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JOICE C. TANABE PLANO DE NEGÓCIOS PARA O EMPREENDIMENTO DE CALÇADOS, ACESSÓRIOS E COMPLEMENTOS DE MODA FEMININA Florianópolis- SC 2012

plano negocios de calçados

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JOICE C. TANABE

PLANO DE NEGÓCIOS PARA O EMPREENDIMENTO DE CALÇADOS,

ACESSÓRIOS E COMPLEMENTOS DE MODA FEMININA

Florianópolis- SC

2012

Page 2: plano negocios de calçados

UNIVERSIDADE DO ESTADO DE SANTA CATARINA - UDESC

CENTRO DE ARTES - CEART

CURSO DE BACHARELADO EM MODA – HABILITAÇÃO ESTILISMO

JOICE C. TANABE

PLANO DE NEGÓCIOS PARA O EMPREENDIMENTO DE CALÇADOS,

ACESSÓRIOS E COMPLEMENTOS DE MODA FEMININA

Florianópolis- SC

2012

Page 3: plano negocios de calçados

JOICE C. TANABE

PLANO DE NEGÓCIOS PARA O EMPREENDIMENTO DE CALAÇDOS,

ACESSÓRIOS E COMPLEMENTOS DE MODA FEMININA

Trabalho de Conclusão do Curso – modalidade

plano de negócios - do Curso de Bacharelado em

Moda: Linha de Formação em Estilismo do

Centro de Artes da Universidade do Estado de

Santa Catarina – CEART/UDESC

Professor Orientador: Dr. Nério Amboni.

Florianópolis- SC

2012

Page 4: plano negocios de calçados

JOICE C. TANABE

PLANO DE NEGÓCIOS PARA O EMPREENDIMENTO DE CALÇADOS,

ACESSÓRIOS E COMPLEMENTOS DE MODA FEMININA

Trabalho de Conclusão de Curso aprovado como requisito para a obtenção do grau de bacharel,

no curso de graduação em moda pela Universidade do Estado de Santa Catarina.

Banca Examinadora:

Orientador: ________________________________________

Professor Nério Amboni, Dr.

Universidade do Estado de Santa Catarina - UDESC

Membro: ________________________________________

Professora Isabela Regina Fornari Müller, Me.

Universidade do Estado de Santa Catarina - UDESC

Membro: ________________________________________

Professor Lucas da Rosa, Dr.

Universidade do Estado de Santa Catarina – UDESC

Florianópolis, 03 de julho de 2012

Page 5: plano negocios de calçados

RESUMO

TANABE, Joice. Plano de Negócios para o empreendimento de calçados, acessórios e

complementos de moda feminina dentro de uma empresa de bordados industrializados.

2012. 82f. Trabalho de Conclusão de Curso – Curso de Bacharelado em Moda – Habilitação em

Estilismo, Universidade do Estado de Santa Catarina, Florianópolis, 2012.

Orientador: Dr. Nério Amboni

Defesa: 03 de julho de 2012

O presente trabalho propõe um Plano de Negócios para a implementação do empreendimento de

calçados, acessórios e complementos de moda feminina dentro de uma empresa, já existente, de

bordados industrializados. Na estrutura, excedente de espaço interno, observou-se a possibilidade

da criação de um novo negócio que utilizasse da vantagem de não necessitar de investimentos em

área de trabalho, e pudesse fazer o diferencial no design versátil, na compra de matérias primas

sustentáveis e alternativas e no desenvolvimento de têxteis ornamentados. Confirmando assim a

viabilidade da nova empresa perante a concorrência com o mercado asiático, que se mostra

crescente a cada ano.

Palavras - chave: calçados, acessórios e complementos de moda feminina. plano de negócios.

versatilidade. design têxtil.

Page 6: plano negocios de calçados

LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 1 - Curva de Valor ....................................................................................................... 55

Page 7: plano negocios de calçados

LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1 - Exportações de calçados por destino 2010................................................................. 29

Figura 2 - Importações de calçados por origem ......................................................................... 30

Figura 3 - Taxa de variação do volume de vendas do varejo por UF 2012 ................................. 36

Figura 4 - Logomarca da empresa Alexandre Birman ................................................................ 37

Figura 5 - Logomarca da empresa Arezzo ................................................................................. 38

Figura 6 - Logomarca da empresa Capodarte............................................................................. 40

Figura 7 - Logomarca da empresa Carmen Steffens ................................................................... 41

Figura 8 - Logomarca da empresa Jorge Bischoff ...................................................................... 42

Figura 9 - Logomarca da empresa Legaspi ................................................................................ 43

Figura 10 - Logomarca da empresa Loucos&Santos .................................................................. 45

Figura 11 - Logomarca da empresa Luiza Barcelos ................................................................... 46

Figura 12 - Logomarca da empresa Luz da Lua ......................................................................... 47

Figura 13 - Logomarca da empresa Miezko ............................................................................... 48

Figura 14 - Logomarca da empresa Santa Lolla ......................................................................... 49

Figura 15 - Logomarca da empresa Satryani .............................................................................. 50

Figura 16 - Logomarca da empresa Schutz ................................................................................ 51

Figura 17 - Logomarca da empresa Smartbag ............................................................................ 52

Figura 18 - Logomarca da empresa Studio Tmls........................................................................ 53

Page 8: plano negocios de calçados

LISTA DE QUADROS

Quadro 1 - Pontos fortes e fracos da marca Alexandre Birman ................................................. 37

Quadro2 - Pontos fortes e fracos da marca Arezzo ................................................................... 39

Quadro 3 - Pontos fortes e fracos da marca Capodarte ............................................................. 40

Quadro 4 - Pontos fortes e fracos da marca Carmen Steffens.................................................... 41

Quadro 5 - Pontos fortes e fracos da marca Jorge Bischoff ....................................................... 42

Quadro 6 - Pontos fortes e fracos da marca Legaspi ................................................................. 44

Quadro 7 - Pontos fortes e fracos da marca Loucos&Santos ..................................................... 45

Quadro 8- Pontos fortes e fracos da marca Luiza Barcelos ....................................................... 46

Quadro 9 - Pontos fortes e fracos da marca Luz da Lua ............................................................ 47

Quadro 10 - Pontos fortes e fracos da marca Miezko ................................................................ 48

Quadro 11 - Pontos fortes e fracos da marca Santa Lolla .......................................................... 49

Quadro 12 - Pontos fortes e fracos da marca Satryani............................................................... 50

Quadro 13 - Pontos fortes e fracos da marca Schutz ................................................................. 51

Quadro 14 – Pontos fortes e fracos da empresa Smartbag......................................................... 52

Quadro 15 - Pontos fortes e fracos da marca Studio Tmls ........................................................ 53

Quadro 16 - Curva de Valor de Valor ...................................................................................... 54

Quadro 17– Matriz SWOT da empresa Joice Tanabe ............................................................... 57

Quadro 18– Matriz BCG .......................................................................................................... 66

Quadro 19a - Atividades da empresa........................................................................................ 69

Quadro 19b - Atividades da empresa ....................................................................................... 70

Quadro 20 - Seleção e requisitos de funionários ....................................................................... 70

Quadro 21 - Tabela de cálculo de despesas mensais ................................................................. 72

Quadro 22 - Detalhamento dos investimentos .......................................................................... 74

Page 9: plano negocios de calçados

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 - Evolução da produção internacional de calçados de 2000 a 2007 ............................. 28

Tabela 2 - Indicador de volume de vendas do comércio varejista 2012 ..................................... 33

Page 10: plano negocios de calçados

SUMÁRIO

LISTA DE GRÁFICOS .............................................................................................................. 6

LISTA DE ILUSTRAÇÕES ....................................................................................................... 7

LISTA DE QUADROS ............................................................................................................... 8

LISTA DE TABELAS ................................................................................................................ 9

SUMÁRIO................................................................................................................................ 10

1 INTRODUÇÃO ............................................................................................................ 13

1.1 TEMA ........................................................................................................................... 13

1.2 OBJETIVOS ................................................................................................................. 14

1.2.1 Objetivo geral ................................................................................................................ 15

1.2.2 Objetivos específicos ..................................................................................................... 15

1.3 JUSTIFICATIVA .......................................................................................................... 15

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ................................................................................. 18

2.1 EMPREENDEDORISMO ............................................................................................. 18

2.1.1 Influências e Motivação ................................................................................................. 19

2.1.2 Processo empreendedor ................................................................................................. 19

2.1.3 Características do empreendedor ................................................................................... 19

2.2 PLANO DE NEGÓCIOS ............................................................................................... 20

2.2.1 Estrutura ........................................................................................................................ 21

3 PLANO DE NEGÓCIOS PARA O EMPREENDIMENTO DE CALÇADOS,

ACESSÓRIOS E COMPLEMENTOS DE MODA FEMININA................................................ 23

3.1 SUMÁRIO EXECUTIVO ............................................................................................. 23

3.2 ANTECEDENTE DA INDÚSTRIA DE CALÇADOS E ACESSÓRIOS ....................... 24

3.3 ANÁLISE DE MERCADO ........................................................................................... 27

3.3.1 Caracterização do mercado mundial .............................................................................. 27

3.3.2 Caracterização do mercado brasileiro ............................................................................ 31

3.3.3 Caracterização do mercado regional .............................................................................. 35

Page 11: plano negocios de calçados

3.4 ANÁLISE DA CONCORRÊNCIA ................................................................................ 37

Alexandre Birman ..................................................................................................................... 37

Arezzo ...................................................................................................................................... 38

Capodarte.................................................................................................................................. 40

Carmen Steffens........................................................................................................................ 41

Jorge Bischoff ........................................................................................................................... 42

Legaspi ..................................................................................................................................... 43

Loucos e Santos ........................................................................................................................ 45

Luiza Barcellos ......................................................................................................................... 46

Luz da Lua ................................................................................................................................ 47

Miezko...................................................................................................................................... 48

Santa Lolla ................................................................................................................................ 49

Satryani .................................................................................................................................... 50

Schultz ...................................................................................................................................... 51

Smartbag................................................................................................................................... 52

Studio Tmls .............................................................................................................................. 53

3.4.1 Curva de valor .................................................................................................................. 54

3.5 ANÁLISE ESTRATÉGICA .......................................................................................... 57

3.5.1 Análise Swot ................................................................................................................. 57

3.5.2 Base estratégica corporativa .......................................................................................... 61

3.6 DESCRIÇÃO DA EMPRESA ....................................................................................... 64

3.6.1 Descrição ...................................................................................................................... 65

3.6.2 Produtos ........................................................................................................................ 65

3.6.3 Matriz BCG ................................................................................................................... 65

3.6.4 Análise dos produtos ..................................................................................................... 66

3.6.5 Ciclo de vida do produto................................................................................................ 67

3.7 PLANO DE OPERAÇÕES ............................................................................................ 67

3.7.1 Seleção de novas matérias-primas.................................................................................. 67

3.7.2 Desenvolvimento ........................................................................................................... 67

3.7.3 Modelagem e encaixe .................................................................................................... 67

3.7.4 Enfesto e corte ............................................................................................................... 68

Page 12: plano negocios de calçados

3.7.5 Design têxtil: bordado e silk .......................................................................................... 68

3.7.6 Confecção ..................................................................................................................... 68

3.7.7 Acabamento, controle da qualidade e embalagem .......................................................... 68

3.7.8 Expedição...................................................................................................................... 69

3.7.9 Vendedor ....................................................................................................................... 69

3.8 PLANO DE RECURSOS HUMANOS .......................................................................... 69

3.9 ESTRATÉGIAS DE MARKETING .............................................................................. 72

3.9.1 Produto .......................................................................................................................... 72

3.9.2 Preço ............................................................................................................................. 72

3.9.3 Praça ............................................................................................................................. 73

3.9.4 Promoção ...................................................................................................................... 73

3.10 PLANO FINANCEIRO ................................................................................................. 73

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS ......................................................................................... 76

REFERÊNCIAS ....................................................................................................................... 78

Page 13: plano negocios de calçados

13

1 INTRODUÇÃO

O atual capítulo objetiva expor o tema do trabalho, seus objetivos e suas justificativas.

1.1 TEMA

O setor calçadista brasileiro é formado por cerca de oito mil fábricas e emprega

diretamente 340 mil pessoas. Produziu no ano de 2010, 814 milhões e em 2011exportou 113

milhões, relativo a pares de calçados. O Brasil exporta calçados para 150 países, sendo que os

principais são os Estados Unidos, Reino Unido, Argentina e Itália, respectivamente em ordem

quantitativa. As máquinas, equipamentos e matérias-primas para o processamento do sapato são

obtidos, em grande parte, no próprio mercado interno. (ABICALÇADOS, 2010)

A produção desse setor se encontra concentrada em pólos produtores, conforme figura

abaixo. Na região Nordeste foram produzidos 399,2 milhões de pares, correspondente a 45% do

total de pares fabricados no ano de 2010, já a região Sul obtém 34% e a região sudeste 21%.

(ABICALÇADOS, 2010)

Figura 1 - Principais estados produtores de calçados

Fonte: IMEI; TEM; MDIC/SECEX apud Abicalçados

Page 14: plano negocios de calçados

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Já os polos produtores de bolsas estão concentrados em Minas, Rio Grande do Sul e São

Paulo e de acordo com informações da Assintecal (Associação das Empresas de Componentes

para Couro, Calçados e Artefatos) no ano de 2011 foram adquiridos no exterior 55,51 milhões de

bolsas sintéticas, sendo a China responsável por 84% dessas importações. Esse efeito alarmante

poder ser visto na comparação entre os anos de 2006 a 2011, o aumento que vem crescendo a

cada ano e corresponde a 959% no período relativo. Durante o SICC (Salão Internacional do

Couro e Calçado), ocorrido recentemente em Gramado, empresários revelaram que a alavanche

de importados reduziu a capacidade de produção e o volume de empregos em porcentagens acima

de 50%.

Não diferente com os calçados, de acordo com Guidolin e Rodrigues (2011) nos últimos

anos o setor tem sido alvo da competição asiática, e o mercado tem se sustentado devido ao fato

de que o mercado interno consome a maior parte da produção nacional. Assim as autoras

afirmam que para superar e aumentar a competitividade, as empresas devem utilizar-se de duas

estratégias:

1)desenvolver produto, investindo em design, qualidade, criação e introdução de novos

materiais e componentes;

2)desenvolver marcas nacionais, controlar distribuição e gerenciar a cadeia de

fornecedores. (GUIDOLIN e RODRIGUES, 2011)

O primeiro item (1) tem como motivo diferenciar, agregando valor e qualidade, e o

segundo item (2) eleva a combinação de indústria x tecnologia/inovação, a fim de criar novas

funcionalidades e propriedades aos produtos.

Considerando o posicionamento estratégico, a busca pela inovação e a implementação de

uma nova empresa a ser constituída em um ambiente estrutural já existente, de bordados

industrializados, vê-se a necessidade da criação de um plano de negócios, como trabalho de

conclusão de curso. Com finalidade de facilitar e viabilizar a fundação do futuro empreendimento

no setor de calçados, acessórios e complementos de moda perante o mercado vê-se como

vantagem a redução de investimento em infraestrutura, e como estratégia de diferenciação o uso

de têxteis ornamentados, o design versátil e matérias-primas sustentáveis e alternativas,

diminuindo assim os riscos e formando estratégias de sucesso.

