plano integrado de gestão dos resíduos sólidos

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PLANO DE GESTO INTEGRADA DE RESDUOS SLIDOS

OUTUBRO/2010

Luciano Ducci Prefeito Municipal

Jos Antonio Andreguetto Secretrio Municipal de Meio Ambiente

Mario Sergio Rasera Superintendente de Controle Ambiental

Sergio Galante Tocchio Superintendente de Obras e Servios

Coordenao Geral

Marilza do Carmo Oliveira Dias Coordenadora Tcnica de Resduos Slidos

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PREFEITURA MUNICIPAL DE CURITIBA Secretaria Municipal do Meio Ambiente Avenida Manoel Ribas, 2727 Mercs. CEP 80.810-000 - Curitiba - Paran Fone: (41) 3350-9205 [email protected]

EQUIPE TCNICA

MARILZA DO CARMO OLIVEIRA DIAS QUMICA ANA FLVIA C. S. N. SOUZA ANA MARIA TAQUES GHIGNONE ARISTIDES EDUARDO DA VEIGA ELIANE CHIURATTO TRAIN ELISANGELA C. CABRAL GISELE M. DOS ANJOS T. RIBAS JOO CARLOS FERNANDES JOS CAMPOS HIDALGO NETO JOS UTRI JUNIOR JOSIANA SAQUELI KOCH LENY MARY GES TONIOLO LOUISE FILUS VICENTE LUIS CARLOS S M DOS REIS LUIZ CELSO COELHO DA SILVA PEDRO VIOLANIROSAMARIA MILLEO COSTA THAIS ERIKA SCHMID BARANHUK

ASSISTENTE SOCIAL SOCIOLOGA ECONOMISTA ENG. QUMICA CONTADORA ENG CIVIL ENG CIVIL ENG CIVIL ECONOMISTA ENG QUIMICA PEDAGOGA ENG SANITARISTA ADMINISTRADOR ENG SANITARISTA ENG CIVIL ADVOGADA BILOGA

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SUMRIOEQUIPE TCNICA...........................................................................................................3 SUMRIO ................................................................................ .......................................4 LISTA DE FIGURAS........................................................................................................7 LISTA DE GRFICOS......................................................................................................7 LISTA DE TABELAS........................................................................................................7 1. 2. 3. 3.1. 4. 4.1. 4.2. 4.3. 4.3.1. APRESENTAO .......................................................................................... 10 BREVE HISTRICO DO MANEJO DE RESDUOS EM CURITIBA .............. 11 A CIDADE DE CURITIBA............................................................................... 15 CARACTERIZAO DO MUNICPIO ............................................................. 15 DIAGNSTICO ............................................................................................... 18 GERAO DE RESDUOS ............................................................................ 18 ORGANIZAO E RESPONSABILIDADE DOS SERVIOS ......................... 19 COLETA E TRANSPORTE DE RESDUOS SLIDOS DOMICILIARES ........ 23 Coleta Convencional ....................................................................................... 23

4.3.1.1 Coleta Convencional Porta a Porta ................................................................. 23 4.3.1.2 Coleta Convencional Indireta .......................................................................... 27 4.3.2. Coleta Seletiva ................................................................................................ 28

4.3.2.1 Coleta Seletiva Porta a Porta Programa Lixo Que No Lixo .................... 29 4.3.2.2 Coleta em Pontos de Troca Programa Cmbio Verde ................................. 32 4.3.2.3 Apoio s Organizaes de Catadores ............................................................ 38 4.3.3. Coletas Especiais ........................................................................................... 40

4.3.3.1 Coleta Especial de Resduos Txicos Domiciliares ........................................ 41 4.3.3.2 Coleta de Resduos Vegetais.......................................................................... 42 4.3.3.3 Coleta de Resduos da Construo Civil e Mobilirio Inservvel ..................... 42 4.3.3.4 Coleta de Materiais Reaproveitveis .............................................................. 43 4.3.3.5 Coleta De Cadveres De Animais .................................................................. 44 4.4. 4.4.1. 4.4.2. 4.4.3. SERVIOS DE LIMPEZA ............................................................................... 44 Varrio Manual .............................................................................................. 44 Varrio Mecanizada ...................................................................................... 45 Servio de Roada e Capinao..................................................................... 45

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4.4.4. 4.4.5. 4.4.6. 4.5.

Limpeza de Feiras-livres ................................................................................. 45 Limpeza de rios............................................................................................... 46 Limpeza Mecanizada ...................................................................................... 46 UNIDADES DE TRATAMENTO E DESTINAO FINAL DE RESDUOS

SLIDOS ...................................................................................................................... 46 4.5.1. Aterro Sanitrio de Curitiba ............................................................................. 46

4.5.1.1 Histrico de Destinao no Aterro Sanitrio de Curitiba ................................. 46 4.5.1.2 Aspectos Construtivos do Aterro Sanitrio ..................................................... 48 4.5.1.3 Implantao Do Projeto de Wetlands .............................................................. 49 4.5.1.4 Aspectos operacionais do Aterro .................................................................... 49 4.5.1.5 Plano de Encerramento do Aterro Sanitrio.................................................... 53 4.5.2. SIPAR Sistema Integrado de Processamento e Aproveitamento de

Resduos. ...................................................................................................................... 54 4.5.3. 4.5.4. Aterros Sanitrios Privados............................................................................. 56 Unidades de Valorizao de Reciclveis ........................................................ 57

4.5.4.1 Unidade de Valorizao de Reciclveis .......................................................... 57 4.5.4.2 Unidades de Valorizao de Reciclveis Credenciadas ................................. 57 4.5.4.3 Parques de Recepo de Reciclveis do Programa Ecocidado. .................. 58 4.5.5. Destinao de Resduos Provenientes das Coletas Especiais ....................... 59

4.5.5.1 Resduos Vegetais .......................................................................................... 59 4.5.5.2 Resduos da Construo Civil e Mobilirio Inservvel ..................................... 59 4.5.5.3 Resduos Txicos Domiciliares ....................................................................... 60 4.5.5.4 Cadveres de Animais .................................................................................... 60 4.6. 4.6.1. PASSIVOS AMBIENTAIS ............................................................................... 60 Vala Sptica .................................................................................................... 61

4.6.1.1 Implantao e Operao da Vala Sptica ....................................................... 62 4.6.1.2 Monitoramento e Saneamento da Vala Sptica .............................................. 63 4.6.2. Lamenha Pequena.......................................................................................... 63

4.6.2.1 Operao e Manuteno da Lamenha Pequena ............................................ 64 4.6.2.2 Monitoramento e Saneamento da Lamenha Pequena.................................... 65 4.6.3. rea de Disposio de Resduos da CIC ........................................................ 66

4.6.3.1 Monitoramento e Saneamento da rea de Disposio de Resduos da CIC .. 66

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4.7.

O CONTROLE DOS GRANDES GERADORES DE RESDUOS, RESDUOS

DE SERVIOS DE SADE, DA CONSTRUO E DEMOLIO E RESDUOS ESPECIAIS ................................................................................................................... 67 4.7.1. 4.7.2. Controle e Fiscalizao dos Planos de Gerenciamento de Resduos Slidos 67 Controle e Fiscalizao dos Planos de Gerenciamento de Resduos de

Servios de Sade ........................................................................................................ 70 4.7.3. Controle e Fiscalizao dos Geradores e Transportadores de Resduos de

Construo e Demolio - RCD. ................................................................................... 73 4.7.3.1 Plano Integrado de Gerenciamento ................................................................ 74 4.7.3.2 Programa de Gerenciamento .......................................................................... 74 4.7.3.3 Projetos de Gerenciamento ............................................................................ 75 4.7.3.4 Transporte dos Resduos de Construo e Demolio................................... 76 4.7.3.5 Destinao dos Resduos de Construo e Demolio .................................. 77 4.7.3.6 Incentivos reciclagem .................................................................................. 78 4.8. 4.9. 4.9.1. 4.9.2. 4.10. LOGSTICA REVERSA ................................................................................... 78 EDUCAO AMBIENTAL .............................................................................. 80 A Educao Ambiental na Gesto de Resduos Slidos ................................ 81 Lixo Que No Lixo ....................................................................................... 83 ASPECTOS LEGAIS ...................................................................................... 84

4.10.1. mbito Federal................................................................................................ 86 4.10.1.1 4.10.1.2 4.10.1.3 Leis Federais ............................................................................................... 86 Decretos Federais ....................................................................................... 87 Resolues CONAMA ................................................................................. 87

4.10.2. mbito Estadual .............................................................................................. 88 4.10.2.1 4.10.2.2 Leis Estaduais ............................................................................................. 88 Decretos Estaduais ..................................................................................... 90

4.10.3. mbito Municipal............................................................................................. 90 4.10.3.1 4.10.3.2 4.11. 5. 5.1. 5.2. Leis Municipais ............................................................................................ 90 Decretos Municipais .................................................................................... 91 ASPECTOS FINANCEIROS ........................................................................... 92 OBJETIVOS, METAS PROGRAMAS, PROJETOS e AES ..................... 96 COLETA CONVENCIONAL DE RESDUOS SLIDOS DOMICILIARES ....... 97 COLETA SELETIVA E VALORIZAO DE RECICLVEIS ........................... 98PLANO DE GESTO INTEGRADA DE RESDUOS SLIDOS DE CURITIBA

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5.3. 5.4. 5.5. 5.6. 5.7. 5.8. 5.8.1.

COLETA DE RESDUOS VEGETAIS ........................................................... 100 COLETA ESPECIAL DE RESDUO TXICO DOMICILIAR ......................... 100 SERVIOS DE LIMPEZA ............................................................................. 101 TRATAMENTO E DESTINAO FINAL DE RESDUOS ............................. 101 REAS DE PASSIVOS AMBIENTAIS .......................................................... 105 CONTROLE AMBIENTAL ............................................................................. 105 Planos de Gerenciamento de Resduos Slidos e Planos de Gerenciamento

de Resduos de Servios de Sade ............................................................................ 106 5.8.2. 5.8.3. 5.9. 6. Resduos de Construo e Demolio (RCD)............................................... 107 Logstica Reversa ......................................................................................... 108 EDUCAO AMBIENTAL ............................................................................ 109 MECANISMOS E PROCEDIMENTOS PARA AVALIAO SISTEMTICA

DA EFICINCIA, EFICCIA DAS AES PROGRAMADAS E CONTROLE SOCIAL... .................................................................................................................... 111 6.1. 6.2. 6.2.1. 6.2.2. 6.2.3. 6.2.4. 6.2.5. 7. 8. INDICADORES DE DESEMPENHO OPERACIONAL E AMBIENTAL ......... 111 CONTROLE SOCIAL .................................................................................... 114 CONCITIBA Conselho da Cidade de Curitiba ............................................ 115 Conselho Municipal de Meio Ambiente de Curitiba....................................... 115 Conselho Municipal de Sade ...................................................................... 115 Conselho Municipal da Assistncia Social .................................................... 116 Proposta........................................................................................................ 116 AES DE EMERGNCIA E CONTINGNCIA .......................................... 117 REFERNCIAS ............................................................................................ 120

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Lista de FIGURAS

1. 2. 3. 4. 5.

Figura 01 - Plano de Coleta Convencional porta a porta - FREQUNCIA............. 26 Figura 02 - Plano de Coleta Seletiva porta a porta - FREQUNCIA...................... 31 Figura 03 - Pontos de Cmbio Verde ..................................................................... 36 Figura 04 Localizao da Vala Sptica ............................................................... 62 Figura 05 Localizao da Lamenha Pequena ..................................................... 64

Lista de GRFICOS

1. 2. 3. 4. 5.

