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PREFEITURA MUNICIPAL DE CIDADE GAÚCHA ESTADO DO PARANÁ
PLANO MUNICIPAL DE
SEGURANÇA ALIMENTAR
E NUTRICIONAL
PLAMSAN - 2108/2021
RESOLUÇÃO Nº 001/2018
Institui Comissão Técnica para Elaboração do Plano Municipal de Segurança Alimentar com Vigência 2018 à 2021 e dá outras providências. A CÂMARA INTERSETORIAL MUNICIPAL DE SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL – CAISAN do Município de Cidade Gaúcha, Estado do Paraná, no uso de suas atribuições que lhe confere a Lei Municipal nº 2.190/2015, e Decreto Municipal nº 025/2017. RESOLVE: Art. 1º - Instituir a Comissão Técnica Intersetorial Municipal de Segurança Alimentar e Nutricional – CAISAN de Cidade Gaúcha – PR, que terão as seguintes representações: Representante da Secretaria Municipal de Educação Rosangela Penasforte da Silva Representante da Secretaria Municipal de Assistência Social Marcela Antea Representante da Secretaria Municipal de Saúde Edirlei Bonadio da Costa Representante da Secretaria Municipal de Agricultura Manoel Messias Marques Ledyane Alves dos Santos de Araújo Art. 2º - A Comissão Técnica Intersetorial Municipal de Segurança Alimentar e Nutricional – CAISAN, será responsável em elaborar e articular o Plano Municipal de Segurança Alimentar e Nutricional do Município de Cidade Gaúcha, para o quadriênio 2018-2021. Art. 3º - Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação; Cidade Gaúcha – PR; 19 de junho de 2018. MANOEL MESSIAS MARQUES Presidente da CAISAN
Município: Cidade Gaúcha – Paraná
Porte Populacional: Pequeno Porte I
População estimada: 12.199 Habitantes (IBGE/2016)
Localização: Região Noroeste
Prefeitura Municipal de Cidade Gaúcha - PR
Nome do Prefeito: Alexandre Lucena
Mandato do Prefeito: Início: 01/01/2017 - Término: 31/12/2020
Endereço da Prefeitura: Rua 25 de julho, 1814
CEP: 87820-000 Telefone: (44) 3675-1122
E-mail: [email protected]
1. @ helena.pr.gov.br
Órgão Gestor da Agricultura
Nome do Órgão Gestor: Secretaria Municipal de Agricultura
Responsável: Manoel Messias Marques
Ato de nomeação do Gestor: Decreto nº. 080/2017
Data de nomeação: 05/06/2017
Endereço órgão gestor: Rua: Comendador Gentil Geraldi ,2873
CEP: 87820-000 Telefone: (44) 3675- 2268
E-mail: [email protected]
Órgão Gestor da Educação
Nome do Órgão Gestor: Secretaria Municipal de Educação
Responsável: Rosangela Penasforte da Silva
Ato de nomeação do Gestor: Decreto nº. 04/2014
Data de nomeação: 02/01/2014
Endereço órgão gestor: Rua Mario Ribeiro Borges,1225
CEP: 87820-000 Telefone: (44)3675-1806
E-mail: [email protected]
Órgão Gestor da Assistência Social
Nome do Órgão Gestor: Secretaria Municipal de Assistência Social
Responsável: Marcela Antea
Ato de nomeação do Gestor: Decreto nº. 08/2017
Data de nomeação: 01/06/2017
Endereço órgão gestor: Rua Milton Heinz, 1410
CEP: 87820-000 Telefone: (44) 3675-1231
E-mail: [email protected]
Órgão Gestor da Saúde
Nome do Órgão Gestor: Secretaria Municipal de Saúde
Responsável: Edirlei Bonadio da Costa
Ato de nomeação do Gestor: Decreto nº. 79/2017
Data de nomeação: 05/06/2017
Endereço órgão gestor: Rua Hugo Ribeiro do Carmo, 3175
CEP: 87820-000 Telefone: (44) 3675-2427
E-mail: saú[email protected]
Apresentação
10
Introdução 12
Capítulo I. MARCO LEGAL 16 1.1 A constituição da Política de Segurança Alimentar e Nutricional
no Brasil
17
1.2 O Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional
19
1.3 A constituição do SISAN e sua consolidação no Estado do Paraná
26
1.4 A constituição da Política SAN na Regional/Cianorte
30
1.5 A constituição do SISAN no município de Cidade Gaúcha 32 Capítulo
II MARCO SITUACIONAL
2.1 Aspectos Gerais
38
2.2 Aspectos Histórico do Município
40
2.3 Aspectos Populacionais e Socioeconômicos
42
2.4 2.5
Produção Econômica Aspectos Culturais, Esportivos e de Lazer
48 53
2.6
Aspectos Saúde 83
2.7
Aspectos Sociais 95
2.8 Aspectos Ambientais
107
2.9 Aspectos Agrícolas e Pecuária 110
Capítulo
IV. PLANO DE AÇÃO DO PLAMSAN
4.1 Promover o acesso universal à alimentação adequada e saudável, com prioridade para as famílias e pessoas em situação de insegurança alimentar e nutricional.
117
4.2
Combater a insegurança alimentar e nutricional e promover a inclusão produtiva rural em grupos populacionais específicos,
120
com ênfase em Povos e Comunidades Tradicionais e outros grupos sociais vulneráveis no meio rural.
4.3 Promover a produção de alimentos saudáveis e sustentáveis, a estruturação da agricultura familiar e o fortalecimento de sistemas de produção de base agroecológica.
121
4.4 Promover o abastecimento e o acesso regular e permanente da população brasileira à alimentação adequada e saudável.
124
4.5 Promover e proteger a Alimentação Adequada e Saudável da População Brasileira, com estratégias de educação alimentar e nutricional e medidas regulatórias.
125
4.6 Controlar e Prevenir os Agravos decorrentes da má alimentação.
127
4.7 Ampliar a disponibilidade hídrica e o acesso à água para a população, em especial a população pobre no meio rural.
129
4.8 Consolidar a implementação do Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (SISAN), aperfeiçoando a gestão federativa, a intersetorialidade e a participação social.
130
4.9 Apoio às iniciativas de promoção da soberania, segurança alimentar e nutricional, do direito humano à alimentação adequada e de sistemas alimentares democráticos, saudáveis e sustentáveis em âmbito internacional, por meio do diálogo e da cooperação internacional.
134
Capítulo
V. ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO DO PLAMSAN
135
Fonte de pesquisa.
LISTA DE FIGURAS
Figura 1. Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional - SISAN 22
Figura 2. Curso sobre a Política SAN e oficina para levantamento de indicadores para elaboração do PLAMSAN.
36
Figura 3. Mapa da localização do Município no Paraná 38
Figura 4. Mapa dos Municípios Limítrofes de Cidade Gaúcha 39
Figura 5. Centro Cultural Olga Deucher Tormena 54
Figura 6. Casa da Cultura Angélica Tormena 54
Figura 7. Treinamento e atendimento dos profissionais da Saúde 94
Figura 8. Atividades desenvolvidas com o público da Assistência Social, 2017
106
LISTA DE QUADROS
Quadro 1. População Estimada, 2017 42
Quadro 2. Informações Gerais 42
Quadro 3. População censitária segundo tipo de domicílio e sexo, 2010. 45
Quadro 4. Distribuição da População Residente, por sexo e faixa etária ano, 2016.
47
Quadro 5. Descrição e análise do perfil da mortalidade geral, proporcional por faixa etária, sexo e grupos de causas mais frequentes
83
Quadro 6. Indicadores de Mortalidade Materna/Infantil e Fetal de Cidade Gaúcha/PR de 2013 a 2017
84
Quadro 7. Consumo e número de consumidores de energia elétrica, 2016 107
Quadro 8. Abastecimento de água segundo as categorias, 2017 107
Quadro 9. Atendimento de esgoto segundo as categorias, 2017 108
Quadro 10. Financiamentos a agricultura e a pecuária, 2017 113
Quadro 11. Estabelecimentos agropecuários e área segundo as atividades econômica, 2006
113
Quadro 12. Estabelecimentos agropecuários e área segundo a condição do produtor, 2006
114
Quadro 13. Área colhida, produção, rendimento médio e valor da produção agrícola por tipo de cultura temporária, 2016
114
Quadro 14. Área colhida, produção, rendimento médio e valor da produção agrícola pelo tipo de cultura permanente, 2016
114
Quadro 15. Efetivo de Pecuária e Aves, 2016 115
Quadro 16. Produção de Origem Animal, 2016 115
Quadro 17. Cronograma de monitoramento e avaliação 137
LISTA DE TABELAS
Tabela 1. Síntese demográfica de Cidade Gaúcha,1970/2010 42
Tabela 2. População Censitária segundo Cor/Raça, 2010 42
Tabela 3. Instituições de Ensino que ofertam a Educação Infantil, 2015 59
Tabela 4. Déficit de Vagas – Creche e Pré-escola 59
Tabela 5. Evolução das Matrículas da Educação Infantil, 2011 – 2015 60
Tabela 6. Instituições que ofertam o Ensino Fundamental, 2018 61
Tabela 7. Evolução das Matrículas do Ensino Fundamental, 2011 – 2015 62
Tabela 8. Resultados do IDEB no Ensino Fundamental e as Metas Previstas, 2007 – 2021
66
Tabela 9. Evolução das Matrículas do Ensino Médio regular, 2011 – 2015 68
Tabela 10. Cursos Ofertados pelo do Polo de Apoio Presencial da UAB em Cidade Gaúcha, 2015
70
Tabela 11. Infraestrutura do Polo de Apoio Presencial da UAB de Cidade Gaúcha, 2015
71
Tabela 12. Oferta da EJA no Município, 2015 72
Tabela 13. Distribuição dos Alunos nas Etapas da Educação Básica ofertadas pelo Município, 2015
73
Tabela 14. População em situação de extrema pobreza por faixa etária, 2010
96
LISTA DE GRÁFICOS
Gráfico 1. População segundo a Cor/Raça, 2010 43
Gráfico 2. Informações Gerais 44
Gráfico 3. Histórico Demográfico 44
Gráfico 4. Densidade Demográfica (hab/km²) 44
Gráfico 5. Taxa de Envelhecimento (%) 45
Gráfico 6. Perfil da População / Nível de Instrução, 2010 46
Gráfico 7. Grau de Urbanização, 2010 46
Gráfico 8. Pirâmide etária, 2010 47
Gráfico 9. População Economicamente Ativa, 2010 49
Gráfico 10. Renda Média Domiciliar per Capita, 2010 50
Gráfico 11. Índice de Desenvolvimento Humano (IDHM) 50
Gráfico 12. Produto Interno Bruto per Capita, 2014 51
Gráfico 13. Índice Ipardes de Desempenho Municipal – IPDM, 2014. 51
Gráfico 14. Índice FIRJAN de Desenvolvimento Municipal - IFDM 52
Gráfico 15. Índice de Gini 52
Gráfico 16. Déficit de Vagas - Creches e Pré-escola 60
Gráfico 17. Percentual de atendimento da Educação Infantil, por Rede de Ensino, 2015
61
Gráfico 18. Percentual de atendimento do Ensino Fundamental, por Rede de Ensino, 2015
62
Gráfico 19. Evolução das Matrículas no Ensino Fundamental, 2011 – 2015 63
Gráfico 20. Desempenho Escolar 64
Gráfico 21. Taxa de Distorção Idade X Série 65
Gráfico 22. Taxa de Analfabetismo 65
Gráfico 23. IDEB - Índice de Desenvolvimento da Educação Básica 66
Gráfico 24. IDEB da Rede Municipal, Observado e Metas Previstas, 2007-2021
67
Gráfico 25. IDEB da Rede Estadual, Observado e Metas Previstas, 2007-2021
67
Gráfico 26. Percentual de atendimento do Ensino Médio, por Rede de Ensino, 2015
68
Gráfico 27. Evolução das Matrículas no Ensino Médio Regular, 2011 – 2015
69
Gráfico 28. Evolução das Matrículas na EJA, 2011 – 2015 73
Gráfico 29. Esperança de Vida ao Nascer, 2010 85
Gráfico 30. Percentual de crianças menores de 1 ano com vacinação em dia (%)
85
Gráfico 31. Taxa de Mortalidade Geral, 2015 86
Gráfico 32. Taxa de Mortalidade em menores de 1 ano de idade, 2015 86
Gráfico 33. Total de óbitos em menores de 1 ano de idade, 2016 87
Gráfico 34. Óbitos segundo tipos de doenças em menores de 1 ano de idade
87
Gráfico 35. Taxa de Mortalidade em menores de 5 anos de idade, 2015 88
Gráfico 36. Número de óbitos maternos, 2016 88
Gráfico 37. Taxa de Mortalidade Materna, 2015 89
Gráfico 38. Nascidos vivos de mães com mais de 7 consultas de acompanhamento pré-natal, 2015
89
Gráfico 39. Distribuição da população pobre por faixa etária 96
Gráfico 40. Abastecimento de Água - Unidades residenciais atendidas 107
Gráfico 41. Atendimento de Esgoto - Unidades residências atendidas, 2016 108
Gráfica 42. Taxa de Cobertura do Serviço de Coleta de Resíduos (%), 2015 109
Gráfico 43. Forma de Coleta de Resíduos Sólidos Urbanos 109
10
A Segurança Alimentar e Nutricional como política pública e de direito humano a
alimentação adequada para todos, alcançou um ponto importante no processo de
construção da garantia da soberania alimentar.
O objetivo da segurança alimentar e nutricional é o estabelecimento de políticas
públicas de alimentação e nutrição de interesse público, tendo como fundamento o
Direito Humano a Alimentação Adequada e a soberania alimentar.
As políticas públicas podem ser compensatórias e ou estruturantes, conforme
direcionadas respectivamente para o enfretamento de situações emergenciais como
as caracterizadas pelo fome e ou por problemas de base como as relacionadas com
a educação, trabalho e renda, tecnologia, terra, moradia, saneamento e outras.
Portanto, o município de Cidade Gaúcha, propõe ao aderir a implantação do SISAN
a elaboração do Plano Municipal de Segurança Alimentar e Nutricional – PLAMSAN
2018/2021 que definirá suas próprias alternativas, propostas e estratégias de políticas
públicas, no âmbito sustentável de produção, distribuição, consumo de alimentos que
garantam o Direito a Alimentação Adequada para toda população com base nas
pequenas propriedades rurais, respeitando suas próprias culturas e diversidade, ou
seja, do modo da agricultura familiar de produção, comercialização e gestão de
espaços rurais, de forma sustentável, conservando e respeitando a soberania
alimentar do seu território de abrangência da comunidade local.
Diante dessa visão comum do significado da Política de Segurança Alimentar e
Nutricional e o compromisso de implementar o SISAN no município, o I Plano
Municipal de Segurança Alimentar e Nutricional – PLAMSAN do Município de Cidade
Gaúcha, apresenta a materialização da realidade de consolidar e efetivar políticas
públicas que garantirá o DHAA e a transformação da sociedade para uma vida mais
saudável e também superar as condições de vulnerabilidade social e de insegurança
alimentar, que ainda são entraves e obstáculos para o enfrentamento de desafios e
de superação no município.
11
A garantia da Segurança Alimentar e Nutricional consiste em um dos principais
desafios a serem vencidos por uma sociedade que busca colocar a manutenção da
vida humana como uma questão suprema, quando comparado aos interesses do
mercado. Nas sociedades em que o modelo de desenvolvimento restringe-se a um
processo que promove o acúmulo do capital e a obtenção de lucro por uma minoria,
as políticas públicas assumem um papel essencial em garantir aos cidadãos a
efetivação de seus direitos sociais, econômicos, ambientais e culturais.
São essas as conquistas que o Plano Municipal de Segurança Alimentar e Nutricional
2018-2021 buscará consolidar e expandir. E a consequência será aperfeiçoar e tornar
mais eficiente as estratégias públicas, para respeitar, promover e proteger o direito
humano à alimentação adequada.
Alexandre Lucena Manoel Messias Marques Prefeito Municipal Presidente da CAISAN
12
O I Plano Municipal de Segurança Alimentar e Nutricional – PLAMSAN do município
de Cidade Gaúcha, foi formulado pela Comissão Técnica da Câmara Intersetorial de
Segurança Alimentar e Nutricional - CAISAN para o quadriênio 2018/2021, contando
com a partição do poder público através das secretarias municipais de agricultura,
assistência social, saúde, educação, como também da contribuição da sociedade civil
organizada, bem como do CONSEA. O processo de planejamento do referido plano
teve como apoio técnico, assessoria, capacitação e realização de oficinas com o
objetivo de buscar caminhos para construção de propostas, objetivos, metas,
diretrizes, desafios e orçamento que contribuirão para assegurar o Direito Humano a
Alimentação Adequada – DHAA. A adoção dessas políticas e ações deverão levar em
conta as dimensões ambientais, culturais, econômicas e sociais.
O referido PLAMSAN, implicará a responsabilidade do poder público com o dever de
respeitar, proteger, promover, prover informar, monitorar, fiscalizar e avaliar a
realização do DHAA, bem como garantir os mecanismos para sua exigibilidade no
fortalecimento da agricultara familiar, no abastecimento e atendimento a população
em situação de vulnerabilidade, de insegurança alimentar e nutricional, aumento do
índice de obesidade, alimento de forma inadequada repercutindo em desequilíbrio
nutricional, levando ao desenvolvimento de doenças crônicas.
Em destaque também como desafio:
- Erradicar o excesso de agrotóxico e outros produtos nocivos à saúde atingindo o
consumo de alimentos;
-Promover a intersetorialidade das políticas, programas e ações governamentais e
não governamentais;
- Descentralizar as ações e articulações em regime de colaboração entre as esferas
de governo;
- Monitor e avaliar, visando acompanhar as ações e programas, metas do referido
plano visando subsidiar o ciclo de gestão das políticas das diversas secretarias do
poder público local;
- Articular o orçamento e gestão dos setores para a operacionalização do PLAMSAN.
13
Para a construção do plano utilizou-se de dados e indicadores do diagnóstico local,
dados oficiais das políticas públicas e construção de dados levantados mediante a
realidade socioeconômico, educacionais, de saúde, agricultura, bem como a demanda
de acesso de inclusão e de exclusão da população do município com relação aos
direitos sociais e direitos humanos.
Diante da realidade apresentada este plano está organizado da seguinte forma:
Desafios refere-se a uma dimensão mais estratégica do Plano, expressando de forma
direta quais os desafios que precisam ser enfrentados no campo de SAN.
Metas refere-se a um resultado final a ser alcançado nos próximos quatros anos,
podendo ser de natureza quantitativa ou qualitativa.
Ações relacionadas refere-se aos meios necessários para alcance das metas.
O plano estabelece ações divididas em cinco capítulos, sendo:
1. Marco legal;
2. Marco Situacional;
3. Plano de ação do PLAMSAN; e
4. Acompanhamento e avaliação.
No primeiro capítulo, ocorre o marco legal abordando como foi construído a Política
Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional - PNSAN, bem como o Sistema
Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional - SISAN nas três esferas de governo.
Será retratado a construção do processo de implantação de SAN a nível regional e a
ainda será apresentado o processo de construção a nível municipal, colocando as
situações sobre a realidade local.
No segundo capítulo, analisa-se os contextos que formam um conjunto de referência
que garantam a alimentação adequada e saudável como política de direito humano
efetivados por meio da implantação e implementação de ações articuladas entre poder
público e sociedade civil. A coleta de dados será por meio da análise de dados que
14
cada secretaria ou entidade possuem, além dos dados constantes nos planos
municipais existentes, dados do IBGE, IPARDES, MPP, Plano Municipal de Educação
e outros.
No terceiro capítulo serão colocadas as ações do PLAMSAN. Para melhor
entendimento das ações propostas no plano de ação, as mesmas compreenderão:
desafios, objetivos, submetas, metas, ações relacionadas, indicadores de resultado e
prazo, responsáveis, órgãos parceiros, PPA e diretrizes.
No último capítulo discorreremos sobre o processo de monitoramento e avaliação,
indicando as responsabilidades de cada um nesta rede intersetorial buscando integrar
e articular os esforços entre as áreas de governo e da sociedade civil, para garantia
do direito à alimentação adequada e a soberania alimentar.
Desta forma a CAISAN de Cidade Gaúcha, cumpre com mais uma de suas
atribuições, contribuindo com a política de SAN, e com o que determina a legislação
vigente que é a garantia do direito humano a alimentação adequada a toda população
do município.
15
16
1. MARCO LEGAL
A fome e a insegurança alimentar são problemas antigos na realidade brasileira,
associadas principalmente à pobreza, à falta de educação alimentar e de políticas
públicas efetivas para a resolução do problema. O conceito de segurança alimentar
vem sendo construído a partir de um conjunto de debates, estudos e ações ao longo
dos anos.
Uma grande personalidade que lutou e defendeu a fome, tendo como base um dos
problemas sociais mais agravantes do Brasil, foi Josué de Castro, (Josué Apolônio de
Castro - influente médico, nutrólogo, professor, geógrafo, cientista social, político,
escritor e ativista brasileiro do combate à fome) que no ano de 1932, realizou um
inquérito sobre as condições de vida das classes operárias no Recife, no qual associa
a fome à produtividade do trabalhador e aborda a dimensão social da fome e das
doenças. Esta publicação foi uma das bases para a formulação do salário mínimo (Lei
nº 185 de janeiro de 1936 e Decreto Lei nº 399 de abril de 1938) que passou a vigorar
apenas em maio de 1940 (Decreto Lei nº 2162 de 1º de maio de 1940). Participou
ativamente do movimento em prol do estabelecimento do salário mínimo na Fundação
dos Arquivos Brasileiros de Nutrição (1940).
Em 1940, Josué José de Castro escreve o livro Geografia da Fome, obra na qual
efetuou mapeamento do Brasil a partir das características alimentares, documentando
a existência de situações de fome no país, afirmando que tais situações não são
consequências de fenômenos naturais, mas predominantemente por fatores
econômicos e sociais. Essa publicação foi traduzida para 25 idiomas, sendo
disseminada por todo o Brasil.
Os avanços obtidos no acesso à alimentação no Brasil nos últimos anos é resultado
de um conjunto de ações voltadas para o enfrentamento da fome e da pobreza, como
o aumento real do salário mínimo, o crescimento do emprego formal, a progressiva
expansão do Programa Bolsa Família, o fortalecimento do Programa Nacional de
Alimentação Escolar, o apoio à agricultura familiar, entre outros.
17
1.1 A constituição da Política de Segurança Alimentar e Nutricional no Brasil
A garantia do Direito Humano à Alimentação Adequada está expressa em vários
trabalhos internacionais, ratificados e reconhecidos pelo governo brasileiro, entre eles:
o Pacto Internacional dos Direitos Econômicos Sociais e Culturais.
Lei nº 11.346 – Lei Orgânica de Segurança Alimentar e Nutricional - LOSAN, institui o
Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional - SISAN, tem como principal
propósito a promoção em todo território nacional, do direito humano à alimentação
adequada (DHAA). Esse direito é realizado quando cada homem, mulher ou criança
vivendo sozinhos ou em grupo tenham acesso a alimentos adequados e saudáveis ou
aos meios necessários para obtê-los de forma permanente, sustentável e
emancipatória.
A LOSAN além de estabelecer as definições, princípios, diretrizes, objetivos e
composição do SISAN, representa a consagração de uma concepção abrangente e
intersetorial da Segurança Alimentar e Nutricional e, ainda, afirma o Direito Humano à
Alimentação Adequada e a Soberania Alimentar, como princípios que a orientam e
como fins a serem alcançados através de políticas públicas. Dessa forma, essa lei
estabeleceu um programa político que deve ser realizado para todos, ou seja, cabe
ao Estado, em sua concepção mais abrangente, se organizar para garantir aos que
habitam no Brasil o acesso à alimentação adequada e aos meios necessários para
obtê-la.
A compreensão de Segurança Alimentar e Nutricional como um direito humano é
importante, porque abre a possibilidade de qualquer brasileiro, lesado ou ameaçado
de lesão a esse direito, cobrar do Estado medidas que corrijam a situação. Vincular o
DHAA ao princípio da soberania alimentar significa reconhecer o direito do nosso povo
escolher livremente quais alimentos produzir e consumir.
Documentos que embasam a SAN
Decretos nº 6.272/2007 e nº 6.273/2007
Os debates da III Conferência Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional,
realizada em julho/2007, em Fortaleza - CE, foram centrados em três eixos temáticos:
I) Segurança Alimentar e Nutricional e desenvolvimento econômico e social; II) Política
18
Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional; e, III) Sistema Nacional de Segurança
Alimentar e Nutricional.
Permearam os debates questões relacionadas à equidade, diversidade,
sustentabilidade, participação e controle social, descentralização e intersetorialidade.
