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PneuPress - Edição Junho 2014

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Revista especializada na informação da indústria de pneus, recapagem e de insumos (borracha sintética e natural).

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JUNHO 2014TRUCKMOTORS

TRUCKMOTORS 1

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Pneupress e Truck&Motors unemforças em prol do transporte

A partir desta edição, a Pneupress passa a circular em conjunto com a Revista Truck&Motors, em uma parceria que visa condensar o mundo do transporte com o universo de um dos insumos mais importantes para o transportador: o pneu.

Pneus novos, reforma de pneus, testes de desempenho e comparativos serão temas constantes prementes na linha editorial dos dois veículos, em uma ação que visa mostrar ao frotista brasileiro e ao transportador autônomo a importância na manutenção e no cuidado com os pneus que rodam em seus equipamentos.

Nesta edição especial mostramos o primeiro Duelo de Gigantes prepara-do pela Continental Pneus, um comparativo que é realizado pela empresa nos mercados mais maduros da América do Norte e Europa, que em sua primeira edição brasileira já mostrou resultados importantes.

Baseando-se no consumo, os pneus para cavalo mecânico e carreta com pneus Continental mostraram ser 4,67% mais econômicos que os pneus Michelin. Enquanto o caminhão teste com pneus Continental apurou uma média de consumo de diesel de 2,28 litros/km, os Michelin registraram 2,18 litros/km.

Essa economia (aparentemente pequena), quando colocada na ponta do lápis, mostra que ao preço de R$ 2,57 o litro do diesel - e na hipótese de rodar 120 mil quilômetros no espaço de um ano, os pneus Continental garantiriam uma economia de R$ 6.322,86 no gasto com diesel. Em uma frota de 50 caminhões, a economia seria de R$ 316 mil em um ano, ou o preço de 230 pneus novos.

Também falamos com a Doberman, uma das reformadoras de pneus mais tradicionais da Venezuela, que está entrando forte no Brasil e quer abocanhar 5% do mercado brasileiro de reforma já em 2015.

Já ao longo das páginas da Truck&Motors, o leitor terá uma série de dicas, dados e informações sobre o segmento de transporte associado aos pneus. Seja bem-vindo e esperamos que tenha uma ótima leitura.

Os editores

ediTorial

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Comprovação pode ser apurada no primeiro ‘Duelo de Gigantes’ entre as marcas, realizado em São Paulo

Pneus de carga daContinental gerammais economia dediesel que os Michelin

TesTe de Pneus

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Fato comum nos mercados mais ma-duros da América do Norte e Europa, o Duelo de Gigantes, teste comparativo de desempenho de pneus realizado pela Continental, teve sua primeira edição no Brasil. Foi no dia 20 de maio, na pista da Test Motors, localizada na cidade paulis-ta de Tatuí.

Frente a frente, os pneus de segunda geração da marca alemã no Brasil, os modelos Continental HSR2 SA e HDR2 versus os modelos Michelin X Multiway XZE e Michelin XDE2+, todos eles na me-dida 295/80 R22.5 e calibrados na pres-são de 120 libras/pol².

Na pista de 22 quilômetros de exten-são, dispostos dois caminhões Volvo (modelo FH 460) e carretas com 45 tone-ladas de areia, e a expectativa para o re-sultado do comparativo que buscou me-dir o consumo de combustível – que deu aos pneus Continental uma economia de 4,67% sobre os pneus Michelin, equiva-lentes a R$ 6.322,85 para um caminhão que rode 120 mil quilômetros por 12 me-ses. (leia box sobre o teste).

Mas qual a importância do consumo de combustível em uma frota de cami-

nhões e a importância dos pneus nisso? Dados recentes apurados pela Associa-ção Nacional dos Transportadores de Carga e Logística (NTC) mostram que o item combustível tem peso de 30% sobre o custo do frete. Um aumento de 10% no custo do diesel impacta o preço do frete em 3%, diz a NTC. Portanto, reduzir esse custo é dinheiro no bolso e o pneu pode ajudar nessa equação.

Renato Martins, gerente regional de vendas da Continental Pneus, mostra que entre os fatores que afetam a eco-nomia de combustível há aqueles que podem ser controláveis e há aqueles que não podem ser controláveis.

