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  • Caderno de Orientaes

    O Plano Municipal de Educao

  • O Plano Municipal de EducaoCaderno de Orientaes

  • Presidncia da Repblica

    Ministrio da Educao

    Secretaria de Articulao com os Sistemas de Ensino

    Ministrio da Educao / Secretaria de Articulao com os Sistemas de Ensino (MEC/SASE), 2014. permitida a reproduo parcial ou total desta obra, desde que citada a fonte.

  • Sumrio

    I. O grande desafio nacional

    II. Premissas importantes

    III. O Plano em cinco etapas

    1. Definir e distribuir responsabilidades

    2. Elaborar o Documento-Base

    3. Promover um amplo debate

    4. Redigir o Projeto de Lei

    5. Acompanhar a tramitao na Cmara Municipal

    IV. Algumas orientaes tcnicas

    1. Para produzir um bom diagnstico

    2. Para construir metas com corresponsabilidade entre os entes federativos

    3. Para construir metas em consonncia com o PEE e o PNE

    4. Para definir os indicadores

    5. Para construir as estratgias

    V. O trabalho comea agora

    VI. No deixe de consultar

    Colaboradores

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  • O Plano Nacional de Educao (PNE) recm-aprovado tem caractersticas que o tornam diferente

    dos planos anteriores. Uma das diferenas que esse PNE decenal por fora constitucional, o que

    significa que ultrapassa governos. Alm disso, tem vinculao de recursos para o seu financiamento, com

    prevalncia sobre os Planos Plurianuais (PPAs) e, tambm por fora de lei, cumpre a funo de articular o

    Sistema Nacional de Educao em regime de colaborao. O amplo e democrtico processo de debate,

    que comeou na CONAE 2010 e culminou com sua aprovao pelo Congresso Nacional, refora o carter

    especial desse PNE.

    Devemos comemorar esse momento, mas ainda temos uma grande tarefa pela frente. O Brasil agora

    depende da elaborao ou adequao dos Planos dos 26 estados, do Distrito Federal e dos 5.570 municpios

    ao novo PNE. No se trata apenas de uma exigncia legal; sem planos subnacionais formulados com

    qualidade tcnica e participao social que os legitimem, o PNE no ter xito. Os Planos Estaduais de

    Educao (PEEs) precisam ser imediatamente produzidos, debatidos e aprovados em sintonia com o PNE.

    E os Planos Municipais (PMEs), da mesma maneira que devem ser coerentes com o PNE, tambm devem

    estar alinhados aos PEEs dos estados a que pertencem. Para o cidado, o PNE e os planos de educao do

    estado e do municpio onde ele mora devem formar um conjunto coerente, integrado e articulado, para

    que seus direitos sejam garantidos e o Brasil tenha educao com qualidade e para todos.

    A Constituio Federal, a Lei de Diretrizes e Bases da Educao Nacional e o novo PNE, que agora

    lei, estipulam que as metas nacionais, especialmente aquelas que dizem respeito s etapas obrigatrias

    da educao nacional, so responsabilidades conjuntas da Unio, dos estados, do Distrito Federal e dos

    municpios. Considerando que as vises de polticas pblicas e as solues para os desafios educacionais

    so as mais diversas e que os Planos Municipais de Educao a serem elaborados ou adequados ao novo

    PNE e aos PEEs exigem compromisso e envolvimento de todos sociedade e governos , aqui sero

    sugeridas etapas de trabalho que podem contribuir nessa importante tarefa. Este caderno de orientaes

    parte de um conjunto de documentos do site Planejando a Prxima Dcada e tem o objetivo de promover

    apoio tcnico ao trabalho dos Dirigentes Municipais, equipes tcnicas e Comisses que se dedicaro a

    coordenar o trabalho em cada um dos 5.570 municpios do nosso pas.

    I. O grande desafio nacional

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  • O grande desafio construir em todo o Brasil a unidade nacional em torno de cada uma das vinte

    metas, o que comea na busca de acordos em torno de algumas premissas importantes para o processo

    de pactuao.

    A primeira delas que a elaborao ou adequao do PME exige um trabalho gil e organizado,

    pois o novo Plano Nacional determina que todos os municpios devero adequar ou elaborar seus planos

    em at um ano aps sua publicao. O trabalho a ser feito envolve levantamento de dados e informaes,

    estudos, anlises, consultas pblicas, decises e acordos polticos, e nada disso acontece rapidamente.

    Portanto, hora de comear.

    Outra premissa de trabalho que o PME precisa estar alinhado ao PNE e ao PEE. Considerando

    que os Planos Municipais de Educao podero ser limitados ou potencializados pelos Planos Estaduais,

    recomendvel que todos os segmentos da sociedade e das trs esferas de governo se envolvam na

    construo dos PEEs da mesma forma que se envolveram na construo do PNE e faam o mesmo

    com relao ao PME no seu respectivo municpio. O PEE precisa refletir uma pactuao entre o governo

    estadual e os governos municipais em cada estado, pois as metas estaduais devem ser refletidas em uma

    combinao de metas municipais em cada Unidade da Federao. A soma das metas estaduais, por sua

    vez, deve ser suficiente para o alcance das metas nacionais. Por esse motivo, o necessrio encadeamento

    da construo das metas entre o PNE, PEEs e PMEs.

