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SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE COORDENADORIA DE CONTROLE DE DOENÇAS
SUPERINTENDÊNCIA DE CONTROLE DE ENDEMIAS
PLANO DE INTENSIFICAÇÃO DAS AÇÕES DE VIGILÂNCIA E CONTROLE DA DENGUE
ESTADO DE SÃO PAULO 2011 - 2012
Agosto /2011
PLANO DE INTENSIFICAÇÃO DAS AÇÕES DE VIGILÂNCIA E CONTROLE DA DENGUE ESTADO DE SÃO PAULO, 2011 - 2012
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SECRETÁRIO DE ESTADO DA SAÚDE - GIOVANNI GUIDO CERRI
SECRETÁRIO ADJUNTO - JOSÉ MANOEL DE CAMARGO TEIXEIRA
COORDENADORIA DE CONTROLE DE DOENÇAS – MARCOS BOULOS
CENTRO DE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA - ANA FREITAS RIBEIRO
DIVISÃO DE ZOONOSES - MELISSA MASCHERETTI SICILIANO
VIGILÂNCIA SANITÁRIA - MARIA CRISTINA MEGID
INSTITUTO ADOLFO LUTZ - ALBERTO JOSÉ DA SILVA DUARTE
CENTRO DE RESPOSTAS RÁPIDAS – GIZELDA KATZ
CENTRO DE VIROLOGIA – NÚCLEO DE DOENÇAS DE TRANSMISSÃO VETORIAL -
AKEMI SUZUKI
DIVISÃO PATOLOGIA - MARINA MAEDA
SUCEN - SUPERINTENDÊNCIA DE CONTROLE DE ENDEMIAS - VIRGÍLIA LUNA
CASTOR DE LIMA
DIRETORIA DE COMBATE AOS VETORES - DALVA MARLI V. WANDERLEY
COORDENADORIA DE REGIÕES DE SAÚDE – AFFONSO VIVIANI JUNIOR
COORDENADORIA DE GESTÃO DE CONTRATOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE - NILSON
FERRAZ PASCHOA
COORDENADORIA DE PLANEJAMENTO E SAÚDE - SILVANY LEMES CRUVINEL
PORTA
EQUIPE TÉCNICA - CLÉLIA M. S. S. ARANDA, GERUSA FIGUEIREDO, SARA ROMERA,
CLAUDIA VALENCIA MONTERO, ANTONIO HENRIQUE ALVES GOMES, IRMA
TERESINHA RODRIGUES NEVES FERREIRA, FLORA BARBOSA TELES, MARIZA
PEREIRA, IVANI BISORDI, TEREZA CRISTINA GUIMARÃES, ANA CECÍLIA FRANÇA,
ROBERTA SPINOLA, ASTRID MARIA TOLOI, MARIÂNGELA GUANAES BORTOLO DA
CRUZ, CRISTIANE MARIA TRANQUILLINI REZENDE.
PLANO DE INTENSIFICAÇÃO DAS AÇÕES DE VIGILÂNCIA E CONTROLE DA DENGUE ESTADO DE SÃO PAULO, 2011 - 2012
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Introdução
A transmissão de dengue apresenta característica de sazonalidade, com início da
transmissão a partir do mês de outubro ou novembro e pico de transmissão entre os meses
de março e abril, com ondas de aumento do número de casos em intervalos de três a cinco
anos.
A figura 1 apresenta uma série histórica do número de casos de dengue autóctones
confirmados por semana epidemiológica no ESP de 2000 a 2011. Nos anos de 2006 e 2007
nota-se uma antecipação no início de transmissão da dengue quando comparado com 2001,
bem como o gradativo aumento no número de casos em anos de transmissão
subsequentes. Os anos de 2008 e 2009 foram marcados por uma redução de mais de 90%
de casos confirmados quando comparado aos anos anteriores. Em 2010 e 2011, observa-se
um novo aumento, 2010 representa até a presente data o ano de maior número de casos
confirmados da doença no Estado de São Paulo.
Em 1981, os sorotipos DENV 1 e DENV 4 foram isolados no Brasil, em uma
epidemia de dengue ocorrida em Boa Vista. Após um intervalo de cinco anos sem registro
de casos no país, detectou-se a recirculação do sorotipo DENV 1 nos estados do Rio de
Janeiro, Minas Gerais, Alagoas, Ceará, Pernambuco e Bahia. Quatro anos depois, em 1990,
o DENV 2 entrou no país e, em 2001, detectaram-se os primeiros casos de DENV 3. Desde
então, os três sorotipos circulam de forma heterogênea no país nas áreas com transmissão.
No Estado de São Paulo a introdução do sorotipo DENV 1 se deu em 1987, o DENV
2 em 1997 e o sorotipo DENV 3 em 2002. Neste mesmo ano a vigilância epidemiológica
confirmou a circulação simultânea dos três sorotipos. No final de 2009 com a proposta de
monitoramento de circulação viral realizado pela Secretaria de Estado da Saúde
demonstrou, a partir de resultados de isolamento viral realizados pelo Instituto Adolfo Lutz, a
re-emergência do sorotipo DENV 1 no ESP, representando 75,2% do total de positivos
seguido de 21,7% de DENV 2 e 3,1% de DENV 3 em 2010, mantendo as seguintes
proporções em 2011: 94,1% DENV 1, 3,5% DENV 2, 0,5% DENV 3 e 1,9% DENV 4 (figura
2).
Em 2010 foram detectados os primeiros casos de DENV 4 na região norte nos
Estados de Roraima, Amazonas e Pará. No início de 2011 foi registrado no Piauí, Ceará,
Pernambuco, Bahia e Rio de Janeiro.
A confirmação da circulação do sorotipo DENV 4 no ESP ocorreu no primeiro
semestre de 2011 nos municípios de São José do Rio Preto, Paulo de Faria e Catanduva. A
circulação do sorotipo DENV 4 no estado poderá acarretar aumento de transmissão, tendo
em vista o alto número de suscetíveis na população, além da possibilidade do aparecimento
de casos graves em função a circulação prévia dos 3 outros sorotipos.
PLANO DE INTENSIFICAÇÃO DAS AÇÕES DE VIGILÂNCIA E CONTROLE DA DENGUE ESTADO DE SÃO PAULO, 2011 - 2012
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Figura 1 - Distribuição dos casos confirmados de dengue autóctones por semana
epidemiológica de início dos sintomas, Estado de São Paulo - 2000 a 2011.
Fonte: SINANW e SINAN NET. Dados provisórios atualizados em 10/06/2011.
Figura 2 - Distribuição dos sorotipos de dengue segundo Grupo de Vigilância
Epidemiológica dos municípios solicitantes, Estado de São Paulo - 2011.
PLANO DE INTENSIFICAÇÃO DAS AÇÕES DE VIGILÂNCIA E CONTROLE DA DENGUE ESTADO DE SÃO PAULO, 2011 - 2012
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A vigilância epidemiológica da dengue no Estado tem como objetivo evitar o
surgimento de infecções em áreas livres de circulação, detectar precocemente a
transmissão e a ocorrência de casos e epidemias, reduzir a letalidade das formas graves da
doença e monitorar os sorotipos virais em circulação.
A fim de atingir este objetivo, a SES-SP elaborou este plano para o período de julho
de 2011 a junho de 2012, incorporando propostas que complementam as estratégias de
vigilância e controle intersetoriais e integradas já previstas no Programa de Vigilância e
Controle da Dengue da SES-SP. Esta proposta será apresentada ao Grupo Técnico de
Vigilância em Saúde da CIB-SP e submetido à Comissão Intergestores Bipartite para
apreciação de aprovação.
A estratégia proposta é composta por ações intersetoriais integradas nos mesmos
eixos propostos pelo Programa de Vigilância e Controle da Dengue da SES-SP:
Vigilância Epidemiológica e laboratorial;
Controle Vetorial e Vigilância Sanitária;
Assistência;
Ações Integradas de Educação em Saúde, Comunicação e Mobilização Social;
Capacitação de Recursos humanos;
Gestão e recurso financeiro.
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Objetivos Geral
Fortalecer a gestão municipal para as ações de vigilância e controle de dengue no Estado
de São Paulo.
Específicos • Identificar áreas de maior vulnerabilidade para ocorrência de dengue no Estado no
período de 2011 – 2012;
• Apoiar tecnicamente as regiões prioritárias para elaboração de diagnóstico
situacional da dengue regional/municipal para o período de julho de 2011 a junho de
2012 que permitam propor ações de intensificação de vigilância e controle adequada
a cada realidade;
• Discutir a investigação casos graves e óbitos de dengue junto às equipes dos Grupos
de Vigilância Epidemiológica (GVEs);
• Realizar os exames laboratoriais específicos necessários para o diagnóstico de
dengue subsidiando as ações de Vigilância Epidemiológica;
• Estimular o credenciamento de laboratórios na rede IAL para realização do teste
ELISA de captura de anticorpos IgM – kit comercial;
• Ampliar a realização de monitoramento de circulação viral em áreas prioritárias do
ESP definidas pela Vigilância Epidemiológica;
• Propor ações de vigilância e controle diferenciadas nas regiões com confirmação da
circulação de DENV 4;
• Implementar o protocolo de manejo clínico para o atendimento aos pacientes
suspeitos de dengue (enfoque especial as unidades 24 horas);
• Fortalecer a organização municipal e regional da assistência ao suspeito de dengue;
• Capacitar os profissionais de saúde nos temas de manejo clínico, avaliação de risco
e organização de serviços;
• Executar ações para diminuição da oferta de criadouros de formas imaturas de
Aedes aegypti;
• Definir estratégias de comunicação para a mídia local/regional e grande mídia com
os enfoques da situação epidemiológica, prevenção, alerta ao sistema de saúde e
informação à população;
• Desenvolver ações de comunicação e mobilização social.
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Critério para seleção dos municípios 1. Municípios avaliados como risco alto e muito alto para ocorrência de dengue;
2. Municípios Prioritários do Programa Nacional de Controle da Dengue - PNCD
(anexo I);
3. Municípios polo da região com risco de dispersão do vírus e transmissão de
dengue, não incluídos nos prioritários pelo PNCD - Registro e São José dos Campos;
4. Municípios com transmissão de dengue no período de julho a dezembro de 2011.
População alvo - Profissionais da área da saúde e das vigilâncias epidemiológicas e sanitárias dos
municípios das regionais com maiores índices de transmissão de dengue e número de
óbito por dengue;
- Servidores municipais de controle de vetores;
- Servidores regionais da SUCEN.
