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POLÍTICA NACIONAL DE HUMANIZAÇÃO E VISITA DOMICILIAR Ana Cristina dos Santos 04 de Setembro de 2013

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POLÍTICA NACIONAL DE HUMANIZAÇÃO E

VISITA DOMICILIAR

Ana Cristina dos Santos04 de Setembro de 2013

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A Política Nacional de Humanização (PNH)Humaniza SUS

O Humaniza SUS é a proposta do MS para enfrentar o desafio de efetivar os princípios do SUS por meio da mudança dos modelos de atenção e de gestão das práticas de saúde.

Por humanização entende-se a valorização dos diferentes sujeitos envolvidos no processo de produção de saúde.

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A POLÍTICA NACIONAL DE HUMANIZAÇÃO (PNH)

Resumindo é a inclusão dos diferentes sujeitos envolvidos no processo de atenção e gestão da saúde.

USUÁRIOS TRABALHADORES DA SAÚDE GESTORES

Humaniza SUS: Reiterar os princípios do SUS

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O Documento Base para Gestores e Trabalhadores do SUS a implementação da PNH busca alcançar as

seguintes direções:

Serão reduzidas as filas e o tempo de espera, com ampliação do acesso, e atendimento acolhedor e resolutivo, baseado em critérios de risco;Todo usuário do SUS saberá quem são os profissionais que cuidam de sua saúde e a rede de serviços que se responsabilizará por sua referência territorial e atenção integral;As unidades de saúde garantirão os direitos dos usuários, orientando-se pelas conquistas já asseguradas em lei e ampliando os mecanismos de sua participação ativa, e de sua rede sócio familiar, nas propostas de plano terapêutico, acompanhamento e cuidados em geral;

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As unidades de saúde garantirão gestão participativa aos seus trabalhadores e usuários, com investimento na educação permanente em saúde dos trabalhadores, na adequação de ambiência - Ambiente físico, social, profissional e de relações interpessoais que deve estar relacionado a um projeto de saúde voltado para a atenção acolhedora, resolutiva e humana.

Serão implementadas atividades de valorização e cuidado aos trabalhadores da saúde

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O mesmo documento propõe como parâmetros para implementação de ações na atenção básica:

Organização do acolhimento de modo a promover a ampliação efetiva do acesso à atenção básica e aos demais níveis do sistema, eliminando as filas, organizando o atendimento com base em riscos/ vulnerabilidade priorizados e buscando adequação da capacidade resolutiva;Definição de responsabilidades sanitárias da equipe de referência com a população referida, favorecendo a produção de vínculo orientado por projetos terapêuticos de saúde, individuais e coletivos, para usuários e comunidade, contemplando ações de diferentes eixos, levando em conta as necessidades/demandas de saúde.

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Avançar na perspectivas do: a) exercício de uma clínica ampliada, capaz de aumentar a autonomia dos sujeitos, das famílias e da comunidade; b) estabelecimento de redes de saúde, incluindo todos os atores e equipamentos sociais de base territorial (e outros), firmando laços comunitários e construindo políticas e intervenções intersetoriais;Organização do trabalho, com base em equipes multiprofissionais e atuação transdisciplinar, incorporando metodologias de planejamento e gestão participativa, colegiada, e avançando na gestão compartilhada dos cuidados/atenção;

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Projeto de saúde: voltados para os sujeitos, individualmente, ou comunidades, contemplando ações de diferentes eixos, levando em conta as necessidades/demandas de saúde. A sua construção deve incluir a co-responsabilidade de usuário, gestor e trabalhador/equipes de saúde, e devem ser considerados: a perspectiva de ações intersetoriais, a rede social de que o usuário faz parte, o vínculo usuário/equipamento de saúde e a avaliação de risco/vulnerabilidade.

Implementação de sistemas de escuta qualificada para usuários e trabalhadores, com garantia de análise e encaminhamentos a partir dos problemas apresentados;

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Garantia de participação dos trabalhadores em atividades de educação permanente em saúde;

Promoção de atividades de valorização e de cuidados aos trabalhadores da saúde, contemplando ações voltadas para a promoção da saúde e a qualidade de vida no trabalho;

Organização do trabalho com base em metas discutidas coletivamente e com definição de eixos avaliativos, avançando na implementação de contratos internos de gestão.

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Educação permanente em saúde: As ações de educação permanente em saúde envolvem a articulação entre educação e trabalho no SUS, visando à produção de mudanças nas práticas de formação e de saúde.

Por meio da Educação Permanente em Saúde articula-se o ensino, gestão, atenção e participação popular na produção de conhecimento para o desenvolvimento da capacidade pedagógica de problematizar e identificar pontos sensíveis e estratégicos para a produção da integralidade e humanização.

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A Política Nacional de Humanização (PNH)

Valores do Humaniza SUS

Os valores que norteiam esta política são: a autonomia e o protagonismo dos sujeitos, a co-responsabilidade entre eles, o estabelecimento de vínculos solidários, a participação coletiva no processo de gestão e, a associação entre atenção e gestão ou seja, a construção de redes de cooperação.

