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Outubro 2014
PLANO MUNICIPAL
DE EMERGÊNCIA
DE PROTECÇÃO CIVIL DE
ALCOBAÇA
Plano Municipal de Emergência de
Protecção Civil de Alcobaça
MUNICIPIO DE ALCOBAÇA
Serviço Municipal de Protecção Civil
Outubro 2014
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA DE PROTECÇÃO CIVIL DE ALCOBAÇA
Serviço Municipal de Protecção Civil de Alcobaça
i
Índice Acrónimos ........................................................................................................................................ viii
PARTE I – ENQUADRAMENTO GERAL DO PLANO ............................................................................. 1
1. Introdução .................................................................................................................................. 2
2. Âmbito de Aplicação .................................................................................................................. 4
3. Objectivos Gerais ....................................................................................................................... 6
4. Enquadramento Legal ................................................................................................................ 8
4.1. Enquadramento Institucional e Operacional da Protecção no âmbito Municipal .................. 8
4.2. Sistema Integrado de Operações de Protecção e Socorro ................................................... 13
4.3. Lei de Bases de Protecção Civil ............................................................................................. 14
4.4. Resumo do Enquadramento Legal do Plano Municipal de Emergência de Protecção Civil de
Alcobaça ....................................................................................................................................... 16
5. Antecedentes do Processo de Planeamento ........................................................................... 18
6. Articulação com Instrumentos de Planeamento e Ordenamento do território ...................... 20
6.1. Interligação com os planos de emergência de protecção civil adjacentes à área territorial 20
6.2. Interligação com os Planos de Ordenamento do Território Vigentes para a mesma à Área
Territorial ..................................................................................................................................... 20
6.3 Programa Nacional de Planeamento e Ordenamento do Território ..................................... 22
6.4. Plano Rodoviário Nacional .................................................................................................... 24
6.5. Plano Nacional da Água......................................................................................................... 24
6.6. Planos Regionais de Ordenamento do Território ................................................................. 27
6.7. Planos Regionais de Ordenamento Florestal ........................................................................ 28
6.8. Planos Especiais de Ordenamento do Território .................................................................. 29
6.9. Plano Director Municipal ...................................................................................................... 32
7. Activação do Plano ................................................................................................................... 34
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Serviço Municipal de Protecção Civil de Alcobaça
ii
7.1. Competência para Activação do Plano ................................................................................. 34
7.2. Critérios para Activação do Plano ......................................................................................... 36
8. Programas de Exercícios .......................................................................................................... 41
PARTE II – ORGANIZAÇÃO DA RESPOSTA ...................................................................................... 45
1. Conceitos de Actuação ............................................................................................................. 46
1.1. Comissão Municipal de Protecção Civil................................................................................. 47
1.2. Centro de Coordenação Operacional .................................................................................... 51
2. Execução do Plano ................................................................................................................... 52
2.1. Fase de Emergência .............................................................................................................. 52
2.2. Fase de Reabilitação .............................................................................................................. 53
3. Articulação e Actuação de Agentes, Organismos e Entidades ................................................. 54
3.1. Missão dos Agentes de Protecção Civil ................................................................................. 55
3.1.1. Fase de Emergência........................................................................................................ 56
3.2. Missão dos Organismos e Entidades de Apoio ..................................................................... 60
3.2.1. Fase de Emergência........................................................................................................ 61
3.2.2. Fase de Reabilitação ....................................................................................................... 63
PARTE III – ÁREAS DE INTERVENÇÃO ............................................................................................. 65
1. Administração de Meios e Recursos ........................................................................................ 66
2. Logística .................................................................................................................................... 69
2.1. Organização Logística ............................................................................................................ 69
2.2. Responsabilidades Específicas nas Operações Logísticas ..................................................... 69
2.3. Instruções de Coordenação .................................................................................................. 71
2.4. Actualização .......................................................................................................................... 71
2.5. Apoio Logístico às Forças de Intervenção ............................................................................. 71
2.6. Apoio Logístico às Populações .............................................................................................. 73
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3. Comunicações .......................................................................................................................... 77
3.1. Organização das Comunicações ............................................................................................ 77
3.2. Responsabilidades Específicas .............................................................................................. 78
3.3. Prioridades de Acção ............................................................................................................. 79
3.4. Instruções de Coordenação .................................................................................................. 80
3.5. Actualização .......................................................................................................................... 83
3.6. Canais de Frequência Rádio (MHz) ....................................................................................... 83
3.7. Procedimentos de Comunicações ......................................................................................... 85
4. Gestão da Informação .............................................................................................................. 89
4.1. Gestão da Informação entre as Entidades Actuantes nas Operações .................................. 89
4.2. Gestão da Informação entre as Entidades Intervenientes no Plano Municipal de Emergência
de Alcobaça .................................................................................................................................. 90
4. 3.Informação Pública ............................................................................................................... 91
5. Procedimentos de Evacuação .................................................................................................. 96
6. Manutenção da Ordem Pública ............................................................................................. 100
7. Serviços Médicos e Transporte de Vítimas ............................................................................ 102
8. Socorro e Salvamento ............................................................................................................ 104
8.1. Organização ......................................................................................................................... 104
8.2. Instruções de Coordenação ................................................................................................ 105
9. Serviços Mortuários ............................................................................................................... 108
10. Protocolos .......................................................................................................................... 112
PARTE IV – INFORMAÇÃO COMPLEMENTAR................................................................................ 113
SECÇÃO – I ...................................................................................................................................... 114
1. Organização Geral da Protecção Civil em Portugal ................................................................ 114
1.1. Estrutura de Protecção Civil ................................................................................................ 116
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1.2. Estrutura das Operações ..................................................................................................... 125
2. Mecanismos da Estrutura de Protecção Civil ......................................................................... 128
2.1. Composição, Convocação e Competências da Comissão de Protecção Civil ...................... 128
2.2. Critérios e âmbito para a Declaração das situações de Alerta, Contingência ou Calamidade
.................................................................................................................................................... 130
2.3. Sistema de Monitorização, Alerta e Aviso .......................................................................... 134
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Índice de Figuras
Figura 1- Legislação que enquadra a actividade de protecção civil em Portugal ............................ 12
Figura 2 - Organização reduzida da Comissão Municipal de Protecção Civil ................................... 34
Figura 3 - Meios utilizados para a Publicitação da Activação do Plano de Emergência .................. 35
Figura 4 - Processo de Activação do Plano Municipal de Emergência de Protecção Civil de Alcobaça .......................................................................................................................................................... 38
Figura 5 - Esquema relativo ao Aperfeiçoamento dos Exercícios de Emergência ........................... 41
Figura 6 - Esquema da Organização Operacional dos agentes de Protecção Civil e Entidades e Organismos de Apoio em caso de Emergência ................................................................................ 50
Figura 7 - Procedimentos para a Administração de Meios e Recursos ............................................ 68
Figura 8 - Procedimentos de logística em emergência. ................................................................... 76
Figura 9 - Acesso à Rede Estratégica de Protecção Civil. ................................................................. 78
Figura 10 - Organograma das Comunicações .................................................................................. 81
Figura 11 - Organograma das Redes ................................................................................................ 82
Figura 12 - Gestão da Informação .................................................................................................... 95
Figura 13 - Manutenção da Ordem Pública ................................................................................... 101
Figura 14 - Serviços Médicos e de Salvamento .............................................................................. 102
Figura 15 - Socorro e Salvamento .................................................................................................. 107
Figura 16 - Serviços Mortuários ..................................................................................................... 109
Figura 17 - Esquema da Estrutura Nacional de Proteção Civil ....................................................... 119
Figura 18 - Declaração de Situação de Alerta ................................................................................ 132
Figura 19 - Sistema de Monitorização, Alerta e Aviso ................................................................... 136
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Índice de Tabelas
Tabela 1 - Entidades Responsáveis pela Aprovação dos vários Instrumentos de Planeamento ..... 22
Tabela 2 - Critérios para o Processo de Activação do Plano Municipal de Emergência de Protecção Civil de Alcobaça .............................................................................................................................. 39
Tabela 3 - Missão do Serviço Municipal de Protecção Civil ............................................................. 54
Tabela 4 - Missões dos Agentes de Protecção Civil na fase de Emergência .................................... 56
Tabela 5 - Missões dos Agentes de Protecção Civil na fase de Reabilitação ................................... 59
Tabela 6 - Missões dos Organismos e Entidades de Apoio na fase de Emergência ......................... 61
Tabela 7 - Missões dos Organismos e Entidades de Apoio na fase de Reabilitação ........................ 63
Tabela 8 - Responsabilidades específicas nas operações logísticas em fase de Emergência .......... 70
Tabela 9 - Responsabilidades Específicas nas Comunicações na Fase de Emergência .................... 79
Tabela 10 - Rede Estratégica de Protecção Civil .............................................................................. 83
Tabela 11 - Rede Privativa da Câmara Municipal............................................................................. 83
Tabela 12 - Rede Operacional de Bombeiros ................................................................................... 84
Tabela 13 - Expressões utilizadas na Estrutura Mensagem ............................................................. 85
Tabela 14 - Expressões referentes à situação Operacional dos Meios ............................................ 85
Tabela 15 - Expressões utilizadas na Troca de Informação.............................................................. 86
Tabela 16 - Exemplo de Transmissão de Horas via Rádio ................................................................ 87
Tabela 17 - Alfabeto Fonético Internacional .................................................................................... 87
Tabela 18 - Expressões de Comunicações ........................................................................................ 88
Tabela 19 - Responsabilidades Específicas....................................................................................... 93
Tabela 20 – Resposabilidades Específicas ...................................................................................... 104
Tabela 21 - Protocolos de Colaboração com Agentes de Protecção Civil ...................................... 112
Tabela 22 - Competências das diferentes Entidades e Órgãos que compõem a Direcção Política da Estrutura Nacional de Proteção Civil (Lei n.º 27/2006, de 3 de Julho; Lei Orgânica n.º 1/2011, de 30 de Novembro) ........................................................................................................................... 120
Tabela 23 - Competências das diferentes Entidades e Órgãos que compõem a Coordenação Política da Estrutura Nacional de Proteção Civil (Lei n.º 27/2006, de 3 de Julho) ........................ 121
Tabela 24 - Competências das diferentes Entidades e Órgãos que compõem a Coordenação Política, ao nível distrital e municipal, da Estrutura Nacional de Proteção Civil (Lei n.º 27/2006, de 3 de Julho) ...................................................................................................................................... 122
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vii
Tabela 25 - Competências dos Serviços Municipais de Proteção Civil (Lei n.º 65/2007, de 12 de Novembro) ..................................................................................................................................... 123
Tabela 26 – Atribuições da Autoridade Nacional de Protecção Civil ............................................. 124
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ACRÓNIMOS
AFN – Autoridade Florestal Nacional
AHBV – Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários
ANPC – Autoridade Nacional de Protecção Civil
APFCAN – Associação de Produtores Florestais dos Concelhos de Alcobaça e Nazaré
APFRA – Associação de Produtores Florestais da Região de Alcobaça
ARHTEJO – Administração da Região Hidrográfica do Tejo
ASV – Associação de Socorros Voluntários
BVA – Bombeiros Voluntários de Alcobaça
BVB – Bombeiros Voluntários de Benedita
BVP – Bombeiros Voluntários de Pataias
BVSMP – Bombeiros Voluntários de São Martinho do Porto
CCOD - Centro de Coordenação Operacional Distrital
CCON – Centro de Coordenação Operacional Nacional
CDOS - Comando Distrital de Operações de Socorro
CHON -Centro Hospitalar Oeste Norte
CMA – Câmara Municipal de Alcobaça
CMOEPC - Centros Municipais de Operações de Emergência de Protecção Civil
CMPC - Comissão Municipal de Protecção Civil
CNOS - Comando Nacional de Operações de Socorro
CNE – Corpo Nacional de Escutas
CNPC – Comissão Nacional de Protecção Civil
COM - Comandante Operacional Municipal
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COS - Comandante das Operações de Socorro
CPX – Command Post Exercise
CVP – Cruz Vermelha Portuguesa
DFCI – Defesa da Floresta Contra Incêndios
DGS – Direcção Geral de Saúde
FA -Forças Armadas
FS – Forças de Segurança
GBSS – Grupo de Busca, Socorro e Salvamento
GGL – Grupo de Gestão Logística
GGV – Grupo de Gestão de Voluntários
GIRP – Gabinete de Informação e Relações Públicas
GNR – Guarda Nacional Republicana
GS – Grupo de Saúde
GSPRT – Grupo de Segurança Pública e Regulação de Trânsito
GTOP – Grupo de Transportes e Obras Públicas
ICNF – Instituto da Conservação da natureza e das Florestas
INEM - Instituto Nacional de Emergência Médica
INML – Instituto Nacional de Medicina Legal
IPSS – Instituições Particulares da Segurança Social
ISS – Instituto de Segurança Social
LIVEX – Livex Exercise
LNEC – Laboratório Nacional de Engenharia Civil
PBH – Planos de Bacias Hidrográficas
PCES -Plano de Contingência para efeitos de seca
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x
PDMA -Plano Director Municipal de Alcobaça
PEE -Plano de Emergência Externo
PEI - Plano de Emergência Interno
PEOT – Planos Especiais de Ordenamento do Território
PMA -Plano Municipal do Ambiente
PMDFCI – Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios
PMEPC – Plano Municipal de Emergência de Protecção Civil
PMOT - Plano Municipal de Ordenamento do Território
PNA - Plano Nacional da Água
PNPOT - Programa Nacional da Politica do Ordenamento do Território
POAP - Planos de Ordenamento das Áreas Protegidas
POPNSAC - Plano de Ordenamento do Parque Natural das Serras de Aire e Candeeiros
POM – Plano Operacional Municipal
PROT-OVT - Plano Regional de Ordenamento do Território – Oeste e Vale do Tejo
PSP - Policia de Segurança Pública
PSRN2000 - Plano Sectorial da Rede Natura 2000
SF - Sapadores Florestais
SIOPS – Sistema Integrado de Operações de Protecção e Socorro
SMPC - Serviço Municipal de Protecção Civil
UAEV – Unidade de Ambiente e Espaços Verdes
ZEC - Zonas Especiais de Conservação
ZPE - Zonas de Protecção Especial
Plano Municipal de Emergência de
Protecção Civil de Alcobaça
PARTE I – ENQUADRAMENTO GERAL DO PLANO
MUNICIPIO DE ALCOBAÇA
Serviço Municipal de Protecção Civil
Outubro 2014
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA DE PROTECÇÃO CIVIL DE ALCOBAÇA
Serviço Municipal de Protecção Civil de Alcobaça 2
PARTE I – ENQUADRAMENTO GERAL DO PLANO
A Parte I destina-se o realizar uma apresentação geral do plano de emergência,
fundamentando as razões da sua existência, descrevendo o seu modo de interligação com outros
instrumentos análogos e indicando as condições para a sua activação.
1. INTRODUÇÃO
O Plano Municipal de Emergência (PME) do concelho de Alcobaça é um documento formal
que estabelece o modo de actuação dos vários organismos, serviços e estruturas a empregar nas
operações de protecção civil ao nível do município. Sendo por isso elaborado para enfrentar a
generalidade das situações de emergência que se admitem possíveis de ocorrer na extensão
territorial do concelho de Alcobaça.
O director do PME é o Presidente da Câmara Municipal de Alcobaça, enquanto responsável
pela política de protecção civil e autoridade municipal de protecção civil. No impedimento do
Presidente da Câmara Municipal, o seu substituto é o “Vereador Substituto Legal” ou quem este tiver
designado para o efeito.
Actualmente é possível constatar uma preocupação crescente da população para as questões
relacionadas com a segurança individual e colectiva.
Assim, conhecer os perigos, as vulnerabilidades e os riscos tornou-se fundamental, bem
como, conhecer e rotinar as atitudes correctas a tomar para os evitar ou minimizar os seus efeitos.
Por isso, foram identificados, localizados e caracterizados perigos, vulnerabilidades e riscos a que a
população do Município de Alcobaça se encontra sujeita.
O PME é, portanto, um instrumento que para além de permitir conhecer os perigos,
vulnerabilidades e riscos do concelho de Alcobaça, estabelece ainda a organização das operações de
protecção e socorro, os procedimentos para salvar e proteger pessoas, bens e o ambiente e as
responsabilidades dos agentes de protecção civil, dos organismos e entidades de apoio.
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA DE PROTECÇÃO CIVIL DE ALCOBAÇA
Serviço Municipal de Protecção Civil de Alcobaça 3
A organização do Plano Municipal de Emergência de Protecção Civil de Alcobaça (PMEPCA)
reflecte precisamente o estabelecimento daqueles princípios, em que:
• Na Parte I apresenta-se o enquadramento do plano em termos legais e relativamente a
outros instrumentos de planeamento e gestão do território, e abordam-se as questões
relacionadas com a sua activação. Definem-se também os mecanismos que permitem a
optimização da gestão dos meios e recursos no Município através da organização de
exercícios de emergência de natureza diversa, os quais permitem identificar os processos
que poderão ser melhorados e agilizar as intervenções nos casos em que verifiquem
acidentes graves ou catástrofes.
• Na Parte II do presente documento aborda-se o ponto referente à organização da
resposta e áreas de intervenção, define-se o quadro orgânico e funcional da Comissão
Municipal de Protecção Civil (CMPC) a convocar na iminência ou ocorrência de situações
de acidentes graves ou catástrofes, bem como o dispositivo de funcionamento e
coordenação das várias forças e serviços a mobilizar em situação de emergência.
• Na Parte III referem-se as diversas áreas de intervenção, entidades e formas de actuação.
• Na Parte IV, relativa à informação complementar, apresenta-se uma caracterização do
Município ao nível geográfico, socioeconómico, edafoclimático, bem como o
levantamento dos meios disponíveis para responder a situações de emergência.
Identificam-se os diferentes riscos a que o concelho de Alcobaça se encontra sujeito,
avaliando-se a probabilidade da sua ocorrência e os danos que lhe poderão estar
associados. Ainda na Parte IV indicam-se os contactos das várias entidades e respectivos
intervenientes, bem como o inventário de meios e recursos, para além de modelos a nível
documental de controlo e registo.
Ao longo da elaboração do plano surgiram algumas contrariedades pelo facto do anterior
Plano Municipal de Emergência nunca ter sido activado. Por este motivo não foi possível analisar a
eficiência dos processos e procedimentos previstos naquele documento, assim como a
adequabilidade e eficácia dos meios materiais e humanos disponíveis. Desta forma, não é possível
incorporar sugestões de carácter operacional resultantes de situações de emergência ocorridas no
concelho de Alcobaça.
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2. ÂMBITO DE APLICAÇÃO
O disposto no presente plano é aplicável à área territorial do Município de Alcobaça.
O Município de Alcobaça está situado na região Oeste, território que reúne relevantes
valores de património cultural e edificado, bem como importantes recursos naturais e paisagísticos.
Distribui-se por uma área geográfica de 408,1 km2, multifacetada em termos morfológicos e
possuidora de uma extensa costa atlântica.
As condições orográficas, geológicas, climáticas e demográficas do concelho de Alcobaça,
bem como o histórico das ocorrências e o desenvolvimento crescente das actividades humanas, para
o qual as novas acessibilidades têm contribuído fortemente, proporcionam a análise em matéria de
risco potencial.
Riscos a considerar no concelho de Alcobaça:
- De origem natural
No que respeita aos riscos com origem natural, no concelho de Alcobaça podem ocorrer,
nomeadamente:
• Sismos;
• Secas;
• Erosão costeira;
• Inundações;
• Acidentes geomorfológicos;
• Fenómenos meteorológicos extremos.
- Provocados pelo homem ou tecnológicos
Quanto aos riscos provocados pelo homem ou tecnológicos, no concelho de Alcobaça podem
ocorrer:
• Incêndios urbanos e industriais;
• Acidentes industriais;
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• Acidentes com substâncias perigosas;
• Colapso de edifícios ou de estruturas;
• Falhas graves de energia;
• Derrames de hidrocarbonetos na faixa costeira;
• Acidentes com transportes (Terrestres e Marítimos).
- Mistos
Riscos mistos a considerar no concelho de Alcobaça, podem ser os seguintes:
• Incêndios florestais;
• Contaminação de aquíferos.
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3. OBJECTIVOS GERAIS
Os Planos de Emergência de Protecção Civil são elaborados de acordo com as directivas
emanadas da Comissão Nacional de Protecção Civil, que se encontram publicadas no Anexo da
Resolução n.º 25/2008, de 18 de Julho e de acordo com o artigo 50.º, da Lei n.º 27/2006, de 3 de
Julho que estabelece nomeadamente:
• A tipificação dos riscos;
• As medidas de prevenção a adoptar;
• A identificação dos meios e recursos mobilizáveis, em situação de acidente grave ou
catástrofe;
• A definição das responsabilidades que incumbem aos organismos, serviços e estruturas,
públicas ou privadas, com competências no domínio da protecção civil.
• Os critérios de mobilização e mecanismos de coordenação dos meios e recursos, públicas
ou privados, utilizáveis;
• A estrutura operacional que há-de garantir a unidade de coordenação e o controlo
permanente da situação.
Os principais objectivos do Plano Municipal de Emergência do concelho de Alcobaça são:
• Providenciar, através de uma resposta concertada, as condições e os meios indispensáveis
à minimização dos efeitos adversos de um acidente grave ou catástrofe;
• Definir as orientações relativamente ao modo de actuação dos vários organismos,
serviços e estruturas a empenhar em operações de protecção civil;
• Definir a unidade de direcção, coordenação e comando das acções a desenvolver;
• Coordenar e sistematizar as acções de apoio, promovendo maior eficácia e rapidez de
intervenção das entidades intervenientes;
• Inventariar os meios e recursos disponíveis para acorrer a um acidente grave ou
catástrofe;
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA DE PROTECÇÃO CIVIL DE ALCOBAÇA
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• Minimizar a perda de vidas e bens, atenuar ou limitar os efeitos de acidentes graves ou
catástrofes e restabelecer o mais rapidamente possível, as condições mínimas de
normalidade;
• Assegurar a criação de condições favoráveis ao empenhamento rápido, eficiente e
coordenado de todos os meios e recursos disponíveis num determinado território,
sempre que a gravidade e dimensão das ocorrências o justifique;
• Habilitar as entidades envolvidas no plano a manterem o grau de preparação e de
prontidão necessário à gestão de acidentes graves ou catástrofes;
• Promover a informação das populações através de acções de sensibilização, tendo em
vista a sua preparação, a assumpção de uma cultura de autoprotecção e o entrosamento
na estrutura de resposta à emergência.
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4. ENQUADRAMENTO LEGAL
A elaboração do Plano Municipal de Emergência (PME) encontra-se regulamentada por
legislação geral e específica que estabelece designadamente a organização da actividade das
entidades com responsabilidades no âmbito de Protecção Civil, os critérios e as normas técnicas para
a elaboração do plano, a segurança de diferentes tipos de infra-estruturas.
Neste ponto apenas é apresentado o enquadramento do PME referenciando-se a legislação
geral que sustenta a elaboração do plano, assim como, a principal legislação que regulamenta
diferentes matérias para a prevenção de riscos naturais e humanos. No entanto, no Ponto 8 da
Secção III, da Parte IV do Plano Municipal de Emergência de Protecção Civil de Alcobaça, encontra-se
referenciada a listagem dos diplomas legais relevantes para efeitos do plano ou que poderão
proporcionar a obtenção de informação complementar no âmbito da Protecção Civil.
Nota: Toda a legislação existente sobre planos de emergência e actividade de protecção civil pode
ser consultada no site oficial da Autoridade Nacional de Protecção Civil na sua primeira compilação
legislativa (http://www.prociv.pt).
4.1. Enquadramento Institucional e Operacional da Protecção no âmbito
Municipal
- Lei n.º 65/2007, de 12 de Novembro
A Lei n.º 65/2007, de 12 de Novembro, alterada pelo Decreto-Lei n.º 114/2011, de 30 de
Novembro, estabeleceu o enquadramento institucional e operacional da protecção civil no âmbito
municipal, assim como, a organização dos serviços municipais de protecção civil e determinou as
competências do comandante operacional municipal, completando, assim, o quadro legislativo da
actuação dos agentes de protecção civil iniciado com a aprovação da Lei de Bases de Protecção Civil,
a 3 de Julho de 2006.
A lei em questão indica que a actividade de protecção civil de âmbito municipal compreende,
entre outros, os seguintes domínios, relativamente aos quais o PMEPCA pretende dar resposta:
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA DE PROTECÇÃO CIVIL DE ALCOBAÇA
Serviço Municipal de Protecção Civil de Alcobaça 9
• Levantamento, previsão, avaliação e prevenção dos riscos colectivos do município;
• Planeamento de soluções de emergência, visando busca, salvamento, a prestação de
socorro e de assistência, bem como a evacuação, alojamento e abastecimento das
populações afectadas;
• Estudo e divulgação de formas adequadas de protecção dos edifícios em geral, de
monumentos e de outros bens culturais, de infra-estruturas, do património arquivístico,
de instalações de serviços essenciais, bem como do ambiente e dos recursos naturais
existentes no Município;
• Inventariação dos recursos e meios disponíveis e dos mais facilmente mobilizáveis, ao
nível municipal;
• Previsão e planeamento de acções atinentes à eventualidade de isolamento de áreas
afectadas por riscos no território municipal.
A Lei n.º 65/2007, de 12 de Novembro, em conformidade com o estabelecido na Lei de Bases
da Protecção Civil, indica a composição da CMPC, assim como as suas competências, que vão desde a
aprovação do Plano Municipal de Emergência (PME) e determinação do accionamento de planos
emergência, até à difusão de comunicados e avisos às populações e a entidades e instituições,
incluindo órgão de comunicação social. Ainda relativamente ao planeamento de emergência, a Lei
estabelece que a elaboração das PME são da responsabilidades da Câmaras Municipais, devendo
aqueles, após aprovação da CMPC, ser remetidos para aprovação da CNPC.
No que respeita às responsabilidades e poderes dos Presidentes das Câmaras Municipais, a
Lei n.º 65/2007, de 12 de Novembro, indica que os mesmos constituem a autoridade municipal de
protecção civil, cabendo-lhes a responsabilidade de declarar a situação de alerta de âmbito
municipal, devendo ainda ser ouvidos pelo Comandante Operacional Distrital para efeito da
declaração da situação de alerta de âmbito distrital, quando estiver em causa a área do respectivo
município.
Os Presidentes das Câmaras Municipais têm ainda o poder de solicitar ao Presidente da ANPC
a participação das Forças Armadas em funções de protecção civil, podendo esta solicitação ser feita
directamente ao comandante da unidade implantada no seu município, nos casos de urgência
manifesta previstos no n.º4 do artigo 53.º, da Lei n.º 27/2006, de 3 de Julho.
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA DE PROTECÇÃO CIVIL DE ALCOBAÇA
Serviço Municipal de Protecção Civil de Alcobaça 10
Relativamente aos Serviços Municipais de Protecção Civil (SMPC), a Lei n.º 65/2007, de 12 de
Novembro, além de definir a sua composição, estabelece as suas competências, sendo que ao nível
do planeamento de emergência se destacam as seguintes:
• Acompanhar a elaboração e actualização do PME e dos planos especiais, quando estes
existam;
• Inventariar e actualizar permanentemente os registos dos meios e dos recursos existentes
no concelho, com interesse para o SMPC;
• Realizar estudos técnicos com vista à identificação, análise e consequências dos riscos
naturais, tecnológicos e sociais que possam afectar o município, em função da magnitude
estimada e do local previsível da sua ocorrência, promovendo a sua cartografia, de modo
a prevenir, quando possível, a sua manifestação e a avaliar e minimizar os efeitos das suas
consequências previsíveis
• Planear o apoio logístico a prestar às vítimas e às forças de socorro em situação de
emergência;
• Levantar, organizar e gerir os centros de alojamento a accionar em situação de
emergência;
• Elaborar planos prévios de intervenção e preparar e propor a execução de exercícios e
simulacros que contribuam para uma actuação eficaz de todas as entidades
intervenientes nas acções de protecção civil.
Para além das competências do SMPC no âmbito do planeamento, a Lei n.º 65/2007, de 12
de Novembro, define ainda as suas competências nos domínios da prevenção e segurança, como
propor medidas de segurança face aos riscos inventariados no município, colaborar na elaboração e
execução de treinos e simulacros e realizar acções de sensibilização relativas a questões de
segurança e autoprotecção junto das populações.
No que respeita ao planeamento de emergência, a Lei n.º 65/2007, de 12 de Novembro,
refere nos seus artigos 18.º e 19.º que os planos municipais de emergência deverão ser elaborados
de acordo com as directivas emanadas da Comissão Nacional de Protecção Civil, e que deverão
compreender:
• A tipificação dos riscos;
• As medidas de prevenção a adoptar;
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Serviço Municipal de Protecção Civil de Alcobaça 11
• A identificação dos meios e recursos mobilizáveis em situações de acidente grave ou
catástrofe;
• A definição das responsabilidades que incubem aos organismos, serviços e estruturas,
públicas ou privadas, com competências no domínio da protecção civil municipal;
• Os critérios de mobilização e mecanismos de coordenação dos meios e recursos, públicos
ou privados utilizáveis;
• A estrutura operacional que irá garantir a unidade de direcção e controlo permanente da
situação;
• Uma carta de risco e um plano prévio de intervenção para cada tipo de risco existente no
município, que deverão ter em conta, quer a sua frequência e magnitude, quer a
gravidade e extensão dos seus efeitos previsíveis.
A 18 de Julho de 2008 a CNPC, através da Resolução n.º 25/2008, definiu o conteúdo e índice
dos PMEPC, bem como a periodicidade da sua revisão e da realização de exercícios (pelo menos
bianualmente em ambos os casos). De uma forma mais específica salienta-se que a Resolução nº
25/2008 de 18 de Julho definiu:
1. Critérios e normas técnicas para a elaboração e operacionalização de planos de
emergência de protecção civil, que constitui anexo à presente resolução, da qual faz
parte integrante;
2. Revogar a directiva para a elaboração de planos de emergência de protecção civil
publicada, através de declaração do Gabinete do Ministro da Administração Interna,
no Diário da República, 2.ª série, n.º 291, de 19 de Dezembro de 1994.