    Tambm fundamental considerar que o PME deve ser do municpio, e no apenas da rede ou do

    sistema municipal. O plano municipal de educao de todos que moram no municpio e, portanto,

    todas as necessidades educacionais do cidado devem estar presentes no Plano, o que vai muito alm

    das possibilidades de oferta educacional direta da Prefeitura. Tambm no se trata do plano de uma

    administrao da Prefeitura ou da Secretaria Municipal de Educao, pois atravessa mandatos de vrios

    prefeitos e dirigentes municipais de educao. O trabalho pressupe o envolvimento das trs esferas de

    gesto (federal, estadual e municipal) e de representaes dos diversos segmentos da sociedade, mas no

    deixa de conferir peso e importncia ao papel dos dirigentes municipais. Para assegurar qualidade e dar

    peso poltico ao Plano, desejvel que o Prefeito e seus secretrios assumam papel de destaque, como

    importantes lideranas na construo das decises que vincularo o projeto educacional com o projeto

    de desenvolvimento local.

    II. Premissas importantes

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  • Por esse motivo, a intersetorialidade uma premissa estratgica para dar sentido ao plano,

    considerando que o projeto de educao de um municpio no tarefa apenas do rgo gestor da rede

    de ensino, mas do conjunto de instituies dos governos, com a participao ativa da sociedade. O

    PME ter a responsabilidade de traduzir e conciliar os desejos, necessidades e capacidades educacionais

    do municpio para a oferta da educao bsica (em todas as suas etapas e modalidades) e tambm de

    ensino superior. Precisa levar em considerao a trajetria histrica, as caractersticas socioculturais e

    ambientais, a vocao e a perspectiva de futuro do municpio.

    Nesse contexto fica evidente que preciso conhecer bem o cenrio atual para projetar o futuro

    com base em decises coerentes e pactuadas. A efetividade do PME depende em grande parte do real

    dimensionamento das demandas educacionais, das fragilidades, dos desafios e das potencialidades do

    municpio. Essas demandas e necessidades precisam ser comparadas com a capacidade atual e futura de

    investimentos da Prefeitura e possveis aportes do governo estadual, da Unio e de outras fontes.

    O PME deve se articular aos demais instrumentos de planejamento. Os insumos necessrios para a

    execuo dos planos de educao tero que constar nos oramentos da Unio e dos estados para que

    apoiem tcnica e financeiramente os municpios ao longo da dcada. Na Prefeitura, instrumentos de

    planejamento tero que se vincular ao plano decenal de educao: Plano Plurianual PPA, Lei de Diretrizes

    Oramentrias LDO, Lei Oramentria Anual LOA, Plano de Aes Articuladas PAR, entre outros.

    Por fim, uma premissa indispensvel de trabalho o fato de que o PME tem que ter legitimidade para

    ter sucesso. Planos construdos em gabinetes ou por consultores alheios realidade municipal tendem ao

    fracasso, mas um PME submetido ao amplo debate incorpora a riqueza das diferentes vises e vivncias que

    a sociedade tem sobre a realidade que deseja alterar. Somente um plano municipal de educao legtimo

    pode contar com o apoio de todos para monitorar seus resultados e impulsionar a sua concretizao,

    atravs da mobilizao da sociedade ao longo dos seus dez anos de vigncia.

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  • 1. DEFINIR E DISTRIBUIR RESPONSABILIDADES

    Instituir ou Reafirmar a Comisso Coordenadora

    Para iniciar o trabalho, necessrio verificar se existe, no municpio legislao ou norma que atribua a

    competncia de coordenao ou elaborao do Plano Municipal de Educao a uma determinada instncia

    alm da Secretaria de Educao, como o Conselho ou Frum Municipal de Educao.

    Em qualquer situao, indispensvel que uma Comisso representativa da sociedade assuma o

    compromisso de realizar um amplo e qualificado debate sobre a proposta de PME. Em muitos municpios, o

    Frum ou o Conselho Municipal de Educao j tem assumido essa tarefa, mas, caso no estejam institudos,

    as representaes dos diversos segmentos devem ser garantidas atravs da nomeao de uma Comisso

    Coordenadora. Alm de representantes da Secretaria Municipal, devem estar presentes representantes das

    escolas, de outros setores da Prefeitura, da Secretaria de Estado de Educao, dos Conselhos de Educao,

    das Universidades e de setores da sociedade no municpio. E sempre bom contar com a participao de

    representantes da Cmara de Vereadores desde o princpio do processo.

    Nomear uma Equipe Tcnica

    A Comisso Coordenadora, que conta com representantes dos rgos de governo e da sociedade,

    certamente trabalhar melhor se contar com o apoio de uma Equipe Tcnica, capaz de fazer o levantamento

    dos dados educacionais e de elaborar uma proposta de Documento-Base a ser oferecido e validado pela

    Comisso antes da ampla divulgao e debate pblico.

    A Equipe Tcnica deve desempenhar tarefas especficas, tais como:

    analisar dados e informaes sobre a oferta e a demanda educacional no territrio do municpio;

    formular metas, estratgias e indicadores com base nos levantamentos realizados;

    avaliar os investimentos necessrios para cada meta;

    analisar a coerncia do conjunto das metas e sua vinculao com as metas estaduais e nacionais;

    estabelecer coerncia e conexo entre o plano de educao e o projeto de desenvolvimento local.

    Considerando o carter tcnico do trabalho, o grupo pode ser composto por pessoas das equipes da

    Secretaria de Educao, Administrao, Planejamento e Finanas do Municpio e, se for possvel, tambm

    por representantes tcnicos da Secretaria de Estado de Educao. O importante que todos compreendam

    que o produto dessa equipe deve ser oferecido Comisso para que, depois de validado, se transforme no

    Documento-Base que servir de referncia para a divulgao e o debate mais ampliado.

