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Outubro 2014 PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA DE PROTECÇÃO CIVIL DE ALCOBAÇA

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Outubro 2014

PLANO MUNICIPAL

DE EMERGÊNCIA

DE PROTECÇÃO CIVIL DE

ALCOBAÇA

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Plano Municipal de Emergência de

Protecção Civil de Alcobaça

MUNICIPIO DE ALCOBAÇA

Serviço Municipal de Protecção Civil

Outubro 2014

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Serviço Municipal de Protecção Civil de Alcobaça

i

Índice Acrónimos ........................................................................................................................................ viii

PARTE I – ENQUADRAMENTO GERAL DO PLANO ............................................................................. 1

1. Introdução .................................................................................................................................. 2

2. Âmbito de Aplicação .................................................................................................................. 4

3. Objectivos Gerais ....................................................................................................................... 6

4. Enquadramento Legal ................................................................................................................ 8

4.1. Enquadramento Institucional e Operacional da Protecção no âmbito Municipal .................. 8

4.2. Sistema Integrado de Operações de Protecção e Socorro ................................................... 13

4.3. Lei de Bases de Protecção Civil ............................................................................................. 14

4.4. Resumo do Enquadramento Legal do Plano Municipal de Emergência de Protecção Civil de

Alcobaça ....................................................................................................................................... 16

5. Antecedentes do Processo de Planeamento ........................................................................... 18

6. Articulação com Instrumentos de Planeamento e Ordenamento do território ...................... 20

6.1. Interligação com os planos de emergência de protecção civil adjacentes à área territorial 20

6.2. Interligação com os Planos de Ordenamento do Território Vigentes para a mesma à Área

Territorial ..................................................................................................................................... 20

6.3 Programa Nacional de Planeamento e Ordenamento do Território ..................................... 22

6.4. Plano Rodoviário Nacional .................................................................................................... 24

6.5. Plano Nacional da Água......................................................................................................... 24

6.6. Planos Regionais de Ordenamento do Território ................................................................. 27

6.7. Planos Regionais de Ordenamento Florestal ........................................................................ 28

6.8. Planos Especiais de Ordenamento do Território .................................................................. 29

6.9. Plano Director Municipal ...................................................................................................... 32

7. Activação do Plano ................................................................................................................... 34

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ii

7.1. Competência para Activação do Plano ................................................................................. 34

7.2. Critérios para Activação do Plano ......................................................................................... 36

8. Programas de Exercícios .......................................................................................................... 41

PARTE II – ORGANIZAÇÃO DA RESPOSTA ...................................................................................... 45

1. Conceitos de Actuação ............................................................................................................. 46

1.1. Comissão Municipal de Protecção Civil................................................................................. 47

1.2. Centro de Coordenação Operacional .................................................................................... 51

2. Execução do Plano ................................................................................................................... 52

2.1. Fase de Emergência .............................................................................................................. 52

2.2. Fase de Reabilitação .............................................................................................................. 53

3. Articulação e Actuação de Agentes, Organismos e Entidades ................................................. 54

3.1. Missão dos Agentes de Protecção Civil ................................................................................. 55

3.1.1. Fase de Emergência........................................................................................................ 56

3.2. Missão dos Organismos e Entidades de Apoio ..................................................................... 60

3.2.1. Fase de Emergência........................................................................................................ 61

3.2.2. Fase de Reabilitação ....................................................................................................... 63

PARTE III – ÁREAS DE INTERVENÇÃO ............................................................................................. 65

1. Administração de Meios e Recursos ........................................................................................ 66

2. Logística .................................................................................................................................... 69

2.1. Organização Logística ............................................................................................................ 69

2.2. Responsabilidades Específicas nas Operações Logísticas ..................................................... 69

2.3. Instruções de Coordenação .................................................................................................. 71

2.4. Actualização .......................................................................................................................... 71

2.5. Apoio Logístico às Forças de Intervenção ............................................................................. 71

2.6. Apoio Logístico às Populações .............................................................................................. 73

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iii

3. Comunicações .......................................................................................................................... 77

3.1. Organização das Comunicações ............................................................................................ 77

3.2. Responsabilidades Específicas .............................................................................................. 78

3.3. Prioridades de Acção ............................................................................................................. 79

3.4. Instruções de Coordenação .................................................................................................. 80

3.5. Actualização .......................................................................................................................... 83

3.6. Canais de Frequência Rádio (MHz) ....................................................................................... 83

3.7. Procedimentos de Comunicações ......................................................................................... 85

4. Gestão da Informação .............................................................................................................. 89

4.1. Gestão da Informação entre as Entidades Actuantes nas Operações .................................. 89

4.2. Gestão da Informação entre as Entidades Intervenientes no Plano Municipal de Emergência

de Alcobaça .................................................................................................................................. 90

4. 3.Informação Pública ............................................................................................................... 91

5. Procedimentos de Evacuação .................................................................................................. 96

6. Manutenção da Ordem Pública ............................................................................................. 100

7. Serviços Médicos e Transporte de Vítimas ............................................................................ 102

8. Socorro e Salvamento ............................................................................................................ 104

8.1. Organização ......................................................................................................................... 104

8.2. Instruções de Coordenação ................................................................................................ 105

9. Serviços Mortuários ............................................................................................................... 108

10. Protocolos .......................................................................................................................... 112

PARTE IV – INFORMAÇÃO COMPLEMENTAR................................................................................ 113

SECÇÃO – I ...................................................................................................................................... 114

1. Organização Geral da Protecção Civil em Portugal ................................................................ 114

1.1. Estrutura de Protecção Civil ................................................................................................ 116

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iv

1.2. Estrutura das Operações ..................................................................................................... 125

2. Mecanismos da Estrutura de Protecção Civil ......................................................................... 128

2.1. Composição, Convocação e Competências da Comissão de Protecção Civil ...................... 128

2.2. Critérios e âmbito para a Declaração das situações de Alerta, Contingência ou Calamidade

.................................................................................................................................................... 130

2.3. Sistema de Monitorização, Alerta e Aviso .......................................................................... 134

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v

Índice de Figuras

Figura 1- Legislação que enquadra a actividade de protecção civil em Portugal ............................ 12

Figura 2 - Organização reduzida da Comissão Municipal de Protecção Civil ................................... 34

Figura 3 - Meios utilizados para a Publicitação da Activação do Plano de Emergência .................. 35

Figura 4 - Processo de Activação do Plano Municipal de Emergência de Protecção Civil de Alcobaça .......................................................................................................................................................... 38

Figura 5 - Esquema relativo ao Aperfeiçoamento dos Exercícios de Emergência ........................... 41

Figura 6 - Esquema da Organização Operacional dos agentes de Protecção Civil e Entidades e Organismos de Apoio em caso de Emergência ................................................................................ 50

Figura 7 - Procedimentos para a Administração de Meios e Recursos ............................................ 68

Figura 8 - Procedimentos de logística em emergência. ................................................................... 76

Figura 9 - Acesso à Rede Estratégica de Protecção Civil. ................................................................. 78

Figura 10 - Organograma das Comunicações .................................................................................. 81

Figura 11 - Organograma das Redes ................................................................................................ 82

Figura 12 - Gestão da Informação .................................................................................................... 95

Figura 13 - Manutenção da Ordem Pública ................................................................................... 101

Figura 14 - Serviços Médicos e de Salvamento .............................................................................. 102

Figura 15 - Socorro e Salvamento .................................................................................................. 107

Figura 16 - Serviços Mortuários ..................................................................................................... 109

Figura 17 - Esquema da Estrutura Nacional de Proteção Civil ....................................................... 119

Figura 18 - Declaração de Situação de Alerta ................................................................................ 132

Figura 19 - Sistema de Monitorização, Alerta e Aviso ................................................................... 136

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vi

Índice de Tabelas

Tabela 1 - Entidades Responsáveis pela Aprovação dos vários Instrumentos de Planeamento ..... 22

Tabela 2 - Critérios para o Processo de Activação do Plano Municipal de Emergência de Protecção Civil de Alcobaça .............................................................................................................................. 39

Tabela 3 - Missão do Serviço Municipal de Protecção Civil ............................................................. 54

Tabela 4 - Missões dos Agentes de Protecção Civil na fase de Emergência .................................... 56

Tabela 5 - Missões dos Agentes de Protecção Civil na fase de Reabilitação ................................... 59

Tabela 6 - Missões dos Organismos e Entidades de Apoio na fase de Emergência ......................... 61

Tabela 7 - Missões dos Organismos e Entidades de Apoio na fase de Reabilitação ........................ 63

Tabela 8 - Responsabilidades específicas nas operações logísticas em fase de Emergência .......... 70

Tabela 9 - Responsabilidades Específicas nas Comunicações na Fase de Emergência .................... 79

Tabela 10 - Rede Estratégica de Protecção Civil .............................................................................. 83

Tabela 11 - Rede Privativa da Câmara Municipal............................................................................. 83

Tabela 12 - Rede Operacional de Bombeiros ................................................................................... 84

Tabela 13 - Expressões utilizadas na Estrutura Mensagem ............................................................. 85

Tabela 14 - Expressões referentes à situação Operacional dos Meios ............................................ 85

Tabela 15 - Expressões utilizadas na Troca de Informação.............................................................. 86

Tabela 16 - Exemplo de Transmissão de Horas via Rádio ................................................................ 87

Tabela 17 - Alfabeto Fonético Internacional .................................................................................... 87

Tabela 18 - Expressões de Comunicações ........................................................................................ 88

Tabela 19 - Responsabilidades Específicas....................................................................................... 93

Tabela 20 – Resposabilidades Específicas ...................................................................................... 104

Tabela 21 - Protocolos de Colaboração com Agentes de Protecção Civil ...................................... 112

Tabela 22 - Competências das diferentes Entidades e Órgãos que compõem a Direcção Política da Estrutura Nacional de Proteção Civil (Lei n.º 27/2006, de 3 de Julho; Lei Orgânica n.º 1/2011, de 30 de Novembro) ........................................................................................................................... 120

Tabela 23 - Competências das diferentes Entidades e Órgãos que compõem a Coordenação Política da Estrutura Nacional de Proteção Civil (Lei n.º 27/2006, de 3 de Julho) ........................ 121

Tabela 24 - Competências das diferentes Entidades e Órgãos que compõem a Coordenação Política, ao nível distrital e municipal, da Estrutura Nacional de Proteção Civil (Lei n.º 27/2006, de 3 de Julho) ...................................................................................................................................... 122

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Serviço Municipal de Protecção Civil de Alcobaça

vii

Tabela 25 - Competências dos Serviços Municipais de Proteção Civil (Lei n.º 65/2007, de 12 de Novembro) ..................................................................................................................................... 123

Tabela 26 – Atribuições da Autoridade Nacional de Protecção Civil ............................................. 124

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viii

ACRÓNIMOS

AFN – Autoridade Florestal Nacional

AHBV – Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários

ANPC – Autoridade Nacional de Protecção Civil

APFCAN – Associação de Produtores Florestais dos Concelhos de Alcobaça e Nazaré

APFRA – Associação de Produtores Florestais da Região de Alcobaça

ARHTEJO – Administração da Região Hidrográfica do Tejo

ASV – Associação de Socorros Voluntários

BVA – Bombeiros Voluntários de Alcobaça

BVB – Bombeiros Voluntários de Benedita

BVP – Bombeiros Voluntários de Pataias

BVSMP – Bombeiros Voluntários de São Martinho do Porto

CCOD - Centro de Coordenação Operacional Distrital

CCON – Centro de Coordenação Operacional Nacional

CDOS - Comando Distrital de Operações de Socorro

CHON -Centro Hospitalar Oeste Norte

CMA – Câmara Municipal de Alcobaça

CMOEPC - Centros Municipais de Operações de Emergência de Protecção Civil

CMPC - Comissão Municipal de Protecção Civil

CNOS - Comando Nacional de Operações de Socorro

CNE – Corpo Nacional de Escutas

CNPC – Comissão Nacional de Protecção Civil

COM - Comandante Operacional Municipal

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Serviço Municipal de Protecção Civil de Alcobaça

ix

COS - Comandante das Operações de Socorro

CPX – Command Post Exercise

CVP – Cruz Vermelha Portuguesa

DFCI – Defesa da Floresta Contra Incêndios

DGS – Direcção Geral de Saúde

FA -Forças Armadas

FS – Forças de Segurança

GBSS – Grupo de Busca, Socorro e Salvamento

GGL – Grupo de Gestão Logística

GGV – Grupo de Gestão de Voluntários

GIRP – Gabinete de Informação e Relações Públicas

GNR – Guarda Nacional Republicana

GS – Grupo de Saúde

GSPRT – Grupo de Segurança Pública e Regulação de Trânsito

GTOP – Grupo de Transportes e Obras Públicas

ICNF – Instituto da Conservação da natureza e das Florestas

INEM - Instituto Nacional de Emergência Médica

INML – Instituto Nacional de Medicina Legal

IPSS – Instituições Particulares da Segurança Social

ISS – Instituto de Segurança Social

LIVEX – Livex Exercise

LNEC – Laboratório Nacional de Engenharia Civil

PBH – Planos de Bacias Hidrográficas

PCES -Plano de Contingência para efeitos de seca

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Serviço Municipal de Protecção Civil de Alcobaça

x

PDMA -Plano Director Municipal de Alcobaça

PEE -Plano de Emergência Externo

PEI - Plano de Emergência Interno

PEOT – Planos Especiais de Ordenamento do Território

PMA -Plano Municipal do Ambiente

PMDFCI – Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios

PMEPC – Plano Municipal de Emergência de Protecção Civil

PMOT - Plano Municipal de Ordenamento do Território

PNA - Plano Nacional da Água

PNPOT - Programa Nacional da Politica do Ordenamento do Território

POAP - Planos de Ordenamento das Áreas Protegidas

POPNSAC - Plano de Ordenamento do Parque Natural das Serras de Aire e Candeeiros

POM – Plano Operacional Municipal

PROT-OVT - Plano Regional de Ordenamento do Território – Oeste e Vale do Tejo

PSP - Policia de Segurança Pública

PSRN2000 - Plano Sectorial da Rede Natura 2000

SF - Sapadores Florestais

SIOPS – Sistema Integrado de Operações de Protecção e Socorro

SMPC - Serviço Municipal de Protecção Civil

UAEV – Unidade de Ambiente e Espaços Verdes

ZEC - Zonas Especiais de Conservação

ZPE - Zonas de Protecção Especial

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Protecção Civil de Alcobaça

PARTE I – ENQUADRAMENTO GERAL DO PLANO

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Serviço Municipal de Protecção Civil

Outubro 2014

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Serviço Municipal de Protecção Civil de Alcobaça 2

PARTE I – ENQUADRAMENTO GERAL DO PLANO

A Parte I destina-se o realizar uma apresentação geral do plano de emergência,

fundamentando as razões da sua existência, descrevendo o seu modo de interligação com outros

instrumentos análogos e indicando as condições para a sua activação.

1. INTRODUÇÃO

O Plano Municipal de Emergência (PME) do concelho de Alcobaça é um documento formal

que estabelece o modo de actuação dos vários organismos, serviços e estruturas a empregar nas

operações de protecção civil ao nível do município. Sendo por isso elaborado para enfrentar a

generalidade das situações de emergência que se admitem possíveis de ocorrer na extensão

territorial do concelho de Alcobaça.

O director do PME é o Presidente da Câmara Municipal de Alcobaça, enquanto responsável

pela política de protecção civil e autoridade municipal de protecção civil. No impedimento do

Presidente da Câmara Municipal, o seu substituto é o “Vereador Substituto Legal” ou quem este tiver

designado para o efeito.

Actualmente é possível constatar uma preocupação crescente da população para as questões

relacionadas com a segurança individual e colectiva.

Assim, conhecer os perigos, as vulnerabilidades e os riscos tornou-se fundamental, bem

como, conhecer e rotinar as atitudes correctas a tomar para os evitar ou minimizar os seus efeitos.

Por isso, foram identificados, localizados e caracterizados perigos, vulnerabilidades e riscos a que a

população do Município de Alcobaça se encontra sujeita.

O PME é, portanto, um instrumento que para além de permitir conhecer os perigos,

vulnerabilidades e riscos do concelho de Alcobaça, estabelece ainda a organização das operações de

protecção e socorro, os procedimentos para salvar e proteger pessoas, bens e o ambiente e as

responsabilidades dos agentes de protecção civil, dos organismos e entidades de apoio.

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Serviço Municipal de Protecção Civil de Alcobaça 3

A organização do Plano Municipal de Emergência de Protecção Civil de Alcobaça (PMEPCA)

reflecte precisamente o estabelecimento daqueles princípios, em que:

• Na Parte I apresenta-se o enquadramento do plano em termos legais e relativamente a

outros instrumentos de planeamento e gestão do território, e abordam-se as questões

relacionadas com a sua activação. Definem-se também os mecanismos que permitem a

optimização da gestão dos meios e recursos no Município através da organização de

exercícios de emergência de natureza diversa, os quais permitem identificar os processos

que poderão ser melhorados e agilizar as intervenções nos casos em que verifiquem

acidentes graves ou catástrofes.

• Na Parte II do presente documento aborda-se o ponto referente à organização da

resposta e áreas de intervenção, define-se o quadro orgânico e funcional da Comissão

Municipal de Protecção Civil (CMPC) a convocar na iminência ou ocorrência de situações

de acidentes graves ou catástrofes, bem como o dispositivo de funcionamento e

coordenação das várias forças e serviços a mobilizar em situação de emergência.

• Na Parte III referem-se as diversas áreas de intervenção, entidades e formas de actuação.

• Na Parte IV, relativa à informação complementar, apresenta-se uma caracterização do

Município ao nível geográfico, socioeconómico, edafoclimático, bem como o

levantamento dos meios disponíveis para responder a situações de emergência.

Identificam-se os diferentes riscos a que o concelho de Alcobaça se encontra sujeito,

avaliando-se a probabilidade da sua ocorrência e os danos que lhe poderão estar

associados. Ainda na Parte IV indicam-se os contactos das várias entidades e respectivos

intervenientes, bem como o inventário de meios e recursos, para além de modelos a nível

documental de controlo e registo.

Ao longo da elaboração do plano surgiram algumas contrariedades pelo facto do anterior

Plano Municipal de Emergência nunca ter sido activado. Por este motivo não foi possível analisar a

eficiência dos processos e procedimentos previstos naquele documento, assim como a

adequabilidade e eficácia dos meios materiais e humanos disponíveis. Desta forma, não é possível

incorporar sugestões de carácter operacional resultantes de situações de emergência ocorridas no

concelho de Alcobaça.

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2. ÂMBITO DE APLICAÇÃO

O disposto no presente plano é aplicável à área territorial do Município de Alcobaça.

O Município de Alcobaça está situado na região Oeste, território que reúne relevantes

valores de património cultural e edificado, bem como importantes recursos naturais e paisagísticos.

Distribui-se por uma área geográfica de 408,1 km2, multifacetada em termos morfológicos e

possuidora de uma extensa costa atlântica.

As condições orográficas, geológicas, climáticas e demográficas do concelho de Alcobaça,

bem como o histórico das ocorrências e o desenvolvimento crescente das actividades humanas, para

o qual as novas acessibilidades têm contribuído fortemente, proporcionam a análise em matéria de

risco potencial.

Riscos a considerar no concelho de Alcobaça:

- De origem natural

No que respeita aos riscos com origem natural, no concelho de Alcobaça podem ocorrer,

nomeadamente:

• Sismos;

• Secas;

• Erosão costeira;

• Inundações;

• Acidentes geomorfológicos;

• Fenómenos meteorológicos extremos.

- Provocados pelo homem ou tecnológicos

Quanto aos riscos provocados pelo homem ou tecnológicos, no concelho de Alcobaça podem

ocorrer:

• Incêndios urbanos e industriais;

• Acidentes industriais;

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• Acidentes com substâncias perigosas;

• Colapso de edifícios ou de estruturas;

• Falhas graves de energia;

• Derrames de hidrocarbonetos na faixa costeira;

• Acidentes com transportes (Terrestres e Marítimos).

- Mistos

Riscos mistos a considerar no concelho de Alcobaça, podem ser os seguintes:

• Incêndios florestais;

• Contaminação de aquíferos.

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Serviço Municipal de Protecção Civil de Alcobaça 6

3. OBJECTIVOS GERAIS

Os Planos de Emergência de Protecção Civil são elaborados de acordo com as directivas

emanadas da Comissão Nacional de Protecção Civil, que se encontram publicadas no Anexo da

Resolução n.º 25/2008, de 18 de Julho e de acordo com o artigo 50.º, da Lei n.º 27/2006, de 3 de

Julho que estabelece nomeadamente:

• A tipificação dos riscos;

• As medidas de prevenção a adoptar;

• A identificação dos meios e recursos mobilizáveis, em situação de acidente grave ou

catástrofe;

• A definição das responsabilidades que incumbem aos organismos, serviços e estruturas,

públicas ou privadas, com competências no domínio da protecção civil.

• Os critérios de mobilização e mecanismos de coordenação dos meios e recursos, públicas

ou privados, utilizáveis;

• A estrutura operacional que há-de garantir a unidade de coordenação e o controlo

permanente da situação.

Os principais objectivos do Plano Municipal de Emergência do concelho de Alcobaça são:

• Providenciar, através de uma resposta concertada, as condições e os meios indispensáveis

à minimização dos efeitos adversos de um acidente grave ou catástrofe;

• Definir as orientações relativamente ao modo de actuação dos vários organismos,

serviços e estruturas a empenhar em operações de protecção civil;

• Definir a unidade de direcção, coordenação e comando das acções a desenvolver;

• Coordenar e sistematizar as acções de apoio, promovendo maior eficácia e rapidez de

intervenção das entidades intervenientes;

• Inventariar os meios e recursos disponíveis para acorrer a um acidente grave ou

catástrofe;

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• Minimizar a perda de vidas e bens, atenuar ou limitar os efeitos de acidentes graves ou

catástrofes e restabelecer o mais rapidamente possível, as condições mínimas de

normalidade;

• Assegurar a criação de condições favoráveis ao empenhamento rápido, eficiente e

coordenado de todos os meios e recursos disponíveis num determinado território,

sempre que a gravidade e dimensão das ocorrências o justifique;

• Habilitar as entidades envolvidas no plano a manterem o grau de preparação e de

prontidão necessário à gestão de acidentes graves ou catástrofes;

• Promover a informação das populações através de acções de sensibilização, tendo em

vista a sua preparação, a assumpção de uma cultura de autoprotecção e o entrosamento

na estrutura de resposta à emergência.

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4. ENQUADRAMENTO LEGAL

A elaboração do Plano Municipal de Emergência (PME) encontra-se regulamentada por

legislação geral e específica que estabelece designadamente a organização da actividade das

entidades com responsabilidades no âmbito de Protecção Civil, os critérios e as normas técnicas para

a elaboração do plano, a segurança de diferentes tipos de infra-estruturas.

Neste ponto apenas é apresentado o enquadramento do PME referenciando-se a legislação

geral que sustenta a elaboração do plano, assim como, a principal legislação que regulamenta

diferentes matérias para a prevenção de riscos naturais e humanos. No entanto, no Ponto 8 da

Secção III, da Parte IV do Plano Municipal de Emergência de Protecção Civil de Alcobaça, encontra-se

referenciada a listagem dos diplomas legais relevantes para efeitos do plano ou que poderão

proporcionar a obtenção de informação complementar no âmbito da Protecção Civil.

Nota: Toda a legislação existente sobre planos de emergência e actividade de protecção civil pode

ser consultada no site oficial da Autoridade Nacional de Protecção Civil na sua primeira compilação

legislativa (http://www.prociv.pt).

4.1. Enquadramento Institucional e Operacional da Protecção no âmbito

Municipal

- Lei n.º 65/2007, de 12 de Novembro

A Lei n.º 65/2007, de 12 de Novembro, alterada pelo Decreto-Lei n.º 114/2011, de 30 de

Novembro, estabeleceu o enquadramento institucional e operacional da protecção civil no âmbito

municipal, assim como, a organização dos serviços municipais de protecção civil e determinou as

competências do comandante operacional municipal, completando, assim, o quadro legislativo da

actuação dos agentes de protecção civil iniciado com a aprovação da Lei de Bases de Protecção Civil,

a 3 de Julho de 2006.

A lei em questão indica que a actividade de protecção civil de âmbito municipal compreende,

entre outros, os seguintes domínios, relativamente aos quais o PMEPCA pretende dar resposta:

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• Levantamento, previsão, avaliação e prevenção dos riscos colectivos do município;

• Planeamento de soluções de emergência, visando busca, salvamento, a prestação de

socorro e de assistência, bem como a evacuação, alojamento e abastecimento das

populações afectadas;

• Estudo e divulgação de formas adequadas de protecção dos edifícios em geral, de

monumentos e de outros bens culturais, de infra-estruturas, do património arquivístico,

de instalações de serviços essenciais, bem como do ambiente e dos recursos naturais

existentes no Município;

• Inventariação dos recursos e meios disponíveis e dos mais facilmente mobilizáveis, ao

nível municipal;

• Previsão e planeamento de acções atinentes à eventualidade de isolamento de áreas

afectadas por riscos no território municipal.

A Lei n.º 65/2007, de 12 de Novembro, em conformidade com o estabelecido na Lei de Bases

da Protecção Civil, indica a composição da CMPC, assim como as suas competências, que vão desde a

aprovação do Plano Municipal de Emergência (PME) e determinação do accionamento de planos

emergência, até à difusão de comunicados e avisos às populações e a entidades e instituições,

incluindo órgão de comunicação social. Ainda relativamente ao planeamento de emergência, a Lei

estabelece que a elaboração das PME são da responsabilidades da Câmaras Municipais, devendo

aqueles, após aprovação da CMPC, ser remetidos para aprovação da CNPC.

No que respeita às responsabilidades e poderes dos Presidentes das Câmaras Municipais, a

Lei n.º 65/2007, de 12 de Novembro, indica que os mesmos constituem a autoridade municipal de

protecção civil, cabendo-lhes a responsabilidade de declarar a situação de alerta de âmbito

municipal, devendo ainda ser ouvidos pelo Comandante Operacional Distrital para efeito da

declaração da situação de alerta de âmbito distrital, quando estiver em causa a área do respectivo

município.

Os Presidentes das Câmaras Municipais têm ainda o poder de solicitar ao Presidente da ANPC

a participação das Forças Armadas em funções de protecção civil, podendo esta solicitação ser feita

directamente ao comandante da unidade implantada no seu município, nos casos de urgência

manifesta previstos no n.º4 do artigo 53.º, da Lei n.º 27/2006, de 3 de Julho.

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Relativamente aos Serviços Municipais de Protecção Civil (SMPC), a Lei n.º 65/2007, de 12 de

Novembro, além de definir a sua composição, estabelece as suas competências, sendo que ao nível

do planeamento de emergência se destacam as seguintes:

• Acompanhar a elaboração e actualização do PME e dos planos especiais, quando estes

existam;

• Inventariar e actualizar permanentemente os registos dos meios e dos recursos existentes

no concelho, com interesse para o SMPC;

• Realizar estudos técnicos com vista à identificação, análise e consequências dos riscos

naturais, tecnológicos e sociais que possam afectar o município, em função da magnitude

estimada e do local previsível da sua ocorrência, promovendo a sua cartografia, de modo

a prevenir, quando possível, a sua manifestação e a avaliar e minimizar os efeitos das suas

consequências previsíveis

• Planear o apoio logístico a prestar às vítimas e às forças de socorro em situação de

emergência;

• Levantar, organizar e gerir os centros de alojamento a accionar em situação de

emergência;

• Elaborar planos prévios de intervenção e preparar e propor a execução de exercícios e

simulacros que contribuam para uma actuação eficaz de todas as entidades

intervenientes nas acções de protecção civil.

Para além das competências do SMPC no âmbito do planeamento, a Lei n.º 65/2007, de 12

de Novembro, define ainda as suas competências nos domínios da prevenção e segurança, como

propor medidas de segurança face aos riscos inventariados no município, colaborar na elaboração e

execução de treinos e simulacros e realizar acções de sensibilização relativas a questões de

segurança e autoprotecção junto das populações.

No que respeita ao planeamento de emergência, a Lei n.º 65/2007, de 12 de Novembro,

refere nos seus artigos 18.º e 19.º que os planos municipais de emergência deverão ser elaborados

de acordo com as directivas emanadas da Comissão Nacional de Protecção Civil, e que deverão

compreender:

• A tipificação dos riscos;

• As medidas de prevenção a adoptar;

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• A identificação dos meios e recursos mobilizáveis em situações de acidente grave ou

catástrofe;

• A definição das responsabilidades que incubem aos organismos, serviços e estruturas,

públicas ou privadas, com competências no domínio da protecção civil municipal;

• Os critérios de mobilização e mecanismos de coordenação dos meios e recursos, públicos

ou privados utilizáveis;

• A estrutura operacional que irá garantir a unidade de direcção e controlo permanente da

situação;

• Uma carta de risco e um plano prévio de intervenção para cada tipo de risco existente no

município, que deverão ter em conta, quer a sua frequência e magnitude, quer a

gravidade e extensão dos seus efeitos previsíveis.

