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Planos econômicos x cadernetas de poupança: uma batalha árdua Plano Verão 1. O que foi o Plano Verão? Um plano econômico instituído em janeiro de 1989. A Lei que criou o Plano Verão determinou que os saldos das cadernetas de poupança, em fevereiro de 1989, fossem atualizados com base no rendimento acumulado das Letras Financeiras do Tesouro (LFT) e não mais pelo IPC (Índice de Preço ao Consumidor). Com isso, os bancos não creditaram a diferença devida no percentual de 20,46% nas cadernetas de poupança com aniversário entre 1º a 15, no mês de fevereiro de 1989. 2. Quem sofreu a perda? Todos os consumidores que possuíam caderneta de poupança com aniversário entre 1º a 15 de janeiro de 1989 e que mantiveram saldo na conta até a remuneração do mês seguinte, ou seja, fevereiro de 1989. Para saber qual o aniversário de sua poupança verifique no extrato a data de entrada dos rendimentos (juros e correção monetária) ou o dia de abertura da conta no banco. 3. Como fazer para reaver as perdas do Plano Verão? Seria necessário promover uma ação judicial contra o banco onde tinha caderneta de poupança na época, porém, como já se passaram mais de 20 anos da data em que os poupadores sofreram as perdas (prazo prescricional reconhecido pelo Poder Judiciário), a alternativa seria se beneficiar de decisões judiciais dadas em ações civis públicas, como as do Idec, o que pode ser feito por meio de advogado, se o consumidor não for associado do Idec. Para tanto, é fundamental saber se existe ação civil pública ajuizada em face do banco no qual você tinha poupança em janeiro e fevereiro de 1989 e se a decisão pode ser utilizada (algumas decisões beneficiam somente os poupadores do estado de São Paulo ou apenas os associados do Idec). 4. Qual é o prazo para executar as decisões favoráveis proferidas nas ações civis públicas? De acordo com o atual entendimento do Superior Tribunal de Justiça (REsp nº 1.273.643/PR) o prazo para ajuizar a execução é de 5 anos contado a partir do momento em que a decisão da ação civil pública torna-se definitiva. Assim, o prazo varia de acordo com o respectivo processo.

Planos econômicos x cadernetas de poupança

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Planos econmicos x cadernetas de poupana: uma batalha rduaPlano Vero1. O que foi o Plano Vero?Um plano econmico institudo em janeiro de 1989. A Lei que criou o Plano Vero determinou que os saldos das cadernetas de poupana, em fevereiro de 1989, fossem atualizados com base no rendimento acumulado das Letras Financeiras do Tesouro (LFT) e no mais pelo IPC (ndice de Preo ao Consumidor). Com isso, os bancos no creditaram a diferena devida no percentual de 20,46% nas cadernetas de poupana com aniversrio entre 1 a 15, no ms de fevereiro de 1989.

2. Quem sofreu a perda?Todos os consumidores que possuam caderneta de poupana com aniversrio entre 1 a 15 de janeiro de 1989 e que mantiveram saldo na conta at a remunerao do ms seguinte, ou seja, fevereiro de 1989.

Para saber qual o aniversrio de sua poupana verifique no extrato a data de entrada dos rendimentos (juros e correo monetria) ou o dia de abertura da conta no banco.

3. Como fazer para reaver as perdas do Plano Vero?Seria necessrio promover uma ao judicial contra o banco onde tinha caderneta de poupana na poca, porm, como j se passaram mais de 20 anos da data em que os poupadores sofreram as perdas (prazo prescricional reconhecido pelo Poder Judicirio), a alternativa seria se beneficiar de decises judiciais dadas em aes civis pblicas, como as do Idec, o que pode ser feito por meio de advogado, se o consumidor no for associado do Idec. Para tanto, fundamental saber se existe ao civil pblica ajuizada em face do banco no qual voc tinha poupana em janeiro e fevereiro de 1989 e se a deciso pode ser utilizada (algumas decises beneficiam somente os poupadores do estado de So Paulo ou apenas os associados do Idec).

4. Qual o prazo para executar as decises favorveis proferidas nas aes civis pblicas?De acordo com o atual entendimento do Superior Tribunal de Justia (REsp n 1.273.643/PR) o prazo para ajuizar a execuo de 5 anos contado a partir do momento em que a deciso da ao civil pblica torna-se definitiva. Assim, o prazo varia de acordo com o respectivo processo.

5. O que uma ao civil pblica?Trata-se de um tipo de processo que visa beneficiar todas as pessoas que foram prejudicadas em determinada situao. Apesar de o Cdigo de Defesa do Consumidor garantir que uma deciso favorvel dada em ao civil pblica beneficia todos os poupadores do pas, os bancos tm recorrido e diversas decises judiciais tm limitado os efeitos das decises favorveis das aes propostas pelo Idec ao estado de So Paulo. Por isso, os poupadores de outros estados devem entrar com aes individuais para no correr riscos de perder o prazo. Alm disso, tambm existem casos em que as decises esto limitadas aos associados, situao em que o consumidor no associado tambm deveria ter ingressado com ao individual.

6. O que a fase de execuo de um processo?Quando o Tribunal reconhece o direito restituio das perdas sofridas no Plano Vero, passa-se a discutir os valores pleiteados. Somente na fase de execuo, se a ao for julgada favorvel, que os lesados iro demonstrar que foram atingidos para se beneficiar da deciso, isto , devem apresentar na Justia os documentos que comprovam o prejuzo sofrido. neste momento que se discute os valores que devem ser pagos atualmente pelos bancos a cada um dos poupadores.

A execuo de um processo pode ser provisria ou definitiva. definitiva quando o direito discutido na ao foi reconhecido em ltima instncia, sem mais possibilidade de questionar a deciso judicial. A execuo provisria quando h deciso favorvel, reconhecendo o direito do consumidor, mas ainda existem recursos que precisam ser julgados. O Idec promove execues provisrias para agilizar o recebimento do crdito dos poupadores, mas somente em situaes em que a reforma da deciso favorvel ao consumidor pouco provvel.

7. O que o Idec fez em defesa dos consumidores?Buscando recuperar estas perdas, o Idec ingressou desde o incio da dcada de 90 com vrias aes, inclusive aes civis pblicas, que esto em andamento na Justia. Atualmente, o direito dos poupadores quanto restituio das perdas do Plano Vero amplamente reconhecido pela Justia. O trabalho do Idec neste tema contribuiu muito para este cenrio favorvel a todos os poupadores. Para seus associados, o Idec j recuperou cerca de R$ 22 milhes de reais.

Obs: O Idec no promove aes individuais.

8. O Idec ingressa com as execues somente para seus associados?Sim, mas as decises obtidas nas aes civis pblicas do Idec beneficiam todos os consumidores, mesmo no associados ao Idec, que podem execut-la por meio de advogado particular. preciso somente conferir a abrangncia da deciso (estadual ou nacional) declarada pela Justia para saber se a deciso de fato o beneficia.

9. Quais aes foram ajuizadas pelo Idec e em que fase elas esto?O Idec ajuizou 28 aes civis pblicas, sendo que em 16 delas, o Instituto j iniciou as execues reivindicando os valores devidos para seus associados. Algumas destas execues so definitivas e outras provisrias, algumas so vlidas para os consumidores de todo o pas, outras beneficiam somente os consumidores do estado de So Paulo.

Apesar de o entendimento do Poder Judicirio hoje ser pacfico quanto ao direito do poupador recuperao das perdas sofridas no Plano Vero, diversas discusses processuais, principalmente quando as aes so aes civis pblicas, podem atrasar ou mesmo prejudicar o direito dos poupadores. Por isso, os consumidores que tiverem poupana em um dos bancos que se encontram nas listas abaixo devem ler com ateno o andamento da ao para decidir o que fazer.

AES COM DECISES FAVORVEIS PARA TODOS OS CONSUMIDORES DO PAS:BancoExecuo Definitiva

Bamerindus

Banco do Brasil

Bandepe - Banco do Estado de Pernambuco

Baneb - Banco do Estado da Bahia

Nossa CaixaNosso Banco

AES COM DECISES FAVORVEIS PARA TODOS OS CONSUMIDORES DO ESTADO DE SO PAULO:

BancoObservaesExecuo DefinitivaExecuo Provisria

Banestado - Banco do Estado de So Paulo

Banco Econmico

Banco Ita

Banco Safra

Banco EconmicoDeciso favorvel contra o Econmico. Entretanto, como o banco foi adquirido pelo Bradesco, o Idec requereu na fase de execuo a responsabilidade do Bradesco pelas perdas e aguardamos deciso. Os interessados podem aguardar essa deciso ou executar a deciso individualmente.