Metas • Identificar áreas de vulnerabilidade para ocorrência de dengue nos municípios do ESP
para o período de julho de 2011 a junho de 2012 por meio de instrumento padrão (anexo
II);
• Realização de cinco Oficinas macro regionais para atualizar as propostas de
intensificação das ações de vigilância e controle municipais/regionais;
• Apoiar tecnicamente as equipes de vigilância municipais na investigação de 100% dos
óbitos por dengue no ESP;
• Capacitar e atualizar pelo menos 3 profissionais da saúde das regiões prioritárias nos
temas de manejo clínico, avaliação de risco e organização de serviços;
• Realizar exames específicos para diagnóstico de dengue em 100% dos casos internados
e dos óbitos notificados com suspeita de infecção por dengue;
• Realizar monitoramento do sorotipo viral em todos os municípios prioritários definidos
pela Vigilância Epidemiológica;
• Avaliar a situação da transmissão de DENV4 em áreas novas e apoiar tecnicamente
ações diferenciadas de vigilância e controle;
• Atualizar as 645 planilhas municipais da Organização de Serviços para Atenção à
Dengue em 2012, pactuando a assistência regional nos 64 Colegiados de Gestão
Regional (CGR);
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• Capacitar em serviço e supervisionar a realização um ciclo de visitas casa-a-casa nos
imóveis das áreas urbanas prioritárias dos municípios selecionados no período de
agosto a dezembro;
• Capacitar em serviço, supervisionar e apoiar os municípios selecionados para realização
de 100% das pesquisas e tratamento dos Pontos Estratégicos de acordo com a Norma
Técnica;
• Capacitar em serviço, supervisionar e apoiar os municípios selecionados para realização
de 100% das pesquisas tratamento dos Imóveis Especiais de acordo com a Norma
Técnica;
• Orientar e/ou suplementar os municípios para a realização do bloqueio imediato em
100% das áreas delimitadas nos municípios selecionados com confirmação de casos;
• Apoiar 100% dos municípios selecionados para realização de ações de mobilização
social com ênfase na eliminação de focos do mosquito na divulgação dos sinais e
sintomas da dengue e na procura de serviço de saúde quando da suspeita da doença;
• Identificar e mapear os Pontos Estratégicos (PE) e Imóveis Especiais (IE) cadastrados
ou licenciados de risco para presença de vetor nos 57 municípios prioritários pelo PNCD;
• Integrar as bases de dados de PE e IE do controle de vetor e da vigilância sanitária.
Eixo 1 - Vigilância Epidemiológica e laboratorial Os objetivos da Vigilância Epidemiológica e Laboratorial podem ser sintetizados na:
detecção precoce da transmissão e ocorrência de casos, monitoramento de sorotipo viral
em circulação, investigação de óbito e redução da letalidade.
A notificação de casos suspeitos é realizada pelos profissionais de saúde das
unidades de saúde públicas e/ou privadas, mediante instrumentos de coleta de dados do
Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN). A Ficha Individual de
Notificação (FIN) e a Ficha Individual de Investigação (FII) são as principais fontes de
detecção dos casos suspeitos de dengue.
Deve-se garantir agilidade no fluxo de informação dos suspeitos de dengue dos
serviços de atendimento para as vigilâncias epidemiológicas e destas para os serviços de
controle de vetores municipais. Da mesma forma, municípios que necessitarem de serviços
complementares do nível regional e central devem garantir agilidade no repasse dessas
informações aos Grupos de Vigilância Epidemiológica e SUCEN regionais.
É fundamental garantir a qualidade e o preenchimento das informações, bem como a
agilidade na coleta e encaminhamento para os serviços de vigilância municipal uma vez que
essas informações serão fonte de dados essenciais para detectar precocemente a
circulação viral e garantir o desencadeamento oportuno das ações de controle e prevenção
PLANO DE INTENSIFICAÇÃO DAS AÇÕES DE VIGILÂNCIA E CONTROLE DA DENGUE ESTADO DE SÃO PAULO, 2011 - 2012
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no nível local. Deve haver uma boa comunicação e agilidade de envio de informação entre
as equipes dos serviços de saúde, as vigilâncias epidemiológicas e o controles de vetores
municipais (figura 3).
Conforme estabelecido na Portaria N° 104, de 25 de janeiro de 2011, item I do Anexo
II, que define a relação de doenças, agravos e eventos em saúde pública de notificação
compulsória imediata os casos suspeitos ou confirmados de doença grave (Dengue com
complicação - DCC, Febre Hemorrágica da Dengue – FHD e Síndrome do Choque da
dengue - SCD) devem ser notificados às Secretarias Municipais e Estaduais em no máximo
24 horas da suspeita inicial.
Trechos relevantes da portaria acima citada:
...Art. 4º Adotar, na forma do Anexo II a esta Portaria, a Lista de Notificação
Compulsória Imediata - LNCI, referente às doenças, agravos e eventos de importância para
a saúde pública de abrangência nacional em toda a rede de saúde, pública e privada.
... § 1º As doenças, agravos e eventos constantes do Anexo II a esta Portaria, devem
ser notificados às Secretarias Estaduais e Municipais de Saúde (SES e SMS) em, no
máximo, 24 (vinte e quatro) horas a partir da suspeita inicial, e às SES e às SMS que
também deverão informar imediatamente à SVS/MS...
...§ 1º Na impossibilidade de comunicação à SMS, a notificação será realizada à
SES, cabendo a esta instituição disponibilizar e divulgar amplamente o número junto aos
Municípios de sua abrangência;...
...§ 4º A notificação imediata realizada pelos meios de comunicação não isenta o
profissional ou serviço de saúde de realizar o registro dessa notificação nos instrumentos
estabelecidos...
...§ 5º Os casos suspeitos ou confirmados da LNCI deverão ser registrados no
SINAN no prazo máximo de 7 (sete) dias, a partir da data de notificação.
A confirmação da suspeita é realizada através de investigação epidemiológica da
presença dos critérios de definição de DCC, FHD e SCD e a confirmação laboratorial
diagnóstica no laboratório de referência IAL central.
A classificação dos casos graves e óbitos são realizados pelo município de
ocorrência e/ou residência do caso. Dificuldades para classificar ou encerrar o caso são
objeto de discussão com o GVE e, se necessário, com a Divisão de Zoonoses do
CVE/CCD/SES-SP.
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Figura 3 - Fluxograma do sistema de informação do caso suspeito de dengue.
Fonte: Secretaria de Vigilância em Saúde/ MS.
A vigilância laboratorial é realizada pela rede Dengue do Estado de São Paulo,
coordenada pelo Instituto Adolfo Lutz (IAL), constituída por uma Unidade Central e 12
Centros de Laboratórios Regionais (CLR) e Laboratórios Municipais credenciados. Cada
laboratório está devidamente equipado para realizar provas laboratoriais conforme tabela 1
do anexo III.
Os laboratórios do IAL recebem amostras para análises de segunda a sexta-feira das
7 às 17 horas. Em períodos epidêmicos o expediente poderá ser estendido para finais de
semana e feriados, em esquema de plantão definidos pelo Laboratório e informado à
Vigilância Epidemiológica.
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Tabela 1 - Prazo de liberação de resultados de dengue pelo Instituto Adolfo Lutz, ESP – 2011. Prazo da liberação dos resultados Resultados e laudos Esse prazo depende da análise a ser realizada (triagem de exames é feita de acordo com as datas de início dos sintomas e da colheita da amostra) ELISA-IgM in house Dengue: mínimo de 3 dias úteis ELISA-IgM Dengue – kit comercial: mínimo de 2 dias úteis Inibição da Hemaglutinação: mínimo de 5 dias úteis NS1 - imunocromatográfico: mínimo de 1 dia útil NS1 - ELISA: mínimo de 2 dias úteis Isolamento de vírus em Cultura de Células: mínimo de 10 dias úteisRT-PCR: mínimo de 5 dias úteis RT-PCR + Sequenciamento: mínimo de 20 dias úteis RT-PCR em Tempo Real: mínimo de 2 dias úteis
O prazo mínimo para análise é contado a partir do recebimento da amostra no Laboratório Passado o período mínimo estabelecido para o exame, os resultados poderão estar disponíveis no SIGH
Fonte: Programa de Vigilância e Controle da Dengue, SES-SP.
Com o objetivo de oferecer maior agilidade o IAL vem implantando a
descentralização de exames para os municípios credenciados. Para isso, os municípios
devem apresentar solicitação de integração do laboratório sob gestão municipal na rede de
Dengue do Estado de São Paulo, preencher o cadastro específico e assumir compromisso
de informar dados de produção e de estoque ao IAL, assegurando o repasse dos resultados
à Vigilância Epidemiológica. O IAL oferece capacitação técnica, supervisão e garante o
repasse de kits fornecidos pela CGLAB aos laboratórios públicos (anexo III).
Atualmente, além do Núcleo de Doenças de Transmissão Vetorial (NDTV) e dos 12
Centros de Laboratórios Regionais outros sete laboratórios credenciados na rede IAL
realizam o diagnóstico sorológico de dengue (tabela 1, anexo III). O diagnóstico laboratorial
das infecções pelo vírus dengue pode ser feito por meio de pesquisa virológica (isolamento
viral, detecção de genoma viral - RT-PCR, histopatológico seguido de pesquisa de
antígenos virais por imunohistoquímica) ou pesquisa sorológica (captura de anticorpos IgM,
detecção de anticorpos IgG e captura de proteína NS1).
As amostras devem ser encaminhadas com a ficha de solicitação de exame do
SINAN corretamente preenchidas e transportadas conforme estabelece o fluxo preconizado
pelo IAL. A coleta e o transporte das amostras são de responsabilidade dos municípios,
conforme recomendação do anexo III.
No ESP a confirmação sorológica (ELISA de captura de anticorpos IgM) de dengue é
realizada para todos os casos suspeitos, até que seja atingido o coeficiente de incidência
segundo população (tabela 2). Todos os casos suspeitos de dengue devem ser confirmados
laboratorialmente até atingir o limite para confirmação por critério clínico-epidemiológico
(tabela 2).
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Tabela 2 - Critério de confirmação de dengue por vínculo clínico-epidemiológico, segundo
população e coeficiente de incidência, Estado de São Paulo.
n° de habitantes Coeficiente de Incidência*
≤ 100.000 ≥ 300 casos/ 100.000 habitantes Entre 100.001 a 149.999 ≥ 200 casos/ 100.000 habitantes Entre 150.000 a 249.999 ≥ 150 casos/ 100.000 habitantes ≥ 250.000 ≥ 100 casos/ 100.000 habitantes
Fonte: Programa de Vigilância e Controle da Dengue, SES-SP. *Para o cálculo do coeficiente de incidência é utilizado o número de casos autóctones confirmados no período de
sazonalidade da dengue dividido pela população (número de casos autóctones com base nos dados do SINAN e população IBGE). Considera-se o período da sazonalidade aquele compreendido entre a SE 27 até a SE 26 do ano seguinte.
Os exames de isolamento de vírus, Inibição da Hemaglutinação e RT-PCR
convencional disponíveis para atender à rede tem aplicação restrita apenas para
casos/situações especiais.
O exame de isolamento de vírus será utilizado para avaliação da genotipagem dos
vírus circulantes. O número de amostras e material para sua realização será definido pelo
IAL em conjunto com a Divisão de Zoonoses CVE seguindo critérios como:
representatividade do Estado, severidade da doença e óbitos, (re)introdução em áreas sem
transmissão no último ano. Similarmente, o teste de Inibição da Hemaglutinação será
realizado seguindo critérios do laboratório, para auxiliar na elucidação de casos em que os
resultados de outros exames foram inconclusivos.
A RT-PCR será empregada como exame complementar ao diagnóstico de casos
graves e óbitos, e outros casos inconclusivos.
