Plano Geral de Contabilidade - Explicado

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    EXPLICADO

    PLANO GERALDE

    CONTABILIDADEANGOLANO

    Edições Técnicas

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    Rui M. P. de AlmeidaCoordenador Contabilidade

    Ana Nogueira • José Luís da Silva • Pedro M. PinheiroCo-autores

    Sabino José MirandaCoordenador Fiscalidade

    EXPLICADO

    PLANO GERALDE

    CONTABILIDADEANGOLANO

    Edições Técnicas

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    Ficha Técnica

    TítuloPlano Geral de Contabilidade Angolano – Explicado

    AutoresRui M. P. de AlmeidaSabino José MirandaAna Nogueira José Luís da SilvaPedro M. Pinheiro

    EditorATF — Edições Técnicasatfedicõ[email protected]

    Composição GráficaATF — Gorete Araújo e Silvia Garcia

    ISBN: 978-989-96412-9-7

    Depósito Legal: 371959/14

    Impressão e AcabamentoG.C. Gráfica de Coimbra, Lda.

    Local da Publicação:Cacém

    Fevereiro de 2014

    Todos os direitos reservados de acordo com a lei em vigor.

    Nenhuma parte desta obra pode ser reproduzida por qualquer processo,incluindo fotocópia ou gravação sem autorização prévia e escrita do editor.Os transgressores são passíveis de procedimento judicial.

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    NOTA DOS AUTORES

    Este livro foi elaborado com o intuito de ser uma ferramenta de apoio à actividade diária dos técnicos e dos estu-dantes. Na sua elaboração os autores tiveram a preocupação de tornar o seu manuseamento e a sua leitura de fácilacesso, procurando sistematizar a informação através de uma abordagem conta a conta, utilizando uma linguagem

    clara e precisa sem descurar o facto de esta ter de primar pela compreensibilidade quer de especialistas quer dopúblico em geral.

    A abordagem explicativa conta a conta acima mencionada foi complementada com a inclusão de comentários àscontas e apontamentos fiscais sempre que tal se justifique, assim como com a inclusão de um conjunto de movi-mentações esquemáticas que pretendem ilustrar o âmbito de aplicação de cada uma das contas que integram oPlano Geral de Contabilidade (PGC).

    Fica assim à disposição dos interessados um documento que resultou de uma aturada análise técnica e de umaanálise das necessidades do público-alvo nunca esquecendo o enquadramento com a realidade.

    Na sua elaboração, contamos com um conjunto alargado de pessoas e instituições que connosco colaboraram e

    para as quais gostaríamos de deixar o nosso muito obrigado.

    Individualmente gostaríamos também de deixar o nosso agradecimento a algumas pessoas que muito contribuírampara que este livro se tornasse realidade, nomeadamente:

    Fábio de AlbuquerquePorfirio BentinhoRui AleixoRita Nunes

    A todos, muito obrigado!Os autores

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     Aos meus lhos Joaquim , Migel  e Tiago e à minha companheira Gorete.

    Rui M. P. de Almeida

    Dedico à minha família, à minha esposa Catarina , à Juliana  Miranda  nossa lha, à ou -ta Juliana , minha Mãe e ao meu Pai   José Miranda  já em memória, que sempre estive-ram ao meu lado, com apoio multifore, encorajamento e solidariedade os momentos mais difíceis.

    Sabino José Miranda

     À minha lha Raquel , e aos meus sobrinhos, Renato e Gabriel .

     José Luís da Silva

    Dedico este livro aos meus preciosos lhos, Carolina Inês e João Carlos, eles sim, a mi -

     nha obra gandiosa e por tdo de bom o que touxeram à minha vida, são a minha fonte de inspi -

    ração e de motivação para tdo o que faço na minha vida. Agadeço à minha família, em especial à

     minha Mãe já em memória e ao meu Marido pelo apoio incondicional e dedicação que me

    dá, em todos os projectos que me proponho colaborar.

    Ana Nogueira

     Aos meus Pais e à Ana .Pedro M. Pinheiro

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    Rui M. P. AlmeidaCoordenador Contabilidade

    Doutor em Ciências empresariais com especialização em Contabilidade pela

    Universidade Autónoma de Madrid, Pós graduado em Auditoria contabilística

    pela Universidade Autónoma de Lisboa e licenciado em Contabilidade/Con-

     trole financeiro pelo ISCAL - Instituto Superior de Contabilidade e Adminis-

     tração de Lisboa.

    Técnico Oficial de Contas e formador na área de Contabilidade e autor de

    vários livros e artigos técnicos e científicos, entre outros, co-autor dos livros

    “SNCRF de Cabo verde Explicado”, “SNC Explicado”, SNC - Casos Práticos e

    Exercícios Resolvidos”. “O SNC e as Microentidades”, “Harmonização Conta-bilística Internacional” e “Prestação de contas”.

    Professor Coordenador do Instituto Superior de Contabilidade e Administra-

    ção de Lisboa (ISCAL) na área de contabilidade coordenando várias unidades

    curriculares de contabilidade financeira e em PSE, lecionando também em vá-

    rios outros mestrados e doutoramentos e Pró-Presidente para a investigação.

    É ainda investigador de Contabilidade na Universidade da Extremadura (Espa-

    nha) e foi membro da Comissão de Normalização Contabilística tendo sido

    co-legislador do SNC (Sistema de normalização contabilística).

    Sabino José MirandaCoordenador Fiscalidade

    Licenciado em Gestão pela Universidade Agostinho Neto ( Luanda,2004);

    Obteve o Ensino Médio Especializado de Finanças ( Gotha – Alema-

    nha,1982-1986);Mestrando do Curso de Direcção Financeira e Auditoria de Empresas na Uni-

    versidade Politécnica de Madrid/Espanha;

    Técnico Reverificador do Depar tamento de Prevenção e Fiscalização Tributá-

    ria da Direcção Nacional de Impostos (Luanda, 2004-2012);

     Coordenador da Unidade Central de Fiscalização da Direcção Nacional de

    Impostos (na fase de instalação, 2013-2014)”;

    Sócio fundador da Associação dos Economistas, Técnicos e Profissionais de

    Contabilidade do Planalto Central “AETPC”( Huambo, 1996);

    Está inscrito como Técnico de Contas no MINFIN.

