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Performances Interacionais e Mediações Sociotécnicas Salvador - 10 e 11 de outubro de 2013 POLÍTICA NA REDE: O USO DAS REDES SOCIAIS NAS ELEIÇÕES MUNICIPAIS DE SALVADOR 1 Fernanda Gama 2 Resumo: O presente trabalho pretende abordar a relação entre internet e política, as possibilidades que o meio virtual pode oferecer ao campo da política, sobretudo no debate com a campanha eleitoral municipal de 2012 em Salvador. Ele pretende evidenciar a interação entre as mídias sociais e a política, analisando o uso das redes sociais pelas assessorias dos candidatos à prefeitura de Salvador como ferramenta de campanha na busca pelo engajamento e participação dos eleitores durante as eleições. Palavras-chave: eleições, redes sociais, campanha, engajamento. Abstract: This study addresses the relationship between the Internet and politics, the possibilities that the virtual environment can offer to the field of politics, especially in discussion with the municipal election campaign of 2012 in Salvador. It aims to highlight the interaction between social media and politics, analyzing the use of social networks by advisory the candidates for mayor of Salvador as a campaign tool in the search for the engagement and participation of voters during elections. Keywords: elections, social networking, campaign engagement. 1 INTRODUÇÃO A internet desenhou um novo cenário para a comunicação, tornando as mídias sociais em um fenômeno comum em diversos países culturalmente distintos. Elas expressam-se por uma apropriação da web a algo intrinsecamente natural entre as pessoas, se relacionando por afinidades ou em grupos por interesses comuns. As redes sociais estão presentes no dia a dia da maior parte da sociedade com um potencial transformador na atualidade. As informações se tornaram muito mais acessíveis e ágeis através delas, permitindo uma nova maneira de participação da sociedade na política e proporcionando uma aproximação dos políticos com o eleitorado e do eleitorado com os políticos. O público se tornou mais exigente, com desejos e 1 Artigo submetido ao NT (Sociabilidade, novas tecnologias, política e ativismo) do SIMSOCIAL 2013. 2 Assessora de Comunicação da Faculdade Regional da Bahia UNIRB. Jornalista, Especialista em Comunicação Organizacional.

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Performances Interacionais e Mediações Sociotécnicas Salvador - 10 e 11 de outubro de 2013

POLÍTICA NA REDE: O USO DAS REDES SOCIAIS NAS ELEIÇÕES MUNICIPAIS

DE SALVADOR1

Fernanda Gama2

Resumo: O presente trabalho pretende abordar a relação entre internet e política, as

possibilidades que o meio virtual pode oferecer ao campo da política, sobretudo no debate

com a campanha eleitoral municipal de 2012 em Salvador. Ele pretende evidenciar a interação

entre as mídias sociais e a política, analisando o uso das redes sociais pelas assessorias dos

candidatos à prefeitura de Salvador como ferramenta de campanha na busca pelo engajamento

e participação dos eleitores durante as eleições.

Palavras-chave: eleições, redes sociais, campanha, engajamento.

Abstract: This study addresses the relationship between the Internet and politics, the

possibilities that the virtual environment can offer to the field of politics, especially in

discussion with the municipal election campaign of 2012 in Salvador. It aims to highlight the

interaction between social media and politics, analyzing the use of social networks by

advisory the candidates for mayor of Salvador as a campaign tool in the search for the

engagement and participation of voters during elections.

Keywords: elections, social networking, campaign engagement.

1 INTRODUÇÃO

A internet desenhou um novo cenário para a comunicação, tornando as mídias sociais

em um fenômeno comum em diversos países culturalmente distintos. Elas expressam-se por

uma apropriação da web a algo intrinsecamente natural entre as pessoas, se relacionando por

afinidades ou em grupos por interesses comuns. As redes sociais estão presentes no dia a dia

da maior parte da sociedade com um potencial transformador na atualidade. As informações

se tornaram muito mais acessíveis e ágeis através delas, permitindo uma nova maneira de

participação da sociedade na política e proporcionando uma aproximação dos políticos com o

eleitorado e do eleitorado com os políticos. O público se tornou mais exigente, com desejos e

1 Artigo submetido ao NT – (Sociabilidade, novas tecnologias, política e ativismo) do SIMSOCIAL 2013.

2 Assessora de Comunicação da Faculdade Regional da Bahia – UNIRB. Jornalista, Especialista em Comunicação

Organizacional.