Por fim, no que se refere à figura do Comandante Operacional Municipal (COM), a Lei n.º
65/2007, de 12 de Novembro, estabelece que o mesmo depende hierárquica e funcionalmente do
presidente da câmara municipal, a quem compete a sua nomeação, actuando exclusivamente no
âmbito territorial do respectivo município. Ao nível das competências do COM, a Lei n.º 65/2007, de
12 de Novembro, estabelece ainda que caberá ao mesmo, para além da promoção de planos prévios
de intervenção e de reuniões periódicas de trabalho sobre matérias de âmbito exclusivamente
operacional, assumir a coordenação das operações de socorro de âmbito municipal, nas situações
previstas no plano de emergência municipal, bem como quando a dimensão do sinistro requeira o
emprego de meios de mais de um corpo de bombeiros. É também de máxima importância salientar a
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Serviço Municipal de Protecção Civil de Alcobaça 12
Lei Orgânica nº1/2011, de 30 de Novembro, que transfere competências dos governos civis e dos
governadores civis para outras entidades da Administração Pública em matérias de reserva de
competência legislativa da Assembleia da República.
A Figura 1 apresenta, de forma esquemática, os diplomas legais que regulamentam a
actividade de protecção civil no território nacional.
Figura 1- Legislação que enquadra a actividade de protecção civil em Portugal
Nacional Distrital Municipal
Lei de Bases de Protecção Civil (Lei n.º 27/2006, de 3 de Julho, na actual redação)
Declaração n.º 97/2007 da Comissão Nacional de Protecção Civil
Enquadramento institucional da Protecção Civil no âmbito municipal (Lei n.º 65/2007, de
12 de Novembro)
Conteúdos dos PMEPC e periodicidade da sua revisão (Resolução n.º 25/2008, de 18 de
Julho)
Sistema Integrado de Operações de Protecção e Socorro (Decreto-Lei n.º 134/2006, de 25 de Julho, na actual redação)
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Serviço Municipal de Protecção Civil de Alcobaça 13
4.2. Sistema Integrado de Operações de Protecção e Socorro
- Decreto-Lei n.º 134/2006, de 25 de Julho
No seguimento da Lei de Bases da Protecção Civil foi promulgado a 25 de Julho de 2006 o
Decreto-Lei n.º 134/2006, alterado pelo Decreto-Lei n.º 114/2011, de 30 de Novembro e pelo
Decreto-Lei n.º 72/2013, de 31 de Maio. Este diploma institui o Sistema Integrado de Operações de
Protecção e Socorro (SIOPS), o qual define as “estruturas, normas e procedimentos que asseguram
que todos os agentes de protecção civil actuam, no plano operacional, articuladamente sob um
comando único, sem prejuízo da respectiva dependência hierárquica e funcional”.
O SIOPS assenta em estruturas de coordenação e de comando de âmbito nacional e distrital
(Centro de Coordenação Operacional Nacional e Centros de Coordenação Operacional Distritais, e
Comando Nacional e Comandos Distritais de Operações de Socorro), remetendo para diploma
autónomo a definição do regime dos Serviços Municipais de Protecção Civil.
O SIOPS define também o sistema de gestão de operações que constitui a forma de
organização operacional que se desenvolve de forma modular, de acordo com a importância e o tipo
de ocorrência (garantia de uma cadeia de comando única). Constata-se, portanto, que as entidades
que actuam ao nível do município em acções de protecção civil terão necessariamente de se articular
com o respectivo Centro de Coordenação Operacional Distrital (CCOD) e Comando Distrital de
Operações de Socorro (CDOS).
Relativamente aos Centros de Coordenação Operacional (CCO), importa referir que o seu
Regulamento de Funcionamento encontra-se definido pela Declaração n.º 344/2008, de 17 de
Outubro, a qual estabelece, entre outros elementos, as situações que justificam a sua reunião (artigo
6.º), os actos que poderão realizar (artigo 8.º) e as relações operacionais entre os CCOD e CDOS
(artigo 10.º). O funcionamento e articulação das estruturas de coordenação e comando no âmbito do
SIOPS encontram-se definidos em pormenor no ponto 1, da Parte IV (Secção I).
O Decreto-Lei n.º 134/2006, de 25 de Julho, na sua actual redação, que cria e regulamenta o
SIOPS, define ainda o que se entende por alerta especial, compreendendo o mesmo quatro níveis
(azul, amarelo, laranja e vermelho), activados de forma progressiva, conforme a gravidade da
situação e o grau de prontidão que esta exige.
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Serviço Municipal de Protecção Civil de Alcobaça 14
A Declaração n.º 97/2007, de 16 de Maio, da Comissão Nacional de Protecção Civil (CNPC),
define em concreto, de acordo com o grau de probabilidade e gravidade da ocorrência em causa, o
nível de alerta especial que deverá ser accionado e a respectiva correspondência no que respeita ao
grau de mobilização e prontidão dos agentes de protecção civil.
Ainda no que se refere à declaração do estado de alerta especial, o Decreto-Lei n.º 134/2006,
de 25 de Julho, na sua actual redação, define no artigo 25.º que a determinação do mesmo é da
competência exclusiva do Centro de Coordenação Operacional Nacional (CCON). Neste sentido, será
conveniente evitar que os estados de alerta decretados pelos Presidentes das Câmaras Municipais
tenham também eles diferentes níveis, de forma a evitar confusões nesta matéria (ver ponto 2.2, da
Parte IV).
No que se refere a acções de busca e salvamento, o Decreto-Lei n.º 134/2006, de 25 de
Julho, na sua actual redação, estabelece nos artigos 32.º e 33.º que o SMPC, bem como os corpos de
bombeiros e outras entidades integrantes do sistema de protecção e socorro devem informar, de
forma célere, o CDOS, e este o CADIS (Comandante de Agrupamento Distrital) e o CNOS (Comando
Nacional de Operações de Socorro), de qualquer iminência ou ocorrência de acidente grave ou
catástrofe na costa marítima portuguesa, ou envolvendo aeronaves.
4.3. Lei de Bases de Protecção Civil
- Lei n.º 27/2006, de 3 de Julho
A actividade de protecção civil tem sofrido nos últimos anos significativa reformulação
legislativa, tendo-se iniciado com a aprovação da Lei de Bases de Protecção Civil, a 3 de Julho de
2006 (Lei n.º 27/2006), com as respectivas alterações introduzidas pela Lei Orgânica n.º 1/2011, de
30 de Novembro. Esta lei, para além de definir o enquadramento, coordenação, direcção e execução
da política de protecção civil, estabelece a colaboração a prestar pelas forças armadas em caso de
emergência, e define importantes conceitos de protecção civil como acidente grave e catástrofe,
assim como, o que se entende por situação de alerta, calamidade e contingência.
Relativamente à actividade de protecção civil de âmbito municipal, a Lei n.º 27/2006, de 3 de
Julho, define não só as responsabilidades do Presidente da Câmara e das Comissões Municipais de
Protecção Civil, como também a composição desta última. De forma resumida, os aspectos essenciais
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA DE PROTECÇÃO CIVIL DE ALCOBAÇA
Serviço Municipal de Protecção Civil de Alcobaça 15
da Lei n.º27/2006, de 3 de Julho, a reter relativamente à actividade de protecção civil de âmbito
municipal são os seguintes:
Compete ao Presidente da Câmara Municipal declarar a situação de alerta de âmbito
municipal (artigo 13.º), bem como, no exercício de funções de responsável municipal da
política de protecção civil, desencadear, na iminência ou ocorrência de acidente grave ou
catástrofe, as acções de protecção civil de prevenção, socorro, assistência e reabilitação
adequadas em cada caso, sendo para tal apoiado pelo serviço municipal de protecção civil
(artigo 35.º).
Cabe ao comandante operacional distrital declarar a situação de alerta, no todo ou em
parte do seu âmbito territorial de competência, precedia da audição, sempre que
possível, dos Presidentes das Câmaras Municipais dos municípios abrangidos (artigo 13.ª).
A declaração da situação de contingência é da responsabilidade do presidente da
Autoridade Nacional de Protecção Civil, precedia da audição, sempre que possível, dos
Presidentes das Câmaras Municipais dos municípios abrangidos (artigo 16.ª).
A declaração da situação de calamidade é da competência do Governo e reveste a forma
de Resolução de Conselho de Ministros (artigo 19.º). É concedido o direito de preferência
aos municípios nas transmissões a título oneroso, entre particulares, dos terrenos ou
edifícios situados na área delimitada pela declaração de calamidade. Os particulares que
pretendam alienar imóveis abrangidos pelo direito de preferência dos municípios devem
comunicar a transmissão pretendida ao Presidente da Câmara Municipal (artigo 27.º).
A declaração de situação de alerta compreende necessariamente a obrigatoriedade de
convocação da CMPC, o estabelecimento dos procedimentos adequados à coordenação
técnica e operacional dos serviços e agentes de protecção civil, bem como dos recursos a
utilizar; o estabelecimento das orientações relativas aos procedimentos de coordenação
da intervenção das forças e serviços de segurança e a adopção de medidas preventivas
adequadas à ocorrência (artigos 14.º e 15.º).
Em cada município existe uma comissão municipal de protecção civil cujas competências
são as previstas para as comissões distritais adequadas à realidade e dimensão do
município (artigo 40.º; ver o Ponto 2, da Parte IV).
Compete aos Comandantes Operacionais Distritais solicitar ao Presidente da ANPC a
participação das Forças Armadas em funções de protecção civil nas respectivas áreas
operacionais; em caso de manifesta urgência, os Comandantes Operacionais Distritais
podem solicitar a colaboração das Forças Armadas directamente aos comandantes das
unidades implantadas na respectiva área, informando o facto ao comandante operacional
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA DE PROTECÇÃO CIVIL DE ALCOBAÇA
Serviço Municipal de Protecção Civil de Alcobaça 16
nacional (artigo 53.º; as áreas em que o exército poderá prestar auxilio encontram-se
definidas no artigo 54.º).
4.4. Resumo do Enquadramento Legal do Plano Municipal de Emergência de
Protecção Civil de Alcobaça
Do exposto relativamente à legislação que enquadra o planeamento de emergência e o
funcionamento dos agentes de protecção civil a nível municipal, importa reter os seguintes aspectos:
• O Presidente da Câmara Municipal é a autoridade municipal de protecção civil,
competindo-lhe declarar a situação de alerta de âmbito municipal, convocar as reuniões
da CMPC e pedir a intervenção do exército em missões de protecção civil na área do seu
município.
• O Comandante Operacional Distrital poderá também decretar a situação de alerta no
município (bem como a de contingência) devendo, para tal, ouvir o(s) Presidente(s) do(s)
município(s) afectado(s).
• O Sistema Integrado de Operações de Protecção e Socorro (SIOPS) compreende
estruturas de coordenação e comando (centros de coordenação operacional e comandos
de operações de socorro, ambos de nível nacional e distrital) com as quais a CMPC terá
necessariamente de se articular em situações de emergência.
• Compete ao Centro de Coordenação Operacional Nacional (CCON) decretar o estado de
alerta especial (que compreende 4 níveis de azul a vermelho), devendo este informar os
centros de coordenação operacional distritais afectados, tendo em vista a determinação
das áreas abrangidas e do nível de accionamento e prontidão dos recursos. Neste sentido,
torna-se útil que os alertas de âmbito municipal não tenham também eles níveis de forma
a evitar confusões com os alertas especiais decretados pelo CCON.
• A Declaração n.º 97/2007, de 16 de Maio, da Comissão Nacional de Protecção Civil
(CNPC), define a correspondência entre os diferentes níveis de alerta e o respectivo grau
de mobilização e prontidão dos agentes de protecção civil.
• Em todos os municípios existe um Serviço Municipal de Protecção Civil, o qual é
responsável, entre outras matérias, por inventariar permanentemente os meios e os
recursos existentes no concelho; realizar estudos técnicos com vista à identificação,
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Serviço Municipal de Protecção Civil de Alcobaça 17
análise e consequências dos riscos naturais, tecnológicos e sociais que possam afectar o
município; planear o apoio logístico a prestar às vítimas e às forças de socorro em
situação de emergência; e elaborar planos prévios de intervenção e preparar e propor a
execução de exercícios.
• Em todos os municípios existe um Comandante Operacional Municipal que depende
hierárquica e funcionalmente do Presidente da Câmara Municipal, a quem compete, para
além de outras funções de carácter operacional, assumir a coordenação das operações de
socorro de âmbito municipal nas situações previstas no PMEPC, bem como quando a
dimensão do sinistro requeira o emprego de meios de mais de um corpo de bombeiros.
• Os Planos Municipais de Emergência de Protecção Civil deverão compreender as matérias
e apresentar a estrutura definida na Resolução n.º 25/2008, de 18 de Julho, da Comissão
Nacional de Protecção Civil (CNPC).
• A Lei da Água indica que nas zonas inundáveis ou ameaçadas por cheias deverá ser
condicionada ou impedida a construção de infra-estruturas, estabelecendo como
princípio, a articulação entre a avaliação de áreas susceptíveis a cheias e/ou inundação e
o ordenamento do território.
• Relativamente à prevenção de riscos de acidentes graves que envolvam substâncias
perigosas, o Decreto-Lei n.º 254/2007, de 12 de Julho, define que o operador de
estabelecimento de nível superior de perigosidade (definido no respectivo anexo I) e a
Câmara Municipal elaboram, respectivamente, planos de emergência internos e externos
de controlo de acidentes graves envolvendo substâncias perigosas. Todos os planos de
emergência internos e externos deverão articular-se com o PMEPC.
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA DE PROTECÇÃO CIVIL DE ALCOBAÇA
Serviço Municipal de Protecção Civil de Alcobaça 18
5. ANTECEDENTES DO PROCESSO DE PLANEAMENTO
A primeira versão do Plano Municipal de Emergência de Alcobaça (PMEA) foi elaborado pelo
Serviço Municipal de Protecção Civil de Alcobaça e submetido a 13 de Dezembro de 1999 ao parecer
da Câmara Municipal de Alcobaça que o aprovou, sendo enviado a 08 de Janeiro de 2000 para
apreciação da Comissão Nacional de Protecção Civil (CNPC).
PLANO MUNICPAL DE EMERGÊNCIA – 1999
Em reunião efectuada nos Paços do Concelho a 13 de Dezembro de 1999, a Câmara
Municipal deu parecer favorável ao Plano Municipal de Emergência (PME), tendo aprovado o envio
de três cópias para aprovação pela Comissão Nacional de Protecção Civil (CNPC), com vista ao
cumprimento do disposto na alínea e) do artigo 3.º do Decreto Regulamentar n.º 23/93 de 19 de
Julho.
O Plano Municipal de Emergência veio a ser aprovado conforme oficio n.º 443, de 28 de
Janeiro de 2002, remetido pelo extinto Serviço Nacional de Protecção Civil, da qual transcreve:
“(…)
Informo V. Exa. de que, no passado dia 9 de Janeiro de 2000, foi aprovado na Comissão
Nacional de Protecção Civil (CNPC) o Plano Municipal de Emergência de Alcobaça, conforme o
disposto no número 5, do artigo 21.º da Lei n.º 113/91, de 29 de Agosto (Lei de Bases de
Protecção Civil), conjugada com o artigo 4.º do Regulamento Interno da Comissão Nacional
de Protecção Civil.
Ass. O Presidente
(…)”
É de referir ainda o facto da versão do PMEA nunca ter sido activado, fazendo com que não
seja possível analisar a eficiência do processo e procedimentos nele previsto, assim como a
adequabilidade e eficácia dos meios materiais e humanos disponíveis. Desta forma, torna-se
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA DE PROTECÇÃO CIVIL DE ALCOBAÇA
Serviço Municipal de Protecção Civil de Alcobaça 19
impossível incorporar sugestões de carácter operacional resultantes de situações de emergência
ocorridas no concelho. Para além do facto de nunca ter sido activado, a versão do PMEA não foi alvo
de exercícios.
Por esse motivo, e de acordo com a Resolução n.º 25/2008, de 18 de Julho, da Comissão
Nacional de Protecção Civil, a presente actualização do PMEA visa a supressão destas fragilidades e
insipiências através da definição dos critérios e normas técnicas a adoptar para a elaboração e
operacionalização dos PMEPC e a adequação do plano ao novo enquadramento legal do Sistema de
Protecção Civil. É importante ainda referir-se que o presente Plano vai permitir a validação dos locais
e dos riscos caracterizados na revisão anterior, bem como a realização da análise de outros riscos
não abordados na mesma versão e que se considera serem importantes para a protecção da
população, relativamente a riscos de origem natural e de origem humana. Além disso, o referido
Plano irá ser presente a reunião em data a anunciar por parte da Comissão de Protecção Civil e
posteriormente colocado em processo de consulta pública. A Consulta Pública do Plano Municipal de
Emergência de Alcobaça irá ser promovida pela Câmara Municipal de Alcobaça, através do Gabinete
de Protecção Civil, por um período de 30 dias em data a anunciar. Para o efeito será elaborado um
Edital que será afixado no átrio dos Paços do Concelho em data a indicar. O documento irá ficar
disponível na Divisão Administrativa e de Atendimento (edifício dos Paços do Concelho) e no
Gabinete de Protecção Civil, bem como no site da Internet da Câmara Municipal de Alcobaça
(http://www.cm-alcobaca.pt/).
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA DE PROTECÇÃO CIVIL DE ALCOBAÇA
Serviço Municipal de Protecção Civil de Alcobaça 20
6. ARTICULAÇÃO COM INSTRUMENTOS DE PLANEAMENTO E
ORDENAMENTO DO TERRITÓRIO
6.1. Interligação com os planos de emergência de protecção civil adjacentes à área
territorial
A elaboração do Plano de Emergência de Protecção Civil de Alcobaça foi efectuada de acordo
com os instrumentos de planeamento e ordenamento do território vigentes para a área territorial do
concelho de Alcobaça, nomeadamente o Plano Director Municipal e o Plano Municipal de Defesa da
Floresta Contra Incêndios. Foram consideradas as áreas de risco identificadas nos respectivos
instrumentos citados. É igualmente objectivo deste plano a articulação tão boa quanto possível, com
os Planos Municipais de Emergência dos municípios limítrofes, bem como o Plano de Emergência do
Distrito de Leiria e o Plano Nacional de Emergência.
6.2. Interligação com os Planos de Ordenamento do Território Vigentes para a
mesma à Área Territorial
O ordenamento do território consiste na gestão, através de vários instrumentos de
planeamento, da interacção entre o homem e o espaço natural. A sua eficiência está directamente
relacionada com a escala de análise ou âmbito territorial de aplicação (plano nacional, regional
supra-municipal, municipal e inframunicipal), isto é, são definidos princípios de actuação
relativamente a um determinado recurso a uma escala nacional e condicionam-se os planos que
deles dependem a escalas de maior pormenor.
Um dos instrumentos de gestão territorial é o Programa Nacional da Politica de
Ordenamento do Território – PNPOT (Lei n.º 58/2007, de 4 de Setembro, rectificada pela Declaração
de Rectificação n.º 80/A, de 7 de Setembro de 2007), que constitui uma referência no que se refere
ao enquadramento dos restantes instrumentos de ordenamento do território de âmbito geográfico
mais restrito, concretizando estas últimas orientações gerais do PNPOT nos seus respectivos
domínios de intervenção. Este modelo é a base de apoio para um conjunto de estratégicas nacionais
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA DE PROTECÇÃO CIVIL DE ALCOBAÇA
Serviço Municipal de Protecção Civil de Alcobaça 21
e sectoriais, orientando os modelos territoriais a definir nos planos de âmbito regional, sub-regional
e local, bem como a revisão e alteração dos mesmos.
O PNPOT estabelece as grandes opções com relevância para a organização do território
nacional e consubstancia o quadro de referência a considerar na elaboração dos demais
instrumentos de gestão territorial, nomeadamente os Planos Regionais de Ordenamento do
Território (PROT), os Planos Municipais de Ordenamento do Território (PMOT), em particular os
Planos Directores Municipais (PDM), e ainda os Planos Especiais de Ordenamento do Território
(PEOT). Por outro lado, este programa acolhe e desenvolve orientações e medidas adequadas por
instrumentos de política sectorial com incidências territorial, nomeadamente Planos Sectoriais, de
acordo com o princípio da coordenação interna estabelecido na Lei de Bases da Politica de
Ordenamento do Território e de Urbanismo e no Regime Jurídico dos Instrumentos de Gestão
Territorial (PNPOT, 2007). O PNPOT prevalece sobre todos os demais instrumentos de gestão
territorial em vigor.
Os Planos Regionais de Ordenamento do Território (PROT) definem linhas estratégicas de
desenvolvimento, organização e gestão dos territórios regionais, servindo de referência para
elaboração dos PEOT, Planos Municipais de Ordenamento do Território (PMOT). O PEOT, que
estabelece regimes específicos no que se refere à salvaguarda de recursos e valores naturais, deve
enquadrar as orientações dos planos sectoriais e regionais, sendo um processo recíproco. Os PROT
definem as linhas estratégicas de desenvolvimento, de organização e de gestão dos territórios
regionais. Este tipo de planos prevalece sobre os planos municipais de ordenamento, transpondo-se
as suas disposições para os PDM, que constituem o principal instrumento de gestão territorial
municipal.
Da mesma forma, as orientações dos objectivos do PNPOT deverão ser vertidas nos PROT,
constituindo por sua vez uma referência para os PDM. Estes instrumentos de planeamento são
essenciais para que haja coordenação entre as várias políticas municipais, de ordenamento do
território e urbanismo, sendo igualmente importante pois concentram as disposições relativamente
à gestão do território constante nos diversos instrumentos de planeamento, nomeadamente planos
especiais, sectoriais e regionais de ordenamento do território.
A articulação entre as diversas áreas territoriais interdependentes em que existem pontos de
interesse comuns ou complementares é essencial e encontra-se presente nos objectivos estratégicos
no PNPOT, sendo concretizada pelos Planos Intermunicipais de Ordenamento do Território (PIOT),
que mais não são que instrumentos de gestão com base em processos de cooperação intermunicipal.
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA DE PROTECÇÃO CIVIL DE ALCOBAÇA
Serviço Municipal de Protecção Civil de Alcobaça 22
Na Tabela 1 encontram-se indicadas as entidades e respectivas responsabilidades de
elaboração e aprovação dos vários instrumentos de gestão territorial, de acordo com o artigo 20.º da
Lei n.º 48/1998, de 11 de Agosto, alterado pela Lei n.º 54/2007, de 31 de Agosto.
Tabela 1 - Entidades Responsáveis pela Aprovação dos vários Instrumentos de Planeamento
Instrumentos de Ordenamento
Iniciativa Aprovação
PNPOT Governo Assembleia da República, ouvidas as Regiões Autónomas, as regiões administrativas e os municípios
PROT Juntas Regionais Assembleias Regionais e posterior aprovação pelo Governo
PEOT Administração central e
autarquias locais Conselho de Ministros
Planos Sectoriais Administração central Governo, ouvidas as autarquias locais envolvidas
PMOT/PIOT Câmaras Municipais Assembleia municipal, após parecer da respectiva junta regional, e sujeito a ratificação pelo Governo
PMOT
PDM Câmaras Municipais Assembleia municipal, após parecer da respectiva junta regional, e sujeito a ratificação pelo Governo
PP Câmaras Municipais
Assembleias municipais, sujeitos a parecer da junta regional e a ratificação pelo Governo quando não se conformem com o PDM que os abrange ou sempre que este não seja eficaz
Legenda: PDM - Plano Director Municipal; PEOT – Plano Especial de Ordenamento do Território; PIOT - Plano
Intermunicipal de Ordenamento do Território; PMOT – Plano Municipal de Ordenamento do Território; PNPOT
– Programa Nacional da Política de Ordenamento do Território; PP – Plano de Pormenor; PROT – Plano
Regional de Ordenamento do Território
6.3 Programa Nacional de Planeamento e Ordenamento do Território
Da análise do Programa Nacional da Política de Ordenamento do Território (PNPOT)
constatou-se que um dos problemas que o país enfrenta, do ponto de vista do ordenamento do
território, se prende com os recursos naturais e gestão de riscos, nomeadamente a insuficiente
consideração dos riscos nas acções de ocupação e transformação do território, com particular ênfase
para os sismos, os incêndios florestais, as cheias, as inundações e a erosão das zonas costeiras. Neste
Programa são definidos modelos territoriais baseados num diagnóstico efectuado e análise de
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA DE PROTECÇÃO CIVIL DE ALCOBAÇA
Serviço Municipal de Protecção Civil de Alcobaça 23
cenários, bem como na visão que se quer adoptar para as várias regiões. Assim, foram definidos
quatro vectores de organização espacial dos recursos territoriais, dos quais se destaca o primeiro:
• Riscos;
• Recursos naturais e ordenamento agrícola e florestal;
• Sistema urbano;
• Acessibilidade e conectividade internacional.
Relativamente ao primeiro vector, a partir do modelo territorial, são definidas as principais
opções estratégicas:
• Preservar o quadro natural e paisagístico, em particular os recursos hídricos, a zona
costeira, a floresta e os espaços de potencial agrícola;
• Estruturar núcleos que contrariem a tendência para a urbanização contínua ao longo da
faixa litoral de Portugal Continental.
Para que sejam concretizadas estas opções foi efectuado um levantamento de
vulnerabilidades e riscos com o intuito de prevenção e redução dos mesmos:
• Actividade sísmica;
• Movimentos de massa;
• Erosão do litoral e instabilidade das arribas;
• Cheias e inundações;
• Incêndios florestais;
• Secas e desertificação;
• Contaminação de massas de água;
• Contaminação e erosão de solos;
• Derrames acidentais no mar;
• Ruptura de barragens e riscos associados a diversas infra-estruturas e acidentes
industriais graves.
As situações de risco assinaladas são tidas em consideração na priorização relativa à política
de ordenamento do território.
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA DE PROTECÇÃO CIVIL DE ALCOBAÇA
Serviço Municipal de Protecção Civil de Alcobaça 24
Como um dos objectivos específicos do programa das políticas salienta-se a avaliação e
prevenção dos factores e das situações de risco, e desenvolvimento de dispositivos e medidas de
minimização dos respectivos efeitos. A sua concretização nos planos de maior pormenor é abordada
ao longo do Plano.
6.4. Plano Rodoviário Nacional
Deste plano constam a rede nacional fundamental e rede nacional complementar. Em
questões de protecção civil é necessário um levantamento da rede viária, nomeadamente das
estradas nacionais para as referidas deslocações de carácter local, para que o tempo de chegada ao
local de sinistro seja o menor possível, aumentando a sua eficácia. Neste contexto, e caso seja
necessário integrar meios de outros municípios em situações de emergência, é igualmente
importante a categoria de estradas regionais.
6.5. Plano Nacional da Água
O Plano Nacional da Água (PNA), elaborado de acordo com o Decreto-lei n.º 45/1994, de 22
de Fevereiro, é o documento que define orientações de âmbito nacional para a gestão integrada dos
recursos hídricos, fundamentadas em diagnóstico actualizado da situação e na definição de
objectivos a alcançar através de medidas e acções. As problemáticas gerais a que o PNA procura dar
resposta resultam do diagnóstico da situação actual, no qual aparecem evidenciadas as que à partida
são de maior vulto e bem conhecidas, sendo que num contexto de protecção civil interessa referir
designadamente:
• Riscos e protecção de pessoas e bens e conhecimento rigoroso numa base comum das
características fundamentais,
• Utilizações e riscos associados aos recursos hídricos.
O PNA tem em vista, sintetizar os problemas mais relevantes das várias bacias hidrográficas
numa perspectiva de âmbito territorial nacional, prevenir a ocorrência de futuras situações
potencialmente problemáticas, identificar as linhas estratégicas da gestão dos recursos hídricos
nacionais e delinear um sistema de gestão integrado dos recursos hídricos nacionais, centrado nas
várias bacias hidrográficas.
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Serviço Municipal de Protecção Civil de Alcobaça 25
6.5.1. Planos de Bacia Hidrográfica
Os Planos de Bacia Hidrográfica (PBH) têm obrigatoriamente que conter, entre outras
questões:
• A identificação de zonas e situações de risco, nomeadamente cheias, erosão e
contaminação;
• A avaliação das situações de cheia e de seca.
Por outro lado, nestes planos, são estabelecidas medidas de prevenção e de intervenção em
situações de emergência.
Esta avaliação e identificação contida nos PBH são essenciais para a actuação da Protecção
Civil, caso se verifique necessário, uma vez que a distribuição de recursos humanos e materiais é
canalizada, não dispersando esforços, e por outro lado, no que respeita à contaminação, os agentes
contaminantes mais prováveis devem já encontrar-se identificados, de modo a facilitar o seu
controlo ou neutralização.
O concelho de Alcobaça encontra-se abrangido pelo Plano de Bacia Hidrográfica das Ribeiras
do Oeste (PBHRO), Plano da Bacia Hidrográfica do Lis (PBHL) e pelo Plano de Bacia Hidrográfica do
Tejo (PBHT).
- Plano da Bacia Hidrográfica das Ribeiras do Oeste
O Plano de Bacia Hidrografia das Ribeiras do Oeste (PBHRO) apresenta uma superfície de
450km2 e tem como principais cursos de água o Rio Alcoa e o Rio Tornada (somente a freguesia de
Martingança não é abrangida por este plano, as restante 17 encontra-se abrangidas). De salientar
ainda que associadas a estas linhas de água existem inúmeros cursos de água não permanentes
afluentes dos referidos rios.
