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PLANOS DE AULA – alguns exemplos
Claudio Kravchychyn1
Cristiane Abranches Pereira1
Marynelma Camargo Garanhani1
Sérgio Augusto Rosa de Souza1
Silvano da Silva Coutinho1
Vanildo Rodrigues Pereira1
Os exemplos de aulas apresentados são frutos de nossa experiência e vivência junto aos
Convênios e Núcleos do PST nos anos de 2007 e 2008. Na condição de avaliadores,
formadores e/ou consultores, observamos e registramos muitas das dificuldades, assim
como, as experiências desenvolvidas pelos Coordenadores e Monitores.
Dentre as dificuldades, podemos citar a dificuldade de planejar as aulas de acordo com as
diretrizes e os princípios metodológicos do programa, a idéia de trabalhar aspectos da
aprendizagem tática e da aprendizagem motora, bem como uma grande resistência em
abandonar o modelo de escolinhas esportivas, baseado principalmente no método
analítico (cada fundamento esportivo é executado de forma separada, em filas, finalizando
a ação com o famoso jogo). Uma segunda dificuldade levantada foi consistiu em a de se
trabalhar com temas adjacentes aos esportesivos, os mas que, alem de
complementáando-los, têm igual importância na formação ampliada dos beneficiários.
Nossas observações foram ratificadas pelos relatos apresentados durante o I Encontro
Nacional das Equipes Colaboradoras do Programa Segundo Tempo, em dezembro de
2008.
Assim, no intuito de colaborar com o trabalho pedagógico dos núcleos do PST,
disponibilizamos sete planos de aula (modelos). Alertamos que não estão preconizadas
1 Professores integrantes das Equipes Colaboradoras da Secretaria Nacional de Esporte Educacional SNEED/ME – Programa Segundo Tempo.
somente modalidades esportivas tradicionais; são apresentados modelos de aula com
temas relacionados a de expressão corporal, capacidades coordenativas, primeiros
socorros e capoeira, que se combinam e relacionam além decom modalidades esportivas
consideradas tradicionais, como basquete, futsal e atletismo. Desse modo, entendemos
que transcender o pensamento do esporte pelo esporte baseado na prática pela prática é
função e missão dos envolvidos no PST, indo ao encontro dos objetivos e das diretrizes do
programa.
O que ora se apresentaOs são modelos, descritos que não sãodevem ser estanques, ou
seja, servem para ser apenas copiados, objetivamos . Devem servir como que sejam
referenciais para uma construção metodológica que leve em consideração as diferentes
realidades e necessidades de cada núcleo e público beneficiado. Portanto, não devem e
nem podem se constituir como “receitas de bolo”.
Sob tal prisma, apresentamos um modelo de plano para cada tema, utilizando a planilha
apresentada por Oliveira e Moreira (2008, p. 161), na obra “Fundamentos Pedagógicos
para o Programa Segundo Tempo”, distribuída a todos os Coordenadores de Núcleo do
PST quando da participação no I Ciclo Nacional de Capacitação/2008. Em tal planilha,
podemos observar as aulas contendo – entre outros itens – objetivos, conteúdos,
estratégias metodológicas e indicativos para avaliação.
Num segundo momento, elaboramos um item denominado pensando o plano de aula, no
qual está referenciada a importância do tema no cotidiano, a justificativa para a escolha da
estratégia metodológica e também as dimensões conceitual, procedimental e atitudinal
relativas à temática e à avaliação.
A seguir, os exemplos, construídos e pensados.
PLANO DE AULA 01 – Expressão Corporal
DADOS DE IDENTIFICAÇÃO
TEMAAtividades de expressão corporal: “todos somos iguais e diferentes”.
OBJETIVO GERALReconhecer o próprio corpo e seus movimentos por meio da identificação e reflexão sobre suas semelhanças e diferenças em relação aos colegas.
RECURSOS A SEREM UTILIZADOSPapel, giz de cera, aparelho de som, local para fixar o painel.
PARTE INICIAL / INTRODUÇÃOObjetivos específicos Conteúdos Estratégia metodológica Avaliação
Perceber o seu corpo;
Reproduzir sua imagem corporal.
Informações sobre raça, gênero e sexualidade.
O professor iniciará a aula conversando com as crianças (roda inicial) sobre suas características (cor, peso, altura, etc.), sobre as características de suas famílias e com quem têm semelhanças.
Na sequência, mobilizará as crianças a se desenharem em folhas de papel (cartazes), com giz de cera.
Participa com motivação e desenvoltura dos questionamentos e da tarefa proposta.
PARTE PRINCIPAL / DESENVOLVIMENTOObjetivos específicos Conteúdos Estratégia metodológica Avaliação
Reconhecer suas semelhanças e diferenças em relação aos colegas;
Respeitar as diferenças existentes no grupo;
Construir uma identidade corporal pessoal e coletiva.
Conhecimento sobre o corpo e suas dimensões (físicas, motoras, estéticas, psicológicas, etc.);
Atividades expressivas e cooperativas.
O professor solicitará aos alunos que espalhem os desenhos no espaço de aula. Ao sinal (pode ser um som, uma música ou uma palavra) eles deverão:
Se deslocar no espaço (saltando, girando, andando, etc.) respeitando os desenhos (não podendo tocá-los);
Voltar rapidamente para perto do seu desenho; Parar perto de um desenho que lhe agradou e
Participa com motivação e desenvoltura dos questionamentos e da tarefa proposta;
Demonstra atenção e interesse pelo tema;
Núcleo EndereçoAtividade / Modalidade Expressão
CorporalPeríodo Vespertino Horário DiaGênero Misto Idade média 07-08 anos Nº de alunos 30Coord. de Núcleo Monitor responsável
reproduzir no seu corpo a posição e/ou postura da imagem. O professor poderá mobilizar o aluno a refletir: “por que este desenho lhe agradou?”;
Escolher um colega (formar duplas) e colocar os seus desenhos próximos para observarem as suas semelhanças e diferenças;
Deslocar-se no espaço com o colega e decidir juntos qual é o desenho (duplas) que mais lhes agrada;
Escolher uma dupla (formar quartetos/pequenos grupos) e colocar os seus desenhos próximos para observarem as suas semelhanças e diferenças;
Relatar para o grande grupo quais as suas semelhanças e diferenças.
Reconhece as características do seu próprio corpo;
Colabora e respeita os colegas se integrando com facilidade ao grupo.
Identifica as semelhanças e diferenças de seu corpo em relação aos colegas.
PARTE FINAL / CONCLUSÃOObjetivos específicos Conteúdos Estratégia metodológica Avaliação
Identificar as características de sua comunidade (colegas do Núcleo do PST, pessoas da família e do bairro, etc.).
Conhecimento sobre raça, gênero e sexualidade do grupo social ao qual pertence.
O professor finalizará a aula (roda final) propondo aos pequenos grupos que construam um painel de suas características e as relacionem com o contexto em que vivem, por meio de desenhos, gravuras de revistas, etc.
Participa com motivação da tarefa final proposta;
Identifica as características de raça, gênero e sexualidade do grupo social em que está inserido.
COMENTÁRIOS SOBRE A AULAEspaço reservado para comentários do professor, após a aula ministrada, para o aprimoramento das próximas aulas (exercício de ação-reflexão-ação). Procure responder às questões abaixo, verificando:
A aula cumpriu os objetivos propostos? A estratégia metodológica adotada foi eficaz para o cumprimento dos objetivos? As crianças participaram ativamente? Demonstraram atenção e interesse? Questionaram? Fizeram sugestões?
REFERÊNCIASCIDADE, R.E.; BUSTO, R. M. Inclusão, gênero e deficiência. In: OLIVEIRA, A. A. B. e PERIM, G. L. (Org.) Fundamentos Pedagógicos para o Programa Segundo Tempo. Maringá: Eduem, 2008.
