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Março de 2009
Plano Municipal de Defesa da
Floresta Contra Incêndios de Grândola
Caderno I – Plano de Acção
Elaborado por:
Comissão Municipal de Defesa da
Floresta Contra Incêndios
FICHA TÉCNICA
Coordenação: Paulo do Carmo (Vereador do Pelouro da Protecção Civil da CMG)
Elaboração: Tânia Costa (Gabinete Técnico Florestal Grândola/Alcácer do Sal)
Comissão Municipal de Defesa da Floresta contra Incêndios de Grândola
Colaboração: André Melrinho, António Rocha (AAG), Emídio Jesus Sobral (proprietário),
Filomena Ruas (CMG), Francisco Chainho (CMG), Francisco Keil Amaral (AFN/NFAL), Gonçalo Santos (CMG), João Pedro Pereira (AFN), João Verde (AFN), José Luís Dias (SMPC), Luís Vital
(CMG), Margarida Tereso (CMG), Nuno Guiomar (AFN/CFS), Ricardo Campaniço (CMG), Rita
Domingos (CMG).
Data: Março/2009
Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios do Concelho de Grândola
Índice geral
ÍNDICE GERAL
1. Enquadramento do Plano no âmbito do Sistema de Gestão Territorial e do Sistema Nacional de Defesa
da Floresta Contra Incêndios ............................................................................................................. 7
2. Análise do risco, da vulnerabilidade aos incêndios e da zonagem do território .................................... 10
2.1. Carta dos Combustíveis Florestais ........................................................................................... 10
2.2. Cartografia do Risco de incêndio ............................................................................................ 13
Mapa de perigosidade ......................................................................................................... 13
Mapa de risco de incêndio ................................................................................................... 14
2.3. Carta de Prioridades de Defesa .............................................................................................. 15
3. Eixos Estratégicos ........................................................................................................................ 17
3.1. Aumento da resiliência do território aos incêndios florestais (1º eixo estratégico) ....................... 17
3.1.1. Levantamento da rede regional de defesa da floresta contra incêndios ............................... 17
Rede de Faixas de Gestão de Combustível e Mosaico de Parcelas de Gestão de Combustível ..... 18
Rede Viária Florestal ........................................................................................................... 22
Rede de pontos de água...................................................................................................... 24
3.1.2. Programa de acção ........................................................................................................ 27
Silvicultura Preventiva no âmbito DFCI ................................................................................. 27
Construção e Manutenção da Rede Regional da Defesa da Floresta Contra Incêndios (RDFCI) ... 28
Síntese das Intervenções preconizadas no programa de acção ................................................ 36
Programa Operacional: Metas, responsabilidades e estimativas de orçamento .......................... 41
3.2. Reduzir a incidência dos incêndios (2º Eixo Estratégico) ........................................................... 48
3.2.1. Sensibilização da população ............................................................................................ 48
Programa Operacional – Metas, indicadores, orçamento e Responsáveis .................................. 49
3.2.2. Fiscalização ................................................................................................................... 52
Programa Operacional – Metas, indicadores, orçamento e Responsáveis .................................. 52
3.3. Melhoria da eficácia do ataque e da gestão dos incêndios (3º Eixo Estratégico) .......................... 55
3.3.1. Avaliação de meios ........................................................................................................ 55
Meios e Recursos ................................................................................................................ 55
Dispositivo operacional de DFCI ........................................................................................... 58
Sectores e Locais Estratégicos de Estacionamento ................................................................. 61
Vigilância e detecção ........................................................................................................... 62
1ª intervenção .................................................................................................................... 64
Combate, rescaldo e vigilância após incêndio ........................................................................ 65
Apoio ao combate ............................................................................................................... 67
3.3.2. Programa operacional das acções de vigilância e detecção, 1ª intervenção, combate, rescaldo
e vigilância pós-incêndio .......................................................................................................... 70
Metas e indicadores ............................................................................................................ 70
Orçamento e Responsáveis .................................................................................................. 70
3.4. Recuperar e Reabilitar os Ecossistemas (4º Eixo Estratégico) .................................................... 73
Conservação do solo e da água ............................................................................................ 74
Manutenção da resiliência dos espaços florestais, da integridade dos ecossistemas e da qualidade
da paisagem ...................................................................................................................... 75
3.5. Adaptação de uma estrutura orgânica eficaz e funcional (5º eixo estratégico) ............................ 78
4. Estimativa de orçamento para implementação do PMDFCI ............................................................... 83
5. Anexos (cartografia de pormenor) ................................................................................................. 84
Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios do Concelho de Grândola
Índice de tabelas e figuras
ÍNDICE DE TABELAS
Tabela 1: Descrição e aplicação a Portugal dos modelos de combustível.
Tabela 2: Descrição das faixas de gestão de combustível.
Tabela 3: Distribuição por freguesia da área ocupada por faixas e mosaicos de parcelas de
gestão de combustível.
Tabela 4: Tipo de vias da rede viária florestal.
Tabela 5: Distribuição da rede viária florestal por freguesia.
Tabela 6: Capacidade da rede de pontos de água por freguesia.
Tabela 7: Distribuição da área ocupada por descrição de faixas e mosaicos de parcelas de
gestão de combustível por meios de execução para 2009-2013.
Tabela 8: Distribuição da rede viária florestal por meios de execução para 2009-2013.
Tabela 9: Metas e indicadores - aumento da resiliência do território aos incêndios florestais.
Tabela 10: Estimativa de orçamento e responsáveis - aumento da resiliência do território aos
incêndios florestais.
Tabela 11: Sensibilização da população – diagnóstico.
Tabela 12: Sensibilização da População – metas e indicadores.
Tabela 13: Sensibilização da população – estimativa de orçamento e responsáveis.
Tabela 14: Fiscalização – Áreas de actuação e Grupos alvo.
Tabela 15: Fiscalização – Metas e Indicadores.
Tabela 16: Fiscalização – estimativa de Orçamento e Responsáveis.
Tabela 17: Entidades envolvidas em cada acção e inventário de viaturas e equipamentos.
Tabela 18: Dispositivo Operacional de DFCI (Fonte: DGRF).
Tabela 19: Procedimentos de actuação nos alertas Amarelo, Laranja e Vermelho.
Tabela 20: Lista geral de contactos.
Tabela 21: Postos de Vigia adjacentes ao município de Grândola.
Tabela 22: Vigilância e detecção, 1ª intervenção, combate, rescaldo e vigilância pós-incêndio.
Tabela 23: Vigilância e detecção, 1ª intervenção, combate, rescaldo e vigilância pós-incêndio –
Orçamento e Responsáveis.
Tabela 24: Principais responsabilidades de cada uma das entidades que constituem a COMDFCI.
Tabela 25: Principais acções a desenvolver no âmbito da actividade da CMDFCI.
Tabela 26: Síntese de estimativa do PMDFCI do Município de Grândola.
Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios do Concelho de Grândola
Índice de tabelas e figuras
ÍNDICE DE FIGURAS
Figura 1: Mapa de combustíveis florestais do concelho de Grândola.
Figura 2: Mapa de perigosidade do concelho de Grândola.
Figura 3: Mapa do risco de incêndio do concelho de Grândola.
Figura 4: Mapa de prioridades de defesa do concelho de Grândola.
Figura 5: Delimitação das faixas de gestão de combustível do concelho de Grândola.
Figura 6: Rede viária florestal do concelho de Grândola.
Figura 7: Rede de pontos de água do concelho de Grândola.
Figura 8: Mapa de construção e manutenção de faixas e mosaicos de parcelas de gestão de
combustível do concelho de Grândola para 2009-2013.
Figura 9: Mapa de construção e manutenção da rede viária florestal do concelho de Grândola
para 2009-2013.
Figura 10: Mapa de intervenções preconizadas nos programas de acção da rede regional de
DFCI do concelho de Grândola para 2009.
Figura 11: Mapa de intervenções preconizadas nos programas de acção da rede regional de
DFCI do concelho de Grândola para 2010.
Figura 12: Mapa de intervenções preconizadas nos programas de acção da rede regional de
DFCI do concelho de Grândola para 2011.
Figura 13: Mapa de intervenções preconizadas nos programas de acção da rede regional de
DFCI do concelho de Grândola para 2012.
Figura 14: Mapa de intervenções preconizadas nos programas de acção da rede regional de
DFCI do concelho de Grândola para 2013.
Figura 15: Esquema de comunicação dos Alertas Amarelo, Laranja e Vermelho (1ª
Intervenção).
Figura 17: Vigilância – Sectores Territoriais e LEE.
Figura 18: Rede de Postos de Vigia e das bacias de visibilidade.
Figura 19: 1ª Intervenção – Sectores Territoriais e LEE.
Figura 20: Combate – Sectores Territoriais e LEE.
Figura 21: Rescaldo e vigilância pós-incêndio.
Figura 22: Mapa I de Apoio ao Combate.
Figura 23: Mapa II de Apoio ao Combate.
Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios do Concelho de Grândola
Acrónimos
ACRÓNIMOS
AFOCELCA – Agrupamento Complementar de Empresas, constituído pelo Grupo Portucel
Soporcel, Celbi e Celulose do Caima para a prevenção e combate dos incêndios
florestais
AFN – Autoridade Florestal Nacional
ANPC – Autoridade Nacional de Protecção Civil
ANSUB – Associação de Produtores Florestais do Vale do Sado
BVG – Bombeiros Voluntários de Grândola
CDOS – Comando Distrital de Operações de Socorro
CMG – Câmara Municipal de Grândola
CMDFCI – Comissão Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios
CNOS – Comando Nacional de Operações de Socorro
DFCI – Defesa da Floresta Contra Incêndios
FGC – Faixas de Gestão de Combustível
FIC – Faixas de Interrupção de Combustível
FRC – Faixas de Redução de Combustível
GNR – Guarda Nacional Republicana
GTF – Gabinete Técnico Florestal
ICNB – Instituto da Conservação da Natureza e da Biodiversidade
NFFL – Northern Forest Fire Laboratory
OPF – Organizações de Produtores Florestais
POM – Plano Operacional Municipal
PMDFCI – Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios
PNDFCI – Plano Nacional de Defesa da Floresta Contra Incêndios
PDM – Plano Director Municipal
PROFAL – Plano Regional de Ordenamento Florestal do Alentejo Litoral
RDFCI – Rede Regional da Defesa da Floresta Contra Incêndios
RNES – Reserva Natural do Estuário do Sado
RAN – Reserva Agrícola Nacional
REN – Reserva Ecológica Nacional
SEPNA – Serviço Especial de Protecção da Natureza
SMPC – Serviço Municipal de Protecção Civil
Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios do Concelho de Grândola
Enquadramento do Plano
1. Enquadramento do Plano no âmbito do Sistema
de Gestão Territorial e do Sistema Nacional de
Defesa da Floresta Contra Incêndios
Ocupando cerca de 70.5% da área do Município de Grândola, a área florestal assume um papel
determinante em matéria de ordenamento do território, de desenvolvimento económico e de
preservação ambiental, sendo fundamental para o futuro da floresta do Município a
implementação de um modelo de desenvolvimento sustentável que permita a valorização e
protecção deste património local.
O Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios (PMDFCI) tem como principal
objectivo definir medidas e acções necessárias à defesa da floresta contra incêndios, que
permitam a implementação das orientações definidas no Plano Nacional de Defesa da Floresta
Contra Incêndios (PNDFCI), pretendendo assim, fomentar a gestão activa da floresta, criando
condições propícias para a redução progressiva dos incêndios florestais.
A Comissão Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios (CMDFCI) do concelho de
Grândola desenvolveu o presente plano, cabendo ao Gabinete Técnico Florestal (GTF) a
elaboração do mesmo que será levado a efeito pelas entidades nele envolvidas e pelos
particulares com interesses na floresta.
O Plano Director Municipal (PDM) de Grândola subdivide os espaços florestais de acordo com a
sua função de produção e protecção, e condiciona a edificabilidade respectiva a cada um deles,
exceptuando-se no caso da Faixa Litoral onde surgem restrições afectas aos diversos domínios.
Considera ainda como espaços naturais e culturais as áreas da Reserva Natural do Estuário do
Sado (RNES), da Orla Costeira, dos cursos de água, lagoas, albufeiras e sapais, dos Biótopos, e
do Património arquitectónico e arqueológico.
Assinaladas na planta de ordenamento estão ainda as áreas com interesse para a conservação
da natureza: estuário do Sado, costa da Galé/lagoa de Melides e serra de Grândola.
Nos terrenos da Reserva Agrícola Nacional (RAN) e da Reserva Ecológica Nacional (REN) estão
interditos actos ou actividades que provoquem a erosão e degradação do solo, não
condicionando qualquer actuação em termos de operações florestais que prejudiquem a defesa
da floresta contra incêndios.
Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios do Concelho de Grândola
Enquadramento do Plano
O Plano Regional de Ordenamento Florestal do Alentejo Litoral (PROFAL)
compatibiliza-se com o PROTALI e assegura a contribuição do sector florestal para a elaboração
e alteração dos restantes instrumentos de planeamento. Merece especial destaque o contributo
regional para a defesa da floresta contra os incêndios, através do enquadramento das zonas
críticas, da necessária execução das medidas relativas à gestão dos combustíveis e da infra-
estruturação dos espaços florestais, mediante a implantação de redes regionais de defesa da
floresta (RDF).
Em zonas de elevado risco de incêndio, o PROFAL indica que o PMDFCI deverá determinar
indicadores de edificabilidade definidos pelos instrumentos de gestão territorial; interdita ou
condiciona fortemente a reclassificação de espaços florestais em urbanos em zonas de risco de
incêndio muito elevado ou elevado, respectivamente. No solo rural, terá de ser salvaguardada a
garantia de distância à extrema da propriedade de uma faixa de protecção nunca inferior a
50m.
O Plano Estratégico Nacional de Desenvolvimento Rural refere que para o aumento do
valor económico das florestas, é fundamental a minimização de riscos, com destaque para os
associados aos incêndios, sendo prioritário a melhoria da gestão, ordenamento dos
povoamentos e infra-estruturas dos espaços florestais. Identifica o elevado risco de incêndio
como factor determinante à perda de biodiversidade e valor paisagístico. O risco de erosão,
associado à ocorrência de anos de seca e uma destruição frequente do coberto vegetal,
nomeadamente pela ocorrência de incêndios, leva a que uma parte importante do território
continental tenha um nível de susceptibilidade à desertificação elevado (11% do território) ou
moderado (60% do território). Grândola identifica-se como um dos concelhos com
susceptibilidade à desertificação superior a 50%.
O Programa Nacional da Política de Ordenamento do Território faz referência aos
planos de defesa da floresta contra incêndios em articulação com as estratégias de
desenvolvimento rural que foram definidas ao nível regional, fornecendo orientações concretas
sobre ocupação e gestão de áreas florestais a incorporar nos PROT e PDM.
O Plano Sectorial da Rede Natura 2000 é um instrumento de gestão territorial, de
concretização da política nacional de conservação da diversidade biológica, visando a
salvaguarda e valorização dos Sítios e das Zonas de Protecção Especial (ZPE) para a avifauna
do território continental, bem como a manutenção das espécies e habitats num estado de
conservação favorável nestas áreas. Na sua essência, é um instrumento para a gestão da
biodiversidade. Apresenta a caracterização dos habitats naturais e semi-naturais e das espécies
da flora e da fauna presentes nos Sítios e ZPE e define as orientações estratégicas para a
Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios do Concelho de Grândola
Enquadramento do Plano
gestão do território abrangido por aquelas áreas, considerando os valores naturais que nele
ocorrem, com vista a garantir a sua conservação a médio e a longo prazo.
É neste quadro institucional e organizacional que se deverão enquadrar as operações de
combate a incêndios florestais, principalmente no que diz respeito à coordenação dos diferentes
agentes da protecção civil que poderão ser chamados a intervir, não só para promover as
acções de combate ao fogo, como também para prestar apoio logístico aos diferentes grupos
operacionais destacados e à população afectada.
Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios do Concelho de Grândola
Análise do risco, da vulnerabilidade aos incêndios e da zonagem do território
2. Análise do risco, da vulnerabilidade aos
incêndios e da zonagem do território
2.1. CARTA DOS COMBUSTÍVEIS FLORESTAIS
A cartografia de risco foi elaborada baseando-se na actualização do uso do solo, através do
exposto no capítulo 4.1 do Caderno II. De uma forma resumida, pode-se dizer que foi realizada
foto-interpretação em parte do território de Grândola, sendo que no restante território se
utilizaram dois métodos distintos a partir do uso da cartografia cedida pela Associação de
Municípios do Litoral Alentejano.
A utilização dos modelos de combustível seguiu a classificação criada pelo Northern Forest Fire
Laboratory (NFFL), com a descrição de cada modelo à qual foi adicionado uma orientação da
aplicabilidade ao território continental desenvolvida por Fernandes, P.M. (Tabela 1).
Figura 1: Mapa de combustíveis florestais do concelho de Grândola.
Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios do Concelho de Grândola
Análise do risco, da vulnerabilidade aos incêndios e da zonagem do território
A Figura 1 apresenta-nos a distribuição dos modelos de combustível no concelho de Grândola,
revelando-nos a importância dos modelos 6 e 2 comparativamente aos restantes modelos.
Pela análise dos dados do mapa, pode-se constatar que os modelos de combustível
predominantes são, por ordem decrescente, o 6 (28,9%), o 2 (23.9%) e o 1 (21.4%), estando
estes dois últimos associados ao grupo das herbáceas, em que a velocidade de propagação pelo
pasto fino é comparativamente superior aos restantes grupos. O modelo 6 e 5 (17,8%),
mostram-nos a importância do grupo arbustivo no território, revelando-nos grandes
preocupações em zonas sensíveis como a serra de Grândola e parte da faixa litoral do concelho
(Tabela 1). Neste grupo encontramos ainda, apesar de menos significativos, o modelo 7 com
5,9% e o modelo 3 com 0,2% é encontrado em alguns pomares abandonados. O modelo 0
(1.8%) corresponde às superfícies aquáticas e aglomerados populacionais, zonas sem
vegetação. E por último o modelo 4 com 0,04% do território.
É de referir ainda que o grupo associado aos resíduos lenhosos, como os sobrantes de
exploração florestal, não foi integrado na cartografia, por se ter assumido que tais resíduos têm
um dinamismo evidente associado à queima respectiva, prevista no Decreto-Lei n.º 124/2006,
de 28 de Junho.
Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios do Concelho de Grândola
Análise do risco, da vulnerabilidade aos incêndios e da zonagem do território
Tabela 1: Descrição e aplicação a Portugal dos modelos de combustível.
Grupo Modelo Descrição Aplicação
Herbáceo
1
Pasto fino, seco e baixo, com altura abaixo do joelho,
que cobre completamente o solo. Os matos ou as
árvores cobrem menos de 1/3 da superfície. Os
incêndios com grande velocidade pelo pasto fino. As
pastagens com espécies anuais são exemplos típicos.