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- Plano da Bacia Hidrográfica das Ribeiras do Tejo
O Plano de Bacia Hidrografia das Ribeiras do Tejo (PBHT) apresenta uma superfície geral
(Portugal) de 24.650 km2 e tem como principais cursos de água um afluente do Rio Maior (freguesia
de Benedita).
Para os dois planos acima identificados, os principais riscos identificados são:
• Cheias;
• Erosão;
• Transporte sólido e assoreamento;
• Poluição ambiental;
• Riscos geológicos e geotécnicos;
• Riscos de sobre-exploração de aquíferos.
- Plano da Bacia Hidrográfica das Ribeiras do Lis
O Plano de Bacia Hidrografia das Ribeiras do Lis (PBHL) apresenta uma superfície 12% na área
do Plano da Bacia respeitante ao concelho de Alcobaça, de salientar que nestes 12% inclui-se a
freguesia de Moita, que já não é pertença do concelho de Alcobaça desde 2001.
Os respectivos riscos identificados no PBH são:
• Cheias;
• Erosão;
• Transporte sólido e assoreamento;
• Poluição ambiental;
• Riscos Geológicos e geotécnicos;
• Riscos de acidentes de poluição.
Outra situação a que estas bacias puderam estar sujeiras é a ocorrência de situações de seca,
levando a que existam diversos sectores de actividade económica que podem ser afectadas por este
problema.
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Serviço Municipal de Protecção Civil de Alcobaça 27
Finalmente importa referir que o potencial risco sísmico existente no concelho de Alcobaça
pode levar a que infra-estruturas hidráulicas de fornecimento de água à população possam ficar
danificadas, em caso de ocorrência deste risco de origem natural.
6.6. Planos Regionais de Ordenamento do Território
De acordo com a Lei de Bases da Política de Ordenamento do Território e de Urbanismo,
artigo 52.º, Decreto-Lei n.º 380/99, de 22 de Setembro, o PROT tem como objectivos estabelecidos:
• Desenvolver, no âmbito regional, as opções do PNPOT e dos planos sectoriais;
• Traduzir, em termos espaciais, os grandes objectivos de desenvolvimento económico e
social sustentável formulados no plano de desenvolvimento regional;
• Equacionar as medidas tendentes à atenuação das assimetrias de desenvolvimento intra-
regionais;
• Servir de base à formulação da estratégia nacional de ordenamento territorial e de
quadro de referência para a elaboração dos planos especiais, intermunicipais e municipais
de ordenamento do território.
A responsabilidade pela elaboração dos PROT é da competência das respectivas Comissões
de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR), sendo que estes planos incidem em particular
sobre aspectos relacionados com a utilização de recursos territoriais, ocupação do solo, uso e
transformação do solo e a localização de actividades, equipamentos e infra-estruturas.
No PROT são estabelecidas as Normas Orientadoras para o ordenamento do território,
subdividindo-se estas em:
1. Normas Gerais
2. Normas Específicas por domínio de intervenção
3. Normas Específicas por unidade territorial
Ssendo as segundas referentes a orientações de uso e gestão do território, incidindo
especificamente, entre outras questões, sobre Segurança e Protecção Civil, sendo efectuada a
identificação das zonas de risco nomeadamente no que se refere a sismos, erosão, inundação,
incêndio florestal, entre outros. Estas questões encontram-se abordadas de uma forma mais
pormenorizada aquando do seu enquadramento no PDM de Alcobaça.
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Serviço Municipal de Protecção Civil de Alcobaça 28
O PROT-OVT foi aprovado em Conselho de Ministros a 6 de Agosto de 2009 e tem como área
de intervenção a totalidade do território das sub-regiões do Oeste, Lezíria do Tejo e Médio Tejo, num
total de 33 municípios, com uma população superior a 800 mil habitantes. Este plano define 21
Unidades Territoriais com características próprias, cada uma com características específicas ao nível
da ocupação do solo, para as quais estabeleceu orientações e directrizes, que visam constituir o
quadro de referência para os PMOT e orientar os PEOT. No caso particular do concelho de Alcobaça,
este enquadra-se em 4 unidades territoriais Oeste Litoral Norte, Oeste Interior Centro, Oeste Interior
Centro – Benedita e Maciço Calcário. O concelho de Alcobaça localiza-se na Unidade Territorial III
(NUTS III).
De acordo com o PROT, os riscos potenciais identificados para o concelho de Alcobaça são a
ocorrência de sismos devido a diversos tipos de acidentes geológicos, nomeadamente falhas activas,
erosão litoral de arribas rochosas e incêndios florestais. Tendo em conta os riscos identificados, o
PROT adverte para a elaboração de um Plano de Emergência Regional e apresenta algumas normas
orientadoras de planeamento urbano, de forma a evitar ou minimizar os efeitos de um sismo e risco
de incêndio florestal em áreas adjacentes a zonas urbanas.
6.7. Planos Regionais de Ordenamento Florestal
O Plano Regional de Ordenamento Florestal (PROF) que abrange a área do Município de
Alcobaça é o PROF-Oeste, aprovado de acordo com o Decreto Regulamentar n.º 14/2006, de 17 de
Outubro. Neste plano foram definidos objectivos específicos comuns a toda a região que engloba a
área do município, nomeadamente:
• Definição das áreas com maior risco de incêndio;
• Definição das áreas com maior sensibilidade à erosão, principalmente na faixa costeira;
• Estabelecimento de espaços florestais multifuncionais e adopção de medidas preventivas
contra incêndios florestais, garantindo a protecção de solos, recursos hídricos e zonas de
conservação;
• Eliminar a vulnerabilidade dos espaços florestais (diminuição do número, área e danos
provocados pelos incêndios florestais).
Os objectivos acima assinalados vão ao encontro da minimização de riscos, nomeadamente
incêndios florestais, que fazem parte das preocupações do Plano Municipal de Emergência de
Protecção Civil. No caso particular dos incêndios florestais, o PROF aborda a questão da defesa da
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floresta através da identificação das zonas críticas, gestão de combustíveis, redes regionais de defesa
da floresta, entre outros. A gestão das áreas de uso florestal, gestão essa abordada exaustivamente
no Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios de Alcobaça tem a finalidade de reduzir a
probabilidade de ocorrência deste fenómeno e naturalmente as suas consequências.
6.8. Planos Especiais de Ordenamento do Território
Os Planos Especiais de Ordenamento do Território (PEOT) prevalecem sobre os PIOT e PMOT,
integrando-se e compatibilizando-se com os vários instrumentos de desenvolvimento territorial. A
noção e objectivos dos planos especiais de ordenamento do território encontram-se consagrados no
Decreto-Lei n.º 380/99, de 22 de Setembro, na sua actual redacção. O artigo 42.º daquele diploma
define como PEOT os seguintes planos:
• Planos de Ordenamento das Áreas Protegidas (POAP);
• Planos de Ordenamento de Albufeiras de Águas Públicas (POAAP);
• Planos de Ordenamento da Orla Costeira (POOC);
• Planos de Ordenamento dos Estuários (POE).
6.8.1. Plano de Ordenamento da Orla Costeira
No que se refere aos Planos de Ordenamento da Orla Costeira (POOC), este tipo de planos
surge da necessidade de compatibilizar actividades de recreio e lazer com as de protecção e
conservação dos valores naturais e paisagísticos da orla litoral. A faixa litoral de Portugal foi dividida
em 9 troços, sendo definidos 9 POOC em Portugal Continental que se encontram actualmente todos
aprovados e publicados. Trata-se de um Plano produzido pela Administração Central e como tal
sobrepõe-se aos planos municipais e regionais.
Os POOC incidem sobre águas marinhas costeiras e interiores e respectivos leitos e margens,
com faixas de protecção terrestre, cuja largura é definida no âmbito de cada plano, não excedendo
os 500 metros contados da linha que limita a margem das águas do mar, e marinha, que têm como
limite máximo a linha batimétrica dos 30 metros. Estas zonas têm um conjunto de actividades
interditas e condicionadas, incluindo a acessibilidade. Por este motivo, e em caso de possível
intervenção da protecção civil, a localização de pessoas e bens encontra-se delimitada, e apesar da
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Serviço Municipal de Protecção Civil de Alcobaça 30
circulação de veículos motorizados fora das vias de acesso ser interdita, tal não é aplicável a veículos
ligados à prevenção, socorro e manutenção de equipamentos.
O concelho de Alcobaça encontra-se abrangido pelo Plano de Ordenamento da Orla Costeira
de Alcobaça – Mafra (POOC). Este plano foi aprovado pela Resolução do Conselho de Ministros nº
11/2002, de 17 de Janeiro e compreende o troço de costa entre Alcobaça e Mafra, numa extensão de
cerca de 142 km, caracterizado, de modo geral, por uma fisiografia diversificada, resultante da
presença de arribas com altura bastante variável, pontualmente interrompidas pelas zonas terminais
das linhas de água e por sistemas dunares.
Apresenta, ainda, elementos notáveis de elevada singularidade e valor paisagístico, como é o
caso da concha de São Martinho do Porto, assim como um conjunto de áreas de inquestionável
riqueza em termos de diversidade biológica.
Trata-se, contudo, de um troço de costa sujeito a processos erosivos graves, originando
situações de risco para pessoas e bens, como se verifica em alguns aglomerados populacionais e em
diversos trechos de costa com utilização balnear.
Em termos de Protecção Civil são de referir a interdição de algumas actividades que
provoquem a alteração da morfologia do solo ou o coberto vegetal existente, com excepção das
situações previstas no respectivo Regulamento em faixas de risco máximo e faixas de protecção, de
forma a evitar situações que ponham em causa a segurança da população residente ou turistas.
6.8.2. Plano de Ordenamento do Parque Natural das Serras de Aire e Candeeiros
O Plano de Ordenamento do Parque Natural das Serras de Aire e Candeeiros designado
abreviadamente por POPNSAC foi aprovado pela Resolução do Conselho de Ministros n.º 57/2010,
de 12 de Agosto e apresenta como objecto central uma amostra significativa do Maciço Calcário
Estremenho. Este plano abrange parcialmente ou na sua totalidade os concelhos de Alcanena,
Alcobaça, Ourém, Porto de Mós, Rio Maior, Santarém, Torres Novas.
Constituem objectivos gerais do Plano de Ordenamento do Parque Natural das Serras de Aire
e Candeeiros:
• Assegurar, à luz da experiência e dos conhecimentos científicos adquiridos sobre o
património natural do Maciço Calcário Estremenho, uma estratégia de conservação e
gestão que permita a concretização dos objectivos que presidiram à criação do Parque
Natural da Serra de Aire e Candeeiros;
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA DE PROTECÇÃO CIVIL DE ALCOBAÇA
Serviço Municipal de Protecção Civil de Alcobaça 31
• Corresponder aos imperativos de conservação dos habitats naturais da fauna e flora
selvagens protegidas;
• Fixar o regime de gestão compatível com a protecção e a valorização dos recursos
naturais e com o desenvolvimento das actividades humanas em presença, tendo presente
os instrumentos de gestão territorial convergentes na árera protegida.
• Determinar os estatutos de protecção adequados às diferentes áreas, assim como definir
as respectivas prioridades de intervenção.
E tendo em consideração os objectivos acima citados o Plano de Ordenamento do Parque
Natural das Serras de Aire e Candeeiros diagnostica em primeiro lugar mecanismos eficazes de
articulação das diferentes entidades e instrumentos de gestão do território e assegura a participação
activa de todas as entidades públicas e privadas, em estreita colaboração com as populações
residentes.
6.8.3. Plano Sectorial da Rede Natura 2000
As figuras de Parque Nacional, Reserva Natural, Parque Natural e Paisagem Protegida estão
consignadas como áreas protegidas de interesse nacional, pelo que deverão dispor obrigatoriamente
de um Plano de Ordenamento, vinculativo para as entidades públicas e particulares (ICNB, 2008). A
Rede Natura 2000 é uma rede ecológica para o espaço comunitário resultante da aplicação das
Directivas nº 79/409/CEE (Directiva Aves) e nº 92/43/CEE (Directiva Habitats) e tem como objectivo
contribuir para assegurar a biodiversidade através da conservação dos habitats naturais e da fauna e
da flora selvagens no território europeu dos Estados-Membros.
A Rede Natura 2000 em Portugal Continental é composta por Sítios da Lista Nacional
(Resoluções de Conselho de Ministros nº142/97, de 28 de Agosto, e nº 76/2000, de 5 de Julho) e
Zonas de Protecção Especial – ZPE (ZPE do Estuário do Tejo criada pelo Decreto-Lei nº 280/94, de 5
de Novembro, e restantes ZPE criadas pelo Decreto-Lei nº 384-B/99, de 23 de Setembro) estando
actualmente classificadas 31 ZPE e 60 Sítios, representando cerca de 20,47% do território do
continente.
De forma a implementar a Rede Natura 2000, foi determinado a elaboração de um Plano
Sectorial, visando a salvaguarda e valorização das ZPE e dos Sítios do território continental, bem
como a manutenção das espécies e habitats num estado de conservação favorável nestas áreas.
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA DE PROTECÇÃO CIVIL DE ALCOBAÇA
Serviço Municipal de Protecção Civil de Alcobaça 32
A área do município de Alcobaça é abrangida pelo Sítio Rede Natura 2000 – Serras de Aire e
Candeeiros, código de classificação PTCON0015, com a seguinte legislação associada - Resolução do
Conselho de Ministros n.º 76/2000, de 5 de Julho que classifica o Sítio Serras de Aire e Candeeiros
(Rede Natura 2000).
A ficha do Sítio Serras de Aire e Candeeiros apresenta descrito a síntese do trabalho de
caracterização do património natural do Sítio, identificando os principais valores que ocorrem nesta
área.
São igualmente apresentados programas/projectos específicos decorrentes em áreas
beneficiadas por planos de intervenção específica para a conservação da natureza e biodiversidade,
património geológico e cultural, com o objectivo de recuperação de habitats, valorização de bens
culturais, promoção da investigação científica, educação ambiental, e desenvolvimento local.
O Plano Sectorial da Rede Natura 2000 (PSRN2000) identifica os factores de ameaça do Sítio
Serras de Aire e Candeeiros que importa salientar, Exploração de inertes; Colheita de espécies
vegetais ameaçadas; Perturbação das grutas; Implantação de infra-estruturas; Incêndios; Erosão
(associada ao fogo ou ao pastoreio em áreas de clivosas).
6.9. Plano Director Municipal
O Plano Director Municipal (PDM) é um instrumento de planeamento territorial de natureza
regulamentar, cuja elaboração é obrigatória e da responsabilidade do Município. O Plano Director
Municipal de Alcobaça em vigor, elaborado ao abrigo do Decreto-lei nº 69/90 de 2 de Março, foi
aprovado pela Assembleia Municipal de Alcobaça a 11 de Outubro de 1996 e ratificado através da
Resolução do Conselho de Ministros nº 177/97 de 25 de Setembro, publicada no Diário da República
I série B, nº 248 de 25 de Outubro de 1997.
Actualmente, o PDM encontra-se em fase de revisão (Aviso nº 1355/2002, publicado no
Diário da República nº 45 II série, AP 17) de forma a responder às novas exigência ao nível do
planeamento e, consequentemente, permitir desenvolver soluções adequadas e eficazes para o
concelho de Alcobaça.
No PDM de Alcobaça em vigor, não é feita uma abordagem aos eventuais riscos que possam
ocorrer no concelho, nem a acções de protecção civil a desencadear no caso da ocorrência de
determinado risco, apenas se encontram identificadas a proibição das seguintes acções especificas,
de especial interesse para a Protecção Civil:
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Serviço Municipal de Protecção Civil de Alcobaça 33
• Destruição da vegetação ribeirinha e acções que prejudiquem o escoamento das águas
nos leitos dos cursos de água e zonas ameaçadas por cheias;
• As acções que prejudiquem a infiltração das águas e acelerem o escoamento superficial e
a erosão nas cabeceiras das linhas de água;
• A descarga de efluentes não tratados, a instalação de fossas, a rega com águas residuais
sem tratamento, instalação de lixeiras, utilização intensiva de fertilizantes químicos e a
instalação de campos de golfe, ou outras acções que criem riscos de contaminação dos
aquíferos;
• As operações de preparação do solo ou de condução de explorações, e a prática de
queimadas, que acelerem os riscos de erosão;
• A circulação e estacionamento de veículos fora dos acessos e parqueamento organizados,
e a destruição e ou substituição da vegetação natural, nas respectivas faixas de protecção.
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA DE PROTECÇÃO CIVIL DE ALCOBAÇA
Serviço Municipal de Protecção Civil de Alcobaça 34
7. ACTIVAÇÃO DO PLANO
Com a activação do Plano pretende-se assegurar a colaboração das várias entidades
intervenientes, garantindo a mobilização mais rápida dos meios e recursos afectos ao PMEPC e uma
maior eficácia e eficiência na execução das ordens e procedimentos previamente definidos,
garantindo-se, desta forma, a criação de condições favoráveis à mobilização rápida, eficiente e
coordenada de todos os meios e recursos disponíveis no concelho de Alcobaça, bem como de outros
meios de reforço que sejam considerados essenciais e necessários para fazer face à situação de
emergência.
7.1. Competência para Activação do Plano
Nos termos da Lei de Bases de Protecção Civil quem tem competência para activar o Plano
Municipal de Emergência é a Comissão Municipal de Proteção Civil. Após a sua ativação, a comissão
deverá reunir-se imediatamente. Contudo, em situações excepcionais quando a natureza do acidente
grave ou catástrofe assim o justificar e por ordem do director do Plano ou seu substituto a Comissão
Municipal de Proteção Civil poderá reunir com composição reduzida, no caso de ser impossível reunir
a totalidade dos seus membros, caso em que a ativação será sancionada posteriormente pelo
Plenário da Comissão.
Figura 2 - Organização reduzida da Comissão Municipal de Protecção Civil
Comandante Operacional Municipal
Comandante do CB da área geográfica
Comandante da GNR/PSP da área geográfica
Presidente / Vereador com competência delegada
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De acordo com a lei de bases da Proteção Civil, compete ao Presidente da Câmara Municipal,
no exercício de funções de responsável municipal da política de proteção civil, desencadear na
iminência ou ocorrência de acidente grave ou catástrofe, as ações de proteção civil de prevenção,
socorro, assistência e reabilitação adequadas em cada caso.
As entidades que compõem a Comissão Municipal de Proteção Civil e o Serviço Municipal de
Proteção Civil são responsáveis por garantir condições para o restabelecimento dos serviços
essenciais de sobrevivência, o estado de segurança e a disponibilidade de condições aceitáveis em
todas as áreas afetadas pela ocorrência. Uma vez confirmada a reposição da normalidade da vida das
pessoas em áreas afetadas por acidente grave ou catástrofe, deverá ser expressa a desativação do
plano pela Comissão Municipal de Proteção Civil de Alcobaça. Neste seguimento deverão acionar-se
os respetivos mecanismos de desativação de emergência por todas as entidades envolvidas aquando
da ativação do plano, incluindo as que compõem a Comissão Municipal de Proteção Civil. Deste
modo, cada entidade desenvolve os devidos procedimentos internos com as respectivas equipas e
plataformas logísticas para que sejam desativados os procedimentos extraordinários adotados.
Para publicitação da activação e desactivação do PMEPC de Alcobaça serão utilizados os
seguintes meios de divulgação de informação:
• órgãos de comunicação social, nomeadamente a rádio difusão local;
• serviço de mensagens (sms);
• telefone;
• fax.
• sítio da internet da Câmara Municipal de Alcobaça (http://www.cm-alcobaca.pt/) e da
ANPC (http://www.proteccaocivil.pt/)
Figura 3 - Meios utilizados para a Publicitação da Activação do Plano de Emergência
Rádio difusão local
Internet Serviço de SMS
Fax
Telefone
Publicação da activação de plano de emergência
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7.2. Critérios para Activação do Plano
Os planos de emergência de protecção civil são activados quando existe a necessidade de
adoptar medidas preventivas ou especiais de reacção que não estejam expressas na actividade
normal de protecção civil, ou seja, quando existe iminência ou ocorrência de uma situação de
acidente grave ou catástrofe, da qual se prevejam danos elevados para as populações, bens e
ambiente, que justifiquem a adopção imediata de medidas excepcionais de prevenção, planeamento
e informação.
Embora, dada a transversalidade dos riscos considerados no PMEPC, seja difícil a definição de
parâmetros universalmente aceites e coerentes, considerou-se que os critérios que permitem apoiar
a decisão de activação do PMEPC são suportados na conjugação do grau de intensidade das
consequências negativas das ocorrências, ou seja, grau de gravidade, com o grau de
probabilidade/frequência de consequências negativas, conforme definidos na Directiva Operacional
Nacional n.º 1/ANPC/2007, de 16 de Maio.
A avaliação do grau de probabilidade de ocorrências com origem natural é da competência
do ANPC, em estreita colaboração com o Instituto de Meteorologia (IM), entidade com competência
e conhecimento para, perante determinado fenómeno desta natureza, proceder à classificação do
grau de probabilidade na escala que varia entre baixo a elevado, conforme se encontram definidos
na Directiva Operacional Nacional n.º 1/ANPC/2007, de 16 de Maio. Relativamente à avaliação do
grau de probabilidade de ocorrências com origem humana a ANPC apenas tem capacidade para
avaliar as situações de eventos que estejam na origem de concentrações humanas. A avaliação do
grau de probabilidade permite prevenir os riscos colectivos e a ocorrência de acidente grave ou de
catástrofe deles resultantes, atenuando assim estes riscos e limitando os seus efeitos.
No que se refere à avaliação do grau de gravidade do acidente grave ou da catástrofe
ocorrido no município, esta deverá ser realizada pelo COM em colaboração e comunicação
permanente com os agentes de protecção civil do município, nomeadamente, bombeiros e entidades
de segurança, e comunicado ao Presidente da Câmara Municipal (Director do PMEPC) o respectivo
ponto de situação.
Desta forma, o Presidente tem à sua disposição informação que permite apoiar a decisão de
activação do Plano. A tipificação do grau de gravidade tem como base a escala de intensidade das
consequências negativas das ocorrências (ver Ponto 2, da Parte IV – Secção I). No âmbito da análise
dos critérios para activação do Plano foram considerados apenas as situações com grau de
intensidade moderada a crítica.
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA DE PROTECÇÃO CIVIL DE ALCOBAÇA
Serviço Municipal de Protecção Civil de Alcobaça 37
Os mecanismos e as circunstâncias fundamentadoras para a activação do Plano, que
determinam o início da sua obrigatoriedade, em função dos cenários nele considerados, encontram-
se descritos na Figura 4, com identificação das diferentes situações de grau de gravidade e de
probabilidade.
Em síntese, a activação do Plano é aplicável nos casos em que:
• A emergência não pode ser gerida de forma eficaz usando apenas os recursos do SMPC e
das entidades que fazem parte da protecção civil do concelho. Assim, a activação do Plano
é necessária para implementar e agilizar o acesso a recursos de resposta suplementar;
• Os recursos das entidades de protecção civil do município são afectados de tal maneira
que não têm capacidade para dar resposta à ocorrência. Desta forma é essencial activar o
Plano para que sejam disponibilizados recursos através de acordos e protocolos de ajuda
mútua.
• O Plano pode ainda ser activado pela Comissão Municipal de Protecção Civil sempre que se
justifique a adopção imediata de medidas excepcionais para fazer face a condições que
não puderam ou não estão previstas no Plano Municipal de Emergência de Protecção Civil
de Alcobaça.
• Aquando da activação do Plano, a Comissão Municipal de Protecção Civil já se encontrará
activada.
• A desactivação do Plano Municipal de Emergência, e consequente desmobilização dos
meios operacionais, é da competência da Comissão Municipal de Protecção Civil, após
parecer do Comandante Operacional Municipal (COM) e do Serviço Municipal de
Protecção Civil. Especificando o Plano Municipal de Emergência de Protecção Civil de
Alcobaça poderá ser activado quando ocorrerem as seguintes situações:
Percentagem da área territorial coberta pelo plano afectada pelo acidente grave ou
catástrofe;
Efeitos na população (número de mortos, feridos, desalojados, desaparecidos ou
isolados, etc.);
Danos nos bens e património (numero de habitações danificadas, edifícios
indispensáveis às operações de protecção civil afectados, afectação de monumentos
nacionais, etc.);
Danos nos serviços e infra-estruturas (suspensão do fornecimento de água, energia
ou telecomunicações durante um período de tempo significativo, etc.);
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA DE PROTECÇÃO CIVIL DE ALCOBAÇA
Serviço Municipal de Protecção Civil de Alcobaça 38
Danos no ambiente (descargas de matérias perigosas em aquíferos ou no solo,
destruição de zonas florestais, libertação de matérias perigosas para a atmosfera,
etc.);
Características da ocorrência (caudais registados, magnitude ou intensidade sísmica,
quantidade de substância libertada, etc.).
Figura 4 - Processo de Activação do Plano Municipal de Emergência de Protecção Civil de Alcobaça
Os critérios que devem considerar-se para a activação do Plano devem regular-se pela
Directiva Operacional Nacional (DON) nº1/ANPC/2007, de acordo com os parâmetros acima
mencionados o que pode visualizar-se de forma esquemática através das tabelas seguintes:
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA DE PROTECÇÃO CIVIL DE ALCOBAÇA
Serviço Municipal de Protecção Civil de Alcobaça 39
Tabela 2 - Critérios para o Processo de Activação do Plano Municipal de Emergência de Protecção Civil de Alcobaça
Gravidade/Intensidade
Residual Reduzida Moderada Acentuada Critica
Pro
bab
ilid
ade
/Fre
qu
ên
cia
Confirmada Baixo Moderado Elevado Extremo Extremo
Elevada Baixo Moderado Elevado Extremo Extremo
Média-Alta Baixo Moderado Moderado Elevado Elevado
Média Baixo Baixo Baixo Moderado Moderado
Média-baixa Baixo Baixo Baixo Baixo Baixo
Baixa Baixo Baixo Baixo Baixo Baixo
Legenda:
Gra
vid
ade
/In
ten
sid
ade
Residual
Não há feridos nem vitimas mortais. Não há mudança/retirada de pessoas ou apenas de um número restrito, por um período curto (até doze horas). Pouco ou nenhum pessoal de apoio necessário (não há suporte ao nível monetário nem material. Danos sem significado. Não há ou há um nível reduzido de constrangimentos na comunidade. Não há impacte no ambiente. Não há perda financeira.
Reduzida
Pequeno número de feridos mas sem vítimas mortais. Algumas hospitalizações e retirada de pessoas por um período inferior a vinte e quatro horas. Algum pessoal de apoio e reforço necessário. Alguns danos. Disrupção (inferior a vinte e quatro horas). Pequeno impacte no ambiente sem efeitos duradoiros. Alguma perda financeira.
Moderada
Tratamento médico necessário, mas sem vítimas mortais. Algumas hospitalizações e retirada de pessoas por um período de vinte e quatro horas. Algum pessoal técnico necessário. Alguns danos. Alguma disrupção na comunidade (menos de vinte e quatro horas). Pequeno impacte no ambiente sem efeitos duradoiros. Alguma perda financeira.
Acentuada
Número elevado de feridos e de hospitalizações. Número elevado de retirada de pessoas por um período superior a vinte e quatro horas. Vítimas mortais. Recursos externos exigidos para suporte ao pessoal de apoio. Danos significativos que exigem recursos externos. Funcionamento parcial da comunidade com alguns serviços indisponíveis. Alguns impactos na comunidade com efeitos a longo prazo. Perda financeira significativa e assistência financeira necessária
Crítica
Situação crítica. Grande número de feridos e de hospitalização. Retirada em grande escala de pessoas por uma duração longa. Significativo número de vítimas mortais. Pessoal de apoio e reforço necessário. A comunidade deixa de conseguir funcionar sem suporte significativo. Impacte ambiental significativo e ou danos permanentes.
Activação do Plano
Municipal de Emergência no
todo ou em parte do concelho
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Pro
bab
ilid
ade
/fre
qu
ên
cia
Confirmada Ocorrência real verificada.
Elevada É expectável que ocorra em quase todas as circunstâncias; E ou nível elevado de incidentes registados; E ou fortes evidências; E ou forte probabilidade de ocorrência do evento; E ou fortes razões para ocorrer; Pode ocorrer uma vez por ano ou mais.
Média-alta Irá provavelmente ocorrer em quase todas as circunstâncias; E ou registos regulares de incidentes e razões fortes para ocorrer; Pode ocorrer uma vez em cada cinco anos.
Média Poderá ocorrer em algum momento; E ou com uma periodicidade incerta aleatória e com fracas razões para ocorrer. Pode ocorrer uma vez em cada 20 anos.
Média-baixa Não é provável que ocorra; Não há registos ou razões que levem a estimar que ocorram; Pode ocorrer uma vez em cada 100 anos.
Baixa Poderá ocorrer apenas em circunstâncias excepcionais; Pode ocorrer uma vez em cada 500 anos ou mais.
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8. PROGRAMAS DE EXERCÍCIOS
A realização de exercícios é uma componente essencial da formação dos vários agentes de
protecção civil, possibilitando que estes se familiarizem com os procedimentos a adoptar em
situações de emergência, o que se traduzirá na optimização da sua rapidez e eficiência face a
acidentes graves ou catástrofes. Por outro lado, os exercícios de emergência constituem uma
ferramenta de extrema importância para a avaliação da eficiência da organização operacional
prevista no PMEPC, permitindo identificar os elementos que necessitam de revisão e
aperfeiçoamento.
Os exercícios possibilitam, portanto, a adequação em permanência dos meios materiais e
humanos às diferentes situações de emergência, assim como, das acções de coordenação e
comando.