Banorte - Banco Nacional do Norte

Caixa Econmica Federal

Crefisul

IMPORTANTE:A tabela abaixo relaciona as outras aes civis pblicas ajuizadas pelo Idec para reivindicar as perdas do Plano Vero. O Idec recomenda que o consumidor que possua poupana em um desses bancos entre com ao judicial individual. Em alguns casos, h deciso final desfavorvel; em outros h grande risco de perder ou de demorar excessivamente; em outros, a deciso favorvel pode ficar restrita a So Paulo e/ou aos associados do Idec.

BancoAndamento da ao civil pblica ajuizada pelo Idec

Amrica do SulHouve deciso definitiva restringindo a condenao do banco apenas aos associados do Idec. O processo retornou para a primeira instncia. J houve deciso favorvel reconhecendo o direito dos poupadores e que objeto de recurso a ser analisado pelo Tribunal de Justia de So Paulo. O Banco Santander responde ao. A deciso final ainda pode demorar muitos anos.

BandeirantesDesfavorvel e encerrada.

BanerjDesfavorvel e encerrada.

BanorteHouve deciso favorvel e restrita ao Estado de So Paulo. O Idec recorreu ao STJ para ampliar a deciso para todo o Pas. Aguarda-se julgamento.

BradescoIdec ingressou com Ao Civil Pblica e foi deferida liminar para que o banco mantenha os extratos dos poupadores em seus arquivos. O juiz extinguiu o processo sem julgamento de mrito e o Idec recorreu para o Tribunal de Justia de So Paulo. A ao tambm corre risco de ser extinta em razo de uma deciso do Superior Tribunal de Justia no Recurso Especial n 1.070.896/SC, que reduziu o prazo prescricional das aes civis pblicas de 20 para 5 anos (*). Essa ao de dezembro de 2008.

Caixa Econmica FederalJ h deciso de segunda instncia reconhecendo o direito dos poupadores restituio das perdas com o Plano Vero, porm os critrios de atualizao so desfavorveis aos poupadores, alm de ter efeitos limitados apenas ao Estado de So Paulo. Aguarda-se deciso do Superior Tribunal de Justia.

Caixa Econmica MG (Minas Caixa)Deciso final ainda pode demorar muitos anos, pois s teve deciso favorvel em 1 instncia at o momento. A ao tambm corre risco de ser extinta em razo de uma deciso do Superior Tribunal de Justia no Recurso Especial n 1.070.896/SC, que reduziu o prazo prescricional das aes civis pblicas de 20 para 5 anos (*). Essa ao de maio de 1995.

Banco ABN Amro Real (Cia Real de Crdito Imobilirio)Desfavorvel e encerrada.

CrefisulDeciso favorvel, mas existe o risco, ainda que remoto, de ficar restrita aos poupadores do estado de So Paulo.

DigibancoDeciso favorvel para o Estado de So Paulo. Como o banco quebrou e foi adquirido pelo Banco Pontual que est sob regime de direo fiscal, cada poupador deve decidir o que fazer para tentar recuperar seus crditos.

UnibancoDesfavorvel e encerrada.

NoroesteDeciso favorvel (ainda no definitiva) para os associados do Idec. Existe o risco de ficar restrita aos poupadores do estado de So Paulo.

(*) Em razo de deciso proferida no Recurso Especial n 1.070.896/SC pelo Superior Tribunal de Justia, o prazo para ingresso de aes civis pblicas caiu de 20 para 5 anos. A deciso ainda no definitiva, mas tem grandes chances de ser confirmada. Com isso, as nossas aes contra, BCN, Minas Caixa, Bradesco e ABN Amro Real correm o risco de serem extintas. A ao contra o Baneb j definitiva e no h qualquer meio processual para extingui-la. As demais aes civis pblicas e as aes individuais no sero afetadas.Mais informaes.

10. Como posso obter cpia dos extratos da poca?O consumidor que no guardou os extratos da poca pode solicitar ao banco as microfilmagens dos meses de janeiro e fevereiro de 1989. Para obter as microfilmagens no banco, faa o pedido por escrito, estabelea prazo de 10 dias para resposta e solicite que uma via de sua solicitao seja protocolada. As cpias dos extratos devem ser fornecidas mesmo que a conta esteja encerrada. Caso o banco tenha sido adquirido por outro, o banco sucessor o responsvel por fornecer tais documentos.

As microfilmagens devem ser emitidas em papel timbrado do banco, carimbado e assinado pelo gerente. Caso o titular da conta tenha falecido, a solicitao poder ser feita pelos herdeiros ou inventariante.

Se o banco no fornecer os documentos, formalize a denncia ao Banco Central do Brasil, rgo que fiscaliza as instituies financeiras (ligue 0800-9792345 ou acessewww.bacen.gov.br).

Se ainda assim ocorrer a recusa por parte do banco, o consumidor poder ajuizar um processo especfico (ao cautelar de exibio de documentos), mas ser necessrio contratar advogado, uma vez que este tipo de ao no pode ser movida no Juizado Especial Cvel ("Pequenas Causas").

11.Passo a passo para calcular o que deve ser pago pelo bancoPASSO 1. preciso ter em mos os extratos bancrios de janeiro e fevereiro de 1989. Clique aqui para ver exemplos de extratos de vrios bancos com a indicao dos itens que servem de referncia para os clculos.

PASSO 2.Identificar no extrato o saldo existente na caderneta de poupana em janeiro de 1989, lembrando que o Plano Vero tambm alterou a moeda de Cruzados para Cruzados Novos (NCz$), o que resultou na perda de trs zeros.

PASSO 3.O percentual no creditado pelos Bancos (20,46%) deve ser aplicado sobre o saldo de janeiro de 1989, em Cruzados Novos (NCz$). Este percentual amplamente reconhecido pela Justia.

Basta fazer uma multiplicao: saldo da poupana X 0,2046 *

* Excees: A justia decidiu que, nos casos das aes civis pblicas movidas pelo Idec contra os bancos Banestado (Banco do Estado do Paran) e Bandepe (Banco do Estado de Pernambuco), a diferena a ser aplicada sobre o saldo de jan/89 de 48,16%. Portanto o poupador desses bancos dever multiplicar o saldo de janeiro de 1989 por 0,4816.

Com isso, temos o valor, na moeda daquela poca, que no foi creditado pelo banco, desrespeitando ao contrato de poupana.

PASSO 4.A este valor em NCz$ deve ser aplicado o ndice acumulado da poupana, desde fevereiro de 1989 at o ms atual. O resultado j representa um valor na moeda atual, o Real (R$).

Temos, ento, outra multiplicao: valor devido poca X 20,78868.

(Para visualizar a planilha completa de clculos do Idec,clique aqui.)

O ndice defendido pelo Idec:

ndice da poupana:O Idec faz as contas como se o dinheiro que no foi pago pelos bancos no momento devido tivesse rendido na poupana at hoje, conforme previa o contrato de poupana. Contudo os bancos no concordam com isto. No querem pagar o "rendimento da poupana", mais especificamente, os juros remuneratrios (juros que o banco se comprometeu a pagar ao poupador por usar o seu dinheiro e com isso obter lucros). Neste caso, o banco ficou com parte do dinheiro do poupador e o utilizou durante muitos anos. Por isso, para o Idec, obrigar os bancos a pagar os juros remuneratrios medida de justia! Contudo, sobre esta discusso o Judicirio ainda no tem uma posio "fechada".

A partir dos ndices disponibilizados pelo Banco Central do Brasil, o Idec calcula o percentual acumulado do ndice da poupana desde fevereiro/89 at hoje. O ndice da poupana representa a correo monetria do valor devido pelo banco mais os juros remuneratrios de 0,5% ao ms. A cada ms o percentual atualizado. De fevereiro/1989 fevereiro/2014 = 20,78868.

outros expurgos inflacionrios:Neste ndice tambm esto includos os chamados expurgos inflacionrios decorrentes de outros planos econmicos que vieram depois e prejudicaram o poupador. A incluso de outros expurgos j amplamente garantida pelos Tribunais Superiores: 84,32%, 44,80% e 7,87% (para maro, abril e maio/90), e 21,87% (para fevereiro/91).