    III. O Plano em cinco etapas

    9

  • Empoderar a Comisso Coordenadora e a Equipe Tcnica

    No estando prevista em ato normativo vigente, a Comisso Coordenadora deve receber formalmente

    a atribuio de validar, organizar e liderar um amplo debate do Documento-Base. A atribuio pode ser

    formalizada por Portaria, Decreto, Instruo Normativa ou outro ato legal publicado no Dirio Oficial.

    Para dar visibilidade Comisso Coordenadora e relevncia do Plano Municipal de Educao, uma

    sugesto poderia ser realizar um ato simblico do incio dos trabalhos, preferencialmente com a presena

    do Prefeito e representantes da Cmara Municipal.

    O acompanhamento do processo de elaborao ou adequao do PME como um todo pelo Prefeito e a

    presena ativa dos secretrios municipais so importantes para que o PME seja valorizado e definido com

    base na realidade do municpio, considerando suas fragilidades e potencialidades.

    Organizar as atividades

    Ao serem institudas, a Comisso Coordenadora e a Equipe Tcnica de apoio podero definir em

    conjunto a forma de organizao do trabalho, pactuando um cronograma de atividades. Todo o processo

    de elaborao do Documento-Base at a aprovao do Plano Municipal pela Cmara de Vereadores e a

    sano pelo Prefeito deve ser considerado.

    De maneira geral, o processo depende das seguintes iniciativas:

    O Prefeito sanciona a lei, e o Plano Municipal de

    Educao passa a vigorar

    A Prefeitura elabora um

    Projeto de Lei e o encaminha Cmara de

    Vereadores para discusso e aprovao

    Comisso Coordenadora discute e valida a proposta de Documento-

    -Base, organizando

    posteriormente seu amplo

    debate pblico

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    Ato normativo define atribuio de coordenao do processo de elaborao ou adequao do

    Plano Municipal de Educao

    Comisso Coordenadora e Equipe Tcnica de apoio elaboram cronograma de

    trabalho

    Equipe Tcnica realiza diagnstico, define metas, estratgias e

    indicadores municipais vinculados ao Plano Estadual e ao Plano

    Nacional de Educao, e oferece uma proposta

    de Documento- -Base Comisso Coordenadora

    A Comisso Coordenadora, com apoio da Equipe Tcnica, sistematiza as contribuies e entrega o

    documento final ao Secretrio Municipal de Educao

  • 2. ELABORAR O DOCUMENTO-BASE

    Documento-Base a proposta preliminar do Plano Municipal de Educao e ser o principal instrumento e

    referncia para o debate pblico, que deve ser o mais amplo e participativo possvel. A partir do Documento-Base

    aprovado pela Comisso Coordenadora, a sociedade construir os consensos e acordos necessrios sobre os

    desafios educacionais prioritrios e as formas de enfrent-los ao longo da dcada de vigncia do plano.

    O primeiro rascunho desse documento pode ser elaborado pela Equipe Tcnica para ser submetido validao

    da Comisso Coordenadora, que organizar o debate amplo e definitivo com a sociedade.

    desejvel que o Documento-Base j seja elaborado com forma e contedo do futuro plano para facilitar sua

    posterior transformao no Projeto de Lei pelo Executivo.

    Observar trs aspectos indispensveis no Documento-Base

    Um bom diagnstico, contendo uma descrio geral do municpio, atravs de um cenrio que ajude a

    compreender as razes pelas quais a educao se encontra de uma determinada maneira ser a base para as

    escolhas que sero feitas pela sociedade local na priorizao de determinadas metas e na definio das formas de

    enfrent-las. O diagnstico deve contemplar os aspectos mais relevantes da oferta e qualidade da educao bsica,

    em cada etapa e modalidade de ensino, e da educao superior. importante que o texto seja claro, capaz de

    indicar ao leitor no familiarizado com os termos tcnicos da rea educacional qual a real situao do municpio,

    os principais problemas e os caminhos para a soluo. A educao no municpio deve ser contextualizada no

    cenrio dos desafios estaduais, regionais e nacionais. Esse diagnstico deve ser objetivo quanto s condies e

    desafios tcnicos, financeiros e polticos para o sucesso do plano. Tambm no pode ficar de fora a vinculao do

    PME com o projeto de desenvolvimento local e as necessidades de melhoria das condies de vida da populao;

    Um conjunto de metas e estratgias factveis e coerentes com o PNE e o PEE, que deve ser cuidadosamente

    construdo com base na anlise do diagnstico. A Equipe Tcnica poder identificar os desafios educacionais

    prioritrios a serem enfrentados no municpio, buscando um equilbrio entre a capacidade atual, as necessidades

    da populao e as metas j estabelecidas para o pas e o estado a que pertence o municpio. indispensvel

    definir estratgias que permitam compreender o caminho a ser trilhado para o alcance das metas, explicitando,

    sempre que possvel, as aes compartilhadas e as responsabilidades de cada ente federativo;

    Um conjunto de indicadores com os responsveis pelo seu monitoramento e avaliao, de tal maneira que

    no se deixe para avaliar os resultados do plano no final da dcada. Assim, indispensvel definir de quem ser

    essa atribuio e qual ser a sua periodicidade. Uma ao compartilhada entre a Secretaria Municipal, a Comisso

    ou Conselho e Frum Municipal de Educao, onde houver, e a Cmara de Vereadores pode ser uma sugesto

    a ser considerada. Para o sucesso dessa tarefa, os responsveis pelo monitoramento (que pode ser anual) e

    avaliao (que pode ser trienal) precisam dispor de indicadores bem elaborados e aprovados junto com o PME; tais

    dispositivos, assim previstos, ajudaro inclusive o monitoramento do PEE e do PNE. Alm de serem ferramentas

    indispensveis para o processo de monitoramento e avaliao, os indicadores permitem a comunicao com

    a sociedade, assegurando a transparncia e o controle social do plano. Por essa razo devem ser objetivos,

    mensurveis no tempo, factveis e relevantes. Aos responsveis pelo monitoramento e avaliao tambm pode

    ser atribuda a tarefa de promover as Conferncias Municipais de Educao, que fornecero insumos para avaliar a

    execuo do plano e, consequentemente, subsidiar a elaborao de um novo plano para o decnio subsequente.

