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PREFEITURA MUNICIPAL DE NOVA OLÍMPIA PLANO MUNICIPAL DE SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL 2017/2018 NOVA OLIMPIA - PR DEZEMBRO - 2017

PLANO MUNICIPAL DE SEGURANÇA ALIMENTAR E … · Representante da Escola Especial Viva Vida ... Centro Cultural Prof. Alcides Afonso dos Santos e Arena de Rodeio Jocélio ... A CAISAN

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PREFEITURA MUNICIPAL DE NOVA OLÍMPIA

PLANO MUNICIPAL DE

SEGURANÇA ALIMENTAR E

NUTRICIONAL – 2017/2018

NOVA OLIMPIA - PR

DEZEMBRO - 2017

PREFEITURA MUNICIPAL DE NOVA OLÍMPIA

CAISAN

PLANO MUNICIPAL DE

SEGURANÇA ALIMENTAR E

NUTRICIONAL – 2017/2018

NOVA OLIMPIA- PR

DEZEMBRO - 2017

PREFEITURA MUNICIPAL DE NOVA OLÍMPIA

1

João Batista Pacheco

Prefeito Municipal

Paulo Jobel Bezerra de Araújo

Vice Prefeito

ELABORAÇÃO DO PLANO MUNICIPAL DE SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL

MEMBROS DA CAISAN:

Adriana Pacheco – Secretaria Municipal de Assistência Social

Kelly Cristina Pacheco – Secretaria Geral

Glassys Louise de S. Cortez– Secretaria Municipal de Agricultura e Meio Ambiente

Gevanete Pereira da Silva – Secretaria Municipal da Educação

Luana Gobo Pessanha – Secretaria Municipal de Saúde

MEMBROS CONVIDADOS

Wanessa Apolônio – Secretaria Municipal de Assistência Social

Roberto Santana – Secretaria Municipal de Saúde

Ingrid Bodelon – Secretaria Municipal de Saúde

Paulo Fernando Araújo Oliveira – Secretaria Municipal de Esporte, Turismo e Lazer

PREFEITURA MUNICIPAL DE NOVA OLÍMPIA

2

CONSELHO MUNICIPAL DE SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL - NOVA OLÍMPIA - PR

ESTRUTURA COMSEA

SEGMENTO GOVERNAMENTAL

Representante da Secretaria de Assistência Social:

Titular: Adriana Simões Lima Pacheco

Suplente: Wanessa Apolônio

Representante da Secretaria de Educação e Cultura:

Titular: Gevanete Ferreira da Silva

Suplente: Denise Carolina Sotocorno

Representante da Secretaria de Saúde:

Titular: Luana Gobo Pessanha

Suplente: Josiane de Melo Freitas

Representante da Secretaria de Agricultura e Meio Ambiente:

Titular: Glassys Louise de Souza Cortez Freitas

Suplente: Ingrid Bodelon

SEGMENTO NÃO GOVERNAMENTAL

Representante da Associação de Desenvolvimento Comunitário de Nova Olímpia -

ADENO

PREFEITURA MUNICIPAL DE NOVA OLÍMPIA

3

Titular: Claudemir Rossi

Suplente: José de Lima

Representante da Escola Especial Viva Vida – APAE

Titular: Adilene Ventrameli

Suplente: Janete Garibaldi Campos

Representante da Associação dos Reciclados de Nova Olímpia - ARENO

Titular: Marinês de Souza Papa

Suplente: Silvanei de Souza

Representante da Associação de Pais, Mestres e Funcionários - APMF

Titular: Renata Cristina Verri

Suplente: Vradimir Adão Refundini

Representante do Sindicato dos Trabalhadores Rurais

Titular: Edite dos Santos Tenório

Suplente: Jair Sebin

Representante da Associação Comercial - ACENO

Titular: Elis Regina Domingues Santos

Suplente: Sandra Zanelatto Lopes

Representante das Instituições Religiosas

Titular: Ulbano Trevisan

Suplente: Elisete Terna Roeher

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4

Câmara Interministerial de Segurança Alimentar e Nutricional CAISAN - Nova

Olímpia:

Estrutura Caisan

Representante da Secretaria de Assistência Social:

Adriana Simoes Lima Pacheco

Representante da Secretaria de Secretaria Geral:

Kelly Cristina Pacheco

Representante da Secretaria de Educação:

Gevanete Ferreira da Silva

Representante da Secretaria de Agricultura:

Glassys Louise de Souza Cortez Freitas

Representante da Secretaria de Saúde:

Luana Gobo Pessanha

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5

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO ...................................................................................................................... 11

Capítulo I .............................................................................................................................. 13

1 CONTEXTUALIZAÇÃO DO MUNICÍPIO .......................................................................... 14

Capítulo II ............................................................................................................................. 21

2. A POLÍTICA PÚBLICA DE SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL ................... 22

2.1. Marco Histórico e Legal ................................................................................................. 22

2.2 A Segurança Alimentar e Nutricional em Nova Olímpia/PR ........................................... 25

2.3 Plano Municipal de Segurança Alimentar e Nutricional .................................................. 27

Capítulo III ............................................................................................................................ 31

3 CONTEXTUALIZAÇÃO: A SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL NO ÂMBITO

DA INTERSETORIALIDADE DAS SECRETARIAS MUNICIPAIS

............................................................................................................................................... 32

3.1. Secretaria Municipal de Assistência Social (SMAS)

............................................................................................................................................... 32

3.1.1. Plano Brasil sem Miséria ............................................................................................ 32

3.1.2 Cadastro Único ............................................................................................................ 33

3.1.3 Gestão de Programas de Transferência de Renda ..................................................... 34

3.1.3.1 Programa Bolsa Família ........................................................................................... 35

3.1.3.2 Benefício de Prestação Continuada ......................................................................... 38

3.1.3.3 Benefícios Eventuais ................................................................................................ 38

3.1.4 Acesso aos Serviços - Assistência Social ................................................................... 39

3.1.5 Programa Família Paranaense .................................................................................... 41

3.1.6 Programa Estadual Leite das Crianças ....................................................................... 42

3.2. Secretaria Municipal de Agricultura e Meio Ambiente (SAMA)

............................................................................................................................................... 43

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6

3.2.1. Feira do Produtor ........................................................................................................ 48

3.2.2. Nota Fiscal do Produtor .............................................................................................. 49

3.2.3 Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) ............................................................... 50

3.2.4 Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) .................................................. 53

3.3 Secretaria Municipal de Esporte, Turismo e Lazer .................................................... 54

3.3.1 Departamento de Turismo e Lazer .............................................................................. 58

3.4 Secretaria Municipal de Saúde .................................................................................... 64

3.4.1 Saúde e Nutrição ......................................................................................................... 64

3.4.2 Programa de Controle de Hipertensão Arterial e Diabetes ......................................... 67

3.4.3 Programa Saúde do Adulto e do Idoso ........................................................................ 68

3.4.4 Saúde Bucal ................................................................................................................ 69

3.4.5 Programa Saúde na Escola (PSE) .............................................................................. 69

3.4.6 Sistema de Vigilância em Saúde ................................................................................. 70

3.4.6.1 Vigilância Sanitária (VISA) ....................................................................................... 71

3.4.6.2 Vigilância Ambiental ................................................................................................. 72

3.4.6.3 Vigilância da Saúde do Trabalhador ......................................................................... 73

3.4.7 Programa Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF) ............................................ 73

3.4.8 Programa Bolsa Família .............................................................................................. 75

3.5 Secretaria Municipal de Educação .............................................................................. 77

3.5.1 Nutrição escolar ........................................................................................................... 79

Capítulo IV ........................................................................................................................... 83

4 PERSPECTIVA E DESAFIOS PARA A POLÍTICA MUNICIPAL DE SAN ...................... 84

4.1 Propostas e Deliberações da II Conferência Municipal de Segurança Alimentar e

Nutricional - Nova Olímpia – PR ........................................................................................ 85

Capítulo V ............................................................................................................................ 87

5. Plano de Ação da PLAMSAN Nova Olímpia/PR .............................................................. 88

5.1 Diretrizes ........................................................................................................................ 88

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7

Capítulo VI ......................................................................................................................... 114

6. Indicadores para o monitoramento e avaliação do Plano Municipal de Segurança

Alimentar e Nutricional ........................................................................................................ 115

Referências ....................................................................................................................... 117

Anexo I ............................................................................................................................... 119

Termo de Adesão a Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional – SISAN

............................................................................................................................................ 120

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8

Lista de Figuras

Figura 1. Localização e Divisas do Município de Nova Olímpia/PR .................................... 15

Figura 2. Ações previstas para elaboração do PLAMSAN .................................................. 27

Figura 3. Assinatura do Plano de Segurança Alimentar e Nutricional de Nova Olímpia – PR

............................................................................................................................................... 30

Figura 4. Oficinas de Jiu-Jitsu e Artesanato oferecidas às famílias assistidas do CRAS..... 41

Figura 5. Entrega do Leite do Programa Leite das Crianças ............................................... 43

Figura 6. III Congresso Estadual de Agropecuária – Umuarama/PR. 2017 ........................ 44

Figura 7. Associados da Adeno – Assembleia Geral ........................................................... 45

Figura 8. Sede e prestação de serviços da ADENO aos produtores rurais ......................... 45

Figura 9. Residência Rural - Programa Nacional de Habitação Rural (PNHR) ................... 46

Figura 10. Produção dos agricultores familiares para a Merenda Escolar (PAA e PNAE) .. 48

Figura 11. Reunião com os integrantes da Feira do Produtor de Nova Olímpia ................. 49

Figura 12. Atendimento aos produtores rurais para emissão da Nota Fiscal do Produtor .. 50

Figura 13. Reunião com os Produtores integrantes do PAA ............................................... 51

Figura 14. Produtos que são entregues ao município de Nova Olímpia ............................. 52

Figura 15. Diversificação da produção e incremento na renda dos produtores rurais ........ 52

Figura 16. Alimentação escolar nas escolas municipais ..................................................... 54

Figura 17. Pirâmide da Alimentação Saudável e a necessidade de praticar exercícios físicos

............................................................................................................................................... 56

Figura 18. Estádio Municipal, Ginásio de Esportes e Campo de Futevôlei na Praça dos

Trabalhadores ....................................................................................................................... 57

Figura 19. Campeão Interno de Nova Olímpia e Campeão Mundial de Jiu-Jitsu ................ 57

Figura 20. Lago Municipal de Nova Olímpia ........................................................................ 59

Figura 21. Avenida Higienópolis, iluminação e seus canteiros ............................................ 60

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Figura 22. Centro Cultural Prof. Alcides Afonso dos Santos e Arena de Rodeio Jocélio

Rodrigues Pessanha ............................................................................................................ 60

Figura 23. Cavalgada Ecológica e Festa do Padroeiro em Nova Olímpia ........................... 61

Figura 24. I Dia das Crianças no Lago Municipal de Nova Olímpia – Ano: 2017 ................ 62

Figura 25. Pesque Pague Rodrigues e Pesqueiro Sol Nascente – Nova Olímpia/PR ........ 62

Figura 26. Evento Comemorativo da Semana da Pessoa Idosa ......................................... 63

Figura 27. Centro de Convivência da Pessoa Idosa ............................................................ 64

Figura 28. Atendimento da Nutricionista ofertado as Gestantes do município .................... 66

Figura 29. Palestra sobre alimentação saudável aos grupos de saúde no município ......... 67

Figura 30. Aulas de alongamento fornecidas voltados aos grupos de saúde de adultos e da

pessoa idosa ......................................................................................................................... 68

Figura 31. Escovação diária após a Merenda Escolar ........................................................ 69

Figura 32. Programa Saúde e Bem estar – Controle de obesidade (NASF – Nova Olímpia)

............................................................................................................................................... 74

Figura 33. Atendimento a gestante no Programa Bolsa Família ......................................... 77

Figura 34. Organograma da Secretaria Municipal de Educação e Cultural ......................... 78

Figura 35. Feira Cultural com diversos temas, inclusive alimentação saudável .................. 81

Figura 36. Biblioteca Cidadã de Nova Olímpia .................................................................... 82

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10

Lista de Tabelas

Tabela 1. Dados gerais do Município de Nova Olímpia – PR .............................................. 17

Tabela 2. Histórico de valores repassados às famílias beneficiárias do PBF no município de

Nova Olímpia nos últimos 12 meses (2017) ......................................................................... 36

Tabela 3. Cronograma esportivo da Secretaria de Esporte, Turismo e Lazer para o ano de

2018 ...................................................................................................................................... 55

Tabela 4. EIXO 1: Comida de verdade: avanços e obstáculos para conquista da alimentação

adequada .............................................................................................................................. 85

Tabela 5. EIXO 2: Dinâmicas em curso, escolhas estratégicas e alcances da política pública

............................................................................................................................................... 85

Tabela 6. EIXO 3: Fortalecimento do sistema nacional de segurança alimentar e nutricional

............................................................................................................................................... 85

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INTRODUÇÃO

O Plano Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional – PLAMSAN é o principal

instrumento da Política Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional, instituída pelo

Decreto nº 7.272/2010. Nele estão contidas as diferentes ações do governo federal que se

propõem a respeitar, proteger, promover e prover o Direito Humano à Alimentação

Adequada (DHAA) para a população Brasileira.

De acordo Art. 3º do Decreto nº 7.272/2010, a elaboração do Plano será

orientada pelas 08 (oito) diretrizes da Política Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional

(PNSAN) e deverá ser construído intersetorialmente pela Câmara Interministerial de

Segurança Alimentar e Nutricional (CAISAN) com base nas prioridades estabelecidas pelo

CONSEA a partir das deliberações da Conferência Nacional de Segurança Alimentar e

Nutricional.

O Plano deverá:

I - conter análise da situação nacional de segurança alimentar e nutricional;

II - ser quadrienal e ter vigência correspondente ao plano plurianual;

III - consolidar os programas e ações relacionados às diretrizes designadas no art. 3°

e indicar as prioridades, metas e requisitos orçamentários para a sua execução;

IV - explicitar as responsabilidades dos órgãos e entidades da União integrantes do

SISAN e os mecanismos de integração e coordenação daquele Sistema com os sistemas

setoriais de políticas públicas;

V - incorporar estratégias territoriais e Intersetoriais e visões articuladas das demandas das

populações, com atenção para as especificidades dos diversos grupos populacionais em

situação de vulnerabilidade e de insegurança alimentar e nutricional, respeitando a

diversidade social, cultural, ambiental, étnico-racial e a equidade de gênero; e

VI - definir seus mecanismos de monitoramento e avaliação.

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12

A PLAMSAN no geral buscou concretizar a intersetorialidade, pressuposto da

SAN, dando visibilidade e propondo um monitoramento sistemático dos programas e ações

que deveriam, em última instância, garantir o DHAA da população brasileira, conforme

determinado pela lei 11.346/2006.

Seguindo as diretrizes da PNSAN realizou-se um aparato geral e situacional de

todas as Secretarias Municipais de Nova Olímpia, coletando e analisando dados relevantes

a segurança alimentar e nutricional, elencando a importância da realização da PLAMSAN.

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13

Capítulo I

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14

PLANO MUNICIPAL DE SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL DO MUNICÍPIO DE

NOVA OLÍMPIA/PR - 2017/2018

1 CONTEXTUALIZAÇÃO DO MUNICÍPIO

A colonização de Nova Olímpia ocorreu na segunda metade do ciclo econômico

do café. Diversas famílias de Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e

de outras cidades do Paraná vieram para a região em busca de terras com baixo valor e se

instalaram nas pequenas propriedades rurais. No ano de 1964 foi elevada a categoria de

distrito no dia 23 de setembro (Lei nº 4.930) e em nível municipal no dia 13 de novembro de

1967 (Lei nº 5.704). A comunidade comemora o aniversário da cidade no dia do padroeiro

Senhor Bom Jesus no dia 06 de agosto. Neste dia em 1959 foi celebrada a primeira missa

campal, na atual Praça da República.

Os primeiros registros de habitantes na região foram os índios Xetás oriundos da

Gleba Dourados. As primeiras ocupações das áreas foram realizadas na estrada de acesso

a Tapira e Cruzeiro do Oeste. Atualmente, é uma das principais ruas da cidade (Rua

Paraná). Em 1947 chegou à região de Umuarama Moacir Loures Pacheco, proprietário da

Colonizadora do Paraná Ltda, o qual recebeu de herança do seu pai Geniplo dos Santos

Pacheco a empresa e as terras da atual Nova Olímpia que havia recebido esta área em

1924 como pagamento pela construção de estradas. A origem do nome do município foi

uma homenagem para a mãe do fundador, Olímpia Loures Pacheco. A maior parte da

população vive da agricultura. Há indústria de confecções, produção de aves e bovinos e o

cultivo da cana-açúcar, além da mandiocultura e olericultura.

No início da década de 1950, Moacir e seu sócio, Mário de Aguiar Abreu,

contrataram o engenheiro Osvaldo Formighieri que desenvolveu a planta da cidade com a

forma de dois hexágonos acoplados, sendo que um dos hexágonos se desenvolve em torno

da Praça da República. Anteriormente, estas terras faziam parte do município de Cidade

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15

Gaúcha. Nova Olímpia pertencia ao munícipio de Cruzeiro do Oeste, antes de ser elevada a

categoria de município. No entanto, no ano de 2967 passou a pertencer a Tapira e

posteriormente novamente a Cidade Gaúcha. O município de Nova Olímpia faz divisa com

Cidade Gaúcha, Tapira, Cruzeiro do Oeste e Douradina (Figura 1).

Nova Olímpia pertence à região Noroeste do Paraná, encontra-se no Terceiro

Planalto com menores altitudes e maiores temperaturas no Estado. Desta forma, diversas

culturas agrícolas de clima tropical podem ser cultivadas na região como o café, a cana-de-

açúcar, fruticultura, entre outras, que proporcionaram características socioeconômicas

diferentes das existentes no Estado. Localiza-se a 23º28'19”S e 53º05'19" W com altitude

média de 438 m. A população estimada em 2017 é de 5.829 habitantes, segundo

IBGE/2010 e possui área de 134,39 km2. O principal rio de Nova Olímpia é o afluente

Ribeirão Tapiracuí localizado na Bacia do Rio Ivaí. Não existem rios dentro do perímetro

urbano apenas a nascente de um córrego.

Localização:

Figura 1. Localização e Divisas do Município de Nova Olímpia/PR

O Terceiro Planalto subdivide-se em cinco regiões. A parte compreendida entre

os rios Ivaí e Piquiri é denominada Planalto de Campo Mourão. O município de Nova

Olímpia localiza-se no setor ocidental deste planalto, onde ocorrem platôs suavemente

ondulados (declividades entre 3% e 8%). A devastação acelerada e irracional deixou apenas

Autoridade eleita

Gestão 2017/2020

João Batista Pacheco

Fonte: TRE-PR

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16

pequenas manchas destas florestas. Em Nova Olímpia cobrem apenas 220 hectares dos

seus 13.756, dos remanescentes florestais destacam-se duas áreas ao norte da cidade, em

ambos os lados da PR 480 de 15,27 e 8,42 ha por sua exuberância e proximidade da área

urbana, aproximadamente 200 m. A área urbana tem praticamente todas as ruas

arborizadas predominantemente por Sibipiruna. Não existem parques públicos, apenas

praças.