A 18 de Julho de 2008 a CNPC, através da Resolução n.º 25/2008, definiu o conteúdo e índice

dos PMEPC, bem como a periodicidade da sua revisão e da realização de exercícios (pelo menos

bianualmente em ambos os casos). De uma forma mais específica salienta-se que a Resolução nº

25/2008 de 18 de Julho definiu:

1. Critérios e normas técnicas para a elaboração e operacionalização de planos de

emergência de protecção civil, que constitui anexo à presente resolução, da qual faz

parte integrante;

2. Revogar a directiva para a elaboração de planos de emergência de protecção civil

publicada, através de declaração do Gabinete do Ministro da Administração Interna,

no Diário da República, 2.ª série, n.º 291, de 19 de Dezembro de 1994.

Por fim, no que se refere à figura do Comandante Operacional Municipal (COM), a Lei n.º

65/2007, de 12 de Novembro, estabelece que o mesmo depende hierárquica e funcionalmente do

presidente da câmara municipal, a quem compete a sua nomeação, actuando exclusivamente no

âmbito territorial do respectivo município. Ao nível das competências do COM, a Lei n.º 65/2007, de

12 de Novembro, estabelece ainda que caberá ao mesmo, para além da promoção de planos prévios

de intervenção e de reuniões periódicas de trabalho sobre matérias de âmbito exclusivamente

operacional, assumir a coordenação das operações de socorro de âmbito municipal, nas situações

previstas no plano de emergência municipal, bem como quando a dimensão do sinistro requeira o

emprego de meios de mais de um corpo de bombeiros. É também de máxima importância salientar a

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Lei Orgânica nº1/2011, de 30 de Novembro, que transfere competências dos governos civis e dos

governadores civis para outras entidades da Administração Pública em matérias de reserva de

competência legislativa da Assembleia da República.

A Figura 1 apresenta, de forma esquemática, os diplomas legais que regulamentam a

actividade de protecção civil no território nacional.

Figura 1- Legislação que enquadra a actividade de protecção civil em Portugal

Nacional Distrital Municipal

Lei de Bases de Protecção Civil (Lei n.º 27/2006, de 3 de Julho, na actual redação)

Declaração n.º 97/2007 da Comissão Nacional de Protecção Civil

Enquadramento institucional da Protecção Civil no âmbito municipal (Lei n.º 65/2007, de

12 de Novembro)

Conteúdos dos PMEPC e periodicidade da sua revisão (Resolução n.º 25/2008, de 18 de

Julho)

Sistema Integrado de Operações de Protecção e Socorro (Decreto-Lei n.º 134/2006, de 25 de Julho, na actual redação)

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4.2. Sistema Integrado de Operações de Protecção e Socorro

- Decreto-Lei n.º 134/2006, de 25 de Julho

No seguimento da Lei de Bases da Protecção Civil foi promulgado a 25 de Julho de 2006 o

Decreto-Lei n.º 134/2006, alterado pelo Decreto-Lei n.º 114/2011, de 30 de Novembro e pelo

Decreto-Lei n.º 72/2013, de 31 de Maio. Este diploma institui o Sistema Integrado de Operações de

Protecção e Socorro (SIOPS), o qual define as “estruturas, normas e procedimentos que asseguram

que todos os agentes de protecção civil actuam, no plano operacional, articuladamente sob um

comando único, sem prejuízo da respectiva dependência hierárquica e funcional”.

O SIOPS assenta em estruturas de coordenação e de comando de âmbito nacional e distrital

(Centro de Coordenação Operacional Nacional e Centros de Coordenação Operacional Distritais, e

Comando Nacional e Comandos Distritais de Operações de Socorro), remetendo para diploma

autónomo a definição do regime dos Serviços Municipais de Protecção Civil.

O SIOPS define também o sistema de gestão de operações que constitui a forma de

organização operacional que se desenvolve de forma modular, de acordo com a importância e o tipo

de ocorrência (garantia de uma cadeia de comando única). Constata-se, portanto, que as entidades

que actuam ao nível do município em acções de protecção civil terão necessariamente de se articular

com o respectivo Centro de Coordenação Operacional Distrital (CCOD) e Comando Distrital de

Operações de Socorro (CDOS).

Relativamente aos Centros de Coordenação Operacional (CCO), importa referir que o seu

Regulamento de Funcionamento encontra-se definido pela Declaração n.º 344/2008, de 17 de

Outubro, a qual estabelece, entre outros elementos, as situações que justificam a sua reunião (artigo

6.º), os actos que poderão realizar (artigo 8.º) e as relações operacionais entre os CCOD e CDOS

(artigo 10.º). O funcionamento e articulação das estruturas de coordenação e comando no âmbito do

SIOPS encontram-se definidos em pormenor no ponto 1, da Parte IV (Secção I).

O Decreto-Lei n.º 134/2006, de 25 de Julho, na sua actual redação, que cria e regulamenta o

SIOPS, define ainda o que se entende por alerta especial, compreendendo o mesmo quatro níveis

(azul, amarelo, laranja e vermelho), activados de forma progressiva, conforme a gravidade da

situação e o grau de prontidão que esta exige.

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A Declaração n.º 97/2007, de 16 de Maio, da Comissão Nacional de Protecção Civil (CNPC),

define em concreto, de acordo com o grau de probabilidade e gravidade da ocorrência em causa, o

nível de alerta especial que deverá ser accionado e a respectiva correspondência no que respeita ao

grau de mobilização e prontidão dos agentes de protecção civil.

Ainda no que se refere à declaração do estado de alerta especial, o Decreto-Lei n.º 134/2006,

de 25 de Julho, na sua actual redação, define no artigo 25.º que a determinação do mesmo é da

competência exclusiva do Centro de Coordenação Operacional Nacional (CCON). Neste sentido, será

conveniente evitar que os estados de alerta decretados pelos Presidentes das Câmaras Municipais

tenham também eles diferentes níveis, de forma a evitar confusões nesta matéria (ver ponto 2.2, da

Parte IV).

No que se refere a acções de busca e salvamento, o Decreto-Lei n.º 134/2006, de 25 de

Julho, na sua actual redação, estabelece nos artigos 32.º e 33.º que o SMPC, bem como os corpos de

bombeiros e outras entidades integrantes do sistema de protecção e socorro devem informar, de

forma célere, o CDOS, e este o CADIS (Comandante de Agrupamento Distrital) e o CNOS (Comando

Nacional de Operações de Socorro), de qualquer iminência ou ocorrência de acidente grave ou

catástrofe na costa marítima portuguesa, ou envolvendo aeronaves.

4.3. Lei de Bases de Protecção Civil

- Lei n.º 27/2006, de 3 de Julho

A actividade de protecção civil tem sofrido nos últimos anos significativa reformulação

legislativa, tendo-se iniciado com a aprovação da Lei de Bases de Protecção Civil, a 3 de Julho de

2006 (Lei n.º 27/2006), com as respectivas alterações introduzidas pela Lei Orgânica n.º 1/2011, de

30 de Novembro. Esta lei, para além de definir o enquadramento, coordenação, direcção e execução

da política de protecção civil, estabelece a colaboração a prestar pelas forças armadas em caso de

emergência, e define importantes conceitos de protecção civil como acidente grave e catástrofe,

assim como, o que se entende por situação de alerta, calamidade e contingência.

Relativamente à actividade de protecção civil de âmbito municipal, a Lei n.º 27/2006, de 3 de

Julho, define não só as responsabilidades do Presidente da Câmara e das Comissões Municipais de

Protecção Civil, como também a composição desta última. De forma resumida, os aspectos essenciais

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da Lei n.º27/2006, de 3 de Julho, a reter relativamente à actividade de protecção civil de âmbito

municipal são os seguintes:

Compete ao Presidente da Câmara Municipal declarar a situação de alerta de âmbito

municipal (artigo 13.º), bem como, no exercício de funções de responsável municipal da

política de protecção civil, desencadear, na iminência ou ocorrência de acidente grave ou

catástrofe, as acções de protecção civil de prevenção, socorro, assistência e reabilitação

adequadas em cada caso, sendo para tal apoiado pelo serviço municipal de protecção civil

(artigo 35.º).

Cabe ao comandante operacional distrital declarar a situação de alerta, no todo ou em

parte do seu âmbito territorial de competência, precedia da audição, sempre que

possível, dos Presidentes das Câmaras Municipais dos municípios abrangidos (artigo 13.ª).

A declaração da situação de contingência é da responsabilidade do presidente da

Autoridade Nacional de Protecção Civil, precedia da audição, sempre que possível, dos

Presidentes das Câmaras Municipais dos municípios abrangidos (artigo 16.ª).

A declaração da situação de calamidade é da competência do Governo e reveste a forma

de Resolução de Conselho de Ministros (artigo 19.º). É concedido o direito de preferência

aos municípios nas transmissões a título oneroso, entre particulares, dos terrenos ou

edifícios situados na área delimitada pela declaração de calamidade. Os particulares que

pretendam alienar imóveis abrangidos pelo direito de preferência dos municípios devem

comunicar a transmissão pretendida ao Presidente da Câmara Municipal (artigo 27.º).

A declaração de situação de alerta compreende necessariamente a obrigatoriedade de

convocação da CMPC, o estabelecimento dos procedimentos adequados à coordenação

técnica e operacional dos serviços e agentes de protecção civil, bem como dos recursos a

utilizar; o estabelecimento das orientações relativas aos procedimentos de coordenação

da intervenção das forças e serviços de segurança e a adopção de medidas preventivas

adequadas à ocorrência (artigos 14.º e 15.º).

Em cada município existe uma comissão municipal de protecção civil cujas competências

são as previstas para as comissões distritais adequadas à realidade e dimensão do

município (artigo 40.º; ver o Ponto 2, da Parte IV).

Compete aos Comandantes Operacionais Distritais solicitar ao Presidente da ANPC a

participação das Forças Armadas em funções de protecção civil nas respectivas áreas

operacionais; em caso de manifesta urgência, os Comandantes Operacionais Distritais

podem solicitar a colaboração das Forças Armadas directamente aos comandantes das

unidades implantadas na respectiva área, informando o facto ao comandante operacional

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nacional (artigo 53.º; as áreas em que o exército poderá prestar auxilio encontram-se

definidas no artigo 54.º).

4.4. Resumo do Enquadramento Legal do Plano Municipal de Emergência de

Protecção Civil de Alcobaça

Do exposto relativamente à legislação que enquadra o planeamento de emergência e o

funcionamento dos agentes de protecção civil a nível municipal, importa reter os seguintes aspectos:

• O Presidente da Câmara Municipal é a autoridade municipal de protecção civil,

competindo-lhe declarar a situação de alerta de âmbito municipal, convocar as reuniões

da CMPC e pedir a intervenção do exército em missões de protecção civil na área do seu

município.

• O Comandante Operacional Distrital poderá também decretar a situação de alerta no

município (bem como a de contingência) devendo, para tal, ouvir o(s) Presidente(s) do(s)

município(s) afectado(s).

• O Sistema Integrado de Operações de Protecção e Socorro (SIOPS) compreende

estruturas de coordenação e comando (centros de coordenação operacional e comandos

de operações de socorro, ambos de nível nacional e distrital) com as quais a CMPC terá

necessariamente de se articular em situações de emergência.

• Compete ao Centro de Coordenação Operacional Nacional (CCON) decretar o estado de

alerta especial (que compreende 4 níveis de azul a vermelho), devendo este informar os

centros de coordenação operacional distritais afectados, tendo em vista a determinação

das áreas abrangidas e do nível de accionamento e prontidão dos recursos. Neste sentido,

torna-se útil que os alertas de âmbito municipal não tenham também eles níveis de forma

a evitar confusões com os alertas especiais decretados pelo CCON.

• A Declaração n.º 97/2007, de 16 de Maio, da Comissão Nacional de Protecção Civil

(CNPC), define a correspondência entre os diferentes níveis de alerta e o respectivo grau

de mobilização e prontidão dos agentes de protecção civil.

• Em todos os municípios existe um Serviço Municipal de Protecção Civil, o qual é

responsável, entre outras matérias, por inventariar permanentemente os meios e os

recursos existentes no concelho; realizar estudos técnicos com vista à identificação,

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análise e consequências dos riscos naturais, tecnológicos e sociais que possam afectar o

município; planear o apoio logístico a prestar às vítimas e às forças de socorro em

situação de emergência; e elaborar planos prévios de intervenção e preparar e propor a

execução de exercícios.

• Em todos os municípios existe um Comandante Operacional Municipal que depende

hierárquica e funcionalmente do Presidente da Câmara Municipal, a quem compete, para

além de outras funções de carácter operacional, assumir a coordenação das operações de

socorro de âmbito municipal nas situações previstas no PMEPC, bem como quando a

dimensão do sinistro requeira o emprego de meios de mais de um corpo de bombeiros.

• Os Planos Municipais de Emergência de Protecção Civil deverão compreender as matérias

e apresentar a estrutura definida na Resolução n.º 25/2008, de 18 de Julho, da Comissão

Nacional de Protecção Civil (CNPC).

• A Lei da Água indica que nas zonas inundáveis ou ameaçadas por cheias deverá ser

condicionada ou impedida a construção de infra-estruturas, estabelecendo como

princípio, a articulação entre a avaliação de áreas susceptíveis a cheias e/ou inundação e

o ordenamento do território.

• Relativamente à prevenção de riscos de acidentes graves que envolvam substâncias

perigosas, o Decreto-Lei n.º 254/2007, de 12 de Julho, define que o operador de

estabelecimento de nível superior de perigosidade (definido no respectivo anexo I) e a

Câmara Municipal elaboram, respectivamente, planos de emergência internos e externos

de controlo de acidentes graves envolvendo substâncias perigosas. Todos os planos de

emergência internos e externos deverão articular-se com o PMEPC.

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5. ANTECEDENTES DO PROCESSO DE PLANEAMENTO

A primeira versão do Plano Municipal de Emergência de Alcobaça (PMEA) foi elaborado pelo

Serviço Municipal de Protecção Civil de Alcobaça e submetido a 13 de Dezembro de 1999 ao parecer

da Câmara Municipal de Alcobaça que o aprovou, sendo enviado a 08 de Janeiro de 2000 para

apreciação da Comissão Nacional de Protecção Civil (CNPC).

PLANO MUNICPAL DE EMERGÊNCIA – 1999

Em reunião efectuada nos Paços do Concelho a 13 de Dezembro de 1999, a Câmara

Municipal deu parecer favorável ao Plano Municipal de Emergência (PME), tendo aprovado o envio

de três cópias para aprovação pela Comissão Nacional de Protecção Civil (CNPC), com vista ao

cumprimento do disposto na alínea e) do artigo 3.º do Decreto Regulamentar n.º 23/93 de 19 de

Julho.

O Plano Municipal de Emergência veio a ser aprovado conforme oficio n.º 443, de 28 de

Janeiro de 2002, remetido pelo extinto Serviço Nacional de Protecção Civil, da qual transcreve:

“(…)

Informo V. Exa. de que, no passado dia 9 de Janeiro de 2000, foi aprovado na Comissão

Nacional de Protecção Civil (CNPC) o Plano Municipal de Emergência de Alcobaça, conforme o

disposto no número 5, do artigo 21.º da Lei n.º 113/91, de 29 de Agosto (Lei de Bases de

Protecção Civil), conjugada com o artigo 4.º do Regulamento Interno da Comissão Nacional

de Protecção Civil.

Ass. O Presidente

(…)”

É de referir ainda o facto da versão do PMEA nunca ter sido activado, fazendo com que não

seja possível analisar a eficiência do processo e procedimentos nele previsto, assim como a

adequabilidade e eficácia dos meios materiais e humanos disponíveis. Desta forma, torna-se

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Serviço Municipal de Protecção Civil de Alcobaça 19

impossível incorporar sugestões de carácter operacional resultantes de situações de emergência

ocorridas no concelho. Para além do facto de nunca ter sido activado, a versão do PMEA não foi alvo

de exercícios.

Por esse motivo, e de acordo com a Resolução n.º 25/2008, de 18 de Julho, da Comissão

Nacional de Protecção Civil, a presente actualização do PMEA visa a supressão destas fragilidades e

insipiências através da definição dos critérios e normas técnicas a adoptar para a elaboração e

operacionalização dos PMEPC e a adequação do plano ao novo enquadramento legal do Sistema de

Protecção Civil. É importante ainda referir-se que o presente Plano vai permitir a validação dos locais

e dos riscos caracterizados na revisão anterior, bem como a realização da análise de outros riscos

não abordados na mesma versão e que se considera serem importantes para a protecção da

população, relativamente a riscos de origem natural e de origem humana. Além disso, o referido

Plano irá ser presente a reunião em data a anunciar por parte da Comissão de Protecção Civil e

posteriormente colocado em processo de consulta pública. A Consulta Pública do Plano Municipal de

Emergência de Alcobaça irá ser promovida pela Câmara Municipal de Alcobaça, através do Gabinete

de Protecção Civil, por um período de 30 dias em data a anunciar. Para o efeito será elaborado um

Edital que será afixado no átrio dos Paços do Concelho em data a indicar. O documento irá ficar

disponível na Divisão Administrativa e de Atendimento (edifício dos Paços do Concelho) e no

Gabinete de Protecção Civil, bem como no site da Internet da Câmara Municipal de Alcobaça

(http://www.cm-alcobaca.pt/).

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6. ARTICULAÇÃO COM INSTRUMENTOS DE PLANEAMENTO E

ORDENAMENTO DO TERRITÓRIO

6.1. Interligação com os planos de emergência de protecção civil adjacentes à área

territorial

A elaboração do Plano de Emergência de Protecção Civil de Alcobaça foi efectuada de acordo

com os instrumentos de planeamento e ordenamento do território vigentes para a área territorial do

concelho de Alcobaça, nomeadamente o Plano Director Municipal e o Plano Municipal de Defesa da

Floresta Contra Incêndios. Foram consideradas as áreas de risco identificadas nos respectivos

instrumentos citados. É igualmente objectivo deste plano a articulação tão boa quanto possível, com

os Planos Municipais de Emergência dos municípios limítrofes, bem como o Plano de Emergência do

Distrito de Leiria e o Plano Nacional de Emergência.

6.2. Interligação com os Planos de Ordenamento do Território Vigentes para a

mesma à Área Territorial

O ordenamento do território consiste na gestão, através de vários instrumentos de

planeamento, da interacção entre o homem e o espaço natural. A sua eficiência está directamente

relacionada com a escala de análise ou âmbito territorial de aplicação (plano nacional, regional

supra-municipal, municipal e inframunicipal), isto é, são definidos princípios de actuação

relativamente a um determinado recurso a uma escala nacional e condicionam-se os planos que

deles dependem a escalas de maior pormenor.

Um dos instrumentos de gestão territorial é o Programa Nacional da Politica de

Ordenamento do Território – PNPOT (Lei n.º 58/2007, de 4 de Setembro, rectificada pela Declaração

de Rectificação n.º 80/A, de 7 de Setembro de 2007), que constitui uma referência no que se refere

ao enquadramento dos restantes instrumentos de ordenamento do território de âmbito geográfico

mais restrito, concretizando estas últimas orientações gerais do PNPOT nos seus respectivos

domínios de intervenção. Este modelo é a base de apoio para um conjunto de estratégicas nacionais

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e sectoriais, orientando os modelos territoriais a definir nos planos de âmbito regional, sub-regional

e local, bem como a revisão e alteração dos mesmos.

O PNPOT estabelece as grandes opções com relevância para a organização do território

nacional e consubstancia o quadro de referência a considerar na elaboração dos demais

instrumentos de gestão territorial, nomeadamente os Planos Regionais de Ordenamento do

Território (PROT), os Planos Municipais de Ordenamento do Território (PMOT), em particular os

Planos Directores Municipais (PDM), e ainda os Planos Especiais de Ordenamento do Território

(PEOT). Por outro lado, este programa acolhe e desenvolve orientações e medidas adequadas por

instrumentos de política sectorial com incidências territorial, nomeadamente Planos Sectoriais, de

acordo com o princípio da coordenação interna estabelecido na Lei de Bases da Politica de

Ordenamento do Território e de Urbanismo e no Regime Jurídico dos Instrumentos de Gestão

Territorial (PNPOT, 2007). O PNPOT prevalece sobre todos os demais instrumentos de gestão

territorial em vigor.

Os Planos Regionais de Ordenamento do Território (PROT) definem linhas estratégicas de

desenvolvimento, organização e gestão dos territórios regionais, servindo de referência para

elaboração dos PEOT, Planos Municipais de Ordenamento do Território (PMOT). O PEOT, que

estabelece regimes específicos no que se refere à salvaguarda de recursos e valores naturais, deve

enquadrar as orientações dos planos sectoriais e regionais, sendo um processo recíproco. Os PROT

definem as linhas estratégicas de desenvolvimento, de organização e de gestão dos territórios

regionais. Este tipo de planos prevalece sobre os planos municipais de ordenamento, transpondo-se

as suas disposições para os PDM, que constituem o principal instrumento de gestão territorial

municipal.

Da mesma forma, as orientações dos objectivos do PNPOT deverão ser vertidas nos PROT,

constituindo por sua vez uma referência para os PDM. Estes instrumentos de planeamento são

essenciais para que haja coordenação entre as várias políticas municipais, de ordenamento do

território e urbanismo, sendo igualmente importante pois concentram as disposições relativamente

à gestão do território constante nos diversos instrumentos de planeamento, nomeadamente planos

especiais, sectoriais e regionais de ordenamento do território.

A articulação entre as diversas áreas territoriais interdependentes em que existem pontos de

interesse comuns ou complementares é essencial e encontra-se presente nos objectivos estratégicos

no PNPOT, sendo concretizada pelos Planos Intermunicipais de Ordenamento do Território (PIOT),

que mais não são que instrumentos de gestão com base em processos de cooperação intermunicipal.

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Na Tabela 1 encontram-se indicadas as entidades e respectivas responsabilidades de

elaboração e aprovação dos vários instrumentos de gestão territorial, de acordo com o artigo 20.º da

Lei n.º 48/1998, de 11 de Agosto, alterado pela Lei n.º 54/2007, de 31 de Agosto.

Tabela 1 - Entidades Responsáveis pela Aprovação dos vários Instrumentos de Planeamento

Instrumentos de Ordenamento

Iniciativa Aprovação

PNPOT Governo Assembleia da República, ouvidas as Regiões Autónomas, as regiões administrativas e os municípios

PROT Juntas Regionais Assembleias Regionais e posterior aprovação pelo Governo

PEOT Administração central e

autarquias locais Conselho de Ministros

Planos Sectoriais Administração central Governo, ouvidas as autarquias locais envolvidas

PMOT/PIOT Câmaras Municipais Assembleia municipal, após parecer da respectiva junta regional, e sujeito a ratificação pelo Governo

PMOT

PDM Câmaras Municipais Assembleia municipal, após parecer da respectiva junta regional, e sujeito a ratificação pelo Governo

PP Câmaras Municipais

Assembleias municipais, sujeitos a parecer da junta regional e a ratificação pelo Governo quando não se conformem com o PDM que os abrange ou sempre que este não seja eficaz

Legenda: PDM - Plano Director Municipal; PEOT – Plano Especial de Ordenamento do Território; PIOT - Plano

Intermunicipal de Ordenamento do Território; PMOT – Plano Municipal de Ordenamento do Território; PNPOT

– Programa Nacional da Política de Ordenamento do Território; PP – Plano de Pormenor; PROT – Plano

Regional de Ordenamento do Território

6.3 Programa Nacional de Planeamento e Ordenamento do Território

Da análise do Programa Nacional da Política de Ordenamento do Território (PNPOT)

constatou-se que um dos problemas que o país enfrenta, do ponto de vista do ordenamento do

território, se prende com os recursos naturais e gestão de riscos, nomeadamente a insuficiente

consideração dos riscos nas acções de ocupação e transformação do território, com particular ênfase

para os sismos, os incêndios florestais, as cheias, as inundações e a erosão das zonas costeiras. Neste

Programa são definidos modelos territoriais baseados num diagnóstico efectuado e análise de

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cenários, bem como na visão que se quer adoptar para as várias regiões. Assim, foram definidos

quatro vectores de organização espacial dos recursos territoriais, dos quais se destaca o primeiro:

• Riscos;

• Recursos naturais e ordenamento agrícola e florestal;

• Sistema urbano;

• Acessibilidade e conectividade internacional.

Relativamente ao primeiro vector, a partir do modelo territorial, são definidas as principais

opções estratégicas:

• Preservar o quadro natural e paisagístico, em particular os recursos hídricos, a zona

costeira, a floresta e os espaços de potencial agrícola;

• Estruturar núcleos que contrariem a tendência para a urbanização contínua ao longo da

faixa litoral de Portugal Continental.

Para que sejam concretizadas estas opções foi efectuado um levantamento de

vulnerabilidades e riscos com o intuito de prevenção e redução dos mesmos:

• Actividade sísmica;

• Movimentos de massa;

• Erosão do litoral e instabilidade das arribas;

• Cheias e inundações;

• Incêndios florestais;

• Secas e desertificação;

• Contaminação de massas de água;

• Contaminação e erosão de solos;

• Derrames acidentais no mar;

• Ruptura de barragens e riscos associados a diversas infra-estruturas e acidentes

industriais graves.

As situações de risco assinaladas são tidas em consideração na priorização relativa à política

de ordenamento do território.

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Como um dos objectivos específicos do programa das políticas salienta-se a avaliação e

prevenção dos factores e das situações de risco, e desenvolvimento de dispositivos e medidas de

minimização dos respectivos efeitos. A sua concretização nos planos de maior pormenor é abordada

ao longo do Plano.

6.4. Plano Rodoviário Nacional

Deste plano constam a rede nacional fundamental e rede nacional complementar. Em

questões de protecção civil é necessário um levantamento da rede viária, nomeadamente das

estradas nacionais para as referidas deslocações de carácter local, para que o tempo de chegada ao

local de sinistro seja o menor possível, aumentando a sua eficácia. Neste contexto, e caso seja

necessário integrar meios de outros municípios em situações de emergência, é igualmente

importante a categoria de estradas regionais.

6.5. Plano Nacional da Água

O Plano Nacional da Água (PNA), elaborado de acordo com o Decreto-lei n.º 45/1994, de 22

de Fevereiro, é o documento que define orientações de âmbito nacional para a gestão integrada dos

recursos hídricos, fundamentadas em diagnóstico actualizado da situação e na definição de

objectivos a alcançar através de medidas e acções. As problemáticas gerais a que o PNA procura dar

resposta resultam do diagnóstico da situação actual, no qual aparecem evidenciadas as que à partida

são de maior vulto e bem conhecidas, sendo que num contexto de protecção civil interessa referir

designadamente:

• Riscos e protecção de pessoas e bens e conhecimento rigoroso numa base comum das

características fundamentais,

• Utilizações e riscos associados aos recursos hídricos.

O PNA tem em vista, sintetizar os problemas mais relevantes das várias bacias hidrográficas

numa perspectiva de âmbito territorial nacional, prevenir a ocorrência de futuras situações

potencialmente problemáticas, identificar as linhas estratégicas da gestão dos recursos hídricos

nacionais e delinear um sistema de gestão integrado dos recursos hídricos nacionais, centrado nas

várias bacias hidrográficas.

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6.5.1. Planos de Bacia Hidrográfica

Os Planos de Bacia Hidrográfica (PBH) têm obrigatoriamente que conter, entre outras

questões:

• A identificação de zonas e situações de risco, nomeadamente cheias, erosão e

contaminação;

• A avaliação das situações de cheia e de seca.

Por outro lado, nestes planos, são estabelecidas medidas de prevenção e de intervenção em

situações de emergência.

Esta avaliação e identificação contida nos PBH são essenciais para a actuação da Protecção

Civil, caso se verifique necessário, uma vez que a distribuição de recursos humanos e materiais é

canalizada, não dispersando esforços, e por outro lado, no que respeita à contaminação, os agentes

contaminantes mais prováveis devem já encontrar-se identificados, de modo a facilitar o seu

controlo ou neutralização.

O concelho de Alcobaça encontra-se abrangido pelo Plano de Bacia Hidrográfica das Ribeiras

do Oeste (PBHRO), Plano da Bacia Hidrográfica do Lis (PBHL) e pelo Plano de Bacia Hidrográfica do

Tejo (PBHT).

- Plano da Bacia Hidrográfica das Ribeiras do Oeste

O Plano de Bacia Hidrografia das Ribeiras do Oeste (PBHRO) apresenta uma superfície de

450km2 e tem como principais cursos de água o Rio Alcoa e o Rio Tornada (somente a freguesia de

Martingança não é abrangida por este plano, as restante 17 encontra-se abrangidas). De salientar

ainda que associadas a estas linhas de água existem inúmeros cursos de água não permanentes

afluentes dos referidos rios.

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- Plano da Bacia Hidrográfica das Ribeiras do Tejo

O Plano de Bacia Hidrografia das Ribeiras do Tejo (PBHT) apresenta uma superfície geral

(Portugal) de 24.650 km2 e tem como principais cursos de água um afluente do Rio Maior (freguesia

de Benedita).

Para os dois planos acima identificados, os principais riscos identificados são:

• Cheias;

• Erosão;

• Transporte sólido e assoreamento;

• Poluição ambiental;

• Riscos geológicos e geotécnicos;

• Riscos de sobre-exploração de aquíferos.

- Plano da Bacia Hidrográfica das Ribeiras do Lis

O Plano de Bacia Hidrografia das Ribeiras do Lis (PBHL) apresenta uma superfície 12% na área

do Plano da Bacia respeitante ao concelho de Alcobaça, de salientar que nestes 12% inclui-se a

freguesia de Moita, que já não é pertença do concelho de Alcobaça desde 2001.