Figura 5 - Esquema relativo ao Aperfeiçoamento dos Exercícios de Emergência
Organização
Formação
Exercícios
Problemas
Identificação Avaliação, análise e
melhoria
Planos
ANTES DA OCORRÊNCIA DE UMA SITUAÇÃO REAL OCORRÊNCIA DE
UMA SITUAÇÃO
REAL
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A capacidade de enfrentar e recuperar de uma situação de emergência é directamente
proporcional ao grau de preparação dos diversos intervenientes. Assim, importa aqui abordar, para
os diversos tipos de riscos, sejam de origem natural ou humana, qual o tipo de preparação a adoptar,
nomeadamente, identificando os vários exercícios tipo. Nestes exercícios são simuladas situações de
emergência a diferentes escalas, tendo como objectivo avaliar no terreno a capacidade de
mobilização, interacção e cooperação entre as várias entidades com responsabilidade ao nível da
protecção civil que intervirão no teatro de operações.
Os exercícios tipo visam, de acordo com o objectivo para o qual estão direccionados,
melhorar a mobilização e coordenação dos vários intervenientes em situações de emergência
decorrentes de desastres naturais e humanos, testando comunicações, procedimentos, avaliando as
falhas e mitigando deficiências ao longo do exercício, através da adopção de medidas correctivas
e/ou preventivas.
As acções correctivas podem levar a alterações nos planos, procedimentos, equipamento,
instalações e formação, que são novamente testados durante os exercícios subsequentes. Os
exercícios permitem igualmente a identificação de estrangulamentos no sistema, a que se deve
atender com especial atenção.
Importa salientar que os exercícios que a seguir se indicam encontram-se relacionados com a
activação do PMEPC, ou seja, a operacionalização da estrutura de organizacional e operacional
descrita na Parte II do Plano. Porém, existem outro tipo de exercícios mais específicos que permitem
agilizar procedimentos junto de agentes de protecção civil e de que são exemplos os exercícios de
simulacro com procedimentos de evacuação de escolas, desarmadilhamento de engenhos
explosivos, entre outros, sendo que estes não serão aqui tratados.
Na elaboração de exercícios de emergência relacionados com a activação do PMEPC existem
objectivos que são transversais, permitindo, tal como descrito esquematicamente na Figura 5, uma
avaliação, análise e melhoria contínua. Alguns desses objectivos são:
• Avaliar a articulação entre a CMPC e os grupos de intervenção;
• Avaliar a operacionalização dos gabinetes de apoio ao presidente previstos no PMEPC;
• Definir uma estrutura de meios humanos e materiais para fazer face à emergência;
• Estabelecer procedimentos para agilizar a gestão e coordenação de meios;
• Avaliar, analisar e melhorar, a operacionalidade e eficácia dos recursos humanos e
materiais;
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• Articular a actuação com planos de emergência existentes, caso se justifique;
• Avaliar zonas de risco, identificando pontos críticos e nevrálgicos relativamente:
Ao acesso terrestre e aéreo bem como a possível obstrução dos mesmos,
À propensão para a queda de escombros,
À rapidez de estabelecimento de uma zona de sinistro,
Outros considerados relevantes;
• Testar, avaliar, prever qual o tipo de apoio administrativo, de telecomunicações, apoio à
subsistência e apoio a transportes no local, bem como a sua eficiência;
• Verificar a adequabilidade dos meios e equipamentos aos diferentes tipos de emergência;
• Avaliar necessidades de formação, e de realização de novo (s) exercício (s).
De acordo com a análise de riscos efectuada (ver Parte IV - secção II), os factores de risco
com maior relevância para o concelho de Alcobaça são:
• Risco sísmico (constitui um dos cenários com consequências significativamente
devastadoras para o município);
• Risco de tsunami (constitui outro dos cenários com consequências devastadoras para o
município);
• Ondas de calor;
• Queda de arribas;
• Incêndios florestais;
• Incêndios urbanos;
• Colapso/estragos avultados em edifícios;
• Acidentes viários, aéreos e marítimos;
• Transporte de mercadorias perigosas.
O Serviço Municipal de Protecção Civil (SMPC) de Alcobaça tendo vindo a realizar e/ou
participar em exercícios de emergência com o objectivo de preparar meios humanos e materiais para
a ocorrência destes e de outros riscos. No entanto importa fazer a ressalva que os exercícios de
emergência realizados anteriormente não se enquadram no âmbito da activação do PMEPC.
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De facto, os exercícios que visam colocar à prova os procedimentos definidos no PMEPC não
só poderão incorporar em simultâneo vários exercícios desse tipo, como obrigam a uma intervenção
da CMPC (o que não ocorre nos exercícios realizados onde apenas alguns agentes de protecção civil
participaram).
Relativamente ao tipo de exercícios em concreto, estes podem ser agrupados em dois tipos:
• LIVEX [com meios no terreno] – é um exercício de ordem operacional, no qual se
desenvolvem missões no terreno com homens e equipamento, permitindo avaliar as
disponibilidades operacionais e as capacidades de execução das entidades envolvidas.
• CPX [de posto de comando] - é um exercício específico para pessoal de direcção,
coordenação e comando, permitindo exercitar o planeamento e conduta de missões e
treinar a capacidade de decisão dos participantes.
Refere a Lei de Bases de Protecção Civil que os planos de emergência estão sujeitos a
actualização periódica e ser objecto de exercícios frequentes com vista a testar a sua
operacionalidade.
• Exercício de coordenação e controlo, do tipo CPX, a realizar em cada período de dois
anos;
• Exercício conjunto com simulacros executados pelas forças de intervenção, do tipo LIVEX,
a realizar no último ano de cada mandato da Câmara Municipal.
Integrados na normal actividade da protecção civil, os exercícios de protecção civil são
levados a cabo tendo em vista alcançar diferentes objectivos de acordo com o tipo de risco
considerado, envolvendo, por esse motivo, diferentes meios humanos e materiais. Tendo em
consideração que os objectivos atrás referidos se aplicam a situações de risco de uma forma
genérica, discrimina-se na Tabela 4, da Parte II, as entidades envolvidas na fase de emergência.
Plano Municipal de Emergência de
Protecção Civil de Alcobaça
PARTE II – ORGANIZAÇÃO DA RESPOSTA
MUNICIPIO DE ALCOBAÇA
Serviço Municipal de Protecção Civil
Outubro 2014
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PARTE II – ORGANIZAÇÃO DA RESPOSTA
A Parte II destina-se a definir a organização da resposta, tipificando as missões e modo de
actuação e articulação dos agentes de protecção civil e demais organismos e entidades de apoio.
1. CONCEITOS DE ACTUAÇÃO
O conceito de actuação visa estabelecer os princípios orientadores a aplicar numa operação
de emergência de protecção civil, definindo a missão, tarefas e responsabilidades dos diversos
agentes, organismos e entidades intervenientes. Pretende-se assim assegurar a criação das
condições favoráveis ao empenhamento rápido, eficiente e coordenado não só de todos os meios e
recursos existentes no concelho de Alcobaça, como também de outros meios de reforço disponíveis
em situação de emergência, incluindo as acções de prevenção, procurando desta forma prevenir
riscos, atenuar ou limitar os seus efeitos.
Neste sentido, tendo em conta o normal ciclo das emergências, as várias entidades com
responsabilidades no âmbito da protecção civil deverão basear a sua actividade em três fases
fundamentais de acção:
• Prevenção e planeamento;
• Socorro e assistência;
• Reabilitação.
Estas três fases constituem as componentes essenciais de actuação associadas ao ciclo de
emergência.
Durante a fase de pré-emergência será importante que as entidades com responsabilidades
no âmbito da protecção civil desenvolvam esforços no sentido de maximizar a sua eficiência conjunta
em situações de acidente grave e catástrofe. Tal é alcançado através do planeamento de estratégias
de emergência, do delineamento de exercícios e através da realização de acções de sensibilização e
esclarecimento dirigidas às populações.
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA DE PROTECÇÃO CIVIL DE ALCOBAÇA
Serviço Municipal de Protecção Civil de Alcobaça 47
Uma vez que as situações de emergência poderão exigir o envolvimento de várias entidades,
será fundamental garantir que a sua articulação se processará de forma eficiente. Para tal, importará
definir previamente as competências e missões das várias entidades que ao nível do município
possuem responsabilidade no âmbito da protecção civil, como estas se irão organizar entre si e quais
os canais de comunicação que possibilitarão manter em permanência a sua acção concertada.
Controlada a situação de emergência, será ainda importante desenvolver esforços no sentido
de restabelecer a normal actividade das populações afectadas. De modo a garantir que esta fase se
processa de forma célere, será fundamental definir quais os domínios que deverão ser alvo
preferencial de intervenção e as acções que permitirão alcançar os objectivos propostos. Tal
processo exige, portanto, uma actividade prévia de planeamento que compreenda a definição das
acções a desenvolver, entidades responsáveis pelas mesmas e quais as melhores soluções técnicas a
adoptar. O conjunto de medidas a implementar no terreno deverão dar resposta à necessidade de
restabelecer, no mais curto espaço de tempo, o regular funcionamento dos serviços básicos (saúde,
segurança, justiça, segurança social, etc.) e de se recuperar e estabilizar as infra-estruturas essenciais
afectadas.
1.1. Comissão Municipal de Protecção Civil
De acordo com o artigo 3.º, da Lei n.º 65/2007, de 12 de Novembro, a Comissão Municipal de
Protecção Civil (CMPC) é o órgão que garante que as diferentes entidades que a compõem accionam,
no âmbito da sua estrutura orgânica e das suas atribuições, os meios necessários para o
desenvolvimento das acções de protecção civil. Embora a legislação actualmente em vigor indique
que compete às CMPC activar os PMEPC sempre que considerem que tal se justifique, o facto é que
não especifica as competências das mesmas em situações de acidente grave ou catástrofe.
Contudo, entende-se que pelo facto da CMPC compreender as principais entidades com
responsabilidades no âmbito da protecção civil a nível municipal, fará sentido desenvolver a
estrutura operacional de resposta à emergência com base naquele órgão de coordenação. Por outro
lado, considera-se que será de toda conveniência envolver todas as entidades que compõem a CMPC
nas diferentes fases da actividade de protecção civil (pré-acidente grave ou catástrofe, acções de
emergência e reabilitação), constituindo as reuniões da CMPC, extraordinárias ou não, o local
privilegiado para o fazer.
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Serviço Municipal de Protecção Civil de Alcobaça 48
O local de funcionamento da CMPC será no Serviço Municipal de Protecção Civil, sedeado no
Edifício dos Serviços Municipalizados de Alcobaça, pois é um local bem fornecido de redes de
comunicações e telecomunicações e dotado das convenientes condições logísticas necessárias ao
funcionamento.
1.1.1. Organização Operacional da Comissão Municipal de Protecção Civil
Nas situações em que seja declarada a situação de alerta de âmbito municipal ou seja
activado o Plano Municipal de Emergência de Protecção Civil (PMEPC) (ver ponto 7.2), as acções a
desenvolver serão conduzidas por grupos de intervenção constituídos por entidades responsáveis
por áreas de intervenção específicas. Nas situações em que se verifique a necessidade de decretar a
situação de alerta de âmbito municipal, caberá à CMPC definir quais os grupos de intervenção que
deverão ser accionados para dar resposta à mesma. Nos casos em que se verifique a necessidade de
se accionar o PMEPC, os grupos de intervenção a constituir serão aqueles que se encontram
definidos no mesmo para os diferentes tipos de emergência. Neste sentido, será de toda a utilidade
ter previsto a constituição de seis grupos de intervenção específicos, responsáveis por seis áreas
fundamentais das acções de emergência, designadamente:
• Busca, socorro e salvamento;
• Protecção do teatro de operações, manutenção da segurança pública e controlo de
trânsito;
• Prestação de primeiros socorros às vítimas e condução das acções de mortuária;
• Criação e gestão de locais de abrigo;
• Transporte de pessoas e bens e realização de obras;
• Gestão de voluntários e donativos.
Para além de grupos de intervenção deverão ainda ser constituídos, aquando da activação do
PMEPC, dois gabinetes de apoio: um destinado a fornecer informações e avisos directamente à
população e informações sobre o evoluir da situação de emergência aos órgãos de comunicação
social; outro destinado a apoiar tecnicamente o director do PMEPC.
Importa ainda salientar que em caso de acidente grave ou catástrofe que justifiquem a
activação do PMEPC, as primeiras entidades a intervir serão, naturalmente, as que se encontram
implementadas no município. Estas poderão ser posteriormente auxiliadas por outras entidades com
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Serviço Municipal de Protecção Civil de Alcobaça 49
áreas de intervenção distrital ou nacional, como por exemplo o INEM, o Exército, o Instituto de
Segurança Social, I.P. – Comando Distrital de Operações de Socorro de Leiria, entre outras. Este facto
revela-se de grande importância, uma vez que existe uma grande probabilidade do evento que
despolete a activação do PMEPC ter igualmente fortes impactes nos concelhos vizinhos, pelo que as
entidades de carácter distrital ou nacional, poderão não se encontrar disponíveis para enviar de
imediato equipas de apoio às operações de emergência.
A Figura 6 apresenta a organização operacional das entidades que actuam no município de
Alcobaça, ao nível da protecção civil, nas situações em que seja activado o PMEPC.
De salientar que na constituição dos vários grupos de intervenção encontram-se previstas
entidades de âmbito municipal e entidades de âmbito distrital e/ou nacional. As primeiras terão uma
ligação directa com o Director do Plano, enquanto para as restantes entidades esta ligação será feita
através do Centro de Coordenação Operacional Distrital, conforme o indicado no ponto seguinte.
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Figura 6 - Esquema da Organização Operacional dos agentes de Protecção Civil e Entidades e Organismos de Apoio em caso de Emergência
REDE DE
COMUNICAÇÕES
CMPC
Gabinete de
Informação e
Relações Públicas
Gabinete de Apoio
Técnico
Grupo de Busca, Socorro e Salvamento
Grupo de Segurança Pública e Regulação de
Trânsito
Grupo de Saúde
Grupo de Gestão
Logística
Grupo de Transportes
e Obras Públicas Grupo de Gestão de
Voluntários
1.2. Centro de Coordenação Operacional
A nova Lei de Bases de Protecção Civil (Lei n.º 27/2006, de 3 de Julho) e a Lei n.º 65/2007, de
12 de Novembro, deixam de fazer referência a Centros Municipais de Operações de Emergência de
Protecção Civil (CMOEPC), órgãos que, na anterior lei de bases, se encontravam responsáveis por
garantir a coordenação dos meios a empenhar face a situações de emergência. Dado que o objectivo
de unicidade na acção em situações de emergência se mantém, o papel previsto anteriormente para
o CMOEPC deverá passar a ser assumido pela CMPC, isto porque não só ambos compreendem a
participação das mesmas entidades, como também não faz sentido designar de forma
diferente o mesmo órgão em situações de normalidade e em situações de acidente grave ou
catástrofe.
Neste âmbito, será fundamental organizar operacionalmente as entidades que compõem a
CMPC, tendo em vista garantir que as várias entidades actuam de forma articulada e que os meios
materiais e humanos disponíveis no município são aplicados de forma rápida e eficiente. Isto é
conseguido através da definição de gabinetes de apoio ao director do PMEPC e de grupos de
intervenção direccionados para áreas específicas, ou seja, através da distribuição das várias
entidades que compõem a CMPC (e outras que poderão prestar apoio em situações de emergência)
por missões em concreto.
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA DE PROTECÇÃO CIVIL DE ALCOBAÇA
Serviço Municipal de Protecção Civil de Alcobaça 52
2. EXECUÇÃO DO PLANO
O PMEPC de Alcobaça, como instrumento orientador da actividade de protecção civil a nível
municipal, deverá compreender todas as fases do ciclo de emergência, isto é, a fase de prevenção e
planeamento que se desenvolve antes das situações de emergência, a fase de socorro e assistência
na iminência ou ocorrência de acidente grave ou catástrofe e a fase de reabilitação após controlada a
situação de emergência.
Neste sentido, indica-se nos pontos que se seguem a organização dos meios operacionais de
resposta à emergência e definem-se quais deverão ser as linhas fundamentais de actuação das
entidades que compõem a CMPC antes, durante e após as situações de emergência. De modo a
clarificar os procedimentos a adoptar e tornar mais eficiente a sua consulta, organizaram-se os
diferentes procedimentos a adoptar de acordo com o tipo de risco (natural, associado à actividade
humana ou misto).
Este tipo de organização operacional apresenta ainda a vantagem de permitir uma fácil
correcção ou melhoria dos procedimentos previstos, aquando das revisões periódicas do PMEPC
previstas na Resolução n.º 25/2008, de 18 de Julho.
2.1. Fase de Emergência
Nesta fase estão implícitas as acções de resposta tomadas e desenvolvidas nas primeiras
horas após um acidente grave ou catástrofe e destina-se a providenciar, através de uma resposta
concertada, as condições e meios indispensáveis à minimização das consequências, nomeadamente
as que incidam nos cidadãos, no património e no ambiente. Assim, as acções a adoptar são:
• Declarar a situação de alerta e convocar de imediato a Comissão Municipal de Protecção
Civil (CMPC), declarando a activação do PME e accionar o alerta às populações em
perigo/risco;
• Determinar ao Comandante Operacional Municipal a coordenação e promoção da
actuação dos meios de socorro de modo a controlar o mais rapidamente possível a
situação;
• Difundir através da Comunicação Social, ou por outros meios, os conselhos e medidas a
adoptar pelas populações em risco;
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• Assegurar a manutenção da lei e da ordem e garantir a circulação nas vias de acesso
necessárias para a movimentação dos meios de socorro e evacuação das populações em
risco;
• Decidir em cada momento, as acções mais convenientes em função da emergência e a
aplicação das medidas de protecção, tanto para a população como para os vários
agentes intervenientes no PME;
• Garantir as acções adequadas a minimizar as agressões ao ambiente, bem como à
salvaguarda do património histórico e cultural;
• Informar o CODIS de Leiria relatando: o tipo de acidente (grave ou catástrofe); horas a
que se deu a ocorrência; as acções já tomadas; a área e o número de pessoas afectadas
ou em risco; uma estimativa de perda de vidas e da extensão dos danos; o tipo e a
quantidade de auxílio necessário uma vez esgotadas as capacidades próprias do
concelho.
• Disponibilizar as verbas necessárias para o financiamento das operações de emergência.
• Manter-se permanentemente informado sobre a evolução da situação, a fim de, em
tempo útil, promover a actuação oportuna dos meios de socorro;
• Declarar o final da emergência.
2.2. Fase de Reabilitação
Esta fase é caracterizada pelo conjunto de acções e medidas de recuperação destinadas à
reposição urgente da normalização das condições de vida das populações atingidas, ao rápido
restabelecimento das infra-estruturas e dos serviços públicos e privados essenciais. E à prevenção de
novos acidentes. Assim, as acções a promover são:
• Adoptar as medidas necessárias à urgente normalização da vida das populações
atingidas e à neutralização dos efeitos provocados pelo acidente no meio;
• Colaborar e intervir no restabelecimento das condições sócio-económicas e ambientais,
indispensáveis para a normalização da vida da comunidade afectada;
• Promover a demolição, desobstrução e remoção dos destroços ou obstáculos, a fim de
restabelecer a circulação.
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA DE PROTECÇÃO CIVIL DE ALCOBAÇA
Serviço Municipal de Protecção Civil de Alcobaça 54
3. ARTICULAÇÃO E ACTUAÇÃO DE AGENTES, ORGANISMOS E
ENTIDADES
Os agentes, organismos e entidades com competências e atribuições próprias no âmbito da
protecção civil, em situação de iminência ou de ocorrência de acidente grave ou catástrofe, devem
articular-se operacionalmente nos termos do Sistema Integrado de Operações de Protecção e
Socorro - SIOPS (ver Secção I, da Parte IV), de modo a garantir que as operações se realizam sob um
comando único (COS), mas sempre sem prejuízo das estruturas de direcção, comando e chefia das
diferentes instituições.
Tabela 3 - Missão do Serviço Municipal de Protecção Civil
Fases de Emergência Missão do Serviço Municipal de Protecção Civil
Emergência
O SMPC presta apoio à CMPC e à sua participação operacional na fase de emergência. As principais missões do SMPC são:
Apoiar as acções de evacuação;
Coordenar as acções de estabilização de infra-estruturas;
Colaborar nas acções de mortuária;
Apoiar as acções de aviso e alerta às populações;
Cooperar com Instituições de Solidariedade Social para alojar população deslocada;
Proceder, de forma contínua, ao levantamento da situação nas zonas afectadas e remeter os dados recolhidos para o Director do Plano.
Reabilitação
Avaliar e quantificar os danos pessoais e materiais;
Auxiliar na tarefa de definição de prioridades de intervenção e acompanhar as obras de reconstrução e reparação de estruturas e equipamentos atingidos;
Promover o restabelecimento dos serviços essenciais junto dos organismos responsáveis (água, electricidade, gás, comunicações);
Organizar o transporte de regresso de pessoas, animais e bens deslocados;
Garantir a prestação de apoio psicossocial à população afectada articulando-se com o INEM, paróquias e Segurança Social.
Nos pontos que se seguem identificam-se especificamente os diferentes agentes, organismos e
entidades que poderão ser chamados a intervir aquando da activação do PMEPC de Alcobaça, e as
respectivas missões. Esta organização permite não só clarificar o universo de entidades que poderão
actuar em caso de acidente grave ou catástrofe, como também definir em concreto as diferentes áreas de
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Serviço Municipal de Protecção Civil de Alcobaça 55
actuação das mesmas, o que permitirá garantir a máxima eficiência das operações a desencadear
(optimização dos meios e recursos disponíveis).
Segundo a legislação em vigor, mais especificamente, de acordo com o artigo 46.º, da Lei de
Bases da Protecção Civil (Lei n.º 27/2006, de 3 de Julho), o SMPC não faz parte das entidades que se
afiguram como agentes de protecção civil. Contudo, dada a sua importância operacional em
qualquer situação de emergência que ocorra no município, considera-se ser de toda a utilidade
indicar as suas principais missões antes, durante e após as situações de emergência (Tabela 3), à
semelhança do que se apresenta nos pontos seguintes relativamente aos vários agentes de
protecção civil.
3.1. Missão dos Agentes de Protecção Civil
A definição do âmbito de actuação de cada um dos agentes de protecção civil é essencial
para que estes se possam articular de forma eficaz e optimizada, nas acções conjuntas a desenvolver
nas fases de emergência e reabilitação. Desta forma, para cada um dos agentes foi realizado um
levantamento das principais missões que lhes estão incumbidas no contexto da protecção civil, de
acordo com o quadro de competências próprias de cada um e para cada uma das diferentes fases de
actuação. No concelho de Alcobaça, os agentes de protecção civil são:
• Corporações de Bombeiros Voluntários de Alcobaça, Benedita, Pataias e São Martinho do
Porto;
• GNR de Alcobaça, Benedita, Pataias e São Martinho do Porto;
• PSP de Alcobaça;
• Forças Armadas (ESE – Caldas da Rainha);
• Marinha Portuguesa (Capitania do Porto da Nazaré);
• Autoridade de Saúde;
• Hospital de Alcobaça;
• Centro de Saúde de Alcobaça;
• Instituto de Segurança Social, I.P. (Serviço de Acção Social – Delegação de Alcobaça);
• Instituto da Conservação da Natureza e da Biodiversidade (PNSAC);
• Autoridade Nacional Florestal (DRF-LVT);
• Corpo Nacional de Escutas;
• Sapadores Florestais (Associação de Produtores Florestais dos Concelhos de Alcobaça e
Nazaré);
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA DE PROTECÇÃO CIVIL DE ALCOBAÇA
Serviço Municipal de Protecção Civil de Alcobaça 56
• Associação de Produtores Florestais da Região de Alcobaça.
3.1.1. Fase de Emergência
A fase de emergência corresponde à situação de iminência ou ocorrência de acidente grave
ou catástrofe e compreende as acções desenvolvidas no quadro da protecção civil para limitar os
efeitos destas ocorrências no município e controlar as situações de emergência no mais curto espaço
de tempo possível. As principais missões dos agentes de protecção civil na fase de emergência
encontram-se resumidas na Tabela 4.
Tabela 4 - Missões dos Agentes de Protecção Civil na fase de Emergência
Agente de
Protecção Civil Emergência
Corpos de Bombeiros
Avaliar a situação e identificar o tipo de ocorrência, o local e a extensão, o número potencial de vítimas e os meios de reforço necessários;
Desenvolver acções de combate a incêndios;
Socorrer as populações em caso de incêndio, inundações, desabamentos e, de modo geral, em todos os acidentes;
Socorrer náufragos e proceder a buscas subaquáticas;
Transportar acidentados e doentes para unidades hospitalares;
Participar nas acções de evacuação primária;
Colaborar nas acções de mortuária;
Colaborar nas acções de aviso e alerta às populações;
Promover o abastecimento de água às populações necessitadas.
GNR – Equipas Cinotécnicas da Unidade de Intervenção
Realizar operações de buscas de vítimas soterradas;
Realizar operações de detecção de explosivos;
Realizar operações de busca e salvamento de pessoas desaparecidas e cadáveres;
Apoiar operações de estabelecimento da ordem pública face a distúrbios e desacatos resultantes de concentrações humanas.
GNR/PSP
Desenvolver acções para promover a ordem e tranquilidade públicas;
Colaborar em acções de busca e salvamento;
Proteger, socorrer e auxiliar os cidadãos e defender e preservar os bens que se encontrem em situações de perigo, por causas provenientes da acção humana ou da natureza;
Coordenar o controlo do tráfego e manter desobstruídos os corredores de
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Serviço Municipal de Protecção Civil de Alcobaça 57
Agente de
Protecção Civil Emergência
circulação de emergência;
Garantir a segurança no teatro de operações;
Controlar os itinerários de acesso e impedir o acesso a pessoas estranhas às operações de socorro;
Assegurar a rapidez e segurança das operações de evacuação de populações;
Colaborar nas acções de mortuária;
Colaborar nas acções de aviso e alerta às populações.
NR – GIPS
Proceder à primeira intervenção no combate a incêndios florestais, de acordo com o previsto no PMDFCI;
Executar acções de busca e salvamento de sinistrados;
Colaborar na resolução de incidentes com matérias perigosas.
GNR - Centro de Inactivação de Explosivos e Segurança em Subsolo
Inspeccionar objectos e equipamentos suspeitos de conter engenhos explosivos;
Detectar e inactivar engenhos explosivos.
Marinha Portuguesa - Instituto de Socorros a Náufragos
Prestar auxílio e socorro a náufragos e a embarcações;
Difundir alertas e avisos de emergência respeitantes à segurança nas praias;
Marinha Portuguesa - Destacamentos de Mergulhadores Sapadores
Prestar auxílio e socorro a náufragos e a embarcações.
Marinha Portuguesa/DGAM – Serviço de Combate à Poluição no Mar por Hidrocarboneto
Desenvolver operações de contenção e recolha de hidrocarbonetos derramados;
Aplicar dispersantes sobre as manchas poluentes.
Força Aérea Portuguesa
Realizar acções de busca e salvamento;
Colaborar nas acções de evacuação rápida com recurso a meios aéreos;
Colaborar no transporte aéreo de vítimas para unidades hospitalares.
Exército Português
Colaborar nas acções de socorro e assistência em situações de catástrofe, calamidade ou acidente;
Colaborar nas acções de defesa do ambiente, nomeadamente no combate aos fogos florestais;
Prestar apoio logístico e disponibilizar infra-estruturas e meios de engenharia;
Colaborar na instalação de abrigos e centros de acolhimento temporário;
Colaborar no abastecimento de água às populações.
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Agente de
Protecção Civil Emergência
INEM
Constituir e coordenar postos de triagem e de primeiros socorros;
Prestar acções de socorro médico no local da ocorrência;
Realizar o transporte assistido das vítimas para unidades de saúde adequadas;
Montar postos médicos avançados;
Colaborar nas acções mortuárias.
Centro de Saúde de Alcobaça
Autoridade de Saúde do Município
Coordenar as acções de cuidados de saúde primários;
Colaborar e reforçar as acções de prestação de cuidados de saúde e socorro nos postos de triagem e hospitais de campanha;
Assegurar uma permanente articulação com as unidades hospitalares e com os centros de saúde da sua área de jurisdição com vista a garantir a máxima assistência médica possível nas instalações dos mesmos;
Garantir, em todas as unidades de saúde, que se encontrem operativas na zona de intervenção, uma reserva estratégica de camas disponíveis para encaminhamento de vítimas;
Garantir um reforço adequado de profissionais de saúde em todas as unidades de saúde que se encontrem operativas na zona de intervenção;
Mobilizar e destacar para o INEM os médicos disponíveis para fins de reforço dos veículos de emergência médica, postos médicos avançados e hospitais de campanha;
Prestar assistência médica às populações evacuadas;
Propor e executar acções de vacinação nas zonas consideradas de risco;
Promover, em conjunto com as instituições e serviços de segurança social, a continuidade da assistência;
Assegurar o funcionamento dos serviços de urgência regulares, no seu âmbito.
Cruz Vermelha Portuguesa
Colaborar na construção de postos de triagem e de primeiros socorros;
Prestar acções de socorro médico no local da ocorrência;
Realizar o transporte assistido das vítimas para unidades de saúde adequadas;
Colaborar no transporte de desalojados para instalações de acolhimento temporário;
Colaborar nas acções de mortuária;
Colaborar na distribuição de roupas e alimentos às populações evacuadas;
Prestar apoio psicológico, social e logístico às vítimas ilesas.
Sapadores Florestais
Apoiar o combate aos incêndios florestais e as subsequentes operações de rescaldo, de acordo com o previsto no PMDFCI.;
Apoiar as acções de aviso e alerta às populações;
Disponibilizar veículos todo-o-terreno e ferramentas manuais, nomeadamente, moto serras e outro tipo de equipamento que possa apoiar as operações de
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Agente de
Protecção Civil Emergência
protecção e socorro;
Apoiar as acções de evacuação.
