao provincial e distrital, passando execuo das actividades para parceiros ou empresas contratadas. De forma imediata, sugere-se que a execuo das tarefas de elaborao dos sistemas hospitalares e das alteraes necessrias ao Mdulo Bsico-SIS sejam realizadas atravs de parcerias ou de contratao de empresas, coordenados por profissionais do MISAU.

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Os computadores, impressoras, rede, acesso Internet e todos os equipamentos informticos prescindem de uma equipa de especialistas para realizarem a sua manuteno regular. Para os servios de tecnologia da informao e comunicao prope-se a compra de servios. A elaborao de um armazm de dados integrados a nvel central e provincial

Este data warehouse dever conter dados de todas as fontes, quer fontes com base na populao, quer com base nos servios (incluindo todos os programas essenciais de sade), que produz em relatrios de fcil utilizao e acessvel a vrios pblicos utilizadores. Resultados esperados: Tecnologias de informao e comunicao no SNS expandidas, Instrumentos padronizados e disponveis a todos os nveis, Aplicativos adequado s necessidades: sistema de agregao de dados e sistemas para o III e IV nveis disponibilizados, Acordos com entidades parceiras celebrados e servios contratados para execuo das actividades de TIC, Data warehouse instalado nos nveis provincial e central.

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Plano de implementaoO sucesso deste Plano depende, intimamente, da actuao das Direces Provinciais de Sade. Consoante a proposta de desenvolver os trabalhos em parceria com diferentes instituies, nacionais ou estrangeiras, o alcance de algumas metas ser obtido com a participao activa de instituies parceiras ou com a contratao de servios. Monitoria e Avaliao A elaborao do Plano Estratgico o passo inicial para a elaborao de planos operacionais que detalharo as actividades e definiro os parmetros necessrios para comparao dos indicadores definidos neste documento. Estes parmetros serviro de balizas para medir a evoluo do alcance da meta, identificando, para cada indicador, os valores que integraro as distintas faixas de avaliao do indicador. A identificao destes valores deve ser uma etapa a ser realizada por especialistas, logo no incio da implementao do Plano, considerando a realidade do pas e os possveis constrangimentos para atingir a meta. As metas, indicadores e cronograma definidos esto relacionados no Anexo 3. Parmetros para avaliao do sucesso do Plano Estratgico e Riscos Para julgar nos prximos anos o sucesso das estratgias acima desenvolvidas, propem-se os seguintes critrios: Os contedos do Plano Estratgico foram aprovados e implementados nas polticas do Governo? O Plano Estratgico foi amplamente divulgado, conhecido e subentendido? O Plano Estratgico actuou como instrumento catalisador para polticas, orientaes e aces mais precisas no mbito do SIS? O Plano Estratgico foi assumido como plataforma para garantir padres mais coerentes na gesto dos dados e da informao de sade? As actividades planificadas foram completamente implementadas e a informao esperada aumentou a qualidade das decises tomadas dentro do Sector?Pgina 32

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Riscos Alguns constrangimentos podem limitar o sucesso da implementao do PE-SIS. Abaixo esto relacionados os principais itens identificados, aos quais se deve dar ateno para minimizar a eventualidade de insucesso: O Plano Estratgico no receber o necessrio apoio da direco do Ministrio da Sade e no haver percepo da importncia do SIS aos diferentes nveis; A no realizao de parcerias e no contratao dos servios; A no alocao, nas provncias e nos distritos, de recursos financeiros especficos para a rea de informao/planificao e/ou a falta de financiamento para as diferentes actividades planificadas; A elaborao de modelos para disseminao das informaes de difcil compreenso; A deficiente planificao da distribuio dos documentos necessrios boa gesto do SIS e da sade, resultando em problemas e/ou dificuldades para os fazer chegar aos utilizadores; A manuteno da capacidade actual de anlise das informaes em sade dos profissionais envolvidos, com a produo de dados e com a gesto do SIS;

A manuteno das dificuldades tcnicas para uso da tecnologia informtica;

A no elaborao de uma metodologia de gesto da qualidade do SIS; O no cumprimento das normas definidas para o SIS.