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COMO SE OPERACIONALIZA Reconhecendo trabalhadores, gestores e

usuários como sujeito ativos; Construção de espaços de encontro entre os

sujeitos (Conselho Local de Saúde); Construção de troca de saberes; Trabalho em rede com equipes

multidisciplinares e com atuação transdisciplinar;

Mapeamento das demandas; Construção de redes solidárias e interativas.

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PRINCÍPIOS DA PNH

Transversalidade: vai além do sistema de saúde (intersetorialidade)

Indissociabilidade entre a atenção e a gestão da saúde (ambos na mesma moeda cara/coroa)

Protagonismo co-responsabilidade e autonomia dos sujeitos e do coletivo.

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O MÉTODO DA PNH

Sujeitos

Coletivo

Analisadores Sociais

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DIRETRIZES DA PNH

A PNH tem como diretrizes:

o acolhimento, a clínica ampliada, a gestão compartilhada, entre outros.

Destas diretrizes, parte uma série de dispositivos que permitem operar a humanização.

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Humaniza SUS

ACOLHIMENTO: Escuta profissional qualificada

Considerar as necessidades dos usuários.

DIFERE de

Triagem os usuários são atendidos conforme a disponibilidade dos serviços de saúde.

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ACOLHIMENTO O acolhimento é um modo de operar os processos

de trabalho em saúde de forma a atender a todos que procuram os serviços de saúde, ouvindo seus pedidos e assumindo no serviço uma postura capaz de acolher, escutar e pactuar respostas mais adequadas aos usuários.

Implica prestar um atendimento com resolutividade e responsabilização, orientando, quando for o caso, o usuário e a família em relação a outros serviços de saúde para a continuidade da assistência e estabelecendo articulações com esses serviços para garantir a eficácia desses encaminhamentos.

Fluxograma

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ACOLHIMENTO O acolhimento é um momento importante para

oportunizar ações de prevenção, de educação em saúde e para a detecção precoce de agravos tais como: identificação de sintomáticos respiratórios para o diagnóstico precoce de pessoas com tuberculose, identificação de pessoas portadoras de hipertensão através da medida da pressão arterial, atualização de carteira de vacinação, controle da periodicidade de realização de exame de Papanicolaou para prevenção de câncer de colo de útero, entre outros (Mutirão da Saúde).

O momento do acolhimento é também importante para se vincular o usuário ao serviço de saúde.

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Humaniza SUS

CLÍNICA AMPLIADA: Fundamenta-se nos princípios do SUS, Universalidade, Integralidade..:

As propostas da clínica ampliada:

O compromisso do serviço de saúde com o “sujeito” e o “coletivo” não só com a doença; O estímulo a diferentes práticas terapêuticas;A co-responsabilidade de gestores, trabalhadores e usuários no processo de produção de saúde.

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Reconhecimento dos limites dos saberes e a afirmação de que o sujeito é sempre maior que os diagnósticos propostos;

Busca do equilíbrio entre danos e benefícios gerados pelas práticas de saúde;

Aposta nas equipes multiprofissionais e transdisciplinares;

Defesa dos direitos dos usuários.

Projeto terapêutico é o conjunto de atos assistenciais pensados para resolver um problema de saúde. O projeto terapêutico se agrega à escuta qualificada das necessidades e demandas do usuário, no caso do projeto terapêutico individual, e da comunidade no projeto terapêutico coletivo.

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Humaniza SUS

GESTÃO COMPARTILHADA: Ampliar o diálogo entre:

os trabalhadores,trabalhadores e a população trabalhadores e a administração (Educação permanente para possibilitar processos de trabalho mais acolhedores e participativos promovendo a gestão participativa, colegiada e compartilhada dos cuidados/atenção).

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Humanização x Comunicação

Sem comunicação há humanização???

A humanização depende de nossa capacidade de falar e ouvir, pois as coisas do mundo só se tornam humanas quando passam pelo diálogo com nossos semelhantes.

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No processo de humanização importam essencialmente as atitudes humanas. Um serviço só pode ser considerado humanizado se seus profissionais demonstram profundo respeito pelas pessoas, pela vida e pela dignidade humana, seja de usuários seja de seus colegas de trabalho.

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REFERÊNCIAS

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria-Executiva. Núcleo Técnico da Política Nacional de Humanização. Humaniza SUS: a clínica ampliada. Brasília: Editora do Ministério da Saúde, 2004. 17p. Disponível em http://www.saude.gov.br/humanizasus

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria-Executiva. Núcleo Técnico da Política Nacional de Humanização. Acolhimento com Avaliação e Classificação de Risco. Brasília: Editora do Ministério da Saúde, 2004. Disponível em http://www.saude.gov.br/humanizasus

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Núcleo Técnico da Política Nacional de Humanização. Humaniza SUS: Documento base para gestores e trabalhadores do SUS. 4. ed. – Brasília: Editora do Ministério da Saúde, 2008. 72 p.