3.1.2. Fase de Reabilitação
A fase de reabilitação compreende as acções desenvolvidas no quadro da protecção civil para
promover a reposição da normalidade da vida das pessoas nas áreas do município afectadas por
acidente grave ou catástrofe. Estas passam fundamentalmente pelo restabelecimento do
abastecimento de água, energia, comunicações e acessos, o regresso das populações deslocadas,
inspecção e estabilização de infra-estruturas e remoção de destroços. Os principais agentes de
protecção civil que poderão actuar no Município de Alcobaça na fase de reabilitação e respectivas
missões encontram-se identificados na Tabela 5.
Tabela 5 - Missões dos Agentes de Protecção Civil na fase de Reabilitação
Agente de
Protecção Civil Reabilitação
Corpos de Bombeiros
Desenvolver operações de rescaldo de incêndios;
Apoiar o transporte de regresso de pessoas, animais e bens deslocados;
Avaliar a estabilidade e segurança de edifícios e estruturas atingidos.
GNR/PSP
Impedir o acesso a zonas acidentadas onde subsista risco para a segurança pública;
Assegurar a protecção dos bens que fiquem abandonados em edifícios evacuados ou acidentados;
Controlar o trânsito nas zonas acidentadas para facilitar o acesso e o trabalho de maquinaria pesada.
Marinha Portuguesa – Destacamentos de Mergulhadores Sapadores
Prestar apoio nas acções de localização de vítimas que se encontrem submersas;
Auxiliar nas acções de vistoria a infra-estruturas submersas.
Exército Português Prestar apoio logístico e disponibilizar infra-estruturas e meios de engenharia
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Serviço Municipal de Protecção Civil de Alcobaça 60
Agente de
Protecção Civil Reabilitação
para a remoção de destroços;
Apoiar o transporte de regresso de pessoas, animais e bens deslocados.
INEM Prestar o necessário apoio psicossocial às vítimas recorrendo através do seu
Centro de Apoio Psicológico e Intervenção em Crise.
Cruz Vermelha
Portuguesa
Prestar apoio ao Centro de Saúde de Alcobaça no que se refere à prestação de cuidados de saúde;
Realizar o transporte assistido das vítimas para o hospital adequado;
Colaborar nas acções de mortuária;
Prestar apoio psicológico, social e logístico às vítimas ilesas.
Sapadores Florestais
Apoiar as operações de rescaldo de incêndios florestais, de acordo com o previsto no PMDFCI..
3.2. Missão dos Organismos e Entidades de Apoio
Os organismos e entidades de apoio constituem-se como grupos organizativos com
capacidade operacional sobre os quais pende especial dever de cooperação com os agentes de
protecção civil em situação de iminência ou de ocorrência de acidente grave ou catástrofe.
Dependendo da natureza da ocorrência, estes organismos e entidades, em função das suas valências
e competências, podem complementar ou reforçar a acção dos agentes de protecção civil,
contribuindo para uma resposta mais pronta e adequada. A definição do âmbito de actuação de cada
um dos organismos e entidades de protecção civil é essencial para que estes se possam articular de
forma eficaz e optimizada nas acções conjuntas a desenvolver nas fases de emergência e
reabilitação.
Desta forma, para cada um destes organismos e entidades foi realizado um levantamento
das principais missões que lhes estão incumbidas no contexto da protecção civil, de acordo com o
quadro de competências próprias, para cada uma das diferentes fases de actuação.
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3.2.1. Fase de Emergência
A fase de emergência corresponde à situação de iminência ou ocorrência de acidente grave
ou catástrofe e compreende as acções desenvolvidas no quadro da protecção civil para limitar os
efeitos destas ocorrências no município. As principais missões dos organismos e entidades que
poderão prestar apoio na fase de emergência encontram-se resumidas na Tabela 6.
Tabela 6 - Missões dos Organismos e Entidades de Apoio na fase de Emergência
Organismos ou entidades de apoio
Emergência
Instituto Nacional de Medicina Legal
Coordenar as acções de mortuária;
Mobilizar a Equipa Médico-Legal de Intervenção em Desastres (EML-DVI);
Realizar autópsias cujo resultado rápido possa revelar-se decisivo para a saúde pública (despiste de doenças infecciosas graves).
Banco Alimentar Disponibilizar alimentos à população necessitada.
Instituições de
Solidariedade Social
Disponibilizar o cadastro/lista actualizados de população desprotegida no concelho (idosos sem apoio familiar, doentes inválidos, sem-abrigo);
Colaborar na instalação e organização de abrigos e centros de acolhimento temporário;
Prestar apoio domiciliário à população desprotegida (com residência);
Realizar acções de apoio de rua direccionadas aos sem-abrigo.
Santa Casa da Misericórdia
Acolher temporariamente população desalojada;
Colaborar na instalação e organização de abrigos e centros de acolhimento temporário;
Prestar apoio domiciliário à população desprotegida em situações de emergência (ex.: onda de calor);
Prestar apoio domiciliário à população desprotegida (com residência);
Realizar acções de apoio de rua direccionadas aos sem-abrigo.
Serviços de segurança e socorro privativos (das empresas públicas e privadas)
Apoiar as forças de segurança nas acções de protecção de bens e equipamentos em espaços públicos ou privados.
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Organismos ou entidades de apoio
Emergência
AFN, representada pela Direcção Regional de Florestas – Lisboa e Vale do Tejo
Participar nos briefings de planeamento de combate a incêndios na mata nacional e/ou perímetro florestal, indicando os locais prioritários a defender, para a protecção do património florestal (do ponto de vista ambiental e económico);
Apoiar as operações de combate a incêndios na mata nacional e/ou perímetro florestal, transmitindo informações úteis sobre a orografia do terreno, transitabilidade de acessos, tipo de vegetação, localização de habitações, etc.
APA – Agência Portuguesa do Ambiente
Supervisionar as operações de controlo de acidentes graves com substâncias perigosas.
ICNF – Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas
Proceder à primeira intervenção nos focos de incêndio que apresentem ainda uma pequena dimensão através das suas equipas móveis com kits de primeira intervenção;
Apoiar acções de rescaldo e vigilância pós incêndio;
Participar nos briefings de planeamento de combate a incêndios na área protegida/classificada, indicando os locais prioritários a defender, do ponto de vista de conservação da natureza;
Apoiar as operações de combate a incêndios na área protegida/classificada, transmitindo informações úteis sobre a orografia do terreno, a transitabilidade de acessos, tipo de vegetação, etc.
Organizações ambientais
Colaborar no salvamento de animais afectados pela poluição de hidrocarbonetos resultantes de derrames.
LNEC Proceder a diagnósticos expeditos de estabilidade e segurança de estruturas
acidentadas para que as operações de socorro possam ser realizadas da forma mais segura possível.
EP - Estradas de Portugal
Proceder, com equipamento próprio, às obras de reparação das principais vias de comunicação afectadas que se encontrem a seu cargo;
Assegurar que as concessionárias, com equipamentos próprios e em tempo útil, nas principais vias sob a sua responsabilidade, promovem as tarefas de recuperação da capacidade de circulação nas áreas afectadas.
EDP Suspender o abastecimento de electricidade aos locais acidentados para
diminuir o risco de explosões.
Empresas responsáveis pelo abastecimento de gás
Suspender o abastecimento de gás aos locais acidentados para diminuir o risco de explosões.
Organismos responsáveis pelas comunicações
Difundir avisos e recomendações de segurança à população.
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Organismos ou entidades de apoio
Emergência
Organismos representantes da indústria
Ceder equipamentos industriais para apoiar as operações de remoção de escombros;
Ceder espaços para armazenar bens retirados/salvados do local da ocorrência.
Rádios amadores locais
Cooperar com as entidades oficiais de forma a reforçar o sistema de comunicações via rádio, ou substitui-lo em caso de inoperabilidade.
SUSF3 - Socorristas Unidos sem Fronteiras
Apoiar as acções de busca e salvamento de sinistrados;
Ministrar tratamentos pré-hospitalares a sinistrados;
Apoiar as acções de intervenção em cenário de acidente industrial.
BARC4- Brigada Autónoma de Resgate com Cães
Apoiar as acções de busca e salvamento de sinistrados.
Agrupamento de Escuteiros
Apoiar a instalação e organização dos centros de acolhimento temporários;
Prestar apoio domiciliário à população desprotegida em situações de emergência (ex.: onda de calor);
Realizar acções de estafeta no apoio às actividades das entidades com responsabilidades nas acções de protecção civil;
Organizar recolhas e distribuição de alimentos, roupas e outros bens.
3.2.2. Fase de Reabilitação
A fase de reabilitação compreende as acções desenvolvidas no quadro da protecção civil para
promover a reposição da normalidade da vida das pessoas nas áreas do município afectadas por
acidente grave ou catástrofe. As principais missões dos organismos e entidades de apoio na fase de
emergência encontram-se definidas na Tabela 7.
Tabela 7 - Missões dos Organismos e Entidades de Apoio na fase de Reabilitação
Organismos ou entidades de apoio
Reabilitação
ICNF Adoptar medidas de recuperação das áreas afectadas.
Organizações ambientais Colaborar na limpeza costeira das zonas afectadas por descargas industriais;
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Organismos ou entidades de apoio
Reabilitação
Colaborar na quantificação, qualificação e se possível recuperação de fauna e flora destruídas.
LNEC Proceder a diagnósticos de estabilidade e segurança de estruturas
acidentadas, propondo medidas de recuperação.
APA
Realizar obras de recuperação das estruturas hidráulicas afectadas;
Cooperação com outras entidades (ICNF, DGADR, ANPC) na recuperação de áreas de leito de cheia.
EP - Estradas de Portugal
Proceder, com equipamento próprio, às obras de reparação em vias de comunicação afectadas a seu cargo;
Assegurar que as concessionárias, com equipamentos próprios e em tempo útil, nas vias sob a sua responsabilidade, desenvolvem as tarefas de recuperação da capacidade de circulação nas áreas afectadas.
EDP Proceder às obras de reparação para garantir o rápido restabelecimento do
abastecimento de electricidade.
Empresas responsáveis pelo abastecimento de água e gás
Proceder às obras de reparação para garantir o rápido restabelecimento do abastecimento de gás e água.
IGESPAR – Instituto de Gestão do Património Arquitectónico e Arqueológico
Garantir a eficiência das acções de conservação e preservação a efectuar;
Salvaguardar e valorizar o património arquitectónico e arqueológico português.
Organismos responsáveis pelas comunicações
Proceder às obras de reparação para garantir o rápido restabelecimento do sistema de comunicações.
Organismos representantes da indústria
Ceder equipamentos industriais especiais que possam apoiar as operações de remoção de escombros (ex.: gruas);
Ceder espaço para parquear a maquinaria das operações de recuperação e reconstrução.
INAC - Instituto Nacional de Aviação Civil
Cooperar com a entidade responsável pela prevenção e investigação de acidentes e incidentes com aeronaves.
Agrupamento de Escuteiros
Colaborar na limpeza costeira das zonas afectadas por descargas industriais;
Colaborar com outras entidades no sentido de apoiar pessoas e animais no deslocamento de regresso ao local de origem ou explorações, respectivamente.
Plano Municipal de Emergência de
Protecção Civil de Alcobaça
PARTE III – ÁREAS DE INTERVENÇÃO
MUNICIPIO DE ALCOBAÇA
Serviço Municipal de Protecção Civil
Outubro 2014
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Serviço Municipal de Protecção Civil de Alcobaça 66
PARTE III – ÁREAS DE INTERVENÇÃO
A Parte III destina-se a apresentar as áreas de intervenção básicas da organização geral das
operações. Os procedimentos, instruções de coordenação e identificação de responsabilidades
deverão ser apresentados, sempre que possível. Para cada área de intervenção deverá ser
identificado um responsável (e o seu substituto).
A activação das diferentes áreas de intervenção dependem de:
• Natureza concreta de cada acidente grave ou catástrofe;
• Necessidades operacionais;
• Evolução da resposta operacional.
1. ADMINISTRAÇÃO DE MEIOS E RECURSOS
Tendo em conta a natureza da ocorrência e os meios disponíveis pela Câmara Municipal de
Alcobaça - Serviço Municipal de Protecção Civil, que poderão não ser suficientes, pelo que deve ser
prevista a necessidade de recorrer à aquisição de Bens e Serviços pertencentes a entidades públicas
e privadas, tais como:
• Medicamentos;
• Material sanitário e produtos de higiene e limpeza;
• Equipamentos de energia e iluminação;
• Géneros alimentícios e alimentos confeccionados;
• Material de alojamento precário;
• Agasalhos e vestuário;
• Equipamento de transporte de passageiros e carga;
• Combustíveis e lubrificantes;
• Construção e obras públicas;
• Máquinas e equipamento de engenharia;
• Material de mortuária.
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA DE PROTECÇÃO CIVIL DE ALCOBAÇA
Serviço Municipal de Protecção Civil de Alcobaça 67
Neste contexto, a administração de meios e recursos visa estabelecer os procedimentos e
instruções de coordenação quanto às actividades de gestão, administrativa e financeira, inerentes à
mobilização requisição e utilização dos meios e recursos utilizados aquando da activação do PMEPCA.
A administração de meios e recursos visa estabelecer os procedimentos e instruções de
coordenação quanto às actividades de gestão, administrativa e financeira, inerentes à mobilização,
requisição e utilização dos meios e recursos utilizados aquando da activação do PMEPCA.
No que concerne aos meios humanos, a Câmara Municipal de Alcobaça (CMA) nomeia e
remunera o pessoal pertencente aos seus quadros. Os diversos agentes de protecção civil envolvidos,
entidades e organizações de apoio, nomeiam e remuneram o seu próprio pessoal.
Compete ao Serviço Municipal de Protecção Civil (SMPC) elaborar requisições relativas a
aquisição de bens e serviços para apoio às operações de protecção civil inerentes à activação do
PMEPCA, que após a respectiva aprovação, são adquiridos e liquidados nos termos da lei.
Os agentes de protecção civil e entidades intervenientes diversas são responsáveis pelas
despesas efectuadas nas operações de protecção civil, as quais poderão ser reembolsadas ou
comparticipadas de acordo com o disposto na lei.
A gestão financeira de custos é da responsabilidade do Departamento de Gestão Financeira
do Município de Alcobaça, que é também competente em matérias de supervisão das negociações
contratuais e de gestão de eventuais donativos, subsídios e outros apoios materiais e financeiros
recebidos em dinheiro com destino às operações de protecção civil.
A gestão dos processos de seguros indispensáveis às operações de protecção civil é
igualmente da responsabilidade do Departamento de Gestão Financeira.
Por último a gestão dos tempos de utilização dos recursos e equipamentos previstos no
plano é da responsabilidade do SMPC e do Comandante Operacional Municipal. Na Figura 7 pode
visualizar-se a indicação das entidades responsáveis pela coordenação da administração de meios e
recursos, as entidades intervenientes e as prioridades de acção.
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA DE PROTECÇÃO CIVIL DE ALCOBAÇA
Serviço Municipal de Protecção Civil de Alcobaça 68
Figura 7 - Procedimentos para a Administração de Meios e Recursos
Prioridades de Acção:
1. Garantir a utilização nacional e eficiente dos meios e recursos.
2. Assegurar as actividades de gestão de gestão administrativa e financeira inerentes à
mobilização, requisição e utilização de meios e recursos necessários à intervenção.
3. Supervisionar negociações contratuais.
4. Gerir e controlar os tempos de utilização de recursos e equipamentos.
5. Gerir os processos de Seguros.
Entidade Coordenadora
Presidente da Câmara Municipal
Vice-Presidente da Câmara Municipal
Gabinete de Apoio
Técnicos coordenados pelo Vice-Presidente da Câmara Municipal
Grupo(s) de Intervenção
Todos os grupos de intervenção previsto
no PMEPCA
Entidades Intervenientes
CMA
Juntas de Freguesia
Agente de Protecção Civil
Entidades de Apoio Eventual
Fornecedores públicos ou privados de
equipamentos e outros bens materiais
necessários
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Serviço Municipal de Protecção Civil de Alcobaça 69
2. LOGÍSTICA
O apoio logístico às operações deve conter os procedimentos e instruções de coordenação,
bem como a identificação dos meios e das responsabilidades dos serviços, Agentes de Protecção
Civil, organismos e entidades de apoio, quanto às actividades de logística destinadas a apoiar as
forças de intervenção e a população.
Os Agentes de Protecção Civil e demais entidades de apoio são responsáveis por suprir as
suas próprias necessidades logísticas iniciais de modo semelhante à situação descrita para os serviços
municipais.
2.1. Organização Logística
O Município de Alcobaça é dotado de um parque de máquinas e viaturas situado na Rua da
Liberdade - Alcobaça, que tem como objectivos:
• Proceder ao acondicionamento, conservação e distribuição de todos os materiais e
equipamentos a seu cargo;
• Gerir as máquinas e viaturas, promovendo a sua regular manutenção;
• Propor a aquisição de novos equipamentos, materiais, máquinas e viaturas, elaborando os
respectivos cadernos de encargos e especificações técnicas.
2.2. Responsabilidades Específicas nas Operações Logísticas
Na Tabela 8 sintetizam-se as responsabilidades específicas dos diversos agentes, entidades e
instituições em relação às operações logísticas.
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Serviço Municipal de Protecção Civil de Alcobaça 70
Tabela 8 - Responsabilidades específicas nas operações logísticas em fase de Emergência
Entidades Responsabilidades específicas
Serviço Municipal de Protecção Civil
Coordena as actividades de administração e logística;
Mantém permanentemente actualizada a base de dados de meios e recursos;
Estabelece os procedimentos para a aquisição das necessidades logísticas dos departamentos da Câmara Municipal;
Estabelece os procedimentos para a requisição das necessidades logísticas adicionais por parte dos agentes, entidades e organismos de apoio;
Elabora e submete a autorização às requisições de bens e serviços para apoio às operações.
Directores de Departamentos Municipais
Contacta e propõe protocolos com entidades fornecedoras de bens e géneros;
Procede à aquisição dos bens e serviços requisitados pelo SMPC;
Propõe a constituição, gere e controla os armazéns de emergência;
Controla o sistema de requisições feitas aos armazéns de emergência;
Monta um sistema de recolha e armazenamento de dádivas;
Propõe as medidas indispensáveis à obtenção de fundos externos;
Administra os donativos, subsídios e outros apoios materiais e financeiros recebidos;
Garante os transportes disponíveis necessários;
Monta um sistema de manutenção e reparação de equipamentos;
Fornece os equipamentos e artigos disponíveis essenciais às acções de administração e logística.
GNR – PSP - PM Garante a segurança nos armazéns de emergência.
Unidades Militares
Apoiam com pessoal e equipamento o fornecimento, confecção e distribuição de bens alimentares, alojamento provisório e higiene das populações evacuadas;
Colaboram na manutenção e reparação de equipamentos, transportes e fornecimento de outros artigos disponíveis;
Contribuem com meios disponíveis para a recolha e armazenamento do produto de dádivas.
Juntas de Freguesia Constituem e coordenam postos locais de recenseamento voluntário;
Apoiam o sistema de recolha e armazenamento de dádivas.
Corpo Nacional de Escutas Instituições Particulares de Solidariedade Social Outras entidades e organizações
Colocam os meios próprios disponíveis à disposição da Estrutura de Coordenação e Controlo (ECC) para apoio às acções de administração e logística.
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Serviço Municipal de Protecção Civil de Alcobaça 71
2.3. Instruções de Coordenação
A autorização para requisição de bens e serviços para apoio às operações é dada pelo
Director do Plano ou, em caso de impedimento, pelo vice-presidente, que dirige a Estrutura de
Coordenação e Controlo (ECC).
Os Agentes de Protecção Civil, entidades e organizações de apoio providenciam no sentido
da satisfação das necessidades logísticas iniciais que resultam da sua intervenção em acidente grave
ou catástrofe.
Logo que activados os centros de acolhimento, o Comandante Operacional Municipal
convoca os responsáveis dos serviços, agentes, entidades e organizações de apoio, com vista ao
planeamento sequencial da administração e logística, em função da gravidade da ocorrência.
As actividades de administração e logística mantêm-se activas durante a fase de reabilitação.
Os bens não empregues que sejam produto de dádivas serão destinados de acordo com
decisão da Câmara Municipal de Alcobaça.
2.4. Actualização
O Comandante Operacional Municipal é responsável pela actualização do ponto 2 - Logística,
em estreita colaboração com os Directores de Departamentos.
2.5. Apoio Logístico às Forças de Intervenção
Os Departamentos e Serviço da Câmara Municipal de Alcobaça envolvidos nas operações de
socorro:
• Serviço Municipal de Protecção Civil;
• Departamento de Ordenamento e Gestão Urbanística;
• Departamento de Obras Municipais e Ambiente.
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Serviço Municipal de Protecção Civil de Alcobaça 72
São responsáveis por suprir as suas próprias necessidades logísticas iniciais nomeadamente
quanto a alimentação, combustíveis, manutenção e reparação de equipamentos, transportes,
material sanitário.
A Câmara Municipal é também responsável por suprir as necessidades dos outros Agentes de
Protecção Civil (APC) que estejam no Teatro de Operações (TO), nomeadamente quanto a
alimentação, combustíveis, manutenção e reparação de equipamentos, transportes, material
sanitário, material de mortuária e outros artigos essenciais à prossecução das missões de socorro,
salvamento e assistência.
- Alimentação, alojamento e agasalhos
A alimentação e alojamento dos elementos da Comissão Municipal de Protecção Civil (CMPC)
serão da responsabilidade do SMPC, quando outro procedimento não for determinado pelo Director
do Plano.
- Combustíveis
Numa primeira instância, são obtidos no mercado local, ou nas oficinas da Câmara Municipal,
pelas entidades e organismos intervenientes, através de guias de fornecimentos, contudo, se a
emergência assim o obrigar, pelo esgotamento do stock local existente, pode ser necessário recorrer
ao mercado regional. Estas serão liquidadas posteriormente, pelo SMPC, através da sua Conta
Especial de Emergência ou por verbas consignadas para o efeito.
- Transportes
Por proposta do Grupo de Logística e Assistência serão estabelecidos procedimentos para
requisição e mobilização de meios e funcionamento dos transportes.
- Manutenção e reparação de equipamentos
As despesas de manutenção e reparação de material são encargos das respectivas entidades.
No caso de haver despesas extraordinárias estas serão liquidadas pelo SMPC, através de verbas
destinadas para o efeito ou da Conta Especial de Emergência, após analisar individualmente cada
processo.
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Serviço Municipal de Protecção Civil de Alcobaça 73
- Material Sanitário
Este material está a cargo das entidades e organismos próprios intervenientes no acidente ou
catástrofe. Poderão ser constituídos nas instalações do Hospital de Alcobaça, do Centro de Saúde e
das Forças de Socorro, postos de fornecimento de material sanitário através de requisição, devendo
os pedidos dar entrada no SMPC.
- Material da Mortuária
Os locais de reunião de mortos encontram-se identificados no Ponto 9.
Os materiais necessários para as acções de mortuária deverão ser accionados pela
Autoridade de Saúde Concelhia.
É de máxima importância salientar as Prioridades de Acção:
• Assegurar as necessidades logísticas das forças de intervenção, nomeadamente, quanto à
alimentação, distribuição de água potável, combustíveis, transportes, material sanitário e
outros artigos essenciais à prossecução das missões de socorro, salvamento e assistência;
• Garantir o contacto com entidades que comercializem bens de primeira necessidade e a
entrega de bens e mercadorias necessárias;
• Prever a confecção e distribuição de alimentação ao pessoal envolvido em acções de
Socorro.
Em operações de emergência mais prolongadas e que requeiram um apoio logístico mais
efectivo, o Gabinete de Protecção Civil assume as acções de apoio logístico das operações.
2.6. Apoio Logístico às Populações
No apoio logístico às populações tem que ser prevista a forma de coordenação da assistência
para aqueles que não tenham acesso imediato aos bens essenciais de sobrevivência, como água
potável. Terá também que ser considerado o alojamento temporário das populações evacuadas ou
desalojadas, a realizar fora das áreas de sinistro e apoio. Os procedimentos têm que ter em conta a
alimentação e o agasalho das populações acolhidas em centros de alojamento temporário. Os
centros de alojamento devem estar providos de condições mínimas de apoio quanto a dormidas,
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA DE PROTECÇÃO CIVIL DE ALCOBAÇA
Serviço Municipal de Protecção Civil de Alcobaça 74
alimentação e higiene pessoal, bem como de acessos e parqueamento, já que a movimentação das
populações pode ser feita, prioritariamente através das viaturas pessoais. Poderão também
funcionar como pontos de reunião destinados ao controlo dos residentes para despiste de eventuais
desaparecidos, devendo ser activados por decisão do director do plano em função da localização e
condições de utilização das áreas evacuadas.
Em síntese, pode afirmar-se que os procedimentos de Apoio Logístico às Populações são da
responsabilidade do Presidente da Câmara Municipal de Alcobaça ou do Vereador com competências
delegadas e o seu substituto poderá ser o Comandante Operacional Municipal. As restantes
Entidades Intervenientes são a CMA (SMPC), os Agentes de Protecção Civil, as Juntas de Freguesia e
as IPSS que cooperam com o Município. E as Entidades de Apoio Eventual são: os Fornecedores
públicos ou privados de bens de primeira necessidade, as Unidades Hoteleiras, o Instituto de
Segurança Social – Unidade de Alcobaça, o Centro de Saúde de Alcobaça, o Hospital de Alcobaça, os
Agrupamentos Escolares do concelho de Alcobaça, a rede de farmácias do concelho de Alcobaça e o
Exército.
Os procedimentos de Apoio Logístico às populações têm como objectivo:
• Assegurar as necessidades logísticas da população deslocada, no que se refere à
alimentação, transporte, material sanitário e outros artigos essenciais ao seu bem-estar;
• Garantir o contacto com entidades que comercializam alimentos confeccionados, bens de
primeira necessidade e assegurar a entrega de bens e mercadorias necessárias nas zonas
de concentração local (locais onde e para onde se deslocou a população residente
temporariamente nos locais mais afectados);
• Garantir o registo de todas as pessoas que se encontram nos locais de acolhimento
temporário;
• Organizar a instalação e montagem de cozinhas e refeitórios de campanha para
assistência à emergência.
Considera-se importante referir ainda os Procedimentos e Instruções de Coordenação
relativos aos Procedimentos para o acima mencionado Apoio Logístico às Populações que são:
• As despesas com a aquisição de bens e géneros essenciais de sobrevivência e bem-estar
para as populações isoladas e que não tenham acesso a estes são da responsabilidade da
autarquia;
• A distribuição destes bens e géneros é da responsabilidade dos vários agentes de
protecção civil, entidades e organismos de apoio (em particular IPSS e Cruz Vermelha que
articulam esta missão com o comandante operacional municipal);
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA DE PROTECÇÃO CIVIL DE ALCOBAÇA
Serviço Municipal de Protecção Civil de Alcobaça 75
• No que concerne a agasalhos, a Câmara Municipal de Alcobaça irá avaliar a
disponibilidade para distribuir este tipo de bens por parte das IPSS que actuam no
concelho;
• Os medicamentos a distribuir pela população deslocada ou com problemas em deslocar-
se serão da responsabilidade da autoridade de saúde concelhia, que poderá apoiar-se
mediante requisição, na Câmara Municipal de Alcobaça.
Relativamente ao alojamento e à alimentação os procedimentos são:
• O SMPC garante o alojamento provisório de pessoas ou famílias desalojadas com os
recursos disponíveis de acordo com a tipologia de cada caso.
• O SMPC contribuirá com o fornecimento de bens e géneros essenciais às populações
evacuadas.
• A distribuição de água potável pela população do município que não tem acesso à água da
rede pública deverá ser efectuada recorrendo a camiões cisterna dos corpos de
bombeiros e aos depósitos de água existentes na área do concelho.
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA DE PROTECÇÃO CIVIL DE ALCOBAÇA
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Figura 8 - Procedimentos de logística em emergência.
REDE DE
COMUNICAÇÕES
CMPC
Gabinete de
Informação e
Relações Públicas
Gabinete de Apoio
Técnico
Grupo de Busca, Socorro e Salvamento
Grupo de Segurança Pública e Regulação de
Trânsito
Grupo de Saúde
Grupo de Gestão
Logística
Grupo de Transportes
e Obras Públicas Grupo de Gestão de
Voluntários
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3. COMUNICAÇÕES
Em situação de emergência e consequente activação do PMEPCA, é imprescindível que os
Agentes de Protecção Civil disponham de sistemas de comunicações operativos e eficazes, que lhes
permitam coordenar esforços entre si, dentro e fora do Teatro de Operações.
3.1. Organização das Comunicações
O sistema de comunicações da protecção civil tem como objectivo assegurar as ligações
entre os serviços, agentes, entidades e organizações de apoio que têm intervenção prevista no
PMEPCA e utiliza os meios das telecomunicações públicas e privadas, nomeadamente as redes
telefónicas fixas e móveis e a Rede Estratégica de Protecção Civil (REPC) (Figura 9).
Não obstante o acima exposto, todos os agentes e entidades poderão obviamente utilizar
redes e meios próprios de telecomunicações (Bombeiros, Guarda Nacional Republicana, Policia
Marítima e Policia de Segurança Pública), sem prejuízo da interligação operacional através da REPC.
O SMPC dispõe de um sistema de comunicações próprio, que funciona no sistema de rádio-
transmissão, em Banda - Alta (VHF), em sistema “simplex”, distribuído da seguinte forma:
• Central de Comunicação (Centro de Operações de Protecção Civil) - neste Centro de
Operações funcionam outros equipamentos de radiocomunicação, que fazem parte do
sistema de comunicações dos bombeiros. Estes equipamentos são muito importantes na
gestão de qualquer ocorrência, garantindo as necessárias comunicações em caso de falta
de energia eléctrica ou de falhas do sistema nas redes GSM (telemóveis). Este centro
dispõe de um gerador (requisitado) que garante a autonomia de funcionamento de todos
os equipamentos ali instalados, em especial as comunicações.