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ANEXOS

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ANEXO 1 Resultado das contribuies do workshop que utilizou a metodologia HMN para subsidiar a elaborao do Plano Estratgico

I. RecursosCategorias Poltica e planeamento Instituies, recursos humanos e financiamento do SIS Infra-estrutura do SIS Total Resultado Presente mas no adequado 45%( 10 / 21 ) Presente mas no adequado 44%( 17 / 39 ) Adequado 53%( 08 / 15 ) Presente mas no adequado 46%( 35 / 75 )

II. Indicadores CategoriasIndicadores

ResultadoAdequado 67%( 10 / 15 ) Capacidade e prticas M adequado uito 100%( 09 / 9 ) Nada adequado 17% ( 02 / 12 ) Adequado 68% ( 08 / 12 ) Presente mas no adequado 40% ( 09 / 21 ) Nada adequado 24% ( 03 / 12 ) Adequado 51% ( 11 / 21 )

III. Fontes de dadosOrigem de dados Recenseamento Estatsticas vitais ndices M adequado uito 100%( 03 / 3 ) Nada adequado 0%( 00 / 9 ) M adequado uito 79% ( 07 / 9 ) Registros da sade e da doena (incl. surveillance) Registros do servio sanitrio Registros do recurso Nada adequado 24% ( 02 / 9 ) Nada adequado 14% ( 01 / 6 ) Adequado 72%( 17 / 24 ) Dissem inao Muito adequado 83% ( 10 / 12 ) Nada adequado 0% ( 00 / 3 ) Adequado 64%( 04 / 6 ) Adequado 70%( 02 / 3 ) Muito adequado 82%( 05 / 6 ) Presente m no as adequado 45%( 01 / 3 ) Integrao e uso Adequado 67% ( 02 / 3 ) Nada adequado 0%( 00 / 3 ) Presente mas no adequado 44% ( 01 / 3 ) Adequado 58% ( 03 / 6 ) Adequado 62% ( 06 / 9 ) Presente mas no adequado 27% ( 02 / 9 ) Total M adequado uito 88% Nada adequado 4% Adequado 64% Presente mas no adequado 48% Presente mas no adequado 45% Presente mas no adequado 49%

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IV. Tratamento dos dadosCategoriasGesto de dados

ResultadoPresente mas no adequado 25% ( 3.8 / 15 )

V. Produtos da informaoElementos para apreciao Mtodo de recolha Atempamento Periodicidade Consistncia Representatividade Desagregao Mtodo de estimativa Total de resultados VI. Divulgao e uso Categorias Anlise e uso da informao Uso da informao na poltica e na advocacia Uso da informao na planificao e definio de prioridades Uso da informao para a atribuio dos recursos Uso da informao para implementao e aco

Qualidade do conjunto dos indicadores43% 63% 60% 52% 55% 57% 100% Adequado 56% ( 73.4 / 132 ) Resultado Presente mas no adequado 33% ( 3.0 / 9 ) Muito adequado 87% ( 2.6 / 3 ) Nada adequado 24% ( 0.7 / 3 ) Presente mas no adequado 28% ( 1.7 / 6 ) Presente mas no adequado 39% ( 3.5 / 9 ) Presente mas no adequado 39% ( 11.6 / 30 )

Total

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ANEXO 2

Principais problemas do SIS identificados no workshop que utilizou a metodologia HMN para subsidiar a elaborao do Plano EstratgicoGrupo G3 Assunto Divulgao e uso Problema identificado Falta de mapas completos e definio de mecanismos para actualizao das infra-estruturas sanitrias, pessoal de sade e servios de sade Falta de cultura de uso da informao Falta de analise de dados comparados entre recursos aplicados e casos de doena Fraca comunicao intra sectorial Fraca sustentabilidade do projecto de informtica Falta de feedback das informaes do SIS M planificao de recursos (recursos insuficientes e falta de priorizao na alocao de recursos) Deficiente gesto dos recursos humanos (grande rotatividade de RH, desmotivao) Deficincia da infra-estrutura dedicada ao SIS Falta de condies de trabalho, Insuficincia de tecnologia de informao Instrumentos inadequados e metodologia de validao dos dados insuficientes. A lista de doenas potencialmente epidmicas desactualizada, definio de casos desactualizados, capacidade de diagnostico insuficiente (rede de laboratrio de referencia) Deficiente implementao dos guies existentes ou a ausncia de normas. Deficincia de estratgia de vigilncia Fraca e baixa integrao dos subsistemas Ausncia de uma poltica do SIS Deficincia de planificao oramental para o SIS, sobretudo ao nvel provincial Deficincia na formao inicial e em trabalho Recursos humanos escassos Fraca sensibilidade dos gestores e decisores a todos os nveis (recolha, analise e uso da informao) No h plano de desenvolvimento de RH para a rea de informao sanitria, principalmente a nvel distrital.