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Tabela 1. Dados gerais do Município de Nova Olímpia - PR

ELEITORES E ZONAS ELEITORAIS

FONTE DATA MUNICÍPIO REGIÃO ESTADO

Número de Eleitores TSE 2016 4.815 213.142 7.869.450

Quantidade de Zonas Eleitorais TRE-PR 2016 - 10 206

ÁREA TERRITORIAL E DEMOGRÁFICA

FONTE DATA MUNICÍPIO REGIÃO ESTADO

Área Territorial (ITCG) (km2) ITCG 2017 135,614 10.397,677 199.880,200

Densidade Demográfica (hab/km2) IPARDES 2016 42,81 26,73 56,25

Grau de Urbanização (%) IBGE 2010 85,14 80,20 85,33

População - Estimada (habitantes) IBGE 2017 5.829 278.758 11.320.892

População - Censitária (habitantes) IBGE 2010 5.503 265.092 10.444.526

População - Censitária - Urbana (habitantes)

IBGE 2010 4.685 212.601 8.912.692

População - Censitária - Rural (habitantes)

IBGE 2010 818 52.491 1.531.834

População - Contagem (habitantes)(1) IBGE 2007 5.227 256.894 10.284.503

Taxa de Crescimento Geométrico (%) IBGE 2010 0,41 0,27 0,89

Índice de Idosos (%) IBGE 2010 59,74 48,17 32,98

Razão de Dependência (%) IBGE 2010 46,79 44,65 43,78

Razão de Sexo (%) IBGE 2010 95,70 97,25 96,56

Taxa de Envelhecimento (%) PNUD/IPEA/FJP 2010 11,92 10,03 7,55

DESENVOLVIMENTO HUMANO E RENDA

FONTE DATA MUNICÍPIO REGIÃO ESTADO

Índice de Desenvolvimento Humano - IDHM

PNUD/IPEA/FJP 2010 0,710 ... 0,749

Índice de Gini da Renda Domiciliar Per Capita

IBGE 2010 0,3991 ... 0,5416

EDUCAÇÃO FONTE DATA MUNICÍPIO REGIÃO ESTADO

Matrículas na Creche (alunos) MEC/INEP 2016 201 5.434 209.954

Matrículas na Pré-escola (alunos) MEC/INEP 2016 86 6.365 231.155

Matrículas no Ensino Fundamental (alunos)

MEC/INEP 2016 715 31.766 1.430.589

Matrículas no Ensino Médio (alunos) MEC/INEP 2016 223 11.059 457.554

Matrículas na Educação Profissional (alunos)

MEC/INEP 2016 - 1.781 82.447

Matrículas no Ensino Superior (alunos) MEC/INEP 2015 - 7.637 389.966

Taxa de Analfabetismo de 15 anos ou mais (%)

IBGE 2010 13,14 ... 6,28

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SAÚDE FONTE DATA MUNICÍPIO REGIÃO ESTADO

Estabelecimentos de Saúde (número) MS-CNES 2016 6 655 22.852

Leitos Hospitalares Existentes (número)

MS-CNES 2016 16 852 27.017

Taxa de Fecundidade (filhos/mulher) PNUD/IPEA/FJP 2010 1,97 ... 1,86

Taxa Bruta de Natalidade (mil habitantes)

IBGE/SESA-PR 2016 13,09 13,27 13,78

Taxa de Mortalidade Geral (mil habitantes) (P)

Datasus/SESA-PR

2016 9,47 8,15 6,72

Taxa de Mortalidade Infantil (mil nascidos vivos) (P)

Datasus/SESA-PR

2016 13,16 14,10 10,44

Taxa de Mortalidade em Menores de 5 anos (mil nascidos vivos) (P)

Datasus/SESA-PR

2016 13,16 16,26 12,36

Taxa de Mortalidade Materna (100 mil nascidos vivos) (P)

Datasus/SESA-PR

2016 - 81,32 40,02

DOMICÍLIOS E SANEAMENTO FONTE DATA MUNICÍPIO REGIÃO ESTADO

Número de Domicílios Recenseados IBGE 2010 2.055 98.645 3.755.090

Número de Domicílios Particulares Permanentes

IBGE 2010 1.823 87.490 3.298.297

Domicílios Particulares Permanentes - Com Água Canalizada

IBGE 2010 1.820 87.327 3.273.822

Domicílios Particulares Permanentes - Com Banheiro ou Sanitário

IBGE 2010 1.823 87.348 3.286.052

Domicílios Particulares Permanentes - Destino do Lixo - Coletado

IBGE 2010 1.626 75.359 2.981.998

Domicílios Particulares Permanentes - Com Energia Elétrica

IBGE 2010 1.820 87.431 3.284.181

Abastecimento de Água (unidades atendidas (2))

Sanepar/Outras 2016 2.278 101.123 3.746.241

Consumo de Água - Volume Faturado (m3)

Sanepar/Outras 2016 352.976 15.713.014 588.553.482

Consumo de Água - Volume Medido (m3)

Sanepar/Outras 2016 286.628 12.949.535 484.967.327

Atendimento de Esgoto (unidades atendidas (2))

Sanepar/Outras 2016 ... 51.914 2.625.737

ENERGIA ELÉTRICA FONTE DATA MUNICÍPIO REGIÃO ESTADO

Consumo de Energia Elétrica (Mwh) COPEL 2016 8.921 531.682 28.368.705

Consumidores de Energia Elétrica (número) (3)

COPEL 2016 2.542 121.663 4.615.622

TRABALHO FONTE DATA MUNICÍPIO REGIÃO ESTADO

Estabelecimentos (RAIS) (número) MTE 2015 125 8.941 314.993

Comércio Varejista MTE 2015 52 2.939 107.940

Agropecuária MTE 2015 18 1.478 29.177

Alojamento, Alimentação, Radiodifusão e Televisão

MTE 2015 13 804 33.205

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Empregos (RAIS) (número) MTE 2015 885 62.427 3.113.204

Estabelecimentos (RAIS) nas Atividades Características do Turismo (ACTs) (número)

MTE 2015 2 397 20.003

Estabelecimentos (RAIS) nas ACTs - Alojamento (número)

MTE 2015 - 40 1.823

Estabelecimentos (RAIS) nas ACTs - Alimentação (número)

MTE 2015 2 281 14.807

Estabelecimentos (RAIS) nas ACTs - Transporte Terrestre (número)

MTE 2015 - 37 1.256

Estabelecimentos (RAIS) nas ACTs - Transporte Aéreo (número)

MTE 2015 - - 34

Estabelecimentos (RAIS) nas ACTs - Transporte Aquaviário (número)

MTE 2015 - - 25

Estabelecimentos (RAIS) nas ACTs - Agências de Viagem (número)

MTE 2015 - 16 983

Estabelecimentos (RAIS) nas ACTs - Aluguel de Transportes (número)

MTE 2015 - 3 281

Estabelecimentos (RAIS) nas ACTs - Cultura e Lazer (número)

MTE 2015 - 20 794

População em Idade Ativa (PIA) (pessoas)

IBGE 2010 4.825 231.232 8.962.587

População Economicamente Ativa (PEA) (pessoas)

IBGE 2010 3.140 141.830 5.587.968

População Ocupada (PO) (pessoas) IBGE 2010 3.032 134.711 5.307.831

Taxa de Atividade de 10 anos ou mais (%)

IBGE 2010 65,15 61,41 62,35

Taxa de Ocupação de 10 anos ou mais (%)

IBGE 2010 96,56 94,98 94,99

AGROPECUÁRIA FONTE DATA MUNICÍPIO REGIÃO ESTADO

Valor Bruto Nominal da Produção Agropecuária (R$ 1,00)

DERAL 2016 75.815.263,39 3.151.494.013,87 88.826.565.202,46

Pecuária - Bovinos (cabeças) IBGE 2016 15.159 956.624 9.487.999

Pecuária - Equinos (cabeças) IBGE 2016 240 18.173 297.369

Pecuária - Ovinos (cabeças) IBGE 2016 60 19.667 598.264

Pecuária - Suínos (cabeças) IBGE 2016 520 54.970 7.131.132

Aves - Galináceos (cabeças) IBGE 2016 335.000 12.043.066 335.082.396

Produção Agrícola - Cana-de-açúcar (toneladas)

IBGE 2015 157.417 6.761.275 47.368.045

Produção Agrícola - Mandioca (toneladas)

IBGE 2015 11.700 756.290 4.312.946

Produção Agrícola - Café (em grão) (toneladas)

IBGE 2015 40 1.682 80.304

FINANÇAS PÚBLICAS FONTE DATA MUNICÍPIO REGIÃO ESTADO

Receitas Municipais (R$ 1,00) Prefeitura 2016 21.573.925,09 888.871.419,70 33.520.199.174,11

Despesas Municipais (R$ 1,00) Prefeitura 2016 18.734.261,53 832.897.327,91 31.803.451.981,32

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20

ICMS (100%) por Município de Origem do Contribuinte (R$ 1,00)

SEFA-PR 2016 40.878,38 117.577.395,31 25.907.692.833,12

ICMS Ecológico - Repasse (R$ 1,00) SEFA-PR 2015 - 17.414.236,79 251.375.123,07

Fundo de Participação dos Municípios (FPM) (R$ 1,00)

MF/STN 2016 7.297.278,75 211.621.081,51 5.396.212.645,07

PRODUTO E RENDA FONTE DATA MUNICÍPIO REGIÃO ESTADO

PIB Per Capita (R$ 1,00) (4) IBGE/Ipardes 2014 10.866 23.551 31.411

Valor Adicionado Bruto (VAB) a Preços Básicos (R$ 1.000,00) (4)

IBGE/Ipardes 2014 59.912 5.886.015 301.106.711

VAB a Preços Básicos - Agropecuária (R$ 1.000,00) (4)

IBGE/Ipardes 2014 17.513 920.088 28.599.816

VAB a Preços Básicos - Indústria (R$ 1.000,00) (4)

IBGE/Ipardes 2014 3.169 1.299.519 75.758.464

VAB a Preços Básicos - Serviços (R$ 1.000,00) (4)

IBGE/Ipardes 2014 17.826 2.686.086 156.145.617

VAB a Preços Básicos - Administração Pública (R$ 1.000,00) (4)

IBGE/Ipardes 2014 21.403 980.319 40.602.794

Valor Adicionado Fiscal (VAF) (R$ 1,00) (P)

SEFA-PR 2015 77.225.304 4.952.731.638 254.029.322.845

VAF - Produção Primária (R$ 1,00) (P) SEFA-PR 2015 59.842.258 2.236.742.842 52.644.331.165

VAF - Indústria (R$ 1,00) (P) SEFA-PR 2015 5.947.272 1.254.586.004 111.082.022.362

VAF - Comércio/Serviços (R$ 1,00) (P) SEFA-PR 2015 11.435.774 1.432.816.857 89.603.805.782

VAF - Recursos/Autos (R$ 1,00) (P) SEFA-PR 2015 - 28.585.935 699.163.536

(1) Resultados da população residente em 1º de abril de 2007, encaminhados ao Tribunal de Contas da União em 14 de novembro de 2007. Para os municípios com mais de 170.000 habitantes (Cascavel, Colombo, Curitiba, Foz do Iguaçú, Londrina, Maringá, Ponta Grossa e São José dos Pinhais) não houve contagem da população e nesses casos foi considerada a estimativa na mesma data.

(2) Unidades (economias) atendidas é todo imóvel (casa, apartamento, loja, prédio, etc.) ou subdivisão independente do imóvel para efeito de cadastramento e cobrança de tarifa (Adaptado do IBGE, CIDE, SANEPAR).

(3) Refere-se às unidades consumidoras de energia elétrica (relógio).

(4) Nova metodologia. Referência 2010

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21

Capítulo II

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22

2. A POLÍTICA PÚBLICA DE SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL

2.1. Marco Histórico e Legal

A partir da Lei Orgânica de Segurança Alimentar e Nutricional Lei nº. 11.346 do

dia 15 de setembro de 2006 criou o Sistema de Nacional de Segurança Alimentar e

Nutricional (SISAN). Desta forma, a consecução do direito humano à alimentação adequada,

à segurança alimentar e nutricional da população far-se-á por meio do SISAN, integrado por

um conjunto de órgãos e entidades da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos

Municípios e pelas instituições privadas, com ou sem fins lucrativos, adeptas à segurança

alimentar e nutricional e que tenham interesse em integrar o Sistema.

O SISAN tem como objetivo criar e implementar políticas e planos de segurança

alimentar e nutricional, além de estimular a integração dos esforços entre governo e

sociedade civil, e, ainda promover o acompanhamento, o monitoramento e a avaliação da

segurança alimentar e nutricional do País. Assim, os componentes que integram SISAN: I –

a Conferência Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional; II – o CONSEA; III – a

CAISAN; IV – os órgãos e entidades de segurança alimentar e nutricional da União, dos

Estados, do Distrito Federal e dos Municípios e V – as instituições privadas, com ou sem fins

lucrativos, que manifestem interesse na adesão e que respeitem os critérios, princípios e

diretrizes do SISAN.

Ademais, a construção do SISAN contribuiu para importantes avanços, na

redução da insegurança alimentar nutricional, da pobreza e da vulnerabilidade social. Além

de promover o direito constitucional de todos os seres humanos, uma vez que o SISAN é

resultado de uma ampla mobilização da sociedade civil e do governo. A atual conjuntura

mostra a trajetória nacional de segurança alimentar e nutricional conota como um momento

histórico, na descentralização do Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional.

Os desafios para criar mecanismos e órgãos legais que permitam a articulação e

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23

coordenação dos diversos programas e ações em curso, a partir de práticas participativas,

pactos federativos e de uma concepção abrangente e intersetorial é fato notório para

permitir a incorporação das múltiplas dimensões da Segurança Alimentar e Nutricional.

Importantes eventos foram realizados na década de 80 sobre a alimentação e

nutrição voltadas para cenário politico, houve a 8º Conferência de Saúde (1986), e ainda a I

Conferência Nacional de Alimentação e Nutrição. No ano de 1993 criou-se o Conselho

Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (CONSEA), órgão de aconselhamento da

Presidência da República, composto por oito ministros de estado e 21 representantes da

sociedade civil. Em 2006 foi aprovada a Lei Orgânica de Segurança Alimentar e Nutricional

(LOSAN), que posteriormente permitiu à criação do SISAN, que visa assegurar alimentação

adequada atribuindo ao poder público o dever de adotar políticas e ações para a Segurança

Alimentar e Nutricional voltado a população em geral.

Em novembro de 2007 foram instituídos os Decretos nº 6.272 e Decreto nº

6.273, que dispõem as competências, a composição e o funcionamento do CONSEA. Além

disto, criam a Câmara Interministerial de Segurança Alimentar e Nutricional (CAISAN),

fundamental para o operação do SISAN, que possibilita favorecer os processos sustentáveis

e de desenvolvimento econômico, viabilizando a importância da segurança alimentar e

nutricional (SAN). Em 2008, a partir da criação do Programa de Apoio a Gestão e

Implementação do Sistema Nacional na Lei Orçamentária Anual/LOA, o Ministério de

Desenvolvimento Social e Combate à Fome – MDS passou a apoiar governos estaduais, de

modo a aperfeiçoar seus esforços de implantação do SISAN, por meio de convênios que

visam o fortalecimento dos CONSEA’s Estaduais e a criação de instrumentos legais para a

consolidação do Sistema.

No ano de 2010 foi promulgada a emenda constitucional 64, que inclui a

alimentação entre os direitos sociais, fixados no artigo 6º da Constituição Federal, outra

importantíssima conquista. Em 25 de agosto de 2010 o Presidente Luís Inácio Lula da Silva

assinou o decreto que institui a Política Nacional de SAN e regulamentou a LOSAN.

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24

Recentemente, no ano de 2015 foi realizado em Brasília/DF a V Conferência Nacional de

Segurança Alimentar e Nutricional, cujo tema foi “Comida de Verdade no Campo e na

Cidade: por Direitos e Soberania Alimentar”, um marco na história da SAN.

A SAN deve ser intersetorial e participativa, além de assegurar o acesso de todos

a alimentos de qualidade de forma permanente em quantidade suficiente, sem comprometer

outras necessidades essenciais, tendo como base práticas alimentares promotoras da

saúde, que respeitem a diversidade cultural, ambiental, econômica, além de ser socialmente

sustentável (MACHADO, 2017a). Ademais, o modelo de produção e consumo de alimentos

é fundamental para assegurar a SAN, pois, além da fome e da insegurança alimentar e

nutricional, produzir alimentos sem respeitar ao meio ambiente, com uso de agrotóxicos que

afetam a saúde de trabalhadores/as e consumidores/as e ao princípio da precaução. Sendo

assim, é fundamental a participação da sociedade civil, dos representantes governamentais

e não governamentais se unirem para elaboração de uma SAN efetiva e que atenda a

demanda municipal.

Desta forma, a SAN demanda ações intersetoriais de garantia de acesso à terra

urbana e rural e território, de garantia de acesso aos bens da natureza, incluindo as

sementes, de garantia de acesso à água para consumo e produção de alimentos, da

garantia de serviços públicos adequados de saúde, educação, transporte, entre outros, de

ações de prevenção e controle da obesidade, do fortalecimento da agricultura familiar e da

produção orgânica e agroecológica, da proteção dos sistemas agroextrativistas, de ações

específicas para povos indígenas, populações negras, quilombolas e povos e comunidades

tradicionais. Sendo assim, fundamental para que as ações públicas garantam a segurança

alimentar e possibilitem contemplar abordagem de gênero e geracional.

A soberania alimentar é um princípio crucial para a garantia de SAN e nutricional

e diz respeito ao direito que tem os povos de definirem as políticas, com autonomia sobre o

que, para quem e quais as condições para produzir. Assim, a soberania alimentar assegura

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25

aos agricultores e agricultoras, extrativistas, pescadores e pescadoras, entre outros grupos,

a soberania sobre sua cultura e os bens da natureza.

2.2 A Segurança Alimentar e Nutricional em Nova Olímpia/PR

Em 2003, foi instituído o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), que surgiu

com a discussão a respeito da Segurança Alimentar e Nutricional com o Programa Nacional

Fome Zero. O PAA tem como objetivo complementar a alimentação preparada e distribuída

nas entidades sociais para famílias em situação de vulnerabilidade social ou de insegurança

alimentar, ajudando o fortalecimento da agricultura familiar e promovendo a distribuição

econômica. Assim, foi criado em Nova Olímpia o primeiro grupo de agricultores familiares

para o PAA, que atende as escolas municipais, o hospital municipal, a assistência social e

as entidades como APAE. O PAA atualmente está inserido na Secretaria de Educação,

sendo responsável pelo mesmo.

Posteriormente, em Nova Olímpia, foi criada a legislação sobre o sistema

alimentar e nutricional - SISAN por meio da Lei nº 1.235 de 20 de agosto de 2014 e na

sequencia foi instituído o CONSEA (o Conselho Municipal de Segurança Alimentar e

Nutricional do Município de Nova Olímpia). No dia 24 de junho de 2015 foi realizado no

Município de Nova Olímpia a II Conferência Municipal Alimentar e Nutricional, com tema

central: “Comida de verdade no campo e na cidade: por direitos e soberania alimentar”.

O objetivo do município é garantir a alimentação adequada, sendo direito básico

do ser humano, indispensável à realização dos seus consagrados na Constituição Federal e

Estadual. Cabe ao poder público adotar políticas e ações necessárias para respeitar,

proteger, promover, e prover o Direito Humano à Alimentação de Adequada (DHAA) e

Segurança Alimentar e Nutricional a toda população.

A Segurança Nutricional e Alimentar abrange a ampliação das condições de

oferta acessível de alimentos, por meio de incremento de produção, em especial na

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26

agricultura tradicional e familiar, alçando a geração de emprego e redistribuição de renda,

como fatores de ascensão social. Além disto, tem-se a adoção de urgentes correções

quanto aos controles públicos sobre qualidade nutricional dos alimentos, quanto a tolerância

com maus hábitos alimentares, quanto o não conhecimento sobre saúde alimentar e a falta

de sintonia entre as ações de diversas áreas com responsabilidades afins, como educação e

saúde.

Após a criação da CAISAN municipal, o município instituiu o Decreto nº

086/2016, designando os representantes do governo: Ana Paula Frazili de Godói Rossi

(Representante da Secretaria de Assistência Social); Andréia Cristina Batista Alves

(Representante da Secretaria de Saúde) e Rosana Aparecida Domingos de Oliveira

(Representante da Secretaria de Educação). Assim, a CAISAN é composta por três

Secretarias Municipais, e no ano de 2018 será incluída a Secretaria de Agricultura e Meio

ambiente (SAMA).

A CAISAN tem como principal atribuição coordenar a execução da politica e o

Plano Municipal de Segurança Alimentar e Nutricional (PLAMSAN), levando em

consideração ser uma tarefa bem complexa, pois certas condições determinam as situações

de insegurança alimentar e nutricional, como situações de pobreza e falta de acesso à

politicas publicas, como saneamento, água potável, saúde e educação. Além disto, a

CAISAN deve observar as recomendações e orientações do Conselho Nacional de

Segurança Alimentar e Nutricional, bem como a execução e coordenação deste Plano.

Assim sendo, com a aprovação do Processo de Adesão do Município de Nova

Olímpia ao SISAN Nacional, a Secretaria de Abastecimento do Paraná (SEAB), órgão

responsável pela segurança alimentar do estado encaminhou o Termo de Adesão nº

055/2016 para assinatura do prefeito municipal (Anexo I). No dia 20 de abril de 2016

aconteceu a reunião ordinária do CONSEA, no qual foi assinado o termo de adesão ao

SISAN, dando o prazo de um (1) ano conforme Lei nº 11.346, de 15 de setembro de 2006 e

do Decreto nº 7.272, de 25 de agosto de 2010. A adesão ao SISAN permitirá o acesso a

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27

recursos e programas federais, como por exemplo, o Programa de Aquisição de Alimentos

(PAA) e o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE).