1.2 OBJETIVOS

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15

1.2.1 Objetivo geral

Apresentar proposta de plano de negócios direcionado para a inserção da empresa de

confecção de calçados, acessórios e complementos de moda no ambiente estrutural de uma

empresa de bordados industrializados.

1.2.2 Objetivos específicos

No intuito de alcançar o objetivo geral estabelecido, faz-se necessário:

• Caracterizar o setor do qual pertence o empreendimento constante no plano de

negócios;

• Levantar as oportunidades e ameaças junto ao ambiente direto (clientes,

concorrentes, fornecedores, órgãos regulamentadores, stakeholders1 e governo) e

indireto (dimensões demográficas, políticas, econômicas, legais, ecológicas,

culturais e sociais);

• Realizar análise do setor do qual pertence a empresa pretendida, em termos de

mercados-alvo, concorrência e diferenciais competitivos;

• Definir a base estratégica corporativa para o negócio pretendido (negócio, missão,

visão, valores e objetivos estratégicos);

• Definir o plano de operações para a organização pretendida;

• Identificar estratégias de marketing (preço, praça, produto e promoção) para

assegurar o sucesso do negócio;

• Definir planejamento financeiro para o negócio pretendido.

1.3 JUSTIFICATIVA

Por ano são abertas cerca de 500 mil empresas no país, o que é um número considerável.

Entretanto, segundo pesquisa realizada pelo SEBRAE, em 2004, 49,4% delas encerram as

1 O termo inglês stakeholder designa uma pessoa, grupo ou entidade com legítimos interesses nas acções e no

desempenho de uma organização e cujas decisões e actuações possam afectar, directa ou indirectamente, essa outra

organização. Estão incluídos nos stackeholders os funcionários, gestores, proprietários, fornecedores, clientes,

credores, Estado (enquanto entidade fiscal e reguladora), sindicatos e diversas outras pessoas ou entidades que se

relacionam com a empresa.

Page 16: plano negocios de calçados

16

atividades com até 2 (dois) anos de existência, 56,4% com até 3 (três) anos e 59,9% não

sobrevivem além dos 4 (quatro) anos. Já no ano de 2008, em nova pesquisa realizada pela mesma

empresa foi divulgado que em 2007 quatro entre cem negócios iniciados haviam fechado.

A abertura de um negócio não se baseia em simplesmente levantar as portas e agir, esse

processo consiste em um planejamento prévio e detalhado que exponha os reais riscos, ameaças

externas e fatores que impliquem no desenvolvimento do projeto. O plano de negócios irá

orientar o empresário na criação de uma nova empresa, com a finalidade de achar a melhor forma

de alcançar os objetivos pretendidos.

Um plano de negócio é um documento que descreve por escrito os objetivos de um

negócio e quais passos devem ser dados para que esses objetivos sejam alcançados,

diminuindo os riscos e as incertezas. Um plano de negócio permite identificar e

restringir seus erros no papel, ao invés de cometê-los no mercado. (SEBRAE 2009)

Esse documento é uma análise detalhada que começa na definição dos produtos e serviços

que irá oferecer, seus clientes, concorrentes, fornecedores e, principalmente, sobre os pontos

fortes e fracos do seu negócio, identificando assim a viabilidade das ideias impostas.

No presente plano a empresa de bordados Cleverness, que estará alocada ao novo

empreendimento, é titulada de pequeno porte e encontra-se em meio à grande concorrência no

setor. Sendo a função da empresa apenas a prestação de serviços, estima-se a implantação da

confecção de calçados, acessórios e complementos de moda como meio de gerar outra fonte de

riqueza e criar uma marca própria, para posterior crescimento do empreendimento. Visto que

durante o curso de Moda a acadêmica teve preparação teórica e prática de como desenvolver

criações com restrições de acordo com a demanda do empreendimento.

Page 17: plano negocios de calçados

17

1.4 METODOLOGIA DA PESQUISA

A pesquisa atual se identifica como sendo de metodologia científica, pois visa obter novo

conhecimento em um cenário realista. O tipo de pesquisa utilizada foi a exploratória com base em

referências bibliográficas e documentais publicadas em livro e em artigos eletrônicos, pesquisas

em sites e análise do ambiente estrutural em estudo, na finalidade de fundamentar a

implementação de um novo empreendimento de calçados, acessórios e complementos de moda

feminina em um ambiente estrutural, já concretizado, de bordados industrializados. Assim foram

pesquisados os antecedentes dos produtos envolvidos e a atual situação em que o mercado

atuante se encontra, seguido pelas etapas que compõe a elaboração de um plano de negócios: a

análise dos principais concorrentes, a análise estratégica, a descrição da empresa, o plano de

operações, o plano de recursos humanos, as estratégias de marketing e o plano financeiro.

Os métodos utilizados se mostraram na introdução, desenvolvimento e conclusão do

presente trabalho, permitindo a concretização do mesmo.

Page 18: plano negocios de calçados

18

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

2.1 EMPREENDEDORISMO

Todo empreendedor começa a ter ideias ou pretendem montar um negócio próprio

geralmente quando está se sentindo infeliz no trabalho e quer abrir novos horizontes, partir pra

um negócio próprio. Entretanto “a imagem dos empreendedores como pioneiros arrojados talvez

seja excessivamente romântica” (DAFT, 1999). Futuros empreendedores, no começo, acham que

ter o próprio negócio é fácil e melhorará espontaneamente o cotidiano, mas abrir um negócio

requer bastante tempo e muita dedicação.

Empreendedor é aquele que constrói uma nova empresa assim que visualiza uma

oportunidade, levando em conta os fatores de produção e direcionando-os para a constituição de

novos produtos ou serviços. O administrador que aventura-se a melhorar uma organização,

introduzindo mudanças também pode ser considerado um exemplo do mesmo. (STONER e

FREEMAN, 1994 apud SOUZA).

Dornelas (2001) refere-se ao empreendedor como aquele que ao identificar uma

oportunidade assume os riscos e cria um negócio com a finalidade de obter lucro dele. Um

empreendedor tem como feitio, pelo menos as seguintes virtudes: iniciativa de criar um novo

negócio tendo paixão pelo fazer, usar os meios disponíveis através da criatividade fazendo a

diferença no circulo econômico e social em que se vive, e arcar com os riscos calculados

admitindo a probabilidade do fracasso.

O empreendedor como identificador de oportunidades, permanece em constante alerta nas

mudanças do mercado em foco. Segundo Schumpter (1949, apud DORNELAS) ele enfraquece a

ordem econômica vigente ao inovar na criação de produtos e serviços, formatos de organização

ou pela descoberta de recursos e materiais.

Segundo Souza (2010), o empreendedor ao buscar novos métodos, tecnologias e filosofias

torna o seu negócio frente ao mercado que está inserido, mostrando-se mais competitivo,

elevando a probabilidade de sucesso.

Dolabela (1999a, p.68) usa a definição de Filion (1991) para o termo empreendedor, por

ser simples e abrangente: “Um empreendedor é uma pessoa que imagina, desenvolve e realiza

visões”. Com base nessa definição, ele faz o seguinte comentário: “Um empreendedor é alguém

Page 19: plano negocios de calçados

19

que define por si mesmo o que vai fazer e em que contexto será feito. Ao definir o que vai fazer,

ele leva em conta seus sonhos desejos, preferências, o estilo de vida que quer ter”. Assim, o

empreendedor precisa ser uma pessoa muito dedicada, afinal seu trabalho foi escolhido a dedo,

pode ser confundido com o prazer, pois todo empreendedor procura escolher um negócio do qual

goste.

2.1.1 Influências e Motivação

Na maioria das vezes o individuo resolve virar um empreendedor pela vontade de ganhar

muito dinheiro, querer ser seu próprio patrão, colocar em prática suas ideias e seus projetos, o

desejo de desenvolver algo que traga bons resultados, e querer provar para si e para as outras

pessoas que tem a capacidade de realizar um empreendimento de sucesso.

Para cada um, os motivos são uma ponderação dos expostos, acrescidos de algumas

particularidades próprias. Mas é importante observar que, aparentemente, a maioria das

empresas de sucesso foi iniciada por homens ou mulheres motivados pela vontade de

ganhar muito dinheiro e, em alguns casos, pelo desejo de sair da rotina a que estavam

submetidos. (DEGEN, 1989, p.15).

2.1.2 Processo empreendedor

Dornelas (2005, p. 40) descreve o processo empreendedor como:

O processo empreendedor envolve todas as funções, atividades e ações associadas com a

criação de novas empresas. Em primeiro lugar, o empreendedorismo envolve o processo

de criação de algo novo, de valor. Em segundo, requer a devoção, o comprometimento

de tempo e o esforço necessário para fazer a empresa crescer. E em terceiro, que riscos

calculados sejam assumidos e decisões críticas tomadas; é preciso ousadia e ânimo

apesar de falhas e erros.

2.1.3 Características do empreendedor

Os empreendedores possuem características próprias, precisa ser uma pessoa dinâmica,

dedicada, criativa, com grandes expectativas de negócios. Chiavenato (2006, p.3) vai mais além,

dizendo que o empreendedor é a energia da economia. Para ele, o empreendedor não é apenas um

criador de novas empresas ou o gerenciador de novos negócios, “ele é a energia da economia, a

alavanca de recursos, o impulso de talentos, a dinâmica de ideias”. Além disso, destaca o autor:

“ele é quem fareja as oportunidades fortuitas, antes que outros aventureiros o façam”.

Page 20: plano negocios de calçados

20

Para concluir o empreendedor é uma pessoa que vê em uma grande oportunidade uma

forma de se dar bem profissionalmente, assumindo todos os riscos, se dedicando imensamente, e

dando oportunidades a outras pessoas a fazerem o que gostam.

2.2 PLANO DE NEGÓCIOS

O plano de negócios é a primeira incursão da empresa em planejamento estratégico e, ao

contrário do que muitos pensam, também pode ser feito por uma pequena empresa, podendo ser vital para esta, pois uma pequena empresa raramente dispõe de recursos

para se recuperar de eventuais erros. (...) Não é correto pensar que um plano de negócios

funciona somente para empresas novas. Tanto as empresas em atividade quanto as

empresas nascentes necessitam do plano de negócios. Com uma frequência cada vez

maior as empresas mais antigas sentem a necessidade de aplicar esse método. (BIAGIO;

BATOCCHIO, 2005, p.03)

O plano de negócios é um documento que serve para guiar o andamento de uma empresa

por um determinado tempo (SIEGEL et al., 1993, p. 18). Essa sequencia é um planejamento

prévio detalhado, que visualiza os possíveis obstáculos futuros e direciona o empreendimento

para a melhor solução a ser tomada, sendo essencial para o sucesso.

Mesmo assim somente esse projeto, não garante o sucesso de uma empresa, ou que ela

gere lucros, mas ajuda na preparação e na compreensão de todo o processo que deve ser seguido

para que a empresa não fique apenas no papel e não acabe nos primeiros meses de existência.

O empreendedor que prepara um plano de negócios vê-se obrigado a se concentrar nas

análises dos ambientes de negócio, nos objetivos a serem alcançados, na estrutura, na

organização, e em todos os recursos que são necessários para que o empreendimento não seja

apenas um sonho.

Sabedoria é a capacidade de prever as consequências, em longo prazo, das ações atuais, a disposição de sacrificar ganhos em curto prazo em favor de benefícios futuros, e a

habilidade de controlar o que é controlável e de não se afligir com o que não é. A

essência da sabedoria, portanto, é a preocupação com o futuro. (BERNARDI, 2006,

apud ACKOFF, 1979).

Bernardi (2007), afirma que o plano é importante, pois serve para abrir um novo

empreendimento, expandir o mesmo já existente, conseguir capital, realizar uma fusão, obter um

empreendimento ou estender a prováveis investidores e parceiros.

Segundo Berle e Kirschner (1995) além de ser primordial para se ter um empréstimo, o

empreendedor necessita do projeto escrito ao querer investir em um novo negócio, modificar ou

aumentar um antigo, ou até mesmo vendê-lo.

Page 21: plano negocios de calçados

21

2.2.1 Estrutura

Embora se encontrem variações estruturais, o contexto geral dos dados e das finalidades

da análise são comuns; o que pode mudar é a forma e a sequência. Os vários interessados

no plano de negócios estão focados primeiramente na lógica do modelo, na consistência, na viabilidade econômico-financeira, nos riscos e nas condições de sustentabilidade do

negócio, o que inclui questões sociais e ambientais.(BERNARDI, 2006)

De acordo com Dornelas (2000) a estrutura do plano de negócios é composta:

- Capa

Pode não parecer, mas a capa é uma das partes mais importantes do plano de negócios,

pois é na capa que se tem a primeira impressão, e é nela que se encontram os primeiros detalhes

do plano de negócios.

- Sumário

É onde devem estar os títulos de cada seção do plano, e as páginas na qual se encontram

cada informação.

- Sumário executivo

O sumário executivo é a parte principal do plano, pois é através da leitura deste que o

leitor decidirá se continua a leitura ou não. Portanto deve ser escrito com muita atenção, revisado

várias vezes, para que não se encontrem erros e para que o leitor não se canse e não desista da

leitura já no início. Deve ainda ser escrito para o público alvo no qual o plano de negócios deseja

atingir.

- Planejamento estratégico

É onde se define o rumo do negócio, a situação atual, as metas, os objetivos, bem como a

visão e a missão da empresa. É a base para o início do plano de negócios.

- Descrição da empresa

Nesta seção devem-se descrever a empresa em seus conceitos, seus gastos, receitas, seu

histórico, razão social, seus impostos, localização, fornecedores e clientes.

Page 22: plano negocios de calçados

22

- Produtos e serviços

É a seção onde se deve descrever que tipo de produtos e serviços sua empresa oferece,

qual seu ciclo de vida, como são produzidos, pesquisas, público alvo, principais clientes,

principais fornecedores.

- Plano de marketing

Como pretende vender seu produto, como conquistará seus clientes, como os manterá,

como aumentará sua carta de clientes, como desenvolverá os métodos para melhorar a

propaganda, como desenvolver os preços, como será a distribuição desses produtos e como será a

estratégia de promoções.

- Plano financeiro

A seção das finanças deve apresentar todos os gastos, lucros, receitas, tudo comprovado,

deve conter fluxo de caixa, balanço, ponto de equilíbrio, necessidade de investimentos, e os

retornos.

- Anexos

Deve conter todas as informações que forem relevantes para o melhor entendimento do

plano de negócios, não há um mínimo nem máximo de páginas, mas não se deve esquecer de

anexar os currículos dos sócios da empresa. Podem ainda ser anexas fotos dos produtos, fotos da

empresa, o contrato social, e documentos que forem considerados importantes.

Page 23: plano negocios de calçados

23

3 PLANO DE NEGÓCIOS PARA O EMPREENDIMENTO

DE CALÇADOS, ACESSÓRIOS E COMPLEMENTOS DE

MODA FEMININA

O atual capítulo tem como objetivo analisar os fatores externos que virão a afetar o

empreendimento, determinar o sumário executivo da empresa Joice Tanabe, fazer a análise do

mercado mundial, brasileiro e regional, a análise estratégica, realizar uma descrição da empresa,

criar um plano de operações, um plano de recursos humanos, constituir estratégias de marketing e

preparar um plano financeiro.