Alguns meses após a III CNSAN, resultado do amplo debate ocorrido na preparação
e na realização da conferência, foram assinados os Decretos nº 6.272 e nº 6.273,
ambos de 23 de novembro de 2007. O primeiro decreto regulamenta o Conselho de
Segurança Alimentar e Nutricional (CONSEA) definindo suas competências,
composição e funcionamento. E, o segundo cria a Câmara Interministerial de
Segurança Alimentar e Nutricional (CAISAN). Portanto, com essas normas, foram
regulamentados os componentes do Sistema Nacional de Segurança Alimentar e
Nutricional previstos na LOSAN.
Emenda Constitucional (EC 064, 04/02/2010)
A inclusão do Direito Humano à Alimentação na Constituição, norma de maior
hierarquia do ordenamento jurídico brasileiro, reforça o compromisso em cumprir com
a obrigação de garantir a todos o acesso à alimentação adequada e aos meios para
sua obtenção.
É importante, ainda, mencionar que as normas constitucionais que traçam programas
para o governo têm maior força ou poder de vincular os órgãos públicos quando há
uma lei infraconstitucional que disponha sobre essas metas impostas pela
Constituição.
Nós temos a LOSAN – Lei Orgânica de Segurança Alimentar - que já define o Direito
Humano à Alimentação Adequada de forma ampla, fazendo a conexão desse direito
com a necessidade de garantia do acesso à terra, território, água, biodiversidade,
soberania alimentar, entre outros. Além de definir o direito à alimentação, a LOSAN
estabelece que o SISAN – Sistema de Segurança Alimentar e Nutricional - é um
instrumento importante para garantir esse direito. Dessa forma, fortalece-se a
perspectiva de dar concretude ao sistema, para que os órgãos públicos adotem
medidas para seu funcionamento. Assim, há um processo de reforço legal que é de
19
mão dupla: a LOSAN reforça a efetividade da Constituição Federal e a Constituição
Federal traz uma referência importante para a LOSAN.
Decreto nº 7.272/2010
As diretrizes da Política Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (PNSAN)
foram definidas na III Conferência Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (III
CNSAN), o que permitiu um avanço para o passo seguinte que foi a publicação do
Decreto 7.272, de 25 de agosto de 2010. Os termos do decreto foram elaborados em
discussão com o CONSEA Nacional e aprovados na Plenária Nacional daquele
Conselho.
O Decreto n° 7.272 institui oficialmente a Política Nacional de Segurança Alimentar e
Nutricional (PNSAN) e também regulamenta outros aspectos da LOSAN,
particularmente os parâmetros para a elaboração do Plano Nacional de Segurança
Alimentar e Nutricional.
Para a continuidade da estruturação do SISAN os governos dos estados, do Distrito
Federal e dos municípios têm que atender os pré-requisitos mínimos estabelecidos
neste Decreto 7.272 para aderirem ao Sistema. Além disso, existem outras exigências
trazidas pelo Decreto e que devem ser atendidas para permanência de estados, DF e
municípios no SISAN.
1.2 - O Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional
O Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional - SISAN, instituído pela
LOSAN, tem como principal propósito a promoção, em todo o território nacional, do
Direito Humano à Alimentação Adequada (DHAA). Esse direito é realizado quando
cada homem, mulher, idoso ou criança, vivendo sozinhos ou em grupo, tenham
acesso a alimentos adequados e saudáveis ou aos meios necessários para obtê-los,
de forma permanente, sustentável e emancipatória.
A realização desse direito exige a adoção de ações que permitam o acesso a todos
os bens e serviços necessários para que todos tenham, imediatamente, o direito de
estar livre da fome e da má nutrição e, progressivamente, o direito à alimentação
adequada.
20
A garantia desse direito, portanto, abrange desde ações de distribuição de alimentos
até ações de redistribuição de renda e recursos produtivos, como, por exemplo,
acesso à terra rural e urbana, acesso a territórios, acesso à moradia, acesso a
informações, acesso aos canais de participação política e controle social, entre outros.
Trata-se de um conjunto de ações multissetoriais que envolvem atribuições de
diversos órgãos e agentes públicos.
Para alcançar o seu propósito maior, é preciso que o SISAN seja integrado por todos
os órgãos e entidades da União, dos Estados, do Distrito Federal e Municípios afetos
à Segurança Alimentar e Nutricional – SAN e que estimule a integração dos diversos
esforços entre governo e sociedade civil, bem como promova o acompanhamento,
monitoramento e a avaliação da SAN e da realização progressiva do DHAA no
território brasileiro.
Assim, o SISAN possui componentes federal, distrital, estaduais e municipais. A Lei
nº. 11.346, de 15 de setembro de 2006, nos termos do seu Art. 11, define como
integrantes do SISAN:
1. A Conferência Nacional de Segurança Alimentar – responsável pela indicação ao
CONSEA das diretrizes e prioridades da Política e do Plano Nacional de SAN. É
precedida de Conferências Estaduais, Distrital e Municipais, e, em alguns casos,
regionais e territoriais, onde são escolhidos os delegados para o encontro nacional. A
Lei prevê, ainda, que a Conferência Nacional avalie o SISAN.
2. Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional - CONSEA – é a instância
de articulação entre o governo e a sociedade civil nas questões relacionadas a SAN.
Tem caráter consultivo e assessora o Presidente da República na formulação de
políticas e nas orientações para que o país garanta o Direito Humano à Alimentação
Adequada.
A participação social, tanto na formulação quanto no controle social das diversas
iniciativas, é uma característica importante do processo de construção das políticas
públicas de Segurança Alimentar e Nutricional no Brasil e tem se dado por meio das
Conferências Nacionais de Segurança Alimentar e Nutricional, pelo Conselho
21
Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional – CONSEA e conselhos estaduais e
municipais.
As diretrizes e as principais estratégias que orientam as políticas de SAN vêm sendo
debatidas com a sociedade civil por meio destes espaços de participação. O CONSEA
e os conselhos estaduais e municipais de SAN também estão buscando estratégias
para o fortalecimento dos mecanismos para a população exigir a realização do seu
direito à alimentação adequada e saudável.
3. Câmara Interministerial de Segurança Alimentar e Nutricional - CAISAN – integrada
por Ministros de Estado. Sua missão é articular e integrar ações e programas de
governo a partir das proposições emanadas do CONSEA, de acordo com as diretrizes
que surgem das conferências de SAN.
4. Órgãos e entidades de SAN da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios; e
5. Instituições privadas, com ou sem fins lucrativos, que manifestem interesse na
adesão e que respeitem os critérios, princípios e diretrizes do SISAN.
Esta estrutura no âmbito federal deve ser replicada nos Estados, Distrito Federal e
Municípios, para que se possa articular nacionalmente o sistema, permitindo a
instituição das instâncias de pactuação, Fóruns Bipartite (Estados com seus
municípios), e o Fórum Tripartite (União, Estados/Distrito Federal e Municípios), na
perspectiva de formulação, execução, monitoramento e avaliação da Política Nacional
de Segurança Alimentar e Nutricional, através da articulação dos Planos Nacional,
Estaduais/Distrital e Municipais de Segurança Alimentar e Nutricional.
22
Figura 1. Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional - SISAN
Como já referido anteriormente, o SISAN - Sistema Nacional de Segurança Alimentar
e Nutricional, instituído em 2006 com a criação da Lei Orgânica de Segurança
Alimentar e Nutricional - LOSAN (Lei N.º 11.346/2006), definiu dois conceitos básicos
fundamentais: (1) o Direito Humano à Alimentação Adequada (DHAA) e (2) a
Soberania Alimentar. Mas, foi um pouco antes, em 1993, que realmente iniciou a
estruturação desse Sistema, com a criação do Conselho Nacional de Segurança
Alimentar e Nutricional - CONSEA, que é um órgão de assessoramento da
Presidência da República, com um desenho diferenciado: para cada membro
representante do Estado, dois são da sociedade civil. Para melhor compreensão
desse contexto, se faz necessário um breve resgate de alguns dos principais
acontecimentos desse processo de construção na esfera nacional:
ANOS PARADIGMAS PRINCIPAIS ACONTECIMENTOS
1935 - 1950 Visão de Josué de Castro:
fome como questão social e
resultado da política que
exclui a maioria da
população, convivendo com
o governo populista de
Getúlio Vargas.
- Instituição do salário mínimo,
baseado no poder de compra de uma
“ração mínima” para o trabalhador
- Criado os SAPS (Serviços de
Alimentação da Previdência Social) e
introduzida a alimentação nas escolas
23
1950 - 1970 Estado Assistencialista e
Desenvolvimentista, sem
redistribuição da riqueza
nacional
- Política social compensatória,
destinada a alguns poucos segmentos
da população.
1970 - 1980 Estado Autoritário (Ditadura
Militar) e visão biologista do
problema da fome (entendia)
como distúrbio da saúde
humana
- A política econômica esperava o
“bolo crescer para, depois, reparti-lo”,
- Criação do Instituto Nacional de
Alimentação (INAN), vinculado ao
Ministério da Saúde;
- Primeiros desenhos de políticas
públicas mais abrangentes quanto se
tentam unir o social e a política
agrícola de abastecimento (PRONAN
I, II e III)
1985 Estado Assistencialista com
ampliação de programas de
distribuição de alimentos aos
“pobres”
- Início da redemocratização do país,
depois de 20 anos de governo militar;
- Programa do Leite (governo Sarney)
1986 Reconquista do Estado de
Direito e a reconstrução da
Democracia passa a ser o
objetivo da sociedade
brasileira; intensifica-se a
mobilização nacional para a
elaboração da nova
Constituinte Federal.
- 8ª Conferência Nacional de Saúde:
luta pelo direito à saúde e
reconhecimento da alimentação como
direito intrinsicamente ligado à vida e
à saúde;
- I Conferência Nacional de
Alimentação e Nutrição como
desdobramento da 8ª Conferência
Nacional de Saúde, que reconhece o
direito à alimentação e a necessidade
de se criar um Conselho Nacional.
1988 - Aprovação da nova
Constituição Federal do
Brasil com direitos sociais
reconhecidos (chamada de
Constituição Cidadã)
- Início da construção do SUAS e
redesenho de alguns programas de
alimentação e nutrição.
1993 - Segurança Alimentar como
mecanismo para o
enfrentamento da fome e da
miséria e com eixo do
- Movimento Nacional pela Ética na
Política que resultou no impeachment
do Collor;
24
desenvolvimento econômico
e social
- Início da Ação da Cidadania contra a
Fome, a Miséria e pela Vida, liderada
por Betinho;
- Criação do primeiro CONSEA no
Governo Itamar Franco
1994 - 2002 - Visão do Estado neoliberal,
prevendo-se que a
estabilização da moeda, o
mercado e as regulações
públicas seriam suficientes
para a redução da fome, da
pobreza e da desigualdade
social.
- Extinção do CONSEA e criação do
Conselho Comunidade Solidária, que
previa a construção de redes de
parcerias entre governo e sociedade
civil;
- Criação (1998) do Fórum Brasileiro
de Segurança Alimentar e Nutricional
(FBSAN)
- Criação (2002) da Ação Brasileira
pela Nutrição e Direitos Humanos
(ABRANDH), com a missão de
contribuir com a internalização do
DHAA no Brasil.
2003 - Combate à fome como ação
prioritária do Governo Lula
(Fome Zero)
- Recriação do CONSEA Nacional;
- Formulação de um conjunto de
políticas públicas articuladas para
promover o acesso à alimentação;
- Acesso à água: adoção pelo Governo
Lula do “programa um milhão de
cisternas”, criado por organizações
sociais que compõem a articulação do
Semiárido (ASA)
2004 - Reconhecimento do Direito
Humano à Alimentação
Adequada como paradigma
para o enfrentamento da
fome e da pobreza.
- Realização da II Conferência
Nacional de SAN em Olinda (RE);
- Inicia-se o processo de redesenho
das políticas públicas voltadas ao
combate à fome;
É lançado o Programa Bolsa Família
2005 - Reforça-se o debate
interligando os conceitos do
- Criação do Programa de Aquisição
de Alimentos com compra direta da
Agricultura Familiar
25
DHAA, SAN e Soberania
Alimentar
2006 - Direito Humano à
Alimentação Adequada
como objetivo primeiro da
LOSAN.
- Aprovação da LOSAN: Lei Orgânica
de SAN nº 11346 aprovada em
setembro de 2006, instituindo o
Sistema e Política Nacional de
Segurança Alimentar e Nutricional
2007 - A realização do DHAA deve
ser alcançada por meio de
uma Política e um Plano
Nacional de SAN.
- Realização da III Conferência
Nacional de SAN em Fortaleza (CE);
- Criada a Câmara Interministerial de
Segurança Alimentar e Nutricional
2008 - Intensifica-se a discussão
sobre a importância da
intersetorialidade nas
diferentes dimensões da
SAN.
- Alcança-se novo patamar
de criação de competências
em DHAA e amplia-se a
discussão sobre a
exigibilidade do DHAA.
- O Brasil cumpre antecipadamente a
1ª Meta do milênio, que prevê para
2015 reduzir à metade à fome e a
pobreza.
2009 - A realização do DHAA
requer novos arranjos e a
gestão intersetorial das
políticas de SAN.
- Aprovação de lei sobre o PNAE
(Alimentação Escolar), destinando
30% dos recursos federais do
programa para aquisições locais da
Agricultura Familiar
2010 - Reforço dos instrumentos
legais que promovem,
protegem, respeitam e
proveem o DHAA.
- Aprovação da emenda constitucional
que inclui a “alimentação” entre os
direitos fundamentais (art. 6º);
-Aprovação do Decreto Presidencial
que institui a Política Nacional de SAN
e determina a elaboração do Plano
Nacional de SAN.
2011 - 2016 - Progredir na realização do
DHAA por meio de políticas
- Realização da IV Conferência
Nacional de SAN em Salvador (BA).
26
Públicas adequadas e
disponibilizar instrumentos
de exigibilidade.
- V Conferência Nacional de SAN em
Brasília (DF).
Elaboração da Carta Política
- Adesão dos municípios aos SISAN
- Municípios iniciam processo de
elaboração do Plano Municipal SAN
1.3 A constituição do SISAN e sua consolidação no Estado do Paraná
Destacamos a criação do Conselho Estadual de Segurança Alimentar e Nutricional –
CONSEA/PR, em 2003, que foi vinculado a então Secretaria de Estado do Trabalho,
Emprego e Promoção Social – SETP.
O CONSEA/PR tem caráter consultivo e a finalidade de assessorar o Governo do
Estado na concepção e condução da Política Estadual de Segurança Alimentar e
Nutricional. Constitui-se em um colegiado com 2/3 de seus membros representantes
da sociedade civil e 1/3 de representantes do Governo, a exemplo da formação
nacional.
Ainda em 2003, foi criada a Coordenadoria de Enfrentamento à Pobreza e Combate
à Fome, na Secretaria de Estado do Emprego, Trabalho e Promoção Social,
responsável pela gestão dos programas federais de segurança alimentar e nutricional
e pela cogestão de programas estaduais, como o Programa Leite das Crianças, de
combate à desnutrição infantil e fomento à bacia leiteira do Estado. Foram
organizadas 14 conferências regionais e a I Conferência Estadual de Segurança
Alimentar e Nutricional (I CESAN), realizada em fevereiro de 2004.
Na II Conferência Estadual de SAN/PR, que ocorreu em dezembro de 2006, foram
definidas as diretrizes para a política estadual de SAN e eleitos conselheiros
representantes de todas as regiões do Estado para participar da gestão do Conselho
Estadual, com objetivo de maior proximidade com os municípios.
27
Em 2007 foi formada a Frente Parlamentar de SAN que, em conjunto com o
CONSEA/PR, encaminhou proposta de Lei Estadual, que instituiu a Política Estadual
de Segurança Alimentar e Nutricional – PESAN (Lei nº 15.791, de 04/04/2008).
Em 2010, foi criado o Sistema Estadual de Segurança Alimentar e Nutricional - SISAN
(Lei nº 16.565 de 31/08/2010) estabelecendo as diretrizes, objetivos e sua
composição. Em dezembro do mesmo ano, foi sancionado o Decreto nº 8.745, que
criou a Câmara Governamental Intersetorial de Segurança Alimentar e Nutricional -
CAISAN/PR.
Em 2011, precedendo a III Conferência Estadual de Segurança Alimentar e Nutricional
– III CESAN/PR foram realizadas conferências municipais e regionais. Nas 20
conferências regionais, foram eleitos os membros das Comissões Regionais de SAN
– órgão colegiado vinculado ao Conselho Estadual, objetivando a descentralização
das ações e a consolidação da política.
Consolidação da Política:
No processo de implantação, o Governo do Estado assinou a adesão ao SISAN,
comprometendo-se a elaborar o 1º Plano Estadual de Segurança Alimentar e
Nutricional do Paraná no prazo de um ano, de forma pactuada entre os diversos
setores relacionados com a SAN e com base nas diretrizes e prioridades
estabelecidas pelo CONSEA/PR e nas demandas da III CESAN/PR.
Em 2012, por meio do Decreto nº 4.459, de 26 de abril, a coordenação geral da
CAISAN/PR foi transferida para a Secretaria de Estado do Trabalho, Emprego e
Economia Solidária - SETS, a qual firmou convênio com o antigo Ministério do
Desenvolvimento Social e de Combate à Fome – MDS para a implementação do
SISAN nos 399 municípios do Estado.
A SETS realizou, também, capacitação dos técnicos de suas 18 regionais, como forma
de aprimorar o conhecimento acerca do tema de SAN e divulgar o Sistema e seus
componentes visando a consolidação da Política e a implantação do SISAN, em todo
o Estado do Paraná.
28
Com a elaboração do Plano Estadual de SAN, conclui-se a etapa de implantação do
SISAN, que passa a contar com todos seus componentes legalmente previstos. Ainda
se vislumbra, no Paraná, com a instituição do sistema na esfera municipal, uma
possibilidade em todos os aspectos, especialmente na intersetorialidade das ações,
que é um de seus principais pilares. A intenção desse sistema é integrar e articular os
esforços entre as várias áreas do governo e da sociedade civil, para formular,
implementar e monitorar essa política de forma intersetorial.
O desafio que a SAN atribui ao Estado do Paraná, tanto do ponto de vista da
formulação de sua política quanto de sua implementação, é responsabilidade coletiva
e deve ser buscada de forma intersetorial e participativa, para garantia do Direito
Humano à Alimentação Adequada (DHAA) e da soberania alimentar.
Em parceria com o Ministério do Desenvolvimento Social - MDS, através do convênio
nº 140/210, o Departamento de Segurança Alimentar e Nutricional da Secretaria de
Estado do Trabalho, Emprego e Economia Solidária construiu coletivamente, com
apoio do grupo de acompanhamento instituído pelo Conselho Estadual de Segurança
Alimentar e Nutricional, uma metodologia de capacitação no apoio aos municípios
para a integração e adesão ao SISAN e a descentralização da PNSAN de acordo com
os preceitos dos marcos legais nacionais e estaduais que regulamentam as políticas
nacional e estadual de SAN.
Destaca-se que o processo de construção da SAN no Paraná vem avançando com
base em uma importante parceria entre governo e sociedade civil. O processo
desencadeado pelas oficinas propiciou agregar e congregar os integrantes
governamentais e da sociedade civil envolvidos com a temática de SAN, viabilizando
um momento de auto reconhecimento de ações de SAN nos municípios e de
visibilidade da existência desse processo no Estado. Oportunizou-se ainda, a
discussão e definição de papéis dos governos e dos atores sociais envolvidos na
constituição dos componentes necessários para a adesão ao SISAN.
Diante das capacitações realizadas pela SETP a equipe técnica da DESAN e
CONSEA avaliou espaços valiosos de conhecimento que contribuíram para a
29
mobilização e articulação dos municípios em aderir a implantação do SISAN bem
como a implantação da Política de SAN nos referidos municípios do Estado.
Oficina Estadual de Segurança Alimentar e Nutricional
A primeira etapa da construção de uma metodologia de trabalho de forma
descentralizada e participativa para a implantação da Política de SAN no Estado do
Paraná foi a realização da Oficina Estadual de Segurança Alimentar e Nutricional nos
dias 16, 17 e 18 de outubro de 2012, com o objetivo de formar agentes multiplicadores
para adesão ao SISAN nos 399 municípios do Estado.
O processo de construção da metodologia de trabalho a ser pactuada entre o Governo
do Estado e a sociedade civil, teve início com a realização da meta 1 do referido
Convênio, em maio de 2012, que promoveu uma oficina com a participação dos
membros do Conselho Estadual de Segurança Alimentar e Nutricional do Paraná –
CONSEA/PR.
Foi previsto inicialmente, um público de 120 participantes para esta Oficina de
formação, indicados pelas Comissões Regionais de Segurança Alimentar e Nutricional
– CORESANs, dentro dos segmentos: instituições de ensino superior – IES, gestores
municipais de segurança alimentar e nutricional, organizações da sociedade civil,
membros do CONSEA/PR e técnicos da SETS. Diante do interesse de participação
por outros segmentos e organizações, foram abertas vagas para observadores,
totalizando 137 participantes nos 03 dias de Oficina, o que demonstra o interesse pela
discussão da temática de SAN.
O quadro a seguir, resume os objetivos e as estratégias de trabalho desenvolvidas no
decorrer da Oficina.
Objetivos Estratégia
1 Capacitar os agentes
mobilizadores/formadores para
a criação e implementação do
Sistema Nacional de Segurança
Para alcançar este objetivo teremos,
no primeiro dia de Oficina, momentos
de formação conceitual, no qual,
serão apresentadas as dinâmicas do
30
Alimentar e Nutricional – SISAN
no âmbito municipal.
funcionamento do CONSEA e
CAISAN Nacionais, CONSEA/PR e,
além disso, a apresentação sobre
orçamento público
2 Definir a estratégia de
mobilização e de aplicação e
adequação de metodologia para
a realização das 18 oficinas
regionais
Através de trabalho em grupo,
elaborar e definir as prioridades de
ação para a implantação do SISAN
na esfera municipal. Sugerir que os
participantes reproduzam as
discussões, fomentando ações que
possam auxiliar na construção do
SISAN, contando para isso, no seu
município e região, com apoio de
espaços como associações de
municípios, câmaras de vereadores,
outros conselhos de políticas
públicas
3 Pactuar as atribuições dos
agentes mobilizadores/
formadores das regiões
Fomentar a busca na sua região e
município de organizações que
possam auxiliar neste processo de
modo a fortalecer as Comissões
Regionais de SAN (CORESANs),
considerando, sobretudo as
realidades nas quais estão inseridas.
1.4 A constituição da Política SAN na Regional/Cianorte
No âmbito dos municípios, o novo fluxo de adesão coloca os estados como partícipes
do processo. Significa dizer que, além da mobilização, os estados devem orientar,
analisar e formalizar a adesão de seus municípios, enquanto que a CAISAN Nacional
ficou com a responsabilidade de referendar a adesão.
31
Sendo assim, a região inicia sua experiência na área de Segurança Alimentar e
Nutricional entre os anos de 2003/2004, com a criação do Ministério Extraordinário de
Segurança Alimentar e Combate à Fome, tendo como foco o Programa Fome Zero e
paralelamente com a criação do Programa Leite das Crianças do Estado do Paraná.
Neste período, foi desenvolvido o processo de mobilização e articulação para
formação dos primeiros conselhos municipais de Segurança Alimentar e Nutricional e
a criação dos Comitês Gestores do Programa Leite das Crianças. E após foram
criados programas Bolsa Família, Programa Aquisição Alimentar e convênios para
implantação de hortas comunitárias e cozinhas comunitárias, através de editais para
projetos municipais.
A secretaria responsável pela gestão dos programas federais SAN e pela gestão de
programas estaduais acima mencionados, foi a coordenadoria de enfrentamento à
pobreza e combate à fome na Secretaria do Emprego, Trabalho e Promoção Social -
SETP. Foram realizadas as primeiras Conferências tanto a I Conferência Regional de
Segurança Alimentar e Nutricional e a I Conferência Estadual SAN em 2006 com o
apoio do Escritório Regional da SETP.
Em 2006 foram realizadas a II Conferência Regional SAN e a II Conferência Estadual
SAN. Reiniciou neste mesmo período um outro ciclo de mobilização e articulação junto
aos municípios. As primeiras discussões e realização do processo de monitoramento
e avaliação dos programas em SAN com perspectiva de implementar a Segurança
Alimentar e Nutricional no combate a Insegurança Alimentar e Nutricional e a Garantia
ao Direito Humano a Alimentação Adequada.
Em 2011, procedendo a III Conferência Regional SAN de Cianorte e a III Conferência
Estadual SAN, foram eleitos os novos membros da CORESAN.
Dando continuidade na vigência do convênio com o MDS, a SETP reinicia o processo
de mobilização para capacitar os agentes mobilizadores/formadores para
implementação do SISAN em âmbito municipal. Foram realizadas ao longo dos anos
de 2012 e 2013 várias oficinas para formação dos agentes da região.
32
Uma outra fase de mobilização e articulação ocorreu entre 2014 a 2015 foi a
transferência da Política de Segurança Alimentar e Nutricional para a Secretaria de
Estado Agricultura e Abastecimento – SEAB, dando continuidade através do
ER/SEAB em conjunto com a CORESAN, às realizações das Conferências SAN a
nível municipal, tendo 100% de adesão dos municípios e também a nível regional com
presença dos municípios e seus respectivos representantes.
