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PREFEITURA MUNICIPAL DE SANTA CRUZ/RN
PLANO MUNICIPAL DE GESTÃO
INTEGRADA DE RESÍDUOS SÓLIDOS
PMGIRS - SANTA CRUZ/RN
ANEXO I
- DIAGNÓSTICO -
SANTA CRUZ, RN - DEZEMBRO DE 2013
2
PLANO MUNICIPAL DE GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS SÓLIDOS DO
MUNICÍPIO DE SANTA CRUZ/RN – PMGIRS
DIAGNÓSTICO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS
APRESENTAÇÃO
O Brasil produz anualmente cerca de 43,8 milhões de toneladas de lixo. Essa grande
quantidade de geração de resíduos ainda tem uma destinação inadequada em muitos
municípios brasileiros, que na sua maior parte destinam os seus resíduos sólidos urbanos
em lixões.
No Rio Grande do Norte essa realidade não é diferente, para o ano de 2010 estima-se que
ocorreu uma produção de 657 mil toneladas de resíduos sólidos domiciliares. O
Diagnóstico de Resíduos Sólidos do Estado do Rio Grande do Norte, desenvolvido pela
Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos - SEMARH apontou que para
os 167 municípios do estado apenas nove encaminhavam os seus resíduos de forma
adequada para aterros sanitários. Outra realidade constatada no mesmo trabalho foi o
retorno a condição de lixão de cerca de uma dezena de aterros controlados implantados
pela Petrobrás em municípios de pequeno porte onde ela atua no estado.
O presente diagnóstico visa subsidiar a elaboração do Plano Municipal de Gestão Integrada
de Resíduos Sólidos do Município de Santa Cruz – PGIRS/Santa Cruz. O documento aqui
apresentado visa reunir elementos para a administração municipal desenvolver a discussão
junto a sociedade para implantar o PGIRS/Santa Cruz, bem como elementos para
desenvolvimento de uma alternativa sanitária e ambientalmente sustentável para a
destinação dos resíduos sólidos urbanos, possibilitando:
a) Implantar o PGIRS/Santa Cruz dentro do que define a Lei nº 11.445/2007 – que
estabelece diretrizes nacionais para o Saneamento Básico, a Lei nº 12.305/2010 –
que institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos e o Decreto nº 7.404/2010 –
que Regulamenta a Política Nacional de Resíduos Sólidos;
3
b) Proporcionar a elaboração de proposta para destinação adequada para os rejeitos e a
recuperação ambiental das áreas degradadas pela disposição inadequada de
resíduos sólidos urbanos no município para os próximos 20 (vinte) anos; e
c) A adoção de uma solução onde possa ser contemplada a implantação de um
programa de coleta seletiva no município e a inclusão social dos catadores de
materiais recicláveis.
4
MUNICÍPIO DE SANTA CRUZ/RN – PMGIRS
DIAGNÓSTICO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 05
1. OS SERVIÇOS DE LIMPEZA URBANA 06
1.1. Breve Histórico 06
1.2. Situação Atual 09
1.3. Os Serviços de Coleta 09
1.3.1 A Coleta Domiciliar 10
1.3.2. A Coleta de Resíduos de Serviços de Saúde 12
1.3.3. A Coleta de Volumosos 15
1.4. Varrição de Ruas 15
1.5. Serviços Congêneres 17
2. PESSOAL E EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO 19
3. CUSTOS 20
4. GERAÇÃO E COMPOSIÇÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS 21
4.1. A Produção de Resíduos Sólidos 21
4.2. Composição dos Resíduos Sólidos do Município de Santa Cruz 22
5. A COLETA SELETIVA 24
6. OUTROS RESÍDUOS GERADOS NO MUNICÍPIO DE SANTA CRUZ 25
6.1. Os Resíduos Industriais 25
6.2. Os Resíduos Agrossilvopastoris 25
6.3. Os Resíduos do Serviço Público de Saneamento Básico 26
6.4. Os Resíduos de Transporte e Mineração 27
7. O DESTINO FINAL 28
5
INTRODUÇÃO
Este documento constitui-se no Diagnóstico da situação de manejo de resíduos sólidos do
município de Santa Cruz, sendo parte integrante da “Proposta de Plano Municipal de
Gestão Integrada de Resíduos Sólidos” do município.
Neste diagnóstico são apresentados dados primários coletados junto à Secretaria
Municipal de Transportes e Obras Públicas, órgão responsável pelo serviço de limpeza
urbana do município, por meio de um questionário padronizado específico, bem como por
inspeção “in loco” pela equipe técnica da Planenge.