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necessidades, que vão de acordo com a evolução dos novos tempos. Um tempo moderno, ágil

e cada vez mais interativo. A rede mundial de computadores conseguiu romper barreiras

geográficas e temporais. Para Recuero (2009, p.17), “essas redes conectam não apenas

computadores, mas pessoas”.

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2 POLÍTICA NAS REDES

A internet proporcionou novos panoramas para a política. Além do acesso quase que

irrestrito a todo e qualquer tipo de informação e a formação de grupos de interesses por

afinidades, cria para os políticos a possibilidade de atingir vários públicos, ouvir os eleitores e

levar suas propostas e criticas aos adversários, utilizando-a como uma excelente ferramenta de

marketing pessoal.

Acredita-se que o potencial do ciberespaço em instaurar uma comunicação ágil, livre

e social pode ajudar a criar uma democratização dos meios de comunicação, assim

como dos espaços tradicionais das cidades. Neste sentido, os cidadãos poderiam

colocar seus problemas de forma coletiva, incentivando o debate, a tomada de

posição política, cultural e social. Não se trata aqui de uma utopia, mas de uma

constatação do potencial do ciberespaço e de forçar os poderes públicos à

instaurarem práticas neste novo espaço de fluxo (LEMOS, 2000, p.14).

A necessidade de se reestruturar, com a intenção de se manter e atrair novos eleitores,

principalmente jovens, sedentos por informações através de uma leitura mais rápida e

dinâmica, tal como a da internet e buscando também melhor atração para os eleitores

transformou as campanhas políticas atuais.

Primeiro, o comunicador tem pleno controle sobre a mensagem. Normalmente ele

não é censurado ou filtrado por outros, isto é, a mensagem que é enviada ao

destinatário supera o processo de edição jornalística. Segundo, a Internet é

potencialmente interativa, isto é, torna-se possível um diálogo de mão dupla entre

quem envia e quem recebe. Terceiro, o novo meio provê àquele que envia um

recurso relativamente barato para transmitir grandes volumes de informação.

Finalmente, a técnica sofisticada da comunicação via Web dá ao comunicador uma

ampla gama de possibilidades donde escolher a forma da comunicação (texto,

imagens, som e vídeo) considerada mais apropriada para uma mensagem particular.

Em conclusão, a Web provê os agentes políticos com a oportunidade pela qual

ansiava, isto é, a de ter controle total sobre a produção da mensagem e comunicar

diretamente com os potenciais eleitores sem ter os meios de massa filtrando-lhe a

informação (CARLSON; DJUPSUND, 2001, p. 69 apud Gomes, 2005, p.13).

Todas essas ferramentas podem ser utilizadas como fonte de informações, tanto para

os políticos quanto para os seus eleitores, porém de maneiras distintas, como mostra Recuero:

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As redes podem reduzir a necessidade de mediações na democracia. Penso que

talvez um dia, possamos acompanhar bem mais de perto o que fazem os candidatos

e os políticos e atuar diretamente em muitas decisões tomadas, de forma

democrática, pelo voto. Além disso, as redes sociais serão também espaços de

discussão de ampliação da esfera pública, o que, em minha opinião, é bastante

democrático. [...] as campanhas terão que atuar de forma mais próxima aos leitores,

com a participação direta dos candidatos nessa construção de relacionamento

(RECUERO, 2009, s/p,).

As campanhas políticas, aos poucos, aderiram à tecnologia da informação e a toda

inovação permitida por ela. Para o especialista em marketing político, Gaudêncio Torquato

(2010), as redes sociais podem modificar a participação dos brasileiros durante as campanhas

políticas. “Nunca se viu tanta propagação de mensagens de interesse político na internet: se

acontece um escândalo, uma votação polêmica em Brasília, imediatamente as pessoas

começam a se manifestar nos blog e Twitters”, declarou Torquato, que tem a opinião

reforçada por Brandão.

A Internet oferece a possibilidade de se tornar um espaço midiático mais amplo e

democrático para a participação política. Mais do que uma nova tecnologia, trata-se

de um meio de comunicação, de interação e de organização social (BRANDÃO JR,

2005, p.3).