OLIVEIRA, A.A.B.; MOREIRA, E.C. Planejamento e Organização para o programa Segundo Tempo. In: OLIVEIRA, A. A. B.; PERIM, G. L. (Org.). Fundamentos Pedagógicos para o Programa Segundo Tempo. Maringá: Eduem, 2008.
PORSTEIN, A. M. (Org.) La expresión corporal, por uma danza para todos: experiências y reflexiones. Buenos Aires: Noveduc, 2003.
TIBÚRCIO, L.N.O.M.; PORPINO, K.O. Atividades rítmicas e expressivas na educação física. In: NÓBREGA, T.P. Livro didático 3: o ensino de educação
física de 5ª a 8ª séries. Natal: Paidéia, 2005.
REFLETINDO O PLANO DE AULA 01
Importância do tema no cotidiano
Sabemos o quanto é necessário proporcionarmos aos alunos do PST aprendizagens que mobilizem o conhecimento e domínio de seu corpo e
suas possibilidades de movimentação, para compreensão de suas características de raça, gênero e sexualidade a que pertencem. Portanto, o
tema “somos todos iguais e diferentes”, desenvolvido por meio de atividades de expressão corporal, mobiliza a reflexão sobre: a) o que
significa ser igual num grupo social, como, por exemplo: o direito a estudar, trabalhar, formar uma família, ou seja, ter as mesmas
oportunidades; e b) o que significa ser diferente, ou seja, respeitar nossos limites e possibilidades, nossas singularidades pessoais.
Justificativa para a escolha da estratégia metodológica
A escolha da roda inicial proporcionará o acolhimento aos alunos e, consequentemente, a integração ao grupo já no início da aula. Facilitará
também o reconhecimento de suas identidades e como estes se vêem diante da turma. A estratégia do desenho será outra ferramenta didática
para o professor observar como o aluno se compreende e se expõe no grupo. Na parte principal, os jogos expressivos e cooperativos
proporcionarão não só a vivência de atividades em que o aluno tenha de compartilhar, cooperar, colaborar, ou seja, reconhecer o outro para se
conhecer, como também momentos em que os alunos deverão se expor para o grande grupo, mobilizando o desenvolvimento de atitudes de
autoconfiança, autoestima, respeito ao outro e a si mesmo, etc. Na parte final, há espaço para uma síntese das reflexões realizadas por meio
da construção de um painel que poderá ser socializado com outras pessoas do Núcleo e/ou da comunidade. O painel é uma ferramenta
didática que registra a compreensão dos alunos sobre as atividades vividas e poderá ser utilizado nas próximas aulas.
Dimensão conceitual
As discussões relacionadas a raça, gênero e sexualidade caracterizam a dimensão conceitual da proposta desta aula, ou seja, para que os
alunos conheçam e compreendam o seu corpo, é necessário abordar conceitos relacionados a esses temas.
Dimensão procedimental
Esta dimensão se faz presente durante a movimentação do corpo para identificação de no que não somos iguais e emno que somos
diferentes. Para a criança, é preciso movimentar-se para compreender o seu corpo e é preciso compreendê-lo para se integrar em um grupo
social.
Dimensão atitudinal
As atitudes de compartilhar, cooperar e colaborar são necessárias para a compreensão do outro. Compreender o outro é umas das condições
para se conhecer e entender o grupo social a que pertence. Portanto, ao analisar, medir, comparar, os alunos vão construindo sua identidade
pessoal e, consequentemente, uma identidade coletiva.
Avaliação
Nesta aula, o professor deverá estar atento à motivação dos alunos nas tarefas propostas, pois a participação e o interesse pelo tema são
indicadores de avaliação que devem ser levados em consideração para a manutenção ou reestruturação das próximas aulas.
PLANO DE AULA 02 – Capacidades Coordenativas
DADOS DE IDENTIFICAÇÃO
TEMACapacidades coordenativas.
OBJETIVO GERALExecutar habilidades motoras fundamentais com elementos, em dificuldade crescente e exigente de ações coordenadas.
RECURSOS A SEREM UTILIZADOSBastões, arcos, bancos, bolas (tipo tênis e maiores).
PARTE INICIAL / INTRODUÇÃO
Núcleo EndereçoAtividade / ModalidadePeríodo Horário DiaGênero Idade média 9-10 anos Nº de alunos 30Coord. de Núcleo Monitor responsável
Objetivos específicos Conteúdos Estratégia metodológica Avaliação Tomar contato com os
elementos materiais, manipulando-os livremente e em movimento pelo espaço;
Participar de um jogo de fugir-pegar (pega-pega) sobre as linhas de voleibol.
Exploração da manipulação de no mínimo três elementos materiais em deslocamento pelo espaço livremente.
O professor estabelecerá os objetivos e estimulará os alunos a terem consciência da importância das atividades (roda inicial). Após, orientará o jogo de fugir-pegar, com regras simples: o pegador corre atrás dos demais alunos sobre as linhas do voleibol; os alunos “fugitivos” devem se manter, em seus deslocamentos de fuga, sempre sobre as mesmas linhas, buscando alternativas para evitarem ser pegos. Aquele que for tocado pelo pegador receberá deste um boné e tomará o seu lugar. Variação: todos os fugitivos deverão se deslocar transportando um dos objetos materiais disponíveis para a aula.
Atende às orientações e age com segurança, com relação a si e aos demais;
Participa de forma ativa e criativa.
PARTE PRINCIPAL / DESENVOLVIMENTOObjetivos específicos Conteúdos Estratégia metodológica Avaliação Realizar deslocamentos
individualmente e em duplas, utilizando os diversos materiais em tarefas variadas, com ênfase na necessidade de cooperação;
Buscar a resolução de problemas na execução de tarefas em complexidade crescente.
Deslocamentos individuais conduzindo materiais diversos em várias situações;
Variar a forma de pressão da motricidade sobre a forma de condução que os alunos realizam, colocando pressão :
de tempo (fazer mais rápido),
de precisão (conduzir sobre a linha)
de organização (observar o colega ou rolar um bambolê e conduzir a bola com o pé simultaneamente)
Pressão de complexidade, (colocar mais coisas a fazer em sequencia...)
Coordenação para combinação de movimentos diferentes
O professor procederá à orientação inicial da atividade, indicando a tarefa, e esclarecerá a necessidade de, individualmente ou em duplas, os alunos assumirem a responsabilidade de resolução de problemas na sua execução. Como tarefas, solicitar aos alunos: Transportar bastões em equilíbrio em uma das mãos; Conduzir bolas de tamanhos diversos com as mãos
(quicando, rolando, lançando) e com os pés; Conduzir arcos, saltando, rodando, lançando e
recuperando; Caminhar sobre um banco e sobre um banco invertido.
Idem, combinando dois dos elementos acima: Equilibrar um bastão numa das mãos, girando um arco no
braço oposto; Girar um arco num dos braços e conduzir uma bola com os
pés; Em duplas, aluno A conduz uma bola com os pés e aluno B
dribla outra bola, estando de mãos dadas (vice-versa); Idem: quando A driblar a bola, deverá quicá-la dentro do
maior número possível de arcos dispersos pela quadra; vice-versa (pontuar);
Formar um grande círculo com todos: cada participante segurando seu bastão em pé, apoiado no solo, com a mão esquerda. Ao sinal (“vai!” ou “já!”), todos trocam para diante, soltando seu bastão e agarrando o da frente. Tenta-se realizar até que nenhum bastão caia ao solo. Idem com a mão direita.
Empenha-se na realização das tarefas propostas;
Soluciona os problemas relativos à execução das tarefas e as realiza com eficácia, cooperando e interagindo com o parceiro.
realizados de forma simultânea.
Em todas as situações propostas, o professor deve problematizar junto aos alunos – realizando mediações, se necessário – sobre as melhores formas de realização das tarefas propostas.