Entre os controláveis nós temos a ve-locidade, o estilo de direção, a pressão dos pneus, a resistência do ar, a resis-tência ao rolamento do pneu, e a carga a ser transportada, destaca o executivo. Já entre os itens não controláveis estão às condições de ruas, estradas e asfalto, a temperatura ambiente e o terreno.

“Se o frotista tiver em seus caminhões pneus com menor resistência ao rola-mento, por exemplo, já será um grande passo para obter maior economia de combustível, uma vez que a resistência ao pneu ao rolamento é responsável por

cerca de 35% do consumo de combustí-vel”, diz.

Outro fator lembrado por Renato Mar-tins é o controle da pressão dos pneus que rodam no caminhão. “Para cada 10% de pressão abaixo da recomendada pelo fabricante, os pneus desgastam en-tre 9% e 16% mais rápido”, relata ele ao apontar outro dado dos mais importan-tes: “90% dos problemas dos pneus são causados pela pressão inadequada”.

Na poNTa do lápisA Continental fez uma simulação sobre

o custo real do consumo de combustível em uma frota com 50 caminhões que rode, cada um, 120 mil km em um ano. Com consumo médio de 2 km/l, ao preço de R$ 2,50 o litro, cada caminhão consu-miria aos cofres da empresa a soma de R$ 150 mil apenas em combustível, ou R$ 7,5 milhões na soma de toda a frota rodante. “Se conseguirmos elevar o con-sumo médio para 2,5 km/l o custo final para toda a frota será de R$ 6 milhões o que equivale a uma economia de R$ 30 mil por caminhão ou R$ 1,5 milhão a menos na conta combustível”, diz Renato Martins. “Isso equivale a 1.150 pneus no espaço de um ano”, relata.

Fernando Bortolin

TesTe de Pneus

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A Continental se prepara para uma nova fase de crescimento no Brasil. Entre grandes novidades apontadas pelo diretor superintendente da Conti-nental Pneus, Renato Sarzano, está a duplicação da produção de pneus de carga – usados em ca-minhões e ônibus – até 2017, e o lançamento da terceira geração de pneus de carga da marca no ano que vem.

A empresa vem obtendo forte ampliação de sua participação de mercado nos segmentos de equipamentos originais e de reposição e já con-ta com aporte de R$ 60 milhões voltados para a expansão da capacidade de produção da linha de pneus para caminhões, cuja produção atual é de 550 mil/ano. Na linha de pneus para carros de passeio a fábrica de Camaçari produz 7,0 milhões de unidades/ano.

“Cerca de 20% da atual produção se destina para as montadoras e fabricantes de implemen-tos e 80% para a reposição”, disse o executivo du-rante a realização do Duelo de Gigantes, em Tatuí (SP). Hoje os pneus Continental já equipam ca-minhões de marcas diversas, como Iveco, MAN--Volkswagen, Mercedes-Benz e Scania, e carros de passeio da Fiat, Ford, Renault, Volkswagen, Hyundai, GM e Peugeot.

No segmento de implementos rodoviários, a empresa já oferece equipamentos originais para Noma, Librelato e Facchini.

A divisão ContiTread, de materiais e equipa-mentos voltados para reforma de pneus, também se consolida no mercado brasileiro. “Uma das qualidades dessa divisão é que oferecemos ban-das de rodagem com os mesmos compostos e os mesmos dese-nhos dos pneus originais, o que possibilita até três reformas so-bre o pneu novo”, destaca o exe-cutivo que também acena com serviços agregados ao trans-porte, como o gerenciamento de frota em futuro próximo.

CoMo Foi o TesTeO Duelo de Gigantes contou com a participação de dois caminhões Volvo FH 460,

motor D13 e transmissão I-Shift de 12 velocidades, que carregaram 45 toneladas de areia cada um. Com o piloto automático ativado, cada veículo rodou por cerca de 22 km na pista a uma velocidade constante de 60 km/hora.

Para a mensuração do resultado foi empregado um beaker, um dispositivo com proveta de vidro que permite visualizar em tempo real o consumo de combustível.