3.1 SUMÁRIO EXECUTIVO

O referente plano de negócios tem por objetivo expor uma estrutura, planejamento e

estudo da viabilidade econômica de uma indústria de calçados, acessórios e complementos de

moda. A empresa será alocada a uma indústria de bordados industrializados, pertencente à família

da autora, na cidade de Apucarana. Localizada no norte do estado do Paraná, a cidade se vê

próxima a grandes polos comerciais, como São Paulo e Rio de Janeiro, e visa utilizar desta

vantagem como estratégia de vendas.

O empreendimento tem por determinação oferecer calçados, acessórios e complementos

de moda feminina na proposta do slow fashion. De acordo com Rech et al (2010), este ramo da

indústria da moda tem como excelência oferecer produtos limitados que superem a qualidade

aliando-se à criatividade, tais prioridades têm como compromisso perdurar o uso dos produtos,

seja tanto pelo atributo quanto pela estética, sem prender-se as tendências estacionais da moda.

As etapas no processo produtivo decorrem da criação, modelagem, corte, design têxtil,

confecção, acabamento, empacotamento e transporte. Dentro da empresa será elaborado o design

de produto, o design têxtil de bordados, os moldes, o acabamento e empacotamento dos produtos,

já a parte da confecção, estamparia e transporte serão terceirizados.

Inicialmente, o empreendimento terá cinco funcionários. Sendo estes recrutados na

universidade de moda da cidade, os quais passarão por treinamentos para especializar a mão de

obra, pois o ensino universitário local não é voltado para o setor de calçados e acessórios. A área

Page 24: plano negocios de calçados

24

administrativa e financeira será integrada a estrutura já existente da empresa de bordados da

família da autora.

A fim de preparar o negócio para futuras variações do comércio, propõe-se fazer

projeções de vendas no cenário “realista”.

Em relação aos investimentos, a necessidade está na compra de computadores, programas

especializados, papelaria, tecidos, aviamentos, estratégias de marketing, reserva para gastos não

previstos e capital de giro. Já que o empreendimento utilizará a infra-estrutura da indústria

existente, os investimentos necessários serão relativamente baixos, se comparados à abertura de

um novo negócio.

3.2 ANTECEDENTE DA INDÚSTRIA DE CALÇADOS E ACESSÓRIOS

I. Bolsas

Segundo Franceschini (2006), os nômades da pré-história peregrinavam em busca de

sobrevivência, com a descoberta da pele para suprir carências de alimentos e proteção, acredita-se

que também a tenham utilizado para carregar e proteger suas caças, uma primeira espécie de

bolsa. Mas é na Bíblia Cristã, que aparece uma das primeiras citações sobre a existência de

acessórios de moda, isso ocorreu por volta de 750 a.C..

Naquele dia tirará o Senhor os seus enfeites: os anéis dos artelhos, as toucas, os colares

em forma de meia-lua, os brincos, os braceletes, os vestidos, os diademas, as cadeias dos

artelhos, os cintos, os amuletos, as caixinhas de perfumes, os mantos, os xales, as bolsas,

os espelhos as capinhas de linho e as tiaras. (ISAÍAS, cap. 3, p.16)

No inicio da Idade Média, as bolsas ganharam destaque junto ao vestuário e ornamentos.

Começaram a ser feitas com peles e tecidos, ornadas com franjas, pingentes, bordadas em fios de

ouro, prata ou pedrarias. Assim, as bolsas foram evoluindo ao longo dos tempos com nomes,

utilidades, tecidos e ornamentos variados. Os ornamentos podiam ser com ouro, pedrarias,

pérolas, bordados, rendas, fios de seda, cetim, couro, ráfia e madrepérola. O uso evoluiu passando

por bolsas de alimentos, de carregar rapé, remédios, chaves, escovas de cabelo, dinheiro

(esmolas), leques, garrafas de bebida, documentos, bolsas de relicários, bolsas de viagem, bolsas

retícule (usavam tecido que estavam em voga), bolsas de presente em formato de concha com

escritas sentimentais, bolsa chateleine (pequena bolsa suspensa por correntes, presa a cintura para

Page 25: plano negocios de calçados

25

manter as mãos livres), bolsas de malha de metal, bolsas de compra, muitos outros nomes

(FRANCESCHINI, 2006).

O avanço da industrialização, percorrido durante o século XIX, trouxe a facilidade na

locomoção mundial e o crescente aumento das exportações, acarretaram em uma grande

quantidade de novas e atraentes bolsas que passaram a ser comercializadas por todas as partes do

mundo. Durante o século XVI corporações especializadas na confecção de bolsas começaram a

aparecer por toda a Europa, devido ao aumento de procura. No século XX esse acessório tornou-

se indispensável ao mundo fashion, com constantes modelos diferentes surgindo a cada estação,

elas passaram a ser desenhadas para ocasiões especiais e para específicas horas do dia.

(FRANCESCHINI 2006)

Ao longo dos tempos, as bolsas foram ocupando mais espaço no comércio de acessórios e

dobrando seu tamanho e valor econômico. Se antes eram apenas usadas para carregar dinheiro,

atualmente, já chegam a valer bem mais do que se tem na carteira. Assim a partir do século XX

surge o início da era das It Bags: ícones de estilo e alvo frequente de cópias (JEDYN 2011). As

mais icônicas até hoje são: a bolsa Jackie da Gucci (referente a Jacqueline Kennedy), Birkin da

Hermès (em homenagem a Jane Birkin), 2.55 da Chanel (inovação por ser prática e funcional),

Lady Dior da Dior (referência a Lady Diana) e a Speedy da Louis Vuitton (sendo a mais vendida

a Speedy 25 nascida de uma encomenda da atriz Audrey Hepburn, em 1965). (LOBO, 2009)

II. Calçados

Segundo O´Keeffe (apud PULS, 2003, p.38), a sandália foi o primeiro calçado feito pelo

homem, confeccionada a partir de peles de animais enroladas em volta dos pés, este ato envolvia

destreza em sua construção. McDowell (apud FERREIRA, 2010, p.84) confirma em pesquisas

que o surgimento dos sapatos deram-se no fim do período paleolítico, de 12.00 a 15.00 A.C.,

sendo que pinturas em cavernas da Espanha e França apresentam uma espécie de bota primitiva

de pele e modelos de sandálias. Os padrões primitivos perduraram durante um longo período,

mas foi no século IV que começou uma produção de variações decorativas de calçados em

Page 26: plano negocios de calçados

26

diferentes partes do Mediterrâneo. Como exemplo podemos citar o Zori2, que foi o primeiro

modelo de chinelo japonês e é lembrado e usado até o hoje.

No fim do século XIX, com a mecanização do trabalho, o sapateiro começava a perder

seu domínio, pois antes a produção do calçado era feito somente por ele sendo responsável por

todas as fases do processo. Assim o calçado como um produto de várias operações foi inevitável

não segmentá-las e distribuí-las a setores diferentes. Assim, formaram-se pequenas oficinas e as

etapas passaram a ser executadas separadamente, quebrando a relação do artesão com o produto

(MOTTA apud NICOLAU, 2006, p.20).

A indústria mundial de calçados, desde meados dos anos 1980, vem promovendo uma

reestruturação industrial nos processos de produção e organização do trabalho. Uma das

tendências é a produção em dois ou mais países para redução de custos. Algumas partes do

calçados são confeccionados em países com baixo custo de fabricação e a montagem em países

com custo de fabricação mais caro e nível tecnológico melhor (CORRÊA et. al, 2001).

III. Cintos

No livro de James Laver (1989), observa-se a imagem de duas estátuas datada do terceiro

milênio a.C., uma delas é o deus Abu, da Suméria, que utiliza um cinto para sustentar a saia. Não

é mencionado o surgimento dos cintos no livro, porém em várias imagens pode ser visto a

utilização dos mesmos ao longo dos anos. Através das imagens mostradas por Laver, nota-se não

apenas a função utilitária, como no caso dos soldados gregos, mas também se observa a função

estética, percebidas nos homens e mulheres cretenses de 1550-1450 a.C., que usavam cintos

rígidos desde a infância para apresentar uma cintura extremamente fina. Seguindo a trajetória do

livro, em 481-752 na França foram encontrados túmulos de invasores francos que usavam o cinto

na gonelle, que era uma túnica na altura dos joelhos. Já com a rainha merovíngia Arnegonde

(550-70) foi achado um cinto largo que era utilizado sobre a túnica do chemise.

Segundo imagens do livro de François Boucher (2001) os cintos eram feitos de tecidos,

franjas, cordas, correntes e o próprio couro como é comumente visto. Nos dias atuais, novos

2 Produto de inspiração das sandálias da marca Havaianas.

Page 27: plano negocios de calçados

27

materiais alternativos são inseridos no mercado, através de feiras nacionais e internacionais.

Muitas dessas feiras apresentam variações do couro, com diferenciais na textura imitando as

peles de animais como o avestruz, tilápia, leopardo e cobras. Também podem ser observadas

alternativas de materiais em couro sintético, lona e outros tecidos. O desenvolvimento desse setor

tem se enfatizado em tecnologias de sustentabilidade, que geraram o couro vegetal e a sarja

reciclada.

As renovações no mercado são acompanhadas pela multiplicidade de identidades nas

personalidades dos indivíduos, sendo as identidades formadas pelo nosso íntimo aliado ao meio

em que se vive (HALL apud RECH et al., 2010). Assim um novo consumidor consciente e de

intelecto global foi criado, e tem sido alvo de várias marcas. Esses novos empreendimentos

oferecem produtos associados à responsabilidade social, devido às exigências em que o mundo se

vê acompanhado.

3.3 ANÁLISE DE MERCADO

A seguinte análise tem o propósito de fazer um estudo do panorama englobado pelo setor

de calçados, acessórios e complementos de moda.

3.3.1 Caracterização do mercado mundial

Segundo Guidolin et al. (2010) nos anos 1970 muitos países desenvolvidos passaram a

reduzir sua participação na produção e exportação de calçados para o mundo, devido às

diferenças no custo da mão-de-obra. Esse espaço criou oportunidade para que países em

desenvolvimento se destacassem. Porém a China foi além e passou a representar 60% da

produção global em 2000 (Tabela 1).

Page 28: plano negocios de calçados

28

Tabela 1 - Evolução da produção internacional de calçados de 2000 a 2007

A ascensão da China na fabricação de produtos do setor de moda, fez com que as

empresas que terceirizam esse trabalho, perdessem o domínio total sobre seus segredos artesanais

na confecção do produto, o que é um diferencial de qualidade que eleva o custo. Assim esse país

asiático aliou sua produtividade com a qualidade adquirida e criou um produto de concorrência

muito similar aos originais.

A Câmara de Comércio Internacional estima que o valor dos produtos falsificados e

pirateados em todo o mundo atinge cerca de US$ 600 bilhões, e sua projeção é que esse número

dobre até 2015. Sendo dois terços dos bens falsificados apreendidos por agentes americanos no

ano passado procedem da China, que tem um contingente considerável de mão de obra altamente

qualificada e é, cada vez mais, o país onde se fabricam bens de luxo legítimos (HOLMES, 2011).

Não só nos Estados Unidos, mas como em todo o mundo esses dados se tornam vigentes e cada

vez mais consumidores são vitimas dessas fraudes.

Page 29: plano negocios de calçados

29

O Brasil com o incentivo de adentrar e melhorar sua competição com outros países tem

criado meios de se desenvolver perante o panorama mundial, como exemplo há o Brazilian

Footwear é um programa de promoção internacional do calçado brasileiro, tem como objetivo

incluir a participação de empresas do setor em eventos internacionais, assim com feiras e

showrooms, com a missão de buscar novos mercados além de promover a vinda de compradores

e formadores de opinião, e muitas outras ações. Esse plano é administrado pela Abicalçados em

parceria com a Apex-Brasil (ABICAÇADOS; APEX-BRASIL. 2011). Estratégias como essas

estão sendo utilizadas por diversos setores como forma de inclusão no mercado externo.

O Brasil possui a sétima economia mundial, e sobressai na indústria de calçados com

produção de 12.340,4 milhões de dólares obtendo um crescimento de 9,9% relativo ao ano de

2009. O volume de exportações recentemente foi de 143 milhões de pares, sendo 29 destes

destinados apenas aos Estados Unidos. As importações na maioria oriundas da Ásia alcançaram

os US$304,6 milhões, tendo a China com 9,4 milhões em números de pares e o Vietnã com

US$128,600,000,00. (ABICAÇADOS; APEX-BRASI, 2011)

Figura 2 - Exportações de calçados por destino 2010

Page 30: plano negocios de calçados

30

Figura 3 - Importações de calçados por origem

O couro é predominantemente visto como matéria prima das bolsas, cintos e sapatos

desde os tempos mais remotos. Porém o desenvolvimento da indústria petroquímica e o

surgimento de materiais sintéticos criaram ao mercado uma nova variedade de materiais que se

atualizam em feiras internacionais que ocorrem ao longo do ano. A missão destas é a

apresentação de novas opções de material com qualidades específicas para cada uso e texturas

variadas com a intenção de suprir as exigências dos mais novos tipos de consumidores. Não

esquecendo os maquinários de ponta, que fazem com que a concorrência possa ser comparada em

tecnologia com países mais desenvolvidos e abra espaço para constantes inovações no produto

final.

As feiras são lançadoras de tendências no mundo da moda, não só no setor do vestuário,

mas como também no de calçados, acessórios e complementos de moda. Uma das mais

importantes da Europa ocorre em Düsseldorf na Alemanha, a GDS que apresenta novidades e o

que estará em evidência nas próximas estações na área de calçados, trazendo compradores

principalmente da Europa Central e do Norte, além de profissionais do Oriente Médio. Já na

China, acontece a International Clothing & Acessories Fair (CHIC) a feira esta em sua 20ª

edição, sendo uma das principais exposições de moda da Ásia e chegam a receber por volta de

100 mil profissionais para conhecer os produtos de mais de mil marcas.

Page 31: plano negocios de calçados

31

O Brasil já participa dessas duas feiras com estimativas positivas, pois a Alemanha

comprou 1,6 milhão de pares do Brasil em 2011, equivalente a US$ 25 milhões e até agora em

janeiro de 2012, importaram 439,9 mil pares brasileiros, que geraram US$ 4,4 milhões. E a

Rússia negociou US$ 25,4 milhões (1,4 milhão de pares) durante 2011. Em neste janeiro

comprou 365,8 mil pares brasileiros (US$ 5,7 milhões). (ABICAÇADOS, 2012)

3.3.2 Caracterização do mercado brasileiro

Três fatores deram início à entrada dos produtos asiáticos no Brasil, são eles: o processo

de abertura comercial, o inicio da estabilização econômica e a valorização da moeda nacional.

Essas medidas acarretaram no aumento da concorrência externa e interna, fazendo com que as

empresas diminuíssem os custos na produção e elevasse sua participação no mercado estrangeiro.