PASSO 5. Por fim, temos os juros moratrios que tambm devem ser pagos pelos bancos. Estes juros so devidos sempre que h atraso no cumprimento de uma obrigao. O Poder Judicirio entende que os juros moratrios devem ser contados a partir da citao do banco na ao de cobrana do valor devido. A citao se d quando o banco formalmente chamado pela Justia para se defender em uma ao judicial. At a edio do Cdigo Civil de 2002, os juros moratrios eram de 0,5% ao ms. Com o novo Cdigo Civil, vigente a partir de fevereiro de 2003, os juros moratrios aplicveis so de 1% ao ms, contados do ms seguinte citao do banco.

Para saber o quanto o banco deve a ttulo de juros moratrios, o percentual acumulado destes juros deve ser aplicado sobre o valor obtido nas contas em Reais (j atualizado). Depois, preciso somar o valor em Reais ao valor de juros moratrios em Reais.

1) valor em Reais X percentual acumulado de juros moratrios 100 = o valor de juros moratrios

2) valor em Reais + o valor de juros moratrios = valor a receber em Reais

O Idec vem defendendo arduamente estes clculos por serem os mais justos aos consumidores. Mas a forma de aplicao dos clculos ainda no pacfica na Justia.

Juros moratrios devidos nas decises conquistadas pelo Idec em aes civis pblicas *:

Como indicado acima, o Idec conquistou decises favorveis em muitas das aes civis pblicas que moveu reivindicando as perdas do Plano Vero. Elas so uma opo para aqueles que sofreram tais perdas. Mesmo quem no for associado do Idec pode promover a execuo destas decises por meio de um advogado particular.

Atualizamos o percentual de juros moratrios relativos s decises conquistadas todo ms. Este percentual varia de banco para banco por conta da data em que cada um foi citado, que diferente.

Percentuais de juros moratrios atualizados at fevereiro/2014:Banco do Brasil191%

Bandepe (Banco do Estado de Pernambuco)176,5%

Baneb (Banco do Estado da Bahia)178%

Banestes (Banco do Estado de Esprito Santo)186%

Banestado (Banco do Estado do Paran)300%

Bamerindus192%

Basa (Banco da Amaznia)164,5%

Beron (Banco do Estado de Rondnia)177,5%

Bea (Banco do Estado do Amazonas)178,5%

BCN183,5%

Mercantil191,5%

Meridional186%

Nossa Caixa Nosso Banco190,5%

Safra190%

Banco Econmico186,5%

Banco Ita189,5%

Ateno: aqui voc fica por dentro da abrangncia da deciso conquistada pelo Idec na ao civil pblica movida contra o banco de seu interesse: se apenas para o estado de So Paulo ou para todo o Brasil.

* Esses percentuais s so utilizados nas execues dos ttulos judiciais das aes civis pblicas movidas pelo Idec. Volta.

** O percentual est de acordo com o posicionamento do Superior Tribunal de Justia, hoje majoritrio, que determina a citao do banco como incio da contagem dos juros moratrios. Volta.

PASSO 6.Quando o banco depositar em juzo o valor pleiteado pelo poupador, a atualizao deste valor passa a ser feita segundo os critrios de atualizao dos depsitos judiciais. Ou seja, a partir do depsito, o ndice da poupana e tambm os juros de mora param de ser computados. Normalmente, na fase de execuo, quando se passa a discutir o quanto devido, que o banco obrigado a fazer o depsito em uma conta judicial aberta com esta finalidade. A partir da, para saber o rendimento dos valores, preciso solicitar ao banco responsvel pelo depsito um extrato da conta judicial. Em So Paulo, a Nossa Caixa Nosso Banco e a Caixa Econmica Federal que guardam os depsitos judiciais.

PASSO 7. Frmula:Saldo da poupana(NCz$)x0,2046(20,46%)x20,78868ndice poupana (fevereiro/2014)=Valor atualizado(em R$)

Valor atualizado+juros moratrios=Valor devido pelo banco(em R$)

PASSO 8.Tabela de parmetros: A tabela abaixo serve de parmetro para se ter idia aproximada do valor a que o poupador tem direito. importante saber que a esses valores devem ser ainda acrescidos os juros moratrios (veja PASSO 5).

Saldo em cadernetade poupana (NCz$)Diferena de20,46% (NCz$)Valor atualizado emR$ ndice da poupanapara fevereiro / 2014

1.000,00204,60R$ 4.253,36

2.500,00511,50R$ 10.633,41

5.000,001.023,00R$ 21.266,82

7.000,001.432,20R$ 29.773,55

10.000,002.046,00R$ 42.533,64

15.000,003.069,00R$ 63.800,46

20.000,004.092,00R$ 85.067,28

25.000,005.115,00R$ 106.334,10

30.000,006.138,00R$ 127.600,92

35.000,007.161,00R$ 148.867,74

40.000,008.184,00R$ 170.134,56

45.000,009.207,00R$ 191.401,38

50.000,0010.230,00R$ 212.668,20

12. Como participar das execues das aes civis pblicas promovidas pelo Idec?O Idec promove, para seus associados, a execuo das decises conquistadas em suas aes civis pblicas. As execues das decises obtidas pelo Instituto tambm podem ser movidas por qualquer advogado para qualquer poupador beneficiado com as decises.Qual o custo para o associado?Alm da contribuio associativa, os associados arcaro com os custos administrativos do processo e mais 10% do valor recebido ao final da ao.Quais so os documentos necessrios para participar da execuo pelo Idec?O associado dever apresentar ao Idec 02 cpias simples dos extratos de janeiro e fevereiro/89 ou 02 cpias simples da microfilmagem dos extratos (legveis, em papel timbrado do banco, com carimbo e assinatura do gerente responsvel), com aniversrio de 1 15 de janeiro.Alm dos extratos, os associados devero apresentar ao Idec:Termo de CompromissoAutorizaoQuadro demonstrativo (um formulrio para cada conta poupana).Esses documentos sero fornecidos pelo Idec no ato da participao do processo.E se o titular da conta for falecido?O Idec solicita aos herdeiros documentao que comprove quem tem direito restituio reivindicada.Se o poupador for falecido, quais documentos devem ser apresentados ao Idec?Se a conta poupana pertencia, em 1989, a titular j falecido, o inventariante ou um dos herdeiros poder represent-lo perante o Idec para recebimento do crdito, apresentando os seguintes documentos: Cpia simples da Certido de bito; Cpia simples da nomeao de inventariante OU cpia simples do Formal de Partilha OU Declarao de Herdeiros, conforme hipteses a seguir:- Caso haja inventrio ainda em andamento e as perdas referentes a(s) conta(s) poupana estejam(m) includas(s) ser necessrio entregar cpia simples da Nomeao de Inventariante;- Caso haja inventrio concludo e as perdas referentes a(s) conta(s) poupana estejam(m) includas(s) ser necessrio entregar cpia simples do Formal de Partilha;- Caso o direito s perdas no esteja(m) includa(s) no inventrio ou este ainda no tenha sido iniciado, poder ser apresentado ao Idec uma Declarao de Herdeiros que dever ter a assinatura, com firma reconhecida, de todos os herdeiros e, ainda, do(a) vivo(a). Nesta hiptese, um dos herdeiros ou o(a) vivo(a) ser nomeado pelos demais como o responsvel pelo recebimento dos valores. Neste caso, o Idec fornece um formulrio para a elaborao da referida declarao.Obs: caso haja herdeiro e/ou vivo (a) tambm falecido(s), ser necessria a apresentao de sua Certido de bito e de Declarao a ser assinada tambm por seus herdeiros.E aqueles que eram menores na poca das perdas?Aqueles que eram menores poca e hoje so maiores de 18 anos, devem ser titulares da associao no Idec, para que haja legitimidade na defesa de seus interesses no processo de execuo.E se a conta poupana era conjunta solidria? (exemplo: conta em nome de Joo e/ou ...)Para os interessados em participar da execuo, e que tinham conta conjunta, necessrio apenas que um dos titulares se torne associado. Se o associado for o co-titular cujo nome no aparece no extrato, ser necessrio que comprove a co-titularidade por meio de declarao fornecida pelo banco (declarao de co-titularidade).E se a conta poupana era conjunta no solidria? (exemplo: conta em nome de Joo E Maria)Para os interessados em participar da execuo, e que tinham conta conjunta no solidria, necessrio que os dois titulares associem-se ao Idec. Ser cobrada apenas uma taxa de execuo e/ou doao de 10%, de acordo com os critrios mencionados acima

Plano Collor I1. O que foi o Plano Collor I?