    Participou num Curso de Actualização Profissional para Peritos Contabilistas

    desenhado e preparado com base nas matérias técnicas constantes do pla-

    no curricular de formação da IFAC-International Federation of Accountants ,

    ministrado pela Ordem dos Contabilistas e Peritos Contabilistas de Angola

    numa parceria com a Ordem dos Revisores Oficiais de Contas de Portugal;

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    Ana NogueiraCo-autora

    Gerente e Técnica de Contas da CC&MM e AFRICONTA.

    Licenciada em Contabilidade com especialização em

    Fiscalidade e Mestranda em Controlo de gestão e dos

    Negócios pelo Instituto Superior de Contabilidade e Ad-

    ministração de Lisboa (ISCAL).

    Formadora nas áreas de Contabilidade e Fiscalidade em

    diversas entidades. Autora de livros técnicos e científicos.

    Pedro PinheiroCo-autor 

    Docente no Instituto Superior de Contabilidade e Admi-

    nistração de Lisboa (ISCAL) na área da Contabilidade.

    Doutorando em Gestão pela Universidade Lusíada.

    Mestre em Gestão — Especialização em Finanças pela

    Universidade de Évora e Licenciado em Contabilidade

     — Ramo de Controlo Financeiro pelo ISCAL.

    Técnico Oficial de Contas, autor de diversos artigos téc-

    nicos e científicos e co-autor dos livros “SNC Explicado”,

    “SNC e as Microentidades” e “SNC e as Microentidades

     — Casos Práticos e Exercícios Resolvidos”. Formador

    em matérias relativas ao Relato Empresarial e NormasInternacionais de Contabilidade. Desde 2012 Subdiretor

    do Mestrado em Contabilidade e é Subdiretor do Cur-

    so de Contabilidade e Administração no ISCAL.

     José Luís Miguel da SilvaCo-autor 

    Docente no Instituto Superior de Contabilidade e Admi-

    nistração de Lisboa  (ISCAL), em cursos de Licenciatu-

    ras na área da contabilidade financeira e em cursos de

    mestrados nas unidades curriculares de Normas Inter-

    nacionais de Contabilidade. Regente da Unidade Curri-

    cular de Projecto em Simulação Empresarial nos cursosde Licenciatura. Doutorando em Gestão com especia-

    lização em Contabilidade. Mestre em Contabilidade e

    Auditoria. Autor de diversos livros, artigos técnicos e

    científicos. Formador e Técnico Oficial de Contas.

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    INTRODUÇÃO

    O livro “Plano Geral de Contabilidade Angolano – Explicado” é o resultado de uma contínua pesquisa e análiseà realidade contabilística e de relato financeiro decorrente da aplicação do Plano Geral de Contabilidade (PGC).

    A complexidade e abrangência do referido normativo conduziram a uma estruturação do livro consistente comas necessidades dos leitores e simultaneamente pensada no sentido de ultrapassar o conceito tradicional de livroe enquadra-lo como uma ferramentas de trabalho quer no contexto profissional, quer no contexto académico.

    Deste desígnio decorre o objectivo específico deste livro, sendo que este passa por desenvolver um amplo con- junto de informação que auxilie os estudantes, professores, contabilistas, perítos contabilísticos, auditores, gestorese público em geral, na interpretação e resolução de questão no âmbito do Plano Geral de Contabilidade.

    Nesse sentido, o livro, encerra em si uma abordagem multidisciplinar assente numa metodologia de análise conta aconta, não sem antes ser apresentada e detalhada a estrutura lógica e de conceitos que preside ao Plano Geral deContabilidade enquanto sistema de normalização contabilística.

    Após este ponto introdutório o livro incide na apresentação e explicação relativa a cada uma das classes de contas,partindo posteriormente para a explicação individual das contas, estando estruturada de forma a permitir um en- tendimento prático do âmbito de cada conta, sendo que para cada uma delas são analisados aspectos relacionadoscom reconhecimento, valorização inicial e subsequente e divulgação.

    Outro aspecto relevante consiste na correspondência entre as contas e a sua apresentação no contexto das De-monstrações Financeiras, especificamente no Balanço e na Demonstração dos Resultados, sem descurar, quando tal se mostre relevante, os aspectos que cercam a divulgação dos seus impactos no Anexo.

    Além dos aspectos mencionados foi criada uma estrutura de movimentações esquemáticas ilustradas com a repre-sentação em razão (T’s), que permite evidenciar os fluxos que podem ocorrer em cada uma das contas, ou seja,uma exemplificação esquemática das principais transacções que poderão existir no âmbito de cada conta.

    Sempre que considerámos conveniente, existem também notas, comentários, sugestões, explicações e pequenosexemplos relativos às contas em análise, assim como comentários fiscais que permitem alertar para os eventuaisimpactos em termos de matéria fiscal.

    Para cada tipologia de elementos mencionados no parágrafo anterior foi utilizada uma sinalética própria que per-mite ao leitor uma procura e consulta menos morosa e mais eficiente. A sinalética utilizada é a que seguidamentese apresenta:

    ApontamentosFiscais

    Chamadasde atenção

    Comentários Consultas DefiniçõesEsquemas de

    movimentaçõesExemplos Explicações

    Após a abordagem de todas as contas, o livro inclui ainda um conjunto de termos e definições que extravasam asconstantes no documento oficial publicado e que incluem também definições adaptadas de documentos normali-zadores do International Accounting Standards Board  (IASB) e que permitiram ao leitor esclarecer dúvidas termino-lógicas que possam decorrer da leitura da presente obra.

    Na parte final do livro foram incluídos um conjunto de anexos directamente relacionados com as matérias sobreas quais versa a presente obra e que servem como complemento ao mesmo.

    Esperamos que este livro vá ao encontro das expectativas e necessidades dos leitores e utilizadores, sendo certoque foi pensado e desenvolvido com tal objectivo.

