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Política Ambiental da Brisa Instituto Superior Técnico Ano Lectivo 2010-2011 30 Novembro de 2010 Políticas de Ambiente - MEAmb Prof. Francisco Nunes Correia Prof. António Gonçalves Henriques Trabalho realizado por: Leonor Pratt n.º58989 José Salgado n.º59087

Política Ambiental da Brisa - fenix.tecnico.ulisboa.pt · A Brisa assegura a revisão periódica da sua política ambiental, tendo sempre em mente a evolução dos conceitos e prioridades

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Política

Ambiental

da Brisa

Instituto Superior Técnico

Ano Lectivo 2010-2011

30 Novembro de 2010

Políticas de Ambiente - MEAmb

Prof. Francisco Nunes Correia

Prof. António Gonçalves Henriques

Trabalho realizado por: Leonor Pratt n.º58989

José Salgado n.º59087

1

Índice

Introdução .................................................................................................................................................... 3

Breve introdução à Brisa .............................................................................................................................. 4

Preocupação ambiental ........................................................................................................................... 5

Relatório de Sustentabilidade.............................................................................................................. 5

Ambiente na Brisa ........................................................................................................................................ 6

Política Ambiental .................................................................................................................................... 6

Política Ambiental da Brisa .................................................................................................................. 7

Política de Biodiversidade ........................................................................................................................ 8

Sistema de Gestão Ambiental .................................................................................................................. 9

Sistema de Gestão Ambiental da Brisa .............................................................................................. 10

Objectivos 2010-2012 ............................................................................................................................ 12

Projectos ................................................................................................................................................ 13

Habitats protegidos ou restaurados .................................................................................................. 13

Projecto Monitorização da Biodiversidade em Montado ............................................................. 14

Intervenções físicas ................................................................................................................... 14

Monitorização da biodiversidade ............................................................................................. 15

Resultados ................................................................................................................................. 15

Projecto Biodiversidade para o Tejo Internacional 2008-2012 ..................................................... 16

Resultados ................................................................................................................................. 16

Projecto EVOA – Espaço de Visitação e Observação de Aves ....................................................... 16

Resultados ................................................................................................................................. 17

Sequestro de Carbono ....................................................................................................................... 17

Projecto Monitorização da Biodiversidade em Montado ............................................................. 17

Resultados ................................................................................................................................. 18

Projecto Biodiversidade para o Tejo Internacional 2008-2012 ..................................................... 18

Resultados ................................................................................................................................. 18

Alterações Climáticas ......................................................................................................................... 18

Projecto M4D ................................................................................................................................ 18

Projecto Eco-Condução ................................................................................................................. 19

Projecto Northwest Parkway......................................................................................................... 20

Resultados ................................................................................................................................. 20

Projecto Mobilidade Sustentável na Holanda ............................................................................... 21

Gestão de Resíduos ........................................................................................................................... 21

Projecto Life ECOVIA ..................................................................................................................... 21

Resultados .................................................................................................................................................. 23

Desempenho Económico ....................................................................................................................... 23

2

Materiais ................................................................................................................................................ 23

Energia ................................................................................................................................................... 23

Consumo directo de energia por fonte primária ............................................................................... 23

Consumo indirecto de energia por fonte primária ............................................................................ 24

Iniciativas para a promoção de produtos e serviços energeticamente eficientes e baseados em

energias renováveis, assim como as reduções registadas ................................................................. 24

Água ....................................................................................................................................................... 25

Total de consumo de água segmentado por fonte ............................................................................ 25

Biodiversidade ........................................................................................................................................ 25

Impactes significativos na biodiversidade em áreas protegidas ou em áreas de elevado valor para a

biodiversidade ................................................................................................................................... 25

Fases de Projecto e Obra ............................................................................................................... 25

Fase de Exploração ........................................................................................................................ 25

Habitats protegidos e recuperados ................................................................................................... 26

Emissões, Efluentes e Resíduos ............................................................................................................. 27

Emissões de gases com efeito de estufa ........................................................................................... 27

Produtos e Serviços ................................................................................................................................ 27

Iniciativas de mitigação dos impactes ambientais dos produtos e serviços ...................................... 27

Investimento Ambiental......................................................................................................................... 27

Total de gastos e investimentos ambientais por tipo ........................................................................ 27

Conclusão ................................................................................................................................................... 28

Bibliografia.................................................................................................................................................. 29

Endereços electrónicos .......................................................................................................................... 29

3

Introdução Este trabalho enquadra-se na disciplina de Políticas de Ambiente e tem o propósito de

apresentar a Política Ambiental de uma empresa, analisar os pontos essenciais desta com

sentido crítico, expor as medidas e iniciativas desta de forma a contribuir para o

desenvolvimento

Para este trabalho foi nos pedido que analisássemos a Política Ambiental de uma empresa,

analisando os pontos essenciais com sentido crítico, expor as medidas e iniciativas

desenvolvidas por esta no campo do Ambiente e apresentar os resultados Ecológicos e

Económicos obtidos.

Definimos em consenso que o Grupo Brisa seria o nosso caso de estudo, isto porque para além

de ser uma empresa bastante influente a nível nacional e de ser responsável por desenvolver

redes massivas de auto-estradas que atravessam todo o país com todas as consequências que

tais empreendimentos incutem sobre o meio ambiente envolvente, a Brisa divulga tanto

internamente como para o público em geral uma verdadeira Preocupação Ambiental com a

implementação de uma Política Ambiental e de uma Sistema de Gestão Ambiental e que

culmina com o desenvolvimento e divulgação anual de um Relatório de Sustentabilidade.

A partir deste Relatório de Sustentabilidade obtemos a maior parte das informações

necessárias acerca Política Ambiental da Brisa, bem como os resultados obtidos para o ano de

2009.

4

Breve introdução à Brisa A Brisa foi fundada em 1972 e é hoje uma empresa líder em Portugal no sector das infra-

estruturas de transporte, com principal destaque nas concessões rodoviárias e nas infra-

estruturas ferroviárias e aeroportuárias, desempenhando um papel essencial no

financiamento, projecto, construção e operação de uma rede de auto-estradas.

A cultura da empresa baseia-se em valores de ética, inovação e excelência, e encontra-se

vocacionada para a promoção da mobilidade e da acessibilidade interurbana, inter-regional e

internacional. Assume-se assim como “Parceiro para o desenvolvimento de Portugal”.

Em Portugal detém seis concessões rodoviárias que em conjunto integram um total de 23

auto-estradas que percorrem 1687 km. No panorama internacional a Brisa controla a

concessão Northwest Parkway, nos EUA, está presente no Brasil através da participação na

CCR (Companhia de Concessões Rodoviárias) que detém sete concessões rodoviárias bem

como a concessão da Linha 4 do Metro de São Paulo, e ainda na Holanda através de operações

de cobrança electrónica de portagens.

A Brisa detém várias empresas e serviços, destacando-se entre estes a Via Verde, serviço de

pagamento electrónico que debita automaticamente na conta bancária a tarifa relativa à

quilometragem percorrida pelo utente.

Em termos económicos e financeiros a Brisa está presente no mercado de capitais há mais de

uma década e está cotada na Euronext Lisboa integrando o PSI 20. Faz ainda parte do Euronext

100, índice que reúne as maiores empresas de França, Holanda, Bélgica e Portugal. No final de

2009 apresentou uma capitalização bolsista próxima dos 4200 milhões de euros.

5

Preocupação ambiental A Brisa para além do importante desenvolvimento no pilar económico e financeiro também se

orgulha da sua visão mais alargada de crescimento sustentável.