O questionário utilizado buscou caracterizar as seguintes informações: cadastro do órgão
municipal responsável pelo manejo de resíduos sólidos urbanos; como é realizado o
gerenciamento dos serviços; custos e receitas; distribuição e situação dos trabalhadores;
condições dos serviços relacionados à operação dos Sistemas de Limpeza Urbana (SLU);
geração de resíduos sólidos; aspectos sociais no que diz respeito à existência de catadores
de materiais recicláveis e a forma de organização dos mesmos; informações sobre as áreas
de destinação de RSU.
As informações foram coletadas com apoio de diversas Secretarias Municipais, seja
através de entrevistas ou por acompanhamento aos locais de geração de resíduos e áreas
de destino final. No diagnóstico todas as áreas de disposição de resíduos sólidos
apontadas foram vistoriadas. Nelas foram feitos registros fotográficos e o
georreferenciamento.
O conjunto dessas informações deu suporte à elaboração do presente documento, que
servirá de elemento base para a elaboração dos prognósticos e proposições previstos no
Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos.
6
1. OS SERVIÇOS DE LIMPEZA URBANA
1.1. Breve Histórico
O Diagnóstico da Situação dos Resíduos Sólidos do Estado do Rio Grande do Norte,
IDEMA, 2001, mostrava que a prestação dos serviços de limpeza urbana da cidade de
Santa Cruz era realizada diretamente pela prefeitura, fato que ainda ocorre em relação a
coleta domiciliar. Em 2001 os veículos utilizados na coleta eram caminhões com carroceria
e caçambas basculantes. A prefeitura naquela ocasião acabara de realizar licitação para
adquirir dois caminhões coletores compactadores de 10 m3. Para complementar a
realização da coleta também são utilizadas caçambas estacionarias com reboque através de
cambão. Foi constatada durante a visita a existência de resíduos no entorno das caçambas
estacionárias, provavelmente pela ação da catação, o uso indevido ou a ação de animais
(figura 1).
Figura 1 – Caçamba de cambão, Fonte (IDEMA, 2001)
O mesmo documento do IDEMA mostrava que o destino final de resíduos era realizado em
um lixão, localizado nas proximidades da RN-091 (o mesmo local onde o lixo é depositado
hoje), onde ocorre a queima dos resíduos domiciliares a céu aberto, a descarga do material
proveniente de podas, entulho e os resíduos de serviços de saúde em valas. Ocorria na área
a presença de catadores, com a separação de material para a comercialização.
O mesmo documento relatava que a prefeitura já dispunha de um projeto para construção
de um aterro sanitário e uma central de triagem. O projeto do Aterro Sanitário no seu
diagnóstico apresentava (PINHEIRO LTDA, 2001):
7
Os serviços de limpeza urbana da cidade de Santa Cruz estão ligados ao Departamento de
Limpeza Urbana, órgão da Secretaria de Transporte, Obras e Serviços Urbanos, que entre
outras atividades, tem como função a coleta de resíduos sólidos domiciliares e
hospitalares, varrição de logradouros, capinação, remoções especiais, limpeza feiras,
limpeza de canteiros, pintura de meio fios, limpeza do sistema de drenagem urbana e pelo
destino final dos resíduos. O serviço é totalmente realizado por administração direta da
Prefeitura Municipal de Santa Cruz, existindo apenas a locação de um veículo para coleta
de podação quando necessário. As características do sistema são:
a) Serviços executados pela Prefeitura
Coleta domiciliar
Varrição
Remoção de poda de árvores
Remoção de entulhos
Limpeza de feiras livres, mercados, sistema de drenagem e eventos.
b) Frota
01 Caminhão caçamba modelo D70 ano 1984 marca Chevrolet
01 Caminhão caçamba modelo D60 ano 1980 marca Chevrolet
01 trator de Pneus Massey Fergurson
c) Pessoal:
01 encarregado geral
04 fiscais
02 motoristas
48 garis para varrição
d) Coleta Domiciliar
Freqüência: uma vez por semana
Horário: manhã/tarde
Nº de garis/equipe: 04
Coletores fixos: 06
e) Coleta dos Resíduos de Serviços de Saúde
Unidades servidas: Hospital Aluízio Bezerra e Hospital Ana Bezerra
Freqüência: 3 vezes por semana
As atividades realizadas são as mais diversas possíveis sendo os serviços divididos de
acordo com o equipamento existente. As caçambas fazem a coleta de lixo domiciliar e
retirada de entulho e metralha e o trator faz o reboque dos coletores fixos, além de coletar
com o carroção. A cobertura do serviço de coleta é de 100% com uma frequência de uma
vez por semana. Esse serviço encontra-se com uma frequência abaixo do desejado de
8
acordo com os aspectos sanitários que seria um mínimo de 2 vezes por semana e com
roteiros que poderiam ser otimizados. A presença de caixas estacionárias colocadas em
seis pontos fixos minimiza este problema, no entanto causa algum desconforto quando
estes recipientes não são coletados. Os serviços de varrição têm frequência diária e
horário matutino e vespertino.