2.3 Plano Municipal de Segurança Alimentar e Nutricional

O processo de elaboração do Plano Municipal de Segurança Alimentar e Nutricional

(PLAMSAN) do município de Nova Olímpia teve seu início utilizando os princípios que

motivaram as escolhas pelas estratégias e procedimentos metodológicos utilizados,

elaborado pela CAISAN e CONSANS e entidades da sociedade civil, cumprindo as

responsabilidades legais. Por intermédio da CAISAN-Municipal, foi proposto o levantamento

das ações com interconexão com Segurança Alimentar e Nutricional de cada uma das

secretarias que compõe a Câmara, além do diagnóstico das ações previstas para

elaboração da PLAMSAN (Figura 2).

Figura 2. Ações previstas para elaboração do PLAMSAN

O PLAMSAN fornecerá os dados elaborados por meio dos levantamentos de

informações de cada secretaria, cujo principal objetivo é proteger, prover e promover o

Direito Humano a Alimentação Adequada (DHAA) às pessoas com maior vulnerabilidade

social do município de Nova Olímpia. E, ainda será um documento que possibilita o controle

social por meio da sociedade civil.

Além disto, o plano estabelece a consolidação orçamentária de investimento em

programas e ações do governo municipal, prevendo parcerias com as demais instâncias de

governos: Estadual e Federal. A sugestão desta estrutura também prevê metas, objetivos,

ações, programas, diretrizes, desafios e a implantação do sistema de monitoramento e

Pactuação e Elaboração do

PLAMSAN

Participação da sociedade civil,

CAISAN e CONSEA

Apresentação e aprovação

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28

avaliação para acompanhar e medir os efeitos propostos no PLAMSAN, bem como buscar

estratégias para superação das situações específicas em termo de insegurança alimentar e

nutricional.

Para que a PLAMSAN município de Nova Olímpia atinja seus objetivos de

acordo as normas aprovadas pela Política Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional,

serão considerados as diretrizes de acordo como desafios elencados pelo Plano Nacional

de Segurança Alimentar e Nutricional (PLANSAN) - 2016-2019.

Diretrizes:

I - Promoção do acesso universal à alimentação adequada e saudável, com prioridade para

as famílias e pessoas em situação de insegurança alimentar e nutricional;

II - Promoção do abastecimento e estruturação de sistemas sustentáveis e descentralizados,

de base agroecológica, de produção, extração, processamento e distribuição de alimentos;

III - Instituição de processos permanentes de educação alimentar e nutricional, pesquisa e

formação nas áreas de segurança alimentar e nutricional e do direito humano à alimentação

adequada;

IV - Promoção, universalização e coordenação das ações de segurança alimentar e

nutricional voltadas para quilombolas e demais povos e comunidades tradicionais de que

trata o art.3º, inciso I, do Decreto nº 6.040, de 7 de fevereiro de 2007, povos indígenas e

assentados da reforma agrária;

V - Fortalecimento das ações de alimentação e nutrição em todos os níveis da atenção à

saúde, de modo articulado às demais ações de segurança alimentar e nutricional;

I – Promoção do acesso universal à água de qualidade e em quantidade suficientes, com

prioridade para as famílias em situação de insegurança hídrica e para a produção de

alimentos da agricultura familiar e da pesca e aquicultura;

VII - Apoio a iniciativas de promoção da soberania alimentar, segurança alimentar e

nutricional e do direito humano à alimentação adequada em âmbito internacional e a

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29

negociações internacionais baseadas nos princípios e diretrizes da Lei nº 11.346, de 15 de

setembro de 2006;

VIII- Monitoramento da realização do direito humano à alimentação adequada.

Desafios enfrentados:

1 - Promover o acesso universal à alimentação adequada e saudável, com prioridade para

as famílias e pessoas em situação de insegurança alimentar e nutricional – Corresponde à

Diretriz 1 da PNSAN;

2 - Combater a Insegurança Alimentar e Nutricional e promover a inclusão produtiva rural

em grupos populacionais específicos, com ênfase em Povos e Comunidades Tradicionais e

outros grupos sociais vulneráveis no meio rural - Corresponde às Diretrizes 1, 2, 4, 5 E 6 da

PNSAN;

3 - Promover a produção de alimentos saudáveis e sustentáveis, a estruturação da

agricultura familiar e o fortalecimento de sistemas de produção de base agroecológica –

Corresponde à Diretriz 2 da PNSAN;

4 - Promover o abastecimento e o acesso regular e permanente da população brasileira à

alimentação adequada e saudável – Corresponde à Diretriz 2 da PNSAN;

5 - Promover e proteger a Alimentação Adequada e Saudável da População Brasileira, com

estratégias de educação alimentar e nutricional e medidas regulatórias – Corresponde às

Diretrizes 3 e 5 da PNSAN;

6 - Controlar e Prevenir os Agravos decorrentes da má alimentação – Corresponde à Diretriz

5 da PNSAN;

7 - Ampliar a disponibilidade hídrica e o acesso à agua para a população, em especial a

população pobre no meio rural – Corresponde à Diretriz 6 da PNSAN

8 - Consolidar a implementação do Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional

(SISAN), aperfeiçoando a gestão federativa, a intersetorialidade e a participação social –

Corresponde às Diretrizes 3, 8 da PNSAN e Diretriz SISAN;

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30

9 - Apoio a iniciativas de promoção da soberania, segurança alimentar e nutricional, do

direito humano à alimentação adequada e de sistemas alimentares democráticos, saudáveis

e sustentáveis em âmbito internacional, por meio do diálogo e da cooperação internacional –

Corresponde à Diretriz 7 da PNSAN.

Ainda é visível a desigualdade na distribuição de renda e os elevados níveis de

pobreza no país. O Brasil tem como desafio enfrentar uma herança histórica de injustiça

social, que exclui parte significativa da população ao acesso a condições mínimas de

dignidade e cidadania. Felizmente, um grande avanço ocorreu na diminuição da pobreza no

país, todavia muitos são os desafios que devem ser enfrentados no campo da segurança

alimentar e nutricional.

Figura 3. Assinatura do Plano de Segurança Alimentar e Nutricional de Nova Olímpia - PR

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31

Capítulo III

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32

3 CONTEXTUALIZAÇÃO: A SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL NO ÂMBITO

DA INTERSETORIALIDADE DAS SECRETARIAS MUNICIPAIS

3.1. Secretaria Municipal de Assistência Social (SMAS)

A Secretaria Municipal de Assistência Social (SMAS) é o órgão gestor da Política

de Assistência Social e tem como responsabilidade a coordenação e a organização do

Sistema Único de Assistência Social (SUAS) no âmbito local, que permite assegurar a

integralidade da proteção socioassistencial ä população por meio da oferta de serviços de

forma territorializada, em quantidade e qualidade.. O Conselho Municipal de Assistência

Social (CMAS), o Fundo Municipal de Assistência Social (FMAS) e a Conferência Municipal

da Assistência Social foram instituídos pela Lei n°. 752 de 08 de abril de 1996. A Lei n°.

1.038 de 18 de agosto de 2009 atualizou e corrigiu o CMSA.

A Assistência Social, direito do cidadão e dever do Estado, é a Política de

Seguridade Social não contributiva, que provê os mínimos sociais, realizada através um

conjunto integrado de ações da iniciativa pública e da sociedade para garantir o atendimento

às necessidades básicas. E tem por atividade principal uma ou mais das seguintes ações: I

– a proteção à família, à maternidade, à infância, à adolescência e à velhice; II – o amparo

às crianças e adolescentes carentes; III – a promoção da integração ou mercado de

trabalho; IV – a habilitação e reabilitação das pessoas portadoras de deficiência e a

promoção de sua integração à vida comunitária; V - a promoção de projetos de

enfrentamento da pobreza (Lei n° 752, de 08/04/1996).

3.1.1. Plano Brasil sem Miséria

O Plano Brasil Sem Miséria (BSM) foi lançado no ano de 2011 diretamente

direcionados às famílias com renda inferior a R$ 70,00/mês/pessoa, e em apenas quatro

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33

anos, 22 milhões de pessoas da situação de extrema pobreza. Posteriormente, no ano de

2014, houve atualização da caracterização da situação de extrema pobreza com reajuste

para o valor de R$ 77,00/mês/pessoa e o benefício médio mensal repassado às famílias de

até R$ 154,00 (BRASIL, 2017). Atualmente, o público prioritário é de brasileiros que

possuem renda mensal inferior a R$ 85,00 e o benefício médio mensal repassado às

famílias de até R$ 170,00.

A situação de extrema pobreza pode tornar-se visível de diferentes maneiras. O

BSM baseia-se em três pilares: a) garantia de renda, para reduzir a situação de extrema

pobreza de maneira imediata; b) acesso aos serviços públicos, com intuito de assegurar

melhorias nas condições de educação, saúde e cidadania dos beneficiários; e c) inclusão

produtiva, para garantir oportunidades de trabalho e geração de renda às famílias.

O BSM prevê melhorar o acesso à saúde, por meio do Programa Nacional de

Qualificação da Assistência Farmacêutica do Sistema Único de Saúde (SUS) nos municípios

com até 100.000 habitantes. O Ministério de Desenvolvimento Agrário Social e Agrário

(MDSA) utilizam as informações do Cadastro Único para o BSM, sendo assim, uma forma

de permitir a atualização dos dados cadastrais das famílias a cada dois anos sobre a renda

familiar mensal de até meio salário mínimo per capita, além de outras informações e das

necessidades e potencialidades das famílias em situação de vulnerabilidade.

3.1.2 Cadastro Único

O Cadastro Único (CADÚNICO) é um conjunto de informações sobre as famílias

brasileiras em situação de pobreza e extrema pobreza que são utilizadas pelo Governo

Federal, Estados e municípios para implementação de políticas públicas capazes de

promover a melhoria na qualidade de vida das famílias. O público alvo do CADÚNICO que

devem ser cadastradas é a famílias de baixa renda, com renda mensal de até meio salário

mínimo por pessoa ou com até três salários mínimos de renda mensal total (BRASIL,

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34

2017b). O Governo Federal utiliza os dados do Cadastro Único para conceber benefícios de

programas sociais, tais como: Benefício de Prestação Continuada (BPC), Programa Bolsa

Família, Tarifa Social de Energia Elétrica, entre outros.

Após as visitas domiciliares periódicas às famílias de baixa renda o município

efetua o cadastramento, no entanto, famílias que ainda não estão inscritas no Cadastro

Único podem procurar o CRAS – Centro de Referência em Assistência Social (BRASIL,

2017b). Desta forma, o Cadastro Único é um instrumento de identificação e caracterização

socioeconômica das famílias de baixa renda no país, e que podem ser utilizadas estas

informações cadastrais para efetivar politicas publicas e programas sociais para beneficiar

as famílias em situação de vulnerabilidade.

No município de Nova Olímpia estão inseridas 956 famílias no Cadastro Único

no mês de setembro de 2017, distribuídas conforme se segue: a) 227 famílias com renda

per capita familiar até R$ 85,00; b) 114 famílias com renda per capita familiar entre R$ 85,00

e R$ 170,00; c) 407 famílias com renda per capita familiar entre R$ 170,00 e meio salário

mínimo e d) 208 famílias com renda per capita familiar acima de meio salário mínimo.

3.1.3 Gestão de Programas de Transferência de Renda

O Processo de implantação dos Programas de Transferência de Renda (PTR)

no Brasil iniciou-se no ano de 1995. Após a criação do Ministério do Desenvolvimento Social

e Combate à Fome (MDS) houve aumento significativo nos investimentos em políticas de

proteção, assistência e desenvolvimento social, por meio dos programas de transferência de

renda, de inclusão produtiva e de segurança alimentar e nutricional.

Além disto, pode dizer que a transferência de renda é uma transferência

monetária direta a indivíduos ou a famílias, originando programas condicionados e

focalizados em famílias pobres e extremamente pobres. E, ainda é um benefício sem

contribuição prévia, componente do Sistema de Proteção Social no Brasil e na América

PREFEITURA MUNICIPAL DE NOVA OLÍMPIA

35

Latina. Possui como ideia central no Brasil e na América latina, a articulação entre uma

transferência monetária e políticas educacionais, de saúde e de trabalho.

Os programas de transferência de renda contribuem para a inclusão social das

famílias em situação de extrema pobreza. Desta forma, surgiram os programas Bolsa

Família (Governo Federal) e Programa Família Paranaense (Governo Estadual), sendo que

os municípios devem identificar, cadastrar e acompanhar as famílias elegíveis aos critérios

dos mesmos.

3.1.3.1 Programa Bolsa Família

O Programa Bolsa Família (PBF) foi criado no ano de 2003 é o maior e

ambicioso programa história do Brasil, nascido para combater à fome e à desigualdade,

além de promover a emancipação das famílias em situação de maior pobreza no país

(BRASIL, 2015). O PBF está previsto pela Lei Federal n°. 10.386 de 9 de janeiro de 2004 e

é regulamentado pelo Decreto n°. 5.209 de 17 de setembro de 2004. O programa beneficia

famílias extremamente pobre (renda mensal até R$ 85,00/pessoa) ou pobre (renda mensal

de R$ 85,00 a 170,00/pessoa) através da transferência direta de renda identificada no

Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal.

A partir do ano de 2011 o Programa Bolsa Família (PBF) faz parte do Plano

Brasil sem Miséria, como estratégia para redução das famílias em situação de extrema

pobreza, devido ao acesso efetivo aos direitos básicos, além de oportunidades de trabalho e

empreendedorismo (BRASIL, 2015). No ano de 2013, os brasileiros contemplados

pelo programa que ainda viviam em situação de miséria transpuseram a linha da extrema

pobreza (BRASIL, 2017a).

A gestão do PBF é descentralizada e depende da União, Estados e Municípios,

e em nível federal, o responsável pelo programa é o Ministério do Desenvolvimento Social

(MDS) e a Caixa Econômica Federal executa os pagamentos. Os eixos principais do PBF

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36

são: a) complemento de renda: realizado mensalmente por transferência direta do governo

federal; b) acessos a direitos: as famílias beneficiadas devem cumprir condicionalidades

com o objetivo de reforçar o acesso à educação, à assistência social e à saúde, em função

da inclusão social e c) articulação com outras ações: integralidade e articulação de políticas

públicas para proporcionar o desenvolvimento das famílias a fim de superar a situação de

vulnerabilidade e de pobreza (BRASIL, 2015).

Em Nova Olímpia, 277 famílias são beneficiárias do PBF, equivalente a 10,49%

da população total, sendo que 109 famílias estão em condições de extrema pobreza.

Estima-se que 151,37% das famílias pobres do município são atendidas pelo programa, de

acordo com base nos dados do Censo Demográfico realizado pelo Instituto Brasileiro de

Geografia e Estatística (IBGE). No mês de setembro de 2017 foram transferidos R$

43.467,00 (Tabela 2) às famílias com repasse médio de R$ 156,92/família.

Tabela 2. Histórico de valores repassados às famílias beneficiárias do PBF no município de Nova Olímpia nos últimos 12 meses (2017).

Mês de referência Qtde de Famílias Valor (R$)

Setembro de 2017 277 43.467,00 Agosto de 2017 266 39.753,00 Julho de 2017 210 32.377,00 Junho de 2017 228 34.908,00 Maio de 2017 227 34.732,00 Abril de 2017 228 34.715,00

Março de 2017 227 34.129,00 Fevereiro de 2017 226 34.834,00 Janeiro de 2017 226 34.269,00

Dezembro de 2016 204 32.550,00 Novembro de 2016 194 32.213,00 Outubro de 2016 215 35.140,00

Fonte: Relatório de Consulta do Programa Bolsa Família e Cadastro Único (MDS)

O acompanhamento das condicionalidades das famílias mais pobres permite ao

poder público mapear as principais situações de vulnerabilidade e risco social, permitindo

cruzamentos periódicos de bases de dados sobre o monitoramento realizado pela saúde e

educação. Assim, é possível construir diagnósticos sociais sobre indivíduos, famílias e

territórios e executar ações de governo, como por exemplo, quais os motivos de baixa

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37

frequência escolar, os dados de situação nutricional de crianças e gestantes e o

acompanhamento familiar realizado pela rede socioassistencial (BRASIL, 2015). As

informações de descumprimento das condicionalidade de saúde e de situação nutricional

das famílias devem servir de base para a articulação intersetorial entre assistência social,

saúde e educação para assegurar a superação de eventuais vulnerabilidade enfrentadas

pelas famílias.

As famílias beneficiadas e/ou poder público assumem compromissos para

assegurar o acesso das crianças e adolescentes à saúde e á educação, além de promover

melhor convivência familiar e comunitária, bem como inclusão social. As condicionalidades

do PBF existem para reforçar o exercício de direitos básicos de cidadania nas áreas de

saúde, educação e assistência social pelos brasileiros em situação de pobreza e extrema

pobreza.

Na área da saúde houve o acompanhamento de 209 famílias no último

semestre, sendo que estas famílias possuem crianças de até 7 anos e/ou mulheres

gestantes. O município de Nova Olímpia acompanhou 192 famílias correspondentes a

91,87% das famílias beneficiadas, superando a média nacional de 72,67%. As crianças

devem ser vacinadas e ter acompanhamento nutricional. As gestantes devem fazer o

acompanhamento desde o início da gravidez, inclusive o pré-natal, e também após o parto,

especialmente para o acompanhamento da sua saúde. Desta forma, é importante a

organização mensalmente as informações sobre as gestantes identificadas.

As famílias beneficiadas assumem compromissos do PBF precisam uma vez que

as crianças e jovens devem frequentar a escola. Na área da educação 206 crianças e

jovens (6 a 17 anos) precisam ter a frequência escolar acompanhada no último bimestre.

Somente 171 famílias foram acompanhadas, correspondente a 83,01% das crianças e

jovens de 6 a 17 anos do PBF tiveram a frequência escolar registrada. No entanto, não

superou a média nacional que é de 91,07%.

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38

3.1.3.2 Benefício de Prestação Continuada

O Benefício de Prestação Continuada da Assistência Social (BPC) da Lei

Orgânica da Assistência Social - LOAS garante o benefício de um salário mínimo mensal ao

idoso acima de 65 anos ou à pessoa com deficiência de qualquer idade com impedimentos

de natureza física, mental, intelectual ou sensorial de longo prazo (aquele que produza

efeitos pelo prazo mínimo de 2 (dois) anos, que o impossibilite de participar de forma plena

e efetiva na sociedade, em igualdade de condições com as demais pessoas. É necessário

que o beneficiário tenha renda por pessoa familiar menor que 1/4 do salário-mínimo vigente.

As pessoas com deficiência precisam passar por avaliação médica e social por

profissionais do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), mas, não é necessário ter

contribuído ao INSS. No entanto, este benefício não paga 13º salário e não deixa pensão

por morte. O Ministério do Desenvolvimento Social (MDS), por meio da Secretaria Nacional

de Assistência Social (SNAS), que é responsável pela gestão, implementação,

coordenação, regulação, financiamento, monitoramento e avaliação do benefício, sendo que

a operacionalização é realizada pelo INSS. Além disto, os beneficiários do BPC recebem o

beneficio da Tarifa Social de Energia (BRASIL, 2015).

Desta forma, no município de Nova Olímpia são beneficiadas 82 famílias que

possuem pessoas com deficiência de qualquer idade com impedimentos de natureza física,

mental, intelectual ou sensorial de longo prazo e 45 idosos acima de 65 anos que

necessitam deste beneficio uma vez que são impossibilitados de participar de forma plena e

efetiva na sociedade.

3.1.3.3 Benefícios Eventuais

Os Benefícios Eventuais são previstos pela Lei Orgânica de Assistência Social

(LOAS) e oferecidos às famílias que não possuem condições de enfrentar situações

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39

adversas ou que fragilize a manutenção da família. Os interessados devem procurar as

unidades da Assistência Social no município, e podem ser identificadas pelas equipes da

Assistência Social devido à situação de vulnerabilidade. Este benefício pode ser oferecido

quando houver nascimento, mote, situações de vulnerabilidade temporária e de calamidade

pública. A regulamentação dos Benefícios Eventuais e a organização do atendimento aos

beneficiários são responsabilidade dos municípios e do Distrito Federal, por meio de critérios

e prazos estabelecidos pelos respectivos Conselhos de Assistência Social.

No município de Nova Olímpia são oferecidas as famílias em situação de

vulnerabilidade: auxílio funeral, natalidade e atendimentos em situações de calamidade ou

emergenciais (passagens rodoviárias intermunicipais e interestaduais, cesta básica), além

disto, podem ser solicitados para aquisição de segunda via de documentos pessoais e

materiais de construção, podendo atender crianças e adolescentes. Em média 30 famílias

são atendidas com o beneficio eventual no município de Nova Olímpia no ano de 2017.