Neste âmbito na primeira década deste século a brisa aceita o desafio da sustentabilidade,

integrando na sua estratégia as dimensões social e ambiental em acréscimo à dimensão

económica do negócio. A empresa define desde então a sustentabilidade como a busca

simultânea do crescimento do lucro, do progresso social e da qualidade ambiental. Esta é

suportada pela melhoria contínua dos processos, na gestão dos riscos e na inovação.

A Brisa tem ainda uma participação activa num conjunto de entidades de referência ligadas ao

desenvolvimento sustentável. Entre estas há a destacar a World Business Council for

Sustainable Development (WBCSD), que se trata de uma organização internacional constituída

por mais de 200 empresas mundiais empenhadas na promoção do desenvolvimento

sustentável. A Brisa tem sido desde a sua adesão em Maio de 2007 um mebro activo desta

organização principalmente no domínio da Mobilidade.

Também há a destacar a adesão ao United Nations Global Compact, que se trata de uma

iniciativa de cidadania empresarial criada pelas Nações Unidas no ano 2000 e que reúne partes

interessadas baseadas em princípios aceites universalmente, entre os quais destacamos a

Declaração do Rio sobre Ambiente e Desenvolvimento. Esta adesão reforça o compromisso

público de desenvolvimento sustentável e contribui para a incorporação dos valores de

desenvolvimento sustentável em toda a estrutura do Grupo Brisa.

Resumindo, a Brisa sabe que para fazer a diferença na promoção da qualidade ambiental está

no sistema de gestão ambiental adoptado, bem como na capacidade de identificar novas áreas

de intervenção, na importância relativa da gestão ambiental nos planos de acção e no valor

que o Ambiente tem na estratégia da empresa.

Relatório de Sustentabilidade

Este relatório foi a principal fonte de onde retirámos a maior parte da informação acerca das

políticas de ambiente e os projectos adoptados pela Brisa no ano de 2009, os resultados

obtidos, bem como alguns projectos a que se propõe neste ano de 2010.

A principal finalidade da produção do relatório de sustentabilidade é a prestação de

informações aos accionistas e aos clientes, bem como “dar” provas às diferentes partes

interessadas do empenho do grupo brisa no desenvolvimento sustentável.

6

Neste a empresa define os seguintes vectores fundamentais:

Durante este trabalho iremos dar mais atenção ao vector do Ambiente e da Inovação e

Qualidade, visto que são estes nos interessam mais no âmbito das políticas do ambiente.

Ambiente na Brisa A Brisa tem orgulho em afirmar que ao longo da sua existência sempre manifestou uma forte

preocupação ambiental, e que a crescente importância do ambiente na estratégia da empresa

tem vindo a ser acompanhada pelas boas práticas nas várias vertentes da sua actividade, a

começar pelo projecto, construção e por fim na operação.

Política Ambiental Em 2003 foi estabelecida pela Brisa a Declaração de Política do Ambiente, documento que

estabelece o compromisso público da Brisa em matéria de ambiente e o empenho em

respeitar o Ambiente.

Política Ambiental pode ser entendida como o conjunto dos princípios estabelecidos pela

direcção da empresa ou organização de forma a traçar a direcção que a empresa pensa seguir

na vertente ambiental. Deste documento devem constar explicitamente um conjunto de

compromissos, destacando-se os seguintes:

Inovação e Qualidade

Recursos Humanos

Ambiente

Desenvolvimento Social

Segurança

Prevenção da poluição

Melhoria contínua

Cumprimento da legislação ambiental

7

A política apresentada deve ainda ser apropriada aos impactes ambientais das actividades,

produtos e/ou serviços fornecidos pela empresa, bem como evidenciar a especificidade desta

e as suas reais preocupações ambientais. Deve constituir o ponto de partida e estabelecer a

estrutura a partir da qual é concebido o Sistema de Gestão Ambiental.

Em prol da sua eficiência e eficácia é necessário que em relação à política ambiental adoptada

pela empresa seja garantida a sua compreensão através dos vários níveis de comando da

organização, pelo que a política deve ser implementada e divulgada internamente.

A política ambiental deverá ser divulgada ao público sempre que solicitada, pois a qualidade

ambiental é um direito dos cidadãos, mas estes também têm o dever de protegê-la.

Política Ambiental da Brisa

A Brisa intervém directamente sobre o meio ambiente pois sendo líder da construção de

auto-estradas em Portugal, eixos importantíssimos de desenvolvimento e ordenamento do

território, as suas acções criam um novo tipo de espaço que inevitavelmente terão

consequências sobre o ambiente. No entanto é de louvar o esforço desta pela busca do

equilíbrio entre o desenvolvimento económico, que nenhuma empresa pode deixar em

segundo plano, e a preservação do meio ambiente e dos recursos naturais.

Esta busca faz-se pela adopção das melhores práticas no desenvolver da sua actividade através

da evolução das suas capacidades técnicas e tecnológicas. A sua intervenção de forma a

suportar o conceito de desenvolvimento sustentado adoptado pela organização materializa-se,

entre outras, das seguintes formas:

A Política Ambiental do Grupo Brisa visa atingir os seguintes objectivos:

1. Estimular junto dos seus colaboradores a necessidade de, no desempenho das suas

funções, promoverem os valores do Grupo em matéria ambiental, quer cumprindo o

seu Código Deontológico, quer aplicando a Lei e os procedimentos de gestão

ambiental, da qualidade e da inovação por si definidos, quer, ainda, propondo o

desenvolvimento de projectos concretos que contribuam para elevar o desempenho

ambiental do Grupo;

2. Garantir que a política ambiental da Brisa esteja documentada, implementada,

mantida e comunicada a todos os colaboradores, de forma a sensibilizá-los e

envolvê-los na adopção das melhores práticas de gestão ambiental;

Promoção da Informação e do Debate

Investigação

Desenvolvimento e colocação em operação de sistemas de gestão progressivamente mais eco-eficientes

8

3. Garantir a divulgação externa, através de relatório devidamente auditado, da evolução

do desempenho ambiental dos negócios, numa tripla perspectiva de abertura,

transparência e responsabilidade perante o público e com o propósito de colaborar na

promoção de um debate informado e consciente sobre o desenvolvimento

sustentável;

4. Prosseguir o investimento no desenvolvimento da capacidade de gestão ambiental,

nas fases de projecto, construção e operação das auto-estradas, contribuindo desse

modo para o ordenamento do território no respeito pelo ambiente;

5. Optimizar a gestão dos resíduos gerados pela empresa na sua actividade,

designadamente através do desenvolvimento continuado de uma política de redução,

reutilização e reciclagem dos mesmos;

6. Promover a adopção, por parte dos fornecedores, designadamente pela via contratual,

das melhores práticas em matéria de preservação do ambiente;

7. Promover o domínio de técnicas eco-eficientes tendentes à optimização do uso dos

recursos naturais;

8. Prosseguir e valorizar parcerias tendentes à promoção e gestão do património natural,

nomeadamente no domínio da protecção da biodiversidade;

9. Participar no esforço de limitação das emissões de gases com impacte sobre o efeito

de estufa, designadamente através do apoio à investigação científica e de acções de

sensibilização da opinião pública, bem como conduzir e apoiar estudos e acções que

promovam uma maior fluidez do tráfego.

A Brisa assegura a revisão periódica da sua política ambiental, tendo sempre em mente a

evolução dos conceitos e prioridades associados ao desenvolvimento sustentável.

Analisando a politica ambiental do grupo brisa podemos constatar que respeita as regras

essenciais da construção de uma boa política ambiental. O documento explicita, tal como seria

de esperar de uma política ambiental bem delineada, os objectivos que a brisa pretende

atingir, bem como os compromissos a que se propõe respeitar.