Montado. Pastagens anuais ou perenes.
Restolhos.
2
Pasto contínuo, fino, seco e baixo, com presença de
matos ou árvores que cobrem entre 1/3 e 2/3 da
superfície. Os combustíveis são formados pelo pasto
seco, folhada e ramos caídos da vegetação lenhosa. Os
incêndios propagam-se rapidamente pelo pasto fino.
Acumulações dispersas de combustíveis podem
incrementar a intensidade do incêndio.
Matrizes mato/herbáceas resultantes de
fogo frequente (e.g. giestal). Formações
lenhosas diversas (e.g. pinhais, zimbrais,
montado)
3
Pasto contínuo, espesso e (>=1m) 1/3 ou mais do pasto
deverá estar seco. Os incêndios são mais rápidos e de
maior intensidade.
Campos cerealíferos (antes da ceifa).
Pastagens altas. Feteiras. Juncais.
Arbustivo
4
Matos ou árvores jovens muito densos, com cerca de
2m de altura. Continuidade horizontal e vertical do
combustível. Abundância do combustível lenhoso morto
(ramos) sobre as plantas vivas. O fogo propaga-se
rapidamente sobre as copas dos matos com grande
intensidade e com chamas grandes. A humidade dos
combustíveis vivos tem grande influência no
comportamento do fogo.
Qualquer formação que inclua um
estrato arbustivo e contínuo (horizontal
e verticalmente), especialmente com %
elevadas de combustível morto:
carrascal, tojal, urzal, esteval, acacial.
Formações arbóreas jovens e densas
(fase de novedio) e não caducifólias.
5
Mato denso mas baixo, com uma altura inferior a 0,6 m.
Apresenta cargas ligeiras de folhada do mesmo mato,
que contribui para a propagação do fogo em situação de
ventos fracos. Fogos de intensidade moderada.
Qualquer formação arbustiva jovem ou
com pouco combustível morto. Sub-
bosque florestal dominado por silvas,
fetos ou outra vegetação sub-lenhosa
verde. Eucaliptal (> 4 anos de idade)
com sub-bosque arbustivo baixo e
disperso, cobrindo entre 1/3 e ½ da
superfície
6
Mato mais velho do que no modelo 5, com alturas
compreendidas entre os 0,6 e os 2 metros de altura. Os
combustíveis vivos são mais escassos e dispersos. No
conjunto é mais inflamável do que o modelo 5. O fogo
propaga-se através do mato com ventos moderados a
fortes.
Situações de dominância arbustiva não
enquadráveis nos modelos 4 e 5.
Regeneração de Quercus pyrenaica
(antes da queda da folha).
7
Mato de espécies muito inflamáveis, de 0,6 a 2 metros
de altura, que propaga o fogo debaixo das árvores. O
incêndio desenvolve-se com teores mais altos de
humidade do combustível morto do que no outros
modelos, devido à natureza mais inflamável dos outros
combustíveis vivos.
_
Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios do Concelho de Grândola
Análise do risco, da vulnerabilidade aos incêndios e da zonagem do território
2.2. CARTOGRAFIA DO RISCO DE INCÊNDIO
Para a elaboração da cartografia do risco de incêndio foi seguido o modelo de risco adoptado
pela Autoridade Florestal Nacional (2006), e por conseguinte os seus valores de referência e
fontes de informação. Neste Capítulo são apresentadas as cartas de risco de incêndio e a de
prioridades de defesa da floresta contra incêndios do Município de Grândola, expondo-se
resumidamente as metodologias utilizadas para as obter.
MAPA DE PERIGOSIDADE
O mapa da perigosidade (Figura 2) retrata “a probabilidade de ocorrência, num determinado
intervalo de tempo e dentro de uma determinada área, de um fenómeno potencialmente
danoso” (Varnes, 1984). Combinando a probabilidade e a susceptibilidade, este mapa apresenta
o potencial de um território para a ocorrência do fenómeno, permitindo responder “onde tenho
maior potencial para que o fenómeno ocorra e adquira maior magnitude?”.
Figura 2: Mapa de perigosidade do concelho de Grândola.
Na Figura 2 pode consultar-se a perigosidade de incêndio florestal do concelho de Grândola. A
partir da sua análise constata-se que a maioria dos espaços do concelho apresenta classes de
perigosidade baixa (50% da área total do concelho), a muito baixa (25% da área total do
concelho), e que apenas cerca 14% da área total do concelho apresenta perigosidade muito
Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios do Concelho de Grândola
Análise do risco, da vulnerabilidade aos incêndios e da zonagem do território
alta, não tendo grande expressão a área de perigosidades média e alta (8% para cada uma
delas).
MAPA DE RISCO DE INCÊNDIO
O mapa de risco de incêndio retrata a “a probabilidade de que um incêndio florestal ocorra num
local específico, sob determinadas circunstâncias, e as suas consequências esperadas,
caracterizadas pelos impactes nos objectos afectados” (Bachmann e Allgöwer, 1998).
Combinando as componentes do mapa de perigosidade com as componentes do dano potencial
(vulnerabilidade e valor) permite indicar qual o potencial de perda em face do fenómeno,
respondendo à questão “onde tenho condições para perder mais?”.
Figura 3: Mapa do risco de incêndio do concelho de Grândola.
Na Figura 3 apresenta-se o rico de incêndio florestal para o concelho de Grândola, podendo
concluir-se que a maioria do concelho apresenta um risco médio 45% da área total do
concelho, existindo apenas 15% e 10% da área total do concelho com probabilidade muito alta
e alta, respectivamente.
Na área respeitante à Rede Natura 2000 e RNES, o risco de incêndio elevado foi observado nos
povoamentos de pinheiro e eucalipto, em oposição a zonas dunares com vegetação muito
Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios do Concelho de Grândola
Análise do risco, da vulnerabilidade aos incêndios e da zonagem do território
esparsa, vegetação hidrofítica palustre e de salgados, verificando-se essencialmente na área da
Reserva, na zona central da Península de Tróia. A todas as zonas húmidas, incluindo águas
estuarinas, vasas, vegetação hidrofítica, palustre, aquática e parte da vegetação de salgados foi
atribuído risco baixo, apesar do seu elevado valor conservacionista.
2.3. CARTA DE PRIORIDADES DE DEFESA
O mapa de prioridades de defesa (Figura 4) retrata os principais elementos em risco,
considerados prioritários, onde se incluíram elementos que, pelas suas características, foram
difíceis de valorar (e.g. maior valor ecológico).
Foram também identificadas manchas prioritárias de defesa correspondendo a zonas onde
existem deficiências que impedem um correcto e mais eficaz combate. Correspondem à
ausência de caminhos operacionais (tipo de piso ou inexistência), falhas na comunicação e
presença de manchas florestais contínuas e não geridas, com elevada susceptibilidade ou valor
económico.
Na prática o Mapa de Prioridades de Defesa apresenta as manchas de risco de incêndio Alto e
Muito Alto sobre as quais estão projectados os elementos de maior valor. Este mapa identifica
claramente as localizações e limites dos elementos que se constituem como prioritários em
termos de defesa.
No concelho de Grândola consideraram-se como prioritários, além dos aglomerados
populacionais a seguir listados, alguns pontos designados de notáveis pelas características de
ocupação e usufruto pela população. As áreas notáveis correspondem a manchas florestais com
deficiências ao nível da rede viária florestal, tipo de solo, comunicações, valor associado, etc.
Incluem-se nestas a Herdade da Nogueira pertencente ao MADRP, e a RNES e Rede Natura
2000 pelo seu elevado valor ecológico.
Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios do Concelho de Grândola
Análise do risco, da vulnerabilidade aos incêndios e da zonagem do território
Figura 4: Mapa de prioridades de defesa do concelho de Grândola.
Aglomerados Populacionais Pontos Notáveis
1. Água Derramada 27. Parque de Campismo da Galé
2. Aldeia da Justa 28. Parque de Campismo de Melides
3. Aldeia do Futuro 29. Instalações Navais de Tróia
4. Aldeia do Pico 30. Pinheiro da Cruz – serviços prisionais
5. Amoreiras / Liberdade 31. Equipamentos para desporto e lazer
6. Azinheira de Barros 32. Penha
7. Bairro da Linha
8. Bairro Novo dos Cadoços
9. Brejinho de Água
10. Cadoços Áreas Notáveis
11. Canal Caveira 33. Santa Margarida da Serra
12. Carvalhal 34. Melides
13. Caveira 35. Carvalhal
14. Galé 36. Brejo da Amada
15. Grândola 37. Herdade da Nogueira
16. Lagoa Formosa 38. RNES – sapal e Mata Botânica
17. Lousal 39. Povoamentos do Lousal
18. Muda
19. Paragem Nova
20. Pinheiro da Cruz
21. Praia de Melides
22. Santa Margarida da Serra
23. Silha do Pascoal
24. Tirana / Isaías
25. Vale de Figueira
26. Valinho da Estrada
Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios do Concelho de Grândola
Aumento da resiliência do território aos incêndios florestais (1º eixo estratégico)
3. Eixos Estratégicos
O PMDFCI do concelho de Grândola centra-se em 5 eixos estratégicos, definidos no PNDFCI,
aprovado pela Resolução de Conselho de Ministros n.º65/2006, de 26 de Maio, sendo eles:
1º Eixo estratégico: Aumento da resiliência do território aos incêndios florestais
2º Eixo estratégico: Redução da incidência dos incêndios
3º Eixo estratégico: Melhoria da eficácia do ataque e da gestão dos incêndios
4º Eixo estratégico: Recuperar e reabilitar ecossistemas
5º Eixo estratégico: Adaptação de uma estrutura orgânica funcional e eficaz
Cada um destes eixos estratégicos preconizam objectivos e metas definindo acções baseadas
na informação base do Caderno II e no capítulo 2 do Caderno I.
3.1. AUMENTO DA RESILIÊNCIA DO TERRITÓRIO AOS INCÊNDIOS
FLORESTAIS (1º EIXO ESTRATÉGICO)
Neste eixo de actuação, o objectivo estratégico passa por promover a gestão multifuncional dos
espaços florestais e intervir preventivamente em áreas estratégicas, protegendo as zonas de
inter-face urbano-florestal e implementando programas de redução de combustíveis, de forma a
diminuir a intensidade e área percorrida por grandes incêndios e facilitar as acções de pré-
supressão e supressão.
3.1.1. Levantamento da rede regional de defesa da floresta contra incêndios
De acordo com o Art.º 12º do Decreto-Lei n.º 124/2006, as redes regionais de defesa da
floresta contra incêndios (RDFCI) concretizam territorialmente, de forma coordenada, a infra-
estruturação dos espaços rurais decorrente da estratégia do planeamento regional de defesa da
floresta contra incêndios. A RDFCI é constituída por um conjunto de redes, nomeadamente:
Rede de faixas de gestão de combustível
Mosaico de parcelas de gestão de combustível
Rede viária florestal
Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios do Concelho de Grândola
Aumento da resiliência do território aos incêndios florestais (1º eixo estratégico)
Rede de pontos de água
Rede de vigilância e detecção de incêndios
Rede de infra-estruturas de apoio ao combate de incêndios.
REDE DE FAIXAS DE GESTÃO DE COMBUSTÍVEL E MOSAICO DE PARCELAS DE GESTÃO DE
COMBUSTÍVEL
A gestão dos combustíveis existentes nos espaços rurais é realizada através de faixas e de
parcelas, situadas em locais estratégicos para a prossecução de determinadas funções, onde se
procede à modificação e à remoção total ou parcial da biomassa presente.
As faixas de gestão de combustível constituem redes primárias, secundárias e terciárias, tendo
em consideração as funções que podem desempenhar, quer sejam de diminuição da superfície
percorrida por grandes incêndios (permitindo e facilitando uma intervenção directa de combate
ao fogo), de redução dos efeitos da passagem de incêndios (protegendo de forma passiva vias
de comunicação, infra-estruturas e equipamentos sociais, zonas edificadas e povoamentos
florestais de valor especial), ou ainda de isolamento de potenciais focos de ignição de
incêndios.
Figura 5: Delimitação das faixas de gestão de combustível do concelho de Grândola.
Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios do Concelho de Grândola
Aumento da resiliência do território aos incêndios florestais (1º eixo estratégico)
As FGC e os Mosaicos de Parcelas de Gestão de Combustível subdividem-se em Faixas de
Redução de Combustível (FRC) e Faixas de Interrupção de Combustível (FIC). Nas FRC
procede-se à remoção parcial do combustível de superfície (herbáceo, sub-arbustivo e
arbustivo), à supressão da parte inferior da copa e à abertura de povoamentos. Por sua vez,
nas FIC, procede-se à remoção total do combustível vegetal.
Na delimitação das faixas de gestão de combustível assinaladas na Figura 5, teve-se em
consideração o tipo de edificações e de infra-estruturas presentes no concelho, tendo-se
considerado como largura mínima os valores apresentados na tabela 2, definidos no Art.º 15º
do Decreto-Lei n.º 124/2006. De sublinhar ainda que, segundo este mesmo artigo, a largura da
faixa é contada a partir dos carris externos, no caso da linha ferroviária, ou a partir da
projecção vertical dos cabos condutores exteriores, no caso das linhas eléctricas de alta e muito
alta tensão, etc.
Tabela 2: Descrição das faixas de gestão de combustível.
Faixas de gestão de combustível
Descrição Largura da faixa (m)
Aglomerados populacionais inseridos ou confinantes com espaços florestais 100
Parques e polígonos industriais inseridos ou confinantes com espaços florestais 100
Gasoduto 10
Parques de campismo 10
Rede viária (com o objectivo de apoiar o combate e estabelecer descontinuidade de
combustíveis nas manchas contínuas de vegetação)
10
Rede ferroviária (em espaços florestais) 10
Rede eléctrica de alta e muito alta tensão (em espaços florestais) 10
Rede eléctrica de média tensão (em espaços florestais) 8
A distribuição por freguesia da área ocupada por descrição de faixas e mosaicos de parcelas de
gestão de combustível está representada na tabela seguinte. A partir da sua análise, pode
concluir-se que as FGC são principalmente de apoio à DFCI dos aglomerados populacionais,
integrados em espaços rurais, apesar da área social no concelho não ter uma expressão
significativa (0.78% da totalidade do território). Refira-se ainda a importância das redes de alta,
muito alta e média tensão com valores a rondar os 232,4ha.
Verifica-se ainda que as freguesias que mais se destacam com maior área de faixas de gestão
de combustível são Grândola com 505,7ha, Melides com 320,5ha, Carvalhal com 292,3,
Azinheira dos Barros com 92,3ha, e Stª Margarida da Serra com 64,8ha.
Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios do Concelho de Grândola
Aumento da resiliência do território aos incêndios florestais (1º eixo estratégico)
Tabela 3: Distribuição por freguesia da área ocupada por faixas e mosaicos de parcelas de gestão de
combustível.
Freguesia Código da descrição
da faixa/mosaico Descrição da Faixa/Mosaico Área (ha) %
Azin
he
ira d
os B
arr
os e
S.
Ma
me
de d
o S
ad
ão
002 Aglomerados populacionais 9,3 0,05
004 Rede viária 655,3 3,8
005 Rede de linha férrea 17,5 0,1
010 Rede de média tensão 21,8 0,13
011 Áreas agrícolas 3.621,81 20,0
011 Superfícies aquáticas 50,1 0,3
Sub-Total 4.375,8
Ca
rva
lha
l
002 Aglomerados populacionais 130,5 2,0
003 Instalações Navais de Tróia 6,8 0,11
004 Rede viária 93,2 1,5
006 Gasoduto 2,1 0,03
010 Rede de média tensão 14,9 0,23
011 Áreas agrícolas 89,81 1,4
011 Superfícies aquáticas 31,84 0,5
Sub-Total 369,2
Grâ
nd
ola
002 Aglomerados populacionais 191,6 0,53
003 Parques e polígonos industriais e outros 3,6 0,01
004 Rede viária florestal 891,0 2,45
005 Rede de linha férrea 21,7 0,06
006 Gasoduto 1,2 0,00
007 Rede de alta e muito alta tensão 51,8 0,14
010 Rede de média tensão 30,4 0,08
011 Áreas agrícolas 5.959,4 16,38
011 Superfícies aquáticas 42,1 0,12
Sub-Total 7.192,7
Me
lid
es
002 Aglomerados populacionais 110,3 0,7
003 parques campismo 46,7 0,3
004 Rede viária florestal 352,7 2,3
006 Gasoduto 8,6 0,06
007 Rede de alta e muito alta tensão 23,7 0,15
010 Rede eléctrica de média tensão 14,3 0,09
011 Superfícies aquáticas 15,1 0,10
011 Áreas Agrícolas 999,4 6,44
Sub-Total 1.570,8
Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios do Concelho de Grândola
Aumento da resiliência do território aos incêndios florestais (1º eixo estratégico)
Tabela 3 (cont.)
Freguesia Código da descrição
da faixa/mosaico Descrição da Faixa/Mosaico Área (ha) %
Stª
. M
arg
ari
da
da S
err
a 002 Aglomerados populacionais 14,9 0,28
004 Rede viária florestal 112,9 2,15
007 Rede de alta e muito alta tensão 25,6 0,49
010 Rede eléctrica de média tensão 7,47 0,14
011 Áreas Agrícolas 256,0 4,89
Sub-Total 416,8
TOTAL 002 456,6 0,57
TOTAL 003 57,1 0,07
TOTAL 004 2.105,2 2,61
TOTAL 005 39,2 0,05
TOTAL 006 11,9 0,01
TOTAL 007 101,2 0,13
TOTAL 010 88,9 0,11
TOTAL 011 11.065,4 13,70
TOTAL FGC E MOSAICOS 13.925,4 17,24
«Mosaico de parcelas de gestão de combustível», segundo o Decreto-Lei n.º 124/2006, define-
se como o conjunto de parcelas do território no interior dos compartimentos definidos pelas
redes primária e secundária, estrategicamente localizadas, onde através de acções de
silvicultura se procede à gestão dos vários estratos de combustível e à diversificação da
estrutura e composição das formações vegetais, com o objectivo primordial de defesa da
floresta contra incêndios.
Neste contexto, consideraram-se como mosaicos de parcelas de gestão de combustíveis as
áreas agrícolas de área superior a 10ha (inclui também arrozais, pedreiras, saibreiras e minas a
céu aberto), superfícies aquáticas interiores e áreas ardidas nos últimos 3 anos (2006-2008). Da
análise da Tabela 3 podemos verificar a importância que estes têm na totalidade do concelho
de Grândola (17%). Ao nível das freguesias, destacam-se as freguesias de Grândola com
7.192ha, seguida de Azinheira de Barros com 4.376ha e Melides com 1.571ha. Dos elementos
que formam os mosaicos, são as áreas agrícolas as que contribuem com maior área para todas
as freguesias do concelho, reforçando o exposto no mapa dos combustíveis onde a grande
preocupação seria o grupo herbáceo com maior velocidade de propagação de incêndios.
Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios do Concelho de Grândola
Aumento da resiliência do território aos incêndios florestais (1º eixo estratégico)
REDE VIÁRIA FLORESTAL
A rede viária foi elaborada parcialmente em gabinete com o apoio da Associação de Agricultores
de Grândola, sendo a restante validada no terreno com o apoio dos BV Grândola, e da própria
CMG. O recurso aos orto-fotomapas foi mais uma vez indispensável para um melhor
planeamento de trajectos a percorrer.
Definiram-se primeiramente os troços principais relacionados com o Plano Rodoviário Nacional
(PRN), nomeadamente, estradas de interesse nacional e supra-municipal e o Plano de Estradas
e Caminhos Municipais, onde se inserem as redes de estradas municipais e de outros caminhos
públicos (Figura 6). Posteriormente, cartografaram-se as redes de vias florestais (estradas e
caminhos florestais, estradões florestais e trilhos florestais), agrícolas (caminhos rurais de
ligação, caminhos agrícolas principais, secundários e terciários) e outras vias, que consistem em
caminhos privativos de acesso. A RVF assim definida tem a particularidade de estar operacional
de forma a assegurar o acesso a zonas classificadas como de prioritárias de defesa, a execução
de trabalhos de silvicultura preventiva e infra-estruturação, para as acções de vigilância e
detecção ou para a 1.ª intervenção e combate.
Figura 6: Rede viária florestal do concelho de Grândola.
Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios do Concelho de Grândola
Aumento da resiliência do território aos incêndios florestais (1º eixo estratégico)
Marcaram-se ainda estradas municipais não operacionais e, portanto, sujeitas a beneficiação,
estradas estas de extrema importância como elo de ligação a localidades do concelho.
A RVF encontra-se discriminada na Figura 6 e subdivide-se em redes de 1ª, 2ª e 3ª ordem, de
acordo com as características das vias (Tabela 4).
Em termos DFCI, terá de ser reformulada a rede viária em zonas onde o risco de incêndio é
mais elevado, como sejam a serra de Grândola e os pinhais da faixa litoral. A serra de
Grândola, várias vezes sublinhada neste Plano, será alvo de medidas de construção de novos
troços de estrada, pelos elevados declives que suporta e pela ausência de uma rede viária
eficaz no combate aos incêndios em determinadas zonas específicas, como sejam na freguesia
de Santa Margarida e nos pinhais do litoral, como se pode constatar-se na figura 6.
Tabela 4: Tipo de vias da rede viária florestal.
Critérios de diferenciação
Rede viária florestal
1ª ordem 2ª ordem 3ª ordem
Caminhos florestais Caminhos
florestais
Caminhos florestais,
estradões e trilhos
Largura útil da faixa de
rodagem (m)
1A
Largura >=6m
1B
4 a 6m 3 a 4m Outras
Raios mínimos (m) 50m Outras
Declive longitudinal máximo
(%)
10 a 12%
Sendo aceitável pontualmente 15% (troços<100m) Outras
Declive transversal máximo
(jusante) 5% Outras
Becos sem saída Não admissíveis Sinalizados Outras
Zonas de cruzamento de
veículos (sobre largura de 2m
ao longo de 30m)
1ª
Construção
desnecessária
1B
Espaçados
em média
20m
Espaçados em
média 500m Outras
Zonas de inversão de marcha
(250m2 com a 8 a 10m de
largura)
Inversão sempre possível
1 zona de
inversão por km
(em média)
Outras
Pontos críticos (limitação de
peso<8ton, limitação de
altura <3,5m, limitação de
largura, dificuldade de acesso)
Inexistentes Sinalizados Outras
(Fonte: DGRF, 2008)
Na tabela 5 está representada a distribuição da rede viária por freguesias, podendo comprovar-
se a grande densidade da rede viária no concelho de Grândola, com aproximadamente
1.606,6m/ha.
Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios do Concelho de Grândola
Aumento da resiliência do território aos incêndios florestais (1º eixo estratégico)
Tabela 5: Distribuição da rede viária florestal por freguesia.
Freguesia Classes das vias da RVF (Rede_DFCI) Comprimento
(m) %
Carvalhal
1ª ordem fundamental 1A 3.066 6,0
1B 37.840 74,3
2ª ordem - fundamental 4.514 8,9
3ª ordem - complementar 5.518 10,8
Sub-total da rede viária (m) 50.938
Grândola
1ª ordem fundamental 1ª 55.874 9,8
1B 131.745 23,2
2ª ordem – fundamental 168.092 29,5
3ª ordem – complementar 213.226 37,5
Sub-total da rede viária (m) 568.937
Melides
1ª ordem fundamental 1A 17.159 7,7
1B 66.637 29,9
2ª ordem - fundamental 63.906 28,7
3ª ordem - complementar 75.181 33,7
Sub-total da rede viária (m) 222.883
Azinheira de Barros
1ª ordem fundamental 1A 20.169 5,1
1B 83.499 21,3
2ª ordem - fundamental 156.652 40,0
3ª ordem - complementar 131.648 33,6
Sub-total da rede viária (m) 391.968
Santa Margarida da Serra
1ª ordem fundamental 1A 1.650 2,6
1B 17.518 27,8
2ª ordem - fundamental 24.134 38,4
3ª ordem - complementar 19.603 31,2
Sub-total da rede viária (m) 62.905
TOTAL da rede viária (m) 1.297.631
Em termos conclusivos, pode-se assumir a necessidade de beneficiação de caminhos em zonas
onde o risco de incêndio florestal é mais elevado, associando-se a zonas prioritárias de defesa.
REDE DE PONTOS DE ÁGUA
A rede de pontos de água disponível pelo IGP suporta pontos validados e devidamente
caracterizados em 1999, estando dois deles, no presente, inacessíveis. Foram validados em
gabinete pelo SMPC da CMG quando da elaboração do POM de 2008. Posteriormente, com
recurso a foto-interpretação através dos orto-fotomapas de 2005, listaram-se novos pontos de
água, centrados maioritariamente nas zonas de lacunas da rede de pontos de água do IGP
(Figura 7).
Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios do Concelho de Grândola
Aumento da resiliência do território aos incêndios florestais (1º eixo estratégico)
Figura 7: Rede de pontos de água do concelho de Grândola.
A tabela 6 lista os pontos de água do concelho por freguesia, evidenciando apenas a
capacidade da rede de pontos de água disponibilizada pelo IGP, bem como a sua volumetria.
Numa próxima revisão do Plano, espera-se incluir nesta tabela a totalidade dos pontos de água
existentes no concelho, bem como a sua volumetria, dado essencial no combate aos incêndios
florestais.
Está previsto também um levantamento da localização de marcos-de-incêndio para
complementar a cobertura de pontos de água do concelho, aumentando assim as alternativas
em zonas onde a rede de pontos de água é deficiente.
De sublinhar que a freguesia de Santa Margarida da Serra tem uma lacuna na rede de pontos
de água, ao ponto do seu abastecimento ser feito através dos Bombeiros Voluntários de
Grândola. Neste caso particular, e dado que a Serra de Grândola é aqui apresentada como zona
crítica na perigosidade elevada que apresenta, a freguesia de Santa Margarida da Serra requer
um acompanhamento anual sobre a rede de pontos de água e seus acessos, sendo neste
momento a alternativa mais viável o conhecimento de alguns furos de água não potável que
poderão servir em caso de emergência no combate aos incêndios.
Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios do Concelho de Grândola
Aumento da resiliência do território aos incêndios florestais (1º eixo estratégico)
Tabela 6: Capacidade da rede de pontos de água por freguesia.
Freguesia ID_PA Código do Tipo
de PA
Designação da
Rede de PA
Quantidade de
PA
Volume
máximo (m3)
Azinheira de
Barros
8719
7687
212
212
Albufeira
Albufeira
2 48.000
6.000
8718
8708
214
214
Charca
Charca
2 4.500
6.300
8707 211 Represa 1 30.000
8720
8721
222
222
2 60.000
60.000
Sub-Total 7 214.800
Carvalhal - - - - 0-
Grândola
8705
8706
8703
8702
8710
211
211
211
211
211
Represa
Represa
Represa
Represa
Represa
162.000
180.000
4.050
3.600
1.050.000
8704 212 150.000
8715
8716
8717
8714
8709
214
214
214
214
214
Charca
Charca
Charca
Charca
Charca
5.400
4.500
6.300
19.600
19.200
Sub-Total 11 1.604.650
Melides
8711 211 Represa 6.000
8713 214 Charca 6.000
8712 225 Lagoa 1.200.000
Sub-Total 3 1.320.000
Stª Margarida
da Serra
- - - - -
Total 21 3.139.450
Área de Espaços Florestais do Município
(Floresta + Incultos) (ha)
(57.728+4340) = 62.068ha
Densidade de Pontos de Água (nº/ha) 21/62068= 3.38e-4
Estes levantamentos deverão ser incluídos numa próxima revisão do plano municipal, ou no
POM de 2009.
Existe ainda a possibilidade de integrar na Rede de Pontos de Água dois depósitos existentes na
freguesia de Melides, perto do Parque de Campismo, com cerca de 750.000L cada,
Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios do Concelho de Grândola
Aumento da resiliência do território aos incêndios florestais (1º eixo estratégico)
necessitando apenas de uma ligação a um marco-de-incêndio. Sendo da responsabilidade da
CMG, deverão estes reservatórios serem inclusos ainda este ano na rede de pontos de água.
Da análise da tabela anterior (Tabela 6) constata-se que as represas (planos de água artificiais)
são as principais estruturas de armazenamento de água existentes no Município de Grândola.
Ao nível das freguesias, Grândola destaca-se com 11 pontos de água, seguido de Azinheira de
Barros com 7, e Melides com 3 pontos de água, respectivamente. É no entanto de referir que as
freguesias de Carvalhal e de Santa Margarida da Serra não possuem quaisquer pontos de água.
Pelo quadro destaca-se a Lagoa de Melides como o ponto de água com maior capacidade
(1.200 000m3).
É de referir ainda que, segundo o Grupo Portucel/Soporcel, os valores do volume máximo
poderão não estar totalmente correctos, o que na altura crítica, com a rega da cultura do arroz,
ainda se poderão tornar substancialmente mais baixos.
Tendo em conta o elevado risco de incêndio do concelho, a grave ausência de pontos de água
nalgumas zonas prioritárias de defesa, ainda que adicionando uma futura cobertura de marcos
de incêndio, constata-se a necessidade de construção de novos pontos de água nesses locais
mais prioritários. Para além disto, a verificação do estado de operacionalidade dos pontos de
água e dos seus acessos e a respectiva sinalização deve ser realizada todos os anos antes do
início da época de incêndios, de forma que os meios de combate tenham informação
actualizada para optimizar as suas deslocações de reabastecimento.
3.1.2. Programa de acção
SILVICULTURA PREVENTIVA NO ÂMBITO DFCI
A silvicultura preventiva tem como principal objectivo a redução ou eliminação de factores de
ignição de um incêndio florestal, diminuindo a sua capacidade de propagação, bem como os
efeitos posteriores à sua passagem.
No âmbito do Plano, e apesar da elevada perigosidade e risco de incêndio florestal nalgumas
zonas prioritárias de defesa, não foram delimitadas parcelas sujeitas a acções de gestão de
combustível e à diversificação da estrutura e composição das formações vegetais. Este sub-
capítulo será devidamente explorado numa próxima revisão do PMDFCI.
Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios do Concelho de Grândola
Aumento da resiliência do território aos incêndios florestais (1º eixo estratégico)
CONSTRUÇÃO E MANUTENÇÃO DA REDE REGIONAL DA DEFESA DA FLORESTA CONTRA
INCÊNDIOS (RDFCI)
FAIXAS DE GESTÃO DE COMBUSTÍVEL
Figura 8: Mapa de construção e manutenção de faixas e mosaicos de parcelas de gestão de combustível
do concelho de Grândola para 2009-2013.
A rede de defesa da floresta contra incêndios, inclui todas as acções de silvicultura preventiva a
executar com o objectivo DFCI, nomeadamente as Faixas de Gestão de Combustível (FGC) de
protecção aos aglomerados populacionais e às casas isoladas, as FGC ao longo da rede viária e
da rede eléctrica, bem como as da rede ferroviária.
Quando existe intersecção entre áreas cuja intervenção na criação de FGC cabe a mais de uma
entidade, o n.º 12 do artigo 15º do Decreto-Lei n.º 124/2006, de 28 de Junho determina que a
responsabilidade de execução é conjunta. Contudo, não se criaram níveis de intervenção
prioritária de forma a impedir ou, pelo menos, diminuir a ocorrência de grandes incêndios,
estando prevista numa próxima revisão do Plano a inclusão deste importante aspecto de DFCI.
Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios do Concelho de Grândola
Aumento da resiliência do território aos incêndios florestais (1º eixo estratégico)
Tabela 7: Distribuição da área ocupada por descrição de faixas e mosaicos de parcelas de gestão de
combustível por meios de execução para 2009-2013.
(Legenda dos meios de execução: 001 – ESF da Autarquia; 002 – ESF da OPF; 003 – Equipas de DFCI (Agris 3.4);
004 – Empresa Prestação de Serviço/Prestadores de Serviço; 005 – Meios próprios da Autarquia; 006 – Programas
Ocupacionais; 007 – Outros).
Freguesia Código da
descrição da faixa/mosaico
Descrição da Faixa/Mosaico
Unidades Meios de execução
Total 001 002 003 004 005 006 007
Azinheira dos
Barros e São
Mamede do Sádão
002 Aglomerados populacionais
ha 3,6 3,6
%
004 Rede Viária ha 37,3 506,7 544,0
% 6,8 93,2
005 REFER ha 8,8 8,8
%
010 Rede de média
tensão
ha 21,2 21,2
%
011 Mosaico – Sequeiro Regadio
ha
%
011 Mosaico – Superfícies Aquáticas
ha
%
Sub-Total ha 37,3 540,3 577,6
TOTAL % 6,5 93,5
Carvalhal
002 Aglomerados populacionais
ha 81,0 81,0
%
003 Instalações
Navais de Tróia
ha 5,1 5,1
%
004 Rede viária ha 6,8 49,5 56,3
% 12,1 88,9
006 Gasoduto ha 2,1 2,1
%
010 Rede de média
tensão
ha 14,1 14,1
%
011 Mosaico – Sequeiro Regadio
ha
%
011 Mosaico – Superfícies Aquáticas
ha
%
Sub-Total ha 6,8 151,8 158,6
TOTAL % 4,3 95,7
Grândola
002 Aglomerados populacionais
ha 104,9 104,9
%
003
Parques e polígonos
industriais e outros
ha 1,8 1,8
%
004 Rede viária
florestal
ha 128,3 561,3 689,6
% 18,6 81,4
005 REFER ha 15,5 15,5
%
006 Gasoduto ha 1,2 1,2
%
007 REN ha 42,3 42,3
%
010 Rede de média
tensão
ha 25,8 25,8
%
Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios do Concelho de Grândola
Aumento da resiliência do território aos incêndios florestais (1º eixo estratégico)
Tabela 7 (Cont.)
(Legenda dos meios de execução: 001 – ESF da Autarquia; 002 – ESF da OPF; 003 – Equipas de DFCI (Agris 3.4);
004 – Empresa Prestação de Serviço/Prestadores de Serviço; 005 – Meios próprios da Autarquia; 006 – Programas
Ocupacionais; 007 – Outros).
Freguesia Código da
descrição da faixa/mosaico
Descrição da Faixa/Mosaico
Unidades Meios de execução Total
001 002 003 004 005 006 007
Grandola (cont.)
011 Mosaico – fogos
(2006-2007)
ha
%
011 Mosaico – Sequeiro Regadio
ha
%
011 Mosaico – Superfícies Aquáticas
ha
%
Sub-Total ha 128,3 752,8 880,1
TOTAL % 14,6 85,4
Melides
002 Aglomerados populacionais
ha 82,6 82,6
%
003 parques
campismo
ha 37,0 37,0
%
004 Rede viária
florestal
ha 34,4 226,6 261,0
% 13,2 86,8
006 Gasoduto ha 7,2 7,2
%
007 Rede de alta e
muito alta tensão
ha 19,2 19,2
%
010 Rede de média
tensão
ha 11,3 11,3
%
011 Mosaico – Sequeiro Regadio
ha
%
011 Mosaico – Superfícies Aquáticas
ha
%
Sub-Total ha 34,4 383,9 418,3
TOTAL % 8,2 91,8
Stª
Margarida
da Serra
002 Aglomerados populacionais
ha 6,0 6,0
%
004 Rede Viária ha 45,6 49,5 95,1
% 47,9 42,1
007 Rede de alta e
muito alta tensão
ha 21,9 21,9
%
010 Rede de média
tensão
ha 6,6 6,6
%
011 Mosaico – Sequeiro Regadio
ha
%
011 Mosaico – Superfícies Aquáticas
ha
%
Sub-Total ha 45,6 78,0 123,6
TOTAL % 36,9 63,1
TOTAL (ha) 252,4 1.906,8
Os meios de execução associados às FGC da Rede Secundária em redor das edificações e dos
aglomerados populacionais, são da responsabilidade dos proprietários privados, arrendatários,
usufrutuários ou de qualquer entidade que detenha terrenos inseridos nas faixas referidas, os
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Aumento da resiliência do território aos incêndios florestais (1º eixo estratégico)
quais são obrigados a proceder à limpeza de material combustível. Caso se verifique o
incumprimento do estabelecido anteriormente até ao dia 15 de Abril de cada ano, cabe à
Autarquia a realização dos trabalhos de gestão de combustível, com a faculdade de indemnizar-
se, desencadeando os mecanismos necessários para tal fim (DL n.º 124/2006 de 28 de Junho).
No caso das FGC associadas à RVF, verifica-se que coincide em alguns troços com Vias
Municipais, Privadas e Públicas, sendo a manutenção das mesmas da responsabilidade da
Autarquia, proprietários privados e Estradas de Portugal – EP, respectivamente.
Como se pode observar pela tabela 7, os meios de execução mais fortemente presentes estão
associados a Outros meios de execução, que estarão relacionados com o Orçamento de Estado
(no caso das empresas públicas – REN, REFER, EDP), meios próprios dos proprietários das
edificações rurais, entre outros.
A selecção das áreas a intervir na construção da rede de defesa da floresta contra incêndios
considerou toda a informação de base do Caderno II deste PMDFCI, mas também a informação
do presente Caderno, em particular a carta de risco de incêndio e a carta de prioridades de
defesa.