Um plano econmico institudo em maro de 1990 com a edio da Medida Provisria n 168/1990, posteriormente convertida na Lei n 8.024/1990.

Entre as medidas empreendidas pelo plano, destacaram-se a converso da moeda ento vigente (cruzados novos NCz$ para cruzeiro Cr$), mantendo a paridade de 1 para 1, o bloqueio dos valores excedentes a NCz$ 50.000,00 (cinquenta mil cruzados novos) de todas as contas-poupana e a remunerao dos valores bloqueados pelo Bnus do Tesouro Nacional Fiscal BTNF e no mais pelo ndice de Preos ao Consumidor IPC. Algumas excees para o bloqueio foram as contas-poupana de aposentados e aqueles que impetraram mandados de segurana pedindo a liberao dos valores em razo de molstia grave, entre outros motivos.

O Plano Collor I teve reflexos nos meses de maro, abril e maio de 1990.

Inicialmente, o pacote econmico bloqueou todos os ativos financeiros que ultrapassavam a quantia de NCz$ 50 mil e os transferiu ao Banco Central (BC) na data do aniversrio seguinte. Desse modo, conforme as contas aniversariavam, ou seja, recebiam a remunerao correspondente a atualizao monetria e juros remuneratrios, a correo monetria pelo IPC incidia sobre os saldos em conta poupana e, em seguida, os valores superiores a NCz$ 50 mil eram transferidos ao BC. Da em diante, o excedente bloqueado era remunerado pelo BTNF.

Em contrapartida, os saldos de livre movimentao, ou seja, limitados a NCz$ 50 mil, deveriam ser remunerados pelo IPC, mas no o foram. As instituies financeiras tambm aplicaram o BTNF sobre o saldo de livre movimentao nas cadernetas de poupana a ttulo de remunerao. Ocorre que os bancos no tinham respaldo legal para tanto, pelo menos at o ms de junho de 1990 (quando a Lei n 8.088/1990 converteu em lei uma srie de medidas provisrias e, dentre elas, a MP 189, de 30/05/1990, que determinava a aplicao do BTNF tambm sobre o saldo de livre movimentao nas cadernetas de poupana).

2. Quem sofreu a perda?

Foram trs as situaes em que houve perda:

I)para as contas-poupana que aniversariavam na segunda quinzena (eram remuneradas entre os dias 16 e 30 do ms): ao sofrerem a incidncia da remunerao referente a fevereiro/1990 em maro/1990 com base no IPC, o valor excedente a NCz$ 50 mil era bloqueado e transferido para a custdia do BC. O valor excedente bloqueado, a partir de ento, foi remunerado, j em abril/1990 (remunerao relativa a maro/1990) com base no BTNF. Em abril/1990, as poupanas cuja data de aniversrio era da primeira quinzena (01 a 15 do ms) ainda foram remuneradas com base no IPC. Houve, ento, remunerao distinta entre a primeira e a segunda quinzena, prejudicando as poupanas que aniversariavam na segunda. Como a responsabilidade para a remunerao dos valores bloqueados do BC, uma autarquia federal (pessoa jurdica que integra a Administrao Pblica), o prazo para ajuizamento de aes de 5 anos contados da violao do direito, o que ocorreu em 1992 (fim do Plano Collor I), e j est encerrado, portanto. Alm disso, j entendimento pacfico que sobre tais valores deve incidir o BTNF. Assim, o poupador no pode mais pleitear na Justia as diferenas relativas aos valores bloqueados.

II)para os valores limitados a NCz$ 50 mil (saldo de livre movimentao) das contas-poupana que aniversariavam na segunda quinzena em abril/1990: caso o poupador consiga demonstrar que o saldo livre em sua conta no foi remunerado com base no IPC, pode pedir o ressarcimento da diferena entre IPC e BTNF. Para tanto, deve observar os extratos de maro e abril de 1990.

III)para o saldo que permaneceu para livre movimentao em todas as contas nos meses de abril e de maio de 1990. Nesses casos, todos os poupadores foram afetados, j que os NCz$ 50 mil livres foram remunerados com o BTNF e deveriam ter sido remunerados com o IPC. Em abril, houve uma perda de 44,80% (IPC de abril/1990 = 44,80%) e, em maio, de 2,50% (IPC de maio/1990 = 7,87%).

Assim, os nicos valores que podem ser pleiteados so relativos ao saldo que permaneceu nas cadernetas para livre movimentao. Esta ao deve ser ajuizada contra as instituies financeiras.

Para saber qual o aniversrio de sua poupana verifique no extrato a data de entrada dos rendimentos (juros e correo monetria) ou o dia de abertura da conta no banco.

"Em razo da deciso proferida em sede de Recurso Repetitivo pelo Superior Tribunal de Justia, nos Recursos Especiais n 1.107.201/DF e n 1.147.595/RS, e publicada em 06/05/2011, o atual entendimento que deve ser seguido por todos os organismos da Justia NO reconhecer a remunerao pelo IPC nos meses de abril/1990 e maio/1990, permitindo a remunerao apenas pelo BTNf mesmo para os valores que ficaram disponveis nas contas poupanas junto ao banco depositrio para livre movimentao."

3. Como fazer para reaver as perdas do Plano Collor I?

necessrio promover uma ao judicial contra o banco onde tinha caderneta de poupana na poca. Se o valor da perda for de at 40 (quarenta) salrios mnimos possvel ingressar no Juizado Especial Cvel, no sendo exigida a contratao de advogado quando a perda for at 20 (vinte) salrios. Se o banco for a Caixa Econmica Federal, a ao poder ser proposta no Juizado Especial Federal, se a perda no for superior a 60 (sessenta) salrios mnimos, sem a necessidade de contratar advogado.

Outro caminho se beneficiar de decises judiciais dadas em aes civis pblicas, o que pode ser feito por meio de advogado. Para tanto, fundamental saber se existe ao civil pblica ajuizada em face do banco no qual voc tinha poupana em maro, abril e maio de 1990 e se a deciso pode ser utilizada (algumas decises beneficiam somente os poupadores do estado de So Paulo, por exemplo). Caso contrrio, necessrio entrar na Justia antes do prazo acabar.

4. Qual o prazo final para entrar com a ao?

Existem diversas interpretaes sobre a data final para ingressar com ao judicial para reivindicar as perdas do Plano Collor I. Por segurana, o Idec recomenda que o consumidor ajuze a ao at 31/03/2010 para as diferenas referentes a abril e maio de 1990.

Para os poupadores que possuam cadernetas com aniversrio (data de remunerao) na segunda quinzena e conseguirem demonstrar as perdas do ms de abril/1990 (referente remunerao apurada em maro/1990) sobre os saldos que permaneceram para livre movimentao, o ideal que a ao seja ajuizada at 28/02/2010 para pedir a diferena entre o IPC (84,32%) e o BTNF aplicado.

5. Como posso obter cpia dos extratos da poca?

O consumidor que no guardou os extratos da poca pode solicitar ao banco as microfilmagens dos meses de maro, abril, maio e junho de 1990. Para obter as microfilmagens no banco, faa o pedido por escrito, estabelea prazo de 10 dias para resposta e solicite que uma via de sua solicitao seja protocolada. As cpias dos extratos devem ser fornecidas mesmo que a conta esteja encerrada. Caso o banco tenha sido adquirido por outro, o banco sucessor o responsvel por fornecer tais documentos. Esse servio pode ser cobrado e o valor deve ser informado com antecedncia ao poupador.

As microfilmagens devem ser emitidas em papel timbrado do banco, carimbado e assinado pelo gerente. Caso o titular da conta tenha falecido, a solicitao poder ser feita pelos herdeiros ou inventariante.

Se o banco no fornecer os documentos, formalize a denncia ao Banco Central do Brasil, rgo que fiscaliza as instituies financeiras (ligue 0800-9792345 ou acessewww.bacen.gov.br).

Se ainda assim ocorrer a recusa por parte do banco, o consumidor poder ajuizar um processo especfico (ao cautelar de exibio de documentos), mas ser necessrio contratar advogado, uma vez que este tipo de ao no pode ser movida no Juizado Especial Cvel ("Pequenas Causas").

6. Passo a passo para calcular o que deve ser pago pelo banco

PARA AS DIFERENAS DE MARO DE 1990(segunda quinzena cujo saldo existente na conta para livre movimentao no foi remunerado pelo IPC de 84,32%, mas pelo BTNF).

PASSO 1. preciso ter em mos os extratos bancrios de maro e abril de 1990.