PARTE FINAL / CONCLUSÃOObjetivos específicos Conteúdos Estratégia metodológica Avaliação Reduzir a excitação criada
de forma crescente ao longo da sessão;
Ativar capacidades sensoriais e percetivo-motoras, em atividades moderadas, que são exigidas ao mesmo tempo, gerando respostas motoras coordenadas.
Jogo do maestro (perceptivo-motor).
Todos sentados em círculo, estando apenas um aluno de fora. Escolhe-se um “maestro”, que executará movimentos e mudanças, os quais serão acompanhados por todos. O colega de fora tentará, a cada mudança, identificar o maestro. Terá três chances ou mais para tal. Alteram-se, várias vezes, tanto o maestro quanto o aluno de fora, sempre quando se consegue identificar ou não, após as tentativas.
Na roda final, procurar colher impressões dos alunos sobre as atividades realizadas, bem como enfatizar a importância das atividades na realização de tarefas motoras ligadas ao esporte e à vida cotidiana.
Manifesta-se sobre o que foi mais difícil realizar, se conseguiu superar e sobre o que mais gostou de realizar;
Sente-se estimulado e desafiado a retornar ao programa e dele fazer parte efetiva.
COMENTÁRIOS SOBRE A AULA Espaço reservado para comentários do professor, após a aula ministrada, para o aprimoramento das próximas aulas (exercício de ação-reflexão-ação). Procure responder às questões abaixo, verificando:
A aula cumpriu os objetivos propostos? A estratégia metodológica adotada foi eficaz para o cumprimento dos objetivos? As crianças participaram ativamente? Demonstraram atenção e interesse? Questionaram? Fizeram sugestões?
REFERÊNCIASVALENTINI, N. C.; PETERSEN, R. D. S. Aquisição e desenvolvimento de habilidades esportivas: considerações para a prática In: OLIVEIRA, A. A. B.; PERIM, G. L. (Org.). Fundamentos Pedagógicos para o Programa Segundo Tempo. Maringá: Eduem, 2008.
REFLETINDO O PLANO DE AULA 02
Importância do tema no cotidiano
O plano de sessão ou plano de aula relacionado às capacidades coordenativas que apresentamos constitui um exemplo, com amplas
possibilidades de variações e de criações. Estimular capacidades coordenativas potencializa a aquisição segura de uma motricidade implicada
com os fundamentos esportivos e com ações funcionais de maior ou menor complexidade na vida diária.
Justificativa para escolha metodológica
O estilo de ensino predominante neste exemplo que construímos é o de resolução de problemas, ou seja, a exposição da tarefa não indica o
“como”, mas “o que” executar. O praticante executará com suas próprias decisões e maneiras adotadas para realizar. Isso requer pensar,
modificar e adaptar a ação, conduzindo o material e ajustando o deslocamento do corpo. O sucesso na realização, com ou sem dificuldades,
representa a meta. Na faixa etária indicada (9-10 anos), as condições de maturação biológica e motora permitem a proposição de tais
desafios. Para enriquecer as sessões de práticas de exploração das capacidades coordenativas, deverá o professor (coordenador/monitor),
utilizar-se da prática variada, propondo atividades individuais, em duplas, em pequenos e em grandes grupos; variar as formações (dispersos
individualmente, colunas, fileiras, círculos, semicírculos, equipes e outros) e os materiais como bolas de diferentes tamanhos e texturas,
cordas, arcos, bastões, bancos, colchões e outros. Deve, ainda, utilizar-se de uma progressão com um, dois e até três elementos materiais,
para estimular a melhora constante do movimento coordenado.
Dimensão conceitual
Tal dimensão, neste caso, é relacionada aos movimentos coordenados ou em busca de coordenação (domínio e fluência). As atividades
propostas devem levar o praticante a identificar, conhecer e compreender as diferentes tarefas e suas dificuldades, entendidas como possíveis
de serem realizadas.
Dimensão procedimental
Compreende a ação (vivência) e percepção durante a prática, incluindo a experimentação, os erros e os acertos, relacionados diretamente
com as potencialidades e limitações individuais. Não se trata apenas de ensaio e erro, mas de ultrapassagem dos desafios que se apresentam
nas tarefas, em complexidade crescente.
Dimensão atitudinal
Entende-se como dimensão atitudinal uma construção que tem como base as dimensões conceitual e procedimental, pois seu espectro é de
longo alcance. Tais atitudes são importantes e necessárias para toda a vida. A construção mencionada compreende valorização, respeito e
predisposição para realizar as ações motoras propostas. Implica o reconhecimento e aceitação das limitações e potencialidades, tanto as suas
como as dos demais. Ao progredir das capacidades coordenativas para a prática esportiva, não as dispensa e as utiliza como forma de
manutenção e novas aprendizagens esportivas, que estas certamente sustentam.
Avaliação
A execução eficaz – sem uma forma pré-determinada – das tarefas é prioridade nesta aula. A capacidade de resolver problemas também é
fundamental. Contudo, para se ministrar uma aula como esta que se apresenta, o professor deve ter uma conduta motivacional constante,
deve estar atento às possibilidades de intervenção e mediação. Para se autoavaliar, as respostas dos alunos às atividades devem ser
analisadas, ou seja, o professor deve atentar para a participação (ativa ou passiva), para a interação e cooperação entre os alunos, para as
possíveis dificuldades de coordenação motora apresentadas individual e coletivamente e para a vontade demonstrada pelos alunos em
participar de aulas similares. Com posse de tais dados, a composição de novos planos se dará de forma crítica e reflexiva.
PLANO DE AULA 03 - AtletismoDADOS DE IDENTIFICAÇÃO
TEMAIniciação a corridas e saltos no atletismo.
OBJETIVO GERALOportunizar aos alunos vivências motoras da modalidade de atletismo por meio de jogos e brincadeiras.
RECURSOS A SEREM UTILIZADOSQuadra, bastão, bolas de borracha ou tênis, cones grandes ou garrafas pets com areia, cordas, arcos, fitas métricas, giz, barbante.
PARTE INICIAL / INTRODUÇÃO
Núcleo EndereçoAtividade / Modalidade AtletismoPeríodo Horário DiaGênero Misto Idade média 09 -10 anos Nº de alunos 30Coord. de Núcleo Monitor responsável
Objetivos específicos Conteúdos Estratégia metodológica Avaliação Relatar vivências anteriores em
atividades de atletismo, especificamente corridas e saltos;
Praticar corrida em velocidade para a prática do atletismo, dos outros esportes e para a vida.
Introdução a corridas e saltos;
Atividade lúdica para vivência da corrida em velocidade.
Na roda inicial, o professor questionará os alunos sobre suas vivências anteriores em atividades de atletismo ligadas a corridas e saltos, abrindo a possibilidade de contar algumas experiências vividas.
Atividade 1 (aquecimento) Correr em todas as direções, em ritmo moderado, desviando-se dos colegas. Ao sinal do professor, parar de frente para um colega, cumprimentá-lo batendo na mão, continuar correndo.
Atividade 2 – Nunca TrêsOs alunos serão distribuídos em duplas de mãos dadas formando um grande círculo. Fora desse círculo, um aluno será o pegador e deverá perseguir outro aluno que correrá no sentido horário. Para evitar que seja pego, o aluno poderá dar a mão para algum colega da dupla (mas, no jogo, não poderá permanecer nunca um trio). O aluno da outra extremidade, quando observar que se forma um trio, deverá soltar a mão deste e correr para não ser pego pelo pegador. Quem for pego fará papel de pegador. Variações: utilizar algum objeto (pequeno bastão, bola de borracha ou de tênis) que deve ser passado a alguém da dupla em vez de dar a mão. Possibilitar ao pegador se deslocar dentro do círculo.
Responde aos questionamentos demonstrando interesse pelo assunto;
Participa das atividades com motivação e interesse.