A detecção de NS1 será empregada como método de triagem de amostras Dengue-
positivas para serem submetidas à sorotipagem por meio de RT-PCR em Tempo Real. Os
kits serão adquiridos com recursos do IAL, respeitando-se a estimativa feita para o Estado
(quadro de custo e capacidade laboratorial), e serão utilizados nos Laboratórios abaixo
listados, na proporção de 2 kits ELISA/mês no 1º semestre e 1 kit ELISA/mês no 2º
semestre. Cada kit proporciona a análise de aproximadamente 80 amostras.
A realização de exames específicos será disponibilizada segundo critérios definidos
pelo laboratório (tabela 1, anexo III).
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Eixo 2 - Controle de Vetor No que diz respeito ao componente vetorial da dengue é sabido que, assim como de
outras doenças transmitidas por vetores, o seu controle exige trabalho minucioso e radical.
Ao longo do tempo tem-se observado que as atividades que vem sendo desenvolvidas pelos
municípios geralmente não atingem totalidade do espaço urbano e por vezes não encontram
respaldo na referência técnica, que norteia a norma para a realização das atividades que
devem ser realizadas em períodos interepidêmicos e epidêmicos, e que são de
responsabilidade municipal. As avaliações realizadas “in loco” e a análise das informações
geradas pelos municípios, disponíveis no sistema de informação entomológico ratificam esta
afirmação. Nos últimos períodos interepidêmicos foram investidos recursos, por parte do
Estado, em capacitação de equipes municipais nas diversas áreas de atuação para o efetivo
controle da dengue. Os resultados obtidos apontam avanços, tendo sido observado ao longo
do primeiro semestre de 2011 que 59,6% dos municípios que apresentaram transmissão de
dengue tiveram os bloqueios realizados pelas suas próprias equipes, 27,3% necessitaram
de suplementação das equipes da SUCEN e em 13,1% o controle das formas adultas do
vetor foi realizado apenas pela SUCEN. Além disto, pode-se observar que mesmo nos locais
onde há infra-estrutura para o trabalho de controle, não ocorre regularidade na avaliação
das atividades realizadas com comprometimento do planejamento das ações futuras, as
quais deveriam ser embasadas nesta avaliação levando a perda de racionalidade,
comprometendo a qualidade do trabalho e, conseqüentemente, resultando no menor
impacto das mesmas.
Desta forma, e considerando que o sucesso das ações de controle de dengue é
resultado de uma conjunção de esforços das esferas estadual e municipal, propõe-se que,
no período desfavorável à transmissão, correspondente ao segundo semestre do ano, se
acompanhe mais proximamente as ações executadas pelos municípios, auxiliando-os no
processo de avaliação e planejamento. A integração dos serviços estaduais de vigilância
epidemiológica, sanitária, laboratório e do controle de vetores é fundamental para obtenção
de resultados. Além disso, propõe-se, também a utilização de ferramentas atualizadas,
como o geoprocessamento, o que poderá permitir mais facilidade para o acompanhamento
da ocorrência dos casos, ações de bloqueio realizadas e controle de imóveis de risco em
municípios de maior importância epidemiológica. Em consulta à literatura foi verificado que
publicações recentes sobre o controle da dengue em Singapura apontam a integração da
vigilância epidemiológica e controle de vetores como um dos requisitos para melhora no
controle da transmissão de dengue no país.
Por outro lado o acompanhamento da situação dos municípios ao longo do tempo
permitirá que a SUCEN através das suas equipes, com capacidade de concentração de
recursos humanos, equipamentos e mobilidade pelo Estado, possa planejar sua atuação de
PLANO DE INTENSIFICAÇÃO DAS AÇÕES DE VIGILÂNCIA E CONTROLE DA DENGUE ESTADO DE SÃO PAULO, 2011 - 2012
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maneira a suplementar a ação municipal no controle da transmissão instalada em curto
espaço de tempo e em áreas mais extensas, condições imprescindíveis para o controle da
dengue, principalmente no início do período de transmissão.
Uma série de problemas de ordem administrativa e jurídica tem dificultado a
mobilização dessas equipes. Pretende-se com o presente Plano apresentar propostas para
contorná-los, permitindo a SUCEN atuar dentro da especificidade que lhe é pertinente. A
estratégia de controle vetorial a ser adotada para o período interepidêmico 2011-2012 tem
como pressuposto um trabalho intenso de diminuição da oferta de criadouros e redução da
população de formas adultas do vetor em áreas com detecção de transmissão, ao lado da
intensificação do controle em áreas com manutenção da transmissão de dengue.
No controle vetorial serão priorizadas as seguintes ações:
• Controle em imóveis de maior risco:
1. Associar ao tratamento químico o uso de mecanismos legais para a melhoria das
condições ambientais destes tipos de estabelecimentos, devido ao caráter efetivo que
apresentam estas medidas. Para tanto deve-se investir na parceria com a vigilância
Sanitária empregando “check list” para diagnóstico e conduta a ser adotada e inclusão dos
imóveis no cadastro da VS para monitoramento ambiental.
a) Atividade em Pontos Estratégicos:
As ações deverão ser desenvolvidas de acordo com a rotina estabelecida na norma
técnica no decorrer dos meses de agosto a outubro. Neste período a estratégia é a
priorização dos municípios selecionados para acompanhamento por parte da SUCEN,
mediante diagnóstico da capacidade para a realização desta atividade, sendo proposto
capacitar em serviço, orientar e acompanhar aqueles que apresentam condições estruturais
e avaliar a situação dos que demonstram insuficiência de estrutura, buscando alternativas
que permitam a realização das ações. A SUCEN deverá subsidiar as equipes com
equipamentos de pulverização e, quando necessário, atuar de forma suplementar para
garantir a execução das mesmas.
No período em que há elevação dos indicadores, entre os meses de novembro de
2011 a janeiro de 2012, será proposta a intensificação, realizando na primeira pesquisa de
novembro o tratamento de 100% dos todos os criadouros com água e na pesquisa seguinte,
quando do encontro de larvas, o tratamento seletivo conforme a norma técnica.
b) Atividade de Imóveis Especiais:
A avaliação da execução desta atividade tem demonstrado deficiências no
cumprimento da norma técnica, tanto em termos de periodicidade das visitas, quanto na
totalidade dos imóveis cadastrados e qualidade do trabalho. Considerando a elevada
positividade destes imóveis e sua importância na circulação viral, devem ser empreendidos
PLANO DE INTENSIFICAÇÃO DAS AÇÕES DE VIGILÂNCIA E CONTROLE DA DENGUE ESTADO DE SÃO PAULO, 2011 - 2012
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esforços conjuntos no sentido de garantir a execução e manter a positividade em níveis
mais baixos do que aqueles que vêm sendo constatados neste período.
Como parte considerável dos imóveis cadastrados nesta categoria é própria do
Estado, a SUCEN se propõe a recuperação do projeto já existente de prevenção de dengue
em repartições públicas e encaminhar a Secretaria da Saúde e esta ao Governador de
Estado para divulgação as demais Secretarias de Estado.
2. Eliminação sustentável de recipientes:
a) Atividade Casa a casa:
Atividade realizada pelos municípios nas áreas urbanizadas prioritárias selecionadas
com base em indicadores entomológicos pretéritos, no período de agosto a setembro. Será
realizada capacitação em serviço e acompanhamento em campo para garantir a qualidade
das ações, a participação da população e a diminuição e/ou eliminação da reposição de
potenciais criadouros. Baseado em indicadores preconizados na norma técnica, devem ser
selecionadas áreas para intensificação das ações nos meses de novembro e dezembro,
visando eliminação de criadouros potenciais ou específicos, utilizando controle químico focal
quando necessário.
b) Atividades em municípios não infestados:
Nos últimos anos, tem se notado uma tendência de infestação em municípios ainda
sem a domiciliacão do vetor, seguida imediatamente da ocorrência de casos autóctones.
Isso tem causado alguns problemas para o enfrentamento dessa nova situação nesses
locais, devido à falta de estrutura encontrada. As atividades previstas para municípios não
infestados restringem-se à pesquisa de Pontos Estratégicos (sem tratamento químico) e à
pesquisa de armadilhas. A partir da identificação da transmissão o município, além da
necessidade de realização das atividades previstas para municípios infestados (visitas casa
a casa, tratamentos de imóveis de risco, avaliação de densidade larvária, etc.), deverá
executar os bloqueios para contenção da transmissão. Isso tem causado uma série de
inconvenientes, como a demora para adequação dessa estrutura, e conseqüente expansão
da área de transmissão.
Propõe-se articulação da SUCEN junto aos gestores para formação de equipe
mínima mais estruturada, de forma a atuar em delimitações de foco quando de sua
detecção, e em bloqueios, na eventualidade de transmissão.
• Atuação precoce nos locais com detecção de casos:
Há a necessidade de integração das vigilâncias epidemiológicas e controle de
vetores municipal e estadual na identificação de locais (bairros ou municípios) nesta
situação, para rápida intervenção das ações de controle vetorial. A busca ativa de casos
suspeitos definirá a extensão da área a ser trabalhada.
a. Municípios com persistência da transmissão:
PLANO DE INTENSIFICAÇÃO DAS AÇÕES DE VIGILÂNCIA E CONTROLE DA DENGUE ESTADO DE SÃO PAULO, 2011 - 2012
16
Serão selecionados os municípios nesta categoria, de forma conjunta entre vigilância
epidemiológica e controle de vetores, com base na situação epidemiológica do momento e
necessidade de acompanhamento das ações para a sua interrupção com ou sem
suplementação por parte do Estado.
b. Municípios em “início” de transmissão:
A partir da detecção dos casos e estrutura local para ações de controle, deverá ser
analisada, pela vigilância epidemiológica e controle de vetores municipal e estadual, a
situação à luz das informações referentes à existência de casos suspeitos identificados pela
busca ativa e a extensão da área delimitada para bloqueio, além da necessidade de
suplementação das ações de nebulização pela SUCEN.
c. Municípios com circulação de sorotipo 4:
Caso seja identificada circulação desse sorotipo, devem ser priorizadas ações no
sentido de delimitar áreas mais abrangentes para o controle do vetor. No atual momento
foram selecionados em conjunto com a vigilância epidemiológica 15 municípios estratégicos
para monitoramento da circulação viral na região de São José do Rio Preto - São José do
Rio Preto, Mirassol, Catanduva, Votuporanga, Cedral, Catigua, Nova Aliança, Icem, Paulo
de Faria, Cardoso, Monte Aprazível, Bady Bassit, Riolândia, Tanabi e Irapuã. A SUCEN dará
retaguarda para a realização dos bloqueios em momento oportuno, quando for constatada
capacidade estrutural limitada nesses municípios, assim como se responsabilizará pela
capacitação e supervisão das ações em campo.
• Planejamento conjunto para acompanhamento da situação de transmissão por
meio de Geoprocessamento.
Serão selecionados municípios de grande porte para utilização de
geoprocessamento para análise espacial da distribuição dos casos e apoio no planejamento
das ações de bloqueio das formas larvárias, adultas e o controle nos imóveis de risco.
Eixo 3 - Vigilância Sanitária A Vigilância Sanitária tem papel importante no controle da dengue. Sua atuação deve
ocorrer de forma integrada e articulada com as demais instituições que tenham interface
com o tema, inclusive fóruns colegiados, como os Comitês de Bacia Hidrográfica.