Os respectivos riscos identificados no PBH são:

• Cheias;

• Erosão;

• Transporte sólido e assoreamento;

• Poluição ambiental;

• Riscos Geológicos e geotécnicos;

• Riscos de acidentes de poluição.

Outra situação a que estas bacias puderam estar sujeiras é a ocorrência de situações de seca,

levando a que existam diversos sectores de actividade económica que podem ser afectadas por este

problema.

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Finalmente importa referir que o potencial risco sísmico existente no concelho de Alcobaça

pode levar a que infra-estruturas hidráulicas de fornecimento de água à população possam ficar

danificadas, em caso de ocorrência deste risco de origem natural.

6.6. Planos Regionais de Ordenamento do Território

De acordo com a Lei de Bases da Política de Ordenamento do Território e de Urbanismo,

artigo 52.º, Decreto-Lei n.º 380/99, de 22 de Setembro, o PROT tem como objectivos estabelecidos:

• Desenvolver, no âmbito regional, as opções do PNPOT e dos planos sectoriais;

• Traduzir, em termos espaciais, os grandes objectivos de desenvolvimento económico e

social sustentável formulados no plano de desenvolvimento regional;

• Equacionar as medidas tendentes à atenuação das assimetrias de desenvolvimento intra-

regionais;

• Servir de base à formulação da estratégia nacional de ordenamento territorial e de

quadro de referência para a elaboração dos planos especiais, intermunicipais e municipais

de ordenamento do território.

A responsabilidade pela elaboração dos PROT é da competência das respectivas Comissões

de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR), sendo que estes planos incidem em particular

sobre aspectos relacionados com a utilização de recursos territoriais, ocupação do solo, uso e

transformação do solo e a localização de actividades, equipamentos e infra-estruturas.

No PROT são estabelecidas as Normas Orientadoras para o ordenamento do território,

subdividindo-se estas em:

1. Normas Gerais

2. Normas Específicas por domínio de intervenção

3. Normas Específicas por unidade territorial

Ssendo as segundas referentes a orientações de uso e gestão do território, incidindo

especificamente, entre outras questões, sobre Segurança e Protecção Civil, sendo efectuada a

identificação das zonas de risco nomeadamente no que se refere a sismos, erosão, inundação,

incêndio florestal, entre outros. Estas questões encontram-se abordadas de uma forma mais

pormenorizada aquando do seu enquadramento no PDM de Alcobaça.

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O PROT-OVT foi aprovado em Conselho de Ministros a 6 de Agosto de 2009 e tem como área

de intervenção a totalidade do território das sub-regiões do Oeste, Lezíria do Tejo e Médio Tejo, num

total de 33 municípios, com uma população superior a 800 mil habitantes. Este plano define 21

Unidades Territoriais com características próprias, cada uma com características específicas ao nível

da ocupação do solo, para as quais estabeleceu orientações e directrizes, que visam constituir o

quadro de referência para os PMOT e orientar os PEOT. No caso particular do concelho de Alcobaça,

este enquadra-se em 4 unidades territoriais Oeste Litoral Norte, Oeste Interior Centro, Oeste Interior

Centro – Benedita e Maciço Calcário. O concelho de Alcobaça localiza-se na Unidade Territorial III

(NUTS III).

De acordo com o PROT, os riscos potenciais identificados para o concelho de Alcobaça são a

ocorrência de sismos devido a diversos tipos de acidentes geológicos, nomeadamente falhas activas,

erosão litoral de arribas rochosas e incêndios florestais. Tendo em conta os riscos identificados, o

PROT adverte para a elaboração de um Plano de Emergência Regional e apresenta algumas normas

orientadoras de planeamento urbano, de forma a evitar ou minimizar os efeitos de um sismo e risco

de incêndio florestal em áreas adjacentes a zonas urbanas.

6.7. Planos Regionais de Ordenamento Florestal

O Plano Regional de Ordenamento Florestal (PROF) que abrange a área do Município de

Alcobaça é o PROF-Oeste, aprovado de acordo com o Decreto Regulamentar n.º 14/2006, de 17 de

Outubro. Neste plano foram definidos objectivos específicos comuns a toda a região que engloba a

área do município, nomeadamente:

• Definição das áreas com maior risco de incêndio;

• Definição das áreas com maior sensibilidade à erosão, principalmente na faixa costeira;

• Estabelecimento de espaços florestais multifuncionais e adopção de medidas preventivas

contra incêndios florestais, garantindo a protecção de solos, recursos hídricos e zonas de

conservação;

• Eliminar a vulnerabilidade dos espaços florestais (diminuição do número, área e danos

provocados pelos incêndios florestais).

Os objectivos acima assinalados vão ao encontro da minimização de riscos, nomeadamente

incêndios florestais, que fazem parte das preocupações do Plano Municipal de Emergência de

Protecção Civil. No caso particular dos incêndios florestais, o PROF aborda a questão da defesa da

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Serviço Municipal de Protecção Civil de Alcobaça 29

floresta através da identificação das zonas críticas, gestão de combustíveis, redes regionais de defesa

da floresta, entre outros. A gestão das áreas de uso florestal, gestão essa abordada exaustivamente

no Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios de Alcobaça tem a finalidade de reduzir a

probabilidade de ocorrência deste fenómeno e naturalmente as suas consequências.

6.8. Planos Especiais de Ordenamento do Território

Os Planos Especiais de Ordenamento do Território (PEOT) prevalecem sobre os PIOT e PMOT,

integrando-se e compatibilizando-se com os vários instrumentos de desenvolvimento territorial. A

noção e objectivos dos planos especiais de ordenamento do território encontram-se consagrados no

Decreto-Lei n.º 380/99, de 22 de Setembro, na sua actual redacção. O artigo 42.º daquele diploma

define como PEOT os seguintes planos:

• Planos de Ordenamento das Áreas Protegidas (POAP);

• Planos de Ordenamento de Albufeiras de Águas Públicas (POAAP);

• Planos de Ordenamento da Orla Costeira (POOC);

• Planos de Ordenamento dos Estuários (POE).

6.8.1. Plano de Ordenamento da Orla Costeira

No que se refere aos Planos de Ordenamento da Orla Costeira (POOC), este tipo de planos

surge da necessidade de compatibilizar actividades de recreio e lazer com as de protecção e

conservação dos valores naturais e paisagísticos da orla litoral. A faixa litoral de Portugal foi dividida

em 9 troços, sendo definidos 9 POOC em Portugal Continental que se encontram actualmente todos

aprovados e publicados. Trata-se de um Plano produzido pela Administração Central e como tal

sobrepõe-se aos planos municipais e regionais.

Os POOC incidem sobre águas marinhas costeiras e interiores e respectivos leitos e margens,

com faixas de protecção terrestre, cuja largura é definida no âmbito de cada plano, não excedendo

os 500 metros contados da linha que limita a margem das águas do mar, e marinha, que têm como

limite máximo a linha batimétrica dos 30 metros. Estas zonas têm um conjunto de actividades

interditas e condicionadas, incluindo a acessibilidade. Por este motivo, e em caso de possível

intervenção da protecção civil, a localização de pessoas e bens encontra-se delimitada, e apesar da

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Serviço Municipal de Protecção Civil de Alcobaça 30

circulação de veículos motorizados fora das vias de acesso ser interdita, tal não é aplicável a veículos

ligados à prevenção, socorro e manutenção de equipamentos.

O concelho de Alcobaça encontra-se abrangido pelo Plano de Ordenamento da Orla Costeira

de Alcobaça – Mafra (POOC). Este plano foi aprovado pela Resolução do Conselho de Ministros nº

11/2002, de 17 de Janeiro e compreende o troço de costa entre Alcobaça e Mafra, numa extensão de

cerca de 142 km, caracterizado, de modo geral, por uma fisiografia diversificada, resultante da

presença de arribas com altura bastante variável, pontualmente interrompidas pelas zonas terminais

das linhas de água e por sistemas dunares.

Apresenta, ainda, elementos notáveis de elevada singularidade e valor paisagístico, como é o

caso da concha de São Martinho do Porto, assim como um conjunto de áreas de inquestionável

riqueza em termos de diversidade biológica.

Trata-se, contudo, de um troço de costa sujeito a processos erosivos graves, originando

situações de risco para pessoas e bens, como se verifica em alguns aglomerados populacionais e em

diversos trechos de costa com utilização balnear.

Em termos de Protecção Civil são de referir a interdição de algumas actividades que

provoquem a alteração da morfologia do solo ou o coberto vegetal existente, com excepção das

situações previstas no respectivo Regulamento em faixas de risco máximo e faixas de protecção, de

forma a evitar situações que ponham em causa a segurança da população residente ou turistas.

6.8.2. Plano de Ordenamento do Parque Natural das Serras de Aire e Candeeiros

O Plano de Ordenamento do Parque Natural das Serras de Aire e Candeeiros designado

abreviadamente por POPNSAC foi aprovado pela Resolução do Conselho de Ministros n.º 57/2010,

de 12 de Agosto e apresenta como objecto central uma amostra significativa do Maciço Calcário

Estremenho. Este plano abrange parcialmente ou na sua totalidade os concelhos de Alcanena,

Alcobaça, Ourém, Porto de Mós, Rio Maior, Santarém, Torres Novas.

Constituem objectivos gerais do Plano de Ordenamento do Parque Natural das Serras de Aire

e Candeeiros:

• Assegurar, à luz da experiência e dos conhecimentos científicos adquiridos sobre o

património natural do Maciço Calcário Estremenho, uma estratégia de conservação e

gestão que permita a concretização dos objectivos que presidiram à criação do Parque

Natural da Serra de Aire e Candeeiros;

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Serviço Municipal de Protecção Civil de Alcobaça 31

• Corresponder aos imperativos de conservação dos habitats naturais da fauna e flora

selvagens protegidas;

• Fixar o regime de gestão compatível com a protecção e a valorização dos recursos

naturais e com o desenvolvimento das actividades humanas em presença, tendo presente

os instrumentos de gestão territorial convergentes na árera protegida.

• Determinar os estatutos de protecção adequados às diferentes áreas, assim como definir

as respectivas prioridades de intervenção.

E tendo em consideração os objectivos acima citados o Plano de Ordenamento do Parque

Natural das Serras de Aire e Candeeiros diagnostica em primeiro lugar mecanismos eficazes de

articulação das diferentes entidades e instrumentos de gestão do território e assegura a participação

activa de todas as entidades públicas e privadas, em estreita colaboração com as populações

residentes.

6.8.3. Plano Sectorial da Rede Natura 2000

As figuras de Parque Nacional, Reserva Natural, Parque Natural e Paisagem Protegida estão

consignadas como áreas protegidas de interesse nacional, pelo que deverão dispor obrigatoriamente

de um Plano de Ordenamento, vinculativo para as entidades públicas e particulares (ICNB, 2008). A

Rede Natura 2000 é uma rede ecológica para o espaço comunitário resultante da aplicação das

Directivas nº 79/409/CEE (Directiva Aves) e nº 92/43/CEE (Directiva Habitats) e tem como objectivo

contribuir para assegurar a biodiversidade através da conservação dos habitats naturais e da fauna e

da flora selvagens no território europeu dos Estados-Membros.

A Rede Natura 2000 em Portugal Continental é composta por Sítios da Lista Nacional

(Resoluções de Conselho de Ministros nº142/97, de 28 de Agosto, e nº 76/2000, de 5 de Julho) e

Zonas de Protecção Especial – ZPE (ZPE do Estuário do Tejo criada pelo Decreto-Lei nº 280/94, de 5

de Novembro, e restantes ZPE criadas pelo Decreto-Lei nº 384-B/99, de 23 de Setembro) estando

actualmente classificadas 31 ZPE e 60 Sítios, representando cerca de 20,47% do território do

continente.

De forma a implementar a Rede Natura 2000, foi determinado a elaboração de um Plano

Sectorial, visando a salvaguarda e valorização das ZPE e dos Sítios do território continental, bem

como a manutenção das espécies e habitats num estado de conservação favorável nestas áreas.

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Serviço Municipal de Protecção Civil de Alcobaça 32

A área do município de Alcobaça é abrangida pelo Sítio Rede Natura 2000 – Serras de Aire e

Candeeiros, código de classificação PTCON0015, com a seguinte legislação associada - Resolução do

Conselho de Ministros n.º 76/2000, de 5 de Julho que classifica o Sítio Serras de Aire e Candeeiros

(Rede Natura 2000).

A ficha do Sítio Serras de Aire e Candeeiros apresenta descrito a síntese do trabalho de

caracterização do património natural do Sítio, identificando os principais valores que ocorrem nesta

área.

São igualmente apresentados programas/projectos específicos decorrentes em áreas

beneficiadas por planos de intervenção específica para a conservação da natureza e biodiversidade,

património geológico e cultural, com o objectivo de recuperação de habitats, valorização de bens

culturais, promoção da investigação científica, educação ambiental, e desenvolvimento local.

O Plano Sectorial da Rede Natura 2000 (PSRN2000) identifica os factores de ameaça do Sítio

Serras de Aire e Candeeiros que importa salientar, Exploração de inertes; Colheita de espécies

vegetais ameaçadas; Perturbação das grutas; Implantação de infra-estruturas; Incêndios; Erosão

(associada ao fogo ou ao pastoreio em áreas de clivosas).

6.9. Plano Director Municipal

O Plano Director Municipal (PDM) é um instrumento de planeamento territorial de natureza

regulamentar, cuja elaboração é obrigatória e da responsabilidade do Município. O Plano Director

Municipal de Alcobaça em vigor, elaborado ao abrigo do Decreto-lei nº 69/90 de 2 de Março, foi

aprovado pela Assembleia Municipal de Alcobaça a 11 de Outubro de 1996 e ratificado através da

Resolução do Conselho de Ministros nº 177/97 de 25 de Setembro, publicada no Diário da República

I série B, nº 248 de 25 de Outubro de 1997.

Actualmente, o PDM encontra-se em fase de revisão (Aviso nº 1355/2002, publicado no

Diário da República nº 45 II série, AP 17) de forma a responder às novas exigência ao nível do

planeamento e, consequentemente, permitir desenvolver soluções adequadas e eficazes para o

concelho de Alcobaça.

No PDM de Alcobaça em vigor, não é feita uma abordagem aos eventuais riscos que possam

ocorrer no concelho, nem a acções de protecção civil a desencadear no caso da ocorrência de

determinado risco, apenas se encontram identificadas a proibição das seguintes acções especificas,

de especial interesse para a Protecção Civil:

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Serviço Municipal de Protecção Civil de Alcobaça 33

• Destruição da vegetação ribeirinha e acções que prejudiquem o escoamento das águas

nos leitos dos cursos de água e zonas ameaçadas por cheias;

• As acções que prejudiquem a infiltração das águas e acelerem o escoamento superficial e

a erosão nas cabeceiras das linhas de água;

• A descarga de efluentes não tratados, a instalação de fossas, a rega com águas residuais

sem tratamento, instalação de lixeiras, utilização intensiva de fertilizantes químicos e a

instalação de campos de golfe, ou outras acções que criem riscos de contaminação dos

aquíferos;

• As operações de preparação do solo ou de condução de explorações, e a prática de

queimadas, que acelerem os riscos de erosão;

• A circulação e estacionamento de veículos fora dos acessos e parqueamento organizados,

e a destruição e ou substituição da vegetação natural, nas respectivas faixas de protecção.

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Serviço Municipal de Protecção Civil de Alcobaça 34

7. ACTIVAÇÃO DO PLANO

Com a activação do Plano pretende-se assegurar a colaboração das várias entidades

intervenientes, garantindo a mobilização mais rápida dos meios e recursos afectos ao PMEPC e uma

maior eficácia e eficiência na execução das ordens e procedimentos previamente definidos,

garantindo-se, desta forma, a criação de condições favoráveis à mobilização rápida, eficiente e

coordenada de todos os meios e recursos disponíveis no concelho de Alcobaça, bem como de outros

meios de reforço que sejam considerados essenciais e necessários para fazer face à situação de

emergência.

7.1. Competência para Activação do Plano

Nos termos da Lei de Bases de Protecção Civil quem tem competência para activar o Plano

Municipal de Emergência é a Comissão Municipal de Proteção Civil. Após a sua ativação, a comissão

deverá reunir-se imediatamente. Contudo, em situações excepcionais quando a natureza do acidente

grave ou catástrofe assim o justificar e por ordem do director do Plano ou seu substituto a Comissão

Municipal de Proteção Civil poderá reunir com composição reduzida, no caso de ser impossível reunir

a totalidade dos seus membros, caso em que a ativação será sancionada posteriormente pelo

Plenário da Comissão.

Figura 2 - Organização reduzida da Comissão Municipal de Protecção Civil

Comandante Operacional Municipal

Comandante do CB da área geográfica

Comandante da GNR/PSP da área geográfica

Presidente / Vereador com competência delegada

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Serviço Municipal de Protecção Civil de Alcobaça 35

De acordo com a lei de bases da Proteção Civil, compete ao Presidente da Câmara Municipal,

no exercício de funções de responsável municipal da política de proteção civil, desencadear na

iminência ou ocorrência de acidente grave ou catástrofe, as ações de proteção civil de prevenção,

socorro, assistência e reabilitação adequadas em cada caso.

As entidades que compõem a Comissão Municipal de Proteção Civil e o Serviço Municipal de

Proteção Civil são responsáveis por garantir condições para o restabelecimento dos serviços

essenciais de sobrevivência, o estado de segurança e a disponibilidade de condições aceitáveis em

todas as áreas afetadas pela ocorrência. Uma vez confirmada a reposição da normalidade da vida das

pessoas em áreas afetadas por acidente grave ou catástrofe, deverá ser expressa a desativação do

plano pela Comissão Municipal de Proteção Civil de Alcobaça. Neste seguimento deverão acionar-se

os respetivos mecanismos de desativação de emergência por todas as entidades envolvidas aquando

da ativação do plano, incluindo as que compõem a Comissão Municipal de Proteção Civil. Deste

modo, cada entidade desenvolve os devidos procedimentos internos com as respectivas equipas e

plataformas logísticas para que sejam desativados os procedimentos extraordinários adotados.

Para publicitação da activação e desactivação do PMEPC de Alcobaça serão utilizados os

seguintes meios de divulgação de informação:

• órgãos de comunicação social, nomeadamente a rádio difusão local;

• serviço de mensagens (sms);

• telefone;

• fax.

• sítio da internet da Câmara Municipal de Alcobaça (http://www.cm-alcobaca.pt/) e da

ANPC (http://www.proteccaocivil.pt/)

Figura 3 - Meios utilizados para a Publicitação da Activação do Plano de Emergência

Rádio difusão local

Internet Serviço de SMS

Fax

Telefone

Publicação da activação de plano de emergência

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Serviço Municipal de Protecção Civil de Alcobaça 36

7.2. Critérios para Activação do Plano

Os planos de emergência de protecção civil são activados quando existe a necessidade de

adoptar medidas preventivas ou especiais de reacção que não estejam expressas na actividade

normal de protecção civil, ou seja, quando existe iminência ou ocorrência de uma situação de

acidente grave ou catástrofe, da qual se prevejam danos elevados para as populações, bens e

ambiente, que justifiquem a adopção imediata de medidas excepcionais de prevenção, planeamento

e informação.

Embora, dada a transversalidade dos riscos considerados no PMEPC, seja difícil a definição de

parâmetros universalmente aceites e coerentes, considerou-se que os critérios que permitem apoiar

a decisão de activação do PMEPC são suportados na conjugação do grau de intensidade das

consequências negativas das ocorrências, ou seja, grau de gravidade, com o grau de

probabilidade/frequência de consequências negativas, conforme definidos na Directiva Operacional

Nacional n.º 1/ANPC/2007, de 16 de Maio.

A avaliação do grau de probabilidade de ocorrências com origem natural é da competência

do ANPC, em estreita colaboração com o Instituto de Meteorologia (IM), entidade com competência

e conhecimento para, perante determinado fenómeno desta natureza, proceder à classificação do

grau de probabilidade na escala que varia entre baixo a elevado, conforme se encontram definidos

na Directiva Operacional Nacional n.º 1/ANPC/2007, de 16 de Maio. Relativamente à avaliação do

grau de probabilidade de ocorrências com origem humana a ANPC apenas tem capacidade para

avaliar as situações de eventos que estejam na origem de concentrações humanas. A avaliação do

grau de probabilidade permite prevenir os riscos colectivos e a ocorrência de acidente grave ou de

catástrofe deles resultantes, atenuando assim estes riscos e limitando os seus efeitos.

No que se refere à avaliação do grau de gravidade do acidente grave ou da catástrofe

ocorrido no município, esta deverá ser realizada pelo COM em colaboração e comunicação

permanente com os agentes de protecção civil do município, nomeadamente, bombeiros e entidades

de segurança, e comunicado ao Presidente da Câmara Municipal (Director do PMEPC) o respectivo

ponto de situação.

Desta forma, o Presidente tem à sua disposição informação que permite apoiar a decisão de

activação do Plano. A tipificação do grau de gravidade tem como base a escala de intensidade das

consequências negativas das ocorrências (ver Ponto 2, da Parte IV – Secção I). No âmbito da análise

dos critérios para activação do Plano foram considerados apenas as situações com grau de

intensidade moderada a crítica.

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Os mecanismos e as circunstâncias fundamentadoras para a activação do Plano, que

determinam o início da sua obrigatoriedade, em função dos cenários nele considerados, encontram-

se descritos na Figura 4, com identificação das diferentes situações de grau de gravidade e de

probabilidade.

Em síntese, a activação do Plano é aplicável nos casos em que:

• A emergência não pode ser gerida de forma eficaz usando apenas os recursos do SMPC e

das entidades que fazem parte da protecção civil do concelho. Assim, a activação do Plano

é necessária para implementar e agilizar o acesso a recursos de resposta suplementar;

• Os recursos das entidades de protecção civil do município são afectados de tal maneira

que não têm capacidade para dar resposta à ocorrência. Desta forma é essencial activar o

Plano para que sejam disponibilizados recursos através de acordos e protocolos de ajuda

mútua.

• O Plano pode ainda ser activado pela Comissão Municipal de Protecção Civil sempre que se

justifique a adopção imediata de medidas excepcionais para fazer face a condições que

não puderam ou não estão previstas no Plano Municipal de Emergência de Protecção Civil

de Alcobaça.

• Aquando da activação do Plano, a Comissão Municipal de Protecção Civil já se encontrará

activada.

• A desactivação do Plano Municipal de Emergência, e consequente desmobilização dos

meios operacionais, é da competência da Comissão Municipal de Protecção Civil, após

parecer do Comandante Operacional Municipal (COM) e do Serviço Municipal de

Protecção Civil. Especificando o Plano Municipal de Emergência de Protecção Civil de

Alcobaça poderá ser activado quando ocorrerem as seguintes situações:

Percentagem da área territorial coberta pelo plano afectada pelo acidente grave ou

catástrofe;

Efeitos na população (número de mortos, feridos, desalojados, desaparecidos ou

isolados, etc.);

Danos nos bens e património (numero de habitações danificadas, edifícios

indispensáveis às operações de protecção civil afectados, afectação de monumentos

nacionais, etc.);

Danos nos serviços e infra-estruturas (suspensão do fornecimento de água, energia

ou telecomunicações durante um período de tempo significativo, etc.);

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Serviço Municipal de Protecção Civil de Alcobaça 38

Danos no ambiente (descargas de matérias perigosas em aquíferos ou no solo,

destruição de zonas florestais, libertação de matérias perigosas para a atmosfera,

etc.);

Características da ocorrência (caudais registados, magnitude ou intensidade sísmica,

quantidade de substância libertada, etc.).

Figura 4 - Processo de Activação do Plano Municipal de Emergência de Protecção Civil de Alcobaça

Os critérios que devem considerar-se para a activação do Plano devem regular-se pela

Directiva Operacional Nacional (DON) nº1/ANPC/2007, de acordo com os parâmetros acima

mencionados o que pode visualizar-se de forma esquemática através das tabelas seguintes:

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Serviço Municipal de Protecção Civil de Alcobaça 39

Tabela 2 - Critérios para o Processo de Activação do Plano Municipal de Emergência de Protecção Civil de Alcobaça

Gravidade/Intensidade

Residual Reduzida Moderada Acentuada Critica

Pro

bab

ilid

ade

/Fre

qu

ên

cia

Confirmada Baixo Moderado Elevado Extremo Extremo

Elevada Baixo Moderado Elevado Extremo Extremo

Média-Alta Baixo Moderado Moderado Elevado Elevado

Média Baixo Baixo Baixo Moderado Moderado

Média-baixa Baixo Baixo Baixo Baixo Baixo

Baixa Baixo Baixo Baixo Baixo Baixo

Legenda:

Gra

vid

ade

/In

ten

sid

ade

Residual

Não há feridos nem vitimas mortais. Não há mudança/retirada de pessoas ou apenas de um número restrito, por um período curto (até doze horas). Pouco ou nenhum pessoal de apoio necessário (não há suporte ao nível monetário nem material. Danos sem significado. Não há ou há um nível reduzido de constrangimentos na comunidade. Não há impacte no ambiente. Não há perda financeira.

Reduzida

Pequeno número de feridos mas sem vítimas mortais. Algumas hospitalizações e retirada de pessoas por um período inferior a vinte e quatro horas. Algum pessoal de apoio e reforço necessário. Alguns danos. Disrupção (inferior a vinte e quatro horas). Pequeno impacte no ambiente sem efeitos duradoiros. Alguma perda financeira.

Moderada

Tratamento médico necessário, mas sem vítimas mortais. Algumas hospitalizações e retirada de pessoas por um período de vinte e quatro horas. Algum pessoal técnico necessário. Alguns danos. Alguma disrupção na comunidade (menos de vinte e quatro horas). Pequeno impacte no ambiente sem efeitos duradoiros. Alguma perda financeira.

Acentuada

Número elevado de feridos e de hospitalizações. Número elevado de retirada de pessoas por um período superior a vinte e quatro horas. Vítimas mortais. Recursos externos exigidos para suporte ao pessoal de apoio. Danos significativos que exigem recursos externos. Funcionamento parcial da comunidade com alguns serviços indisponíveis. Alguns impactos na comunidade com efeitos a longo prazo. Perda financeira significativa e assistência financeira necessária

Crítica

Situação crítica. Grande número de feridos e de hospitalização. Retirada em grande escala de pessoas por uma duração longa. Significativo número de vítimas mortais. Pessoal de apoio e reforço necessário. A comunidade deixa de conseguir funcionar sem suporte significativo. Impacte ambiental significativo e ou danos permanentes.

Activação do Plano

Municipal de Emergência no

todo ou em parte do concelho

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PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA DE PROTECÇÃO CIVIL DE ALCOBAÇA

Serviço Municipal de Protecção Civil de Alcobaça 40

Pro

bab

ilid

ade

/fre

qu

ên

cia

Confirmada Ocorrência real verificada.

Elevada É expectável que ocorra em quase todas as circunstâncias; E ou nível elevado de incidentes registados; E ou fortes evidências; E ou forte probabilidade de ocorrência do evento; E ou fortes razões para ocorrer; Pode ocorrer uma vez por ano ou mais.

Média-alta Irá provavelmente ocorrer em quase todas as circunstâncias; E ou registos regulares de incidentes e razões fortes para ocorrer; Pode ocorrer uma vez em cada cinco anos.

Média Poderá ocorrer em algum momento; E ou com uma periodicidade incerta aleatória e com fracas razões para ocorrer. Pode ocorrer uma vez em cada 20 anos.

Média-baixa Não é provável que ocorra; Não há registos ou razões que levem a estimar que ocorram; Pode ocorrer uma vez em cada 100 anos.

Baixa Poderá ocorrer apenas em circunstâncias excepcionais; Pode ocorrer uma vez em cada 500 anos ou mais.

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Serviço Municipal de Protecção Civil de Alcobaça 41

8. PROGRAMAS DE EXERCÍCIOS

A realização de exercícios é uma componente essencial da formação dos vários agentes de

protecção civil, possibilitando que estes se familiarizem com os procedimentos a adoptar em

situações de emergência, o que se traduzirá na optimização da sua rapidez e eficiência face a

acidentes graves ou catástrofes. Por outro lado, os exercícios de emergência constituem uma

ferramenta de extrema importância para a avaliação da eficiência da organização operacional

prevista no PMEPC, permitindo identificar os elementos que necessitam de revisão e

aperfeiçoamento.

Os exercícios possibilitam, portanto, a adequação em permanência dos meios materiais e

humanos às diferentes situações de emergência, assim como, das acções de coordenação e

comando.

Figura 5 - Esquema relativo ao Aperfeiçoamento dos Exercícios de Emergência

Organização

Formação

Exercícios

Problemas

Identificação Avaliação, análise e

melhoria

Planos

ANTES DA OCORRÊNCIA DE UMA SITUAÇÃO REAL OCORRÊNCIA DE

UMA SITUAÇÃO

REAL

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Serviço Municipal de Protecção Civil de Alcobaça 42

A capacidade de enfrentar e recuperar de uma situação de emergência é directamente

proporcional ao grau de preparação dos diversos intervenientes. Assim, importa aqui abordar, para

os diversos tipos de riscos, sejam de origem natural ou humana, qual o tipo de preparação a adoptar,

nomeadamente, identificando os vários exercícios tipo. Nestes exercícios são simuladas situações de

emergência a diferentes escalas, tendo como objectivo avaliar no terreno a capacidade de

mobilização, interacção e cooperação entre as várias entidades com responsabilidade ao nível da

protecção civil que intervirão no teatro de operações.