PARTE PRINCIPAL / DESENVOLVIMENTOObjetivos específicos Conteúdos Estratégia metodológica Avaliação Praticar corrida em velocidade e
saltos em distância para a prática do atletismo, dos outros esportes e para a vida;
Criar estratégias individuais e em grupo para cumprir as tarefas.
Corridas em velocidade e saltos em distância.
Atividade 3 – Pega-pegaEm duplas, posicionados um de costas para o outro em cima da linha central da quadra, um aluno é o nº 1 e o outro é o nº 2. Sempre o primeiro número falado pelo professor corre (pegador) e o outro número foge.
Atividade 4 – Atravessando o RioAlunos divididos em dois grupos serão posicionados nas laterais da quadra de voleibol. Vários bambolês são distribuídos dentro da quadra de voleibol em uma distância de aproximadamente 1,5 metros (o número de bambolês deverá ser superior ao número de alunos que participam do jogo). Bolas serão posicionadas no campo defendido por cada grupo. Ao
Corre em velocidade e salta em distância de forma satisfatória para o momento;
Cria estratégias individuais e em grupo para cumprir as tarefas.
sinal do professor, os grupos deverão saltar entre os bambolês com o objetivo de alcançar o campo adversário, pegar uma bola e retornar ao seu campo. O grupo que retornar com todos seus componentes ao seu campo primeiro ganhará o jogo.Variações: estipular que um bambolê só poderá ser ocupado por componentes do mesmo grupo. Estipular que o bambolê só poderá ser ocupado quando estiver vazio. Diminuir o número de bambolês.
PARTE FINAL / CONCLUSÃOObjetivos específicos Conteúdos Estratégia metodológica Avaliação Oportunizar vivências de saltos
de formas diversas;
Discutir o “porque” de saltar.
Corridas e saltos;
Contextualização dos conteúdos.
Atividade 05 – Saltando de várias formasDividir a turma em três equipes de 10 alunos. Cada equipe terá uma fita métrica, giz e barbante. Deixar os alunos livres para elaborarem maneiras de realizarem os saltos e conhecerem os resultados alcançados. O professor intervirá como mediador, incentivando os alunos a criarem formas de saltar, alertando para a segurança e, se necessário, oferecendo dicas para melhor eficiência.
Na roda final, o professor deverá questionar os alunos sobre o que aprenderam e vivenciaram durante a aula. Também deverá ressaltar que as corridas e os saltos, sob as formas que foram realizadas na aula podem ser utilizados em outros esportes e no cotidiano.
Empenha-se em criar formas eficientes de saltar;
Expõe o que aprendeu, bem como as dificuldades e facilidades vivenciadas na aula.
COMENTÁRIOS SOBRE A AULA Espaço reservado para comentários do professor, após a aula ministrada, para o aprimoramento das próximas aulas (exercício de ação-reflexão-ação). Procure responder às questões abaixo, verificando:
A aula cumpriu os objetivos propostos? A estratégia metodológica adotada foi eficaz para o cumprimento dos objetivos? As crianças participaram ativamente? Demonstraram atenção e interesse? Questionaram? Fizeram sugestões?
REFERÊNCIASGRECO, P.J.; FONSECA, F.S.; ALBUQUERQUE NETO, S.L.; MACEDO, J.O.R. Anexo 7 – Atletismo. In: OLIVEIRA, A. A. B.; PERIM, G. L. (Org.). Fundamentos Pedagógicos para o Programa Segundo Tempo. Maringá: Eduem, 2008.
MATTHIESEN, S.Q. (Org.). Atletismo se aprende na escola. Jundiaí: Fontoura, 2005.
REFLETINDO O PLANO DE AULA 03
Importância do tema no cotidiano
Chamado de “esporte-base”, o atletismo é uma modalidade esportiva construída com movimentos naturais e presentes no dia-a-dia: correr,
saltar, lançar, arremessar. Assim, a execução de tais movimentos se torna de fácil entendimento e prática por parte dos alunos. O atletismo
oferece uma variedade de possibilidades de utilização de espaços e materiais alternativos, constituindo-se em um riquíssimo conteúdo a ser
trabalhado no PST.
Justificativa para a escolha da estratégia metodológica
No caso do atletismo, as rotinas de pista são desgastantes e desmotivadoras. É possível se aprender atletismo por meio de jogos e
brincadeiras, pois estimulam ações motoras que se aproximam dos movimentos esportivos (MATHIESEN et al., 2005). Problematizar, oferecer
à criança várias possibilidades de cumprir as tarefas propostas pelo professor (como na atividade 05) é a tônica da aula aqui apresentada. Nas
fases iniciais de estimulação, o sistema de ensino deve ter um enfoque aberto.
Dimensão conceitual
Praticar o esporte atletismo de forma sistemática é uma possibilidade que deve ser oferecida aos beneficiados do PST. Contudo, as regras e
técnicas das provas do atletismo podem ser precedidas de momentos de descontração e ludicidade, como é o caso da presente aula.
Observemos, portanto, que as experiências e os conhecimentos prévios dos alunos sobre a modalidade foram valorizados, bem como a
importância das ações motoras do atletismo para outros esportes e outras tarefas do cotidiano foi enfatizada.
Dimensão procedimental
A aproximação das formas preconizadas de correr, saltar, lançar e arremessar pode ser atingida por meio da mediação e do feedback do
professor. No entanto, é necessário que o aluno descubra “como” fazer, dentro de suas possibilidades.
Dimensão atitudinal
Apesar de ser um esporte individual, é importante que o aluno se sinta parte de um grupo que “pratica junto” e perceba que, para se praticar, é
preciso ter “com quem” fazê-lo. Nesta aula, todas as atividades são realizadas em, no mínimo, duplas.
Avaliação
A presente aula propõe que os alunos participem trazendo suas experiências, empenhem-se e demonstrem criatividade no cumprimento das
tarefas propostas, tenham criatividade e eficiência nas ações motoras, bem como reconheçam as suas limitações e potenciais. Atingir todos
esses objetivos junto a todos os alunos pode ser uma tarefa difícil. Analisar o que se conseguirá e retomar o que – possivelmente – seja
necessário faz parte do processo constante de planejamento.
PLANO DE AULA 04 - Futsal
DADOS DE IDENTIFICAÇÃO
TEMAJogos e brincadeiras / Iniciação ao futsal.
OBJETIVO GERALOportunizar aos alunos a aprendizagem de fundamentos e do jogo em si da modalidade futsal por meio de atividades lúdicas.
RECURSOS A SEREM UTILIZADOSPátio/quadra, 6 bolas de futsal, bola de meia, 30 garrafas pet cheias até a metade com água/areia.
PARTE INICIAL / INTRODUÇÃOObjetivos específicos Conteúdos Estratégia metodológica Avaliação
Despertar o interesse do aluno para a aula.
Condução e domínio da bola, drible e chute.
O professor, com os alunos em roda, solicita-lhes que opinem sobre a melhor forma que conhecem de conduzir e de chutar a bola. Depois, divide a turma em cinco grupos de três pessoas cada, em círculo, solicitando-lhes que conduzam a bola para um dos companheiros, não podendo repetir o mesmo. Em seguida, idem, realizando a condução com mudanças de direção e pé condutor e chutando para os companheiros.
Participa com interesse.
Núcleo EndereçoAtividade / ModalidadePeríodo Matutino Horário Dia Gênero Misto Idade média 11-12 anos Nº de alunos 30Coord. de Núcleo Monitor responsável
PARTE PRINCIPAL / DESENVOLVIMENTOObjetivos específicos Conteúdos Estratégia metodológica Avaliação Vivenciar os fundamentos do
futsal de forma lúdica;
Promover a interação do grupo.
Fundamentos do futsal: domínio e condução da bola, passe e chute;
Jogos pré-desportivos e recreativos.