A calendarização dos trabalhos foi feita ao nível da freguesia, por acharmos que se justifica, ao
nível da organização do trabalho e ao nível dos custos, executar em conjunto as faixas de
aglomerados próximos ou contíguos. Por outro lado, esta programação conjunta ao nível da
freguesia de todas as acções de gestão de combustíveis, facilita a sua programação e
respectiva execução, pelos diferentes responsáveis, além de facilitar e tornar mais eficazes as
acções de fiscalização, uma vez que a delimitação das áreas de intervenção passa a depender,
em termos geográficos, do limite da freguesia, que é relativamente fácil de identificar em
campo e que é aceite por todos os agentes responsáveis pela execução das FGC.
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Aumento da resiliência do território aos incêndios florestais (1º eixo estratégico)
REDE VIÁRIA FLORESTAL
Figura 9: Mapa de construção e manutenção da rede viária florestal do concelho de Grândola para 2009-2013.
Para a rede viária florestal, optou-se por se representar apenas as vias municipais, cujo tipo de
piso se centrasse nas deficiências inerentes ao tipo de solo. Por este facto, inclui-se caminhos
de areias e de terra batida.
Como já foi referido anteriormente, a rede viária florestal incluída neste plano é insuficiente,
para a dimensão do concelho em questão, pelo que terá de ser revista para que se incluam
mais caminhos, públicos e privados na DFCI.
Como se pode observar pela figura 9, a construção de novos caminhos fica cingida ao ano de
2009, estando prevista a sua manutenção nos quatro anos seguintes.
Para o ano de 2010, escolheu-se os caminhos privados de terra batida ou de areias cuja carta
de risco tivesse níveis de incêndio elevado a muito elevado, e imputou-se-lhe a
responsabilidade da sua manutenção para esse ano. Os caminhos municipais, de terra batida e
de areias, por seu lado, serão mantidos anualmente.
Propôs-se que todos os caminhos, públicos ou privados, cujo tipo de piso não seja de asfalto,
da freguesia de Santa Margarida da Serra, sejam mantidos todos os anos do quinquénio do
plano, bem como os caminhos municipais.
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Aumento da resiliência do território aos incêndios florestais (1º eixo estratégico)
A rede viária florestal apresentada carece maioritariamente de trabalhos de manutenção,
estando prevista a construção apenas para o ano de 2009. Numa próxima revisão, serão
incluídos ainda os caminhos que requeiram trabalhos de profunda reparação ou mesmo
alteração e alargamento, por não possuírem valetas e a sua largura não servir os propósitos
DFCI.
Para a execução das acções de construção e manutenção da rede viária florestal, apenas
surgem, enquanto meios de execução, os meios próprios da autarquia e as empresas de
prestação de serviços, uma vez que para essas acções terá necessariamente de ser atribuída
verba específica, do QREN ou do Orçamento do Estado, pelo que seriam contratadas empresas
prestadoras de serviços para a construção e manutenção. Alguns dos trabalhos de manutenção
podem ser executados pelos meios próprios do município, que dispõem de maquinaria e meios
humanos para tal. Os outros meios de execução prendem-se aos caminhos privados, não
podendo ser prevista o tipo de meio usado para a execução da manutenção proposta.
Tabela 8: Distribuição da rede viária florestal por meios de execução para 2009-2013.
(Legenda dos meios de execução: 001 – ESF da Autarquia; 002 – ESF da OPF; 003 – Equipas de DFCI (Agris 3.4);
004 – Empresa Prestação de Serviço/Prestadores de Serviço; 005 – Meios próprios da Autarquia; 006 – Programas
Ocupacionais; 007 – Outros).
Freguesia
Classes das
vias da RVF
(REDE_DFCI)
Unidades
Meios de execução
Total 001 002 003 004 005 006 007
Azinheira
dos
Barros e
São
Mamede
do Sádão
1ª Ordem A m 20.169 20.169
%
1ª Ordem B m 17.181 4.647 21.828
% 78,7 21,3
2ª Ordem m 9.427 9.427
%
3ª Ordem m 3.821 3.821
%
Sub-total m 30.429 24.816 55.245
% 55,1 44,9
Carvalhal
1ª Ordem A m
%
1ª Ordem B m 26.944 26.944
%
2ª Ordem m
%
3ª Ordem m
%
Sub-total m 26.944 26.944
%
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Aumento da resiliência do território aos incêndios florestais (1º eixo estratégico)
Tabela 8 (Cont.)
(Legenda dos meios de execução: 001 – ESF da Autarquia; 002 – ESF da OPF; 003 – Equipas de DFCI (Agris 3.4);
004 – Empresa Prestação de Serviço/Prestadores de Serviço; 005 – Meios próprios da Autarquia; 006 – Programas
Ocupacionais; 007 – Outros).
Freguesia
Classes das
vias da RVF
(REDE_DFCI)
Unidades
Meios de execução
Total 001 002 003 004 005 006 007
Grândola
1ª Ordem A m 54.040 54.040
%
1ª Ordem B m 35.765 16.693 32.224 84.682
% 42,2 17,7 38,1
2ª Ordem m 12.940 21.788 34.728
% 37,3 62,7
3ª Ordem m 23.696 23.696
%
Sub-total M 48.705 62.177 86.264 197.146
% 24,7 31,5 43,8
Melides
1ª Ordem A M 2.790 2.790
%
1ª Ordem B m 21.936 9.342 27.159 58.437
% 37,5 16,0 46,5
2ª Ordem m 2008 2008
%
3ª Ordem m 546 546
%
Sub-total m 21.936 11.896 29.949 63.781
% 34,4 18,7 46,9
Santa
Margarida
da Serra
1ª Ordem A m 1.650 1.650
%
1ª Ordem B m 5.601 2.367 9.236 17.204
% 32,6 13,8 53,7
2ª Ordem m 18.336 18.336
%
3ª Ordem m 5.551 5.551
%
Sub-total m 5.601 26.254 10.886 42.741
% 13,1 61,4 25,5
TOTAL 1ª ORDEM m 63.302 67.371 178.859
TOTAL 2ª ORDEM m 12.940 51.559
TOTAL 3ª ORDEM m 33.614
TOTAL m 76.242 152.544 178.859
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Aumento da resiliência do território aos incêndios florestais (1º eixo estratégico)
REDE DE PONTOS DE ÁGUA
Apesar de existir um número considerável de pontos de água no concelho, apenas um número
reduzido está validado, sendo estes datados de 1999 pelo IGEOE. Necessitando de uma
validação urgente dos restantes pontos de água, estes nem sempre se encontram nas melhores
condições operacionais, carecendo frequentemente de acções de limpeza de vegetação
espontânea e mesmo de reparações, nalguns casos relevantes.
Existe também o problema com a utilização da água dos açudes e barragens para a rega de
campos agrícolas nos períodos mais secos e quentes do ano, quando a água mais falta pode
fazer em caso de ocorrência de incêndio florestal.
Nalgumas áreas do Sul do concelho, onde a perigosidade e o risco são elevados, o problema
maior é não existirem cursos de água, poços ou nascentes com caudal mínimo necessário para
assegurar o abastecimento de pontos de água em condições operacionais. Nesses casos a
solução poderá passar pela instalação de tanques fechados, tipo cisterna, dispostos
estrategicamente no terreno, e com possibilidade de abastecer meios terrestres.
Estes pontos de água terão necessariamente de se encontrar na proximidade imediata de rede
viária de propriedades privadas que permita o acesso a veículos pesados (reservatórios), para o
reabastecimento destes pontos de água, tanto antes do período crítico, quer após alguma
utilização.
Um outro factor importante nestes reservatórios é que disponham de vigilância por parte dos
proprietários das herdades, evitando que, inadvertida ou intencionalmente, alguém abra o sifão
e esvazie a cisterna.
Face ao exposto, a inclusão de novos pontos de água no plano de acção (construção e
manutenção) será incluído na próxima revisão do plano.
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Aumento da resiliência do território aos incêndios florestais (1º eixo estratégico)
SÍNTESE DAS INTERVENÇÕES PRECONIZADAS NO PROGRAMA DE ACÇÃO
Neste ponto são apresentadas as intervenções preconizadas nos programas de acção para cada
ano de implementação do plano, no que diz respeito à construção/manutenção da RDFCI.
Figura 10: Mapa de intervenções preconizadas nos programas de acção da rede regional de DFCI do
concelho de Grândola para 2009.
Pode observar-se pela Figura 10, a implementação das faixas de gestão de combustível dos
aglomerados populacionais e edificações isoladas, em todas as freguesias para o primeiro ano
do Plano Municipal. Mais uma vez, a utilização da carta de risco para índices de elevado a muito
elevado, foi indispensável na escolha das faixas de gestão para cada uma das freguesias, quer
no que toca às faixas da rede eléctrica, ferroviária ou da própria rede viária.
Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios do Concelho de Grândola
Aumento da resiliência do território aos incêndios florestais (1º eixo estratégico)
Figura 11: Mapa de intervenções preconizadas nos programas de acção da rede regional de DFCI do
concelho de Grândola para 2010.
Relativamente a 2010, e de acordo com a calendarização referida, as faixas de gestão foram
escolhidas para a implementação de acordo com a carta de prioridades de defesa. No caso da
manutenção, usaram-se apenas as escolhidas para 2009, primeiro ano da implementação.
Adicionalmente, apresentam-se ainda alguns troços de rede viária proposta para manutenção,
fundamentais para a gestão e protecção dos espaços florestais dos mesmos (Figura 11).
Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios do Concelho de Grândola
Aumento da resiliência do território aos incêndios florestais (1º eixo estratégico)
Figura 12: Mapa de intervenções preconizadas nos programas de acção da rede regional de DFCI do
concelho de Grândola para 2011.
Para o ano de 2011, o último ano de implementação das faixas, apenas são propostas
intervenções nas zonas de menor risco de incêndio (Figura 12). De acordo com a carta de risco,
são nestas áreas que se evidenciam as zonas menos propensas a ignições de incêndios.
É certo ainda, que a carta de risco terá de sofrer actualizações na próxima revisão do plano,
esperando-se atingir com maior segurança, um melhor índice, que nos permita uma melhor
planificação das acções propostas.
Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios do Concelho de Grândola
Aumento da resiliência do território aos incêndios florestais (1º eixo estratégico)
Figura 13: Mapa de intervenções preconizadas nos programas de acção da rede regional de DFCI do
concelho de Grândola para 2012.
Para 2012, como indica a Figura 13, prevê-se apenas a manutenção das faixas implementadas
nos anos anteriores.
Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios do Concelho de Grândola
Aumento da resiliência do território aos incêndios florestais (1º eixo estratégico)
Figura 14: Mapa de intervenções preconizadas nos programas de acção da rede regional de DFCI do
concelho de Grândola para 2013.
Finalmente, no último ano em que vigora este PMDFCI, serão sujeitas a intervenção as FGC e a
rede viária implementadas nos três primeiros anos de vigência do plano, e todas as
beneficiações inerentes a essas implementações (Figura 14).
Como já foi referido, um melhor planeamento exige um maior esforço de conhecimento das
verdadeiras necessidades inerentes a cada uma das FGC e RVF, sendo este o grande objectivo
de um PMDFCI, apresentar uma RDFCI organizada e bem distribuída, que ao ser implementada
e mantida conforme o exposto no Programa de Acção, permitirá uma eficaz DFCI.
Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios do Concelho de Grândola
Aumento da resiliência do território aos incêndios florestais (1º eixo estratégico)
PROGRAMA OPERACIONAL: METAS, RESPONSABILIDADES E ESTIMATIVAS DE ORÇAMENTO
O PMDFCI contempla um conjunto de intervenções muito diversificadas, complexas, por vezes
de carácter ambíguo face às competências das entidades envolvidas na DFCI. O facto da DFCI
envolver um elevado número de agentes e organizações determina ser fundamental assegurar
uma perfeita integração das mesmas no contexto do plano. Com base no primeiro eixo
estratégico – aumento da resiliência do território aos incêndios florestais – este ponto pretende
definir clara e concretamente as metas a atingir para o período de 2009 a 2013 e o papel que
as diferentes entidades desempenham em cada um dos programas de acção. Deseja-se, assim,
estabelecer uma intervenção integrada, com o objectivo de aumentar o nível de eficácia do
PMDFCI.
Na tabela 9 estabelecem-se as metas e indicadores para cada acção a realizar durante 2009 e
2013, referentes ao primeiro eixo estratégico. Expõe o resumo das acções propostas no âmbito
da implementação da RDFCI para o município de Grândola. A situação apresentada é
considerada como a “ideal” no que respeita à DFCI, uma vez que sugere a implementação e
manutenção da totalidade da Rede Secundária de Faixas de Gestão e manutenção da totalidade
da rede viária florestal existentes no município. No entanto, tendo em conta os custos
associados a estas acções e uma vez que nem sempre a disponibilidade financeira é ideal,
poderá ser necessário estabelecer prioridades ao nível da execução destas acções. Deste modo,
ressalva-se a necessidade de não descorar a intervenção em determinadas áreas, consideradas
prioritárias de defesa.
Por sua vez, a tabela 10 especifica para cada ano, acções e metas a cumprir, no âmbito do
primeiro eixo estratégico, qual o orçamento associado e quais as entidades responsáveis pela
sua execução. Os valores orçamentais apresentados tiveram por base os valores da CAOF.
Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios do Concelho de Grândola
Aumento da resiliência do território aos incêndios florestais (1º eixo estratégico)
Tabela 9: Metas e indicadores - aumento da resiliência do território aos incêndios florestais.
Freguesia Acção Área total Metas Unidades Indicadores mensuráveis
Total % 2009 2010 2011 2012 2013
Grândola
Implementação da rede secundária
908 Gestão moto-manual e mecânica de combustível, correcção de densidades e desramação
ha 335 216 357 908 100
Manutenção de rede secundária
908 Gestão moto-manual e mecânica de combustível, correcção de densidades e desramação *Fogo controlado
ha 6,0 341 552 909 909 2718 300
Implementação da rede viária florestal
Construção de caminhos
Km 4 4 100
Manutenção da rede viária florestal
126 Regularização de piso, colocação de pavimento e limpeza de valetas
Km 55 125 58 58 58 354 280
Implementação de FGC em redor de 3 pontos de água
0,9 Remoção de vegetação que permita o cumprimento da Portaria nº. 133/2007 *Fogo Controlado
ha 0,9 0,9 100
Melides
Implementação da rede secundária
420 Gestão moto-manual e mecânica de combustível, correcção de densidades e desramação
ha 148 146 125 420 100
Manutenção de rede secundária
420 Gestão moto-manual e mecânica de combustível, correcção de densidades e desramação *Fogo controlado
ha 4,6 153 299 422 422 1300 300
Implementação da rede viária florestal
Construção de caminhos
Km 2,1 2,1 100
Manutenção da rede viária florestal
79 Regularização de piso, colocação de pavimento e limpeza de valetas
Km 0,5 79 2.7 2.7 2.7 88 110
Implementação de FGC em redor de 1 ponto de água
0,3 Remoção de vegetação que permita o cumprimento da Portaria nº. 133/2007 *Fogo Controlado
ha 0,3 0,3 100
Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios do Concelho de Grândola
Aumento da resiliência do território aos incêndios florestais (1º eixo estratégico)
Tabela 9 (Cont.)
Freguesia Acção Área total Metas Unidades Indicadores mensuráveis Total %
Carvalhal
Implementação da rede secundária
296 Gestão moto-manual e mecânica de combustível, correcção de densidades e desramação
ha 88 45 26 296 100
Manutenção de rede secundária
296 Gestão moto-manual e mecânica de combustível, correcção de densidades e desramação *Fogo controlado
ha 88 134 160 160 542 180
Manutenção da rede viária florestal
8 Regularização de piso, colocação de pavimento e limpeza de valetas
Km 8 8 8 8 8 40 500
Instalação de Depósitos de Água
Suprir a deficiência elevada de pontos de água na freguesia
nº 2 2 4 -
Implementação de FGC em redor de 1 ponto de água
0,3 Remoção de vegetação que permita o cumprimento da Portaria nº. 133/2007 *Fogo Controlado
ha 0,3 0,3 100
Santa Margarida da
Serra
Implementação da rede secundária
128 Gestão moto-manual e mecânica de combustível, correcção de densidades e desramação
ha 128 128 100
Manutenção de rede secundária
128 Gestão moto-manual e mecânica de combustível, correcção de densidades e desramação
ha 1,45 130 130 130 130 521 400
Manutenção da rede viária florestal
42 Regularização de piso, colocação de pavimento e limpeza de valetas
Km 42 42 42 42 42 210 500
Instalação de Depósitos de Água
Suprir a deficiência elevada de pontos de água na freguesia
nº 2 2 4 -
Implementação de FGC em redor de 1 ponto de água
0,3 Remoção de vegetação que permita o cumprimento da Portaria nº. 133/2007
ha 0,3 0,3 100
Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios do Concelho de Grândola
Aumento da resiliência do território aos incêndios florestais (1º eixo estratégico)
Tabela 9 (Cont.)
Freguesia Acção Área total Metas Unidades Indicadores mensuráveis Total %
Azinheira dos Barros e São Mamede do
Sadão
Implementação da rede secundária
580 Gestão moto-manual e mecânica de combustível, correcção de densidades e desramação
ha 125 238 219 0 840 100
Manutenção de rede secundária
580 Gestão moto-manual e mecânica de combustível, correcção de densidades e desramação *Fogo controlado
ha 0 125 363 582 582 1652 280
Manutenção da rede viária florestal
99 Regularização de piso, colocação de pavimento e limpeza de valetas
Km 26 99 26 26 26 530 200
Instalação de Depósitos de Água
Suprir a deficiência elevada de pontos de água na freguesia
Nº 2 2 4 -
Implementação de FGC em redor de 1 ponto de água
0,3 Remoção de vegetação que permita o cumprimento da Portaria nº. 133/2007 *Fogo Controlado
ha 0,3 0,3 100
Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios do Concelho de Grândola
Aumento da resiliência do território aos incêndios florestais (1º eixo estratégico)
Tabela 10: Estimativa de orçamento e responsáveis - aumento da resiliência do território aos incêndios florestais.