Grfico 1 Demonstrativo da coleta seletiva .......................................................... 25 Grfico 2 Coleta Seletiva Porta a Porta Lixo que no Lixo ........................... 30 Grafico 3 Coleta em Pontos de Troca Programa Cmbio Verde ..................... 37 Grfico 4 Composio dos Resduos de Coleta Especial ................................... 42 Grfico 5 Demonstrativo dos Resduos dispostos no Aterro Sanitrio ................ 52

Lista de TABELAS

Tabela 01 Populao projetada segundo os Bairros e as Adm. Regionais. ............... 16 Tabela 02 Quantitativo de resduos............................................................................ 18 Tabela 03 Organograma da Secretaria Municipal do Meio Ambiente ........................ 20 Tabela 04 Organograma do Departamento de Limpeza Pblica ............................... 21 Tabela 05 Organograma do Departamento de Pesquisa e Monitoramento ............... 21 Tabela 06 Organograma do Consrcio Intermunicipal ............................................... 22 Tabela 07 - Locais de Coleta Indireta............................................................................ 27 Tabela 08 - Locais de Coleta rgos Pblicos ............................................................. 28 Tabela 09 Relao Pontos de Troca - Cmbio Verde 2010 ....................................... 32 Tabela 10 - Nmero de Depsitos Particulares por Regional ....................................... 38 Tabela 11 Quantidade de resduos aterrados de acordo com os macios................. 47 Tabela 12- Populao dos municpios Integrantes do Consrcio Intermunicipal e gerao de resduos. ............................................................................................ 55 Tabela 13 Relao dos Parques de Recepo de Reciclveis .................................. 58PLANO DE GESTO INTEGRADA DE RESDUOS SLIDOS DE CURITIBA

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Tabela 14: Apresentao de PGRCC SMMA por tipo de solicitao ......................... 75 Tabela 15: Apresentao de Relatrios de Gerenciamento SMMA ........................... 76 Tabela 16: Padro e indicadores para avaliar a Gesto de Resduos Slidos Urbanos ............................................................................................................................. 112 Tabela 17 - Procedimentos para Aes de Emergncia e Contingncia .................... 119

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1. APRESENTAO

O presente documento consiste no Plano de Gesto Integrada de Resduos Slidos do Municpio de Curitiba, desenvolvido em conformidade com a Lei Federal n 11.445/07, que estabelece a Poltica Nacional de Saneamento e a Lei Federal 12.305/10 que estabelece a Poltica Nacional de Resduos Slidos. Durante sua elaborao, o Plano foi apresentado Consulta Pblica, com a finalidade de receber comentrios e sugestes e submetido discusso em Audincia Pblica, oportunizando a participao da sociedade no planejamento das aes, de forma que, a prpria elaborao j se constituiu em um instrumento de gesto compartilhada. O horizonte de tempo considerado para este Plano foi de 10 (dez) anos, com sua primeira reviso em 2013, em razo da necessidade de compatibilizao com o Plano Plurianual, e as demais de 04 em 04 anos. Em seu desenvolvimento o documento foi estruturado de forma a apresentar o diagnstico, que retrata a situao atual da gesto dos resduos em Curitiba, a proposio dos objetivos, metas e aes, bem como os mecanismos e procedimentos a serem utilizados visando avaliar de forma sistemtica as aes programadas. Compem este plano tambm as aes para emergncias e contingncias e ainda as proposies relacionadas a forma resduos slidos. . como se dar o controle social sobre a gesto integrada dos

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2. BREVE HISTRICO DO MANEJO DE RESDUOS EM CURITIBA

Em 1854, Curitiba possua cerca de 6.970 habitantes, com uma provvel produo diria de resduos de cerca de 200 g/habitante (GAIESKI,1991). Em 1881, o ento Presidente da Provncia do Paran, Joo Jos Pedrosa, expunha em um relatrio que a cidade tinha ruas muito sujas, no oferecendo as mnimas condies de higiene evidenciando o baixo grau de eficincia dos servios de limpeza pblica (GAIESKI,1991). Segundo Gaeiski (1991), citando Thiele, nos dias que precediam os feriados e mesmo nos sbados, os habitantes da regio dispunham-se a eliminar os montes de resduos formados na rea urbana. Constata-se assim que dependia da iniciativa da prpria populao a busca de soluo para os problemas relacionados limpeza pblica, tais como: acondicionamento, coleta, transporte e destinao final. A recepo final dos resduos na segunda metade do sculo XIX ocorria em um terreno vago, ocupado atualmente pelo Crculo Militar do Paran, no centro da cidade (GAIESKI,1991). A expanso da rea urbana, o aumento da produo de detritos e o crescimento demogrfico foram fatores influentes na limpeza pblica da cidade. A migrao estrangeira favoreceu o aumento da populao no Estado, principalmente a partir de 1860 e consequentemente, favoreceu o aumento da produo de resduos. Segundo o Anurio Estatstico do Brasil de 1988, Curitiba passou de uma populao de 24.533 habitantes, em 1880 para 49.755 habitantes, em 1900 (GAIESKI,1991).PLANO DE GESTO INTEGRADA DE RESDUOS SLIDOS DE CURITIBA

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Em 1895, mudanas no Cdigo de Posturas Municipais trouxeram importantes informaes sobre os servios pblicos urbanos: proibio do despejo de lixo em vias pblicas e superficialmente tocada a questo do transporte e destinao final (GAIESKI,1991). Em 1900, em uma sesso da Cmara Municipal, h referncia sobre a concorrncia pblica para implantao de Empresa Sanitria e Servios de Remoo do lixo e limpeza da cidade (GAIESKI,1991). No trmino do sculo XIX, j no era possvel dispor os resduos com as mesmas facilidades, fosse dentro ou nas imediaes da cidade. No entanto, at o ano de 1931, os resduos slidos de Curitiba tinham um de seus principais locais de destinao os fundos de quintais. (ROSENMANN e

NASCIMENTO, 2005, p. 19) Nos anos 30, as ruas e praas eram varridas e capinadas manualmente, o lixo domstico era recolhido, inclusive com a utilizao de um moderno caminho apropriado, mas falta de outra soluo mais econmica, todo o lixo coletado continua a ser transportado para terrenos particulares, distantes das reas habitadas. (TRINDADE, pg 38). A partir de 1964, os resduos slidos passam a ser encaminhados uma rea destinada para esta finalidade na Lamenha Pequena, situada entre os municpios de Curitiba e Almirante Tamandar, no bairro de mesmo nome, o qual teve, com o passar do tempo a aplicao de tcnicas de manejo como: cobertura do lixo com periodicidade diria, implantao de drenagem de guas pluviais, implantao de drenagem de lquidos percolados, implantao de lagoas de tratamento e recirculao de chorume,

caracterizando-se ao final de sua operao como um aterro controlado. O aterro controlado recebeu praticamente todos os tipos de resduos (domiciliares, comerciais, servios de sade e industriais) provenientes dos municpios de Curitiba e Almirante Tamandar, entre os anos de 1964 e 1989. Como outras cidades brasileiras, Curitiba apresentou nas ltimas dcadas, um intenso processo de urbanizao, sendo que, na dcada de 70, foi uma das cidades que registrou uma das maiores taxas de crescimento populacional, porm, atravs de programas e projetos voltados soluo dos problemas urbanos, vem conseguindo minimizar ao longo dos anos os reflexos desta urbanizao acelerada. Dentre as solues encontradas para os problemas de resduos slidos, destaca-se o programa de Coleta Seletiva e Valorizao do Lixo Domstico, iniciado em outubro 1989,

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atravs do qual, mostrou-se, com o forte engajamento da populao, a viabilidade da separao do lixo orgnico do reciclvel nas residncias e as vantagens econmicas e ecolgicas da reciclagem e reutilizao do lixo. Em 1989 foi implantado o aterro sanitrio de Curitiba, utilizando-se das tcnicas mais modernas existentes da poca e com a elaborao de Estudo de Impacto Ambiental. Em razo de suas aes inovadoras no tocante ao gerenciamento de resduos, em 1990, a Curitiba recebeu o ttulo de Capital Ecolgica da ONU. Ainda em 1989, foi implantado o programa Compra do Lixo viabilizando a limpeza das comunidades carentes, onde no havia acesso aos veculos coletores de lixo. A populao destas comunidades passou a trocar o lixo produzido por produtos hortifrutigranjeiros, eliminando assim, o acmulo de lixo a cu aberto. As comunidades participantes deste programa foram progressivamente atendidas pelo Programa Cmbio Verde. Em 1991, atravs da Lei 7833/91 a Educao Ambiental passa a ser promovida na Rede Municipal de Ensino, em todas as reas do conhecimento e no decorrer de todo processo educativo em conformidade com os currculos e programas elaborados pela Secretaria Municipal de Educao, em articulao com a Secretaria Municipal do Meio Ambiente. Outro programa de grande impacto ambiental e social o Programa Cmbio Verde, implantado em 1991, consiste na troca de materiais reciclveis por produtos hortifruti em pontos de troca, desenvolvendo prticas de educao ambiental e alimentar entre os seus participantes. Em 1997, foi implantado o Projeto Olho Dgua que est possibilitando a participao das crianas das escolas da Rede Pblica Municipal a acompanhar e perceber a situao dos rios de Curitiba. A partir da anlise dos nveis de poluio feita com um kit e a observao de diferentes fatores: cor, cheiro, presena de lixo, uso do solo, ocorrncia de vegetao e de animais, entre outros, as crianas no s avaliam a qualidade da gua como tambm participam de diversas aes que contribuem para a conservao e recuperao dos rios, tornando-se assim, um parceiro da Prefeitura na proteo de gua. Curitiba implantou em 21 de setembro de 1998 o Programa de Coleta de Lixo Txico (pilhas, lmpadas, toner de impresso, baterias, tintas, solventes, embalagens de inseticidas, medicamentos vencidos, leos de origem animal e vegetal). A coleta especial de resduos domiciliares perigosos ocorre atravs de um caminho caracterizado que

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permanece uma vez por ms nas proximidades de cada um dos terminais de nibus. Os materiais so encaminhados a uma unidade de tratamento licenciada para este fim, a Essencis Solues Ambientais. Os muncipes tambm dispem do servio de Coleta de Resduos Vegetais, em que resduos de podas de rvores, gramas e troncos so coletados e destinados a uma unidade de processamento, para serem reaproveitados como matria-prima. Em 2001, diante da necessidade de integrao da regio metropolitana na gesto dos resduos slidos, visando o estabelecimento de uma poltica integrada de gerenciamento dos resduos slidos, tendo como principal objetivo a proteo dos mananciais, foi criado o Consrcio Intermunicipal para o Gesto dos Resduos Slidos Urbanos CONRESOL. Atualmente o Consrcio Intermunicipal composto por 20 (vinte) municpios, sendo que a participao de Curitiba est amparada nas Leis Municipais n 10.220 de 02 de julho de 2001 e n 12.317 de 03 de julho de 2007. A finalidade do Consrcio Intermunicipal o tratamento e destinao final dos resduos slidos dos municpios que o integram.