Atividade 1 – Defendendo a garrafaOs alunos se colocam posicionados espalhados pelo espaço demarcado pelo professor para a realização da atividade. Cada aluno recebe uma garrafa pet, que deverá ser colocada no chão ao seu lado. A atividade consiste em o aluno ter de defender sua garrafa da bola chutada por outros colegas, sempre tentando roubar a bola de quem está com a bola e defendendo a sua garrafa. O aluno que tem sua garrafa derrubada passa a ajudar um amigo a defender a sua garrafa, e quem derruba as garrafas vai colocando junto à sua. Inicialmente a atividade é realizada com uma bola, podendo chegar a cinco bolas, visando ao aumento da dificuldade.Opção: dividir os alunos em dois grupos de 15 alunos para melhor participação, pensando na segurança dos alunos para a realização da atividade.
Atividade 2 – Pegador de 2Atividade com formato de um pique, em que os dois pegadores trocam passes entre si. Para queimar o colega, tem de chutar a bola abaixo do quadril dele (por segurança). O colega queimado passa a ser o pegador até queimar alguém.Opção: inicialmente o pique começa com uma dupla e uma bola. Depois, colocam-se duas duplas pegadoras e duas bolas, três duplas e três bolas, para aumento gradativo de dificuldade e complexidade.
Executa os movimentos de forma satisfatória para o momento, com motivação;
Interage com o grupo.
PARTE FINAL / CONCLUSÃOObjetivos específicos Conteúdos Estratégia metodológica Avaliação Vivenciar o jogo com regras
elaboradas pelos alunos;
Trabalhar iniciativa e raciocínio sobre estratégias de jogo;
Refletir sobre a prática (roda final).
Condução e domínio da bola, passe e chute;
Jogos pré-desportivos e recreativos;
Alternativa para jogar em lugares onde não existem traves.
Dividir a turma em três grupos de 10 alunos. Cada grupo recebe uma bola e quatro garrafas pet e se posiciona em um espaço próximo do local onde está sendo realizada a atividade. Inicialmente o professor propõe a divisão do grupo em dois times de cinco alunos. Sugere que as garrafas pet podem ser usadas de gol ou ser derrubadas, ou simular traves de gol. No restante da atividade, deixar os alunos livres para vivenciar o jogo de futsal em si.
Participa das discussões finais;
Sente-se estimulado a jogar;
Entende os jogos e as estratégias e se sente capaz de praticar em outros lugares.
Ao final, com os alunos em roda, questionar sobre o que aprenderam, o que poderia ser feito diferente e se se sentem capazes de organizar um jogo em sua comunidade, com outros amigos.
COMENTÁRIOS SOBRE A AULAEspaço reservado para comentários do professor, após a aula ministrada, para o aprimoramento das próximas aulas (exercício de ação-reflexão-ação). Procure responder às questões abaixo, verificando:
A aula cumpriu os objetivos propostos? A estratégia metodológica adotada foi eficaz para o cumprimento dos objetivos? As crianças participaram ativamente? Demonstraram atenção e interesse? Questionaram? Fizeram sugestões?
REFERÊNCIASALVES, V.E.N. Uma leitura antropológica sobre educação física e o lazer. In: WERNEK, C.L.G. Lazer, recreação e educação física. Belo Horizonte: Autêntica, 2003. p.83-114.
HALLAL, P.C.; NASCIMENTO, R.R.; HACKBART, L.; ROMBALDI, A.J. Fatores intervenientes associados ao abandono do futsal em adolescentes. Revista Brasileira Ciência e Movimento, Brasília, v. 12, n. 3, p. 27-32, set. 2004.
VALENTINI, N.C. Percepções de competência, autoconceito e motivação: considerações para a prática desportiva. In: OLIVEIRA, A. A. B.; PERIM, G. L. (Org.). Fundamentos Pedagógicos para o Programa Segundo Tempo. Maringá: Eduem, 2008.
REFLETINDO O PLANO DE AULA 04
Importância do tema no cotidiano
A modalidade de futsal é a que mais cresce em número de praticantes no Brasil (HALLAL et al., 2004). Um indicativo disso é o grande número
de espaços públicos – escolas, praças e centros esportivos – que conta com quadras dessa modalidade. Assim, dominar os fundamentos do
futsal pode significar a instrumentalização do aluno para uma prática permanente ao longo de sua vida. A estratégia da improvisação das
traves com garrafas pet e da procura por espaços alternativos pode proporcionar uma prática recreativa que não dependa necessariamente
dos espaços físicos tradicionais.
Justificativa para escolha metodológica
Aprender por meio de jogos e brincadeiras é sempre motivante para o aluno, A estratégia da improvisação das traves com garrafas pet e da
procura por espaços alternativos pode proporcionar uma prática recreativa que não dependa necessariamente dos espaços físicos
tradicionais.
Dimensão conceitual
A importância do “brincar” dentro da iniciação esportiva é fundamental para o aluno desenvolver o gosto pela prática. Na idade preconizada
para esta aula (11-12 anos), é comum a prática definitiva dentro dos padrões institucionalizados. Uma aula como a que ora apresentamos
pode estimular ou até mesmo resgatar o prazer de “brincar”.
Dimensão procedimental
Aprender a tomar iniciativas criativas (escolher um espaço adequado para a prática além da quadra) e a utilizar materiais alternativos é um
fator importante na promoção da autonomia para a prática esportiva, sem esquecer que os fundamentos do esporte continuam sendo
trabalhados.
Dimensão atitudinal
A proposta de desafios (aumento de dificuldade e complexidade nas tarefas) visa motivar o aluno a vencer obstáculos. Ao vencê-los, o aluno
aumenta a autoconfiança e a autoestima. O professor precisa se manter atento ao longo da atividade para que efetivamente os obstáculos
sejam superados, problematizar junto ao grupo para se encontrarem alternativas de resolução de problemas (como sair da situação). Valentini
(2008, p. 120) considera que “a implantação de abordagens pedagógicas no meio esportivo que vão ao encontro das necessidades de todas
as crianças, desenvolvendo estratégias de ensino centradas no aprendiz, promovendo a autonomia, acomodando a diversidade e
maximizando as oportunidades para o sucesso e as conquistas de todos, é essencial à participação em atividades físicas ao longo da vida”.
Avaliação
A participação e a motivação demonstrada durante a prática pelos alunos já foi bastante ressaltada nos itens acima, nesta análise. Contudo,
vale frisar que, conforme proposto no objetivo geral e no específico da parte principal da aula, a execução correta dos fundamentos deve ser
observada.
PLANO DE AULA 05 – Capoeira
DADOS DE IDENTIFICAÇÃO
TEMAFundamentos técnicos e musicais básicos da capoeira.
OBJETIVO GERALPropiciar conhecimentos e vivências acerca do ritmo e da música típicos da capoeira em consonância com fundamentos básicos da modalidade.
RECURSOS A SEREM UTILIZADOSAparelho de som, Giz, Bexigas e pandeiro.
PARTE INICIAL / INTRODUÇÃO Objetivos específicos Conteúdos Estratégia metodológica Avaliação
Iniciar a prática dos fundamentos técnicos básicos da capoeira
Aspectos inerentes ao jogo da capoeira, como: cumprimento, ataque e defesa, chamada de angola, etc.
O professor iniciará a aula conversando com as crianças, dispostas em roda, sobre os objetivos da aula, sobre os movimentos básicos da capoeira, procurando inicialmente identificar se os alunos têm conhecimento sobre a modalidade, se já tiveram experiências anteriores e se, na turma, há algum aluno praticante que possa auxiliá-lo na demonstração dos movimentos, se necessário.
Responde aos questionamentos, relata suas experiências, apresenta-se para ajudar.