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    ÍNDICE

    NOTA DOS AUTORES . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . V

    INTRODUÇÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .XI

    0. INTRODUÇÃO À CONTABILIDADE . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .17

    Conceito e objectivos da contabilidade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .19

    Utilizadores da informação contabilística . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .20

    Características qualitativas da informação financeira . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .20

    Bases de apresentação das demonstrações financeiras . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .20

    Património . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .21

    Factos patrimoniais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .22

    Elementos das demonstrações financeiras . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .22

    Reconhecimento dos elementos nas demonstrações financeiras . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 24

    Demonstrações financeiras . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .25

    Classificação contabilística . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .26

    Conta . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 27

    1. O PGC: ESTRUTURA E POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS  . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 35

    O P.G.C. COMO PARTE INTEGRANTE DA HARMONIZAÇÃO CONTABILÍSTICA INTERNACIONAL . . . . . . . . . . . . . . .37

    Harmonização Contabilística Internacional . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .38

    O papel do IASB na harmonização contabilística internacional . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 38

    O Processo de elaboração de uma norma . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .39

    ESTRUTURA E ORGANIZAÇÃO DO PGC . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .43

    POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 44Características qualitativas da informação financeira . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .44

    Relevância . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 44

     Fiabilidade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 45

    Bases de apresentação das demonstrações financeiras . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .46

    Continuidade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 46

    Acréscimo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 46

    Princípios contabilísticos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .46

    Consistência. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 47

    Materialidade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 47

    Não compensação de saldos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 47

    Comparabilidade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 48Critérios para reconhecimento das classes das demonstrações financeiras . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .48

    Critério geral . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 49

    Critérios para reconhecimento de Activos: . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 49

    Critério para reconhecimento de Passivos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 49

    Critério para reconhecimento de Proveitos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 49

    Critério para reconhecimento de Custos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 50

    Critérios para reconhecimento de Erros, Alterações de Estimativas e de Políticas Contabilísticas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 50

    Valorimetria . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .51

    2. DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS  . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 53

    INTRODUÇÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .55DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .57

    Balanço . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .57

    Demonstração de resultados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .60

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    xv

    CONTA 37 – OUTROS VALORES A RECEBER E A PAGAR . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .216

    CONTA 38 – PROVISÕES PARA COBRANÇAS DUVIDOSAS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .222

    CONTA 39 – PROVISÕES PARA OUTROS RISCOS E ENCARGOS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 224

    CLASSE 4 – MEIOS MONETÁRIOS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .226

    Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .226

    Reconhecimento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 226

    Valorimetria . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 226

    CONTA 41 – TÍTULOS NEGOCIÁVEIS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .227

    CONTA 42, 43 E 44 – DEPÓSITOS, A PRAZO, À ORDEM E OUTROS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 230

    CONTA 42 – DEPÓSITOS A PRAZO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .230

    CONTA 43 – DEPÓSITOS À ORDEM. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .231

    CONTA 44 – OUTROS DEPÓSITOS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .232

    CONTA 45 – CAIXA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .232

    CONTA 48 – CONTA TRANSITÓRIA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .234

    CONTA 49 – PROVISÕES PARA APLICAÇÕES DE TESOURARIA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 234

    CLASSE 5 – CAPITAL E RESERVAS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .236

    Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .236

    Reconhecimento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 236Valorimetria . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 236

    CONTA 51 – CAPITAL . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 236

    CONTA 52 – ACÇÕES / QUOTAS PRÓPRIAS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .237

    CONTA 53 – PRÉMIOS DE EMISSÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .239

    CONTA 54 – PRESTAÇÕES SUPLEMENTARES . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .240

    CONTA 55 – RESERVAS LEGAIS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .240

    CONTA 56 – RESERVAS DE REAVALIAÇÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .241

    CONTA 57 – RESERVAS COM FINS ESPECIAIS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .242

    CONTA 58 – RESERVAS LIVRES . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .243

    CLASSE 6 – PROVEITOS E GANHOS POR NATUREZA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .244

    Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .244Reconhecimento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 244

    Critério para reconhecimento de proveitos: . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 246

    CONTA 61 – VENDAS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .246

    CONTA 62 – PRESTAÇÕES DE SERVIÇO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .251

    CONTA 63 – OUTROS PROVEITOS OPERACIONAIS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .255

    CONTA 64 – VARIAÇÃO NOS INVENTÁRIOS DE PRODUTOS ACABADOS E DE PRODUÇÃO EM CURSO . . . . . . .258

    CONTA 65 – TRABALHOS PARA A PRÓPRIA EMPRESA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .259

    CONTA 66 – PROVEITOS E GANHOS FINANCEIROS GERAIS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 261

    CONTA 67 – PROVEITOS E GANHOS FINANCEIROS EM FILIAIS E ASSOCIADAS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .265

    CONTA 68 – OUTROS PROVEITOS E GANHOS NÃO OPERACIONAIS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 266

    CONTA 69 – PROVEITOS E GANHOS EXTRAORDINÁRIOS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .272

    CLASSE 7 – CUSTOS E PERDAS POR NATUREZA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .274

    Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .274

    Reconhecimento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 274

    Critério para reconhecimento de custos: . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 276

    CONTA 71 – CUSTO DAS MERCADORIAS VENDIDAS E DAS MATÉRIAS CONSUMIDAS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .277

    CONTA 72 – CUSTOS COM O PESSOAL . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .279

    CONTA 73 – AMORTIZAÇÕES DO EXERCÍCIO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .282

    CONTA 75 – OUTROS CUSTOS E PERDAS OPERACIONAIS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .284

    CONTA 76 – CUSTOS E PERDAS FINANCEIROS GERAIS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .290

    CONTA 77 – CUSTOS E PERDAS FINANCEIROS EM FILIAIS E ASSOCIADAS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .294

    CONTA 78 – OUTROS CUSTOS E PERDAS NÃO OPERACIONAIS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 295

    CONTA 79 – CUSTOS E PERDAS EXTRAORDINÁRIAS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .302

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    16/34

    xvi

    CLASSE 8 – RESULTADOS. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .304

    Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .304

    Reconhecimento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 304

    CONTA 81 – RESULTADOS TRANSITADOS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .305

    CONTA 82 – RESULTADOS OPERACIONAIS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .306

    CONTA 83 – RESULTADOS FINANCEIROS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .308

    CONTA 84 – RESULTADOS FINANCEIROS EM FILIAIS E ASSOCIADAS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 309

    CONTA 85 – RESULTADOS NÃO OPERACIONAIS. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .310

    CONTA 86 – RESULTADOS EXTRAORDINÁRIOS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .311

    CONTA 87 – IMPOSTOS SOBRE OS LUCROS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .312

    CONTA 88 – RESULTADOS LÍQUIDOS DO EXERCÍCIO. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .313

    CONTA 89 – DIVIDENDOS ANTECIPADOS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .315

    5. ANEXOS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .317

    TERMOS/EXPRESSÕES . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .319

    TABELAS DAS TAXAS ANUAIS DE REINTEGRAÇÕES E AMORTIZAÇÕES . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .337

    TABELA DE LUCROS MÍNIMOS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .353

    LOCAÇÕES – NORMA INTERNACIONAL DE CONTABILIDADE 17 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .373

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    INTRODUÇÃO

    ÀCONTABILIDADE

    0.