    11

  • 3. PROMOVER UM AMPLO DEBATE

    A gesto democrtica um princpio constitucional que tem como pressuposto o respeito mtuo, a

    responsabilidade dos atores envolvidos e a efetiva participao nas decises. Por esse motivo, fundamental

    que o plano de educao seja elaborado ou adequado com a participao de todos os atores envolvidos

    com as questes educacionais. Quanto mais representativa for a participao na elaborao do plano,

    mais favorecida ser a corresponsabilidade nos processos de implantao, execuo, acompanhamento e

    avaliao.

    O Documento-Base, validado pela Comisso Coordenadora, ser o texto de referncia para a consulta

    pblica. Para isso, a Comisso Coordenadora do processo ter que organizar, da maneira mais participativa

    possvel, o processo de debate e aperfeioamento do Documento-Base.

    Cabe aos gestores dos sistemas e das redes de ensino, sobretudo s Secretarias de Educao ou

    rgos especficos, em colaborao com os Conselhos e Fruns de Educao, a adoo de mecanismos,

    processos e aes para estruturar uma metodologia e uma agenda de trabalho que favoream os processos

    de participao e de deciso coletivos. Nessa direo, sugere-se: utilizao dos meios de comunicao

    (rdios locais, TV, jornais, cartazes, faixas, outdoors, servio de som mvel etc.); envolvimento da sociedade

    civil (associaes comunitrias, organizaes religiosas, desportivas e culturais; organizaes no

    governamentais; organizaes de classe, como sindicatos, organizao estudantil, associaes de pais etc.),

    da sociedade poltica (casas legislativas e demais secretarias de governo etc.), das instituies formadoras

    (instituies de ensino superior, institutos de pesquisa, entre outros); mobilizao e aproveitamento

    do potencial humano, material artstico-cultural existente no municpio e, se possvel, na regio para

    apresentao de peas teatrais, confeco de msicas, cartazes, enquetes etc.; estratgias de estudos e

    debates sobre o andamento de construo do plano: reunies, seminrios, encontros, audincias pblicas,

    fruns etc. A organizao de uma Conferncia Municipal com etapas escolares, por bairros ou regies do

    municpio sem dvida pode qualificar as contribuies ao Documento-Base.

    4. REDIGIR O PROJETO DE LEI

    Depois da consulta, a Equipe Tcnica deve revisitar o Documento-Base, examinando a viabilidade das

    mudanas propostas e fazendo as adequaes necessrias para a validao pela Comisso Coordenadora.

    O Documento, em sua verso final, ser ento encaminhado oficialmente ao Poder Executivo, que elaborar

    e enviar um Projeto de Lei para a apreciao da Cmara de Vereadores.

    O Projeto de Lei, aos moldes do PL do PNE, poder trazer uma sntese do diagnstico na exposio de

    motivos, para em seguida tratar das diretrizes, assim como da periodicidade e da forma de seu monitoramento

    e avaliao no corpo do PL, ficando o detalhamento das metas e estratgias do PME no seu anexo. A

    definio de um perodo de avaliao similar ao do projetado para o PNE pode ser a melhor alternativa.

    12

  • 1. PARA PRODUZIR UM BOM DIAGNSTICO

    A Equipe Tcnica de Apoio deve buscar todos os dados e informaes relevantes para conhecer o quadro

    atual da quantidade e qualidade da oferta educacional no municpio, como:

    oferta educacional no municpio por nveis, etapas e modalidades;

    nmero de escolas pblicas (federais, municipais ou estaduais) e privadas no municpio;

    nmero de matrculas por nvel, etapa e modalidade (se possvel, com detalhamento por turnos e rede);

    estrutura fsica das escolas (especificando necessidades de reforma ou ampliao);

    quadro de profissionais comparado s necessidades tcnicas, pedaggicas e de apoio;

    srie histrica do IDEB (com detalhamentos de seus indicadores);

    distoro idade-srie em cada etapa de ensino;

    capacidade tcnica e financeira disponveis para a educao no municpio;

    projetos educacionais em execuo pela Prefeitura, governo do estado, Ministrio da Educao e

    terceiro setor no municpio;

    populao residente por faixa etria e escolaridade;

    planos de expanso das faculdades, universidades e escolas tcnicas no municpio ou na regio.

    Essas informaes podem ser levantadas a partir dos portais do IBGE, INEP, MEC, FNDE, Secretaria

    Estadual de Educao, entre outros, alm de consultas diretas a diferentes instituies.

    IV. Algumas orientaes tcnicas

    13

    5. ACOMPANHAR A TRAMITAO NA CMARA MUNICIPAL

    O trabalho da Comisso Coordenadora no se encerra na entrega do documento final. importante

    continuar acompanhando todo o trmite do processo, tanto no Executivo como no Legislativo.

    A Cmara Municipal, por sua vez, ao receber o Projeto de Lei, poder promover reunies e audincias

    pblicas sobre os diferentes temas e, para isso, a comunidade, e especialmente a Comisso, dever estar

    mobilizada.