Os exercícios tipo visam, de acordo com o objectivo para o qual estão direccionados,

melhorar a mobilização e coordenação dos vários intervenientes em situações de emergência

decorrentes de desastres naturais e humanos, testando comunicações, procedimentos, avaliando as

falhas e mitigando deficiências ao longo do exercício, através da adopção de medidas correctivas

e/ou preventivas.

As acções correctivas podem levar a alterações nos planos, procedimentos, equipamento,

instalações e formação, que são novamente testados durante os exercícios subsequentes. Os

exercícios permitem igualmente a identificação de estrangulamentos no sistema, a que se deve

atender com especial atenção.

Importa salientar que os exercícios que a seguir se indicam encontram-se relacionados com a

activação do PMEPC, ou seja, a operacionalização da estrutura de organizacional e operacional

descrita na Parte II do Plano. Porém, existem outro tipo de exercícios mais específicos que permitem

agilizar procedimentos junto de agentes de protecção civil e de que são exemplos os exercícios de

simulacro com procedimentos de evacuação de escolas, desarmadilhamento de engenhos

explosivos, entre outros, sendo que estes não serão aqui tratados.

Na elaboração de exercícios de emergência relacionados com a activação do PMEPC existem

objectivos que são transversais, permitindo, tal como descrito esquematicamente na Figura 5, uma

avaliação, análise e melhoria contínua. Alguns desses objectivos são:

• Avaliar a articulação entre a CMPC e os grupos de intervenção;

• Avaliar a operacionalização dos gabinetes de apoio ao presidente previstos no PMEPC;

• Definir uma estrutura de meios humanos e materiais para fazer face à emergência;

• Estabelecer procedimentos para agilizar a gestão e coordenação de meios;

• Avaliar, analisar e melhorar, a operacionalidade e eficácia dos recursos humanos e

materiais;

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Serviço Municipal de Protecção Civil de Alcobaça 43

• Articular a actuação com planos de emergência existentes, caso se justifique;

• Avaliar zonas de risco, identificando pontos críticos e nevrálgicos relativamente:

Ao acesso terrestre e aéreo bem como a possível obstrução dos mesmos,

À propensão para a queda de escombros,

À rapidez de estabelecimento de uma zona de sinistro,

Outros considerados relevantes;

• Testar, avaliar, prever qual o tipo de apoio administrativo, de telecomunicações, apoio à

subsistência e apoio a transportes no local, bem como a sua eficiência;

• Verificar a adequabilidade dos meios e equipamentos aos diferentes tipos de emergência;

• Avaliar necessidades de formação, e de realização de novo (s) exercício (s).

De acordo com a análise de riscos efectuada (ver Parte IV - secção II), os factores de risco

com maior relevância para o concelho de Alcobaça são:

• Risco sísmico (constitui um dos cenários com consequências significativamente

devastadoras para o município);

• Risco de tsunami (constitui outro dos cenários com consequências devastadoras para o

município);

• Ondas de calor;

• Queda de arribas;

• Incêndios florestais;

• Incêndios urbanos;

• Colapso/estragos avultados em edifícios;

• Acidentes viários, aéreos e marítimos;

• Transporte de mercadorias perigosas.

O Serviço Municipal de Protecção Civil (SMPC) de Alcobaça tendo vindo a realizar e/ou

participar em exercícios de emergência com o objectivo de preparar meios humanos e materiais para

a ocorrência destes e de outros riscos. No entanto importa fazer a ressalva que os exercícios de

emergência realizados anteriormente não se enquadram no âmbito da activação do PMEPC.

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Serviço Municipal de Protecção Civil de Alcobaça 44

De facto, os exercícios que visam colocar à prova os procedimentos definidos no PMEPC não

só poderão incorporar em simultâneo vários exercícios desse tipo, como obrigam a uma intervenção

da CMPC (o que não ocorre nos exercícios realizados onde apenas alguns agentes de protecção civil

participaram).

Relativamente ao tipo de exercícios em concreto, estes podem ser agrupados em dois tipos:

• LIVEX [com meios no terreno] – é um exercício de ordem operacional, no qual se

desenvolvem missões no terreno com homens e equipamento, permitindo avaliar as

disponibilidades operacionais e as capacidades de execução das entidades envolvidas.

• CPX [de posto de comando] - é um exercício específico para pessoal de direcção,

coordenação e comando, permitindo exercitar o planeamento e conduta de missões e

treinar a capacidade de decisão dos participantes.

Refere a Lei de Bases de Protecção Civil que os planos de emergência estão sujeitos a

actualização periódica e ser objecto de exercícios frequentes com vista a testar a sua

operacionalidade.

• Exercício de coordenação e controlo, do tipo CPX, a realizar em cada período de dois

anos;

• Exercício conjunto com simulacros executados pelas forças de intervenção, do tipo LIVEX,

a realizar no último ano de cada mandato da Câmara Municipal.

Integrados na normal actividade da protecção civil, os exercícios de protecção civil são

levados a cabo tendo em vista alcançar diferentes objectivos de acordo com o tipo de risco

considerado, envolvendo, por esse motivo, diferentes meios humanos e materiais. Tendo em

consideração que os objectivos atrás referidos se aplicam a situações de risco de uma forma

genérica, discrimina-se na Tabela 4, da Parte II, as entidades envolvidas na fase de emergência.

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Plano Municipal de Emergência de

Protecção Civil de Alcobaça

PARTE II – ORGANIZAÇÃO DA RESPOSTA

MUNICIPIO DE ALCOBAÇA

Serviço Municipal de Protecção Civil

Outubro 2014

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Serviço Municipal de Protecção Civil de Alcobaça 46

PARTE II – ORGANIZAÇÃO DA RESPOSTA

A Parte II destina-se a definir a organização da resposta, tipificando as missões e modo de

actuação e articulação dos agentes de protecção civil e demais organismos e entidades de apoio.

1. CONCEITOS DE ACTUAÇÃO

O conceito de actuação visa estabelecer os princípios orientadores a aplicar numa operação

de emergência de protecção civil, definindo a missão, tarefas e responsabilidades dos diversos

agentes, organismos e entidades intervenientes. Pretende-se assim assegurar a criação das

condições favoráveis ao empenhamento rápido, eficiente e coordenado não só de todos os meios e

recursos existentes no concelho de Alcobaça, como também de outros meios de reforço disponíveis

em situação de emergência, incluindo as acções de prevenção, procurando desta forma prevenir

riscos, atenuar ou limitar os seus efeitos.

Neste sentido, tendo em conta o normal ciclo das emergências, as várias entidades com

responsabilidades no âmbito da protecção civil deverão basear a sua actividade em três fases

fundamentais de acção:

• Prevenção e planeamento;

• Socorro e assistência;

• Reabilitação.

Estas três fases constituem as componentes essenciais de actuação associadas ao ciclo de

emergência.

Durante a fase de pré-emergência será importante que as entidades com responsabilidades

no âmbito da protecção civil desenvolvam esforços no sentido de maximizar a sua eficiência conjunta

em situações de acidente grave e catástrofe. Tal é alcançado através do planeamento de estratégias

de emergência, do delineamento de exercícios e através da realização de acções de sensibilização e

esclarecimento dirigidas às populações.

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Serviço Municipal de Protecção Civil de Alcobaça 47

Uma vez que as situações de emergência poderão exigir o envolvimento de várias entidades,

será fundamental garantir que a sua articulação se processará de forma eficiente. Para tal, importará

definir previamente as competências e missões das várias entidades que ao nível do município

possuem responsabilidade no âmbito da protecção civil, como estas se irão organizar entre si e quais

os canais de comunicação que possibilitarão manter em permanência a sua acção concertada.

Controlada a situação de emergência, será ainda importante desenvolver esforços no sentido

de restabelecer a normal actividade das populações afectadas. De modo a garantir que esta fase se

processa de forma célere, será fundamental definir quais os domínios que deverão ser alvo

preferencial de intervenção e as acções que permitirão alcançar os objectivos propostos. Tal

processo exige, portanto, uma actividade prévia de planeamento que compreenda a definição das

acções a desenvolver, entidades responsáveis pelas mesmas e quais as melhores soluções técnicas a

adoptar. O conjunto de medidas a implementar no terreno deverão dar resposta à necessidade de

restabelecer, no mais curto espaço de tempo, o regular funcionamento dos serviços básicos (saúde,

segurança, justiça, segurança social, etc.) e de se recuperar e estabilizar as infra-estruturas essenciais

afectadas.

1.1. Comissão Municipal de Protecção Civil

De acordo com o artigo 3.º, da Lei n.º 65/2007, de 12 de Novembro, a Comissão Municipal de

Protecção Civil (CMPC) é o órgão que garante que as diferentes entidades que a compõem accionam,

no âmbito da sua estrutura orgânica e das suas atribuições, os meios necessários para o

desenvolvimento das acções de protecção civil. Embora a legislação actualmente em vigor indique

que compete às CMPC activar os PMEPC sempre que considerem que tal se justifique, o facto é que

não especifica as competências das mesmas em situações de acidente grave ou catástrofe.

Contudo, entende-se que pelo facto da CMPC compreender as principais entidades com

responsabilidades no âmbito da protecção civil a nível municipal, fará sentido desenvolver a

estrutura operacional de resposta à emergência com base naquele órgão de coordenação. Por outro

lado, considera-se que será de toda conveniência envolver todas as entidades que compõem a CMPC

nas diferentes fases da actividade de protecção civil (pré-acidente grave ou catástrofe, acções de

emergência e reabilitação), constituindo as reuniões da CMPC, extraordinárias ou não, o local

privilegiado para o fazer.

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Serviço Municipal de Protecção Civil de Alcobaça 48

O local de funcionamento da CMPC será no Serviço Municipal de Protecção Civil, sedeado no

Edifício dos Serviços Municipalizados de Alcobaça, pois é um local bem fornecido de redes de

comunicações e telecomunicações e dotado das convenientes condições logísticas necessárias ao

funcionamento.

1.1.1. Organização Operacional da Comissão Municipal de Protecção Civil

Nas situações em que seja declarada a situação de alerta de âmbito municipal ou seja

activado o Plano Municipal de Emergência de Protecção Civil (PMEPC) (ver ponto 7.2), as acções a

desenvolver serão conduzidas por grupos de intervenção constituídos por entidades responsáveis

por áreas de intervenção específicas. Nas situações em que se verifique a necessidade de decretar a

situação de alerta de âmbito municipal, caberá à CMPC definir quais os grupos de intervenção que

deverão ser accionados para dar resposta à mesma. Nos casos em que se verifique a necessidade de

se accionar o PMEPC, os grupos de intervenção a constituir serão aqueles que se encontram

definidos no mesmo para os diferentes tipos de emergência. Neste sentido, será de toda a utilidade

ter previsto a constituição de seis grupos de intervenção específicos, responsáveis por seis áreas

fundamentais das acções de emergência, designadamente:

• Busca, socorro e salvamento;

• Protecção do teatro de operações, manutenção da segurança pública e controlo de

trânsito;

• Prestação de primeiros socorros às vítimas e condução das acções de mortuária;

• Criação e gestão de locais de abrigo;

• Transporte de pessoas e bens e realização de obras;

• Gestão de voluntários e donativos.

Para além de grupos de intervenção deverão ainda ser constituídos, aquando da activação do

PMEPC, dois gabinetes de apoio: um destinado a fornecer informações e avisos directamente à

população e informações sobre o evoluir da situação de emergência aos órgãos de comunicação

social; outro destinado a apoiar tecnicamente o director do PMEPC.

Importa ainda salientar que em caso de acidente grave ou catástrofe que justifiquem a

activação do PMEPC, as primeiras entidades a intervir serão, naturalmente, as que se encontram

implementadas no município. Estas poderão ser posteriormente auxiliadas por outras entidades com

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Serviço Municipal de Protecção Civil de Alcobaça 49

áreas de intervenção distrital ou nacional, como por exemplo o INEM, o Exército, o Instituto de

Segurança Social, I.P. – Comando Distrital de Operações de Socorro de Leiria, entre outras. Este facto

revela-se de grande importância, uma vez que existe uma grande probabilidade do evento que

despolete a activação do PMEPC ter igualmente fortes impactes nos concelhos vizinhos, pelo que as

entidades de carácter distrital ou nacional, poderão não se encontrar disponíveis para enviar de

imediato equipas de apoio às operações de emergência.

A Figura 6 apresenta a organização operacional das entidades que actuam no município de

Alcobaça, ao nível da protecção civil, nas situações em que seja activado o PMEPC.

De salientar que na constituição dos vários grupos de intervenção encontram-se previstas

entidades de âmbito municipal e entidades de âmbito distrital e/ou nacional. As primeiras terão uma

ligação directa com o Director do Plano, enquanto para as restantes entidades esta ligação será feita

através do Centro de Coordenação Operacional Distrital, conforme o indicado no ponto seguinte.

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PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA DE PROTECÇÃO CIVIL DE ALCOBAÇA

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Figura 6 - Esquema da Organização Operacional dos agentes de Protecção Civil e Entidades e Organismos de Apoio em caso de Emergência

REDE DE

COMUNICAÇÕES

CMPC

Gabinete de

Informação e

Relações Públicas

Gabinete de Apoio

Técnico

Grupo de Busca, Socorro e Salvamento

Grupo de Segurança Pública e Regulação de

Trânsito

Grupo de Saúde

Grupo de Gestão

Logística

Grupo de Transportes

e Obras Públicas Grupo de Gestão de

Voluntários

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1.2. Centro de Coordenação Operacional

A nova Lei de Bases de Protecção Civil (Lei n.º 27/2006, de 3 de Julho) e a Lei n.º 65/2007, de

12 de Novembro, deixam de fazer referência a Centros Municipais de Operações de Emergência de

Protecção Civil (CMOEPC), órgãos que, na anterior lei de bases, se encontravam responsáveis por

garantir a coordenação dos meios a empenhar face a situações de emergência. Dado que o objectivo

de unicidade na acção em situações de emergência se mantém, o papel previsto anteriormente para

o CMOEPC deverá passar a ser assumido pela CMPC, isto porque não só ambos compreendem a

participação das mesmas entidades, como também não faz sentido designar de forma

diferente o mesmo órgão em situações de normalidade e em situações de acidente grave ou

catástrofe.

Neste âmbito, será fundamental organizar operacionalmente as entidades que compõem a

CMPC, tendo em vista garantir que as várias entidades actuam de forma articulada e que os meios

materiais e humanos disponíveis no município são aplicados de forma rápida e eficiente. Isto é

conseguido através da definição de gabinetes de apoio ao director do PMEPC e de grupos de

intervenção direccionados para áreas específicas, ou seja, através da distribuição das várias

entidades que compõem a CMPC (e outras que poderão prestar apoio em situações de emergência)

por missões em concreto.

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2. EXECUÇÃO DO PLANO

O PMEPC de Alcobaça, como instrumento orientador da actividade de protecção civil a nível

municipal, deverá compreender todas as fases do ciclo de emergência, isto é, a fase de prevenção e

planeamento que se desenvolve antes das situações de emergência, a fase de socorro e assistência

na iminência ou ocorrência de acidente grave ou catástrofe e a fase de reabilitação após controlada a

situação de emergência.

Neste sentido, indica-se nos pontos que se seguem a organização dos meios operacionais de

resposta à emergência e definem-se quais deverão ser as linhas fundamentais de actuação das

entidades que compõem a CMPC antes, durante e após as situações de emergência. De modo a

clarificar os procedimentos a adoptar e tornar mais eficiente a sua consulta, organizaram-se os

diferentes procedimentos a adoptar de acordo com o tipo de risco (natural, associado à actividade

humana ou misto).

Este tipo de organização operacional apresenta ainda a vantagem de permitir uma fácil

correcção ou melhoria dos procedimentos previstos, aquando das revisões periódicas do PMEPC

previstas na Resolução n.º 25/2008, de 18 de Julho.

2.1. Fase de Emergência

Nesta fase estão implícitas as acções de resposta tomadas e desenvolvidas nas primeiras

horas após um acidente grave ou catástrofe e destina-se a providenciar, através de uma resposta

concertada, as condições e meios indispensáveis à minimização das consequências, nomeadamente

as que incidam nos cidadãos, no património e no ambiente. Assim, as acções a adoptar são:

• Declarar a situação de alerta e convocar de imediato a Comissão Municipal de Protecção

Civil (CMPC), declarando a activação do PME e accionar o alerta às populações em

perigo/risco;

• Determinar ao Comandante Operacional Municipal a coordenação e promoção da

actuação dos meios de socorro de modo a controlar o mais rapidamente possível a

situação;

• Difundir através da Comunicação Social, ou por outros meios, os conselhos e medidas a

adoptar pelas populações em risco;

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• Assegurar a manutenção da lei e da ordem e garantir a circulação nas vias de acesso

necessárias para a movimentação dos meios de socorro e evacuação das populações em

risco;

• Decidir em cada momento, as acções mais convenientes em função da emergência e a

aplicação das medidas de protecção, tanto para a população como para os vários

agentes intervenientes no PME;

• Garantir as acções adequadas a minimizar as agressões ao ambiente, bem como à

salvaguarda do património histórico e cultural;

• Informar o CODIS de Leiria relatando: o tipo de acidente (grave ou catástrofe); horas a

que se deu a ocorrência; as acções já tomadas; a área e o número de pessoas afectadas

ou em risco; uma estimativa de perda de vidas e da extensão dos danos; o tipo e a

quantidade de auxílio necessário uma vez esgotadas as capacidades próprias do

concelho.

• Disponibilizar as verbas necessárias para o financiamento das operações de emergência.

• Manter-se permanentemente informado sobre a evolução da situação, a fim de, em

tempo útil, promover a actuação oportuna dos meios de socorro;

• Declarar o final da emergência.

2.2. Fase de Reabilitação

Esta fase é caracterizada pelo conjunto de acções e medidas de recuperação destinadas à

reposição urgente da normalização das condições de vida das populações atingidas, ao rápido

restabelecimento das infra-estruturas e dos serviços públicos e privados essenciais. E à prevenção de

novos acidentes. Assim, as acções a promover são:

• Adoptar as medidas necessárias à urgente normalização da vida das populações

atingidas e à neutralização dos efeitos provocados pelo acidente no meio;

• Colaborar e intervir no restabelecimento das condições sócio-económicas e ambientais,

indispensáveis para a normalização da vida da comunidade afectada;

• Promover a demolição, desobstrução e remoção dos destroços ou obstáculos, a fim de

restabelecer a circulação.

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3. ARTICULAÇÃO E ACTUAÇÃO DE AGENTES, ORGANISMOS E

ENTIDADES

Os agentes, organismos e entidades com competências e atribuições próprias no âmbito da

protecção civil, em situação de iminência ou de ocorrência de acidente grave ou catástrofe, devem

articular-se operacionalmente nos termos do Sistema Integrado de Operações de Protecção e

Socorro - SIOPS (ver Secção I, da Parte IV), de modo a garantir que as operações se realizam sob um

comando único (COS), mas sempre sem prejuízo das estruturas de direcção, comando e chefia das

diferentes instituições.

Tabela 3 - Missão do Serviço Municipal de Protecção Civil

Fases de Emergência Missão do Serviço Municipal de Protecção Civil

Emergência

O SMPC presta apoio à CMPC e à sua participação operacional na fase de emergência. As principais missões do SMPC são:

Apoiar as acções de evacuação;

Coordenar as acções de estabilização de infra-estruturas;

Colaborar nas acções de mortuária;

Apoiar as acções de aviso e alerta às populações;

Cooperar com Instituições de Solidariedade Social para alojar população deslocada;

Proceder, de forma contínua, ao levantamento da situação nas zonas afectadas e remeter os dados recolhidos para o Director do Plano.

Reabilitação

Avaliar e quantificar os danos pessoais e materiais;

Auxiliar na tarefa de definição de prioridades de intervenção e acompanhar as obras de reconstrução e reparação de estruturas e equipamentos atingidos;

Promover o restabelecimento dos serviços essenciais junto dos organismos responsáveis (água, electricidade, gás, comunicações);

Organizar o transporte de regresso de pessoas, animais e bens deslocados;

Garantir a prestação de apoio psicossocial à população afectada articulando-se com o INEM, paróquias e Segurança Social.

Nos pontos que se seguem identificam-se especificamente os diferentes agentes, organismos e

entidades que poderão ser chamados a intervir aquando da activação do PMEPC de Alcobaça, e as

respectivas missões. Esta organização permite não só clarificar o universo de entidades que poderão

actuar em caso de acidente grave ou catástrofe, como também definir em concreto as diferentes áreas de

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actuação das mesmas, o que permitirá garantir a máxima eficiência das operações a desencadear

(optimização dos meios e recursos disponíveis).

Segundo a legislação em vigor, mais especificamente, de acordo com o artigo 46.º, da Lei de

Bases da Protecção Civil (Lei n.º 27/2006, de 3 de Julho), o SMPC não faz parte das entidades que se

afiguram como agentes de protecção civil. Contudo, dada a sua importância operacional em

qualquer situação de emergência que ocorra no município, considera-se ser de toda a utilidade

indicar as suas principais missões antes, durante e após as situações de emergência (Tabela 3), à

semelhança do que se apresenta nos pontos seguintes relativamente aos vários agentes de

protecção civil.

3.1. Missão dos Agentes de Protecção Civil

A definição do âmbito de actuação de cada um dos agentes de protecção civil é essencial

para que estes se possam articular de forma eficaz e optimizada, nas acções conjuntas a desenvolver

nas fases de emergência e reabilitação. Desta forma, para cada um dos agentes foi realizado um

levantamento das principais missões que lhes estão incumbidas no contexto da protecção civil, de

acordo com o quadro de competências próprias de cada um e para cada uma das diferentes fases de

actuação. No concelho de Alcobaça, os agentes de protecção civil são:

• Corporações de Bombeiros Voluntários de Alcobaça, Benedita, Pataias e São Martinho do

Porto;

• GNR de Alcobaça, Benedita, Pataias e São Martinho do Porto;

• PSP de Alcobaça;

• Forças Armadas (ESE – Caldas da Rainha);

• Marinha Portuguesa (Capitania do Porto da Nazaré);

• Autoridade de Saúde;

• Hospital de Alcobaça;

• Centro de Saúde de Alcobaça;

• Instituto de Segurança Social, I.P. (Serviço de Acção Social – Delegação de Alcobaça);

• Instituto da Conservação da Natureza e da Biodiversidade (PNSAC);

• Autoridade Nacional Florestal (DRF-LVT);

• Corpo Nacional de Escutas;

• Sapadores Florestais (Associação de Produtores Florestais dos Concelhos de Alcobaça e

Nazaré);

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• Associação de Produtores Florestais da Região de Alcobaça.

3.1.1. Fase de Emergência

A fase de emergência corresponde à situação de iminência ou ocorrência de acidente grave

ou catástrofe e compreende as acções desenvolvidas no quadro da protecção civil para limitar os

efeitos destas ocorrências no município e controlar as situações de emergência no mais curto espaço

de tempo possível. As principais missões dos agentes de protecção civil na fase de emergência

encontram-se resumidas na Tabela 4.

Tabela 4 - Missões dos Agentes de Protecção Civil na fase de Emergência

Agente de

Protecção Civil Emergência

Corpos de Bombeiros

Avaliar a situação e identificar o tipo de ocorrência, o local e a extensão, o número potencial de vítimas e os meios de reforço necessários;

Desenvolver acções de combate a incêndios;

Socorrer as populações em caso de incêndio, inundações, desabamentos e, de modo geral, em todos os acidentes;

Socorrer náufragos e proceder a buscas subaquáticas;

Transportar acidentados e doentes para unidades hospitalares;

Participar nas acções de evacuação primária;

Colaborar nas acções de mortuária;

Colaborar nas acções de aviso e alerta às populações;

Promover o abastecimento de água às populações necessitadas.

GNR – Equipas Cinotécnicas da Unidade de Intervenção

Realizar operações de buscas de vítimas soterradas;

Realizar operações de detecção de explosivos;

Realizar operações de busca e salvamento de pessoas desaparecidas e cadáveres;

Apoiar operações de estabelecimento da ordem pública face a distúrbios e desacatos resultantes de concentrações humanas.

GNR/PSP

Desenvolver acções para promover a ordem e tranquilidade públicas;

Colaborar em acções de busca e salvamento;

Proteger, socorrer e auxiliar os cidadãos e defender e preservar os bens que se encontrem em situações de perigo, por causas provenientes da acção humana ou da natureza;

Coordenar o controlo do tráfego e manter desobstruídos os corredores de

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Agente de

Protecção Civil Emergência

circulação de emergência;

Garantir a segurança no teatro de operações;

Controlar os itinerários de acesso e impedir o acesso a pessoas estranhas às operações de socorro;

Assegurar a rapidez e segurança das operações de evacuação de populações;

Colaborar nas acções de mortuária;

Colaborar nas acções de aviso e alerta às populações.

NR – GIPS

Proceder à primeira intervenção no combate a incêndios florestais, de acordo com o previsto no PMDFCI;

Executar acções de busca e salvamento de sinistrados;

Colaborar na resolução de incidentes com matérias perigosas.

GNR - Centro de Inactivação de Explosivos e Segurança em Subsolo

Inspeccionar objectos e equipamentos suspeitos de conter engenhos explosivos;

Detectar e inactivar engenhos explosivos.

Marinha Portuguesa - Instituto de Socorros a Náufragos

Prestar auxílio e socorro a náufragos e a embarcações;

Difundir alertas e avisos de emergência respeitantes à segurança nas praias;

Marinha Portuguesa - Destacamentos de Mergulhadores Sapadores

Prestar auxílio e socorro a náufragos e a embarcações.

Marinha Portuguesa/DGAM – Serviço de Combate à Poluição no Mar por Hidrocarboneto

Desenvolver operações de contenção e recolha de hidrocarbonetos derramados;

Aplicar dispersantes sobre as manchas poluentes.

Força Aérea Portuguesa

Realizar acções de busca e salvamento;

Colaborar nas acções de evacuação rápida com recurso a meios aéreos;

Colaborar no transporte aéreo de vítimas para unidades hospitalares.

Exército Português

Colaborar nas acções de socorro e assistência em situações de catástrofe, calamidade ou acidente;

Colaborar nas acções de defesa do ambiente, nomeadamente no combate aos fogos florestais;

Prestar apoio logístico e disponibilizar infra-estruturas e meios de engenharia;

Colaborar na instalação de abrigos e centros de acolhimento temporário;

Colaborar no abastecimento de água às populações.

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Agente de

Protecção Civil Emergência

INEM

Constituir e coordenar postos de triagem e de primeiros socorros;

Prestar acções de socorro médico no local da ocorrência;

Realizar o transporte assistido das vítimas para unidades de saúde adequadas;

Montar postos médicos avançados;

Colaborar nas acções mortuárias.

Centro de Saúde de Alcobaça

Autoridade de Saúde do Município

Coordenar as acções de cuidados de saúde primários;

Colaborar e reforçar as acções de prestação de cuidados de saúde e socorro nos postos de triagem e hospitais de campanha;

Assegurar uma permanente articulação com as unidades hospitalares e com os centros de saúde da sua área de jurisdição com vista a garantir a máxima assistência médica possível nas instalações dos mesmos;

Garantir, em todas as unidades de saúde, que se encontrem operativas na zona de intervenção, uma reserva estratégica de camas disponíveis para encaminhamento de vítimas;

Garantir um reforço adequado de profissionais de saúde em todas as unidades de saúde que se encontrem operativas na zona de intervenção;

Mobilizar e destacar para o INEM os médicos disponíveis para fins de reforço dos veículos de emergência médica, postos médicos avançados e hospitais de campanha;

Prestar assistência médica às populações evacuadas;

Propor e executar acções de vacinação nas zonas consideradas de risco;

Promover, em conjunto com as instituições e serviços de segurança social, a continuidade da assistência;

Assegurar o funcionamento dos serviços de urgência regulares, no seu âmbito.

Cruz Vermelha Portuguesa

Colaborar na construção de postos de triagem e de primeiros socorros;

Prestar acções de socorro médico no local da ocorrência;

Realizar o transporte assistido das vítimas para unidades de saúde adequadas;

Colaborar no transporte de desalojados para instalações de acolhimento temporário;

Colaborar nas acções de mortuária;

Colaborar na distribuição de roupas e alimentos às populações evacuadas;

Prestar apoio psicológico, social e logístico às vítimas ilesas.

Sapadores Florestais

Apoiar o combate aos incêndios florestais e as subsequentes operações de rescaldo, de acordo com o previsto no PMDFCI.;

Apoiar as acções de aviso e alerta às populações;

Disponibilizar veículos todo-o-terreno e ferramentas manuais, nomeadamente, moto serras e outro tipo de equipamento que possa apoiar as operações de

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Agente de

Protecção Civil Emergência

protecção e socorro;

Apoiar as acções de evacuação.

3.1.2. Fase de Reabilitação

A fase de reabilitação compreende as acções desenvolvidas no quadro da protecção civil para

promover a reposição da normalidade da vida das pessoas nas áreas do município afectadas por

acidente grave ou catástrofe. Estas passam fundamentalmente pelo restabelecimento do

abastecimento de água, energia, comunicações e acessos, o regresso das populações deslocadas,

inspecção e estabilização de infra-estruturas e remoção de destroços. Os principais agentes de

protecção civil que poderão actuar no Município de Alcobaça na fase de reabilitação e respectivas

missões encontram-se identificados na Tabela 5.