PASSO 2.Identificar no extrato o saldo existente na caderneta de poupana em maro de 1990 aps o bloqueio do valor excedente, ou seja, limitado a NCz$ 50.000,00 (cinquenta mil cruzados novos).

PASSO 3.Aplicar sobre o saldo localizado o percentual do IPC de maro/1990 84,32%, mais os juros remuneratrios de 0,5%, totalizando 85,24%. Basta fazer uma multiplicao: saldo da poupana x 1,8524. O resultado o valor que deveria constar da conta-poupana em abril/1990.

PASSO 4.Identificar no extrato a remunerao ocorrida em abril de 1990 para o saldo de livre movimentao.

PASSO 5.Subtrair o resultado do PASSO 3 da remunerao identificada no PASSO 4. Com isso, temos o valor, na moeda daquela poca, que no foi creditado pelo banco, desrespeitando o contrato de poupana e os termos da Lei n 8.024/1990.

PASSO 6.A este valor, agora em Cr$ (aps a converso para a nova moeda), deve ser aplicado o ndice acumulado da poupana, desde abril de 1990 at o ms atual. O resultado j representa um valor na moeda atual, o Real (R$). Temos, ento, outra multiplicao: valor devido poca X 0,26688.

FRMULA:

Saldo "livre" dapoupana em maro(NCz$)x1,8524-Remunerao do"livre" em abril=Diferena devida(Cr$)

Diferena devida(Cr$)x0,26688ndice acumulado dapoupana (fevereiro / 2014)=Valor atualizado(R$)

Valor atualizado+juros moratrios=Valor devidopelo banco

Para visualizar a planilha completa de clculos do Idec,clique aqui.

PARA AS DIFERENAS DE ABRIL DE 1990(todas as contas cujo saldo existente na conta para livre movimentao no foi remunerado pelo IPC de 44,80%, mas pelo BTNF).

PASSO 1. preciso ter em mos os extratos bancrios de abril e maio de 1990.

PASSO 2.Identificar no extrato o saldo existente na caderneta de poupana em abril de 1990 limitado a NCz$ 50.000,00 (cinquenta mil cruzados novos).

PASSO 3.Aplicar sobre o saldo localizado o percentual do IPC de abril/1990 44,80%, mais os juros remuneratrios de 0,5%, totalizando 45,52%. Basta fazer uma multiplicao: saldo da poupana x 1,4552. O resultado o valor que deveria constar da conta-poupana em maio/1990.

PASSO 4.Identificar no extrato a remunerao ocorrida em maio de 1990 para o saldo de livre movimentao.

PASSO 5.Subtrair o resultado do PASSO 3 da remunerao identificada no PASSO 4. Com isso, temos o valor, na moeda daquela poca, que no foi creditado pelo banco, desrespeitando o contrato de poupana e os termos da Lei n 8.024/1990.

PASSO 6.A este valor, agora em Cr$ (aps a converso para a nova moeda), deve ser aplicado o ndice acumulado da poupana, desde maio de 1990 at o ms atual. O resultado j representa um valor na moeda atual, o Real (R$). Temos, ento, outra multiplicao: valor devido poca X 0,18340.

FRMULA:Saldo "livre" dapoupana em abril(NCz$)x1,4552-Remunerao do"livre" em maio=Diferena devida(Cr$)

Diferena devida(Cr$)x0,18340ndice acumulado dapoupana (fevereiro / 2014)=Valor atualizado(R$)

Valor atualizado+juros moratrios=Valor devidopelo banco

Para visualizar a planilha completa de clculos do Idec,clique aqui.

PARA AS DIFERENAS DE MAIO DE 1990(todas as contas cujo saldo existente na conta para livre movimentao no foi remunerado pelo IPC de 7,87%, mas pelo BTNF).

PASSO 1. preciso ter em mos os extratos bancrios de maio de junho de 1990.

PASSO 2.Identificar no extrato o saldo existente na caderneta de poupana em maio de 1990 limitado a NCz$ 50.000,00 (cinquenta mil cruzados novos).

PASSO 3.Aplicar sobre o saldo localizado o percentual do IPC de maio/1990 7,87%, mais os juros remuneratrios de 0,5%, totalizando 8,40%. Basta fazer uma multiplicao: saldo da poupana x 1,0840. O resultado o valor que deveria constar da conta-poupana em junho/1990.

PASSO 4.Identificar no extrato a remunerao ocorrida em junho de 1990 para o saldo de livre movimentao.

PASSO 5.Subtrair o resultado do PASSO 3 da remunerao identificada no PASSO 4. Com isso, temos o valor, na moeda daquela poca, que no foi creditado pelo banco, desrespeitando ao contrato de poupana e os termos da Lei n 8.024/1990.

PASSO 6.A este valor, agora em Cr$ (aps a converso para a nova moeda), deve ser aplicado o ndice acumulado da poupana, desde abril de 1990 at o ms atual. O resultado j representa um valor na moeda atual, o Real (R$). Temos, ento, outra multiplicao: valor devido poca X 0,16917.

FRMULA:Saldo "livre" dapoupana em maio(NCz$)x1,0840-Remunerao do"livre" em junho=Diferena devida(Cr$)

Diferena devida(Cr$)x0,16917ndice acumulado dapoupana (fevereiro / 2014)=Valor atualizado(R$)

Valor atualizado+juros moratrios=Valor devidopelo banco

Para visualizar a planilha completa de clculos do Idec,clique aqui.

TABELA DE PARMETROS:

A tabela abaixo serve de parmetro para se terIDEIA APROXIMADAdo valor a que o poupador tem direito nos meses de maro, abril e maio de 1990. Trata-se de umaESTIMATIVAsobre o valor que o poupador tem a receber, dependendo da data de aniversrio da conta. importante saberque a esses valores devem ser ainda acrescidos os juros moratrios, quando cabveis (veja abaixo o tpico juros moratrios). Em geral, so trs situaes que se apresentam para os poupadores. Veja na qual voc se enquadra abaixo:

Para poupadores com contas com aniversrio na segunda quinzena do ms e que receberam a correo sobre o valor movimentvel limitado a NCz$ 50.000 (cinquenta mil cruzados novos equivalente a cruzeiros) com base no IPC de 84,32% (apurado em maro/90 e aplicado em abril/90):Saldo em caderneta de poupana em mar/90 (NCz$)Saldo aps correta correo pelo IPC para abr/90Diferena de abr/90 (Cr$)Diferena de mai/90 (Cr$)Valor total atualizado at fevereiro/14 (R$)

10.000,0018.524,008.298,75673,901.636,00

15.000,0027.786,0012.448,131.010,852.453,99

20.000,0037.048,0016.597,501.347,813.271,99

25.000,0046.310,0020.746,881.684,764.089,99

30.000,0055.572,0024.896,262.021,714.907,99

35.000,0064.834,0029.045,632.358,665.725,98

40.000,0074.096,0033.195,012.695,616.543,98

45.000,0083.358,0037.344,383.032,567.361,98

50.000,0092.620,0041.493,763.369,528.179,98

Para poupadores com contas com aniversrio na segunda quinzena do ms e que no receberam a correo sobre o valor movimentvel limitado a NCz$ 50.000 (cinquenta mil cruzados novos equivalente a cruzeiros) com base no IPC de 84,32%, mas com base no BTNF (casos raros):Saldo em caderneta de poupana (NCz$)Diferena de mar/90 (Cr$)Diferena de abr/90 (Cr$)Diferena de mai/90 (Cr$)Valor total atualizado at fevereiro/14 (R$)

10.000,008.072,008.298,75673,903.790,25

15.000,0012.108,0012.448,131.010,855.685,38

20.000,0016.144,0016.597,501.347,817.580,50

25.000,0020.180,0020.746,881.684,769.475,63

30.000,0024.216,0024.896,262.021,7111.370,75

35.000,0028.252,0029.045,632.358,6613.265,88

40.000,0032.288,0033.195,012.695,6115.161,00

45.000,0036.324,0037.344,383.032,5617.056,13

50.000,0040.360,0041.493,763.369,5218.951,25

Para poupadores com contas com aniversrio na primeira quinzena do ms e, desde modo, sofrendo o bloqueio somente em abril, tm o direito de reclamar a correo pelo IPC em abril e maio de 1990.Saldo em caderneta de poupana (NCz$)Diferena de abr/90 (Cr$)Diferena de mai/90 (Cr$)Valor total atualizado at fevereiro/14 (R$)