Foi estabelecido em 2017 uma agenda entre o Ministério Público a SEAB- Regional
de Cianorte e os municípios para orientação e assessoria junto a comissão técnica
dos municípios quanto ao processo de solicitação para adesão ao SISAN e seus
critérios e requisitos através das leis que preconizaram a implantação dos
componentes do SISAN.
Podemos concluir que a região de Cianorte, através do trabalho de mobilização e
assessoria do Escritório Regional da SEDS, obteve um resultado positivo e expressivo
quanto a adesão do SISAN na referida região.
1.5 A constituição do SISAN no Município de Cidade Gaúcha
O processo de implementação da SAN no município se fortaleceu com a criação do
Conselho municipal de SAN no ano de 2003, paralelo ao projeto Rede de Proteção
Social o qual foi incorporada ao Programa Fome Zero. Entre as várias propostas da
Rede, estão o Bolsa Escola, o Auxílio Gás, o Abono Salarial, o Seguro Desemprego,
a Bolsa Alimentação, dentre outros.
O Programa Bolsa Família (2004) consistiu da unificação e ampliação desses
programas sociais num único programa social, com cadastro e administração
centralizados no Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, com intuito
de transferir renda e combater a fome, a pobreza e as desigualdades socioeconômica
no país, por meio da implantação de várias políticas públicas no horizonte da
promoção dos direitos humanos e sociais, que passaram a fazer parte das metas
prioritárias de gestão.
Neste mesmo período entre 2003 e 2004, são organizadas e implantados os
programas e benefícios que viessem de encontro com o Direito Humano a
33
Alimentação Adequada como alternativa o Programa Bolsa Família, Programa Leite
das Crianças através do Estado do Paraná, com a criação do Comitê Gestor Municipal
do programa Leite das Crianças. Este Comitê tem como objetivo promover o processo
de monitoramento e avaliação das propostas e benefícios do referido programa.
Posteriormente a adesão ao Programa Bolsa Família, houve em 2007 a implantação
do Programa Aquisição Alimentar, beneficiando os agricultores da Agricultura
Familiar, via governo do Estado do Paraná. O referido programa veio beneficiar a rede
de serviço socioassistencial, através da distribuição dos produtos agrícolas para a
oferta de refeições junto aos usuários das entidades sociais.
Em 2009, o município foi beneficiado com o programa Nacional de Alimentar Escolar
- PNAE, o qual adquire produtos da agricultura familiar por meio de chamamento
público, dispensando o processo licitatório, do referido recurso 30% é destinado a
aquisição dos produtos.
Em 2011, o município realiza a I Conferência em SAN, objetivando a implantação da
Política Municipal de Segurança Alimentar e Nutricional, elegendo os novos membros
do CONSEA municipal de SAN e elencando as prioridades das propostas a serem
efetivadas como estratégias, metas e diretrizes.
Foi através dessa caminhada de mobilização e capacitação que resultou uma gestão
organizada pronta para implantação do SISAN, quando o município em 2017, se
mobiliza, organiza e solicita a adesão para implantação do Sistema junto a CAISAN
do Paraná e em 05 de dezembro de 2017, conforme o termo de adesão do SISAN nº
Adesão: nº 024 Processo: 14.558.824-3, o município é certificado e diante desse
processo o município se compromete em elaborar o I Plano Municipal de SAN.
Cria-se, portanto, o Comitê Técnico Intersetorial, para elaboração do Plano SAN,
portaria 001/2017 com a capacitação e assessoria da Secretaria Estadual, da
Agricultura e Abastecimento, através do Núcleo Regional de Cianorte.
O referido PLAMSAN, foi concluído por um processo participativo e intersetorial que
facilitou o levantamento e análise de dados e indicadores elencados no referido Plano,
34
gerando propostas que se transformarão em políticas públicas para a superação da
insegurança alimentar e garantindo o Direito Humano a Alimentação Adequada.
O referido município elabora o PLAMSAN 2018/2021, aprovado pela CAISAN em
parceria com o CONSEA municipal. Este plano é resultado do diálogo e da integração
entre governo e sociedade civil, através das conferências municipais de SAN,
reuniões do CONSEA e CAISAN, capacitações e oficinas. Trabalho este que teve um
grande empenho coletivo de todos os atores responsáveis pela política de SAN, e que
será implementado para quatro anos, bem como a participação do processo de
monitoramento e avaliação do Plano de ação em destaque na construção da política
de segurança alimentar e nutricional no município.
O PLAMSAN será sem dúvida uma ferramenta do processo de monitoramento e
avalição pelo CAISAN, sob a assessoria do CONSEA do município, para um maior
direcionamento e visibilidade da operacionalização dos programas e ações, tendo
como meta a concretização dos direitos sociais e humanos pautados neste Plano.
Conferência Municipal de Segurança Alimentar e Nutricional
A II Conferência Municipal de Segurança Alimentar de Cidade Gaúcha, foi realizada
em 18 de junho de 2015, teve como metodologia de discussão 3 eixos temáticos,
podemos elencar algumas prioridades resultado da discussão da II Conferência:
Eixo 1: Comida de Verdade: avanços e obstáculos para a conquista da alimentação
adequada e saudável e da soberania alimentar.
PROPOSTA
Instituir Lei municipal para implantação de Programa Horta Comunitária com
incentivos financeiros e parcerias com outras entidades, estimulando a agricultura
familiar para que a população acesse alimentos saudáveis com baixo custo.
Instituir programa de Educação Alimentar, para a população.
Garantir o cumprimento da Lei que regulamenta a venda de alimentos industrializados
em escolas
35
Eixo 2: Dinâmicas em curso, escolhas estratégicas e alcances da política pública no
campo da soberania e segurança alimentar e nutricional.
PROPOSTA
Aprovar projeto de Lei para informar nas embalagens, se há componente de produto
transgênico nos alimentos.
Implementar a fiscalização e a análise da composição de produtos in natura,
verificando se há contaminantes tóxicos e maléficos à saúde e o controle na aplicação
de agrotóxicos por aeronaves nos canaviais.
Garantir incentivos financeiro municipal e estadual na complementação do Programa
Compra Direta, com previsão no orçamento anual. P.P.A., LDO e LOA.
Promover projeto de cozinha Comunitária para produção de alimentos por produtores
aderidos ao PAA (Programa de Alimentos), visando incentivo financeiro para construir
e equipar a cozinha.
Eixo 3: Fortalecimento do Sistema Nacional de Segurança Alimentar.
PROPOSTA
Fortalecer e sensibilizar as políticas intersetoriais para efetivação do SISAN.
Promover capacitações de formação continuada qualificada para os conselheiros que compõe o CONSEA e CAISAN.
Consolidar os conselhos municipais garantindo a participação e gestão participativa dos grupos.
E em 2018, o município elabora e lança o I Plano Municipal de Segurança Alimentar
e Nutricional – PLAMSAN 2018/2021, aprovado pelas secretarias que compõem a
CAISAN, bem como a Comissão Técnica.
A implementação do SISAN no município, será um marco histórico que vem ao
encontro com a consolidação da intersetorialidade, o fortalecimento do CONSEA e da
agricultura familiar e da soberania alimentar, processo este que definirá a
materialização da Política de SAN no município.
36
Figura 2. Curso sobre a Política SAN e oficina para levantamento de indicadores para
elaboração do PLAMSAN.
37
38
MARCO SITUACIONAL
1 - ASPECTOS GERAIS
O município de Cidade Gaúcha situa-se na mesorregião noroeste do Estado do
Paraná – também conhecido como norte novíssimo. Faz parte da região administrativa
de Cianorte, estando cerca de 60 km de distância da mesma.
Em relação a outras cidades importantes da região, localiza-se há cerca de 70 km de
Umuarama que também é sede administrativa e, 130 km de Maringá que, é referência
regional. Em relação à capital Curitiba está há cerca de 580 km e, 670 km do Porto de
Paranaguá
Figura 3. Mapa da localização do Município no Paraná
Fonte: PME
O município se estende por área de 403,045 km², limitando-se ao norte com Planaltina
do Paraná e Amaporã, a oeste com Tapira e Nova Olímpia, ao sul com Rondon e
Tapejara e, ao leste, com Rondon e Guaporema.
39
A sua altitude média em relação ao nível do mar é de cerca de 400 metros, estando
nas seguintes coordenadas geográficas: Latitude: 23° 21' 45'' Sul e Longitude: 52° 55'
33'' Oeste.
O clima da região em que está situado é classificado como Sub-Tropical Úmido
Mesotérmico. Vislumbra-se verões quentes, geadas frequentes, sem estação seca e
chuvas com tendência de concentração nos meses de verão.
As temperaturas médias registradas nos meses mais quentes do ano são entre 30ºC
e 32ºC e, as dos meses mais frios entre 14ºC e 16ºC. Os extremos de temperaturas
registradas são: Mínima -4°C e Máxima de 42°C.
A bacia hidrográfica é a do Rio Ivaí, com sub-bacias dos Rios Itaóca e Tapiracuí.
Destacam-se também os córregos Palmital, Travessa Grande, Ipiranga, do Congo,
Três Figueiras, São Bento, União, Minuano, Água Nova União e Talagoan.
Figura 4. Mapa dos Municípios Limítrofes de Cidade Gaúcha
Fonte: Cadernos Estatísticos do Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (IPARDES). Consulta no site http://www.ipardes.gov.br/cadernos, em fevereiro de 2015
40
2 - ASPECTOS HISTÓRICOS
Fundação
A ocupação iniciou-se em 1952, quando a Imobiliária Ypiranga de Boralli & Held,
planejou e executou a colonização do lugar. A empresa escolheu estrategicamente a
denominação Cidade Gaúcha. Objetivava na época, atrair famílias vindas de Santa
Catarina e, especialmente do Estado do Rio Grande do Sul para a o local da
colonização. A estratégia funcionou e em pouco tempo perdiam-se nos horizontes as
copas dos cafezais intermináveis que dividiam espaços com o feijão, milho, arroz e
outras culturas - as lavouras de subsistência dos pioneiros.
A história registra os nomes de Arthur Schwerz, Roberto Passamani, Luíz Ebling, José
Tormena, Galileo Malezan, a família Dallazoana e Valda Gressler, dentre outros, todos
como pioneiros de Cidade Gaúcha.
Com a implantação de agroindústrias no Município, nas últimas décadas, ocorreu o
fenômeno da migração. Centenas de pessoas de outros estados brasileiros –
especialmente do nordeste, se deslocaram, atraídos pelo emprego especialmente no
corte da cana-de-açúcar.
Formação Administrativa
Inicialmente distrito, criado com a denominação de Cidade Gaúcha, em 18 de outubro
de 1955, com terras desmembradas originariamente do distrito de Araruna,
subordinado ao município de Rondon.
Em divisão territorial datada de 1 de julho de 1955, o distrito de Cidade Gaúcha, figura
no município de Rondon, assim permanecendo em divisão territorial datada de 1 de
julho de 1960.
Elevado à categoria de município com a denominação de Cidade Gaúcha, pela Lei
Estadual nº 4.245, de 25 de julho de 1960, desmembrado de Rondon e Cruzeiro do
Oeste. Constituída do distrito sede e instalado em 15 de novembro de 1961.
Pela Lei Estadual nº 49, de 21 de novembro de 1962, é criado o distrito de Tapira e
anexado ao município de Cidade Gaúcha.
41
Em divisão territorial datada de 31 de dezembro de 1963, o município é constituído de
dois distritos: Cidade Gaúcha e Tapira.
Pela Lei Estadual nº 4.930, de 23 de setembro de 1964, é criado o distrito de Nova
Olímpia e anexado ao município de Cidade Gaúcha. Pela Lei Estadual nº 5.495, de
02 de fevereiro de 1967, é desmembrado do município de Cidade Gaúcha o distrito
de Tapira e elevado à categoria de município. Pela Lei Estadual nº 5.704, de 13 de
novembro de 1967, é desmembrado do município de Cidade Gaúcha o distrito de
Nova Olímpia e elevado à categoria de município. Em divisão territorial datada de 31
de dezembro de 1968, o município é constituído do distrito sede, assim permanecendo
em divisão territorial datada de 2014.
Significado do Nome
Etimologicamente o termo cidade origina-se do latim “civitas–atis.” Serve para
designar complexo demográfico - formado social e economicamente, por uma
concentração populacional não agrícola. A palavra gaúcha é o feminino de “gaúcho”.
O termo “gaúcho” vem do quíchua “waychu”, adaptado ao espanhol platino “gaucho”.
Designa o habitante do campo, oriundo de indígenas, portugueses e espanhóis - o
natural do Estado do Rio Grande do Sul, dos pampas.
Aspectos Políticos
A primeira eleição municipal realizou-se em outubro de 1961. Foi eleito para o cargo
de prefeito, Lauro Ranulfo Müller - 1961/1965. A ele sucederam e assumiram o
referido cargo no executivo municipal: Mário Ribeiro Borges - 1966/1968. Falecido em
acidente, assumiu seu vice Gentil Geraldi - 1968/1969; Moacir Motta - 1970/1972;
Gentil Geraldi - 1973/1976; Nelson Enumo - 1977/1982; Gilberto Pedro Aita -
1983/1988; Antonio Milton de Oliveira Lucena - 1989/1992; Ideval Santos Ferrarini -
1993/1996; Gilberto Pedro Aita -1997/2000; Antonio Milton de Oliveira Lucena -
2001/2003. Com seu falecimento assumiu o seu vice, Ideval Santos Ferrarini -
2003/2004. Para a gestão de 2005/2008 foi eleito Vitor Leitão e, reeleito para o
mandato de 2009/2012. Com a sua renúncia, em abril de 2012, assumiu o cargo o
vice Jeovani Bonadiman Blanco. Atualmente o Município é administrado por
Alexandre Lucena, tendo sido eleito para o mandato de 2013/2016, tendo como vice-
prefeito Juveni Aguinelo da Silva, Lucena foi reeleito para o mandato 2014/2020.
42
3 - ASPECTOS POPULACIONAIS E SOCIOECONÔMICOS
A população total de Cidade Gaúcha, segundo dados do Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE) de 2000, era de 9.531 habitantes, dos quais 7.681
concentravam-se na área urbana e 1.850 na área rural. No censo de 2010 foi apurada
uma população total de 11.062 habitantes, 9.176 com concentração na área urbana e
1.886, na área rural.
Tabela 1. Síntese demográfica de Cidade Gaúcha, 1970/2010
Demografia 1970 1980 1991 2000 2007 2010
População Total 13.042 8.241 8.472 9.531 10.468 11.062
Masculina 6.728 4.162 4.285 4.771 5.222 5.531
Feminina 6.314 4.079 4.187 4.760 5.238 5.531
Urbana 3.052 4.270 6.522 7.681 8.586 9.176
Rural 9.990 3.971 1.950 1.850 1.882 1.886
Taxa de Urbanização 23,4% 51,8% 77,0% 80,6% 82,0% 82,95%
Fonte: Perfil Municipal (Consulta no site http://www2.cidades.gov.br, em janeiro de 2015).
Tabela 2. População Censitária segundo Cor/Raça, 2010
Cor/Raça População
Branca 5.582
Preta 464
Amarela 142
Parda 4.869
Indígena 6
FONTE: IBGE - Censo Demográfico - Dados da amostra NOTA: Posição dos dados, no site da fonte, 14 de maio e 28 de julho de 2014.
População segundo a Cor/Raça
Distribuição da população do município segundo a cor/raça.
Fonte: IBGE.
43
Gráfico 1. População segundo a Cor/Raça, 2010
Quadro 1. População Estimada, 2017
População Estimada 12.326 habitantes
FONTE: IBGE NOTA: Dados divulgados pela fonte, em 30 de agosto de 2017.
Quadro 2. Informações Gerais
Fonte: IPARDES/SUBPLAN/Informações municipais para planejamento institucional/2017
População Censitária Total
(IBGE/2010)
11.062 Habitantes
Densidade Demográfica
(IPARDES/2016)
30,22 (Hab/Km²)
Grau de Urbanização
(IBGE/2010)
82,95%
Renda Média Domiciliar Per Capita
(IPARDES/2010)
R$ 664,50
Produto Interno Bruto Per Capita
(IPARDES/2013)
R$ 26.636,00
População Economicamente Ativa
(IBGE/2010)
6.316
Nº de Domicílios Total
(IBGE/2010)
Zona Urbana - 2.851 Zona Rural - 542
44
Gráfico 2. Informações Gerais
Histórico Demográfico
Apresenta a evolução do n.º de habitantes, considerando os dados do último Censo e
de estimativas realizadas para os demais anos.
Fonte: IBGE.
Gráfico 3. Histórico Demográfico
Densidade Demográfica
Mostra como a população se distribui pelo território, sendo determinada pela razão
entre a população e a área de uma determinada região. É um índice utilizado para
verificar a intensidade de ocupação de um território.
Fonte: IPARDES.
Gráfico 4. Densidade Demográfica (hab/km²)
45
Quadro 3. População censitária segundo tipo de domicílio e sexo, 2010.
Tipo de Domicílio Masculina Feminina Total
Urbano 4.552 4.624 9.176
Rural 979 907 1.886
Análise: de acordo com esse quadro podemos observar que o número de famílias da
área rural é consideravelmente menor que o número de famílias da área urbana.
Possuímos uma estimativa que o número de famílias da área urbana futuramente será
maior com a migração das famílias da área rural.
Taxa de Envelhecimento
Razão entre a população de 65 anos ou mais de idade e a população total.
Fonte: IPARDES.
Gráfico 5. Taxa de Envelhecimento (%)
Perfil da População / Nível de Instrução
Pessoas de 10 anos ou mais de idade, por nível de instrução. A classificação segundo
o nível de instrução foi obtida em função das informações da série e nível ou grau que
a pessoa estava frequentando ou havia frequentado e da sua conclusão,
compatibilizando os sistemas de ensino anteriores com o vigente.
Fonte: IBGE.
46
Gráfico 6. Perfil da População / Nível de Instrução, 2010
Grau de Urbanização
Indica a proporção da população total que reside em áreas urbanas, segundo a divisão
político-administrativa estabelecida pelas administrações municipais.
Fonte: IBGE.
Gráfico 7. Grau de Urbanização, 2010
Pirâmide Etária
Gráfico organizado para classificar a população censitária do município conforme as
faixas de idade, dividindo-as por sexo.
Fonte: IBGE.
47
Gráfico 8. Pirâmide etária, 2010
Quadro 4. Distribuição da População Residente, por sexo e faixa etária ano, 2016.
Faixa Etária Masculino Feminino Total
1 a 4 anos 313 279 592
5 a 9 anos 440 420 860
10 a 14 anos 500 506 1.006
15 a 19 anos 499 512 1.011
20 a 29 anos 974 878 1.852
30 a 39 anos 861 900 1.761
40 a 49 anos 765 900 1.665
50 a 59 anos 512 530 1.042
60 a 69 anos 305 346 651
70 a 79 anos 206 209 415
80 anos e mais 73 100 173
Total 5.531 5.531 11.062
FONTE: IBGE - Censo Demográfico - IPARDES
48
A população encontra-se dentro de uma faixa considerável jovem, tendo grande
maioria da população entre 15 a 59 anos - 65,72%, de 1 a 14 anos 22,73% e 60 anos
e + 11,55%.
4 - PRODUÇÃO ECONÔMICA
Cidade Gaúcha surgiu do movimento colonizador em busca de terras para o plantio
do café que, foi o primeiro grande ciclo econômico. Com o declínio desta cultura,
houve o incremento das pastagens e da cana-de-açúcar. Ainda, na recuperação das
pastagens, inicialmente se utilizava o plantio da mamona e do algodão. Atualmente
utiliza-se a mandioca.
Não se tem dúvidas de que a principal atividade econômica que movimenta o PIB
(Produto Interno Bruto) do Município está vinculada ao setor agropecuário, sendo o
sucroalcooleiro o mais dinâmico e importante.
O setor está representado no município por uma das unidades do Grupo Santa
Terezinha, com a produção de açúcar, etanol e geração de energia elétrica. É visível
a relação e a importância da referida empresa com outras atividades econômicas do
município e região. Também o seu impacto sobre a dinâmica de crescimento
populacional e, sobre as receitas correntes - em especial sobre as receitas de
transferências correntes do Estado ao município e, sobre as receitas tributárias
próprias do município.
Como resultado, observa-se que a unidade da Usina Santa Terezinha gera mais de
2.000 empregos diretos no período de safra (2.058 no ano de 2015), principalmente
nos setores agrícola e rural, que responderam respectivamente, por 60% e, 22% do
total dos empregos.
Existem também outras agroindústrias importantes. No beneficiamento da mandioca,
a Amifec Alimentos, produzindo polvilho. Na cadeia produtiva da bovinocultura de
corte, o Frigorífico São Luiz, com abate diário de cerca de 200 bovinos. No que se
refere à avicultura, a Somave, com abate diário de mais de 20.000 aves e, como
agregada, a fábrica de ração para aves. Ainda, há fábrica de alimentos para cães –
Artefatos de Couro São Francisco, dentre outros.
49
População Economicamente Ativa
Subgrupo da população em idade ativa integrado pelas pessoas que estavam
desenvolvendo alguma atividade de forma contínua e regular ou, por não estarem
ocupadas, se encontravam procurando trabalho no período de referência, tendo, para
isto, tomado medidas concretas de procura. Inclui-se ainda o exercício do trabalho
precário. Em resumo, é a conjunção de ocupados e desempregados.
Fonte: IBGE.
Gráfico 9. População Economicamente Ativa, 2010.
Renda Média Domiciliar per Capita
Média das rendas domiciliares per capita das pessoas residentes em determinado
espaço geográfico, no ano considerado. Considerou-se como renda domiciliar per
capita a soma dos rendimentos mensais dos moradores do domicílio, em reais,
dividida pelo número de seus moradores.
O salário mínimo do último ano para o qual a série está sendo calculada torna-se a
referência para toda a série. Esse valor é corrigido para todos com base no INPC de
julho de 2010, alterando o valor da linha de pobreza e consequentemente a proporção
de pobres. O valor de referência, salário mínimo de 2010, é de R$ 510,00.
Fonte: IPARDES.
50
Gráfico 10. Renda Média Domiciliar per Capita, 2010
Índice de Desenvolvimento Humano (IDHM)
O IDHM brasileiro segue as mesmas três dimensões do IDH Global – longevidade,
educação e renda, mas vai além: adequa a metodologia global ao contexto brasileiro
e à disponibilidade de indicadores nacionais. Embora meçam os mesmos fenômenos,
os indicadores levados em conta no IDHM são mais adequados para avaliar o
desenvolvimento dos municípios brasileiros.
Fonte: IPEA / PNUD / FJM
Gráfico 11. Índice de Desenvolvimento Humano (IDHM), 2010
Produto Interno Bruto per Capita
PIB per Capita - corresponde ao valor do PIB global dividido pelo número absoluto de
habitantes de um país, região, estado ou município.
Fonte: IPARDES
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Gráfico 12. Produto Interno Bruto per Capita, 2014
Índice Ipardes de Desempenho Municipal - IPDM
O Índice Ipardes de Desempenho Municipal (IPDM) procura avaliar a situação dos
municípios paranaenses, considerando, com igual ponderação, as três principais
áreas de desenvolvimento econômico e social, a saber: a) emprego, renda e produção
agropecuária; b) educação; e c) saúde. Na construção do índice da dimensão Saúde
são usadas as variáveis: número de consultas pré-natais; óbitos infantis por causas
evitáveis, e óbitos por causas mal definidas.
Na educação, as seguintes variáveis: taxa de matrícula na educação infantil; taxa de
abandono escolar (1ª a 4ª série / 1º a 5º ano; 5ª a 8ª série / 6º a 9º ano e ensino
médio); taxa de distorção idade-série (1ª a 4ª série / 1º a 5º ano; 5ª a 8ª série / 6º a 9º
ano e ensino médio); percentual de docentes com ensino superior (1ª a 4ª série / 1º a
5º ano; 5ª a 8ª série / 6º a 9º ano e ensino médio); resultado do IDEB (1ª a 4ª série /
1º a 5º ano e 5ª a 8ª série / 6º a 9º ano).
E na dimensão Emprego, Renda e Produção Agropecuária as variáveis relacionadas
ao salário médio, ao emprego formal e à renda da agropecuária.
Fonte: IPARDES
Gráfico 13. Índice Ipardes de Desempenho Municipal – IPDM, 2014.
52
Índice FIRJAN de Desenvolvimento Municipal - IFDM
O IFDM – Índice FIRJAN de Desenvolvimento Municipal – é um estudo do Sistema
FIRJAN que acompanha anualmente o desenvolvimento socioeconômico de todos os
mais de 5 mil municípios brasileiros em três áreas de atuação: Emprego & renda,
Educação e Saúde. Criado em 2008, ele é feito, exclusivamente, com base em
estatísticas públicas oficiais, disponibilizadas pelos ministérios do Trabalho, Educação
e Saúde.