    Por fim, o processo volta ao Executivo para ser sancionado, havendo ainda a possibilidade de vetos. Mais

    uma vez, a Comisso deve estar atenta e acompanhar o trmite, para garantir que o texto aprovado fique o

    mais prximo possvel das expectativas apresentadas na consulta pblica.

  • Para facilitar o trabalho, o site Planejando a Prxima Dcada disponibiliza:

    a Lei do novo PNE e seu anexo, na ntegra;

    os textos que reforam a importncia do planejamento articulado (Alinhando os Planos de Educao)

    discorrem sobre a importncia de cada uma das metas nacionais (Conhecendo as 20 metas do Plano

    Nacional de Educao) e ajudam na elaborao das metas municipais.

    os Indicadores Demogrficos e Educacionais disponibilizados pelo INEP;

    a situao atual de cada municpio para cada uma das metas, comparada com a situao do estado,

    da regio e do pas;

    a situao de cada estado e municpio com relao ao processo de elaborao ou adequao do Plano

    de Educao ao PNE;

    os programas do MEC que se vinculam a cada uma das metas nacionais;

    a sntese das aes do MEC que j ocorrem em cada municpio.

    Aps selecionar e reunir os principais dados e informaes sobre a situao educacional do municpio,

    a Equipe Tcnica de Apoio dever elaborar o diagnstico que servir de base para a definio das metas,

    estratgias e indicadores do futuro PME.

    O diagnstico dever conter informaes quantitativas como as sugeridas acima, alm de outras julgadas

    relevantes pelo grupo. A linguagem deve ser clara, de tal forma que seu contedo possa ser integralmente

    apropriado e debatido por todos os membros da Comisso Coordenadora, que dever receber o diagnstico

    proposto pela Equipe Tcnica.

    Para tanto, o diagnstico no pode se limitar a um relatrio com nmeros descontextualizados. O

    ideal interpretar os nmeros encontrados, fazendo uma relao com a histria, a cultura e a condio

    socioeconmica do municpio. A incluso de grficos e tabelas pode auxiliar a compreenso, com o cuidado

    de citar sempre a fonte e a metodologia de clculo utilizada.

    Esse conjunto de dados e informaes, do site Planejando a Prxima Dcada ou de outras variadas

    fontes, certamente pode contribuir para a construo de um bom diagnstico. Mas o municpio no deve

    descartar a possibilidade de realizar um minicenso ou um levantamento das demandas educacionais

    por amostragem, o que seria o cenrio ideal. As duas opes podem parecer quase impossveis para um

    municpio financeiramente frgil, mas so viveis e podem se concretizar atravs de um simples formulrio

    com apoio da comunidade escolar. Um tipo de mutiro, alm de ser til para conhecer a realidade de

    perto, tambm tem efeito mobilizador da sociedade para o plano, desde que todos sejam esclarecidos sobre

    a importncia e os propsitos da pesquisa.

    14

  • 2. PARA CONSTRUIR METAS COM CORRESPONSABILIDADE ENTRE OS ENTES FEDERATIVOS

    Na definio das metas no plano municipal de educao, importante considerar que, embora a Unio,

    os estados, o Distrito Federal e os municpios tenham atribuies diferenciadas, a Constituio Federal deixa

    clara a corresponsabilidade dos entes federativos, que devem organizar seus sistemas de ensino para que o

    trabalho acontea de forma colaborativa.

    Assim, existem algumas metas de responsabilidade direta do municpio, como a expanso da oferta da

    educao infantil. Mas a responsabilidade no s municipal; o plano deve indicar que aes o municpio

    poder desenvolver com apoio da Unio e do Estado para garantir o direito das crianas na creche e na

    pr-escola.

    No caso do ensino fundamental, o municpio e o estado tm responsabilidade direta na oferta. Portanto,

    o plano dever apontar as aes de ambos para essa etapa, bem como as interfaces que faro com a Unio

    para viabilizar que todos tenham seu direito garantido.

    J em outras metas, como no caso daquelas relativas ao ensino mdio, profissional e superior, por

    exemplo, no h responsabilidade direta do municpio com a oferta. Nesses casos, o plano deve descrever

    as iniciativas que o municpio desenvolver junto ao estado, Unio e s instituies de ensino profissional

    e superior buscando assegurar o acesso de seus muncipes a essa modalidade e nvel de ensino.

    Para que a Prefeitura possa enfrentar os desafios relativos s metas do PME aprovado, precisa contarcom

    um plano estratgico de governo e da vontade poltica dos dirigentes municipais para impulsion-lo nos

    primeiros anos da crucial etapa de um plano decenal de educao. O Plano de Aes Articuladas (PAR)faz

    parte desse contexto, mas refere-se apenas forma de colaborao do MEC com a rede ou o sistemade

    ensino municipal; um instrumento importante de planejamento e de organizao da gesto, mas,alm

    da sua articulao com o MEC, haver muitas outras aes estratgicas a serem desempenhadas pela

    Secretaria Municipal de Educao para que as metas do PME aprovado sejam cumpridas.

    3. PARA CONSTRUIR METAS EM CONSONNCIA COM O PEE E O PNE

    Para ajudar na tarefa de elaborao de metas, sugere-se aqui uma alternativa metodolgica, tomando

    como exemplo a Meta 1 do PNE.

    15

    Universalizar, at 2016, a educao infantil na pr-escola para as crianas de

    4 (quatro) a 5 (cinco) anos de idade e ampliar a oferta de educao infantil

    em creches de forma a atender, no mnimo, 50% (cinquenta por cento) das

    crianas de at 3 (trs) anos at o final da vigncia deste PNE.