G3 G3 G2 G2 G2 G3 G3 G1 G3 G3 G1

Divulgao e uso Divulgao e uso Gesto do SIS Gesto do SIS Gesto do SIS Gesto do SIS Gesto do SIS Infra-estrutura Infra-estrutura Infra-estrutura Normas, procedimentos e ferramentas Normas, procedimentos e ferramentas Normas, procedimentos e ferramentas Poltica e planificao Poltica e planificao Poltica e planificao Poltica e planificao RH RH RH RH

G1

G2

G1 G1 G2 G2 G1 G1 G1 G2

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Anexo 3 Tabela do cronograma, responsabilidade, metas e indicadores Estratgia 1: Dispor de RHs capacitados e em nmero suficiente para as actividades do SIS, a todos os nveisMetas Capacitar 25% dos profissionais do SIS, a todos os nveis, em cursos de curta durao especficos para sua actividade Capacitar anualmente 10% dos profissionais a todos os nveis, em cursos de mdia durao especficos para sua actividade Capacitar 5 profissionais do nvel provincial e/ou central em cursos de longa durao por ano especficos para sua actividade Realizar 1 evento nacional para troca de experincias anual, com participao de todas as provncias e 50% dos distritos, e todos os profissionais do nvel central Fornecer incentivos distintos, conforme a sua actividade, aos RH do SIS Realizar 100% dos acordos e contratos necessrios para a execuo das actividades identificadas Profissionais contratados, admitidos ou parcerias realizadas at 90 dias aps o incio do processo Absorver profissionais recm formados em cursos de especializao em reas de interesse do SIS por ano Promover a realizao de pelo menos mais 2 cursos de formao inicial de tcnicos mdios de estatstica sanitria com pelo menos 30 ingressos cada (2 e 3 cursos) DIS e DRH DIS e DRH DIS e DRH DIS e DRH DIS e DRH DIS e DRH-F resp. DIS e DRH 2009 2010 2011 2012 2013 Indicadores% anual de profissionais capacitados em cursos de curta durao % anual de profissionais que participaram em cursos de capacitao de mdia durao N de profissionais capacitados em curso de longa durao no perodo de vigncia do Plano % de provncias e distritos participantes % de RH que recebem incentivos em relao ao quadro do SIS % dos acordos e contratos realizados para as actividades identificadas Tempo mdio para contratao, admisso ou celebrao de parceria N de profissionais recm formados em reas de interesse do SIS absorvidos por ano N de cursos realizados no perodo e de tcnicos mdios de estatstica sanitria formados

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Estratgia 2: Melhorar a gesto do SISMetas Integrar, a cada ano, 25% dos subsistemas que faltam Definir base mnima de indicadores necessrios a gesto do sistema de sade Disseminar matriz de indicadores a todos as provncias, distritos e hospitais resp. DIS 2009 2010 2011 2012 2013 Indicadores% de sub-sistemas integrados Nmero de programas com base mnima de indicadores definidos % de servios distritais que possuem a matriz de indicadores % de supervises e retroinformaes realizadas por nvel em relao ao total esperado

DIS, sector de monitoria e avaliao, todos os programas e INE DIS, sector de monitoria e avaliao, todos os programas e INE Realizar ao menos 1 superviso anual do DIS, DPS e SDSMS nvel central, 1 semestral provincial e 1 trimestral distrital e alimentar trimestralmente com retro-informao a cada instituio subordinada Fazer chegar toda a documentao do DIS SIS actualizada aos gestores e aos profissionais a todos os nveis Dispor de ferramentas de anlises da DIS qualidade dos dados a cada nvel Incluir actividades para o SIS nos planos de aco de 100% das provncias e servios distritais Realizar avaliaes regulares e estruturadas, abordando as diversas fases do ciclo da informao, utilizando uma mesma metodologia Implantar CID 10, mesmo em papel, nas unidades de sade nvel III e IV at 2010 Consolidar a comisso para padronizao - estandarte em sade, terminologia mdica e de comunicao - e se tornar Centro colaborador OMS para padres DIS, DPS e servios distritais DIS, DPS e servios distritais