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    Neste capítulo pretende-se de uma forma simples, explicar os conceitos gerais aplicáveis à contabilidade. Assim, amelhor forma de iniciar esta viagem pelos conceitos fundamentais da contabilidade passa pela definição, objectivosda contabilidade e a importância que a informação financeira (relato financeiro) assume nas entidades (empresas).

    CONCEITO E OBJECTIVOS DA CONTABILIDADE

    Definir o conceito de contabilidade é sem dúvida uma tarefa difícil, pois apresentar uma definição clara e ao mesmo tempo capaz de encerrar em si as diversas vertentes que esta abrange pode conduzir a inexactidões ou aborda-gens demasiado redutoras, pelo que iremos apresentar algumas definições comumente aceites como explicativasdaquilo que deve ser entendido por contabilidade e seus objectivos.

    A American Accounting Association (AAA) defendeu que a formulação dos objectivos da contabilidade deveria serefectuada em função das necessidades dos utilizadores da informação contabilística e que esta noção deveria pre-valecer sobre o estabelecimento dos princípios por parte dos seus preparadores, como a base para a construçãoda teoria da contabilidade.

    Num documento intitulado de  A Statement of Basic Accounting Theory  a mesma entidade definiu “contabilidade”como sendo o processo de identificação, medida e comunicação de informação financeira, cujo objectivo passa porfornecer informação passada, presente e futura aos seus utilizadores e que esta seja útil para a tomada de decisões.

    Para o International Accounting Standard Board (IASB), o objectivo da contabilidade passa por proporcionar informa-ção acerca da posição financeira, do desempenho e de fluxos de caixa de uma empresa que seja útil a uma largafaixa de utentes na sua tomada de decisões económicas.

    Para o Financial Accounting Standard Board (FASB),o objectivo da informação financeira é proporcionar informaçãoútil para a tomada de decisões nas empresas e, mais concretamente, por parte dos financiadores e investidores.

    Como também referido pela  American Accounting Association, essencialmente a contabilidade é um sistema deinformação, com uma linguagem própria, indispensável para a tomada de decisão, é um elo de ligação entre a or-ganização, o sistema de informação e os utilizadores dessa informação.

    Assim, a contabilidade deve ser vista como um sistema de informação capaz de medir e reportar a realidadeeconómica-financeira-patrimonial das entidades (empresas), face:

    aos recursos à disposição da entidade;• as obrigações contraídas;

    • os meios utilizados para a obtenção desses recursos;

    • os direitos assumidos;

    • e os meios obtidos na transmissão dos bens produzidos e serviços prestados.

    Neste sentido, pode-se dizer que a contabilidade é um sistema de informação que se debruça sobre o impactodas transacções no património da entidade, atribuindo-lhe valor monetário (valorização/mensuração), registandoos (reconhecimento) e divulgando essa informação (relato) sob a forma de demonstrações financeiras, de modoa que seja útil para a tomada de decisão.

    Assim, a questão que se coloca em primeiro lugar prende-se com saber quem são os utilizadores da informaçãofinanceira.

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    PGC —  EXPLICADO20

    UTILIZADORES DA INFORMAÇÃO CONTABILÍSTICA

    Quando é efectuada a referência aos utilizadores da informação financeira, inclui-se neste grupo todos os agentesque directa ou indirectamente possam ter interesse na informação divulgada pela empresa.

    Assim, podemos dividir os utilizadores da informação financeira em dois grandes grupos: os utilizadores internos eos utilizadores externos. Seguidamente apresentam-se exemplos de cada uma das tipologias de utilizadores men-

    cionadas, sendo esta divisão baseada na relação entre estes utilizadores e a empresa.

    Utilizadores externos à entidade:

    • Investidores (actuais e potenciais);

    • Financiadores (instituições de crédito, etc.);

    • Fornecedores e outros credores

    • Clientes;

    • Governo e seus departamentos

    • Empregados

    Público em geral.Utilizadores internos da entidade:

    • Gestão (aos diversos níveis);

    Abordada a questão acerca de quem são os utilizadores da informação financeira, vamos agora centrar a nossaatenção na informação propriamente dita e nas características que esta deve possuir para atingir a tal utilidade nocontexto da tomada de decisão.

    CARACTERÍSTICAS QUALITATIVAS DA INFORMAÇÃO FINANCEIRA

    As características qualitativas da informação financeira devem ser entendidas como os atributos que tornam a in-formação divulgada pelas empresas útil aos utentes dessa mesma informação. No âmbito do PGC, as característicasqualitativas consignadas são duas: a relevância e a fiabilidade.

    No caso da fiabilidade, e por forma a este desígnio ser atingido, há que atender a alguns atributos a que podería-mos chamar sub-características, sendo elas as seguintes: a representação fidedigna, a substância sobre a forma, aneutralidade, a prudência e a plenitude.

    Para maior desenvolvimento ver Características qualitativas da informação financeira (Capitulo 1).

    BASES DE APRESENTAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

    Ainda no âmbito da informação financeira, e após termos evidenciados os atr ibutos que esta deve possuir, vamosanalisar quais os pressupostos que estão na base do processo de preparação da informação financeira, sendo estesdenominados de bases de apresentação das Demonstrações Financeiras.

    As bases de apresentação das demonstrações financeiras consignadas no PGC são: a continuidade e o acréscimo.

    Por continuidade deve ser entendida a ideia subjacente de que as Demonstrações Financeiras devem ser prepa-radas na base da continuidade, a menos que a gerência / administração tenha intenções de liquidar a entidade ou

    cessar a sua actividade, ou não tenha outra alternativa realista que não seja fazê-lo. Caso existam incer tezas quantoà continuidade da entidade ou das suas operações, tal facto deve ser divulgado nas Demonstrações financeiras comindicação das razões que estão na origem das incertezas.

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    0.  Introdução à Contabil idade 21

    Com efeito, as demonstrações financeiras são normalmente preparadas no pressuposto de que uma entidade éuma entidade em continuidade e de que continuará a operar no futuro previsível. Não havendo uma definiçãoexacta do que se deve entender por futuro previsível (ou seja o período temporal que se deva considerar paraefeitos desta base de apresentação) aceita-se geralmente que este seja de um ano.