Fonte: FIRJAN - Edição 2015.
Gráfico 14. Índice FIRJAN de Desenvolvimento Municipal – IFDM, 2013
Índice de Gini
Mede o grau de desigualdade existente na distribuição de indivíduos segundo a renda
domiciliar per capita. Seu valor varia de 0 (zero), quando não há desigualdade (a renda
domiciliar per capita de todos os indivíduos tem o mesmo valor), a 1 (um), quando a
desigualdade é máxima (apenas um indivíduo detém toda a renda). O universo de
indivíduos é limitado àqueles que vivem em domicílios particulares permanentes.
Fonte: IPARDES.
Gráfico 15. Índice de Gini, 2010
53
5 - ASPECTOS EDUCACIONAIS, CULTURAIS, ESPORTIVOS E LAZER
CULTURAIS
No município há várias manifestações artístico-culturais. Destaque para a Feira de
Ciências e Conhecimento do Colégio Estadual Marechal Costa e Silva – FECICO, que
tem como objetivo dar aos alunos a oportunidade de aprimorar seus conhecimentos,
incentivando as pesquisas e o gosto pela ciência - trazendo também à população
novas experiências e aprendizado.
O Festival Líbero Artístico – FELART, organizado pelo Colégio Estadual Marechal
Costa e Silva que visa despertar a sensibilidade e o gosto pelas manifestações
artísticas. Também objetiva divulgar os trabalhos artísticos desenvolvidos pelos
alunos à comunidade; descobrir novos talentos; desenvolver a capacidade de
apreciar, compreender e produzir arte; despertar a habilidade de improvisar e adaptar
temas para a realidade atual; estimular a autoestima do aluno valorizando os talentos
existentes e, aprofundar o conhecimento e compreender as diferentes manifestações
da cultura corporal, reconhecendo e valorizando as diferenças de desempenho,
linguagem e expressividade.
Destacam-se também: o Torneio de Laço Comprido e as Cavalgadas que acontecem
tradicionalmente há dezenas de anos no Centro de Tradição Gaúcha – CTG Sepé
Tiarajú; o Campeonato de Motocross; o Gaúcha Rodeio Show – sucedido pela
EXPOSHOW, em comemoração ao aniversário do Município; a Oktoberfest, junto a
Associação dos Funcionários da Usina de Cidade Gaúcha (ADECIGA), a Leitoa
Desossada que é prato típico; a Festa Religiosa da Padroeira Santa Maria Goretti e
do Padroeiro secundário São José Operário, dentre outros eventos importantes.
No que se refere aos espaços físicos inerentes à área da cultura, o município conta
com o Centro Cultural Olga Deucher Tormena, com capacidade para cerca de 200
lugares, devidamente equipado e com ar condicionado; a Casa da Cultura Angélica
Tormena, que possui o acervo do sítio arqueológico José Vieira, o Museu Municipal e
a Biblioteca Pública Municipal Flávia Carrard Schwerz.
54
Figura 5. Centro Cultural Olga Deucher Tormena
Figura 6. Casa da Cultura Angélica Tormena
55
Ainda, em relação a outros espaços privados, destacam-se a Associação dos
Servidores Municipais de Cidade Gaúcha (ASSEMUCIG); a ADECIGA, dos
funcionários da Usina Santa Terezinha; a Associação Atlética Banco do Brasil (AABB);
o Salão Paroquial, com capacidade para cerca de 800 pessoas e o CTG Sepé Tiarajú,
dentre outros.
1 – Projetos Culturais:
- Coral Municipal Infantil “Essência”;
- Grupo Municipal de Flauta Doce “Música & Vida”;
- Grupo Municipal de Violão “Música & Vida”;
- Fanfarra Municipal;
- Projeto de Leitura e Capacitação para Contação de Histórias (BiblioSesc);
- Projeto de Teatro – Revelação Cultural;
- Musicalização Infantil (10 alunos), Escola Musical Cidade Gaúcha.
2 – Eventos /Festas Típicas:
- Festival de Fanfarras e Bandas – toda a população;
- Recital do Coral Essência e Grupo Municipal de Flauta Doce e Violão: familiares dos
alunos e população em geral;
- 16º Encontro e Almoço dos Pioneiros – pessoas que chegaram no desbravamento,
colonização e pioneirismo;
- IX Arraia da Família Furlan – Festa Julina destinada a toda população;
- Passeio Ciclístico “Vou de Bike” – todos ciclistas de qualquer idade;
- Corrida Rústica – todos os atletas que queiram participar;
- Desfile Cívico 07 de setembro – estudantes, professores, funcionários públicos, 3ª
Idade e demais entidades que queiram participar (Lions Club, APAE, CTG)
- Doutores da Alegria – grupo de jovens que visitam o Hospital levando música e
alegria aos doentes;
- XXXVIII Rodeio Crioulo de Laço e VI Festa da Leitoa Desossada: destinado a toda
população;
- Baile Volta ao Passado – público geral;
- Homenagem às mães no mês de maio pelas oficinas culturais - público alvo: pais e
público geral;
- Encontro Regional da 3ª Idade e público geral;
56
- XVII Feira Lítero Artístico e XL Feira de Ciências e do Conhecimento do Colégio
Estadual Marechal Costa e Silva – público alvo: comunidade escolar e população
geral;
- XV – Caminhada ao Morro de Maria no dia 12 de outubro: público religioso;
- Exposição Permanente do Sítio Arqueológico José Vieira na Casa da Cultura –
público alvo: comunidade escolar e geral.
3- Eventos Esportivos
- Projeto NAVE: atende 600 alunos atletas.
O projeto é dividido em duas modalidades - Futebol e Futsal.
- Projeto Escolinha de voleibol - 68 alunas atletas.
- Outras atividades que os jovens disputam são os jogos - JEPS, JOJUPS E JAPS.
Categorias: SUB 13, SUB 17 - adulto 18 acima.
- As escolinhas atendem crianças e adolescentes de 08 a 17 anos divididas por
categorias sub 11, sub 13, sub 15 e sub 17.
EDUCACIONAIS
A educação básica é ofertada no município de Cidade Gaúcha por nove instituições
de ensino: quatro municipais, uma estadual e três particulares.
A Escola Municipal Dom Bosco – Ensino Fundamental, oferta os anos iniciais do
ensino fundamental (primeiro ao quinto ano).
A Escola Municipal Paulo Freire – Ensino Fundamental, oferta os anos iniciais do
ensino fundamental (primeiro ao quinto ano).
A Pré Escola Municipal Pequeno Príncipe, oferta a educação infantil para as crianças
da faixa etária de quatro a cinco anos.
O Centro Municipal de Educação Infantil Anjo da Guarda e o Centro Municipal de
Educação Infantil Prefeito Lauro Ranulfo Müller, ofertam a educação infantil para as
crianças da faixa etária de seis meses a cinco anos.
57
O Colégio Estadual Marechal Costa e Silva – Ensino Fundamental e Médio, oferta os
anos finais do ensino fundamental (do sexto ao nono ano) e o ensino médio.
A Escola Ana Nery – Educação Infantil e Ensino Fundamental na modalidade de
Educação Especial, oferta a educação infantil, os anos iniciais do ensino fundamental,
a educação de jovens e adultos e a educação profissional – formação inicial.
A Escola Sol Nascente – Educação Infantil e Ensino Fundamental, oferta a educação
infantil para crianças de quatro a cinco anos, e os anos iniciais do ensino fundamental
(do primeiro ao quinto ano).
O Colégio Atenas – Ensino Fundamental e Médio, oferta os anos iniciais do ensino
fundamental (do primeiro ao quinto ano) e o ensino médio.
A educação superior também é ofertada no município de Cidade Gaúcha por duas
instituições de ensino: a Universidade Estadual de Maringá (UEM), Campus do Arenito
de Cidade Gaúcha, criado em 22 de junho de 1988 e a Universidade Aberta do Brasil
(UAB).
O poder público e a comunidade efetuaram a doação de uma área de terras medindo
19,30 alqueires, para a Fundação Universidade Estadual de Maringá para a
implantação de um Centro Experimental de Agronomia e Zootecnia. Esta criação foi
feita por uma equipe de professores que incentivou as autoridades para que se
estabelecesse uma estrutura para que a Universidade pudesse se fazer presente em
Cidade Gaúcha.
Um grupo liderado pelo Prefeito da época percorreu as residências, solicitando valores
para aquisição deste terreno, e hoje este Campus tem se enquadrado dentro das
atividades principais da UEM, que é Ensino, Pesquisa e a Extensão.
Atualmente, a UEM oferta no campus o curso de graduação em Engenharia Agrícola
e os cursos de graduação na modalidade a distância – Administração e Normal
Superior.
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Além dos cursos, o Campus do Arenito possui uma Estação Meteorológica Automática
que fornece dados contínuos de temperatura máxima, mínima, umidade, pressão,
precipitação, direção e velocidade do vento. Para acessar os dados dessa estação
basta entrar na página do INMET (www.inmet.gov.br) e procurar pela rede de
estações meteorológicas automáticas.
A UAB oferta os cursos na modalidade a distância de Administração Pública, Ciências
Biológicas, Física, Gestão em Saúde, Gestão Pública, Letras Português e Inglês,
Pedagogia e Pedagogia Complementação, da UEM, e Administração, da
Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).
Sabemos que o Sistema Educacional Brasileiro compreende três etapas da Educação
Básica: a educação infantil (para crianças de zero a 5 anos), o ensino fundamental
(para alunos de 6 a 14 anos) e o ensino médio (para alunos de 15 a 17 anos).
Municípios e estados devem trabalhar de forma articulada para oferecer o ensino
fundamental. Já o ensino médio, com duração de três anos, é de responsabilidade
dos estados.
O ensino fundamental é obrigatório. Isso significa que toda criança e adolescente
entre 6 e 14 anos deve estar na escola, sendo obrigação do Estado oferecer o ensino
fundamental de forma gratuita e universal, conforme Lei Federal, nº 9.394 de 1996,
que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional.
EDUCAÇÃO INFANTIL
A oferta da primeira etapa da educação básica no município de Cidade Gaúcha é
realizada por três instituições públicas e uma instituição privada.
A rede municipal de ensino oferta toda a educação infantil, ou seja, a creche e pré-
escola, e a rede particular, somente a pré-escola, para as crianças da faixa etária de
quatro a cinco anos de idade.
Os Centros Municipais de Educação Infantil (CMEIs), que ofertam a educação em
tempo integral, atendem crianças a partir dos seis meses de idade, dividindo a sua
organização, de acordo com a faixa etária atendida da seguinte maneira: berçário (de
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seis meses a um ano); maternal (de um a três anos); pré I (quatro anos) e pré II (cinco
anos).
Tabela 3. Instituições de Ensino que ofertam a Educação Infantil, 2015
Instituição de Ensino
Total de alunos por faixa etária
Turnos Demanda reprimida 0 a 3
anos 4 a 5 anos
Centro Municipal de Educação Infantil
Anjo da Guarda 78 58 Integral 63
Centro Municipal de Educação Infantil
Prefeito Lauro Ranolfo Müller 94 95 Integral 43
Pré Escola Municipal Pequeno Príncipe –
Educação Infantil - 209
Matutino /
Vespertino -
Escola Sol Nascente – Educação Infantil e
Ensino Fundamental - 14 Vespertino -
Mesmo com a oferta da educação infantil por quatro instituições de ensino, e a
abertura em 2013 de mais quatro salas na rede municipal de ensino, ainda existe uma
demanda reprimida em 2015, de 106 crianças, que estão na fila de espera.
Em 2012, de acordo com os dados da Subprocuradoria Geral da Justiça para
Assuntos de Planejamento Institucional (SUBPLAN), existia um déficit de 485
crianças, 390 de creche e 95 de pré-escola. Estes dados eram baseados no número
de vagas ofertadas e o número de crianças.
Tabela 4. Déficit de Vagas – Creche e Pré-escola
Número de vagas População Déficit
Creche 626 390
Pré-escola 323 84
Fonte: SUBPLAN, fevereiro de 2015.
60
Déficit de Vagas - Creches e Pré-escola
A EC/59, aprovada em novembro de 2009, estabelece a obrigatoriedade de ensino
para crianças de 4 e 5 anos, que deverá ser atendida pelos gestores municipais até
2016.
Fonte: matrículas INEP; população estimada DATASUS.
Nota: Foi fixada a projeção intercensitária de 2012, segundo faixa etária, do DATASUS
para cálculos referentes aos anos de 2014, 2015 e 2016.
Gráfico 16. Déficit de Vagas - Creches e Pré-escola
Tabela 5. Evolução das Matrículas da Educação Infantil, 2011 – 2015
Redes de
ensino / Faixa
etária
Turno
2011 2012 2013 2014 2015
AL TU AL TU AL TU AL TU AL TU
Municipal
(0 a 3 anos)
M - - - - - - - - - -
V - - - - - - - - - -
I 138 10 137 09 167 11 226 13 172 11
Total - 0 a 3 anos 138 10 137 09 167 11 226 11 172 11
Municipal
(4 a 5 anos)
M 78 04 87 04 104 05 103 05 93 05
V 86 04 89 05 90 04 133 06 116 06
I 121 06 139 07 178 09 106 06 153 08
61
Particular
(4 a 5 anos)
M - - - - - - - - - -
V 19 03 25 03 26 03 22 03 14 02
I - - - - - - - - - -
Total - 4 a 5 anos 304 17 340 19 398 21 364 20 376 21
Total Rede Municipal 423 24 452 25 539 29 568 30 534 30
Total Rede Particular 19 03 25 03 26 03 22 03 14 02
Total Geral 442 27 477 28 565 32 590 33 548 32
Legenda: AL – Alunos; TU – Turmas; M – Matutino; V – Vespertino; I – Integral. Fonte: Instituições Educacionais, fevereiro de 2015.
Gráfico 17. Percentual de atendimento da Educação Infantil, por Rede de Ensino,
2015
Fonte: Instituições Educacionais, fevereiro de 2015.
ENSINO FUNDAMENTAL
O ensino fundamental, segunda etapa da educação básica, é ofertada no município
de Cidade Gaúcha pela rede pública e pela rede privada de ensino.
Tabela 6. Instituições que ofertam o Ensino Fundamental, 2018
Instituição de Ensino
Total de alunos
Turnos Anos Iniciais
Anos Finais
Colégio Atenas -- 39 Matutino
Colégio Estadual Marechal Costa e Silva -- 726 Matutino
Vespertino
62
Escola Municipal Dom Bosco 403 -- Matutino
Vespertino
Escola Municipal Paulo Freire 408 -- Matutino
Vespertino
Escola Sol Nascente 49 -- Matutino
Fonte: Instituições Educacionais, fevereiro de 2015.
Matriculas
A rede municipal é responsável por 49,9% das matrículas, seguida pela rede estadual
com 44,7% e a rede particular com 5,4% do total de alunos.
Gráfico 18. Percentual de atendimento do Ensino Fundamental, por Rede de Ensino,
2015
Fonte: Instituições Educacionais, fevereiro de 2015.
Do total de 1.625 alunos, encontram-se matriculados nos anos iniciais, 860 alunos, e
nos anos finais, 765 alunos; 55% no período matutino e 45% no período vespertino.
Tabela 7. Evolução das Matrículas do Ensino Fundamental, 2011 – 2015
Redes de Ensino
Tur no
2011 2012 2013 2014 2015
AL TU AL TU AL TU AL TU AL TU
Municipal (anos
iniciais)
M 404 17 339 14 405 18 430 18 424 19
V 364 17 354 14 356 17 311 13 387 17
I - - - - - - - - - -
Total – Rede Municipal
768 34 693 28 761 35 741 31 811 36
Estadual M 399 12 383 12 374 12 398 12 381 12
63
(anos finais)
V 457 15 400 14 365 13 370 13 345 12
N 83 3 44 1 36 1 - - - -
Total – Rede Estadual
939 30 827 27 775 26 768 25 726 24
Particular (anos
iniciais)
M 31 05 37 05 38 05 44 05 49 05
V - - - - - - - - - -
N - - - - - - - - - -
Particular (anos finais)
M 53 01 45 01 40 01 43 01 39 01
V - - - - - - - - - -
N - - - - - - - - - -
Total – Rede Particular
84 06 82 06 78 06 87 06 88 06
Total Geral 1.791 70 1.602 61 1.614 67 1.596 62 1.625 66
Legenda: AL – Alunos; TU – Turmas; M – Matutino; V – Vespertino; I – Integral; N – Noturno. Fonte: Instituições Educacionais, fevereiro de 2015.
Gráfico 19. Evolução das Matrículas no Ensino Fundamental, 2011 – 2015
Fonte: Instituições Educacionais, fevereiro de 2015.
Desempenho Escolar
Percentual de alunos matriculados considerados aprovados, reprovados ou
desistentes. A situação de desistência (abandono) é caracterizada por alunos,
matriculados em determinada série, que deixam de frequentar a escola durante o ano
letivo.
Fonte: IPARDES
64
Gráfico 20. Desempenho Escolar
Taxa de Distorção Idade X Série
Proporção de alunos nos anos iniciais e finais do ensino fundamental e médio, com
idade superior a recomendada às etapas do sistema de ensino básico.
Fonte: IPARDES.
65
Gráfico 21. Taxa de Distorção Idade X Série
Taxa de Analfabetismo
É o percentual de pessoas analfabetas em determinada faixa etária. Considera-se,
aqui, a faixa etária de 15 anos ou mais, isto é, o analfabetismo avaliado acima da faixa
etária onde, por lei, a escolaridade seria obrigatória.
Consideraram-se como analfabetas as pessoas maiores de 15 anos que declararam
não serem capazes de ler e escrever um bilhete simples ou que apenas assinam o
próprio nome, incluindo as que aprenderam a ler e escrever, mas esqueceram.
Fonte: IPARDES
Gráfico 22. Taxa de Analfabetismo
IDEB - Índice de Desenvolvimento da Educação Básica
O indicador é calculado a partir dos dados sobre aprovação escolar, obtidos no Censo
Escolar, e médias de desempenho nas avaliações do Inep, o SAEB (Sistema Nacional
de Avaliação da Educação Básica) e a Prova Brasil.
66
O índice foi criado em 2007 e tem divulgação de forma bienal. Foram fixadas metas
até o ano de 2021, no Termo de Adesão ao Compromisso Todos pela Educação, eixo
do PDE (Plano de Desenvolvimento da Educação), implementado pelo Decreto n.º
6.094, de 24 de abril de 2007.
Fonte: MEC / INEP.
Gráfico 23. IDEB - Índice de Desenvolvimento da Educação Básica
Tabela 8. Resultados do IDEB no Ensino Fundamental e as Metas Previstas, 2007 –
2021
Rede
de
Ensino
IDEB Observado Metas Projetadas
2005 2007 2009 2011 2013 2007 2009 2011 2013 2015 2017 2019 2021
Municipal 4,4 4,3 5,4 5,5 5,3 4,5 4,8 5,2 5,5 5,7 6,0 6,3 6,5
Estadual 3,3 3,9 4,0 3,5 3,6 3,3 3,5 3,8 4,2 4,5 4,8 5,1 5,3
Fonte: INEP (Consulta no site www.inep.gov.br, em fevereiro de 2015).
67
De acordo com a direção do Colégio Estadual Marechal Costa e Silva, o baixo
desempenho no IDEB se deve a um conjunto de problemas, tais como: alunos
desestimulados, abandono escolar, rotatividade de professores, problemas sociais e
familiares.
Gráfico 24. IDEB da Rede Municipal, Observado e Metas Previstas, 2007-2021
Fonte: INEP (Consulta no site www.inep.gov.br, em fevereiro de 2015). Elaborado pela Consultoria.
Gráfico 25. IDEB da Rede Estadual, Observado e Metas Previstas, 2007-2021
Fonte: INEP (Consulta no site www.inep.gov.br, em fevereiro de 2015). Elaborado pela Consultoria.
ENSINO MÉDIO
O ensino médio é ofertado em duas instituições de ensino, uma da rede estadual e
outra da rede particular, o Colégio Estadual Marechal Costa e Silva e o Colégio
Atenas, respectivamente.
68
Gráfico 26. Percentual de atendimento do Ensino Médio, por Rede de Ensino, 2015
Fonte: Instituições Educacionais, fevereiro de 2015.
A rede estadual é responsável por quase a totalidade das matrículas (95%), o
equivalente a 408 alunos. A rede particular, com 22 matrículas, participa com 5% do
total.
Tabela 9. Evolução das Matrículas do Ensino Médio regular, 2011 – 2015
Redes de Ensino
Turno
2011 2012 2013 2014 2015
AL TU AL TU AL TU AL TU AL TU
Estadual
M 179 05 173 05 167 05 168 05 164 05
V 64 03 80 03 92 04 105 04 117 04
N 205 06 174 06 168 05 153 05 127 04
Total Rede Estadual 448 14 427 14 427 14 426 14 408 13
Particular
M 15 01 25 01 23 01 19 01 22 01
V - - - - - - - - - -
N - - - - - - - - - -
Total Rede Particular
15 01 25 01 23 01 19 01 22 01
Total Geral 463 15 452 15 450 15 445 15 430 14
Legenda: AL – Alunos; TU – Turmas; M – Matutino; V – Vespertino; N – Noturno. Fonte: Instituições Educacionais, fevereiro de 2015.
69
Conforme observado na Tabela acima, houve uma queda de 4,23% nas matrículas da
rede estadual em relação a 2014. Em contrapartida, a rede particular cresceu 15,79%.
As matrículas do turno matutino correspondem a 43% do total de matrículas, seguida
das matrículas no turno noturno (30%) e do turno vespertino (27%).
Gráfico 27. Evolução das Matrículas no Ensino Médio Regular, 2011 – 2015
Fonte: Instituições Educacionais, fevereiro de 2015.
EDUCAÇÃO SUPERIOR
A modalidade de Educação a Distância (EaD) tem apresentado nos últimos anos um
crescimento expressivo. Uma das principais razões para esse crescimento pode ser
atribuída à demanda reprimida de alunos não atendidos, principalmente por motivos
econômicos e de localidades distantes das instituições de educação superior.
Com a finalidade de expandir e interiorizar a oferta de cursos e programas de
educação superior no país, foi criado em 2005, o programa Universidade Aberta do
Brasil (UAB). Este sistema é um articulador entre governo federal e entes federativos
que apoiam as universidades públicas a oferecerem cursos de graduação e de pós-
graduação na modalidade de educação a distância.
Em Cidade Gaúcha, desde o ano de 2007, funciona o Polo de Apoio Presencial da
UAB, com o curso de Administração da Universidade Federal de Santa Catarina
(UFSC) e de vários cursos da Universidade Estadual de Maringá (UEM).
70
Tabela 10. Cursos Ofertados pelo do Polo de Apoio Presencial da UAB em Cidade
Gaúcha, 2015
Instituição Cursos Total de vagas
ofertadas
Total de vagas
preenchidas
Universidade Federal de Santa Catarina
Graduação em Administração 50 50
Universidade Estadual de Maringá
Graduação em Administração Pública 50 35
Graduação em Ciências Biológicas
20 20
Graduação em Física 20 12
Graduação em Pedagogia 50 50
Pedagogia Especial 20 20
Especialização em Gestão Pública
50 47
Especialização em Gestão em Saúde
30 20
Fonte: Tutoria do Polo da UAB de Cidade Gaúcha, fevereiro de 2015.
Um tutor presencial atua no Polo tendo o papel de orientar no que diz respeito aos
assuntos acadêmicos, tais como: matrículas, informações do curso, organização de
grupos de estudos, controles acadêmicos, assistência no uso das tecnologias
utilizadas.
A infraestrutura física e logística de funcionamento do Polo é de responsabilidade do
Município, em parceria com as Instituições de Ensino Superior (IES), com assistência
técnica e financeira do MEC, por intermédio da Coordenação de Aperfeiçoamento do
Pessoal de Nível Superior (CAPES) e Secretaria de Estado da Educação do Paraná
(SEED-PR).
No que se refere à estrutura do Polo, o MEC estabelece os itens necessários para o
bom funcionamento do mesmo como forma de alcançar seus objetivos. A tabela a
seguir apresenta alguns destes itens, demonstrando como eles se apresentam no
momento.
71
Tabela 11. Infraestrutura do Polo de Apoio Presencial da UAB de Cidade Gaúcha,
2015
Itens Avaliação
O B R I
Espaço físico disponível adequado ao número de alunos. - X - -
Iluminação e ventilação adequadas às atividades desenvolvidas. - X - -
Mobiliário confortável para o desenvolvimento dos trabalhos
individuais e em grupos. - X - -
Adequação dos espaços disponíveis ao currículo proposto. - X - -
Instalações sanitárias adequadas para docentes, discentes e
funcionários. - X - -
Condições para atendimento aos portadores de necessidades
especiais. - X - -
Biblioteca com acervo de livros e periódicos em quantidade e
qualidade desejáveis. - X - -
Existência de acervo de recursos audiovisuais. - X - -
Acesso à Internet. - X - -
Legenda: O – Ótimo; B – Bom; R – Regular; I – Inexistente. Fonte: Tutoria do Polo da UAB de Cidade Gaúcha, fevereiro de 2015.