3.1.4 Acesso aos Serviços - Assistência Social

A Assistência Social é um direito do cidadão e dever do Estado, instituído pela

Constituição Federal de 1988. A partir de 1993, com a publicação da Lei Orgânica da

Assistência Social – LOAS definida como Política de Seguridade Social. As premissas

básicas desta política é a Seguridade Social, Saúde e Previdência Social que devem estar

articuladas com outras políticas do campo social. A Assistência Social deve ser realizada

com ações da iniciativa pública, privada e da sociedade civil. Desta forma, permitirá a

assegura a proteção social à família, à infância, à adolescência, à velhice; amparo a

crianças e adolescentes carentes; à promoção da integração ao mercado de trabalho e à

reabilitação e promoção de integração à comunidade para as pessoas com deficiência (SÃO

PAULO, 2017).

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40

No ano de 2005 foi instituído o Sistema Único de Assistência Social (SUAS), que

deve ser descentralizado e participativo, com vistas à proteção social. Em 6 de julho de

2011, a Lei 12.435 é sancionada, garantindo a continuidade do SUAS. Este sistema

organiza as ações da assistência social: a) Proteção Social Básica, destinada à prevenção

de riscos sociais e pessoais (oferta de programas, projetos, serviços e benefícios) e b)

Proteção Social Especial, destinada a famílias e indivíduos que se encontram em situação

de risco (abandono, maus-tratos, abuso sexual, uso de drogas, entre outros) (SÃO PAULO,

2017).

Para que todos os programas e planos da Assistência Social sejam efetivos

deve-se trabalhar com atuação integrada entre as secretarias de assistência social,

educação, saúde e demais secretarias envolvidas na estratégia no enfrentamento e

superação da extrema pobreza e das famílias em situação de vulnerabilidade. Desta forma,

em média são atendidas no município de Nova Olímpia 130 famílias de forma individual e 50

visitas domiciliares realizadas pela Assistente Social do município.

A Assistência Social em Nova Olímpia realiza diversas atividades voltadas aos

idosos, crianças e adolescentes. Em média 10 famílias são inseridas mensalmente, 350

famílias são atendidas pelo Serviço de Proteção e Atendimento Integral à Família (PAIF);

200 idosos são atendidos pelo Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos (SCFV)

e 100 crianças e adolescentes de 7 a 17 anos são atendidos pelo Serviço de Acolhimento

Institucional para Crianças e Adolescentes.

Assim, para fortalecer a rede socioassistencial do Sistema Único de Assistência

Social (SUAS) e sua estruturação requer financiamentos. A rede socioassistencial é

composta por um conjunto integrado de serviços, executados ou coordenados diretamente

pela Secretaria Municipal de Assistência Social.

Desta forma, o MDS disponibiliza recursos aos municípios para ampliação da

rede e a qualificação dos serviços voltados à política social. No município de Nova Olímpia a

rede socioassistencial governamental é composta de: 1 Centro de Referência da Assistência

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41

Social (CRAS); 1 Centro de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS); 1

Centro de Convivência do Idoso, e ainda, existe na cidade o Asilo do Idoso (particular).

Assim, o CRAS de Nova Olímpia oferece a população assistida pelos programas

sociais oferecidos por meio de diversas oficinas de dança, de teatro, de música, de

esportes, de artesanato (pintura e crochê) para as gestantes e demais famílias beneficiadas

(Figura 4).

Figura 4. Oficinas de Jiu-Jitsu e de Artesanato oferecidas às famílias assistidas do CRAS

3.1.5 Programa Família Paranaense

O Programa Família Paranaense (PFP) tem como atribuição articular as políticas

públicas do Governo Estadual, visando o desenvolvimento, além da promoção social das

famílias beneficiadas. O PFP tem como objetivo mapear o território e estabelecer o grau de

risco de cada família, e, assim planejar o conjunto de ações para melhor atender a

necessidade de cada família.

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O público alvo são as famílias residentes no Paraná em maior situação de

vulnerabilidade e risco. Desta forma, para elencar as famílias prioritárias ao programa é

possível medir a vulnerabilidade das famílias por meio dos índices do Instituto Paranaense

de Desenvolvimento Econômico e Social (IPARDES), como o Índice de Vulnerabilidades das

Famílias (IVF/PR). Além disto, podem ser utilizados outros indicadores importantes da

situação familiar que ultrapassam os critérios da insuficiência de renda na priorização do

atendimento e atenção à família.

O IVF é calculado a partir da versão 7 da base de dados do Cadastro Único para

Programas Sociais do Governo (CADÚNICO). O valor para cada família é variável, e

depende do quanto falta para alcançar a renda mensal de R$ 80,00 per capita. O valor

mínimo é de R$ 10 por família e o valor médio de repasse é de R$ 40,00. Para as famílias

que ultrapassarem o valor de R$ 200,00 será realizada auditoria, e na sequência após a

aprovação das informações será efetuado o pagamento. Desta forma, 80 famílias podem ser

acompanhadas pelo Programa Família Paranaense, uma vez que o município de Nova

Olímpia aderiu a este programa por meio da adesão espontânea.

3.1.6 Programa Estadual Leite das Crianças

A Secretaria de Estado do Emprego, Trabalho e Promoção Social, responsável

pela gestão dos programas federais de segurança alimentar e nutricional e pela cogestão de

programas estaduais criou no ano de 2003 a Coordenadoria de Enfrentamento à Pobreza e

Combate à Fome, na, como o Programa Leite das Crianças, de combate à desnutrição

infantil e fomento à bacia leiteira do Estado. Desta forma, o Programa Leite das Crianças

(PLC) tem como objetivo promover o combate à desnutrição infantil.

Assim, por meio do PLC há a distribuição diária de 1 L de leite por dia às

crianças de 06 a 36 meses pertencentes às famílias com renda inferior a meio salário

mínimo per capita. Desta forma, diversas ações são proporcionadas por este programa, tais

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43

como: fomento à agricultura familiar, devido à geração de emprego e renda, além da

permanência do homem no campo, e, ainda, qualidade do produto e remuneração justa ao

produtor.

As famílias deverão estar previamente cadastradas no sistema do Cadastro

Único de Programas Sociais (CADÚNICO) para acessar o programa, e na sequência

deverão procurar o Colégio Estadual Duque de Caxias do município para realizar o

cadastro. No município de Nova Olímpia 104 famílias beneficiárias no mês de referência

julho de 2017 (Figura 5).

Figura 5. Entrega do Leite do Programa Leite das Crianças

3.2. Secretaria Municipal de Agricultura e Meio Ambiente (SAMA)

A Secretaria de Agricultura e Meio Ambiente (SAMA) foi instituída recentemente

no município pela Lei n°. 1.348 de 26 de julho de 2017 que reorganiza a Estrutura

Administrativa da Prefeitura Municipal de Nova Olímpia, Estado do Paraná. O município de

Nova Olímpia, mesmo sem secretaria legalizada durante todas as gestões anteriores

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realizaram diversos cursos, palestras, seminários, encontros e oficinas com intuito de

melhorar a qualidade de vida dos produtores, na produtividade das culturas e na geração de

emprego e renda (Figura 6).

No município de Nova Olímpia têm-se duas associações de agricultores

familiares. A Associação de Desenvolvimento Comunitário de Nova Olímpia (Adeno) e a

Associação de Sericicultores. Atualmente, a Adeno tem aproximadamente 200 associados

(Figura 7).

Figura 6. III Congresso Estadual de Agropecuária – Umuarama/PR. 2017.

A Adeno tem como objetivo organizar a categoria dos agricultores para

prestação de serviços de mecanização e desenvolvimento comunitário, bem como realizar a

capacitação e encontros para qualificação do produtor rural (Figura 8). Além disto, diversos

serviços são oferecidos aos produtores rurais, como: mecanização, para preparo do solo,

terraceamento, plantio de mandioca, milho e sorgo, pulverizações, aplicação de adubo,

calcário e estercos, roçadas, ente outros.

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Figura 7. Associados da Adeno – Assembleia Geral

O Instituto Paranaense de Assistência Técnica e Extensão Rural (EMATER)

auxilia os produtores rurais e oferece atividades de Assistência Técnica e Extensão Rural

(ATER) no município de Nova Olímpia. Atualmente o município tem registro de 207

unidades familiares conforme o sistema da Declaração de Aptidão ao PRONAF (Programa

de Fortalecimento da Agricultura Familiar) - DAP, sendo 88 ativas e 115 inativas.

Figura 8. Sede e prestação de serviços da ADENO aos produtores rurais

O Governo do Paraná juntamente com a Companhia de Habitação do Paraná

(Cohapar), a Secretaria de Estado do Abastecimento (SEAB), o Instituto Emater e as

Prefeituras Municipais desenvolverão de forma conjugada com o Governo Federal por meio

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46

do Programa Nacional de Habitação Rural (PNHR), vinculado ao Programa Minha Casa,

Minha Vida (PMCMV), um dos maiores programas habitacionais rurais do país. O objetivo

do PNHR é de melhorar a qualidade de vida da população do meio rural, viabilizando a

aquisição de moradias dignas e sustentáveis, estimulando a agricultura familiar e diminuindo

o êxodo para a área urbana. Desta forma, 28 residências rurais foram entregues no

município para fortalecimento da agricultura familiar, além de assegurar a dignidade das

famílias (Figura 9).

Além disto, o município visa através da SAMA realizar atividades de inclusão

produtiva rural; acesso a Terra e Gestão Territorial, para que todos os produtores rurais

possam desenvolver as suas atividades; acesso as politicas públicas, garantir a participação

contínua e permanente dos produtores na formulação das politicas públicas rurais, uma vez

que é fundamental incentivar a permanência dos agricultores na área rural, para assim

fortalecer a economia familiar. E, ainda diversos projetos técnicos têm sido elaborados para

viabilizar recursos para aquisição de maquinários e implementos agrícolas.

Figura 9. Residência Rural - Programa Nacional de Habitação Rural (PNHR)

A Prefeitura Municipal juntamente com o Serviço Nacional de Aprendizagem

Rural (SENAR) realizou diversos cursos de aperfeiçoamentos, bem como para promoção de

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47

fortalecimento de mulheres e os jovens no campo, além de promover a produção de

alimentos saudáveis e sustentáveis. Uma vez que a agricultura familiar é a principal

responsável pela alimentação dos brasileiros, por isso é fundamental a capacitação contínua

e permanente. Além disto, é importante a elaboração de políticas públicas e o acesso

facilitado para os agricultores familiares, como crédito, apoio à comercialização, acesso à

água e inclusão produtiva rural.

A agricultura no município deve ser voltada a utilização racional dos recursos

naturais e a preservação da biodiversidade, além disto, devem ser realizadas ações de

conscientização do uso racional de agrotóxicos e sementes transgênicas, bem como a

concentração fundiária, precisam ser enfrentadas. Desta forma, é fundamental incentivar os

produtores rurais para mantê-los nas propriedades rurais, e ainda, que seus filhos

permaneçam na agricultura com garantia de renda e qualidade de vida.

Assim, deve-se promover o abastecimento e o acesso regular e permanente da

população brasileira à alimentação adequada e saudável por meio de políticas públicas de

apoio à comercialização agrícola com vistas a garantir a segurança alimentar e nutricional.

Destacam-se os programas de compras públicas da agricultura familiar: o PAA (Programa

de Aquisição de Alimentos) e o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), no qual

30% dos recursos repassados devem ser utilizados para aquisição de produtos da

agricultura familiar (Figura 10). O PNAE foi instituído pelo Decreto nº 8.473, de 22 de junho

de 2015 que estabelece aos órgãos federais (administração direta e indireta) a destinação

de pelo menos 30% dos recursos aplicados à aquisição de alimentos para compra de

produtos da agricultura familiar e suas organizações.

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Figura 10. Produção dos agricultores familiares para a Merenda Escolar (PAA e PNAE)

A partir destes programas avanços significativos foram proporcionados no

município, tanto para os agricultores familiares, que possuem a comercialização facilitada

pelos programas, e, nas escolas, por meio da garantia de segurança alimentar e nutricional

dos estudantes. Em paralelo, a SAMA deve trabalhar diretamente com os produtores rurais

para melhorar a qualidade dos produtos entregues ao município, e, principalmente para

assegurar a diversificação da produtividade agrícola com intuito de aumentar a variabilidade

dos produtos que refletirá diretamente na merenda escolar. Ainda, devem-se ofertar

palestras e cursos para qualificar e capacitar os produtores rurais.

3.2.1. Feira do Produtor

A Feira do Produtor de Nova Olímpia é destinada aos produtores rurais a

comercializarem seus produtos, além disto, devem ser incentivados a diversificarem a

produção e ainda agregar valor aos alimentos produzidos, devido ao processamento dos

mesmos. Destaca-se ainda que a feira do produtor deva ser aberta a população em geral

que tenha interesse em comercializar alimentos diversos.

A Feira vem com o passar dos anos passando por muitas dificuldades. No

entanto, a nova gestão municipal tem como objetivo fortalecer e reestruturar a feira. Para

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49

isto, reuniões serão realizadas para verificar as necessidades dos atuais participantes da

feira, e, assim, determinar as ações que deverão ser concretizadas (Figura 11). Atualmente,

sabe-se da necessidade de reestruturar o espaço destinado a Feira, ou, ainda modificar a

localização para resgatar a participação efetiva da sociedade.

Figura 11. Reunião com os integrantes da Feira do Produtor de Nova Olímpia

3.2.2. Nota Fiscal do Produtor

A Nota Fiscal do Produtor Rural (NFP) é um documento obrigatório para

acompanhar a produção agropecuária nas operações efetuadas pelos produtores rurais,

destinadas à venda ou transporte. Além disto, também serve para comprovar a atividade

rural junto ao INSS. Por isso, devem ser emitidas todas as saídas de bens e produtos das

propriedades rurais referentes às vendas; como remessas diversas (feiras, exposições ou

depósito); transferências para outra propriedade, ainda que no mesmo município e de

mesmo produtor; ou qualquer outra finalidade. Atualmente, 398 produtores rurais tem

cadastro na NFP no município de Nova Olímpia (Figura 12).

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50

Figura 12. Atendimento aos produtores rurais para emissão da Nota Fiscal do Produtor

Diversos benefícios podem ser adquiridos como desconto do ICMS no consumo

de energia elétrica, desta forma, o agricultor sai da informalidade por meio da emissão da

NFP, uma vem que a nota é o meio legal de conceder-lhe benefícios sociais, como

aposentadoria, auxílio-doença, auxílio-maternidade e pensão. Estas são algumas das

vantagens previdenciárias que podem ser requeridas pelo produtor rural a partir da venda de

sua produção e, consequentemente, da emissão da nota fiscal da venda.

Cabe destacar que a falta de emissão da NFP pode gerar alguns transtornos

como a geração de multas sobre o valor da mercadoria, devido à fiscalização do transporte

de bens e produtos, de acordo com a legislação em vigor, além da cobrança de impostos,

que poderia ser dispensados caso houvesse a emissão da nota fiscal de produtor.

3.2.3 Programa de Aquisição de Alimentos (PAA)

O Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) foi criado em 2003, e é uma ação

do Governo Federal para colaborar com o enfrentamento da fome e da pobreza no Brasil e,

ao mesmo tempo, fortalecer a agricultura familiar. Uma parte dos alimentos é adquirida

pelos governos diretamente dos agricultores familiares, assentados da reforma agrária,

comunidades indígenas e demais povos e comunidades tradicionais, para a formação de

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51

estoques estratégicos e distribuição à população em maior vulnerabilidade social e a outra

parte dos alimentos é adquirida pelas próprias organizações da agricultura familiar, para

formação de estoques próprios.

Reuniões de acompanhamento para organização dos produtores e diversificação

da produção agrícola no município estão sendo realizadas para garantir a segurança

alimentar e nutricional dos alunos das escolas municipais e estaduais, bem como para

assegurar o aumento na renda dos produtores rurais (Figura 13).

Figura 13. Reunião com os Produtores integrantes do PAA.

Assim, realiza-se a doação dos produtos para entidades da rede sócias

assistenciais, nos restaurantes populares, bancos de alimentos e cozinhas comunitárias e

ainda para cestas de alimentos distribuídas pelo Governo Federal. A compra pode ser feita

sem licitação e cada agricultor pode acessar até um limite anual e os preços não devem

ultrapassar o valor dos preços praticados nos mercados locais.

O PAA no município de Nova Olímpia atende as escolas municipais e estaduais,

hospital e entidades do município. É repassado pelo Governo Federal o valor de R$

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6.500,00 (seis mil e quinhentos reais) para cada produtor. Os produtos que podem ser

entregues ao município são frutas, legumes e verduras (Figura 14), e, posteriormente são

encaminhados para as entidades beneficiárias.

Figura 14. Produtos que são entregues ao município de Nova Olímpia

A agricultura familiar é considerada um importante segmento do agronegócio no

Brasil, pois é a grande geradora de empregos no campo e responsável pela produção de

alimentos que abastece o mercado interno. Assim, a Secretaria de Agricultura e Meio

Ambiente de Nova Olímpia fornecerá o suporte necessário para a agricultura familiar,

visando à diversificação dos produtos rurais e a aquisição de recursos e incremento na

renda, com ações voltadas a sustentabilidade e ao meio ambiente (Figura 15).

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53

Figura 15. Diversificação da produção e incremento na renda dos produtores rurais. 3.2.4 Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE)

No ano de 1999, a Prefeitura Municipal se reuniu para deliberar juntamente com

os membros do Conselho de Alimentação Escolar a respeito da alimentação dos alunos,

para atingir as metas do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE). Na seuqencia

o município institui o Conselho de Alimentaçlão Escolar (CAE) por meio da Portartia n°. 017,

de 26 de junho de 2000.

A Lei nº 11.947, de 16 de junho de 2009, determina que no mínimo 30% do valor

repassado aos estados, municípios e Distrito Federal pelo Fundo Nacional de Desenvolvi-

mento da Educação (FNDE) para o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) que

devem ser utilizados obrigatoriamente na aquisição de gêneros alimentícios provenientes da

agricultura familiar. O PNAE representa uma importante conquista no que se refere às

iniciativas de compras públicas sustentáveis articuladas ao fortalecimento da agricultura

família. Uma vez que mecanismos de gestão foram gerados para a compra direta do

agricultor familiar cadastrado, com dispensa de licitação, democratizando e descentralizando

as compras públicas.

Desta forma, foi facilitada a comercialização dos produtos da agricultura familiar,

dinamizando a economia local e seguindo em direção ao fornecimento de uma alimentação

mais adequada. Assim, é considerado um dos maiores programas na área de alimentação

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54

escolar no mundo e é o único com atendimento universalizado. Desta forma, a alimentação

escolar passou a contar com produtos diversificados e saudáveis. E esta iniciativa pode ser

bastante ampliada: é preciso obedecer ao limite mínimo, que é de 30%, mas podem ser

aplicados até 100% dos recursos repassados pelo FNDE à alimentação escolar na compra

da agricultura familiar.

Atualmente, a Unidade Executora (UEX) do município de Nova Olímpia é a

Secretaria de Educação, sendo que as compras podem ser realizadas de forma

centralizada, pelas secretarias estaduais de educação e prefeituras, ou descentralizada,

pelas Entidades Executoras (EEX) das escolas. As UEX não recebem recursos diretamente

do FNDE, sendo assim são executoras quando ocorre a opção das EEX’s de descentralizar

a gestão dos recursos da alimentação escolar.

O PNAE, popularmente conhecido como merenda escolar, atende atualmente no

ano de 2017 em Nova Olímpia 164 alunos matriculados no CMEI (Centro Municipal de

Educação Infantil) e 509 alunos matriculados na Escola Municipal Maria Rodrigues Travaglia

(Figura 16). Os alimentos são distribuídos semanalmente e são separados pela nutricionista

responsável pelo cardápio escolar.

Figura 16. Alimentação escolar nas escolas municipais

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3.3 Secretaria Municipal de Esporte, Turismo e Lazer

A Secretaria de Esporte, Turismo e Lazer de Nova Olímpia desenvolve diversas

atividades esportivas, dentre eles, futebol, futebol suíço, futsal, voleibol, basquete, handebol,

ginástica aeróbica, caminhada, judô, xadrez, ciclismo, malha, bocha, atletismo e tênis de

mesa. Além disto, apoia as demais categorias esportivas, trabalhando com a iniciação

esportiva, garantindo aprendizagem e aperfeiçoamento das crianças do município.

Os eventos esportivos são previamente agendados (Tabela 3).

Tabela 3. Cronograma esportivo da Secretaria de Esporte, Turismo e Lazer para o ano de 2018.