Freguesia Acção Metas Responsáveis Estimativa de Orçamentos
2009 2010 2011 2012 2013
Grândola
Implementação da rede secundária
Gestão moto-manual e mecânica de combustível, correcção de densidades e desramação
Art.º 15º DL 124/2006
277.883 50.250
179.172 32.400
296.132 53.550
Manutenção de rede secundária
Gestão moto-manual e mecânica de combustível, correcção de densidades e desramação *Fogo controlado
Art.º 15º DL 124/2006
4.977 900
282.860 51.150
457.884 82.800
754.016 136.350
754.016 136.350
Implementação da rede viária florestal Construção de caminhos
Município 58.691
Manutenção da rede viária florestal
Regularização de piso, colocação de pavimento e limpeza de valetas
Município 19.250 43.750 20.300 20.300 20300
Instalação de Depósitos de Água
Suprir a deficiência elevada de pontos de água na freguesia Município
4.000 4.000
Implementação de FGC em redor de 3 pontos de água
Remoção de vegetação que permita o cumprimento da Portaria nº. 133/2007
Proprietários 162
Sub-total 364.963 505.782 778.316 774.316 774.316
Melides
Implementação da rede secundária
Gestão moto-manual e mecânica de combustível, correcção de densidades e desramação
Art.º 15º DL 124/2006
161.616 22.200
159.432 21.900
136.500 18.750
Manutenção de rede secundária
Gestão moto-manual e mecânica de combustível, correcção de densidades e desramação *Fogo controlado
Art.º 15º DL 124/2006
5.023 690
167.076 22.950
326.508 44.850
460.824 63.300
460.824 63.300
Manutenção da rede viária florestal
Regularização de piso, colocação de pavimento e limpeza de valetas
Município
30.100 30.100 30.100 30.100 30.100
Implementação de FGC em redor de 1 ponto de água
Remoção de vegetação que permita o cumprimento da Portaria nº. 133/2007
Proprietários
54
Sub-total 196.793 356.608 493.108 490.924 490.924
Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios do Concelho de Grândola
Aumento da resiliência do território aos incêndios florestais (1º eixo estratégico)
Tabela 10 (Cont.)
Freguesia Acção Metas Responsáveis Estimativa de Orçamentos
2009 2010 2011 2012 2013
Carvalhal
Implementação da rede secundária
Gestão moto-manual e mecânica de combustível, correcção de densidades e desramação
Art.º 15º DL 124/2006 73.396
13.200 39.578 6.750
22.867 3.900
Manutenção de rede secundária
Gestão moto-manual e mecânica de combustível, correcção de densidades e desramação *Fogo controlado
Art.º 15º DL 124/2006
73.396 13.200
117.853 20.100
140.720 24.000
140.720 24.000
Manutenção da rede viária florestal
Regularização de piso, colocação de pavimento e limpeza de valetas
Município
2.800 2.800 2.800 2.800 2.800
Instalação de Depósitos de Água (5-10m3)
Suprir a deficiência elevada de pontos de água na freguesia Município
4.000 4.000
Implementação de FGC em redor de 1 ponto de água
Remoção de vegetação que permita o cumprimento da Portaria nº. 133/2007
Proprietários
54
Sub-total 80.250 115.774 147.520 143.520 143.520
Santa Margarida da Serra
Implementação da rede secundária
Gestão moto-manual e mecânica de combustível, correcção de densidades e desramação
Art.º 15º DL 124/2006 213.760
19.200
Manutenção de rede secundária
Gestão moto-manual e mecânica de combustível, correcção de densidades e desramação
Art.º 15º DL 124/2006
2.422 218
217.100 19.500
217.100 19.500
217.100 19.500
Manutenção da rede viária florestal
Regularização de piso, colocação de pavimento e limpeza de valetas
Município
14.700 14.700 14.700 14.700 14.700
Instalação de Depósitos de Água (5-10m3)
Suprir a deficiência elevada de pontos de água na freguesia Município
4.000 4.000
Implementação de FGC em redor de 1 ponto de água
Remoção de vegetação que permita o cumprimento da Portaria nº. 133/2007
Proprietários
54
Sub-total 232.514 17.122 235.800 231.800 231.800
Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios do Concelho de Grândola
Aumento da resiliência do território aos incêndios florestais (1º eixo estratégico)
Tabela 10 (Cont.)
Freguesia Acção Metas Responsáveis Estimativa de Orçamentos
2009 2010 2011 2012 2013
Azinheira dos Barros e São Mamede do
Sadão
Implementação da rede secundária
Gestão moto-manual e mecânica de combustível, correcção de densidades e desramação
Art.º 15º DL 124/2006 124.000
18.750 236.096 35.700
217.248 32.850 0 0
Manutenção de rede secundária
Gestão moto-manual e mecânica de combustível, correcção de densidades e desramação *Fogo controlado
Art.º 15º DL 124/2006
0 124.000 18.750
360.096 54.450
577.344 87.300
577.344 87.300
Manutenção da rede viária florestal
Regularização de piso, colocação de pavimento e limpeza de valetas
Município
36.750 36.750 36.750 36.750 36.750
Implementação de FGC em redor de 1 ponto de água
Remoção de vegetação que permita o cumprimento da Portaria nº. 133/2007
Proprietários
54
Sub-total 160.804 396.846 614.094 614.094 614.094
TOTAL 642.006 1.392.132 2.264.838 2.254.654 2.254.654
Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios do Concelho de Grândola
Reduzir a incidência dos incêndios (2º Eixo Estratégico)
3.2. REDUZIR A INCIDÊNCIA DOS INCÊNDIOS (2º EIXO ESTRATÉGICO)
As medidas a adoptar para a redução da incidência dos incêndios, assentam necessariamente,
no evitar das ignições e da sua propagação, intervindo ao nível da prevenção de forma a
diminuir a sua capacidade de desenvolvimento e mitigar os efeitos indesejáveis que o incêndio
pode originar.
Neste âmbito, torna-se imperativo uma actuação diferenciada junto das populações,
nomeadamente, de grupos específicos da população rural, urbana, escolar e do público em
geral, sendo fundamental consciencializar a população para o reconhecimento de valores
económicos, sociais e ambientais colectivos.
Para se atingir o objectivo de reduzir a incidência dos incêndios florestais, será necessário
actuar junto da população com acções de sensibilização e fiscalização de forma a melhorar o
conhecimento das causas dos incêndios e das suas motivações.
3.2.1. Sensibilização da população
A realização de acções de sensibilização visa incutir nas populações uma cultura de
responsabilização, bem com uma consciencialização da importância do valor e da preservação
do património florestal, sendo da competência da CMDFCI a implementação destas mesmas
acções.
No município de Grândola, e atendendo aos objectivos que se quer atingir, as acções de
sensibilização envolverão o público em geral, sendo específicas para proprietários florestais,
agricultores, caçadores, automobilistas e população escolar. A divulgação das acções de
sensibilização deverá ter um papel activo na população.
Na tabela 11, estão mencionados os comportamentos de risco por parte dos vários grupos-alvo,
e respectivos locais e períodos de actuação, não existindo, até à data, informação relativa aos
impactos e danos provocados por estes mesmos grupos para o Município de Grândola.
Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios do Concelho de Grândola
Reduzir a incidência dos incêndios (2º Eixo Estratégico)
Tabela 11: Sensibilização da população – diagnóstico.
Grupo alvo
Comportamento de risco
O quê? Como? Onde
(freguesia/local) Quando? Observações
Empresas florestais Queima de
sobrantes
dentro da
época crítica
Lançamento de
faúlhas devido ao
equipamento não
estar dotado de
dispositivo de
retenção de faúlhas
e dispositivo tapa-
chamas
Carvalhal
e
Melides
Os Impactos e
Danos não foram
considerados no
diagnóstico por não
existirem dados
concretos.
Agricultores e
caçadores
Queima de
matos dentro
da época crítica
Sem considerar as
medidas de
segurança
necessárias
Grândola
Campistas/turistas Uso indevido
do fogo
Realização de
churrasco fora dos
locais previstos p/a
o efeito
Melides
e
Carvalhal
PROGRAMA OPERACIONAL – METAS, INDICADORES, ORÇAMENTO E RESPONSÁVEIS
Tendo em conta a realidade do concelho e o diagnóstico dos comportamentos de risco e dos
grupos-alvo na sensibilização da população (Tabela 11), os principais comportamentos de risco
que se encontram são: o uso incorrecto do fogo em queimadas para eliminação de matos, na
queima de sobrantes em agricultura e gestão de combustíveis por parte dos proprietários rurais
residentes e não residentes e, ainda, a utilização de maquinaria agrícola e florestal que pode
provocar a deflagração de incêndios, durante o período crítico.
A tabela 12 atende aos comportamentos de risco e grupos-alvo diagnosticados na tabela acima
indicada, e estabelece metas e indicadores para os cinco anos de vigência do PMDFCI, e a
tabela 13 indica-nos para cada uma das metas referidas, qual a estimativa de orçamento.
Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios do Concelho de Grândola
Reduzir a incidência dos incêndios (2º Eixo Estratégico)
Tabela 12: Sensibilização da População – metas e indicadores.
Problema diagnosticado
Acção Metas Indicadores
2009 2010 2011 2012 - 2013
Uso do fogo durante o período crítico e
realização de Queimas
/Queimadas
Sensibilizar os agricultores, pastores, apicultores, população rural e população em
geral, sobre as possíveis consequências inerentes ao incorrecto uso do fogo, desde que não sejam consideradas
as medidas de segurança necessárias. Procedimentos a ter em conta para a realização
de queimas e queimadas.
Realização de acções de informação /sensibilização
nas freguesias do concelho, com distribuição de
desdobráveis informativos.
Com a colaboração dos Presidentes de Juntas de
Freguesias rurais, 5 Acções de sensibilização /
esclarecimento à população.
Com a colaboração dos Presidentes de Juntas de Freguesias restantes, 6
Acções de sensibilização / esclarecimento à
população.
Com a colaboração dos Presidentes de Juntas de
Freguesias rurais, 5 Acções de sensibilização / esclarecimento à
população.
Elaboração e edição de 1500 exemplares
Realização de campanhas de sensibilização, colocação de
placas e distribuição de desdobráveis, a levar a
efeito nos principais acessos à rede viária e praias.
Campanha informativa em articulação com o SEPNA,
distribuição de 500 desdobráveis pelos
condutores utilizadores das vias de acesso às praias, zonas florestais e montes
isolados
Campanha informativa em articulação com o SEPNA,
distribuição de 500 desdobráveis pelos
condutores utilizadores das vias de acesso às praias, zonas florestais e montes
isolados
Campanha informativa em articulação com o SEPNA,
distribuição de 500 desdobráveis pelos
condutores utilizadores das vias de acesso às praias, zonas florestais e montes
isolados
Campanha informativa em articulação com o SEPNA,
distribuição de 500 desdobráveis pelos
condutores utilizadores das vias de acesso às praias, zonas florestais e montes
isolados
Desconhecimento dos períodos críticos dos
fogos
Informação via Rádio de Grândola
Chegar junto da população rural, ouvinte Rádio de
Grândola
Através do programa porta aberta, divulgar durante 6’
por semana conceitos e procedimentos a ter em conta durante o período
crítico dos fogos florestais.
Através do programa porta aberta, divulgar durante 6´
por semana conceitos e procedimentos a ter em conta durante o período
crítico dos fogos florestais.
Através do programa porta aberta, divulgar durante 6’
por semana conceitos e procedimentos a ter em conta durante o período
crítico dos fogos florestais.
Através do programa porta aberta, divulgar durante 6’
por semana conceitos e procedimentos a ter em conta durante o período
crítico dos fogos florestais.
Incêndios no período critico provocados pela utilização de
máquinas florestais/agrícolas
Sensibilização das empresas e demais
utilizadores de maquinaria
florestal/agrícola especialmente durante
o período crítico
Elaboração de um guia de boas práticas florestais que reúna informações úteis e comportamentos de risco a
evitar, com a colaboração do SEPNA e associações de
agricultores / florestais do concelho
Elaboração de 500 exemplares
Com a colaboração das Juntas de Freguesia de maior risco florestal,
distribuição e informação aos produtores e empresas
de abate de florestas/agrícolas
eucaliptos/pinheiros
Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios do Concelho de Grândola
Reduzir a incidência dos incêndios (2º Eixo Estratégico)
Tabela 13: Sensibilização da população – estimativa de orçamento e responsáveis.
Acção Metas Responsável Orçamento
2009 2010 2011 2012 2013
Sensibilizar os agricultores, pastores, apicultores, população rural e população em
geral, sobre as possíveis consequências inerentes ao incorrecto uso do fogo, desde que não sejam consideradas as medidas de
segurança necessárias.
Procedimentos a ter em conta para a realização de queimas e queimadas.
Realização de acções de informação /sensibilização nas freguesias do concelho, com distribuição de folhetos informativos.
CMG 360€ 0 360€ 0 360€
Realização de campanhas de sensibilização, colocação de placas e distribuição de
folhetos informativos, a levar a efeito nos principais acessos à rede viária e praias.
SMPC/SEPNA 0 0 0 0 0
Sub-total 360€ 0 360€ 0 360€
Informação via Rádio de Grândola Chegar junto da população rural, ouvinte
Rádio de Grândola
S.I.R.P 100€ 100€ 100€ 100€
100€
Sub-total 100€ 100€ 100€ 100€ 100€
Sensibilização das empresas e demais utilizadores de maquinaria florestal/agrícola
especialmente durante o período crítico
Elaboração de um guia de boas práticas
florestais que reúna informações úteis e
comportamentos de risco a evitar, com a
colaboração do SEPNA e associações de
agricultores / florestais do concelho
A.A.G./G.T.F./SEPNA 600€ 600€ 600€ 600 600€
Sub-total 600€ 600€ 600€ 600€ 600€
TOTAL 1.060 700 1.060 700 1.060
Notas: As despesas com as deslocações pertencentes aos diversos serviços, enquadram-se no normal funcionamento dos mesmos serviços.
A contribuição de cada uma das entidades envolvidas nas acções a desenvolver será definida numa base anual.
Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios do Concelho de Grândola
Reduzir a incidência dos incêndios (2º Eixo Estratégico)
3.2.2. Fiscalização
PROGRAMA OPERACIONAL – METAS, INDICADORES, ORÇAMENTO E RESPONSÁVEIS
Tabela 14: Fiscalização – Áreas de actuação e Grupos alvo.
Área de actuação
Grupo alvo Período de actuação
Entidade responsável
Meios envolvidos
Actividade a desenvolver Recursos humanos
Recursos materiais
Município de Grândola
Proprietários Florestais e Agrícolas
Outubro a Maio
SMPC/GTF Viatura todo o terreno
2
Verificar o controlo de vegetação junto a habitações e infra-estruturas agro-pecuárias
Município de Grândola
Agricultores Pastores e
Proprietários Florestais
Época de risco de incêndio
elevado SEPNA Viatura todo
o terreno 2
Verificar se os diferentes utentes da floresta cumprem o legislado no DL 124/2006 de 28 de Junho
Freguesia de Melides Campistas/
Turistas Junho GTF/ICNB Viatura todo o terreno 2
Verificar se a informação preventiva e risco de incêndio se
encontra actualizada e disponibilizada
Freguesia de Melides
Campistas e utentes das
praias
Época de risco de incêndio
elevado SEPNA/ICNB Viatura todo
o terreno 2
Fiscalizar o uso indevido do solo nas matas da Reserva Natural, sensibilização para atitudes de
respeito pela natureza
Freguesia de Melides
Campistas/ Turistas
Época de risco de incêndio
elevado ICNB Viatura todo
o terreno 2
Actualizar informação de risco de incêndio, sempre que este se
altere
Freguesia de Melides e Carvalhal
Empresas de corte de madeiras
Época de risco de incêndio
elevado SEPNA
Viatura todo o terreno 2
Verificar o uso de tapa chamas nas máquinas e equipamentos
munidos de motores de explosão usadas no abate de florestas
Freguesia de Santa
Margarida da Serra e Melides
Utentes da Floresta
Época de risco de incêndio
elevado SEPNA
Viatura todo o terreno 2
Na Serra de Grândola e matas do litoral, desenvolver fiscalização
sobre o uso de locais impróprios para o uso de piqueniques com
recurso ao uso do fogo
Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios do Concelho de Grândola
Reduzir a incidência dos incêndios (2º Eixo Estratégico)
Tabela 15: Fiscalização – Metas e Indicadores.
Acção Metas Unidades Indicadores
2009 2010 2011 2012 2013
Verificar o controlo de vegetação junto a edificações
Edificações com faixas de contenção conforme a
legislação em vigor
% de casos em incumprimento
<10% <5% <5% <5< <5
Verificar se os diferentes utentes da floresta cumprem o legislado no DL 124/2006 de 28 de Junho
Não permitir o uso do fogo seja para que fim for, fora
das zonas previamente estabelecidas para o efeito
Número de autuações
<4 <2 0 0 0
Verificar se a informação preventiva e risco de incêndio se encontra actualizada e disponibilizada
Todos os acessos às zonas balnear disporem de
informação sobre risco de incêndio e medidas a tomar
em caso de deflagração
Número de cartazes/informaçã
o em falta 2 0 0 0 0
Fiscalizar o uso indevido do solo nas matas da Reserva Natural, sensibilização para atitudes de respeito pela natureza
Não permitir o campismo fora das zonas previamente
definidas
Número de campistas
detectados em incumprimento
2 0 0 0 0
Actualizar informação de risco de incêndio, sempre que este se altere
Todos os painéis de risco de incêndio actualizados
segundo o grau de risco do dia
Número de painéis actualizados
Os disponív
eis
Os disponív
eis
Os disponív
eis
Os disponíveis
Os disponíveis
Verificar o uso de tapa chamas nas máquinas e equipamentos munidos de motores de explosão usadas no abate de
Todas as máquinas agrícolas e motores de explosão utilizados no abate de árvores cumprem as
% de casos em incumprimento <3 <2 0 0 0
Na Serra de Grândola e matas do litoral, desenvolver fiscalização sobre o uso de locais impróprios para o uso de piqueniques com recurso ao uso do fogo
Erradicar o uso do fogo em piqueniques no interior das
matas
Número de autuações
<4 <2 0 0 0
Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios do Concelho de Grândola
Reduzir a incidência dos incêndios (2º Eixo Estratégico)
Tabela 16: Fiscalização – estimativa de Orçamento e Responsáveis.