A área varrida diariamente corresponde à região do centro da cidade, mercado, feiras
livres e uma equipe volante para eventos, manutenção de ruas, sistemas de drenagem.
Para execução dos serviços de varrição, as equipes dispõem de carros de mão e
vassourões utilizando também as caçambas e o trator, ou seja, os mesmos equipamentos
da coleta. As despesas operacionais dizem respeito basicamente a custos com a operação e
a manutenção dos equipamentos e veículos.
A quantidade de lixo gerada é estimada em função do número de viagens e do volume dos
equipamentos perfazendo um total de aproximadamente 45 m3/dia de lixo solto o que nos
dá aproximadamente 13,5 ton/dia e uma geração per-capita de lixo de 0,53 kg/hab.dia.
O projeto do aterro sanitário para cidade de Santa Cruz previa também a recuperação
ambiental do lixão, a figura a seguir mostra esquematicamente a conformação final
projetada (figura 2).
Figura 2 – Situação Geral do Aterro Sanitário
9
A partir da licitação realizada no ano de 2001 e citada no diagnóstico do IDEMA, em 2002
foram adquiridos os caminhões coletores compactadores de 10 m3 que ainda hoje realizam
o serviço e coleta domiciliar.
1.2. A Situação Atual
Atualmente os serviços de limpeza urbana no município de Santa Cruz são administrados
pela Secretaria Municipal de Transportes e Obras Públicas, que entre outras atividades
realiza a coleta e a destinação final dos resíduos sólidos domiciliares e de serviços de
saúde, varrição de logradouros, capinação, remoções especiais, limpeza de canteiros e
pintura de meio-fio.
Para execução dos serviços a sede municipal é dividida em quatro regiões operacionais,
sendo realizada a coleta domiciliar três vezes por semana, em dias alternados.
Para os serviços de limpeza urbana o município de Santa Cruz utiliza os sistemas
tradicionais de coleta, transporte e destino final dos resíduos sólidos urbanos, uma vez que
a maior parte da população reside na sede municipal de Santa Cruz.
Quanto ao destino final dos resíduos sólidos urbanos, o município de Santa Cruz continua
a depositar os resíduos recolhidos na coleta domiciliar em uma área de 4,5 hectares, situada
no Sítio Umbuzeiro, área esta caracterizada como lixão.
Esse conjunto de questões elencadas necessita de busca de alternativas técnicas “criativas”
para encaminhamento de soluções sustentáveis, que passam necessariamente por uma
ampla interação com a comunidade. Exige a adoção pelo poder público municipal de
práticas coletivas para motivar a população no manejo adequado dos resíduos sólidos nas
suas mais diversas formas de geração.
1.3. Os Serviços de Coleta
A coleta junto com a disposição de resíduos são os principais serviços de limpeza urbana.
Considerados como essenciais, também são os que possuem uma maior demanda. A coleta
é encarregada de retirar os resíduos das vias públicas e transportá-los para uma área de
disposição final.
Um fator chave quanto a realização do serviço de coleta de resíduos é a sua frequência.
Quanto maior for esta, menor a possibilidade de poluição ambiental porque menor é o
10
tempo em que os resíduos permanecem em contato com a população, ou sujeitos a
manipulação por animais ou carregamento para outros locais por agentes como a chuva ou
ventos.
1.3.1. A Coleta Domiciliar
O serviço de coleta domiciliar no município de Santa Cruz só é realizado na área urbana e
atende a 100% das moradias localizadas na sede municipal e 85% da população total, o que
corresponde a uma população de 31.078 habitantes, conforme projeção populacional que
baseia o Plano.
A coleta domiciliar de lixo urbano é de responsabilidade da Secretaria Municipal de
Transportes e Obras Públicas, consistindo na execução dos serviços de forma alternada e
obedecendo a frequência de três dias.
De acordo com as informações da Secretaria Municipal de Transportes e Obras Públicas,
não é feita coleta nos Distritos nem nas Comunidades Rurais do município, ficando uma
população de 5.399 habitantes sem atendimento.