10.000,004.480,00363,80883,18

15.000,006.720,00545,701.324,76

20.000,008.960,00727,601.766,35

25.000,0011.200,00909,502.207,94

30.000,0013.440,001.091,402.649,53

35.000,0015.680,001.273,303.091,12

40.000,0017.920,001.455,203.532,70

45.000,0020.160,001.637,103.974,29

50.000,0022.400,001.819,004.415,88

O ndice defendido pelo Idec:

ndice da poupana:O Idec faz as contas como se o dinheiro que no foi pago pelos bancos no momento devido tivesse rendido na poupana at hoje, conforme previa o contrato de poupana. Contudo os bancos no concordam com isto. No querem pagar o "rendimento da poupana", mais especificamente, os juros remuneratrios (juros que o banco se comprometeu a pagar ao poupador por usar o seu dinheiro e com isso obter lucros). Neste caso, o banco ficou com parte do dinheiro do poupador e o utilizou durante muitos anos. Por isso, para o Idec, obrigar os bancos a pagar os juros remuneratrios medida de justia! Contudo, sobre esta discusso o Judicirio ainda no tem uma posio "fechada".

ndices disponibilizados pelo Banco Central do Brasil, o Idec calcula o percentual acumulado do ndice da poupana desde o ms da perda at hoje. O ndice da poupana representa a correo monetria do valor devido pelo banco mais os juros remuneratrios de 0,5% ao ms. A cada ms o percentual atualizado. De maro/1990 a fevereiro/2014 = 0,26688; de abril/1990 a fevereiro/2014 = 0,18340; de maio/1990 a fevereiro/2014 = 0,16917.

outros expurgos inflacionrios:Neste ndice tambm esto includos os chamados expurgos inflacionrios decorrentes de outros planos econmicos que vieram depois e prejudicaram o poupador. A incluso de outros expurgos j amplamente garantida pelos Tribunais Superiores. Como essa uma das ltimas diferenas a serem pleiteadas, o nico expurgo includo nos clculos de 21,87% (para fevereiro/91).

juros moratrios:Os juros moratrios so devidos desde a citao (comunicao judicial que o ru recebe para ter conhecimento da ao que movida contra ele e para se defender) de acordo com entendimento pacfico do Superior Tribunal de Justia no patamar de 1% ao ms desde a vigncia do Cdigo Civil de 2002 (11/01/2003). Caso o poupador prefira executar a sentena proferida em uma das aes civis pblicas (vide item 3), os juros moratrios so contados desde a citao na ao civil pblica. Se a citao ocorreu antes da vigncia no Cdigo Civil de 2002, eles so contados no patamar de 0,5% ao ms. Quando o banco depositar em juzo o valor pleiteado pelo poupador, a atualizao deste valor passa a ser feita segundo os critrios de atualizao dos depsitos judiciais. Ou seja, a partir do depsito, o ndice da poupana e tambm os juros de mora param de ser computados. Normalmente, na fase de execuo, quando se passa a discutir o quanto devido, que o banco obrigado a fazer o depsito em uma conta judicial aberta com esta finalidade. A partir da, para saber o rendimento dos valores, preciso solicitar ao banco responsvel pelo depsito um extrato da conta judicial. Em So Paulo, a Nossa Caixa Nosso Banco e a Caixa Econmica Federal que guardam os depsitos judiciais.

7. O que o Idec fez em defesa dos consumidores?

poca do Plano Collor o Idec impetrou mandados de segurana que liberaram mais de R$ 4 milhes de reais para mais de 800 associados. Tambm props 159 aes contra os bancos depositrios. Destas, algumas lograram xito, outras no, e algumas ainda tramitam na Justia.

O Idec concentrou sua atuao para a recuperao das diferenas relativas aos valores bloqueados, que constituam a maior perda para os poupadores. Como ainda a questo sobre a perda ocorrida na remunerao dos valores bloqueados era bastante discutvel, o Idec props aes civis pblicas contra os bancos onde os poupadores mantinham suas cadernetas de poupana. Na maioria delas, a Justia no vinha reconhecendo a legitimidade do banco depositrio, mas do Banco Central.

Assim, no ano de 1995, o Idec tomou duas providncias importantes: Ajuizou uma "ao cautelar" para resguardar o direito dos poupadores de entrarem na Justia contra o BC, pois o prazo para isso estava na iminncia de expirar (a prescrio se d em 5 anos); Ajuizou uma ao coletiva para seus associados contra o BC (Processo n 95.0019615-8 / cdigo C24), que obteve deciso favorvel de primeira instncia na Justia Federal e teve a legitimidade do BC confirmada pelo Superior Tribunal de Justia.

Em 2001, uma deciso do STF (Superior Tribunal Federal) firmou o entendimento de que o Banco Central que deveria responder pelas perdas nas cadernetas de poupana referentes aos valores transferidos sua custdia, mas decidiu tambm que o BTNF seria o ndice aplicvel sobre os valores excedentes aos NCz$ 50 mil. Acabara de cair por terra a possibilidade dos poupadores de reaverem as diferenas do IPC sobre os valores bloqueados.

Em seguida, foi iniciada uma nova discusso: o BC teria efetivamente aplicado o BTNF do ms de maro de 1990 nas contas com aniversrio na segunda quinzena? O BC alega que sim. Os extratos bancrios trazidos pelos consumidores atestam que no.

Embora os extratos mostrem que o BTNF do ms de maro no foi aplicado, em algumas decises judiciais do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Superior Tribunal de Justia (STJ), transparece no voto de alguns ministros o entendimento de que tudo foi pago corretamente.

Em 2008, o Idec iniciou a Campanha Plano Collor: Exija seu dinheiro de volta, convocando os poupadores prejudicados pela medida a se mobilizarem com o fim de exigir do Banco Central o ressarcimento das diferenas cumprindo estritamente o contrato de poupana, ou seja, remunerando as contas poupana pelo BTNF cheio (41,28%). Cerca de 14.100 poupadores participaram do abaixo-assinado encaminhado a diversas autoridades, dentre elas o prprio Banco Central e o Presidente da Repblica Luiz Igncio Lula da Silva, retratando a indignao dos poupadores por terem sido expropriados de suas economias. Com o encerramento da Campanha, o Idec permanece, nas aes ainda em andamento, defendendo a tese do ressarcimento das poupanas pelo BTNF cheio.

INFORMAES IMPORTANTES:

A atuao judicial do Idec limita-se, no Plano Collor I, recuperao das perdas ocorridas sobre os valores transferidos ao Banco Central. Em relao s demais diferenas que podem ser pleiteadas em face dos bancos depositrios (onde o poupador mantm a caderneta de poupana), o Idec permanecer orientando o consumidor, mas no ingressar com novas aes.

A ao judicial proposta pelo Idec beneficia somente a seus associados. Consumidores no associados no podero se beneficiar. A chance dos consumidores sarem vencedores dessa ao judicial remota.

Clique aqui para ver o modelo de ao judicial para ser utilizado nos Juizados Especiais Cveis (para restituies de at 20 salrios mnimos) e nos Juizados Especiais Federais (para restituies de at 60 salrios mnimos). O poupador deve atentar para as especificidades do seu caso particular, de acordo com as orientaes ora dadas.

8. Quais aes foram ajuizadas pelo Idec e em que fase elas esto?

Abaixo segue um quadro que relaciona as aes civis pblicas movidas pelo Idec. O Idec esclarece que todas se referem s diferenas de maro de 1990, tendo em vista que o Idec NO ajuizou aes pleiteando as diferenas de abril e maio de 1990.BancoAndamento da ao civil pblica ajuizada pelo Idec

Banco do BrasilDesfavorvel por ilegitimidade do banco e encerrada

BCNDesfavorvel e encerrada

Amrica do SulDesfavorvel por ilegitimidade do banco e encerrada

UnibancoDesfavorvel e encerrada

ABNM Amro Real (CIA Real de Crdito Imobilirio)Desfavorvel e encerrada

BanorteDesfavorvel e encerrada

Banco do Estado do Paran (Banestado)Desfavorvel por ilegitimidade do banco e encerrada

ItamaratiExtinta por ilegitimidade do Idec. Encerrada.

Banco do Estado do MaranhoDesfavorvel por ilegitimidade do banco e encerrada

Banco Nordeste do BrasilDesfavorvel por ilegitimidade do banco e encerrada

Digibanco e PontualDeciso favorvel aos poupadores. Como o banco entrou em liquidao, cada poupador deve decidir o que fazer para recuperar os seus crditos.