Acção Metas 2009 a 2013
Orçamento Anual Responsáveis
Verificar o controlo de vegetação junto a edificações
Verificar o cumprimento da legislação em vigor relativamente às faixas de
contenção na envolvente das edificações
0 SEPNA
Verificar se os diferentes utentes da floresta cumprem o legislado DL 124/2006, de 28 de Junho
Não permitir o uso do fogo seja para que fim for, fora das zonas previamente
estabelecidas para o efeito 0 SEPNA
Verificar se a informação preventiva e risco de incêndio se encontra disponibilizada e actualizada
Todos os acessos às zonas balnear disporem de informação sobre risco de incêndio e medidas a tomar em caso de
deflagração
0 SEPNA
Fiscalizar o uso indevido do solo nas matas da Reserva Natural, sensibilização para atitudes de respeito pela natureza
Não permitir o campismo fora das zonas previamente definidas
3.000€ SEPNA/ICNB
Actualizar informação de risco de incêndio, sempre que este se altere
Todos os painéis de risco de incêndio actualizados segundo o grau de risco do
dia
0 ICNB
Verificar o uso de tapa chamas nas máquinas e equipamentos munidos de motores de explosão usadas no abate de florestas
Todas as máquinas agrícolas e motores de explosão utilizados no abate de árvores cumprem as medidas de
segurança contra risco de incêndio
0 SEPNA
Desenvolver fiscalização sobre o uso de locais impróprios para piqueniques com recurso ao uso do fogo
Erradicar o uso do fogo em piqueniques no interior das matas 0 SEPNA/ICNB
TOTAL 15.000€
Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios do Concelho de Grândola
Melhoria da Eficácia do Ataque e da Gestão dos Incêndios (3º Eixo Estratégico)
3.3. MELHORIA DA EFICÁCIA DO ATAQUE E DA GESTÃO DOS INCÊNDIOS
(3º EIXO ESTRATÉGICO)
A concretização deste eixo estratégico passa necessariamente pela organização de um
dispositivo que preveja a mobilização de meios e recursos, de forma a garantir a detecção e
extinção dos incêndios.
No âmbito deste eixo estratégico, são definidos e identificados os canais de comunicação, as
formas de actuação das equipas responsáveis pela DFCI, e o levantamento das
responsabilidades e competências das várias forças e entidades presentes no município de
Grândola.
3.3.1. Avaliação de meios
MEIOS E RECURSOS
Neste ponto apresentam-se as entidades e respectivos meios e recursos disponíveis de
vigilância e detecção, primeira intervenção, combate, rescaldo e vigilância pós-incêndio.
Na Tabela 17 identificam-se as entidades envolvidas em cada acção, equipa, o número de
elementos por equipa, período e a área de actuação, e na Tabela 18 o Dispositivo Operacional
de DFCI.
Para além dos meios de combate disponibilizados pelos BVG, poderá verificar-se a necessidade
de se recorrer a maquinaria pesada por forma a controlar grandes incêndios ou a proteger
infra-estruturas que se encontrem em perigo. O recurso a maquinaria pesada tem vindo a ser
utilizado no concelho de Grândola, constituindo uma mais valia nas acções de combate, por
permitir criar, de forma célere, corta-fogos que apoiem as operações de confinamento de
incêndio.
A CMDFCI deverá desenvolver um esforço de actualização regular do inventário de maquinaria
pesada existente no concelho, bem como de concelhos vizinhos.
Tabela 17: Entidades envolvidas em cada acção e inventário de viaturas e equipamentos.
*O EPNA integra ainda 2 motas para a vigilância, sendo todas as viaturas conduzidas pelos mesmos recursos humanos.
Acção Entidade Identificação da
equipa
Recursos humanos
(nº)
Área de actuação
Período de actuação
Tipo de viatura
Equipamento de supressão hidráulico
Ferramenta de sapador
4x4 4x2
Capaci
dade d
e
água (
L)
Potê
nci
a (
Hp)
Com
prim
ento
tota
l de
mangueiras
Foiç
ão
Anci
nho
McL
aud
Pola
nsk
y
Enxada
Abafa
dor
Bom
ba d
ors
al
Vigilância Investigação
GNR
Posto territorial 2 Grândola Período crítico X
Posto territorial 2 Comporta Período crítico X
Posto territorial 2 Tróia Período crítico X
SEPN
A
EPNA* 2 Concelho Período crítico X
EPF 2 Concelho Período crítico X
Vigilância 1ª Intervenção
Combate Rescaldo
Vigilância pós-incêndio
BVG
VFCI 01 5 Concelho Todo o ano X 2.200 250 X X X
VFCI 02 5 Concelho Todo o ano X 3.000 300 X X X
VRCI 01 5 Concelho Todo o ano X 3.300 250 X X X
VRCI 02 5 Concelho Todo o ano X 1.000 250 X X X
VLCI 01 2 Concelho Todo o ano X 500 100 X X X
VLCI 02 2 Concelho Todo o ano X 500 100 X X X
VLCI 03 2 Concelho Todo o ano X 700 100 X X X
VLCI 04 2 Concelho Todo o ano X 800 100 X X X
VTTV 01 2 Concelho Todo o ano X 10.000 60
VTTV 02 2 Concelho Todo o ano X 8.000 60
VTGC 01 2 Concelho Todo o ano X 30.000 60
Força Especial
Bombeiros Canarinhos 4 Concelho Período crítico X 600 100 X X X X X X X
RNES ICN 3001 3 RNES 1/07 – 30/09 X 500 100 X X X X X X X
ANSUB SF -03-181 3 Concelho
1Jun-30Set 11h30-19h30
Fds/feriados: 12h – 18h
X 500 100 X X X X X X
AFOCELCA Unidade 503 4 Concelho Período crítico
10h-20h X 600 100 X X X X X X
Tabela 18: Dispositivo Operacional de DFCI (Fonte: DGRF).
Áreas e vertentes DLn.º 124/2006
RCM n.º 65/2006 Entidades
Prevenção estrutural Prevenção Combate
Planeamento DFCI
Organização do território,
silvicultura e infraestruturas
Sensibilização e divulgação
Vigilância e patrulham.
Detecção Fiscalização Investigação de causas
1.ª intervenção
Combate Rescaldo Vigilância
pós-incêndio
DGRF Subdirecção de DFCI nac/dist/mun nac/mun/loc
Núcleos florestais reg/loc
ICNB
Departamentos/gestão florestal*
Loc reg/loc
Vigilantes da natureza reg/loc
Indústrias florestais
AFOCELCA (meios aéreos e equipa de 1.ª intervenção)
Municípios CMDFCI/GTF Mun mun/loc
SMPC Mun mun/loc
Juntas de Freguesia Loc loc
Exército
Sapadores especiais do Exército
Engenharia militar
Outras unidades
Equipas de sapadores florestais
Polícia Marítima
ANPC
CNOS/meios aéreos nac nac nac nac nac nac
CDOS Dist dist dist dist dist
Equipas de Combate a incêndios “Canarinhos”
Corpos de bombeiros mun/loc
Munícipes, proprietários florestais e visitantes
Entidades gestoras de zonas de caça
Governo Civil Dist dist
GNR SEPNA loc
Brigadas territoriais
Legenda das siglas: Legenda das cores:
Nac nível nacional Sem intervenção significativa
Reg nível regional Com competências significativas
Dist nível distrital Com competências de Coordenação
Mun nível municipal Deveres de cívicos
Loc nível local
Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios do Concelho de Grândola
Melhoria da Eficácia do Ataque e da Gestão dos Incêndios (3º Eixo Estratégico)
Todo o Concelho
Canarinhos ANSUB
SF - 03 -181
AFOCELCA Unidade
504
Corpo de
Bombeiros
RNES
Centro Distrital Operações de Socorro
CDOS - Setúbal
Serviço Municipal de Protecção Civil de Grândola -
Eng.º José Luís Dias
GTF: Eng.ª Tânia Costa OPF: Eng.º Pedro Silveira
Alerta Laranja
Vermelho
Comandante Operacional
Municipal (a definir)
Alerta Amarelo
Técnico DFCI: Eng.º Carlos
Borges
Mobilização de Equipas por
Sectores Territoriais e Locais Estratégicos de
Estacionamento
DISPOSITIVO OPERACIONAL DE DFCI
O sistema de alertas é uma forma de intensificar as acções preparatórias para tarefas de supressão ou minoração dos sinistros, colocando meios humanos e
materiais de prevenção, em relação ao período de tempo e a área geográfica em que se preveja especial incidência de condições de risco ou emergência.
O sistema de alertas tem início no nível Azul e progride de forma crescente, para os níveis Amarelo, Laranja e Vermelho, conforme a gravidade da situação e o
grau de prontidão que esta exige (Figura 15).
Figura 15: Esquema de comunicação dos Alertas
Amarelo, Laranja e Vermelho (1ª Intervenção).
Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios do Concelho de Grândola
Melhoria da Eficácia do Ataque e da Gestão dos Incêndios (3º Eixo Estratégico)
Tabela 19: Procedimentos de actuação nos alertas Amarelo, Laranja e Vermelho.
PROCEDIMENTO DE
ACTUAÇÃO ENTIDADES
ALERTA AMARELO ALERTA LARANJA E VERMELHO
Actividades Horário Nº
mínimo de elementos
Locais estratégicos de estacionamento
(LEE)
Actividades Horário Nº mínimo
de elementos
Locais estratégicos de estacionamento
(LEE)
Corporação de Bombeiros
Vigilância
1ª Intervenção Combate Rescaldo
Vigilância pós-incêndio
24h 10* QUARTEL L150501
Vigilância
1ª Intervenção Combate Rescaldo
Vigilância pós-incêndio
24h 60** QUARTEL L150501
Equipas de Sapadores Florestais ANSUB
Vigilância 1ª Intervenção
Rescaldo Vigilância pós-incêndio
11h30 – 19h30 Fds e feriados:
12h-18h 3
Penha L150503
Vigilância 1ª Intervenção
Rescaldo Vigilância pós
incêndio
11h30 – 19h30 Fds e feriados:
12h-18h 3
Penha L150503
GNR
SEPNA Vigilância
Investigação 24h 2 Todo o concelho
Vigilância
Investigação 24h 2 Todo o concelho
Postos Territoriais
Vigilância 24h 2 Todo o concelho Vigilância Socorro
Investigação 24H 2 Todo o concelho
ICNB Vigilância
1ª Intervenção 9h – 17h 3 RNES
Vigilância 1ªIntervenção
9h – 17h 3 RNES
AFOCELCA
Vigilância 1ª Intervenção
Combate Rescaldo
Vigilância pós-incêndio
10h-20h 4 Monte
Alcachofra L150502
Vigilância 1ª Intervenção
Combate Rescaldo
Vigilância pós-
incêndio
10h-20h 4 Monte Alcachofra
L150502
* 2 grupos combate. ** Mobilização total do corpo bombeiros, dependendo da disponibilidade dos bombeiros.
Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios do Concelho de Grândola
Melhoria da Eficácia do Ataque e da Gestão dos Incêndios (3º Eixo Estratégico)
Tabela 20: Lista geral de contactos.
ENTIDADES SERVIÇO CARGO NOME DO
RESPONSÁVEL TELEMÓVEL TELEFONE FAX E-MAIL
CÂ
MA
RA
MU
NIC
IPA
L
CMDFCI
Presidente da CMDFCI
Carlos Beato 269 450 033 269 451 498 gap.presidente@cm-
grandola.pt
Vice-Presidente
Aníbal Cordeiro 269 450 078 269 457 313 aníbal.cordeiro@cm-
grandola.pt
Vereador Protecção Civil
Paulo do Carmo 269 450 052 269 442 508 paulodocarmo@cm-
grandola.pt
SMPC Assessor José Luís Dias 269 450 052 269 442 508 [email protected]
GTF Técnico Tânia Costa 269 450 000 -- taniacosta@cm-
grandola.pt
CO
RP
O D
E
BO
MB
EIR
OS
CMDFCI Comandante Rui Grilo 269 498 451 269 498 116 bvgrandola@hotmail.
com
CMDFCI Adjunto
Comando Henrique Gonçalves
269 498 451 269 498 116
GN
R
CMDFCI Comandante
Destacamento Nuno Gonçalves 269 442 007 269 441 311
SEPNA Jorge Santos 969 442 007 269 441 311 dtergrand@netvisao.
pt
Postos de Vigia
Vigias -- -- --
JU
NT
A D
E F
RE
GU
ES
IA CMDFCI Representante
Custódio Bacalhau
269 498 102 269 498 108 geral@freguesia-
grandola.org
JF Grândola Presidente Custódio Bacalhau
269 498 102 269 498 108 geral@freguesia-
grandola.org
JF Melides Presidente Nuno Oliveira 269 907 116 269 907 560 [email protected]
om
JF Carvalhal Presidente Ricardo Costa 265 497 112 265 490 780 [email protected]
JF Stª Margarida
Presidente Filipe dos Santos 269 449 160 269 449 160 -
JF Az. Barros
Presidente José Carlos
Leandro 269 594 133 269 508 649 -
AFN
Unidade de Gestão
Florestal
Gestor Florestal
Rosário Amaral 265 610 320 265 610 345 [email protected]
n-agricultura.pt
Técnico DFCI Carlos Borges 265 238 260 265 238 304 [email protected]
n-agricultura.pt
ICN
B
RNES Técnico Florestal
Isabel Lorena 265 541 140 265 541 155 [email protected]
CD
OS
Inspector Alcino Marques 212 334 689 212 336 177 cdos.setubal@prociv.
pt
OP
F
AFLOPS
Responsável pela Prod. E Protecção Florestal
Diogo D’Ajuda 212 198 910 212 198 919 Diogo.ajuda@aflops.
pt
Equipa de Sapadores Florestais –
ANSUB
Coordenador Sapadores
Pedro Silveira 265 612 684 265 610 363 [email protected]
Grupo Portucel Soporcel
Técnico Florestal
Joaquim Núncio 265 709 000 265 709 194 Joaquim.nuncio@por
tucelsoporcel.com
Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios do Concelho de Grândola
Melhoria da Eficácia do Ataque e da Gestão dos Incêndios (3º Eixo Estratégico)
SECTORES E LOCAIS ESTRATÉGICOS DE ESTACIONAMENTO
Na Figura 17 encontram-se os sectores territoriais de DFCI e Locais Estratégicos de
Estacionamento (LEE) do concelho. Os sectores e LEE foram definidos em função dos meios e
recursos existentes no território de Grândola, da rede viária, da altimetria e tempos de
intervenção.
Figura 17: Vigilância – Sectores Territoriais e LEE.
Demarcaram-se assim 2 sectores para o concelho, em que o sector S150501 ficará assegurado
pelos Bombeiros Voluntários de Grândola, e o sector S150502 pela equipa da AFOCELCA.
Contudo, apenas o sector S150502 responderá ao objectivo de que a primeira intervenção se
realize nos 20 minutos após a ocorrência do incêndio. No caso do sector S150501, ficou
confirmada a existência de uma viatura para a vigilância móvel e 1ª intervenção (VFCI) a
circular, ainda que não definida a calendarização, na totalidade do sector.
De notar que a equipa de vigilantes da RNES faz vigilância e 1ª Intervenção na totalidade do
território da Área Protegida, pelo que poderão não estar disponíveis para, em 20 minutos, se
encontrarem junto do foco de incêndio. Por falta de recursos, esta equipa apenas funcionará 3
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Melhoria da Eficácia do Ataque e da Gestão dos Incêndios (3º Eixo Estratégico)
dias por semana, entre as 9h e as 17h. Em dias de alerta amarelo, laranja ou vermelho,
circulam nos 5 dias por semana na sua área de abrangência.
O mapa aponta ainda as 6 áreas de vigilância da equipa de sapadores da Associação de
Produtores Florestais do Vale do Sado (ANSUB) que abrangem a totalidade do concelho, não
constituindo no entanto sectores territoriais de Vigilância e/ou 1ª Intervenção. Face ao exposto,
a equipa de sapadores florestais da ANSUB torna-se a única equipa envolvida exclusivamente
nas acções de vigilância e 1ª intervenção durante o período crítico.
Pelos mesmos motivos a marcação dos LEE procurou, por um lado reduzir o tempo da 1ª
intervenção, marcando LEE em zonas onde o raio de intervenção é de 20 min (estas zonas têm
valores a proteger, como sejam manchas florestais e zonas de caça) e por outro lado, colmatar
zonas de sombra das bacias de visibilidades dos postos de vigia. Marcaram-se assim, 4 LEE, dos
quais dois deles estarão associados aos sectores acima referidos, o terceiro a uma zona de
sombra da vigilância fixa na Serra de Grândola, e o quarto a uma zona de sombra do posto da
Atalaia. Estes últimos foram indicados pela ANSUB para complementar a vigilância e melhorar a
1ª intervenção.
VIGILÂNCIA E DETECÇÃO
A vigilância do concelho de Grândola é da responsabilidade da Guarda Nacional Republicana,
representada pelos Postos Territoriais e pelo Serviço Especial de Protecção da Natureza do
Destacamento de Grândola, onde está incluída a Equipa de Protecção da Natureza e a Equipa
de Protecção Florestal.
A vigilância fixa é assegurada pelos postos de vigilância da Rede Nacional de Postos de Vigia.
O concelho de Grândola está dotado no seu território por três postos: o Posto de Vigia do
Pinheiro da Cruz (70-03), o Posto de Vigia da Atalaia (70-02) e o Posto de Vigia do Canal
Caveira (70-04). Como se pode observar na Figura 5, Grândola está numa localização que
permite a sua visibilidade a partir de outros postos de vigilância (Tabela 21). Estes postos
asseguram o regime de permanência de 24/24 horas, a partir de 1 de Julho a 30 de Setembro,
embora possa ser alterado em função das condições climatéricas. O posto da Atalaia, por ser
um posto de vigia estratégico é activado entre 15 Maio e 1 de Junho funcionando apenas de dia
durante a fase inicial.
Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios do Concelho de Grândola
Melhoria da Eficácia do Ataque e da Gestão dos Incêndios (3º Eixo Estratégico)
Tabela 21: Postos de Vigia adjacentes ao município de Grândola.
Distância (Km) Coordenadas
Concelho Nome Código Limite do
Concelho Xx Yy Altitude
Palmela São Luís 57-01 +6 -49628 -187067 389
Viana do
Alentejo Sr.ª da Esperança 66-02 +27 -5370 -140357 280
Alcácer do Sal Maceira 70-01 +9 -28796 -148146 132
Fonte: SCRIF – http://scrif.igeoe.pt/
Da observação do mapa apresentado na Figura 18, verifica-se que grande parte do concelho é
abrangido pelas bacias de visibilidade dos três postos de vigia identificados no concelho,
representando as zonas a branco zonas de sombra dos mesmos. Existirão ainda outros postos
de vigia fora do concelho que foram retirados desta lista por não terem visibilidade suficiente ou
por haver outro posto que o suplantaria na visibilidade.
Figura 18: Rede de Postos de Vigia e das bacias de visibilidade.
Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios do Concelho de Grândola
Melhoria da Eficácia do Ataque e da Gestão dos Incêndios (3º Eixo Estratégico)
De referir ainda que a reactivação do Posto de Vigia 70-04 ainda não está confirmada, apesar
de se ter observado que este posto cobre zonas de sombra das bacias de visibilidade dos outros
postos de vigia, confirmando-se a sua importância na vigilância da Serra de Grândola, assente
atrás como área crítica no combate a incêndios.
As equipas de vigilância móvel devem direccionar esforços para, e sempre que possível,
realizar vigilância em zonas de sombra e em zonas prioritárias, de acordo com a carta de
prioridades de defesa do concelho.
Nas equipas de vigilância móvel estão integrados as duas equipas da Força Especial de
Bombeiros, os “Canarinhos”, meios distritais de Setúbal, embora sediados em Alcácer do Sal.