% de gestores e profissionais que dispem de documentao actualizada % de subsistemas que dispem de ferramentas de anlise da qualidade dos dados % de provncias e servios distritais com plano de aco que incluem actividades para o SIS Abrangncia e frequncia de avaliaes realizadas no pas utilizando a mesma metodologia Quantidade de unidades de sade nvel III e IV que utilizam a CID 10 Comisso coordenadora em funcionamento e documentao demonstrando a funo de centro colaborador OMS

DIS, Hospitais DIS

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Metas em sade Elaborar projecto para melhorar o sistema de mortalidade e disponibilizar relatrio a cada 2 anos Disponibilizar no portal do MISAU informaes do sistema de dados agregados e de todos os sub-sistemas e elaborar relatrios peridicos. At 2011, trimestralmente, e depois mensalmente Incrementar ao SIS o detalhamento por faixa etria e sexo

resp. DIS, Ministrio da Justia, INE DIS

2009 2010 2011 2012 2013 IndicadoresQuantidade de relatrios disseminados a cada 2 anos Actualidade das informaes disponibilizadas para cada subsistema e nmero de relatrios elaborados por ano

DIS - Assessoria do gnero - programas de sade

% de sub-sistemas que dispem de informaes desagregadas

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Estratgia 3: Dispor de infra-estrutura e de tecnologias de informao e comunicao adequadas, a todos os nveisMetas Disponibilizar acesso a internet a todos os distritos com rede elctrica Equipar todos os distritos e US nvel III e IV com os equipamentos informticos Definir uma estratgia para melhorar a comunicao no mbito do SIS (Internet, e-mail, telefonia, etc.) Disseminar a todas as provncias anualmente manual contendo as fichas actualizadas e padronizadas Informatizar todos os hospitais centrais e provinciais at 2010 e 80% dos demais hospitais at 2014(Implantar o SISH (dados agregados) Implantar o SISHCM(baseado em dados individuais do paciente) no HCM em 2010, em 2 hospitais centrais em 2011 e em todos os hospitais provinciais at 2014 Implantar o SISROH em 8 hospitais em 2009, e pelo menos 10 hospitais ano at 2014 Adequar o sistema de informaes agregadas s necessidades do SNS e actualiz-lo usando novas tecnologias Celebrar acordos com entidades parceiras e contratar servios para executarem todas as actividades de TIC resp. DIS e DPS DIS e DPS DIS e DPS 2009 2010 2011 2012 2013 Indicadores% de servios distritais com acesso a internet com banda larga % de equipamentos informticos distribudos em relao ao n. de equipamentos necessrios % de servios distritais com acesso a telefonia % de provncias que receberam manual de fichas todos os anos % de hospitais com o SISH implantado

DIS DIS

DIS

Quantidade de hospitais com o SISHCM implantado por ano Quantidade de hospitais com o SISROH implantado % de alteraes realizadas em relao ao total de alteraes necessrias previstas no projeto Nmero de acordos celebrados e de servios contratados

DIS DIS

DIS e DPS

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Anexo 4 Estrutura orgnica modelo do SIS a todos os nveis de gesto (central, provincial e distrital) e Recursos Humanos bsicosEstratgia 1: Dispor de RHs capacitados e em nmero suficiente para as actividades do SIS, a todos os nveis.