Para além do combate direto aos mosquitos, questões associadas à qualidade do
ambiente, especialmente nas cidades, são fundamentais para minimizar riscos da
proliferação da doença. O saneamento ambiental é garantido por um conjunto de medidas e
intervenções nos fatores de risco associados à propagação do vetor, o mosquito Aedes
aegypti.
PLANO DE INTENSIFICAÇÃO DAS AÇÕES DE VIGILÂNCIA E CONTROLE DA DENGUE ESTADO DE SÃO PAULO, 2011 - 2012
17
A limpeza dos ambientes, a aplicação das boas práticas em todas as etapas de
gestão de resíduos sólidos, a manutenção de reservatórios de água devidamente cobertos,
são exemplos de ações que devem ser valorizadas por todos. O saneamento ambiental é
uma forma de se promover saúde.
No que tangue os aspectos relacionados às ações rotineiras de vigilância sanitária,
as inspeções de campo são iniciativas importantes e efetivas para o combate da doença. As
inspeções sanitárias para avaliação e gerenciamento de cenários que favoreçam criadouros
dos mosquitos vetores da dengue não se limitam aos lotes residenciais, pois abrangem
também o comercio, as indústrias, os prédios institucionais e outras atividades geradoras de
risco da proliferação da dengue. A partir da identificação de irregularidades a Vigilância
Sanitária municipal e/ou regional comunica as situações de risco à coordenação de dengue
no âmbito municipal e estadual.
A Vigilância Sanitária, investida que é de poder de polícia administrativa, pode ser
requerida diante da identificação da existência de criadouros de larvas ou mosquitos
transmissores da dengue pelas equipes de controle de endemias ou agentes comunitários
de saúde.
Os Pontos estratégicos (borracharias, ferros-velhos, rodoviárias, ferroviárias,
logradouros públicos, cemitérios, locais com fins de lazer ou religiosos, piscinas de uso
público, dentre outros) e os Imóveis especiais (escolas, shopping centers, presídios, clubes,
hospitais, asilos, dentre outros) são locais sujeitos à inspeção sanitária, seja no contexto do
licenciamento sanitário (Portaria CVS Nº04, de março de 2011), de denúncias ou de
programas especiais.
Em situações nas quais o trabalho de vigilância sanitária é prejudicado (imóveis
fechados, abandonados ou com acesso não permitido pelo proprietário) e há riscos
concretos de transmissão da dengue, é possível solicitar autorização judicial para acesso à
esses locais críticos, conforme orientações constantes no manual “Amparo Legal à
Execução das Ações de Campo” (PNCD/MS, 2006), disponível em
<http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/dengue_amparo_legal_web.pdf>.
Em julho de 2009 foi publicado o Comunicado CVS 162, que dispõe sobre o
cadastramento e vistoria de Ecopontos, assim como a Portaria Conjunta CVS/SUCEN 8,
que dispõe sobre a criação de grupo técnico para implementação de ações preventivas no
controle do vetor da dengue, dirigidas aos setores da indústria, do comércio e construção
civil que produzem ou comercializam materiais passíveis de serem criadouros de Aedes
aegypti ou propiciam condições para a proliferação desse vetor.
O Centro de Vigilância Sanitária (CVS) está elaborando um Comunicado e um
Roteiro de Inspeção de referência para as equipes de Vigilância Sanitária no combate à
dengue.
PLANO DE INTENSIFICAÇÃO DAS AÇÕES DE VIGILÂNCIA E CONTROLE DA DENGUE ESTADO DE SÃO PAULO, 2011 - 2012
18
Eixo 4 – Organização da Assistência O Estado de São Paulo apresenta uma população de aproximadamente 40.000.000
de habitantes distribuídas em 645 municípios, que compõe 64 Regiões de Saúde,
agrupados em 17 Departamentos Regionais de Saúde, com 49.000 leitos disponíveis para o
SUS (base CNES 2009). Nesta dimensão a SES-SP vem trabalhando na ótica da
descentralização organizada do sistema.
A organização dos fluxos de referência e contra referência especializada entre os
diversos serviços dos municípios impõe a conformação de uma rede regionalizada,
hierarquizada. Partindo da premissa que a regulação das referências intermunicipais é de
responsabilidade do gestor estadual, como coordenador do processo de construção das
programações, pactos, desenho da regionalização e das redes, a Secretaria Estadual de
Saúde de São Paulo, desenhou os fluxos entre as regiões e Departamento Regionais de
Saúde, conformando Complexos Reguladores Regionais.
Os Fluxos e as Grades são ferramentas necessárias para o atendimento de urgência
em todo o estado de São Paulo, estando aqui distribuídas conforme CMRR:
• Complexo Regulador Sul/Sudeste congrega a região do DRS I Grande São
Paulo, DRS XVII Taubaté, DRS XII Registro, DRS XVI Sorocaba e DRS IV
Baixada Santista totalizando 150 municípios;
• Complexo Regulador Centro/Leste congrega a região do DRS VII Campinas e
DRS X Piracicaba totalizando 68 municípios;
• Complexo Regulador Centro/Oeste congrega a região do DRS VI Bauru, DRS IX
Marília e DRS XI Presidente Prudente totalizando 176 municípios;
• Complexo Regulador Noroeste congrega a região do DRS XV São José do Rio
Preto, DRS V Barretos e DRS II Araçatuba totalizando 160 municípios;
• Complexo Regulador Nordeste congrega a região do DRS XIII Ribeirão Preto,
DRS VIII Franca, DRS III Araraquara e DRS XIV São João da Boa Vista
totalizando 92 municípios.
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Figura 4 – Mapa da composição por DRS dos Complexos Reguladores no Estado de São
Paulo – 2007.
O “Caderno do Sistema de Regulação de Urgência do Estado de São Paulo” é o
instrumento norteador que identifica todos os hospitais de referência por nível de
complexidade e especialidades e leitos de UTI existentes, através das Grades construídas
por região e departamento.
A regulação do paciente é coordenada pela CRUE-SP com as respectivas CMRR
para exercerem as ações de regulação de urgência inter hospitalares, ininterruptamente, ou
seja, com funcionamento 24 horas.
A CMRR realiza o atendimento das solicitações de urgência e emergência. Para
tanto, dispõe de profissionais Médicos Reguladores e TARM (técnicos auxiliares de
regulação médica), bem como ferramentas de trabalho que auxiliam no melhor desempenho
da Central, conforme as definições de Regulação Médica.
Dentre as ferramentas a serem utilizadas na Central, torna-se imprescindível o
conhecimento dos profissionais quanto o preenchimento da Ficha de Solicitação dos Casos
e a utilização das grades e fluxos de encaminhamentos já determinados e pactuados em
cada Macrorregião de Saúde.
Para normatizar a CMRR, estipulam-se orientações para atendimento e
encaminhamento dos casos regulados.
- Primeira etapa: “Recepção do chamado”
- Segunda etapa: “Abordagem do Caso”
- Terceira etapa: “Resolução dos casos”
Vale ressaltar que as solicitações envolvem diretamente o contato prévio de médico
para médico.
PLANO DE INTENSIFICAÇÃO DAS AÇÕES DE VIGILÂNCIA E CONTROLE DA DENGUE ESTADO DE SÃO PAULO, 2011 - 2012
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Como já descrito anteriormente, todas as referências encontram-se no Caderno do
“Sistema de Regulação de Urgência do Estado de São Paulo”.
Para os períodos epidêmicos as referências estruturadas nas Grades são as que
prevalecem, considerando sempre a avaliação de risco segundo os critérios preconizados
nas diretrizes do Ministério da Saúde, conforme o estadiamento do caso e a necessidade de
leitos de observações, internação ou UTI.
Os Complexos Reguladores visam aperfeiçoar os fluxos dos serviços de suas
respectivas áreas de abrangência de acordo com a programação pactuada. Cada macro
região identifica sua dinâmica de atendimento de saúde e integra os dispositivos de
regulação do acesso, tais como Centrais de Internação, Centrais de Consultas e Exames,
Centrais de Urgências e demais Protocolos Assistências.
Em 2010, foram realizadas Oficinas Regionais com os gestores municipais e
regionais para discutir a Organização da Assistência da Dengue no âmbito municipal e
regional. O produto final da Oficina foi à elaboração de 645 Planilhas com a Organização
dos Serviços para assistência à Dengue que foram pactuadas nos 64 CGRs. Eixo 5 – Ações Integradas de Educação em Saúde, Comunicação e Mobilização Social
O objetivo geral dessas ações é a adesão das pessoas e da sociedade organizada,
de maneira consciente e voluntária, para o enfrentamento da problemática da dengue. O
Comitê Estadual de Mobilização contra Dengue foi criado em outubro de 2002 por ato do
Secretario Estadual de Saúde com objetivo de planejar, coordenar e acompanhar as ações
de mobilização social. Atualmente, o Comitê Estadual está constituído pelos seguintes
setores:
- Setor público da saúde: Conselho de Secretários Municipais de Saúde, CVE, CVS,
Conselho Regional de Farmácia, Coordenação de Vigilância em Saúde do Município de São
Paulo, Agência Nacional de Vigilância Sanitária, Conselho Regional de Medicina do Estado
de São Paulo, Conselho Regional de Psicologia e SUCEN.
- Outras áreas do setor público: CETESB (Companhia Tecnológica de Saneamento
Ambiental), Secretaria Estadual da Educação, Defesa Civil, SABESP, Empresa de Correios
e Telégrafos, Secretaria do Meio Ambiente, Imprensa Oficial do Estado e Empresa
Metropolitana de Água e Energia.
- Setor empresarial: Federação Brasileira de Bancos, Serviço Social da Construção
Civil, Associação. Paulista de Supermercados, Sindicato da Habitação, FACESP, CRECI,
Federação das Indústrias do estado de São Paulo, Associação Nacional da Indústria de
Pneumáticos, Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura, VIVO e Rede Bandeirantes
de Televisão.
PLANO DE INTENSIFICAÇÃO DAS AÇÕES DE VIGILÂNCIA E CONTROLE DA DENGUE ESTADO DE SÃO PAULO, 2011 - 2012
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- Setor de transportes: SOCICAM Terminais de Passageiros, METRÔ, CPTM (Cia.
Paulista de Trens Metropolitano), ECOVIAS, SEST/SENAT, EMTU (Empresa Metropolitana
de Transporte Urbano), ARTESP (Agencia Reguladora de Transportes), NOVA DUTRA e
DERSA.
- Outros: Federação de Mulheres Paulistas e Confederação das Mulheres do Brasil.
Atividades Prioritárias:
o Realização de reuniões periódicas com Comitê Estadual para planejamento e
avaliação de ações de prevenção da dengue dirigidas ao publico interno e
externo às instituições;
o Realização de campanhas estaduais de sensibilização da população.
o Atividades em Imóveis Fechados para Venda e Locação por meio de parceria
com Conselho Regional de Corretores de Imóveis;
o Divulgação de orientações técnicas em cursos de manutenção predial dirigido
a síndicos, porteiros e zeladores por meio de parceria com SECOVI –
Sindicato da Habitação;
o Orientação técnica para CIPA ou grupos internos às instituições para ações
de manutenção de ambiente saudável nos imóveis especiais;
o Parceria com Secretarias de Educação municipais e estadual em apoio a
atividades em escolas dirigidas a alunos, professores, funcionários e pais de
alunos e realização de videoconferência dirigida aos professores da rede
estadual de ensino;
o Parcerias para divulgação de informações e produção de folhetos;
o Parceria com Serviço Social da Construção Civil (SECONCI) e Sindicato da
Construção Civil (SINDUSCON) para realização de trabalho voltado às obras
de construção com o fim de evitar focos de proliferação dos mosquitos,
especialmente em obras paradas;
o Parceria com CRECI, METRO, SOCICAM e outras entidades para produção e
veiculação de filme sobre prevenção da dengue.