MeridionalDesfavorvel por ilegitimidade do banco e encerrada

Banco Econmico S.A.Decises favorveis ao Idec, na primeira e na segunda instncia. Porm, o recurso do banco para o STJ foi provido e o Tribunal reconheceu a ilegitimidade do banco para remunerar os valores bloqueados, dizendo que quem deve arcar com esses valores o Banco Central.

Banco do Estado do Esprito SantoA deciso de mrito definitiva para beneficiar os poupadores da primeira quinzena com o ndice de correo mais favorvel (IPC) e aqueles da segunda quinzena ficaram com o ndice menos favorvel (BTNF). A deciso vale para todos os poupadores com conta nesse banco. At agora no houve interessados para a execuo dessa sentena.

Banerj (Banco do Estado do Rio de Janeiro)A deciso foi favorvel ao Idec. O banco ajuizou ao rescisria para anular a deciso favorvel. Aguarda-se julgamento definitivo. Existe o risco de a deciso tornar-se desfavorvel aos poupadores. Tambm, a ao poder ser extinta em razo do prazo prescricional ter cado para 5 anos (*).

Banco NacionalDesfavorvel por ilegitimidade do banco e encerrada

BradescoDesfavorvel por ilegitimidade do banco e encerrada

Banco Central do BrasilLegitimidade do banco reconhecida para remunerao dos valores bloqueados. Juiz tambm decidiu que o Banco Central remunerou os poupadores com base no ndice correto (BTNf - Bnus do Tesouro Nacional fiscal).

Banco do Estado de Rondnia - BERONDeciso favorvel ao Idec. Os interessados podem executar a sentena.

Banco do Estado de Pernambuco - BANDEPEExtinta por ilegitimidade do Idec. Encerrada.

Caixa Estadual RSA competncia do Rio Grande do Sul foi reconhecida e a ao foi extinta.

Banco Regional de Braslia - BRBReconhecida a legitimidade do banco para responder ao. Deciso favorvel objeto de recurso do banco, que aguarda julgamento no Tribunal de Justia. Existe o risco de a deciso ser desfavorvel aos poupadores. Tambm, a ao poder ser extinta em razo do prazo prescricional ter cado para 5 anos (*).

Banco BICDesfavorvel por ilegitimidade do banco e encerrada

Banco Brasileiro Comercial S. A. - BBCDeciso final ainda pode demorar muitos anos, pois a ao judicial ainda no discutiu o mrito (direito dos poupadores aos ressarcimento). Tambm, a ao poder ser extinta em razo do prazo prescricional ter cado para 5 anos (*).

Caixa Econmica FederalDeciso desfavorvel ao Idec ainda no definitiva. Deciso final pode ainda demorar muitos anos.

Caixa Econmica Estadual (Nossa Caixa)Desfavorvel por ilegitimidade do banco e encerrada

BamerindusDesfavorvel por ilegitimidade do banco e encerrada

Banco Crefisul S.A.Desfavorvel e encerrada

Mercantil de So PauloDesfavorvel por ilegitimidade do banco e encerrada

SafraDesfavorvel por ilegitimidade do banco e encerrada

BandeirantesDesfavorvel por ilegitimidade

(*) Em razo de deciso proferida no Recurso Especial n 1.070.896/SC pelo Superior Tribunal de Justia, o prazo para ingresso de aes civis pblicas caiu de 20 para 5 anos. A deciso ainda no definitiva, mas tem grandes chances de ser confirmada. Com isso, as nossas aes contra BRB, BBC e Banerj correm o risco de serem extintas. As demais aes civis pblicas e as aes individuais no sero afetadas

Plano Bresser1. O que foi o Plano Bresser?A mudana do indexador da poupana em junho de 1987, quando o plano Bresser foi lanado, fez com que milhes de cidados deixassem de receber cerca de R$ 2 trilhes referentes diferena de 8,08% no contabilizada pelos bancos no ms subseqente.

Aps o fracasso do Plano Cruzado, o governo federal, pelas mos do ento ministro da Fazenda Luiz Carlos Bresser Pereira, instituiu por meio do Decreto-Lei 2.335/87, o chamado plano Bresser em mais uma tentativa para conter a inflao acelerada no pas. A iniciativa prejudicou os poupadores por conta da mudana no clculo da correo da caderneta. Por meio da Resoluo 1.338, de 15 de junho de 1987, do Conselho Monetrio Nacional, as Obrigaes do Tesouro Nacional (OTN) foram substitudas pelas Letras do Banco Central (LBC) como critrio de atualizao monetria do saldo depositado em caderneta de poupana.

Essa alterao s poderia ter eficcia a partir de 16 de junho de 1987. Ou seja, as contas com aniversrio entre 1 e 15 do ms tinham o direito de correo pela OTN (26,06%). No entanto, os bancos, como reconhece o Poder Judicirio, depositaram valores correspondentes a percentual menor (18,02%). Com isso, os poupadores deixaram de receber 8,08%, no contabilizado pelos bancos no ms seguinte.

essa diferena o objeto das aes civis pblicas movidas pelo Idec. Vale ressaltar que os valores relativos a ela devem ser corrigidos monetariamente at a data do efetivo pagamento, acrescido de juros contratuais, juros de mora e demais cominaes legais.

2. Quem tem direito a reaver as perdas do Plano Bresser?

A Justia reconhece o direito do poupador que mantinha, em junho de 1987, saldo em caderneta de poupana com aniversrio na primeira quinzena do ms.

3. Quais foram as aes do Idec?

O Idec entrou com as aes civis pblicas (que visam beneficiar todos os poupadores) contra os bancos abaixo:

Nossa Caixa Nosso BancoCaixa Econmica FederalBanco do BrasilSafraItaUnibanco (Bandeirantes)ABN Amro (Real, Sudameris, Amrica do Sul)Bradesco (BCN [Alvorada], Mercantil e Finasa)Santander (Noroeste, Meridional, Geral do Comrcio)As aes continuam tramitando, mas, se prevalecer o entendimento do STJ de que o prazo para se entrar com ao civil pblica de cinco anos (o que provvel), elas sero extintas, pois foram ajuizadas em 2007, bem depois do fim do prazo prescricional.Ateno: O Idec no ajuizou aes individuais.Mais informaes aqui.

4. Por que o Idec no ajuizou ao contra os bancos quebrados?

A tese de responsabilidade dos bancos que adquiriram a parte "boa" de outras instituies durante o Proer (Programa de Estmulo Reestruturao e ao Fortalecimento do Sistema Financeiro Nacional) pelas perdas dos planos econmicos controvertida e ainda no teve posicionamento definitivo da justia brasileira. o caso, por exemplo, do Ita que adquiriu a parte "boa" do BANERJ; do Unibanco em relao ao Nacional; e do HSBC em relao ao Bamerindus. As instituies financeiras argumentam que celebraram contrato especfico, nos quais estariam muito bem delimitadas suas responsabilidades. Dizem, assim, que no assumiram tais obrigaes em momento algum.

5. Como saber qual o aniversrio da minha conta?

Voc deve verificar no extrato da sua caderneta de poupana a data de entrada dos rendimentos (juros e correo monetria) ou verificar a data de abertura da conta no banco.

6. Como fao para saber o valor da perda atualizado?

Somente de posse de seu extrato, voc poder fazer os clculos e saber o valor que tem direito a receber, hoje, em reais.

A frmula a seguinte:

Saldo de jun/87 x 0,0808 (percentual devido da perda) x 0,59368 (fator acumulado at fevereiro/14) = valor em reais.

Veja, abaixo, um exemplo, levando em considerao o saldo de 5000 cruzados em junho de 1987.

5000 x 0,0808 = 404 x 0,59368 = R$ 239,84.

Ao resultado devem ser somados, ainda, os juros de mora, que podem ser contados desde a perda at o efetivo pagamento ou, caso a Justia determine outra data, a partir dela. Tomando como exemplo caso em que a Justia considere a data da perda teramos o seguinte clculo: os juros de mora devem ser de 0,5% ao ms at janeiro/2003 e de 1% ao ms a partir de fevereiro/2003.

Assim, entre os meses de setembro de 1987 e janeiro de 2003 somam-se juros de 93%. E de fevereiro de 2003 at maio de 2009, somam-se 76%. O total, ento, de 169%.

Assim, o valor da perda de nosso exemplo R$ 172,46 + 169% = R$ 472,01

A partir de junho/09, deve-se somar mais 1% ao ms sobre os 169%.