(FRANCISCHINI e AZEVEDO apud TRICHES et al. 2008)

A abertura econômica para as importações da China é um dos maiores problemas

enfrentado pelo mercado brasileiro atualmente. Segundo o jornal Valor Econômico (2012), o

governo brasileiro pediu ao vice primeiro ministro chinês Wang Qishang, em recente vista ao

país, a criação de mecanismos de "restrição voluntária" de exportações por parte de empresas

chinesas de têxteis, confecções, calçados e eletroeletrônicos, a medida seria uma forma de não

abrir salvaguardas (barreiras temporárias à importação) aos produtos.

Medidas como a anunciada pelo Brasil sobre o aumento do IPI (Imposto sobre Produtos

Industrializado) para carros importados foi a abertura para que outros setores se revelem. As

propostas pedem por outras medidas compensatórias, como desoneração para os fabricantes

nacionais, aumento do Imposto de Importação ou aplicação de tarifas antidumping, afirma

Faccchini. Providências como essas ajudam o mercado interno a ter condições de concorrer com

os preços baixos vindo do exterior. De acordo com Carlos Ajita, presidente da Associação

Brasileira de Lojistas de Artefatos e Calçados, o IPI elevado gera dificuldades de comercialização

de cintos, carteiras e bolsas, pois representam cerca de 20% do faturamento do varejo e estão

sujeitos à alíquota de 10%, ao contrário do calçado e do vestuário, que são isentos de IPI

(COUROMODA, 2012).

Page 32: plano negocios de calçados

32

As baixas tarifas alfandegárias cobradas pelo governo e a falta de patrulhamento dos

postos de fiscalização da Receita Federal, muitos produtos ilegais acabam entrando no Brasil e

por consequência afetam o mercado interno. Assim de acordo com Guidolin et al. (2010) a partir

dos anos 1990 o governo lançou atrativos industriais para a região nordeste, com o baixo custo da

mão de obra, incentivos fiscais promovidos pelos governos locais e a posição regional favorável

em relação aos maiores mercados consumidores de importação brasileira, como a Europa e os

Estados Unidos.

A produção brasileira de calçados teve seu máximo em 2004, quando começou a baixar

em decorrência da exacerbada concorrência internacional, dominado pela China, e da política

econômica de valorização do real. Como estratégias empresas exportadoras adoraram três

medidas importantes: procurar novos mercados, redirecionar as vendas para o mercado interno

e/ou investir em marcas próprias em novos canais de comercialização e em estilo e design,

fazendo produtos diferenciados e com maior valor agregado (CAMPOS, 2010).

De acordo com publicação do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE 2012)

as atividades do varejo de tecidos, vestuário e calçados apresentou taxa de variação de 3,1% com

relação ao mesmo mês de janeiro do ano anterior e variação de 3,2% para os últimos 12 meses. O

resultado abaixo da média pode ser explicado pelo aumento de preços do setor, devido variação

no vestuário de 8,2% e a inflação de 6,2% nos últimos 12 meses.

Page 33: plano negocios de calçados

33

Tabela 2 - Indicador de volume de vendas do comércio varejista 2012

Eventos para a promoção das vendas acontecem ao longo do ano todo no Brasil, com o

objetivo de apresentar tendências e abrir possibilidades de entrada no mercado internacional

ocorrem feiras como a SICC (Salão Internacional do Couro e do Calçado) em Gramado-RS, a

Francal e a Couromoda em São Paulo. Essas feiras abrangem todo o público que se interessa pelo

assunto, como comerciante, varejistas, produtores, empresários e consumidores.

Dentre os maiores acontecimentos na área, destacam-se a preocupação com

sustentabilidade, que é usada como argumento para atrair o consumidor: No caso do Grupo Kidy,

quem comprar o tênis da linha Ecokidy poderá devolver o produto quando não servir mais e

ganhar um vale de R$ 10 para comprar um novo da mesma linha. Os tênis devolvidos serão

reciclados e utilizados para fabricar novos itens da linha (GUIMARÃES, 2012). A busca de

novidades no setor acompanha a moda e as preocupações ambientais exigidas pelo mercado.

No ano passado a Sapatoterapia lançou o primeiro calçado biodegradável com certificado

no mundo, feito com materiais reciclados. O solado é feito de borracha natural, a cola usada é à

base de água, o couro é natural livre de cromo e não agride o meio ambiente, o forro é de fibra de

Page 34: plano negocios de calçados

34

bambu e o atacador é de algodão. Apenas a linha usada para costurar é composta de poliéster para

dar a sustentação ao produto (COUROMODA, 2012).

Tecnologias como as desenvolvidas na área têxtil podem ser grandes aliadas no

desenvolvimento do setor de acessórios de moda. Segundo o jornal Hoje (2011) muitos estilistas

estão se voltando para os tecidos do futuro, com novas tecnologias. A estilista britânica Amy

Winter cria em seu ateliê roupas que interagem com o meio ambiente, visto em roupas que

mudam de cor quando em contato com o sol ou com a água, e até mesmo que pisquem luzes ao

sentirem a vibração sonora. Já a universidade de Saint Martins oferece mestrados com incentivo à

criação de novos tecidos tecnológicos, uma das professoras esta tentando criar algas que imitem a

renda. O G1 (2012) destaca a estilista Helen Storei que inventou um jeans que purifica o ar

quando se movimenta, esta tecnologia se baseia no dióxido de carbono, e segundo Helen essa

moda chamada de altruísta não faz efeito com apenas uma pessoa usando, mas causa um grande

impacto se muitos a usarem.

Questões ligadas ao desenvolvimento sustentável estão sendo debatidas de forma

frequente em praticamente todos os setores da economia mundial e, na cadeia de calçados,

acessórios e complementos de moda não tem sido diferente.

Diante do contexto ambiental atual a maioria dos países tem implementado rígidas

legislações que visam aumentar a necessidade de avanços contínuos nos padrões de qualidade,

com a otimização de insumos utilizados. A BM & FBOVESPA, juntamente com várias

instituições – ABRAPP, ANBIMA, APIMEC, IBGC, IFC, Instituto ETHOS e Ministério do

Meio Ambiente – decidiram unir-se para criar um índice de ações que seja um referencial para os

investimentos socialmente responsáveis, o ISE - Índice de Sustentabilidade Empresarial . Tendo

por objetivo, refletir o retorno de uma carteira composta por ações de empresas com reconhecido

comprometimento com a responsabilidade social e a sustentabilidade empresarial, e também

atuar como promotor das boas práticas no meio empresarial brasileiro.

Segundo Costa e Rocha (2009), propõe-se que países menos desenvolvidos como o Brasil,

a inovação difere dos países desenvolvidos, pois se desenvolve de maneira cumulativa e gradual,

com a natureza incremental e fortemente relacionada ao aprendizado organizacional interativo.

Buscando adotar tais medidas, muitas empresas estão surgindo ou se adequando a essa

nova tendência, pois um novo consumidor com pensamento consciente e global foi criado, à

procura de produtos que oferecem conceitos locais e englobem a responsabilidade social.

Page 35: plano negocios de calçados

35

Ações como das estilistas inglesas Annie Sherburne, que recicla 50% das coleções

passadas para criar outras novas, e da designer Stella McCartney, que combate o uso de pele e

couro, no Brasil marcas como a Osklen, que aliam a busca de novos materiais ao design evitando

agressões ao ambiente, tem sido o caminho usado pela moda para um bom relacionamento com o

mundo.

3.3.3 Caracterização do mercado regional

Dentro do mercado interno o governo permanece em constante conflito com a entrada

ilegal de produtos oriundos de países asiáticos, assim tem se criado medidas que dificultem esse

processo. Recentemente a Receita Federal apreendeu no porto de Paranaguá/PR apreendeu 2.292

malas falsificadas importadas. Procedentes da China as mercadorias tinham como destino a

cidade de Curitiba. O contêiner foi selecionado para vistoria por meio de análise risco -

procedimento que monitora cargas a partir de dados internos do fisco, antes mesmo da chegada

em território nacional.

Outra providência foi o resultado do convênio entre a Secretaria da Receita Federal do

Brasil e a Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados), fiscais da Receita

Federal da aduana de Santos/SP receberam treinamento para identificarem calçados importados

de forma irregular. O intuito é preparar auditores fiscais da aduana para que possam reconhecer e

identificar fraudes comuns nas importações de calçados procedentes, principalmente, de países

asiáticos.

A entrada de produtos como esses causam um prejuízo gigantesco às indústrias de vários

setores, diminuindo suas vendas e fazendo com que o país além de não arrecadarem impostos

ofereça produtos de péssima qualidade ao consumidor. De acordo com BNDES (2006) empresas

brasileiras começam a se aliar a China para valer-se dos preços mais competitivos nos calçados

através da importação de seus produtos ou terceirizando a produção de calçados. Mencionando

também que muitos técnicos brasileiros se mudaram para o país, devido aos salários que são

recebidos em dólares além de serem três vezes mais altos do que no Brasil.

O Brasil é segmentado em dois padrões de organização das atividades produtivas do setor

de calçados. O primeiro tem como alicerce as redes locais de produção, constituída

Page 36: plano negocios de calçados

36

principalmente por pequenas e médias empresas. Assim revelam-se a região do Vale dos Sinos no

Rio Grande do Sul, especializada em calçados femininos, o polo de Franca em São Paulo, que se

destaca em calçados masculinos, e as cidades de Birigui e Jaú, no interior de São Paulo,

revelando-se em, respectivamente, na produção de calçados infantis e femininos. O segundo

modelo de organização foi estabelecido no Nordeste por empresas de grande porte que buscavam

mão de obra barata, economias de escala (baixos custos de produção e incremento de bens e

serviços) e incentivos fiscais para disputar a concorrência internacional.

Já em relação a vendas regionais a tabela a seguir apresenta os resultados por estado,

referentes ao volume de vendas relativas a janeiro de 2011 /2012. O Paraná mostrou-se em quarto

lugar com a taxa de 17,1% de aumento.

Figura 4 - Taxa de variação do volume de vendas do varejo por UF 2012

Fonte: IBGE, 2012

Page 37: plano negocios de calçados

37

3.4 ANÁLISE DA CONCORRÊNCIA

Os concorrentes analisados são empresas que atuam na confecção e venda de calçados,

acessórios e complementos de moda. São empresas de patamar elevado e que o futuro

empreendimento visa se igualar. Os produtos envolvidos no segmento em questão serão: bolsas,

cintos e sapatos. A análise será realizada de acordo com informações nos respectivos sites das

empresas citadas.

Alexandre Birman

Figura 5 - Logomarca da empresa Alexandre Birman

Fonte: http://alexandrebirman.com.br

Quadro 1 - Pontos fortes e fracos da marca Alexandre Birman

PONTOS FORTES PONTOS FRACOS

PRAÇA

Localização Loja principal em São Paulo

No site não informa o local da

fábrica, porém sendo parte do

grupo Arezzo deduz-se que fique no Vale dos Sinos-RS

Locais de Atuação

Lojas própria em São Paulo e

de revendas em PR, SP, RJ,

MG, DF, GO, CE, EUA, Canadá, Itália,Reino Unido,

França, Rússia, Turquia,

Emirados Árabes, China e

Japão

Tempo de Existência 5 anos – desde 2008 A marca mais recente do grupo

PRODUTO

Variedade

Variedade de calçados,

trabalhando também com a

personalização

Trabalha apenas com calçados

Qualidade

Modelos de luxo, com matérias-primas importadas

sendo produzidos

artesanalmente

Valor agregado no preço do

produto final

Diferenciação Possui lojas conceito e o Não agrega nenhum valor

Page 38: plano negocios de calçados

38

produto pode ser

personalizado, É vendidos nas

melhores lojas de multimarcas de luxo, como Neiman

Marcus, Bergdorf Goodman e

Sak’s em NY, Printemps em

Paris, Brow’s em Londres, Harvey Nichols em Hong

Kong entre outras, citado em

revistas de moda (Vogue, Harpers Bazaar, Elle e In

Style). Conceituadas e usado

por celebridades

internacionais como Demi Moore, Kate Hudson, Jessica

Alba, Courtney Cox e

Leighton Meester, sendo citado por esta mo seriado

Gossip Girls

sustentável ou ecológico

PROMOÇÃO

Informação sobre os produtos

Fotos do produto em algumas

posições, zoom, nome, referência e descrição do

material utilizado

Não informa preço e cores

disponíveis, o zoom não é

detalhado

Formas de Venda Lojas e representantes

comerciais Apenas em lojas

Canal de Informações

Facebook, twitter, e-mail,

telefone, revistas,

celebridades

Site

Site interativo com vídeo sobre o processo artesanal da

produção, e de ótima

visualização

Precário em informações

detalhadas sobre os produtos

Sistema de Atendimento

ao Consumidor

Através do link contato no

site

Não possui outros meios, como

telefone

PREÇO

Preço Adequado ao mercado da

classe A e B

Disponível para poucos, não

atinge outras classes sociais

Condições de Pagamento De acordo com cada loja (cheques, cartões, etc.)

Fonte: Elaborada pela autora, 2012

Arezzo

Figura 6 - Logomarca da empresa Arezzo

Fonte: http://www.arezzo.com.br

Page 39: plano negocios de calçados

39

Quadro2 - Pontos fortes e fracos da marca Arezzo

PONTOS FORTES PONTOS FRACOS

PRAÇA

Localização

Fabricação no polo calçadista

do vale do Sinos, Rio Grande do Sul, e operações comerciais

centralizadas em São Paulo

Locais de Atuação

Em todos os estados

brasileiros, com 308 lojas, no exterior na Bolívia, Paraguai,

Portugal e Venezuela, além de

diversos outros países através do canal multimarca

Tempo de Existência 40 anos – desde 1972

PRODUTO

Variedade

9 coleções ao ano com variedade de calçados, bolsas e

acessórios (batom, bijuterias,

cachecóis, carteiras, chapéus, cintos, echarpes, esmaltes,

luvas, óculos)

Qualidade Boa qualidade industrializada

Diferenciação Conceito fast fashion Não agrega nenhum valor

sustentável ou ecológico

PROMOÇÃO

Informação sobre os

produtos

Fotos de varias posições com zoom, preço, referência,

composição e dimensão dos

materiais, tamanho do salto,

disponibilidade de cores e de onde encontrar

Dimensão dos materiais não se aplica a acessórios como os

cintos e luvas

Formas de Venda Somente através de lojas

franqueadas ou multimarcas

Canal de Informações Revistas em geral, facebook, twitter, orkut, sites, you tube

Site

Site interativo com imagens

animadas e vídeo da nova

campanha e do making of, sendo de boa comunicação

visual

Sistema de Atendimento ao Consumidor

Envio de e-mail através do site

Não possui a opção

reclamações ou sugestões, e não possui outros meios, como

telefone

PREÇO

Preço Adequado ao mercado da

classe A e B

Condições de

Pagamento

De acordo com cada loja

(cheques, cartões, etc.)