Em 2004, visando ao atendimento da Resoluo CONAMA n 307, a Prefeitura de Curitiba publicou o Decreto Municipal n 1.068, que instituiu o Plano Integrado de Gerenciamento de Resduos da Construo Civil, composto pelo Programa de Gerenciamento de Resduos da Construo Civil e pelos Projetos de Gerenciamento de Resduos da Construo Civil.Em 2007, foi implantado o Programa Reciclagem Incluso Total ECOCIDADO, atravs do qual se promove a incluso social dos catadores que realizam a coleta de reciclveis, atravs do apoio e fortalecimento de suas organizaes. A gesto integrada dos resduos slidos no Municpio de Curitiba apresentada neste Plano est estruturada de maneira a atender aos princpios da Poltica Nacional de Resduos Slidos, da Poltica Nacional de Saneamento e do Estatuto das Cidades.

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3. A CIDADE DE CURITIBA

3.1.

CARACTERIZAO DO MUNICPIO

Curitiba, capital do Estado do Paran, com 317 anos e est localizada no centro da regio mais industrializada da Amrica do Sul. Sua rea 432,17 km e sua populao, 1.851.215 habitantes (IBGE/2009) , distribudos em 75 bairros. Curitiba a cidade plo do conjunto de 26 municpios, que formam a Regio Metropolitana de Curitiba e ocupa uma rea de 15.418 km (IBGE/2009). Vive nesse espao uma populao estimada de 3.307.945 habitantes (IBGE/2009). Localiza-se no Primeiro Planalto Paranaense, na poro Leste do Estado, limita-se ao Norte com o Estado de So Paulo; ao Sul com o Estado de Santa Catarina; a Leste com a Serra do Mar e a Oeste com o segundo planalto paranaense. Uma srie de terraos escalonados dispostos em intervalos altimtricos, caracteriza Curitiba com uma topografia ondulada de colinas suavemente arredondadas. A altitude mdia de 934 m acima do nvel do mar. Na regio de Curitiba encontram-se sedimentos da formao Guabirotuba. Eles ocorreram durante o Quaternrio Antigo ou Pleistoceno. So de origem flvio-lacustre que preencheram uma antiga e grande depresso, formando a chamada bacia de Curitiba (IPPUC, 2006). A regio apresenta ao Norte altas declividades, baixa fertilidade do solo e grande potencial para minerais, especialmente no metlicos. A Leste encontra-se a Serra do Mar, uma das principais reservas florestais do Estado, e onde se localizam os mananciais dos afluentes do Rio Iguau. Ao Sul o relevo plano, com reas sujeitas a inundaes. A

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Oeste a topografia dividida em espiges e vales, utilizada para extrao de minerais argilosos (IPPUC, 2003). O Municpio de Curitiba est inserido na rea de influncia do tipo climtico Cfb Subtropical mido Mesotrmico e apresentou em 2008, segundo o SIMEPAR, uma variao de temperatura mxima mdia de 29,1 C a uma temperatura mnima mdia de 8,4 C e precipitao mdia de 1.420 mm.

Tabela 01 Populao projetada segundo os Bairros e as Adm. Regionais.Bairros e Regionais TotalR1 Matriz Ah Alto da Glria Alto da Rua XV Batel Bigorrilho Bom Retiro Cabral Centro Centro Cvico Cristo Rei Hugo Lange Jardim Botnico Jardim Social Juvev Mercs Prado Velho Rebouas So Francisco R2 - Boqueiro Alto Boqueiro Boqueiro Hauer Xaxim R3 - Cajuru Cajuru Capo da Imbuia Guabirotuba Jardim das Amricas Uberaba R4 - Boa Vista Abranches Atuba Bacacheri Bairro Alto Barreirinha Boa Vista

2010 1.872.122215.277 11.684 5.678 9.113 12.266 31.566 5.744 12.652 33.631 5.006 15.220 3.204 6.691 6.127 11.705 14.242 7.885 16.164 6.695 216.425 60.025 76.102 16.629 63.668 233.907 102.821 24.530 13.518 16.895 76.144 269.479 13.369 14.920 26.701 48.827 20.194 33.708

2015 1.973.302219.886 11.875 5.710 9.266 12.440 33.143 5.784 12.983 33.988 5.091 15.894 3.217 6.883 6.142 11.856 14.297 8.170 16.359 6.787 226.456 63.177 78.805 17.616 66.858 247.466 107.452 25.792 14.527 17.936 81.759 285.033 14.152 15.733 27.978 51.241 21.322 35.241

2020 2.073.328224.442 12.063 5.742 9.417 12.611 34.702 5.823 13.311 34.342 5.175 16.559 3.230 7.072 6.157 12.005 14.351 8.452 16.550 6.879 236.371 66.292 81.477 18.592 70.011 260.870 112.031 27.041 15.524 18.964 87.310 300.410 14.926 16.537 29.241 53.627 22.436 36.757

Crescimento 2010-2020 10,754,26 3,24 1,12 3,34 2,81 9,93 1,37 5,20 2,12 3,37 8,80 0,82 5,68 0,49 2,56 0,76 7,18 2,39 2,74 9,22 10,44 7,06 11,80 9,96 11,53 8,96 10,24 14,84 12,25 14,66 11,48 11,65 10,83 9,51 9,83 11,10 9,05

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Cachoeira Pilarzinho Santa Cndida So Loureno Taboo Tarum Tingui R5 - Santa Felicidade Butiatuvinha Campina do Siqueira Campo Comprido - 1 Cascatinha CIC Lamenha Pequena Mossungu Orleans Santa Felicidade Santo Incio So Braz So Joo Seminrio Vista Alegre R7 - Porto gua Verde Campo Comprido - 2 Fanny Fazendinha Guaira Lindia Novo Mundo Parolin Porto Santa Quitria Vila Izabel R8 -Pinheirinho Campo de Santana Capo Raso Caximba Pinheirinho Tatuquara R10 - Bairro Novo Ganchinho Sitio Cercado Umbar R11 - CIC Augusta CIC Riviera So Miguel

9.491 32.354 33.090 8.689 4.720 9.191 14.225 168.437 12.837 9.630 17.477 4.143 15.177 882 6.842 8.642 29.629 8.410 26.959 4.762 10.509 12.538 280.646 54.945 9.643 11.029 30.758 16.991 10.214 48.672 14.400 56.447 13.832 13.715 162.351 8.810 40.070 3.053 57.310 53.108 148.200 8.695 121.309 18.195 177.400 5.065 165.114 290 6.930

10.114 33.933 34.945 9.802 5.449 9.953 15.170 179.967 13.576 10.527 18.510 4.882 15.860 947 7.273 9.133 31.200 9.253 28.323 5.406 11.616 13.465 297.957 56.750 10.557 12.152 32.405 17.959 10.879 50.687 15.259 62.029 14.582 14.697 173.768 9.334 42.092 3.258 60.018 59.066 156.680 9.182 128.023 19.474 186.090 5.580 172.542 321 7.647

10.730 35.495 36.778 10.902 6.169 10.706 16.105 191.366 14.305 11.412 19.531 5.613 16.535 1.010 7.699 9.618 32.752 10.086 29.671 6.042 12.709 14.381 315.070 58.533 11.462 13.263 34.033 18.916 11.537 52.680 16.108 67.547 15.324 15.669 185.055 9.853 44.092 3.461 62.694 64.955 165.063 9.663 134.661 20.738 194.682 6.088 179.885 351 8.357

13,05 9,71 11,14 25,47 30,71 16,49 13,22 13,61 11,44 18,50 11,75 35,50 8,95 14,52 12,53 11,30 10,54 19,93 10,06 26,88 20,93 14,70 12,27 6,53 18,86 20,26 10,65 11,32 12,94 8,23 11,86 19,66 10,79 14,25 13,98 11,83 10,04 13,37 9,39 22,31 11,38 11,13 11,01 13,98 9,74 20,20 8,95 21,19 20,58

Fonte - CONRESOL

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4. DIAGNSTICO

4.1. GERAO DE RESDUOS

Em Curitiba coletada uma mdia de 2.560 toneladas de resduos por dia sendo seu percapita estimado em 1,383 kg/hab/dia. Para o clculo desta taxa foi adotada a populao de 1.851.215 habitantes (IBGE/2009) e os seguintes quantitativos de resduos coletados no mesmo ano.

Tabela 02 Quantitativo de resduosSERVIO Resduos Domiciliares da Coleta Convencional Resduos Reciclveis provenientes da coleta seletiva Resduos Reciclveis provenientes da coleta seletiva informal Resduos Vegetais Resduos Oriundos do Servios de Limpeza Pblica (Varrio Manual, Varrio Mecanizada, Servios de Roada, Limpeza de Feiras-Livres e Limpeza Mecanizada) TOTAL QUANTIDADE TONELADA/DIA 1.472,70 89,16 445,00 70,83 266,37 2.560,06

No se encontra contemplado no clculo desta taxa o quantitativo de resduos cuja responsabilidade do gerador, Tais como: resduos de servios de sade, resduos de caractersticas domiciliares oriundos de grandes geradores e entulhos (resduos de construo civil).PLANO DE GESTO INTEGRADA DE RESDUOS SLIDOS DE CURITIBA

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4.2.

ORGANIZAO E RESPONSABILIDADE DOS SERVIOS

A Constituio Federal de 1988 confere ao Municpio, em seu art. 30, a competncia de organizar e prestar, diretamente ou sob regime de concesso ou permisso os servios pblicos de interesse local. Atendendo este preceito constitucional a Poltica Nacional de Resduos Slidos, respeitando o disposto na Lei Constituio Federal e na Lei Federal n 11.445/97, define em seu art. 10 que : ...Incumbe ao Distrito Federal e aos Municpios a gesto integrada dos resduos slidos gerados nos respectivos territrios, sem prejuzo das competncias de controle e fiscalizao dos rgos federais e estaduais do Sisnama, do SNVS e do Suasa, bem como da responsabilidade do gerador pelo gerenciamento de resduos, consoante o estabelecido nesta Lei. Aos Estados, por sua vez, fica estabelecido a competncia de: I - promover a integrao da organizao, do planejamento e da execuo das funes pblicas de interesse comum relacionadas gesto dos resduos slidos nas regies metropolitanas, aglomeraes urbanas e microrregies e II - controlar e fiscalizar as atividades dos geradores sujeitas a licenciamento ambiental pelo rgo estadual do SISNAMA. Esta atuao do Estado deve apoiar e priorizar as iniciativas do Municpio de solues consorciadas ou compartilhadas entre 2 (dois) ou mais Municpios. De acordo com a poltica nacional de resduos slidos, instituda pela Lei federal n 12.305/2010, o gerenciamento de resduos slidos, por sua vez, de responsabilidade dos Municpios ou dos grandes geradores, de acordo com o plano municipal de gesto integrada de resduos slidos ou com o plano de gerenciamento de resduos slidos, exigidos na forma da Lei. No municpio de Curitiba, de competncia da Secretaria Municipal do Meio Ambiente, criada por meio da Lei Municipal n 6.817 de 2 de janeiro de 1986, a gesto dos resduos slidos, alm de administrar, manter e conservar parques, praas e jardins, cemitrios municipais, implantar e conservar reas de lazer, realizar levantamento e cadastramento de reas verdes, fazer o controle das reservas naturais urbanas e fiscalizao das mesmas, administrar, manter e preservar o Zoolgico, desenvolver pesquisas cientficas referentes a fauna e a flora e ainda controlar e fiscalizar a poluio

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ambiental. Para a consecuo de suas atribuies, a mesma possui a seguinte estrutura administrativa:

Tabela 03 Organograma da Secretaria Municipal do Meio AmbienteSecretaria Municipal do Meio Ambiente