• Base (Serviços Municipalizados de Alcobaça) - a funcionar no edifício dos Serviços
Municipalizados de Água e Saneamento, da Câmara Municipal de Alcobaça.
O acesso à REPC está regulado pela NEP 0042, de 27 de Junho de 2006, da Autoridade
Nacional de Protecção Civil (ANPC), para os Serviços Municipais de Protecção Civil, os Agentes de
Protecção Civil, bem como para as demais entidades e organizações de apoio, quando
especificamente autorizadas.
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Figura 9 - Acesso à Rede Estratégica de Protecção Civil.
- Redes rádio privativa da Câmara Municipal
Para o apoio ao funcionamento dos diversos departamentos à qual tem acesso os Serviços
Municipalizados da Câmara Municipal.
- Redes Operacionais dos Corpos de Bombeiros (ROB)
Os corpos de bombeiros operam através de duas redes rádio, em Banda Baixa de VHF e em
Banda Alta de VHF, distribuídas em canais de coordenação, de comando, tácticos e de manobras.
3.2. Responsabilidades Específicas
Na Tabela 9 sintetizam-se as responsabilidades específicas dos diversos agentes, entidades e
instituições, em termos de comunicações.
No Município tem acesso à REPC, através dos canais e frequências de rádio atribuídos pela ANPC ao distrito de Leiria:
Serviço Municipal de
Protecção Civil
(SMPC)
Os quartéis e os veículos de
comando táctico
(VCOT) dos corpos de bombeiros
Postos Territoriais da
Guarda Nacional
Republicana
(GNR)
Esquadra da Policia de Segurança
Pública
(PSP)
Centro Hospitalar de Leiria/Pombal
(Hospital Bernardino
Lopes de Oliveira-
Alcobaça)
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Tabela 9 - Responsabilidades Específicas nas Comunicações na Fase de Emergência
Entidades Responsabilidades específicas
Comandante Operacional Municipal
Coordena a actividade das comunicações;
Assegura a operacionalidade permanente dos equipamentos de comunicações do SMPC e da Rede instalada nos diversos Agentes de Protecção Civil;
Promove a formação e o treino dos operadores de comunicações do SMPC, nomeadamente quanto á utilização dos procedimentos de comunicações;
Activa e assegura a coordenação das comunicações no SMPC durante as emergências;
Garante a actualização permanente dos contactos a estabelecer;
Identifica necessidades quando ao reforço de meios e de pessoal para o funcionamento das comunicações.
Corpos de Bombeiros Voluntários
Assegura a operacionalidade permanente dos equipamentos de comunicações do respectivo corpo de bombeiros;
Promove a formação e o treino dos operadores de comunicações do respectivo corpo de bombeiros, incluindo a utilização dos procedimentos de comunicações;
Dispensa o pessoal de reforço necessário ao funcionamento das comunicações no SMPC.
GNR – PSP - PM
Assegura a operacionalidade permanente dos equipamentos de comunicações das respectivas unidades;
Promovem a formação e o treino dos operadores de comunicações nas respectivas unidades, incluindo os procedimentos de comunicações;
Garantem, em caso de necessidade, um serviço de estafetas.
Departamentos da Câmara Municipal
Asseguram a operacionalidade dos equipamentos e pessoal dos respectivos departamentos.
Agrupamento de Escuteiros Colaboram no serviço de estafetas.
3.3. Prioridades de Acção
• Disponibilizar os recursos de telecomunicações que permitam a troca de informação entre
todas as entidades intervenientes e, consequentemente, o efectivo exercício das funções
de comando, controlo e coordenação da operação;
• Auxiliar nas acções de Operacionalização dos meios de Comunicação;
• Manter um registo actualizado do estado das comunicações existentes.
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3.4. Instruções de Coordenação
Os serviços, agentes e organizações de apoio utilizam as redes e meios próprios de
comunicações.
Compete ao Comandante das Operações de Socorro (COS) estabelecer o Plano de
Comunicações para o Teatro de Operações (TO) – que inclui as zonas de sinistro, de apoio e de
concentração e reserva, segundo o consagrado na NEP N.º 0042, de 27 de Junho de 2006, emitida
pela Autoridade Nacional de Protecção Civil (ANPC).
Para apoio às comunicações no TO, o COS pode solicitar ao Serviço Municipal de Protecção
Civil (SMPC) a mobilização do veículo de comando e comunicações dos bombeiros de acordo com a
área de ocorrência;
Logo que activada, a Estrutura de Controlo e Coordenação (ECC) estabelece e mantêm as
comunicações entre o SMPC e o Posto de Comando Operacional (PCO).
Após o accionamento do Plano Municipal de Emergência de Protecção Civil (PMEPC), o SMPC
estabelece e mantém as comunicações necessárias com os centros operacionais ou equivalentes dos
agentes, entidades e organizações de apoio, bem como com o Comando Distrital de Operações de
Socorro (CDOS), os Serviços Municipais de Protecção Civil dos municípios adjacentes e os locais de
acolhimento provisório das populações evacuadas.
Quando em missões directamente subordinadas ao COS, os serviços da Câmara Municipal
comunicam exclusivamente com o SMPC que, para o efeito, exerce a função de Estação Directora da
Rede (EDR).
Nas comunicações operacionais não é autorizada a utilização de linguagem codificada e serão
observadas, como regras, a não sobreposição de comunicações, a utilização exclusiva dos meios para
comunicações de serviço e o respeito pelos procedimentos estabelecidos e prioridades de
mensagem.
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Figura 10 - Organograma das Comunicações
Rede dos Serviços REPC
TO
CCOD Leiria
Director do Plano
Comandante Operacional Municipal (COM)
Operadores
Posto de Comando Operacional (PCO)
Forças de Intervenção
Agentes, entidades e organizações de apoio
CMOS dos Municípios adjacentes
Serviços Municipalizados de Alcobaça
REPC
SMPC
ECC
EDR
Legenda:
CCOD – Centro de Coordenação Operacional Distrital
SMPC – Serviço Municipal de Protecção Civil
EDR – Estação Directora de Rede
ECC – Estrutura de Coordenação e Controlo
REPC – Rede Estratégica de Protecção Civil
TO – Teatro de Operações
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Figura 11 - Organograma das Redes
CCOD
Leiria
Serviços Municipalizados de Alcobaça
Instalações de Agentes, entidades e organizações de
apoio
PCO
Sectores
Grupos de Combate
Equipas de Intervenção
SMPC
Municípios adjacentes
SMPC
Legenda: CCOD – Centro de Coordenação Operacional Distrital SMPC – Serviço Municipal de Protecção Civil PCO – Posto de Comando Operacional
Rede Estratégica de Protecção Civil (REPC) Rede Operacional de Protecção Civil – coordenação (ROPC)
Rede dos Serviços Municipalizados de Alcobaça
Rede Operacional de Protecção Civil – Comando Rede Operacional de Protecção Civil – Táctica Rede Operacional de Protecção Civil – Manobra
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3.5. Actualização
O Comandante Operacional Municipal é responsável pela actualização do ponto 3 -
Comunicações. Os comandantes dos Corpos de Bombeiros e os Comandantes das forças de
segurança (GNR/PSP) participam nos trabalhos de actualização do ponto 3 - Comunicações.
3.6. Canais de Frequência Rádio (MHz)
Tabela 10 - Rede Estratégica de Protecção Civil
Canal Canais (Leiria) Tx Rx TpTx TpRx
100 Simplex Leiria 152.9625 152.9625 151.4 151.4
101 Candeeiros 168.9625 173.3625 210.7 210.7
114 Montejunto 168.8875 173.4875 97.4 97.4
Tabela 11 - Rede Privativa da Câmara Municipal
Canal Rede Tx Rx TpTx TpRx
-- Serviços Municipalizados 148.4375 153.4375 114.8 114.8
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Tabela 12 - Rede Operacional de Bombeiros
Canal Canal (VHF-FM) Tx Rx TpTx TpRx
106 Candeeiros 168.5125 168.5125 151.4 151.4
118 Montejunto 168.6250 168.6250 162.2 162.2
201 Manobra - MO1 152.5875 152.5875 110.9 110.9
202 Manobra - MO2 152.6000 152.6000 110.9 110.9
203 Manobra - MO3 152.6125 152.6125 110.9 110.9
204 Manobra - MO4 152.6250 152.6250 110.9 110.9
205 Manobra - MO5 152.6750 152.6750 110.9 110.9
206 Manobra - MO6 152.6875 152.6875 110.9 110.9
207 Manobra - MO7 152.7000 152.7000 110.9 110.9
208 Comando - CO1 152.7125 152.7125 110.9 110.9
209 Comando - CO2 152.7250 152.7250 110.9 110.9
210 Comando - CO3 152.7375 152.7375 110.9 110.9
211 Táctico - TO1 152.9250 152.9250 110.9 110.9
212 Táctico - TO2 152.9375 152.9375 110.9 110.9
213 Táctico - TO3 152.9500 152.9500 110.9 110.9
214 Táctico - TO4 152.9625 152.9625 110.9 110.9
215 Táctico - TO5 152.9750 152.9750 110.9 110.9
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3.7. Procedimentos de Comunicações
Tabela 13 - Expressões utilizadas na Estrutura Mensagem
Expressões Significado
Aqui Após estas expressões segue-se o indicativo do posto que está a emitir
Escuto Terminei a minha mensagem e aguardo uma mensagem do posto que contactei
Terminado Terminei a minha mensagem e não aguardo resposta do posto que contactei. A ligação terminou e o canal fica de novo livre.
Tabela 14 - Expressões referentes à situação Operacional dos Meios
Expressões Significado
A caminho Vou a caminho do local da ocorrência
No local Estou no local da ocorrência
No hospital Estou no hospital de evacuação
Disponível Estou fora da unidade, apto para prestar serviço
De regresso Regresso ao quartel (posso ou não estar disponível)
INOP Estou avariado (incapaz de prestar qualquer serviço)
Na unidade Cheguei à minha unidade e vou desligar o rádio.
Para me mobilizar comunique com a unidade.
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Tabela 15 - Expressões utilizadas na Troca de Informação
Expressões Significado
Acuse repetindo Repita a mensagem exactamente como a recebeu
Afirmativo Sim
Aguarde Mantenha-se na escuta pois em breve será enviada nova mensagem (a ligação deve ser terminada de seguida, utilizando os procedimentos definidos para fecho)
Algarismos Seguem-se algarismos ou números
Assim farei Percebi a sua mensagem e vou actuar como solicitado
Confirme Repita a informação solicitada (ou prestada)
Correcto A informação recebida está correcta (se tiver indicações para cumprir, serão cumpridas)
Errado A mensagem estava errada
Eu repito Vou repetir (toda ou parte da mensagem)
Eu soletro Vou soletrar (letra a letra) a palavra anterior
Hora Segue-se a indicação horária
Informe Preste a informação solicitada
Negativo Não
Recebido Recebi (entendi) a sua mensagem
Silêncio
(repetindo 3vezes)
Cessar imediatamente todas as emissões neste canal, excepto as referentes ao acidente actual (indicar qual)
Silêncio cancelado O silêncio foi cancelado, retomar as comunicações em regime normal
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Tabela 16 - Exemplo de Transmissão de Horas via Rádio
Hora Linguagem comum Expressões rádio
16.10 Quatro e dez da tarde Horas, dezasseis; dez
00.30 Meia-noite e meia Horas, zero; trinta
09.45 Um quarto para as dez Horas, nove; quarenta e cinco
24.00 Meia-noite Horas, vinte e quatro; zero, zero
00.03 Meia-noite e três Horas, vinte e quatro; zero, três
08.00 Oito horas Horas, oito; zero, zero
Tabela 17 - Alfabeto Fonético Internacional
Letra Designação Letra Designação
A Alfa N November
B Bravo O Óscar
C Charlie P Papa
D Delta Q Quebéc
E Eco R Romeo
F Fox-Trox S Sierra
G Golf T Tango
H Hotel U Uniform
I Índia V Victor
J Juliete W Whiskey
K Kilo X X-ray
L Lima Y Yankee
M Mike Z Zulu
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Tabela 18 - Expressões de Comunicações
Expressões Significado
Aqui Após estas expressões segue-se o indicativo do posto que está a emitir
Escuto Terminei a minha mensagem e aguardo uma mensagem do posto que contactei
Terminado Terminei a minha mensagem e não aguardo resposta do posto que contactei. A ligação terminou e o canal fica de novo livre
No local Estou no local da ocorrência
No hospital Estou no hospital de evacuação
Disponível Estou fora da unidade, apto para prestar serviço
De regresso Regresso ao quartel (posso ou não estar disponível)
INOP Estou avariado (incapaz de prestar de prestar qualquer serviço)
Na unidade Cheguei à minha unidade e vou desligar o rádio/Para me mobilizar comunique com a unidade.
Acuse repetindo Repita a mensagem exactamente como a recebeu
Afirmativo Sim
Aguarde Mantenha-se na escuta pois em breve será enviada nova mensagem (a ligação deve ser terminada de seguida, utilizando os procedimentos definidos para fecho)
Algarismos Seguem-se algarismos ou números
Assim farei Percebi a sua mensagem e vou actuar como solicitado
Confirme Repita a informação solicitada (ou prestada)
Correcto A informação recebida está correcta (se tiver indicações para cumprir, serão cumpridas)
Errado A mensagem estava errada
Eu repito Vou repetir (toda ou parte da mensagem)
Eu soletro Vou soletrar (letra a letra) a palavra anterior
Hora Segue-se a indicação horária
Informe Preste a informação solicitada
Negativo Não
Recebido Recebi (entendi) a sua mensagem
Silêncio (repetindo 3 vezes)
Cessar imediatamente todas as emissões neste canal, excepto as referentes ao acidente actual
Silêncio cancelado O silêncio foi cancelado, retomar as comunicações no regime normal.
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4. GESTÃO DA INFORMAÇÃO
A gestão da informação é um processo que consiste nas actividades de recolha, classificação
de informação independentemente do formato em que se encontra. O objectivo consiste em
transmitir de uma forma eficiente e rápida toda a informação gerada através do processamento de
dados provenientes de múltiplas fontes.
A gestão da informação de emergência divide-se em três grandes componentes:
• Gestão de informação entre as entidades actuantes nas operações;
• Gestão da informação entre as entidades intervenientes no plano;
• Informação pública.
4.1. Gestão da Informação entre as Entidades Actuantes nas Operações
A gestão de informação entre as entidades que se encontram no Teatro das Operações (TO)
será da responsabilidade do Comandante das Operações de Socorro (COS), o qual se articulará
localmente com os vários agentes de protecção civil a actuar no TO, superiormente com o Comando
Distrital de Operações de Socorro (CDOS) e a nível municipal com o Presidente da Câmara e com o
Comandante Operacional Municipal (COM). O CDOS apoiar-se-á na célula de planeamento e
operações do posto de comando operacional.
Atendendo a que no TO deverá ser, no momento da resposta, elaborado um plano de acção
e que o mesmo obriga a reuniões (briefings) regulares, será essa então uma forma de transmissão
das informações entre todos os agentes e entidades com intervenção nas operações.
As prioridades de acção de modo a garantir a eficiência da gestão da informação no teatro
das operações são:
• Recolher a informação necessária para os processos de tomada de decisão;
• Analisar possíveis cenários e resultados de modelos de previsão;
• Analisar dados ambientais e sociais relevantes para o apoio à decisão nas operações de
emergência;
• Assegurar a notificação e passagem de informação diferenciada às autoridades políticas,
Comando Distrital de Operações de Socorro (CDOS), agentes de protecção civil e
organismos e entidades de apoio. Considera-se importante salientar as instruções de
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Coordenação a ser seguidas de modo a garantir a eficiência da gestão de informação nos
Teatros de Operações.
Instruções de Coordenação ao Posto de Comando Operacional os pontos de situação
necessários e solicitar:
• O Comandante de Operações de Socorro (COS) é o responsável pela gestão da informação
no Teatro de Operações. Caber-lhe-á transmitir meios de reforço, caso tal se justifique;
• Os relatórios imediatos de situação poderão ser transmitidos pelo Posto de Comando
Operacional Conjunto à entidade coordenadora por via escrita ou, por via oral, passados a
escritos no mais curto espaço de tempo possível.
• Os relatórios gerais de situação serão da responsabilidade do Comandante Operacional de
Socorro (COS), sendo que a sua periodicidade não deverá ser superior a 4 horas, salvo
indicação expressa em contrário;
• O Comandante de Operações de Socorro (COS) poderá solicitar a qualquer entidade
interveniente relatórios de situação especial, destinados a esclarecer aspectos físicos
associados às operações de emergência;
• Os relatórios deverão, no mínimo, conter informação sobre o ponto de situação das
operações em curso, forças empenhadas, vítimas humanas, danos em edifícios, vias de
comunicação, redes e infra-estruturas, avaliação de necessidades e perspectivas de
evolução da situação de emergência.
4.2. Gestão da Informação entre as Entidades Intervenientes no Plano Municipal
de Emergência de Alcobaça
No que se refere à informação às entidades intervenientes do plano, importa assegurar a
notificação e consequente passagem de informação às entidades intervenientes do plano
(autoridades, agentes de protecção civil, entidades e organismos de apoio). Este fluxo de informação
destina-se a assegurar que todas as entidades mantêm níveis de prontidão e envolvimento, caso
venha a ser necessária a sua intervenção.
Assim, o SMPC, em articulação com o COM, informará via telefone ou via rádio, todas as
entidades com intervenção no PMEPCVP, relativamente ao ponto de situação das operações que se
estão a desenvolver no terreno, alertando-as para que mantenham elevados níveis de prontidão.
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Serviço Municipal de Protecção Civil de Alcobaça 91
A actualização da informação a prestar deverá ser efectuada sempre que se considere
pertinente, mas nunca excedendo períodos de 1 hora.
4. 3.Informação Pública
De acordo com o artigo 7.º da Lei de Bases da Protecção Civil (Lei nº 27/2006, de 3 de Julho)
“Os cidadãos têm o direito à informação sobre os riscos a que estão sujeitos em certas áreas do
território e sobre as medidas adoptadas e a adoptar com vista a prevenir ou a minimizar os efeitos de
acidente grave ou catástrofe”. Neste sentido, é importante definir quais os procedimentos
necessários para que a população, no decorrer das operações, esteja informada correctamente, bem
como nos procedimentos de autoprotecção a adoptar.
O Presidente da Câmara, como director do plano, ou o seu substituto legal, coordenará os
trabalhos. Nos contactos a efectuar com os Orgãos de Comunicação Social (OCS), a informação a
prestar passa designadamente por:
• Situação actual da ocorrência;
• Acções em curso para o socorro e assistência às populações;
• Áreas de acesso restrito;
• Medidas de autoprotecção;
• Locais de reunião, acolhimento provisório ou assistência;
• Números de telefone e locais de contacto para informações;
• Números de telefone e locais de contacto para recebimento de donativos e serviço
voluntário;
• Instruções para regresso de populações evacuadas.
As prioridades de acção de modo a garantir a eficiência da Informação Pública são:
• Assegurar que a população é mantida informada de forma contínua, de modo a que possa
adoptar as instruções das autoridades e as medidas de autoprotecção;
• Assegurar a divulgação à população da informação disponível, incluindo números de
telefone de contacto, indicação do ponto de reunião ou centro de
desalojados/assistência, lista de desaparecidos, mortos e feridos, locais de acesso
interdito ou restrito;
• Divulgar a informação à população sobre locais de recepção de donativos e locais para
inscrição para serviço voluntário;
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• Organizar e preparar conferências de imprensa, por determinação do Director do Plano;
• Organizar visitas dos órgãos de comunicação social ao teatro de operações garantido a
sua recepção e acompanhamento;
• Garantir a articulação entre as informações divulgadas pelo director do Plano Municipal
de Emergência de Alcobaça e pela Autoridade Nacional de Protecção Civil (ANPC)
Comando de Operações de Socorro (CDOS).
Considera-se, no caso específico do concelho de Alcobaça, que o aviso e a informação pública
podem ser desencadeados, através da utilização dos seguintes meios, em separado ou
simultaneamente:
• Sirenes localizadas nos quartéis dos corpos de bombeiros;
• Radiodifusão de comunicações e outra informação oficial pelas rádios do concelho de
Alcobaça:
- Rádio Cister – 95.5 MHz
- Rádio Benedita – 88.1 MHz
• Avisos sonoros e instruções difundidos pelos altifalantes dos veículos da Guarda Nacional
Republicana (GNR), Policia de Segurança Pública (PSP), Policia Marítima (PM), Instituto de
Socorros a Náufragos (ISN), Associações de Socorros Voluntários (ASV) e os Corpos de
Bombeiros (CB);
• Pessoalmente através dos membros das Unidades de Protecção Civil ou outros
voluntários colaboradores identificados das Juntas de Freguesia.
No estabelecimento dos procedimentos de aviso e informação pública, há que ter em conta
que:
• Parte dos munícipes poderá ignorar, não ouvir ou não entender os avisos das autoridades,
bem como as informações ou instruções que lhe são destinadas;
• Algumas pessoas poderão necessitar de atenção especial, tendo em conta as
incapacidades de que sofrem ou local de residência.
Quando a ocorrência atingir uma área superior à do concelho de Alcobaça, a informação
poderá vir a ser vinculada através das estações de televisão e da radiodifusão nacionais.
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA DE PROTECÇÃO CIVIL DE ALCOBAÇA
Serviço Municipal de Protecção Civil de Alcobaça 93
As responsabilidades específicas das entidades actuantes nas operações de Socorro no
domínio da Informação Pública (Fase de Emergência) encontram-se apresentadas na Tabela 19.
Tabela 19 - Responsabilidades Específicas
Entidade Responsabilidade
Comandante Operacional Municipal
• Coordena a actividade de aviso e informação pública; • Assegura a informação e a sensibilização das populações; • Identifica as medidas de autoprotecção a difundir; • Garante a divulgação dos comunicados aos órgãos de comunicação
social.
Gabinete de Comunicação
• Estabelece a ligação com os órgãos de comunicação social, com vista à difusão da informação;
• Estabelece e informa sobre o local das conferências com os órgãos de comunicação social;
• Actua como porta-voz único para os Órgãos de Comunicação Social, em nome do Director do Plano e do Posto de Comando Operacional (PCO).
Corpos de Bombeiros
• Asseguram a operacionalidade permanente das sirenes de aviso e o cumprimento dos procedimentos, pelos respectivos corpos de bombeiros;
• Garantem a participação dos respectivos corpos de bombeiros na difusão de avisos e informação pública às populações, através de veículos próprios com equipamentos adequados.
Forças de Segurança (GNR/PSP) Unidades Militares
• Assegura a participação na difusão de avisos e informação pública às populações, através de veículos próprios com equipamentos adequados.
Rádios do concelho de Alcobaça • Procede à divulgação dos avisos e informações, no âmbito da sua
missão de serviço público, a pedido do Serviço Municipal de Protecção Civil ou da Estrutura de Coordenação e Controlo.
Membros dos Órgãos e Funcionamento do município e das Freguesias, elementos dos
Agentes, entidades e Organizações de Apoio
• Encaminham todas as questões colocadas pelos órgãos de Comunicação Social para o Serviço Municipal de Protecção Civil.
- Instruções Específicas de Coordenação
Após decisão da Estrutura de Controlo e Coordenação nesse sentido, as sirenes instaladas
nos quartéis dos corpos de bombeiros, procedem ao aviso às populações através de toques
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA DE PROTECÇÃO CIVIL DE ALCOBAÇA
Serviço Municipal de Protecção Civil de Alcobaça 94
intermitentes de cinco segundos, executados durante um minuto, repetidos cinco vezes, com
intervalo de um minuto entre cada repetição;
O aviso através das sirenes dos corpos de bombeiros terá como objectivo a sintonização da
emissão rádios do concelho (Rádio Cister e Rádio Voz da Benedita, em 95.5 MHz e 88.1 MHz), onde
serão divulgados os comunicados e instruções identificados como adequados à situação;
Para tal, serão promovidas pelo Serviço Municipal de Protecção Civil campanhas de
informação e sensibilização nas fases de prevenção e preparação, factor crítico de sucesso na
conduta das populações durante uma emergência;
Sempre que se torne necessário atingir localidades fora do alcance das sirenes dos corpos de
bombeiros, a Estrutura de Controlo e Coordenação decidirá sobre a utilização de veículos da Guarda
Nacional Republicana, Policia de Segurança Pública, dos Corpos de Bombeiros, passando o Aviso a ser
divulgado com recurso aos equipamentos sonoros e altifalantes disponíveis;
A informação aos Órgãos de Comunicação Social é prestada, periodicamente pelo Director do
Plano, Vereador com o Pelouro da Protecção Civil ou, por determinação superior, pelo Adjunto do
Presidente responsável pelo Gabinete de Comunicação, na qualidade de porta-voz único;
Nos contactos com os Órgãos de Comunicação Social, as informações a prestar são,
nomeadamente:
• Situação actual de ocorrência;
• Acções de curso para o socorro e assistência às populações;
• Áreas de acesso restritivo;
• Medidas de autoprotecção a serem adoptadas pelas populações;
• Locais de reunião, acolhimento provisório ou assistência;
• Números de telefone e locais de contacto para informações;
• Números de telefone e locais de contacto para recebimento de donativos e serviços
voluntários;
• Instruções para regresso de populações evacuadas.
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA DE PROTECÇÃO CIVIL DE ALCOBAÇA
Serviço Municipal de Protecção Civil de Alcobaça 95
Figura 12 - Gestão da Informação
Director do Plano
Gabinete de Informação e Relações Públicas Comandante Operacional Municipal
Operadores Órgão de Comunicação Social
CBV Alcobaça
CBV Benedita
CBV Pataias
CBV São Martinho do Porto
GNR
PSP
ASV
UM
POPULAÇÃO
INFO
RM
A
Toques contínuos de 2 minutos, repetidos 5
vezes, interrompidos entre cada um, com um
intervalo de 20 segundos
Rádio Cister (95.5 MHz)
Rádio Benedita (88.1 MHz)
Comunicados, instruções, etc…
SINCRONIZA
DIFUNDE
NO LOCAL
CCOD Leiria
Legenda:
CCOD – Centro de Coordenação Operacional Distrital
GNR – Guarda Nacional Republicana
PSP - Policia Segurança Pública
ASV – Associação de Socorros Voluntários
UM – Unidades Militares
CBV – Corpo de Bombeiros Voluntários
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5. PROCEDIMENTOS DE EVACUAÇÃO
A evacuação das populações de áreas, localidades ou edificações, é proposta pelo
Comandante das Operações de Socorro (COS) e validada pela Autoridade Política de Protecção Civil
(APPC) em cenários de emergência. Por quanto, a tarefa de orientar a evacuação e a movimentação
das populações, quer seja de áreas, de localidades ou de edificações, deve ser da responsabilidade
das forças de segurança.
Para tal o Serviço Municipal de Protecção Civil (SMPC) no caso de acidente grave, catástrofe
ou calamidade promove a evacuação dos feridos e doentes para locais destinados ao seu tratamento
bem como coordenar e promover a evacuação das zonas de risco e também as medidas para o
alojamento, agasalho e alimentação das populações evacuadas.
Assim pode salientar-se que para o concelho de Alcobaça a alimentação e o alojamento de
Entidades e Organismos do Estado intervenientes nas operações, serão a seu cargo. A alimentação, o
abrigo provisório e o agasalho das populações evacuadas, será da responsabilidade do SMPC através
de quantias disponibilizadas para o efeito.
A alimentação e alojamento dos coordenadores do SMPC serão a cargo deste serviço.
No que concerne aos locais de abrigo provisório pode salientar-se que serão colocadas nas
freguesias que englobem a área afectada pelo sinistro ou catástrofe, do seguinte modo1:
União das Freguesias de Alcobaça e Vestiaria
• Pavilhão Gimnodesportivo da Escola Secundária D. Inês de Castro
• Escola Secundária D. Inês de Castro
• Pavilhão Gimnodesportivo Municipal
• Escola Frei Estêvão Martins
• Merco Alcobaça
• Pavilhão Gimnodesportivo da Escola D. Pedro I
• Escola Básica 2/3 D. Pedro I
1 Os locais de abrigo provisório mencionados têm a capacidade de 215 a 250 pessoas aproximadamente, com um rácio de 3
m2/pessoa.