Fonte: Elaborada pela autora, 2012

Page 40: plano negocios de calçados

40

Capodarte

Figura 7 - Logomarca da empresa Capodarte

Fonte: http://www.capodarte.com.br

Quadro 3 - Pontos fortes e fracos da marca Capodarte

PONTOS FORTES PONTOS FRACOS

PRAÇA

Localização Sapiranga - RS

Locais de Atuação

Atuante no Brasil em 18

estados, e no exterior na Costa Rica e Líbano

Tempo de Existência Primeira loja em 1991- 21

anos Não especificado diretamente

PRODUTO

Variedade Sapatos, bolsas, cintos e

pulseiras

Qualidade Design sofisticado e com

toques artesanais

Diferenciação

Produtos exclusivos e repletos de detalhes diferenciados.

Lojas com espaços

diferenciados que refletem o estilo da marca

PROMOÇÃO

Informação sobre os

produtos

Fotos de varias posições, e

zoom, preço, número de

parcelas, disponibilidade de cores, tamanho, detalhes do

produto com: referência,

composição e dimensão dos

materiais, como podem ser usada, e serviços com

informações de atendimento,

frete e devolução

Formas de Venda Para lojas franqueadas e pelo

site

O site não informa a venda em lojas de multimarcas, porém a

autora já observou a marca em

diversas lojas

Canal de Informações Facebook e twitter

Site

Site interativo com animação de fotos e vídeos de making of

da coleção atual possui ótima

visualização e bem instruído

Page 41: plano negocios de calçados

41

Sistema de Atendimento

ao Consumidor

Em cada produto visualizado,

através de telefone

PREÇO

Preço Compatível com o mercado

atuante, da classe A e B

Condições de Pagamento Cartões de crédito e boleto

bancário Sujeito a hackers

Fonte: Elaborada pela autora, 2012

Carmen Steffens

Figura 7 - Logomarca da empresa Carmen Steffens Fonte: http://www.carmensteffens.com.br

Quadro 4 - Pontos fortes e fracos da marca Carmen Steffens

PONTOS FORTES PONTOS FRACOS

PRAÇA

Localização Franca, São Paulo

Locais de Atuação

215 lojas no Brasil e 35 no exterior (Argentina, Estados

Unidos, França, Austrália e

Espanha),

Tempo de Existência 19 anos – desde 1993

PRODUTO

Variedade

11 coleções anuais com

grande variedade feminina de

calçados, bolsas, carteiras,

nécessaires, porta cartões, capas para celular e tablet,

cintos, pulseiras, braceletes,

jaquetas de couro. Também possui a linha masculina

Raphael Steffens com

calçados, capas para tablet, bolsas e carteiras, além da

linha CS teen para garotas

Qualidade Alta qualidade industrial Não menciona o uso de

processos artesanais

Diferenciação

Possui lojas conceito e oferece produtos com design

sofisticado, desenvolvidos

dentro das ultimas tendências de moda, elaborados com

couro diferenciado sendo de

Page 42: plano negocios de calçados

42

alta qualidade e confortáveis,

controle de vendas limitado

por cidade

PROMOÇÃO

Informação sobre os

produtos

Fotos de varias posições, e zoom, preço, referência,

tamanho, composição e

dimensão dos materiais, disponibilidade de cores,

situação do dia em que pode

ser usada, descrição do perfil

da pessoa que usaria, como é usada (ombro, transversal,

etc.) e atendimento para

maiores informações

Sem fotos do interior da bolsa

Formas de Venda Exclusivamente para lojas franqueadas e licenciadas e

pelo site

Canal de Informações Facebook, twitter, blog,

vimeo, you tube, webstagram

Site

Site interativo com animação

de fotos e vídeos de making of

da coleção atual, possui ótima

visualização e bem instruído

Sistema de Atendimento ao Consumidor

Em cada produto visualizado,

através de telefone ou

atendimento online

PREÇO

Preço Compatível com o mercado

atuante, da classe A e B Alto valor devido ao controle de vendas limitado por cidade

Condições de Pagamento

Cartões de crédito,

transferência bancária e

boleto bancário

Sujeito a hackers

Fonte: Elaborada pela autora, 2012

Jorge Bischoff

Figura 8 - Logomarca da empresa Jorge Bischoff

Fonte: http://jorgebischoff.com.br

Quadro 5 - Pontos fortes e fracos da marca Jorge Bischoff

PONTOS FORTES PONTOS FRACOS

PRAÇA Localização

Não informado no site. Pelo fato do estilista ser o mesmo da

marca Loucos e Santos

acredita-se que a fábrica fique

Page 43: plano negocios de calçados

43

na cidade de Igrejinha - Rs

Locais de Atuação 800 pontos de venda no país e

30 no exterior

Tempo de Existência

Não informa, apenas diz que o

sistema de franquias iniciou-se

em 2008

PRODUTO

Variedade Sapatos, bolsas, carteiras,

cintos, chaveiros, braceletes

Qualidade Valoriza a moda, design,

inovação, conforto e qualidade

Diferenciação Luxo e sofisticação

PROMOÇÃO

Informação sobre os

produtos

Foto, preço, referência,

composição de materiais,

tamanho do salto e dos cintos e disponibilidade de cores

Fotos sem zoom e sem mostrar

detalhes de outras posições do

produto, e nas bolsas não mostra o interior

Formas de Venda Franquias, lojas multimarcas

e pelo site

Canal de Informações E-mail, facebook, twitter,

blog e you tube

Site

Site interativo com animação

de fotos dos destaques do site

e vídeo de making of da coleção atual, possui boa

visualização

Confuso, poluído e com poucas

informações

Sistema de Atendimento ao Consumidor

Através do site pelo link fale conosco

Não possui outros meios, como telefone

PREÇO

Preço Compatível com o mercado

da classe A e B

Necessita investir mais em

marketing para manter o valor

Condições de Pagamento Cartões de crédito e boleto

bancário Sujeito a hackers

Fonte: Elaborada pela autora, 2012

Legaspi

Figura 9 - Logomarca da empresa Legaspi

Fonte: http://www.legaspi.com.br

Page 44: plano negocios de calçados

44

Quadro 6 - Pontos fortes e fracos da marca Legaspi

PONTOS FORTES PONTOS FRACOS

PRAÇA

Localização Não informado pelo site

Locais de Atuação Principais boutiques do país Não informa cidades de

atuação pelo site

Tempo de Existência

Informa que são mais de 15 anos de sucesso, mas não diz

exatamente quando a empresa

foi criada

PRODUTO

Variedade Bolsas e recentemente

calçados Indústrias desse setor possuem

mais variedade de produtos

Qualidade Alta qualidade e processos

artesanais

Alta qualidade suspeita em

uma compra realizada pela

mãe da autora, após reenvio do produto para avaliação da

fábrica foi devolvido o mesmo

produto “concertado”, empresas que trabalham com

valores tão elevados e que

prezam pela qualidade

oferecida deveriam enviar um produto novo a consumidora,

que no caso teve que reenviar

várias outras vezes ocasionando na devolução do

produto

Diferenciação

Não trabalha com o sistema de

coleções, design inconfundível e sofisticado,

cores vibrantes, materiais

exclusivos, alta tecnologia e trabalho artesanal

PROMOÇÃO

Informação sobre os produtos

Fotos de varias posições, do

interior da bolsa e zoom,

preço, referência, tamanho, composição de materiais,

dimensões do produto,

disponibilidade de cores. Em

alguns produtos, como os sapatos, tem uma observação

sobre o salto

Na loja online informa se for o ultimo produto do estoque.

Formas de Venda Lojas multimarcas e pelo site Não informa onde encontrar

Canal de Informações Facebook, twitter, blog e

revistas Poucos canais utilizados

Site

De boa visualização e possui

aviso sobre a variação de cor

das fotos com o produto real

Poucas informações e apenas

algumas fotos da nova coleção,

sem making of

Sistema de Atendimento

ao Consumidor Através do link fale conosco

Não possui outros meios, como

telefone

Page 45: plano negocios de calçados

45

PREÇO

Preço Compatível com o mercado da

classe A e B

Necessita investir mais em

marketing para manter o valor

Condições de Pagamento

Cartões de créditos, depósito

online, e boleto bancário, segurados pelo PagSeguro.

Possui desconto na forma de

pagamento por boleto

Sujeito a hackers

Fonte: Elaborada pela autora, 2012

Loucos e Santos

Figura 10- Logomarca da empresa Loucos&Santos Fonte: http://www.loucosesantos.com.br

Quadro 7 - Pontos fortes e fracos da marca Loucos&Santos

PONTOS FORTES PONTOS FRACOS

PRAÇA

Localização

Não informado, no fim da página do site e no link

contato possui um telefone e

endereço da cidade de Igrejinha, no Rio Grande do

Sul

Locais de Atuação

Não informada pelo site,

porém a autora já observou o produto em lojas do Paraná

Tempo de Existência Não informada pelo site

PRODUTO

Variedade Sapatos, bolsas e acessórios

Qualidade Não informada pelo site

Diferenciação

Arrojadas combinações de cores, materiais e

padronagens, desenvolvidas

pelo designer Jorge Bichoff para atingir um público

jovem e questionador

PROMOÇÃO Informação sobre os produtos Apenas uma foto do produto

com sua respectiva referência

Page 46: plano negocios de calçados

46

Formas de Venda

Não informado, porém a

autora já observou o produto

em lojas de multimarcas

Canal de Informações Facebook, twitter, e-mail e

blog

Site

Muito conteúdo de

interatividade (vídeos,

músicas, fabebook, tweets do blog).

Pouquíssimas informações

sobre a empresa

Sistema de Atendimento ao

Consumidor

Através do site pelo link

fale conosco

PREÇO Preço Não informado

Condições de Pagamento De acordo com cada loja

(cheques, cartões, etc.)

Fonte: Elaborada pela autora, 2012

Luiza Barcellos

Figura 11 - Logomarca da empresa Luiza Barcelos

Fonte: www.luizabarcelos.com.br

Quadro 8- Pontos fortes e fracos da marca Luiza Barcelos

PONTOS FORTES PONTOS FRACOS

PRAÇA

Localização

Fabricação em Belo

Horizonte (MG) e em Campo Bom (RS)

Locais de Atuação 25 estados brasileiros

Tempo de Existência Metade da década de 80

Não definido pelo site, na

página do facebook a fundação foi em 1987

PRODUTO

Variedade Sapatos, bolsas e calçados

femininos infantis

No site possui a opção de

cinto, porém não há

visualização de produtos no item

Qualidade Atenção aos detalhes

Suspeita, a autora já comprou

um produto da marca que

descolou o bico do solado em poucos dias de uso, foi

enviado ao fabricante que

colou e devolveu, no mesmo caso da marca Legaspi a

insatisfação foi absoluta,

Page 47: plano negocios de calçados

47

devido ao elevado valor pago

em relação a qualidade

oferecida

Diferenciação Foco na qualidade

PROMOÇÃO

Informação sobre os

produtos

Somente referência e uma

foto pequena

Formas de Venda Apenas lojas de multimarcas

Canal de Informações Blog Facebook, mas não é

divulgado no site

Site

Péssima visualização do

conteúdo, com letras pequenas, e dos produtos,

fotos pequenas e sem

informação

Sistema de Atendimento ao

Consumidor Através do link fale conosco

Não possui outros meios,

como telefone

PREÇO Preço Preço elevado de acordo com

a qualidade suspeita

Condições de Pagamento De acordo com cada loja

(cheques, cartões, etc.)

Fonte: Elaborada pela autora, 2012

Luz da Lua

Figura 12 - Logomarca da empresa Luz da Lua

Fonte: http://www.luzdalua.com.br

Quadro 9 - Pontos fortes e fracos da marca Luz da Lua

PONTOS FORTES PONTOS FRACOS

PRAÇA

Localização

Não é informado com

exatidão, no link contato aparece o nome da cidade

de Novo Hamburgo, RS

Locais de Atuação

Lojas exclusivas em 8

diferentes estados e multimarcas em 27

Tempo de Existência Não informado

PRODUTO

Variedade Calçados, bolsas, carteiras,

cintos e chaveiros

Qualidade Não informado

Diferenciação Couros especiais, texturas e

cores exclusivas, toques hand

Page 48: plano negocios de calçados

48

made, metais personalizados

e atenção aos detalhes

PROMOÇÃO

Informação sobre os

produtos

Apenas foto com zoom e

referência

Formas de Venda Lojas exclusivas e

multimarcas

Canal de Informações Não informado

Site Simples sem interação e animação, com poucas

informações

Sistema de Atendimento ao

Consumidor

Através do link fale conosco

e do telefone informado

PREÇO Preço Não informado

Condições de Pagamento De acordo com cada loja (cheques, cartões, etc.)

Fonte: Elaborada pela autora, 2012

Miezko

Figura 13- Logomarca da empresa Miezko Fonte: http://www.miezko.com.br

Quadro 10 - Pontos fortes e fracos da marca Miezko

PONTOS FORTES PONTOS FRACOS

PRAÇA

Localização Origem Holandesa

Aparentemente pelo link

contato a emprese se situa em Campo Bom, Rs

Locais de Atuação

Presente em mais de 50 países

– 350 clientes internacionais e

mais de 400 brasileiros

Tempo de Existência 6 anos – criada em 2006

PRODUTO

Variedade

Calçados, bolsas, capas para

celular e tablet, cintos, pulseiras, luvas, jaquetas

Qualidade Não informado

Diferenciação Design diferenciado,

qualidade e exclusividade

PROMOÇÃO

Informação sobre os

produtos

Nome, referência, tamanho,

variedade de materiais e cores, foto com zoom

Formas de Venda Lojas de multimarcas em

Page 49: plano negocios de calçados

49

muitas cidades do país, lojas

online e representantes

comerciais

Canal de Informações Facebook, twitter, e-mail e

blog

Site

Site interativo com imagens

animadas e vídeos da nova

campanha e do making of, sendo de boa comunicação

visual

Sistema de Atendimento

ao Consumidor

Através do link fale conosco e

do telefone informado

PREÇO

Preço De acordo com o público da

classe A e B Preço mais baixo, produção

abundante

Condições de Pagamento De acordo com cada loja

(cheques, cartões, etc.)

Fonte: Elaborada pela autora, 2012

Santa Lolla

Figura 14- Logomarca da empresa Santa Lolla Fonte: http://www.santalolla.com.br

Quadro 11 - Pontos fortes e fracos da marca Santa Lolla

PONTOS FORTES PONTOS FRACOS

PRAÇA

Localização Não informa

Locais de Atuação 120 estados brasileiros

Uso do Google maps para

mostrar a localização das

lojas fica confuso

Tempo de Existência 10 anos – desde 2002

PRODUTO

Variedade

Sapatos, bolsas, carteiras,

nécessaires, porta tablet e celular, cintos, pulseiras e

óculos

Qualidade

Sapatos de alta qualidade

tanto para trabalhar como nas

horas de lazer

Diferenciação

Trazer tendências mundiais

para mulheres antenadas e que

gostam de moda

Page 50: plano negocios de calçados

50

PROMOÇÃO

Informação sobre os

produtos

Foto com zoom,

subclassificação do produto,

referência, preço, cores, tipo do salto e material usado

Formas de Venda Lojas franquiadas

Canal de Informações Facebook, twiter, e-mail e

blog

Site Imagens interativas e boa

visibilidade

Pouca informação sobre a

marca

Sistema de Atendimento ao

Consumidor Somente pelo site

PREÇO

Preço Adequado

Condições de Pagamento De acordo com cada loja

(cheques, cartões, etc.)