Para Macedo (2007, p.2), a ciberdemocratização é algo que deve ser mais aproveitada

e utilizada entre parlamentares, partidos políticos e o seu público. "É no ciberespaço,

enquanto meio inter-social, global e sem autoridades supremas e hierarquias, que os usuários

podem ampliar as discussões políticas sem censura ou medo. Algo pouco aproveitado em

termos políticos". O autor acredita que o Brasil ainda não entendeu o valor da internet para a

política e a democratização da comunidade política.

O marco dos candidatos nas redes sociais foi a campanha presidencial de Barack

Obama nos Estados Unidos da América em 2008. Após a vitória de Obama, outros políticos

passaram a usar esses espaços que permitem a comunicação instantânea entre emissor e

receptor.

De acordo com pesquisa realizada pelo Politweets3, 60 senadores brasileiros estão no

3

Ferramentas de análise e monitoramento especializadas em Política e no Twitter.

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Twitter. Minas Gerais é o único estado brasileiro que não possui senador no microblog. Os

partidos que possuem mais senadores no Twitter são: PT, PMDB e PSDB. Na Bahia, muitos

candidatos utilizaram o Twitter nas eleições de 2010, entretanto, passado o período eleitoral,

muitos deles abandonaram o microblog. Para o especialista em marketing digital, André

Telles (2010), na ocasião os políticos baianos ainda não estavam totalmente familiarizados

com as mídias sociais, confundindo-as com as mídias tradicionais, como TV e rádio e o seu

abandono foi um sinal de despreparo.

Como foi a primeira eleição com participação da Internet, acredito que faltou

planejamento estratégico e profissionais que soubessem utilizar corretamente essas

mídias. Muitos políticos entraram no Twitter, porque o concorrente também entrou,

mas usar o microblog não é como fazer um santinho, não é um canal de propaganda.

Não se cria uma rede para depois abandoná-la (TELLES, 2010, s/p).

A colocação de Telles é reforçada por Lemos ao ressaltar que a internet não deve ser

confundida com uma mídia de massa, “A internet é um ambiente, uma incubadora de

instrumentos de comunicação e não uma mídia de massa, no sentido corrente do termo”

(2003, p.15). Já Castells (2006) define a internet como “mídia de massa individual”, pois a

forma de acesso é diferenciada. O autor acredita que, se utilizada corretamente, a internet

pode ser uma importante ferramenta política nas mãos da sociedade, podendo tornar o

desenvolvimento econômico e social mais justo, “desenvolver a nossa responsabilidade

individual, como seres humanos informados e conscientes dos nossos deveres e direitos, com

confiança nos nossos projetos” (2004, p.324).

Se devidamente rastreadas, as redes sociais podem se tornar uma importante fonte de

informação para os candidatos utilizarem em suas campanhas políticas.

[...] é possível que os movimentos de opinião observáveis nas redes sociais

antecipem tendências que somente serão captadas posteriormente (e com um custo

muito mais elevado) através das pesquisas tradicionais de intenção de voto e temas

de campanha. Se e como os partidos estarão atentos a isso é outra história, mas sem

dúvida o surgimento de fontes “alternativas” de informação sobre intenção de voto e

desempenho de candidaturas vai tornar mais difícil a vida dos institutos, e mais

complexa a discussão sobre a estruturação da Esfera Pública no século XXI

(COUTINHO, 2010, p.18).

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Espera-se que internet possibilite a participação democrática entre a política, seus

representantes e os cidadãos, podendo proporcionar à sociedade uma maior interação na

política do seu país, estado e cidade.

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3 AS ELEIÇÕES MUNICIPAIS DE SALVADOR NAS REDES SOCIAIS

Na Bahia, o uso das redes sociais na política ganhou força nas eleições municipais de

2012. Após terem o uso regulamentado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), desde o dia 5

de julho, os microblogs e perfis sociais estiveram presentes no dia a dia dos candidatos, que

utilizaram as redes para informar sobre a agenda e divulgação de fotos. Apesar disso, para o

mestre em marketing político, Lucas Reis, os candidatos baianos poderiam ter aproveitado

melhor o uso das redes sociais. "Falta estratégia digital, foco em ações que contribuam para

os objetivos de campanha. Além disso, faltam ações criativas e de impacto, como o uso de

virais". O pesquisador especialista em campanhas on-line, Camilo Aggio, corrobora com a

opinião de Reis, “Até o momento, as campanhas não usaram o total controle de espaço, tempo

e formas de apresentação de conteúdo que a internet oferece”. O especialista André Telles

também chama a atenção para o pouco uso do Youtube e dos perfis dos candidatos no

Facebook, que permitem apenas o agrupamento de cinco mil amigos. “O perfil é um recurso

limitado. O ideal, em se tratando de pessoa pública ou instituição, é que se crie uma fanpage”.