Além dos cursos ofertados no Município, de acordo com levantamento realizado, em
torno de 250 pessoas deslocam-se diariamente para outras IES da região em busca
da educação superior. Os municípios mais próximos e procurados por estas pessoas
são Umuarama e Paranavaí.
Os cursos superiores e de pós-graduação mais procurados nestes municípios são nas
áreas da saúde, engenharia e de tecnologias.
Estes acadêmicos congregam a Associação dos Acadêmicos de Cidade Gaúcha.
Parte da manutenção da Associação é subsidiada pelo Poder Público Municipal, que
repassa mensalmente um percentual para a ajuda no transporte destes acadêmicos.
72
EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS
O censo de 2010 aponta que no Município a taxa de analfabetismo da população da
faixa etária de 15 anos ou mais, é de 11,33%. Índice este, ainda muito alto, se
considerarmos que a população desta faixa etária é de 8.428 pessoas, tendo,
portanto, uma população analfabeta de 955 pessoas.
O censo considera como analfabetas as pessoas maiores de 15 anos que declararam
não serem capazes de ler e escrever um bilhete simples ou que apenas assinam o
próprio nome, incluindo também as que aprenderam a ler e escrever, mas
esqueceram.
As maiores taxas de analfabetismo encontram-se na população com mais de 50 anos
de idade (29,29%). Portanto, erradicar o analfabetismo no Município, não é tarefa fácil,
uma vez que a população desta faixa etária não se sente sensibilizada em atender os
apelos dos governos (municipal e estadual) para a sua volta aos bancos escolares.
O Município continua a ofertar os cursos de Educação de Jovens e Adultos (EJA),
tanto para o ensino fundamental (anos iniciais e anos finais) como para o ensino
médio.
A Escola Municipal Dom Bosco oferta o programa de alfabetização EJA, Fase I,
enquanto que a rede estadual, por meio do Colégio Estadual Marechal Costa e Silva
oferta disciplinas na Fase II e ensino médio.
Tabela 12. Oferta da EJA no Município, 2015
Programas / Cursos
Local Número de
alunos atendidos
Turno
Fase I Escola Municipal Dom Bosco 25 Noturno
Fase II Colégio Estadual Marechal Costa e Silva 50 Noturno
Ensino Médio Colégio Estadual Marechal Costa e Silva 40 Noturno
Fonte: Instituições Educacionais, fevereiro de 2015.
73
Gráfico 28. Evolução das Matrículas na EJA, 2011 – 2015
Fonte: Instituições Educacionais, fevereiro de 2015.
Organização da rede municipal de ensino
Tabela 13. Distribuição dos Alunos nas Etapas da Educação Básica ofertadas pelo
Município, 2015
Etapa da Educação
Básica
Número de
alunos
Número de
turmas
Número de
docentes
Quantidade de salas de
aula
Alunos por Turmas
Jornada do aluno
(h/dia)
Creche 172 11 27 11 * 8h
Pré-escola 362 19 32 14 Média de
20 4h e 8h
EF– Anos
iniciais 811 35 73 24
De acordo
com o
porte das
escolas
4h
EJA 25 01 01 01 Média de
25 4h
Fonte: Secretaria Municipal da Educação, fevereiro de 2015. (*) Conforme Deliberação nº 08/06 do Conselho Estadual de Educação do Paraná.
Dados de 2018, aponta que na fila de espera tem-se 55 alunos aguardando vaga no
Cmei Anjo da Guarda e 90 alunos aguardando vaga no Cmei Prefeito Lauro Ranulfo
Muller, totalizando 145.
74
Com relação a Evasão Escolar, somente na Escola Estadual Marechal Costa e Silva
com 35 alunos.
Detenção Escolar/repetência:
Escola Municipal Paulo Freire: 26
Escola Municipal Dom Bosco: 27
Colégio Estadual Marechal Costa e Silva: 114
Escola Atenas: 02
PROGRAMAS E PROJETOS
Brasil Carinhoso
O Programa Brasil Carinhoso consiste na transferência automática de recursos
financeiros para custear despesas com manutenção e desenvolvimento da educação
infantil, contribuir com as ações de cuidado integral, segurança alimentar e nutricional,
além de garantir o acesso e a permanência da criança na educação infantil. Os
recursos são destinados aos alunos de zero a 48 meses, matriculados em creches
públicas ou conveniadas com o poder público, cujas famílias sejam beneficiárias do
Programa Bolsa Família. O apoio financeiro é devido aos municípios (e ao Distrito
Federal) que informaram no censo escolar do ano anterior a quantidade de matrículas
de crianças de zero a 48 meses, nas características acima mencionadas.
Programa Caminho da Escola:
Objetiva renovar, padronizar e ampliar a frota de veículos escolares das redes
municipal, do DF e estadual de educação básica pública. Voltado a estudantes
residentes, prioritariamente, em áreas rurais e ribeirinhas, o programa oferece ônibus,
lanchas e bicicletas fabricados especialmente para o tráfego nestas regiões, sempre
visando à segurança e à qualidade do transporte. Estudantes da rede pública de
educação básica. Gestores educacionais são os responsáveis pela aquisição dos
veículos.
Programa - Formação pela Escola (FPE):
É um programa de formação continuada, na modalidade distância, que tem por
objetivo contribuir para o fortalecimento da atuação dos agentes e parceiros
envolvidos com a execução, o monitoramento, a avaliação, a prestação de contas e o
75
controle social dos programas e ações educacionais financiados pelo FNDE. Destina-
se a cidadãos que exerçam funções de gestão, execução, monitoramento, prestação
de contas e controle social de recursos orçamentários dos programas e ações
financiados pelo FNDE, como profissionais de educação da rede pública de ensino,
técnicos, gestores públicos estaduais, municipais e escolares, membros do comitê
local do Plano de Ações Articuladas (PAR) e dos conselhos de controle social da
educação (Conselho Municipal de Educação – CMM; Conselho Escolar – CE;
Conselho de Alimentação Escolar – CAE; Conselho de Acompanhamento e Controle
Social do Fundeb – CACS/Fundeb) que atuem no segmento da educação básica e
qualquer cidadão que tenha interesse em conhecer as ações e os programas do
FNDE.
PAR: Plano de Ações Articuladas (PAR):
É uma estratégia de assistência técnica e financeira iniciada pelo Plano de Metas
Compromisso Todos pela Educação, instituído pelo Decreto nº 6.094, de 24 de abril
de 2007, fundamentada no Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE), que
consiste em oferecer aos entes federados um instrumento de diagnóstico e
planejamento de política educacional, concebido para estruturar e gerenciar metas
definidas de forma estratégica, contribuindo para a construção de um sistema nacional
de ensino. Trata-se de uma estratégia para o planejamento plurianual das políticas de
educação, em que os entes subnacionais elaboram plano de trabalho a fim de
desenvolver ações que contribuam para a ampliação da oferta, permanência e
melhoria das condições escolares e, consequentemente, para o aprimoramento do
Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) de suas redes públicas de
ensino. Assegurar o acesso dos estudantes às vagas escolares disponibilizadas nas
instituições de ensino, em especial na educação básica, e sua permanência com
sucesso na escola, depende do atendimento a uma série de elementos estruturais e
serviços, dentre os quais se destacam: materiais didáticos e pedagógicos, formação
de profissionais, equipamentos e infraestrutura escolar. Esses produtos e serviços se
relacionam a vários fatores econômicos e sociais e à forma de planejamento, gestão,
atuação e colaboração entre os entes subnacionais, proporcionada pela assistência
técnica e financeira, concretizada no âmbito do PAR.
76
PDDE: Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE):
Destina recursos financeiros, em caráter suplementar, a escolas públicas da educação
básica (e casos específicos) para uso em despesas de manutenção do prédio escolar
e de suas instalações (hidráulicas, elétricas, sanitárias etc.); de material didático e
pedagógico; e também para realização de pequenos investimentos, de modo a
assegurar as condições de funcionamento da unidade de ensino, além de reforçar a
participação social e a autogestão escolar. Os repasses são feitos anualmente, em
duas parcelas iguais. Existem ainda as “Ações Agregadas ao PDDE”, transferências
financeiras para fins específicos classificadas em três grupos: o Novo Mais Educação,
que compreende as atividades de educação integral em jornada ampliada; o PDDE
Estrutura, constituído das ações Água na Escola, Escola do Campo, Escola
Sustentável e Escola Acessível; e o PDDE Qualidade, composto das ações Atleta na
Escola, Ensino Médio Inovador, Mais Cultura nas Escolas e Plano de
Desenvolvimento da Escola (PDE Escola). Escolas públicas de educação básica
estaduais, do Distrito Federal e municipais; unidades de ensino privadas de educação
especial qualificadas como beneficentes de assistência social ou de atendimento
direto e gratuito ao público; e polos presenciais do sistema Universidade Aberta do
Brasil (UAB) que ofertem programas de formação inicial ou continuada a profissionais
da educação básica.
PNAE: Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE):
Oferece alimentação escolar e ações de educação alimentar e nutricional a
estudantes de todas as etapas da educação básica pública. O governo federal
repassa, a estados, municípios e escolas federais, valores financeiros de caráter
suplementar efetuados em 10 parcelas mensais (de fevereiro a novembro) para a
cobertura de 200 dias letivos, conforme o número de matriculados em cada rede de
ensino. O PNAE é acompanhado e fiscalizado diretamente pela sociedade, por meio
dos Conselhos de Alimentação Escolar (CAE), e também pelo FNDE, pelo Tribunal
de Contas da União (TCU), pela Controladoria Geral da União (CGU) e pelo Ministério
Público. O repasse é feito diretamente aos estados e municípios, com base no Censo
Escolar realizado no ano anterior ao do atendimento. O Programa é acompanhado e
fiscalizado diretamente pela sociedade, por meio dos Conselhos de Alimentação
Escolar (CAE), pelo FNDE, pelo Tribunal de Contas da União (TCU), pela
Controladoria Geral da União (CGU) e pelo Ministério Público. Com a Lei nº 11.947,
77
de 16/6/2009, 30% do valor repassado pelo Programa Nacional de Alimentação
Escolar – PNAE deve ser investido na compra direta de produtos da agricultura
familiar, medida que estimula o desenvolvimento econômico e sustentável das
comunidades. São atendidos pelo programa os alunos de toda a educação básica
(educação infantil, ensino fundamental, ensino médio e educação de jovens e adultos)
matriculados em escolas públicas, filantrópicas e em entidades comunitárias
(conveniadas com o poder público). Vale destacar que o orçamento do PNAE
beneficia milhões de estudantes brasileiros, como prevê o artigo 208, incisos IV e VII,
da Constituição Federal.
PNATE: Programa Nacional de Apoio ao Transporte do Escolar (PNATE):
Consiste na transferência automática de recursos financeiros para custear despesas
com manutenção, seguros, licenciamento, impostos e taxas, pneus, câmaras, serviços
de mecânica em freio, suspensão, câmbio, motor, elétrica e funilaria, recuperação de
assentos, combustível e lubrificantes do veículo ou, no que couber, da embarcação
utilizada para o transporte de alunos da educação básica pública residentes em área
rural. Serve, também, para o pagamento de serviços contratados junto a terceiros para
o transporte escolar. Os recursos são destinados aos alunos da educação básica
pública residente em áreas rurais que utilizam transporte escolar. Os valores
transferidos diretamente aos estados, ao Distrito Federal e aos municípios são feitos
em dez parcelas anuais, de fevereiro a novembro. O cálculo do montante de recursos
financeiros destinados anualmente aos entes federados é baseado no censo escolar
do ano anterior X per capita definido e disponibilizado na página do FNDE para
consulta. Os estados podem autorizar o FNDE a efetuar o repasse do valor
correspondente aos alunos da rede estadual diretamente aos respectivos municípios.
Para isso, é necessário formalizar a autorização por meio de ofício ao órgão. Caso
não o façam, terão de executar diretamente os recursos recebidos, ficando impedidos
de fazer transferências futuras aos entes municipais.
Os Programas do Livro compreendem as ações de dois programas:
O Programa Nacional do Livro Didático (PNLD) e o Programa Nacional Biblioteca da
Escola (PNBE), por meio dos quais o governo federal provê as escolas de educação
básica pública com obras didáticas, pedagógicas e literárias, bem como com outros
materiais de apoio à prática educativa, de forma sistemática, regular e gratuita. As
78
ações dos programas de material didático destinam-se aos alunos e professores das
escolas de educação básica pública, incluindo estudantes de educação de jovens e
adultos.
PROINFÂNCIA:
O Programa Nacional de Reestruturação e Aquisição de Equipamentos para a Rede
Escolar Pública de Educação Infantil, instituído pela Resolução nº 6, de 24 de abril de
2007, é uma das ações do Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE) do
Ministério da Educação, visando garantir o acesso de crianças a creches e escolas,
bem como a melhoria da infraestrutura física da rede de Educação Infantil.
O programa atua sobre dois eixos principais, indispensáveis à melhoria da qualidade
da educação:
1. Construção de creches e pré-escolas, por meio de assistência técnica e
financeira do FNDE, com projetos padronizados que são fornecidos pelo FNDE ou
projetos próprios elaborados pelos proponentes;
2. Aquisição de mobiliário e equipamentos adequados ao funcionamento da rede
física escolar da educação infantil, tais como mesas, cadeiras, berços, geladeiras,
fogões e bebedouros.
PROINFO:
O programa se destina a Municípios e ao Distrito Federal.
O Programa Nacional de Tecnologia Educacional (ProInfo) foi criado pelo Ministério
da Educação, em 1997, para promover o uso da tecnologia como ferramenta de
enriquecimento pedagógico no ensino público fundamental e médio. A partir de 12 de
dezembro de 2007, mediante a criação do Decreto n° 6.300, foi reestruturado e
passou a ter o objetivo de promover o uso pedagógico das tecnologias de informação
e comunicação nas redes públicas de educação básica. Destina a estudantes e
professores da rede pública de ensino.
O Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa
Tem o propósito de apoiar todos os professores que atuam no ciclo de alfabetização,
incluindo os que atuam nas turmas multisseriadas e multietapa, a planejarem as aulas
e a usarem de modo articulado os materiais e as referências curriculares e
79
pedagógicas ofertados pelo MEC às redes que aderirem ao Pacto Nacional pela
Alfabetização na Idade Certa e desenvolverem as ações desse Pacto.
Educação Conectada:
A Educação Conectada é o nome do Programa de Inovação proposta pelo Ministério
da Educação para acelerar a incorporação de tecnologia e inovação nas escolas
públicas brasileiras por meio de uma oferta balanceada de conexão à internet,
conteúdos educacionais digitais e formação de professores. 2. Qual é o objetivo do
Programa? Apoiar a universalização do acesso à internet em alta velocidade e
fomentar o uso pedagógico de tecnologias digitais na educação básica, em
consonância com a estratégia 7.15 do Plano Nacional de Educação, aprovado pela
Lei no 13.005, de 25 de junho de 2014.
Cooperjovem:
É um programa da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), desenvolvido
em âmbito nacional pelo Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo
(Sescoop) desde 2000. Em 2001, o programa foi implantado pelo Sescoop/SP, que
assumiu sua coordenação em âmbito estadual em parceria com as Cooperativas e
Secretarias de Educação.
Programa Cooperativa Mirim:
A fim de fomentar a formação de cooperativas nas escolas e instituições que atendam
crianças e adolescentes, o Instituto Sicoob e a cooperativa Cooesa se uniram a
educadores, pais e alunos dos municípios para a implementação de cooperativas
mirins. A Cooperativa Mirim é uma associação de alunos que, sob a orientação de
um Professor Orientador, se unem voluntariamente visando satisfazer aspirações e
necessidades econômicas, sociais e culturais comuns, por meio da vivência e prática
do cooperativismo. Essas cooperativas fundadas são dirigidas e coordenadas pelos
próprios alunos da instituição social ou instituição de ensino regular – públicas ou
particulares – e tem por finalidade o desenvolvimento de competências, hábitos e
atitudes por meio de uma prática pedagógica disseminando os princípios do
cooperativismo, harmonizando-os aos interesses com a comunidade, na produção de
bens ou prestação de serviços, obtendo, por fim, responsabilidades sociais, morais e
80
econômicas dentro e fora do ambiente escolar, com distribuição dos resultados
proporcionais entre os membros participantes.
Financiamento:
FUNDEB: O Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de
Valorização dos Profissionais da Educação – Fundeb é um fundo especial, de
natureza contábil e de âmbito estadual (um fundo por estado e Distrito Federal, num
total de vinte e sete fundos), formado, na quase totalidade, por recursos provenientes
dos impostos e transferências dos estados, Distrito Federal e municípios, vinculados
à educação por força do disposto no art. 212 da Constituição Federal. Além desses
recursos, ainda compõe o Fundeb, a título de complementação, uma parcela de
recursos federais, sempre que, no âmbito de cada Estado, seu valor por aluno não
alcançar o mínimo definido nacionalmente. Independentemente da origem, todo o
recurso gerado é redistribuído para aplicação exclusiva na educação básica.
O aporte de recursos do governo federal ao Fundeb, de R$ 2 bilhões em 2007,
aumentou para R$ 3,2 bilhões em 2008, R$ 5,1 bilhões em 2009 e, a partir de 2010,
passou a ser no valor correspondente a 10% da contribuição total dos estados e
municípios de todo o país. Os investimentos realizados pelos governos dos Estados,
Distrito Federal e Municípios e o cumprimento dos limites legais da aplicação dos
recursos do Fundeb são monitorados por meio das informações declaradas no
Sistema de Informações sobre Orçamentos Públicos em Educação (Siope), disponível
no sítio do FNDE, no endereço eletrônico: São destinatários dos recursos do Fundeb
os estados, Distrito Federal e municípios que oferecem atendimento na educação
básica. Na distribuição desses recursos, são consideradas as matrículas nas escolas
públicas e conveniadas, apuradas no último censo escolar realizado pelo Instituto
Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep/MEC).
Os alunos considerados, portanto, são aqueles atendidos:
• nas etapas de educação infantil (creche e pré-escola), ensino fundamental (de
oito ou de nove anos) e ensino médio;
• nas modalidades de ensino regular, educação especial, educação de jovens e
adultos e ensino profissional integrado;
• nas escolas localizadas nas zonas urbana e rural;
81
• nos turnos com regime de atendimento em tempo integral ou parcial (matutino
e/ou vespertino ou noturno).
O Salário-Educação é uma contribuição social destinada ao financiamento de
programas, projetos e ações voltados para a educação básica pública, conforme
previsto no § 5º do art. 212 da Constituição Federal de 1988.
Os recursos do Salário-Educação são repartidos em cotas, sendo os destinatários a
União, os estados, o Distrito Federal e os municípios.
Projeto de Interação Dinâmica:
Projeto que trabalha atividades dinâmicas coordenação motora, movimento,
lateralidade, expressão corporal, jogos e brincadeiras no sentido de ampliar e
enriquecer as possibilidades expressivas, gestuais e corporais das crianças de seis
meses a cinco anos.
Projeto música:
Mostrar práticas educativas na Educação Infantil, através da realização de atividades
musicais, de forma lúdica e prazerosa para a criança, fazendo dessa arte, parte
integrante de sua cultura, aprendizagem e sociabilidade.
Projeto Televisando:
Televisando assume o compromisso de propor aos professores, alunos e comunidade
em geral, a reflexão sobre conduta, valores e princípios que regem a nossa sociedade
e são responsáveis pelos resultados e pelo mundo que temos hoje. Mas mais que
garantir a reflexão, queremos promover mudanças de atitudes para a construção de
um mundo cada vez melhor e que começa pela ação de cada um de nós. Podem
participar os professores do Ensino Fundamental 1 (1º ao 5º ano) dos Municípios que
fazem parte do projeto.
Projeto Estudando com a Bíblia:
Favorecer a discussão e o fortalecimento de valores éticos, vínculos familiares e
comunitários entre crianças e suas famílias. Projeto desenvolvido do 1º ao 5º ano
com matéria (livreto) específico.
82
Projeto PIP:
Projeto com alunos 1º aos 5º anos que apresentam dificuldades de ensino-
aprendizagem e não conseguem acompanhar a turma regular com atendimento
especial e diferenciado. Através de avaliação com direção, psicopedagoga, suporte
pedagógico, professor, psicopedagoga, psicóloga.
Projeto Semeando o Verde (Projeto desenvolvido pela Usina Santa Terezinha e
as escolas)
O Semeando o Verde tem como objetivo promover o desenvolvimento da consciência
ambiental de crianças do 3º, 4º e 5º ano do ensino público municipal e acontece em
comemoração ao Dia da Árvore (21 de setembro). Em 2016, o projeto atendeu 4.900
crianças de 35 escolas públicas em 13 municípios do Paraná e Mato Grosso do Sul.
A programação do evento envolve atividades com a temática da preservação
ambiental, como palestras, apresentações teatrais, concurso de desenho/redação e
plantio de mudas de árvores, além da entrega de kits e premiações. O Semeando o
Verde é realizado com a participação de colaboradores e voluntários. As mudas
utilizadas no plantio são cultivadas nos viveiros próprios da empresa e recebidas por
meio de doações do IAP (Instituto Ambiental do Paraná), Itaipu Binacional e
ICMBio/Reserva das Perobas.
Projeto Bom Leitor (Desenvolvido pela escola municipal Paulo Freire):
Concurso de leitura para alunos do 5º ano do Ensino Fundamental desenvolvido
durante as aulas semanais de Biblioteca durante a ano letivo.
Projeto Lendo Mais Para Aprender Muito:
Projeto desenvolvido em todas as turmas do 2º ano e com turmas do Projeto de
Intervenção Pedagógica durante o ano letivo, através de leituras de textos, gibis, livros
de literatura infantil e outras tipologias textuais.
Projeto Formação de Leitores:
Projeto de incentivo à leitura, destinado aos professores com certificado de horas.
83
6 - ASPECTOS DE SAÚDE
A União é o principal financiador da saúde pública no país. Historicamente, metade
dos gastos é feita pelo governo federal, a outra metade fica por conta dos estados e
municípios. A União formula políticas nacionais, mas a implementação é feita por seus
parceiros (estados, municípios, ONGs e iniciativa privada).
O município é o principal responsável pela saúde pública de sua população. A partir
do Pacto pela Saúde, assinado em 2006, o gestor municipal passa a assumir imediata
ou paulatinamente a plenitude da gestão das ações e serviços de saúde oferecidos
em seu território.
Quando o município não possui todos os serviços de saúde, ele pactua com as demais
cidades de sua região a forma de atendimento integral à saúde de sua população.
Esse pacto também deve passar pela negociação com o gestor estadual.
Indicadores de Saúde
Quadro 5. Descrição e análise do perfil da mortalidade geral, proporcional por faixa
etária, sexo e grupos de causas mais frequentes:
Doenças e Agravos 2013 2014 2015 2016 2017
I.Algumas doenças infecciosas e parasitárias
01 01 02 03 03
II. Neoplasias (tumores) 15 09 12 08 08
III.Doenças do sangue órgãos hemat e transt imunit.
01 0 0 01 0
IV.Doenças endócrinas nutricionais e metabólicas
0 01 01 02 01
V.Transtornos mentais e comportamentais
01 0 0 01 01
VI.Doenças do Sistema nervoso 01 0 01 02 01
VII. Doenças do aparelho circulatório 18 16 27 19 33
XVIII.Doenças do aparelho respiratório 08 12 03 04 06
IX..Doenças do aparelho disgestivo 05 01 02 03 04
X. Doenças da pele e do tecido subcutâneo
0 0 0 0 0
XI. Doenças do aparelho geniturinário 0 0 2 2 0
XII. Gravidez, parto e puerpério 0 0 0 0 0
XIII- Algumas afecções originadas no período perinatal
04 02 02 03 02
84
XIV.Malformações congênitas, deform. e anomalias cromossômicas
02 02 01 01 0
XV.Sint. Sinais e achad anorm exames clin e laborat.
01 0 02 01 02
XVI Causas externas de morbidade e mortalidade
06 07 15 08 05
Fonte: SIM/SINAN
Quadro 6. Indicadores de Mortalidade Materna/Infantil e Fetal de Cidade Gaúcha/PR
de 2013 a 2017.
Ano Ob.Inf. N.V. CMI O.F N.V. CMI
2013 04 161 24,84 0 161 0
2014 02 173 11,56 0 173 0
2015 03 179 16,76 1 179 5,59
2016 0 170 0,00 1 170 5,8
2017 1 122 8,20 0 122 0,00
Fonte: SIM, SINASC
Esperança de Vida ao Nascer
Número médio de anos que um indivíduo viverá a partir do nascimento, considerando
o nível e estrutura de mortalidade por idade observados naquela população.
Para o cálculo da esperança de vida ao nascer leva-se em consideração não apenas
os riscos de morte na primeira idade, mortalidade infantil, mas para todo o histórico
de mortalidade de crianças, adolescentes, jovens, adultos e idosos.