Tabela 5 - Missões dos Agentes de Protecção Civil na fase de Reabilitação

Agente de

Protecção Civil Reabilitação

Corpos de Bombeiros

Desenvolver operações de rescaldo de incêndios;

Apoiar o transporte de regresso de pessoas, animais e bens deslocados;

Avaliar a estabilidade e segurança de edifícios e estruturas atingidos.

GNR/PSP

Impedir o acesso a zonas acidentadas onde subsista risco para a segurança pública;

Assegurar a protecção dos bens que fiquem abandonados em edifícios evacuados ou acidentados;

Controlar o trânsito nas zonas acidentadas para facilitar o acesso e o trabalho de maquinaria pesada.

Marinha Portuguesa – Destacamentos de Mergulhadores Sapadores

Prestar apoio nas acções de localização de vítimas que se encontrem submersas;

Auxiliar nas acções de vistoria a infra-estruturas submersas.

Exército Português Prestar apoio logístico e disponibilizar infra-estruturas e meios de engenharia

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Agente de

Protecção Civil Reabilitação

para a remoção de destroços;

Apoiar o transporte de regresso de pessoas, animais e bens deslocados.

INEM Prestar o necessário apoio psicossocial às vítimas recorrendo através do seu

Centro de Apoio Psicológico e Intervenção em Crise.

Cruz Vermelha

Portuguesa

Prestar apoio ao Centro de Saúde de Alcobaça no que se refere à prestação de cuidados de saúde;

Realizar o transporte assistido das vítimas para o hospital adequado;

Colaborar nas acções de mortuária;

Prestar apoio psicológico, social e logístico às vítimas ilesas.

Sapadores Florestais

Apoiar as operações de rescaldo de incêndios florestais, de acordo com o previsto no PMDFCI..

3.2. Missão dos Organismos e Entidades de Apoio

Os organismos e entidades de apoio constituem-se como grupos organizativos com

capacidade operacional sobre os quais pende especial dever de cooperação com os agentes de

protecção civil em situação de iminência ou de ocorrência de acidente grave ou catástrofe.

Dependendo da natureza da ocorrência, estes organismos e entidades, em função das suas valências

e competências, podem complementar ou reforçar a acção dos agentes de protecção civil,

contribuindo para uma resposta mais pronta e adequada. A definição do âmbito de actuação de cada

um dos organismos e entidades de protecção civil é essencial para que estes se possam articular de

forma eficaz e optimizada nas acções conjuntas a desenvolver nas fases de emergência e

reabilitação.

Desta forma, para cada um destes organismos e entidades foi realizado um levantamento

das principais missões que lhes estão incumbidas no contexto da protecção civil, de acordo com o

quadro de competências próprias, para cada uma das diferentes fases de actuação.

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3.2.1. Fase de Emergência

A fase de emergência corresponde à situação de iminência ou ocorrência de acidente grave

ou catástrofe e compreende as acções desenvolvidas no quadro da protecção civil para limitar os

efeitos destas ocorrências no município. As principais missões dos organismos e entidades que

poderão prestar apoio na fase de emergência encontram-se resumidas na Tabela 6.

Tabela 6 - Missões dos Organismos e Entidades de Apoio na fase de Emergência

Organismos ou entidades de apoio

Emergência

Instituto Nacional de Medicina Legal

Coordenar as acções de mortuária;

Mobilizar a Equipa Médico-Legal de Intervenção em Desastres (EML-DVI);

Realizar autópsias cujo resultado rápido possa revelar-se decisivo para a saúde pública (despiste de doenças infecciosas graves).

Banco Alimentar Disponibilizar alimentos à população necessitada.

Instituições de

Solidariedade Social

Disponibilizar o cadastro/lista actualizados de população desprotegida no concelho (idosos sem apoio familiar, doentes inválidos, sem-abrigo);

Colaborar na instalação e organização de abrigos e centros de acolhimento temporário;

Prestar apoio domiciliário à população desprotegida (com residência);

Realizar acções de apoio de rua direccionadas aos sem-abrigo.

Santa Casa da Misericórdia

Acolher temporariamente população desalojada;

Colaborar na instalação e organização de abrigos e centros de acolhimento temporário;

Prestar apoio domiciliário à população desprotegida em situações de emergência (ex.: onda de calor);

Prestar apoio domiciliário à população desprotegida (com residência);

Realizar acções de apoio de rua direccionadas aos sem-abrigo.

Serviços de segurança e socorro privativos (das empresas públicas e privadas)

Apoiar as forças de segurança nas acções de protecção de bens e equipamentos em espaços públicos ou privados.

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Organismos ou entidades de apoio

Emergência

AFN, representada pela Direcção Regional de Florestas – Lisboa e Vale do Tejo

Participar nos briefings de planeamento de combate a incêndios na mata nacional e/ou perímetro florestal, indicando os locais prioritários a defender, para a protecção do património florestal (do ponto de vista ambiental e económico);

Apoiar as operações de combate a incêndios na mata nacional e/ou perímetro florestal, transmitindo informações úteis sobre a orografia do terreno, transitabilidade de acessos, tipo de vegetação, localização de habitações, etc.

APA – Agência Portuguesa do Ambiente

Supervisionar as operações de controlo de acidentes graves com substâncias perigosas.

ICNF – Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas

Proceder à primeira intervenção nos focos de incêndio que apresentem ainda uma pequena dimensão através das suas equipas móveis com kits de primeira intervenção;

Apoiar acções de rescaldo e vigilância pós incêndio;

Participar nos briefings de planeamento de combate a incêndios na área protegida/classificada, indicando os locais prioritários a defender, do ponto de vista de conservação da natureza;

Apoiar as operações de combate a incêndios na área protegida/classificada, transmitindo informações úteis sobre a orografia do terreno, a transitabilidade de acessos, tipo de vegetação, etc.

Organizações ambientais

Colaborar no salvamento de animais afectados pela poluição de hidrocarbonetos resultantes de derrames.

LNEC Proceder a diagnósticos expeditos de estabilidade e segurança de estruturas

acidentadas para que as operações de socorro possam ser realizadas da forma mais segura possível.

EP - Estradas de Portugal

Proceder, com equipamento próprio, às obras de reparação das principais vias de comunicação afectadas que se encontrem a seu cargo;

Assegurar que as concessionárias, com equipamentos próprios e em tempo útil, nas principais vias sob a sua responsabilidade, promovem as tarefas de recuperação da capacidade de circulação nas áreas afectadas.

EDP Suspender o abastecimento de electricidade aos locais acidentados para

diminuir o risco de explosões.

Empresas responsáveis pelo abastecimento de gás

Suspender o abastecimento de gás aos locais acidentados para diminuir o risco de explosões.

Organismos responsáveis pelas comunicações

Difundir avisos e recomendações de segurança à população.

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Organismos ou entidades de apoio

Emergência

Organismos representantes da indústria

Ceder equipamentos industriais para apoiar as operações de remoção de escombros;

Ceder espaços para armazenar bens retirados/salvados do local da ocorrência.

Rádios amadores locais

Cooperar com as entidades oficiais de forma a reforçar o sistema de comunicações via rádio, ou substitui-lo em caso de inoperabilidade.

SUSF3 - Socorristas Unidos sem Fronteiras

Apoiar as acções de busca e salvamento de sinistrados;

Ministrar tratamentos pré-hospitalares a sinistrados;

Apoiar as acções de intervenção em cenário de acidente industrial.

BARC4- Brigada Autónoma de Resgate com Cães

Apoiar as acções de busca e salvamento de sinistrados.

Agrupamento de Escuteiros

Apoiar a instalação e organização dos centros de acolhimento temporários;

Prestar apoio domiciliário à população desprotegida em situações de emergência (ex.: onda de calor);

Realizar acções de estafeta no apoio às actividades das entidades com responsabilidades nas acções de protecção civil;

Organizar recolhas e distribuição de alimentos, roupas e outros bens.

3.2.2. Fase de Reabilitação

A fase de reabilitação compreende as acções desenvolvidas no quadro da protecção civil para

promover a reposição da normalidade da vida das pessoas nas áreas do município afectadas por

acidente grave ou catástrofe. As principais missões dos organismos e entidades de apoio na fase de

emergência encontram-se definidas na Tabela 7.

Tabela 7 - Missões dos Organismos e Entidades de Apoio na fase de Reabilitação

Organismos ou entidades de apoio

Reabilitação

ICNF Adoptar medidas de recuperação das áreas afectadas.

Organizações ambientais Colaborar na limpeza costeira das zonas afectadas por descargas industriais;

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Organismos ou entidades de apoio

Reabilitação

Colaborar na quantificação, qualificação e se possível recuperação de fauna e flora destruídas.

LNEC Proceder a diagnósticos de estabilidade e segurança de estruturas

acidentadas, propondo medidas de recuperação.

APA

Realizar obras de recuperação das estruturas hidráulicas afectadas;

Cooperação com outras entidades (ICNF, DGADR, ANPC) na recuperação de áreas de leito de cheia.

EP - Estradas de Portugal

Proceder, com equipamento próprio, às obras de reparação em vias de comunicação afectadas a seu cargo;

Assegurar que as concessionárias, com equipamentos próprios e em tempo útil, nas vias sob a sua responsabilidade, desenvolvem as tarefas de recuperação da capacidade de circulação nas áreas afectadas.

EDP Proceder às obras de reparação para garantir o rápido restabelecimento do

abastecimento de electricidade.

Empresas responsáveis pelo abastecimento de água e gás

Proceder às obras de reparação para garantir o rápido restabelecimento do abastecimento de gás e água.

IGESPAR – Instituto de Gestão do Património Arquitectónico e Arqueológico

Garantir a eficiência das acções de conservação e preservação a efectuar;

Salvaguardar e valorizar o património arquitectónico e arqueológico português.

Organismos responsáveis pelas comunicações

Proceder às obras de reparação para garantir o rápido restabelecimento do sistema de comunicações.

Organismos representantes da indústria

Ceder equipamentos industriais especiais que possam apoiar as operações de remoção de escombros (ex.: gruas);

Ceder espaço para parquear a maquinaria das operações de recuperação e reconstrução.

INAC - Instituto Nacional de Aviação Civil

Cooperar com a entidade responsável pela prevenção e investigação de acidentes e incidentes com aeronaves.

Agrupamento de Escuteiros

Colaborar na limpeza costeira das zonas afectadas por descargas industriais;

Colaborar com outras entidades no sentido de apoiar pessoas e animais no deslocamento de regresso ao local de origem ou explorações, respectivamente.

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Plano Municipal de Emergência de

Protecção Civil de Alcobaça

PARTE III – ÁREAS DE INTERVENÇÃO

MUNICIPIO DE ALCOBAÇA

Serviço Municipal de Protecção Civil

Outubro 2014

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Serviço Municipal de Protecção Civil de Alcobaça 66

PARTE III – ÁREAS DE INTERVENÇÃO

A Parte III destina-se a apresentar as áreas de intervenção básicas da organização geral das

operações. Os procedimentos, instruções de coordenação e identificação de responsabilidades

deverão ser apresentados, sempre que possível. Para cada área de intervenção deverá ser

identificado um responsável (e o seu substituto).

A activação das diferentes áreas de intervenção dependem de:

• Natureza concreta de cada acidente grave ou catástrofe;

• Necessidades operacionais;

• Evolução da resposta operacional.

1. ADMINISTRAÇÃO DE MEIOS E RECURSOS

Tendo em conta a natureza da ocorrência e os meios disponíveis pela Câmara Municipal de

Alcobaça - Serviço Municipal de Protecção Civil, que poderão não ser suficientes, pelo que deve ser

prevista a necessidade de recorrer à aquisição de Bens e Serviços pertencentes a entidades públicas

e privadas, tais como:

• Medicamentos;

• Material sanitário e produtos de higiene e limpeza;

• Equipamentos de energia e iluminação;

• Géneros alimentícios e alimentos confeccionados;

• Material de alojamento precário;

• Agasalhos e vestuário;

• Equipamento de transporte de passageiros e carga;

• Combustíveis e lubrificantes;

• Construção e obras públicas;

• Máquinas e equipamento de engenharia;

• Material de mortuária.

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Serviço Municipal de Protecção Civil de Alcobaça 67

Neste contexto, a administração de meios e recursos visa estabelecer os procedimentos e

instruções de coordenação quanto às actividades de gestão, administrativa e financeira, inerentes à

mobilização requisição e utilização dos meios e recursos utilizados aquando da activação do PMEPCA.

A administração de meios e recursos visa estabelecer os procedimentos e instruções de

coordenação quanto às actividades de gestão, administrativa e financeira, inerentes à mobilização,

requisição e utilização dos meios e recursos utilizados aquando da activação do PMEPCA.

No que concerne aos meios humanos, a Câmara Municipal de Alcobaça (CMA) nomeia e

remunera o pessoal pertencente aos seus quadros. Os diversos agentes de protecção civil envolvidos,

entidades e organizações de apoio, nomeiam e remuneram o seu próprio pessoal.

Compete ao Serviço Municipal de Protecção Civil (SMPC) elaborar requisições relativas a

aquisição de bens e serviços para apoio às operações de protecção civil inerentes à activação do

PMEPCA, que após a respectiva aprovação, são adquiridos e liquidados nos termos da lei.

Os agentes de protecção civil e entidades intervenientes diversas são responsáveis pelas

despesas efectuadas nas operações de protecção civil, as quais poderão ser reembolsadas ou

comparticipadas de acordo com o disposto na lei.

A gestão financeira de custos é da responsabilidade do Departamento de Gestão Financeira

do Município de Alcobaça, que é também competente em matérias de supervisão das negociações

contratuais e de gestão de eventuais donativos, subsídios e outros apoios materiais e financeiros

recebidos em dinheiro com destino às operações de protecção civil.

A gestão dos processos de seguros indispensáveis às operações de protecção civil é

igualmente da responsabilidade do Departamento de Gestão Financeira.

Por último a gestão dos tempos de utilização dos recursos e equipamentos previstos no

plano é da responsabilidade do SMPC e do Comandante Operacional Municipal. Na Figura 7 pode

visualizar-se a indicação das entidades responsáveis pela coordenação da administração de meios e

recursos, as entidades intervenientes e as prioridades de acção.

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Serviço Municipal de Protecção Civil de Alcobaça 68

Figura 7 - Procedimentos para a Administração de Meios e Recursos

Prioridades de Acção:

1. Garantir a utilização nacional e eficiente dos meios e recursos.

2. Assegurar as actividades de gestão de gestão administrativa e financeira inerentes à

mobilização, requisição e utilização de meios e recursos necessários à intervenção.

3. Supervisionar negociações contratuais.

4. Gerir e controlar os tempos de utilização de recursos e equipamentos.

5. Gerir os processos de Seguros.

Entidade Coordenadora

Presidente da Câmara Municipal

Vice-Presidente da Câmara Municipal

Gabinete de Apoio

Técnicos coordenados pelo Vice-Presidente da Câmara Municipal

Grupo(s) de Intervenção

Todos os grupos de intervenção previsto

no PMEPCA

Entidades Intervenientes

CMA

Juntas de Freguesia

Agente de Protecção Civil

Entidades de Apoio Eventual

Fornecedores públicos ou privados de

equipamentos e outros bens materiais

necessários

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Serviço Municipal de Protecção Civil de Alcobaça 69

2. LOGÍSTICA

O apoio logístico às operações deve conter os procedimentos e instruções de coordenação,

bem como a identificação dos meios e das responsabilidades dos serviços, Agentes de Protecção

Civil, organismos e entidades de apoio, quanto às actividades de logística destinadas a apoiar as

forças de intervenção e a população.

Os Agentes de Protecção Civil e demais entidades de apoio são responsáveis por suprir as

suas próprias necessidades logísticas iniciais de modo semelhante à situação descrita para os serviços

municipais.

2.1. Organização Logística

O Município de Alcobaça é dotado de um parque de máquinas e viaturas situado na Rua da

Liberdade - Alcobaça, que tem como objectivos:

• Proceder ao acondicionamento, conservação e distribuição de todos os materiais e

equipamentos a seu cargo;

• Gerir as máquinas e viaturas, promovendo a sua regular manutenção;

• Propor a aquisição de novos equipamentos, materiais, máquinas e viaturas, elaborando os

respectivos cadernos de encargos e especificações técnicas.

2.2. Responsabilidades Específicas nas Operações Logísticas

Na Tabela 8 sintetizam-se as responsabilidades específicas dos diversos agentes, entidades e

instituições em relação às operações logísticas.

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Serviço Municipal de Protecção Civil de Alcobaça 70

Tabela 8 - Responsabilidades específicas nas operações logísticas em fase de Emergência

Entidades Responsabilidades específicas

Serviço Municipal de Protecção Civil

Coordena as actividades de administração e logística;

Mantém permanentemente actualizada a base de dados de meios e recursos;

Estabelece os procedimentos para a aquisição das necessidades logísticas dos departamentos da Câmara Municipal;

Estabelece os procedimentos para a requisição das necessidades logísticas adicionais por parte dos agentes, entidades e organismos de apoio;

Elabora e submete a autorização às requisições de bens e serviços para apoio às operações.

Directores de Departamentos Municipais

Contacta e propõe protocolos com entidades fornecedoras de bens e géneros;

Procede à aquisição dos bens e serviços requisitados pelo SMPC;

Propõe a constituição, gere e controla os armazéns de emergência;

Controla o sistema de requisições feitas aos armazéns de emergência;

Monta um sistema de recolha e armazenamento de dádivas;

Propõe as medidas indispensáveis à obtenção de fundos externos;

Administra os donativos, subsídios e outros apoios materiais e financeiros recebidos;

Garante os transportes disponíveis necessários;

Monta um sistema de manutenção e reparação de equipamentos;

Fornece os equipamentos e artigos disponíveis essenciais às acções de administração e logística.

GNR – PSP - PM Garante a segurança nos armazéns de emergência.

Unidades Militares

Apoiam com pessoal e equipamento o fornecimento, confecção e distribuição de bens alimentares, alojamento provisório e higiene das populações evacuadas;

Colaboram na manutenção e reparação de equipamentos, transportes e fornecimento de outros artigos disponíveis;

Contribuem com meios disponíveis para a recolha e armazenamento do produto de dádivas.

Juntas de Freguesia Constituem e coordenam postos locais de recenseamento voluntário;

Apoiam o sistema de recolha e armazenamento de dádivas.

Corpo Nacional de Escutas Instituições Particulares de Solidariedade Social Outras entidades e organizações

Colocam os meios próprios disponíveis à disposição da Estrutura de Coordenação e Controlo (ECC) para apoio às acções de administração e logística.

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Serviço Municipal de Protecção Civil de Alcobaça 71

2.3. Instruções de Coordenação

A autorização para requisição de bens e serviços para apoio às operações é dada pelo

Director do Plano ou, em caso de impedimento, pelo vice-presidente, que dirige a Estrutura de

Coordenação e Controlo (ECC).

Os Agentes de Protecção Civil, entidades e organizações de apoio providenciam no sentido

da satisfação das necessidades logísticas iniciais que resultam da sua intervenção em acidente grave

ou catástrofe.

Logo que activados os centros de acolhimento, o Comandante Operacional Municipal

convoca os responsáveis dos serviços, agentes, entidades e organizações de apoio, com vista ao

planeamento sequencial da administração e logística, em função da gravidade da ocorrência.

As actividades de administração e logística mantêm-se activas durante a fase de reabilitação.

Os bens não empregues que sejam produto de dádivas serão destinados de acordo com

decisão da Câmara Municipal de Alcobaça.

2.4. Actualização

O Comandante Operacional Municipal é responsável pela actualização do ponto 2 - Logística,

em estreita colaboração com os Directores de Departamentos.

2.5. Apoio Logístico às Forças de Intervenção

Os Departamentos e Serviço da Câmara Municipal de Alcobaça envolvidos nas operações de

socorro:

• Serviço Municipal de Protecção Civil;

• Departamento de Ordenamento e Gestão Urbanística;

• Departamento de Obras Municipais e Ambiente.

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Serviço Municipal de Protecção Civil de Alcobaça 72

São responsáveis por suprir as suas próprias necessidades logísticas iniciais nomeadamente

quanto a alimentação, combustíveis, manutenção e reparação de equipamentos, transportes,

material sanitário.

A Câmara Municipal é também responsável por suprir as necessidades dos outros Agentes de

Protecção Civil (APC) que estejam no Teatro de Operações (TO), nomeadamente quanto a

alimentação, combustíveis, manutenção e reparação de equipamentos, transportes, material

sanitário, material de mortuária e outros artigos essenciais à prossecução das missões de socorro,

salvamento e assistência.

- Alimentação, alojamento e agasalhos

A alimentação e alojamento dos elementos da Comissão Municipal de Protecção Civil (CMPC)

serão da responsabilidade do SMPC, quando outro procedimento não for determinado pelo Director

do Plano.

- Combustíveis

Numa primeira instância, são obtidos no mercado local, ou nas oficinas da Câmara Municipal,

pelas entidades e organismos intervenientes, através de guias de fornecimentos, contudo, se a

emergência assim o obrigar, pelo esgotamento do stock local existente, pode ser necessário recorrer

ao mercado regional. Estas serão liquidadas posteriormente, pelo SMPC, através da sua Conta

Especial de Emergência ou por verbas consignadas para o efeito.

- Transportes

Por proposta do Grupo de Logística e Assistência serão estabelecidos procedimentos para

requisição e mobilização de meios e funcionamento dos transportes.

- Manutenção e reparação de equipamentos

As despesas de manutenção e reparação de material são encargos das respectivas entidades.

No caso de haver despesas extraordinárias estas serão liquidadas pelo SMPC, através de verbas

destinadas para o efeito ou da Conta Especial de Emergência, após analisar individualmente cada

processo.

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Serviço Municipal de Protecção Civil de Alcobaça 73

- Material Sanitário

Este material está a cargo das entidades e organismos próprios intervenientes no acidente ou

catástrofe. Poderão ser constituídos nas instalações do Hospital de Alcobaça, do Centro de Saúde e

das Forças de Socorro, postos de fornecimento de material sanitário através de requisição, devendo

os pedidos dar entrada no SMPC.

- Material da Mortuária

Os locais de reunião de mortos encontram-se identificados no Ponto 9.

Os materiais necessários para as acções de mortuária deverão ser accionados pela

Autoridade de Saúde Concelhia.

É de máxima importância salientar as Prioridades de Acção:

• Assegurar as necessidades logísticas das forças de intervenção, nomeadamente, quanto à

alimentação, distribuição de água potável, combustíveis, transportes, material sanitário e

outros artigos essenciais à prossecução das missões de socorro, salvamento e assistência;

• Garantir o contacto com entidades que comercializem bens de primeira necessidade e a

entrega de bens e mercadorias necessárias;

• Prever a confecção e distribuição de alimentação ao pessoal envolvido em acções de

Socorro.

Em operações de emergência mais prolongadas e que requeiram um apoio logístico mais

efectivo, o Gabinete de Protecção Civil assume as acções de apoio logístico das operações.

2.6. Apoio Logístico às Populações

No apoio logístico às populações tem que ser prevista a forma de coordenação da assistência

para aqueles que não tenham acesso imediato aos bens essenciais de sobrevivência, como água

potável. Terá também que ser considerado o alojamento temporário das populações evacuadas ou

desalojadas, a realizar fora das áreas de sinistro e apoio. Os procedimentos têm que ter em conta a

alimentação e o agasalho das populações acolhidas em centros de alojamento temporário. Os

centros de alojamento devem estar providos de condições mínimas de apoio quanto a dormidas,

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Serviço Municipal de Protecção Civil de Alcobaça 74

alimentação e higiene pessoal, bem como de acessos e parqueamento, já que a movimentação das

populações pode ser feita, prioritariamente através das viaturas pessoais. Poderão também

funcionar como pontos de reunião destinados ao controlo dos residentes para despiste de eventuais

desaparecidos, devendo ser activados por decisão do director do plano em função da localização e

condições de utilização das áreas evacuadas.

Em síntese, pode afirmar-se que os procedimentos de Apoio Logístico às Populações são da

responsabilidade do Presidente da Câmara Municipal de Alcobaça ou do Vereador com competências

delegadas e o seu substituto poderá ser o Comandante Operacional Municipal. As restantes

Entidades Intervenientes são a CMA (SMPC), os Agentes de Protecção Civil, as Juntas de Freguesia e

as IPSS que cooperam com o Município. E as Entidades de Apoio Eventual são: os Fornecedores

públicos ou privados de bens de primeira necessidade, as Unidades Hoteleiras, o Instituto de

Segurança Social – Unidade de Alcobaça, o Centro de Saúde de Alcobaça, o Hospital de Alcobaça, os

Agrupamentos Escolares do concelho de Alcobaça, a rede de farmácias do concelho de Alcobaça e o

Exército.

Os procedimentos de Apoio Logístico às populações têm como objectivo:

• Assegurar as necessidades logísticas da população deslocada, no que se refere à

alimentação, transporte, material sanitário e outros artigos essenciais ao seu bem-estar;

• Garantir o contacto com entidades que comercializam alimentos confeccionados, bens de

primeira necessidade e assegurar a entrega de bens e mercadorias necessárias nas zonas

de concentração local (locais onde e para onde se deslocou a população residente

temporariamente nos locais mais afectados);

• Garantir o registo de todas as pessoas que se encontram nos locais de acolhimento

temporário;

• Organizar a instalação e montagem de cozinhas e refeitórios de campanha para

assistência à emergência.

Considera-se importante referir ainda os Procedimentos e Instruções de Coordenação

relativos aos Procedimentos para o acima mencionado Apoio Logístico às Populações que são:

• As despesas com a aquisição de bens e géneros essenciais de sobrevivência e bem-estar

para as populações isoladas e que não tenham acesso a estes são da responsabilidade da

autarquia;

• A distribuição destes bens e géneros é da responsabilidade dos vários agentes de

protecção civil, entidades e organismos de apoio (em particular IPSS e Cruz Vermelha que

articulam esta missão com o comandante operacional municipal);

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Serviço Municipal de Protecção Civil de Alcobaça 75

• No que concerne a agasalhos, a Câmara Municipal de Alcobaça irá avaliar a

disponibilidade para distribuir este tipo de bens por parte das IPSS que actuam no

concelho;

• Os medicamentos a distribuir pela população deslocada ou com problemas em deslocar-

se serão da responsabilidade da autoridade de saúde concelhia, que poderá apoiar-se

mediante requisição, na Câmara Municipal de Alcobaça.

Relativamente ao alojamento e à alimentação os procedimentos são:

• O SMPC garante o alojamento provisório de pessoas ou famílias desalojadas com os

recursos disponíveis de acordo com a tipologia de cada caso.

• O SMPC contribuirá com o fornecimento de bens e géneros essenciais às populações

evacuadas.

• A distribuição de água potável pela população do município que não tem acesso à água da

rede pública deverá ser efectuada recorrendo a camiões cisterna dos corpos de

bombeiros e aos depósitos de água existentes na área do concelho.

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Serviço Municipal de Protecção Civil de Alcobaça 76

Figura 8 - Procedimentos de logística em emergência.

REDE DE

COMUNICAÇÕES

CMPC

Gabinete de

Informação e

Relações Públicas

Gabinete de Apoio

Técnico

Grupo de Busca, Socorro e Salvamento

Grupo de Segurança Pública e Regulação de

Trânsito

Grupo de Saúde

Grupo de Gestão

Logística

Grupo de Transportes

e Obras Públicas Grupo de Gestão de

Voluntários

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Serviço Municipal de Protecção Civil de Alcobaça 77

3. COMUNICAÇÕES

Em situação de emergência e consequente activação do PMEPCA, é imprescindível que os

Agentes de Protecção Civil disponham de sistemas de comunicações operativos e eficazes, que lhes

permitam coordenar esforços entre si, dentro e fora do Teatro de Operações.

3.1. Organização das Comunicações

O sistema de comunicações da protecção civil tem como objectivo assegurar as ligações

entre os serviços, agentes, entidades e organizações de apoio que têm intervenção prevista no

PMEPCA e utiliza os meios das telecomunicações públicas e privadas, nomeadamente as redes

telefónicas fixas e móveis e a Rede Estratégica de Protecção Civil (REPC) (Figura 9).

Não obstante o acima exposto, todos os agentes e entidades poderão obviamente utilizar

redes e meios próprios de telecomunicações (Bombeiros, Guarda Nacional Republicana, Policia

Marítima e Policia de Segurança Pública), sem prejuízo da interligação operacional através da REPC.

O SMPC dispõe de um sistema de comunicações próprio, que funciona no sistema de rádio-

transmissão, em Banda - Alta (VHF), em sistema “simplex”, distribuído da seguinte forma:

• Central de Comunicação (Centro de Operações de Protecção Civil) - neste Centro de

Operações funcionam outros equipamentos de radiocomunicação, que fazem parte do

sistema de comunicações dos bombeiros. Estes equipamentos são muito importantes na

gestão de qualquer ocorrência, garantindo as necessárias comunicações em caso de falta

de energia eléctrica ou de falhas do sistema nas redes GSM (telemóveis). Este centro

dispõe de um gerador (requisitado) que garante a autonomia de funcionamento de todos

os equipamentos ali instalados, em especial as comunicações.

• Base (Serviços Municipalizados de Alcobaça) - a funcionar no edifício dos Serviços

Municipalizados de Água e Saneamento, da Câmara Municipal de Alcobaça.