Fonte: Elaborada pela autora, 2012

Satryani

Figura 15- Logomarca da empresa Satryani

Fonte: www.satryani.com.br

Quadro 12 - Pontos fortes e fracos da marca Satryani

PONTOS FORTES PONTOS FRACOS

PRAÇA

Localização Pela informação no link contato

a localização da sede da

empresa é em Sapiranga - RS

Locais de Atuação

200 multimarcas no Brasil e

no exterior: África do Sul, Antilhas Holandesas, Bolívia,

Canadá, Chipre, Emirados

Árabes, França, Grécia, Malásia, Malta, Martinica

Tempo de Existência Desde 1992, mas a marca foi

criada em 1999 – 13 anos

PRODUTO

Variedade Sapatos, bolsas, carteiras,

cintos e pulseiras

Qualidade

Tendências da moda,

materiais diferenciados,

couros nobres, estampas

exclusivas com linhas criativas e contemporâneas

Diferenciação Qualidade no ambiente de

Page 51: plano negocios de calçados

51

trabalho, em tecnologias e

nos maquinários aparentes no

luxo e requinte impecáveis dos produtos

PROMOÇÃO

Informação sobre os produtos

Foto com zoom, referência e

fotos com disponibilidade de

cores

Acesso a showroom virtual apenas para lojistas

Formas de Venda

Representantes de vendas em Minas Gerais, São Paulo e

Paraná. Lojas de multimarcas

em 15 estados brasileiros

Canal de Informações Apenas facebook e twitter

Site Acesso limitado de cinco

consultas no site

Sistema de

Atendimento ao

Consumidor

Através do site, endereço da empresa, e-mail e telefone

PREÇO

Preço Não informado

Condições de

Pagamento

De acordo com cada loja

(cheques, cartões, etc.)

Fonte: Elaborada pela autora 2012

Schultz

Figura 16- Logomarca da empresa Schutz

Fonte: http://www.schutz.com.br

Quadro 13 - Pontos fortes e fracos da marca Schutz

PONTOS FORTES PONTOS FRACOS

PRAÇA

Localização Campo Bom, Rio Grande do

Sul

Locais de Atuação

Pontos de venda em todos os

estados do Brasil, lojas

próprias convencionais em São

Paulo e Rio de Janeiro e lojas nos principais centros de moda

fashion do país. No mercado

externo, seus produtos podem ser encontrados em diversos

pontos de venda multimarca.

Tempo de Existência 17 anos – desde 1995

PRODUTO Variedade Sapatos, bolsas e acessórios Acessórios não definidos

Page 52: plano negocios de calçados

52

Qualidade Tendências, desenvolvimento

de material e tecnologia

Diferenciação Design, qualidade, moda e

liberdade de expressão

PROMOÇÃO

Informação sobre os

produtos

Fotos com zoom, nome, referência, descrição, materiais

utilizados, cores disponíveis,

preço com numero de parcelas, e tamanho com tabela para

outros países

Formas de Venda Lojas exclusivas, multimarcas

e pelo site

Canal de Informações Facebook, twitter e blog

Site Imagens animadas e de fácil

visualização

Sistema de Atendimento ao

Consumidor

Apenas através do site no

link contato

PREÇO

Preço De acordo com o público da

classe A e B

Condições de Pagamento Cartões de crédito e boleto

bancário

Fonte: Elaborada pela autora, 2012

Smartbag

Figura 17 - Logomarca da empresa Smartbag

Fonte: http://www.smartbag.com.br

Quadro 14 – Pontos fortes e fracos da empresa Smartbag

PONTOS FORTES PONTOS FRACOS

PRAÇA

Localização Vila Aricanduva - São Paulo

Locais de Atuação

Não informa. No site possui

telefone e um sistema de envio

de email para saber onde encontrar os produtos

Tempo de Existência Não informado

PRODUTO

Variedade Bolsas e Cintos

Qualidade Altíssima qualidade e

acabamentos primorosos

Page 53: plano negocios de calçados

53

Diferenciação

Utilização de tecnologia de

ponta na produção

especializada de couro curtido e ecologicamente

correto

PROMOÇÃO

Informação sobre os

produtos

Apenas uma foto do produto,

descrição do material usado e se possui variedade de uso e alça

Formas de Venda Lojas de multimarcas e

através de lojas multimarcas

online

Não informa a venda em lojas de

multimarcas, de acordo com

pesquisa de campo a autora já observou o produto

Canal de Informações Facebook, twitter, orkut,

you tube

Site Site sem muitas informações e

simples

Sistema de

Atendimento ao

Consumidor

Através do site, e de

telefone do showroom

PREÇO

Preço Compatível com o mercado

atuante, da classe A e B

Condições de Pagamento

De acordo com cada loja de

revenda (cheques, cartões,

etc.)

Fonte: Elaborada pela autora, 2012

Studio Tmls

Figura 18- Logomarca da empresa Studio Tmls

Fonte: http://loja.studiotmls.com.br

Quadro 15 - Pontos fortes e fracos da marca Studio Tmls

PONTOS FORTES PONTOS FRACOS

PRAÇA

Localização

Não informado, porém no

link atendimento o endereço é

de Campo Bom - RS

Locais de Atuação São Paulo e Brasília

Tempo de Existência Mais de 20 anos terceirizando

a fabricação de calçados Não informado com exatidão

PRODUTO

Variedade Sapatos e bolsas

Qualidade Design exclusivos,

profissionais qualificados

Diferenciação Plataformas, saltos altos e

edições limitadas

Page 54: plano negocios de calçados

54

PROMOÇÃO

Informação sobre os produtos

Nome, referência, informação

se o frete é grátis, tamanho,

preço, número de parcelas disponíveis, descrição do

material usado e informação

sobre o tamanho do salto

Formas de Venda Lojas exclusivas, multimarcas

e através do site

Canal de Informações Apenas facebook e twitter

Site Ótimo de agradável

visualização

Sistema de Atendimento

ao Consumidor

Através do site, e-mail e

telefone

PREÇO

Preço De acordo com o público, da classe A e B ótima sessão de

promoções.

Condições de Pagamento Cartão de crédito, depósito,

PagSeguro e boleto bancário

Fonte: Elaborada pela autora, 2012

3.4.1 Curva de valor

Para uma melhor avaliação sobre a situação da empresa a ser criada perante a

concorrência existente, fez se necessário a criação da curva de valor como forma de análise dos

pontos fracos dessas empresas mantendo-se sempre à frente. Os números de classificação variam

de 1 a 10, sendo de ordem decrescente e avaliados pela autora.

Quadro 16 - Curva de Valor de Valor

Localização Locais de

Atuação

Variedade

de

Produtos

Diferenciação

dos Produtos Site MÉDIA

CU

RV

A D

E V

AL

OR

Alexandre Birman

8 8 3 4 7,5 6,1

Arezzo 8 8 9 2 8 7

Capodarte 8 5 5 4 8 6

Carmen

Steffens 8 8 9 3 8 7,2

Jorge Bischoff 7 4 4 2 4 4,2

Legaspi 0 2 1 7 2 2,4

Loucos e

Santos 7 0 3 5 6 4,2

Page 55: plano negocios de calçados

55

Luiza Barcellos

6 5 4 2 1 3,6

Luz da Lua 8 6 7 7 2 6

Miezko 6 8 8 6 7 7

Santa Lolla 0 6 8 4 5 4,8

Satryani 6 7 5 1 1 4

Schultz 8 6 3 4 3 4,8

Smartbag 7 2 6 9 4 5,6

Studio Tmls 6 4 2 3 8 4,6

TOTAL 4,76

Fonte: elaborado pela autora, 2012

Gráfico 1 - Curva de Valor Fonte: elaborado pela autora, 2012

De acordo com as análises acima, pode-se observar que as marcas (exceto Santa Lolla e

Legaspi) que tem suas fábricas em polos calçadistas, possuem vantagem na contratação de mão

de obra especializada e mais barata, além dos fornecedores que cercam a região. A nova empresa

Joice Tanabe vê como vantagem a permanência no estado do Paraná, devido à proximidade às

Page 56: plano negocios de calçados

56

regiões em que pretende atuar. Os locais onde as marcas citadas atuam corelacionam ao tempo de

existência da empresa, a maioria com mais de 10 anos de experiência já estão inseridas no

mercado brasileiro, sendo assim necessitam expandir seus negócios e se voltam a países

estrangeiros.

Já em relação à variedade de produtos as empresas analisadas apresentam produtos muito

diversificadas, por exemplo, a marca Alexandre Birman só vende calçados, já a Smartbag

somente bolsas e a Legaspi bolsas e recentemente calçados. A maioria vende sapatos, bolsas e

acessórios (carteiras, nécessaires, porta tablet e celular, pulseiras, braceletes, chaveiros e óculos)

assim como a Capodarte, Jorge Bischoff, Loucos e Santos, Luiza Barcellos, Luz da Lua, Santa

Lolla, Satryani, Schultz e Studio Tmls. Além de vender sapatos, bolsas e acessórios, a Arezzo

comercializa batom, bijuterias, cachecóis, chapéus, echarpes, esmaltes e luvas, a Carmen Steffens

jaquetas de couro e a Miezko jaquetas e luvas, essa expansão na variedade de mercadorias é vista

como meio de atrair uma quantidade maior de consumidoras para o setor.

Contrapondo a variedade dos produtos, o fator de diferenciação não é muito explorado

pelas marcas, pode-se observar, na maioria, que a valorização pelo método artesanal e a busca

pelas últimas tendências da moda, são primordiais e comunais. Essa distinção realmente aparece

nas marcas: Alexandre Birman, pois oferece a opção de personalização; Capodarte, que apresenta

produtos exclusivos com detalhes diferenciados; Carmen Steffens, proporciona couro de alta

qualidade, conforto e controle de vendas por região; Legaspi, não se adéqua a coleções sazonais;

Loucos e Santos, utiliza arrojada combinação de cores, materiais e padronagens; Luz da Lua,

oferece couros especiais, texturas e cores exclusivas, toques hand made e metais personalizados;

Smartbag, proporciona couro com curtimento ecologicamente correto; Studio Tmls oferta saltos

altos em geral e edições limitadas.

No que diz respeito ao site, este se revela como a porta de entrada de uma empresa nesse

setor, o consumidor ao ter interesse por um produto recorre à internet para obter informações de

que o produto realmente vale o preço, sendo que bolsas e sapatos geralmente não são de baixo

valor. Em meio à tecnologia muitos celulares possuem um aplicativo de leitura de códigos, que

são encontrados em revistas e em informações sobre os produtos (etiquetas), assim através da

câmera o aparelho lê o código e se direciona ao site da marca. Na análise de 15 empresas somente

seis tiveram um site realmente de fácil visualização com informações.

Page 57: plano negocios de calçados

57

Localização, locais de atuação, variedade de produtos, diferenciação dos produtos e site

são critérios em que a empresa a ser constituída pretende investir e fazer seu diferencial. Sendo

assim será possível sobressair-se, e entrar no mercado com vantagem competitiva.

3.5 ANÁLISE ESTRATÉGICA

O desenvolvimento de um empreendimento necessita ser pensado estrategicamente, a fim

de sobreviver às turbulências do mercado que se mostra bastante vulnerável. O nível de

competição tem aumentado com o fator globalização que abriu as portas para mercados

internacionais que se mostraram prósperos.

A fim de preparar o novo negócio para as variações dos ambientes internos e externos, em

que a empresa se encontrará, será realizada a análise SWOT e a base estratégica corporativa da

empresa, correlacionando o cenário envolvido e os objetivos a serem alcançados.

3.5.1 Análise Swot

Esta análise é vista na forma de matriz SWOT3, que tem como objetivo examinar o

ambiente externo e interno relativo à empresa, verificando oportunidades a serem aproveitadas e

ameaças que interfiram na concorrência. Além de identificar as forças de vantagem competitiva,

mostra as fraquezas diante da competição com outras empresas.

Quadro 17– Matriz SWOT da empresa Joice Tanabe

AM

BIE

NT

E

EX

TE

RN

O

DIMENSÕES OPORTUNIDADES AMEAÇAS

INTERNACIONAL Diferenciação dos produtos por meio do

design

Países asiáticos exportando

produtos falsificados e sem

qualidade, além de produzir artigos dos mais variados tipos

com preços abusivamente

baixos

3 SWOT: Strengths, Weaknesses, Opportunities, Threats. Tradução em Português: Forças,

Fraquezas, Oportunidades e Ameaças.

Page 58: plano negocios de calçados

58

Slow Fashion- implementando um novo

movimento de melhoria da qualidade dos

produtos, por meio de processos artesanais,

e a fim de perdurar o uso dos produtos, exibe a importância da não adequação a

sazonalidade da moda, fazendo opção pelo

design clássico criativo

Redução do tempo de criação,

produção e venda dos produtos concorrentes

Os acessórios vem obtendo cada vez mais importância na composição do vestir

O valor agregado às marcas

ícones, como as it-bags, faz com que o desejo se volte para

marcas que possuem status

TECNOLOGIA

Uso de tecidos que agreguem o valor

orgânico e sustentável.

O alto valor dos tecidos,

devido a tecnologia inovadora

Compra de matéria prima com empresas

que participem de programas ligados a

responsabilidade social e sustentável

Uso de tecidos sintéticos com níveis

tecnológicos agregados

SOCIEDADE

Design para todos Concorrência com preços

sempre mais inferiores Classes sociais de maior poder aquisitivo

dando importância a questões ambientais

ECONOMIA

Crescimento de 3,1% das vendas no setor,

relativo aos números do ano passado

IPI elevado no setor O Paraná se destaca como quarto lugar no

volume de vendas por região referente à 2011/2012

POLÍTICO-LEGAL Representam cerca de 20% do faturamento

do varejo IPI elevado gera dificuldades

de comercialização

CONSUMIDORES

Crescimento do consumo pelo público

feminino

Exigências dos consumidores

que mudam a todo tempo Aumento da renda dos consumidores

Consumidores mind style, que mudam seus

estilos de vestir com frequência.