Esclarecemos que, a critrio da Justia, os juros de mora podem ter sua contagem considerada a partir da data em que o banco (ru) intimado a se defender na ao ajuizada. Assim, nessa hiptese, pode haver a reduo do percentual de juros de mora.

7. O que compe o fator acumulado?

o ndice de correo monetria aplicado s contas de poupana (ms a ms, desde o ms imediatamente posterior ao prejuzo ou dano causado); os juros remuneratrios de 0,5% ao ms aplicado s mesmas contas de poupana; as reformas monetrias (divises por 1.000 e por 2.750) ocorridas em 1989, 1993 e 1994; e os expurgos inflacionrios praticados em 1989, 1990 e 1991.

8. Quais so as opes que o poupador tem para recuperar esse dinheiro?

O prazo para ajuizamento de ao judicial referente ao Plano Bresser se esgotou em 31 de maio de 2007. Assim, a opo restante para o consumidor que no ajuizou ao individual aguardar o resultado das aes civis pblicas movidas pelo Idec que, no caso de serem vitoriosas, podero beneficiar todos os poupadores (independente de serem associados ou no).

9. O que o Idec fez em defesa do consumidor?

O Idec entrou na Justia em 2007 com nove aes civis pblicas contra os bancos citados na questo 3 com a finalidade de beneficiar todos os poupadores lesados (independente de serem associados ou no). O Idec no ajuizou nenhuma ao individual para qualquer consumidor, associado ou no.

Caso o seu banco no seja um dos acionados pelo Idec, no ser possvel ajuizar ao, tendo em vista que o prazo prescreveu em 31 de maio de 2007.

10. Eu preciso me associar caso queira me beneficiar da ao do Idec?

No s os associados do Idec (veja como se associar ao Idec), mas todos os consumidores que possuam cadernetas de poupana nos bancos acionados pelo Idec em junho de 1987, com aniversrio na primeira quinzena, podem se beneficiar da ao.

11. O que o Idec far se o resultado da ao civil pblica for favorvel?

A partir dessa deciso ser iniciada a fase de execuo, ou seja, o momento em que deve ser recuperado o dinheiro. Na fase de execuo o Idec s poder representar na justia os seus associados, mas os no associados podem aproveitar o resultado obtido pelo Idec e contratar advogados particulares para executar a deciso.

12. Se sou associado, o que tenho de fazer para ser beneficiado pela ao do Idec e participar, no futuro, de uma execuo promovida pelo Instituto?

Neste momento, no h providncias a serem tomadas pelos associados que tenham interesse em participar da ao atravs do Idec. preciso aguardar o momento em que os extratos sero pedidos (por meio da Revista do Idec, do site e dos boletins eletrnicos).

13. Por que eu tenho de pedir os extratos ao banco?

Somente de posse de seu extrato voc poder fazer os clculos e saber o valor da perda, hoje, em reais. Alm disso, os extratos so os documentos que comprovaro as perdas perante a Justia.

O poupador que no guardou os extratos do perodo (junho e julho de 1987) deve solicit-los por escrito agncia onde mantinha conta-poupana ou, caso no exista mais, a qualquer agncia do banco correspondente.

Caso o consumidor no se lembre mais dos nmeros das contas, deve solicit-los atravs do nmero no CPF - Cadastro de Pessoas Fsicas - do titular da conta.

Se o titular da conta-poupana for falecido, a solicitao deve ser feita pelo cnjuge, inventariante, herdeiro ou esplio. Se o requerente for co-titular da conta-poupana, necessrio solicitar ao banco declarao de co-titularidade.

O Idec tomou conhecimento da dificuldade (demora ou negativa) de fornecimento de extrato por parte de algumas instituies financeiras. Saiba que dever do banco lhe fornecer os extratos, com base no direito bsico informao, resguardado pelo Cdigo de Defesa do Consumidor. Leve a dificuldade, tambm, ao conhecimento do Banco Central, registrando reclamao contra a instituio financeira.

14. Caso queira me beneficiar das aes civis pblicas, ainda posso pedir extratos para meu banco?

Sim. Mas importante que os poupadores solicitem aos bancos os extratos de suas contas e mantenham esses documentos bem guardados. Eles sero utilizados futuramente, se a ao civil pblica for favorvel, na fase de execuo do processo.

15. O que uma ao civil pblica?

uma ao que no se limita a um grupo determinado de pessoas, visa beneficiar todos os poupadores do Brasil. Se o resultado da ao do Idec for favorvel, todas as pessoas que tinham poupanas na poca podero se beneficiar. A nica possibilidade disso no acontecer se o juiz restringir o alcance da ao a um pblico especfico, como por exemplo, os poupadores do estado de So Paulo.

16. O que execuo?

A execuo o ato atravs do qual busca-se a efetivao de sentena judicial. Portanto, a execuo somente ocorre em uma segunda fase do processo judicial, depois que o juiz j proferiu a deciso favorvel.Plano Vero - Banco do BrasilVoc se lembra das perdas nas poupanas do Banco do Brasil no Plano Vero? Ainda d tempo de recuper-las

Certamente voc se recorda de um tempo no qual os diversosplanos econmicoslanados peloGoverno Federal(Plano Vero, Plano Collor, Plano Bresser, etc) provocaramgraves perdas nas cadernetas de poupana dos brasileiros.

possvel que voc mesmo ou algum conhecido seu tenhasentido no bolsoa reduo da rentabilidade nos saldos dessas cadernetas.

Pararecuperaresse prejuzo sofrido pelo consumidor, oIdecajuizouaes civis pblicas(*) contra vrios bancos, exigindo arestituio do dinheiroem favor de todos os poupadores.

o caso da nossa ao movida contra oBanco do Brasil, que obteve na Justia asentena mais favorvelaos poupadores.Essa deciso vale para todo o Pas e definitiva. Em decorrncia dessa deciso, ns jpagamospara quase300 de nossos associadosa restituio total, com juros e correo monetria, dos valores pedidos na Justia.

Mas fique atento: a possibilidade de obter o seu dinheiro de voltaacaba em 2014. Depois disso, mesmo voc tendo esse direito, no poder mais exigi-lo!

por isso que estamos alertando todos os consumidores do Pas a procurarem os meios adequados para obter de volta dos bancos o dinheiro que lhes foi tirado pelos antigos planos econmicos.

Veja a seguir algumas informaes importantes para fazer valer o seu direito

Quem pode exigir do Banco do Brasil a devoluo do dinheiro perdido com o Plano Vero?Todos os consumidores que possuam saldo em conta-poupana no Banco do Brasil em janeiro de 1989 com aniversrio (ou data-base/data de remunerao) entre os dias 1 e 15 do ms, podero ser beneficiados com a devoluo integral do que no lhe foi pago poca, com correo monetria incidente em todo o perodo devido e juros de mora contados desde a data em que o banco soube da nossa ao (1993).

Depois de tanto tempo, como posso saber se me enquadro nesse caso?Basta que voc consiga, junto ao Banco do Brasil, os extratos de janeiro e fevereiro de 1989 correspondentes a todas as contas-poupana que voc possua na instituio.

At quando posso entrar com a ao, exigindo meu dinheiro de volta? importante que voc tome todas essas providncias antes do ms de outubro de 2014. Ateno: s possvel pedir o valor na Justia, com base na ao civil pblica do Idec, at outubro de 2014.

O Idec pode entrar com a ao em meu nome?No. O Idec ingressa com execues coletivas somente para os seus associados. Procure um advogado de sua confiana. O nmero do processo para a obteno de cpias 1998.01.1.016798-9/12 Vara Cvel da Circunscrio Especial Judiciria de Braslia/DF. Informe esse nmero ao seu advogado que ele saber como proceder.

O processo de Braslia e no resido l. Como eu fao?Como consumidor, voc pode entrar com a execuo no local onde reside.

Acabei de me associar ao Idec, tambm preciso procurar um advogado?No. Nossos associados precisam apenas conseguir o extrato junto ao Banco do Brasil e nos enviar. O Idec far o resto.

E se o titular da conta-poupana j tiver falecido?Mesmo que a conta seja de um falecido, o valor devido pode ser pedido pelos seus herdeiros.

Existe a possibilidade de alguma deciso do STF (Supremo Tribunal Federal) impedir o meu direito de ter o dinheiro de volta?Esse processo no sofre qualquer interferncia das decises que o Supremo Tribunal Federal tomar sobre os planos econmicos, portanto, voc ter seu dinheiro de volta.