Para execução da coleta domiciliar dos resíduos sólidos urbanos operacionalmente a cidade
encontra-se dividida em quatro regiões, sendo uma o Centro, outra o bairro Paraíso, Outra
envolvendo os bairros Cravina, DNER, Maracujá e Conjunto Aluízio Bezerra e a outra
envolvendo o Conjunto Cônego Monte, Alegre I, Alegre II e Vila Rica. Os circuitos
obedecem ao cronograma de Coleta da Secretaria Municipal de Transportes e Obras
Públicas, conforme o quadro abaixo. O serviço é realizado com equipe própria da
Secretaria Municipal de Transportes e Obras Públicas e alguns garis de empresa
contratada.
Quadro 1 – CRONOGRAMA DE COLETA DE LIXO
2ª FEIRA 3ª FEIRA 4ª FEIRA 5ª FEIRA 6ª FEIRA SÁBADO
Centro
Cravina,DNER
Barro
Vermelho,
Maracujá
Conjunto
Aluízio Bezerra
Centro
Cravina, DNER,
Barro Vermelho,
Maracujá,
Conjunto
Aluízio Bezerra
Centro
Cravina,DNER
Barro Vermelho,
Maracujá
Conjunto Aluízio
Bezerra
Conjunto
Cônego
Monte
3 x 1
Paraíso
Conjunto
Cônego
Monte
3 x 1
Paraíso
Conjunto
Cônego
Monte
Alegre I
Alegre II
Paraíso
11
Vila Rica
A estrutura de equipamentos para atender a Santa Cruz é composta conforme quadro a
seguir:
Quadro 2 – EQUIPAMENTOS UTILIZADOS NA COLETA URBANA
Tipo de Veículo Quantidade Prefeitura Terceirizado
Caminhão Compactador 02 02
Caminhão Carroceria 01 01
Caçamba Basculante 03 01 02
Trator com Reboque 01 01
Retroescavadeira (1)
Caminhoneta F 4000 01 01
(1) Sucateada
Figura 3 – Caminhão coletor compactador utilizado na coleta de Santa Cruz
12
É importante destacar a necessidade urgente de renovação dos veículo coletores
compactadores, uma vez que os mesmos já se encontram em operação por mais de 10 anos,
fato que provoca constantes quebras e consequente atraso na realização dos serviços.
Figura 4 – Trator com Carroção Utilizado na coleta de Santa Cruz
A Coleta Domiciliar é feita na sede municipal por meio de caminhões compactadores, além
desses equipamentos para complementação do serviço também é utilizado um trator com
carroção que atende as áreas não pavimentadas e a área comercial da sede municipal.
A estrutura de pessoal é formada por 06 (seis) motoristas e 10 (dez) garis.
1.3.2. A Coleta de Serviços de Saúde
A Coleta dos Resíduos de Serviços de Saúde – RSS compreende aqueles materiais
oriundos de todas as unidades de saúde existentes dentro do Município, correspondente a
parcela dos materiais perfuro cortantes, patogênicos e infectados, estabelecidos na
resolução nº. 358/2005 do CONAMA e resolução nº. 306/2004 ANVISA.
13
Em função das características do município ocorre um armazenamento dos RSS em
bombonas plásticas de 200 litros (Figura 4), que são armazenadas na Unidade Integrada de
Saúde.
Figura 5 – Armazenamento dos Resíduos de Serviços de Saúde
As principais unidades de saúde do município de Santa Cruz são:
Unidade Básica de Saúde do Bairro Paraíso
Unidade Básica de Saúde do Bairro DNER
Unidade Básica de Saúde do Bairro Centro
Unidade Básica de Saúde do Bairro Maracujá
Unidade Básica de Saúde do Bairro Conjunto Cônego Monte
Hospital Regional de Santa Cruz
Hospital e Maternidade Ana Bezerra
Posto de Saúde de Cacaruaba
Hospital Regional Aluizio Bezerra
Posto de Básica de Saúde de Bom Jesus
Posto de Básica de Saúde de Baixio do Rocado
Após armazenados nas bombonas, os resíduos de serviço de saúde são recolhidos pela
empresa SERQUIP – Tratamento de Resíduos realiza o seu recolhimento.Após o
recolhimento a SERQUIP encaminha as bombonas para tratamento no município de São
Gonçalo do Amarante, através de processo de incineração. As cinzas resultantes do
14
processo são encaminhadas até o Aterro Sanitário Metropolitano de Natal, que fica
localizado no município de Ceará Mirim.
Figura 6 – Caminhão da SERQUIP realizando a coleta dos RSS
O incinerador da SERQUIP é de tecnologia e licença exclusiva de INCOL
INCINERATION-TECHTROL Ltd. A temperatura do incinerador é controlada para que
haja ótimas condições de combustão, temperatura e economia de combustível. Na Câmara
Primária são 2 queimadores de 350.000 kcal/h com controle automático e na câmara
secundaria 3 queimadores de 500.000 kcal/h.