Acerca da forma como a empresa irá suportar o seu conceito de desenvolvimento sustentável,

apresenta apenas um conjunto de atitudes a tomar pouco explícitas, como por exemplo a

investigação e a promoção do debate. Informação mais detalhada acerca das acções a tomar

constará do sistema de gestão ambiental, estruturado a partir desta política ambiental.

De salientar a existência dos princípios que garantem a implementação e divulgação da política

ambiental internamente, para que a mesma seja compreendida e respeitada por todos os

níveis da empresa, desde os executivos aos colaboradores. A divulgação externa também é

garantida num dos princípios, o que é sempre uma prática correcta, principalmente quando o

tema abordado é o ambiente.

Política de Biodiversidade Em 2007 a Brisa assume um novo nível de exigência com a publicação da política de

Biodiversidade da Brisa, que identifica os grandes objectivos da empresa e cuja implementação

visa melhorar o desempenho da Brisa na gestão e compensação dos impactes da sua

actividade.

9

A Biodiversidade é identificada na Política Ambiental da Brisa como uma área estratégica da

sua actividade em matéria de gestão ambiental. De forma a manter um balanço positivo dos

impactes na biodiversidade a Brisa assume os seguintes compromissos:

prosseguir o desenvolvimento da capacidade de gestão da biodiversidade, nas fases de

projecto, construção e operação das auto-estradas, e integrar a avaliação dos impactes

na biodiversidade, tendo em vista minimizar os impactes negativos decorrentes da sua

actividade, potenciar os positivos e compensar os inevitáveis;

promover o conhecimento sobre a biodiversidade e reforçar a colaboração entre o

sector científico-académico e o mundo empresarial, através da realização de estudos e

iniciativas com aplicação na actividade da empresa;

proceder ao relato regular e transparente do nosso desempenho, em matéria de

biodiversidade, verificado por entidades independentes, bem como desenvolver linhas

de comunicação, interna e externa, que reflictam a actividade real da empresa nessa

matéria, no sentido de sensibilizar e envolver as partes interessadas na adopção das

melhores práticas de gestão ambiental.

Esta declaração da política de biodiversidade pode ser vista como uma preocupação extra por

parte do grupo Brisa para com o meio Ambiente, mais especificamente pelos impactes

causados pela actividade da Brisa sobre a Biodiversidade. Tal como acontece na sua Política

Ambiental, aqui são estabelecidos os compromissos da Brisa em relação a esta problemática.

Sistema de Gestão Ambiental A componente ambiental da Brisa, metas e compromissos a que se propõem com o seu

desempenho ambiental, encontra-se expressa e formalizada na Declaração de Política

Ambiental estabelecida em 2003 e esta é monitorizada e continuamente melhorada fazendo

uso de um Sistema de Gestão Ambiental (SGA).

Um SGA é uma estrutura organizacional que, estando inserida no sistema global de gestão de

uma organização, avalia e controla os impactos ambientais que as actividades, produtos ou

serviços da empresa provocam ou poderão vir a provocar.

Os elementos importantes de um SGA são seis:

1. Política ambiental, na qual a empresa estabelece suas metas e compromissos com seu

desempenho ambiental;

2. Planeamento, no qual a empresa analisa o impacto ambiental de suas actividades;

3. Implementação e operação, que são desenvolvimento e a execução de acções para

atingir as metas e os objectivos ambientais.

4. Monitorização e correcção das acções, que implica a monitorização e a utilização de

indicadores que asseguram que as metas e objectivos estão sendo atingidos;

5. Revisão geral, na qual o SGA é revisado pelo comando superior da empresa, a fim de

assegurar sua probabilidade, adequação e efectividade;

6. Melhoria contínua.

10

Pro

ject

o

•Coordenaçãode estudos/projectos de ambiente

•Medidas de minimização:

•Protecção sonora

•Sistemas de tratamento das águas de escorrência da plataforma

•Paisagismo

•Passagens Ecológicas

•Monitorização Ambiental:

•Águas superficiais

•Águas subterrâneas

•Ruído

•Fauna

•Flora

•Elaboração de manual de procedimentos

•Envolvimento das entidades interessadas no projecto

•Incorporação no projecto de medidas de minimização

Co

nst

ruçã

o •Especificação de critérios ambientais

•Formação ambiental contínua

•Implementação do sistema de gestão ambiental

•Acompanhamento ambiental das empreitadas por equipa da Brisa e do adjudicatário

•Monitorização ambiental

•Acompanhamento arqueológico

•Integração e recuperação paisagística de todas as áreas afectadas

•Auditorias ambientais

•Instalação de barreiras acústicas

Exp

lora

ção •Execução dos planos gerais

de monitorização do ambiente

•Monitorização da fauna silvestre

•Monitorização da flora:

•Intervenções de limpeza

•Controlo do crescimento e implatação das espécies arbóreas e arbustivas

•Controlo de espécies infestantes e invasoras

•Acções de prevenção na propagação de fogos florestais

•Instalação de barreiras acústicas

•Projectos de integração paisagística

Sistema de Gestão Ambiental da Brisa

O SGA da Brisa resulta de mais de 30 anos de experiência e conhecimento sobre os impactes

decorrentes da actividade da empresa no meio ambiente e do importante desenvolvimento de

soluções de forma a os prevenir, minimizar e compensar.

O SGA da Brisa divide-se em 3 fases relevantes da actividade das várias empresas que

constituem o grupo Brisa:

Fase 1 – Projecto;

Fase 2 – Construção;

Fase 3 – Exploração.

11

De seguida explicamos, de forma muito superficial, em que consistem algumas das práticas interessantes que constam do sistema de gestão ambiental da Brisa: Protecção Sonora: a protecção sonora é essencial para uma boa qualidade de vida das pessoas

que vivem em redor das estradas, bem como para uma boa qualidade ambiental,

principalmente no que diz respeito a estradas muito movimentadas e ruidosas como é o caso

das auto-estradas.

Assim sendo e na fase de Projecto a Brisa tem em atenção este factor, daí e seguindo o SGA

implementado desenvolve mapas de ruídos que são capazes de fornecer a informação

necessária para atingir, entre outros, os seguintes objectivos: Descrever a situação acústica

existente ou prevista em função de indicadores de ruído; Quantificar o número estimado de

pessoas localizadas numa zona exposta ao ruído; Quantificar a área exposta a valores

específicos de um dado indicador de ruído.

Como acção de minimização da poluição sonora são utilizadas, maioritariamente, barreiras

acústicas, designadas normalmente por barreiras de som. Estes dispositivos são eficazes na

mitigação acústica de estradas, linhas férreas e fontes de ruído industrial.