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• Centro Escolar de Alcobaça
• Sociedade Filarmónica da Vestiaria
• Centro Social e Paroquial da Vestiaria
• Centro Social Nossa Senhora da Ajuda
• Associação dos Casais da Vestiaria
Freguesia de Alfeizerão
• Casa do Povo de Alfeizerão
• Centro Social e Paroquial de Alfeizerão
• Associação Recreativa, Desportiva, Cultural e Social do Casal Pardo
• Associação Recreative e Desportiva do Casal Velho
• Centro de Dia Pastoral José Nazário
Freguesia de Aljubarrota
• Associação Recreativa de Chiqueda
• Associação dos Capuchos
• Clube Cultural Recreativo Moleanense
• Associação Carrascal – Carvalhal de Aljubarrota
• Associação da Lameira
• Centro Social e Recreativo de Chãos
• Associação de Casais de Santa Teresa
• Clube Ataijense
Freguesia do Bárrio
• Centro Paroquial do Bárrio
• União Recreativa do Bárrio
Freguesia da Benedita
• Centro Recreativo e Popular da Ribafria
• Edifício do Externato Cooperativo da Benedita
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• Edifício do Centro Comunitário Paroquial da Benedita
• Edifício da Escola Frei António Brandão
• Pavilhão do Externato Cooperativo da Benedita
• Centro Escolar da Benedita
Freguesia da Cela
• Associação Cultural da Cela
• Centro Cénico e de Bem-Estar da Cela
• Centro Cultural e Recreativo de Casal Ramos
• Salão Paroquial da Cela
União das Freguesias de Coz, Alpedriz e Montes
• Associação Desportiva e Cultural do Coz
• Associação Recreativa Povoense
• Salão Paroquial de Coz
• Associação Recreativa de Alpedriz
• Associação Recreativa Montense
• Associação Recreativa Povoense
• Associação Recreativa da Castanheira
Freguesia de Évora de Alcobaça
• Pavilhão Gimnodesportivo de Évora
• Associação Recreativa Eborense
• Associação Recreativa e Cultural das Rosas e Fragosas
• Associação Recreativa e Cultural do Areeiro
• Associação Recreativa do Acipreste
• Associação Recreativa do Casal Pinheiro
Freguesia de Maiorga
• Centro de Bem-Estar Social da Maiorga
• Associação Recreativa Maiorguense
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União das Freguesias de Pataias e Martingança
• Pavilhão Gimnodesportivo de Pataias
• Pavilhão Gimnodesportivo de Burinhosa
• Pavilhão Gimnodesportivo de Martingança
• Escola EB 2+3 Pataias
• Grupo Desportivo e Recreativo Risoense
• Centro de Cultura, Recreio e Desporto da Burinhosa
• Salão Paroquial de Pataias
Freguesia de São Martinho do Porto
• Pavilhão da Escola C+S de São Martinho do Porto
• Fundação Manuel Francisco Clérigo
• Edifício da Escola EB 2+3 de São Martinho do Porto
Freguesia de Turquel
• Hóquei Clube de Turquel
• Associação Recreativa e Desportiva de Louções
• Associação Recreativa do Carvalhal de Turquel
Freguesia de Vimeiro
• Pavilhão Gimnodesportivo do Círculo de Arte, Cultura e Desporto do Vimeiro
• Centro Cultural e Recreativo do Gaio
• Centro Social e Paroquial do Vimeiro
Os pontos de abrigo anteriormente mencionados são auto-suficientes na confecção de
alimentação, o mesmo não acontece no que se refere às camas, além disso possuem instalações
sanitárias e outras que permitem garantir o equilíbrio necessário à qualidade de vida, enquanto se
procede ao seu realojamento definitivo.
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6. MANUTENÇÃO DA ORDEM PÚBLICA
Sendo a manutenção da ordem pública uma competência típica das forças de segurança, o
estabelecimento de procedimentos e instruções de coordenação, bem como a identificação dos
meios e das responsabilidades dos serviços, agentes de protecção civil, organismos e entidades de
apoio, quanto à segurança de pessoas e bens e ao controlo do tráfego, é essencial para a
continuação da finalidade desta actividade (Figura 13).
Nesse sentido, o acesso às zonas de sinistro e de apoio deve ser limitado às forças de
intervenção, organismos e entidades de apoio, através da criação de barreiras por parte da GNR, PSP,
devendo esta força contar com o apoio dos serviços e entidades especializadas.
A segurança das instalações sensíveis ou indispensáveis às operações de Protecção Civil (escolas,
Instalações dos agentes de protecção civil e instalações do Serviço Municipal de Protecção Civil) deve ser
assegurada pela GNR e PSP através do destacamento de efectivos.
Para a manutenção da ordem pública em estabelecimentos industriais e comerciais deve
adoptar-se o recurso a empresas privadas da especialidade, cujos vigilantes se devem apresentar
uniformizados, à responsabilidade dos respectivos empresários.
As zonas evacuadas serão sujeitas ao recolher obrigatório e a patrulhamento por parte da
GNR e/ou PSP, com vista a impedir roubos e pilhagens, sendo detidos todos os indivíduos aí
encontrados que não estejam devidamente autorizados pelas forças de segurança.
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Activação do PMEPC
CMPC
Instruções de Coordenação Específicas
• Limitação do Acesso a zonas de sinistro e de Apoio (GNR, PSP).
• Recolher obrigatório nas zonas evacuadas com vista a evitar roubos e Pilhagens (GNR, PSP).
• Segurança das Infra-estruturas indispensáveis às Operações de protecção Civil (PSP); Quartel das cooperações de Bombeiros, GNR, PSP.
Responsabilidade
• Guarda Nacional Republicana (entidade coordenadora) • Polícia de Segurança Pública
• Exército (quando solicitado)
Figura 13 - Manutenção da Ordem Pública
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7. SERVIÇOS MÉDICOS E TRANSPORTE DE VÍTIMAS
Os procedimentos e instruções de coordenação, bem como os métodos e as
responsabilidades dos serviços, agentes de protecção civil, organismos e entidades de apoio, quanto
às actividades de saúde e evacuação secundária, face a um elevado número de vítimas são
reconhecidos nos serviços médicos e transporte de vítimas (Figura 14).
Perante uma emergência médica com elevado número de vítimas, as primeiras equipas a
prestar socorro poderão ser encarregadas, também, das tarefas de evacuação primária para os
postos de triagem que forem estabelecidos.
Figura 14 - Serviços Médicos e de Salvamento
Serviços Médicos e
Transporte de Vítimas
Activação do Plano de
Emergência
Responsabilidades
- INEM (entidade
Coordenadora)
- Centro Hospitalar Leira-
Pombal
- Centro de Saúde Alcobaça
Zonas de Triagem
- PMA (INEM)
- Escolas Primárias
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Neste contexto, compete ao comandante das operações de socorro identificar e informar a
direcção do plano relativamente à quantidade previsível de meios complementares necessários para
a triagem, assistência pré-hospitalar e evacuação secundária das vítimas.
Cabe à direcção do plano a identificação dos meios a solicitar e, em coordenação com o
Instituto Nacional de Emergência Medica (INEM), o estabelecimento da ligação aos hospitais de
evacuação, prestando informações pertinentes relativamente ao tipo de ocorrência e ao número
potencial de vítimas.
O INEM, através de meios próprios enviados para o local, pode montar e gerir postos de
triagem, de assistência pré-hospitalar e de evacuação secundária, em estreita articulação com a
direcção do plano.
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8. SOCORRO E SALVAMENTO
8.1. Organização
A intervenção inicial face a um acidente grave ou catástrofe cabe, prioritariamente aos
Corpos de Bombeiros que, para tal, dispõem de um conjunto de meios que utilizam habitualmente
nas ocorrências diárias. Para a prossecução da sua missão, em caso de necessidade imediata, os
corpos de bombeiros voluntários sedeados no concelho de Alcobaça podem recorrer, ainda, a meios
mobilizados através do Centro de Coordenação Operacional Distrital de Leiria.
Tabela 20 – Resposabilidades Específicas
Entidades Responsabilidade
Corpos de Bombeiros
- Coordenam as actividades de socorro e salvamento;
- Asseguram a operacionalidade permanente dos meios necessários às acções de socorro e salvamento;
- Adoptam programas de treino contínuo destinados à manutenção da eficácia das respectivas equipas de intervenção;
- Elaboram e actualizam planos prévios de intervenção e procedimentos operacionais;
- Organizam os meios de modo a garantir a primeira intervenção imediatamente após a recepção do alerta;
- Garantem o exercício inicial da função de comandante das operações de socorro.
Comandante Operacional Municipal
- Assegura os procedimentos de alerta da responsabilidade do Serviço Municipal de Protecção Civil
Forças de Segurança (GNR/PSP)
- Mobilizam os meios próprios necessários ao apoio às acções de socorro e salvamento;
- Garantem a segurança de pessoas e bens, nas zonas de sinistro, de apoio e de concentração e reserva.
Associações de Socorros Voluntários
- Mobilizam os meios próprios necessários ao apoio às acções de socorro e salvamento.
Unidades Militares
Outras entidades e organizações
- Colocam os meios próprios disponíveis à disposição da Estrutura de Coordenação e Controlo para apoio às acções de socorro e salvamento.
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Serviço Municipal de Protecção Civil de Alcobaça 105
8.2. Instruções de Coordenação
- Primeira Intervenção
O chefe da primeira equipa de intervenção dos corpos de bombeiros assume a função de
Comandante das Operações de Socorro e, de imediato, tem em conta os seguintes procedimentos:
• Avalia rapidamente a situação e identifica:
O tipo de ocorrência (O quê?);
O local e a extensão (Onde? Que proporções?);
O número potencial de vítimas (Quantas?):
O Nível Operacional de Emergência (I, II, III) e a necessidade de meios de reforço;
Informa, de imediato, o Serviço Municipal de Protecção Civil quanto ao Nível
Operacional de Emergência que determinou.
• Inicia o processo de organização do teatro de operações, através do sistema de comando
operacional.
• Mantém a função de Comandante de Operações de Socorro até transferir o comando para
elemento mais graduado, de acordo com os procedimentos aplicáveis no corpo de bombeiro.
- Níveis Operacionais de Emergência
Nas emergências de Nível I, a supressão é da responsabilidade exclusiva do Comandante das
Operações de Socorro que, em caso de necessidade, deve constituir um Posto de Comando
Operacional para no processo de tomada de decisão, com vista a garantir a continuidade das acções
de planeamento, organização, direcção e controlo, bem como as condições de segurança do pessoal
envolvido.
Nas emergências de Nível II, o Comandante de Operações de Socorro é apoiado, também,
pelo envolvimento da estrutura de coordenação e controlo sedeada no Serviço Municipal de
Protecção Civil, na totalidade ou em parte, em função do tipo de ocorrência.
Nas emergências de Nível III, é convocada a Comissão Municipal de Protecção Civil, podendo
ser decidida a declaração de situação de alerta e accionado o Plano Municipal de Emergência, que
implica a dependência funcional do Comandante das Operações e Socorro ao Director do Plano.
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- Passagem à condição de ocorrência dominada
O Comandante de Operações de Socorro, em conjunto com a Estrutura de Coordenação e
Controlo, determina a passagem da ocorrência à condição de dominada, o que implica que a
emergência estabilizou ou regrediu, possibilitando uma maior disponibilidade para as questões
relacionadas com a assistência às populações.
Nesta condição, os corpos de bombeiros, em cooperação com as demais forças de
intervenção, devem:
• Controlar todo o perímetro da ocorrência, com o apoio das forças de segurança;
• Dispensar pessoal e equipamentos não necessários às acções a desenvolver;
• Providenciar alimentação, vestuário, combustível e outras necessidades para pessoal e
equipamentos;
• Solicitar ao Serviço Municipal de Protecção Civil, os equipamentos especiais necessários,
como máquinas de rasto, gruas, etc.;
• Estabilizar as radiocomunicações, através da mobilização da VCOC;
• Solicitar apoio ao Centro de Coordenação Operacional Distrital de Leiria, caso as
operações se tornem muito prolongadas.
- Termo da fase de intervenção
O Director do Plano, em conformidade com o Comandante de Operações de Socorro e a
Estrutura de Coordenação e Controlo, determina o fim da fase de intervenção e a passagem à fase de
reabilitação, quando estiverem completadas todas as necessidades relativas à supressão da
ocorrência, no que respeita ao socorro e salvamento;
Terminada a fase de intervenção, o Comandante de Operações de Socorro procede à
desmobilização dos meios não necessários à fase subsequente;
Todas as restantes forças limitam os meios de intervenção às necessidades da fase de
reabilitação e a Estrutura de Coordenação e Controlo decide o regresso das populações desalojadas
às áreas consideradas seguras.
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Figura 15 - Socorro e Salvamento
CCOD Leiria
Director do Plano
Comissão Municipal
Protecção Civil (CMPC)
Estrutura de Coordenação e Controlo (ECC)
Comandantes dos Corpos de Bombeiros Voluntários
CBV Alcobaça
CBV Benedita
CBV Pataias
CBV S. Martinho do Porto
Associações de Socorros Voluntários
Forças de Segurança
Unidades Militares
Outras Entidades e Organizações de Apoio
SMPC
Legenda:
CCOD – Centro de Coordenação Operacional Distrital
CCOM – Centro de Coordenação Operacional Municipal
CMPC – Comissão Municipal de Protecção Civil
ECC – Estrutura de Coordenação e Controlo
CBV – Corporações de Bombeiros Voluntários
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9. SERVIÇOS MORTUÁRIOS
Em cenários com elevado número de vítimas, a recolha e o depósito de cadáveres são tarefas
muito sensíveis que devem ser levadas a cabo através de procedimentos rigorosos, pois a sua
importância é enorme nos aspectos que se prendem com a investigação forense, quando, face ao
tipo de ocorrência, haja necessidade de a realizar.
Esta tarefa deve ser controlada pelas forças de segurança que, para tal, colaboram com a
Autoridade de Saúde Pública.
A recolha deve ser feita para locais de reunião de vítimas mortais identificados no plano,
onde preferencialmente possam funcionar morgues provisórias. Devem ser escolhidas instalações
onde haja um piso em espaço aberto, plano e fácil de limpar, com boa drenagem, boa ventilação
natural, provido de água corrente e energia eléctrica. Na selecção dos locais devem ser tidas em
conta, ainda, as acessibilidades, as comunicações (telefónicas ou radiocomunicações), a privacidade,
a disponibilidade e as facilidades de segurança. Em geral, as instalações mais indicadas para local de
reunião de vítimas mortais são hangares, terminais de camionagem, centros de lazer, parques de
estacionamento cobertos, armazéns e edifícios similares.
As tarefas ligadas às morgues provisórias relacionam-se com o trabalho desenvolvido pelas
equipas do Instituto Nacional de Medicina Legal, que culmina na identificação e entrega dos corpos
para serem sepultados. Deve ser previsto, também, o papel da autoridade de saúde no
estabelecimento de locais de reunião de vítimas mortais e de morgues provisórias.
No que concerne ao concelho de Alcobaça são estabelecidos locais de reunião de mortos em
Alcobaça mais especificamente no Mercoalcoa e na Igreja da Misericórdia; na freguesia da Benedita
no Mercado Municipal (Edifício da Casa da Vila); em Pataias no Clube Desportivo Pataiense. Nas
restantes freguesias do concelho serão utilizadas as Igrejas locais e as Capelas Mortuárias.
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Figura 16 - Serviços Mortuários
Legenda: CCOD – Centro de Coordenação Operacional Distrital SMPC – Centro de Coordenação Operacional Municipal CMPC – Comissão Municipal de Protecção Civil ECC – Estrutura de Coordenação e Controlo CBV – Corporações de Bombeiros Voluntários ASV – Associações de Socorros Voluntários UM – Unidades Militares
SMPC
CCOD Leiria
Director do Plano
Comissão Municipal Protecção Civil
(CMPC)
Estrutura de Coordenação e Controlo (ECC)
Autoridade de Saúde Municipal (Director do Centro de Saúde)
CBV
ASV
UM
Agências Funerárias
Instalações de morgues provisórias
Cemitérios
Sepultamentos de Emergência
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA DE PROTECÇÃO CIVIL DE ALCOBAÇA
Serviço Municipal de Protecção Civil de Alcobaça 110
Em síntese no que se refere aos procedimentos para os serviços mortuários estes são
coordenados pela Guarda Nacional Republicana e pela Polícia de Segurança Pública sob a supervisão
do Delegado de Saúde Pública. Os procedimentos acima mencionados têm como prioridades de
acção as seguintes medidas:
Definir as actividades de recolha de vítimas mortais;
Estabelecer locais de reunião e instalação de morgues provisórias;
Assegurar a integridade das zonas onde foram referenciados e recolhidos cadáveres com
vista a garantir a preservação de provas, a análise e recolha das mesmas;
Identificar e numerar as vítimas mortais;
Garantir uma correcta tramitação processual de entrega dos corpos identificados;
Efectivar o sepultamento das vítimas mortais.
Além das acções já identificadas devem ser tidas em conta as seguintes instruções
específicas:
• O Ministério Público autoriza a remoção dos cadáveres ou partes de cadáveres do local
onde foram etiquetados para os locais de reunião de vítimas mortais e destes para as
morgues provisórias, para realização da autópsia, médico-legal e demais procedimentos
tendentes à identificação, estabelecimento de causa de morte e subsequente destino do
corpo, partes ou fragmentos anatómicos;
• Compete à Câmara Municipal providenciar equipamento para as morgues provisórias, de
acordo com indicações do Instituto Nacional de Medicina Legal, designadamente o
fornecimento de iluminação, macas com rodas, mesas de trabalho, sacos de transporte de
cadáveres, pontos de água e energia;
• A identificação de cadáveres resulta, exclusivamente, de técnicas médico-legais e
policiais, registadas em formulários próprios;
• Relativamente às vítimas de outras nacionalidades, será accionado o Serviço de
Estrangeiros e Fronteiras (SEF) e a Unidade de Cooperação Internacional (UCI) da Policia
Judiciária, para obtenção de dados para a identificação das mesmas;
• Os cadáveres e partes de cadáver que não forem entregues a pessoas com legitimidade
para o requerer, podem ser conservados em frio ou inumados provisoriamente, se
necessário em sepultura comum, assegurando-se a identificação dos mesmos, até
posterior inumação ou cremação individual definitiva;
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA DE PROTECÇÃO CIVIL DE ALCOBAÇA
Serviço Municipal de Protecção Civil de Alcobaça 111
• As necessidades de transporte de pessoas e equipamento serão supridas pela Área de
Intervenção de Logística, de acordo com os meios disponíveis;
• Deverá ser assegurada a presença de representantes do Instituto de Registos Notariado
nas Morgues Provisórias para proceder ao assento de óbitos e garantir toda a tramitação
processual e documental associada;
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA DE PROTECÇÃO CIVIL DE ALCOBAÇA
Serviço Municipal de Protecção Civil de Alcobaça 112
10. PROTOCOLOS
Apresentam-se de seguida todas as entidades, organismos e agentes de protecção civil com
as quais a Câmara Municipal tem protocolos de colaboração.
Tabela 21 - Protocolos de Colaboração com Agentes de Protecção Civil
Entidade Descrição do Protocolo
Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Alcobaça
Protocolo para instalação de Equipa de Intervenção Permanente do Corpo de Bombeiros de Alcobaça, celebrado pela CMA e a ANPC
Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Alcobaça
Protocolo de Apoio ao Financiamento, celebrado entra a CMA e a AHBV
Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Benedita
Protocolo de Apoio ao Financiamento, celebrado entra a CMA e a AHBV
Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Pataias
Protocolo de Apoio ao Financiamento, celebrado entra a CMA e a AHBV
Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de São
Martinho do Porto Protocolo de Apoio ao Financiamento, celebrado entra a CMA e a AHBV
Associação de Produtores Florestais dos Concelhos de Alcobaça e Nazaré
Protocolo de Criação de Equipa de Sapadores Florestais, celebrado entre a CMA, CMN, APFCAN e DGRF, actualmente AFN.
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA DE PROTECÇÃO CIVIL DE ALCOBAÇA
Serviço Municipal de Protecção Civil de Alcobaça 113
Plano Municipal de Emergência de
Protecção Civil de Alcobaça
PARTE IV – INFORMAÇÃO COMPLEMENTAR
MUNICIPIO DE ALCOBAÇA
Serviço Municipal de Protecção Civil
Outubro 2014
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA DE PROTECÇÃO CIVIL DE ALCOBAÇA
Serviço Municipal de Protecção Civil de Alcobaça 114
PARTE IV – INFORMAÇÃO COMPLEMENTAR
SECÇÃO – I
1. ORGANIZAÇÃO GERAL DA PROTECÇÃO CIVIL EM PORTUGAL
A Lei nº 27/2006, de 3 de Julho, que aprova a Lei de Bases de Protecção Civil, define a
protecção civil como a actividade desenvolvida pelo Estado, Regiões Autónomas e autarquias locais,
pelos cidadãos e por todas as entidades públicas e privadas com a finalidade de prevenir riscos
colectivos inerentes a situações de acidente grave ou catástrofes, atenuar os seus efeitos e proteger
e socorrer as pessoas e bens em perigo quando aquelas situações ocorram.
É uma actividade de carácter permanente, multidisciplinar e plurissectorial, cabendo a todos
os órgãos e departamentos de Administração Pública promover as condições indispensáveis à sua
execução e às entidades privadas assegurar a necessária cooperação.
- Objectivos Fundamentais da Protecção Civil Municipal
De acordo com o n.º 1, do artigo 2.º, da Lei n.º 65/2007, de 12 de Novembro, os objectivos
fundamentais da Protecção Civil Municipal são:
• Prevenir no território municipal os riscos colectivos e a ocorrência de acidente grave ou
catástrofe deles resultantes;
• Atenuar na área do município os riscos colectivos e limitar os seus efeitos no caso das
ocorrências descritas na alínea anterior;
• Socorrer e assistir no território municipal as pessoas e outros seres vivos em perigo e
proteger bens e valores culturais, ambientais e de elevado interesse público;
• Apoiar a reposição da normalidade da vida das pessoas nas áreas afectadas por acidente
grave ou catástrofe.
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA DE PROTECÇÃO CIVIL DE ALCOBAÇA
Serviço Municipal de Protecção Civil de Alcobaça 115
- Domínios de actuação da actividade da Protecção Civil Municipal
Segundo o n.º 2, do artigo 2.º, da Lei n.º 65/2007, de 12 de Novembro, a actividade da
protecção civil municipal exerce-se nos seguintes domínios:
• Levantamento, previsão, avaliação e prevenção dos riscos colectivos do município;
• Análise permanente das vulnerabilidades municipais perante situações de risco;
• Informação e formação das populações do município, visando a sua sensibilização em
matéria de autoprotecção e de colaboração com as autoridades;
• Planeamento de soluções de emergência, visando a busca, o salvamento, a prestação de
socorro e de assistência, bem como a evacuação, alojamento e abastecimento das
populações presentes no município;
• Inventariação dos recursos e meios disponíveis e dos mais facilmente mobilizáveis, ao
nível municipal;
• Estudo e divulgação de formas adequadas de protecção dos edifícios em geral, de
monumentos e de outros bens culturais, de infra-estruturas, do património arquivístico,
de instalações de serviços essenciais, bem como do ambiente e dos recursos naturais
existentes no município;
• Previsão e planeamento de acções atinentes à eventualidade de isolamento de áreas
afectadas por riscos no território municipal.
A Lei n.º 27/2006, de 3 de Julho, tem como principal objectivo reorganizar a estrutura de
Protecção Civil a nível nacional, distrital e municipal, de modo a garantir que as diferentes entidades
com responsabilidades no âmbito da protecção civil actuam de forma articulada.
Neste sentido clarifica-se nos pontos seguintes a actual estrutura nacional de protecção civil
definida na Lei n.º 27/2006, de 3 de Julho, assim como a estrutura das operações do Sistema
Integrado de Operações de Protecção e Socorro (SIOPS) definida pelo Decreto-Lei n.º 134/2006, de
25 de Julho, na sua actual redacção.
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA DE PROTECÇÃO CIVIL DE ALCOBAÇA
Serviço Municipal de Protecção Civil de Alcobaça 116
1.1. Estrutura de Protecção Civil
A estrutura de protecção civil, segundo a Lei de Bases de Protecção Civil (Lei n.º 27/2006, de
3 de Julho) e o Dispositivo Integrado de Operações de Protecção e Socorro (ANPC, 2010), organiza-se
ao nível nacional, regional e municipal e é constituída por:
• Estrutura de direcção política
• Estrutura de coordenação politica;
• Estrutura de coordenação institucional;
• Estrutura de comando operacional.
As estruturas de direcção política compreendem:
• A nível nacional - o Primeiro-Ministro (ou o Ministro da Administração Interna por
delegação do Primeiro-Ministro);
• A nível distrital – o Comandante Operacional Distrital (CODIS)
• A nível municipal – o Presidente da Câmara Municipal
As estruturas de coordenação política incluem:
• A nível nacional – a Comissão Nacional de Protecção Civil;
• A nível distrital – a Comissão Distrital de Protecção Civil;
• A nível municipal – a Comissão Municipal de Protecção Civil.
As estruturas de coordenação institucional envolvem:
• A nível nacional – o Centro de Coordenação Operacional Nacional;
• A nível distrital – o Centro de Coordenação Operacional Distrital;
• A nível municipal – a Comissão Municipal de Protecção Civil.
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA DE PROTECÇÃO CIVIL DE ALCOBAÇA
Serviço Municipal de Protecção Civil de Alcobaça 117
As estruturas de comando operacional envolvem:
• A nível nacional – o Comando Nacional de Operações de Socorro;
• A nível distrital – o Comando Distrital de Operações de Socorro;
• A nível municipal – o Comandante Operacional Municipal;
• A nível da área de actuação de corpo de bombeiros – o Comandante do Corpo de
Bombeiros;
• A nível do teatro de operações – o Comandante das Operações de Socorro.
1.1.1. Estrutura de decisão política
Relativamente à direcção política da protecção civil é de referir, como órgãos decisores, a
Assembleia da República e o Governo que, segundo a Lei de Bases da Protecção Civil, possuem
competências ao nível político, legislativo e financeiro, nomeadamente, o enquadramento da política
de protecção civil e fiscalização da sua execução e a definição das principais orientações.
O Primeiro-Ministro é responsável pela direcção política de protecção civil competindo-lhe,
especificadamente, coordenar e orientar a acção dos membros do Governo nos assuntos
relacionados com a protecção civil e garantir o cumprimento das competências previstas para o
Conselho dos Ministros;
Importa ainda referir, no que respeita à actividade de direcção do Primeiro-Ministro, que
esta se processa muitas das vezes em sede de Conselho de Ministros. A este órgão compete, de
acordo com o n.º 2, do artigo 32.º, da Lei de Bases de Protecção Civil:
• Definir as linhas gerais da política governamental de protecção civil, bem como a sua
execução;
• Programar e assegurar os meios destinados à execução da política de protecção civil;
• Declarar a situação de calamidade;
• Adoptar, no caso previsto no ponto anterior, as medidas de carácter excepcional
destinadas a repor a normalidade das condições de vida nas zonas atingidas;
• Deliberar sobre a afectação extraordinária dos meios financeiros indispensáveis à
aplicação das medidas previstas no ponto anterior.
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA DE PROTECÇÃO CIVIL DE ALCOBAÇA
Serviço Municipal de Protecção Civil de Alcobaça 118
As competências do Primeiro-ministro, acima apresentadas, podem ser por este delegadas
no Ministro da Administração Interna que acumula com as seguintes competências:
• Declarar a situação de alerta ou contingência para a totalidade ou parte do território
nacional;
• Declarar através de despacho conjunto com o Primeiro-Ministro, a situação de
calamidade;
• Requisitar bens ou serviços por despacho conjunto com o Ministro dos Negócios
Estrangeiros;
• Presidir à Comissão Nacional de Protecção Civil (CNPC).
Ao nível municipal, a entidade responsável pela coordenação da política de Proteção Civil é a
Comissão Municipal de Proteção Civil, uma estrutura não permanente.
- Comissão Municipal de Proteção Civil
As competências destas comissões são as previstas para as comissões distritais a adequadas
à realidade do município.
Integram as Comissões Municipais de Protecção Civil (CMPC), o presidente da Câmara
Municipal, o Comandante Operacional Municipal (COM), um elemento de cada força de segurança e
dos Corpos de Bombeiros existente no município, a autoridade de saúde do município, o dirigente
máximo da unidade de saúde local, um representante dos serviços de segurança social e
solidariedade e representantes de outras entidades, um elemento do exército que poderão
contribuir em acções de protecção civil.
O Organismo técnico-administrativo responsável pela execução da política de Proteção Civil
no Município é o Serviço Municipal de Proteção Civil.
- Serviço Municipal de Protecção Civil
Órgão que tem por responsabilidade a prossecução das actividades de protecção civil no
âmbito municipal, nomeadamente, acompanhar a elaboração do Plano Municipal de Emergência de
Protecção Civil (PMEPC), inventariar e actualizar permanentemente os meios e recursos existentes
no concelho, planear o apoio logístico a prestar às vitimas e às forças de socorro em situação de
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA DE PROTECÇÃO CIVIL DE ALCOBAÇA
Serviço Municipal de Protecção Civil de Alcobaça 119
emergência, promover campanhas de informação e sensibilização e colaborar na elaboração e
execução de treinos e simulacros.
O Serviço Municipal de Protecção Civil (SMPC) é dirigido pelo Presidente da Câmara
Municipal, com faculdade de delegação no vereador por si designado.
A Figura 16 representa esquematicamente a estrutura nacional de protecção civil definida
pela Lei de Bases de Protecção Civil (Lei n.º 27/2006, de 3 de Julho).
Figura 17 - Esquema da Estrutura Nacional de Proteção Civil
Legenda: CNPC – Comissão Nacional de Protecção Civil; CCON – Centro de Coordenação Operacional Nacional;
CNOS – Comando Nacional de Operações de Socorro; CODIS – Comandante Operacional Distrital; CDPC –
Comissão Distrital de Protecção Civil; CMPC – Comissão Municipal de Protecção Civil; SMPC – Serviço Municipal
de Protecção Civil
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA DE PROTECÇÃO CIVIL DE ALCOBAÇA
Serviço Municipal de Protecção Civil de Alcobaça 120
Tabela 22 - Competências das diferentes Entidades e Órgãos que compõem a Direcção Política da Estrutura Nacional de Proteção Civil (Lei n.º 27/2006, de 3 de Julho; Lei Orgânica n.º 1/2011, de 30 de Novembro)
Entidade/órgãos Competências
Primeiro-Ministro
Responsável pela direcção da politica de protecção civil, competindo-lhe:
Coordenar e orientar a acção dos membros do Governo nos assuntos relacionados com a protecção civil;
Garantir o cumprimento das competências previstas no artigo 32.º da Lei de Bases de Protecção Civil.
Presidente da ANPC/Comandante
Operacional Distrital
Compete ao presidente da Autoridade Nacional de Protecção Civil exercer, ou delegar, as competências de, no âmbito distrital:
Desencadear, na iminência ou ocorrência de acidente grave ou catástrofe, as acções de protecção civil de prevenção, socorro, assistência e reabilitação adequadas em cada caso.
Presidente da Câmara Municipal
Compete ao presidente da câmara municipal, no exercício de funções de responsável municipal da política de protecção civil:
Desencadear, na iminência ou ocorrência de acidente grave ou catástrofe, as acções de protecção civil de prevenção, socorro, assistência e reabilitação adequadas em cada caso.