O acesso à REPC está regulado pela NEP 0042, de 27 de Junho de 2006, da Autoridade

Nacional de Protecção Civil (ANPC), para os Serviços Municipais de Protecção Civil, os Agentes de

Protecção Civil, bem como para as demais entidades e organizações de apoio, quando

especificamente autorizadas.

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Serviço Municipal de Protecção Civil de Alcobaça 78

Figura 9 - Acesso à Rede Estratégica de Protecção Civil.

- Redes rádio privativa da Câmara Municipal

Para o apoio ao funcionamento dos diversos departamentos à qual tem acesso os Serviços

Municipalizados da Câmara Municipal.

- Redes Operacionais dos Corpos de Bombeiros (ROB)

Os corpos de bombeiros operam através de duas redes rádio, em Banda Baixa de VHF e em

Banda Alta de VHF, distribuídas em canais de coordenação, de comando, tácticos e de manobras.

3.2. Responsabilidades Específicas

Na Tabela 9 sintetizam-se as responsabilidades específicas dos diversos agentes, entidades e

instituições, em termos de comunicações.

No Município tem acesso à REPC, através dos canais e frequências de rádio atribuídos pela ANPC ao distrito de Leiria:

Serviço Municipal de

Protecção Civil

(SMPC)

Os quartéis e os veículos de

comando táctico

(VCOT) dos corpos de bombeiros

Postos Territoriais da

Guarda Nacional

Republicana

(GNR)

Esquadra da Policia de Segurança

Pública

(PSP)

Centro Hospitalar de Leiria/Pombal

(Hospital Bernardino

Lopes de Oliveira-

Alcobaça)

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Serviço Municipal de Protecção Civil de Alcobaça 79

Tabela 9 - Responsabilidades Específicas nas Comunicações na Fase de Emergência

Entidades Responsabilidades específicas

Comandante Operacional Municipal

Coordena a actividade das comunicações;

Assegura a operacionalidade permanente dos equipamentos de comunicações do SMPC e da Rede instalada nos diversos Agentes de Protecção Civil;

Promove a formação e o treino dos operadores de comunicações do SMPC, nomeadamente quanto á utilização dos procedimentos de comunicações;

Activa e assegura a coordenação das comunicações no SMPC durante as emergências;

Garante a actualização permanente dos contactos a estabelecer;

Identifica necessidades quando ao reforço de meios e de pessoal para o funcionamento das comunicações.

Corpos de Bombeiros Voluntários

Assegura a operacionalidade permanente dos equipamentos de comunicações do respectivo corpo de bombeiros;

Promove a formação e o treino dos operadores de comunicações do respectivo corpo de bombeiros, incluindo a utilização dos procedimentos de comunicações;

Dispensa o pessoal de reforço necessário ao funcionamento das comunicações no SMPC.

GNR – PSP - PM

Assegura a operacionalidade permanente dos equipamentos de comunicações das respectivas unidades;

Promovem a formação e o treino dos operadores de comunicações nas respectivas unidades, incluindo os procedimentos de comunicações;

Garantem, em caso de necessidade, um serviço de estafetas.

Departamentos da Câmara Municipal

Asseguram a operacionalidade dos equipamentos e pessoal dos respectivos departamentos.

Agrupamento de Escuteiros Colaboram no serviço de estafetas.

3.3. Prioridades de Acção

• Disponibilizar os recursos de telecomunicações que permitam a troca de informação entre

todas as entidades intervenientes e, consequentemente, o efectivo exercício das funções

de comando, controlo e coordenação da operação;

• Auxiliar nas acções de Operacionalização dos meios de Comunicação;

• Manter um registo actualizado do estado das comunicações existentes.

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Serviço Municipal de Protecção Civil de Alcobaça 80

3.4. Instruções de Coordenação

Os serviços, agentes e organizações de apoio utilizam as redes e meios próprios de

comunicações.

Compete ao Comandante das Operações de Socorro (COS) estabelecer o Plano de

Comunicações para o Teatro de Operações (TO) – que inclui as zonas de sinistro, de apoio e de

concentração e reserva, segundo o consagrado na NEP N.º 0042, de 27 de Junho de 2006, emitida

pela Autoridade Nacional de Protecção Civil (ANPC).

Para apoio às comunicações no TO, o COS pode solicitar ao Serviço Municipal de Protecção

Civil (SMPC) a mobilização do veículo de comando e comunicações dos bombeiros de acordo com a

área de ocorrência;

Logo que activada, a Estrutura de Controlo e Coordenação (ECC) estabelece e mantêm as

comunicações entre o SMPC e o Posto de Comando Operacional (PCO).

Após o accionamento do Plano Municipal de Emergência de Protecção Civil (PMEPC), o SMPC

estabelece e mantém as comunicações necessárias com os centros operacionais ou equivalentes dos

agentes, entidades e organizações de apoio, bem como com o Comando Distrital de Operações de

Socorro (CDOS), os Serviços Municipais de Protecção Civil dos municípios adjacentes e os locais de

acolhimento provisório das populações evacuadas.

Quando em missões directamente subordinadas ao COS, os serviços da Câmara Municipal

comunicam exclusivamente com o SMPC que, para o efeito, exerce a função de Estação Directora da

Rede (EDR).

Nas comunicações operacionais não é autorizada a utilização de linguagem codificada e serão

observadas, como regras, a não sobreposição de comunicações, a utilização exclusiva dos meios para

comunicações de serviço e o respeito pelos procedimentos estabelecidos e prioridades de

mensagem.

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Serviço Municipal de Protecção Civil de Alcobaça 81

Figura 10 - Organograma das Comunicações

Rede dos Serviços REPC

TO

CCOD Leiria

Director do Plano

Comandante Operacional Municipal (COM)

Operadores

Posto de Comando Operacional (PCO)

Forças de Intervenção

Agentes, entidades e organizações de apoio

CMOS dos Municípios adjacentes

Serviços Municipalizados de Alcobaça

REPC

SMPC

ECC

EDR

Legenda:

CCOD – Centro de Coordenação Operacional Distrital

SMPC – Serviço Municipal de Protecção Civil

EDR – Estação Directora de Rede

ECC – Estrutura de Coordenação e Controlo

REPC – Rede Estratégica de Protecção Civil

TO – Teatro de Operações

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Serviço Municipal de Protecção Civil de Alcobaça 82

Figura 11 - Organograma das Redes

CCOD

Leiria

Serviços Municipalizados de Alcobaça

Instalações de Agentes, entidades e organizações de

apoio

PCO

Sectores

Grupos de Combate

Equipas de Intervenção

SMPC

Municípios adjacentes

SMPC

Legenda: CCOD – Centro de Coordenação Operacional Distrital SMPC – Serviço Municipal de Protecção Civil PCO – Posto de Comando Operacional

Rede Estratégica de Protecção Civil (REPC) Rede Operacional de Protecção Civil – coordenação (ROPC)

Rede dos Serviços Municipalizados de Alcobaça

Rede Operacional de Protecção Civil – Comando Rede Operacional de Protecção Civil – Táctica Rede Operacional de Protecção Civil – Manobra

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3.5. Actualização

O Comandante Operacional Municipal é responsável pela actualização do ponto 3 -

Comunicações. Os comandantes dos Corpos de Bombeiros e os Comandantes das forças de

segurança (GNR/PSP) participam nos trabalhos de actualização do ponto 3 - Comunicações.

3.6. Canais de Frequência Rádio (MHz)

Tabela 10 - Rede Estratégica de Protecção Civil

Canal Canais (Leiria) Tx Rx TpTx TpRx

100 Simplex Leiria 152.9625 152.9625 151.4 151.4

101 Candeeiros 168.9625 173.3625 210.7 210.7

114 Montejunto 168.8875 173.4875 97.4 97.4

Tabela 11 - Rede Privativa da Câmara Municipal

Canal Rede Tx Rx TpTx TpRx

-- Serviços Municipalizados 148.4375 153.4375 114.8 114.8

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Tabela 12 - Rede Operacional de Bombeiros

Canal Canal (VHF-FM) Tx Rx TpTx TpRx

106 Candeeiros 168.5125 168.5125 151.4 151.4

118 Montejunto 168.6250 168.6250 162.2 162.2

201 Manobra - MO1 152.5875 152.5875 110.9 110.9

202 Manobra - MO2 152.6000 152.6000 110.9 110.9

203 Manobra - MO3 152.6125 152.6125 110.9 110.9

204 Manobra - MO4 152.6250 152.6250 110.9 110.9

205 Manobra - MO5 152.6750 152.6750 110.9 110.9

206 Manobra - MO6 152.6875 152.6875 110.9 110.9

207 Manobra - MO7 152.7000 152.7000 110.9 110.9

208 Comando - CO1 152.7125 152.7125 110.9 110.9

209 Comando - CO2 152.7250 152.7250 110.9 110.9

210 Comando - CO3 152.7375 152.7375 110.9 110.9

211 Táctico - TO1 152.9250 152.9250 110.9 110.9

212 Táctico - TO2 152.9375 152.9375 110.9 110.9

213 Táctico - TO3 152.9500 152.9500 110.9 110.9

214 Táctico - TO4 152.9625 152.9625 110.9 110.9

215 Táctico - TO5 152.9750 152.9750 110.9 110.9

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3.7. Procedimentos de Comunicações

Tabela 13 - Expressões utilizadas na Estrutura Mensagem

Expressões Significado

Aqui Após estas expressões segue-se o indicativo do posto que está a emitir

Escuto Terminei a minha mensagem e aguardo uma mensagem do posto que contactei

Terminado Terminei a minha mensagem e não aguardo resposta do posto que contactei. A ligação terminou e o canal fica de novo livre.

Tabela 14 - Expressões referentes à situação Operacional dos Meios

Expressões Significado

A caminho Vou a caminho do local da ocorrência

No local Estou no local da ocorrência

No hospital Estou no hospital de evacuação

Disponível Estou fora da unidade, apto para prestar serviço

De regresso Regresso ao quartel (posso ou não estar disponível)

INOP Estou avariado (incapaz de prestar qualquer serviço)

Na unidade Cheguei à minha unidade e vou desligar o rádio.

Para me mobilizar comunique com a unidade.

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Tabela 15 - Expressões utilizadas na Troca de Informação

Expressões Significado

Acuse repetindo Repita a mensagem exactamente como a recebeu

Afirmativo Sim

Aguarde Mantenha-se na escuta pois em breve será enviada nova mensagem (a ligação deve ser terminada de seguida, utilizando os procedimentos definidos para fecho)

Algarismos Seguem-se algarismos ou números

Assim farei Percebi a sua mensagem e vou actuar como solicitado

Confirme Repita a informação solicitada (ou prestada)

Correcto A informação recebida está correcta (se tiver indicações para cumprir, serão cumpridas)

Errado A mensagem estava errada

Eu repito Vou repetir (toda ou parte da mensagem)

Eu soletro Vou soletrar (letra a letra) a palavra anterior

Hora Segue-se a indicação horária

Informe Preste a informação solicitada

Negativo Não

Recebido Recebi (entendi) a sua mensagem

Silêncio

(repetindo 3vezes)

Cessar imediatamente todas as emissões neste canal, excepto as referentes ao acidente actual (indicar qual)

Silêncio cancelado O silêncio foi cancelado, retomar as comunicações em regime normal

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Tabela 16 - Exemplo de Transmissão de Horas via Rádio

Hora Linguagem comum Expressões rádio

16.10 Quatro e dez da tarde Horas, dezasseis; dez

00.30 Meia-noite e meia Horas, zero; trinta

09.45 Um quarto para as dez Horas, nove; quarenta e cinco

24.00 Meia-noite Horas, vinte e quatro; zero, zero

00.03 Meia-noite e três Horas, vinte e quatro; zero, três

08.00 Oito horas Horas, oito; zero, zero

Tabela 17 - Alfabeto Fonético Internacional

Letra Designação Letra Designação

A Alfa N November

B Bravo O Óscar

C Charlie P Papa

D Delta Q Quebéc

E Eco R Romeo

F Fox-Trox S Sierra

G Golf T Tango

H Hotel U Uniform

I Índia V Victor

J Juliete W Whiskey

K Kilo X X-ray

L Lima Y Yankee

M Mike Z Zulu

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Tabela 18 - Expressões de Comunicações

Expressões Significado

Aqui Após estas expressões segue-se o indicativo do posto que está a emitir

Escuto Terminei a minha mensagem e aguardo uma mensagem do posto que contactei

Terminado Terminei a minha mensagem e não aguardo resposta do posto que contactei. A ligação terminou e o canal fica de novo livre

No local Estou no local da ocorrência

No hospital Estou no hospital de evacuação

Disponível Estou fora da unidade, apto para prestar serviço

De regresso Regresso ao quartel (posso ou não estar disponível)

INOP Estou avariado (incapaz de prestar de prestar qualquer serviço)

Na unidade Cheguei à minha unidade e vou desligar o rádio/Para me mobilizar comunique com a unidade.

Acuse repetindo Repita a mensagem exactamente como a recebeu

Afirmativo Sim

Aguarde Mantenha-se na escuta pois em breve será enviada nova mensagem (a ligação deve ser terminada de seguida, utilizando os procedimentos definidos para fecho)

Algarismos Seguem-se algarismos ou números

Assim farei Percebi a sua mensagem e vou actuar como solicitado

Confirme Repita a informação solicitada (ou prestada)

Correcto A informação recebida está correcta (se tiver indicações para cumprir, serão cumpridas)

Errado A mensagem estava errada

Eu repito Vou repetir (toda ou parte da mensagem)

Eu soletro Vou soletrar (letra a letra) a palavra anterior

Hora Segue-se a indicação horária

Informe Preste a informação solicitada

Negativo Não

Recebido Recebi (entendi) a sua mensagem

Silêncio (repetindo 3 vezes)

Cessar imediatamente todas as emissões neste canal, excepto as referentes ao acidente actual

Silêncio cancelado O silêncio foi cancelado, retomar as comunicações no regime normal.

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4. GESTÃO DA INFORMAÇÃO

A gestão da informação é um processo que consiste nas actividades de recolha, classificação

de informação independentemente do formato em que se encontra. O objectivo consiste em

transmitir de uma forma eficiente e rápida toda a informação gerada através do processamento de

dados provenientes de múltiplas fontes.

A gestão da informação de emergência divide-se em três grandes componentes:

• Gestão de informação entre as entidades actuantes nas operações;

• Gestão da informação entre as entidades intervenientes no plano;

• Informação pública.

4.1. Gestão da Informação entre as Entidades Actuantes nas Operações

A gestão de informação entre as entidades que se encontram no Teatro das Operações (TO)

será da responsabilidade do Comandante das Operações de Socorro (COS), o qual se articulará

localmente com os vários agentes de protecção civil a actuar no TO, superiormente com o Comando

Distrital de Operações de Socorro (CDOS) e a nível municipal com o Presidente da Câmara e com o

Comandante Operacional Municipal (COM). O CDOS apoiar-se-á na célula de planeamento e

operações do posto de comando operacional.

Atendendo a que no TO deverá ser, no momento da resposta, elaborado um plano de acção

e que o mesmo obriga a reuniões (briefings) regulares, será essa então uma forma de transmissão

das informações entre todos os agentes e entidades com intervenção nas operações.

As prioridades de acção de modo a garantir a eficiência da gestão da informação no teatro

das operações são:

• Recolher a informação necessária para os processos de tomada de decisão;

• Analisar possíveis cenários e resultados de modelos de previsão;

• Analisar dados ambientais e sociais relevantes para o apoio à decisão nas operações de

emergência;

• Assegurar a notificação e passagem de informação diferenciada às autoridades políticas,

Comando Distrital de Operações de Socorro (CDOS), agentes de protecção civil e

organismos e entidades de apoio. Considera-se importante salientar as instruções de

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Coordenação a ser seguidas de modo a garantir a eficiência da gestão de informação nos

Teatros de Operações.

Instruções de Coordenação ao Posto de Comando Operacional os pontos de situação

necessários e solicitar:

• O Comandante de Operações de Socorro (COS) é o responsável pela gestão da informação

no Teatro de Operações. Caber-lhe-á transmitir meios de reforço, caso tal se justifique;

• Os relatórios imediatos de situação poderão ser transmitidos pelo Posto de Comando

Operacional Conjunto à entidade coordenadora por via escrita ou, por via oral, passados a

escritos no mais curto espaço de tempo possível.

• Os relatórios gerais de situação serão da responsabilidade do Comandante Operacional de

Socorro (COS), sendo que a sua periodicidade não deverá ser superior a 4 horas, salvo

indicação expressa em contrário;

• O Comandante de Operações de Socorro (COS) poderá solicitar a qualquer entidade

interveniente relatórios de situação especial, destinados a esclarecer aspectos físicos

associados às operações de emergência;

• Os relatórios deverão, no mínimo, conter informação sobre o ponto de situação das

operações em curso, forças empenhadas, vítimas humanas, danos em edifícios, vias de

comunicação, redes e infra-estruturas, avaliação de necessidades e perspectivas de

evolução da situação de emergência.

4.2. Gestão da Informação entre as Entidades Intervenientes no Plano Municipal

de Emergência de Alcobaça

No que se refere à informação às entidades intervenientes do plano, importa assegurar a

notificação e consequente passagem de informação às entidades intervenientes do plano

(autoridades, agentes de protecção civil, entidades e organismos de apoio). Este fluxo de informação

destina-se a assegurar que todas as entidades mantêm níveis de prontidão e envolvimento, caso

venha a ser necessária a sua intervenção.

Assim, o SMPC, em articulação com o COM, informará via telefone ou via rádio, todas as

entidades com intervenção no PMEPCVP, relativamente ao ponto de situação das operações que se

estão a desenvolver no terreno, alertando-as para que mantenham elevados níveis de prontidão.

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A actualização da informação a prestar deverá ser efectuada sempre que se considere

pertinente, mas nunca excedendo períodos de 1 hora.

4. 3.Informação Pública

De acordo com o artigo 7.º da Lei de Bases da Protecção Civil (Lei nº 27/2006, de 3 de Julho)

“Os cidadãos têm o direito à informação sobre os riscos a que estão sujeitos em certas áreas do

território e sobre as medidas adoptadas e a adoptar com vista a prevenir ou a minimizar os efeitos de

acidente grave ou catástrofe”. Neste sentido, é importante definir quais os procedimentos

necessários para que a população, no decorrer das operações, esteja informada correctamente, bem

como nos procedimentos de autoprotecção a adoptar.

O Presidente da Câmara, como director do plano, ou o seu substituto legal, coordenará os

trabalhos. Nos contactos a efectuar com os Orgãos de Comunicação Social (OCS), a informação a

prestar passa designadamente por:

• Situação actual da ocorrência;

• Acções em curso para o socorro e assistência às populações;

• Áreas de acesso restrito;

• Medidas de autoprotecção;

• Locais de reunião, acolhimento provisório ou assistência;

• Números de telefone e locais de contacto para informações;

• Números de telefone e locais de contacto para recebimento de donativos e serviço

voluntário;

• Instruções para regresso de populações evacuadas.

As prioridades de acção de modo a garantir a eficiência da Informação Pública são:

• Assegurar que a população é mantida informada de forma contínua, de modo a que possa

adoptar as instruções das autoridades e as medidas de autoprotecção;

• Assegurar a divulgação à população da informação disponível, incluindo números de

telefone de contacto, indicação do ponto de reunião ou centro de

desalojados/assistência, lista de desaparecidos, mortos e feridos, locais de acesso

interdito ou restrito;

• Divulgar a informação à população sobre locais de recepção de donativos e locais para

inscrição para serviço voluntário;

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• Organizar e preparar conferências de imprensa, por determinação do Director do Plano;

• Organizar visitas dos órgãos de comunicação social ao teatro de operações garantido a

sua recepção e acompanhamento;

• Garantir a articulação entre as informações divulgadas pelo director do Plano Municipal

de Emergência de Alcobaça e pela Autoridade Nacional de Protecção Civil (ANPC)

Comando de Operações de Socorro (CDOS).

Considera-se, no caso específico do concelho de Alcobaça, que o aviso e a informação pública

podem ser desencadeados, através da utilização dos seguintes meios, em separado ou

simultaneamente:

• Sirenes localizadas nos quartéis dos corpos de bombeiros;

• Radiodifusão de comunicações e outra informação oficial pelas rádios do concelho de

Alcobaça:

- Rádio Cister – 95.5 MHz

- Rádio Benedita – 88.1 MHz

• Avisos sonoros e instruções difundidos pelos altifalantes dos veículos da Guarda Nacional

Republicana (GNR), Policia de Segurança Pública (PSP), Policia Marítima (PM), Instituto de

Socorros a Náufragos (ISN), Associações de Socorros Voluntários (ASV) e os Corpos de

Bombeiros (CB);

• Pessoalmente através dos membros das Unidades de Protecção Civil ou outros

voluntários colaboradores identificados das Juntas de Freguesia.

No estabelecimento dos procedimentos de aviso e informação pública, há que ter em conta

que:

• Parte dos munícipes poderá ignorar, não ouvir ou não entender os avisos das autoridades,

bem como as informações ou instruções que lhe são destinadas;

• Algumas pessoas poderão necessitar de atenção especial, tendo em conta as

incapacidades de que sofrem ou local de residência.

Quando a ocorrência atingir uma área superior à do concelho de Alcobaça, a informação

poderá vir a ser vinculada através das estações de televisão e da radiodifusão nacionais.

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As responsabilidades específicas das entidades actuantes nas operações de Socorro no

domínio da Informação Pública (Fase de Emergência) encontram-se apresentadas na Tabela 19.

Tabela 19 - Responsabilidades Específicas

Entidade Responsabilidade

Comandante Operacional Municipal

• Coordena a actividade de aviso e informação pública; • Assegura a informação e a sensibilização das populações; • Identifica as medidas de autoprotecção a difundir; • Garante a divulgação dos comunicados aos órgãos de comunicação

social.

Gabinete de Comunicação

• Estabelece a ligação com os órgãos de comunicação social, com vista à difusão da informação;

• Estabelece e informa sobre o local das conferências com os órgãos de comunicação social;

• Actua como porta-voz único para os Órgãos de Comunicação Social, em nome do Director do Plano e do Posto de Comando Operacional (PCO).

Corpos de Bombeiros

• Asseguram a operacionalidade permanente das sirenes de aviso e o cumprimento dos procedimentos, pelos respectivos corpos de bombeiros;

• Garantem a participação dos respectivos corpos de bombeiros na difusão de avisos e informação pública às populações, através de veículos próprios com equipamentos adequados.

Forças de Segurança (GNR/PSP) Unidades Militares

• Assegura a participação na difusão de avisos e informação pública às populações, através de veículos próprios com equipamentos adequados.

Rádios do concelho de Alcobaça • Procede à divulgação dos avisos e informações, no âmbito da sua

missão de serviço público, a pedido do Serviço Municipal de Protecção Civil ou da Estrutura de Coordenação e Controlo.

Membros dos Órgãos e Funcionamento do município e das Freguesias, elementos dos

Agentes, entidades e Organizações de Apoio

• Encaminham todas as questões colocadas pelos órgãos de Comunicação Social para o Serviço Municipal de Protecção Civil.

- Instruções Específicas de Coordenação

Após decisão da Estrutura de Controlo e Coordenação nesse sentido, as sirenes instaladas

nos quartéis dos corpos de bombeiros, procedem ao aviso às populações através de toques

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intermitentes de cinco segundos, executados durante um minuto, repetidos cinco vezes, com

intervalo de um minuto entre cada repetição;

O aviso através das sirenes dos corpos de bombeiros terá como objectivo a sintonização da

emissão rádios do concelho (Rádio Cister e Rádio Voz da Benedita, em 95.5 MHz e 88.1 MHz), onde

serão divulgados os comunicados e instruções identificados como adequados à situação;

Para tal, serão promovidas pelo Serviço Municipal de Protecção Civil campanhas de

informação e sensibilização nas fases de prevenção e preparação, factor crítico de sucesso na

conduta das populações durante uma emergência;

Sempre que se torne necessário atingir localidades fora do alcance das sirenes dos corpos de

bombeiros, a Estrutura de Controlo e Coordenação decidirá sobre a utilização de veículos da Guarda

Nacional Republicana, Policia de Segurança Pública, dos Corpos de Bombeiros, passando o Aviso a ser

divulgado com recurso aos equipamentos sonoros e altifalantes disponíveis;

A informação aos Órgãos de Comunicação Social é prestada, periodicamente pelo Director do

Plano, Vereador com o Pelouro da Protecção Civil ou, por determinação superior, pelo Adjunto do

Presidente responsável pelo Gabinete de Comunicação, na qualidade de porta-voz único;

Nos contactos com os Órgãos de Comunicação Social, as informações a prestar são,

nomeadamente:

• Situação actual de ocorrência;

• Acções de curso para o socorro e assistência às populações;

• Áreas de acesso restritivo;

• Medidas de autoprotecção a serem adoptadas pelas populações;

• Locais de reunião, acolhimento provisório ou assistência;

• Números de telefone e locais de contacto para informações;

• Números de telefone e locais de contacto para recebimento de donativos e serviços

voluntários;

• Instruções para regresso de populações evacuadas.

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Figura 12 - Gestão da Informação

Director do Plano

Gabinete de Informação e Relações Públicas Comandante Operacional Municipal

Operadores Órgão de Comunicação Social

CBV Alcobaça

CBV Benedita

CBV Pataias

CBV São Martinho do Porto

GNR

PSP

ASV

UM

POPULAÇÃO

INFO

RM

A

Toques contínuos de 2 minutos, repetidos 5

vezes, interrompidos entre cada um, com um

intervalo de 20 segundos

Rádio Cister (95.5 MHz)

Rádio Benedita (88.1 MHz)

Comunicados, instruções, etc…

SINCRONIZA

DIFUNDE

NO LOCAL

CCOD Leiria

Legenda:

CCOD – Centro de Coordenação Operacional Distrital

GNR – Guarda Nacional Republicana

PSP - Policia Segurança Pública

ASV – Associação de Socorros Voluntários

UM – Unidades Militares

CBV – Corpo de Bombeiros Voluntários

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5. PROCEDIMENTOS DE EVACUAÇÃO

A evacuação das populações de áreas, localidades ou edificações, é proposta pelo

Comandante das Operações de Socorro (COS) e validada pela Autoridade Política de Protecção Civil

(APPC) em cenários de emergência. Por quanto, a tarefa de orientar a evacuação e a movimentação

das populações, quer seja de áreas, de localidades ou de edificações, deve ser da responsabilidade

das forças de segurança.

Para tal o Serviço Municipal de Protecção Civil (SMPC) no caso de acidente grave, catástrofe

ou calamidade promove a evacuação dos feridos e doentes para locais destinados ao seu tratamento

bem como coordenar e promover a evacuação das zonas de risco e também as medidas para o

alojamento, agasalho e alimentação das populações evacuadas.

Assim pode salientar-se que para o concelho de Alcobaça a alimentação e o alojamento de

Entidades e Organismos do Estado intervenientes nas operações, serão a seu cargo. A alimentação, o

abrigo provisório e o agasalho das populações evacuadas, será da responsabilidade do SMPC através

de quantias disponibilizadas para o efeito.

A alimentação e alojamento dos coordenadores do SMPC serão a cargo deste serviço.

No que concerne aos locais de abrigo provisório pode salientar-se que serão colocadas nas

freguesias que englobem a área afectada pelo sinistro ou catástrofe, do seguinte modo1:

União das Freguesias de Alcobaça e Vestiaria

• Pavilhão Gimnodesportivo da Escola Secundária D. Inês de Castro

• Escola Secundária D. Inês de Castro

• Pavilhão Gimnodesportivo Municipal

• Escola Frei Estêvão Martins

• Merco Alcobaça

• Pavilhão Gimnodesportivo da Escola D. Pedro I

• Escola Básica 2/3 D. Pedro I

1 Os locais de abrigo provisório mencionados têm a capacidade de 215 a 250 pessoas aproximadamente, com um rácio de 3

m2/pessoa.