I - Quadro de Recursos Humanos para o DIS 2009 2014 A proposta actual do quadro de necessidades em recursos humanos para o Departamento de Informao para a Sade (DIS) baseada num esquema sobre as funes que o departamento desenvolve e deve desenvolver nos prximos anos. Necessidades com base em funes de: 1. Gesto e logstica 2. Rotinas do SIS 3. Superviso e apoio tcnico 4. Desenvolvimento de projectos para sistemas de informao de sade 5. Anlise e disseminao Estrutura do SIS nvel central:GESTO E LOGISTICA 1 CHEFE DIS 1 ASSISTETENTE ADMINISTRATIVO

ASSISTNCIA TCNICA CONSULTORES TEMPORRIOS

SUERVISAO E APOIO TECNICOFEITA EM CONJUNTO COM UM RESPONSVEL A INDICAR

ACTIVIDADE DE ROTINA1 TEC. MEDIO INFORMATICA 1 TEC. INFORMATICA SUPERIOR 2 TEC. MDIOS DE ESTATISTICA SANITRIA 1 TEC. MDIO DE COMUNICACO 1 WEB MASTER 1 WE REDACTOR

REVISAO E DESENVOLVIMENTO SIST.2 GEOGRAFOS 1 TEC. INFORMATICA SUPERIOR 1 EPIDEMIOLOGO/SADE PUBLICA

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1. rea da gesto e logstica: a) Funes: Dirigir o Departamento Recursos Humanos necessrios (rea 1 nvel central) 1 Chefe de Departamento Central8

1 Administrativo/a (a ser recrutado/a) Dada a grande quantidade e grau de complexidade de actividades, processos, actos e procedimentos de carcter administrativo e documentos produzidos, arquivo e remessa/distribuio de documentos. 2. rea de actividades de rotina Esta rea responsvel pelas actividades de rotina, elaborao, integrao, arquivo, divulgao da informao e manuteno de sistemas que usam tecnologias de informao e comunicao. a) Funes: Recolher e guardar/armazenar dados estatsticos Elaborar e processar dados Integrar e compilar informao Controlar e monitorar a qualidade da informao Disponibilizar dados e informao estatstica aos utilizadores Recursos Humanos necessrios (rea 2 nvel central) 1 Tcnico Mdio de Informtica (em funo) Dedicado gesto do Mdulo Bsico-SIS e outros sistemas automatizados e/ou semiautomatizados em fase de desenvolvimento. 1 Gestor de Bases de Dados (em funo) Dedicado gesto do Mdulo Bsico-SIS e outros sistemas automatizados e/ou semiautomatizados em fase de desenvolvimento. 1 Tcnico Superior de Informtica (a ser recrutado/a) Dedicar-se- a gesto, manuteno e suporte de todo o software do SIS, tambm ter funes na rea de desenvolvimento de sistemas. 1 Tcnico Mdio de Estatstica (a ser recrutado a nvel interno atravs de transferncia ou afectao)

8

Preferencialmente um Tcnico Superior de Estatstica ou Mestre em Planificao, Gesto e Sistemas de Informao para a Sade.A misso e deveres ou atribuies do Chefe do Departamento (central) de Informao para a Sade incluem, dentre outras: (i) ser gestor e integrador da melhor articulao entre a introduo de dados a nvel provincial, do processo de anlise e utilizao de indicadores a todos os nveis; (b) assegurar a gesto das reparties, e superviso das direces provinciais; (c) garantir um apoio contnuo do MISAU como um todo na gesto de informaes; (d) planificar as actividades a mdio/longo prazos; (e) elaborar e fazer o respectivo acompanhamento do oramento ao nvel do departamento; (f) definir custos globais: correntes e de capital; (g) definir os objectivos de cada repartio; (h) definir os custos relativos das actividades (ou objectivos); (i) estabelecer e fazer o acompanhamento de procedimentos de auditoria interna; (j) definir procedimentos de divulgao/disseminao; (l) sugerir linhas de orientao e discutir com outros departamentos do MISAU, nvel provincial, a aplicao do modelo organizacional e as obrigaes dos nveis provincial e distrital.

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Dedicar-se- anlise dos dados e produo de todas as estatsticas do DIS. 1 Tcnico Mdio de Comunicao (a ser recrutado/a) Dedicar-se- a edio de todos os documentos, publicaes, brochuras, manuais 1 Web Master (a ser recrutado/a) 1 Web Redactor (a ser recrutado/a) Dedicar-se-o s actividades relativas a gesto, administrao e manuteno do Portal Web do MISAU incluindo a administrao da Intranet. 3. rea de superviso e apoio tcnico Recursos Humanos necessrios (rea 3 nvel central) Funes a serem desenvolvidas pelos tcnicos seniores com funes na rea de desenvolvimento e de rotina bem como pelo Chefe do Departamento central.