Sendo uma síntese da mortalidade ao longo de todo o ciclo de vida dos indivíduos, a
esperança de vida é o indicador empregado para mensurar as dimensões humanas
no índice de desenvolvimento, qual seja, direito a uma vida longa e saudável. Isso
porque, em cada um dos grupos etários os indivíduos estão sujeitos a diferentes riscos
de mortalidade, estabelecendo distintas causas principais de mortalidade.
Fonte: PNUD.
85
Gráfico 29. Esperança de Vida ao Nascer, 2010
Percentual de crianças menores de 1 ano com vacinação em dia
Estima a proporção da população infantil, menor de 1 ano, imunizada de acordo com
o esquema vacinal preconizado pelo Programa Nacional de Imunização (PNI).
Devem ser considerados os seguintes tipos de vacinas e respectivo esquema, de
acordo com o período de análise:
- Tetravalente (contra difteria, tétano, coqueluche, meningite e outras infecções pela
bactéria haemophilus influenzae tipo b), 3 doses em menores de 1 ano;
- Poliomielite oral, 3 doses em menores de 1 ano;
- Tuberculose – BCG, 1 dose em menores de 1 ano;
- Hepatite B, 3 doses em menores de 1 ano.
Fonte: DATASUS.
Gráfico 30. Percentual de crianças menores de 1 ano com vacinação em dia (%)
Taxa de Mortalidade Geral
Número de óbitos, expresso por mil habitantes, ocorridos na população geral, em
determinado período.
Taxa de Mortalidade Geral = (Óbitos Gerais / População) x 1000
Fonte: IBGE / DATASUS.
86
Gráfico 31. Taxa de Mortalidade Geral, 2015
Taxa de Mortalidade em menores de 1 ano de idade
A mensuração é feita pela taxa ou coeficiente de mortalidade infantil, que relaciona o
número de mortes infantis, por mil nascidos vivos, na população residente em
determinado espaço geográfico no período considerado.
Fonte: DATASUS.
Gráfico 32. Taxa de Mortalidade em menores de 1 ano de idade, 2015
Óbitos segundo Tipos de Doenças em Menores de 1 ano
Cap I - Algumas Doenças Infecciosas e Parasitárias
Cap II - Neoplasias (Tumores)
Cap III - Doenças do Sangue, Órgãos Hematopoéticos e Transtornos Imunitários
Cap IV - Doenças Endócrinas, Nutricionais e Metabólicas
Cap VI - Doenças do Sistema Nervoso
Cap VII - Doenças do Olho e Anexos
Cap VIII - Doenças do Ouvido e da Apófise Mastóide
Cap IX - Doenças do Aparelho Circulatório
Cap X - Doenças do Aparelho Respiratório
Cap XI - Doenças do Aparelho Digestivo
Cap XII - Doenças da Pele e do Tecido Celular Subcutâneo
87
Cap XIII - Doenças do Sistema Osteomuscular e do Tecido Conjuntivo
Cap XIV - Doenças do Aparelho Geniturinário
Cap XVI - Algumas Afecções Originadas no Período Perinatal
Cap XVII - Mal Formação Congênita, Deformidades, Anomalias Cromossômicas
Cap XVIII - Sintomas, Sinais e Achados Anormais de Exames Clínicos e de
Laboratório, não Classificados em Outra Parte
Cap XX - Causas Externas de Morbidade e Mortalidade
Fonte: IPARDES.
Gráfico 33. Total de óbitos em menores de 1 ano de idade, 2016
Gráfico 34. Óbitos segundo tipos de doenças em menores de 1 ano de idade
Taxa de Mortalidade em menores de 5 anos de idade
Número de óbitos de menores de cinco anos de idade, por mil nascidos vivos, na
população residente em determinado espaço geográfico, no ano considerado.
Fonte: DATASUS.
88
Gráfico 35. Taxa de Mortalidade em menores de 5 anos de idade, 2015
Número de óbitos maternos
Morte materna, segundo a 10ª Revisão da Classificação Internacional de Doenças
(CID-10), é a morte de uma mulher durante a gestação ou até 42 dias após o término
da gestação, independente da duração da gravidez, devida a qualquer causa
relacionada com ou agravada pela gravidez ou por medidas em relação a ela, porém
não devida a causas acidentais ou incidentais.
Fonte: SVS / SIM / DATASUS.
Gráfico 36. Número de óbitos maternos, 2016
Taxa de Mortalidade Materna
Número de óbitos femininos por causas maternas, por 100 mil nascidos vivos, em
determinado espaço geográfico, no ano considerado.
Fórmula: (n.º de óbitos de mulheres residentes, por causas ligadas a gravidez, parto
e puerpério / n.º de nascidos vivos de mães residentes) x 100.000
Fonte: DATASUS.
89
Gráfico 37. Taxa de Mortalidade Materna, 2015
Nascidos vivos de mães com mais de 7 consultas de acompanhamento pré-natal
O número de gestantes é estimado pelo número de nascidos vivos. O indicador
utilizado corresponde ao porcentual de gestantes com mais de sete consultas de
acompanhamento pré-natal, em relação ao total de gestantes, na população residente
em determinado espaço geográfico, no período considerado.
Fonte: DATASUS.
Gráfico 38. Nascidos vivos de mães com mais de 7 consultas de acompanhamento
pré-natal, 2015
Programas Preventivos
- Programa Agentes Comunitários de Saúde
- Amamenta e Alimenta
- Brasil Sorridente/Saúde Bucal
- e-SUS
- Estratégia Saúde da Família
- NASF
- PMAQ
90
- Programa Bolsa Família
- Rede Mãe PR/ Rede Cegonha
- PSE
- Telessaúde
- Vigilância Alimentar e Nutricional/SISVAN
- IST/AIDS
- Programa Educação Permanente em Saúde
- Programa Nacional de Imunização
- Assistência Farmacêutica
- Programa Tabagismo
- Urgência/Emergência- SAMU
- Promoção ao autocuidado
- Assistência as pessoas privadas de liberdade
Tipos de doenças relacionadas à alimentação
Obesidade. A obesidade é uma doença caracterizada pelo acúmulo excessivo de
gordura corporal, associado a problemas de saúde.
Colesterol elevado. Aumento de colesterol na corrente sanguínea pode ocasionar
entupimento de veias e artérias causando o infarto e derrame. O colesterol provém de
duas fontes: do seu organismo e dos alimentos que você ingere. No organismo ele é
produzido pelo fígado e o colesterol proveniente da sua alimentação encontra-se em
alimentos fontes de gordura animal, como: manteiga, margarina, creme de leite,
bacon, leite integral, queijos amarelos. Como prevenção e tratamento desta doença é
importante ter uma alimentação equilibrada, evitar o consumo excessivo de alimentos
ricos em gorduras, bem como alimentos industrializados ricos em gordura trans, além
de aumentar o consumo de alimentos ricos em fibras e praticar atividade física
regularmente.
Gastrite- Gastrite é uma inflamação na mucosa do estômago, que podemos
classificar de aguda ou crônica. Nos casos de gastrite crônica, o agente causador
mais comum é a infecção pela bactéria helicobacter pylori. Mas também pode ocorrer
91
devido ao fator hereditário, stress, má alimentação, realização de poucas refeições ao
dia com grande volume de alimentos e com grandes intervalos entre cada refeição.
Diabetes- É uma doença caracterizada pela falta de produção ou produção
insuficiente de insulina ou também pela ação insuficiente da insulina, que faz com que
haja o aumento na taxa de glicose no sangue. A diabetes tipo II pode estar relacionado
com o excesso de peso e a obesidade.
Hipertensão. A hipertensão ocorre quando os níveis de pressão arterial encontram-
se acima dos valores de referência para a população em geral. Podemos citar como
causas da hipertensão a obesidade, consumo excessivo de álcool, sal em excesso,
tabagismo, sedentarismo e fator hereditário. Esta doença é um dos principais fatores
de risco para as doenças cardiovasculares, para controlar a pressão arterial é
fundamental ter uma alimentação balanceada, praticar exercícios e diminuir o
consumo de sódio, ou seja, o sal de cozinha e alimentos ricos em sódio, por isso fique
atento nas embalagens dos alimentos.
Aleitamento materno
O aleitamento materno deve ser exclusivo até os seis meses de vida. Isso significa
que, até completar essa idade, o bebê deve receber somente o leite materno, não
deve ser oferecida qualquer outro tipo de comida ou bebida, nem mesmo água ou chá.
Após esse período ele deve continuar, pelo menos até os dois anos de idade, em
associação com a alimentação complementar.
As vantagens do aleitamento materno são muitas:
1. Promove uma interação profunda entre mãe e filho;
2. Ajuda no desenvolvimento motor e emocional da criança;
3. Faz o útero da mãe voltar mais rápido ao tamanho natural;
4. Diminui o risco de hemorragia pós-parto e, consequentemente, de anemia na
mãe;
5. Ajuda a mulher a voltar mais rapidamente ao peso que tinha antes da gestação
e diminui o risco de câncer de mama e de ovário.
O leite materno é um alimento completo e ideal para o bebê, pois ele contém todos os
nutrientes em quantidades adequadas, proporciona ótimo crescimento, é de fácil
92
digestão, fornece água para hidratação, protege contra infecções e alergias e propicia
menos problemas ortodônticos (dentes) e fonoaudiólogos (na fala) associados ao uso
de mamadeira.
No município de Cidade Gaúcha e realizado acompanhamento Nutricional das
gestantes, em relação ao ganho de peso durante a gestação e a alimentação saudável
para o feto. Também são realizados grupos mensais com as gestantes onde e
colocado vários temas, mas o enfoque maior e o incentivo ao aleitamento materno.
Apoio a família nas questões de alimentação
As famílias com necessidades especiais como, por exemplo, suplementação, a
secretaria de saúde disponibiliza de acordo com o pedido médico.
Também oferece ajuda de formulais infantis, para as famílias que não tem condições
de adquirir, somente com o pedido do pediatra.
Ações de vigilância sanitária - área de alimentos
Realizado inspeção nas cozinhas das escolas municipais
Inspeção de produtos vendidos na feira do produtor
Identificação nos mercados referente onde o produto foi adquirido
Suplementação de ferro – a suplementação e realizado pelo médico, após análise de
exames laboratoriais.
Índices de baixo peso e baixa estatura para crianças menores de 5 anos
O ganho ponderal e o crescimento são indicadores clínicos importantes do estado de
saúde das crianças. Mas, além de serem sinais importantes para a equipe de saúde,
são, sobretudo, relevantes na opinião dos pais, pois estes têm desejos que os filhos
cresçam normalmente e desconhecem a ampla variação da normalidade. Muitas
vezes, comparam seus filhos com outras crianças independentemente dos fatores que
podem influenciar o crescimento e o desenvolvimento.
Apesar de ser uma questão importante para a família, as queixas relacionadas aos
problemas de crescimento ponderal e de estatura, em geral, são trazidas por pais e
93
cuidadores durante as consultas de rotina das crianças/adolescentes e dificilmente
são motivos isolados que levem a uma consulta. Muitas vezes, essas queixas estão
relacionadas às expectativas da família e frequentemente referem-se a preocupações
com baixo peso e baixa estatura. Porém, em geral, elas não se concretizam como
problemas de saúde. É muito comum que a queixa de pouco crescimento ou baixo
ganho de peso venha acompanhada da queixa de falta de apetite da criança. Vale
lembrar que na fase pré-escolar e escolar, com a menor velocidade de crescimento
(fisiológica), a criança sente menos fome.
De acordo com a demanda para avaliação nutricional, ou encaminhamento por
médicos, é constatado em nosso município um índice muito baixo de baixa estatura
acompanhada de baixo peso. Se a criança estiver este quadro clinico são realizadas
orientações com os pais.
Adolescentes e adultos – Quadro de desnutrição
Desnutrição é um estado patológico causado pela falta de ingestão ou absorção de
nutrientes. Dependendo da gravidade, a doença pode ser dividida em primeiro,
segundo e terceiro grau. Existem casos muito graves, cujas consequências podem
chegar a ser irreversíveis, mesmo que a pessoa continue com vida. Entretanto,
a desnutrição pode ser leve e traduzir-se, sem qualquer registro de sintomas, numa
dieta inadequada.
De acordo com as avaliações nutricionais, o índice é baixo para desnutrição, as
demandas maiores de caso de desnutridos são em acamados, pacientes com algum
tipo de deficiência motora e algumas famílias em situações econômicas precárias.
Quanto aos adolescentes e adultos, o que vem acontecendo é a falta de hábitos
alimentares saudáveis ocasionado pela sociedade da vida moderna, onde se come o
que é mais rápido e fácil, sem se questionar o quanto esta sendo saudável a
alimentação.
SISVAN – Peso
A Vigilância Alimentar e Nutricional (VAN) nos serviços de saúde da Atenção Básica
inclui a avaliação antropométrica (medidas corporais) e do consumo alimentar,
segundo orientações constantes no Sisvan Web.
94
O Sisvan Web tem por objetivo consolidar os dados referentes às ações de Vigilância
Alimentar e Nutricional, desde o registro de dados antropométricos e de marcadores
de consumo alimentar até a geração de relatórios. No município é utilizado o programa
ESUS, onde todos os atendimentos realizados no setor da saúde são informados.
Figura 7. Treinamento e atendimento dos profissionais da Saúde
95
7 - ASPECTOS SOCIAIS
A Política Municipal de Assistência Social, formulada democraticamente com a
sociedade, em conformidade com a Lei Orgânica de Assistência Social – LOAS nº.
8.742 de 7/12/1993, Lei 12.435/2011, que altera alguns artigos da LOAS (Lei nº
8.742/1993), integrando ao texto o Sistema Único da Assistência Social (SUAS), a
Política Nacional de Assistência Social/2004, o Sistema Único de Assistência
Social/NOB 2005 e a Lei Orgânica Municipal, visando à melhoria da qualidade de vida
e a promoção da cidadania no Município. Baseado em indicadores da Política
Nacional de Assistência Social (PNAS, 2004).
Caracterização demográfica da extrema pobreza
Conforme dados do Censo IBGE 2010, a população total do município era de 11.062
residentes, dos quais 224 encontravam-se em situação de extrema pobreza, ou seja,
com renda domiciliar per capita abaixo de R$ 70,00. Isto significa que 2,0% da
população municipal vivia nesta situação. Do total de extremamente pobres, 27
(12,1%) viviam no meio rural e 197 (87,9%) no meio urbano.
96
O Censo também revelou que no município havia 18 crianças na extrema pobreza na
faixa de 0 a 3 anos e 23 na faixa entre 4 e 5 anos. O grupo de 6 a 14 anos, por sua
vez, totalizou 57 indivíduos na extrema pobreza, enquanto no grupo de 15 a 17 anos
havia 9 jovens nessa situação. Foram registradas pessoas com mais de 65 anos na
extrema pobreza. 47,6% dos extremamente pobres do município têm de zero a 17
anos. Observe o quadro e o gráfico a seguir:
Tabela 14. População em situação de extrema pobreza por faixa etária, 2010
Fonte – MDS – SAGI
Gráfico 39. Distribuição da população pobre por faixa etária
Fonte – MDS – SAGI
SERVIÇOS SOCIOASSISTENCIAL
A Secretaria Municipal de Assistência Social tem sua equipe dividida de acordo com
os programas que desenvolve, além de profissionais que são referência da gestão.
97
COMPOSIÇÃO DA EQUIPE DO ORGÃO GESTOR – RECURSOS HUMANOS.
A Secretaria Municipal de Assistência Social conta hoje com 23 (vinte e três)
servidores, de diversas formações, distribuídos nos 04 (quatro) equipamentos
públicos de atendimento, sendo um CRAS, um CREAS e um Serviço de Convivência
e Fortalecimento de Vínculos – Lar Sagrada Família e Renascer localizados no
território municipal, formando o quadro de profissionais e trabalhadores do SUAS.
CRAS - Centro de Referência da Assistência Social é uma unidade pública,
referenciado por 2.500 famílias, estatal descentralizada da política de assistência
social sendo responsável pela organização e oferta dos serviços socioassistenciais
da Proteção Social Básica do Sistema Único de Assistência Social (SUAS) nas áreas
de vulnerabilidade e risco social dos municípios e Representa a principal estrutura
física local para a proteção social básica, desempenha papel central no território onde
se localiza, possuindo a função exclusiva da oferta pública do trabalho social com
famílias por meio do serviço de Proteção e Atendimento Integral a Famílias (PAIF) e
gestão territorial da rede socioassistencial de proteção social básica Nesse sentido,
destacam-se como principais funções do CRAS: Ofertar o serviço PAIF e outros
serviços, programas e projetos socioassistenciais de proteção social básica, para as
famílias, seus membros e indivíduos em situação de vulnerabilidade social; Articular
e fortalecer a rede de Proteção Social Básica local; Prevenir as situações de risco em
seu território de abrangência fortalecendo vínculos familiares e comunitários e
garantindo direitos. O CRAS conta com um 01 Coordenador, 01 Psicólogo, 01
Assistente Social, 01 Profissional de nível médio, 01 profissional de nível superior
PROGRAMAS DE PROTEÇÃO SOCIAL BASICA – CRAS
Programa Família Paranaense – 80 famílias selecionadas
Programa BPC na Escola – 08 indivíduos acompanhados
Famílias cadastradas no Cadunico - 4 mil famílias
Benefícios em situação de calamidade: Colchões e colchonetes, cobertores, cesta
básicas, material de construção entre outros.
BPC idoso – 24 idosos beneficiados
BPC Deficientes – 88 beneficiados
Famílias em situação de extrema pobreza inferior a R$ 85,00 per - capita mensais –
98
391 famílias;
População com renda familiar per-capita de ½ salário mínimo – até R$ 85,00 – 170,00
238 famílias - De R$ 170,01 ½ salário – 330 famílias
Programa de Benefícios Eventuais: Auxilio com passagem, auxilio retirada de
documentação, auxilio cesta básica entre outros;
SEGURANÇA ALIMENTAR
Cestas Básicas fornecidas ao mês – 60 atendimentos/mês
Custo médio por Cesta Básica: Valor de R$ 70,00 à 150,00
Programa Leite das Crianças – 162 crianças atendidas
Programa Bolsa Família – 542 famílias
Relação de lanches servidos nos grupos: Pães, bolos, tortas, biscoitos, lanche natural,
chá, leite, suco e frutas;
PROJETOS
Grupo de famílias acompanhadas Programa Família Paranaense - 15 famílias
O programa Família Paranaense é uma estratégia de governo que visa a articulação
das políticas de proteção social e das diferentes esferas de governo para diminuição
da vulnerabilidade. Com isso, objetiva promover a melhoria das condições de vida das
famílias com maior grau de vulnerabilidade social por meio da oferta de um conjunto
de ações intersetoriais planejadas, segundo a necessidade de cada família e as
especificidades do território onde ela reside.
Oficinas trabalhos manuais: Crochê, Crivo, Pintura, confecções de tapetes,
guardanapos – 23 participantes.
Objetivos - Atender Famílias Vulneráveis e em situação de risco Social, além de
fomentar ações para superação das dificuldades e fortalecimento de vínculos
familiares, sociais e comunitários. Fortalecer a função protetiva da família, prevenindo
a ruptura dos vínculos familiares e comunitários, visando a promoção de ganhos
sociais e materiais às famílias, a promoção do acesso a benefícios, programas de
transferência de renda e serviços socioassistenciais, apoio a famílias que possuem,
dentre seus membros, indivíduos que necessitam de cuidados, por meio da promoção
de espaços coletivos de escuta e troca de vivências familiares.
99
Oficinas PAIF com atividades infantis (crianças e adolescente) – 15 participantes.
OBJETIVO:
Promover a convivência e fortalecimento de vínculos entre crianças, família e
comunidade, por meio de vivencias práticas e experiências, promovendo a integração
e a troca de experiências entre os participantes, valorizando o sentido de vida coletiva
contribuindo para ampliação do universo social e informacional com caráter
preventivo, pautado na defesa e afirmação de direitos e no desenvolvimento de
capacidades dos usuários.
Grupos reflexão PAIF/PBF - 23 participantes
OBJETIVO:
Informar sobre os objetivos e condicionalidades do Programa Bolsa Família,
reconhecendo e afirmando os direitos à proteção social básica, refletindo sobre os
deveres familiares acerca do benefício, possibilitando o empoderamento e
reconhecimento de ser cidadão, propiciando um espaço de convivência, diálogo e
troca de informações. Participantes 23 participantes;
Grupos de danças Puro Agito – 50 participantes;
OBJETIVO:
Possibilitar a ampliação do universo informacional, artístico e cultural das crianças,
adolescentes, adultos e idosos, bem como estimular o desenvolvimento de
habilidades, potencialidades, talentos e propiciar sua formação cidadã, assim
favorecendo a participação na vida pública do território.
Oficina da Memória - 10 Participantes
OBJETIVO:
Estimular de forma lúdica as funções cognitivas, principalmente a memória,
promovendo a melhoria no direito, cidadania e qualidade de vida, valorizando a
história, cultura e experiências dos idosos no sentido de fomentar a auto estima,
contribuindo para um processo de envelhecimento ativo, saudável e autônomo.
100
Grupo de Gestante
OBJETIVO:
A proposta do projeto é acolher as gestantes e atendê-las em suas demandas
psicossociais através de um espaço de escuta e convivência social, onde possam
partilhar suas vivências e sentimentos em relação à gestação. O objetivo principal do
projeto é minimizar possíveis situações de vulnerabilidade social e estimular o vínculo
afetivo entre mãe e bebê. Trabalhar com as mães durante o período gestacional e
durante os primeiros anos de vida do bebê, contribuindo dessa forma, para prevenção
de ruptura dos vínculos familiares ainda na infância.
SERVIÇO DE CONVIVÊNCIA E FORTALECIMENTO DE VINCULOS - LAR
SAGRADA FAMILIA
Atualmente participam das atividades do SCFV aproximadamente 50 crianças e
adolescentes.
RECURSOS HUMANOS 01 Coordenador, 01 monitor social, 01 Instrutor de música,
01 Instrutor de Jiu Jitsu, 01 Instrutor de capoeira, 01 Instrutor de dança, 01 profissional
de nível médio, 02 cozinheiras, 04 serviços gerais
PROJETOS
Oficina de Jiu Jitsu
OBJETIVO:
As aulas de jiu jitsu têm por objetivo melhorar a concentração, proporcionar auto-
estima, disciplina e saúde com total segurança. Muito mais do que apenas golpes e
posições marciais, nesta modalidade busca fortalecer a relação de amizade entre pais
e filhos, formar o caráter e possibilitar que a criança atinja a adolescência com seus
princípios morais já formados. A criança de hoje, é o formador de opinião de amanhã,
um bom professor não tem como objetivo formar campeões e sim formar pessoas
vitoriosas na vida. Em toda aula e atividade há sempre uma relação muito próxima
com a realidade do dia-a-dia, preparando as crianças para o futuro com
responsabilidade e segurança.
Oficina Musica
OBJETIVO:
O motivo principal da realização desse projeto se deu a partir da proposta de, através
101
da música, proporcionar uma mudança comportamental e afetiva do indivíduo, além
do aprendizado sobre um instrumento musical e a utilização da voz.
Incitar a cooperação e o estudo em conjunto e desenvolver uma produção artística,
por meio da música, onde cada indivíduo aprenda a lidar com emoções e problemas
acarretados pelo trabalho em grupo.
Desenvolver e aprimorar o senso criativo no indivíduo.
Educar, dando parâmetros de escolha no que se refere a estilos musicais.
Disciplinar horários de estudo e recreação.
Através de instrumentos de cordas (como o violão, o cavaquinho e a guitarra), de
percussão (bateria, pandeiro, etc), bem como técnica vocal, iniciar e desenvolver o
conhecimento musical, dando habilidade específica sobre cada instrumento e
liberdade de escolha para o estudo.
Oficina de Dança
OBJETIVO:
Possibilitar a ampliação do universo informacional, artístico e cultural das crianças,
adolescentes, adultos e idosos, bem como estimular o desenvolvimento de
habilidades, potencialidades, talentos e propiciar sua formação cidadã, assim
favorecendo a participação na vida pública do território.