Figura 7 – Vista geral do Aterro Sanitário de Cear Mirim
15
1.3.3. A Coleta de volumosos
São objetos deste serviço o recolhimento dos resíduos vegetais e do tipo entulhos e
metralhas (classe II-B da NBR 10.004) e materiais inservíveis (madeiras, móveis,
eletrodomésticos velhos, etc..).
Para realização da coleta de entulhos são utilizadas caçambas basculantes. Atualmente o
recolhimento é feito com paleadores. A retroescavadeira que auxilia na remoção desse tipo
de resíduos está sem condições de uso. A falta de apoio desse equipamento de carga
mecanizada prejudica muito o recolhimento dos resíduos de construção civil.
Para realização do serviço de podação é utilizado um caminhão basculante de 6 m3 de
madeira e um trator com carroção (o mesmo utilizado na coleta em áreas de difícil acesso).
Figura 8 – Resíduo de construção em via pública
1.4. Varrição de Ruas
A varrição após os serviços de coleta de resíduos domiciliares e comerciais é a atividade
mais importante da limpeza pública. Sua importância se dá, em primeiro lugar, ao impacto
estético positivo causado pelo asseio de um via ou logradouro público e em segundo, ao
impacto sanitário, pois as remoções dos resíduos de varrição carregam consigo várias
partículas, esporos, fungos e pequenos animais potencialmente causadores de doenças.
16
No município de Santa cruz o serviço é realizado manualmente contando com 20 garis, que
realizam a atividade com frequência diária nas vias principais e de maior movimento da
cidade conforme relação abaixo:
Rua Dr. Pedro Medeiros
Rua Antonio Henrique de Medeiro
Av. Rio Branco
Rua João Bianor Bezerra
Rua Manoel Cícero de Lima
Rua Senador João Câmara
Rua José Camilo
Rua Alfredo Lima
Rua Cosme Ferreira Marques
Rua Ferreira Chaves
Rua Frei Miguelinho
Rua Augusto Severo
A figura 9 mostra esquematicamente as ruas que fazem parte do plano de varrição:
Figura 9 – Distribuição esquemática das vias varridas em Santa Cruz
17
Para execução dos serviços de varrição são utilizadas pás, carros de mão, enxadas,
ciscadores e vassouras. O produto da varrição é colocado nos depósitos plásticos ou
amontoados para posterior recolhimento pelo caminhão de coleta. As guias são varridas
desde seu limite até cerca de 1 metro em direção ao centro do logradouro, isto porque os
movimentos dos veículos e transeuntes empurram os detritos para as guias, sendo
portando, dispensável a varrição em seu centro.
A varrição na área da feira é realizada em todos os logradouros onde ela ocorre e, em toda
extensão dos logradouros (guias, passeios e pista de rolamento). A atividade só é executada
ao término da feira, no período vespertino e contempla a retirada dos restos de alimentos,
sacos plásticos, terra e demais detritos gerados na atividade comercial.
Segundo dados da Secretaria Transportes e Obras Públicas são varridos por mês com
equipe própria da prefeitura 255 quilômetros de vias, enquanto os servidores contratados
varrem em média 120 quilômetros, perfazendo um total de 375 quilômetros por mês.
1.5. Os serviços Congêneres
Os serviços congênere desenvolvidos pela Prefeitura de Santa Cruz consistem basicamente
na capinação, roçagem, pintura de meio fio, limpeza de feira, limpeza do sistema de
drenagem, limpeza de praças, limpeza de cemitério e podação de árvores.
O objetivo do serviço de capinação é manter os logradouros públicos livres de mato, ervas
daninhas e materiais volumosos, criando um bom aspecto visual. A capinação manual
utiliza enxadas, foices, pás e demais ferramentas com o objetivo de retirar gramíneas, ervas
e materiais vegetais de pequeno porte das vias e logradouros públicos.
Na capinação, o gari de limpeza retira os vegetais em sua totalidade, inclusive com a
realização da extirpação das raízes. A atividade também possui uma função social já que
elimina parte da poluição visual causada pelo crescimento desordenado da vegetação e
pode ser aplicada em canteiros centrais, calçadas, guias, meio fios, praças e áreas para
realização de eventos.
A roçagem difere da capinação manual por não extinguir a vegetação. Ao invés disso a
atividade ordena o crescimento das plantas e gramíneas. A roçagem é feita quando se
deseja manter uma cobertura vegetal de modo a se evitar deslizamentos de terra e erosões
em taludes e encostas.