Conselho Municipal do Meio Ambiente Equipe de Apoio Tcnico e Administrativo Gabinete

Superintendncia de Obras e Servios

Superintendncia do Controle Ambiental

Ncleo de Assessoramento Financeiro

Ncleo de Recursos Humanos

Ncleo de Assessoramento Jurdico

Ncleo Administrativo

Departamento de Produo Vegetal

Departamento de Parques e Praas

Departamento de Servios Especiais

Departamento de Pesquisa e Monitoramento

Departamento de Limpeza Pblica

Departamento de Pesquisa e conservao da Fauna

Departamento de Recursos Hdricos e Saneamento

Integrantes da estrutura da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, dois departamentos possuem especial destaque na aplicao da poltica municipal referente aos resduos slidos: O Departamento de Limpeza Pblica e o Departamento de Pesquisa e Monitoramento. O Departamento de Limpeza Pblica, tem por atribuio a execuo dos servios de limpeza pblica propriamente ditos, de forma direta, por execuo prpria ou indireta, mediante a contratao de servios, cabendo este departamento gerenciar , supervisionar e fiscalizar os servios executados . O Departamento de Limpeza Pblica possui em seu quadro 120 servidores municipais distribudos em atividades gerenciais, administrativas e de fiscalizao e conta tambm com 2.352 trabalhadores de empresas

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terceirizadas executando os servios de limpeza pblica, conforme estrutura abaixo detalhada: A estrutura organizacional do Departamento de Limpeza Pblica apresentada a seguir:

Tabela 04 Organograma do Departamento de Limpeza PblicaDepartamento Limpeza Pblica Assistncia

Gerncia de Limpeza

Gerncia de coleta

Diviso de Destinao Final de Residuos

Ao Departamento de Pesquisa e Monitoramento compete a execuo do controle ambiental de forma preventiva, atravs do licenciamento ambiental de atividades potencialmente poluidoras, ou corretiva por meio do exerccio da fiscalizao e aplicao das penalidades previstas na legislao ambiental. Desta forma, o departamento executa a fiscalizao da disposio inadequada de resduos de qualquer natureza, bem como aplica s atividade que couber, a exigncia do Plano de Gerenciamento de Resduos e fiscaliza sua implementao. Compete ainda ao Departamento de Pesquisa e Monitoramento, por meio da Gerncia de Educao Ambiental o desenvolvimento das aes de sensibilizao e mobilizao da populao, atravs dos programas desenvolvidos no mbito da gesto dos resduos slidos. O Departamento de Pesquisa e Monitoramento conta com a seguinte estrutura administrativa:

Tabela 05 Organograma do Departamento de Pesquisa e MonitoramentoDepartamento de Pesquisa e Monitoramento Assistncia

Gerncia de Planejamento Ambiental

Gerncia de Educao Ambiental

Diviso de Fiscalizao e Monitoramento de reas Verdes

Diviso de Fiscalizao e Controle de Poluio

Divises Regionais 05

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No que se refere ao tratamento e destinao final de resduos, o municpio de Curitiba integra o Consrcio Intermunicipal, criado com o objetivo de organizar e proceder aes e atividades para a gesto do sistema de tratamento e destinao final dos resduos slidos urbanos. O Consrcio Intermunicipal para Gesto de Resduos Slidos Urbanos CONRESOL foi institudo em 2001 como Consrcio Pblico com Personalidade Jurdica de Direito Privado, por ser esta a possibilidade amparada pela Lei Complementar Estadual 82/98, vigente na ocasio. Posteriormente, a Lei Federal 11.107 de 06 de abril de 2005, que dispe sobre consrcios pblicos, inseriu a figura do Consrcio Pblico com Personalidade Jurdica de Direito Pblico e estabeleceu os pr-requisitos e procedimentos para a sua formao, o que foi regulamentado pelo Decreto Federal 6017/2007. Em razo deste fato, em 2007, foi aprovada em Assemblia do Consrcio a mudana da sua personalidade jurdica para direito pblico, o que foi ratificado por lei em cada municpio integrante do mesmo. Desta forma, o Consrcio, rege-se sob a forma jurdica de Associao Pblica, sem fins lucrativos, de acordo com as normas da Lei n 11.107/2005, da Lei n 11.445/2007 e do Decreto n 6.017/2007, bem como demais legislaes pertinentes. A rea de abrangncia do Consrcio corresponde rea territorial dos municpios que o integram, atualmente 20 (vinte) municpios, totalizando 9.191,377km, com uma populao de 3.198.598 habitantes.O consrcio Intermunicipal possui a seguinte estrutura administrativa:

Tabela 06 Organograma do Consrcio IntermunicipalASSEMBLIA

Presidente e Vice-Presidente Conselho Fiscal Conselho Tcnico Cmaras Tcnicas Secretaria Executiva Assessoria Jurdica

Gerncia Tcnica

Gerncia Administrativa e Financeira

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4.3. COLETA E TRANSPORTE DE RESDUOS SLIDOS DOMICILIARES

Os servios de coleta e transporte de resduos slidos domiciliares contempla o servio regular de coleta e transporte de resduos que dividido em coleta convencional porta a porta e coleta convencional indireta, coleta seletiva que dividida em coleta seletiva porta a porta realizada atravs do Programa denominado Lixo que no Lixo, coleta em pontos de troca atravs do Programa denominado Cmbio Verde e apoio coleta informal realizada pelos catadores, atravs do Programa denominado Ecocidado. O municpio executa tambm servios de coletas especiais, nas quais esto includas as coletas de resduos txicos domiciliares a coleta de resduos vegetais, a coleta de resduos da construo civil (pequenos volumes) e mobilirio inservvel e ainda a coleta de cadveres de animais.

4.3.1.

Coleta ConvencionalConsiste na coleta dos resduos comuns e rejeitos, tais como: papis sanitrios,

restos de alimentos, entre outros, oriundos das residncias e comrcios do Municpio de Curitiba quer sejam coletados porta a porta ou de forma indireta.

4.3.1.1 Coleta Convencional Porta a Porta a disponibilizao do servio de coleta regular dos resduos comuns oriundos das residncias e comrcios, executada na quantidade mxima de 600 litros por semana. Esta quantidade deve ser dividida pelo nmero de coletas oferecidas pelo Municpio para ser disposta pelo muncipe no passeio, na testada de seu imvel, conforme regulamenta o Decreto Municipal 983/04. O plano de coleta convencional porta a porta do Municpio de Curitiba foi elaborado levando-se em considerao o tipo de equipamento utilizado, frequncia de coleta, distncia do aterro sanitrio, tempo de descarga, estimativa de volume de resduos a serem coletados, trnsito, topografia, carga horria das equipes de coleta, otimizao da frota, entre outros fatores. O Plano de coleta domiciliar composto por 164 setores de coleta, sendo 94 setores diurnos e 70 noturnos. A coleta diurna inicia s 7:00 horas e a noturna s 19:00

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horas. A coleta realizada diariamente pela manh em 6 setores e em 22 no turno da noite. realizada trs vezes por semana em 88 setores no turno da manh e em 48 no turno da noite. A separao, acondicionamento e disposio dos resduos para a coleta pblica de responsabilidade do gerador de acordo com os dias previstos no Plano de Coleta Domiciliar. A coleta domiciliar executada por 51 (cinquenta e um) caminhes equipados com caamba coletora de lixo de capacidade mnima de 15 m e com dispositivo automtico para compactao e descarga de resduos, esses equipamentos possuem uma vida til mxima de 5 anos. A equipe formada por 1 (um) caminho compactador, 1 (um) motorista e 3 coletores. Todos os resduos coletados neste servio so encaminhados ao Aterro Sanitrio de Curitiba onde so pesados e a empresa contratada remunerada mensalmente pela quantidade total de resduos coletados no perodo de um ms.

O grfico 1 demonstra o comportamento da coleta convencional porta a porta nos ltimos 10 anos. No perodo de 2000 a 2009 a coleta convencional porta a porta apresentou uma variao anual inferior a 7 %, tanto para mais quanto para menos.

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1. Grfico 1 Demonstrativo da coleta seletiva

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1.

Figura 01 - Plano de Coleta Convencional porta a porta - FREQUNCIA

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4.3.1.2 Coleta Convencional IndiretaA coleta indireta consiste numa forma alternativa de coleta regular de resduos domiciliares em reas desurbanizadas e de difcil acesso aos caminhes da coleta (encostas de morros, fundos de vale e ruas muito estreitas). Este servio realizado por 5 motoristas, 5 coletores, 5 caminhes poliguindastes e 85 caambas estacionrias de 7 m e realiza a remoo das mesmas com frequncia de trs vezes por semana. Atualmente encontram-se disponibilizadas 34 caambas estacionrias em 14 comunidades. No servio de coleta indireta so disponibilizadas tambm 41 caambas estacionrias que esto distribudas nos prprios municipais. A empresa contratada remunerada mensalmente pelo nmero de equipes apresentadas e coleta uma mdia de 470 ton/ms (18 ton/dia) de resduos que so encaminhados ao Aterro Sanitrio de Curitiba.

Tabela 07 - Locais de Coleta Indireta COMUNIDADEAUGUSTA SO JOS CIC JARDIM ACROPLIS CAJURU JARDIM GABINETO CIC JARDIM PANTANAL BOQUEIRO MORADIAS ZURBANA TATUQUARA VILA 23 DE AGOSTO VILA DA CIDADANIA BOQUEIRO VILA DO PAPELO PINHEIRINHO VILA GRALHA AZUL TATUQUARA VILA ICARAI UBERABA VILA NOVA REPBLICA FAZENDINHA VILA PAROLIN VILA UNIDOS DO UMBAR UMBAR VILA UNIO UBERABA SUBTOTAL

N DE CAAMBAS1 3 1 7 1 1 2 1 7 6 1 1 1 1 34

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Tabela 08 - Locais de Coleta rgos Pblicos ORGOS PBLICOSBOTNICO CEMAM ( CENTRAL MANUTENAO) CEMITRIO GUA VERDE CEMITRIO BOQUEIRO CEMITRIO SANTA CNDIDA CEMITRIO SO FRANCISCO DE PAULA DISTRITO SANTA QUITRIA HORTOMUNICIPAL PARQUE BARIGUI PARQUE TANGU PTIO ATERRO POLICIA MILITAR REFORMA RODZIO SECRETARIA M. DO MEIO AMBIENTE USINA DE ASFALTO CIC V41AREJO CAPO DA IMBUIA VILA TORRES ZOOLGICO SUBTOTAL TOTAL

N DE CAAMBAS2 1 3 3 3 2 1 1 1 1 5 1 4 16 1 3 1 1 1 51 85

4.3.2.