Oficina de Artesanatos, Recreação, lazer e Grupos de reflexão – (atividades lúdicas)
OBJETIVO:
A arte tem um poder expressivo de representar ideias através de linguagens
particulares, como a literatura, a dança, a música, o teatro, a arquitetura, a fotografia,
o desenho, a pintura entre outras formas expressivas que a arte assume em nosso
dia a dia. A arte faz com que o ser humano possa conhecer um pouco da sua história,
dos processos criativos de cada uma das linguagens artísticas, o significado de novas
formas de utilizá-la, sempre se aprimorando no decorrer dos anos. Ensinar arte torna-
se importante para o desenvolvimento cognitivo dos alunos, pois o conhecimento em
arte amplia as possibilidades de compreensão do conhecimento em arte, amplia a
possibilidade de compreensão do mundo e colabora para um melhor entendimento
dos conteúdos relacionados a outras áreas do conhecimento, tais como matemática,
língua, história e geografia. A expressão artística permite ao aluno aprender o universo
visível que o rodeia, seja ele, na sua essência, natural ou criado pelo Homem. Permite,
102
no meio dos tecidos sociais, a compreensão do patrimônio artístico e cultural, a
percepção estética, a abordagem conceptual dos artistas, o desabrochar da
sensibilidade. A expressão dramática permite ao aluno alargar a visão da vida,
aprender a fazer escolhas e a tomar decisões. Trata-se duma atividade global que
compreende uma dimensão gestual, visual, sonora, verbal e intelectual. A expressão
audiovisual permite ao aluno compreender a tecnologia dos aparelhos audiovisuais e
ajuda-o a compreender o mundo.
Oficina de Capoeira
OBJETIVO:
Aprimorar diversas condutas psicomotoras, destacando-se dentre elas a coordenação
motora geral, a lateralidade, e a organização espaço-temporal; assim como valências
físicas (resistência, flexibilidade, agilidade, destreza, expressão corporal);
- Fomentar o sentido de comunidade, estimulando o convívio com outras pessoas,
praticando a cooperação, a lealdade, a cortesia, e o respeito mútuo, além de requerer
constantemente a disciplina;
- Desenvolver a prática da Capoeira Jogo, estimulando a criatividade de movimentos;
- Propiciar e estimular a confecção de seus próprios instrumentos musicais, como o
berimbau, pandeiro, caxixi e atabaque;
- Fomentar a interdisciplinaridade, tendo em vista ser a Capoeira um esporte
genuinamente brasileiro, e que requer para seu aprendizado um estudo profundo de
demais disciplinas do currículo escolar básico, como História e Geografia; - Favorecer
e enriquecer a cultura popular Brasileira;
-Propiciar um intercâmbio entre capoeiristas de outras cidades, estados e países;
-Preparar seus praticantes para a participação em campeonatos individuais, em
duplas, grupos, musicais, dentre outros.
SERVIÇO DE CONVIVÊNCIA E FORTALECIMENTO DE VINCULOS RENASCER
Atualmente participam das atividades do SCFV aproximadamente 140 idosos, sendo
que destes 08 idosos são acompanhadas vítimas de violência.
RECURSOS HUMANOS: 01 Coordenador, 01 Serviço gerais, 01 Assistente Social
(CRAS), 01 Psicólogo (CRAS), 01 profissional de nível superior
103
PROJETOS
Oficina de Dança – 3ª feiras
OBJETIVO:
Possibilitar a ampliação do universo informacional, artístico e cultural das crianças,
adolescentes, adultos e idosos, bem como estimular o desenvolvimento de
habilidades, potencialidades, talentos e propiciar sua formação cidadã, assim
favorecendo a participação na vida pública do território.
Oficinas lúdicas - 5ª feiras
OBJETIVO: Contribuir para um processo de envelhecimento ativo, saudável e
autônomo, assegurar ando um espaço de encontro para os idosos e encontros
intergeracionais de modo a promover a sua convivência familiar e comunitária,
detectando necessidades, motivações e o desenvolvimento de potencialidades e
capacidades para novos projetos de vida, propiciando também vivências que
valorizam as experiências e que estimulem e potencializem a condição de escolher e
decidir. Isso contribuirá para o desenvolvimento da autonomia social do idoso.
Bailes quinzenais -
OBJETIVO:
Principais benefícios da dança para os idosos:
– Bem-estar físico e emocional;
– Exercício de vários grupos musculares;
– Ganhos de agilidade e na coordenação motora;
– Melhorias à atividade cardiorrespiratória;
– Estímulo à atenção e à memória;
– Incentivo à concentração e melhora no equilíbrio;
– Ajuda no combate à depressão e melhora a autoestima.
CASA COMUNITÁRIA
Confecção de Pães biscoitos, bolos e cucas e outros - Comercializado aos serviços
públicos e a comunidade- Capacidade de produção média dia 300 unidades.
CREAS – Centro de Referência Especializado de Assistência Social - oferece a
Proteção Social Especial à famílias e indivíduos em situação de risco pessoal ou
104
social, cujos direitos tenham sido violados ou ameaçados. Para integrar as ações da
Proteção Especial, é necessário que o cidadão esteja enfrentando situações de
violações de direitos por ocorrência de violência física ou psicológica, abuso ou
exploração sexual; abandono, rompimento ou fragilização de vínculos ou afastamento
do convívio familiar devido à aplicação de medidas. Tem dois níveis de complexidade,
sendo eles média e alta complexidade, conforme descritos a seguir:
RECURSOS HUMANOS: 1 Coordenador, 01 Serviço geral compartilhado, 01
Assistente Social, 01 Psicólogo, 01 profissional de nível superior, 01 Advogado
PROJETOS
Atualmente o CREAS de Cidade Gaúcha acompanha em média 30
pessoas/indivíduos vítimas de violência
Grupo de reflexão Caminhando Juntos – Atualmente 09 homens acompanhados.
OBJETIVO:
Reabilitar agressores através de diálogo com outras pessoas, especialmente com
homens, a respeito da postura violenta, que é capaz de promover mudanças de atitude
reais e romper o ciclo de violência.
Grupo de reflexão Caminhando Juntas - Atualmente 12 mulheres acompanhadas.
OBJETIVO:
Contribuir para a prevenção e para a redução da violência de gênero, principalmente
os casos reincidentes; promover a responsabilização de homens autores de violência
doméstica, como complementação à execução de medidas e/ou penas alternativas.
Identificação pelo agressor da lógica das relações que se constroem a partir do
machismo, com o consequente exercício de compreensão das relações familiares e
superação da desigualdade de gênero;
Oficinas PAEFI – Grupo Manicure/Pedicure e Bordado em Chinelos e Reflexão -
Atualmente 40 mulheres acompanhadas.
OBJETVO:
Curso de manicuro/pedicuro: Aulas as segundas-feiras, terças-feiras e quartas-feiras,
105
sendo uma turma das 13:00hs as 15:00hs e, outra turma das 15:00hs as 17:00hs, com
5 participantes em cada turma, tendo o curso duração de 3 meses de curso, na
modalidade presencial, teórico/prático, onde os participantes recebem gratuitamente
o material para participação no curso. É trabalhado técnicas de corte, lixação,
hidratação, cuticulagem pintura, unhas decoradas, fungos e demais problemas na
saúde das unhas, pés e mãos, higiene pessoal, organização do local e material de
trabalho, ergonomia no processo de trabalho, trabalho em equipe, ética,
empreendedorismo, controle de estoque, custos, programação e previsão de lucros,
seguridade social.
Uma vez ao mês, uma das aulas é cedida para trabalho exclusivo da equipe técnica
do CREAS, a qual trabalha os seguintes temas (um em cada mês), em forma de grupo
de reflexão: Os tipos de violência e violação de direitos; os papéis familiares; e, o
empoderamento no espaço familiar e social.
Grupo de reflexão medidas socioeducativas - Atualmente 09 adolescentes e familiares
acompanhados.
OBJETIVO:
Durante o cumprimento da medida, o adolescente, por meio de um acompanhamento
técnico (psicossocial) sistemático, é levado a refletir sobre a infração cometida num
processo de responsabilização que contribua para a superação e rompimento com a
prática de ato infracional. Dessa forma, o adolescente participa dos atendimentos e
atividades propostas pelo Programa sem ser retirado do seu convívio familiar e
comunitário; é oportunizado a este adolescente o acesso a espaços educacionais,
culturais e de lazer, a que, normalmente, antes de cometer o ato infracional, ele não
tinha acesso.
Projeto Florescer – Atualmente 09 casos de abusos sexuais contra criança e
adolescente sendo acompanhados.
OBJETIVO:
O objetivo principal é reconhecer a importância da sexualidade em nossa vida,
respeitando a diversidade de valores, crenças e comportamentos relativos à
sexualidade, as diferentes formas de atração sexual e o seu direito à expressão,
garantida a dignidade do ser humano, compreender a busca do prazer como um direito
106
e uma dimensão da sexualidade humana, identificar e repensar tabus e preconceitos
referentes à sexualidade, evitando comportamentos discriminatórios e intolerantes,
reconhecendo como construções culturais as características socialmente atribuídas
ao masculino e feminino, posicionando-se contra discriminações a eles associadas.
ABRIGO
Serviço de Acolhimento Institucional - Casa Lar Família Feliz – Capacidade de
atendimentos 12 crianças e adolescentes – atualmente 08 crianças e adolescentes
acolhidos.
Serviço de acolhimento Institucional ao Idoso através de convenio com o município de
Perola e Engenheiro Beltrão: Total de 05 idosos acolhidos.
RELAÇÃO DE ENTIDADES SOCIAIS
Atualmente o município possui 04 entidades socioassistencial que encontram-se
inscritas e cadastradas no Conselho Municipal de Assistência Social e Conselho
Municipal dos Direitos das Crianças e do Adolescentes sendo estas: APAE – Escola
Especial Ana Nery, APMI- Associação de Proteção a Maternidade e a Infância, LIONS
CLUB – Clube de Serviços e Casa Lar Família Feliz – Serviço de Acolhimento para
criança e adolescente.
Figura 8. Atividades desenvolvidas com o público da Assistência Social, 2017
107
8 - ASPECTOS AMBIENTAIS
Quadro 7. Consumo e número de consumidores de energia elétrica, 2016.
Características Consumo (Mwh) N° de consumidores (1)
Residencial 6.826 3.532
Setor secundário (Indústria) 10.860 205
Setor comercial 2.385 287
Rural 2.939 439
Outras classes (2) 2.982 93
Consumo livre (na indústria) (uso
do sistema) (3)
660 1
TOTAL 26.651 4.557
FONTE: COPEL e Concessionárias CELESC, COCEL, CFLO, CPFL e FORCEL. (1) Entende-se por consumidor as unidades consumidoras de energia elétrica (relógio). (2) Inclui as categorias: consumo próprio, iluminação pública, poder público e serviço público. (3) Refere-se ao consumo de energia elétrica da autoprodução da indústria. Inclui os consumidores atendidos por outro fornecedor de energia e os que possuem parcela de carga atendida pela COPEL Distribuição e a outra parcela por outro fornecedor.
ABASTECIMENTO DE ÁGUA
Unidades residenciais atendidas.
Fonte: IPARDES.
Gráfico 40. Abastecimento de Água - Unidades residenciais atendidas, 2016.
Quadro 8. Abastecimento de água segundo as categorias, 2017.
Características Nº de domicílios Ligações
Residencial 3.907 3.741
Comerciais 232 214
Industriais 15 15
108
Utilidade pública 35 35
Poder público 64 64
TOTAL 4.253 4.069
FONTE: COPEL e Concessionárias CELESC, COCEL, CFLO, CPFL e FORCEL. (1) Entende-se por consumidor as unidades consumidoras de energia elétrica (relógio). (2) Inclui as categorias: consumo próprio, iluminação pública, poder público e serviço público. (3) Refere-se ao consumo de energia elétrica da autoprodução da indústria. Inclui os consumidores atendidos por outro fornecedor de energia e os que possuem parcela de carga atendida pela COPEL Distribuição e a outra parcela por outro fornecedor.
ATENDIMENTO DE ESGOTO
Unidades residenciais atendidas.
Fonte: IPARDES.
Gráfico 41. Atendimento de Esgoto - Unidades residências atendidas, 2016.
Nas áreas rurais do município grande parte da população conta com o abastecimento
de água através de poços artesiano, e sabe-se de poucos domicílios rurais que
disponibilizam de bomba d’água.
Quadro 9. Atendimento de esgoto segundo as categorias, 2017.
Características Unid. Atendidas Ligações
Residencial 3.577 3.428
Comerciais 216 199
Industriais 6 6
Utilidade pública 30 30
Poder público 51 51
TOTAL 3.880 3.714
FONTE: SANEPAR e Outras Fontes de Saneamento NOTA: As outras fontes de saneamento são: CAGEPAR, CASAN, DEMAE, Prefeitura Municipal, SAAE, SAAEM, SAEMA e SAMAE. (1) Economias. É todo imóvel (casa, apartamento, loja, prédio, etc.) ou subdivisão independente do imóvel, dotado de pelo menos um ponto de água, perfeitamente identificável, como unidade autônoma, para efeito de cadastramento e cobrança de tarifa.
109
TAXA DE COBERTURA DO SERVIÇO DE COLETA DE RESÍDUOS
Fonte: SNIS – Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento / Ministério das
Cidades
O município conta com 100% da área urbana com a coleta seletiva de lixo, e 91,5%
dos domicílios contam com a rede de esgoto, e 8,5 % conta com fossa séptica.
O sistema de armazenamento de lixo orgânico, é feito através de aterro sanitário, e
quanto ao lixo reciclável, é feito a separação em espaço próprio.
A coleta de lixo orgânico é realizada através da Associação dos Catadores de Lixo, e
a coleta de lixo reciclável e a separação também é realizada pela associação.
Já o sistema de esgoto sanitário nas áreas rurais é feito por meio de fossa séptica.
Gráfica 42. Taxa de Cobertura do Serviço de Coleta de Resíduos (%), 2015
FORMA DE COLETA DE RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS
Percentual de domicílios, segundo forma de coleta de resíduos sólidos.
Fonte: IBGE – Resultados Preliminares CENSO 2010.
Gráfico 43. Forma de Coleta de Resíduos Sólidos Urbanos
110
A área urbana tem cobertura total da SANEPAR, o que garante 100% de água tratada
e de qualidade, a todos os moradores do município hoje contamos também com
aproximadamente 91,5% de cobertura de rede de esgoto, e 8,5% dos domicílios ainda
utilizam fossa séptica.
Sendo que esta em fase de projeto a implantação da cobertura de 100% de toda área
urbana com este serviço, o que garante a todos os moradores condições favoráveis
de saúde, e um relevante índice de diminuição de impactos ambientais.
Nas áreas rurais do município grande parte da população conta com o abastecimento
de água através de poços artesiano, e sabe-se de poucos domicílios rurais que
disponibilizam de bomba d’água. Já o sistema de esgoto sanitário nas áreas rurais é
feito por meio de fossa séptica.
Os dados do município garantem que todos os moradores tenham o acesso a água
de qualidade, e condições favoráveis de saúde e segurança alimentar e nutricional ao
que condiz ao consumo de água.
10 - ASPECTOS AGRÍCOLAS E PECUÁRIA
O município conta com aproximadamente:
Lavouras anuais 1.996 Hectares
Lavouras permanentes 8.594 Hectares
Matas naturais 660 Hectares
Matas naturais de preservação permanente 1.600 Hectares
Pastagens cultivadas 24.202 Hectares
Pastagens naturais 450 Hectares
Reflorestamentos e cultivos florestais 700 Hectares
As Políticas Públicas se aplicam no nosso município no meio rural através da
população, agricultura, meio ambiente, solo, unidades produtivas de produção e
organizações rurais, e visam:
O acesso à terra;
A assistência técnica;
O fortalecimento da agricultura familiar;
Melhorar a competitividade da agricultura e pecuária;
111
Redução da pobreza;
Redução das desigualdades regionais;
A segurança alimentar e nutricional da população.
A vocação agrícola do município e suas diversidades são:
Lavouras: Amendoim, Arroz irrigado, Café adensado, Café convencional, cana-de-
açúcar, Feijão, Mandioca, Milho Safra normal, Milho safrinha e soja.
Fruticultura: Banana, Coco, laranja, maracujá melancia, morango e uva comum de
mesa.
Olericultura: Abobrinha, Alface, Beterraba, Brócolis, Cebolinha, Cenoura, Couve,
Pepino, Quiabo, Repolho e Salsa.
Criações: Bovinocultura de corte, Bovinocultura de Leite, Caprinocultura,
Ovinocultura e Suinocultura.
Os programas de incentivo à Agricultura Familiar, a níveis municipal, estadual e
federal, são:
Credito fundiário;
Pronaf;
Programa de manejo de solo e águas em micro bacias;
Chamadas Publicas do Ministério do Desenvolvimento Agrário;
Mercados institucionais;
Programa Morar Bem – Habitação Rural;
Programa Leite das Crianças;
Programa de Apoio de Manejo e Fertilidade do Solo;
Programa de Agro-industrializao Familiar do Paraná;
Programa Brasil sem Miséria;
Programa Família Paranaense;
Programa de Aquisição de Alimentos;
Programa Nacional de Alimentação Escolar.
O percentual da Área ocupada pela agricultura familiar em relação a área total
de produção.
O Município Ocupa-se atualmente um total de aproximadamente 19,73% da área
agriculturável do município com a Agricultura Familiar.
112
Tipos de alimento produzido localmente?
Amendoim, Arroz irrigado, Café adensado, Café convencional, cana-de-açúcar,
Feijão, Mandioca, Milho Safra normal, Milho safrinha, soja, Banana, Coco, Laranja,
Maracujá, Melancia, Morango, Uva comum de mesa, Abobrinha, Alface, Beterraba,
Brócolis, Cebolinha, Cenoura, Couve, Pepino, Quiabo, Repolho e Salsa, Bovinocultura
de corte, Bovinocultura de Leite, Caprinocultura, Ovinocultura e Suinocultura.
Organização de Feiras
Temos feira comunitária, mas atualmente com poucos produtores da Agricultura
Familiar.
Fortalecimento de hortas em espaço publico
Conta-se com uma horta no espaço do Serviço de Convivência Familiar e
Comunitária, que é mantido com recursos oriundos da Política de Assistência Social.
Os produtos produzidos no local são consumidos pelos usuários do sistema, e a
manutenção da horta fica a encargo do Poder Público.
Projetos existentes junto aos produtores
Apoio a Associação de Pequenos e Médios Produtores;
Apoio a Associação da Vila Rural;
Apoio no translado de produtores para participação em cursos e capacitação fora do
município.
Cursos e oficinas ofertados
Pelo Senar este ano:
JAA- Jovem Agricultor Aprendiz;
Programa de inclusão digital- Word, Excel, Email e Internet;
Trabalhador na operação e manutenção de tratores agrícolas;
Tratores e implementos;
Empreendedor Rural;
Negócio Certo Rural;
Programa Agrinho - histórico, metodologia e regulamento;
Trabalhador na aplicação de Agrotóxico NR 31.8;
Trabalhador na aplicação de agrotóxico-costal manual;
113
Trabalhador na forragicultura- Manejo de pastagens;
Gestão de Pessoas;
Trabalhador na segurança do Trabalho.
Pela EMATER, os cursos normalmente são fora do município, mas disponibilizamos
o translado dentro das necessidades dos produtores.
Atualmente contamos com 210 Agricultores da Agricultura Familiar, sendo que alguns
participam do PAA e do PNAE.
Quadro 10. Financiamentos a agricultura e a pecuária, 2017.
Tipo De Estabelecimento Contratos Valor (R$ 1,00)
Agricultura
- Custeio
- Investimentos
30
26
4
3.844.050,70
3.513.638,70
330.412,00
Pecuária
- Custeio
- Investimento
80
60
20
14.017.769,50
12.233.624,30
1.784.145,20
FONTE: BACEN – IPARDES, 2018 NOTA: Dados sujeitos a revisão pela fonte. Posição dos dados, no site da fonte
Quadro 11. Estabelecimentos agropecuários e área segundo as atividades
econômicas, 2006.
Atividades Econômicas Estabelecimentos Área (ha)
Lavoura temporária 175 30.328
Horticultura e floricultura 34 510
Lavoura permanente 28 7.560
Pecuária e criação de outros animais 224 25.175
Produção florestal de florestas plantadas 1 X
Produção florestal de florestas nativas 1 X
Total 461 63.586
Fonte> IBGE – Censo Agropecuário Nota: A soma das parcelas da área, não corresponde ao total porque os dados das unidades territoriais com menos de três informantes, estão desidentificados com o caráter ‘x’. Dados revisados e alterados após a divulgação da 2ª apuração do Censo Agropecuário, em outubro de 2012.
114
Quadro 12. Estabelecimentos agropecuários e área segundo a condição do produtor,
2006.
Condição do Produtor Estabelecimentos Área (ha)
Proprietário 404 50.350
Assentado sem titulação definitiva 50 3.340
Arrendatário 7 9.896
Total 461 63.586
FONTE: IBGE - Censo Agropecuário NOTA: A soma das parcelas da área, não corresponde ao total porque os dados das unidades territoriais com menos de três informantes, estão desidentificados com o caracter 'x'. Dados revisados e alterados após a divulgação da 2ª apuração do Censo Agropecuário, em outubro de 2012.
Quadro 13. Área colhida, produção, rendimento médio e valor da produção agrícola
por tipo de cultura temporária, 2016.
Cultura Temporária Área colhida (ha) Produção (t/há) Rendimento médio
Arroz (em casca) 110 605 5.500
Cana-de-açúcar 8.240 495.603 60.146
Mandioca 803 24.045 29.944
Melancia 2 25 25.000
Milho (em grão) 303 1.101 3.634
Soja (em grão) 761 2.435 3.200
FONTE: IBGE - Produção Agrícola Municipal NOTA: Os municípios sem informação para pelo menos um produto da cultura (lavoura) temporária não aparecem nas listas. Diferenças encontradas são em razão dos arredondamentos. Os dados do último ano divulgado são resultados preliminares e podem sofrer alterações até a próxima divulgação. Posição dos dados, no site da fonte, 10 de abril de 2018.
Quadro 14. Área colhida, produção, rendimento médio e valor da produção agrícola
pelo tipo de cultura permanente, 2016.
Cultura Permanente Área colhida (ha) Produção (t/há) Rendimento Médio
3(kg/ha)
Banana (cacho) 1 30 30.000
Borracha (látex coagulado) 2 4 2.000
Café (em grão) 32 23 719
Coco-da-baía (mil frutos) 2 16 8.000
115
Laranja 206 7.622 37.000
Palmito 1 3 3.000
Uva 2 17 2.500
FONTE: IBGE - Produção Agrícola Municipal NOTA: Os municípios sem informação para pelo menos um produto da cultura (lavoura) permanente não aparecem nas listas. Diferenças encontradas são em razão dos arredondamentos. Posição dos dados, no site da fonte, 29 de setembro 2017.
Quadro 15. Efetivo de Pecuária e Aves, 2016.
Efetivos Número Efetivos Número
Rebanhos de bovinos 37.977 Rebanho de ovinos 500
Rebanho de equinos 460 Rebanho de caprinos 40
Galináceos – total 260.000 Rebanho de vacas
ordenhadas
1.485
Galinhas (1) 1.350
Rebanho de suínos – total 800
Matrizes de suínos (1) 95
FONTE: IBGE - Produção da Pecuária Municipal NOTA: O efetivo tem como data de referência o dia 31 de dezembro do ano em questão. Os municípios sem informação para pelo menos um efetivo de rebanho não aparecem nas listas. Os efetivos dos rebanhos de asininos, muares e coelhos deixam de ser pesquisados, em razão da pouca importância econômica. A série histórica destes efetivos encerra-se com os dados de 2012. Posição dos dados, no site da fonte, 29 de setembro 2017. (1) A partir de 2013 passa-se a pesquisar as galinhas fêmeas em produção de ovos, independente do destino da produção (consumo, industrialização ou incubação) e as matrizes de suínos.
Quadro 16. Produção de Origem Animal, 2016.
Produtos Valor (R$ 1.000,00)
Produção Unidade
Casulos do bicho-da-seda 114 6.510 kg
Leite 3.775 3.020 mil l
Mel de abelha 9 620 kg
Ovos de galinha 15 4 mil dz
FONTE: IBGE - Produção da Pecuária Municipal NOTA: Os municípios sem informação para pelo menos um produto de origem animal não aparecem na lista. Diferenças encontradas são em razão da unidade adotada. Posição dos dados, no site da fonte, 29 de setembro 2017.
116
117
3 PLANO DE AÇÃO DO PLAMSAN DESAFIO 1 - Promoção do acesso universal à alimentação adequada e saudável, com prioridade para as famílias e pessoas em situação de insegurança alimentar e nutricional.
Objetivo Subtema Meta Ações – Relacionadas Ind. de Resultado Órgão responsável
Parceiros
PPA Projeto/Atividade
Diretriz Nacional
Assegurar melhores condições
socioeconômicas às famílias pobres
e, sobretudo, extremamente pobres, com
reforço ao acesso aos direitos
sociais básicos nas áreas de alimentação,
saúde, educação e assistência social, para a
ruptura do ciclo intergeracional de
pobreza e a proteção do
DHAA
Programa Bolsa
Família
Manter taxa de
acompanhamento das condicionali
dades do Programa
Bolsa Família
01 - Traçar estratégias
para manter a taxa de
acompanhamento das
condicionalidades do
Programa Bolsa Família
Manter em 91% o
acompanhamento
das
condicionalidades
do programa bolsa
família na área da
saúde e educação
Saúde e
Educação
Saúde e
Educação
08.244.1220.2.020 Manutenção IGD Bolsa
Família
Diretriz 01
118
Ampliar as condições de
acesso à alimentação adequada e
saudável das famílias mais vulneráveis, por meio do
provimento de refeições e
alimentos, e da distribuição de
alimentos a grupos populacionais específicos e
aqueles que vierem a enfrentar
intempéries da natureza
Distribuição de Alimentos
Execução de ações do
Direito Humano à
Alimentação Adequada,
02 - Ampliar o acompanhamento
nutricional das crianças beneficiárias pelo
Programa Leite das Crianças
Manter em 90% o
acompanhamento
nutricional das
crianças
beneficiarias do
programa leite das
crianças.