Monitorização Ambiental: este tipo de monitorização que consta das três fases de actividade do Grupo Brisa consiste num conjunto de observações e medições de parâmetros ambientais de modo contínuo ou frequente, e pode ser utilizada num quadro de uma gestão equilibrada e adaptativa como uma ferramenta para avaliar se a evolução de uma dada situação decorre de modo equilibrado, para que se possa corrigir situações de potencial risco ou desequilíbrio. Assim sendo, esta é uma das melhores práticas a ser implementada num Sistema de Gestão Ambiental e a aplicar em qualquer empresa ou organização cuja actividade possa ter influência sobre o meio Ambiente, como é o caso da Brisa. Implementação do SGA: a execução de um SGA bem desenvolvido e com práticas bem estabelecidas é importante na actividade de uma empresa com preocupação ambiental, no entanto mais importante que isso é a implementação do SGA, pois por vezes essa é a tarefa mais difícil pois o SGA deve ser divulgado internamente e implementado em todas as fases de actividade para que as melhores práticas sejam sempre aplicadas. Auditorias ambientais: uma auditoria ambiental é uma componente da auditoria social, e deve ser independente, sistemático, periódico, documentado e objectivo. Constituído preferencialmente por profissionais especializados nos campos financeiro, económico e ambiental deve permitir fazer a avaliação do cumprimento das directrizes da empresa e contribuir para salvaguardar o meio ambiente. Ou seja, trata-se de uma contribuição valiosa para o SGA da Brisa. Acções de prevenção na propagação de fogos florestais: estas acções baseiam-se sobretudo em medidas de limpeza de bermas e pela utilização de obstáculos que evitem o início de incêndios, por exemplo abertura especial de fossas anti-cigarro, nas zonas mais vulneráveis das auto-estradas. Práticas avançadas como sistemas de regas nas zonas florestais próximas das áreas de serviço, que permitem reduzir os riscos de inflamação das árvores, estão a ser estudadas.

12

Objectivos 2010-2012 Após a descrição da Política Ambiental e do Sistema de Gestão Ambiental do Grupo Brisa,

iremos neste capítulo apresentar os objectivos da Brisa para o triénio 2010-2012.

A comissão executiva da Brisa fixou, no ano de 2009, cinco importantes objectivos ambientais

quantitativos para o período entre os anos de 2010 e 2012 tendo em vista um progresso

efectivo do Grupo no parâmetro da eco-eficiência.

A realização destes objectivos assumidos pelo Grupo integra os planos de acção da empresa e

é relevante na avaliação de desempenho de um número considerável de quadros dirigentes e

quadros superiores.

Acerca destes objectivos apenas podemos salientar o esforço que o Grupo Brisa faz para

implementar no interior das várias empresas que o constituem a ambição de aspirar sempre

por melhores resultados em relação a parâmetros que influenciam directamente o meio

ambiente.

Na maior parte das grandes empresas falta a ambição de estabelecerem objectivos cada vez

maiores em matéria de ambiente, apenas se preocupando com os objectivos económicos e

com o valor da empresa. Por isso é de lisonjear que a Brisa solidifique a sua posição de

caminhar na direcção do desenvolvimento sustentável com objectivos ambientais bem

estabelecidos.

-10% no consumo de electricidade

-6% nas emissões de gases com efeito de estufa

-3% no consumo de água

-3% no consumo de combustível

-5% na geração de resíduos

13

Projectos No ano de 2009 a Brisa para além do Sistema de Gestão Ambiental desenvolveu e apostou em

iniciativas e projectos específicos dirigidos às áreas mais críticas, que são essenciais para a

criação de uma cultura Eco-Eficiente na empresa e na sociedade em geral.

De seguida iremos apresentar alguns destes projectos que se encontram em desenvolvimento

e outros que já se encontram em actividade, sempre expondo as suas características principais

e o que os torna inovadores.

Os projectos iniciados, em alguns casos em parceria com outras organizações, ou financiados

pela Brisa agrupam-se em quatro temas distintos:

Habitats protegidos ou restaurados

A Brisa toma uma posição de destaque ao apresenta uma real preocupação pela

Biodiversidade, tal é demonstrado pela divulgação, para além da Política Ambiental, de uma

Política de Biodiversidade que vinca esta preocupação e onde o Grupo Brisa assume uma série

de compromissos de forma a manter o equilíbrio entre a sua actividade e a mitigação de

impactes negativos sobre a Biodiversidade.

Sequestro de Carbono

•Projecto Monitorização da Biodiversidade em Montado

•Projecto Biodiversidade para o Tejo Internacional 2008-2012

Habitats protegidos ou restaurados

•Projecto Monitorização da Biodiversidade em Montado

•Biodiversidade para o Tejo Internacional 2008-2012

•Projecto EVOA (Espaço de Visitação e Observação de Aves)

Alterações Climáticas

•Projecto M4D

•Projecto Eco-condução Portugal

•Northwest Parkway Projecto Solar

•Mobilidade Sustentável na Holanda

•Estudo sobre alterações climáticas

•Formação Eco-Eficiência

•Campanha Mais Ambiente por km

Gestão de Resíduos

•Projecto Life ECOVIA

14

Projecto Monitorização da Biodiversidade em Montado

A Companhia das Lezírias, S.A. é

uma empresa agro-florestal com

174 anos que gere um património

com 200km2. Esta área subdivide-

se em dois pólos, a Lezíria Grande

de Vila Franca de Xira e a

Charneca do Infantado, com

características díspares, mas

ambos com valores naturais

importantes.

No que se refere ao parâmetro de Habitats protegidos ou restaurados este projecto delineado

em conjunto pela Brisa e pela Companhia das Lezírias pretende avaliar o efeito na

biodiversidade, mais especificamente na avifauna e mamofauna, de um conjunto de

intervenções na área referida anteriormente, com foco para o montado de sobro, que se estão

a vulgarizar na região do Ribatejo.

Como distinção importante esta propriedade é considerada desde o ano de 2006 a “Floresta

modelo” do Plano Regional de Ordenamento Florestal do Ribatejo.

O projecto recai sobre uma área, com superfície de cerca de 800 hectares, entre o Poceirão do

Cunha e a Malhada Alta, onde terão lugar entre o ano de 2008 e 2009 um conjunto de

intervenções com os seguintes objectivos:

melhorar as condições vegetativas dos sobreiros através do aumento de fertilidade no

solo;

aproveitar, encaminhar e proteger a regeneração natural de sobro;

melhorar a produtividade e qualidade da pastagem;

retirar pinheiros invasores e encaminhar os pinheiros mansos;

criar ilhas e corredores ecológicos para a conservação da biodiversidade.

O projecto encontra-se subdividido em duas fases distintas, uma de Intervenções físicas e

outra de Monitorização da biodiversidade.

Intervenções físicas

As intervenções físicas a executar sobre esta área em causa traduzem-se nas seguintes

operações:

poda de formação da regeneração natural do sobreiro e de todos os sobreiros com cortiça virgem que necessitem;

Figura 1 - Localização da propriedade da Companhia das Lezírias, S.A. e dos projectos Monitorização da Biodiversidade em Montado e EVOA

15

remoção dos pinheiros mansos e bravos em concorrência espacial com sobreiros ;

desramação dos pinheiros mansos jovens;

marcação dos sobreiros a proteger e do perímetro das cercas a implantar;

instalação dos protectores individuais dos sobreiros e das cercas;

instalação de 400 hectares de pastagem biodiversa em 2008 e 2009. Alguns números relacionados com estas operações:

Poda de formação, remoção dos pinheiros mansos e bravos e desramação dos pinheiros mansos jovens em 865 hectares;

Protecção da regeneração natural de sobreiro com protectores individuais e vedações 3.907 protectores;

Protecção de linhas de água em 3.397 m de um total de 7.591 m protegidas;

Vedações de ilhas com 11.060 m e tendo excluído de pastoreio 151.4 hectares;

Instalação de 1.110 estacas de salgueiro.

Monitorização da biodiversidade

A biodiversidade agrupa todas as formas de vida existentes no planeta, ou neste caso mais

restrito, numa região biogeográfica. Assim sendo é habitual recorrer-se a espécies ou grupos

que se reconhecem como particularmente sensíveis a alterações na qualidade do habitat e que

servem como indicadores.