Apesar das críticas, os estudiosos esclarecem que não existe uma fórmula correta para

acertar no uso da web, porém alguns aspectos podem ser considerados. “Os candidatos devem

estar atentos para a quantidade, frequência e qualidade das atualizações. E principalmente,

quão influentes são os sujeitos que o seguem”, destaca Aggio (2012, s/p). Para o autor, a

influência dos seguidores pode determinar o nível de circulação de ideias e manifestações em

diversas redes.

Os seis candidatos à prefeitura de Salvador possuíam contas no Twitter, Facebook ou

fanpage, além de sites ou hotsites para estreitar ainda mais o contato com os eleitores. Porém,

nem todos utilizam-nas da maneira que os especialistas aconselham, muitas vezes deixando

até mesmo de atualizar os seus perfis, mostrando o despreparo para uma campanha on-line. A

maioria dos candidatos contou com uma assessoria específica para dar suporte à campanha na

internet. Isso é perceptível na visualização dos perfis dos principais candidatos à prefeitura de

Salvador, como Nelson Pelegrino, Mário Kertsz e ACM Neto. A comunicação organizacional

desses candidatos mostrou-se estruturada e conhecedora das ferramentas on-line.

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Como o Brasil possui um grande número de usuários no Facebook e no Twitter,

perdendo apenas para os Estados Unidos, a campanha virtual se tornou um mecanismo

interessante para aqueles que possuem pouco recurso para campanhas televisivas ou ainda são

pouco conhecidos entre o eleitorado. A possibilidade de atingir parte desse contingente do

eleitorado conectado é uma via alternativa, como acredita o candidato do PSOL, Hamilton

Assis, “A mídia tradicional acaba dando foco maior a quem tem referência pública mais

solidificada. Então, o espaço virtual surge como uma forma de divulgarmos nossas propostas”

(2012, s/p).

O professor de ciências políticas da Universidade Federal da Bahia, Cloves Oliveira,

destaca o uso da internet nas campanhas que, cada vez mais, vêm funcionando como uma

espécie de comitê virtual e assumindo funções de materializar as ações. “Antes, toda carga de

recurso era destinada para a TV. Agora, a internet é vista como um instrumento complementar

e muito importante” (2012, s/p). Para o especialista em marketing político, Fernando Barros,

“O pêndulo da vitória nas eleições municipais de 2012 será a tribo da Geração Y”. Porém,

Barros faz uma ressalva:

Engana-se quem acha que pode conquistar a Geração Y apenas com uma boa

campanha de Internet. Essa é uma plataforma, que deve estar integrada às demais

mídias. Quem ganha eleição é um bom candidato com pensamento eleitoral

estratégico. Isso não mudou (BARROS, 2012, s/p).

Essa opinião pode ser confirmada através do estudo divulgado pela agência Nuvem

Digital, que disponibilizou um infográfico sobre a movimentação nas redes sociais durante

um debate realizado na TV Aratu no dia 14 de agosto de 2012. O infográfico mostra as

crescentes menções aos candidatos durante o debate na TV.

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Ilustração 01(Parte I) – Infográfico sobre a movimentação das eleições de Salvador nas redes sociais

Fonte: Site Nuvem Digital - Movimentação das eleições de Salvador nas redes sociais:

http://www.nuvemdigital.org/Acesso em 05 de setembro de 2012.

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Ilustração 01(Parte II) - Infográfico sobre a movimentação das eleições de Salvador nas redes sociais

Fonte: Site Nuvem Digital - Movimentação das eleições de Salvador nas redes sociais:

http://www.nuvemdigital.org/Acesso em 05 de setembro de 2012.