FORNECEDORES

Busca pelos que utilizem de práticas

conscientes na produção da matéria prima Práticas abusivas no preço dos

fornecedores Feiras nacionais e internacionais

Utilização de práticas de desenvolvimento

social

Page 59: plano negocios de calçados

59

GRUPOS DE INTERESSES

ESPECIAIS

Ecofriendly,pessoas preocupadas com os

efeitos ambientais causados pelo homem

Elevado valor que se agrega ao

produto

CONCORRENTES

Poucos concorrentes no Brasil que

trabalham na produção de calçados, acessórios e complementos de moda

priorizando o sistema slow fashion

População pouco consciente,

necessidade de implementação

de ideais

MÃO DE OBRA

Facilidade no treinamento de mão de obra

artesanal

Falta de comprometimento na

permanência do empregado, com a empresa

Busca de funcionários e estagiários em

entidades como o SENAC (Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial) e

UTFPR (Universidade Tecnológica Federal

do Paraná)

Problemas das empresas brasileiras com sindicatos

trabalhistas

AM

BIE

NT

E I

NT

ER

NO

ASPECTOS

CONSIDERADOS PONTOS FORTES PONTOS FRACOS

LOCALIZAÇÃO

A emprese se encontrará em Apucarana,

região Norte do Paraná, que se encontra próximo a polos comerciais como São Paulo

e Rio de Janeiro

A cidade conta com aproximadamente 120 mil

habitantes, e dependerá de

representantes comerciais

pela região

SITE

Site interativo para conectar a empresa ao

consumidor, com vendas online

Preço mais elevado, em

relação a sites que não possuem esse grau de

comunicação com o

internauta

Contará com o sistema de vendas Ameaça de invasão de

hackers

VARIEDADE DE

PRODUTOS

O mix de produtos contará com calçados,

acessórios e complementos de moda, englobando bolsas, cintos e sapatos

DIFERENCIAÇÃO DE

PRODUTOS

A diferenciação se dará por meio da versatilidade oferecida no produto, o uso terá

a opção de uso dos dois lados, com alças

retrateis, conforme a criação da estilista

O não consumismo

exagerado

FORNECEDORES

Fornecedores preferenciais da região, caso

não haja variedades de materiais novos a

procura poderá se estender a outras regiões

Falta do poder de

negociação, por ser uma nova e pequena empresa no

mercado

Page 60: plano negocios de calçados

60

COMERCIALIZAÇÃO

Vendas pelo site por meio do sistema

PagSeguro4

Representantes comerciais em São Paulo e Rio de Janeiro

EXPERIENCIA DE

MERCADO

A proprietária possui graduação em bacharelado em moda com habilitação em

estilismo, e possui curso de modelagem para

calçados. Os pais e donos da empresa em que

o novo empreendimento estará alocado possuem mais de 15 anos de experiência no

mercado de bordados industrializados, e

ajudarão na área administrativa e na de criação do design têxtil

Não realização de estágios

na área

Para verificar a viabilidade do

empreendimento está sendo realizado um

plano de negócios

MARGEM DE LUCRO Valor agregado devido ao trabalho artesanal Inicialmente não poderá

contar com margens altas

ATUALIZAÇÃO No máximo lançamento de 3 coleções ao

ano

Não corresponderá as

sazonalidades das estações

EQUIPE

A cidade de Apucarana e região contêm a

área da moda bem desenvolvida, devido às

faculdades (UTPR, UEL5, UEM

6 e

CESUMAR7) e os serviços do SENAI

8 e

SENAC

A equipe terá que ser

preparada e qualificada

para se adequar ao setor

ESTOQUES

A empresa atuará no sistema just in time, ou

seja, não terá altos níveis de estoque visto que cada produção será vista como um

projeto

MÍDIAS SOCIAIS

Estará presente sempre a fim de identificar

os consumidores e criar melhorias nos

produtos, além de divulgar a marca. Atuará com divulgações em sites, blogs, facebook,

twitter, e-banner, e as mídias que vierem a

existir

4 PagSeguro é a solução completa para pagamentos online, que garante a segurança de quem compra e de quem

vende na web. Confirma a garantia de produto ou serviço entregue ou seu dinheiro de volta

5 UEL: Universidade Estadual de Londrina.

6 UEM: Universidade Estadual de Maringá.

7 CESUMAR: Centro Universitário de Maringá.

8 SENAI: Serviço de Aprendizagem Industrial.

Page 61: plano negocios de calçados

61

AÇÃO SOCIAL

Será mantida uma relação de apoio com entidades locais, seja no fornecimento de

matérias primas ou na prestação de serviços

a comunidade

PROSPECÇÃO DE CLIENTES

Será por meio de peças pilotos distribuídas

aos representantes, com mostruário de

materiais e cores

A peça terá que ser doada

devido ao desgaste causado

pelo contato manual

QUALIDADE DOS

PRODUTOS

Um funcionário será encarregado pelo

controle de qualidade, com a intenção de não deixar escapar imperfeições

Fonte: elaborado pela autora, 2012

3.5.2 Base estratégica corporativa

Consiste na definição do negócio, missão, visão, valores e objetivos organizacionais.

3.5.2.1 Definição do negócio

O negócio da empresa é a industrialização e comercialização de calçados, acessórios e

complementos de moda feminina, atuando dentro do conceito slow fashion, a fim de promover o

consumo consciente e desacelerado dos produtos de moda. Os usos de materiais alternativos e de

resistência terão preferência, adequado assim aos produtos oferecidos que exigem durabilidade. A

utilização de materiais alternativos e acessórios que complementam a versatilidade dos produtos

da marca com valor agregado, implicando em custos mais altos, e portanto, se adequando ao

consumo de uma classe social com maior poder aquisitivo.

3.5.2.2 Definição da Missão

Produzir calçados, acessórios e complementos de moda feminina, por meio de matérias

primas alternativas com índice de sustentabilidade, precisão e inovação que aliam design das

formas à versatilidade de uso aos nossos clientes.

3.5.2.3 Definição da Visão

Page 62: plano negocios de calçados

62

Ser referência na representação do uso consciente e duradouro em calçados, acessórios e

complementos de moda feminina no país.

3.5.2.4 Definição dos valores

QUALIDADE: Produtos de qualidade com processos artesanais e uso de materiais

qualificados que perdurem.

RESPEITO À NATUREZA: Cuidado meticuloso da empresa na escolha de fornecedores

e nos processos relativos a materiais descartados.

RESPONSABILIDADE SOCIAL: Ajudar o consumidor a compreender as atuais

necessidades do meio ambiente e criar vínculos com entidades carentes no objetivo de criar

projetos de reaproveitamento de materiais.

EQUIPE: Colocar o funcionário em sua função de trabalho, mantendo respeito e clareza

na comunicação.

RELACIONAMENTO: Criar um ambiente de cooperação entre a empresa e os

fornecedores, cliente e parceiros.

3.5.2.5 Definição dos objetivos e estratégias

Os objetivos e estratégias usadas para o novo empreendimento estarão segmentados em

curto prazo (um ano), médio prazo (dois a quatro anos) e longo prazo (acima de quatro anos).

Sendo apresentadas a seguir:

CURTO PRAZO

Inicialmente produção de bolsas e cintos.

Construir a empresa juridicamente: através do escritório de contabilidade já

estabelecido pela empresa de bordados.

Contratar funcionários e adaptá-los as exigências das funções: busca de

colaboradores em fundações de qualificação como SENAI (Serviço Nacional de

Aprendizagem Industrial) e UTFPR (Universidade Tecnológica Federal do

Paraná), e assim treiná-los para a adequação a função dentro do segmento.

Page 63: plano negocios de calçados

63

Definir parcerias de terceirização: criar uma tabela atualizada de confecções de

bolsas e cintos, a fim de montar uma ordem de preferência sem ficar na

dependência de apenas uma, pois os prazos nessa área são instáveis.

Investir em marketing: montagem do site, divulgação da marca em redes sociais e

sites parceiros e criar um mailing de efetivos e possíveis lojas revendedoras.

Realização de um planejamento de vendas: definir metas e quantidades.

Planejamento de ação social na região: estudo da reutilização dos excedentes de

produção em fundações que necessitem de apoio.

MÉDIO PRAZO

Expandir e iniciar a produção de calçados.

Implementação de área de atualização em matéria prima: o mercado relacionado à

novidades de materiais sustentáveis e ecológicos cresce a cada momento com o

desenvolvimento de novas tecnologias.

Definir parceria com fornecedores: a fim de estabelecer regiões de compras e se

prevenir de possíveis atrasos nas entregas de matéria prima, mantendo assim uma

boa relação.

Desenvolver plano de cargos e salários: guiar o servidor em relação às

perspectivas de crescimento dentro da empresa, além de planos de capacitação e

desenvolvimento previstos.

Definir mais parcerias de terceirização: criar nova tabela atualizada na área de

confecções de sapatos, montando uma ordem de preferência sem permanecer na

dependência de apenas uma, devido aos prazos instáveis e a necessidade de

possível parceria com estados mais afastados que são polos calçadistas.

Rever o planejamento estratégico: o planejamento do primeiro ano de vida da

empresa deverá ser revisado anualmente para que possa ser adaptado às mudanças

externas e internas.

Atualizar plano de marketing: devido à entrada de um novo item dentro da marca.

Expansão de vendas: através de revendedores em São Paulo e Rio de Janeiro.

LONGO PRAZO

Page 64: plano negocios de calçados

64

Refazer planejamento estratégico: ao longo de cinco anos, o planejamento

estratégico da empresa necessitará ser refeito.

3.6 DESCRIÇÃO DA EMPRESA

A empresa Joice Tanabe estará sediada em Apucarana, Paraná. A cidade se encontra ao

norte do estado e pretende utilizar a vantagem competitiva de estar próxima a metrópoles, como

São Paulo e Rio de Janeiro, onde estarão seus maiores consumidores.

O ambiente estrutural utilizado será o mesmo da indústria de bordados industrializados,

pertencente à família da autora. A agregação de duas empresas em um mesmo ambiente é vista

como estratégia de aproveitamento de uma área não utilizada, ocasionando na redução dos custos.

O desenvolvimento do design têxtil em bordados e corte a laser, focos do trabalho da empresa

Cleverness, será usado como um dos meios de diferenciação dos artigos oferecidos, assim,

devido à proximidade é possível ter maior controle na qualidade e na agilidade.

A compactação das empresas se dará também no quadro de funcionários que será

reduzido inicialmente, e alguns exercerão a mesma função nos dois empreendimentos, ocorrendo

a sobreposição de funções da diretora geral do negócio, que ocupará a função de estilista e

modelista, a ocupação do cargo de design têxtil ocorrerá entre a estilista e o programador de

bordados da empresa Cleverness. A terceirização dos funcionários na confecção, na estamparia

de silk9 e no transporte serão grandes aliados no desenvolvimento do negócio.

O empreendimento oferecerá produtos femininos como bolsas e cintos em curto prazo e

calçados em médio prazo. Atuando na prática do sistema slow fashion, com o desenvolvimento

de coleções que não se prendam a sazonalidade das tendências de moda, prezando por modelos

de design diferenciado e versáteis, com um toque clássico. O mix de produtos traz o conceito de

uma nova mulher exigente por design e conscientização ambiental nos produtos comprados.

As vendas serão realizadas por meio do site próprio e de sites de revenda, além de

representantes comerciais, estes necessitarão de consentimento da diretoria da empresa para a

revenda, pois os produtos terão limites de vendas por região ocasionando no estudo antecipado

mostrando se a região condiz com as consumidoras em foco.

9 Processo de estamparia por meio de impressão, no qual a tinta é vazada por uma tela preparada.

Page 65: plano negocios de calçados

65

O funcionamento da fábrica se dará de segunda a sexta-feira das 08:00h às 18:00h, conforme a

necessidade há previsões de abrir aos sábados.

3.6.1 Descrição

O empreendimento será constituído de uma indústria de confecção de calçados, acessórios

e complementos de moda feminina que prioriza o sistema slow fashion. Localizada em

Apucarana, Paraná, visa expandir suas vendas nas regiões mais industrializadas do estado e nas

metrópoles de São Paulo e Rio de Janeiro.

3.6.2 Produtos

Lançando coleções de duas a três vezes por ano, investirá no design dos produtos, dos

bordados e cortes a laser, na versatilidade, na qualidade oferecida e na escolha de matéria-prima

consciente. A empresa contará com bolsas, cintos e sapatos femininos que se adéquam ao estado

de espírito da consumidora, que se mostra instável, em alguns dias ela poderá se sentir básica e

em outros necessitará de um brilho que a complemente. Os produtos serão oferecidos de duas

formas para se adequar a versatilidade: por meio de bolsas e cintos dupla face, e por componentes

das bolsas e calçados que serão removíveis, sendo que alças e aviamentos complementares as

peças acompanharão o produto vendido.

Os aviamentos representarão a feminilidade e sensualidade da mulher de acordo com cada

coleção. Sendo estes e os tecidos utilizados escolhidos com cautela, em busca do uso e consumo

adequado.

3.6.3 Matriz BCG

A matriz BCG analisa os produtos quanto a sua relação perante a participação e

crescimento no mercado em foco, podendo ser classificados como: produtos estrela, produtos

dúvida, produtos vaca leiteira e produtos abacaxi.

Produto Estrela: possui alta participação no mercado, sendo este comércio com alto

crescimento.

Page 66: plano negocios de calçados

66

Produto Dúvida: possui baixa participação no mercado, sendo este comércio com alto

crescimento.

Produto Vaca leiteira: possui alta participação no mercado, sendo este comércio com

baixo crescimento.

Produto Abacaxi: possui baixa participação no mercado, sendo este comércio com baixo

crescimento.

De acordo com dados já apresentados no presente trabalho, foi elaborada a matriz BCG a

seguir:

Quadro 18– Matriz BCG

MATRIZ BCG

ALTA PARTICIPAÇÃO BAIXA PARTICIPAÇÃO

PRODUTOS ESTRELAS PRODUTOS DÚVIDAS

AL

TO

CR

ES

CIM

EN

TO

Calçados

PRODUTOS VACA LEITEIRA PRODUTOS ABACAXI

BA

IXO

CR

ES

CIM

EN

TO

Bolsas

Cintos

Fonte: elaborado pela autora, 2012

3.6.4 Análise dos produtos

Partindo da construção da matriz BCG, é possível realizar uma análise dos produtos da

nova empresa. Assim, verifica-se que os produtos classificados estrela como os calçados mantêm

uma alta participação e um alto crescimento devido à isenção de impostos pelo governo. E

produtos como as bolsas e cintos considerados como vaca leiteira, possuem alta participação por

representarem 20% do faturamento do varejo e baixo crescimento devido a cobrança de IPI

elevado, o que gera obstáculos na comercialização.

Page 67: plano negocios de calçados

67

3.6.5 Ciclo de vida do produto

Os produtos da empresa a ser constituída são classificados como bens duráveis. O negócio

trabalhará com duas ou três coleções ao ano, com data de lançamentos ainda não definidos.

Assim o ciclo dos produtos terminará após um mês do lançamento da coleção seguinte.

3.7 PLANO DE OPERAÇÕES

As etapas do processo de produção do empreendimento a ser constituído serão:

3.7.1 Seleção de novas matérias-primas

Antes de cada coleção será realizada uma busca de novos materiais pela estilista, em

feiras do setor de calçados e têxteis. Estas possuem grande variedade de novos materiais e

maquinários disponíveis, além de ser um lugar ideal para ter contato com fornecedores e pessoas

do ramo, o que se torna importante, pois mantém a definição dos valores da empresa atualizados.

A busca por tendência em materiais novos na área sustentável e ecológica faz com que feiras

nacionais e internacionais, sejam a grande aliada, pois essa área se evolui constantemente e são

lançadas através destas.

3.7.2 Desenvolvimento

No desenvolvimento dos desenhos a estilista já terá por base quais materiais usar, sendo

assim adequando-os à elaboração dos produtos. Após os croquis e as fichas técnicas terminadas,

será feito um protótipo de cada modelo para conferir a modelagem e a aparência necessárias, para

posterior aprovação da diretora geral.