Neste projecto foram definidas as classes mamíferos e aves como grupos a ter sobre

monitorização, de forma a ter mais e melhor informação acerca da biodiversidade da zona em

causa bem como informação acerca de eventuais alterações na qualidade dos habitats das

várias espécies envolvidas neste estudo. Enquanto que a monitorização da mamofauna é

realizada ao abrigo de um protocolo estabelecido com o Centro de Biologia Ambiental da

Faculdade de Ciências de Lisboa, o seguimento da avifauna foi protocolado com o Laboratório

da Ornitologia da Universidade de Évora.

Resultados

Em relação aos resultados do projecto temos informações acerca de resultados imediatos e de

resultados esperados no decorrer do projecto. Os resultados imediatos foram os seguintes:

Aumento da massa forrageira;

Conhecimento da biodiversidade que ocorre (mamíferos e aves);

Incremento da regeneração natural de sobro com sucesso.

No que se refere a resultados esperados:

Aumento do conhecimento das relações entre o pastoreio e as acções físicas

implementadas e a conservação da biodiversidade;

Percepção da evolução da capacidade de sumidouro de carbono do sistema;

Verificação da importância e funções desempenhadas pelas galerias de vegetação que

envolvem as linhas de água de regime torrencial.

16

Bens produzidos e serviços desempenhados pelo sistema montado visados pelo projecto:

Produção de pastagem;

Conservação do solo;

Conservação da biodiversidade (espécies e habitats);

Sumidouro de carbono (serviço já referido anteriormente).

Projecto Biodiversidade para o Tejo Internacional 2008-2012

Desenvolvido em parceria com a Quercus este projecto tem como áreas alvo os terrenos e estruturas propriedade da Quercus-Associação Nacional de Conservação da Natureza com localizações no Parque Natural do Tejo Internacional e, parte deles, na Zona de Protecção Especial para Aves do Tejo Internacional, Rio Erges e Ponsul. Este projecto teve dois pólos de intervenção. O primeiro corresponde a uma área de cerca de 410 hectares do Monte Barata, herdade situada nas freguesias de Malpica do Tejo e de Monforte da Beira do concelho de Castelo Branco. O segundo pólo incide em cerca de 200 hectares distribuídos por um conjunto de prédios rústicos situados na freguesia do Rosmaninhal do concelho de Idanha-a-Nova, entre a foz da ribeira da Fonte Santa a leste e a foz da ribeira de Aravil a oeste.

Resultados

Para o ano de 2009, o resultado obtido através deste projecto foi de 2109 hectares de

habitats protegidos e restaurados.

Projecto EVOA – Espaço de Visitação e Observação de Aves

O Projecto EVOA é um projecto com várias finalidades que tem como motivação a divulgação e

conservação da avifauna do Estuário do Tejo e da Lezíria de Vila Franca de Xira. Teve início

através de uma proposta apresentada pela Aquaves à Companhia das Lezírias, S.A. para a

implementação de estruturas de Interpretação da Natureza na Ponta da Erva, Reserva Natural

do Tejo. Eventualmente a Brisa contribuiu para o projecto como uma das principais

financiadoras.

A partir de áreas naturalmente alagadas durante o Inverno, numa superfície de 70 hectares

situada a nordeste da Ponta da Erva, Lezíria Sul, foram criadas lagoas de água doce

permanentes. O nível de água destas lagoas pode ser controlado deve forma a atrair o maior

número de aves possível para a zona.

O projecto divide-se em dois pólos distintos mas que se complementam, e estes são as zonas

húmidas de água doce referidos anteriormente e um Centro de Interpretação destinado à

recepção e visitantes, dotado de um espaço inovador de exposição permanente sobre as aves,

o estuário e a lezíria. Este edifício irá utilizar, sempre que possível, energias renováveis e na

sua construção serão usadas técnicas de arquitectura bioclimática, sempre com uma

preocupação extra em relação ao tratamento dos efluentes e recolha de resíduos sólidos. A

estrutura será simples e com o mínimo de impacto visual possível segundo a Brisa.

17

Figura 2 – Centro de Interpretação do Projecto EVOA (maqueta)

Através deste projecto pretende-se:

Salvaguardar os valores avifaunísticos da Reserva Natural do Estuário do Tejo;

Promover e divulgar estes valores junto da população;

Desenvolver melhores condições para a visitação desta área protegida;

Demonstrar um modelo de auto-sustentabilidade na gestão da Conservação da

Natureza.

Resultados

O EVOA encontra-se actualmente em fase de desenvolvimento e construção. No ano de 2009

iniciaram-se as obras e decorreu:

A movimentação de terras para a construção das três lagoas de água doce;

A preparação do concurso para as obras de construção do Centro de Interpretação

Ambiental;

O planeamento e concepção do espaço expositivo.

Em 2010 prevê-se a realização das seguintes etapas:

Modelação dos habitats;

Construção dos observatórios;

Plantação e o desenvolvimento de materiais pedagógicos.

A inauguração do espaço está prevista para 2011 e o funcionamento em pleno do projecto

está previsto para 2012, estando nessa altura concluída a construção das três zonas húmidas

de água doce, a Salina de Saragoça (com a reabilitação das suas comportas será um habitat de

refúgio e nidificação privilegiada) e o Centro de Interpretação Ambiental.

Sequestro de Carbono

O sequestro de carbono atmosférico no solo por pastagens foi reconhecido no Protocolo de Quioto à Convenção Quadro das Nações Unidas para as Alterações Climáticas como uma medida de minimização utilizável para alcançar os objectivos assumidos pelos países com obrigação de redução das suas emissões.

Projecto Monitorização da Biodiversidade em Montado

No que respeita ao Sequestro de Carbono este projecto desenvolvido em parceria com a

Companhia das Lezírias contemplou a instalação de cerca de 300 hectares de pastagens no

Outono de 2008.

18

As pastagens melhoradas consistem numa grande variedade de espécies, no entanto estas são particularmente ricas em leguminosas, e têm como principal objectivo melhorar a quantidade e qualidade de alimento disponível para o gado. As leguminosas são reconhecidas por terem o benefício de obter azoto em quantidades muito elevadas através de simbiose com as bactérias do género Rhizobium, que convertem o azoto presente na atmosfera em amónia. Esse excesso em azoto detém a capacidade de incrementar os níveis de carbono no solo, daí este método de introduzir pastagens particularmente ricas em leguminosas ser útil para fins de mitigação dos efeitos de estufa.

Resultados

De acordo com a estimativa efectuada no relatório do Protocolo de Quioto relativo ao ano de 2009, os ganhos do Projecto Biodiversidade em Montado representam, face ao cenário de pastagem natural, um acréscimo de sequestro de 1070 a 1588 toneladas de CO2 por ano, correspondendo a um sequestro anual efectivo de 8,4 a 9,2 toneladas de CO2 por hectare.

Projecto Biodiversidade para o Tejo Internacional 2008-2012

Tal como para o Projecto Monitorização de Biodiversidade em Montado, este projecto conta

com o desempenho do solo como sumidouro de carbono, o que contribui para fins de

mitigação do efeito de estufa.

Resultados

Em relação ao Sequestro de Carbono, nestes primeiros anos do projecto o sequestro de CO2 ainda não é muito significativo, pelo que ainda não é estimado um valor quantitativo anual. No entanto prevê-se para este projecto, num cenário a 50 anos, um efeito sumidouro de aproximadamente 93720 toneladas de dióxido de carbono devido à florestação de cerca de 426 hectares com sobreiro, azinheira, freixos e carvalhos.

Alterações Climáticas

A problemática das alterações climáticas é um tema bastante abordado e discutido,

principalmente nesta última década. Com a incerteza que se vive actualmente e teorias que se

encontram constantemente a ser actualizadas e reavaliadas, a Brisa como empresa que deseja

seguir o caminho do desenvolvimento sustentável e atingir um equilíbrio entre a sua

actividade e a qualidade ambiental decidiu dar um passo em frente e iniciou uma série de

Projectos que visam minimizar a contribuição da sua actividade para as alterações climáticas.