O Comitê Estadual tem atividades previstas para o período de agosto de 2011 a
março de 2012 para mobilização da população e participação das ações de controle de
dengue, descritas no Anexo IV.
Além disso, no período de intensificação do controle vetorial, os municípios serão
orientados a realizar ações de comunicação social envolvendo os comitês municipais de
mobilização contra a dengue. O objetivo é manter a população informada sobre a exposição
ao risco de contrair a doença, seus sinais e sintomas e a importância da busca do serviço de
PLANO DE INTENSIFICAÇÃO DAS AÇÕES DE VIGILÂNCIA E CONTROLE DA DENGUE ESTADO DE SÃO PAULO, 2011 - 2012
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saúde para atendimento, notificação dos casos, situação de infestação local e medidas de
controle vetorial.
É importante que sejam divulgadas as atividades que estão sendo realizadas pelo
poder público, bem como o destaque para a importância da participação ativa da população
na vigilância e controle da doença, ressaltando que é a soma de esforços que possibilita o
êxito do programa de controle.
Nos meses de novembro e dezembro de 2011 será realizada campanha de
sensibilização da população, com divulgação massiva para população com mensagem que
associe a eliminação do mosquito (recipientes com água e larvas) com a ocorrência de
casos de dengue, sua gravidade e medidas de controle utilizando temas como: “Para evitar
a dengue, o melhor a fazer é não deixar o mosquito nascer”! e/ou “Não deixe a dengue
estragar suas férias”.
Na divulgação das ações realizadas pelo Estado e Municípios poderão ser utilizados
os diversos canais de comunicação das instituições parceiras do Comitê Estadual de
Mobilização contra Dengue.
A campanha de mídia deverá contemplar informações sobre: O que é Notificar
casos? Por quê? Como fazer? E Para que? Deve ainda destacar a relação entre notificação
de casos e ações de bloqueio da transmissão que são desencadeadas e como a população
pode participar das ações de redução de criadouros.
Em janeiro e fevereiro de 2012, além das medidas permanentes de eliminação de
criadouros, deverão ser divulgadas as condutas adequadas quando da ocorrência de casos
de dengue em crianças e idosos. Deve ser elaborada e divulgada Nota ou Orientação
Técnica para divulgação aos profissionais de saúde, órgãos de representação de classe,
COSEMS e estabelecimentos de saúde e outros. É importante criar e divulgar um canal
específico de comunicação da população com o setor de saúde, em geral: DISQUE
DENGUE.
No mês de fevereiro, a Campanha Estadual de Mobilização Social deverá se
relacionar com a época do carnaval e 0orientar para cuidados para eliminação de criadouros
do mosquito, alerta aos viajantes para os sintomas da dengue e a procura aos serviços de
saúde.
Outros detalhamentos Detalhamento da Campanha de Mídia para Prevenção e
Controle da Dengue da SES-SP 2011 – 2012 poder ser encontrado no anexo IV.
PLANO DE INTENSIFICAÇÃO DAS AÇÕES DE VIGILÂNCIA E CONTROLE DA DENGUE ESTADO DE SÃO PAULO, 2011 - 2012
23
Eixo 6- Capacitação de Recursos Humanos
Conforme estabelecido no Plano de Intensificação das Ações de Vigilância e
Controle da Dengue 2010-2011, ao longo do segundo semestre de 2010 foram realizadas
ações educativas, com capacitações para profissionais da saúde, oficinas preparatórias para
monitores dos níveis regionais (SUCEN/GVE/GVS/IAL), seminário sobre hierarquização de
serviços em situações epidêmicas para Diretores Regionais de Saúde com aplicação do
protocolo de avaliação e clínico do Ministério da Saúde, estabelecimento de
referencia/contra-referência regional e apoio de serviço suplementar, oficinas macro
regionais para diagnóstico situacional e elaboração de proposta de intensificação das ações
de vigilância e controle, capacitação em ações de controle de vetor, descritos a seguir:
Capacitações para municípios prioritários:
• Capacitação de agentes para realização de bloqueio de transmissão em municípios
abaixo de 10 mil habitantes que tiveram transmissão em 2010 e municípios não incluídos
no Plano de Estruturação de 2009 (elaborados e executados pela SUCEN);
• Realização de cinco Oficinas macro regionais para municípios prioritários e regiões
Metropolitanas da Grande São Paulo, Baixada Santista e Campinas com duração de 3
dias. Capacitação para 65 municípios com a participação de 1 coordenador de controle
de vetor, 1 coordenador da vigilância epidemiológica, 1 coordenador da vigilância
sanitária e Secretários Municipais de Saúde dos municípios selecionados, diretor do
Departamento Regional de Saúde (DRS), Regionais da SUCEN, GVEs e GVSs e nível
central (tabela 3);
• Realização de capacitação regional por GVEs para profissionais de saúde, nível
médio e universitário com foco no manejo clínico do suspeito de dengue para médicos,
avaliação de risco e conduta par enfermagem, organização de serviços e treinamento
básico de vigilância epidemiológica em dengue (tabelas 4 e 5).
PLANO DE INTENSIFICAÇÃO DAS AÇÕES DE VIGILÂNCIA E CONTROLE DA DENGUE ESTADO DE SÃO PAULO, 2011 - 2012
24
Tabela 3 - Oficinas macro regionais do Plano de Intensificação das Ações de Vigilância e
Controle da Dengue para municípios Prioritários do PNCD e Regiões Metropolitanas da
Grande São Paulo, Baixada e Campinas, ESP - 2010.
Sede do Treinamento Outras regionais participantes
Nº municípios participantes
Secretários Municipais participantes
S J Rio Preto Jales, Araçatuba, P Prudente 10
Ribeirão Preto
Araraquara, Barretos, Marília, Assis, Bauru, Franca, Sorocaba
17 Barretos,
Ribeirão Preto, Marília,
Campinas Piracicaba, São João da Boa Vista, Taubaté 17
Santos Caraguatatuba 13
Itanhaém, Guarujá, Mongaguá, Santos
(representante), Ubatuba, Peruíbe, Ilha Bela, Cubatão
(representante), São Sebastião, Bertioga
São Paulo Osasco, Santo André, Moji das Cruzes 10 Guarulhos
Total 65 15
Tabela 4 – Treinamento básico de vigilância epidemiológica em dengue, por Grupo de
Vigilância Epidemiológica, ESP - 2 semestre de 2010.
REGIONAIS TOTAL de
profissionais treinados
Araraquara 75 Barretos 33 Franca 39 Ribeirão Preto 67 Caraguatatuba 19 Registro 15 Santos 30 São José dos Campos 8 Taubaté 8 Marília 44 Presidente Prudente 28 Presidente Venceslau 26 Franco da Rocha 64 Piracicaba 64 Total 520
PLANO DE INTENSIFICAÇÃO DAS AÇÕES DE VIGILÂNCIA E CONTROLE DA DENGUE ESTADO DE SÃO PAULO, 2011 - 2012
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Tabela 5 – Capacitações para profissionais de saúde, nível médio e universitário com foco no manejo clínico do suspeito de dengue para médicos, avaliação de risco e conduta par enfermagem e organização de serviços por Grupo de Vigilância Epidemiológica, ESP - junho a dezembro de 2010.
Data GVE
Treinamento de avaliação
de risco para
enfermeiros Nº
participantes
Treinamento de Manejo
clinico para médicos
Nº participantes
Treinamento de organização de
serviço Nº chefes de
serviços participantes
Outros
5 e 6 .10.2010 São José do Rio Preto 202 131 106 30
Barretos 0
19 e 20.10.2010 Campinas 0
19 e 20.10.2010 Araçatuba 108 53 85 0
17.11.10 (Centro) São Paulo 50 33 39 0
18.11.10 (Norte) São Paulo 108 68 42 0
23.11.10 (Sul) São Paulo 126 46 44 0
24.11.10 (Sudeste) São Paulo 121 66 64 0
1.12.10 (Leste) São Paulo 139 44 60 0
26 e 27.10.2010 P. Prudente 81 60 71 40
P.Venceslau 57 50 49 20
4 e 5.11.2010 Piracicaba 90 86 86 0 São João da Boa Vista 57 37 55 0
4 e 5.11.2010 Osasco 102 52 90 4 Franco da Rocha 23 11 28 0
9 e 10.11.2010 Marília 186 46 44 29 Assis 123 48 56 18
10 e 11.11.2010 Ribeirão Preto 0
Araraquara 14
Franca 0
17 e 18.11.2010 Bauru 109 58 108 35
Botucatu 57 46 53 18
23 e 24.11.2010 Jales 93 57 57 33
23 e 24.11.2010
São José dos Campos 2 Taubaté 12 Mogi das Cruzes 68 39 36 9
2 e 3.12.2010 Sorocaba 64 61 91 60
PLANO DE INTENSIFICAÇÃO DAS AÇÕES DE VIGILÂNCIA E CONTROLE DA DENGUE ESTADO DE SÃO PAULO, 2011 - 2012
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Itapeva 41 29 41 38
7 e 8.12.2010 Santos 70 40 58 9 Caraguatatuba 16 10 14 3 Registro 35 11 27 28
7 e 8.12.2010 Sto Andre 124 61 60 7 Diadema 0
Total 30 GVEs 2.250 1.243 1.464 409
Eixo 7- Gestão e recursos financeiros
No estado de São Paulo o enfrentamento da dengue requer um aporte de recursos
considerável, tripartite e intersetorial. O financiamento é realizado com recursos próprios do
Tesouro do Estado, Tesouro dos Municípios e recursos de Transferências
Intergovernamentais. É marcante e histórico no Estado os investimentos realizados
diretamente nos municípios pela SUCEN. Também é de se assinalar o volume de
investimentos realizados na capacitação de profissionais por todo o Estado e o contingente
de recursos humanos, tanto do nível central como do nível regional, colocados a disposição
dos municípios.