EVENTO ESPORTIVO

Tipo Categoria DESCRIÇÃO

Campeonato Todas 1º DE MAIO DIA ESPORTIVO NO LAGO MUNICIPAL

Campeonato Futebol 2º CAMPEONATO AMADOR REGIONAL CAJUZÃO

Campeonato Futsal 5º CAMPEONATO DE FUTSAL AMIGOS DA BOLA 2018

Campeonato Futebol Suíço

6º CAMPEONATO MUNICIPAL DE FUTEBOL SUIÇO MUNICIPAL

Campeonato Futebol Suíço

CAMPEONATO REGIONAL AMIGOS DA BOLA DE FUTEBOL SUIÇO

Campeonato Futsal CAMPEONATO REGIONAL FEMININO FUTURO FUTSAL

Campeonato Futebol Suíço

MUNICIPAL DE CAMPEONATO VETERANO SUIÇO

Campeonato Todas JOGOS ESCOLARES MUNICIPAIS

Maratona Corrida MEIA MARATONA DO POVO

Torneio Futebol Suíço

TORNEIO SETE DE SETEMBRO

A prática esportiva, associada a momentos de lazer e cuidados com a saúde, é

fundamental para eliminar o estresse diário e preparar o corpo e a mente para o exercício da

atividade laboral, o esporte, em geral, traz benefícios para a saúde física e melhora o

convívio social das pessoas. Praticar atividades físicas contribui para a diminuição de

problemas e doenças crônicas, sem falar que ajuda a superar dificuldades e mostra que

todos são capazes de vencer as barreiras que aparecem.

Em Nova Olímpia foi instituída a Lei nº 1.348 que reorganiza a estrutura

administrativa da Prefeitura Municipal de Nova Olímpia, na qual criou a Secretaria de

Municipal de Esporte, Turismo e Lazer, que tem como objetivo cuidar da população,

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mostrando a importância de combinar a prática esportiva com uma boa alimentação,

principalmente, utilizando as áreas e praças públicas para executar atividades físicas.

Entende-se que a alimentação saudável é baseada na ingestão de vários grupos

alimentares. Deve ser colorida e variada e dividida em quatro a seis refeições diárias, de

acordo com a pirâmide de alimentação saudável (Figura 17). Cada grupo de alimentos

fornece nutrientes essenciais para a manutenção da vida, além de servir de estoque

necessário ao corpo e como combustível para as atividades básicas e a prática esportiva.

Figura 17. Pirâmide da Alimentação Saudável e a necessidade de praticar exercícios físicos

Os habitantes de Nova Olímpia adoram futebol, assim, diversos pontos servem

de referência para a realização desta prática esportiva. Os espaços utilizados são: Estádio

Municipal, no Ginásio de Esportes, na Praça dos Trabalhadores e no Iara Clube de Nova

Olímpia. Uma ação recente no município é a realização do projeto voluntário de futevôlei

para meninos e meninas de Nova Olímpia (Figura 18).

As oficinas realizadas voltadas para a prática de Jiu-Jistu e os treinamentos de

crianças na Academia da cidade proporcionaram a busca por esse esporte. E, assim, em

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Nova Olímpia possui atualmente dois campeões que nos representam em campeonatos

regionais, estaduais e mundiais (Figura 19).

Figura 18. Estádio Municipal, Ginásio de Esportes e Campo de Futevôlei na Praça dos Trabalhadores

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Figura 19. Campeão Interno de Nova Olímpia e Campeão Mundial de Jiu-Jitsu

3.3.1 Departamento de Turismo e Lazer

O Departamento de Turismo e Lazer iniciou-se no ano de 2017 e tem como

função a organização e realização de eventos. Atualmente, possui parceria com a Rede de

Turismo Regional (RETUR) em busca do desenvolvimento turístico municipal. Além disto,

este departamento tem desenvolvido o levantamento de dados parra o inventário turístico

para assim direcionar melhor os investimentos na área do turismo no município. Desta

forma, são realizadas parcerias com as demais secretarias municipais, como a Secretaria

Municipal de Educação e de Cultura e a Secretaria Municipal de Agricultura e Meio

Ambiente.

O lazer é o tempo livre de que dispõe uma pessoa, deve ser aproveitado de

maneira recreativa para utilizar da melhor forma para lhe transmitir paz. Trata-se dos

momentos em que não se trabalha ou, pelo menos, não de forma obrigatória. O lazer não só

excluiu as obrigações laborais, mas também os tempos despendidos para satisfazer

necessidades básicas como comer ou dormir. É comum associar o lazer ao descanso do

trabalho, por conseguinte, aparece fora do horário laboral ou no período de férias.

Acredita-se que a saúde está associada com bem estar físico, mental e social do

ser humano. Assim, o que traz prazer a alguém não é totalmente diferente de outra pessoa,

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mas é sabido que o convívio social faz bem a todos. Lazer ou tempo livre é considerado

como o período de tempo não sujeito a deveres. O homem de hoje tem mais tempo livre que

o homem antigo, mesmo que não seja consciente disso.

O lazer pode ser associado ao turismo uma vez que se utiliza o tempo em

atividades lúdicas. No município de Nova Olímpia podem-se observar locais que transmitem

tranquilidade, visitado pelos moradores nas folgas e finais de semana, visto a importância de

momentos. É importante dar-lhe algum sentido (por exemplo, através da prática de algum

desporto, da leitura, dando um passeio ou indo à praia). Caso contrário, é provável que esse

tempo livre acabe desperdiçado e se torne entediante. Além disto, o município também

investe em eventos para descontração, práticas de atividades físicas ao ar livre, caminhadas

ecológicas, entre outras.

Um dos principais locais visitados pela população no município de Nova Olímpia

é o Lago Municipal com academia ao ar livre para os adultos e crianças (Figura 20), aonde

as famílias vão para se exercitar e caminhar no entorno do lago, bem como realizar

piqueniques nos finais de semana e feriado. E na Semana Santa, a Prefeitura Municipal

libera diversos peixes para a população pescar nesta data comemorativa.

Figura 20. Lago Municipal de Nova Olímpia

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Por Nova Olímpia ser um município de pequeno porte, os habitantes adoram

passar suas horas vagas nas áreas de lazer, assim, conseguem colocar o papo em dia com

a vizinhança e deixar as horas passar para relaxarem, sem preocupação alguma. Desta

forma, as praças públicas são os locais preferidos para este passatempo, bem como a

utilização dos espaços dos canteiros na famosa Av. Higienópolis com sua belíssima

canteiros de flores e iluminação (Figura 21). Recentemente, esta avenida recebeu nova

iluminação de LED e estruturas de pergolado que acolhem as trepadeiras que irão deixar

este espaço de lazer ainda mais belo.

Figura 21. Avenida Higienópolis, iluminação e seus canteiros

Além destes pontos de turismo e lazer, o município possui o Centro Cultural

localizado na região central que é utilizado para a realização de palestras, seminários e

encontros, voltados a diversos assuntos, inclusive para motivar e conscientizar a população

sobre alimentação saudável e nutricional. E ainda, em Nova Olímpia tem uma Arena de

Rodeio com arquibancada coberta para a realização dos Rodeios municipais, shows

artísticos e demais confraternizações (Figura 22).

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Figura 22. Centro Cultural Prof. Alcides Afonso dos Santos e Arena de Rodeio Jocélio Rodrigues Pessanha.

Realiza-se a Festa do Padroeiro, cavalgadas ecológicas (Figura 23). E a cada

ano que passa mais pessoas participam da cavalgada e da Festa do Padroeiro,

consideradas, fora o Rodeio, as maiores festas municipais, com garantia de grande público,

inclusive com a participação da população da região. O Rodeio de Nova Olímpia é realizado

anualmente, é umas das festas mais tradicionais. Atualmente, o Recinto de Rodeios

recebeu uma reforma, por meio da construção do palco e dos locais de acessos dos

animais, e ainda pela construção de alojamentos para os peões de outras cidades.

Figura 23. Cavalgada Ecológica e Festa do Padroeiro em Nova Olímpia

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No ano de 2017 foi realizado o I Dia das Crianças no Lago Municipal, com a

presença de brinquedos para as crianças, apresentações de danças, músicas, ballet e teatro

com a população local e da região, além da realização de gincana esportiva com direito a

premiação (Figura 24). Neste dia foi oferecida a toda população diversos alimentos, como

cachorro quente, pipoca, algodão doce, sorvete, refrigerante e suco durante o dia todo para

comemorar e parabenizar as crianças pelo seu dia. Além disto, as crianças puderam pintar

seus rostos e seus pais tinham atendimento da equipe de saúde para aferição de pressão

arterial e testes físicos para os acompanhantes.

Figura 24. I Dia das Crianças no Lago Municipal de Nova Olímpia – Ano: 2017.

Na área rural tem dois pesqueiros, o Pesque Pague Rodrigues e o Pesqueiro Sol

Nascente, que servem para atrair a população e região para a prática esportiva de pesca

(Figura 25). O Pesqueiro Sol Nascente possui uma piscina com tobogã e fica aberto a toda

população e região de terça a domingo das 08:00 às 20:00 h. O Pesqueiro Rodrigues abre

de sexta a domingo.

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Figura 25. Pesque Pague Rodrigues e Pesqueiro Sol Nascente – Nova Olímpia/PR

Diversos reuniões e eventos são realizados nestes pesqueiros, principalmente,

para incentivar a população a aproveitar as áreas de lazer no município. Recentemente,

ocorreu o evento de comemoração da semana da pessoa idosa no Pesqueiro Sol Nascente

com o incentivo a prática esportiva de pesca, bingo e o famoso baile que tanto adoram

(Figura 26).

Figura 26. Evento Comemorativo da Semana da Pessoa Idosa.

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Além disto, a Prefeitura Municipal disponibiliza para a pessoa idosa um espaço

físico para realizar as palestras, reuniões, encontros e os famosos bailes da Melhor Idade,

realizado semanalmente (Figura 27). E ainda, atividades de artesanato, de atividade física e

alimentação saudável são realizadas neste espaço.

Figura 27. Centro de Convivência da Pessoa Idosa

3.4 Secretaria Municipal de Saúde

3.4.1 Saúde e Nutrição

A atenção básica (AB) ou atenção primária em saúde (APS) são conhecidas

como a "porta de entrada" e o centro de comunicação com toda a Rede de Atenção à

Saúde, consideradas como o atendimento inicial, além de garantir à população o acesso a

uma atenção à saúde de qualidade. E tem como objetivo orientar sobre a prevenção de

doenças, solucionar os possíveis casos de agravos e direcionar os mais graves para níveis

de atendimento superiores em complexidade.

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A AB possibilita filtrar e organizar o fluxo dos serviços nas redes de saúde, dos

mais simples aos mais complexos. Diversos programas governamentais relacionados à AB

existem no país, como por exemplo, a Estratégia de Saúde da Família (ESF), por meio de

serviços multidisciplinares assegura o acesso das comunidades a serviços de saúde por

meio das Unidades Básicas de Saúde (UBSs).

A Política Nacional de Atenção Básica (PNAB) é resultante da experiência

acumulada dos atores envolvidos com o desenvolvimento e a consolidação do Sistema

Único de Saúde (SUS), como movimentos sociais, usuários, trabalhadores e gestores das

três esferas de governo. Desta forma, a AB é desenvolvida com alto grau de

descentralização, capilaridade e próxima da vida das pessoas. Além disto, é fundamental

que AB preserve os princípios da universalidade, da acessibilidade, do vínculo, da

continuidade do cuidado, da integralidade da atenção, da responsabilização, da

humanização, da equidade e da participação social.

Em 2012, além do aumento dos recursos (quase 40% em relação a 2010)

repassados fundo a fundo, a nova PNAB trabalha com qualidade e equidade. A qualidade

da ESF possibilita avaliar, valorizar e premiar as equipes e os municípios por meio do

repasse de recursos em função da contratualização de compromissos e do alcance de

resultados. Em relação à equidade, o valor per capita por município é diferenciado, uma vez

que beneficia o município mais pobre e menor, com maior percentual de população pobre e

extremamente pobre e com as menores densidades demográficas.

A Atenção Primaria em Saúde distingue-se por ações de saúde, no âmbito

individual e coletivo, compreendendo a promoção e proteção da saúde, a prevenção de

agravos, o diagnóstico, o tratamento, a reabilitação e a manutenção da saúde. Assim,

práticas gerenciais e sanitárias democráticas e participativas são exercidas por meio da

ação de trabalho em equipe, dirigidas a populações de territórios bem delimitados. A APS é

um dos primeiros contatos dos usuários com os sistemas de saúde, sendo que as suas

ações podem ser desenvolvidas nos estabelecimentos de saúde existentes, nos domicílios,

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associações ou demais instituições que se posicionam solidariamente como parceiras da

Secretaria Municipal de Saúde de Nova Olímpia.

As ações da APS no município de Nova Olímpia são definidas por meio da

Atenção ao pré-natal e puerpério (Figura 28); puericultura; Programa de controle de

hipertensão arterial e diabetes; Programa de saúde do adulto e idoso; Assistência

ambulatorial especializada; Transporte de pacientes; Tratamento fora do domicílio;

Assistência às urgências e emergenciais; Regulação dos pacientes; Saúde bucal; Programa

saúde na escola; Programa de tuberculose; Imunização; Assistência Farmacêutica;

Programa Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF) e Programa de saúde mental.

Para atender a demanda de assistência à saúde, o município possui com os

seguintes espaços: Atenção Primária em Saúde: 01 Unidade Básica de Saúde/Unidade de

Atenção Primária em Saúde da Família juntamente com a Secretaria Municipal de Saúde

(SMS); Atenção Secundária em Saúde: 01 Hospital Municipal (atendimento 24 horas);

Atenção Terciária em Saúde: referência hospitalar em Umuarama,: Hospital Nossa

Senhora da Aparecida, Hospital São Paulo (NOROSPAR) e Hospital Cemil.

Na SMS disponibiliza diversos espaços realizar as oficinas de saúde mental e do

NASF, além disto, são ofertados os serviços de saúde bucal, vigilância sanitária,

epidemiológica e ambiental, assistência farmacêutica, além de realizar o agendamento de

exames, e ainda, atendimento de psicólogas e nutricionistas. Ainda, o município

disponibiliza um espaço para atendimento via telefone, conhecido como a ouvidoria

municipal a serviço de toda população.

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Figura 28. Atendimento da Nutricionista ofertado as Gestantes do município.

3.4.2 Programa de Controle de Hipertensão Arterial e Diabetes

No município de Nova Olímpia ações e estratégias com intuito de reduzir as

incapacidades que a hipertensão arterial e diabetes produzem são trabalhadas

constantemente como medidas de rastreamento e de prevenção. Índices cada vez mais

altos têm sido alcançados, devido as ações conjuntas da ESF com o NASF, por meio dos

programas de atendimento integral aos pacientes diabéticos e hipertensos que possibilitam

detectar precocemente os pacientes sintomáticos e sob risco.

Além disto, diversas palestras são realizadas, bem como o controle clinico

metabólico, consultas médicas e de enfermagem, e, ainda o fornecimento de medicamentos.

Além disto, em todos os programas municipais voltados a saúde são realizadas as

atividades voltadas à segurança alimentar e nutricional, bem como a alimentação saudável

(Figura 29) e a necessidade de realizar práticas esportivas. Assim, diversos grupos

atendidos pelo município podem ser trabalhados nesta temática tão importante para a

segurança alimentar e nutricional.

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Figura 29. Palestra sobre alimentação saudável aos grupos de saúde no município

3.4.3 Programa Saúde do Adulto e do Idoso

O Programa Saúde do Adulto e do Idoso promove diversas ações voltadas à

promoção à saúde do adulto e da pessoa idosa são realizadas no município de Nova

Olímpia, tais como: implantação da caderneta da pessoa idosa; vacinação e atividades de

prevenção de quedas, além da realização de consultas médicas e de enfermagem, visitas

domiciliares, acompanhamento de acamados, disponibilização de medicamentos, entre

outros.

Diversas ações são realizadas em grupos, como atividade física e de vida diária,

como, por exemplo: grupos de caminhada e de alongamento (Figura 30). Este programa é

em parceria com a Secretaria Municipal de Saúde e da Secretaria Municipal de Assistência

Social. Atividades são realizadas semanalmente baseadas em programações variadas que

tem como objetivo promover a saúde, bem estar físico, social e mental.

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Figura 30. Aulas de alongamento fornecidas voltados aos grupos de saúde de adultos e da pessoa idosa

3.4.4 Saúde Bucal

A Rede de Atenção à Saúde Bucal é o conjunto de ações que envolvem o

controle de doenças bucais, através da promoção e prevenção em saúde. Atualmente, a

Saúde Bucal de Nova Olímpia possui dois consultórios odontológicos dentro da unidade

básica de saúde com atendimento a população por meio de duas dentistas, uma auxiliar de

Saúde Bucal e uma Técnica de Higiene Bucal (THD).

Além disto, é realizado no município um projeto de escovação e flúor na Escola

Municipal Maria Rodrigues Travaglia, após todas as refeições da merenda escolar, os

estudantes são encaminhados para a escovação diária com acompanhamento da Técnica

de Saúde Bucal do município de Nova Olímpia (Figura 31).

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Figura 31. Escovação diária após a Merenda Escolar

3.4.5 Programa Saúde na Escola (PSE)

O Programa Saúde na Escola (PSE) foi implementado pelos Ministérios da

Saúde (MS) e da Educação (MEC) em parceria com o Ministério do Desenvolvimento Social

e Combate à Fome (MDS). O PSE é uma política intersetorial da Saúde e da Educação e foi

instituído em 2007. As políticas de saúde e educação voltadas às crianças, adolescentes,

jovens e adultos da educação pública brasileira se unem para promover saúde e educação

integral para o desenvolvimento da cidadania e da qualificação das políticas públicas

brasileiras (BRASIL, 2017).

A articulação intersetorial das redes públicas de saúde, de educação e demais

redes sociais para o desenvolvimento das ações do PSE devem propiciar a sustentabilidade

a partir da conformação de redes de corresponsabilidade. A assistência à saúde da criança

e adolescente deve assegurar a criança e ao adolescente um conjunto de ações integrais e

articuladas dentro do contexto social e familiar, visando promover a infância e adolescência

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protegidas e saudáveis. Visitas domiciliares são realizadas para construir o matriciamento

de casos com a rede de serviços dos municípios.

Além disto, devem ser desenvolvidas ações educativas e de puericultura (até 2

anos de idade), favorecendo assim os diagnósticos e tratamentos precoces para sub ou

sobre alimentações. Desta forma, podem ser evitados os desvios de crescimentos que

ocasionam danos no comprometimento da saúde atual e na qualidade de vida futura.

Assim, ações de promoção do aleitamento materno e a alimentação saudável,

prevenção de acidente e medidas de prevenção e cuidado à criança em situação de

violência podem ser efetivadas de maneira continua e permanente no município de Nova

Olímpia, atendendo assim a toda a população. Diversas ações de educação são realizadas

nas escolas municipais de forma a integrar todos os setores envolvidos no município a fim

de trabalhar em rede e de maneira interdisciplinar.

3.4.6 Sistema de Vigilância em Saúde

O Município de Nova Olímpia através da Secretaria Municipal de Saúde tem

definido uma política de saúde voltada à implantação e implementação de programas e

ações integrais de promoção, manutenção, recuperação da saúde e prevenção de doenças,

com vistas a melhorar o quadro epidemiológico e a qualidade de vida dos munícipes.

A Vigilância em Saúde conta com profissionais nas áreas da vigilância

epidemiólogica, sanitária, saúde do trabalhador e ambiental, as quais atuam direta e

indiretamente no controle (prevenção e promoção de saúde), buscando combater os

criadores e vetores que possam causar Dengue, Zika e Chikungunya.´

Assim, a vigilância em saúde está relacionada às práticas de atenção e

promoção da saúde dos cidadãos e aos mecanismos adotados para prevenção de doenças.

Além disso, integra diversas áreas de conhecimento e aborda diferentes temas, tais como

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política e planejamento, territorialização, epidemiologia, processo saúde-doença, condições

de vida e situação de saúde das populações, ambiente e saúde e processo de trabalho.

3.4.6.1 Vigilância Sanitária (VISA)

A Vigilância Sanitária (VISA) promove ações capazes de eliminar ou prevenir

riscos à saúde decorrentes da alimentação. Assim, são realizadas outras ações de

monitoramento programado da qualidade sanitária de produtos e de estabelecimentos na

área de alimentos, bebidas, águas envasadas, insumos, embalagens, aditivos alimentares e

coadjuvantes de tecnologia, limites de contaminantes e resíduos de medicamentos

veterinários. Estas ações devem ter enfoque no controle do cumprimento das boas práticas

pelas empresas, e também em análises laboratoriais.