4. rea da Reviso e Desenvolvimento de Sistemas de Informao para Sade Esta rea responsvel pela concepo, execuo e gesto de novas actividades ferramentas do SIS e pela reviso dos elementos que compem o SIS e que carecem de modernizao e/ou adaptao a nova(s) realidade(s). NOTA: De momento existem pelo menos 13 projectos em execuo correspondentes a igual nmero de Programas de Sade. a) Funes: Formular projectos Gerir projectos Gerir mudanas Rever elementos do SIS j presentes Avaliar projectos de parceiros Desenvolver normas, padres, ferramentas, etc.

Recursos Humanos necessrios (rea 4 nvel central) Gegrafos (em funo) Estes dedicam-se por enquanto gesto dos projectos de informtica sanitria e outras actividades de rotina. 1 Epidemiologista ou Tcnico Superior com formao em Sade Pblica (a ser recrutado) Dedicar-se- a concepo e reviso dos sistemas de informao do SNS e desenvolvimento de padres em sade (CID-10, CIF, etc.) Quadro resumido do pessoal mnimo necessrio para o DIS (nvel central)FUNO CHEFE DEPARTAMENTO CENTRAL (DIS) WEB MASTER WEB REDACTOR ASSISTENTES ADMINISTRATIVOS NECESSID ADE 1 1 1 1 PRESENTE 0 0 0 1 RECRUTAR 1 1 1 0

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FUNO GEGRAFOS TCNICOS MDIOS DE INFORMTICA TCNICOS MDIOS DE ADMINISTRAO TCNICOS SUPERIORES DE INFORMTICA TCNICOS MDIOS DE ESTATSTICA TCNICOS MDIOS DE COMUNICAO EPIDEMIOLOGISTAS OU TCNICOS SUPERIORES COM FORMAO EM SADE PBLICA TOTAL

NECESSID ADE 2 1 1 2 1 1 1 13

PRESENTE 2 1 1 0 0 0 0 5

RECRUTAR 0 0 0 2 1 1 1 8

II Quadro de Recursos Humanos para as Direces Provinciais de Sade (DPSs) 2009 2014 Necessidades com base nas funes (ao nvel provincial) 1.Gesto e logstica 2. Rotina do SIS 3. Superviso e apoio tcnico 4. Anlise e disseminao Funes e Quadro do pessoal de nvel provincial:Gesto e logstica: 1 Chefe do SIS 1 Tcnico Administrativo Assistncia tcnica Consultores temporrios

Superviso e apoio tcnico: Feita pelos tcnicos do SIS com um responsvel a indicar

Actividades de rotina: 1 Epidemiologista ou Tc. Superior de Sade Pblica 1Tc. de Medicina Preventiva e S.M. 1 Tc. Mdio de Estatstica Sanitria 1 Tc. de Informtica

OBS: a funo de rotina a este nvel pressupe igualmente a funo de anlise e disseminao de dados e informaes.

1. rea da gesto e logstica: a) Funes: Gerir o SIS ao nvel provincial Recursos Humanos necessrios (rea 1 ao nvel provincial) 1 Responsvel/Chefe do SIS (Tcnico Mdio de Estatstica Sanitria)

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1 Tcnico/a de Administrao

Dada a grande quantidade e grau de complexidade de actividades, processo, actos administrativos e documentos produzidos, arquivo de documentos. 2. rea de actividades de rotina (inclui 2 e 3) Esta rea responsvel pelas actividades de rotina, elaborao, integrao, arquivo, divulgao da informao, manuteno do sistema informtico em uso a nvel da provncia e superviso e apoio tcnico ao nvel distrital e Unidades Sanitrias a) Funes: Recolher e guardar/armazenar dados estatsticos Elaborar e processar dados Integrar e compilar informao Fazer a monitoria da qualidade da informao Disponibilizar dados e informao estatstica aos diferentes utilizadores Fazer a manuteno da rede de Internet e dos sistemas automatizados em uso na provncia Recursos Humanos necessrios (rea 2 ao nvel provincial) 1 Tcnico Mdio de Informtica Dedicado gesto de sistemas semi-automatizados em uso em todos os distritos da provncia. 1 Epidemiologista ou Tcnico Superior com formao em Sade Pblica (a ser recrutado) Dedicar-se- a implementao dos sistemas de informao do SNS incluindo implementao de padres em sade (CID-10, etc.) 1 Tcnico Mdio de Estatstica Sanitria (chefe/responsvel do SIS) Dedicado a recolha, processamento, anlise de dados e produo de estatsticas. 1 Tcnico de Medicina Preventiva e Saneamento do Meio Dedicar-se- recolha, processamento, anlise de dados e produo de estatsticas incluindo a implementao do CID-10.