A pista usada foi da empresa Test Motors, localizada em Tatuí, no interior de São Paulo.

os CaMiNhões e os pNeusO caminhão de referência ou controle rodou exclusivamente com pneus Conti-

nental reformados. Já o caminhão teste foi equipado para a primeira bateria com quatro modelos Continental HSR2 SA na dianteira e oito modelos HDR2 nos eixos traseiros. Todos os pneus tinham medida 295/80 R22.5 e foram calibrados na pres-são de 120 libras/pol².

As provetas instaladas em cada um dos veículos foram devidamente abastecidas e após sete voltas ou 22 quilômetros na pista da Test Motors, os veículos de controle e teste foram parados e foi medido o consumo em ambos.

No caminhão teste com pneus Continental, o consumo foi de 9,833 litros de die-sel, sendo média de 2,28 litros/km

A segunda bateria contou novamente com o caminhão referência – nos mesmos moldes da primeira bateria. Já o caminhão teste foi equipado com quatro pneus Michelin X Multiway XZE na dianteira e oito pneus Michelin XDE2+ na carreta. Todos na medida 295/80 R22.5 e calibrados na pressão de 120 libras/pol².

Provetas abastecidas em cada veículo (referência e teste), mais sete voltas - per-fazendo 22 quilômetros -, e o consumo apurado ao final da segunda bateria (no caminhão equipado com pneus Michelin) foi de 10,292 litros de diesel, ou média de R$ 2,18 litros/km.

a eCoNoMia dos pNeus CoNTiNeNTalNo primeiro Duelo de Gigantes realizado pela Continental Pneus – que comparou

apenas e tão somente o consumo de combustível do Volvo FH 460 – a economia ge-rada pelos pneus da fabricante alemã chegou a 4,67% sobre os pneus da fabricante francesa.

Quanto isso gera de resultado na planilha de custos de combustíveis de uma fro-ta? Se tomarmos a simulação da Continental, de um caminhão que rode 120 mil km por ano a um preço de R$ 2,57 o litro de diesel, a economia será de R$ 6.322,86 por caminhão.

Essa economia amplificada sobre uma frota de 50 veículos resultará em redução de R$ 316 mil na conta da empresa o que equivale, segundo a Continental, a 230 pneus novos.

eM TeMpoNa última quinta-feira, 29 de maio, semanas após o Duelo de Gigantes, a Michelin

anunciou ao mercado o lançamento de uma nova geração de pneus trativos para o segmento de transporte rodoviário de carga, o Michelin X Multi D na medida 275/80 R22.5, para caminhões e cavalos mecânicos.

Segundo a empresa, esse modelo garante um rendimento quilométrico superior em até 15% na primeira vida sobre o modelo anterior da marca.

Continental vai dobrar a produção de pneus decarga no Brasil

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Presente no mercado nacional desde 2000, através da comercialização de materiais para recapagem, câmaras de ar e pneus de empilhadeira, a empresa decidiu fazer parte do segundo maior mercado reformador de pneus do mundo.

“Somos reconhecidos no mercado brasileiro pela qualidade e desenvolvimento de materiais para reforma de pneus e decidimos ampliar as operações que passam

por um acordo operacional com a Vipal e estruturação de uma base de autorizadas para a venda e prestação de serviços da marca”, diz o diretor da Doberman do Brasil, Fernando De Fillipo, em entrevista exclusiva para a Pneupress.

A Doberman está lançando no mercado local 16 desenhos de bandas de rodagem e fundamenta a consolidação dos negócios em fases bem claras: a primeira delas é a construção de sua rede de autorizadas com perfil regional e a segunda é a

Pneupress Pergunta com Fernando De Fillippo, diretor da Doberman

otimização de seu portfólio de produtos.A seguir, os principais trechos da

entrevista com o executivo:

pneupress pergunta (pp): Quem é a Doberman e quais os objetivos no Brasil?