  • 16

    Para elaborar uma meta alinhada meta nacional, o primeiro passo considerar o diagnstico

    realizado pelo municpio, informando quantas crianas esto matriculadas e quantas ainda no esto e,

    consequentemente, o percentual de atendimento.

    Com um diagnstico bem feito, ser possvel identificar a distribuio da oferta e da demanda, a taxa

    de natalidade e os processos migratrios, a partir de informaes provavelmente obtidas na interlocuo

    com a Secretaria de Sade e a Secretaria de Planejamento, por exemplo. Ele permitir conhecer tambm o

    nmero de escolas pblicas e privadas (por rede e por turno) que ofertam essa etapa da educao bsica, o

    nmero de vagas ociosas, a quantidade de salas com nmeros elevados de crianas, a demanda manifesta,

    as escolas que necessitam de reformas/adequaes, entre outras informaes relevantes.

    Com os dados e informaes mais relevantes em mos, deve-se comparar a realidade do municpio

    para esta meta com as metas assumidas nos Planos Estadual e Nacional de Educao. Caso haja um

    Plano Municipal em vigor, importante observar tambm o tratamento dado oferta de creche e pr-

    escola quando o plano foi elaborado. Esse panorama dar uma viso da quantidade de vagas que devem

    ser abertas para o cumprimento da meta, entre outros indicadores que devem ser considerados.

    No caso especfico da Meta 1, importante observar que h dois componentes. O Componente 1

    (Universalizar, at 2016, a educao infantil na pr-escola para as crianas de 4 a 5 anos de idade) de

    universalizao. Embora hoje cada municpio tenha um percentual prprio de atendimento, por fora de lei

    todas as crianas de quatro e cinco anos de idade devem estar matriculadas na pr-escola at o ano de 2016,

    independentemente do percentual de atendimento atual. Portanto, as estratgias devero ser pensadas de

    tal modo que todos os municpios alcancem o atendimento de 100% dentro do perodo previsto na meta,

    independentemente do ponto de partida de cada um.

    J o Componente 2 (Ampliar a oferta de educao infantil em creches de forma a atender, no mnimo,

    50% das crianas de at 3 anos at o final da vigncia desse PNE) diferente do anterior, porque no exige

    a universalizao do atendimento. Nesse caso, o ponto de chegada poder no ser o mesmo para todos

    os municpios, embora todos tenham que contribuir para que a mdia nacional alcance os 50% previstos

    no PNE, sempre em colaborao com o estado e com a Unio. Os municpios que partem de indicadores

    de oferta superiores a 50% continuaro realizando um esforo de ampliao, visando garantir o direito das

    crianas e das famlias, nesse caso, com base na demanda manifesta.

    Conhecida a necessidade de expanso, cabe agora compar-la com as reais condies do municpio.

    Para tanto, necessrio avaliar as possibilidades de novas construes, contratao de professores, aquisio

    de mobilirio, entre outros insumos, bem como os aportes oramentrios que devem ser mobilizados.

    Devem ser analisados, inclusive, os recursos que podem ser assegurados pelo estado e pela Unio, por

    intermdio de programas especficos para essa etapa da educao bsica.

  • Portanto, de posse da anlise da situao do municpio com relao demanda e s possibilidades de

    expanso da oferta, a Equipe Tcnica pode construir uma proposta de meta para o perodo de dez anos de

    durao do Plano Municipal de Educao, que dever ser validada pela Comisso Coordenadora, submetida ao

    debate pblico, aprovada pelo Poder Executivo em forma de projeto de lei e votada na Cmara de Vereadores.

    Portanto, para se elaborar uma meta deve-se considerar o diagnstico; o planejamento oramentrio; as

    particularidades do municpio; os desejos da sociedade e a sintonia entre ousadia e exequibilidade da meta

    proposta no PNE e no PEE. importante lembrar ainda que a meta deve ter redao clara, coesa e objetiva

    para identificar os resultados a serem obtidos, considerando quantidade e tempo.

    4. PARA DEFINIR OS INDICADORES

    Uma questo importante a avaliao permanente do plano, porque a sociedade precisa saber se as metas

    esto sendo atingidas e se as estratgias esto realmente contribuindo para isso. Ento, necessrio definir

    desde o incio do processo como o plano ser monitorado e avaliado. Um dos instrumentos indispensveis

    para avaliar a evoluo de uma meta o indicador.

    Por exemplo, ainda na Meta 1, de universalizao da etapa pr-escolar, o indicador a ser considerado

    pode ser: Taxa de frequncia escola da populao de 4 e 5 anos.

    O clculo do indicador seria:

    Populao total de crianas com 4 a 5 anos de idade

    Nmero de crianas de 4 a 5 anos de idade que frequentam a pr-escola

    x 100

    Em muitos casos, os indicadores expressos em percentuais indicam a situao atual de maneira mais

    clara. Entretanto, possvel que existam indicadores que, embora definidos em termos quantitativos, no

    necessariamente so referentes a percentuais. Exemplo disso o caso do indicador que sinaliza a meta do IDEB.

    A situao atual de cada municpio em cada uma das metas nacionais foi estimada a partir de indicadores

    que sero teis ao monitoramento e avaliao do PNE. Se houver acordo, tais indicadores podem ser

    apropriados no PME em elaborao. Essa iniciativa facilitar no apenas o trabalho da Equipe Tcnica,

    mas tambm o mecanismo de monitoramento e avaliao do PME, do PEE e do PNE ao longo da

    dcada.