    Relativamente ao conceito de acréscimo devemos entende-lo na perspectiva de que segundo este regime os efei- tos das operações e outros acontecimentos são reconhecidos quando ocorrem (independentemente da data em

    que ocorra o respectivo recebimento ou pagamento) sendo registadas e relatadas no período a que se referem.

    Esta base de apresentação é também denominada como “regime de periodização económica”.

    Terminada a análise acerca da informação financeira, centramos agora a atenção nos elementos sobre os quais ainformação recai, ou seja, o património de uma empresa.

    Para maior desenvolvimento ver Bases de apresentação das Demonstrações Financeiras (Capitulo 1).

    PATRIMÓNIO

    No desenvolvimento da sua actividade qualquer entidade necessita possuir um conjunto de bens e direitos (ele-mentos patrimoniais activos) e assumir um conjunto de obrigações (elementos patrimoniais passivos), denominan-do-se estes elementos como património.

    Neste contexto consideram-se exemplos de elementos patrimoniais activos os seguintes:

    • - Dinheiro

    • - Mercadorias

    • - Edifícios

    • - Máquinas

    • - Dividas a receber 

    • - etc.

    Relativamente aos elementos patrimoniais passivos podemos ter como exemplos os seguintes:

    • - Empréstimos bancários

    • - Dívidas ao estado

    • - Dívidas aos fornecedores

    • - etc.

    A diferença existente entre os elementos patrimoniais activos e os elementos patrimoniais passivos é denominada

    de património líquido ou situação líquida, podendo tal conceito ser evidenciado através da seguinte expressão:

    SITUAÇÃO LÍQUIDA = ELEMENTOS PATRIMONIAIS ACTIVOS – ELEMENTOS PATRIMONIAIS PASSIVOS

    Ao conjunto dos elementos patrimoniais activos é atribuída a denominação de activo, sendo que ao conjunto doselementos patrimoniais passivos é atribuída a denominação de passivo. A adopção desta terminologia conduz aoque denominámos anteriormente por situação líquida ou património liquido passar-se-á a denominar de capitalpróprio.

    Os conceitos acima mencionados conduzem a um dos elementos centrais da contabilidade que se consubstanciana equação fundamental da contabilidade, sendo esta a seguinte:

    ACTIVO = CAPITAL PRÓPRIO + PASSIVO

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    PGC —  EXPLICADO22

    FACTOS PATRIMONIAIS

    Podemos então considerar que todos os acontecimentos ou transacções que alterem a composição e/ou o valordo património de uma empresa designam-se genericamente por factos patrimoniais.

    Estes factos podem ser divididos em duas tipologias distintas denominadas de factos patrimoniais permutativos efactos patr imoniais modificativos.

    Os factos patrimoniais permutativos são considerados aqueles que alteram a composição do património (elemen- tos patrimoniais activos e/ou passivos) mas não tem impacto no seu valor (situação líquida).

    Os factos patrimoniais modificativos são considerados aqueles que alteram a composição do património (elemen- tos patrimoniais activos e/ou passivos) bem como o seu valor (situação líquida/capital próprio).

    Os factos patrimoniais (permutativos e modificativos) implicam sempre a alteração da composição e/ou valor depelo menos uma das massas patrimoniais (activo, passivo e capital próprio) e consequentemente da equação fun-damental da contabilidade, não invalidando nunca tal facto a manutenção da igualdade entre os dois membros daequação fundamental da contabilidade.

    ELEMENTOS DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

    Na abordagem a efectuar aos diferentes elementos das demonstrações financeiras vamos subdividi-los em duascategorias: elementos da posição financeira e elementos do desempenho de uma empresa.

    ELEMENTOS DA POSIÇÃO FINANCEIRA

    Iremos agora abordar o que deve ser entendido como elementos da posição financeira (activo, passivo e capital

    próprio) de uma empresa, sendo que são estes os responsáveis por expressar a situação patrimonial de uma em-presa numa determinada data.

    ACTIVO

    Começámos por definir activo como o conjunto elementos patrimoniais activos, ou seja o conjunto dos bens edos direitos, no entanto podemos definir este conceito de uma forma mais precisa tendo por base as suas carac- terísticas intrínsecas.

    Assim, um activo deve ser entendido como sendo um recurso controlado pela entidade como resultado de acon- tecimentos passados e do qual se espera que fluam para a entidade benefícios económicos futuros.

    • Recurso controlado pela entidade: no sentido da entidade poder dispor dos proveitos que resultam doelemento ou do contributo deste para os resultados da entidade.

    • Resultado de acontecimentos passados: Os activos resultam de operações passadas ou de outros acon- tecimentos passados. A expectativa de transacções a realizar ou de compromissos futuros a confirmar, nãoconfigura um activo.

    • Fluir benefícios económicos futuros: o potencial de contribuir, directa ou indirectamente, para o fluxo de

    caixa e equivalentes de caixa para a entidade.

    A título exemplificativo podemos referir os seguintes elementos patrimoniais: viaturas, mobiliário, dívidas a recebere dinheiro como sendo exemplos de activos de uma empresa.

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    0.  Introdução à Contabil idade 23

    PASSIVO

    Relativamente à definição de passivo utilizámos anteriormente a ideia de este ser o conjunto de elementos patri-moniais passivos, ou seja o conjunto das obrigações de uma empresa, no entanto podemos também definir esteconceito de uma forma mais precisa tendo por base as suas principais características intrínsecas.

    Neste contexto, um passivo deve ser entendido como sendo uma obrigação presente da entidade, proveniente deacontecimentos passados, sendo que da sua liquidação se espera que resulte um exfluxo de recursos da entidadeincorporando benefícios económicos.

    • Obrigação presente: corresponde ao dever ou responsabilidade para agir ou executar de certa maneira,sendo que uma obrigação surge somente quando o activo é entregue ou a entidade entra num acordoirrevogável para adquirir o activo.

    • Resultado de acontecimentos passados: Os passivos resultam de operações passadas ou de outros acon- tecimentos passados.

    Resulte num exfluxo de recursos: a liquidação de uma obrigação presente conduz a empresa a um exflu-xo de recursos por forma a incorporar benefícios económicos.