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA DE PROTECÇÃO CIVIL DE ALCOBAÇA
Serviço Municipal de Protecção Civil de Alcobaça 121
Tabela 23 - Competências das diferentes Entidades e Órgãos que compõem a Coordenação Política da Estrutura Nacional de Proteção Civil (Lei n.º 27/2006, de 3 de Julho)
Entidade/órgãos Competências
Comissão Nacional de Protecção Civil
A Comissão Nacional de Protecção Civil é o órgão de coordenação em matéria de protecção civil, competindo-lhe:
• Garantir a concretização das linhas gerais da política governamental de protecção civil em todos os serviços da administração;
• Apreciar as bases gerais da organização e do funcionamento dos organismos e serviços que, directa ou indirectamente, desempenhem funções de protecção civil;
• Apreciar os acordos ou convenções sobre cooperação internacional em matéria de protecção civil;
• Apreciar os planos de emergência de âmbito nacional, distrital ou municipal; • Dar parecer sobre os planos de emergência elaborados pelos Governos das
Regiões Autónomas; • Adoptar mecanismos de colaboração institucional entre todos os organismos e
serviços com responsabilidades no domínio da protecção civil, bem como formas de coordenação técnica e operacional da actividade por aqueles desenvolvida, no âmbito específico das respectivas atribuições estatutárias;
• Proceder ao reconhecimento dos critérios e normas técnicas sobre a organização do inventário de recursos e meios, públicos e privados, mobilizáveis ao nível local, distrital, regional ou nacional, em caso de acidente grave ou catástrofe;
• Definir os critérios e normas técnicas sobre a elaboração de planos de emergência;
• Definir as prioridades e objectivos a estabelecer com vista ao escalonamento de esforços dos organismos e estruturas com responsabilidades no domínio da protecção civil, relativamente à sua preparação e participação em tarefas comuns de protecção civil;
• Aprovar e acompanhar as iniciativas públicas tendentes à divulgação das finalidades da protecção civil e à sensibilização dos cidadãos para a autoprotecção e para a colaboração a prestar aos organismos e agentes que exercem aquela actividade;
• Apreciar e aprovar as formas de cooperação externa que os organismos e estruturas do sistema de protecção civil desenvolvem nos domínios das suas atribuições e competências específicas.
• Desencadear as acções previstas nos planos de emergência e assegurar a conduta das operações de protecção civil deles decorrentes;
• Possibilitar a mobilização rápida e eficiente das organizações e pessoal indispensáveis e dos meios disponíveis que permitam a conduta coordenada das acções a executar;
• Formular junto do Governo pedidos de auxílio a outros países e às organizações internacionais, através dos órgãos competentes;
• Determinar a realização de exercícios, simulacros ou treinos operacionais que contribuam para a eficácia de todos os serviços intervenientes em acções de protecção civil;
• Difundir os comunicados oficiais que se mostrem adequados às situações previstas na presente lei.
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Serviço Municipal de Protecção Civil de Alcobaça 122
Tabela 24 - Competências das diferentes Entidades e Órgãos que compõem a Coordenação Política, ao nível distrital e municipal, da Estrutura Nacional de Proteção Civil (Lei n.º 27/2006, de 3 de Julho)
Entidade/órgãos Competências
Comissão Distrital de Protecção Civil
Compete à comissão distrital de protecção civil:
Accionar a elaboração, acompanhar a execução e remeter para aprovação pela Comissão Nacional os planos distritais de emergência;
Acompanhar as políticas directamente ligadas ao sistema de protecção civil que sejam desenvolvidas por agentes públicos;
Determinar o accionamento dos planos, quando tal se justifique;
Promover a realização de exercícios, simulacros ou treinos operacionais que contribuam para a eficácia de todos os serviços intervenientes em acções de protecção civil.
Comissão Municipal de Protecção Civil
As competências das comissões municipais são as previstas para as comissões distritais adequadas à realidade e dimensão do município.
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Serviço Municipal de Protecção Civil de Alcobaça 123
Tabela 25 - Competências dos Serviços Municipais de Proteção Civil (Lei n.º 65/2007, de 12 de Novembro)
Entidade/órgãos Competências
Serviço Municipal de Protecção Civil
• Acompanhar a elaboração e actualizar o Plano Municipal de Emergência e os Planos Especiais, quando estes existam;
• Assegura a funcionalidade e a eficácia da estrutura do Serviço Municipal de Protecção Civil;
• Inventariar e actualizar permanentemente os registos dos meios e dos recursos existentes no concelho, com interesse para o Serviço Municipal de Protecção Civil;
• Realizar estudos técnicos com vista à identificação, análises e consequências dos riscos naturais, tecnológicos e sociais que possam afectar o município, em função da magnitude estimada e do local previsível da sua ocorrência, promovendo a sua cartografia de modo a prevenir, quando possível, a sua manifestação e a avaliar e minimizar os efeitos das suas consequências previsíveis;
• Manter informação actualizada sobre acidentes graves e catástrofes ocorridas no município, bem como sobre elementos relativos às condições de ocorrência, às medidas adoptadas para fazer face às respectivas consequências e às conclusões sobre o êxito ou insucesso das acções empreendidas em cada caso;
• Planear o apoio logístico a prestar às vítimas e às forças de socorro em situação de emergência;
• Levantar, organizar e gerir os centros de alojamento a accionar em situação de emergência;
• Elaborar planos prévios de intervenção e preparar e propor a execução de exercícios e simulacros que contribuam para uma actuação eficaz de todas as entidades intervenientes nas acções de protecção civil;
• Estudar as questões de que vier a ser incumbido propondo as soluções que considere mais adequadas. Propor medidas de segurança face aos riscos inventariados;
• Colaborar na elaboração e execução de treinos e simulacros; • Elaborar projectos de regulamentação de prevenção e segurança; • Realizar acções de sensibilização para questões de segurança, preparando e
organizando as populações face aos riscos e cenários previsíveis; • Promover campanhas de informação sobre medidas preventivas, dirigidas a
segmentos específicos da população alvo, ou sobre riscos específicos em cenários prováveis previamente definidos;
• Fomentar o voluntariado em protecção civil; • Recolher a informação pública emanada das comissões e gabinetes que
integram o Serviço Municipal de Protecção Civil destinada à divulgação pública relativa a medidas preventivas ou situações de catástrofe;
• Promover e incentivar acções de divulgação sobre protecção civil junto dos munícipes com vista à adopção de medidas de autoprotecção;
• Indicar na iminência de acidentes graves ou catástrofes, as orientações, medidas preventivas e procedimentos a ter pela população para fazer face à situação;
• Dar seguimento a outros procedimentos, por determinação do presidente da Câmara Municipal ou Vereador com competência delegada.
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Serviço Municipal de Protecção Civil de Alcobaça 124
A Autoridade Nacional de Protecção Civil (ANPC) é um serviço central, da administração
directa do Estado, que tem por missão planear, coordenar e executar a política de protecção civl,
designadamente na prevenção e reacção a acidentes graves e catástrofes, de protecção e socorro de
populações e de superintendência da actividade dos bombeios, bem como assegurar o planeamento
e coordenação das necessidades nacionais na área do planeamento civil de emergência com vista a
fazer face a situações de crise ou de guerra.
Tabela 26 – Atribuições da Autoridade Nacional de Protecção Civil
Entidade Atribuições
Autoridade Nacional de Protecção Civil
No âmbito da previsão e gestão de risco e planeamento de emergência:
• Assegurar a actividade de planeamento civil de emergência para fazer face, em particular, a situações de acidente grave, catástrofe, crise ou guerra;
• Contribuir para a definição da política nacional de planeamento civil de emergência
• Promover o levantamento, previsão e avaliação dos riscos colectivos de origem natural ou tecnológica e o estudo, normalização e aplicação de técnicas adequadas de prevenção e socorro;
• Organizar um sistema nacional de alerta e aviso; • Proceder à regulamentação, licenciamento e fiscalização no âmbito da
segurança contra incêndios; • Assegurar a articulação dos serviços públicos ou privados que devam
desempenhar missões relacionadas com o planeamento civil de emergência, a fim de que, em situação de acidente grave, catástrofe, crise ou guerra, se garanta a continuidade da acção governativa, a protecção das populações e a salvaguarda do património nacional.
No âmbito da actividade de protecção e socorro:
• Garantir a continuidade orgânica e territorial do sistema de comando de operações de socorro;
• Acompanhar todas as operações de protecção e socorro, nos âmbitos local e regional autónomo, prevendo a necessidade de intervenção de meios complementares;
• Planear e garantir a utilização, nos termos da lei, dos meios públicos e privados disponíveis para fazer face a situações de acidente grave e catástrofe;
• Garantir a disponibilidade dos meios aéreos necessários ao desempenho das atribuições cometidas ao Ministério da Administração Interna;
• Assegurar a coordenação horizontal de todos os agentes de protecção civil e as demais estruturas e serviços públicos com intervenção ou responsabilidades de protecção e socorro.
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Serviço Municipal de Protecção Civil de Alcobaça 125
1.2. Estrutura das Operações
A nível nacional das operações de protecção e socorro encontram-se enquadradas pelo
Decreto-Lei n.º 134/2006, de 25 de Julho, que define o Sistema Integrado de Operações de Protecção
e Socorro (SIOPS). Este consiste num conjunto de estruturas, normas e procedimentos de natureza
permanente e conjuntural que asseguram que todos os agentes de protecção civil actuam, no plano
operacional, articuladamente sob um comando único, sem prejuízo da respectiva dependência
hierárquica e funcional.
O SIOPS visa responder a situações de iminência ou ocorrência de acidente grave ou
catástrofe, baseado no principio de comando único em estruturas de coordenação institucional,
onde se compatibilizam todas as instituições necessárias para fazer face a acidentes graves e
catástrofes, e em estruturas de comando operacional que, no âmbito das competências à Autoridade
Nacional de Protecção Civil (ANPC), agem perante a iminência ou ocorrência de acidentes graves em
ligação com outras forças que dispõem de comando próprio (por exemplo, policia de segurança
pública, exército, etc.).
1.2.1. Estruturas de Coordenação Institucional
A coordenação institucional é assegurada, a nível nacional e ao nível de cada distrito, pelos
centros de coordenação operacional (CCO) que integram representantes das entidades cuja
intervenção se justifica em função de cada ocorrência em concreto.
Os centros de coordenação operacional são responsáveis pela gestão da participação
operacional de cada força ou serviço nas operações de socorro a desencadear.
São atribuições dos CCO, designadamente:
• Assegurar a coordenação dos recursos e do apoio logístico das operações de socorro,
emergência e assistência realizadas por todas as organizações integrantes do SIOPS;
• Proceder à recolha de informação estratégica, relevante para as missões de protecção e
socorro, detida pelas organizações integrantes dos CCO, bem como promover a sua
gestão;
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA DE PROTECÇÃO CIVIL DE ALCOBAÇA
Serviço Municipal de Protecção Civil de Alcobaça 126
• Recolher e divulgar, por todos os agentes em razão da ocorrência e do estado de
prontidão, informações de carácter estratégico essencial à componente de comando
operacional táctico;
• Informar permanentemente a autoridade política respectiva de todos os factos relevantes
que possam gerar problemas ou estrangulamentos no âmbito da resposta operacional;
• Garantir a gestão e acompanhar todas as ocorrências, assegurando uma resposta
adequada no âmbito do SIOPS.
A Comissão Nacional de Protecção Civil aprova o regulamento de funcionamento do Centro
de Coordenação Operacional Nacional e dos centros de coordenação operacional distrital, que prevê,
designadamente, as formas de mobilização e de articulação entre as entidades integrantes dos COS,
as relações operacionais com o Comando Nacional de Operações de Socorro e os comandos distritais
de operações de socorro, a existência de elementos de ligação permanente, bem como a recolha e
articulação da informação necessária à componente operacional.
Centro de Coordenação Operacional Nacional
• O Centro de Coordenação Operacional Nacional, adiante designado por CCON, assegura
que todas as entidades e instituições de âmbito nacional imprescindíveis às operações de
protecção e socorro, emergência e assistência previsíveis ou decorrentes de acidente
grave ou catástrofe se articulam entre si, garantindo os meios considerados adequados à
gestão da ocorrência em cada caso concreto.
• O CCON íntegra representantes da Autoridade Nacional de Protecção Civil, da Guarda
Nacional Republicana, da Polícia de Segurança Pública, do Instituto Nacional de
Emergência Médica, do Instituto de Meteorologia e da Direcção-Geral dos Recursos
Florestais e de outras entidades que cada ocorrência em concreto venha a justificar.
• O CCON pode ainda integrar um elemento das Forças Armadas desde que estejam
empenhados nas operações de protecção e socorro, emergência e assistência meios
humanos e materiais a estas solicitados.
• O CCON é coordenado pelo presidente da Autoridade Nacional de Protecção Civil,
podendo este fazer-se substituir pelo comandante operacional nacional da Autoridade
Nacional de Protecção Civil.
• A Autoridade Nacional de Protecção Civil garante os recursos humanos, materiais e
informacionais necessários ao funcionamento do CCON.
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Serviço Municipal de Protecção Civil de Alcobaça 127
Centros de coordenação operacional distrital
• Os centros de coordenação operacional distrital, adiante designados por CCOD,
asseguram que todas as entidades e instituições de âmbito distrital imprescindíveis às
operações de protecção e socorro, emergência e assistência previsíveis ou decorrentes de
acidente grave ou catástrofe se articulam entre si garantindo os meios considerados
adequados à gestão da ocorrência em cada caso concreto.
• Os CCOD integram, obrigatoriamente, representantes da Autoridade Nacional de
Protecção Civil, da Guarda Nacional Republicana, da Polícia de Segurança
• Os CCOD integram, obrigatoriamente, representantes da Autoridade Nacional de
Protecção Civil, da Guarda Nacional Republicana, da Polícia de Segurança Pública, do
Instituto Nacional de Emergência Médica e da Direcção-Geral dos Recursos Florestais e
das demais entidades que cada ocorrência em concreto venha a justificar.
• Os CCOD podem ainda integrar um elemento das Forças Armadas desde que estejam
empenhados nas operações de protecção e socorro, emergência e assistência meios
humanos e materiais a estas solicitados.
• Os CCOD são coordenados pelos comandantes operacionais distritais da Autoridade
Nacional de Protecção Civil.
• Os CCOD garantem uma avaliação distrital e infradistrital em articulação com as entidades
políticas e administrativas de âmbito municipal.
• Compete à Autoridade Nacional de Protecção Civil garantir os recursos humanos,
materiais e informacionais necessários ao funcionamento do CCOD.
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA DE PROTECÇÃO CIVIL DE ALCOBAÇA
Serviço Municipal de Protecção Civil de Alcobaça 128
2. MECANISMOS DA ESTRUTURA DE PROTECÇÃO CIVIL
A Comissão Municipal de Protecção Civil (CMPC) é o órgão de coordenação em matéria de
protecção civil ao nível do município, é convocada pelo Presidente da Câmara Municipal.
2.1. Composição, Convocação e Competências da Comissão de Protecção Civil
- Composição e convocação da Comissão Municipal de Protecção Civil
Em cada município existe uma Comissão Municipal de Protecção Civil (CMPC), organismo que
assegura que todas as entidades e instituições de âmbito municipal imprescindíveis às operações de
protecção e socorro, emergência e assistência previsíveis ou decorrentes de acidente grave ou
catástrofe se articulam entre si, garantindo os meios considerados adequados à gestão da ocorrência
em cada caso concreto.
Integram a Comissão Municipal de Protecção Civil:
• O Presidente da Câmara Municipal, ou o Vereador com a competência delegada, que
preside;
• Um membro da Assembleia Municipal;
• O Comandante Operacional Municipal;
• Comandantes dos Corpos de Bombeiros presentes no Concelho de Alcobaça ou seus
substitutos legais;
• Comandantes de cada uma das forças de segurança presentes no Concelho de Alcobaça
ou seus substitutos legais;
• A Autoridade de Saúde do Município;
• Um representante do Exército:
• Um representante do PNSAC;
• Um representante da AFN;
• Um representante dos agrupamentos de Escuteiros;
• Um representante das Juntas de Freguesia;
• Directores Municipais:
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA DE PROTECÇÃO CIVIL DE ALCOBAÇA
Serviço Municipal de Protecção Civil de Alcobaça 129
Departamento Técnico
Departamento de Ordenamento e Gestão Urbanística
Serviços Municipalizados
• O dirigente máximo da Unidade da Saúde local ou o director do Centro de Saúde e o
Director do Hospital da área de influência do Município, designados pelo Director-Geral
de Saúde;
• Um representante dos Serviços de Segurança Social e Solidariedade;
• Os representantes de outras entidades e serviços implantados no Município, cujas
actividades e áreas funcionais possam, de acordo com os riscos existentes e as
características do concelho de Alcobaça, contribuir para as acções de Protecção Civil.
- Competências da Comissão Municipal de Protecção Civil
São competências das comissões municipais de protecção civil as atribuídas por lei às
comissões distritais de protecção civil que se revelem adequadas à realidade e dimensão do
município, designadamente as seguintes:
• Solicitar a realização do Plano Municipal de Emergência, acompanhar a sua execução, e
remetê-lo para aprovação pela Comissão Nacional de Protecção Civil;
• Acompanhar as políticas directamente ligadas ao sistema de Protecção Civil que sejam
desenvolvidas por agentes públicos;
• Determinar o accionamento dos planos, quando tal se justifique;
• Garantir que as entidades e instituições que integram a CMPC accionam, ao nível
Municipal, no âmbito da sua estrutura orgânica e das suas atribuições, os meios
necessários ao desenvolvimento das acções de Protecção Civil;
• Difundir comunicados e avisos às populações e às entidades e instituições, incluindo os
órgãos de comunicação social.
• As deliberações da Comissão Municipal de Protecção Civil só serão validas quando
aprovadas por maioria dos membros presentes.
• A proposta do Plano Municipal de Emergência deve ser aprovada por maioria qualificada
de dois terços dos membros permanentes em efectividade de funções.
É de realçar que é fundamental que as entidades e instituições de âmbito municipal, que
compõem a CMPC, realizem frequentemente reuniões que permitam acompanhar, conhecer e
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA DE PROTECÇÃO CIVIL DE ALCOBAÇA
Serviço Municipal de Protecção Civil de Alcobaça 130
definir estratégias conjuntas de acção. Através destas reuniões será ainda possível a
responsabilização perante todos os constituintes da CMPC, de cada uma das entidades sobre as
acções que deve desenvolver no âmbito do Plano Municipal de Emergência de Protecção Civil de
Alcobaça, assim como possibilitará a apresentação e discussão de propostas relacionadas com as
problemáticas do concelho ao nível da protecção civil.
2.2. Critérios e âmbito para a Declaração das situações de Alerta, Contingência ou
Calamidade
As declarações de situações de alerta, contingência ou calamidade são mecanismos à
disposição das autoridades políticas de protecção civil para potenciar a adopção de medidas
preventivas ou reactivas a desencadear na iminência ou ocorrência de um acidente grave ou
catástrofe. Tal declaração é realizada de acordo com a natureza dos acontecimentos a prevenir ou
enfrentar e a gravidade e extensão dos seus efeitos actuais ou potenciais.
Das situações acima mencionadas apenas a situação de alerta é utilizada pelas autoridades
políticas a nível municipal. Assim, é importante explicar quais os critérios e circunstâncias
fundamentadoras para ser declarada a situação de alerta de âmbito municipal.
Neste âmbito, a situação de alerta será declarada face à ocorrência ou iminência de
ocorrência de um acidente grave ou catástrofe em que se verifique a necessidade de adoptar
medidas preventivas ou medidas especiais de reacção definidos no artigo 3º da Lei de Bases da
Protecção Civil (Lei n.º 27/2006):
• Acidente Grave – “É um acontecimento inusitado com efeitos relativamente limitados no
tempo e no espaço, susceptível de atingir as pessoas e outros seres vivos, bens ou o
ambiente”;
• Catástrofe – “É o acidente grave ou série de acidentes graves susceptíveis de provocarem
elevados prejuízos materiais e, eventualmente, vítimas afectando intensamente as
condições de vida e o tecido socioeconómico em áreas ou na totalidade do território
nacional”.
Os poderes para declarar a situação de alerta, contingência ou de calamidade, encontram-se
circunscritos pelo âmbito territorial de competência dos respectivos órgãos (artigo 8.º).
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA DE PROTECÇÃO CIVIL DE ALCOBAÇA
Serviço Municipal de Protecção Civil de Alcobaça 131
Deste modo, cabe ao Presidente da Câmara Municipal de Alcobaça declarar a situação de
alerta de âmbito municipal (artigo 13.º), face à ocorrência ou iminência de ocorrência de algum
acidente grave onde é reconhecida a necessidade de adoptar medidas preventivas e ou medidas
especiais de reacção. A respectiva declaração inclui a menção da aatureza do acontecimento que
originou a situação declarada, o âmbito temporal e territorial e a estrutura de coordenação e
controlo dos meios e recursos a disponibilizar.
A declaração da situação de alerta implica:
• Obrigatoriedade de convocação da CMPC;
• Estabelecimento dos procedimentos adequados à coordenação técnica e operacional dos
serviços e agentes de protecção civil;
• Estabelecimento das orientações relativas aos procedimentos de coordenação da
intervenção das forças e serviços de segurança;
• Adopção de medidas preventivas adequadas à ocorrência;
• Obrigação especial de colaboração dos meios de comunicação social
Em termos esquemáticos a declaração de situação de alerta traduz-se no processo
apresentado na Figura 18.
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA DE PROTECÇÃO CIVIL DE ALCOBAÇA
Serviço Municipal de Protecção Civil de Alcobaça 132
Figura 18 - Declaração de Situação de Alerta
Evento
Informação
Avaliação
Alerta
Presidente da Câmara Municipal declara situação de alerta
(Art. 6.º Lei n.º 65/2007 de 12 Novembro)
SMPC
Agentes de Protecção Civil
Articulados operacionalmente
SIOPS
Adopção de medidas preventivas e ou medidas especiais de reacção
(Art. 9.º, Lei n.º 27/2006 de 3 de Julho);
Na decisão da declaração deste acto menciona-se expressamente:
- A natureza do acontecimento que originou a situação declarada;
- O âmbito temporal e territorial;
- A estrutura de coordenação e controlo dos meios e recursos a disponibilizar.
(Art. 14.º, Lei n.º 27/2006)
Âmbito material da Declaração de Alerta:
- A obrigatoriedade de convocação da CMPC;
- O estabelecimento dos processamentos adequados à coordenação técnica e operacional dos
serviços e APC, bem como dos recursos a utilizar;
- O estabelecimento das orientações relativas aos processamentos de coordenação da
intervenção das forças e serviços de segurança;
- A adopção de medidas preventivas adequadas à ocorrência.
- Obrigação especial de colaboração dos meios de comunicação social, em particular das rádios e
das televisões com a estrutura de coordenação das forças e serviços de segurança, visando a
divulgação das informações relevantes relativas à situação.
(Art. 15.º, Lei n.º 27/2006)
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA DE PROTECÇÃO CIVIL DE ALCOBAÇA
Serviço Municipal de Protecção Civil de Alcobaça 133
Importa salientar que a declaração de alerta de âmbito municipal não implica a activação do
Plano Municipal de emergência de Protecção Civil de Alcobaça, e vice-versa, ou seja, a activação do
Plano Municipal de emergência de Protecção Civil de Alcobaça, não implica a declaração de situação
de alerta de âmbito municipal.
Por fim, é de mencionar que a declaração da situação de alerta determina uma obrigação
especial de colaboração dos meios de comunicação social, em particular das rádios e das televisões,
com a CMPC, visando a divulgação das informações relevantes relativas à situação.
Em síntese as competências para a declaração:
Declaração de Alerta
• O Ministro da Administração pode declarar a situação de alerta para a totalidade do
território nacional ou com o âmbito circunscrito a uma parcela do território nacional.
• Cabe ao Codis declarar a situação de alerta, no todo ou em parte do seu âmbito
territorial, precedida da audição, sempre que possível, dos Presidentes das Câmara
Municipais dos municípios abrangidos.
• Compete ao Presidente da Câmara Municipal declarar a situação de alerta no âmbito
Municipal.
Declaração de Contingência
• O Ministro da Administração Interna pode declarar a situação de contingência para a
totalidade do território nacional ou com o âmbito circunscrito a uma parcela do território
nacional.
• Compete ao Codis no seu âmbito territorial de competência, precedida da audição,
sempre que possível, dos Presidentes das Câmaras Municipais dos municípios abrangidos.
Declaração de Calamidade:
• Compete ao Governo declaração de situação de calamidade e reveste a forma de
resolução do Conselho de Ministros ou despacho conjunto do Primeiro-Ministro e do
Ministro da Administração Interna.
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA DE PROTECÇÃO CIVIL DE ALCOBAÇA
Serviço Municipal de Protecção Civil de Alcobaça 134
2.3. Sistema de Monitorização, Alerta e Aviso
Existem diversos sistemas de monitorização em uso para diferentes tipologias de risco. Como
exemplo, cita-se o Sistema de Avisos Meteorológicos do Instituto de Meteorologia (situações
meteorológicas adversas), o Sistema de Vigilância e Alerta de Recursos Hídricos do Instituto da Água
(cheias), o Índice Ícaro (ondas de calor) e o Sistema de Vigilância de Emergências Radiológicas da
Agência Portuguesa do Ambiente (emergências radiológicas). No que respeita aos sistemas de aviso,
existem diversos dispositivos para o efeito (sirenes, telefones, viaturas com megafones, estações de
rádio locais, televisão, etc) pelo que a decisão do meio a adoptar terá que ser baseada na extensão
da zona afectada, no tipo, dimensão e dispersão geográfica da população a avisar (pequenas
povoações rurais, grandes aglomerados urbanos, quintas dispersas, etc.), na proximidade geográfica
dos agentes de protecção civil e nos meios e recursos disponíveis. Deve ainda ser tomado em
atenção que uma situação pode ocorrer durante o dia útil de trabalho, à noite ou durante os fins-de-
semana, o que não só faz variar a localização da população aquando de um possível acidente, mas
também a forma de poderem receber o aviso, pelo que diferentes procedimentos de aviso devem
ser contemplados para diferentes períodos do dia e da semana.
Para populações de pequena dimensão pode utilizar-se o aviso automático através da rede
telefónica, o que requer que listas de residências e empregos com a respectiva localização e números
de telefones sejam elaboradas e mantidas actualizadas. Porém, haverá que considerar formas de
aviso (por exemplo, emissão de mensagens escritas ou difusão celular para telemóveis) para a
população em movimento que não está nas suas residências ou nos seus locais de emprego.
É de referir que, para o caso do risco de roturas de barragens, está definido que as sirenes serão
os equipamentos preferenciais de suporte à emissão dos avisos, conforme estipulado nas Normas para a
Concepção do Sistema de Alerta e Aviso no Âmbito dos PEI de Barragens.
Outro meio de aviso à população é o uso de megafones, em que a utilização de carros auxilia
à cobertura de maiores áreas num menor espaço de tempo. Estações de rádio locais, ou mesmo de
televisão, podem também ser utilizadas para uma rápida difusão do aviso.
Dado que o aviso à população é uma acção crucial para minorar o número de vítimas, e que é
difícil que qualquer dos meios seleccionados abranja toda a população potencialmente afectada,
deverá ser prevista a redundância de meios de aviso tem por base o tipo de acidente ou catástrofe, a
extensão da zona afectada, dimensão e dispersão geográfica da população a avisar, proximidade
geográfica dos agentes de protecção civil e meios e recursos disponíveis, hora e dia da semana. Os
meios de aviso incluem:
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA DE PROTECÇÃO CIVIL DE ALCOBAÇA
Serviço Municipal de Protecção Civil de Alcobaça 135
• Sirenes dos CBV que promovem alarme acústico, intermitente, audível no perímetro e na
vizinhança da instalação;
• Sistema acústico intermitente, de aviso de emergência (alarme sonoro) de viaturas dos
CBV, forças de segurança;
• Viaturas da Câmara Municipal de Alcobaça, Juntas de Freguesia, forças de segurança,
unidades militarem equipadas com meios de aviso luminosos e megafones;
• Mensagem alfanumérica nos ecrãs das auto-estradas e empresas;
• Comunicados emitidos pelas estações de rádio locais;
• Telefones fixos e da Rede móvel;
• Rádios VHF e UHF de Radioamadores;
Todas as ocorrências necessitam de intervenção humana, ao nível da comunicação e decisão,
para desencadear os Planos de Evacuação e Actuação.
Os comunicados devem ser curtos, claros e precisos de forma a serem facilmente
percepcionados pelas populações. Estas são orientadas pelos elementos de protecção civil no
terreno, que devem complementar as instruções recebidas, actuar de forma eficiente, incutindo a
calma e a confiança.
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA DE PROTECÇÃO CIVIL DE ALCOBAÇA
Serviço Municipal de Protecção Civil de Alcobaça 136
Figura 19 - Sistema de Monitorização, Alerta e Aviso
Director do Plano
Gabinete de Inf. e Relações Públicas Comandante Operacional Municipal
Operadores Órgão de Comunicação Social
CBV Alcobaça
CBV Benedita
CBV Pataias
CBV São Martinho do Porto
GNR
PSP
ASV
UM
POPULAÇÃO
INFO
RM
A
Toques contínuos de 2 minutos, repetidos 5 vezes, interrompidos entre cada um, com um intervalo de 20 segundos
Rádio Cister (95.5 MHz)
Rádio Benedita (88.1 MHz)
Comunicados, instruções, etc…
SINCRONIZA
DIFUNDE
NO LOCAL
CCOD Leiria
Legenda:
CCOD – Centro de Coordenação Operacional Distrital
GNR – Guarda Nacional Republicana
PSP – Policia Segurança Pública
ASV – Associação de Socorros Voluntários
UM – Unidades Militares
CBV – Corpo de Bombeiros Voluntários