Estratégias de ação: • Elaboração do mapeamento das áreas de vulnerabilidade para ocorrência de dengue em
todos os municípios do ESP para o período de julho de 2011 a junho de 2012 por meio
de instrumento padrão (anexo II);
• Avaliação de áreas de vulnerabilidade para ocorrência de dengue em todos os
municípios do ESP através de instrumento padrão para prioridade de ação (anexo II);
• Realização de cinco oficinas macro regionais com objetivo de atualizar o diagnóstico
situacional e construção proposta de ação para 2011 – 2012 coordenadas pelo gestor
regional (coordenação da DRS) com o apoio técnico dos Grupos de Vigilância
Epidemiológica e Sanitária, Instituto Adolfo Lutz Regional e SUCEN regional. O produto
final das Oficinas será a elaboração do Plano Municipal de Intensificação das Ações de
Vigilância e Controle de Dengue 2011-2012 e das Planilhas de Organização de Serviços
para Atenção à Dengue segundo a avaliação de Risco;
• Implantação da sala de situação nos 17 Departamentos Regionais de Saúde (anexo V);
• Monitoramento periódico das ações de intensificação de vigilância e controle regional e
municipal (anexo V). Ressalta-se a importância de da designação de um coordenador
PLANO DE INTENSIFICAÇÃO DAS AÇÕES DE VIGILÂNCIA E CONTROLE DA DENGUE ESTADO DE SÃO PAULO, 2011 - 2012
27
municipal das ações desenvolvidas pela Vigilância Epidemiológica, Vigilância Sanitária,
Controle de Vetor e Assistência;
• Elaboração e implantação de instrumento de notificação rápida dos casos suspeitos de
dengue grave dos serviços de saúde para as VE municipais, GVE e CVE (em
cumprimento ao item I do Anexo II da Portaria N° 104, de 25 de janeiro de 2011 que
define a relação de doenças, agravos e eventos em saúde pública de notificação
compulsória imediata);
• Realização de capacitação regionalizada para profissionais de saúde, nível médio e
superior, em vigilância epidemiológica (TBVED);
• Realização de treinamentos regionalizados nos seguintes temas: 1-manejo clinico com
ênfase em extremos de idade e comorbidades, 2-avaliação de risco e 3-organização de
serviço, fluxo de atendimento, referência contra-referência (Organização CRS integrado
CCD/CVE); • Elaboração de material didático para treinamento de profissionais de saúde em serviço
nos temas de manejo e avaliação de risco (treinamento de 15 minutos);
• Orientação da importância da utilização e distribuição da carteira de acompanhamento
dos casos suspeitos de dengue nos serviços de saúde em todos os níveis de atenção;
• Articulação para otimização de leitos de hidratação a todos os suspeitos classificados
nos grupos B com exames alterados, C e D do protocolo de manejo clínico do Ministério
da Saúde;
• Normatização técnica para:
• Encaminhamento de amostra biológica dos casos graves e óbitos suspeitos de
dengue para IAL-Central com a informação de tratar-se de CASO GRAVE ou
ÓBITO na solicitação de exame;
• Envio de amostras para o monitoramento do(s) sorotipo(s) circulante(s) ou
introduzido(s) nos municípios definidos pela Vigilância Epidemiológica, de acordo
com a capacidade operacional do Laboratório em áreas de transmissão (tabela 3
do anexo III). O monitoramento da circulação de sorotipo viral poderá ser
realizado nos municípios não prioritários pelo PNCD após avaliação dos Grupos
de Vigilância Epidemiológica e IAL;
• Realização dos exames específicos para dengue na Rede IAL, seguindo critérios
definidos pelo Laboratório (anexo III);
• Utilização do método de detecção de NS1 como triagem de amostras Dengue-positivas
para serem submetidas à sorotipagem por meio de RT-PCR em Tempo Real;
• Implementação do credenciamento de laboratórios municipais de Saúde Publica para a
descentralização do teste ELISA de captura de anticorpos IgM kit comercial (anexo III);
PLANO DE INTENSIFICAÇÃO DAS AÇÕES DE VIGILÂNCIA E CONTROLE DA DENGUE ESTADO DE SÃO PAULO, 2011 - 2012
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• Elaboração de Comunicado e Roteiro de Inspeção de referência para as equipes de
Vigilância Sanitária no combate à dengue;
• Estratégias das ações de controle de vetor estão descritas no Eixo 2;
• Inserção da pauta dengue nas mídias regionais;
• Definição de estratégias de comunicação para a mídia local/regional e grande mídia;
• Definição estratégias de comunicação específica para profissionais de saúde com os
enfoques:
o Na identificação dos sintomas dos casos graves e riscos relacionados às
comorbidades;
o Na importância da notificação para desencadear ações de bloqueio bem como
para dar ao Estado a dimensão epidemiológica da doença, e da realização do
exame em tempo oportuno.
• Criação do slogan e identidade do material de comunicação que será produzido
(cartaz, folder, cartilha).
Anexo I
Tabela 1 - Municípios prioritários de dengue segundo critério de classificação, Estado de
São Paulo, 2009.
Município prioritário População
(habitantes) Anos de transmissão Incidência
Acumulada Critério de
seleção* 1. Americana 203.283 8 427,0 3 2. Andradina 56.505 9 8008,1 3 3. Araçatuba 181.143 10 5353,2 2,3 4. Araraquara 199.132 10 874,3 2,3 5. Araras 113.645 10 434,7 3 6. Assis 97.725 6 322,3 3 7. Barretos 112.804 10 3801,3 2,3 8. Barueri 264.619 8 1011,6 3 9. Bauru 355.675 8 744,2 2,3 10. Bebedouro 77.430 9 5433,3 3 11. Birigui 109.451 10 6363,6 3 12. Campinas 1.056.644 10 977,5 1,2,3 13. Caraguatatuba 94.598 7 1937,7 3 14. Catanduva 114.069 9 3376,0 3 15. Cubatão 127.702 10 4026,6 3 16. Fernandópolis 63.414 9 3328,9 3 17. Guarujá 304.274 10 2579,3 3 18. Hortolândia 201.049 8 1030,1 3 19. Ibitinga 52.582 8 793,0 3 20. Itanhaém 85.977 6 1371,3 3 21. Itapevi 201.995 6 1435,2 3 22. Itapira 71.850 5 794,7 3 23. Jaboticabal 72.614 8 555,0 3 24. Jandira 110.325 7 2320,4 3 25. Limeira 278.776 8 464,9 3 26. Lins 72.568 8 3217,7 3 27. Marília 223.454 8 837,3 2,3 28. Matão 77.682 8 408,1 3 29. Mirassol 54.350 9 6966,0 3 30. Mogi Guaçu 138.494 8 661,4 3 31. Moji Mirim 87.800 7 526,2 3 32. Osasco 713.066 8 441,8 3 33. Penápolis 59.183 8 3082,0 3 34. Peruíbe 57.151 6 789,1 3 35. Piracicaba 365.440 9 1779,5 2,3 36. Pirassununga 70.912 5 328,6 3 37. Praia Grande 244.533 10 4994,0 3 38. Ribeirão Preto 558.136 10 2370,2 2,3 39. Rio Claro 189.834 8 1191,0 3 40. Santa Bárbara d'Oeste 187.908 9 483,2 3 41. Santos 417.518 10 6703,7 2,3 42. São João da Boa Vista 83.369 4 50,4 2 43. São José do Rio Preto 414.272 10 7358,9 2,3 44. São Sebastião 72.236 9 3081,566 3
45. São Vicente 328.522 10 3909,936 3 46. Sertãozinho 109.565 9 1212,979 3 47. Sorocaba 576.312 4 49,79941 2 48. Sumaré 237.135 9 1807,831 3 49. Taquaritinga 55.372 7 599,581 3 50. Taubaté 270.918 2 13,28815 2 51. Tupã 64.078 9 1267,206 3 52. Votuporanga 80.819 10 1679,061 3 53. São Paulo 10.990.249 9 45,50397 1,2 54. Franca 327.176 8 41,56784 2 55. Presidente Prudente 206.164 9 273,0836 2 56. Guarulhos 1.279.202 9 180,6595 1 57. Olímpia 50.215 9 4311,461 3
Fonte: SES-SP *Critério 1 - Ser capital de estado ou possuir população acima de um milhão de habitantes; Critério 2 - Ser sede de Departamento Regional de Saúde e ter tido transmissão de dengue nos últimos dez anos; Critério 3 - Ter população acima de cinqüenta mil habitantes, transmissão de dengue em pelo menos cinco dos últimos dez anos e incidência acumulada acima de trezentos casos por cem mil habitantes.
Anexo II
Identificação de áreas de maior vulnerabilidade para ocorrência de dengue no Estado de São Paulo no período de 2011 – 2012
O objetivo dessa avaliação é identificar municípios de maior vulnerabilidade para
ocorrência de dengue no Estado de São Paulo no período de 2011 e 2012 construiu-se
mapa de vulnerabilidade utilizando os parâmetros proposto na Nota Técnica n° 118/ 2010
CGPNCD/DEVEP/SVS/MS. Foi construída uma matriz para a classificação de risco de transmissão por
município, agregando quatro indicadores:
Indicador 1 - Incidência de dengue nos anos epidêmicos entre 2001 a 2010 - Casos confirmados autóctones por município de infecção (fonte SINAN W e NET);
- Período de sazonalidade SE 27 a SE 26, população DATASUS do ano anterior a
avaliação;
- Foram considerados os anos com coeficiente de incidência acima de 100 casos por
100.000 habitantes, incluídos os anos 2001, 2006, 2007, 2010 e 2011 (Tabela 1).
- Os valores de incidência foram distribuídos em ordem decrescente para cálculo dos
interquartis/ano, atribuindo os valores: primeiro quartil – zero; segundo quartil – 1; terceiro
quartil – 5 e quarto quartil – 10. Foi realizada a soma dos valores atribuídos para cada um
dos anos analisados, sendo o resultado da soma novamente categorizado com os seguintes
valores: primeiro quartil – 1; segundo quartil – 2; terceiro quartil – 3 e quarto quartil – 4;
- A esse indicador foi atribuído peso 4.
Tabela 1 – Distribuição do numero de casos confirmados autóctones e coeficiente de
incidência por 100.000 habitantes, ESP de 2001 a 2011. Ano Total de casos
(SE 27 a 26) Coeficiente de incidência
(SE 27 a 26) População (DATASUS)
2001 47.577 128,47 37.032.403 2002 36.907 98,08 37.630.105 2003 20.871 54,67 38.177.734 2004 2.656 6,86 38.709.339 2005 4.982 12,70 39.239.362 2006 54.354 134,40 40.442.820 2007 98.733 240,49 41.055.761 2008 9.112 21,87 41.663.568 2009 6.862 16,73 41.011.635 2010 2011
188.484 76.367
455,45 185,12
41.384.089 41.252.160
Fonte: SINANW e SINAN NET. Atualizado em julho de 2011.
Indicador 2 - Densidade populacional - Calculada utilizando-se população da área urbana IBGE – censo 2010 no numerador e
área urbanizada em km2 no denominador para cada município;
- Os valores foram dispostos em ordem decrescente e categorizados com os seguintes
valores: primeiro quartil – 1; segundo quartil – 2; terceiro quartil - 3 e quarto quartil – 4;
- A esse indicador foi atribuido peso 1.
Indicador 3 - Série histórica usando a positividade de ponto estratégico (PE) no terceiro trimestre dos anos de 2007 a 2010 - Os valores foram categorizados de acordo com os intervalos interquartis, atribuindo a cada
quartil os valores conforme descrito no indicador 1;
- A esse indicador foi atribuído peso 1. Indicador 4 - Valores dos índices de infestação predial obtidos nos LIRAs realizado em outubro de 2011 (não incluído nessa avaliação) - Considerar os valores atualizados de infestação predial obtidos no mês de outubro de 2011
por município;
- Os valores serão dispostos em ordem decrescente e categorizados com os seguintes
valores: primeiro quartil – 1; segundo quartil – 2; terceiro quartil - 3 e quarto quartil – 4;
- A esse indicador será atribuido peso 2.
Nova avaliação de vulnerabilidade deverá ser realizada quando esses dados forem disponíveis.