Estas duas viaturas equipadas com kit de 1ª intervenção darão apoio terrestre ao helicóptero,
também este sediado em Alcácer do Sal, e percorrerão todo o território do distrito nas acções
de vigilância e 1ª intervenção.
1ª INTERVENÇÃO
A 1ª intervenção é da inteira responsabilidade dos Bombeiros Voluntários de Grândola. No
entanto, as equipas de sapadores florestais da ANSUB, de Vigilantes da Natureza da RNES, e da
AFOCELCA, encontram-se correctamente equipadas para realizarem esta acção de 1ª
Intervenção (Figura 19).
A Junta de Freguesia de Grândola e a Junta de freguesia de Melides possuem uma viatura
equipada com kit de incêndios, devidamente inspeccionadas pelo CDOS para viabilizar as
acções de vigilância e 1ª Intervenção. Sobre estas duas viaturas se irá apresentar novas
propostas em reunião da CMDFCI.
Dispersos um pouco por todo o território de Grândola, os proprietários privados asseguram uma
1ª Intervenção bastante eficaz, por possuírem meios complementares de apoio ao combate,
minimizando assim o tempo de intervenção.
Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios do Concelho de Grândola
Melhoria da Eficácia do Ataque e da Gestão dos Incêndios (3º Eixo Estratégico)
Figura 19: 1ª Intervenção – Sectores Territoriais e LEE.
A equipa de sapadores da AFOCELCA estará disponível para as acções de vigilância e
1ª Intervenção no sector territorial S150102. Contudo, através da Central de Operações da
AFOCELCA e caso esta entenda por necessidade, esta viatura poderá ser desmobilizada para
outro incêndio fora do concelho.
COMBATE, RESCALDO E VIGILÂNCIA APÓS INCÊNDIO
Quanto às acções de combate, rescaldo e vigilância após um incêndio, estas são, igualmente,
da inteira responsabilidade dos Bombeiros Voluntários do Município, abrangendo os dois
sectores DFCI (Figura 20). Quando a dimensão do incêndio assim o exigir serão accionadas
pelos CODIS outras corporações de bombeiros e meios aéreos.
De salientar que as equipas de sapadores da ANSUB e RNES, podem ser chamadas a intervir
pelo comandante operacional e pela CMDFCI e efectuar também um papel relevante nestas 3
acções.
Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios do Concelho de Grândola
Melhoria da Eficácia do Ataque e da Gestão dos Incêndios (3º Eixo Estratégico)
Figura 20: Combate – Sectores Territoriais e LEE.
No que respeita aos meios aéreos da AFOCELCA, a sua mobilização e coordenação são única e
exclusivamente da responsabilidade da CENTRAL AFOCELCA.
Estas equipas, no caso do rescaldo, só abandonam o local depois de assegurar que se eliminou
toda a combustão viva na área ardida, ou que o material ainda em combustão lenta se encontra
devidamente isolado e circunscrito utilizando prioritariamente ferramentas manuais, tractores
agrícolas e/ou máquinas de rasto. No caso da vigilância pós-incêndio, permanecem no local até
se certificarem que não existem sinais de actividade de combustão (Figura 21).
Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios do Concelho de Grândola
Melhoria da Eficácia do Ataque e da Gestão dos Incêndios (3º Eixo Estratégico)
Figura 21: Rescaldo e vigilância pós-incêndio.
APOIO AO COMBATE
Das infra-estruturas de apoio ao combate actualmente existentes no concelho de Grândola,
salienta-se a rede viária com uma densidade de 1.606m/ha por possibilitar uma rápida detecção
de focos de ignição por civis ou equipas de vigilância e por permitir uma rápida chegada das
forças de combate aos locais afectados (Figura 22).
Indicaram-se apenas as estradas e caminhos florestais operacionais, validadas tanto em
gabinete como no terreno. Denota-se ainda uma clara evidência de falta de caminhos
operacionais em zonas de solos arenosos, tais como a faixa litoral, e ainda na freguesia de
Santa Margarida da Serra. Numa próxima revisão do PMDFCI espera-se conseguir ultrapassar
este problema.
Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios do Concelho de Grândola
Melhoria da Eficácia do Ataque e da Gestão dos Incêndios (3º Eixo Estratégico)
Figura 22: Mapa I de Apoio ao Combate.
A rede de pontos de água existente corresponde à da lista nacional de pontos de água, tendo
sido validada em gabinete pelo SMPC. Outros pontos de água foram identificados em orto-
fotomapas e seleccionados os que poderiam colmatar as lacunas existentes no concelho, de
forma a diminuir o tempo de reabastecimento de autotanques. De referir que estes pontos de
água se encontram em processo de validação, pelo que serão integrados no POM de 2009.
Às infra-estruturas de apoio ao combate actualmente existentes juntam-se as faixas
secundárias de gestão de combustíveis (FGC) definidas no capítulo 3.1, que permitirão uma
eficiente compartimentação da paisagem. Deste modo, reduzir-se-á significativamente a
probabilidade de um incêndio poder vir a afectar uma grande área, assim como colocar em
perigo edificações. Entre as FGC a implementar, merecem especial destaque as faixas a criar ao
longo de alguns caminhos florestais da freguesia de Santa Margarida da Serra, que não só
criarão importantes descontinuidades em zonas de risco de incêndios mais elevado, como
possibilitarão às forças de combate proceder ao ataque às chamas.
Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios do Concelho de Grândola
Melhoria da Eficácia do Ataque e da Gestão dos Incêndios (3º Eixo Estratégico)
À data de elaboração do plano as FGC atrás referidas encontram-se em fase de marcação em
gabinete, sendo incluídas no Mapa I de apoio ao Combate as FGC e mosaicos de parcelas de
gestão de combustível, apenas as referidas no capítulo anterior.
As áreas ardidas entre 2006 e 2008 mostram-nos zonas com índice de perigosidade mais
elevado pela carga de combustível arbustivo que comportam. Da análise desta figura, ressalta-
se a ausência de registos cartográficos para 2006, e para 2007 os registos serão provisórios.
Os Locais de Posto de Comando Operacional foram definidos para a totalidade do território e
permitem acomodar unidades de comando, de transmissões e veículos de reabastecimento, no
âmbito de eventuais operações de protecção e socorro.
Figura 23: Mapa II de Apoio ao Combate.
Quanto aos meios complementares de apoio é de salientar a existência de meios passíveis de
serem utilizados em caso de ocorrência de incêndios, tanto ao nível dos proprietários privados
como o do próprio município (Figura 23).
Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios do Concelho de Grândola
Melhoria da Eficácia do Ataque e da Gestão dos Incêndios (3º Eixo Estratégico)
Relativamente a outros pontos de DFCI, identificaram-se bombas de combustível e sucatas,
entre outros.
3.3.2. Programa operacional das acções de vigilância e detecção, 1ª intervenção,
combate, rescaldo e vigilância pós-incêndio
METAS E INDICADORES
O programa operacional estipulado para a melhoria da eficácia do ataque e da gestão de
incêndios, define, para cada acção, metas e indicadores e orçamento das respectivas acções
por ano de implementação do PMDFCI.
ORÇAMENTO E RESPONSÁVEIS
A identificação dos responsáveis pelo cumprimento das metas definidas para optimização das
acções de vigilância, primeira intervenção e combate, assim como o orçamento de execução
das mesmas, encontram-se descritos na Tabela 26.
Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios do Concelho de Grândola
Melhoria da Eficácia do Ataque e da Gestão dos Incêndios (3º Eixo Estratégico)
Tabela 22: Vigilância e detecção, 1ª intervenção, combate, rescaldo e vigilância pós-incêndio.
Acção Metas Unidades Indicadores
2009 2010 2011 2012 2013
Formar os agentes envolvidos na vigilância, 1ª intervenção e combate
Edificações com faixas de contenção conforme a legislação em vigor
Equipas % 100 100 100 100 100
Os BVG realizam simulacros de combate a incêndios no primeiro trimestre de cada ano Simulacros Nº 1 1 1 1 1
Realizar a inventariação de meios e recursos existentes no município
Actualização do inventário no início de cada época de incêndios
Inventário anual Sim/Não sim sim sim sim sim
Avaliar e melhorar o desempenho do sistema municipal de DFCI
Todas as entidades com responsabilidade nas acções de vigilância, primeira intervenção, combate e rescaldo elaboram relatório de avaliação do seu desempenho, em que identificam os aspectos a melhorar e a necessidade de aquisição de meios
materiais e humanos, no 4º trimestre
Entidades que entregam o relatório
anual % 100 100 100 100 100
A CMDFCI elabora o relatório anual de avaliação da coordenação e articulação entre as diferentes entidades com
responsabilidades nas acções de Vigilância e detecção, 1ª intervenção, combate, rescaldo, no 4º trimestre
Relatório anual Sim/Não Sim Sim Sim Sim Sim
O plano de re-equipamento encontra-se realizado e submetido para aprovação das diferentes entidades que compõem a
CMDFCI Relatório anual Sim/Não Sim Sim Sim Sim Sim
O plano de contratação e mobilização de recursos humanos encontra-se realizado e submetido para aprovação das
diferentes entidades que compõem a CMDFCI Sim/Não Sim Sim Sim Sim Sim Sim
O POM incorpora as conclusões dos relatórios anuais elaborados pela CMDFCI e os planos de re-equipamento e de
contratação/mobilização de recursos humanos
POM integrando as conclusões
Sim Sim Sim Sim Sim Sim
Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios do Concelho de Grândola
Melhoria da Eficácia do Ataque e da Gestão dos Incêndios (3º Eixo Estratégico)
Tabela 23: Vigilância e detecção, 1ª intervenção, combate, rescaldo e vigilância pós-incêndio – Orçamento e Responsáveis.
Acção Metas Responsável Indicadores
2009 2010 2011 2012 2013
Formar os agentes envolvidos na vigilância, 1ª intervenção e combate
Edificações com faixas de contenção conforme a legislação em vigor CMDFCI 5.000 5.000 5.000 5.000 5.000
Os BVG realizam simulacros de combate a incêndios no primeiro trimestre de cada ano BVG 0* 0* 0* 0* 0*
Sub-total 5.000 5.000 5.000 5.000 5.000
Realizar a inventariação de meios e recursos existentes no município
Actualização do inventário no início de cada época de incêndios
CMDFCI 0* 0* 0* 0* 0*
Sub-total 0* 0* 0* 0* 0*
Avaliar e melhorar o desempenho do sistema municipal de DFCI
Todas as entidades com responsabilidade nas acções de vigilância, primeira intervenção, combate e rescaldo elaboram relatório de avaliação
do seu desempenho, em que identificam os aspectos a melhorar e a necessidade de aquisição de meios materiais e humanos, no 4º trimestre
Todas as entidades que integram a CMDFCI 0* 0* 0* 0* 0*
A CMDFCI elabora o relatório anual de avaliação da coordenação e articulação entre as diferentes entidades com responsabilidades nas
acções de Vigilância e detecção, 1ª intervenção, combate, rescaldo, no 4º trimestre
CMDFCI
0* 0* 0* 0* 0*
O plano de re-equipamento encontra-se realizado e submetido para aprovação das diferentes entidades que compõem a CMDFCI
CMDFCI 0* 0* 0* 0* 0*
O plano de contratação e mobilização de recursos humanos encontra-se realizado e submetido para aprovação das diferentes entidades que
compõem a CMDFCI
CMDFCI
0* 0* 0* 0* 0*
O POM incorpora as conclusões dos relatórios anuais elaborados pela CMDFCI e os planos de re-equipamento e de contratação/mobilização de
recursos humanos
CMDFCI
0* 0* 0* 0* 0*
Sub-total 0* 0* 0* 0* 0*
Total 5.000 5.000 5.000 5.000 5.000
* as despesas enquadram-se no normal funcionamento da entidade.
Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios do Concelho de Grândola
Recuperar e Reabilitar os Ecossistemas (4º Eixo Estratégico)
3.4. RECUPERAR E REABILITAR OS ECOSSISTEMAS (4º EIXO ESTRATÉGICO)
A recuperação de áreas ardidas é o primeiro passo para tornar os ecossistemas mais resilientes
aos incêndios florestais.
Após a ocorrência de um fogo, os espaços florestais podem sofrer processos de degradação
ecológica, devido a perdas locais de biodiversidade e a fenómenos de erosão. As consequências
destes eventos poderão tornar-se evidentes com as alterações nos regimes de cheias.
Desta forma, torna-se premente abordar a questão dos incêndios no que diz respeito aos
efeitos na conservação do solo e da água, na manutenção da resiliência dos espaços florestais e
na manutenção da integridade dos ecossistemas e da qualidade da paisagem.
No 4º Eixo Estratégico, o grande objectivo é recuperar e reabilitar os ecossistemas, sendo a
avaliação e mitigação dos impactos causados pelos incêndios e implementação de estratégias
de reabilitação, os objectivos operacionais.
Esta reabilitação do território, numa primeira fase de emergência imediatamente após a
ocorrência do incêndio, tem por finalidade evitar a degradação de recursos e infra-estruturas,
através da consolidação de encostas, estabilização de linhas de água e recuperação de
caminhos, entre outros. Há sobretudo que estabelecer prioridades e tipos de intervenção em
função da natureza e severidade dos impactos do fogo, incluindo a opção de não-intervenção.
Neste caso, deverão ser focados especialmente o controlo de erosão em arribas e taludes, a
avaliação das zonas susceptíveis a deslizamentos das camadas superficiais do solo, as
necessidades de correcção fluvial (estabilização de margens) e de enquadramento paisagístico
de redes viárias (taludes de estradas e linhas de caminho de ferro) e, por fim, a consolidação
de arribas.
Numa segunda fase, procede-se ao fomento de condições que levem a um aumento da
resiliência dos espaços florestais a médio prazo, infra-estruturando e requalificando os espaços
florestais de acordo com os princípios de Defesa da Floresta contra Incêndios. É nesta fase que
se procede, entre outras acções, à avaliação da resposta do meio aos danos sofridos, à recolha
de salvados e à protecção fitossanitária dos povoamentos florestais, a acções de recuperação
biofísica e mesmo já à reflorestação de zonas mais sensíveis.
A terceira fase tem lugar normalmente a partir dos três anos após a passagem do fogo, altura
em que são implementados os projectos definitivos de recuperação ou reflorestação de acordo
com os objectivos que se pretendem atingir (florestas de produção, protecção e/ou
Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios do Concelho de Grândola
Recuperar e Reabilitar os Ecossistemas (4º Eixo Estratégico)
enquadramento paisagístico). Será nesta fase que serão promovidas as acções conducentes ao
cumprimento dos objectivos de manutenção da resiliência dos espaços florestais, da integridade
dos ecossistemas e da qualidade da paisagem.
CONSERVAÇÃO DO SOLO E DA ÁGUA
No que se refere às intervenções de emergência, estas serão efectuadas nas zonas afectadas
que apresentem declives superiores a 30-35%, uma vez que a partir daqueles valores os
fenómenos de erosão intensificam-se de forma muito significativa (Correia e Oliveira, 2003).
Nas zonas de declives acentuados será ainda dada prioridade às áreas onde as características
da vegetação e a intensidade do fogo tenham resultado numa grande exposição dos solos. Isto
tenderá a ser o caso das áreas que associam declives muito acentuados com vegetação de tipo
arbustivo, principalmente se as espécies afectadas não possuírem boa capacidade de
regeneração como, por exemplo, rebentação por touça.
As intervenções de emergência mais comuns, de acordo com Vallejo e alonzo (2006) são:
a) Sementeira aérea ou terrestre, com cobertura de solo com palha ou outros materiais
vegetais de modo a se obter rapidamente uma cobertura de solo com vegetação de tipo
herbáceo, que reduzirá a perda de solo.
b) Disposição e fixação de toros de árvores segundo as curvas de nível com o intuito de
reduzir o escoamento superficial das águas pluviais e promover a infiltração da água no
local e reter os materiais por ela transportados.
c) Construção de pequenas represas com pedras, sacos de areia ou gabiões, de modo a
promover a infiltração da água no local e reter os materiais por ela transportados.
d) Abertura de valas ao longo e cobertura com matérias orgânicos.
Neste sentido, caso ocorram incêndios no concelho de Grândola em zonas florestais com
declives superiores a 30-35% deverá fazer-se deslocar ao local especialistas da Unidade de
Gestão Florestal do Alentejo Litoral, e/ou do ICNB (caso os incêndios ocorram nas áreas
protegidas) de modo a avaliar se as comunidades vegetais afectadas apresentam boa
capacidade de resposta ao fogo. Caso isso aconteça, deverá proceder-se apenas à técnica da a)
em toda a superfície afectada, utilizando de preferência resíduos de exploração locais.
Caso as zonas florestais mais sensíveis afectadas possuam uma grande representatividade de
espécies arbustivas cuja regeneração se faz apenas por via seminal, deverá recorrer-se às
técnicas de a) complementada com d) e/ou c). Esta escolha fica a dever-se ao facto da
Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios do Concelho de Grândola
Recuperar e Reabilitar os Ecossistemas (4º Eixo Estratégico)
regeneração por via seminal ser geralmente muito lenta, dependendo fortemente da
precipitação pós incêndio, e especialmente nas encostas viradas a sul.
MANUTENÇÃO DA RESILIÊNCIA DOS ESPAÇOS FLORESTAIS, DA INTEGRIDADE DOS ECOSSISTEMAS
E DA QUALIDADE DA PAISAGEM
De acordo com o Decreto-Lei n.º 139/88, de 22 de Abril, torna-se legalmente obrigatório
proceder à rearborização das áreas ardidas, salvo situações em que essa não seja a prática
mais adequada para o uso do solo ou se a situação económica do proprietário não o permitir,
obrigatoriedade que coloca em segundo plano a recuperação natural destas áreas.
O Decreto-Lei n.º 180/89, de 30 de Maio, estabelece por sua vez, as regras de ordenamento
das zonas percorridas por incêndios florestais em áreas protegidas, indo as suas disposições no
mesmo sentido das do Decreto-Lei anterior, mas tendo como organismo regulador o Instituto
de Conservação da Natureza e da Biodiversidade (ICNB).
Os sobreiros e azinheiras são alvo de legislação específica através do Decreto-Lei nº 169/2001,
de 25 de Maio, e determina que deverão ficar vedadas, por um período de 25 anos, quaisquer
alterações do uso do solo em áreas ocupadas por povoamentos de sobreiro ou azinheira que
tenham sido percorridas por incêndios.
Após a ocorrência de um fogo, não é de excluir a hipótese de os proprietários, de uma forma
associada ou não, pretenderem proceder à alteração do uso do solo, altura em que se deverá
analisar a viabilidade dos projectos de reflorestação de acordo com as orientações estratégicas
do PROF do Alentejo Litoral e do Conselho Nacional de Reflorestação (CNR).