A Vigilância Sanitária Municipal realiza a fiscalização de estabelecimentos da

área de alimentos anualmente para renovação da Licença Sanitária, no entanto, podem ser

realizadas vistorias em função de denúncias ou outras situações que apresentem risco à

saúde. Além disto, a Vigilância Municipal atua na verificação da existência de produtos com

irregularidades por meio da divulgação de Resoluções Específicas pela Agência Nacional de

Vigilância Sanitária. A Vigilância atua também nos Programas Vigiágua, Leite das Crianças

e Alimentos Rastreados.

O principal objetivo da VISA do Município de Nova Olímpia é a fiscalização de

locais de produção, transporte e comercialização dos alimentos para a promoção de boas

práticas na produção e manipulação de alimentos. Assim, podem ser minimizados ou

eliminados os potenciais riscos que a concepção ou manipulação inadequada podem causar

ao consumidor. A VISA no município de Nova Olímpia é composto de 2 (dois) funcionários,

sendo 1 (um) técnico de vigilância sanitária e 1 (um) farmacêutico bioquímico para melhor

atender a população.

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As atribuições desenvolvidas pela VISA são: Fiscalização para liberação de

licença sanitária; Elaboração de planos e projetos; Ações programadas; Atendimento a

denúncias; Investigação de surtos alimentares; Coleta de alimentos; Análise de projetos

arquitetônicos; Atividades educativas; Controle e liberação de receituário Azul e Instauração

de processos administrativos.

A VISA é definida na Lei Orgânica da Saúde (Lei nº 8.080, de 19 de setembro de

1990), como “um conjunto de ações capaz de eliminar, diminuir ou prevenir riscos à saúde e

de intervir nos problemas sanitários decorrentes do meio ambiente, da produção e

circulação de bens e da prestação de serviços de interesse da saúde”. Assim, é fundamental

realizar a fiscalização no município uma vez que a população consume produtos

diariamente e demais serviços que necessitam de critérios de segurança para evitar

ameaças à saúde.

3.4.6.2 Vigilância Ambiental

A Vigilância Ambiental é o setor responsável por monitorar e controlar os fatores

do meio ambiente que possam representar riscos à saúde humana: fatores biológicos

(doenças transmitidas por vetores, zoonoses, intoxicações e acidentes por animais

peçonhentos) e fatores não biológicos (água para consumo humano, ar, solo, desastres

naturais, substâncias químicas, acidentes com produtos perigosos e fatores físicos).

Prioriza-se no Paraná o controle dos vetores que transmitem doenças, como: dengue, zika,

chikungunya, febre amarela urbana, leishmanioses, malária, esquistossomose e chagas.

Para atender a necessidade do controle dos vetores a Vigilância Ambiental

Municipal realiza diversas ações de prevenção e promoção à saúde como: campanhas

educativas, Paradão contra a Dengue, Pedágio de Conscientização com entrega de

panfletos, Palestras de Educação Ambiental nas escolas e demais eventos; Dia D contra

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Dengue através da mobilização social, carreatas e caminhadas educativas, entre outras

atividades.

3.4.6.3 Vigilância da Saúde do Trabalhador

A Vigilância da Saúde do Trabalhador é setor responsável pela investigação de

acidentes de trabalho, junto com a vigilância sanitária atua nos estabelecimentos no intuito

de diminuir riscos a saúde do trabalhador, compreende a promoção da saúde e a redução

da morbimortalidade da população trabalhadora, por meio da integração de ações que

intervenham nos agravos e seus determinantes decorrentes dos modelos de

desenvolvimento e processos produtivos, as quais estão articuladas com toda a rede de

atenção à saúde do SUS, conforme versa a Política Nacional de Saúde do Trabalhador e da

Trabalhadora, instituída pela Portaria n°. 1.823/2012 do Ministério da Saúde.

3.4.7 Programa Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF)

O Programa Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF) é composto por uma

equipe multiprofissional para integrar e apoiar as equipes saúde da família e atenção básica.

Além disto, o NASF desenvolve atividades voltadas ao Programa Nacional de Controle do

Tabagismo com o objetivo de reduzir a morbimortalidade causada pelo tabagismo e reduzir

o número de fumantes. Os atendimentos do NASF são realizados na Secretaria de Saúde

do município de Nova Olímpia, neste local são realizadas as oficinas e demais atividades

(Figura 32).

O NASF é composto por nutricionista, educador social, educador físico e

psicólogo que oferecem diferentes serviços de atendimento aos grupos específicos voltadas

a assegurar a saúde dos beneficiados por este programa no município de Nova Olímpia.

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Figura 32. Programa Saúde e Bem estar – Controle de obesidade (NASF – Nova Olímpia)

Os pacientes chegam ao NASF através de encaminhamentos dos médicos da

Unidade Básica de Saúde e pelas agentes comunitárias de saúde. Os profissionais do

NASF realizam atendimentos aos pacientes em grupos conforme as demandas existentes

no território. Atualmente, as atividades desenvolvidas são voltadas a saúde mental e saúde

e bem estar com acompanhamento de educador físico e nutricionistas. Os grupos em

andamento são: Saúde mental – Artesanato; Saúde mental – Atendimento com psicóloga;

Saúde e Bem estar – Controle de obesidade; Saúde e Bem estar: Controle de obesidade em

adolescentes; Saúde e Bem estar: Alongamento e ginástica; Cuidado ao Cuidador –

Artesanato; Cuidado ao Cuidador – Atendimento com psicóloga; Cuidado ao Cuidador –

Controle de obesidade.

O programa Cuidado ao cuidador refere-se à saúde dos profissionais que

trabalham diretamente com a saúde da população. Os profissionais do NASF realizam

atendimentos individuais com objetivo de acolhimento e orientação aos pacientes em visitas

domiciliares, e, nos espaços na Secretaria da Saúde. Ações educativas para prevenção e

promoção da saúde são desenvolvidas nas escolas, centro de convivência do idoso, em

campanhas específicas ou de acordo com a necessidade. Além disto, reuniões da equipe do

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NASF são realizadas semanalmente e com as Equipes de Saúde da Família, mensalmente,

com objetivo de discutir questões administrativas, processos de trabalho, planejamento,

entre outros.

3.4.8 Programa Bolsa Família

O Programa Bolsa Família (PBF) tem como objetivo ampliar o acesso de

crianças, adolescentes e jovens em situação de extrema pobreza aos serviços sociais de

educação e saúde, para superar o enfrentamento da situação de vulnerabilidade e pobreza.

O PBF é um programa de transferência condicionada de renda que beneficia famílias pobres

e extremamente pobres, inscritas no Cadastro Único. O PBF unificou os programas de

transferência de renda: Bolsa Escola, Cartão Alimentação, Bolsa Alimentação e Auxílio Gás.

Os objetivos do PBF são combater a fome outras formas de privação das famílias; promover

a segurança alimentar e nutricional; promover o acesso à rede de serviços públicos de

saúde, educação, segurança alimentar e de assistência social.

As condicionalidades para ser beneficiário do PBF são: Inclusão da família, pela

prefeitura, no Cadastro Único dos Programas Sociais do Governo Federal; Seleção pelo

Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS); No caso de existência de

gestantes, o comparecimento às consultas de pré-natal, conforme calendário preconizado

pelo Ministério da Saúde (MS); Participação em atividades educativas ofertadas pelo MS

sobre aleitamento materno e alimentação saudável, no caso de inclusão de nutrizes; Manter

em dia o cartão de vacinação das crianças de 0 a 6 anos; Garantir frequência mínima de

85% na escola, para crianças e adolescentes de 6 a 15 anos; Garantir frequência mínima de

75% na escola, para adolescentes de 16 e 17 anos; Participar, quando for o caso, de

programas de alfabetização de adultos.

O PBF beneficiou, no mês de setembro de 2017, 277 famílias, representando

uma cobertura de 10,49% da população. As famílias recebem benefícios com valor médio

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de R$ 156,92 e o valor total transferido pelo Governo Federal em benefícios às famílias

atendidas alcançou R$ 43.467,00 no referido mês.

No que diz respeito às condicionalidades, o acompanhamento da frequência

escolar, atingiu o percentual de 83,01%, para crianças e adolescentes entre 6 e 17 anos, o

que equivale a 171 alunos acompanhados, do total de 206 crianças e jovens das famílias

beneficiadas pelo PBF. E para o acompanhamento da saúde das famílias, o percentual

atingido foi de 91,87% equivalente a 192 famílias de um total de 206, superando a média

nacional de 78,25%.

As famílias cadastradas no PBF precisam ser acompanhadas pelas equipes de

saúde do municipio, uma vez que as crianças precisam estar com o calendário vacinal em

dia, além de realizar o acompanhamento do crescimento e desenvolvimento (Figura 33). As

famílias beneficiárias com gestantes deverão ser avaliadas semestralmente, pois é

fundamental a realização do pré-natal e demais consultas de rotinas. Assim como as demais

famílias que recebem benefícios no município que devem cumprir as condicionalidades

existentes.

Figura 33. Atendimento a gestante no Programa Bolsa Família

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3.5 Secretaria Municipal de Educação (SME)

O município de Nova Olímpia tem como organização estrutural baseada na

Secretaria Municipal de Educação e Cultura, divisão e departamentos (Figura 34). A

educação básica é o primeiro nível do ensino escolar no Brasil. Compreende três etapas: a

educação infantil (para crianças com até cinco anos), o ensino fundamental (para alunos de

seis a 14 anos) e o ensino médio (para alunos de 15 a 17 anos). Ao longo desta caminhada,

as crianças e os adolescentes devem receber a formação comum indispensável para o

exercício da cidadania. Um dos objetivos da educação básica é fornecer meios para que os

educandos ingressem em estudos posteriores, sejam no ensino superior ou em outras

modalidades educativas.

Além disto, é uma obrigação do Estado garantir que os jovens e adultos que não

tenham frequentado a escola na idade adequada possam retomar seus estudos e conseguir

formação equivalente à educação básica. Desta forma, a expansão da educação básica

está ligada diretamente com melhorias na saúde publica, na demografia, na economia e nos

padrões alimentares da população. Assim, pode-se perceber que a alimentação saudável

dos estudantes reflete diretamente na sua produtividade em sala de aula, sendo assim,

alunos que possuem acesso facilitado à alimentação rica e saudável tem apresentado maior

rendimento escolar.

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Figura 34. Organograma da Secretaria Municipal de Educação e Cultural

A educação infantil tem como objetivo o desenvolvimento físico, psicológico,

intelectual e social da criança. Crianças de zero a três anos podem frequentar as creches ou

instituições equivalentes. No caso de crianças entre quatro e cinco anos, o ensino é

alcançado em pré-escolas.

No ano de 2013 uma emenda constitucional aprovada pelo Congresso Nacional

em 2009 que alterou a LDB, definindo que os pais matriculem os filhos na escola quando

completarem 4 anos e não mais a partir dos 6 anos de idade. E, definiu-se que os estados e

municípios teriam até 2016 para oferecer vagas na rede pública de ensino para crianças

desta faixa etária. Além da obrigatoriedade da matrícula de crianças nas escolas a partir dos

quatro anos, a emenda constitucional determinou uma carga horária mínima anual na

educação infantil (de 800 horas) e controle de frequência dos alunos de pré-escolas (60%).

Até a mudança na Constituição, a fase escolar obrigatória era o ensino

fundamental (para estudantes entre os seis e 14 anos). Também é dever do Estado oferecer

o ensino fundamental de forma gratuita e universal. A obrigatoriedade do ensino

fundamental implica reconhecê-lo como a formação mínima que precisa ser garantida a

Secretaria de Educação e

Cultura

Departamento de Documentação

Escolar

Departamento de Cultura

Divisão de Educação e

Cultura

PREFEITURA MUNICIPAL DE NOVA OLÍMPIA

80

todos os brasileiros, de qualquer idade. Em sua conclusão, o estudante deve dominar a

leitura, a escrita e o cálculo. Outra meta desta etapa é desenvolver a capacidade de

compreender o ambiente natural e social, o sistema político, a tecnologia, as artes e os

valores básicos da sociedade e da família.

A partir de 2006, a permanência do ensino fundamental passou de oito para nove

anos. Esta medida procura aumentar o tempo de duração das crianças na escola, para

melhorar a qualidade da formação inicial. Neste período, são aprofundadas as informações

adquiridos no ensino fundamental, procurando articular o conteúdo com a preparação básica

para o trabalho e a cidadania. Outra função do ensino médio é garantir a formação ética, o

desenvolvimento da autonomia intelectual e do pensamento crítico e a compreensão dos

fundamentos científico-tecnológicos dos processos produtivos.

Tudo isso permite ao estudante concluir a educação básica dominando

conhecimentos e habilidades que possibilitem escolher rumos na vida adulta. Ele deve estar

preparado para a inserção no mercado de trabalho, para o ingresso a política, praticando

sua cidadania e aptos a escolher o caminho do ensino superior.

3.5.1 Nutrição escolar

A nutrição escolar no município de Nova Olímpia é de responsabilidade das

Secretarias de Finanças, da Educação, da Agricultura e Meio Ambiente, da Saúde e da

Assistência Social. Sendo assim, é fundamental trabalhar em conjunto em prol da

alimentação adequada e saudável para todos os estudantes do município. Em Nova Olímpia

as instituições de ensino são a Escola Municipal Maria Rodrigues Travaglia, o Centro

Municipal de Educação Infantil (CMEI), Associação de Pais e Amigos Excepcionais (APAE)

e o Colégio Estadual Duque de Caxias.

As políticas públicas de Segurança Alimentar (SAN) devem ser vinculadas de

forma efetiva o acesso à alimentação saudável, no qual deve ser levado em conta como são

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81

produzidos e comercializados. A integração da promoção da alimentação adequada e

saudável às ações de saúde ofertadas de forma complementar para as condicionalidades do

Programa Bolsa Família. Uma vez que cabe a escola orientar os alunos por meio de ações

de nutrição a se alimentarem corretamente.

Um ponto fundamental na alimentação dos estudantes é que nas escolas do

município não existem cantinas, sendo ofertadas as crianças somente os alimentos

preparados conforme o cardápio elaborado pela Nutricionista de acordo com as orientações

do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE).

A Resolução n°. 26 de junho de 2013, dispõe sobre o atendimento da

alimentação escolar aos alunos na educação básica referente ao Programa Nacional de

Alimentação escolar (PNAE). Ademais, a aquisição de alimentos voltados para a merenda

escolar tem como objetivo priorizar os produtos oriundas da agricultura familiar, para assim,

valorizar a produção local. Reuniões e vistorias são realizadas para orientar sobre as

condições necessárias para armazenagem, estoque e manipulação dos alimentos. Além

disto, são ofertadas as merendeiras treinamentos e cursos referentes a manipulação e

aproveitamento integral dos alimentos, higiene pessoal e valor nutricional dos alimentos.

Diversas atividades são realizadas no município com o intuito de motivas a

prática alimentar saudável para segurança alimentar e nutricional, além de promover a

saúde a todos os educandos. Feiras culturais, mostras de meio ambiente, gincana de

materiais recicláveis, feira de ciências, oficinas de alimentação saudável são realizadas

todos os anos na Escola Municipal Maria Rodrigues Travaglia (Figura 35).

A cada ano que passa as professoras e professores se superam e inovam

atraindo toda a população para contemplar e trocar experiências e saberes. Parcerias entre

as Secretarias Municipais são realizadas constantemente a fim de promover ações que

possibilitem dinamizar e assim efetivar a conscientização da necessidade e importância de

uma alimentação saudável e cuidados para com o meio ambiente.

PREFEITURA MUNICIPAL DE NOVA OLÍMPIA

82

Figura 35. Feira Cultural com diversos temas, inclusive alimentação saudável.

Além disto, a Secretaria Municipal de Educação de Nova Olímpia possui a

Biblioteca Cidadã, com amplo espaço para leitura, sala de informática e sala de aula para

palestras e demais atividades (Figura 36).

PREFEITURA MUNICIPAL DE NOVA OLÍMPIA

83

Figura 36. Biblioteca Cidadã de Nova Olímpia

PREFEITURA MUNICIPAL DE NOVA OLÍMPIA

84

Capítulo IV

PREFEITURA MUNICIPAL DE NOVA OLÍMPIA

85

4 PERSPECTIVA E DESAFIOS PARA A POLÍTICA MUNICIPAL DE SAN

O aprimoramento da Política de Segurança Alimentar e Nutricional no município

de Nova Olímpia e o fortalecimento do SISAN são ações que devem ser realizadas de forma

contínua e permanente. O estímulo à atuação dos membros dos COMSAN’s e da CAISAN é

fundamental para estimular a reciprocidade e harmonia entre as instâncias governamentais

e não governamentais para a prática de SAN no município.

As políticas públicas voltadas para a SAN devem ser fundamentadas no principio

da intersetorialidade, que é essencial para efetivar as ações de SAN. A Assistência Social

deve desenvolver atividades de trabalho intersetorial e de rede socioassistencial articulada e

integrada, visando o acompanhamento e atendimento às famílias em situação de

vulnerabilidade e risco social, agravada pela insegurança alimentar e nutricional.

Assim, Nova Olímpia tem como desafio assegurar a efetiva SAN no município,

desta forma, deve ser cumpridas as ações propostas na II Conferência Municipal de

Segurança Alimentar e Nutricional de Nova Olímpia durante o período de validade do

PLAMSAN. Sendo assim, devem ser implantadas as ações para efetivar em sua totalidade

as propostas nos PLAMSAN futuros.

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86

4.1 Propostas e Deliberações da II Conferência Municipal de Segurança Alimentar e

Nutricional - Nova Olímpia – PR

Tabela 4. EIXO 1: Comida de verdade: avanços e obstáculos para conquista da alimentação adequada

Nº PROPOSTAS E DELIBERAÇÕES RESPONSÁVEL PELAS PROPOSTAS

MUNICIPIO ESTADO UNIÃO

01 Implantar programas educativos em rede nacional, em horários nobres, orientando sobre alimentação adequada e saudável.

x

02 Aumentar a fiscalização quanto ao uso de agrotóxicos pelo produtor.

x

03 Contratar através de concurso público, profissional capacitado (nutricionista) para atuar nas instituições, para orientação e adequação dos alimentos.

x

x

x

Tabela 5. EIXO 2: DINÂMICAS EM CURSO, ESCOLHAS ESTRATÉGICAS E ALCANCES DA POLÍTICA PÚBLICA

Nº PROPOSTAS E DELIBERAÇÕES RESPONSÁVEL PELAS PROPOSTAS

MUNICIPIO ESTADO UNIÃO

01 Institucionalizar o PAA (Programa de Aquisição de Alimentos) com constância de recursos e a ampliação de valor por produtor.

x

x

x

02 Aumentar a oferta de técnicos e profissionais da ATER (Assistência Técnica e Extensão Rural) e o município se adequar a Lei da ATER de 2014.

x

x

03 Fortalecer a relação comercial entre produtor e consumidor, adequando espaços para comercialização dos produtos (feira do produtor).

x

Tabela 6. EIXO 3: Fortalecimento do sistema nacional de segurança alimentar e nutricional

Nº PROPOSTAS E DELIBERAÇÕES RESPONSÁVEL PELAS PROPOSTAS

MUNICIPIO ESTADO UNIÃO

01 Incentivar a socialização de projetos desenvolvidos nos diferentes níveis (municipal, estadual e federal) como: hortas comunitárias, hortas nas escolas,

x

x

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87

cozinha comunitária. Bonificando e premiando as boas ideias.

02 Implantar campanha educativa que envolva toda a rede municipal.

x

03 Divulgar o SISAN para todas as entidades envolvidas de forma que tenham maiores conhecimentos dos seus benefícios.

x

x

x

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88

Capítulo V

PREFEITURA MUNICIPAL DE NOVA OLÍMPIA

88

5. PLANO DE AÇÃO DA PLAMSAN NOVA OLÍMPIA-PR

5.1 DIRETRIZES

Com base no Decreto Federal nº 7.272/2010 e no Plano Estadual de Segurança Alimentar e Nutricional, foram elencadas as diretrizes

para este Plano Municipal da SAN, apresentado abaixo:

DIRETRIZ 1 - PROMOÇÃO DO ACESSO UNIVERSAL À ALIMENTAÇÃO ADEQUADA E SAUDÁVEL, COM PRIORIDADE PARA AS

FAMÍLIAS E PESSOAS EM SITUAÇÃO DE INSEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL.

Objetivo 1 – Assegurar melhores condições socioeconômicas ás famílias pobres e, sobretudo, extremamente pobres, por meio de

transferência direta de renda e reforço ao acesso aos direitos sociais básicos nas áreas de alimentação, saúde, educação e

assistência social, para a ruptura do ciclo Intergeracional de pobreza e a proteção do DHAA.