Núcleo EndereçoAtividade / Modalidade CapoeiraPeríodo Horário DiaGênero Misto Idade média 11-12 anos Nº. de alunos 30Coord. de Núcleo Monitor responsável
Movimentos básicos. Iniciar as atividades práticas com a brincadeira do
Duro ou Mole, conhecida também como Toca e Foge ou Salva Estátua, em cujo desenvolvimento se apresentam os elementos do jogo da capoeira. O aluno, para salvar a estátua, deverá realizar um movimento correspondente à posição em que a estátua se encontra (determinado pelo professor). Exemplo, em cócoras: para salvar a estátua, o aluno fica de cócoras, olha nos olhos do colega e cumprimenta-o, correspondendo ao movimento de cumprimento ao entrar na roda para iniciar o jogo da capoeira (o professor deverá variar com outras situações do jogo da modalidade).
Na sequência, separar os alunos em duplas e solicitar que fiquem frente a frente, com um pé a frente e outro atrás, ambos com o mesmo pé à frente. Os alunos deverão tentar tocar com a mão na panturrilha da perna do colega, que tentará evitar a ação trocando a perna da frente. Em um segundo momento, solicitar aos alunos para que vão trocando as pernas e estejam em posição mais agachada.
Participa com motivação e desenvoltura da tarefa proposta;
Participa com empenho e consegue realizar a tarefa.
PARTE PRINCIPAL / DESENVOLVIMENTOObjetivos específicos Conteúdos Estratégia metodológica Avaliação
Assimilar o ritmo típico da capoeira associado a movimentos diversos;
Harmonia do ritmo com a ginga;
Ritmo típico da capoeira;
O professor solicitará aos alunos que se desloquem no ritmo da música no espaço da aula (o professor deverá alterar o ritmo das músicas – podendo ser com um instrumento da capoeira ou então com a aparelhagem de CD). Variações: 2 a 2, 3 a 3, 4 a 4, etc.
Deslocar-se pelo espaço da aula, procurando expressar o ritmo da música com elementos do corpo: palmas, batendo as mãos no corpo, nas passadas, ou de outra maneira;
Variações:- Idem anterior, mas realizando em duplas, batendo palma na palma ou nas costas do colega;- Cada aluno, com uma bexiga, desloca-se ao
Executa a ginga no ritmo da música;
Demonstra atenção e interesse pelo tema;
Reconhece as características do ritmo associando com movimentos de partes diferentes do corpo;
Aprender o toque instrumental do pandeiro.
Toque do pandeiro.
ritmo da música sem deixar a bexiga cair;
Solicitar aos alunos, em roda, ajoelhados no chão, que desenhem com giz um pandeiro no chão. Utilizando linguagem figurada, o professor solicitará aos alunos que repitam a frase “Café com pão” no ritmo trabalhado na atividade anterior, no seguinte formato: CAFÉ – COM – PÃO, ou podendo utilizar números como: um – dois – três – quatro.
Solicitar que os alunos batam no pandeiro desenhado no chão com uma mão no ritmo trabalhado acima.
Toca o “pandeiro” no ritmo da capoeira.
PARTE FINAL / CONCLUSÃOObjetivos específicos Conteúdos Estratégia metodológica Avaliação
Cantar a música mais popular da capoeira – Paraná-ê.
Expressar os movimentos trabalhados na aula em forma de roda.
Música: Paraná-ê. Em roda, o professor questiona se alguém sabe qual é a música mais popular da capoeira. Em caso de resposta positiva, solicitar que o aluno cante um trecho da música para a turma. Se necessário (caso ninguém saiba ou queira demonstrar), o professor ensinará a cantiga. Se necessário, corrigir/ensinar o refrão da música.
Solicitar aos alunos que cantem o refrão com o acompanhamento de palmas no ritmo trabalhado em aula;
Finalizar com uma roda de capoeira simplificada. Motivar os alunos a participarem demonstrando os movimentos trabalhados em aula.
Variação: estimular os alunos que já tenham experiência ou que são praticantes a demonstrarem na roda outros movimentos que já dominam, servindo de estímulo aos colegas para as próximas aulas.
Conhece e canta a música solicitada;
Coordena o canto e as palmas;
Expressa motivação ao cantar;
Entra espontaneamente na roda e executa os movimentos trabalhados.
COMENTÁRIOS SOBRE A AULA Espaço reservado para comentários do professor, após a aula ministrada, para o aprimoramento das próximas aulas (exercício de ação-reflexão-ação). Procure responder às questões abaixo, verificando:
A aula cumpriu os objetivos propostos?
A estratégia metodológica adotada foi eficaz para o cumprimento dos objetivos? As crianças participaram ativamente? Demonstraram atenção e interesse? Questionaram? Fizeram sugestões?
REFERÊNCIASREIS, A. L. T. Brincando de Capoeira. Recreação e Lazer na Escola. Brasília: Ed. Valcy, 1997.
SILVA, G. O. Capoeira do Engenho à Universidade. São Paulo: CEPEUSP, 1995.
SOUZA, S. A. R S.; OLIVEIRA, A. A. B. Estruturação da Capoeira como conteúdo da Educação Física Escolar. Revista da Educação Física/UEM. Maringá, v.12, n. 2, p. 43-50, 2. Sem. 2001.
REFLETINDO O PLANO DE AULA 05
Importância do tema no cotidiano O ritmo é manifesto na natureza, é o impulso e a força que movimenta a vida humana. Está presente em nosso organismo, nas manifestações de expressão dos nossos gestos, na comunicação do homem com o seu meio. Por sua vez, a capoeira se constitui em patrimônio cultural brasileiro e um elemento da cultura corporal brasileira, sendo praticada atualmente como esporte e adotada por muitas pessoas como exercício físico regular.
Justificativa para a escolha da estratégia metodológica Para a presente aula, foi adotada uma perspectiva metodológica de ensino e aprendizagem que busca o desenvolvimento da autonomia, a cooperação, a participação social, a afirmação de valores e princípios democráticos (SOUZA & OLIVEIRA, 2001). As formas de expressar o ritmo com elementos do corpo, a necessidade da colaboração do companheiro para a realização de algumas tarefas, o respeito e a cordialidade presentes nas atividades cristalizam tal perspectiva.
Dimensão conceitualNa capoeira, a forma de cumprimento, o ritmo característico, a formação da roda, a música e os gestos constituem-se em aspectos da linguagem característica da modalidade, ou seja, a forma e as regras necessárias para a sua prática.
Dimensão procedimentalO ritmo e a ginga são fundamentos básicos e essenciais para a continuidade do aprendizado da capoeira. Na presente aula, tais fundamentos foram realizados de forma lúdica e prazerosa.
Dimensão atitudinal
O conceito de coletividade está presente em quase todos os momentos da aula apresentada: seja ao cumprimentar o companheiro, ao realizar movimentos de ataque e defesa de forma lúdica, seja no momento final, no qual se exigem harmonia e coletividade geral de participação, características da roda da capoeira, momento principal da modalidade. AvaliaçãoO conhecimento prévio, a motivação, o empenho, a desenvoltura e a eficácia na realização dos movimentos, o ritmo e a forma pela qual são construídos, bem como o resultado da junção de todos esses elementos constituem majoritariamente a nossa avaliação. Contudo, a observação se a participação se deu de forma motivada na roda final pode se constituir no principal indicativo do alcance nos objetivos da aula proposta. Tal motivação poderá ser fundamental para o sucesso das próximas aulas.
PLANO DE AULA 06 – Primeiros Socorros
DADOS DE IDENTIFICAÇÃO
TEMAPrimeiros socorros.
OBJETIVO GERALProporcionar aos alunos uma noção sobre socorros urgentes no caso de acidentes durante a prática de esportes.
RECURSOS A SEREM UTILIZADOSBolas, cordas, coletes, arcos, cones, bastões, caixa de primeiros socorros.