Esta avaliação considerou apenas os indicadores disponíveis até a presente data
(indicadores 1, 2 e 3). Os valores finais de cada indicador foram somados e os resultados
obtidos foram ordenados e categorizados novamente em quartis, os quais definiram a
vulnerabilidade de cada região (Figura 1):
• Área 1 – primeiro quartil, risco baixo;
• Área 2 – segundo quartil, risco moderado;
• Área 3 – terceiro quartil, risco alto e
• Área 4 – quarto quartil, risco muito alto.
As regiões localizadas nas áreas 3 e 4 refletem maior vulnerabilidade para a circulação do
vírus da dengue.
Figura 1 - Classificação das áreas de vulnerabilidade para ocorrência de dengue por
município de infecção, Estado de São Paulo, 2011 - 2012.
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34
Anexo III
Tabela 1 - Laboratórios que realizam sorologia para dengue (ELISA de captura de IgM e
ELISA ou teste Imunocromatográfico para detecção de NS1), Estado de São Paulo - 2011.
LABORATÓRIO MUNICÍPIO METODOLOGIA
1‐Núcleo de Doenças de Transmissão Vetorial‐NDTV/IAL Central
São Paulo Isolamento de vírus/Imunofluorescência Indireta (sorotipagem de isolados); Inibição da Hemaglutinação; RT‐PCR; RT‐PCR em Tempo Real, ELISA‐IgM in house; ELISA‐IgM comercial; NS1 Fita e ELISA.
2‐IAL Centro de Laboratório Regional Presidente Prudente ELISA‐IgM comercial; NS1 Fita e ELISA.
3‐IAL Centro de Laboratório Regional Ribeirão Preto ELISA‐IgM comercial; NS1 Fita e ELISA
4‐IAL Centro de Laboratório Regional São José do Rio Preto ELISA‐IgM comercial; NS1 Fita e ELISA; RT‐PCR em Tempo Real
5‐IAL Centro de Laboratório Regional Santos ELISA‐IgM comercial; NS1 Fita e ELISA
6‐IAL Centro de Laboratório Regional Campinas ELISA‐IgM comercial; NS1 Fita e ELISA
7‐IAL Centro de Laboratório Regional Rio Claro ELISA‐IgM comercial; NS1 Fita e ELISA
8‐IAL Centro de Laboratório Regional Sorocaba ELISA‐IgM comercial; NS1 Fita e ELISA
9‐IAL Centro de Laboratório Regional Marília ELISA‐IgM comercial; NS1 Fita e ELISA
10‐IAL Centro de Laboratório Regional Bauru/SP ELISA‐IgM comercial; NS1 Fita e ELISA
11‐IAL Centro de Laboratório Regional Santo André ELISA‐IgM comercial; NS1 Fita e ELISA
12‐IAL Centro de Laboratório Regional Taubaté ELISA‐IgM comercial; NS1 Fita e ELISA
13‐ Laborat. Zoonoses e Doenças Transmitidas por Vetores/Pref.Munic
São Paulo ELISA‐IgM comercial; NS1 Fita e ELISA
14‐Laborat. Vigilância Sanitária/ Pref. Munic. de Guarulhos
Guarulhos ELISA‐IgM comercial; NS1 Fita e ELISA
15‐ Laboratório I de Araçatuba Araçatuba ELISA‐IgM comercial; NS1 Fita e ELISA
16‐ Laborat. Municipal de Votuporanga
Votuporanga ELISA‐IgM comercial
17‐ Laboratório Estadual de Jales Jales ELISA‐IgM comercial
18‐ Laborat. Municipal de S J Rio Preto
São José do Rio Preto ELISA‐IgM comercial
19‐ Laborat. Municipal de Fernandópolis
Fernandópolis ELISA‐IgM comercial
Fonte: Instituto Adolfo Lutz CCD/SES-SP em julho de 2011.
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35
Tabela 2 - Normas para coleta, armazenamento e transporte de amostras biológicas para pesquisa de dengue, Instituto Adolfo Lutz. Diagnóstico Técnica Amostra Biológica/ Coleta Volume/ Quantidade Transporte Conservação Observação
1. Isolamento
de Vírus
Cultura de
Células
• Soro
• Plasma
• Sangue total de punção pericárdica
post mortem
• Material de necrópsia ou biópsia:
fragmento de fígado, pulmão, baço,
rins, coração, linfonodos
Obs: usar tubo estéril e
preferencialmente tubos criogênicos
-3ml de soro ou
plasma
-fragmentos de 1-2cm3
de cada órgão
nitrogênio líquido ou
gelo seco
ou
gelo reciclável (até
no máximo 6 horas)
Freezer -70°C
ou Nitrogênio
líquido
-Colher sangue até o 3o dia após o
início dos sintomas (na contagem, não
considerar o dia de iníçio dos
sintomas) -Podem ser usados tubos com gel
separador, sem conservante
-Colocar fragmentos de cada órgão em
tudos separados e identificados.
Obs.: Sorotipagem pela técnica de
Imunofluorescência
2. Sorologia
ELISA – IgM
(kit comercial ou
método in house)
• Soro
• sangue
-3ml de soro colhido
sem anticoagulante ou
-6ml de sangue, colher
sem anticoagulante
Tubos em estante
acondicionada em
caixa de isopor, com
gelo reciclável
Freezer -20oC
ou 4oC por
período <12
horas
Colher amostra após o 6o dia do início
dos sintomas (na contagem, não
considerar o dia do início dos
sintomas)
Inibição de
Hemaglutinação
• Soro
-3ml de soro (1a e 2a
amostras)
Tubos em estante
acondicionada em
caixa de isopor, com
gelo reciclável
Freezer -20oC
ou 4oC por
período <12
horas
1a amostra: fase aguda da doença
2a amostra: fase convalescente (15 a
20 dias após a 1a amostra)
Detecção de conversão sorológica
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36
Detecção de
antígeno NS1
• Sangue total
• Plasma
• soro
-3 ml de soro
(preferencialmente)
-3 ml de sangue total
(colher em tubo com
anticoagulante)
Tubos em estante
acondicionada em
caixa de isopor, com
gelo reciclável
Armazenar
em geladeira
por período
< 24 horas
Disponível para casos graves e óbitos
suspeitos de dengue. Colher amostra
até o 3o dia do início dos sintomas (na
contagem, não considerar o dia do
início dos sintomas)
Em caso de resultado inconclusivo,
solicitar nova amostra no 6º dia, para
realizar MAC-ELISA
3. Biologia
Molecular PCR
• Soro
• plasma
• Sangue total
• Coágulo
• Fragmentos de tecido fresco
Obs: usar tubo estéril
-3 ml de soro colhido
sem anticoagulante
-3ml de sangue ou
coágulo colhido sem
anticoagulante
fragmentos de 1-2cm3.
Obs: enviar em tubo
criogênico estéril
Tubos criogênicos
em Nitrogênio líquido
ou gelo seco
Freezer -70oC
Colher amostra até o 5o dia após o
início dos sintomas
Material de necrópsia: colher amostras
até no máximo 8 horas após o óbito
4. Patologia
Histopatologia e
Imuno-
histoquímica
• Fragmentos de tecidos: cérebro,
coração, pulmão, fígado, baço rins
e linfonodos
Fragmentos de tecidos
de 1cm³ a 2cm³ de
cada órgão, fixados
em formol tamponado
a 10%
Frasco de boca larga
contendo formol
tamponado a 10%,
na quantidade de 20
vezes do volume do
fragmento
Temperatura
ambiente
Acondicionar cada fragmento em
frasco distinto, com identificação do
órgão, nome do paciente legível e data
da coleta
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37
*Tubos criogênicos- são de polipropileno, com tampa de rosca, resistentes a temperaturas extremamente baixas (196°C negativos), e com fechamento
hermético. NUNCA utilizar frascos de vidro para transportar materiais em Nitrogênio líquido! Envolver tubos com gaze e saco plástico e amarrar com
barbante comprido, que deve ser preso às alças do balão ou no canister.
Papeletas de solicitações de exames contendo, no mínimo, as seguintes informações: n° SINAN, Unidade solicitante, Município/Estado solicitante,
nome do paciente, idade, sexo, data do início dos sintomas, data de coleta da amostra, exame solicitado, suspeita clínica.
TODAS as amostras (sangue, soro ou vísceras), especialmente aquelas destinadas a isolamento de vírus e RT-PCR, deverão estar contidas em tubos
estéreis; fragmentos de tecidos deverão ser contidos em tubos separados, e identificados com nome do paciente e tipo de tecido.
Fragmento de tecidos fresco, destinadas ao Isolamento de vírus e/ou RT-PCR devem ser armazenadas e transportadas em baixíssima temperatura,
PORÉM, fragmentos de tecidos fixados em formalina tamponada a 10%, devem ser transportados em temperatura ambiente.
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38
Tabela 3 – Capacidade operacional da Rede de Laboratórios de Dengue, Estado de São
Paulo - 2011.
Exames disponíveis Exames
ELISA de captura de IgM até atingir coeficiente de
incidência*
Detecção de NS1 (ELISA e
imunocromatográfico)
2.400/mês - 1° semestre
1.200/mês - 2° semestre
RT-PCR em Tempo Real 600/mês
RT-PCR convencional Aplicação restrita
Isolamento de vírus Aplicação restrita
Inibição da Hemaglutinação Aplicação restrita * Coeficiente de incidência para confirmação de dengue por vínculo clínico-epidemiológico segundo população estabelecida na
tabela 1.
Tabela 4 - Prazo de liberação de resultados de dengue pelo Instituto Adolfo Lutz, ESP – 2011. Prazo da liberação dos resultados Resultados e laudos
Esse prazo depende da análise a ser realizada (triagem de
exames é feita de acordo com as datas de início dos sintomas
e da colheita da amostra)
ELISA-IgM in house Dengue: mínimo de 3 dias úteis
Inibição da Hemaglutinação: mínimo de 5 dias úteis
NS1 - imunocromatográfico: mínimo de 1 dia útil
NS1 - ELISA: mínimo de 2 dias úteis
Isolamento de vírus em Cultura de Células: mínimo de 10 dias úteis
RT-PCR: mínimo de 5 dias úteis
RT-PCR + Sequenciamento: mínimo de 20 dias úteis
RT-PCR em Tempo Real: mínimo de 2 dias úteis
O prazo mínimo para análise é
contado a partir do recebimento
da amostra no Laboratório
Passado o período mínimo
estabelecido para o exame, os
resultados poderão estar
disponíveis no SIGH
Fonte: Programa de Vigilância e Controle da Dengue, SES-SP.
PLANO DE INTENSIFICAÇÃO DAS AÇÕES DE VIGILÂNCIA E CONTROLE DA DENGUE ESTADO DE SÃO PAULO, 2011 - 2012
39
Tabela 5 – Custo de exames laboratoriais para diagnóstico de Dengue, de acordo com a
capacidade operacional da Rede de Laboratórios de Dengue, ESP – 2011 – 2012.