Projecto M4D

O projecto Mobility for Development é uma iniciativa do WBCSD e está relacionado com o

conceito da Mobilidade Sustentável em que a problemática das alterações climáticas é

abordada do ponto de vista da Brisa e do núcleo da sua actividade, ou seja, da mobilidade.

19

O grande desafio de tornar a mobilidade sustentável encontra-se na dificuldade de modificar o

seguinte ciclo:

Este projecto conseguiu juntar esforços de 10 empresas multinacionais ligadas aos sectores

automóvel, energético e de infra-estruturas rodoviárias, que partilham o mesmo interesse

comum, desenvolver soluções para alcançar uma mobilidade sustentável nos países em

desenvolvimento, com especial atenção para as grandes metrópoles emergentes.

Tendo como ponto de partida o desafio das alterações climáticas e as implicações que a

mobilidade sustentável pode ter ao nível da redução das emissões de gases com efeito de

estufa, este projecto toma como casos de estudo quatro grandes metrópoles: Bangalore, na

Índia, Dar es Salam, na Tanzânia, São Paulo, no Brasil, e por fim Xangai, na China; na

perspectiva dos desafios característicos que cada uma destas enfrenta ou enfrentará para lidar

com as questões da mobilidade.

A Brisa participou activamente no caso de estudo de São Paulo, contribuindo com a sua

experiência, em que o estudo baseou-se num trabalho de pesquisa abrangente acerca da

mobilidade na região metropolitana de São Paulo.

Projecto Eco-Condução

Este projecto tem como grande objectivo promover a adopção de hábitos de condução mais eficientes e seguros por parte dos condutores, neste caso dos condutores portugueses, de forma a alcançar-se a redução do consumo de combustível e a redução da emissão de poluentes e gases com efeito de estufa. Por exemplo, a redução da velocidade praticada pelos utentes das vias, o que representa uma minimização da emissão de CO2.

No entanto este projecto é de difícil implementação pois em Portugal não existe o hábito de

se praticar uma condução económica, antes pelo contrário, a condução é muitas vezes

praticada de uma forma agressiva. O sucesso de um projecto deste tipo depende em muito da

vontade dos utentes das vias públicas e da existência ou não de uma consciência ambiental

por parte dos cidadãos portugueses.

Cre

scim

en

to E

con

óm

ico Aumento das

actividades industriais

Aumento do rendimento pessoal

Aumento do consumo

Imp

acto

s d

o T

ran

spo

rte Aumento das

taxas de viagem

Motorização

Expansão Urbana

Imp

acto

s Ec

on

óm

ico

s e

Eco

lógi

cos Emissões de

poluentes e GEE

Congestiona-mento

Colisões

Poluição Sonora

Serv

iço

s d

e T

ran

spo

rte Facilidade no

transporte de bens e serviços

Melhor acesso ao trabalho, à educação, à saúde, etc.

Cria Produz Inibe Permite

20

Contudo, a conseguir-se aplicar seria de esperar resultados rápidos como a redução do

consumo de combustível, a redução da emissão de gases com efeito de estufa, e uma

consequente melhor qualidade ambiental.

Projecto Northwest Parkway

Este projecto pareceu-nos ser um dos mais aliciantes da Brisa, primeiro porque será

concretizado num país como os Estados Unidos da América que pode ser visto como uma

grande “montra” para eventuais futuros negócios ou parcerias, segundo porque é o projecto

que parece ser mais inovador devido à grande ambição embutida neste.

Explicando melhor em que se baseia o

projecto, a Northwest Parkway é uma

concessão que a Brisa detém no Estado

do Colorado, nos EUA, e será a primeira

a utilizar a energia solar como principal

fonte de energia para a operação.

Pretende-se instalar cerca de 30

estações de energia solar, ao longo dos

18 quilómetros que constituem a

concessão em causa, tornando-a, num prazo de sensivelmente quatro anos, auto-suficiente

em termos energéticos.

O sistema terá um custo total na ordem dos 10 milhões de dólares e permitirá gerar

electricidade suficiente para cobrir o gasto de energia da iluminação de toda a via, do

funcionamento das máquinas automáticas de cobrança de portagem ou até mesmo das praças

de portagem.

Em 2008, a Northwest Parkway assinou um contrato de parceria com a Tech-Western Inc. Para

a instalação, no decorrer de um período de cinco anos, de 26 estações de energia solar,

operando através de painéis fotovoltaicos, ao longo de toda a concessão.

Resultados

Esta iniciativa permitirá um aumento na eficiência da operação, o que representa um retorno

anual de 122 mil dólares, valor pago anualmente pela factura eléctrica da NWPY, ou seja,

segundo esta estimativa a via tornar-se-á auto-suficiente em termos energéticos. De salientar

que o consumo total médio anual de energia por esta concessão é da ordem de um milhão de

quilowatts por hora, o que equivale à energia consumida por mais de 180 habitações.

Com a redução da dependência energética e a minimização de custos a Brisa está a criar um

negócio orientado para a sustentabilidade, que permitirá o controlo das emissões e uma

redução da pegada de carbono. A Brisa está a acompanhar a evolução deste projecto no

sentido de avaliar a viabilidade de um projecto deste calibre em solo português.

Figura 3 - Concessão da Northwest Parkway, no estado de Colorado, EUA

21

Projecto Mobilidade Sustentável na Holanda

Outro dos projectos inovadores é o sistema SpitsScoren, um teste-piloto de gestão de tráfego

urbano, no qual está envolvida a Movenience, empresa participada pela Brisa. Este projecto

consiste em fazer uma escolha consciente de uma rota de viagem e comunicá-lo ao condutor

através de uma concessionária, ou simplesmente decidir não utilizar o automóvel em hora de

ponta e ser recompensado por tal.

Roterdão, a segunda maior cidade da Holanda, vai acolher este projecto durante três anos,

monitorizando e também retirando 5% do tráfego que actualmente congestiona a A15, auto-

estrada que faz ligação entre Roterdão e os terminais do maior porto logístico holandês.

Mais especificamente, numa primeira fase do projecto serão seleccionados entre dois a três

mil automobilistas para participarem, a estes serão atribuídos smartphones. Com o auxílio

destes, ou através da Internet, os condutores poderão verificar em tempo real o tráfego na

cidade ou as sugestões fornecidas de possíveis percursos alternativos. Estará ainda disponível

a partilha de carros nas deslocações de e para o trabalho, através da disponibilização dos

contactos em rede.

Este projecto-piloto conta com um orçamento de 90 milhões de euros e prevê ainda um

inovador plano de atribuição de pontos, convertíveis em incentivos financeiros para os

condutores que não utilizem a A15 holandesa em hora de ponta. Este projecto surge no

seguimento da aprovação, em 2006, de alterações governamentais no sistema fiscal holandês

que estará concluído em 2012, e que, muito sucintamente, diz que o imposto automóvel de

circulação e municipal serão substituídos por um imposto único que será determinado pela

classe do automóvel e pelas emissões respectivas.

Os resultados deste projecto ainda não são de conhecimento público, no entanto a Brisa, tal

como acontece no Projecto Northwest Parkway, está atenta à evolução dos resultados, de

forma a analisar a sua possível viabilidade de aplicação em terreno português.

Gestão de Resíduos

Uma gestão correcta dos resíduos produzidos é uma das melhores práticas a aplicar numa

empresa, por isso a Brisa em parceria com várias empresas e organizações desenvolveu o

Projecto Life ECOVIA.