Quadro resumido do pessoal mnimo para o SIS (nvel provincial)FUNO CHEFE SIS (TCNICO MDIO DE ESTATSTICA) EPIDEMIOLOGISTA OU TCNICO SUPERIOR COM FORMAO EM SADE PBLICA ASSISTENTE TCNICO ADMINISTRATIVO TCNICO MDIO DE INFORMTICA TCNICO DE MEDICINA PREVENTIVA E SANEAMENTO DO MEIO TOTAL NECESSIDADE 1 1 1 1 1 5 PRESENTE 0 0 0 0 1 1 RECRUTAR 1 1 1 1 0 4

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NOTA IMPORTANTE:Nas provncias onde houver Hospital Central (Nampula, Sofala e Maputo Cidade), o nmero mnimo de tcnicos seniores deve ser acrescido de pelo menos 4: a) 1 para o Banco de Socorros e Consultas Externas, b) 1 para a rea Clnica Curativa e reabilitativa de base, c) 1 para todas as Especialidades Mdico-Cirrgicas, Servios Auxiliares de Diagnstico e Anatomia Patolgica, d) 1 para a Administrao e Servios de Apoio e Hotelaria (transportes, cozinha, lavandaria, limpeza, segurana, etc.). Dentre estes, o mais snior deveria estar sempre subordinado ao Chefe do DPPC da DPS e, neste caso, a senioridade de carreira do chefe do departamento provincial da DPS deveria permitir a hierarquia. Uma alternativa mais difcil de gerir manter entre os 3 responsveis do SIS nos HCs uma relao hierrquica directa com os OCs - Chefe de Departamento Central. Considerada a dimenso de desempenho do HC de Maputo -, que , efectivamente, a instituio de nvel IV do Pas -, o nmero de tcnicos dever ser aumentado. Neste caso, mais bvio que a linha hierrquica seja directamente com o Chefe do DIS nos OC do MISAU e no com o Responsvel do SIS da Direco de Sade da Cidade.

III - Plano de Recursos Humanos para os Servios Distritais de Sade, Mulher e Aco Social (SDMAS) 2009 2014 Necessidades com base nas funes 1. Gesto e logstica 2. Rotina do SIS 3. Superviso e apoio tcnico 4. Anlise e disseminaoORGANIGRAMA/ESTRUTURA FUNCIONAL MODELO PARA O NVEL DISTRITAL:

Gesto: 1 Responsvel/ Chefe do SIS

Superviso e apoio tcnico: Feita pelos tcnicos do SIS com um responsvel a indicar

Actividades de rotina: 1 Mdico Chefe Distrital 1Tc. de Medicina Preventiva e S.M. 1 Tc. Mdio de Informtica 1 Tc. Mdio de Estatstica Sanitria

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1. rea da gesto e logstica: a) Funes: Gerir o SIS ao nvel distrital Recursos Humanos necessrios (rea 1) 1 Chefe Repartio/Seco (Tcnico Mdio de Estatstica Sanitria)