Metas Ações Prazo

Execução Órgão

Responsável Parceiros Recurso

- Transferir renda às famílias

em situação de pobreza que

atendam aos critérios de

elegibilidade, conforme as

estimativas de atendimento

dos programas existentes.

Acompanhar o Programa Família Paranaense.

Permanente SMAS (Secretaria Municipal de Assistência Social Nova Olímpia).

SMAS Não se aplica

PREFEITURA MUNICIPAL DE NOVA OLÍMPIA

89

- Atingir 80% de

acompanhamento do estado

nutricional dos beneficiários

do Programa Bolsa Familiar.

- Monitorar o estado nutricional das

famílias beneficiárias do Programa

Bolsa Família;

Sensibilizar as famílias por meio de

visitas, sobre a importância do

acompanhamento das

condicionalidades da saúde;

- Realizar avaliação nutricional dos

beneficiários do Programa Bolsa Família,

priorizando crianças menores de Sete

anos de idade, gestantes e mulheres de

14 a 44 anos.

Permanente SMAS SMAS IGDM/PBF PAB

- Cadastrar/acompanhar

pelo menos 30%, por

vigência, dos beneficiários

do Programa Bolsa Família

no SISVAN.

- Avaliar o estado nutricional dos

beneficiários do Programa Bolsa Família e

registrar os dados no SISVAN.

Permanente SMAS SMAS

- Garantir atendimento

médico e nutricional a todas

as crianças que necessitam

de continuidade ao

recebimento do leite

fornecido pelo

Programa Leite das

Crianças.

- Realizar avaliação médica e nutricional

periodicamente nas crianças beneficiadas

pelo Programa Leite das Crianças.

Permanente SMAS SEAB (Secretaria de agricultura e abastecimento). SAMA (Secretaria de Agricultura e Meio Ambiente de Nova

Olímpia).

PREFEITURA MUNICIPAL DE NOVA OLÍMPIA

90

SMAS - Garantir a participação do

nutricionista nas reuniões

do Comitê Municipal do

Programa Leite das

Crianças.

- Participar das reuniões do Comitê

Municipal do Programa Leite das Crianças

e avaliar a solicitação médica para

manutenção no programa, verificando o

estado nutricional informada.

Permanente SMS (Secretaria Municipal de Saúde de Nova Olímpia)

SEAB (Secretaria de Agricultura e Abastecimento). SAMA (Secretaria de Agricultura e Meio Ambiente de Nova Olímpia).

- Cadastrar 100% das

famílias de baixa renda no

Cadastro Único.

- Realizar ações de mobilização nos

territórios dos CRAS como uma

estratégia de busca ativa das famílias de

baixa renda do município de Cascavel

para inclusão/ averiguação do Cadastro

Único.

- Realizar atendimentos

descentralizados do Cadastro Único nos

territórios dos CRAS a fim de facilitar o

acesso das famílias mais vulneráveis ao

atendimento.

- - Revisar anualmente a situação

Cadastral do Cadastro Único, conforme

agenda divulgada pelo MDSA.

Permanente SMAS SME (Secretaria Municipal de Educação Nova Olímpia). CAD ÚNICO

- Garantir que 100% das

famílias beneficiárias do PBF

estejam realizando o saque

do benefício.

- Garantir que 100% das famílias

beneficiárias do PBF estejam realizando o

saque do benefício.

- Realizar busca ativa das famílias que não

estão realizando o saque do benefício do

Programa Bolsa Família.

Permanente SMAS CAD ÚNICO SME CRAS (Centro de Referência e Assistência Social).

PREFEITURA MUNICIPAL DE NOVA OLÍMPIA

91

Objetivo 2 - Promover o acesso à alimentação adequada e saudável para alunos da educação básica, de forma a contribuir

para o crescimento biopsicossocial, a aprendizagem, o rendimento escolar e a formação de práticas alimentares saudáveis.

Metas Ações Prazo Execução

Órgão Responsável

Parceiros Recurso

- Atingir todos os estudantes

da rede pública municipal de

- Fornecer lanches aos alunos nos

períodos de permanência destes em sala

Permanente SME SME/FNDE Federal Livre

- Encaminhar 100% das

pessoas perfil para acesso

ao Benefício de Prestação

Continuada – BPC.

- Realizar orientação e encaminhamento

para obtenção do Benefício de

Prestação Continuada – BPC para

pessoas idosas ou com deficiência com

renda per capita familiar de até ¼ de

salário mínimo.

Permanente SMAS INSS CRAS CREAS

Recurso Livre

- Atingir 50% de

acompanhamento de

famílias em fase de

suspensão do Programa

Bolsa Família.

- Realizar o acompanhamento familiar,

pelo PAIF às famílias beneficiárias do

Programa Bolsa Famílias em

descumprimento de condicionalidades.

Permanente SMAS CRAS CREAS

- Cadastrar 100% das

famílias perfil no Programa

Estadual Leite das Crianças.

- Realizar o cadastramento de famílias

perfil ao Programa Estadual Leite as

Crianças, pelo Colégio Estadual Duque de

Caxias.

- Orientar as famílias, no momento do

cadastramento do Programa Estadual Leite

das Crianças sobre o acompanhamento

nutricional da criança a ser realizado pela

Unidade Básica de Saúde.

Permanente SMAS SMAS CRAS UBS/USF

Recurso livre

PREFEITURA MUNICIPAL DE NOVA OLÍMPIA

92

ensino, no período escolar,

com a alimentação

apropriada.

de aula, incluindo o EJA.

- Fornecer, além do lanche, o almoço aos

alunos que permanecem integralmente

nas escolas.

- Fornecer de quatro a cinco refeições/dia aos alunos matriculados no Centro Municipal de Educação Infantil.

- Fornecer produtos especializados

para as crianças portadoras de

patologias (diabetes, doença celíaca).

- Inserção gradual de novos

alimentos da agricultura

familiar nos cardápios da

merenda escolar

- Inserir, gradualmente, ano a ano novos

produtos no cardápio da Merenda

Escolar de Cascavel. Para o corrente

ano de 2017, serão inseridos maior

diversidade de frutas e legumes.

Permanente SME SME. SAMA EMATER

Federal Livre

Objetivo 3 - Promover a melhoria das condições socioeconômicas e de acesso à alimentação e nutrição a idosos e pessoas

com deficiência em situação de pobreza, beneficiárias do Benefício de Prestação Continuada (BPC), por meio do acesso à

rede dos serviços sócioassistenciais, das ações de segurança alimentar e nutricional e das demais políticas setoriais.

Metas Ações Prazo Execução

Órgão Responsável

Parceiros Recurso

- Cadastrar 100% dos

beneficiários do BPC no

Cadastro Único.

- Inserir os beneficiários do BPC no

Cadastro Único para Programas Sociais.

Permanente SMAS CRAS CREAS CAD UNICO

IGD-M (Índice de Gestão Descentralizada)

- Atender 10% das famílias

beneficiárias do BPC.

- Atender 10% das famílias beneficiárias

do BPC.

Permanente SMAS CRAS Piso Básico Físico

PREFEITURA MUNICIPAL DE NOVA OLÍMPIA

93

- Aplicar 100% dos

questionários do BPC na

escola.

- Aplicar o questionário do BPC na Escola

para os beneficiários de 0 a 18 anos,

buscando identificar as barreiras de

acesso à escola.

Curto Prazo SMAS Secretaria Municipal de Educação Nova Olímpia

Programa BPC na Escola

- Ampliar a inserção de

beneficiários do BPC no

Serviço de Convivência e

Fortalecimento de Vínculos.

- Inserir os usuários do BPC no SCVF

conforme a identificação do publico

prioritário do Serviço de Convivência e

Fortalecimento de Vínculos.

Permanente SMAS CRAS CREAS

Piso Básico Variável.

PREFEITURA MUNICIPAL DE NOVA OLÍMPIA

94

DIRETRIZ 2 – PROMOÇÃO DO ABASTECIMENTO E ESTRUTURAÇÃO DE SISTEMAS DESCENTRALIZADOS, DE BASE

AGROECOLÓGICA E SUSTENTÁVEIS DE PRODUÇÃO, EXTRAÇÃO PROCESSAMENTO E DISTRIBUIÇÃO DE ALIMENTOS.

Objetivo 1 - Fomentar o abastecimento alimentar como forma de consolidar a organização de circuitos locais e regionais de

produção, abastecimento e consumo para a garantia do acesso regular e permanente da população brasileira a alimentos, em

quantidade suficiente, qualidade e diversidade, observadas as práticas alimentares promotoras da saúde e respeitados os

aspectos culturais e ambientais.

Metas Ações Prazo Execução Órgão Responsável

Parceiros Recurso

- Ampliar em pelo

menos 10% o número

de agricultores

familiares cadastrados

no PAA – Programa de

Aquisição de

Alimentos, na

modalidade de Doação

Simultânea,

operacionalizado pelo

município, em parceria

com o MDSA

- Realizar encontros com produtores

municipais, visando mostrar a

importância do programa para a inclusão

e fortalecimento da agricultura familiar,

bem como o benefício às entidades e

famílias a serem beneficiadas com

alimentação diversificada, com qualidade

e quantidade.

Médio Prazo SAMA CAISAN

COMSANS

(Conselho

Municipal de

Segurança

Alimentar e

Nutricional

Sustentável).

Recurso Livre

PREFEITURA MUNICIPAL DE NOVA OLÍMPIA

95

Objetivo 2 - Aperfeiçoar o acompanhamento e avaliação de safras, bem como a geração e disseminação de informações

agrícolas e de abastecimento, incluindo as da agricultura familiar, povos e comunidades tradicionais e os produtos da

sociobiodiversidade, de forma a subsidiar a formulação de políticas públicas, a comercialização, a tomada de decisão pelos

agentes da cadeia produtiva e assegurar a soberania alimentar

Não se aplica

Objetivo 3 - Utilizar os mecanismos da Política Agrícola em apoio à comercialização de produtos agropecuários que compõem a

pauta da Política de Garantia de Preços Mínimos (PGPM), incluindo o público da agricultura familiar, assentados da reforma

agrária, povos indígenas, quilombolas e demais povos e comunidades tradicionais, de modo a contribuir para a garantia do

abastecimento interno e da soberania alimentar.

Não se aplica

Objetivo 4 - Ampliar a participação de agricultores familiares, assentados da reforma agrária, povos indígenas, quilombolas e

demais povos e comunidades tradicionais no abastecimento dos mercados, com ênfase nos mercados institucionais, como

forma de fomento a sua inclusão socioeconômica e à promoção da alimentação adequada e saudável.

Metas Ações Prazo Execução

Órgão Responsável

Parceiros Recurso

- Ampliar para 30% a

inserção de agricultoras

familiares no PAA e

PNAE.

- Ampliar o percentual de mulheres na

produção, agro industrialização e

comercialização das políticas de compras

públicas.

Médio Prazo SAMA Secretaria municipal de Educação Nova Olímpia. SMAS

Recursos Livres MDSA

(Ministério do Desenvolvimento Social e Agrário).

- Ampliar e adequar - Reestruturar o espaço físico e aquisição Curto Prazo SAMA SMAS Recursos Livres

PREFEITURA MUNICIPAL DE NOVA OLÍMPIA

96

área do PAA. de equipamentos para armazenamento e

conservação dos produtos do PAA, dentro

das normas preconizadas pela legislação.

MDAS

MDSA

Objetivo 5 - Qualificar os instrumentos de financiamento, fomento, proteção da produção e da renda como estratégia de

inclusão produtiva e ampliação da renda da agricultura familiar, assentados da reforma agrária, povos indígenas,

quilombolas e de povos e comunidades tradicionais.

Não se aplica

Objetivo 6 Ampliar o acesso e qualificar os serviços de assistência técnica e extensão rural e de inovação tecnológica, de

forma continuada e permanente, para os agricultores familiares, assentados da reforma agrária, povos indígenas,

quilombolas, aquicultores familiares, pescadores artesanais, povos e comunidades tradicionais.

Não se aplica

Objetivo 7 - Promover o acesso à terra a trabalhadores rurais e o processo de desenvolvimento dos assentamentos como

formas de democratizar o regime de propriedade, combater a pobreza rural, ampliar o abastecimento alimentar interno e a

segurança alimentar e nutricional.

Não se aplica

PREFEITURA MUNICIPAL DE NOVA OLÍMPIA

97

Objetivo 8 - Fomentar e estruturar a produção dos agricultores familiares, assentados da reforma agrária, povos indígenas,

quilombolas e demais povos e comunidades tradicionais, em situação de insegurança alimentar e nutricional, de forma a

gerar alimentos, excedentes de produção e renda.

Metas Ações Prazo Execução

Órgão Responsável

Parceiros Recurso

- Viabilizar contratação

terceirizada de técnicos

para ATER- Assistência

Técnica e Extensão

Rural.

- Contratar um técnico para auxiliar no

atendimento de agricultores familiares.

Permanente SAMA COMSANS Recursos Livres

Objetivo 9 - Promover a autonomia econômica das mulheres rurais, por meio da sua inclusão na gestão econômica e no

acesso aos recursos naturais e à renda, da ampliação e qualificação das políticas públicas de segurança alimentar e

nutricional.

Metas Ações Prazo Execução

Órgão Responsável

Parceiros Recurso

- Ampliar a participação

de mulheres no PAA

para no mínimo 30% do

total de agricultores

participantes

- Desenvolver ações de incentivo por meio de oficinas, palestras e cursos

Permanente SAMA EMATER MDAS SINDICATO RURAL O Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR).

Recursos livres MDAS EMATER SINDICATO RURAL

PREFEITURA MUNICIPAL DE NOVA OLÍMPIA

98

Objetivo 10 – Promover o modelo de produção, extração e processamento de alimentos agroecológicos e orgânicos e de proteção e

valorização da agrobiodiversidade.

Metas Ações Prazo Execução

Órgão Responsável

Parceiros Recurso

- Ampliar em 20% o

numero de produtores

ao sistema orgânico

e/ou produção base

agroecológica.

- Qualificar os agricultores familiares no

sistema de produção agroecológica por

meio de cursos de manejo, orientações

técnicas.

Permanente SAMA BIOLABORE BIOFORTE ENAR

Recursos livres MDAS SINDICATO RURAL

- Ampliar em 20% a

compra de alimentos

agroecológicos no

âmbito do PAA e PNAE.

- Incentivar e apoiar processo de

transição agroecológica, valorização e

ampliação de mercado por meio de

campanhas educativas que visem o

consumo de alimentação saudável

Permanente SAMA BIOLABORE BIOFORTE SME

Recurso Livre

- Implantar programa de

produção de ervas

medicinal

- Incentivar agricultores familiares e

assentados cultivarem e produzirem

ervas medicinais

Permanente SAMA BIOLABORE BIOFORTE SME

Recursos Livres

- Fazer convênio com

instituição de pesquisa e

extensão rural.

- Incentivar a diversificação de cultivo. Médio Prazo SAMA EMBRAPA EMATER BIOLABORE

Recursos livres MDSA

Objetivo 11 - Aperfeiçoar os mecanismos de gestão, controle e educação voltados para o uso de agrotóxicos, organismos

geneticamente modificados e demais insumos agrícolas.

Metas Ações Prazo Execução

Órgão Responsável

Parceiros Recurso

- Realizar articulação - Elaborar, reproduzir e distribuir cartilhas Permanente SAMA COMSANS Recursos livres

PREFEITURA MUNICIPAL DE NOVA OLÍMPIA

99

Intersetorial e

interinstitucional visando

à redução do uso de

agrotóxicos pelos

produtores, bem como

conscientizar a

população sobre os

malefício desse uso.

educativas sobre o uso de agrotóxicos.

- Elaborar projeto para aquisição de

máquinas e equipamentos para

recuperação de estradas.

EMATER Secretaria Municipal de Educação Nova Olímpia.

Objetivo 12 – utilizar a abordagem territorial como estratégia para promover a integração de políticas publicas e a otimização de

recursos, visando à produção de alimentos e o desenvolvimento rural sustentável.

Metas Ações Prazo Execução

Órgão Responsável

Parceiros Recurso

- Melhorar em 15% a

infraestrutura viária

municipal e territorial

para escoamento da

produção dos

agricultores.

- Realizar mutirões em pontos críticos da

malha viária rural.

Permanente SAMA MDSA Recursos livres

- Prover recursos junto

às esferas estadual e

federal, para aquisição

de equipamentos e

maquinários.

- Elaborar projeto para aquisição de

máquinas e equipamentos para

recuperação de estradas.

Médio Prazo SAMA SINDICATO RURAL

Recursos livres

- Difundir a

conscientização da

necessidade de se

programar a sucessão

familiar rural, com o

- Desenvolver ações visando o acesso à

legislação específica no tocante à

sucessão familiar.

Médio Prazo SAMA INCRA EMATER

Recursos federal

PREFEITURA MUNICIPAL DE NOVA OLÍMPIA

100

objetivo de manter as

futuras gerações no

campo.

- Ampliar em 15% o

número de CAD PRÓ –

Cadastro do Produtor

Rural

- Realizar ações educativas visando

assegurar às trabalhadoras rurais o pleno

exercício dos seus direitos sociais,

econômicos e sua cidadania, por meio da

emissão de Nota de Produtor Rural, com

vistas à aposentadoria entre outros

benefícios.

Médio Prazo SAMA MDSA Recursos livres Recursos Federais

- Manter Certificação de

Cadastro de Imóvel

Rural

- Manter parceria com o INCRA, através

do CCIR – Certificação de Cadastro de

Imóvel Rural para certificação de

cadastro do imóvel rural.

Permanente SAMA INCRA Recursos livres Recursos Federais

Objetivo 13 - Fomentar e estruturar a produção de pescadores artesanais e agricultores familiares, de forma a gerar sua inclusão produtiva e ampliar e qualificar o abastecimento de pescado para o consumo interno.

Não se aplica

Objetivo 14 - Garantir a qualidade e segurança higiênico-sanitária e tecnológica dos produtos a serem consumidos e facilitar a comercialização no mercado formal dos produtos das agroindústrias familiares, com apoio da Vigilância Sanitária Municipal.

Metas Ações Prazo Execução

Órgão Responsável

Parceiros Recurso

- Regularizar e

registrar 100% das

agroindústrias de POA

- Produtos de Origem

Animal e Produtos de

-Contratação de médico veterinário.

-Registrar, orientar, inspecionar e

fiscalizar todos os produtos processados

Permanente SAMA SMS/VISA Recursos livres

PREFEITURA MUNICIPAL DE NOVA OLÍMPIA

101

Origem Vegetal, dentro

das normas do

SIM/POA e ANVISA.

- Capacitar os

produtores rurais

quanto à legislação

sanitária vigente e

defesa agropecuária.

Realizar 2 capacitações anuais para as

famílias rurais sobre eventos de

educação sanitária e defesa

Agropecuária.

Permanente SAMA SMS Recursos livres

DIRETRIZ 3 - INSTITUIÇÃO DE PROCESSOS PERMANENTES DE EDUCAÇÃO ALIMENTAR E NUTRICIONAL, PESQUISA DE

FORMAÇÃO NAS ÁREAS DE SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL E DO DIREITO HUMANO Á ALIMENTAÇÃO

ADEQUADA.

PREFEITURA MUNICIPAL DE NOVA OLÍMPIA

102

Objetivo 1 - Assegurar processos permanentes de Educação Alimentar e Nutricional (EAN) e de promoção da alimentação

adequada e saudável, valorizando a garantia do Direito Humano à Alimentação Adequada (DHAA).

Metas Ações Prazo Execução

Órgão Responsável

Parceiros Recurso

- Fortalecer a

Estratégia Amamenta

Alimenta Brasil

(EAAB) e capacitar

100% das Unidades

de Saúde sobre o

tema aleitamento

materno e alimentação

complementar

saudável para

menores de dois anos

de idade, prevenindo

inclusive a obesidade

Infantil.

- Promover processos de educação

permanente para profissionais de saúde

sobre aleitamento materno, alimentação

e nutrição infantil, por meio de oficinas de

trabalho realizadas pelos tutores da

EAAB (Estratégia Amamente e Alimenta

Brasil).

Longo Prazo SMS SMS Recursos livres PAB

- Reduzir o uso de

medicamentos

para doenças e agravos

não transmissíveis

DANT- Doenças

Agravos não

Transmissíveis, por

meio da promoção de

uma alimentação

saudável.

- Manter nutricionistas efetivadas meio de

concurso para atuar nas UBS/USF/NASF.

- Elaborar e distribuir material

educativo (folder, cartilha, panfleto,

cartaz sobre o tema).