Fernando de Fillipo (FF): Somos um dos maiores grupos do segmento de reforma de pneus da Venezuela, com mais de 50 anos de atuação local. Aqui, estamos desde 2000, quando atuávamos como importadores de materiais de re-forma e pneus de empilhadeira, além de câmaras de ar que produzíamos para a

Fernando Bortolin

doberman, a nova marca de reforma de pneus no Brasil

enTreVisTa

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Goodyear. Desde então, somos reconhecidos pela qualidade dos produtos que oferecemos, mas mais do que isso, pela qualidade de nosso atendimento. Nosso legado é atender ao transportador em suas necessidades, com produtos de qua-lidade e atendimento diferenciado e, acreditamos que isso possa ser aplicado no Brasil.

pp: O atendimento do mercado de empilhadeiras permitiu esse novo olhar sobre o Brasil?

FF: Chegamos a vender 500 a 600 pneus de empilhadei-ras por mês aqui. Isso ocorreu entre 2000 e 2007 e, até hoje recebemos demandas de clientes pedindo por esses produ-tos. Isso mostra que a memória do produto, do atendimento ficaram. Só paramos as importações em função da satura-ção da produção na Venezuela, mas já estamos analisando a possibilidade de criar uma linha de produção específica para atendimento dessa demanda aqui.

pp: Ou seja, essa experiência serviu para fidelizar clientes e mostrar as credenciais da marca.

FF: Sem dúvida que sim, mas o grande motivo de nossa de-cisão em ampliar o negócio de reforma de pneus é o tamanho do mercado brasileiro, o segundo maior do mundo, um mer-cado que se assemelha ao da Venezuela e da América Latina.

pp: De qualquer forma, o segmento é muito competitivo no Brasil e conta com regras e legislação muito grandes. Como a Doberman encara isso?

FF: Vir ao Brasil sem estrutura e competir com os grandes é morte certa. Por isso, priorizamos o caminho da parceria. A primeira foi com a Vipal, que irá produzir as bandas de roda-gem da Doberman, segundo nossas especificações. A Vipal é uma marca reconhecidamente global. O segundo passo é construir nossa rede de reformadores e, para isso, estamos iniciando contatos e analisando quem tem a mesma filosofia de negócios.

pp: A construção dessa rede autorizada começa justamen-te no momento em que as empresas locais se deparam com a Portaria 544 do Inmetro e grande ênfase a bandas de roda-gem verdes. Como a Doberman se posiciona?

FF: Esse é um diferencial que vamos oferecer à nossa rede. Treinamento e auditorias contínuas visando o cumprimento da legislação local. Já em relação às bandas verdes, estão no radar. Temos expertise nisso, investimos e desenvolvemos

produtos dentro da filosofia verde, mas a opera-ção com produtos do gênero será feita em outra fase. A questão central hoje é identificar reforma-dores dentro de nossa estratégia de regionaliza-ção e a partir disso, crescer de forma sólida.

pp: Um dos pontos críticos desse mercado é não contar com reformadores regionais fortes.

FF: Uma das marcas da Doberman é prestar serviços e produtos que o mercado não tem. Por isso, a estratégia de negócios de reforma de pneus regionalizados e com áreas geo-gráficas de atuação bastante claras, para evitar transtornos e brigas que existem hoje e que são negativas para o setor e para o consumidor.

pp: A Doberman desenha uma meta bem ou-sada: ter participação de 5% do mercado, já em 2015.

FF: Até lá, nossa meta é atender 400 toneladas/mês em reformas de pneus. Evidente que, nesta primeira fase, a meta é menor, de 200 toneladas/mês. O mais relevante é que não queremos um crescimento quantitativo, mas qualitativo.

pp: Vocês farão reformas a frio, a quente?FF: Nessa primeira fase, serão reformas a frio, ca-

minhando para reformas a quente em uma segunda fase. Caso nossos clientes necessitem de reformas a quente, teremos o suporte da Vipal.

pp: Falando em Vipal, eles têm uma garantia imba-tível para as reformas que executam. E vocês?

FF: Não será uma garantia normal de mercado, mas estendida até a terceira reforma.

pp: Em que nicho específico a Doberman atuará?

FF: Eu vejo dois tipos de mercado no Brasil. Um dirigido ao preço, com custo de reforma barata e outro Premium. Estamos mais para o segmento Premium. Não temos uma banda de rodagem barata, mas uma banda que atende às necessidades do transportador e com uma prestação de serviços que, acreditamos, não existe no Brasil.

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