    Definidos os indicadores para cada meta, essencial que se discuta a responsabilidade do Poder Executivo,

    da Cmara de Vereadores, do Frum, do Conselho de Educao (onde estiverem institudos) ou Comisso

    em relao aos mecanismos de monitoramento e avaliao sistemtica da execuo do plano.

    17

  • A lei do PNE determina que, a cada dois anos de vigncia, o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas

    Educacionais Ansio Teixeira (INEP) publicar estudos para aferir a evoluo do cumprimento das metas

    estabelecidas no PNE e, em funo disso, o Ministrio da Educao j est promovendo alteraes no

    Censo Escolar.

    5. PARA CONSTRUIR AS ESTRATGIAS

    Para cada meta, o plano pode prever um conjunto de estratgias que traduzem as escolhas sobre como se

    deseja chegar ao resultado estabelecido. Essas formas de atuao devem refletir os esforos de colaborao

    entre o municpio, o estado e a Unio.

    Tendo ainda como exemplo a Meta 1 do novo PNE, vejamos aqui trs exemplos de estratgias.

    Estratgia 1.15:

    Esse exemplo apresenta uma forma de se conhecer o nmero real de crianas de zero a trs anos

    residentes no municpio, fazendo interface com outras polticas e respeitando o direito da famlia de decidir

    ou no pelo atendimento em creche na faixa etria indicada na meta. Portanto, pode ser tambm uma

    estratgia a ser considerada no plano municipal.

    Estratgia 1.4:

    Nesse caso, se o municpio j tem normas estabelecidas para o levantamento da demanda, trata-se

    de uma estratgia sem sentido para o plano municipal. Portanto, o municpio no precisaria replicar essa

    estratgia em seu plano ou, ainda, poderia apresent-la apenas no sentido de aperfeioar estes mecanismos.

    Estratgia 1.10:

    Promover a busca ativa de crianas em idade correspondente educao

    infantil, em parceria com rgos pblicos de assistncia social, sade e

    proteo infncia, preservando o direito de opo da famlia em relao

    s crianas de at trs anos.

    Estabelecer, no primeiro ano de vigncia do PNE, normas, procedimentos

    e prazos para definio de mecanismos de consulta pblica da demanda

    das famlias por creches.

    Fomentar o atendimento das populaes do campo, comunidades

    indgenas e quilombolas na educao infantil, por meio do

    redimensionamento da distribuio territorial da oferta, limitando

    a nucleao de escolas e o deslocamento das crianas, de forma a

    atender s especificidades dessas comunidades, garantida consulta

    prvia e informada.

    18

  • Pode ser que no exista no municpio algum tipo de comunidade citada na estratgia. Contudo, se

    houver outras comunidades com especificidades, essas devem ser consideradas. A sugesto que se faa

    uma adaptao da redao da meta adequando-a realidade local.

    O ideal que a Equipe Tcnica avalie a pertinncia de cada uma das estratgias apresentadas no

    PNE. Deve-se ressaltar tambm que algumas estratgias especficas pensadas no municpio no estaro

    contempladas no PNE. Se esse for o caso, as estratgias devem ser redigidas e includas no plano municipal.

    Contudo, preciso ter cuidado para que se mantenha coerncia entre a Meta e suas Estratgias, ou seja, se

    as estratgias de fato apontam o caminho para a execuo da Meta.

    Uma sugesto metodolgica que pode facilitar a visualizao de todo o trabalho seria construir matrizes

    como as sugeridas abaixo:

    Matriz 1 Metas do plano municipal alinhadas ao PNE e ao PEE.

    Meta do PNE Situao do municpioMeta definida para o PME

    Meta do PEE

    Meta definida para o PME

    Estratgias do PEE para esta meta

    Estratgias do PME para esta meta

    Estratgias do PNE para esta meta

    Matriz 2 Estratgias do plano municipal alinhadas ao PNE e ao PEE.

    O importante que o plano deixe claro de onde partiu (diagnstico), onde quer chegar (metas), como

    quer fazer (estratgias) e como vai ser acompanhado (indicadores e processos de monitoramento e

    avaliao).

    19

  • BRASIL, Ministrio da Educao. Avaliao do Plano Nacional de Educao. Braslia: Inep, 2010.

    DOURADO, Luiz F. (Org.). Plano Nacional de Educao (2011-2020): avaliao e perspectivas. Goinia:

    Editora da UFG/Autntica, 2011.

    V. O trabalho comea agora

    A lei do PNE determina que estados e municpios tero um ano a partir da sua publicao para elaborar

    ou adequar seus planos s metas nacionais. Um ano que inclui todo o processo concludo, inclusive a

    aprovao pela Cmara Municipal e sano pelo prefeito, o que significa pouco tempo. Portanto, para que

    se tenha um plano com qualidade tcnica e que seja legtimo, fruto de amplo debate com a sociedade, o

    trabalho deve comear j, de maneira organizada e articulada entre as trs esferas de governo.

    Cada pessoa envolvida no processo de construo do Plano Municipal de Educao estar contribuindo

    decisivamente para o desenvolvimento da educao do seu municpio, do seu estado e do pas. Um processo

    cuidadoso e democrtico certamente resultar em uma proposta de plano capaz de representar os anseios

    e os esforos de toda a sociedade em torno dos avanos necessrios educao.

    Os planos decenais de educao so elementos centrais para a consolidao da democracia, da incluso

    social e da garantia do direito educao de qualidade para todas as pessoas. Se houver alinhamento

    das metas municipais s metas estaduais e nacionais, os planos estaro cumprindo seu papel articulador

    dos sistemas e o PNE, resultado do esforo nacional, estar articulando o Sistema Nacional de Educao.