    A título exemplificativo podemos referir dividas a pagar a fornecedores, dividas a pagar ao pessoal e empréstimosobtidos como sendo exemplos de passivos de uma empresa.

    CAPITAL PRÓPRIO

    Este conceito foi apresentado como a diferença entre o activo e o passivo de uma empresa, sendo que o mesmopode ser definido como o interesse residual dos activos depois de deduzidos os passivo. Em suma, seria o que

    restaria dos elementos activos de uma empresa caso esta liquidasse todos os seus elementos passivos. Face aoexposto podemos concluir que o capital próprio pode ser positivo, negativo ou nulo, conforme se demonstraseguidamente.

    se, ACTIVO PASSIVO então CAPITAL PRÓPRIO positivo

    se, ACTIVO =  PASSIVO então CAPITAL PRÓPRIO nulo

    O capital próprio de uma entidade é composto pelo capital inicial e pelo capital adquirido, sendo este último todoaquele que foi gerado no decurso das actividades de uma empresa.

    A título exemplificativo podemos referir o capital social, o resultado líquido do exercício e os resultados transitadoscomo sendo exemplos de elementos que compõem o capital próprio de uma empresa.

    ELEMENTOS DO DESEMPENHO

    Em relação aos elementos do desempenho (custos e proveitos) de uma empresa, estes permitem avaliar o de-sempenho económico da mesma através de indicadores de resultados. Estes elementos devem ser entendidos de

    acordo com as características que seguidamente apresentamos.

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    PGC —  EXPLICADO24

    CUSTOS

    Este elemento do desempenho pode ser definido como sendo uma diminuição nos benefícios económicos duran- te o exercício na forma de exfluxos ou diminuições de activos ou na incorrência de passivos que resultem em di-minuições no capital próprio, que não sejam as relacionadas com distribuições aos par ticipantes no capital próprio.

    O conceito de custo pode ainda ser subdividido em dois sub-conceitos denominados de custos e de perdas. Assim,custos são os que resultam do decurso das actividades ordinárias ou correntes da entidade, sendo destes exemploso custo das vendas, os salários, as amortizações ou as provisões entre outros.

    Por perdas devem ser entendidos outros itens que satisfaçam a definição de custos e que podem, ou não, surgirno decurso das actividades correntes da entidade, sendo destes exemplos os provenientes da alienação de activosnão correntes, os resultantes de sinistros, entre outros.

    PROVEITOS

    O conceito de proveitos pode ser definido como sendo aumentos dos benefícios económicos durante o exercíciona forma de influxos ou aumentos de activos ou diminuições de passivos que resultem em aumentos no capitalpróprio, que não sejam os relacionados com as contribuições dos par ticipantes no capital próprio.

    À semelhança do conceito de custo, também o conceito de proveito pode ser subdivido em dois outros conceitos:réditos e ganhos.

    Por rédito devemos entender os proveitos que provêm do decurso das actividades correntes (ou ordinárias) deuma empresa, sendo exemplos as vendas, as prestações de serviços, os juros obtidos, os dividendos ou as rendasobtidas.

    Em relação aos ganhos, estes devem ser entendidos como sendo outros itens que satisfaçam a definição de pro-

    veito e podem, ou não, provir do decurso das actividades correntes (ou ordinárias) de uma entidade. São exemplode ganhos os decorrentes da alienação de activos não correntes entre outros.

    Para maior desenvolvimento ver “Demonstrações Financeiras” (Capitulo 2).

    RECONHECIMENTO DOS ELEMENTOS NAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

    A principal questão que se coloca relativamente aos elementos da posição financeira e do desempenho, prende-secom o facto de nem todos serem passíveis de ser reconhecidos nas demonstrações financeiras.

    Na abordagem a este aspecto começamos por clarificar o que deve ser entendido como reconhecimento.

    Assim, o reconhecimento é o processo pelo qual um elemento é incorporado numa demonstração financeira, sejao Balanço ou a Demonstração dos Resultados. Para o reconhecimento de um elemento este deve cumprir os doisrequisitos seguintes:

    • O seu conceito;

    • Os Critérios de reconhecimento.

    No que concerne ao conceito, o tema foi abordado no ponto anterior, pelo que vamos centrar a abordagemnaquilo que são os critérios de reconhecimento específicos para cada tipologia de elementos patrimoniais. Neste

    contexto é possível identificar dois critérios genéricos para o reconhecimento de um elemento:• Ser provável que qualquer benefício económico futuro associado com o item flua para ou da empresa;

    • O item ter um custo ou um valor que possa ser valorizado com fiabilidade.

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    PGC —  EXPLICADO26

    A parte inferior do balanço destina-se a apresentar o capital próprio e o passivo de uma empresa. No caso do ca-pital próprio este encontra-se apresentado por ordem cronológica de formação, enquanto que no caso do passivoeste encontra-se apresentado por ordem decrescente de exigibilidade ou seja do menos exigível (temporalmente)para o mais exigível.

    No que respeita à apresentação dos passivos estes são classificados em passivos correntes e passivos não corren- tes. Os passivos correntes são aqueles que se espera que venham a ser liquidados pela entidade num período atéum ano. Por passivo não corrente entende-se todo aquele que se espera que venham a ser pagos pela entidadenum período superior a um ano

    Para maior desenvolvimento ver Demonstrações Financeiras – Balanço (Capitulo 2).

    DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS

    A demonstração de resultados é composta pelos custos e pelos proveitos de uma entidade, sendo que habitual-

    mente se refere que esta demonstração proporciona informação acerca do desempenho, derivando deste facto adenominação de elementos do desempenho atribuída aos custos e aos proveitos.

    Quando é referido que esta demonstração financeira proporciona informação acerca do desempenho tal decorredo facto de ser considerado que o resultado líquido é uma medida do desempenho económico de uma entidade.Face ao exposto compreende-se que na demonstração de resultados aos proveitos sejam deduzidos os custos porforma a calcular o resultado líquido do exercício, sendo que:

    se, PROVEITOS < CUSTOS então RESULTADO LÍQUIDO negativo (prejuízo)

    se, PROVEITOS > CUSTOS então RESULTADO LÍQUIDO positivo (lucro)

    se, PROVEITOS = CUSTOS então RESULTADO LÍQUIDO nulo

    Para maior desenvolvimento ver  Demonstrações Financeiras – Demonstração de Resultados (Capitulo 2).