COLETA SELETIVAOs resduos potencialmente reciclveis, como: papis, plsticos, metais e vidros,

entre outros, no Municpio de Curitiba so coletados nos servios de coleta porta a porta denominado Programa Lixo que no Lixo e em Pontos de Troca denominado Programa Cmbio Verde e, para realizao destas coletas so disponibilizados 31 caminhes bas de 40 m, 52 motoristas e 128 coletores, equivalendo este quantitativo a 52 equipes. Todos os veculos e equipamentos deste servio possuem uma vida til mxima de 5 anos e a empresa contratada remunerada pelo nmero de equipes apresentadas ao Municpio no perodo de um ms. Os caminhes, aps a concluso dos setores de coleta e pontos de cmbio verde, so pesados, lacrados e seguem s Unidades de valorizao de reciclveis.PLANO DE GESTO INTEGRADA DE RESDUOS SLIDOS DE CURITIBA

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4.3.2.1 Coleta Seletiva Porta a Porta Programa Lixo Que No Lixo a disponibilizao do servio de coleta regular porta a porta dos resduos

potencialmente reciclveis, previamente separados, oriundos das residncias, comrcios e outros locais de gerao, executada na quantidade mxima de 600 litros por semana. Esta quantidade deve ser dividida pelo nmero de coletas oferecidas pelo Municpio para ser disposta pelo muncipe no passeio, na testada de seu imvel, conforme regulamenta o Decreto Municipal 983/04. As equipes de coleta so compostas por 1 (um) caminho ba 40 m, 1 (um) motorista e 2 (dois) coletores. O plano de coleta de reciclveis do Municpio de Curitiba foi elaborado levando-se em considerao o tipo de equipamento utilizado, frequncia de coleta, distncia das unidades de valorizao, tempo de descarga, estimativa de volume de resduos a serem coletados, trnsito, topografia, carga horria das equipes de coleta, otimizao da frota, entre outros fatores. O plano de coleta de reciclveis est dividido em 147 setores de coleta, sendo 94 setores diurnos e 53 setores vespertinos. A coleta diurna inicia suas atividades s 7:00 horas e a vespertina s 16:00 horas. A coleta realizada trs vezes por semana em 28 setores, duas vezes por semana em 79 setores e uma vez por semana em 40 setores. A segregao, acondicionamento e disposio dos resduos coleta pblica de responsabilidade do gerador de acordo com os dias previstos no plano de coleta reciclveis. O grfico 2 demonstra o comportamento da coleta seletiva porta a porta nos ltimos 10 anos. No perodo de 2001 a 2005 esta coleta apresentou uma queda de 48,5 %, passando de 14.872 anual para 7.662 toneladas enquanto a coleta convencional, neste mesmo perodo, teve uma queda de 5,4 %. A queda da coleta seletiva neste perodo atribuda principalmente a forte atuao da coleta informal e a falta de campanhas e divulgao do programa. J nos quatro anos seguintes houve um aumento significativo de 192,5 % na quantidade de resduos reciclveis coletada isto , de 7.662 toneladas passouse a coletar 22.419 toneladas por ano. Este aumento credita-se ao relanamento do

Programa Lixo que no lixo em 2006 com a criao da campanha educativa denominada SE-PA-RE. Concomitante ao desenvolvimento contnuo desta campanha, em 2008 a crise econmica mundial provocou uma queda drstica no preo das sucatas e aparas fazendoPLANO DE GESTO INTEGRADA DE RESDUOS SLIDOS DE CURITIBA

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com que os coletores informais deste tipo de material se desinteressassem pela atividade de coleta. Para acompanhar as crescentes quantidades de resduos coletadas o Municpio de Curitiba atualizou seu Plano de coleta em 2008, 2009 e 2010.

2. Grfico 2 Coleta Seletiva Porta a Porta Lixo que no Lixo

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2. Figura 02 - Plano de Coleta Seletiva porta a porta - FREQUNCIA

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4.3.2.2 Coleta em Pontos de Troca Programa Cmbio VerdeA coleta em pontos de troca consiste no cmbio de materiais potencialmente reciclveis por produtos hortifrtis da poca, denominada esta, no Municpio de Curitiba de Programa Cmbio Verde. Os pontos de troca esto localizados em logradouros pblicos e a troca nestes pontos realizada quinzenalmente. A cada 4 quilos de material reciclvel o participante recebe um quilograma de hortifrti. Atualmente existem 90 pontos de troca, sendo que participam em mdia 7.259 pessoas e so coletados aproximadamente 310 toneladas de resduos reciclveis por ms, representando em media a entrega de 77.500 kg de alimentos aos participantes. Em 2007, o Programa Cmbio Verde passou tambm a trocar leo de origem vegetal ou animal ps-consumo. A cada 2 litros de leo acondicionado em garrafas plsticas o participante recebe 1 kg de alimento. Em 2009 foram recebidos aproximadamente 14.000 litros de leo vegetal e animal ps-consumo no Programa Cmbio Verde, o que representa em media a entrega de 7.000 kg de alimentos aos participantes. Para operacionalizar este programa a empresa contratada apresenta de segundafeira a sbado: sete caminhes bas, sete motoristas e 38 coletores, que dentre outras atividades selecionam os hortifrtis que so entregues s comunidades. E, nas segundas e teras feiras estas equipes trabalham na coleta seletiva porta a porta. Os rgos envolvidos no programa so: Secretaria Municipal do Meio Ambiente, Secretaria Municipal do Abastecimento e a Federao Paranaense das Associaes dos Produtores Rurais FEPAR que a instituio que tem firmado um convnio com o Municpio para fornecer os hortifrtis. A seguir apresentada a distribuio espacial dos pontos de Cmbio Verde no mapa de Curitiba:

Tabela 09 Relao Pontos de Troca - Cmbio Verde 2010 N01 02 PONTO So Jos / Novo Mundo Vila Leo ENDEREOS Rua Orlando Vander Osten esquina com Rua Olga de Arajo Espndola Rua Baldur Grubba esquina com Rua Carlos Blanch prximo a Pracinha e Creche Pimpo

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03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33

Vila Lindia Vila Osternack Novo Horizonte Sambaqui Bairro Novo Moradias Bromlias So Joo Del Rey Xapinhal Trindade Expedicionrio Santos Andrade Terminal de Cargas Estao Barigui Moradias Belm Jardim El Dourado Sabar Moradias Cajuru Acrpole So Domingos Petrpolis Marumbi Centenrio Vila Menino Jesus Vila Verde III Vila Hortncia Vila Pantanal Novo Mundo Vila Leonice Vila Trs Pinheiros Pilarzinho

Rua Leon Tolsti, ptio da Igreja Menino Jesus de Braga. Rua Guaui esquina com Rua Eduardo Pinto da Rocha, local onde funciona o Mercado Popular. Rua Dom Geraldo Micheletto Pelanda Rua Professora Orbela Silvrio Salomo Rua Aro Lamenha de Siqueira esquina Rua Nova Aurora prximo Caic. Rua Luiz Carlos de Oliveira com Rua Adelina Zanineli Vans Rua Reinaldo Rodrigues Lima Rua Joo Rocha entre travessa Olga Monteiro Cortes. Rua Cuiab, 221 ao lado da Linha Frrea Rua Herbet Neal, ao lado do Pi Dom Orione Rua Astolfo Noqueira com Rua Frederico Muller Rua Rui Fonseca Itibere da Cunha entre Ruas Argemiro Candido Jardim na Praa da Resistncia Rua Rodolfo Doubek em frente ao Pi Ambiental Estao Barigui Rua Diogo Muggiati em frente do Projeto Pi Belm Rua Cacilda dos Santos Canfield Rua Herec Fernandes esquina com Rua Estrada Velha do Barigui - Cic Rua Joo Crisstomo da Rosa n 740, sede da Associao Rua Padre Jos Poliga, esquina com Rua Joo Tobias de Paiva Neto Rua Darci Jungles esquina Maria da Luz Vialle Medeiros Rua Abbora, em frente sede Associao de Moradores Rua Deputado Tenrio Cavalcanti esquina com Rua Victor Luiz Maganhoto Rua Nagib da Silva n 86, em frente a sede Associao de Moradores da Vila Jerusalm Rua Sebastio Rodrigues com Rua Luiz Frana Rua Ari Manfron em frente ao Barraco da FAS, Cidade Refgio. Rua Marilndia do Sul em frente a Cancha da Creche Hortncia Rua Maria Marques de Camargo ao lado do Cancha de Areia prximo a Unidade de Sade Pantanal Final da Rua Clara Polsin Rua Emilia M. Uba Rua Hermenegildo Luca, ao lado do Campo So Carlos - Vila III Pinheiros-Butiatuvinha Rua Antonio Petruzziello

Vila Meia Lua /Cidadania Rua Elton Roberto de Moura Torres com Rua Yassoshi Mori

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34 35 36 37 38 39 40 41 42 43 44 45 46 47 48 49 50 51 52 53 54 55 56 57 58 59 60 61 62

Vila Bom Menino So Braz Vila Real Nossa Senhora Graas Vila Pompia

Rua Antonio Ziloto com Rua Ivo Zanlorenzi Rua Concris, esquina com Rua Durval Pereira Cordeiro Rua Constantina Doria de Oliveira com Bernardino Iatauro das Rua Rosa Tortato, sob os fios de alta tenso, em frente da Escola Izabel Lopes Rua Francisco Sarot, em frente ao n 51 ao lado Igreja.

Terra Santa Rua Bom Pastor , final da Rua das Torres. Nossa Senhora Rua Cid Campelo, Cancha de Futebol Aparecida Vila Rose e Concordia Rua Ilha Bela Rua Celeste Tortato Gabardo, em frente Creche Conjunto So Joo Del Rey So Joo Del Rey Conjunto Habitacional Rua Luiz Bressan Filho entre Rua Ana Betezek e Rua Jos Pinheirinho Coleraus Barbosa - Pracinha So Marcos Pracinha do Piratini - Alameda Nossa Senhora do Sagrado Piratini/Vov Luiza Corao esquina Rua Antonio Skrepec Irati Rua Astorga Rua Monte Sinai entre as Ruas Teodorico Guimares e Vila Acordes Monte Hermon enfrente a cancha de areia So Rafael Rua Lins de Vasconcelos/Estrada Velha do Barigui Vila So Jorge Vila Sandra / Zimbros Vila Tramontina Caiu Vila Progresso Vila Estrela Pinheiro / Roma Lamenha Pequena Jardim Pinheiros Marupiara Rua Manoel Gustavo Schier Rua Vernica Tribek Moro com Rua Nei Ribello Tourinho Pontilho Final da Rua Dino Gabrielle com Rua Pedro Concuti, prximo da Cancha de Futebol. Rua Marcos Antonio Malucelli, em frente Associao de Moradores Caiu/Verilhus Rua Antnio Ferreira esquina Rua Natlia Scussiato - Vila Progresso - Bairro Fazendinha Final da Rua Aristides Borsato Prximo a Unidade de SadeVila Estrela-Bairro Fazendinha Rua Jos Valle no Parque Tingui Rua Justo Manfron n 254, mesmo local onde funciona o Mercado Popular Rua Adolfo Lutz, 28 atrs do 1 Distrito

So Joo / Vista Alegre Rua Batista Pessine n 49 - Capela So Joo Rua Romrio Gonalves em frente a Igreja Vila Vitria. Rua Irm Vitorina Meneguetti com Travessa Amarido Moradias Guaraqueaba Dalazuana Rua Poeta Bernardo Guimares esquina Rua Enette Dubard, Santa Rita Vila Santa Rita/Monteiro Lobato-Tatuquara Jardim da Ordem Vila Verde Rua Juvenilson Amrico de Oliveira, em frente a Farmcia , prximo a Rua Desembargador Luiz Albuquerque Rua Ney Pacheco entre as Ruas Rubens vila e Rua Waldemar Darios, na Praa

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63 64 65 66 67 68 69 70 71 72 73 74 75 76 77 78 79 80 81 82 83 84 85 86 87 88 89 90

Campo Alegre Atenas Augusta / So Jos Jardim Gabineto Vila Jardim Vitria Camponesa Mercs / Hauer Centauro Itiber Vila Irai Vila Reno Vila So Paulo Jardim Aliana I Jardim Aliana II Jardim Aliana III Santa Ana Escola Vista Municipal Bela