3.7.3 Modelagem e encaixe

Após a aprovação do protótipo, e se necessário feito as devidas correções, é liberada para

a modelista a definição dos moldes e posterior encaixe para diminuição do desperdício de

matéria-prima. O sistema inicial será o artesanal, posteriormente com a inicialização do ganho de

Page 68: plano negocios de calçados

68

lucros prevê-se a compra de sistemas mais informatizados como o CAD10

, e ou o sistema

Audaces Digiflash Plus11

, a fim de aperfeiçoar o tempo de produção.

3.7.4 Enfesto e corte

Com o encaixe dos moldes definido e a matéria-prima devidamente preparada, o cortador

enfesta os tecidos (sobreposição de materiais utilizados para o corte) se necessário, e realiza o

corte. Separando-os para o envio a confecção ou a etapa do design têxtil.

3.7.5 Design têxtil: bordado e silk

Esta etapa envolverá a empresa de bordados industrializados Cleverness, que estará

alocada ao mesmo ambiente da indústria de calçados, acessórios e complementos. Em uma

combinação da estilista com o programador de bordados, os designs têxteis serão previamente

testados e corrigidos, adequando-os ao molde, dependendo do tecido utilizado será necessário o

re corte da parte. Já o silk será terceirizado por meio de uma pesquisa de campo, que levará às

empresas que possam se encaixar no serviço prestado.

3.7.6 Confecção

Devido à complexidade das peças e a exigência por qualidade no acabamento, o

empreendimento necessitará de um sistema rigoroso de busca por prestadoras de serviço

especializados na confecção de bolsas, cintos e sapatos. Por ser um trabalho que exige certo grau

de adequação, inicialmente será preciso o acompanhamento da modelista durante o processo de

terceirização. A escolha das prestadoras será através da qualidade no acabamento das peças.

3.7.7 Acabamento, controle da qualidade e embalagem

10 CAD – Computer Aided Design – Desenvolve produtos com auxílio do computador. Envolve a criação,

detalhamento, criação de linhas, criação de moldes, desenvolvimento e graduação (SENAI-RS. 2006). 11 Audaces Digiflash Plus – sistema de digitalização de moldes através de fotografias, com detalhamento de piques e

direção do fio (AUDACES).

Page 69: plano negocios de calçados

69

Após o artigo retornar da confecção haverá uma pessoa na empresa encarregada da

conferência no controle de qualidade. A revisão visará confirmar a cor, o tecido, o design têxtil

de acordo com a ficha técnica em mãos, o acabamento do produto final poderá ser nos pontos

manuais e na retirada dos excessos de linhas de costura. Tudo confirmado a peça poderá ser

embalada pela mesma pessoa, mantendo a ficha técnica fora da embalagem.

3.7.8 Expedição

Esse processo será terceirizado por empresas que realizem o trajeto do pedido, ou o

cliente poderá vir ou se encarregar do transporte. Este oferecido pela empresa Joice Tanabe será

de acordo com a vontade do cliente, se for urgente acharemos a melhor maneira de entregar no

menor tempo. O valor do transporte será cobrado à parte, e relativo ao tipo de transporte

escolhido. Com a demanda e o tempo de vida no mercado, a empresa possuirá em médio prazo

uma lista de empresas pré-definidas que realizarão o trabalho, porém tal lista se manterá

atualizada conforme elogios ou reclamações dos clientes.

3.7.9 Vendedor

Realizar atendimento a clientes orientando quanto às especificações dos produtos,

orçamentos e prazos. Controlar os pedidos dos clientes, garantindo a qualidade do produto e a

entrega do mesmo no prazo estabelecido. Vender mercadorias em estabelecimentos definidos

pela diretora geral, auxiliando os clientes na escolha.

3.8 PLANO DE RECURSOS HUMANOS

O presente plano dependerá de 5 funções, conforme apresentado na seguinte tabela.

Inicialmente a autora do trabalho ficará encarregada por todas as funções realizadas dentro da

empresa, contando apenas com uma estagiária.

Quadro 19a - Atividades da empresa

Page 70: plano negocios de calçados

70

Fonte: elaborada pela autora, 2012

Quadro 20b - Atividades da empresa

Estamparia/

Silk Corte Confecção

Acabamento/

Controle de

Qualidade/

Empacotamento

Transporte Vendedor

Terceirizado 1pessoa Terceirizado 1pessoa Terceirizado 1 pessoa

Fonte: elaborada pela autora, 2012

Os serviços terceirizados serão escolhidos de acordo com rigorosa seleção. A cada um

será enviado uma peça para testar a qualidade, e se os padrões forem adequados aos pretendidos

pela empresa, só assim serão selecionados. Logo, contará com uma lista de 3 empresas para cada

função, afim de não ficar na dependência apenas de uma.

O quadro de funcionários da empresa em médio prazo atenderá a tabela seguinte, de

acordo com valores informados no site CATHO (2012) e em conversas informais com pessoas da

área.

Quadro 210 - Seleção e requisitos de funionários

Cargo Pré-requisitos

Horário

de

trabalho

Atividades Salário

inicial

Estilista/Designer

Graduada em moda

com especialização em

desenvolvimento de

calçados, acessórios e

complementos de

moda

08:00 às

12:00

13:30 às

18:00

Pesquisa de tendência

em materiais

Criação e

desenvolvimento dos

produtos (do croqui à

ficha técnica,

englobando a criação

do design têxtil)

R$

4.000,00

Modelista Formação técnica em 08:00 às Desenvolvimento da R$

Estilista/Designer Modelista Design de Têxtil

(bordados/estamparia) Bordados

1pessoa 1pessoa 1pessoa Terceirizado para a empresa da

família da autora

Page 71: plano negocios de calçados

71

modelagem

Experiência prévia

com modelagem na

área de calçados,

acessórios e

complementos de

moda

12:00

13:30 às

18:00

modelagem dos

produtos

2.000,00

Designer Têxtil

Experiência em Corel

Draw, Photoshop e

Wilcom ES Designer

08:00 às

12:00

13:30 às

18:00

Desenvolvimento do

design têxtil nos

formatos adequados

para as áreas do silk e

dos bordados

R$ 700,00

Corte

Formação técnica ou

experiência prévia em

corte de tecidos

08:00 às

12:00

13:30 às

18:00

Cortar manualmente ou

em enfesto R$ 800,00

Acabamento/

Controle de

Qualidade/

Empacotamento

Experiência prévia em

controle de qualidade

08:00 às

12:00

13:30 às

18:00

Realizar acabamentos

manuais seja em

costura ou na retirada

dos excessos de linhas

Conferência no

acabamento

Embalar o produto em

papel de seda, sacos de

TNT e em caixas

R$ 750,00

Vendedor de

atacado

Disponibilidade para

viagens

Experiência no ramo

de vendas

08:00 às

12:00

13:30 às

18:00

Realizar atendimento a

clientes orientando

quanto às

especificações dos

produtos, orçamentos e

prazos.

Controlar os pedidos

dos clientes, garantindo

a qualidade do produto

e a entrega do mesmo

no prazo estabelecido.

Vender mercadorias em

estabelecimentos

definidos pela diretora

geral, auxiliando os

clientes na escolha.

R$700,00

+ 5% por

venda

realizada

Fonte: elaborado pela autora (2012)

Page 72: plano negocios de calçados

72

Um novo plano de cargos e salários deverá ser elaborado anualmente, definindo a

necessidade da contratação de novos funcionários e os benefícios a serem oferecidos aos

mesmos.

O treinamento dos funcionários será feito pela autora do trabalho que se aprofundou na

área de desenvolvimento de bolsas, cintos e sapatos, e pretende se atualizar anuamente para a

melhoria na qualidade dos produtos.

3.9 ESTRATÉGIAS DE MARKETING

3.9.1 Produto

O produto tem como diferenciação a inovação no design, que torna o produto versátil, e o

uso de materiais alternativos, que prolonguem a utilização de recursos naturais do ambiente. O

item 5.4 melhor especifica o produto oferecido.

3.9.2 Preço

Os preços das peças serão definidos com base nos seguintes cálculos:

1 - Cálculo do Custo da Matéria-Prima (CMP e Aviamentos)

CMP = Consumo + ICMS + Frete + Seguro.

2 - Cálculo das Despesas Mensais

Quadro 221 - Tabela de cálculo de despesas mensais

Despesas R$

Folha de pagamento dos colaboradores (5 pessoas) 1.700,00

Encargos Sociais (62,07%) 1.055,19

Pró-Labore + Encargos (20%) 2.000,00

Honorários Contábeis 350,00

Água, Luz, Telefone, Internet 180,00

Propaganda 100,00

Veículo (gasolina) 150,00

Depreciação 248,33

Diversos 200,00

TOTAL 3.983,52

Page 73: plano negocios de calçados

73

Fonte: elaborado pela autora, 2012

Cada produto terá o valor do calculo 1 mais o calculo 2, que será dividido nas peças

produzias durante o mês e mais os lucros de 80% (inicialmente).

3.9.3 Praça

O empreendimento estará sediado em Apucarana, norte do Paraná, e alocado ao andar

superior da empresa Cleverness que pertence à família da autora. Devido à localização alem de

atender a região do estado, visa se estender a região do estado de São Paulo e Rio de Janeiro. Por

meio de um vendedor pretende atingir lojas de multimarcas onde há consumidoras em foco.

O transporte dos pedidos se dará a medida do cliente, seja a cargo do próprio ou

terceirizado pela empresa Joice Tanabe, que escolherá o melhor meio que respeite o prazo de

entrega que o cliente necessita.

3.9.4 Promoção

A comunicação de marketing será voltada para consumidoras que se preocupam com a

sustentabilidade e exigem que o bem comprado perdure. Visando um público eco-mind a

divulgação da marca será por meio de e-banners em sites que promovem a ecologia,

sustentabilidade, culinária vegetariana, vegan e orgânica. Os e-mails marketing serão enviados a

contatos de amigos que se enquadram ao público alvo e que passarão a outros amigos e assim por

diante. O mercado que ainda é escasso precisa de divulgação para uma maior conscientização das

pessoas, assim além do site a marca terá um blog com atualizações sobre assuntos que envolvem

a natureza x moda x tecnologia. Através do facebook as notícias serão divulgadas em conjunto ao

blog.

3.10 PLANO FINANCEIRO

O plano financeiro, sob o ponto de vista no cenário realista, colocará em detalhes onde

será o investimento inicial para possível avaliação de necessidade de financiamento.

Page 74: plano negocios de calçados

74

Quadro 232 - Detalhamento dos investimentos

INVESTIMENTOS

ITEM QUANTIDADE VALOR TOTAL

01 Equipamentos eletrônicos:

Computador 01 R$ 1.200,00

Câmera fotográfica 01 R$ 400,00

Maquina de corte de tecido 01 R$ 250,00

02 Equipamentos para modelagem

Faca de corte (calçados, cintos) 01 R$ 70,00

Papel craft 10 kg R$ 48,00

Papelão 10 placas R$ 60,00

03 Criação do Site 01 R$ 2.000,00

04 Móveis

Mesa para corte 1,30 x 1,90 metros 01 R$ 150,00

05 Marketing

e-banners 01 R$ 50,00/mês

e-mail marketing R$ 20,00/mês

06 Abertura da empresa R$ 800,00

07 Funcionários

Auxiliar ou estagiaria de moda 01 R$ 800,00

Vendedor 01 R$ 900 +10%

08 Materiais para embalagem

Papel de seda R$ 20,00

Adesivo com logomarca R$ 50,00

Saco de TNT R$ 30,00

Caixas cintos R$ 50,00

Caixa bolsas R$ 50,00

09 Outros R$ 300,00

TOTAL R$ 6.998,00

Fonte: elaborado pela autora, 2012

Os itens equipamentos eletrônicos (1) foram orçados por sites de vendas online como

Bondfaro, Mercado Livre e Submarino.

Itens de papelaria para modelagem foram cotados de acordo com contatos de

fornecedores da empresa Cleverness. O preço da faca de corte de tecidos para

calçados foi feito de acordo com preço estipulado pelo Senai, no ano passado quando

a autora fez o curso de modelagem (2).

Page 75: plano negocios de calçados

75

Para a criação do site foi feito um orçamento com uma empresa de webdesigner (3).

A empresa em paralelo já possui todos os móveis necessários da estrutura, faltando

apenas à mesa de corte que foi cotada com uma madeireira a placa de compensado de

serraria e os suportes foram cotados com uma serralheria.

O item de marketing (5) foi elaborado com base no site Google.

A abertura da empresa (6) foi feita com base em informações do escritório de

contabilidade da empresa Cleverness.

O salário dos funcionários (7) foi baseado em informação de conversas com pessoas

da área e pelo site Catho.

Os materiais para embalagem (8) foram cotados pela mesma empresa que fornece as

caixas personalizadas da Cleverness.

O valor total do investimento inicial (R$ 6.998,00) é considerado relativamente baixo se

comparado à abertura de novos empreendimentos na mesma área, logo não será necessário o uso

de financiamento, pois a autora do trabalho possui o valor em caixa.

Page 76: plano negocios de calçados

76

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS

As diferenças no custo da contratação de mão de obra, atreladas à abertura comercial, a

estabilização econômica e a valorização da moeda nacional fizeram com que países como a

China sobressaíssem devido à alta disponibilidade de mão de obra barata e abundante,

acarretando no consequente aumento da concorrência interna e externa no Brasil. Países asiáticos

afetam o setor de calçados, acessórios e complementos de moda de varias formas, por exemplo,

nas falsificações, defasando o sistema private label devido ao menor preço (mão de obra +

matéria prima) e além da alta concorrência nas exportações para o mercado externo.

Já em relação à concorrência interna obteve-se uma média de 4.76, o que resultou na

possibilidade da implementação de grandes oportunidades, que explorem os diversos pontos

fracos observados durante a análise. Assim pode-se verificar que a abertura para a entrada nesse

setor de bolsas, cintos e sapatos se mostra no investimento em design versátil, qualidade e

combinação de materiais alternativos e na inovação do conceito que o produto transmite.

Constituindo uma relação do consumidor com o objeto, o individuo se identifica no ato da

compra e cria prazeres para consigo mesmo e com o ambiente a sua volta.

Ao analisar a localização do novo empreendimento observou-se que o posicionamento

estratégico se explica pelo fato de estar entre os estados que necessitará manter uma relação. Na

região Sul presumiu-se a possibilidade da confecção em larga escala, devido à concentração de

pólos produtores calçadistas e na região Sudeste observa-se consumidores em potencial.

Como estratégia de marketing a empresa utilizará de e-banners estratégicos em sites que

ligam o público-alvo a marca, e-mails marketing enviados para amigos e a pessoas ligadas ao

meio social, blog e facebook com atualizações sobre novidades dos produtos e assuntos de

interesse.

No plano de operações foi abordada a utilização de serviços de terceirização como forma

de reduzir custos na compra de maquinários, e evitar o desgaste no processo de relacionamento

ou cobrança em cima dos funcionários. Visto que na empresa a qual o futuro empreendimento se

alocará essa problemática tem prejudicado o funcionamento.

Através do plano financeiro pode-se verificar que o investimento necessário de R$

6.998,00 é consideravelmente baixo, sendo que esse valor será gasto em adaptações para a

implementação da nova empresa junto a outra já existente. Sendo assim ao novo empreendimento

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poderá contar com uma maior disponibilidade de investimento em diferenciais que agregarão

valora ao produto final.

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