Projecto Life ECOVIA

Este projecto visa a criação de novos materiais a partir da reciclagem de Embalagens de Cartão

para Alimentos Líquidos (ECAL), resíduos de borracha e plásticos mistos.

Pretende-se que ao conjugar estes três tipos de materiais sejam produzidos produtos ligados

ao universo rodoviário, por exemplo, rails, barreiras acústicas, bandas sonoras, material de

sinalização de via, separadores centrais, entre outros.

22

Os objectivos gerais deste projecto são os seguintes:

Utilização de resíduos cujo actual aproveitamento passa pela valorização energética ou

o depósito em aterro, para com eles produzir novos produtos destinados a diversas

aplicações no universo rodoviário;

Maior incorporação possível de materiais reciclados no fabrico dos novos produtos;

Aumento da segurança rodoviária.

Medidas a aplicar visando os objectivos do projecto:

Recolha, selecção, tratamento e preparação dos resíduos a utilizar para a produção

dos novos produtos;

Produção propriamente dita, que passa pela selecção das unidades que produzirão os

novos produtos, pela definição das tecnologias a utilizar no processo e pela realização

de testes e certificação aos novos produtos que permitam a sua utilização sem por em

causa a segurança dos utilizadores;

Instalação destes produtos em cenário real, criando-se a figura do troço verde numa

distância de 1000 metros, em que serão aplicados os referidos produtos com origem

em materiais reciclados;

Estudo da viabilidade económica dos novos produtos e criação de documentação

técnica sobre as propriedades dos novos produtos, o seu desempenho em cenário real

e o seu processo de produção;

Consciencialização do público em geral, para a problemática da reciclagem e potencial

de utilização de produtos com origem em materiais reciclados, através da figura do

troço verde e da realização de uma exposição itinerante a instalar em diversas

estações de serviço na rede de auto-estradas da Brisa.

Os resultados esperados deste empreendimento, que conta com a parceria com várias

entidades como por exemplo, e apenas referenciando algumas, a Tratolixo, a Plastval ou a

Valorpneu, são:

Aumento das taxas de reciclagem de borracha, plásticos-mistos e de ECAL;

Caracterização dos plásticos-mistos na área de intervenção do projecto (Grande

Lisboa);

Produção, a preços competitivos, de novos produtos com as mesmas especificações

técnicas dos produtos usados actualmente;

Avaliação da performance dos produtos em cenário real. Desenvolvimento de guias de

produção dos novos produtos, especificando os seus processos de produção, as suas

características e o seu desempenho;

Avaliação dos benefícios económicos e ambientais pela utilização dos novos produtos;

Maior sensibilização ambiental dos cidadãos no que respeita às temáticas da recolha

selectiva, da reciclagem e das utilizações possíveis de materiais reciclados;

Conhecimento por parte da população e dos utilizadores de auto-estrada da existência

do projecto e do “troço verde”.

23

Resultados

Desempenho Económico Um dos aspectos mais importantes na actividade de uma empresa é o seu desempenho

económico, como tal é necessário que tais resultados fossem referidos neste nosso trabalho. O

desempenho económico da Brisa não é só importante para a viabilidade e continuidade da

empresa como também para a viabilização ou não de projectos e medidas referentes a outras

áreas de influência da Brisa, como é o caso do Ambiente. É devido aos seus lucros que a Brisa

tem disponibilidade para iniciar e financiar projectos que visem a qualidade ambiental, e aqui

está bem presente que o Meio Ambiente e a Economia estão e sempre estarão interligados.

Materiais Em termos de quantidades utilizadas de materiais não há uma comparação possível entre os

valores para os vários anos pois existem vários factores, como o número de empreitadas, que

têm correlação directa com a quantidade de material utilizada.

No entanto é possível referir a percentagem de materiais utilizados que são utilizados que

provêm principalmente de materiais produzidos no âmbito da própria empreitada que são

reutilizados ou em outras empreitadas (solos) ou na própria (material fresado e betão).

Relativamente à quantidade de materiais reutilizados reportados em 2008 acresce em 2009 o

betão devido a uma política assumida pela Brisa onde se impõe a reutilização de betão

resultante de todas as obras de arte demolidas nos projectos relativos aos alargamentos.

Energia

Consumo directo de energia por fonte primária

Em relação ao consumo de combustíveis, verificou-se uma diminuição, face aos valores de

2008, em 39% na gasolina e 6% no gasóleo. Esta diminuição deve-se à aquisição de viaturas

mais eficientes e com menores consumos. Para 2010 está previsto a aquisição de viaturas

100% eléctricas de modo a baixar ainda mais o consumo directo.

Tabela 1 - Desempenho operacional do grupo Brisa, em milhões de Euros

2009 2008

Proveitos de Exploração 676,9 685,8 Custos Operacionais 454,1 409,5 Custos com pessoal 95,1 93,3

24

Gráfico 1 – Consumo directo de energia por fonte primária (GJ) por empresa do Grupo Brisa

Consumo indirecto de energia por fonte primária

Quanto ao consumo indirecto ele pode ser efectuado através:

Do consumo de electricidade, que o seu valor em 2009 é de 142 340,47 GJ cerca de 7% a mais que o valor do ano anterior, no entanto este valor não é o utilizado para comparação pois não inclui as Auto-estradas do Atlântico (AEA) e a Northwest Parkway (NWPY) sendo por isso o valor base de comparação para anos futuros é 113 840,41 GJ;

Das energias alternativas, nomeadamente em equipamentos instalados na rede de auto-estradas da Brisa que utilizam a energia solar e/ou eólica e que constituem um consumo de 346 GJ com o qual não existe valores de comparação par aos anos anteriores.

Tabela 3- Valores de consumo de electricidade e de energias alternativas (GJ) para os anos de 2009 e 2008, e o

valor para 2009 a utilizar para fins de comparação

2009 2008 2009 (comparável)

Consumo de electricidade (GJ) 142 340,47 132 863 113 840,41 Energias alternativas (GJ) 346 ND -

Iniciativas para a promoção de produtos e serviços energeticamente eficientes e

baseados em energias renováveis, assim como as reduções registadas

Dentro destas iniciativas há uma que merece mais relevância não só por contribuir para uma

mobilidade mais amiga do ambiente e eficientemente energeticamente mas também por ser

um produto desenvolvido e aplicado pela Brisa.

Tabela 2 - Consumo directo de energia por fonte primária, gasóleo e gasolina, para os anos de 2009 e 2008, e a correspondente variação

2009 2008 Variação

Gasóleo (GJ)

97 683 103 668 -5,8%

Gasolina (GJ)

1 208 1 975 -38,8%

Total 98 891 105 643 -6,4%

25

0%

50%

100%

Captações Próprias

Abastecimento Público

Consumo de água

2008

2009

Este produto, Via Verde, consiste numa modalidade de pagamento electrónica que reduz as

emissões dos gases com efeito de estufa (GEE) apenas por evitar o abrandamento e a posterior

aceleração dos automóveis nas barreiras de portagem. A utilização da Via Verde reduz as

emissões de CO e CO2 em 60% e 40%, respectivamente.

Água

Total de consumo de água segmentado por fonte

O consumo de água difere na fonte utilizada que pode ser:

Por abastecimento público, 117 485 m3, apresenta um decréscimo de 13,4% face a

2008;

Por água subterrânea, 119 291 m3, apresenta um decréscimo de 0,7%.