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Mas, apesar de toda eficácia das redes sociais nas campanhas políticas é preciso estar

atento, pois também existem desvantagens, como mostra uma pesquisa da Universidade da

Pensilvânia4, nos Estados Unidos, onde 86% dos entrevistados declararam não gostar de

receber mensagens políticas nas redes sociais. E 70% disseram que isso poderia inclusive

diminuir a chance de votar no candidato, mesmo se já estivesse inclinado a apoiá-lo.

Entretanto, no Brasil, uma pesquisa realizada pela empresa eCRM1235 no mês de

agosto de 2012 mostrou que os brasileiros pensam diferente dos americanos. Dos

entrevistados, 85% dos internautas disseram que as redes sociais são meios de comunicação

adequados para discutir política. Dentre eles, 73% também afirmaram que a campanha

funciona melhor nas redes sociais, por serem mais interativas e abertas, do que na TV. A

ferramenta preferida de 40% dos entrevistados é o Facebook, enquanto 11% preferem o

Twitter e 37% aprovam todas as mídias sociais. Outro aspecto relevante, levantado na

pesquisa, é que 86% dos eleitores gostariam de continuar interagindo com seus candidatos nas

redes sociais mesmo após as eleições.

3.1 OS CANDIDATOS E AS ESTRATÉGIAS DA CAMPANHA ON-LINE

As assessorias dos candidatos à prefeitura de Salvador defendem as estratégias que

utilizaram nas redes sociais. A equipe responsável pela campanha de ACM Neto garante que

o uso das redes sociais surtiu o efeito esperado. “Chegamos a ter conteúdos com alcance de

mais de 20 mil pessoas, semanalmente mais de 315 mil são impactadas pelas nossas

publicações, é um resultado muito expressivo e orgânico”. Procurando responder aos

questionamentos dos eleitores nas redes sociais, os assessores do democrata acreditam que o

engajamento e a mobilização on-line funcionou a favor do candidato. “Não estamos falando

de propaganda aqui, mas de engajamento. As pessoas passam adiante aquilo que elas se

identificam e é bom saber que se identificam com as nossas propostas.”

4 Notícia divulgada no Jornal da Globo no dia 10/10/2012

5 Empresa especializada em redes sociais

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[...] conta no Twitter não elege ninguém, o que elege é uma ação planejada e

estreitamente relacionada com as outras frentes de campanha. O marketing político

na Internet exige participação ativa do candidato e sua equipe. Criar um perfil nas

redes sociais não significa ter uma participação nessa rede, pois a participação em

mídias sociais se dá através da interação e engajamento (VALLE, 2012, s/p).

O democrata só entrou no Facebook em 13 de junho de 2012. A assessoria do

candidato passou a atualizar o seu perfil a partir de julho do mesmo ano, assinando as

atualizações como “Equipe ACM Neto”. Além da agenda do candidato, sua assessoria

divulgava opiniões de supostos eleitores no Facebook. Neto criou sua página pessoal e outra

exclusiva para sua campanha “Comitê ACM Neto”. Já o Twitter, onde o democrata está

presente desde junho de 2009, continuou sendo atualizado pelo próprio candidato. No

microblog, além de divulgar sua agenda e ações, o deputado respondia aos eleitores que o

questionavam sobre algum assunto ou que davam alguma sugestão para caso fosse eleito. Até

outubro de 2012, Neto possuía mais de 34 mil seguidores no Twitter e seguia mais de 15 mil

perfis, tendo publicado mais de 16 mil twites.

As atualizações do democrata nas redes sociais continuaram até mesmo no dia da

eleição, publicando no Twitter 32 posts, sendo sete retweets de eleitores, 20 interações e cinco

postagens sobre a campanha com a hastag #DefenderSalvador, todas feitas pelo próprio

candidato. Um dia antes das votações, Neto publicou 21 tweets e um dia depois houve 51

publicações, sendo 44 interações para agradecimentos, 4 retweets de eleitores e 3 postagens

para agradecer e divulgar a agenda do segundo turno. No Facebook, as atualizações do

democrata também continuaram no dia da votação, com propaganda das suas propostas,

publicação de fotos do momento da votação do candidato e da sua vice, além de pedidos de

votos.

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Ilustração 2 - Postagens no Facebook do candidato ACM Neto no dia das votações.

Fonte: Facebook - 07 de outubro de 2012. https://www.facebook.com/ACMNetoOficial?ref=ts&fref=ts/Acesso

em 12 de outubro de 2012.