Rua Jos Felipe Meira esquina com a Avenida das Indstrias enfrente a Sede da Associao. Rua Cidade de Curitibanos, em frente a Cancha de Esportes Atenas/ Augusta Rua Cidade Jardim Olinda esquina Cidade Nova Londrina em frente Unidade Sade So Jos. Rua Padre Kaminiski, esquina Rua Walter S. de Castro Velloso. Rua Padre Estanisiau Piasechi com Rua Jorge Adir Nepomoceno Rua Padre Antonio P. Ribeiro com Rua Estanislau Piasecki Rua Oiveira Viana entre Rua Cleto da Silva e Evaristo da Veiga. Rua Araca entre as Ruas Eurides Maciel de Almeida e Sargento Luiz Gonzaga Martins Ribas Rua Olindo Caetani, esquina com Rua Sargento Luiz Gonzaga Martins Ribas - ao lado da Linha Frrea Rua Aristides Cesar de Oliveira com Rua B Rua Padre Cladio Arenal, esquina com Rua Vicente de Cristo Av. Canal Belm n 6958, esquina com Rua Presidente Wilson Rua Francis Bacon n156 Rua Lauro Dromlewicz , Creche Califrnia. Rua Jornalista Correia Back, n 36 Rua Francisco Favaro, esquina com Rua So Jernimo da Serra Rua Antonio Antonicomi, 13 - Olaria Rua Arnaldo Baptista de Castro n 18/ Vila EsperanaAtuba( Santa Candida)

Vila Esperana / Atuba

Vila Nossa Senhora de Rua Roberto Luiz Bohnens Tangel com Rua Maria Falat Ftima Rua Davi Xavier da Silva Praa Central, em frente a Igreja Nossa Senhora da Luz Catlica na Vila Nossa Senhora da Luz Rua Desembargador Ernani Guarita Cartaxo, esquina com Parque Industrial Rua Jos Alcides de Lima, Mercado Popular Rua Laudelino Ferreira Lopes esquina a Rua Leonardo Vila Machado Pianoski enfrente ao Campo Rua Olindo Caetani esquina Rua Tenente Demthenes Jardim Alvorada / Icaray Machado-Jardim Alvorada/Icaray Armazm da Famlia / Rua Rio Japura, ao lado da Creche Liberdade Bairro Alto Ribeirinha Rua Mercedes Stresser. Rua Coronel Domingos Soares com Rua Marques de Vila Joanita Abrantes - Praa So Joo Batista Rua Francisco Beraldi Pauline esquina com Rua A Rua Julio Pereira Sobrinho s/n em frente Ponto final do Campo do Santana nibus Pompia.PLANO DE GESTO INTEGRADA DE RESDUOS SLIDOS DE CURITIBA

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3. Figura 03 - Pontos de Cmbio Verde

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O grfico 3 demonstra o comportamento da coleta em Pontos de Troca Programa Cmbio Verde nos ltimos 10 anos. No perodo de 2000 a 2005 h uma queda contnua na quantidade de resduos reciclveis coletados de 51,9 %, isto , em 2000 coletou-se 4.209 toneladas para em 2005 passar a coletar 2.024. J no perodo de 2006 e 2009 teve-se um aumento significativo de 61,9 % na quantidade coletada. De 2076 toneladas coletadas em 2006 passou-se a coletar 4.329 toneladas em 2009. Este aumento deveu-se claramente ao impacto da crise econmica nos preos das sucatas tornando para os coletores informais de materiais reciclveis mais favorvel trocar as aparas e sucatas nos pontos de Cmbio Verde a comercializ-las com sucateiros particulares.

3. Grafico 3 Coleta em Pontos de Troca Programa Cmbio Verde

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4.3.2.3 Apoio s Organizaes de CatadoresO apoio s organizaes de catadores que realizam a coleta de reciclveis est materializado atravs do Programa Reciclagem Incluso Total ECOCIDADO. As informaes relativas ao sistema informal de coleta e destino de reciclveis foram levantadas por pesquisa, realizada em 1999 pelo Departamento de Limpeza Pblica da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, em parceria com a Secretaria Municipal de Sade, cujos dados de maior relevncia so apresentados a seguir: Nmero de catadores cadastrados na pesquisa: 2769 Nmero de catadores por regional e RMC:

Porto: 739 Cajuru: 561 Matriz: 512 Boqueiro: 206 Pinheirinho: 188 Bairro Novo: 185 Sta. Felicidade: 142 Boa Vista: 130 RMC: 106

Dados relevantes da pesquisa: 21% dos catadores moram em depsitos 60 % dos catadores da regional matriz moram em depsitos 44 % no possuem carrinho 135 kg de material/dia/catadores a mdia de coleta.

Tabela 10 - Nmero de Depsitos Particulares por Regional REGIONAIS Porto Matriz Cajuru Pinheirinho Boqueiro Boa Vista N DE DEPSITOS 62 61 27 22 21 16 % 27,07 26.64 11.79 9,61 9,17 6,99

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Sta. Felicidade Bairro Novo

12 08

5,24 3,49

De acordo com os nmeros apresentados verifica-se que a maior concentrao de catadores est nas regionais do Porto, Cajuru e Matriz, enquanto a concentrao de depsitos est nas regionais do Porto, Matriz e Cajuru, no caso da Regional do Porto no Bairro Parolin e da Regional da Matriz na Vila das Torres. Situaes de impacto social e ambiental graves identificadas na pesquisa ainda permanecem, como:

Uso da moradia como depsito (casa depsito); Dependncia por parte dos catadores, de depsitos que fornecem o carrinho; Dependncia por parte dos catadores de depsitos como moradia; Concentrao de catadores e depsitos em reas de sub-habitao e proximidades de fundos de vale.Embora os dados apresentados se refiram pesquisa realizada em 1999, serviram

como referncia e diretrizes de aes para o planejamento do Projeto Reciclagem Incluso Total ECOCIDADO, pois do indicativos de uma situao macro, sendo que as modificaes ocorridas nos ltimos anos so conhecidas e puderam ser estimadas, sendo consideradas como situaes agravantes:

i)

O aumento do nmero de catadores. A sazonalidade dos preos dos materiais faz com que o nmero de catadores seja muito varivel, porm, de acordo com levantamentos realizados junto as administraes regionais, em 2007 estimouse que cerca de 3.300 catadores atuam diariamente na coleta de reciclveis.

ii)

O fato de haver uma imagem negativa do catador perante a populao, provocada por conflitos no trnsito e manuseio de resduos deixando material espalhado nas caladas, e, indiretamente vinculada marginalidade;

iii)

Os chamados pontos de classificao, que uma prtica recente, onde o material recolhido juntado por catadores, de forma improvisada em praas e caladas, especialmente na rea central para ser triado e organizado para o transporte.O Programa ECOCIDADO iniciou em dezembro de 2007 com a celebrao do

termo de parceria entre o Municpio de Curitiba, atravs da Secretaria Municipal do Meio Ambiente e da Fundao de Ao Social com a Associao Aliana Empreendedora,PLANO DE GESTO INTEGRADA DE RESDUOS SLIDOS DE CURITIBA

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Fundao AVINA e o Movimento Nacional dos Catadores para a execuo do projeto, que visa capacitar e proporcionar condies de fortalecimento da atividade, com especial nfase na implantao dos Parques de Recepo de Reciclveis. Os Parques so espaos dotados de infraestrutura fsica, administrativa e gerencial para recepo, classificao e venda do material coletado pelos catadores organizados em sistema de associaes ou cooperativas. A Secretaria Municipal de Meio Ambiente a responsvel pela gesto do programa Ecocidado e a gesto operacional est a cargo da Associao Aliana Empreendedora a qual responsvel pela mobilizao dos catadores com o objetivo de formar associaes ou cooperativas, pela contratao da equipe de apoio, pela aquisio de equipamentos, necessrios a operacionalizao das atividades entre outras atribuies correlatas. A Fundao AVINA responsvel por orientar e apoiar a Aliana Empreendedora na gesto operacional do programa, especialmente em relao a realizao de auditorias contbeis, Financeiras e tcnicas. J o Movimento Nacional dos Catadores parceiro do programa no que tange ao estabelecimento de diretrizes de atuao. As demandas sociais so atendidas pela Fundao de Ao Social FAS de Curitiba que o rgo gestor da Assistncia Social do municpio, tendo por misso coordenar e implementar a poltica da assistncia social em Curitiba para proteo de famlias e indivduos em situao de risco e vulnerabilidade social. A Fundao de Ao Social FAS tem um papel fundamental em todo o processo, uma vez que tem como atribuio encaminhar os catadores associados s atividades relacionadas capacitao inseridas nos Programas da FAS, alm daquelas especficas da atividade nos Parques e fazer o acompanhamento e encaminhamento das situaes de necessidades sociais identificadas nos Parques os quais so atendidos pelos Centros de Referncia de Assistncia Social CRAS Dos 25 Parques propostos no projeto, j esto em funcionamento 10 e os demais sero implantados at 2011.

4.3.3.

COLETAS ESPECIAISO Municpio de Curitiba tambm oferece as coletas de resduos txicos domiciliares,

coleta de resduos vegetais, coleta de pequenos volumes de resduos da construo civil e mobilirio inservvel, coleta de materiais reaproveitveis e coleta de cadveres de animais, ora denominadas coleta especial. Estas coletas so oferecidas aos muncipes com o objetivo de manter o estado de conservao e limpeza do Municpio, minimizar os custosPLANO DE GESTO INTEGRADA DE RESDUOS SLIDOS DE CURITIBA

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com contratao de servios de limpeza e fiscalizao, sensibilizar a populao quanto ao correto destino dos diversos resduos e materiais descartados.

4.3.3.1 Coleta Especial de Resduos Txicos DomiciliaresO Municpio de Curitiba oferece sua populao desde 21 de setembro de 1998 o Programa de Coleta Especial de Resduos Txicos Domiciliares, que consiste no recebimento de resduos txicos oriundos de residncias e encaminhamento Essencis Solues Ambientais para tratamento e disposio final. O caminho da coleta especial tem identificao especfica, equipado com ba e possui tambores diferenciados para armazenar cada tipo de resduo txico: pilhas, baterias, solventes, embalagens de inseticidas, lmpadas fluorescentes, medicamentos vencidos, tintas, toner (corante orgnico), leo automotivo, lubrificantes, leo vegetal ou animal. A coleta realizada conforme um calendrio anual, o caminho permanece nas proximidades de um dos 24 terminais de nibus da cidade uma vez por ms, no horrio das 07:30 s 15:00 horas. Os leos de origem animal e vegetal, so enviados a Unidade de Valorizao de Reciclveis, em Campo Magro, que o comercializa com empresas que possuem licena ambiental para fabricao de sabo, leo lubrificante, adubo. Em 2009, foram coletados aproximadamente 4.300 litros de leo e 39 toneladas de resduos especiais e a empresa contratada responsvel por este servio remunerada pelo nmero de equipes apresentadas no perodo de um ms. O grfico 4 apresenta a composio gravimtrica dos resduos da coleta especial, exceto de origem animal e vegetal, realizado no ano de 2009.