18
A raspagem de linha d’água só é executada ao longo de vias e logradouros pavimentados e
visa tão somente a retirada de terra das canaletas destinadas à drenagem pluvial e de águas
servidas. A atividade é necessária porque com o passar do tempo há um acúmulo de
resíduos muitos finos, do tipo silte e argila, que dificilmente são retirados pelos serviços de
varrição. Os detritos criam na maioria dos casos, uma pequena camada de lodo ou até
mesmo de pequenos vegetais e se solidificam, criando uma barreira ao escoamento das
águas por gravidade. Nesse momento a raspagem deve se realizada com a utilização de pás
e enxadas. As canaletas são raspadas e os pequenos resíduos não retirados por esta
raspagem são submetidos a uma varrição localizada.
A pintura de meio-fio é realizada após os serviços de capina ou roçagem seguidos da
raspagem de linha d’águas com o objetivo de livrar as guias de qualquer impureza e
prepará-la para a pintura. O serviço é executado com baldes e broxas e consiste na
aplicação de tinta a base de água (cal hidratada) nas guias das vias e praças públicas. A
pintura de guias também é útil na orientação do tráfego de veículos.
Os serviços congêneres desenvolvidos pela Prefeitura de Santa Cruz, de capinação,
roçagem, pintura de meio fio, limpeza de feira, limpeza de cemitério e podação de árvores,
utiliza uma equipe de 75 pessoas.
Os serviços de capina, roçagem e pintura de meio fio são realizados por três turmas fixas
que ficam localizadas nos bairros Paraíso, Cônego Monte e Maracujá. Essas equipes além
de fazer os serviços já descritos também realizam a varrição das ruas, sendo executado
basicamente por pessoal e equipamentos contratados a empresas terceirizadas.
Para realização da podação de árvores são utilizados 7 (sete) garis, sendo 3 (três) para
realização do corte e 4 (quatro) para carregamento dos troncos e folhagens. No transporte é
utilizado um caminhão terceirizado e o destino final é o lixão do Sítio Umbuzeiro.
Também faz parte dos serviços congêneres a limpeza das praças da cidade, limpeza de
cemitérios e feiras.
19
2. PESSOAL E EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO
Para realização do serviço de coleta de resíduos sólidos domiciliares e de saúde a
Prefeitura utiliza 09 (nove) motoristas e 10 (dez) garis, para os demais serviços são
utilizados 134 trabalhadores, obedecendo a distribuição apresentada no quadro abaixo.
Quadro 3 – Pessoal utilizado na prestação dos serviços de limpeza
Serviços Executados Função Estrutura de Pessoal
Coleta
Prefeitura Contratada Outros Total
Garis 06 04 - 10
Motorista 06 03 - 09
Varrição Garis 13 07 15 35
Capinação, Roçado e Serviços
Gerais Garis 02 22 15 39
Pintura de meio fio, manutenção
de cemitérios, outros Temporários - - 60 60
TOTAL 27 36 90 153
Também foi constatado nas visitas de diagnóstico, que os garis da coleta domiciliar
utilizam adequadamente o uniforme de trabalho e os equipamentos de proteção individual.
As equipes possuem fardamento adequado, normalmente utilizam botas e luvas.
20
3. CUSTOS DOS SERVIÇOS DE LIMPEZA URBANA
O município não cobra pelos serviços de limpeza urbana, apenas cobra uma Taxa de
Conservação de Vias. A receita apurada no ano de 2012 foi de apenas R$ 4.423,47. Em
função de alterações na legislação no ano passado, não ocorreu a cobrança no ano de 2013.
Conforme dados estimados pela Secretaria Municipal de Transportes e Obras Públicas o
município tem uma despesa anual com a coleta, tratamento e destinação final dos Resíduos
de Serviços de Saúde – RSS de R$ 13.480,00 e com os demais serviços de R$
2.344.365,50 o que representa um custo total anual de R$ 2.357.845,50. O quadro abaixo
apresenta a distribuição das despesas anuais com o serviço de limpeza urbana e manejo dos
resíduos sólidos no município.
Quadro 4 – Despesas anuais com a limpeza urbana em Santa Cruz
SERVIÇOS
CUSTO ANUAL
Prefeitura Empresas Total
Coleta Domiciliar 505.536,00 778.875,00 1.284.411,00
Coleta Resíduos de Saúde 0,00 13.488,00 13.488,00
Varrição 483.375,00 314.613,00 797.988,00
RCC e Podação 60.577,00 201.389,50 261.966,50
TOTAL 1.049.488,00 1.308.365,50 2.357.853,50
Fonte: diversas Secretarias do município, 2012
Nos últimos anos o município de Santa Cruz não conveniou recursos financeiros para
investimentos na sua limpeza urbana, fato que tem comprometido a execução dos serviço,
principalmente pela precariedade dos equipamentos utilizados.