PARTE INICIAL / INTRODUÇÃOObjetivos específicos Conteúdos Estratégia metodológica Avaliação Refletir sobre as experiências
anteriores com acidentes nos esportes;
Situações de risco de acidentes a que os praticantes de esportes estão sujeitos;
O professor buscará colher junto aos alunos dados sobre conhecimentos e vivências anteriores com relação aos primeiros socorros. Além disso, apresentará a necessidade da apreensão de
Responde aos questionamentos e se interessa pelo assunto.
Núcleo EndereçoAtividade / Modalidade 1os Socorros nos
esportesPeríodo Horário DiaGênero Misto Idade média 13-14 anos Nº de alunos 30Coord. De Núcleo Monitor responsável
Relatar procedimentos de socorros urgentes (de que participou ou viu).
Conceito de primeiros socorros.
conhecimentos e habilidades para intervenção junto a acidentados.
PARTE PRINCIPAL / DESENVOLVIMENTOObjetivos específicos Conteúdos Estratégia metodológica Avaliação Reconhecer as situações
possíveis de acidentes nos esportes;
Iniciar a aprendizagem sobre primeiros socorros aplicados ao esporte.
Primeiros socorros nos casos de fraturas, torções e lesões musculares, convulsões e desmaios, insolação/hipertermia e infarto.
Dramatização por meio de esquetes: o professor separará a turma em quatro grupos de sete ou oito componentes e, em seguida, distribuirá um pequeno texto a todos os participantes, escrito de forma clara e simples, contendo figuras ilustrativas. Depois, apresentará a seguinte tarefa ao grupo: após a leitura e discussão do texto, a turma montará um pequeno esquete (dramatização), que deverá conter uma situação esportiva, a simulação do acidente e do socorro ao colega acidentado (10 minutos). O professor passa de grupo em grupo, para auxiliar e tirar as dúvidas que surgirem. Na sequência, cada grupo apresenta aos demais a dramatização que montou.
Participa da leitura do texto e da montagem do esquete;
Interpreta seu papel com disposição e satisfação;
Demonstra atenção e interesse pelo tema apresentado pelos demais grupos.
PARTE FINAL / CONCLUSÃOObjetivos específicos Conteúdos Estratégia metodológica Avaliação Consolidar os conhecimentos
obtidos. Reflexão sobre a possibilidade
de utilização dos primeiros socorros, nas aulas do PST, em outros ambientes, em casa, na vida.
O professor estimula os alunos a questionarem os procedimentos. Pergunta sobre o que aprenderam e se conseguem utilizar os conhecimentos. Pergunta sobre os procedimentos mais difíceis, bem como se gostariam de praticar com mais vezes, para treinar mais.
Participa das discussões finais;
Sente-se estimulado e desafiado.
COMENTÁRIOS SOBRE A AULA Espaço reservado para comentários do professor, após a aula ministrada, para o aprimoramento das próximas aulas (exercício de ação-reflexão-ação). Procure responder às questões abaixo, verificando:
A aula cumpriu os objetivos propostos? A estratégia metodológica adotada foi eficaz para o cumprimento dos objetivos? As crianças participaram ativamente? Demonstraram atenção e interesse? Questionaram? Fizeram sugestões?
REFERÊNCIASHAFEN, B.Q.; KARREN, K.J.; FRANDSEN, K.J. Guia de primeiros socorros para estudantes. São Paulo: Manole; 2002.
MARCONDES, R.S.M. Saúde na escola: 1º. Grau. São Paulo: Ibrasa, 1979.
OLIVEIRA, A.A.B.; MOREIRA, E.C. Planejamento e Organização para o programa Segundo Tempo. In: OLIVEIRA, A. A. B.; PERIM, G. L. (Org.). Fundamentos Pedagógicos para o Programa Segundo Tempo. Maringá: Eduem, 2008.
REFLETINDO O PLANO DE AULA 06
Importância do tema no cotidiano
Sabemos que a prática esportiva traz implícito o risco de acidentes que podem ocasionar lesões ou maus súbitos em níveis de gravidade
diversos. Saber como agir em tais situações pode ser decisivo para o acidentado. O acesso ao conhecimento e a vivências de tais situações
deve ser proporcionado aos nossos jovens.
Justificativa para a escolha da estratégia metodológica
O acolhimento aos alunos (roda inicial) se dá pela possibilidade da manifestação das experiências anteriores dos alunos, para uma melhor
visualização do tema. Na parte principal, a leitura e discussão dos pequenos textos ilustrados e a montagem e encenação dos esquetes têm o
intuito de proporcionar o conhecimento e a vivência da situação, simulando uma realidade possível. As atividades teatrais são consideradas
imprescindíveis no programa, podendo se constituir em uma atividade divertida e participativa. Na parte final, o professor conduz a discussão
e a reflexão sobre o tema, alertando sobre a possibilidade de utilização não só nas atividades esportivas, mas em casa e no cotidiano.
Dimensão conceitual
A parte inicial da aula tem como objetivo visualizar as possíveis situações de utilização dos primeiros socorros e a importância do domínio dos
procedimentos. Já a leitura, a discussão do texto e a montagem dos esquetes proporcionam a aquisição do conhecimento a ser retransmitido
ao restante da turma por meio da apresentação dos grupos.
Dimensão procedimental
Esta dimensão se caracteriza pela aprendizagem por meio da vivência (dramatização) dos procedimentos corretos para os socorros urgentes
nas situações apresentadas, mostrando como fazer.
Dimensão atitudinal
A “preocupação com o outro” é a tônica deste item. A adoção de atitudes que expressam a solidariedade e a cooperação em situações críticas
faz parte da promoção da cidadania. Observação: para quem assiste à representação de um procedimento, será necessário um segundo
momento, para vivência (dimensão procedimental). Isso deverá ser proporcionado. Numa próxima aula, pode-se realizar um rodízio, com a
instrução e realização de todos os procedimentos; os alunos que realizaram tais procedimentos auxiliam o professor na tarefa.
Avaliação
Para esta aula, o professor deve se manter atento às reações dos alunos aos estímulos lançados. A participação e o interesse despertado pelo
tema devem ser levados em consideração para a manutenção ou reestruturação das próximas aulas ou da aplicação da mesma aula junto a
outras turmas. O professor deve realizar registros e anotações no decorrer das atividades, identificando se os objetivos estão sendo
alcançados e como uma próxima aula pode ser mediada.
PLANO DE AULA 07 – Basquetebol
DADOS DE IDENTIFICAÇÃO
TEMA Tática individual e coletiva no basquetebol.
OBJETIVO GERALProporcionar aos alunos o conhecimento e a vivência de aspectos táticos e técnicos do basquetebol.
RECURSOS A SEREM UTILIZADOSBola de basquetebol, arcos, cones e coletes.
PARTE INICIAL / INTRODUÇÃOObjetivos específicos Conteúdos Estratégia metodológica Avaliação Reconhecer espaços e
superar o adversário com o uso de passes.
Passes, deslocamentos defensivos e ofensivos.
Atividade 1 (aquecimento) –Jogo dos três timesNo campo do jogo marcado por cones, há três equipes (A, B e C). A equipe “A” começa o jogo com todos seus jogadores dentro dos arcos espalhados pelo campo de jogo. Equipes “B” e “C” disputam a posse de
Apresenta-se para jogar, participa com motivação,
Núcleo EndereçoAtividade / Modalidade Basquetebol Período Horário DiaGênero Misto Idade média 15 - 17 anos Nº. de alunos 20Coord. de Núcleo Monitor responsável
bola. A equipe de posse de bola tenta fazer ponto; a equipe em defesa procura tomar a posse de bola, marcando individual, procurando interceptar os passes. Por meio de passes, a equipe que está em ataque tenta fazer a bola chegar a um jogador da equipe “A”, nos cones. Quando isso acontece, a equipe marca um ponto. Automaticamente, os integrantes de “A” saem dos cones e passam para o ataque, quem fez ponto defende, quem sofreu o ponto entra nos arcos passando a ser o alvo. Ganha a equipe que em 10 minutos fizer mais pontos.Variação possível: colocar coringas defensivos (criar superioridade numérica defensiva), não permitir dribles.
atacando e defendendo.