Assim sendo, no que respeita à alteração da composição dos povoamentos não será permitida a
alteração de composição dos povoamentos florestais dominados por espécies indígenas de
ocorrência rara ou das galerias ripícolas. A substituição de qualquer tipo de povoamento
florestal por povoamentos de espécies de crescimento rápido não deverá ser cenário plausível
no concelho de Grândola, uma vez que as estações não apresentam potencial para a sua
introdução.
Segundo o PROF AL, as espécies indicadas para as sub-regiões homogéneas do Concelho de
Grândola são: Sobreiro, Pinheiro-manso, Pinheiro bravo e Azinheira. Serão ainda de considerar
Amieiros (Alnus glutinosa), Choupos (Populus spp.), Freixo (Fraxinus angustifolia), Salgueiros
(Salix spp.), Cipreste (Cupressus sempervirens), Causarina (Casuarina equisitefolia), Eucalipto
(Eucaliptus globulus), Zimbros (Juniperus spp.), Medronheiro (Arbutus unedo) e Carvalho
cerquinho (Quercus faginea).
Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios do Concelho de Grândola
Recuperar e Reabilitar os Ecossistemas (4º Eixo Estratégico)
Na eventualidade de incêndios em povoamentos florestais, a CMG deverá apoiar os
proprietários florestais afectados, particularmente no acesso aos instrumentos financeiros para
a reflorestação.
O objectivo de manter a resiliência dos espaços florestais, a integridade dos ecossistemas e a
qualidade da paisagem deverá passar por um incentivo a florestações/reflorestações que
garantam, não só a manutenção de descontinuidades de combustíveis, como também a criação
de uma paisagem mais diversificada, alternando zonas agrícolas e áreas de matos com áreas
florestais compostas por espécies bem adaptadas às características edafo-climáticas existentes
no concelho.
Na instalação/reflorestação de povoamentos florestais, importa ter presente a necessidade de
se adoptarem medidas de silvicultura preventiva de forma a dificultar a progressão dos fogos,
diminuir a sua intensidade e limitar os danos causados nas árvores. Estas medidas possibilitarão
uma maior resistência dos espaços florestais à passagem do fogo, assim como uma maior
facilidade de controlo do fogo por parte das forças de combate.
Outro aspecto muito importante a ter em conta na organização dos espaços florestais prende-
se com a correcta gestão das galerias ribeirinhas, por apresentarem uma maior sensibilidade
ecológica, e por exigirem intervenções periódicas de modo a evitar que se transformem em
corredores de preferencial propagação de fogo.
Após um incêndio numa zona ribeirinha, há que aproveitar a forte capacidade regenerativa que
estes espaços apresentam. As intervenções a efectuar, deverão centrar-se na desobstrução das
margens e leitos dos cursos de água, de forma a garantir o normal fluir dos caudais, e em
promover a descontinuidade horizontal e vertical dos diversos combustíveis.
A regeneração das zonas ribeirinhas através de novas plantações, sementeira ou colocação de
estacas apenas deverá ser considerada nos casos em que se verifique a total destruição da
vegetação pré-existente, ou quando a vegetação que se encontrar no local der mostras de
acentuada degradação, com elevado número de espécies exóticas e/ou de árvores em mau
estado fitossanitário. A regeneração artificial deverá ser usada apenas quando a natural não for
suficiente para evitar perdas locais de solo ou controlar regimes torrenciais.
As espécies a usar deverão ter como referência as formações características da região, e o
controlo ou diminuição da incidência de espécies exóticas invasoras.
Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios do Concelho de Grândola
Recuperar e Reabilitar os Ecossistemas (4º Eixo Estratégico)
Caso a vegetação presente nos cursos de água tenha sido completamente destruída deverá
proceder-se, entre Setembro e Março, à colocação de estacas pertencentes às espécies
arbóreas e arbustivas características do local, de modo a promover uma rápida reconstituição.
Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios do Concelho de Grândola
Adaptação de uma Estrutura Orgânica Eficaz e Funcional (5º Eixo Estratégico)
3.5. ADAPTAÇÃO DE UMA ESTRUTURA ORGÂNICA EFICAZ E FUNCIONAL
(5º EIXO ESTRATÉGICO)
No sentido de se concretizar os eixos estratégicos antes relevados e de se adoptar uma
estrutura orgânica funcional e eficaz para a protecção das áreas florestais, das pessoas e dos
seus bens, é essencial a existência de uma organização a nível Municipal fundamentada em
volta de uma política de prevenção, protecção e socorro.
A Lei n.º 14/2004, de 8 de Maio, deu o primeiro passo nesse sentido, criando as Comissões
Municipais de Defesa da Floresta Contra Incêndios, que têm como missão coordenar, a nível
local, as acções de DFCI e promover a sua execução, especificando ainda quais as suas áreas
de actividade e as principais entidades que dela deverão fazer parte. O PMDFCI torna-se assim
o instrumento orientador das diferentes acções.
No município de Grândola, tendo em conta as diferentes organizações e organismos que nele
actuam, a CMDFCI apresenta a seguinte composição (ver também Tabela 24):
. Presidente da Câmara Municipal do Concelho de Grândola ou seu representante
. Representante das Juntas de freguesia do Concelho de Grândola
. Serviço Municipal de Protecção Civil
. Representante da Autoridade Florestal Nacional, através da Unidade de Gestão Florestal
do Alentejo Litoral
. Representante do Instituto de Conservação da Natureza e da Biodiversidade
. Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários do Concelho de Grândola
. Guarda Nacional Republicana – Serviço de Protecção da Natureza (GNR – SEPNA)
. Representante da Associação de Agricultores de Grândola
. Representante da Associação de Produtores do Vale do Sado (ANSUB)
. Representante da Associação de Produtores Florestais (AFLOPS)
. Representante da Associação de Importadores e Exportadores de Cortiça (AIEC)
À CMDFCI caberá estabelecer um circuito de comunicação entre as diferentes entidades que a
compõem, por forma a tornar eficiente a partilha de informação e optimizar as várias operações
a realizar.
A garantia de que as forças responsáveis pelas acções de primeira intervenção, combate e
rescaldo desenvolverão eficientemente a sua actividade, passará pela elaboração anual de
planos expeditos de carácter operacional municipal (POM) que permitirão optimizar a
Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios do Concelho de Grândola
Adaptação de uma Estrutura Orgânica Eficaz e Funcional (5º Eixo Estratégico)
distribuição dos meios materiais e humanos pelas diferentes actividades de defesa, assim como
apoiar a coordenação das diferentes entidades envolvidas.
Em caso de emergência, caberá à CMDFCI prestar todo o apoio à Comissão Municipal de
Protecção Civil (CMPC) que terá por função garantir a coordenação das operações de combate,
socorro e assistência às populações e grupos operacionais (definidos no Plano Municipal de
Emergência), bem como estabelecer a ligação com o Comando Distrital de Operações de
Socorro (CDOS).
Dada a importância que apresenta a comunicação regular entre as entidades com
responsabilidades ao nível da defesa da floresta, definiu-se que a CMDFCI do Concelho de
Grândola se reunirá trimestralmente, fora do período crítico, e mensalmente dentro do mesmo
período.
Tabela 24: Principais responsabilidades de cada uma das entidades que constituem a COMDFCI.
Entidade Responsabilidade
Serviço Municipal de
Protecção Civil
Garantir em sede de POM a coordenação de todas as entidades intervenientes;
operacionalizar as acções de silvicultura preventiva, nomeadamente a limpeza de matos,
limpeza e beneficiação de caminhos e criação de zonas de descontinuidades;
operacionalizar as campanhas de sensibilização das populações
Autoridade Florestal
Nacional (UGFAL)
Prestar apoio técnico relativamente aos procedimentos a seguir nas operações de gestão
de combustíveis e nas acções de recuperação e reabilitação dos espaços florestais.
Prestar apoio técnico na definição de estratégias de apoio ao desenvolvimento
sustentável dos espaços florestais.
Juntas de freguesia
Acompanhar de perto as intervenções definidas e esclarecer a população sobre a
utilidade das acções postas em prática. Competirá ainda alertar a CMDFCI para aspectos
que precisem ser considerados ou alterados e garantir a permanente actualização do
inventário de meios disponíveis.
Associação Humanitária
de Bombeiros Voluntários
Acompanhar o decorrer das operações de gestão de combustíveis definidos no PMDFCI.
Apresentar no quarto trimestre de cada ano o relatório sobre as actividades
desenvolvidas no concelho (ocorrências, avaliação da coordenação entre entidades, etc.).
Identificar aspectos operacionais que necessitem de revisão. Manter actualizado o
inventário de meios disponíveis; propor medidas de beneficiação de estruturas de apoio
ao combate aos incêndios (rede divisional e pontos de água).
Associação de Agricultores
de Grândola
Acompanhar as operações a desenvolver no âmbito do PMDFCI, apresentar as acções
desenvolvidas na sensibilização de agricultores, contribuir com sugestões (e.g.
campanhas de sensibilização) e manter actualizado o inventário de meios disponíveis.
Guarda Nacional
Republicana (GNR –
SEPNA)
Acompanhar as operações a desenvolver no âmbito do PMDFCI. Promover a vigilância
dos comportamentos de risco na interface urbano-florestal praticados pela população ou
indústrias. Apresentar relatório anual (no quarto trimestre) sobre as actividades
desenvolvidas no concelho. Manter actualizado o inventário de meios disponíveis.
Instituto de Conservação
da Natureza e da
Biodiversidade
Prestar apoio técnico no que respeita aos procedimentos a seguir nas operações de
gestão de combustíveis e nas acções de recuperação e reabilitação dos espaços florestais
por forma a garantir a integridade dos ecossistemas intervencionados.
Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios do Concelho de Grândola
Adaptação de uma Estrutura Orgânica Eficaz e Funcional (5º Eixo Estratégico)
Tendo em vista a concretização dos objectivos de DFCI definidos no PMDFCI, será também
tarefa da CMDFCI analisar os resultados obtidos após cada época crítica, e elaborar um
relatório anual (a apresentar no quarto trimestre de cada ano), onde se fará ainda a avaliação
da coordenação e articulação entre as diferentes entidades com responsabilidades nas acções
de vigilância, primeira intervenção, combate e rescaldo.
A partilha de informação e experiências com os concelhos vizinhos apresenta a vantagem de
familiarizar as forças de combate a incêndios dos concelhos limítrofes com a realidade do
concelho de Grândola, para que, em caso de alerta vermelho, haja um aumento na eficiência
das acções conjuntas.
As acções de formação, que deverão ser de carácter contínuo, deverão incidir sobre os
elementos com responsabilidades de comando e sobre as equipas ou brigadas responsáveis por
acções de combate e/ou primeira intervenção. A Tabela 25 faz o resumo das principais acções a
desenvolver pela CMDFCI.
Tabela 25: Principais acções a desenvolver no âmbito da actividade da CMDFCI.
Objectivo Acção
Operacionalização da CMDFCI Realizar reuniões periódicas onde serão discutidas as
acções desenvolvidas por cada entidade que compõe a
CMDFCI e criados os canais de informação entre
autarquia e forças de combate. Elaborar relatório anual
de actividade.
Promover o contacto próximo com as CMDFCI vizinhos e
com o CDOS, por forma a debaterem-se estratégias e a
cimentar-se os mecanismos de comando e coordenação a
estabelecer-se entre aquelas entidades em caso de
emergência.
Realizar anualmente uma reunião que envolva a CMDFCI
de Grândola, as CMDFCI dos concelhos vizinhos e o
CDOS.
Optimizar a resposta das forças de primeira intervenção,
combate e rescaldo face a ocorrência de incêndios
florestais.
Promover a realização de exercícios de emergência
conjuntamente com os concelhos vizinhos e o CDOS.
Compilar informação útil para as acções de vigilância,
primeira intervenção e rescaldo e organizar o dispositivo
de DFCI com base naqueles dados.
Elaborar anualmente o POM
Optimizar a resposta das forças de primeira intervenção,
combate e rescaldo, e enquadrá-las no sistema municipal
de prevenção e primeira intervenção (definido ao nível da
CMPC e CMDFCI).
Realização anual de acções de formação por parte das
forças de primeira intervenção e combate ampliado, após
a realização de cada POM.
Optimizar o sistema municipal de vigilância contra
incêndios, distribuindo de forma eficiente os meios
materiais e humanos disponíveis ao nível do município.
Promover, antes da elaboração dos POM, a realização de
uma reunião entre as entidades com responsabilidades
ao nível da vigilância.
Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios do Concelho de Grândola
Adaptação de uma Estrutura Orgânica Eficaz e Funcional (5º Eixo Estratégico)
A CMDFCI de Grândola tem ainda o apoio técnico do Gabinete Técnico Florestal de
Grândola / Alcácer do Sal, representado por Tânia Costa (engenheira florestal), sediado no
Município de Grândola.
Este PMDFCI tem uma duração de cinco anos, com actualização anual, ou antes, se necessário
e assim decidido pela CMDFCI de Grândola, que acompanha e monitoriza a promoção e
aplicação das medidas do plano de acção deste PMDFCI.
O Plano Operacional Municipal anual corresponde ao desdobramento e articulação de
orientações e medidas do PMDFCI. Deste plano, constituem partes integrantes do POM, o ponto
1 do II Caderno, correspondendo à cartografia de enquadramento, áreas ardidas e respectiva
distribuição anual. Relativamente à informação do I caderno, constitui parte integrante do POM
a informação relativa à “Análise do risco, da vulnerabilidade aos incêndios e da zonagem do
território” (carta de perigosidade de incêndio, carta de risco de incêndio e prioridades de
defesa). Esta informação, constitui a base do POM, uma vez que será a partir daqui que se irão
definir estratégias e articulação de meios, de forma a melhor posicionar os meios.
Constitui parte integrante do POM o 3.º Eixo Estratégico: Melhoria da eficácia do ataque e da
gestão dos incêndios. Este eixo, visa sobretudo, dotar, a nível da capacidade e articulação, o
sistema de vigilância e detecção com os meios necessários, de forma a termos uma melhoria na
eficácia do ataque inicial, do ataque ampliado e de rescaldo e vigilância pós incêndio.
A CMDFCI de Grândola reúne doze vezes por ano, podendo ser realizadas reuniões
extraordinárias, sempre que solicitadas pelos seus membros. O Plano Operacional Municipal
terá a sua aprovação na quarta reunião anual da comissão, seguindo para o efeito a
calendarização da CMFDCI.
Na primeira reunião de cada ano, todas as entidades intervenientes deverão apresentar a sua
calendarização de acções, de modo a ser efectuado um melhor planeamento. O conjunto das
acções a desenvolver e a sua concertação dentro da Comissão servirá acima de tudo para
melhor operacionalizar pessoas e meios no que concerne à protecção da floresta.
A actualização do plano terá duas vertentes. A primeira diz respeito à actualização da base de
dados geográfica. Esta será actualizada anualmente e sempre que se ache necessário. As
alterações serão comunicadas à AFN, com vista a uma melhor operacionalização de meios e
agilização de acções. A segunda diz respeito às peças escritas. As alterações à base de dados,
irão implicar alterações na cartografia e consequente alteração de relatório escrito.
Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios do Concelho de Grândola
Adaptação de uma Estrutura Orgânica Eficaz e Funcional (5º Eixo Estratégico)
Caberá à Comissão a monitorização e avaliação do Plano. Serão discutidas todas as orientações
e propostas apresentadas por todas as entidades intervenientes e avaliada a sua pertinência
para a melhoria do plano.
Para a avaliação anual deste plano será apresentado um relatório na última reunião anual,
contendo as acções efectuadas, assim como as orientações para o ano seguinte, a serem
integradas no plano. A avaliação anual incidirá sob as metas aqui propostas e sobre a sua
eficácia no que diz respeito à prevenção e ao combate aos incêndios florestais.
O presente plano será objecto de divulgação em diversas instituições e organismos, estando
disponível em formato digital no site da Câmara Municipal de Grândola, em formato papel na
Biblioteca Municipal, Gabinete Técnico Florestal de Grândola / Alcácer do Sal, assim como em
todas as sedes das entidades que integram a CMDFCI.
Será ministrada formação ao técnico do Gabinete Técnico Florestal, em diversas áreas, sendo
as mais pertinentes para o desempenho das suas funções de planeamento e ordenamento do
território, assim como a de defesa da floresta contra incêndios, as seguintes:
Credenciação em Fogo controlado
Análise do Fogo
Gestão de catástrofes e mitigação dos seus efeitos
Gestão de Riscos
Defesa da Floresta Contra Incêndios
Gestão de Bases de Dados
Curso avançado de Sistemas de Informação Geográfica
Cursos e Congressos
A formação de maior necessidade imediata é em fogo controlado. O curso de credenciação em
fogo controlado será uma das apostas chave, durante o corrente quinquénio.
Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios do Concelho de Grândola
Estimativa de orçamento para implementação do PMDFCI
4. Estimativa de orçamento para implementação
do PMDFCI
O presente capítulo resulta da compilação dos valores orçamentais previstos para cada eixo
estratégico, com o qual se pretende desenvolver as actividades necessárias ao cumprimento
das metas definidas em cada acção, verificando-se, no entanto, ausência de valores para o 3º,
4º e 5º eixos estratégicos (Tabela 26).
Tabela 26: Síntese de estimativa do PMDFCI do Município de Grândola.
Eixos
Estratégicos
Estimativa de orçamento total (€)
2009 2010 201 2012 2013 Total/Eixo
1º Eixo
estratégico 642.006 1.392.132 2.264.838 2.254.654 2.254.654 8.808.284
2º Eixo
estratégico 4.060 3.700 4.060 3.700 4.060 19.580
3º Eixo
estratégico 5.000 5.000 5.000 5.000 5.000 25.000
4º Eixo
estratégico
5º Eixo
estratégico 1.500 1.500 1.500 1.500 1.500 7.500
Total/ano 652.566 1.402.332 2.275.398 2.264.854 2.265.214
Total PMDFCI 8.860.364
Os valores aqui apresentados, embora tendo sido calculados com o rigor e precisão possíveis,
são meramente indicativos dos custos reais de um plano desta magnitude. Factores como o
aumento dos preços dos materiais, inflação, conjuntura económica poderão influenciar o custo
total das diversas acções, assim como a sua concretização, em termos de realização do
investimento, pois não está garantida a dotação orçamental da verba representada, junto das
instituições que constam na estimativa de orçamento.
Deste modo, para a execução do Plano Municipal de Defesa da Floresta contra Incêndios do
Concelho de Grândola será necessário efectuar um investimento estimado em cerca de
8.860.364.
Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios do Concelho de Alcácer do Sal
Anexos
Caderno I – Plano de Acção 84
5. Anexos (cartografia de pormenor)