    O desafio grande e o processo, que coletivo, exigir estudos e leituras atentas, pesquisas de dados,

    conhecimento da realidade local e, fundamentalmente, disposio para compreender que todos fazemos

    parte de uma unidade nacional para que o pas avance em qualidade com equidade para cada brasileiro.

    VI. No deixe de consultar

    20

  • Colaboradores

    21

    Este Caderno de Orientaes de responsabilidade da Secretaria de Articulao com os Sistemas de

    Ensino do Ministrio da Educao (SASE/MEC) e contou com a valiosa contribuio dos seguintes educadores

    e tcnicos indicados pelas secretarias de Educao e Seccionais da Unio dos Dirigentes Municipais de

    Educao (Undime) de todos os estados brasileiros:

    Acre: Ana Luce Galvo Moreira

    Jean Mauro de Abreu Morais

    Alagoas:Luiz Carlos Santos de Oliveira

    Maria do Carmo Custdio de Melo Silveira

    Marinalva Santos de Oliveira

    Rosa Maria Melo dos Santos

    Amap:Francisca Antnia da Costa Oliveira

    Sara das Mercs Ribeiro

    Amazonas:Alexander Lacerda Cezario

    Francisco Sales Bastos Palheta

    Joo Libanio Cavalcante

    Bahia: Graciene Rocha de Jesus Guimares

    Luzinete Barbosa Lyrio

    Moacir Freitas Borges

    Cear:Flvio de Arajo Barbosa

    Francisca de Assis Viana Moreira

    Francisco Elcio Cavalcante Abreu

    Joo lcimo Viana Lima

    Lcia Maria Beserra Veras

    Lcia Maria Gomes

    Maria do Socorro Pinheiro Coutinho

    Maria Eleneuda de Sousa

    Noemi Alencar Araripe Cordeiro

    Distrito Federal:Renato Domingos Bertolino

    Roslia Policarpo Fagundes de Carvalho

    Esprito Santo: Adenilde Stein Silva

    Adolpho Ferreira Vieira Junior

    Gois:Flvio Leandro de Souza

    Levy Rei de Frana

    Rosane Dias de Alencar

    Maranho: Cynthia Rossana Belo Soares

    Diona Smith e Silva

    Joana Maria Fonseca dos Santos

    Lucinete Fernandes Vilanova

    Maria Celeste Frazo

    Niedja Duarte do Nascimento

    Raimunda Nonata Oliveira

    Mato Grosso:Aid Ftima de Campos

    Carlito Pereira da Rocha

    Maria Antnia Martins dos Santos

    Maria Dolores de Freitas

    Maria Luiza Bartmeyer Zanirato

    Rosangela Benedita Viana de Oliveira

    Mato Grosso do Sul:Angela Maria da Silva

    Maria Jos Telles Franco Marques

    Roberval Angelo Furtado

    Soraya Regina de Hungria Cruz

    Minas Gerais: Jos Natal de Amorim

    Jlia Drumond Campos e Silva

    Jurema Ribeiro de Faria

    Maria Imaculada de Oliveira Vignatti

    Snia Andre Cruz

    Thiago Zordan Malaguth

    Vincius Eduardo Belo Rodrigues

    Wagner Eustquio Oliveira da Costa

    Wagner Henrique Evangelista

    Yan Vieira do Carmo

    Par:Joo Batista Feitosa Machado

    Milena Monteiro da Silva

    Nair Cristine da Silva Mascarenhas

    Sandra Helena Atade de Lima

    Paraba: Edinalva Alves de Aguiar

    Maria Elisete de Lima Melo

    Ordani Gomes Leite

    Paran:Larissa Biassio Rosa

    Valria Arias

    Pernambuco:Adriana Michele de Arajo

    Gustavo Cesar Barros Amaral

    Israel Alves da Silveira

    Simoni Laet de Andrade

    Vilma Bezerra da Silva

    Welson Luiz da Costa Santos

    Piau: Cleidimar Tavares Mendes Brito

    Maria Antonia da Silva Costa

    Rosngela Maria de S

    Rio de Janeiro:Magda Elaine Sayo Capute

    Tnia Maria Machado Pinto

    Rio Grande do Norte: Jorge Eduardo Dantas ArajoLda Andrade Oliveira de Sales

    Maria Cristina dos Santos Kirchmayr

    Raimunda Almeida de Oliveira Barbosa

    Rosngela Maria de Holanda Angelim

    Nogueira

    Rute Regis de Oliveira da Silva

    Suely Marinho de Andrade

    Rio Grande do Sul:Eunice Gomes de Oliveira

    Fernanda Mayer

    Mrcia Adriana de Carvalho

    Mrcia Olegrio dos Santos

    Rondnia: Edson Luiz Fernandes

    Sandra Teixeira de Assuno

    Roraima:Kennedy Leite da SilvaLeila Soares de Souza Perussolo

    Santa Catarina:

    Edna Corra Batistotti

    Joo Carlos da Gama

    Vnia Cristina Coelho Piccoli

    So Paulo:Edimar Batista de Oliveira

    Helena Maria Pelaio de Lima

    Hugo Frederico Costa Coelho

    Luciene Garcia Ferreira e Silva

    Maria das Graas Marins Daemon

    Marialba da Gloria Garcia Carneiro

    Natalina de Ftima Mateus

    Vnia Aparecida Pschoa Prado

    Sergipe:Jos Welto dos Santos Gama

    Jucileide Dias dos Santos Arago

    Tocantins:Cleidiana Santana Parente

    Rute Soares Rodrigues

  • Para mais informaes, acesse www.mec.gov.br

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