    A relação entre as duas demonstrações financeiras referidas é efectuada através da rúbrica resultado líquido doexercício que após apurado através da demonstração de resultados é depois parte integrante do capital próprio ecomo tal integrando deste modo o balanço.

    CLASSIFICAÇÃO CONTABILÍSTICA

    A classificação dos bens e direitos (activo) e das obrigações (passivo) de uma entidade em categorias apropriadasé necessária para a divulgação de informações contabilísticas que possam ser compreendidas e analisadas por to-dos os utilizadores das demonstrações financeiras nos seus processos de tomada de decisão. Assim a necessidadede classificação, pode concluir-se que é um facilitador do processo de comunicação de informação por parte daempresa aos seus utilizadores, ou seja no intuito de tornar a informação compreensível.

    A base da contabilidade é a classificação (reconhecimento/contabilização). Neste sentido, o registo das transacções(factos patrimoniais) no momento em que ocorrem, pressupõe a existência de instrumentos adequados, ou seja, é

    necessária a existência duma série de divisões (as contas), em que o âmbito de cada uma seja definido e entendívelpelos utilizadores.

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    PGC —  EXPLICADO28

    À diferença existente entre o total inscrito do lado do débito e o total inscrito do lado do crédito dá-se o nomede saldo da conta, podendo este assumir três estado: devedor, credor e nulo.

    se DÉBITO > CRÉDITO => SALDO DEVEDOR

    se DÉBITO < CRÉDITO => SALDO CREDOR

    se DÉBITO = CRÉDITO => SALDO NULO

    MOVIMENTAÇÃO DAS CONTAS

    A movimentação das contas difere consoante estejamos a falar de uma conta representativa de activos, passivos,capital próprio, custos ou proveitos. Seguidamente iremos apresentar as regras de movimentação das contas paracada tipologia de elementos.

    Movimentação das Contas de Activo

    As contas de activo debitam-se pelo saldo inicial e pelos aumentos e creditam-se pelas diminuições.

    Débito (D) Contas de Activo Crédito (C)

    Saldo inicialeAumentos

    Diminuições

     As contas de activo encontram-se inseridas na classe 1- Meios fixos e investimentos, na classe 2 – Existências, na classe

    3 - Terceiros (parte) e na classe 4 – Meios Monetários.

    Movimentação das Contas de Passivo

    As contas de passivo creditam-se pelo saldo inicial e pelos aumentos e debitam-se pelas diminuições.

    Débito (D) Contas de Passivo Crédito (C)

    Diminuições Saldo iniciale

    Aumentos

     As contas de passivo encontram-se inseridas na classe 3 - Terceiros (parte).

    Movimentação das Contas de Capital Próprio

    As contas de capital próprio creditam-se pelo saldo inicial e pelos aumentos e debitam-se pelas diminuições.

    Débito (D) Contas de Capital Próprio Crédito (C)

    Diminuições Saldo inicial

    eAumentos

     As contas de capital próprio encontram-se inseridas na classe 5 – Capital e Reservas e classe 8 – Resultados.

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    PGC —  EXPLICADO30

    SISTEMATIZAÇÃO DO PROCESSO CONTABILÍSTICO

    Sendo a contabilidade um sistema de informação, esta encerra em si uma abordagem sistémica do ponto de vistade actuação que poderíamos sintetizar do seguinte modo:

    Observação e recolha de inputs(provenientes de fontes de informação diversa)

    Análise e classificação da informação(através da Lista de contas)

    Elaboração de documentos de divulgação(Ex: Demonstrações Financeiras – Relato Financeiro)

    Preparação de informação específica(Por ex. para análise económico-financeira)

    No âmbito do que acima denominámos de “Análise e classificação”, e tendo presente que cada entidade/empresa tem as suas particular idades e que as realidades especificas de cada empresa não podem ser reduzidas a um con- junto standard de procedimentos e ciclos, iremos de seguida apresentar o que se pode considerar como sendo osciclos base de uma empresa. No desenvolvimento desta abordagem serão efectuadas remissões para o conteúdo

    do livro para complementar a leitura a efectuar.

    Ciclo de compra e venda:

    Este ciclo é comum à generalidade das empresas e caracteriza-se por um conjunto de aspectos distintivos. Assim,podemos salientar os seguintes:

    • A entidade com base em meios monetários de que dis-põe (dinheiro) compra mercadorias para posterior venda(enquanto não efectuar a venda - estas permanecem no

    armazém).

    • A diferença entre o preço de compra (custo de aquisi-ção) e o preço de venda, chamamos normalmente Mar-gem Bruta, sendo que este indicador pode ser entendidocomo aquilo que a empresa “ganha” nesse ciclo operacio-nal (compra e venda).

    • No conjunto dos aspectos mencionados podemos veri-ficar que existem variações em diversas massas patrimo-niais e consequentemente em diversas classes da lista de

    contas.

    MEIOS MONETÁRIOS

    ARMAZÉM

    VENDA COMPRA

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    0.  Introdução à Contabil idade 31

    MEIOS MONETÁRIOS

    ARMAZÉM

    VENDA COMPRA

    FORNECEDOR (conta a pagar)

    CLIENTE (conta a receber)

    No entanto pode acontecer que a empresa compre e/ou vendaa crédito, isto é, não pague no acto da compra ou não recebano acto da venda ficando assim, entre o momento da comprae o seu pagamento, com uma divida a pagar (obrigação) paracom o seu fornecedor e entre o momento da venda e do seurecebimento, com uma divida a receber (direito) do seu cliente.

    Nestes casos não existe, no momento da compra ou da venda,uma variação de meios monetários (influxo ou exfluxo) massim uma variação de clientes ou fornecedores, sendo que essavariação de meios monetários se fará mais tarde em função dascondições acordadas com o fornecedor ou o cliente.

    Para desenvolvimento acerca das questões e movimentações relacionadas com este ciclo sugerimos, entre outras,

    a consulta das movimentações esquemáticas no capitulo 4 – Explicação às contas da classe 2, nomeadamente

    das contas 21 e 26, e da classe 3 as conta 31 e 32.

    Ciclo de Investimento em Meios Fixos:

    Este ciclo é também comum à generalidade das empresas pois estas necessitam, de bens para uso na sua actividade(denominados de imobilizados corpóreos e incorpóreos), sendo exemplos desses bens: as viaturas; as máquinas; oscomputadores, entre outros.