21
4. A GERAÇÃO E COMPOSIÇÃO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS
4.1. A Produção de Resíduos Sólidos
A tabela 1 apresenta a projeção da produção de resíduos soídos urbanos no município de
Santa Cruz de 2013 a 2043.
Tabela 1 – Projeção da população e da produção de Resíduos Sólidos no município de
Santa Cruz 2013 a 2043
ANO POPULAÇÃO
Geração de
Resíduos
Ton/Dia Ton/Ano
2013 40.300 24 8.826
2014 40.721 24 8.918
2015 41.125 25 9.006
2016 41.515 25 9.092
2017 41.890 25 9.174
2018 42.254 25 9.254
2019 42.606 26 9.331
2020 42.947 26 9.405
2021 43.278 26 9.478
2022 43.598 26 9.548
2023 43.907 26 9.616
2024 44.203 27 9.681
2025 44.486 27 9.742
2026 44.753 27 9.801
2027 45.004 27 9.856
2028 45.236 27 9.907
2029 45.450 27 9.954
2030 45.644 27 9.996
2031 45.817 27 10.034
2032 45.969 28 10.067
2033 46.099 28 10.096
2034 46.207 28 10.119
2035 46.294 28 10.138
2036 46.360 28 10.153
2037 46.405 28 10.163
2038 46.429 28 10.168
2039 46.434 28 10.169
2040 46.419 28 10.166
2041 46.386 28 10.159
2042 46.334 28 10.147
2043 46.265 28 10.132
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Para a projetação da produção de resíduos sólidos urbanos foi considerado 100% da
população do município, um coeficiente de geração per capita de 0,6 kg/hab/dia. A geração
diária de resíduos sólidos domiciliares e comerciais é da ordem de 24 toneladas por dia.
Conforme dados operacionais apresentados pela Secretaria Municipal de Transporte e
Obras Públicas, a partir dos veículos utilizados e número de viagens por dia projetou-se
uma quantidade de resíduos geradas no município da ordem de 56 toneladas por dia e
distribuídos segundo o quadro apresentado abaixo.
Quadro 5 – Estimativa da Geração de Resíduos na Cidade de Santa Cruz
Por Tipo de Serviço Executado
Tipo de Resíduo Quantidade (Ton/Dia)
Domiciliar 24
Público/Comercial 6
Podação 5
Resíduos de Construção 18
Capinação e Varrição 3
Total 56
4.2. Composição dos resíduos sólidos do município de santa cruz
A caracterização dos resíduos no município de Santa Cruz foi realizada durante a
elaboração do Plano de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos do Estado do Rio Grande do
Norte no ano de 2009. A figura abaixo mostra a realização dos ensaios de caracterização.
Figura 10 – Amostra sob lona para caracterização (Fonte, SEMARH, 2012)
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A amostragem foi realizada no dia 16/03/2010, utilizando-se o método do quarteamento
através da mistura dos resíduos das diversas zonas da cidade, através da seleção de 4
amostras de resíduos, até chegar ao volume final de 100 litros para caracterização.
Quanto à composição gravimétrica dos resíduos domiciliares do município de Santa Cruz, a
quantidade em termos percentuais de matéria orgânica encontrada foi de 40,80%, valor seguido
pelo plástico filme com 8,62%. Os têxteis estão presentes em 5,17% da amostra e o plástico
duro com 4,60%. O papel, papelão e metais ferrosos representam na amostra 2,87% cada um
deles. Destaca-se a presença de alumínio nesta amostra. O percentual de material rejeitado na
amostra foi de 29,31% (Gráfico 3.2.1). A quantidade de massa de resíduo analisada em Santa
Cruz foi de 17,40 kg.
Gráfico 3.2.1- Composição gravimétrica dos resíduos sólidos da cidade de Santa Cru/RN
A análise da amostra realizada pela SEMARH mostra que os resíduos apresentam um peso
específico baixo, com cerca de 175 kg/m3.
24
5. A COLETA SELETIVA
A prefeitura não dispõe ao munícipe de programa de coleta seletiva, no entanto ocorre a
presença de catadores de materiais recicláveis no lixão de Santa Cruz.
No lixão foi identificada a presença de cerca de 20 catadores de materiais recicláveis que
não estão organizados em associação ou cooperativa. Em conversa com alguns deles nota-
se a falta de conhecimento dos instrumentos da Política Nacional de Resíduos Sólidos, bem
como da existência do Movimento Nacional de Catadores de Materiais Recicláveis.