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Ilustração 3 - Postagens no Twitter do candidato ACM Neto no dia das votações.

Fonte: Twitter - 07 de outubro de 2012. https://twitter.com/acmneto/Acesso em 12 de outubro de 2012.

Investindo pesado na campanha on-line a equipe do democrata criou um aplicativo

para personalizar a foto do eleitor com a marca da campanha “SOU 25” e “Eu voto ACM

Neto”. Além disso, o candidato utilizava as redes sociais a seu favor durante os debates,

solicitando ao vivo para sua assessoria publicar fotos e vídeos em sua página no Facebook na

tentativa de desmentir o seu oponente e comprovar o que ele estava falando.

Os responsáveis pela campanha on-line do candidato Nelson Pelegrino declaram que

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buscaram a interação com os eleitores passando o conteúdo de forma criativa e que se

adequasse às linguagens das redes. O petista, Nelson Pelegrino, entrou no Facebook em 7 de

abril de 2011 e até outubro de 2012 já contava com mais de 4 mil assinantes. No Twitter,

Pelegrino criou a conta em julho de 2010 e até outubro de 2012 possuía mais de 4.800

seguidores, seguia 1.797 contas e havia publicado mais de 6.100 twittes. A princípio, o

candidato parecia atualizar suas redes sociais pessoalmente, utilizando para comentar

situações políticas do país e informar suas atividades, como reuniões e viagens pelo interior

da Bahia. Aparentemente, o deputado passou a dividir as atualizações do seu perfil no

Facebook com a sua assessoria a partir do dia 14 de julho, deixando de referir-se na primeira

pessoa e passando a ser citado na terceira pessoa.

Pelegrino conversa com a presidenta Dilma sobre eleições em Salvador. Ele garantiu

que, se eleito, vai buscar os recursos para construir 135 creches que ela já

disponibilizou para a cidade e não foram feitas (Facebook, 14 de julho 2012).

Durante a campanha, as atualizações realizadas pela assessoria do candidato do PT

eram, na maioria das vezes, assinadas como “Equipe13”. Já o microblog de Nelson Pelegrino

continuou sendo atualizado pelo candidato, divulgando sua agenda e suas ações, além de

responder alguns seguidores.

Diferente do candidato democrata, no dia das votações, apenas o Facebook de Nelson

Pelegrino foi atualizado com a publicação da letra e do vídeo de uma música de Nelson

Cavaquinho. No entanto, um dia antes, a equipe do candidato postou três tweets sobre a

campanha utilizando a hastag #PelegrinoPrefeito. E um dia após as eleições a equipe postou

cinco tweets divulgando a agenda do segundo turno. Apenas no dia 9 de outubro o candidato

entrou no microblog para agradecer os votos.

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Ilustração 4 - Postagem no Facebook do candidato Nelson Pelegrino no dia das votações.

Fonte: Facebook - 7 de outubro de 2012. https://www.facebook.com/nelsonpelegrino?ref=ts&fref=ts/Acesso em

12 de outubro de 2012.

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Ilustração 5 - Postagens no Twitter do candidato Nelson Pelegrino durante período eleitoral.

Fonte: Twitter - 5, 6 e 8 de outubro de 2012.https://twitter.com/nelsonpelegrino/Acesso em 12 de outubro de

2012.

Já a equipe do candidato do PMDB, Mario Kertsz, declarou que a sua campanha on-

line foi personalista. Mario Kertesz entrou no Facebook em 10 de junho de 2010, desde então

o mesmo vinha atualizando o seu perfil como a maioria dos usuários, postando fotos

familiares e comentando situações do cotidiano e notícias divulgadas na rádio em que

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trabalhava. A partir do mês de agosto a assessoria de MK passou a dividir a atualização do

perfil com o candidato. No Twitter, Mario está presente desde 24 de abril de 2008, também

passando a ter sua atualização dividida com a sua assessoria no período da campanha

eleitoral, assinando como “Equipe MK”. Tanto o Facebook, quanto o Twitter do candidato

Pmdebista foram utilizados para divulgação da agenda, publicação de fotos e vídeos, além de

responder alguns comentários dos seguidores. Até outubro de 2012, o microblog de Mario

Kertez possuía mais de 20 mil seguidores, seguindo apenas 129 perfis e contendo pouco mais

de 5.700 tweets.