2. rea de actividades de rotina Esta rea responsvel pelas actividades de rotina, elaborao, integrao, arquivo, divulgao da informao e superviso de todas as unidades sanitrias do distrito. a) Funes: Recolher e guardar/armazenar dados estatsticos Elaborar e processar dados Integrar e compilar informao Fazer a monitoria da qualidade da informao Disponibilizar dados e informao estatstica aos usurios Manuteno preventiva do equipamento Recursos Humanos necessrios (rea 2) 1 Tcnico Mdio de Informtica Dedicado gesto dos sistemas semi-automatizados em uso no distrito e/ou unidades sanitrias e manuteno do equipamento. 1 Tcnico de Estatstica Sanitria Dedicado gesto de sistemas semi-automatizados em uso no Distrito, anlise de dados e produo de estatsticas. 1 Mdico Chefe Distrital Dado que cerca de 75% dos distritos dispe de pelo menos um mdico isto corresponde a um importante potencial para este tipo de pessoal orientar a equipa distrital da sade no que tange ao tratamento de dados estatsticos e no s. Dedicar-se- anlise dos dados e ir superintender a produo de todas as estatsticas do SIS a este nvel. 1 Tcnico de Medicina Preventiva e Saneamento do Meio Dedicar-se- recolha, processamento, anlise de dados e produo de estatsticas. Quadro resumido do pessoal mnimo (nvel distrital)FUNO CHEFE/RESPONSVEL DO SIS TCNICO MDIO DE INFORMTICA TCNICO MDIO DE ESTATSTICA SANITARIA TCNICO DE MEDICINA PREVENTIVA E SANEAMENTO DO MEIO TOTAL NECESSIDADE 1 1 1 1 4 PRESENTE 0 0 0 1 1 RECRUTAR 1 1 1 0 3

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RESUMO GERAL DO QUADRO DE PESSOAL PARA O SIS, POR FUNES E NVEIS

Quadro de pessoal mnimo para a rea do SIS (nveis central, provincial e distrital) Funo/CategoriaCHEFE DE DEPARTAMENTO CENTRAL WEB MASTER WEB REDACTOR ASSISTENTE ADMINISTRATIVO GEGRAFOS TCNICO MDIO INFORMTICA TCNICO MDIO ADMINISTRATIVO TCNICO SUPERIOR DE INFORMTICA TCNICOS MDIOS DE ESTATSTICA SANITRIA TCNICO MDIO DE COMUNICAO EPIDEMIOLOGISTA OU TCNICO SADE PBLICA TCNICO DE MEDIC. PREV. E SANEAM. DO MEIO

Nvel central

Nvel provincial Por cada provncia 0 0 0 1 0 1 0 0 1 0 11

Nvel distrital Por cada distrito 0 0 0 0 0 1 0 0 2 0 01

1 1 1 1 2 1 1 2 1 1 1 0

Soma Todas as provncias 0 0 0 11 0 11 0 0 11 0 1111

Soma Todos os distritos 0 0 0 0 0 128 0 0 256 0 0128

GLOBAL TODO O PAS1 1 1 12 2 140 1 2 268 1 12139

Total

13

5

55

4

512

580

Observao: Indicado apenas o pessoal a afectar exclusivamente s actividades relacionadas ao SIS. NOTAS: Para os nveis central e provincial no est indicada a Assistncia Tcnica permanente nem Consultorias Temporrias. O quadro de pessoal de nvel provincial, por categoria ou funo multiplicado por 11 (equivalente ao nr de provncias) enquanto o quadro de pessoal de nvel distrital multiplicado por 128 obtendo-se assim o total nacional para todas as categorias/funes. De entre os quadros colocados aos diferentes nveis (central, provincial e distrital) sero indicados aqueles que devero ocupar vagas de Chefes de Repartio e/ou de Seco ao seu nvel.

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FICHA TCNICATtulo: Plano Estratgico do Sistema de Informao para a Sade (SIS) 2009-2014 Ministrio da Sade - Direco de Planificao e Cooperao (DPC) Maputo. Cludia Riso, Antnio Siti, Alessandro Campione.

Editor:

Equipa de redaco: Coordenao: Direco: Colaboradores:

Clia Gonalves. Gertrudes Machatine. Organizao Mundial da Sade (OMS) Rede de Metrologia de Sade (RMS), Bruno Piotti, Roberta Pastore, Instituto Nacional de Sade (INS), Instituto Nacional de Estatstica (INE), Direces Nacionais dos rgos centrais do MISAU, Direces Provinciais de Sade, Universidade Eduardo Mondlane (UEM), Ministrio da Justia, Servios de Registo Civil e Notariado, Ministrio do Plano e Desenvolvimento, Hospital Central de Maputo (HCM), Projecto FORTE, Tcnicos do Departamento de Informao para a Sade (DIS) Amisse Momade, Bina Langa, Dora Polana, Marcelino Mugai. Organizao Mundial da Sade (OMS) [Escritrios em Maputo e Genebra] Rede de Metrol