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4. Grfico 4 Composio dos Resduos de Coleta EspecialG R F IC O 4 - C ompos i o dos R es duos do P rograma de C oleta E s pec ial de R es duos Tx ic os Domic iliares

O utros 12%

P ilha 12%

B ateria 4% Tinta 16%

L mpadas 43%

R emdios 13%

4.3.3.2 Coleta de Resduos VegetaisA coleta de resduos vegetais (podas da arborizao pblica, limpeza de jardins) oferecida pelo Municpio realizada na quantidade mxima de 1.000 (mil) litros por ms, mediante solicitao Central 156, conforme Decreto Municipal 983/04. Atualmente este servio executado por duas empresas contratadas e estas disponibilizam diariamente um total de 50 caminhes carroceria de 15 m, 50 motoristas e 150 coletores e os resduos so encaminhados empresas que realizam o processamento com a finalidade de aproveitamento de material. As empresas coletam aproximadamente 1.770 ton/ms de resduos vegetais e so remuneradas pelo total de equipes apresentadas durante o perodo de um ms.

4.3.3.3 Coleta de Resduos da Construo Civil e Mobilirio InservvelO Programa de Gerenciamento de Resduos da Construo Civil, estabelecido no Decreto Municipal n 1.068 de 2004, define as diretrizes tcnicas e procedimentos para o exerccio das responsabilidades dos pequenos geradores. Neste programa, so definidos dois tipos de pequenos geradores:

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Aqueles que descartam uma nica vez a quantidade total de 0,5 m (meio metro cbico) de RCD Classe A e C, previamente segregados, num intervalo no inferior a 02 (dois) meses. Aqueles que geram a quantidade mxima total de 2,5 m (dois metros cbicos e meio) de RCD Classe A e C, num intervalo no inferior a 02 (dois) mesesPara os primeiros, o Municpio realiza a coleta pblica no local, juntamente com os resduos vegetais, mediante solicitao ao servio 156; para os ltimos, o Municpio prev a implantao de reas de transbordo para armazenamento temporrio e posterior destinao final. O Municpio oferece tambm a coleta pblica de RCD Classe B no local at a quantidade de 0,6 m (zero vrgula seis metros cbicos) por semana, respeitada a freqncia de coleta no local, e a coleta especial de resduos txicos nos terminais de transporte, para os resduos classe D.

4.3.3.4 Coleta de Materiais ReaproveitveisO Municpio por meio da Fundao de Ao Social mantm o programa Disque Solidariedade que um servio disponvel populao que contribui com doaes de produtos que podem ser reaproveitados por famlias e pessoas em situao de vulnerabilidade social, atendidas nos Centros de Referncia de Assistncia Social CRAS, complementando suas necessidades bsicas. Os doadores acionam o servio de recolhimento Central 156 informando sobre os produtos a serem doados. A solicitao encaminhada Fundao de Ao Social que entra em contato com o doador para agendar a coleta. O servio recebe doaes de mveis, equipamentos de uso domstico, roupas e calados em condies de uso, madeiras, cadeiras de roda, camas adaptadas para idosos ou pessoas com necessidades especiais, bicicletas, brinquedos, objetos de esporte e lazer em bom estado, entre outros. Mensalmente so recebidas 1.000 solicitaes que so atendidas por 2 (dois) caminhes bas e 1 (um) veculo pick up.

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4.3.3.5 Coleta De Cadveres De AnimaisO Municpio de Curitiba executa a coleta de cadveres de animais por meio de empresa terceirizada contratada pela Secretaria Municipal de Sade, sendo que esta deve ser solicitada pelo muncipe Central 156. Esta coleta executada por 1 (um) caminho basculante 12 m com munck, 2 caminhonetes F-350, 3 (trs) motoristas e 6 (seis) coletores. Em 2009 foram coletados uma mdia de 183 toneladas de cadveres de animais.

4.4. SERVIOS DE LIMPEZA

Os servios de varrio manual, varrio mecanizada, servio de roada e capinao, limpeza de feiras-livres e limpeza de rios do Municpio de Curitiba so executados pela empresa Cavo Servios e Saneamento S.A e o servio de limpeza mecanizada realizado pela empresa Ajardine Paisagismo Ltda. Os resduos oriundos destes servios so coletados e encaminhados ao Aterro Sanitrio de Curitiba.

4.4.1.

VARRIO MANUALConsiste na remoo ou retirada de resduos, que ocorrem nas vias pblicas por

fenmenos naturais, como o caso de folhas e flores de rvores, de terra e areia trazidas de terrenos baldios e construes, pelas chuvas, e os resduos que surgem por motivos acidentais, como papis, embalagens e detritos atirados nos passeios ou jogados dos veculos. O plano de varrio manual de Curitiba atende as vias pblicas das reas comerciais, de turismo e pontos de intenso trfego de transeuntes composto por reas de varrio manual com repasse e varrio manual sem repasse e todas elas tambm so servidas por roada e os resduos so ensacados. Atualmente a empresa disponibiliza para a execuo deste servio 486 garis e a mesma remunerada pela extenso de via varrida no perodo de um ms. A varrio manual com repasse adotada no anel central da cidade e consiste em duas varries no mesmo trecho diariamente, ou seja, o varredor desenvolve um percurso de ida e volta e ocorre de domingo a domingo. Atualmente disponibilizado para a execuo deste servio 148 garis.

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A varrio manual sem repasse adotada nas reas que circundam o anel central e o varredor desenvolve um percurso somente de ida. Nesta rea a frequncia de varrio varia de uma vez por semana a diria e realizada de segunda-feira a sbado por 338 garis. A empresa contratada remunerada mensalmente pela quilometragem varrida.

4.4.2.

VARRIO MECANIZADAEste sistema de varrio realizada nas vias que possuem asfalto e meio-fio e

consiste em retirar, atravs de motovarredeiras, os resduos acumulados junto ao meio-fio. A empresa contratada disponibiliza 2 mquinas varredeiras com potncia de 105 CV e varre uma mdia de 2200 Km de meio-fio por ms e os resduos oriundos deste servio so coletados por dois caminhes basculantes de 6 m. A empresa remunerada mensalmente pela extenso varrida.

4.4.3.

SERVIO DE ROADA E CAPINAOO servio de roada, capinao, varrio manual, coleta e transporte de resduos

oriundos da limpeza das vias pblicas de intenso trfego, vias conectoras, vias rpidas, entre outras, executado de segunda-feira a sbado com: 133 serventes, 39 roadores, 26 coletores, 13 motoristas e 10 caminhes basculantes e 3 caminhes carroceria. A empresa contratada remunerada mensalmente pelo nmero de equipes apresentadas.

4.4.4.

LIMPEZA DE FEIRAS-LIVRESConsiste na varrio manual, coleta e transporte dos resduos gerados nas vias e

logradouros pblicos onde 53 feiras-livres so realizadas semanalmente, bem como, sua posterior lavagem com caminho auto-pipa. Este servio executado de tera-feira a domingo por 21 serventes, 6 coletores , 7 motoristas e 1 caminho compactador 12 m, 2 utilitrios modelo van, 1 auto pipa, 1 basculante de 12 m e a empresa remunerada mensalmente pelo nmero de equipes apresentadas.

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4.4.5.

LIMPEZA DE RIOSA limpeza manual dos cursos dgua do Municpio de Curitiba integra um programa

criado em 1997 que visa sensibilizar e despertar a populao a se envolver com a melhoria da qualidade dos rios denominado Programa Olho Dgua. Esta limpeza realizada por uma equipe de limpeza que composta por: 18 serventes, 2 coletores, 1 motorista, 1 caminho basculante e 3 barcos que executa a remoo de aproximadamente 50 toneladas por ms de resduos removidos das margens e leito dos rios.

4.4.6.

LIMPEZA MECANIZADAO servio de limpeza mecanizada consiste na remoo de grande quantidade de

entulhos dispostos inadequadamente em vias e logradouros pblicos do Municpio. Esta remoo executada de segunda a sexta-feira por uma equipe composta por: 1 retro escavadeira, 4 caminhes basculantes, 4 motoristas e 4 serventes.

4.5.

UNIDADES DE TRATAMENTO E DESTINAO FINAL DE RESDUOS SLIDOS

4.5.1.

ATERRO SANITRIO DE CURITIBA

4.5.1.1 Histrico de Destinao no Aterro Sanitrio de CuritibaO Aterro Sanitrio de Curitiba, localizado no bairro da Cachimba na regio sul, iniciou sua operao em 20 de novembro de 1989 para receber os resduos de Curitiba, Almirante Tamandar e So Jos dos Pinhais, aps o esgotamento da vida til do aterro controlado da Lamenha Pequena. Durante sua operao, outros municpios da Regio Metropolitana de Curitiba passaram a dispor seus resduos no Aterro Sanitrio. Atualmente, alm de Curitiba, dezessete municpios dispem seus resduos slidos domiciliares no Aterro, so eles: Almirante Tamandar, Araucria, Campina Grande do Sul, Campo Largo, Campo Magro, Colombo, Contenda, Fazenda Rio Grande, Itaperuu, Pinhais, Piraquara, So Jos dos Pinhais, Mandirituba, Quatro Barras, Bocaiva do Sul , Quitandinha e Tunas do Paran.PLANO DE GESTO INTEGRADA DE RESDUOS SLIDOS DE CURITIBA

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O principal acesso ao Aterro Sanitrio atravs da rodovia BR-116, onde na altura do km 16,5 em direo a Porto Alegre toma-se direita a estrada de acesso ao aterro. A operao do Aterro Sanitrio de Curitiba se deu em trs fases distintas, descritas a seguir. Fase I - O projeto original do aterro sanitrio, com 2.920.000 m de volume disponvel, foi calculado prevendo 11 anos e 5 meses de vida til. Alguns programas Municipais como o Lixo que No Lixo e o Cmbio Verde possibilitaram o aumento de vida til da Fase I, que operou de novembro de 1989 a outubro de 2002. Posteriormente houve duas sobreposies ao macio da Fase I, que ocorreram nos perodos de julho a novembro de 2005 e de maro a abril de 2006. Atualmente o macio da Fase I est recebendo resduos em razo das obras de reconformao geomtrica do Aterro Sanitrio previstas no seu Plano de Encerramento. Fase II - No ano de 2002, executou-se uma ampliao do aterro em carter emergencial. Esta Fase comeou a receber resduos em novembro de 2002 e operou at o ms de abril de 2004. Fase III - As obras de ampliao para a Fase III foram iniciadas em dezembro de 2003, aps a desapropriao de terrenos vizinhos. Esta Fase iniciou sua operao em maio de 2004.