Tabela 4 - Consumo de água (m3) a partir de abastecimento público e de captações próprias, para os anos de 2009 e 2008 e a correspondente variação

2009 2008 Variação

Consumo de água (m3) 236 776 273 525 -13,4% Abastecimento público (m3) 117 485 152 153 -22% Captações próprias (m3) 119 291 121 372 -1,7%

Figura 4 - Gráfico correspondente ao consumo de água a partir de abastecimento público e de captações próprias relativos aos anos de 2009 e 2008

Biodiversidade

Impactes significativos na biodiversidade em áreas protegidas ou em áreas de

elevado valor para a biodiversidade

Fases de Projecto e Obra

Em 2009, não houve intervenções em áreas que estivessem incluídas na Rede Natura 2000,

pelo que não há impactes a relatar.

Fase de Exploração

Não se registaram impactes significativos consistentemente atribuíveis às auto-estradas na

qualidade do ar, das águas subterrâneas e superficiais.

No diagrama circular apresenta-se que o índice de qualidade do ar é, genericamente, bom e

muito bom, não sendo as concentrações de poluentes atmosféricos problemáticas.

26

Gráfico 2 - Índice da qualidade do ar, 2008 Gráfico 3 - Índice da qualidade do ar, 2009

Em relação ao ano de 2008, relata-se um aumento da classificação “muito bom” no entanto a

soma das percentagens das duas classificações “muito bom” e “bom” é menor e a soma das

classificações mais baixas aumentaram.

Habitats protegidos e recuperados

Uma das estratégias da Brisa, integrada na política da biodiversidade, preocupa-se com a

restauração e protecção de habitats e actua de modo a prevenir ou reparar impactes negativos

associados às actividades do grupo.

As áreas de habitats protegidos ou restaurados podem resultar de:

Implementação, em final de obra, de projectos de integração e recuperação

paisagística, em 2009 não houve registos de tais intervenções;

Implementação de medidas de restauração ou de protecção activa dos habitats

durante a fase de exploração das infra-estruturas rodoviárias, em 2009 foram

desenvolvidas uma série de acções neste âmbito na Zona de Protecção de Castro

Verde tendo a área abrangida por este projecto 6 891 659 m2, um pouco menos que

no ano anterior;

Projectos de restauração e protecção de habitats resultantes de parcerias com

terceiros visando áreas de habitat diferentes das anteriormente referidas, dentro

destes projectos destacam-se o projecto da “Biodiversidade em Montado” com uma

área de 800 ha e o projecto da “Biodiversidade para o Tejo Internacional 2008-2012”

com uma área de intervenção de 610 ha.

Assim em 2009, a área de habitantes protegidos e restaurados totalizou 2109 ha, relatamos

assim um aumento substancial face a 2008.

62%20%

12% 6%

Índice da qualidade do ar em 2009

Muito bom Bom Médio

Fraco Mau

3,6%

96,4%

Índice da qualidade do ar em 2008

Muito Bom

Bom

Médio

Mau

Fraco

27

Gráfico 4 - Áreas dos habitats protegidos e recuperados, em 2009

Emissões, Efluentes e Resíduos

Emissões de gases com efeito de estufa

As emissões de GEE do grupo Brisa estão divididas em emissões:

directas: provenientes da queima de combustível resultante da circulação dos veículos

da frota do grupo;

indirectas: através do consumo de electricidade fornecido pela EDP.

No ano de 2009 o valor total de emissões de GEE foi de 23 809 toneladas equivalente deCO2, o

que representa um acréscimo de 8,41% face aos valores de 2008.

No âmbito do Programa Brisa pela Biodiversidade existem projectos que têm associados

impactes positivos relacionados com o sequestro de carbono, como o projecto Biodiversidade

em Montado, que em 2009 tiveram um ganho de 1070 a 1588 toneladas de CO2 por ano em

sequestro em pastagem natural.

Produtos e Serviços

Iniciativas de mitigação dos impactes ambientais dos produtos e serviços

Dentro destas iniciativas a que se destaca mais são as medidas de minimização da incomodidade devida ao ruído proveniente da circulação de tráfego nas auto-estradas pois este é o impacte mais significativo deste tipo de actividade e que incluíram, em 2009, a instalação de barreiras acústicas ao longo de 12 804 m representando uma redução de 46% face a 2008, e a utilização de pavimentos com capacidade de absorção de ruído.

Investimento Ambiental

Total de gastos e investimentos ambientais por tipo

Neste campo temos dois tipos de gastos no tratamento de resíduos e emissões que face a

2008 diminuiu 2% e a prevenção e gestão de ambiente que teve um aumento de 146%.

0

500

1000

1500

2000

2500

Restauração e Protecção

activa em fase de exploração

Biodiversidade em Montado

Biodiversidade para o Tejo

Internacional

Total

Habitats protegidos e recuperados (ha)

2009

2008

28

O valor total de investimentos e gastos em protecção ambiental teve em 2009 um aumento de

19%.

Tabela 5 - Investimentos ambientais, em milhões de euros

2009 2008 Variação

Tratamento de Resíduos e emissões 12,884 13,204 -2% Prevenção e Gestão de Ambiente 5,614 2,279 146% Total investido em ambiente 18,497 15,483 19%

Conclusão Através da análise do relatório de sustentabilidade constatámos que a Política Ambiental

adoptada pelo Grupo Brisa revela uma verdadeira preocupação pelo meio ambiente e pela

qualidade ambiental.

Ao desenvolver e ao financiar projectos inovadores em prol da qualidade ambiental e da

mitigação dos impactos inerentes à actividade da Brisa como grande construtora de auto-

estradas em Portugal, esta empresa dá “passos” importantes para alcançar o desenvolvimento

sustentável e atingir o equilíbrio entre a sua actividade e o meio ambiente. No entanto os

resultados ainda não são muito evidentes, e outra conclusão não seria de esperar visto que as

medidas impostas pela Política Ambiental são eficazes e eficientes mas a médio e longo prazo,

raros são os casos que uma medida ambiental alcance os objectivos propostos num período de

tempo reduzido.

Para os resultados já obtidos constata-se que a Brisa tem vindo a melhorar os seus consumos e

a reduzir os impactos negativos sobre o Ambiente, excepto alguns casos muito particulares em

que tal foi impossível de concretizar.

Em relação aos projectos desenvolvidos em parceria com outras entidades e organizações,

alguns deles captaram instantaneamente o nosso interesse, seja pela dimensão do projecto e

ambição demonstrada, seja pela inovação, em particular o Projecto Northwest Parkway e o

Projecto Monitorização da Biodiversidade em Montado. A influência destes projectos sobre o

desempenho ambiental da Brisa ainda é muito reduzida, no entanto boas indicações têm se

sobressaído a partir da monitorização destes, o que é um factor encorajador para o

desenvolvimento de futuros projectos.

Concluindo, a Brisa ao desenvolver e implementar uma Política Ambiental responsável e

ambiciosa, um Sistema de Gestão Ambiental para monitorizar a correcta aplicação das

medidas presentes na Política Ambiental, projectos inovadores na área das alterações

climáticas, protecção de habitats, sequestro de carbono, e da gestão de resíduos, e um

Relatório de Sustentabilidade para divulgar estas medidas para o público em geral, está a

tomar a atitude mais correcta e responsável, que poderá vir a encorajar outras empresas a

tomar também elas a melhor atitude para com a problemática do Ambiente e a sua protecção.

Pois para além do desenvolvimento da tecnologia necessária para resolver os problemas

inerentes ao meio ambiente, também é necessário o desenvolvimento da atitude certa, e para

tal é necessária coragem para mudar, e essa a Brisa demonstrou possuir.

29

Bibliografia Relatório da Sustentabilidade 09;

Mobility for development, “Facts and trends”.

Endereços electrónicos www.brisa.pt

www.wikipedia.com