PARTE PRINCIPAL / DESENVOLVIMENTOObjetivos específicos Conteúdos Estratégia metodológica Avaliação Passar a maior
quantidade de bolas aos colegas que se encontram no setor de definição para a marcação de pontos;
Aplicar os diferentes fundamentos técnico-táticos em situação de 3x3, tentando fazer a maior quantidade de pontos possíveis.
Fundamentos técnicos e táticos de ataque e de defesa;
Fundamentos técnicos e táticos de ataque e de defesa.
Atividade 2 – Jogo dos três setoresDividir a quadra em três setores: setor central e dois setores de definição (que vão da linha de fundo até a linha de três pontos). Serão dois times de nove integrantes cada, com três jogadores em cada setor. No meio do campo, e fora do setor de jogo, posiciona-se um coringa. Os jogadores em posse da bola (ataque) deverão trocar passes e passar a bola para a equipe correspondente que se encontra no setor subsequente. Os coringas poderão ser utilizados pelos times em posse da bola e poderão jogar com as equipes posicionadas nos três setores, só podendo passar a bola dentro do setor em que se encontra a troca de passes. É proibido ao coringa passar a bola para o outro setor. A função da equipe sem posse de bola é recuperá-la e realizar a troca de passes e a passagem de setores. Cada equipe pontua em sua cesta de ataque, em seu setor de definição. O professor vai acrescentando um maior número de bolas conforme a evolução do jogo para aumentar a sua complexidade. Variações: não permitir dribles e aumentar o número de setores diminuindo o tamanho deles, aumentar número de jogadores por setor.
Atividade 3 – Jogo de meia quadra (3x3)Dois times de três integrantes cada um jogam em 3x3 em cada tabela da quadra. Os participantes devem executar ações técnico-táticas para solucionar os diferentes problemas da situação 3x3. Quando marcam ponto, atacam para o outro lado da quadra; quem defende nessa metade sai em contra-ataque, e quem estava atacando vai para a defesa. Na troca de quadra, objetiva-se que o ataque seja definido rapidamente. Caso um grupo de ataque finalize antes do outro, deve sair rápido na direção da outra metade do campo, forçando, assim, a definição dos colegas na outra metade. Caso eles tenham sucesso, a equipe de defesa permanece nessa função. Caso o ataque erre, vai a defesa, e os defensores saem em contra-ataque para a tabela do outro lado da quadra. Variações: o professor deve propor situações nas quais os alunos tenham de empregar
Executa os fundamentos de forma adequada, utilizando os coringas;
Emprega os fundamentos técnicos e táticos de ataque e de defesa de forma satisfatória.
os diferentes princípios táticos (bloqueios, tabelas, cruzamentos) estabelecidos. Portanto, é pertinente limitar o número de dribles, passes, tipos de arremessos ou estabelecer normas nas quais os pontos são válidos só se o time executou determinado principio tático.
PARTE FINAL / CONCLUSÃOObjetivos específicos Conteúdos Estratégia metodológica Avaliação Treinar passes e
arremessos de lance-livre
Voltar à calma.
Passes rápidos e arremessos (lances livres);
Feedback sobre a participação.
Atividade 4 – Competição de lances-livresEm duas equipes de 10 alunos cada, organizar duas colunas de cinco alunos, em meia-lua, indo desde a cesta até a linha de lance-livre, onde dois alunos estarão lado a lado. Após o arremesso, o primeiro da coluna apanha o rebote ou a bola embaixo da cesta e inicia uma linha de quatro passes até o próximo arremessador. Após o arremesso, o aluno apanha o rebote e reinicia o rodízio. Vence a equipe que fizer mais pontos de lance-livre em cinco minutos.
Roda final: procurar saber dos alunos quais foram suas dificuldades e facilidades durante a aula e tirar possíveis dúvidas sobre os fundamentos executados. O professor deve elogiar e/ou criticar a participação da turma, porém, de forma positiva, estimulando os alunos para o próximo encontro.
Realiza os fundamentos com eficiência, dentro dos padrões preconizados;
Participa da análise geral da aula.
COMENTÁRIOS SOBRE A AULA Espaço reservado para comentários do professor, para o aprimoramento das próximas aulas (exercício de ação-reflexão-ação).
A aula alcançou os objetivos propostos? O que funcionou e por que funcionou? O que não funcionou e por que não funcionou? Os alunos participaram da aula com motivação e prazer? O que deve ser revisto no plano de aula? O tempo? O espaço/material utilizado? O tamanho dos grupos?
REFERÊNCIASGAYA, A.; TORRES, L. A cultura corporal do movimento humano e o esporte educacional. In: OLIVEIRA, A. A. B. ; PERIM, G. L. (Org.). Fundamentos Pedagógicos para o Programa Segundo Tempo. Maringá: Eduem, 2008.
GRECO, P.J.; SILVA, S.A. A metodologia de ensino dos esportes no marco do programa segundo tempo. In: OLIVEIRA, A. A. B.; PERIM, G. L. (Org.). Fundamentos Pedagógicos para o Programa Segundo Tempo. Maringá: Eduem, 2008.
MORALES, J.C.P.; ANSELMO, A.S. Anexo 3 – Basquetebol. In: OLIVEIRA, A. A. B.; PERIM, G. L. (Org.). Fundamentos Pedagógicos para o Programa Segundo Tempo. Maringá: Eduem, 2008.
MOURA, C. M. A trajetória da bola: Os jogos para a aprendizagem do Basquetebol. Taubaté: Cabral, 2003.
REFLETINDO O PLANO DE AULA 07
Importância do tema no cotidiano
O basquetebol, assim como os outros esportes institucionalizados – elementos da Cultura Corporal do Movimento Humano –, tem importante
papel como esporte educacional. Sob tal prisma, “deve promover o desenvolvimento da cultura esportiva, cultivar e incrementar atividades que
satisfaçam as necessidades lúdicas, estéticas, artísticas, combativas e competitivas de nossas crianças e adolescentes, tendo como prioridade
educá-los em níveis mais elevados de conhecimento e de ação para o exercício pleno da cidadania” (GAYA & TORRES, 2008, p.62).
Justificativa para a escolha da estratégia metodológica
A aula apresentada teve como pilar metodológico o ensino e a prática do basquetebol com base em jogos, a fim de desenvolver as
capacidades táticas e técnicas para o esporte. Por meio de jogos e brincadeiras, os jovens adquirem uma rica e variada quantidade de
experiências motoras para a prática de esportes (GRECO & SILVA, 2008).
Dimensão conceitual
É importante entender que o jogo em si apresenta diversas possibilidades de tomada de decisão. Não existe um único caminho quando se
possui tal princípio.
Dimensão procedimental
Aprender a jogar basquetebol passa pela conquista da autonomia. Dessa forma, os fundamentos devem ser ensinados. Contudo, não houve
menção, no presente plano, a uma forma definida de resposta para cada situação apresentada, ou de uma forma padronizada de se passar ou
arremessar a bola. Decidir a melhor alternativa de execução passa a ser uma opção pessoal.
Dimensão atitudinal
A cooperação e a interação são requisitos importantes a serem enfatizados para se obter sucesso na execução das tarefas contidas nos jogos
propostos. Levados para o cotidiano, tais requisitos serão fundamentais na formação do cidadão.
Avaliação
Atacar e defender com disposição, empregar os fundamentos de forma eficiente e solucionar os problemas que se apresentam no confronto
com os colegas da equipe adversária compõe a verificação da aprendizagem. Além disso, o feedback final é de suma importância para a
atuação futura do professor.