Tabela 11 Quantidade de resduos aterrados de acordo com os maciosMACIO Fase I PERODO OPERAO DE QUANTIDADE RESDUOS ATERRADOS (t) DE REA APROXIMADA2

DA BASE (m )

Novembro de 1989 a outubro de 2002 Julho a novembro de 2005 Abril de 2006 Fev a Agosto de 2010

6.346.486,10 283.605,96 52.809,78 443.076,91 1.029.704,40 757.819,86 235.379,092

237.000 m2

Fase II Fase III

Novembro de 2002 a abril de 2004 Maio de 2004 a junho de 2005 Dezembro de 2005 a maro de 2006

32.540 m

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Maio de 2006 a janeiro 2010 TOTAL

2.860.378,22 12.009.260,32

2

170.000 m 439.540 m2

4.5.1.2 Aspectos Construtivos do Aterro Sanitrio a) Impermeabilizao da BaseA base do aterro sanitrio impermeabilizada para impedir a infiltrao de efluentes lquidos no solo e a contaminao das guas subterrneas. Esta impermeabilizao composta por uma camada de solo argiloso compactado com 60 cm de espessura, seguida de uma manta de geomembrana (de PVC nas Fases I e II, e de PEAD na Fase III). Sobre a geomembrana ainda h uma camada de proteo de 50 cm de solo argiloso compactado.

b) Drenagem de lquidos percolados e de gasesH um sistema de drenos e coletores internos para a coleta e conduo dos lquidos percolados at o sistema de tratamento de efluentes. Este sistema formado por drenos principais, secundrios e perifricos sobre a impermeabilizao de base. A construo dos drenos gradual, de acordo com o avano das frentes de trabalho. Os gases gerados pela decomposio dos resduos so, por sua vez, conduzidos por drenos verticais e queimados.

c) Drenagem de guas pluviaisA drenagem de guas pluviais tem por objetivo conduzir as guas precipitadas e escoadas superficialmente para fora do corpo do aterro, diminuindo desta maneira a vazo de efluentes lquidos.

d) Sistema de tratamento de efluentesTodo o efluente lquido gerado no Aterro Sanitrio drenado, conduzido ao sistema de tratamento e posteriormente lanado ao corpo receptor, que o Rio Iguau. O sistema de tratamento composto pelas seguintes unidades, dispostas em srie:

Desarenador: para reteno de slidos carreados pelo chorume, em forma de forma de canal duplo com comportas e medidor de vazo triangular. Suas dimenses so 1 m de largura til, 3 m de comprimento e 0,7 m de altura.PLANO DE GESTO INTEGRADA DE RESDUOS SLIDOS DE CURITIBA

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Tanque de equalizao: para homogeneizao dos efluentes e equalizao da vazo, com cerca de 20 m de largura til, 30 m de comprimento til e 2,5 m de profundidade til. Lagoas aeradas: duas lagoas em paralelo com vinte aeradores, cada lagoa possui as seguintes dimenses: 32,5 m de largura til e 83,0 m de comprimento til. As profundidades mdias das lagoas so respectivamente 3,3 m e 2,7 m. Lagoa facultativa: esta lagoa com rea total de 28.713 m2 compartimentada em 4 chicanas. ETE Estao de Tratamento de Efluentes composta por tratamento fsico-qumico, lodos ativados e decantadores, que tratam o efluente proveniente da fase I, sendo lanado no sistema de lagoas.

4.5.1.3 Implantao Do Projeto de WetlandsAtualmente o projeto de Wetlands est em fase de implantao, o qual consiste no aproveitamento das antigas cavas de explorao mineral, que garantir a qualidade do efluente tratado. O projeto de wetlands foi idealizado aps constatar por meio de monitoramento, que os parmetros fsico-qumicos e microbiolgicos do efluente na sada das cavas de explorao de areia desativadas nas quais o mesmo passava antes de ser lanado no corpo receptor, apresentavam uma reduo significativa em seus valores, compatveis com os previstos na legislao. Sendo assim, aps estudos com equipe multidisciplinar e submetido apreciao e aprovao do IAP foi elaborado o projeto de wetlands que atualmente est em fase de execuo. O Sistema de Tratamento de Percolado, ao longo da vida til do aterro, passou por vrias modificaes com o intuito de melhorar a qualidade do efluente final e atingir os parmetros de lanamento determinados pela Resoluo CONAMA e Instituto Ambiental do Paran.

4.5.1.4 Aspectos operacionais do AterroOs servios de operao e manuteno do Aterro Sanitrio so remunerados por tonelada de resduos dispostos na planta.

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a) Descrio de operao e funcionamento do aterro sanitrio de Curitiba.Atualmente, o Aterro Sanitrio recebe diariamente em mdia 2.495 toneladas de resduos slidos oriundos da Coleta Pblica e Limpeza Urbana. Os caminhes que adentram no Aterro so previamente cadastrados, pesados e emitido um ticket de pesagem para controle e emisso de relatrios. O resduo depositado na frente de trabalho, onde espalhado, compactado e coberto com camadas de terra, argila, terra e plantio de grama. Para operao e manuteno do aterro a empresa contratada disponibiliza: 4 tratores de esteira com lmina, sendo 2 D-6, 1 D-865 e 1 D-4, 7 caminhes caamba de 6 m3, 2 escavadeiras hidrulicas sobre esteiras, 2 ps-carregadeiras, 1 retro escavadeira, 5 motorroadeiras, 1 auto pipa, 1 veculo leve de passeio e 3 encarregados, 14 tratoristas, 8 motoristas, 1 motorista veculo leve, 16 serventes, 3 vigias, 4 pedreiros, 2 carpinteiros, 5 roadores, 3 fiscais de balana, 3 operadores ETE, 1 tcnico qumico. A manuteno das escadas hidrulicas, drenagem horizontal e vertical, alm do monitoramento geotcnico e ambiental, onde so realizadas anlises fsico-qumica, microbiolgica e de toxicidade do efluente, guas superficiais e subterrneas responsabilidade contratual da empresa contratada para operao do aterro sanitrio, sendo que, so realizadas pelo laboratrio da Universidade Federal do Paran. A seguir so apresentadas detalhadamente as etapas operacionais do Aterro Sanitrio:

b)

Recebimento dos resduosNesta etapa realizado o controle dos veculos que ingressam ao aterro, quanto

fonte geradora, tipologia e a quantidade de resduos. Somente veculos de empresas que prestam servios aos municpios cadastradas no Departamento de Limpeza Pblica tm permisso para entrar no Aterro Sanitrio, sendo pesados na entrada e na sada, aps a descarga. As informaes de todas as pesagens realizadas so disponibilizadas on-line para o Departamento de Limpeza Pblica.

c)

Descarga dos Resduos

A descarga realizada na frente de servio em operao, dimensionada de acordo com a altura e largura das clulas de trabalho e o plano de avano do aterro.

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H um manobreiro indicando a localizao da frente de trabalho aos veculos, para garantir a correta localizao das descargas.d) Espalhamento e compactao dos resduos No Aterro Sanitrio de Curitiba utiliza-se o mtodo de rampa, no qual tratores de esteiras e um rolo compactador realizam o espalhamento e a compactao dos resduos em camadas, de maneira a atingir uma densidade aproximada de 0,9 t/m3.

e)

Cobertura diria dos resduos Os resduos compactados recebem diariamente uma camada de cobertura de 0,20

m de espessura de solo, com uma declividade de cerca de 1% em direo ao sistema de drenagem pluvial.

f)

Cobertura final do aterro sanitrio Os taludes e clulas encerradas, que no sofrero mais alteraes de sua

geometria em funo da evoluo do aterro, recebem camada de cobertura de 0,50 m de solo argiloso, alm de vegetao com gramneas.

g)

Manuteno das estruturas do aterro A manuteno das estruturas do Aterro Sanitrio realizada de forma contnua e

sistemtica, consistindo na verificao da eficincia do sistema de drenagem interna de efluentes lquidos e gases, verificao e manuteno da drenagem de guas pluviais, manuteno do sistema de tratamento de efluentes e manuteno das vias de acesso e instalaes prediais e de apoio operacional.

h)

Monitoramento do sistema de tratamento de efluentes O efluente lquido do Aterro Sanitrio de Curitiba monitorado mensalmente em

todos os pontos de entrada e sada de cada uma das etapas que o compem.

i)

Monitoramento topogrfico e geotcnico O plano de monitoramento geotcnico e topogrfico do aterro inclui a leitura

peridica de piezmetros para o acompanhamento da presso de lquidos percolados e gases no interior do macio de resduos e o acompanhamento de marcos topogrficos superficiais e inclinmetros.PLANO DE GESTO INTEGRADA DE RESDUOS SLIDOS DE CURITIBA

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j)

Monitoramento da qualidade das guas superficiais Para o monitoramento das guas superficiais foram definidos 3 pontos de

monitoramento no Rio Iguau, (um a jusante , outro a montante do aterro e no ponto de lanamento), alm de 1 ponto de coleta em cada uma das 3 nascentes existentes. Em cada um destes pontos so realizadas anlises peridicas da qualidade da gua.

k)

Monitoramento da qualidade das guas subterrneasEste monitoramento realizado atravs de anlises peridicas dos poos de

monitoramento instalados a montante e a jusante de todas as trs fases de ocupao do Aterro Sanitrio

O grfico 5 demonstra o comportamento do quantitativo de resduos destinados no Aterro Sanitrio de Curitiba nos ltimos 10 anos. No perodo, de 2000 a 2008, este quantitativo apresentou uma variao anual inferior a 8 %, tanto para mais quanto para menos. No mesmo perodo a coleta domiciliar apresentou uma variao de 7 %. Em 2009 coletou-se 6% a mais de resduos que no ano de 2008, porm o aterro sanitrio apresentou uma reduo de 6 % da quantidade recebida no mesmo perodo, esta queda atribuda proibio da entrada dos resduos provenientes da coleta particular dos grandes geradores no aterro neste ano. 5. Grfico 5 Demonstrativo dos Resduos dispostos no Aterro Sanitrio

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4.5.1.5 Plano de Encerramento do Aterro SanitrioO Plano de Encerramento do Aterro Sanitrio de Curitiba foi realizado tendo como base o levantamento topogrfico de toda a rea do aterro, realizado no incio de 2009, que determinou a necessidade da reconformao geomtrica, especialmente nas reas mais antigas de disposio de resduos o que indicou o tempo de uso remanescente do aterro, a partir do qual foram tambm programadas as demais aes relacionadas ao encerramento do recebimento de resduos. O Plano prev tambm as atividades que sero mantidas aps o encerramento do recebimento dos resduos at a completa estabilizao do aterro, como o tratamento dos efluentes, monitoramento geotcnico, monitoramento ambiental, controle e uso futuro da rea, sendo que, como uso futuro destaca-se o projeto de aproveitamento do biogs, a ser implantado aps o encerramento e o recebimento de resduos. O Plano indica o cronograma e os responsveis por executar as aes propostas prevendo um horizonte de tempo de pelo menos 20 (vinte) anos.

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Em junho de 2009 foi apresentado para anlise do Instituto Ambiental do Paran o Plano de encerramento do Aterro Sanitrio de Curitiba, cujas obras j se encontram em execuo, de acordo com o cronograma de aes.

4.5.2.

SIPAR

SISTEMA

INTEGRADO

DE

PROCESSAMENTO

E

APROVEITAMENTO DE RESDUOS

O plano de gerenciamento do tratamento e destinao de resduos slidos do Consrcio Intermunicipal para Gesto de Resduos Slidos, aponta como alternativa e soluo tcnica o tratamento e a destinao final do lixo proveniente da coleta domiciliar, de varrio e limpeza dos logradouros pblicos realizadas de forma direta ou indireta pelos municpios que integram o Consrcio, o SIPAR - Sistema Integrado de Processamento e Aproveitamento de Resduos. Tomando como base a composio gravimtrica dos resduos provenientes dos municpios integrantes do Consrcio Intermunicipal, destinados ao aterro sanitrio de Curitiba, buscou-se definir um modelo tecnolgico adequado, que substitusse o Aterro Sanitrio, uma vez que este se encontra com a vida til em fase final, com avanos ambientais e sociais, e com o pertinente desenvolvimento tecnolgico que se pode e deve imprimir Regio Metropolitana de Curitiba. Atendendo a este objetivo, aps estudos aprofundados, foi desenvolvido o modelo denominado SIPAR Sistema Integrado de Processamento e Aproveitamento de Resduos, que tem por diretriz o mximo aproveitamento dos resduos e a mnima dependncia de aterro sanitrio. O SIPAR no um novo aterro sanitrio, mas sim um sistema compo