MESES Capacidade
NS1 a Custo R$ b Capacidade
qPCR a Custo R$ b Capacidade ELISA-IgM a Custo R$ b
Jul 1200 14400 600 48000 2000 18000
Ago 1200 14400 600 48000 2000 18000
Set 1200 14400 600 48000 2000 18000
Out 1200 14400 600 48000 2000 18000
Nov 1200 14400 600 48000 2000 18000
Dez 1200 14400 600 48000 2500 22500
Jan 2400 28800 600 48000 1500 13500
Fev 2400 28800 600 48000 5000 45000
Mar 2400 28800 600 48000 10000 90000
Abr 2400 28800 600 48000 12000 108000
Mai 2400 28800 600 48000 18000 162000
Jun 2400 28800 600 48000 17000 153000
Jul 2400 28800 600 48000 4000 36000
2400 28800 600 48000 2000 18000
Total 26400 R$
316.800,00 8400 R$
672.000,00 82000 R$
738.000,00 Proposta
Fonte de
recursos IAL
Programa de
Dengue /SES-SP PNCD/ MS
a – Necessidades estimadas com base no período de julho.2010 a julho.2011 b - Valores estimados/exame: NS1 – R$ 12,00; qPCR – R$ 80,00; ELISA IgM – R$ 9,00
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40
Anexo IV
Campanha de Mídia para Prevenção e Controle da Dengue 2011 - 2012
A comunicação em saúde deve ser voltada para participação efetiva da população
com o propósito de melhoria do sistema público de saúde em todas as suas dimensões .
O objetivo deve ser o de ampliar a visão da divulgação e persuasão para a
proposição de debate público a respeito de temas de interesse da saúde pública e
assegurar aos indivíduos informações suficientes para a ampliação de sua participação
cidadã nas políticas de saúde.
Períodos:
Novembro e Dezembro de 2011
Divulgação massiva para população: associação direta entre eliminação do mosquito
(recipientes com água e larvas), ocorrência de casos de dengue, divulgar a informação de
que dengue pode ser grave e medidas de controle do mosquito.
Campanha Estadual de Mobilização Social para eliminação de criadouros (novembro de
2011)
• Relacionar a época com os cuidados – “Não deixe a dengue estragar suas férias”.
• Divulgar as ações que serão realizadas pelo Estado e municípios -
Divulgação dos sinais e sintomas de dengue, estímulo à procura do serviço de saúde
para atendimento e notificação dos casos.
– Informar o que é Notificar, por que, como, fazer, quando e para que. Destacar a relação
entre notificação de casos e o desencadeamento das ações de bloqueio da transmissão e
como a população pode participar das ações de controle (redução de criadouros).
Janeiro e Fevereiro de 2012
Divulgar para a população a conduta adequada em casos de dengue, quando em
crianças e idosos, detalhando os sinais de alerta para dengue grave.
Para profissionais de saúde: elaborar e divulgar nota ou orientação técnica sobre
procedimentos quanto a casos suspeitos de dengue grave, para ampla divulgação junto aos
profissionais de saúde, órgãos das categorias profissionais da saúde, COSEMS,
estabelecimentos de saúde e outros.
Dar continuidade a divulgação dos sinais e sintomas de dengue, estímulo a procura
do serviço de saúde para atendimento e notificação dos casos.
Dar continuidade a divulgação de estimulo a participação da população e como pode
participar das ações de controle (redução de criadouros).
PLANO DE INTENSIFICAÇÃO DAS AÇÕES DE VIGILÂNCIA E CONTROLE DA DENGUE ESTADO DE SÃO PAULO, 2011 - 2012
41
Criar e divulgar para a população canal aberto de comunicação com a saúde, em
geral – DISQUE DENGUE –
Em março de 2012 - Campanha Estadual de Mobilização Social para eliminação de
criadouros. Relacionar a época com os cuidados – “Não deixe a dengue estragar sua festa”
ou “Não deixe água parada”! Divulgar para a população as ações que serão realizadas pelo
Estado e municípios, alerta aos sinais e sintomas de dengue e medidas de eliminação de
criadouros.
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42
Anexo V
Orientação para implantação da Sala de Situação de Dengue
Reuniões de trabalho com interlocutores de dengue nas áreas da Vigilância
Epidemiológica, Vigilância Sanitária, SUCEN regional, IAL regional e Departamento
Regional de Saúde já são realizadas sistematicamente em algumas regionais do Estado.
A sala de situação é uma abordagem que pretende fortalecer a gestão regional das
ações integradas de Dengue com a participação desses interlocutores regionais com o
objetivo de monitorar, avaliar e propor estratégias de intervenção para o enfrentamento de
dengue na região. Os encaminhamentos das salas de situação regionais devem ser levados
aos Gestores Municipais e/ou CGRs.
Objetivos secundários: - Receber, consolidar e analisar as informações epidemiológicas, entomológicas,
assistenciais e de mobilização social para o enfrentamento da dengue na região;
- Elaborar semanalmente/quinzenalmente o boletim integrado de dengue no período de
novembro de 2011 a junho de 2012;
- Discutir pontos relevantes relacionados aos óbitos de dengue na região com ênfase no
fluxo e qualidade da assistência (organização do serviço para atendimento do suspeito de
dengue, implantação do protocolo de manejo clínico, profissionais treinados);
- Estabelecer prioridades de ação frente as informações analisadas;
- Elaborar e executar resposta integrada às situações de emergências para o enfrentamento
da dengue;
- Elaboração de plano de comunicação de risco.
Composição: Coordenação: a ser definida pelo grupo
Composição: Departamento Regional de Saúde, Grupo de Vigilância Epidemiológica, Grupo
de Vigilância Sanitária, Instituto Adolfo Lutz Regional e SUCEN regional.
Sugestão de tópicos a serem analisados para subsidiar a discussão e elaboração de
propostas na sala de situação regional.
Vigilância Epidemiológica:
• Situação epidemiológica da dengue na região:
o n° de casos, casos graves, óbitos, letalidade, coeficiente de incidência,
internação, deslocamento de faixa etária (ano corrente e série histórica);
o Região, municípios mais acometidos;
PLANO DE INTENSIFICAÇÃO DAS AÇÕES DE VIGILÂNCIA E CONTROLE DA DENGUE ESTADO DE SÃO PAULO, 2011 - 2012
43
o Avaliar a notificação de casos suspeitos pelos serviços de saúde e agilidade
do repasse da informação para a VE;
o Avaliar a agilidade e qualidade das informações no SINAN;
o Avaliar agilidade da informação para o Controle de Vetor.
Vigilância Laboratorial:
• Situação epidemiológica da dengue na região:
o Avaliar agilidade do encaminhamento de amostras para exames específicos;
o Avaliar agilidade dos resultados para os serviços de saúde e vigilância;
o Avaliar o envio de amostras para monitoramento do(s) sorotipo(s)
circulante(s) ou introduzido(s) nos municípios definidos pela Vigilância
Epidemiológica;
o Avaliar o encaminhamento de amostras para exames específicos dos casos
suspeitos de dengue grave e/ou óbito;
o Avaliar a indicação e necessidade de utilização do método de detecção de
NS1 como triagem de amostras Dengue-positivas para serem submetidas à
sorotipagem por meio de RT-PCR em Tempo Real nos municípios
previamente definidos pela Vigilância Epidemiológica em conjunto com IAL;
o Discutir implementação do credenciamento de laboratórios municipais de
Saúde Publica para a descentralização do teste ELISA de captura de
anticorpos IgM kit comercial;
o Elaboração de consolidado dos resultados sorológicos, por meio de NS1 e
RT- PCR, segundo critérios estabelecidos;
o Elaboração de consolidado da identificação dos sorotipos pela região e
municípios;
Controle de Vetores:
• Situação entomológica na região:
o Monitoramento do índice de infestação predial por meio do LIRAa;
o Proporção semanal de imóveis visitados por área de risco;
o Relatório semanal das ações de bloqueio.
Vigilância Sanitária:
• Mapeamento dos Pontos Estratégicos (PE) e Imóveis Especiais (IE) cadastrados/
licenciados da VISA em conjunto com Controle de Vetor municipal/regional;
• Adoção do Roteiro de Inspeção de referência para as equipes de Vigilância
Sanitária no combate à dengue.
PLANO DE INTENSIFICAÇÃO DAS AÇÕES DE VIGILÂNCIA E CONTROLE DA DENGUE ESTADO DE SÃO PAULO, 2011 - 2012
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Assistência/ Regulação:
Nível regional:
• Número diário de internações por dengue nos hospitais de referência estabelecidos e
pactuados nos CGRs (por meio do Instrumento da Planilha Municipal de
Organização de serviços);
• Monitoramento dos leitos disponíveis para dengue;
Nível municipal, quando indicado elencar municípios prioritários:
• Diagnóstico situacional da região:
o Avaliar a hierarquização dos níveis de atenção ao paciente de acordo com a
complexidade requerida pelas manifestações clínicas do caso (classificação de
risco do suspeito de dengue estabelecida no protocolo de manejo clínico);
o Implantação do protocolo de manejo clínico do Ministério da Saúde nos serviços;
o Implantação de unidades de referência secundária para enfrentamento de
dengue em áreas prioritárias:
o Funcionamento 24 horas;
o Atendimento ambulatorial referenciado e que possibilite acompanhamento
agendado;
o Instalações que possibilitem observação dos pacientes, hidratação VO e EV
o Disponibilidade e/ou acesso facilitado a exames de urgência para
monitoramento dos casos (hemograma, raios-X, ultrassonografia);
o Profissionais capacitados para atendimento;
o Referência/contra referência com serviços da atenção primária e terciária
local e/ou regional;
• Utilização de carteiras de acompanhamento e protocolo de atendimento;
• Existência de planos de estruturação de serviços de saúde, especialmente da
atenção básica;
• Integração com saúde suplementar, cooperativas e associações médicas;
• Discussão da necessidade de capacitação de profissionais médicos e enfermeiros da
atenção básica nos locais de trabalho: UBS, UPAS, PS, hospitais públicos e
privados, mobilizados por meio do CRM, APM e Sindicato dos médicos;
Mobilização social:
• Discussão e elaboração de plano de comunicação de risco pautado nos principais
“nós críticos” relacionados à assistência, controle de vetor, vigilância epidemiológica
e sanitária.
Ressalta-se que as epidemias de dengue têm repercussão em vários níveis da saúde
individual e coletiva inclusive no âmbito político social. As estratégias de comunicação de
PLANO DE INTENSIFICAÇÃO DAS AÇÕES DE VIGILÂNCIA E CONTROLE DA DENGUE ESTADO DE SÃO PAULO, 2011 - 2012
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risco têm o caráter de reduzir este impacto tanto do ponto de vista de gestão municipal
quanto da saúde da população.
Tendo um plano de comunicação que prevê ações para situações de emergência é
possível pautar a mídia regularmente e não ser pautado pelo sensacionalismo e comoção
que os diferentes meios de comunicação de massa podem promover.
As questões discutidas na sala de situação e que resultam na formulação das ações a
serem implantadas são fatos que podem se tornar noticias de interesse para toda a
população.
Exemplo do Fluxo de Operacionalização
Sala Regional de Situação de Dengue - 2012
Informação enviada pelas áreas técnicas
Informação capturada na mídia
Reunião da sala de situação semanal ou emergencial – data horário
Equipe de apoio (áreas técnicas)
Representante DRS e
representantes municipais
Validação das informações, discussão, decisão e definição de ações de intensificação
Elaboração de informe técnico semanal
GESTORES – REGIONAIS E MUNICIPAIS
Apresentação do consolidado das informações e estratégias de ação