Saúde SMAS SME
10.301.1232.2.032 Manutenção Unidades
Básicas de Saúde
Diretriz 01
Distribuição de Alimentos
Execução de ações do
Direito Humano à
Alimentação Adequada
03 - Dar continuidade ao atendimento do benefício eventual (Cesta Básica) as famílias em situação de vulnerabilidade social
Atender conforme demanda
Assistência Social
Assistência Social
08.244.1216.2.016 Concessão Beneficios
Eventuais
Diretriz 01
Execução de ações do
Direito Humano à
Alimentação Adequada
04 - Instituir Lei municipal para implantação de Programa Horta Comunitária com
incentivos financeiros e parcerias com outras
entidades, estimulando a agricultura familiar para que a população acesse alimentos saudáveis com baixo custo (Proposta da
conferência/2015)
Lei criada em 2021
Agricultura Assistência Social e
Agricultura
20.606.1261.2.061 Fomentação
Agrícola/Pastoril a Pequenos Produtores
Diretriz 01
119
Promover o Acesso à alimentação adequada e
saudável para alunos da educação básica, de forma a contribuir para o
crescimento biopsicossocial, a aprendizagem, o
rendimento escolar e a formação de
práticas alimentares saudáveis
Alimentação Escolar
Assegurar, aos alunos da
rede municipal de
ensino, programas
que fortalecem a alimentação
escolar
05 - Dar continuidade na qualidade e diversidade diária escolar destinada
a clientela da rede municipal de ensino, contribuindo para o
crescimento, desenvolvimento,
aprendizagem, rendimento escolar e formação de práticas
alimentares saudáveis
Números de alunos atendidos
por ano
Educação
Educação
12.361.1246.2.046 Serviço de Nutrição
Municipal
Diretriz 01
120
DESAFIO 2 - Combater a Insegurança Alimentar e Nutricional e promover a inclusão produtiva rural em grupos populacionais específicos, com ênfase em Povos e Comunidades Tradicionais e outros grupos sociais vulneráveis no meio rural.
Objetivo Subtema Meta Ações – Propostas Ind. de Resultado
Órgão responsável
Parceiros PPA Projeto/Atividade
Diretriz Nacional
Fomentar a criação de unidade de apoio com infraestrutura,
equipamentos e pessoal para o recebimento, manipulação,
armazenamento e distribuição dos
alimentos da agricultura familiar
nos programas municipais existentes
Insegurança Alimentar e Nutricional
Consolidar o sistema municipal
de Segurança Alimentar e Nutricional,
para garantia do acesso a
alimentação
06 - Promover projeto de cozinha
Comunitária para produção de alimentos por
produtores aderidos ao PAA (Programa de Alimentos), visando incentivo financeiro
para construir e equipar a
cozinha(Proposta da conferência/2015)
Criação de agroindústria,
associações de produtores até final do plano
Agricultura Agricultura EMATER
20.606.1261.2.061 Fomentação Agrícola/Pastoril a
Pequenos Produtores
Diretriz 02
07 - Garantir infraestrura, recursos
humano e equipamentos para
manutenção das ações de segurança
alimentar e nutricional
Estruturação de espaço de
apoio ao recebimento e manipulação de alimentos
em 2019
Agricultura Agricultura Educação
20.606.1261.2.061 Fomentação Agrícola/Pastoril a
Pequenos Produtores
Diretriz 02
121
DESAFIO 3 - Promover a produção de alimentos saudáveis e sustentáveis, a estruturação da agricultura familiar e o fortalecimento de sistemas de produção de base agroecológica.
Objetivo Subtema Meta Ações – Propostas Ind. de Resultado
Órgão responsável
Parceiros PPA Projeto/Atividade
Diretriz Nacional
Promover o modelo de
produção, extração e
processamentos de
alimentos saudáveis
Fortalecimento da Agricultura
Familiar
Prestar ATER qualificada,
voltados para a produção e diversidade
08 - Valorizar os
pequenos
produtores da
agricultura familiar.
Números ações
realizadas até final do Plano
Agricultura Prefeitura
Agricultura
EMATER
20.606.1261.2.061 Fomentação
Agrícola/Pastoril a Pequenos Produtores
Diretriz 02
Promover o modelo de
produção, extração e
processamentos de
alimentos saudáveis
Fortalecimento da Agricultura
Familiar
Prestar ATER qualificada,
voltados para a produção
09 - Realizar ações
junto as famílias
dos produtores da
agricultura familiar
para que as
mesmas
permanecem na
zona rural
Números de ações
realizadas até final do
PLAMSAN
Agricultura Agricultura
SENAR
EMATER
UNIVERSIDAD
E
20.606.1261.2.061 Fomentação
Agrícola/Pastoril a Pequenos Produtores
Diretriz 02
122
Aperfeiçoar os
mecanismos de
gestão, controle e
educação voltados
para o uso de
agrotóxicos,
organismos
geneticamente
modificados e demais
insumos agrícolas
Transição agroecológica
Redução da utilização de agrotóxico e
outras substancias
nocivas à saúde humana e do
meio ambiente
10 - Realizar a
transferência de
tecnologia com
assistência técnica
Números de produtores
atendidos até final do
PLAMSAN
Agricultura Agricultura
EMATER
20.606.1261.2.061 Fomentação
Agrícola/Pastoril a Pequenos Produtores
Diretriz 02
Incentivar a Inclusão
da Mulher e do Jovem
na produção agrícola
e no cooperativismo
Mulheres e Juventude
Criação de Políticas Públicas e Programas de
Incentivo e Inclusão da Mulher e do Jovem na produção
agrícola e no cooperativismo
11 - Divulgar e facilitar acesso ao
programa do PRONAF - Mulher e
Jovem.
Números de ações
realizadas por ano
Agricultura Agricultura
EMATER
SENAR
Sind. Patronal
20.606.1261.2.061 Fomentação
Agrícola/Pastoril a Pequenos Produtores
Diretriz 02
Incentivar a Inclusão
da Mulher e do Jovem
na produção agrícola
Juventude
Criação de Políticas Públicas e Programas de
Incentivo e Inclusão do Jovem na produção agrícola
12 - Realizar cursos e ou palestras
visando o fortalecimento dos jovens no campo
Números de jovens
atingidos até final do
PLAMSAN
Agricultura AgriculturaSEN
AR
EMATER
Usina
Sind. Patronal
20.606.1261.2.061 Fomentação
Agrícola/Pastoril a Pequenos Produtores
Diretriz 02
123
Garantir a qualidade e segurança higiênico-
sanitária e tecnológica dos produtos a serem
consumidos e facilitar a comercialização no mercado formal dos
produtos das agroindústrias
familiares.
Legislação
Sanitária
Coordenar e
supervisionar
produtos
13 - Ofertar palestras com
pequenos produtores,
incentivo de boas práticas ao
empreendedorismo rural.
Números de ações
realizadas por ano
Saúde Prefeitura
Agricultura
Saúde
Vigia sus
10.304.1236.2.036 Vigilância Sanitária
Diretriz 02
Implementação de medidas adaptativas
baseadas em serviços ecossistêmicos.
Mudanças
climáticas
Utilização racional
dos recursos
naturais e a
preservação da
agrobiodiversidade
14 - Manter as matas ciliares e
cuidar das florestas nativas.
Números de ações
realizadas por ano
Criar projeto e realizar a sua execução até
2020
Agricultura EMATER
Agricultura
Prefeitura
18.541.1260.2.05 Manut. Div. De
Agricultura, Pecuária, Meio
Ambiente E Recursos Renováveis
Diretriz 02
124
Desafio 4 - Promover o abastecimento e o acesso regular e permanente da população brasileira à alimentação adequada e saudável.
Objetivo Subtema Meta Ações – Propostas Ind. de Resultado
Órgão responsável
Parceiros PPA Projeto/Atividade
Diretriz Nacional
Utilizar a abordagem
territorial como estratégia para
promover a integração de
políticas públicas e a otimização de recursos,
visando à produção de
alimentos e ao desenvolvimento
rural
Compras Públicas
Ampliar a aquisição de produtos da agricultura
familiar
15 - Melhorar a infraestrutura viária
municipal e territorial para escoamento da
produção dos agricultores
familiares por meio da aquisição de
máquinas e equipamentos
Números de equipamentos adquiridos até final do Plano
Agricultura Prefeitura MAPA
20.606.1261.2.061 Fomentação
Agrícola/Pastoril a Pequenos Produtores
Diretriz 02
Organização de feiras
Ampliar e melhorar a
capacidade dos produtos e do
espaço da feira
16 - Incentivar a feira livre municipal
Números de ações
realizadas até final do plano
Agricultura Agricultura 20.606.1261.2.061 Fomentação
Agrícola/Pastoril a Pequenos Produtores
Diretriz 02
125
DESAFIO 5 - Promover e proteger a Alimentação Adequada e Saudável da População Brasileira, com estratégias de educação alimentar e nutricional e medidas regulatórias.
Objetivo Subtema Meta Ações – Propostas Ind. De Resultado
Órgão responsável
Parceiros PPA Projeto/Atividade
Diretriz Nacional
Assegurar processos
permanentes de
Educação Alimentar e
Nutricional (EAN) e de
promoção da
alimentação adequada
e saudável, na
perspectiva da
Segurança Alimentar e
Nutricional (SAN) e da
garantia do Direito
Humano à Alimentação
Adequada (DHAA)
Promoção
da
Alimentação
Saudável
Incentivar a alimentação saudável aos
grupos de gestantes,
idosos, diabéticos, hipertensos
17 - Realizar cursos e palestras e
orientações para os profissionais da
saúde, assistência e educação
Números de ações realizadas
por ano
Saúde Saúde Educação
Assistência Social
10.304.1236.2.036 Vigilância sanitária
Diretriz 03
Incentivar a alimentação saudável e o aleitamento
materno
18 - Incentivo à amamentação
mínima até 02 anos
Números de ações realizadas
por ano
Saúde Saúde
10.304.1236.2.036 Vigilância sanitária
Diretriz 03
126
Estruturar e integrar
ações de Educação
Alimentar e Nutricional
nas redes institucionais
de serviços públicos,
de modo a estimular a
autonomia do sujeito
para produção e
práticas alimentares
adequadas e
saudáveis
Promoção
da
Alimentação
Saudável no
Ambiente
Escolar
Educar profissionais de educação em
SAN
19 - Realizar ações
para a melhoria das
condições de trabalho
dos servidores da
educação como:
palestras, cursos,
adequar objeto de
trabalho para prevenir
problemas de saúde
no futuro projetos que
envolve alimentação
saudável e atividade
física dos
profissionais da
educação
Números de
ações realizadas
até final do
PLAMSAN
Educação Educação 12.361.1246.2.046servico de Nutrição Municipal
Diretriz 05
Promoção
da
Alimentação
Saudável no
Ambiente
Escolar
Desenvolver
ações de
educação
nutricional nas
escolas do
município
20 - Acompanhar a
presença do
nutricionista nas
instituições
municipais de ensino,
Ampliar carga
horaria do
profissional de
nutrição 2019
Educação Prefeitura Educação
12.361.1246.2.046Servico de Nutrição Municipal
Diretriz 05
127
DESAFIO 6 - Controlar e Prevenir os Agravos decorrentes da má alimentação.
Objetivo Subtema Meta Ações – Propostas Ind. de Resultado
Órgão responsável
Parceiros PPA Projeto/Atividade
Diretriz nacional
Controlar e prevenir os agravos e doenças
consequentes da insegurança
alimentar e nutricional
Implementação da Estratégia
Intersetorial de Prevenção e Controle da Obesidade.
Deter o crescimento da obesidade na
população, por meio de ações articuladas no
âmbito da (CAISAN).
21 - Instituir programa de Educação Alimentar,
para a população. (Proposta da
conferência/2015)
100% dos alunos
acompanhados
Saúde Saúde Educação
10.301.1232.2.032 Manutenção das Unidades
Básicas de Saúde
Diretriz 05
22 - Realizar atividades intersetorial com
Assistência Social, Educação, Esportes,
Cultura, viando a prevenção e controle da
obesidade
Números de ações
realizadas por ano 2018
a 2021
Saúde Agricultura Saúde
Educação Assistência
Social Esporte e
Lazer
10.301.1232.2.032 Manutenção das Unidades
Básicas de Saúde
Diretriz 05
Programa saúde na escola
Deter o crescimento da obesidade na
população, por meio de ações articuladas no
âmbito da (CAISAN).
23 - Estabelecer estratégias de integração
da saúde e educação objetivando o
desenvolvimento das ações de prevenção,
promoção e atenção à saúde dos educandos,
capacitando profissionais em temas relacionados à
segurança alimentar e nutricional e alimentação
saudável
Números de ações
realizadas por ano
2018 a
2021
Saúde Saúde Educação
10.301.1232.2.032 Manutenção das Unidades
Básicas de Saúde
Diretriz 05
128
Promover o controle e a regulação de
alimentos
Regulação de alimentos
Desenvolver ações voltadas a regulação de
alimentos
24 - Garantir o cumprimento da Lei que regulamenta a venda de
alimentos industrializados em
escolas. (Proposta da conferência/2015)
Dois cursos realizados por
ano 2018
a 2021
CAISAN Saúde VS
10.304.1236.2.036 Vigilância Sanitária
Diretriz 05
Alimento rastreado Desenvolver ações voltadas a regulação de
alimentos
25 - Estabelecer a realização das ações do alimento rastreado para garantir alimento seguro
e saudável para população
Implantação do controle até
fina do PLAMSAN
Saúde Prefeitura 10.304.1236.2.036 Vigilância Sanitária
Diretriz 05
129
DESAFIO 7 - Ampliar a disponibilidade hídrica e o acesso à agua para a população, em especial a população pobre no meio rural.
Objetivo Subtema Meta Ações – Propostas Ind.de Resultado Órgão responsável
Parceiros PPA Projeto/Atividade Diretriz Nacional
Garantir o acesso à água para o
consumo humano e a produção de
populações rurais difusas e de baixa renda, de forma a
promover qualidade e quantidade suficientes à
segurança alimentar e nutricional
Recursos Hídricos
Conservar e recuperar
solos, matas ciliares e áreas de nascentes
26 - Realizar ações de conservação de solos,
isolamento e reflorestamento em áreas de mata ciliar
(APP) e conservação de nascentes
Números de ações realizadas
até por ano 2018
a 2021
Números de nascentes
conservadas ou recuperadas por
ano 2018
a 2021
Agricultura Agricultura Meio
ambiente UEM
18.541.1260.2.059 Manut. Div. de Agricultura, Pecuária, Meio Ambiente E
Recursos Renováveis
Diretriz 06
Recursos Hídricos
Conservar e recuperar
solos, matas ciliares e áreas de nascentes
27 - Promover a proteção de fontes,
minas e matas ciliares, orientar sobre o uso consciente de poços
profundos e melhorar a assistência técnica.
Números de ações realizadas
por ano.
Agricultura Agricultura Meio
Ambiente IAP
18.541.1260.2.059 Manut. Div. de Agricultura, Pecuária, Meio Ambiente E
Recursos Renováveis
Diretriz 06
130
DESAFIO 8 - Consolidar a implementação do Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (SISAN), aperfeiçoando a gestão federativa, a intersetorialidade e a participação social.
Objetivo Subtema Meta Ações – Propostas Ind. De Resultado
Órgão responsável
Parceiros PPA Projeto/Atividade
Diretriz Nacional
Identificar avanços e
retrocessos no cumprimento
das obrigações de respeitar,
proteger, promover e
prover o Direito Humano à
Alimentação Adequada (DHAA).
Intersetorialidade Elaboração do II Plano Municipal de Segurança
Alimentar e Nutricional
28 - Garantir a elaboração do II Plano
municipal de Segurança Alimentar e Nutricional
através da assessoria do CONSEA
II PLAMSAN 2021
CAISAN Assistência Social
Educação Saúde
Agricultura
Inserir no PPA Diretriz 08
Ações intersetoriais
29 - Fortalecer e sensibilizar as políticas
intersetoriais para efetivação do SISAN.
(Proposta da conferência/2015)
Números de ações realizadas
por ano
CAISAN Assistência Social
Educação Saúde
Agricultura
08.244.1213.0.000 Garantir o Atendimento
Socioassistencial as Famílias
12.361.1245.0.000 Assegurar a Igualdade de
Acesso, Permanência, Êxito e Elevar o Nível de Educação da
População
10.122.1231.2.031 Administração Geral da Saúde
18.541.1260.2.059
Manut. Div. De Agricultura, Pecuária, Meio Ambiente e
Recursos Renováveis
Diretriz 08
131
Participação social Resgatar a participação dos
cidadãos aumentando à participação e informação a
sociedade geral.
30 - Consolidar os conselhos municipais
garantindo a participação e gestão
participativa dos grupos (Proposta da
conferência/2015).
Ao menos 6 ações até final
do plano
CAISAN Assistência Social
Educação Saúde
Agricultura CONSEA
08.244.1213.0.000 Garantir o Atendimento
Socioassistencial as Famílias
12.361.1245.0.000 Assegurar a Igualdade de
Acesso, Permanência, Êxito e Elevar o Nível de Educação da
População
10.122.1231.2.031 Administração Geral da Saúde
18.541.1260.2.059
Manut. Div. De Agricultura, Pecuária, Meio Ambiente e
Recursos Renováveis
Diretriz 08
Participação social
Apoiar a realização da III
Conferência Municipal SAN
31 - Apoiar a participação e controle
social, por meio dos conselhos de segurança alimentar e nutricional.
Conferência realizada, conforme
determinação do CONSEA Nacional
CAISAN Assistência Social
Educação Saúde
Agricultura CONSEA
Inserir no PPA Diretriz 08
Identificar avanços e
retrocessos no cumprimento
das obrigações de respeitar,
proteger, promover e
prover o Direito Humano à
Alimentação Adequada (DHAA).
Gestão e financiamento do
sistema
Estabelecimento dos mecanismos de financiamento para a gestão do
(SISAN), com vistas ao
fortalecimento dos seus
componentes: CAISAN e CONSEA
32 - Garantir incentivos financeiro municipal e
estadual na complementação do Programa Compra
Direta, com previsão no orçamento anual. P.P.A.,
LDO e LOA (Proposta da conferência/2015)
Contratação de 9 profissionais para diversas áreas de SAN
até final do PLAMSAN
CAISAN Prefeitura Inserir no PPA Diretriz 08
132
Identificar avanços e
retrocessos no cumprimento
das obrigações de respeitar,
proteger, promover e
prover o Direito Humano à
Alimentação Adequada (DHAA).
Formação, pesquisa e
extensão em SAN e DHAA:
Capacitar profissionais em
SAN
33 - Promover capacitações de
formação continuada qualificada para os conselheiros que
compõe o CONSEA e CAISAN.
(Proposta da conferência/2015)
Números de capacitações
realizadas
Números de pessoas
capacitadas
Até final do PLAMSAN
CAISAN Agricultura
08.244.1213.0.000 Garantir o Atendimento
Socioassistencial as Famílias
12.361.1245.0.000 Assegurar a Igualdade de
Acesso, Permanência, Êxito e Elevar o Nível de Educação da
População
10.122.1231.2.031 Administração Geral da Saúde
18.541.1260.2.059
Manut. Div. De Agricultura, Pecuária, Meio Ambiente e
Recursos Renováveis
Diretriz 03
Monitoramento Revisão do PLAMSAN
34 - Realizar reuniões intersetoriais entre as
câmaras para realizar o monitoramento.
6 reuniões ano Até final de vigência do PLAMSAN
CAISAN Assistência Social
Educação Saúde
Agricultura
08.244.1213.0.000 Garantir o Atendimento
Socioassistencial as Famílias
12.361.1245.0.000 Assegurar a Igualdade de
Acesso, Permanência, Êxito e Elevar o Nível de Educação da
População
10.122.1231.2.031 Administração Geral da Saúde
18.541.1260.2.059
Manut. Div. De Agricultura, Pecuária, Meio Ambiente e
Recursos Renováveis
Diretriz 08
133
DESAFIO 9 - Apoio a iniciativas de promoção da soberania, segurança alimentar e nutricional, do direito humano à alimentação adequada e de sistemas alimentares democráticos, saudáveis e sustentáveis em âmbito internacional, por meio do diálogo e da cooperação internacional.
Objetivo Subtema Meta Ações – Propostas Ind. de Resultado
Órgão responsável
Parceiros PPA Projeto/Atividade
Diretriz Nacional
Assegurar a implementação das iniciativas relacionadas à
segurança alimentar e
nutricional aos indivíduos de outros países
Participação das políticas
públicas
Ofertar atendimento à população de outros países
35 - Implementar projetos sociais
para atendimento as pessoas
advindas de outros países, com garantia de alimentação adequada e
saudável
100% da demanda
atendida em todas as
políticas públicas
CAISAN
Assistência Social
Educação Saúde
Agricultura
08.244.1213.0.000 Garantir o Atendimento
Socioassistencial as Famílias
12.361.1245.0.000
Assegurar a Igualdade de Acesso, Permanência, Êxito
e Elevar o Nível de Educação da População
10.122.1231.2.031 Administração Geral da
Saúde
18.541.1260.2.059 Manut. Div. De Agricultura, Pecuária, Meio Ambiente e
Recursos Renováveis
Diretriz 07
134
135
4. ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO DO PLAMSAN
As ações propostas, foram projetadas para os quatro anos e deverão ser
executadas por diversos setores, os quais deverão colaborar para a efetivação
das mesmas realizando o acompanhamento, o monitoramento e a avaliação de
acordo com o que foi estabelecido no plano de ação. A expectativa é que o
acompanhamento integral do PLAMSAN, possibilite mudanças concretas nas
ações de SAN em toda população.
Para o acompanhamento, o monitoramento e avaliação é fundamental que as
ações previstas no PLAMSAN sejam monitoradas sistematicamente, através do
levantamento dos indicadores que retratam cada etapa da atividade e, dessa
forma, proceder os ajustes que se fizerem necessários, com vistas, a otimizar
recursos humanos e financeiros e, principalmente, os resultados esperados.
As ações de acompanhamento, deverão ser apresentadas ao CONSEA nas
reuniões de avaliação do PLAMSAN, para que de fato as estratégias definidas da
política de SAN ocorram com eficiência.
Para o acompanhamento do plano a CAISAN deverá viabilizar recursos nos
orçamentos públicos de um modo geral, a participação e integração entre os
setores que realizam ações em SAN, a articulação intersetorial entre as políticas
sociais do município e o Sistema de Segurança Alimentar e Nutricional – SISAN.
Deverão ser aplicados métodos de avaliação de resultados e de processo, sempre
que possível subsidiados pelas informações obtidas nos procedimentos de
monitoramento, e também nas mudanças sociais que o município possa
apresentar durante o período de execução do plano.
Os procedimentos servirão para que os resultados e os impactos ilustrem o êxito
ou não das ações, como também para que estas sejam revisadas assegurando
que todos tenham direito à alimentação como preconiza a legislação.
136
Quadro 17. Cronograma de monitoramento e avaliação
Ação 2018 2019 2020 2021
Implementação do Plano X
Acompanhamento das ações X X X X
Monitoramento e avaliação X X X X
Avaliação final X
Elaboração do II PLAMSAN X
137
FONTE DE PESQUISA
Informações municipais para planejamento institucional. Versão 2.13
setembros/2017. http://www2.mppe.mp.br/cid/.acesso em 15 abr.2018 as 20:52
Caderno Ipardes
http://www.ipardes.gov.br/cadernos/MontaCadPdf1.php?Municipio=87820&btOk
=okm acesso em 28 de abr. 2018, as 17:40
Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional – Consea - Orientações
para a Elaboração dos Planos de Segurança Alimentar e Nutricional nos Estados
e municípios/2014
Ministério de Desenvolvimento Social
https://aplicacoes.mds.gov.br/sagi/RIv3/geral/relatorio.php, acesso em 28 de abr.
de 2018, as 16:59
Plano Estadual de Segurança Alimentar e Nutricional2012-2015. Curitiba, Pr.
CAISAN, 2013. 100p.: 30cm
Plano Municipal de Educação de Cidade Gaúcha - 2015/2024.
Plano Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional/PLANSAN 2012-2015
www.mds.gov.br/webarquivos/publicacao/seguranca_alimentar/Plano_Caisan.pd
f. Acesso em: 4 set. 2016.
Plano Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional/PLANSAN 2016-2019
- Www4.planalto.gov.br › Página Inicial › Comunicação › Notícias › 2016. Acesso
em: 4 set. 2016.