No dia das votações, Mario Kertesz fez apenas uma publicação no Twitter e duas no

Facebook. Em ambos ele desejou uma boa votação aos eleitores e ainda publicou um trailer

de um filme no Facebook. Já no dia que antecedeu as votações o microblog de MK se

manteve atualizado por sua equipe e pelo próprio candidato com 42 tweets, sendo 12

assinados pela equipe com divulgação da agenda, 27 interações e três tweets, postados por

Mario Kertész. Todas as postagens realizadas pela assessoria utilizava a hastag

#SalvadorTemJeito. Um dia após o resultado, o candidato postou apenas um tweet e não

tocou no assunto das eleições.

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Ilustração 6 - Postagem no Facebook do candidato Mario Kertsz no dia das votações.

Fonte: Facebook - 7 de outubro de 2012. https://www.facebook.com/mario.kertesz?ref=ts&fref=ts/Acesso em 12

de outubro de 2012.

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Ilustração 7 - Postagens no Twitter do candidato Mario Kertsz durante período eleitoral.

Fonte: Twitter - 6, 7 e 8 de outubro de 2012.https://twitter.com/marioksz/Acesso em 12 de outubro de 2012.

Um fator em comum entre as equipes dos candidatos ACM Neto, Mario Kertesz e

Nelson Pelegrino é que elas assinavam suas postagens. Algo simples, porém relevante e que

deve ser considerado em uma campanha on-line. “Faça questão de informar aos usuários

quando não é o candidato que está falando, para que não gere nenhuma polêmica” (TELLES,

2010, p.175).

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4 CONSIDERAÇÕES FINAIS

A comunicação política tem se transformado, nos últimos anos, e a internet

influenciou significativamente essa transformação. Portanto, é preciso acompanhar essas

mudanças estudando as possibilidades que o ciberespaço proporciona para as política e para a

sociedade.

Nas eleições municipais de Salvador, em 2012, as equipes dos candidatos à prefeitura

da cidade tentaram obter êxito, contudo, ainda mostraram pouco conhecimento das

ferramentas digitais para uma campanha on-line. Os três candidatos mais fortes à prefeitura de

Salvador utilizaram as redes sociais durante a campanha, uns mais e outros menos. Entre erros

e acertos, o fato é que os profissionais ainda estão se familiarizando com as redes sociais

como instrumento de trabalho. Isso ficou nítido na diferença de atualizações entre eles,

enquanto o candidato democrata, ACM Neto, utilizava as mídias digitais a todo o momento,

inclusive nos debates e no dia da votação, outros candidatos utilizavam apenas para divulgar

agendas.

A interação, que é uma das melhores maneiras de alcançar o engajamento político, foi

o ponto fraco de alguns candidatos. O eleitor que interage quer uma resposta e através da

pesquisa realizada para esse trabalho podemos constatar que as interações ficaram muito

aquém do que os especialistas orientam e do que os eleitores esperavam. É preciso entender

que o neoleitor é mais que um mero expectador, é um agente ativo capaz de propagar uma

informação.

Se comparado com as eleições de 2010 é possível notar um avanço, mas ainda está

distante do que seria ideal para os especialistas. O ciberespaço tem muito mais a oferecer do

que vem sendo explorado. O potencial da internet é imensurável, são inúmeras ferramentas

que se utilizadas da maneira correta, podem proporcionar uma incrível transformação na

maneira de fazer comunicação e fazer política. É uma oportunidade para o profissional

desenvolver novas habilidades e adquirir novos conhecimentos. Analisar e compreender esse

cenário comunicacional é um desafio para empresas, políticos e profissionais de comunicação

que desejam estar presentes nas mídias sociais.

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Vale a pena ressaltar que, apesar do impacto que as redes sociais podem ter causado

nessas eleições de 2012, certamente esse é apenas o começo de grandes mudanças na

comunicação política e organizacional. E neste sentido é importante que o profissional tente

acompanhar essa mudança, procurando qualificação e que as organizações procurem

vislumbrar a importância do investimento em mídias digitais. Em um mundo globalizado pela

tecnologia e comunicação instantânea uma nova percepção do valor da informação foi

formado, passando a ser uma propriedade, sobretudo, intelectual. E para não ficar para trás é

necessário acompanhar essas mudanças.

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