O levantamento do preço dos recicláveis comercializados no lixão é apresentado no quadro
abaixo
Quadro 6 – Preço dos recicláveis comercializados no lixão de Santa Cruz
Tipo de Material Preço em Reais por
Quilograma PET 0,10
Plástico Filme 0,05
Papel 0,10
Papelão 0,10
Ferro 0,30
Alumínio 1,10
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6. OUTROS RESIDUOS GERADOS NO MUNICÍPIO DE SANTA CRUZ
6.1. Os Resíduos Industriais
O município não possui um segmento industrial forte. As principais indústrias implantadas
são:
Cerâmica: notadamente voltada para produção de tijolos e telha;
Têxtil: através de parque de produção de roupas em parceria com grandes indústrias
através das chamadas “facções”;
Alimentos: Pequenas empresas de produção de massas e doces.
Figura 11 – Galpões de produção de confecções
6.2. Os Resíduos Agrossilvopastoris
O município possui uma razoável cadeia de criadores de frango. Segundo informações da
Secretaria de Transporte e Obras Públicas do Município os resíduos da “cama” e os
decorrentes da atividade são reaproveitados como adubo ou como fonte de alimento para
outras espécies.
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Figura 12 – Resíduo de unidade de criação de aves
As demais atividades são de pequena relevância, mas merece destaque o controle dos
defensivos agrícolas que devem atender o manejo previsto pela Resolução Conama nº 334,
de 3 de abril de 2003, que disciplina o licenciamento ambiental para recebimento de
embalagens vazias de agrotóxicos, bem como a Logística Reversa prevista na Leiº.
12.305/2010.
6.3. Os Resíduos dos Serviços Públicos de Saneamento Básico
Os resíduos de saneamento básico correspondem basicamente aos lodos e resíduos de
gradeamento das estações elevatórias e de tratamento, bem como do sistema de drenagem
urbana.
Todos esses resíduos após o seu recolhimento são destinados a área do Lixão do Sítio
Umbuzeiro. Também se soma a esses resíduos o lodo das fossas sépticas das residências
que são esgotados pela prefeitura. A figura abaixo mostra o tanque que é utilizado nesse
serviço.
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Figura 12 – Tanque utilizado no esgotamento das fossas sépticas residenciais
6.4. OS Resíduos de Transporte e Mineração
A atividade mineral no município não apresenta relevância, assim não ocorre a produção
desse tipo de resíduo bem como o proveniente de estações de transporte.
A figura abaixo identifica os principais geradores de resíduos especiais do município de
Santa Cruz.
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7. O DESTINO FINAL DOS RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS
O destino final dos resíduos sólidos urbanos do município de Santa Cruz é realizado no
Sítio Umbuzeiro que fica a cerca de 750 metros do limite da área urbana do município. O
lixão constitui-se em um grave problema de saúde pública para os moradores da sede
municipal pela sua proximidade das residências.
A ocorrência frequente de incêndios levam a fumaça as casas, provocando problemas
respiratórios aos moradores da área mais próxima. Também provoca um grande impacto
visual para quem visita a estátua de Santa Rita de Cássia, contribuindo para prejudicar a
imagem da cidade.
Figura14 – Vista Geral do Lixão de Santa Cruz
No local ocorre a descarga dos resíduos a céu aberto, a presença de urubus, garças e outros
animais que podem se constituir em agentes transmissores de doenças. No ano de 2010 a
equipe da SEMARH elaborou o índice de qualidade da área.
A utilização do Índice de Qualidade de Aterro de Resíduos – IQR, foi desenvolvido pela
Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental do Estado de São Paulo – CETEB e
visa uniformizar mecanismos de controle da qualidade ambiental das área de disposição
final de resíduos. Como pode ser visto na figura abaixo o índice definido para a área do
lixão do Umbuzeiro foi de apenas 2,23, índice que enquadra o local como área com
condições inadequadas.
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REFERÊNCIAS
BRASIL, Ministério do Meio Ambiente. Resolução CONAMA. Resolução nº 358,
Dispõe sobre o tratamento e a disposição final dos resíduos dos serviços de saúde e dá
outras providências.
ECOSAM, Pano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos do Município de
Natal/RN. Companhia de Serviços Urbanos de Natal – URBANA, 2012.
CETESB (São Paulo), Inventário Estadual de Resíduos Sólidos Domiciliares, 2011;
IDEMA, Diagnóstico da Situação dos Resíduos Sólidos do Estado do Rio Grande do
Norte, 2001;
PINHEIRO LTDA. Projeto Básico do Aterro Sanitário da cidade de Santa Cruz/RN,
2001;
SEMARH, Estudos de Regionalização da Gestão Integrada de Resíduos Sólidos do Estado
do Rio Grande do Norte e Elaboração do Plano Regional de Gestão Integrada de Resíduos
Sólidos Estadual, 2012.