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• Centro Escolar de Alcobaça

• Sociedade Filarmónica da Vestiaria

• Centro Social e Paroquial da Vestiaria

• Centro Social Nossa Senhora da Ajuda

• Associação dos Casais da Vestiaria

Freguesia de Alfeizerão

• Casa do Povo de Alfeizerão

• Centro Social e Paroquial de Alfeizerão

• Associação Recreativa, Desportiva, Cultural e Social do Casal Pardo

• Associação Recreative e Desportiva do Casal Velho

• Centro de Dia Pastoral José Nazário

Freguesia de Aljubarrota

• Associação Recreativa de Chiqueda

• Associação dos Capuchos

• Clube Cultural Recreativo Moleanense

• Associação Carrascal – Carvalhal de Aljubarrota

• Associação da Lameira

• Centro Social e Recreativo de Chãos

• Associação de Casais de Santa Teresa

• Clube Ataijense

Freguesia do Bárrio

• Centro Paroquial do Bárrio

• União Recreativa do Bárrio

Freguesia da Benedita

• Centro Recreativo e Popular da Ribafria

• Edifício do Externato Cooperativo da Benedita

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• Edifício do Centro Comunitário Paroquial da Benedita

• Edifício da Escola Frei António Brandão

• Pavilhão do Externato Cooperativo da Benedita

• Centro Escolar da Benedita

Freguesia da Cela

• Associação Cultural da Cela

• Centro Cénico e de Bem-Estar da Cela

• Centro Cultural e Recreativo de Casal Ramos

• Salão Paroquial da Cela

União das Freguesias de Coz, Alpedriz e Montes

• Associação Desportiva e Cultural do Coz

• Associação Recreativa Povoense

• Salão Paroquial de Coz

• Associação Recreativa de Alpedriz

• Associação Recreativa Montense

• Associação Recreativa Povoense

• Associação Recreativa da Castanheira

Freguesia de Évora de Alcobaça

• Pavilhão Gimnodesportivo de Évora

• Associação Recreativa Eborense

• Associação Recreativa e Cultural das Rosas e Fragosas

• Associação Recreativa e Cultural do Areeiro

• Associação Recreativa do Acipreste

• Associação Recreativa do Casal Pinheiro

Freguesia de Maiorga

• Centro de Bem-Estar Social da Maiorga

• Associação Recreativa Maiorguense

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União das Freguesias de Pataias e Martingança

• Pavilhão Gimnodesportivo de Pataias

• Pavilhão Gimnodesportivo de Burinhosa

• Pavilhão Gimnodesportivo de Martingança

• Escola EB 2+3 Pataias

• Grupo Desportivo e Recreativo Risoense

• Centro de Cultura, Recreio e Desporto da Burinhosa

• Salão Paroquial de Pataias

Freguesia de São Martinho do Porto

• Pavilhão da Escola C+S de São Martinho do Porto

• Fundação Manuel Francisco Clérigo

• Edifício da Escola EB 2+3 de São Martinho do Porto

Freguesia de Turquel

• Hóquei Clube de Turquel

• Associação Recreativa e Desportiva de Louções

• Associação Recreativa do Carvalhal de Turquel

Freguesia de Vimeiro

• Pavilhão Gimnodesportivo do Círculo de Arte, Cultura e Desporto do Vimeiro

• Centro Cultural e Recreativo do Gaio

• Centro Social e Paroquial do Vimeiro

Os pontos de abrigo anteriormente mencionados são auto-suficientes na confecção de

alimentação, o mesmo não acontece no que se refere às camas, além disso possuem instalações

sanitárias e outras que permitem garantir o equilíbrio necessário à qualidade de vida, enquanto se

procede ao seu realojamento definitivo.

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Serviço Municipal de Protecção Civil de Alcobaça 100

6. MANUTENÇÃO DA ORDEM PÚBLICA

Sendo a manutenção da ordem pública uma competência típica das forças de segurança, o

estabelecimento de procedimentos e instruções de coordenação, bem como a identificação dos

meios e das responsabilidades dos serviços, agentes de protecção civil, organismos e entidades de

apoio, quanto à segurança de pessoas e bens e ao controlo do tráfego, é essencial para a

continuação da finalidade desta actividade (Figura 13).

Nesse sentido, o acesso às zonas de sinistro e de apoio deve ser limitado às forças de

intervenção, organismos e entidades de apoio, através da criação de barreiras por parte da GNR, PSP,

devendo esta força contar com o apoio dos serviços e entidades especializadas.

A segurança das instalações sensíveis ou indispensáveis às operações de Protecção Civil (escolas,

Instalações dos agentes de protecção civil e instalações do Serviço Municipal de Protecção Civil) deve ser

assegurada pela GNR e PSP através do destacamento de efectivos.

Para a manutenção da ordem pública em estabelecimentos industriais e comerciais deve

adoptar-se o recurso a empresas privadas da especialidade, cujos vigilantes se devem apresentar

uniformizados, à responsabilidade dos respectivos empresários.

As zonas evacuadas serão sujeitas ao recolher obrigatório e a patrulhamento por parte da

GNR e/ou PSP, com vista a impedir roubos e pilhagens, sendo detidos todos os indivíduos aí

encontrados que não estejam devidamente autorizados pelas forças de segurança.

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Serviço Municipal de Protecção Civil de Alcobaça 101

Activação do PMEPC

CMPC

Instruções de Coordenação Específicas

• Limitação do Acesso a zonas de sinistro e de Apoio (GNR, PSP).

• Recolher obrigatório nas zonas evacuadas com vista a evitar roubos e Pilhagens (GNR, PSP).

• Segurança das Infra-estruturas indispensáveis às Operações de protecção Civil (PSP); Quartel das cooperações de Bombeiros, GNR, PSP.

Responsabilidade

• Guarda Nacional Republicana (entidade coordenadora) • Polícia de Segurança Pública

• Exército (quando solicitado)

Figura 13 - Manutenção da Ordem Pública

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Serviço Municipal de Protecção Civil de Alcobaça 102

7. SERVIÇOS MÉDICOS E TRANSPORTE DE VÍTIMAS

Os procedimentos e instruções de coordenação, bem como os métodos e as

responsabilidades dos serviços, agentes de protecção civil, organismos e entidades de apoio, quanto

às actividades de saúde e evacuação secundária, face a um elevado número de vítimas são

reconhecidos nos serviços médicos e transporte de vítimas (Figura 14).

Perante uma emergência médica com elevado número de vítimas, as primeiras equipas a

prestar socorro poderão ser encarregadas, também, das tarefas de evacuação primária para os

postos de triagem que forem estabelecidos.

Figura 14 - Serviços Médicos e de Salvamento

Serviços Médicos e

Transporte de Vítimas

Activação do Plano de

Emergência

Responsabilidades

- INEM (entidade

Coordenadora)

- Centro Hospitalar Leira-

Pombal

- Centro de Saúde Alcobaça

Zonas de Triagem

- PMA (INEM)

- Escolas Primárias

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Serviço Municipal de Protecção Civil de Alcobaça 103

Neste contexto, compete ao comandante das operações de socorro identificar e informar a

direcção do plano relativamente à quantidade previsível de meios complementares necessários para

a triagem, assistência pré-hospitalar e evacuação secundária das vítimas.

Cabe à direcção do plano a identificação dos meios a solicitar e, em coordenação com o

Instituto Nacional de Emergência Medica (INEM), o estabelecimento da ligação aos hospitais de

evacuação, prestando informações pertinentes relativamente ao tipo de ocorrência e ao número

potencial de vítimas.

O INEM, através de meios próprios enviados para o local, pode montar e gerir postos de

triagem, de assistência pré-hospitalar e de evacuação secundária, em estreita articulação com a

direcção do plano.

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Serviço Municipal de Protecção Civil de Alcobaça 104

8. SOCORRO E SALVAMENTO

8.1. Organização

A intervenção inicial face a um acidente grave ou catástrofe cabe, prioritariamente aos

Corpos de Bombeiros que, para tal, dispõem de um conjunto de meios que utilizam habitualmente

nas ocorrências diárias. Para a prossecução da sua missão, em caso de necessidade imediata, os

corpos de bombeiros voluntários sedeados no concelho de Alcobaça podem recorrer, ainda, a meios

mobilizados através do Centro de Coordenação Operacional Distrital de Leiria.

Tabela 20 – Resposabilidades Específicas

Entidades Responsabilidade

Corpos de Bombeiros

- Coordenam as actividades de socorro e salvamento;

- Asseguram a operacionalidade permanente dos meios necessários às acções de socorro e salvamento;

- Adoptam programas de treino contínuo destinados à manutenção da eficácia das respectivas equipas de intervenção;

- Elaboram e actualizam planos prévios de intervenção e procedimentos operacionais;

- Organizam os meios de modo a garantir a primeira intervenção imediatamente após a recepção do alerta;

- Garantem o exercício inicial da função de comandante das operações de socorro.

Comandante Operacional Municipal

- Assegura os procedimentos de alerta da responsabilidade do Serviço Municipal de Protecção Civil

Forças de Segurança (GNR/PSP)

- Mobilizam os meios próprios necessários ao apoio às acções de socorro e salvamento;

- Garantem a segurança de pessoas e bens, nas zonas de sinistro, de apoio e de concentração e reserva.

Associações de Socorros Voluntários

- Mobilizam os meios próprios necessários ao apoio às acções de socorro e salvamento.

Unidades Militares

Outras entidades e organizações

- Colocam os meios próprios disponíveis à disposição da Estrutura de Coordenação e Controlo para apoio às acções de socorro e salvamento.

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8.2. Instruções de Coordenação

- Primeira Intervenção

O chefe da primeira equipa de intervenção dos corpos de bombeiros assume a função de

Comandante das Operações de Socorro e, de imediato, tem em conta os seguintes procedimentos:

• Avalia rapidamente a situação e identifica:

O tipo de ocorrência (O quê?);

O local e a extensão (Onde? Que proporções?);

O número potencial de vítimas (Quantas?):

O Nível Operacional de Emergência (I, II, III) e a necessidade de meios de reforço;

Informa, de imediato, o Serviço Municipal de Protecção Civil quanto ao Nível

Operacional de Emergência que determinou.

• Inicia o processo de organização do teatro de operações, através do sistema de comando

operacional.

• Mantém a função de Comandante de Operações de Socorro até transferir o comando para

elemento mais graduado, de acordo com os procedimentos aplicáveis no corpo de bombeiro.

- Níveis Operacionais de Emergência

Nas emergências de Nível I, a supressão é da responsabilidade exclusiva do Comandante das

Operações de Socorro que, em caso de necessidade, deve constituir um Posto de Comando

Operacional para no processo de tomada de decisão, com vista a garantir a continuidade das acções

de planeamento, organização, direcção e controlo, bem como as condições de segurança do pessoal

envolvido.

Nas emergências de Nível II, o Comandante de Operações de Socorro é apoiado, também,

pelo envolvimento da estrutura de coordenação e controlo sedeada no Serviço Municipal de

Protecção Civil, na totalidade ou em parte, em função do tipo de ocorrência.

Nas emergências de Nível III, é convocada a Comissão Municipal de Protecção Civil, podendo

ser decidida a declaração de situação de alerta e accionado o Plano Municipal de Emergência, que

implica a dependência funcional do Comandante das Operações e Socorro ao Director do Plano.

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Serviço Municipal de Protecção Civil de Alcobaça 106

- Passagem à condição de ocorrência dominada

O Comandante de Operações de Socorro, em conjunto com a Estrutura de Coordenação e

Controlo, determina a passagem da ocorrência à condição de dominada, o que implica que a

emergência estabilizou ou regrediu, possibilitando uma maior disponibilidade para as questões

relacionadas com a assistência às populações.

Nesta condição, os corpos de bombeiros, em cooperação com as demais forças de

intervenção, devem:

• Controlar todo o perímetro da ocorrência, com o apoio das forças de segurança;

• Dispensar pessoal e equipamentos não necessários às acções a desenvolver;

• Providenciar alimentação, vestuário, combustível e outras necessidades para pessoal e

equipamentos;

• Solicitar ao Serviço Municipal de Protecção Civil, os equipamentos especiais necessários,

como máquinas de rasto, gruas, etc.;

• Estabilizar as radiocomunicações, através da mobilização da VCOC;

• Solicitar apoio ao Centro de Coordenação Operacional Distrital de Leiria, caso as

operações se tornem muito prolongadas.

- Termo da fase de intervenção

O Director do Plano, em conformidade com o Comandante de Operações de Socorro e a

Estrutura de Coordenação e Controlo, determina o fim da fase de intervenção e a passagem à fase de

reabilitação, quando estiverem completadas todas as necessidades relativas à supressão da

ocorrência, no que respeita ao socorro e salvamento;

Terminada a fase de intervenção, o Comandante de Operações de Socorro procede à

desmobilização dos meios não necessários à fase subsequente;

Todas as restantes forças limitam os meios de intervenção às necessidades da fase de

reabilitação e a Estrutura de Coordenação e Controlo decide o regresso das populações desalojadas

às áreas consideradas seguras.

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Serviço Municipal de Protecção Civil de Alcobaça 107

Figura 15 - Socorro e Salvamento

CCOD Leiria

Director do Plano

Comissão Municipal

Protecção Civil (CMPC)

Estrutura de Coordenação e Controlo (ECC)

Comandantes dos Corpos de Bombeiros Voluntários

CBV Alcobaça

CBV Benedita

CBV Pataias

CBV S. Martinho do Porto

Associações de Socorros Voluntários

Forças de Segurança

Unidades Militares

Outras Entidades e Organizações de Apoio

SMPC

Legenda:

CCOD – Centro de Coordenação Operacional Distrital

CCOM – Centro de Coordenação Operacional Municipal

CMPC – Comissão Municipal de Protecção Civil

ECC – Estrutura de Coordenação e Controlo

CBV – Corporações de Bombeiros Voluntários

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9. SERVIÇOS MORTUÁRIOS

Em cenários com elevado número de vítimas, a recolha e o depósito de cadáveres são tarefas

muito sensíveis que devem ser levadas a cabo através de procedimentos rigorosos, pois a sua

importância é enorme nos aspectos que se prendem com a investigação forense, quando, face ao

tipo de ocorrência, haja necessidade de a realizar.

Esta tarefa deve ser controlada pelas forças de segurança que, para tal, colaboram com a

Autoridade de Saúde Pública.

A recolha deve ser feita para locais de reunião de vítimas mortais identificados no plano,

onde preferencialmente possam funcionar morgues provisórias. Devem ser escolhidas instalações

onde haja um piso em espaço aberto, plano e fácil de limpar, com boa drenagem, boa ventilação

natural, provido de água corrente e energia eléctrica. Na selecção dos locais devem ser tidas em

conta, ainda, as acessibilidades, as comunicações (telefónicas ou radiocomunicações), a privacidade,

a disponibilidade e as facilidades de segurança. Em geral, as instalações mais indicadas para local de

reunião de vítimas mortais são hangares, terminais de camionagem, centros de lazer, parques de

estacionamento cobertos, armazéns e edifícios similares.

As tarefas ligadas às morgues provisórias relacionam-se com o trabalho desenvolvido pelas

equipas do Instituto Nacional de Medicina Legal, que culmina na identificação e entrega dos corpos

para serem sepultados. Deve ser previsto, também, o papel da autoridade de saúde no

estabelecimento de locais de reunião de vítimas mortais e de morgues provisórias.

No que concerne ao concelho de Alcobaça são estabelecidos locais de reunião de mortos em

Alcobaça mais especificamente no Mercoalcoa e na Igreja da Misericórdia; na freguesia da Benedita

no Mercado Municipal (Edifício da Casa da Vila); em Pataias no Clube Desportivo Pataiense. Nas

restantes freguesias do concelho serão utilizadas as Igrejas locais e as Capelas Mortuárias.

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Serviço Municipal de Protecção Civil de Alcobaça 109

Figura 16 - Serviços Mortuários

Legenda: CCOD – Centro de Coordenação Operacional Distrital SMPC – Centro de Coordenação Operacional Municipal CMPC – Comissão Municipal de Protecção Civil ECC – Estrutura de Coordenação e Controlo CBV – Corporações de Bombeiros Voluntários ASV – Associações de Socorros Voluntários UM – Unidades Militares

SMPC

CCOD Leiria

Director do Plano

Comissão Municipal Protecção Civil

(CMPC)

Estrutura de Coordenação e Controlo (ECC)

Autoridade de Saúde Municipal (Director do Centro de Saúde)

CBV

ASV

UM

Agências Funerárias

Instalações de morgues provisórias

Cemitérios

Sepultamentos de Emergência

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Serviço Municipal de Protecção Civil de Alcobaça 110

Em síntese no que se refere aos procedimentos para os serviços mortuários estes são

coordenados pela Guarda Nacional Republicana e pela Polícia de Segurança Pública sob a supervisão

do Delegado de Saúde Pública. Os procedimentos acima mencionados têm como prioridades de

acção as seguintes medidas:

Definir as actividades de recolha de vítimas mortais;

Estabelecer locais de reunião e instalação de morgues provisórias;

Assegurar a integridade das zonas onde foram referenciados e recolhidos cadáveres com

vista a garantir a preservação de provas, a análise e recolha das mesmas;

Identificar e numerar as vítimas mortais;

Garantir uma correcta tramitação processual de entrega dos corpos identificados;

Efectivar o sepultamento das vítimas mortais.

Além das acções já identificadas devem ser tidas em conta as seguintes instruções

específicas:

• O Ministério Público autoriza a remoção dos cadáveres ou partes de cadáveres do local

onde foram etiquetados para os locais de reunião de vítimas mortais e destes para as

morgues provisórias, para realização da autópsia, médico-legal e demais procedimentos

tendentes à identificação, estabelecimento de causa de morte e subsequente destino do

corpo, partes ou fragmentos anatómicos;

• Compete à Câmara Municipal providenciar equipamento para as morgues provisórias, de

acordo com indicações do Instituto Nacional de Medicina Legal, designadamente o

fornecimento de iluminação, macas com rodas, mesas de trabalho, sacos de transporte de

cadáveres, pontos de água e energia;

• A identificação de cadáveres resulta, exclusivamente, de técnicas médico-legais e

policiais, registadas em formulários próprios;

• Relativamente às vítimas de outras nacionalidades, será accionado o Serviço de

Estrangeiros e Fronteiras (SEF) e a Unidade de Cooperação Internacional (UCI) da Policia

Judiciária, para obtenção de dados para a identificação das mesmas;

• Os cadáveres e partes de cadáver que não forem entregues a pessoas com legitimidade

para o requerer, podem ser conservados em frio ou inumados provisoriamente, se

necessário em sepultura comum, assegurando-se a identificação dos mesmos, até

posterior inumação ou cremação individual definitiva;

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Serviço Municipal de Protecção Civil de Alcobaça 111

• As necessidades de transporte de pessoas e equipamento serão supridas pela Área de

Intervenção de Logística, de acordo com os meios disponíveis;

• Deverá ser assegurada a presença de representantes do Instituto de Registos Notariado

nas Morgues Provisórias para proceder ao assento de óbitos e garantir toda a tramitação

processual e documental associada;

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Serviço Municipal de Protecção Civil de Alcobaça 112

10. PROTOCOLOS

Apresentam-se de seguida todas as entidades, organismos e agentes de protecção civil com

as quais a Câmara Municipal tem protocolos de colaboração.

Tabela 21 - Protocolos de Colaboração com Agentes de Protecção Civil

Entidade Descrição do Protocolo

Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Alcobaça

Protocolo para instalação de Equipa de Intervenção Permanente do Corpo de Bombeiros de Alcobaça, celebrado pela CMA e a ANPC

Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Alcobaça

Protocolo de Apoio ao Financiamento, celebrado entra a CMA e a AHBV

Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Benedita

Protocolo de Apoio ao Financiamento, celebrado entra a CMA e a AHBV

Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Pataias

Protocolo de Apoio ao Financiamento, celebrado entra a CMA e a AHBV

Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de São

Martinho do Porto Protocolo de Apoio ao Financiamento, celebrado entra a CMA e a AHBV

Associação de Produtores Florestais dos Concelhos de Alcobaça e Nazaré

Protocolo de Criação de Equipa de Sapadores Florestais, celebrado entre a CMA, CMN, APFCAN e DGRF, actualmente AFN.

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Serviço Municipal de Protecção Civil de Alcobaça 113

Plano Municipal de Emergência de

Protecção Civil de Alcobaça

PARTE IV – INFORMAÇÃO COMPLEMENTAR

MUNICIPIO DE ALCOBAÇA

Serviço Municipal de Protecção Civil

Outubro 2014

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Serviço Municipal de Protecção Civil de Alcobaça 114

PARTE IV – INFORMAÇÃO COMPLEMENTAR

SECÇÃO – I

1. ORGANIZAÇÃO GERAL DA PROTECÇÃO CIVIL EM PORTUGAL

A Lei nº 27/2006, de 3 de Julho, que aprova a Lei de Bases de Protecção Civil, define a

protecção civil como a actividade desenvolvida pelo Estado, Regiões Autónomas e autarquias locais,

pelos cidadãos e por todas as entidades públicas e privadas com a finalidade de prevenir riscos

colectivos inerentes a situações de acidente grave ou catástrofes, atenuar os seus efeitos e proteger

e socorrer as pessoas e bens em perigo quando aquelas situações ocorram.

É uma actividade de carácter permanente, multidisciplinar e plurissectorial, cabendo a todos

os órgãos e departamentos de Administração Pública promover as condições indispensáveis à sua

execução e às entidades privadas assegurar a necessária cooperação.

- Objectivos Fundamentais da Protecção Civil Municipal

De acordo com o n.º 1, do artigo 2.º, da Lei n.º 65/2007, de 12 de Novembro, os objectivos

fundamentais da Protecção Civil Municipal são:

• Prevenir no território municipal os riscos colectivos e a ocorrência de acidente grave ou

catástrofe deles resultantes;

• Atenuar na área do município os riscos colectivos e limitar os seus efeitos no caso das

ocorrências descritas na alínea anterior;

• Socorrer e assistir no território municipal as pessoas e outros seres vivos em perigo e

proteger bens e valores culturais, ambientais e de elevado interesse público;

• Apoiar a reposição da normalidade da vida das pessoas nas áreas afectadas por acidente

grave ou catástrofe.

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PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA DE PROTECÇÃO CIVIL DE ALCOBAÇA

Serviço Municipal de Protecção Civil de Alcobaça 115

- Domínios de actuação da actividade da Protecção Civil Municipal

Segundo o n.º 2, do artigo 2.º, da Lei n.º 65/2007, de 12 de Novembro, a actividade da

protecção civil municipal exerce-se nos seguintes domínios:

• Levantamento, previsão, avaliação e prevenção dos riscos colectivos do município;

• Análise permanente das vulnerabilidades municipais perante situações de risco;

• Informação e formação das populações do município, visando a sua sensibilização em

matéria de autoprotecção e de colaboração com as autoridades;

• Planeamento de soluções de emergência, visando a busca, o salvamento, a prestação de

socorro e de assistência, bem como a evacuação, alojamento e abastecimento das

populações presentes no município;

• Inventariação dos recursos e meios disponíveis e dos mais facilmente mobilizáveis, ao

nível municipal;

• Estudo e divulgação de formas adequadas de protecção dos edifícios em geral, de

monumentos e de outros bens culturais, de infra-estruturas, do património arquivístico,

de instalações de serviços essenciais, bem como do ambiente e dos recursos naturais

existentes no município;

• Previsão e planeamento de acções atinentes à eventualidade de isolamento de áreas

afectadas por riscos no território municipal.

A Lei n.º 27/2006, de 3 de Julho, tem como principal objectivo reorganizar a estrutura de

Protecção Civil a nível nacional, distrital e municipal, de modo a garantir que as diferentes entidades

com responsabilidades no âmbito da protecção civil actuam de forma articulada.

Neste sentido clarifica-se nos pontos seguintes a actual estrutura nacional de protecção civil

definida na Lei n.º 27/2006, de 3 de Julho, assim como a estrutura das operações do Sistema

Integrado de Operações de Protecção e Socorro (SIOPS) definida pelo Decreto-Lei n.º 134/2006, de

25 de Julho, na sua actual redacção.

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PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA DE PROTECÇÃO CIVIL DE ALCOBAÇA

Serviço Municipal de Protecção Civil de Alcobaça 116

1.1. Estrutura de Protecção Civil

A estrutura de protecção civil, segundo a Lei de Bases de Protecção Civil (Lei n.º 27/2006, de

3 de Julho) e o Dispositivo Integrado de Operações de Protecção e Socorro (ANPC, 2010), organiza-se

ao nível nacional, regional e municipal e é constituída por:

• Estrutura de direcção política

• Estrutura de coordenação politica;

• Estrutura de coordenação institucional;

• Estrutura de comando operacional.

As estruturas de direcção política compreendem:

• A nível nacional - o Primeiro-Ministro (ou o Ministro da Administração Interna por

delegação do Primeiro-Ministro);

• A nível distrital – o Comandante Operacional Distrital (CODIS)

• A nível municipal – o Presidente da Câmara Municipal

As estruturas de coordenação política incluem:

• A nível nacional – a Comissão Nacional de Protecção Civil;

• A nível distrital – a Comissão Distrital de Protecção Civil;

• A nível municipal – a Comissão Municipal de Protecção Civil.

As estruturas de coordenação institucional envolvem:

• A nível nacional – o Centro de Coordenação Operacional Nacional;

• A nível distrital – o Centro de Coordenação Operacional Distrital;

• A nível municipal – a Comissão Municipal de Protecção Civil.

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Serviço Municipal de Protecção Civil de Alcobaça 117

As estruturas de comando operacional envolvem:

• A nível nacional – o Comando Nacional de Operações de Socorro;

• A nível distrital – o Comando Distrital de Operações de Socorro;

• A nível municipal – o Comandante Operacional Municipal;

• A nível da área de actuação de corpo de bombeiros – o Comandante do Corpo de

Bombeiros;

• A nível do teatro de operações – o Comandante das Operações de Socorro.

1.1.1. Estrutura de decisão política

Relativamente à direcção política da protecção civil é de referir, como órgãos decisores, a

Assembleia da República e o Governo que, segundo a Lei de Bases da Protecção Civil, possuem

competências ao nível político, legislativo e financeiro, nomeadamente, o enquadramento da política

de protecção civil e fiscalização da sua execução e a definição das principais orientações.

O Primeiro-Ministro é responsável pela direcção política de protecção civil competindo-lhe,

especificadamente, coordenar e orientar a acção dos membros do Governo nos assuntos

relacionados com a protecção civil e garantir o cumprimento das competências previstas para o

Conselho dos Ministros;

Importa ainda referir, no que respeita à actividade de direcção do Primeiro-Ministro, que

esta se processa muitas das vezes em sede de Conselho de Ministros. A este órgão compete, de

acordo com o n.º 2, do artigo 32.º, da Lei de Bases de Protecção Civil:

• Definir as linhas gerais da política governamental de protecção civil, bem como a sua

execução;

• Programar e assegurar os meios destinados à execução da política de protecção civil;

• Declarar a situação de calamidade;

• Adoptar, no caso previsto no ponto anterior, as medidas de carácter excepcional

destinadas a repor a normalidade das condições de vida nas zonas atingidas;

• Deliberar sobre a afectação extraordinária dos meios financeiros indispensáveis à

aplicação das medidas previstas no ponto anterior.

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Serviço Municipal de Protecção Civil de Alcobaça 118

As competências do Primeiro-ministro, acima apresentadas, podem ser por este delegadas

no Ministro da Administração Interna que acumula com as seguintes competências:

• Declarar a situação de alerta ou contingência para a totalidade ou parte do território

nacional;

• Declarar através de despacho conjunto com o Primeiro-Ministro, a situação de

calamidade;

• Requisitar bens ou serviços por despacho conjunto com o Ministro dos Negócios

Estrangeiros;

• Presidir à Comissão Nacional de Protecção Civil (CNPC).

Ao nível municipal, a entidade responsável pela coordenação da política de Proteção Civil é a

Comissão Municipal de Proteção Civil, uma estrutura não permanente.

- Comissão Municipal de Proteção Civil

As competências destas comissões são as previstas para as comissões distritais a adequadas

à realidade do município.

Integram as Comissões Municipais de Protecção Civil (CMPC), o presidente da Câmara

Municipal, o Comandante Operacional Municipal (COM), um elemento de cada força de segurança e

dos Corpos de Bombeiros existente no município, a autoridade de saúde do município, o dirigente

máximo da unidade de saúde local, um representante dos serviços de segurança social e

solidariedade e representantes de outras entidades, um elemento do exército que poderão

contribuir em acções de protecção civil.

O Organismo técnico-administrativo responsável pela execução da política de Proteção Civil

no Município é o Serviço Municipal de Proteção Civil.

- Serviço Municipal de Protecção Civil

Órgão que tem por responsabilidade a prossecução das actividades de protecção civil no

âmbito municipal, nomeadamente, acompanhar a elaboração do Plano Municipal de Emergência de

Protecção Civil (PMEPC), inventariar e actualizar permanentemente os meios e recursos existentes

no concelho, planear o apoio logístico a prestar às vitimas e às forças de socorro em situação de

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Serviço Municipal de Protecção Civil de Alcobaça 119

emergência, promover campanhas de informação e sensibilização e colaborar na elaboração e

execução de treinos e simulacros.

O Serviço Municipal de Protecção Civil (SMPC) é dirigido pelo Presidente da Câmara

Municipal, com faculdade de delegação no vereador por si designado.

A Figura 16 representa esquematicamente a estrutura nacional de protecção civil definida

pela Lei de Bases de Protecção Civil (Lei n.º 27/2006, de 3 de Julho).

Figura 17 - Esquema da Estrutura Nacional de Proteção Civil

Legenda: CNPC – Comissão Nacional de Protecção Civil; CCON – Centro de Coordenação Operacional Nacional;

CNOS – Comando Nacional de Operações de Socorro; CODIS – Comandante Operacional Distrital; CDPC –

Comissão Distrital de Protecção Civil; CMPC – Comissão Municipal de Protecção Civil; SMPC – Serviço Municipal

de Protecção Civil

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Serviço Municipal de Protecção Civil de Alcobaça 120

Tabela 22 - Competências das diferentes Entidades e Órgãos que compõem a Direcção Política da Estrutura Nacional de Proteção Civil (Lei n.º 27/2006, de 3 de Julho; Lei Orgânica n.º 1/2011, de 30 de Novembro)

Entidade/órgãos Competências

Primeiro-Ministro

Responsável pela direcção da politica de protecção civil, competindo-lhe:

Coordenar e orientar a acção dos membros do Governo nos assuntos relacionados com a protecção civil;

Garantir o cumprimento das competências previstas no artigo 32.º da Lei de Bases de Protecção Civil.

Presidente da ANPC/Comandante

Operacional Distrital

Compete ao presidente da Autoridade Nacional de Protecção Civil exercer, ou delegar, as competências de, no âmbito distrital:

Desencadear, na iminência ou ocorrência de acidente grave ou catástrofe, as acções de protecção civil de prevenção, socorro, assistência e reabilitação adequadas em cada caso.