    Este ciclo de investimentos em meios fixos caracteriza-se por:

    • A entidade, com base em meios monetários de que dispõe

    (dinheiro), ou em alternativa compra a crédito com paga-mento posterior, adquire Meios Fixos (imobilizado corpó-reo e incorpóreo) para utilização/uso na sua actividade.

    • Estes meios, com o uso e com a passagem do tempo vãoperdendo valor, pelo que se vai calculando e contabilizandoas “amortizações”. As amortizações representam a reduçãode valor que o bem vai sofrendo por via do uso, da inacti-vidade ou da passagem do tempo (essa redução de valorconfigura um custo para a empresa e consequentemente tem um impacto negativo nos resultados desta).

    • As amortizações do bem são normalmente calculadas emfunção do número de anos que se espera que o bem gerebenefícios para a empresa, a este período de tempo é dadoo nome de vida útil do activo. No final da vida útil o bempoderá ser vendido caso tenha ainda algum valor, ou pura esimplesmente abatido em virtude de não possuir valor nemir gerar benefícios para a empresa.

    MEIOS MONETÁRIOS

    COMPRA

    Amortização(vida útil)

    (eventual)

    VENDA ou ABATE(fim da vida útil)

    FORNECEDOR (de investimento)

    Para desenvolvimento acerca das questões e movimentações relacionadas com este ciclo sugerimos, entre outras,

    a consulta das movimentações esquemáticas no capitulo 4 – Explicação às contas da classe 1, nomeadamente

    das contas 11, 12, 14 e 18.

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    PGC —  EXPLICADO32

    Ciclo de financiamento:

    Quando nos referimos ao ciclo de financiamento de uma empresa este subdivide-se em duas tipologias comple-

     tamente distintas:

    • O financiamento por sócios/accionistas – denominado de capital próprio;

    • O financiamento por outras entidades – denominado de capital alheio.

    Capital Inicial

    +

    +

    +

    PRESTAÇÕES SUPLEMENTARES

    OUTRAS ENTRADAS

    RESULTADOS (Retidos)

    OUTROS ...

    CAPITAL PRÓPRIO

    +

    = CAPITAL PRÓPRIO

    No que se refere ao financiamento por capital próprio,este pode advir do chamado capital inicial, que poderá seracrescido por outras entradas de sócios/accionistas comosejam as prestações suplementares e os resultados que aempresa vá gerando internamente ao longo dos anos eque os sócios mantenham na entidade.

    Para desenvolvimento acerca das questões e movimentações relacionadas com este ciclo sugerimos, entre outras,

    a consulta das movimentações esquemáticas no capitulo 4 – Explicação às contas da classe 5, e da classe 8

    nomeadamente da conta 81..

    Relativamente ao financiamento por capital alheio, este écaracterizado pelo facto de os meios monetários seremobtidos através de empréstimos à empresa podendo es- tes empréstimos surgir de várias formas, sendo usual o

    empréstimo bancário e naturalmente o financiamentopor parte dos fornecedores através do crédito usual narelações comerciais.

    No caso dos empréstimos terão de ser reembolsados(na data do reembolso) e dão lugar ao pagamento de juros (juros esses que configuram um custo de financia-mento para a empresa e consequentemente um impactonegativo nos resultados da empresa).

    Empréstimo

    DisponibilidadesFinanciador

    (Banco, ...)

     Juros(Custo)

    Reembolso

    CAPITAL ALHEIO

    Para desenvolvimento acerca das questões e movimentações relacionadas com este ciclo sugerimos, entre outras,

    a consulta das movimentações esquemáticas no capitulo 4 – Explicação às contas da classe 3, nomeadamente

    da conta 33..

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    0.  Introdução à Contabil idade 33

    No âmbito daquilo que acima denominámos “Demonstrações financeiras” e sem prejuízo da consulta ao capítulo2 – Demonstrações Financeiras, gostaríamos, para maior detalhe, de abordar o que deve ser entendido como umconjunto de demonstrações financeiras e qual a relação entre elas.

    Balanço:

    Sendo o Balanço o documento que fornece informação acerca da situação patrimonial de uma empresa numadeterminada data, dele fazem parte:

    • Património activo – Activo;

    • Património passivo – Passivo

    • Património Liquido - Capital próprio

    Demonstração de resultados:

    No que se refere à demonstração de resultados, esta fornece informação de pormenor acerca da rubrica “Resul- tado líquido”, também ela constante do Balanço.

    Demonstração de fluxos de caixa:

    A demonstração de fluxos de caixa fornece informação de pormenor sobre a rubrica “Disponibilidades” constantedo Balanço, nomeadamente acerca da quantidade (valor) e tipologia (operacionais, investimento, financiamento)dos fluxos de caixa.

    Notas às Contas:

    Por último, as Notas às contas fornecem informação de complemento/pormenor acerca das restantes demons- trações financeiras complementando-as com outras informações não reconhecidas/evidenciadas nas restantesdemonstrações financeiras, nomeadamente no que a um maior detalhe respeita.

    Assim, como se pode verificar pela figura acima apresentada, as notas às contas encontra-se relacionado com asrestantes demonstrações financeiras, nomeadamente complementando-as e detalhando-as do ponto de vista dainformação divulgada. Falando de um maior detalhe da informação, a demonstração de fluxo de caixa e a demons- tração de resultados assentam no mesmo princípio, ou seja, no detalhar de rubricas que constam do balanço deuma empresa, conforme foi mencionado anteriormente.

    NOTAS

    ÀS

    CONTAS

    ACTIVO

    Disponibilidades

    CAPITAL PRÓPRIO

    PASSIVO

    Resultado líquido

    Demonstraçãode

    Fluxos de Caixa

    Demonstraçãode

    Resultados

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    PGC —  EXPLICADO34

    Dentro do que denominámos “análise económico-financeira”, e tendo presente que cada entidade/empresa temas suas particularidades e não podendo as realidades especificas de cada empresa serem reduzido a uma análisestandard , o ciclo da contabilidade poderá ir até à preparação da informação para análises especificas. No caso dachamada análise económico-financeira as demonstrações financeiras permitem calcular uma série de relações (rá-cios) que permitirão obter informação útil para a tomada de decisão.

    Em suma, como foi possível verificar a abordagem sistémica em que assenta a contabilidade conduz, em última

    análise, à obtenção de informação relevante para a tomada de decisão sendo o foco colocado na utilidade deinformação para os utilizadores da informação financeira