- Promover eventos educativos e

formativos sobre educação alimentar e

nutricional, segurança alimentar e

nutricional e outros temas (vitamina A

para crianças de 01 a 04 anos,

obesidade, hipertensão, diabetes e

outros).

Longo Prazo SMS SAMA

COMSANS IGDM-PBF PAB PSE Recursos livres

PREFEITURA MUNICIPAL DE NOVA OLÍMPIA

103

- Ampliar a oferta de

saúde para a

população e apoiar a

Atenção Básica.

- Ampliar o número de profissionais do

NASF no município.

Permanente SMS SMS Recursos livres

- Melhorar a qualidade

dos alimentos

produzidos pela

agricultura familiar.

- Realizar pelo menos dois (02) cursos

sobre boas práticas de produção e

manipulação por semestre, objetivando a

formação e qualificação do agricultor.

Médio Prazo SAMA SENAR AGROTEC EMATER

Recursos livres

Objetivo 2 - Estruturar e integrar ações de Educação Alimentar e Nutricional nas redes institucionais de serviços públicos, de

modo a estimular a autonomia do sujeito para produção e práticas alimentares adequadas e saudáveis.

Metas Ações Prazo Execução Órgão

Responsável

Parceiros Recurso

- Promover, no mínimo 01

ação com o tema

Segurança Alimentar e

Nutricional (SAN) nos

equipamentos de

Proteção Social Básica e

Proteção Social Especial

de alta complexidade.

- Ofertar oficinas nos serviços da Proteção Social Básica– PAIF (Proteção e atenção Integral à Família), SCFV (Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos), nos serviços de Proteção Social Especial de alta complexidade e Unidades de acolhimento com o tema Segurança Alimentar e Nutricional.

Curto Prazo SMAS CRAS

Centros de

Convivência

Recursos livres

Objetivo 3 - Promover ações de Educação Alimentar e Nutricional no ambiente escolar e fortalecer a gestão, execução e o

controle social do PNAE, com vistas à promoção da segurança alimentar e nutricional.

Metas Ações Prazo Órgão Parceiros Recurso

PREFEITURA MUNICIPAL DE NOVA OLÍMPIA

104

Execução Responsável

- Atingir diretores,

professores e

coordenadores da rede

pública de ensino

referente à alimentação

saudável.

- Conscientizar os educadores em

reuniões escolares de professores,

coordenadores, diretores, em

conselhos de classe, sobre a

necessidade de alimentação

saudável e equilibrada para o

escolar, e a importância dos

educadores enquanto multiplicadores

deste processo;

- Incentivar a continuidade do

aleitamento materno exclusivo ou

complementar até os 6 meses de

idade das crianças durante sua

permanência no CEMEI.

Permanente SME SME

SMAS

Recursos livres

- Desenvolver educação

nutricional com zeladores

(merendeiras), alunos e

professores.

- Realizar treinamentos anuais

com merendeiras, com vistas à

segurança alimentar e nutricional.

- Promover teatro e ações lúdicas nas

escolas, sobre educação nutricional.

Permanente SME SENAC

SENAI

Recursos livres

Objetivo 4 - Estimular a sociedade civil organizada a atuar com os componentes de alimentação, nutrição e consumo saudável.

PREFEITURA MUNICIPAL DE NOVA OLÍMPIA

105

Metas Ações Prazo

Execução

Órgão

Responsável

Parceiros Recurso

- Acompanhar as

Pastorais no

desenvolvimento das

ações voltadas a

alimentação e saúde.

- Apoiar e articular junto às pastorais

para orientar a comunidade sobre

aproveitamento integral dos alimentos,

promover o aleitamento materno e

acompanhamento dos primeiros mil

dias de vida da criança.

Curto Prazo SMAS

SAMA

SME

Pastoral da

criança

Recursos livres

- Incentivar Órgãos da

sociedade civil

organizada que priorizam

o aproveitamento integral

de alimentos, a redução

do desperdício de

alimentos e o incentivo ao

consumo de hortifrúti pela

população.

- Apoiar e articular junto à sociedade

civil organizada ações que visem à

redução do desperdício de

alimentos, aproveitamento integral e

incentivo ao consumo de hortifrúti.

- Distribuir alimentos às entidades não

governamentais.

Curto Prazo CAISAN SESC

Pastorais

Recursos

Próprios

Objetivo 5 - Promover ciência, tecnologia e inovação para a Segurança Alimentar e Nutricional.

Metas Ações Prazo

Execução

Órgão

Responsável

Parceiros Recurso

- Articular redes de

pesquisa em alimentos

e disseminar

conhecimento e

inovações técnicas

entre as comunidades.

rurais convencionais e

- Oferecer dias de campo, distribuição

de mudas, cursos e palestras sobre o

tema.

Permanente AGROTEC

EMATER

SAMA

Recursos livres

PREFEITURA MUNICIPAL DE NOVA OLÍMPIA

106

agroecológicas

Objetivo 6 - Promover cultura e educação em direitos humanos, em especial o Direito Humano à Alimentação Adequada.

Metas Ações Prazo

Execução

Órgão

Responsável

Parceiros Recurso

- Criar mecanismos para

divulgação junto à

população sobre SAN e

DHAA.

- Promover campanhas educativas

sobre alimentação e nutrição, enquanto

direito humano garantido pela

constituição.

- Desenvolver ações para controle e

prevenção da DANT - Doenças e

Agravos não Transmissíveis

(obesidade).

- Elaborar cartilhas educativas e

informativas sobre o tema alimentação

como direito humano e alimentação

saudável, rotulagem de alimentos,

novas legislações.

- Implantar grupos de reeducação

alimentar e prevenção de DANT nos

serviços de saúde, educação, esporte,

entre outros.

Curto Prazo CAISAN

SMAS

SME

SMS

COMSANS

CAISAN

A definir

PREFEITURA MUNICIPAL DE NOVA OLÍMPIA

107

DIRETRIZ 4 – PROMOÇÃO, UNIVERSALIZAÇÃO E COORDENAÇÃO DAS AÇÕES DE SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL,

VOLTADAS AOS QUILOMBOLAS E DEMAIS POVOS E COMUNIDADES TRADICIONAIS, POVOS INDÍGENAS E ASSENTADAS DA

REFORMA AGRÁRIA.

Não se aplica

DIRETRIZ 5 – FORTALECIMENTO DAS AÇÕES DE ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO EM TODOS OS NÍVEIS DE ATENÇÃO À SAÚDE, DE

MODO ARTICULADO ÀS DEMAIS AÇÕES DE SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL.

Objetivo 1 - Controlar e prevenir os agravos e doenças consequentes da insegurança alimentar e nutricional.

Metas Ações Prazo

Execução

Órgão

Responsável

Parceiros Recurso

- Programar as

ações do

grupo Hiperdia

em pelo

menos 80%

das Unidades

de Saúde.

- Implantar o grupo de Hiperdia nas

Unidades de Saúde que ainda não

realizam.

- Monitorar o estado nutricional e o

consumo alimentar dos indivíduos

do grupo Hiperdia, através do

SISVAN (Sistema de Vigilância

Alimentar e Nutricional).

- Realizar avaliação

antropométrica, aferir a pressão

arterial sistêmica, e medir a glicemia

dos indivíduos.

- Dar acesso à informação sobre

alimentação e nutrição adequada e

saudável, através de palestras e

orientações para os indivíduos.

Permanente SMS CAISAN PAB

Recursos

livres

- Aumentar em todas as

UBS/USF o índice de

- Realizar avaliação antropométrica dos

usuários das UBS/USF, para obter

Permanente SMS CAISAN PAB

PSF

PREFEITURA MUNICIPAL DE NOVA OLÍMPIA

108

cadastros/

acompanhamentos no

SISVAN.

diagnóstico precoce dos possíveis desvios

nutricionais.

- Avaliar e cadastrar/acompanhar no

SISVAN no mínimo 15% da população

da área de abrangência de cada

Unidade de Saúde, por ano, priorizando

os grupos vulneráveis (crianças,

gestantes, idosos, hipertensos e

diabéticos), por cada Unidade de

Saúde.

Recursos

livres

Objetivo 2 - Promover o controle e a regulação de alimentos.

Metas Ações Prazo

Execução

Órgão

Responsável

Parceiros Recurso

- Realizar fiscalização

pela vigilância sanitária

na área de alimentos

em 100% dos

estabelecimentos que

manipulam, produzem,

fabrica ou

comercializam

alimentos, para garantir

a segurança alimentar

e nutricional à

população.

- Realizar visitas e fiscalizar

estabelecimentos que manipulam,

fabricam e comercializam alimentos.

- Realizar análise laboratorial de

alimentos conforme a necessidade.

Permanente SMS/VISA SAMA VISA/ANVISA

- Aplicar a legislação da

área de alimentos, com

- Orientar e aplicar a legislação vigente

no que condiz à produção e

Permanente SAMA COMSANS Recursos livres

PREFEITURA MUNICIPAL DE NOVA OLÍMPIA

109

foco nos aspectos

sanitários, regulamentos

de rotulagem de

alimentos embalados e

Processados.

comercialização dos alimentos da

agricultura familiar e feira do pequeno

produtor.

SMS

Objetivo 3 - Estruturar a atenção nutricional na rede de atenção à saúde.

Metas Ações Prazo

Execução

Órgão

Responsável

Parceiros Recurso

- Avaliar o estado

nutricional de pelo menos

70% dos educandos

pertencentes às escolas

pactuadas no PSE -

Programa Saúde na

Escola.

- Aferir peso e estatura dos alunos na

própria unidade de ensino e registro

dessas informações no sistema IPM

Saúde.

OBS: IPM Sistemas, atua no ramo de

desenvolvimento de sistemas para a

gestão pública.

- Encaminhar os educandos com

alterações no estado nutricional, para

atendimento individualizado.

Médio Prazo SMS

SME

SME PAB

PSE

Recursos livres

Objetivo 4 - Fortalecer a vigilância alimentar e nutricional.

Metas Ações Prazo

Execução

Órgão

Responsável

Parceiros Recurso

Cadastrar e monitorar

100% das gestantes que

realizam o pré-natal nas

- Ofertar consultas e exames

específicos da gestação.

- Avaliar o estado nutricional das

Permanente SMS EAAB PAB

PSF

Recursos livres

PREFEITURA MUNICIPAL DE NOVA OLÍMPIA

110

unidades de saúde em

sistema próprio e no

SISVAN.

gestantes

- Realizar palestras e orientações com

apoio da EAAB- Estratégia Amamenta

Brasil às Unidades de Saúde em

ações de estímulo ao aleitamento

materno.

DIRETRIZ 6 – PROMOÇÃO DO ACESSO UNIVERSAL À ÁGUA DE QUALIDADE E EM QUANTIDADE SUFICIENTE, COM PRIORIDADE

PARA AS FAMÍLIAS EM SITUAÇÃO DE INSEGURANÇA HÍDRICA E PARA A PRODUÇÃO DE ALIMENTOS DA AGRICULTURA FAMILIAR,

PESCA E AQUICULTURA.

Objetivo 1 - Garantir o acesso à água para o consumo humano e a produção de populações rurais difusas e de baixa renda, de forma a promover qualidade e quantidade suficientes à segurança alimentar e nutricional.

Metas Ações Prazo

Execução

Órgão

Responsável

Parceiros Recurso

Realizar proteção das

nascentes na área

rural.

Realizar proteção de nascentes

na área rural anualmente.

Médio Prazo SAMA SANEPAR

Recursos livres

Realizar coletas de

água de nascentes e

poços artesianos da

área rural.

Coletar anualmente água

encaminhar para analises

físico-químicos microbiológicos.

Médio Prazo SAMA SANEPAR

SMS/VISA

Recursos livres

PREFEITURA MUNICIPAL DE NOVA OLÍMPIA

111

Objetivo 2 - Ampliar a cobertura de ações e serviços de saneamento básico e serviços de abastecimento de água em

comunidades quilombolas, assentamentos rurais, terras indígenas e demais territórios de povos e comunidades tradicionais,

priorizando soluções alternativas que permitam a

sustentabilidade dos serviços.

Metas Ações Prazo

Execução

Órgão

Responsável

Parceiros Recurso

- Melhorar ações de

saneamento básico e

abastecimento de água

nas áreas rurais.

- Implantar obras de saneamento e

sistemas de abastecimento nas áreas

rurais, incluindo instalação de cisternas.

Médio Prazo SAMA SANEPAR Recursos livres

DIRETRIZ 7 – APOIO ÀS INICIATIVAS DE PROMOÇÃO DA SOBERANIA ALIMENTAR, SEGURANÇA ALIMENTAR

E NUTRICIONAL DO DIREITO HUMANO À ALIMENTAÇÃO ADEQUADA EM ÂMBITO INTERNACIONAL E A

NEGOCIAÇÕES INTERNACIONAIS.

Não se aplica

DIRETRIZ 8 – MONITORAMENTO DA REALIZAÇÃO DO DIREITO HUMANO À ALIMENTAÇÃO ADEQUADA.

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112

Objetivo 1 - Identificar avanços e retrocessos no cumprimento das obrigações de respeitar, proteger, promover e prover o Direito Humano à alimentação adequada (DHAA)

Metas Ações Prazo

Execução

Órgão

Responsável

Parceiros Recurso

- Implantar e consolidar a

política de Segurança

Alimentar e Nutricional

(SAN), por meio do

fortalecimento do

COMSANS e CAISAN.

- Elaborar e aprovar o Plano

Municipal de SAN. Monitorar o

desenvolvimento das ações

propostas no plano de SAN.

Inserir um nutricionista no

COMSANS.

Permanente CAISAN COMSANS PAB

PSF

Recursos livres

*Convenção para prazo de execução: Curto – 1 ano; Médio – 2 anos; Longo – 4 anos; Permanente.

PREFEITURA MUNICIPAL DE NOVA OLÍMPIA

113

Capítulo VI

PREFEITURA MUNICIPAL DE NOVA OLÍMPIA

114

6. INDICADORES PARA O MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO DO PLANO MUNICIPAL

DE SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL

O monitoramento e a avaliação da PLAMSAN de Nova Olímpia serão realizados com

a ajuda das diretrizes e indicadores citados no plano, buscando garantir a população

vulnerável o Direito Humano à Alimentação Adequada (DHAA), para isso é necessário ter

conhecimento das Políticas Públicas da SAN. Cabe ressaltar que é responsabilidade do

Governo Municipal, repassar informações a sociedade civil, sendo assim, a CAISAN, por

sua vez, ficará responsável de encaminhar o PLAMSAN a COMSANS.

O PLAMSAN deverá ser revisto a cada dois anos, para avaliação de forma contínua

e sistemática, buscando sempre se adequar a Política Nacional e Estadual da SAN. E, se

necessário fazer as correções e propor novas ações, levando em consideração a realidade

local. Segundo o Art. 3º da Lei 11.346 de 15 de setembro de 2006 – LOSAN, “a Segurança

Alimentar e Nutricional consiste na realização do direito de todos ao acesso regular e

permanente a alimentos de qualidade, em quantidade suficiente, sem comprometer o

acesso a outras necessidades essenciais, tendo como base práticas alimentares promotoras

de saúde que respeitem a diversidade cultural e que seja ambiental, cultural, econômica e

socialmente sustentável”.

PREFEITURA MUNICIPAL DE NOVA OLÍMPIA

115

6.1 SAÚDE E NUTRIÇÃO

Dimensão/Indicador Agregação territorial

Periodicidade Fonte

Percentual de crianças menores de 5 anos com baixo para idade

Nova Olímpia Anual DATASUS/PSF

Percentual de crianças menores de 5 anos com déficit de estatura para idade

Nova Olímpia Anual PSF

Percentual de crianças menores de 5 anos com excesso de peso para idade

Nova Olímpia Anual PSF

Taxa de mortalidade infantil Nova Olímpia Anual DATASUS

Contaminação de alimentos por agrotóxicos - % amostras irregulares

Nova Olímpia Anual SAMA/SEAB

Monitoramento da água para consumo humano

Nova Olímpia Anual SANEPAR/VIGIÁGUA

Índice de Desenvolvimento Municipal – Dimensão Saúde

Nova Olímpia Anual IPARDES

PREFEITURA MUNICIPAL DE NOVA OLÍMPIA

116

REFERÊNCIAS

______. Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (CONSEA). Lei de Segurança Alimentar e Nutricional – Conceitos. Lei nº 11.346, de 15 de setembro de 2006. Brasília, 2006. 17 p. Acesso em 03 de outubro de 2017. ______. Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (CONSEA). III Conferência Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional. Relatório Final. Brasília, 2007. 89 p. Acesso em 03 de 0utubro de 2017. ______. Câmara Interministerial de Segurança Alimentar e Nutricional (CAISAN). Subsídio para o Balanço das Ações Governamentais de Segurança Alimentar e Nutricional e da Implantação do Sistema Nacional. Brasília, 2009. 69p. Acesso em 04 de outubro de 2017. BRASIL. Presidência da República. Lei n°. 11.346 de 15 de setembro de 2006. Cria o Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional – SISAN com vistas em assegurar o Direito Humano a Alimentação Adequada e dá outras providencias. BRASIL. Presidência da República. Constituição Federal de 1988, atualizada em 2010. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção Básica. Orientações para a coleta e análise de dados antropométricos em serviços de saúde: Norma Técnica do Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional - SISVAN. Brasília: Ministério da Saúde, 2011. 76 p. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Política Nacional de Alimentação e Nutrição. Secretaria de Atenção à Saúde. Brasília, 2012. BRASIL. Ministério do Desenvolvimento Social e Combate a Fome. Câmara Interministerial de Segurança Alimentar e Nutricional. Plano Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (PLANSAN 2016-2019). Brasília: 2016. IPARDES – Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social. Caderno estatístico município de Nova Olímpia. Curitiba: IPARDES, 2016. BRASIL. Conselho Nacional de Assistência Social. Tipificação Nacional de Serviços Socioassistenciais (Resolução n. 109, de 11 de novembro de 2009). Brasília, 2009. BRASIL. Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome. Orientações Técnicas: Centro de Referência de Assistência Social – CRAS. Brasília: MDS, 2009. BRASIL. Lei nº 11.346, de 15 de setembro de 2006. Cria o Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional - SISAN com vistas em assegurar o direito humano à alimentação adequada e dá outras providências. Diário Oficial da União, Brasília, DF, n. 179, 18 de setembro de 2006, seção 1, p. 1-2. Acesso em 03 de outubro de 2017. BRASIL. Benefício assistencial ao idoso e à pessoa com deficiência (BPC). Disponível: http://mds.gov.br/assuntos/assistencia-social/beneficios-assistenciais/bpc. Acesso em 04 out. 2017. BRASIL. Conheça o programa bolsa família. Disponível: http://mds.gov.br/assuntos/bolsa-familia/o-que-e. 2015. Acesso em 03 out. 2017.

PREFEITURA MUNICIPAL DE NOVA OLÍMPIA

117

BRASIL. Programa Saúde na Escola (PSE). Disponível:http://dab.saude.gov.br/portaldab/pse.php. Acesso em 10 out. 2017.

BRASIL. 2017a. Brasil Sem Miséria. Disponível: http://www.secretariadegoverno.gov.br/iniciativas/internacional/fsm/eixos/inclusao-social/brasil-sem-miseria. Acesso em 03 out. 2017a. BRASIL. Cadastro Único. Disponível: http://www.caixa.gov.br/cadastros/cadastro-unico/Paginas/default.aspx Acesso em 03 out. 2017. BRASIL. Condicionalidades. Disponível: http://mds.gov.br/assuntos/bolsa-familia/gestao-do-programa/condicionalidades. 2015. Acesso em 03 out. 2017. MACHADO, R.L.A. Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional. Disponível: http://www4.planalto.gov.br/consea/acesso-a-informacao/institucional/conceitos/sistema-nacional-de-seguranca-alimentar-e-nutricional. Acesso em 02 out. 2017. MINAYO, Maria C. S.; HARTZ, Zulmira M. A.; BUSS, Paulo M. Qualidade de vida e saúde: um debate necessário. 2000. Acesso em 09 de outubro de 2017. SÃO PAULO. Sistema Único de Assistência Social – SUAS. Governo do Estado de São Paulo. Disponível: http://www.desenvolvimentosocial.sp.gov.br/portal.php/assistencia_sistema. Acesso em 05 out. 2017.

PREFEITURA MUNICIPAL DE NOVA OLÍMPIA

118

Anexo I

PREFEITURA MUNICIPAL DE NOVA OLÍMPIA

119

PLANO MUNICIPAL DE SEGURANÇA

ALIMENTAR E NUTRICIONAL

2017/2018

Nova Olímpia, 27 de Outubro de 2017.

JOÃO BATISTA PACHECO

Prefeito Municipal