Presidente da Câmara Municipal

Compete ao presidente da câmara municipal, no exercício de funções de responsável municipal da política de protecção civil:

Desencadear, na iminência ou ocorrência de acidente grave ou catástrofe, as acções de protecção civil de prevenção, socorro, assistência e reabilitação adequadas em cada caso.

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Serviço Municipal de Protecção Civil de Alcobaça 121

Tabela 23 - Competências das diferentes Entidades e Órgãos que compõem a Coordenação Política da Estrutura Nacional de Proteção Civil (Lei n.º 27/2006, de 3 de Julho)

Entidade/órgãos Competências

Comissão Nacional de Protecção Civil

A Comissão Nacional de Protecção Civil é o órgão de coordenação em matéria de protecção civil, competindo-lhe:

• Garantir a concretização das linhas gerais da política governamental de protecção civil em todos os serviços da administração;

• Apreciar as bases gerais da organização e do funcionamento dos organismos e serviços que, directa ou indirectamente, desempenhem funções de protecção civil;

• Apreciar os acordos ou convenções sobre cooperação internacional em matéria de protecção civil;

• Apreciar os planos de emergência de âmbito nacional, distrital ou municipal; • Dar parecer sobre os planos de emergência elaborados pelos Governos das

Regiões Autónomas; • Adoptar mecanismos de colaboração institucional entre todos os organismos e

serviços com responsabilidades no domínio da protecção civil, bem como formas de coordenação técnica e operacional da actividade por aqueles desenvolvida, no âmbito específico das respectivas atribuições estatutárias;

• Proceder ao reconhecimento dos critérios e normas técnicas sobre a organização do inventário de recursos e meios, públicos e privados, mobilizáveis ao nível local, distrital, regional ou nacional, em caso de acidente grave ou catástrofe;

• Definir os critérios e normas técnicas sobre a elaboração de planos de emergência;

• Definir as prioridades e objectivos a estabelecer com vista ao escalonamento de esforços dos organismos e estruturas com responsabilidades no domínio da protecção civil, relativamente à sua preparação e participação em tarefas comuns de protecção civil;

• Aprovar e acompanhar as iniciativas públicas tendentes à divulgação das finalidades da protecção civil e à sensibilização dos cidadãos para a autoprotecção e para a colaboração a prestar aos organismos e agentes que exercem aquela actividade;

• Apreciar e aprovar as formas de cooperação externa que os organismos e estruturas do sistema de protecção civil desenvolvem nos domínios das suas atribuições e competências específicas.

• Desencadear as acções previstas nos planos de emergência e assegurar a conduta das operações de protecção civil deles decorrentes;

• Possibilitar a mobilização rápida e eficiente das organizações e pessoal indispensáveis e dos meios disponíveis que permitam a conduta coordenada das acções a executar;

• Formular junto do Governo pedidos de auxílio a outros países e às organizações internacionais, através dos órgãos competentes;

• Determinar a realização de exercícios, simulacros ou treinos operacionais que contribuam para a eficácia de todos os serviços intervenientes em acções de protecção civil;

• Difundir os comunicados oficiais que se mostrem adequados às situações previstas na presente lei.

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Tabela 24 - Competências das diferentes Entidades e Órgãos que compõem a Coordenação Política, ao nível distrital e municipal, da Estrutura Nacional de Proteção Civil (Lei n.º 27/2006, de 3 de Julho)

Entidade/órgãos Competências

Comissão Distrital de Protecção Civil

Compete à comissão distrital de protecção civil:

Accionar a elaboração, acompanhar a execução e remeter para aprovação pela Comissão Nacional os planos distritais de emergência;

Acompanhar as políticas directamente ligadas ao sistema de protecção civil que sejam desenvolvidas por agentes públicos;

Determinar o accionamento dos planos, quando tal se justifique;

Promover a realização de exercícios, simulacros ou treinos operacionais que contribuam para a eficácia de todos os serviços intervenientes em acções de protecção civil.

Comissão Municipal de Protecção Civil

As competências das comissões municipais são as previstas para as comissões distritais adequadas à realidade e dimensão do município.

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Serviço Municipal de Protecção Civil de Alcobaça 123

Tabela 25 - Competências dos Serviços Municipais de Proteção Civil (Lei n.º 65/2007, de 12 de Novembro)

Entidade/órgãos Competências

Serviço Municipal de Protecção Civil

• Acompanhar a elaboração e actualizar o Plano Municipal de Emergência e os Planos Especiais, quando estes existam;

• Assegura a funcionalidade e a eficácia da estrutura do Serviço Municipal de Protecção Civil;

• Inventariar e actualizar permanentemente os registos dos meios e dos recursos existentes no concelho, com interesse para o Serviço Municipal de Protecção Civil;

• Realizar estudos técnicos com vista à identificação, análises e consequências dos riscos naturais, tecnológicos e sociais que possam afectar o município, em função da magnitude estimada e do local previsível da sua ocorrência, promovendo a sua cartografia de modo a prevenir, quando possível, a sua manifestação e a avaliar e minimizar os efeitos das suas consequências previsíveis;

• Manter informação actualizada sobre acidentes graves e catástrofes ocorridas no município, bem como sobre elementos relativos às condições de ocorrência, às medidas adoptadas para fazer face às respectivas consequências e às conclusões sobre o êxito ou insucesso das acções empreendidas em cada caso;

• Planear o apoio logístico a prestar às vítimas e às forças de socorro em situação de emergência;

• Levantar, organizar e gerir os centros de alojamento a accionar em situação de emergência;

• Elaborar planos prévios de intervenção e preparar e propor a execução de exercícios e simulacros que contribuam para uma actuação eficaz de todas as entidades intervenientes nas acções de protecção civil;

• Estudar as questões de que vier a ser incumbido propondo as soluções que considere mais adequadas. Propor medidas de segurança face aos riscos inventariados;

• Colaborar na elaboração e execução de treinos e simulacros; • Elaborar projectos de regulamentação de prevenção e segurança; • Realizar acções de sensibilização para questões de segurança, preparando e

organizando as populações face aos riscos e cenários previsíveis; • Promover campanhas de informação sobre medidas preventivas, dirigidas a

segmentos específicos da população alvo, ou sobre riscos específicos em cenários prováveis previamente definidos;

• Fomentar o voluntariado em protecção civil; • Recolher a informação pública emanada das comissões e gabinetes que

integram o Serviço Municipal de Protecção Civil destinada à divulgação pública relativa a medidas preventivas ou situações de catástrofe;

• Promover e incentivar acções de divulgação sobre protecção civil junto dos munícipes com vista à adopção de medidas de autoprotecção;

• Indicar na iminência de acidentes graves ou catástrofes, as orientações, medidas preventivas e procedimentos a ter pela população para fazer face à situação;

• Dar seguimento a outros procedimentos, por determinação do presidente da Câmara Municipal ou Vereador com competência delegada.

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Serviço Municipal de Protecção Civil de Alcobaça 124

A Autoridade Nacional de Protecção Civil (ANPC) é um serviço central, da administração

directa do Estado, que tem por missão planear, coordenar e executar a política de protecção civl,

designadamente na prevenção e reacção a acidentes graves e catástrofes, de protecção e socorro de

populações e de superintendência da actividade dos bombeios, bem como assegurar o planeamento

e coordenação das necessidades nacionais na área do planeamento civil de emergência com vista a

fazer face a situações de crise ou de guerra.

Tabela 26 – Atribuições da Autoridade Nacional de Protecção Civil

Entidade Atribuições

Autoridade Nacional de Protecção Civil

No âmbito da previsão e gestão de risco e planeamento de emergência:

• Assegurar a actividade de planeamento civil de emergência para fazer face, em particular, a situações de acidente grave, catástrofe, crise ou guerra;

• Contribuir para a definição da política nacional de planeamento civil de emergência

• Promover o levantamento, previsão e avaliação dos riscos colectivos de origem natural ou tecnológica e o estudo, normalização e aplicação de técnicas adequadas de prevenção e socorro;

• Organizar um sistema nacional de alerta e aviso; • Proceder à regulamentação, licenciamento e fiscalização no âmbito da

segurança contra incêndios; • Assegurar a articulação dos serviços públicos ou privados que devam

desempenhar missões relacionadas com o planeamento civil de emergência, a fim de que, em situação de acidente grave, catástrofe, crise ou guerra, se garanta a continuidade da acção governativa, a protecção das populações e a salvaguarda do património nacional.

No âmbito da actividade de protecção e socorro:

• Garantir a continuidade orgânica e territorial do sistema de comando de operações de socorro;

• Acompanhar todas as operações de protecção e socorro, nos âmbitos local e regional autónomo, prevendo a necessidade de intervenção de meios complementares;

• Planear e garantir a utilização, nos termos da lei, dos meios públicos e privados disponíveis para fazer face a situações de acidente grave e catástrofe;

• Garantir a disponibilidade dos meios aéreos necessários ao desempenho das atribuições cometidas ao Ministério da Administração Interna;

• Assegurar a coordenação horizontal de todos os agentes de protecção civil e as demais estruturas e serviços públicos com intervenção ou responsabilidades de protecção e socorro.

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Serviço Municipal de Protecção Civil de Alcobaça 125

1.2. Estrutura das Operações

A nível nacional das operações de protecção e socorro encontram-se enquadradas pelo

Decreto-Lei n.º 134/2006, de 25 de Julho, que define o Sistema Integrado de Operações de Protecção

e Socorro (SIOPS). Este consiste num conjunto de estruturas, normas e procedimentos de natureza

permanente e conjuntural que asseguram que todos os agentes de protecção civil actuam, no plano

operacional, articuladamente sob um comando único, sem prejuízo da respectiva dependência

hierárquica e funcional.

O SIOPS visa responder a situações de iminência ou ocorrência de acidente grave ou

catástrofe, baseado no principio de comando único em estruturas de coordenação institucional,

onde se compatibilizam todas as instituições necessárias para fazer face a acidentes graves e

catástrofes, e em estruturas de comando operacional que, no âmbito das competências à Autoridade

Nacional de Protecção Civil (ANPC), agem perante a iminência ou ocorrência de acidentes graves em

ligação com outras forças que dispõem de comando próprio (por exemplo, policia de segurança

pública, exército, etc.).

1.2.1. Estruturas de Coordenação Institucional

A coordenação institucional é assegurada, a nível nacional e ao nível de cada distrito, pelos

centros de coordenação operacional (CCO) que integram representantes das entidades cuja

intervenção se justifica em função de cada ocorrência em concreto.

Os centros de coordenação operacional são responsáveis pela gestão da participação

operacional de cada força ou serviço nas operações de socorro a desencadear.

São atribuições dos CCO, designadamente:

• Assegurar a coordenação dos recursos e do apoio logístico das operações de socorro,

emergência e assistência realizadas por todas as organizações integrantes do SIOPS;

• Proceder à recolha de informação estratégica, relevante para as missões de protecção e

socorro, detida pelas organizações integrantes dos CCO, bem como promover a sua

gestão;

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Serviço Municipal de Protecção Civil de Alcobaça 126

• Recolher e divulgar, por todos os agentes em razão da ocorrência e do estado de

prontidão, informações de carácter estratégico essencial à componente de comando

operacional táctico;

• Informar permanentemente a autoridade política respectiva de todos os factos relevantes

que possam gerar problemas ou estrangulamentos no âmbito da resposta operacional;

• Garantir a gestão e acompanhar todas as ocorrências, assegurando uma resposta

adequada no âmbito do SIOPS.

A Comissão Nacional de Protecção Civil aprova o regulamento de funcionamento do Centro

de Coordenação Operacional Nacional e dos centros de coordenação operacional distrital, que prevê,

designadamente, as formas de mobilização e de articulação entre as entidades integrantes dos COS,

as relações operacionais com o Comando Nacional de Operações de Socorro e os comandos distritais

de operações de socorro, a existência de elementos de ligação permanente, bem como a recolha e

articulação da informação necessária à componente operacional.

Centro de Coordenação Operacional Nacional

• O Centro de Coordenação Operacional Nacional, adiante designado por CCON, assegura

que todas as entidades e instituições de âmbito nacional imprescindíveis às operações de

protecção e socorro, emergência e assistência previsíveis ou decorrentes de acidente

grave ou catástrofe se articulam entre si, garantindo os meios considerados adequados à

gestão da ocorrência em cada caso concreto.

• O CCON íntegra representantes da Autoridade Nacional de Protecção Civil, da Guarda

Nacional Republicana, da Polícia de Segurança Pública, do Instituto Nacional de

Emergência Médica, do Instituto de Meteorologia e da Direcção-Geral dos Recursos

Florestais e de outras entidades que cada ocorrência em concreto venha a justificar.

• O CCON pode ainda integrar um elemento das Forças Armadas desde que estejam

empenhados nas operações de protecção e socorro, emergência e assistência meios

humanos e materiais a estas solicitados.

• O CCON é coordenado pelo presidente da Autoridade Nacional de Protecção Civil,

podendo este fazer-se substituir pelo comandante operacional nacional da Autoridade

Nacional de Protecção Civil.

• A Autoridade Nacional de Protecção Civil garante os recursos humanos, materiais e

informacionais necessários ao funcionamento do CCON.

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Serviço Municipal de Protecção Civil de Alcobaça 127

Centros de coordenação operacional distrital

• Os centros de coordenação operacional distrital, adiante designados por CCOD,

asseguram que todas as entidades e instituições de âmbito distrital imprescindíveis às

operações de protecção e socorro, emergência e assistência previsíveis ou decorrentes de

acidente grave ou catástrofe se articulam entre si garantindo os meios considerados

adequados à gestão da ocorrência em cada caso concreto.

• Os CCOD integram, obrigatoriamente, representantes da Autoridade Nacional de

Protecção Civil, da Guarda Nacional Republicana, da Polícia de Segurança

• Os CCOD integram, obrigatoriamente, representantes da Autoridade Nacional de

Protecção Civil, da Guarda Nacional Republicana, da Polícia de Segurança Pública, do

Instituto Nacional de Emergência Médica e da Direcção-Geral dos Recursos Florestais e

das demais entidades que cada ocorrência em concreto venha a justificar.

• Os CCOD podem ainda integrar um elemento das Forças Armadas desde que estejam

empenhados nas operações de protecção e socorro, emergência e assistência meios

humanos e materiais a estas solicitados.

• Os CCOD são coordenados pelos comandantes operacionais distritais da Autoridade

Nacional de Protecção Civil.

• Os CCOD garantem uma avaliação distrital e infradistrital em articulação com as entidades

políticas e administrativas de âmbito municipal.

• Compete à Autoridade Nacional de Protecção Civil garantir os recursos humanos,

materiais e informacionais necessários ao funcionamento do CCOD.

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Serviço Municipal de Protecção Civil de Alcobaça 128

2. MECANISMOS DA ESTRUTURA DE PROTECÇÃO CIVIL

A Comissão Municipal de Protecção Civil (CMPC) é o órgão de coordenação em matéria de

protecção civil ao nível do município, é convocada pelo Presidente da Câmara Municipal.

2.1. Composição, Convocação e Competências da Comissão de Protecção Civil

- Composição e convocação da Comissão Municipal de Protecção Civil

Em cada município existe uma Comissão Municipal de Protecção Civil (CMPC), organismo que

assegura que todas as entidades e instituições de âmbito municipal imprescindíveis às operações de

protecção e socorro, emergência e assistência previsíveis ou decorrentes de acidente grave ou

catástrofe se articulam entre si, garantindo os meios considerados adequados à gestão da ocorrência

em cada caso concreto.

Integram a Comissão Municipal de Protecção Civil:

• O Presidente da Câmara Municipal, ou o Vereador com a competência delegada, que

preside;

• Um membro da Assembleia Municipal;

• O Comandante Operacional Municipal;

• Comandantes dos Corpos de Bombeiros presentes no Concelho de Alcobaça ou seus

substitutos legais;

• Comandantes de cada uma das forças de segurança presentes no Concelho de Alcobaça

ou seus substitutos legais;

• A Autoridade de Saúde do Município;

• Um representante do Exército:

• Um representante do PNSAC;

• Um representante da AFN;

• Um representante dos agrupamentos de Escuteiros;

• Um representante das Juntas de Freguesia;

• Directores Municipais:

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Serviço Municipal de Protecção Civil de Alcobaça 129

Departamento Técnico

Departamento de Ordenamento e Gestão Urbanística

Serviços Municipalizados

• O dirigente máximo da Unidade da Saúde local ou o director do Centro de Saúde e o

Director do Hospital da área de influência do Município, designados pelo Director-Geral

de Saúde;

• Um representante dos Serviços de Segurança Social e Solidariedade;

• Os representantes de outras entidades e serviços implantados no Município, cujas

actividades e áreas funcionais possam, de acordo com os riscos existentes e as

características do concelho de Alcobaça, contribuir para as acções de Protecção Civil.

- Competências da Comissão Municipal de Protecção Civil

São competências das comissões municipais de protecção civil as atribuídas por lei às

comissões distritais de protecção civil que se revelem adequadas à realidade e dimensão do

município, designadamente as seguintes:

• Solicitar a realização do Plano Municipal de Emergência, acompanhar a sua execução, e

remetê-lo para aprovação pela Comissão Nacional de Protecção Civil;

• Acompanhar as políticas directamente ligadas ao sistema de Protecção Civil que sejam

desenvolvidas por agentes públicos;

• Determinar o accionamento dos planos, quando tal se justifique;

• Garantir que as entidades e instituições que integram a CMPC accionam, ao nível

Municipal, no âmbito da sua estrutura orgânica e das suas atribuições, os meios

necessários ao desenvolvimento das acções de Protecção Civil;

• Difundir comunicados e avisos às populações e às entidades e instituições, incluindo os

órgãos de comunicação social.

• As deliberações da Comissão Municipal de Protecção Civil só serão validas quando

aprovadas por maioria dos membros presentes.

• A proposta do Plano Municipal de Emergência deve ser aprovada por maioria qualificada

de dois terços dos membros permanentes em efectividade de funções.

É de realçar que é fundamental que as entidades e instituições de âmbito municipal, que

compõem a CMPC, realizem frequentemente reuniões que permitam acompanhar, conhecer e

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Serviço Municipal de Protecção Civil de Alcobaça 130

definir estratégias conjuntas de acção. Através destas reuniões será ainda possível a

responsabilização perante todos os constituintes da CMPC, de cada uma das entidades sobre as

acções que deve desenvolver no âmbito do Plano Municipal de Emergência de Protecção Civil de

Alcobaça, assim como possibilitará a apresentação e discussão de propostas relacionadas com as

problemáticas do concelho ao nível da protecção civil.

2.2. Critérios e âmbito para a Declaração das situações de Alerta, Contingência ou

Calamidade

As declarações de situações de alerta, contingência ou calamidade são mecanismos à

disposição das autoridades políticas de protecção civil para potenciar a adopção de medidas

preventivas ou reactivas a desencadear na iminência ou ocorrência de um acidente grave ou

catástrofe. Tal declaração é realizada de acordo com a natureza dos acontecimentos a prevenir ou

enfrentar e a gravidade e extensão dos seus efeitos actuais ou potenciais.

Das situações acima mencionadas apenas a situação de alerta é utilizada pelas autoridades

políticas a nível municipal. Assim, é importante explicar quais os critérios e circunstâncias

fundamentadoras para ser declarada a situação de alerta de âmbito municipal.

Neste âmbito, a situação de alerta será declarada face à ocorrência ou iminência de

ocorrência de um acidente grave ou catástrofe em que se verifique a necessidade de adoptar

medidas preventivas ou medidas especiais de reacção definidos no artigo 3º da Lei de Bases da

Protecção Civil (Lei n.º 27/2006):

• Acidente Grave – “É um acontecimento inusitado com efeitos relativamente limitados no

tempo e no espaço, susceptível de atingir as pessoas e outros seres vivos, bens ou o

ambiente”;

• Catástrofe – “É o acidente grave ou série de acidentes graves susceptíveis de provocarem

elevados prejuízos materiais e, eventualmente, vítimas afectando intensamente as

condições de vida e o tecido socioeconómico em áreas ou na totalidade do território

nacional”.

Os poderes para declarar a situação de alerta, contingência ou de calamidade, encontram-se

circunscritos pelo âmbito territorial de competência dos respectivos órgãos (artigo 8.º).

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Serviço Municipal de Protecção Civil de Alcobaça 131

Deste modo, cabe ao Presidente da Câmara Municipal de Alcobaça declarar a situação de

alerta de âmbito municipal (artigo 13.º), face à ocorrência ou iminência de ocorrência de algum

acidente grave onde é reconhecida a necessidade de adoptar medidas preventivas e ou medidas

especiais de reacção. A respectiva declaração inclui a menção da aatureza do acontecimento que

originou a situação declarada, o âmbito temporal e territorial e a estrutura de coordenação e

controlo dos meios e recursos a disponibilizar.

A declaração da situação de alerta implica:

• Obrigatoriedade de convocação da CMPC;

• Estabelecimento dos procedimentos adequados à coordenação técnica e operacional dos

serviços e agentes de protecção civil;

• Estabelecimento das orientações relativas aos procedimentos de coordenação da

intervenção das forças e serviços de segurança;

• Adopção de medidas preventivas adequadas à ocorrência;

• Obrigação especial de colaboração dos meios de comunicação social

Em termos esquemáticos a declaração de situação de alerta traduz-se no processo

apresentado na Figura 18.

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Serviço Municipal de Protecção Civil de Alcobaça 132

Figura 18 - Declaração de Situação de Alerta

Evento

Informação

Avaliação

Alerta

Presidente da Câmara Municipal declara situação de alerta

(Art. 6.º Lei n.º 65/2007 de 12 Novembro)

SMPC

Agentes de Protecção Civil

Articulados operacionalmente

SIOPS

Adopção de medidas preventivas e ou medidas especiais de reacção

(Art. 9.º, Lei n.º 27/2006 de 3 de Julho);

Na decisão da declaração deste acto menciona-se expressamente:

- A natureza do acontecimento que originou a situação declarada;

- O âmbito temporal e territorial;

- A estrutura de coordenação e controlo dos meios e recursos a disponibilizar.

(Art. 14.º, Lei n.º 27/2006)

Âmbito material da Declaração de Alerta:

- A obrigatoriedade de convocação da CMPC;

- O estabelecimento dos processamentos adequados à coordenação técnica e operacional dos

serviços e APC, bem como dos recursos a utilizar;

- O estabelecimento das orientações relativas aos processamentos de coordenação da

intervenção das forças e serviços de segurança;

- A adopção de medidas preventivas adequadas à ocorrência.

- Obrigação especial de colaboração dos meios de comunicação social, em particular das rádios e

das televisões com a estrutura de coordenação das forças e serviços de segurança, visando a

divulgação das informações relevantes relativas à situação.

(Art. 15.º, Lei n.º 27/2006)

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Serviço Municipal de Protecção Civil de Alcobaça 133

Importa salientar que a declaração de alerta de âmbito municipal não implica a activação do

Plano Municipal de emergência de Protecção Civil de Alcobaça, e vice-versa, ou seja, a activação do

Plano Municipal de emergência de Protecção Civil de Alcobaça, não implica a declaração de situação

de alerta de âmbito municipal.

Por fim, é de mencionar que a declaração da situação de alerta determina uma obrigação

especial de colaboração dos meios de comunicação social, em particular das rádios e das televisões,

com a CMPC, visando a divulgação das informações relevantes relativas à situação.

Em síntese as competências para a declaração:

Declaração de Alerta

• O Ministro da Administração pode declarar a situação de alerta para a totalidade do

território nacional ou com o âmbito circunscrito a uma parcela do território nacional.

• Cabe ao Codis declarar a situação de alerta, no todo ou em parte do seu âmbito

territorial, precedida da audição, sempre que possível, dos Presidentes das Câmara

Municipais dos municípios abrangidos.

• Compete ao Presidente da Câmara Municipal declarar a situação de alerta no âmbito

Municipal.

Declaração de Contingência

• O Ministro da Administração Interna pode declarar a situação de contingência para a

totalidade do território nacional ou com o âmbito circunscrito a uma parcela do território

nacional.

• Compete ao Codis no seu âmbito territorial de competência, precedida da audição,

sempre que possível, dos Presidentes das Câmaras Municipais dos municípios abrangidos.

Declaração de Calamidade:

• Compete ao Governo declaração de situação de calamidade e reveste a forma de

resolução do Conselho de Ministros ou despacho conjunto do Primeiro-Ministro e do

Ministro da Administração Interna.

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PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA DE PROTECÇÃO CIVIL DE ALCOBAÇA

Serviço Municipal de Protecção Civil de Alcobaça 134

2.3. Sistema de Monitorização, Alerta e Aviso

Existem diversos sistemas de monitorização em uso para diferentes tipologias de risco. Como

exemplo, cita-se o Sistema de Avisos Meteorológicos do Instituto de Meteorologia (situações

meteorológicas adversas), o Sistema de Vigilância e Alerta de Recursos Hídricos do Instituto da Água

(cheias), o Índice Ícaro (ondas de calor) e o Sistema de Vigilância de Emergências Radiológicas da

Agência Portuguesa do Ambiente (emergências radiológicas). No que respeita aos sistemas de aviso,

existem diversos dispositivos para o efeito (sirenes, telefones, viaturas com megafones, estações de

rádio locais, televisão, etc) pelo que a decisão do meio a adoptar terá que ser baseada na extensão

da zona afectada, no tipo, dimensão e dispersão geográfica da população a avisar (pequenas

povoações rurais, grandes aglomerados urbanos, quintas dispersas, etc.), na proximidade geográfica

dos agentes de protecção civil e nos meios e recursos disponíveis. Deve ainda ser tomado em

atenção que uma situação pode ocorrer durante o dia útil de trabalho, à noite ou durante os fins-de-

semana, o que não só faz variar a localização da população aquando de um possível acidente, mas

também a forma de poderem receber o aviso, pelo que diferentes procedimentos de aviso devem

ser contemplados para diferentes períodos do dia e da semana.

Para populações de pequena dimensão pode utilizar-se o aviso automático através da rede

telefónica, o que requer que listas de residências e empregos com a respectiva localização e números

de telefones sejam elaboradas e mantidas actualizadas. Porém, haverá que considerar formas de

aviso (por exemplo, emissão de mensagens escritas ou difusão celular para telemóveis) para a

população em movimento que não está nas suas residências ou nos seus locais de emprego.

É de referir que, para o caso do risco de roturas de barragens, está definido que as sirenes serão

os equipamentos preferenciais de suporte à emissão dos avisos, conforme estipulado nas Normas para a

Concepção do Sistema de Alerta e Aviso no Âmbito dos PEI de Barragens.

Outro meio de aviso à população é o uso de megafones, em que a utilização de carros auxilia

à cobertura de maiores áreas num menor espaço de tempo. Estações de rádio locais, ou mesmo de

televisão, podem também ser utilizadas para uma rápida difusão do aviso.

Dado que o aviso à população é uma acção crucial para minorar o número de vítimas, e que é

difícil que qualquer dos meios seleccionados abranja toda a população potencialmente afectada,

deverá ser prevista a redundância de meios de aviso tem por base o tipo de acidente ou catástrofe, a

extensão da zona afectada, dimensão e dispersão geográfica da população a avisar, proximidade

geográfica dos agentes de protecção civil e meios e recursos disponíveis, hora e dia da semana. Os

meios de aviso incluem:

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Serviço Municipal de Protecção Civil de Alcobaça 135

• Sirenes dos CBV que promovem alarme acústico, intermitente, audível no perímetro e na

vizinhança da instalação;

• Sistema acústico intermitente, de aviso de emergência (alarme sonoro) de viaturas dos

CBV, forças de segurança;

• Viaturas da Câmara Municipal de Alcobaça, Juntas de Freguesia, forças de segurança,

unidades militarem equipadas com meios de aviso luminosos e megafones;

• Mensagem alfanumérica nos ecrãs das auto-estradas e empresas;

• Comunicados emitidos pelas estações de rádio locais;

• Telefones fixos e da Rede móvel;

• Rádios VHF e UHF de Radioamadores;

Todas as ocorrências necessitam de intervenção humana, ao nível da comunicação e decisão,

para desencadear os Planos de Evacuação e Actuação.

Os comunicados devem ser curtos, claros e precisos de forma a serem facilmente

percepcionados pelas populações. Estas são orientadas pelos elementos de protecção civil no

terreno, que devem complementar as instruções recebidas, actuar de forma eficiente, incutindo a

calma e a confiança.

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Serviço Municipal de Protecção Civil de Alcobaça 136

Figura 19 - Sistema de Monitorização, Alerta e Aviso

Director do Plano

Gabinete de Inf. e Relações Públicas Comandante Operacional Municipal

Operadores Órgão de Comunicação Social

CBV Alcobaça

CBV Benedita

CBV Pataias

CBV São Martinho do Porto

GNR

PSP

ASV

UM

POPULAÇÃO

INFO

RM

A

Toques contínuos de 2 minutos, repetidos 5 vezes, interrompidos entre cada um, com um intervalo de 20 segundos

Rádio Cister (95.5 MHz)

Rádio Benedita (88.1 MHz)

Comunicados, instruções, etc…

SINCRONIZA

DIFUNDE

NO LOCAL

CCOD Leiria

Legenda:

CCOD – Centro de Coordenação Operacional Distrital

GNR – Guarda Nacional Republicana

PSP – Policia Segurança Pública

ASV – Associação de Socorros Voluntários

UM – Unidades Militares

CBV – Corpo de Bombeiros Voluntários