PANIZZI, M & FRANCO T.B. A implantação do Acolher Chapecó: reorganizando o processo de trabalho. In: Franco et al. Acolher Chapecó: uma experiência de mudança do modelo assistencial, com base no processo de trabalho. HUCITEC, São Paulo, 2004; pp. 90:91.

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VISITA DOMICILIAR

A Visita Domiciliar - VD é um instrumento de assistência à saúde voltada a prestar atendimento no domicílio, orientar, levantar possíveis soluções para os problemas de saúde.Fornecer subsídios educativos para que os usuários, a família e a comunidade tenham condições de se tornar independentes, considerando que cada pessoa, envolvida numa comunicação tem seu conhecimento próprio de vida, suas experiências, suas crenças e seus sentimentos.

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HISTÓRIA DA VISITA DOMICILIAR

Augusto e Franco (1980), citado por Mazza (1998) apontam que a origem das visitas domiciliares data do período pré-cristão, sendo dividida em dois períodos: o período pré-científico ou religioso que se caracterizava pelo assistencialismo e caridade aos pobres e doentes, sem nenhuma preocupação com suporte científico, realizada pelos religiosos. E o científico, foi dado ênfase na sistematização dos procedimentos referentes à realização das visitas, por volta de 1850.

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HISTÓRIA DA VISITA DOMICILIAR Por volta de 1500, ainda sob grande influência

religiosa, a visita domiciliar assume um caráter mais metódico. O período científico foi marcado por sistematização dos procedimentos da visita em 1850, sendo difundido na Europa e nos Estados Unidos, quando da criação da “Visiting Nurses Association” expandindo-se a outros países.

Entre os anos de 1854 e 1856, anteriormente ao surgimento das enfermeiras visitadoras essa prática era realizada por mulheres da comunidade sem muita instrução, que recebiam um salário do Estado para educar as famílias carentes, quanto aos cuidados de saúde. Elas eram chamadas de visitadoras sanitárias e a Sociedade de Epidemiologia de Londres, era responsável por este treinamento.

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A experiência mostrou que havia pouca uniformidade no sistema; assim os dirigentes dos distritos sanitários observavam que ao se empregar mulheres de educação superior, tais como médicas, enfermeiras e parteiras diplomadas haveria uma otimização na assistência aos pobres (Rosen, 1994, p. 274).

O início da capacitação profissional se deu em 1909 na Inglaterra, quando o Conselho Municipal de Londres regulamenta a formação de visitadoras.

No início do século XX, a enfermagem em saúde pública estava inserida em todas as instâncias responsáveis pela saúde pública nos Estados Unidos. Essa tendência foi acompanhada pelos países da Europa e em menor grau por outros países. (Rosen, 1994, p. 276).

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VISITA DOMICILIARPeríodo pré-científico ou religioso

Assistencialismo caridade aos pobres e doentes

religiosos

Período científicoSistematização

dos procedimentos

Enfermeiras visitadoras

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O nascimento da visita domiciliar institucionalizada no Brasil tem seu marco em 1919 quando aborda a educação sanitária e a necessidade de formação de enfermeiras visitadoras.

Em 1920 a Escola de Enfermagem da Cruz vermelha introduz um curso de visitadoras domiciliares. Em 1926 em São Paulo foi criado o curso de educadoras sanitárias.

Em 1946 constituiu o primeiro grupo de Enfermeiras Visitadoras oriundas da Faculdade de Saúde Pública de São Paulo cuja função era a prestação de assistência domiciliária à saúde de pessoas portadoras de doenças transmissíveis.

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1946 Grupo de Enfermeiras Visitadoras Faculdade de SP de São Paulo –doenças transmissíveis

1991 PACS Assistência aos usuários através da VD

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FERRAMENTAS PARA INTERAÇÃO DOS PROFISSIONAIS COM A FAMÍLIA

VISITAS DOMICILIARES

EDUCAÇÃO EM SAÚDE

POSTURA ÉTICA

ACOLHIMENTO GENOGRAMA INSTRUMENTOS ECOMAPA

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VISITA DOMICILIAR

Conjunto de ações de saúde voltadas para o atendimento educativo e/ou assistencial, no âmbito domiciliar.

assistir o usuário no domicílio;levantar dados sobre estilo e modo de vida;realizar educação em saúde;proceder encaminhamentos necessários.

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VISITA DOMICILIAR

OBJETIVOS

Contribuir para a efetivação das premissas de promoção de saúde definidas pela Organização Mundial da Saúde - OMS, e adotadas pelo Sistema Único de Saúde - SUS.

Conhecer o cenário social em que cada usuário/família convive.

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VISITA DOMICILIAR A VD é um dos instrumentos mais

indicados à prestação de assistência à saúde, do usuário, família e comunidade.

Deve ser realizada mediante processo racional, com objetivos definidos e

pautados nos princípios de eficiência. A VD possibilita conhecer a realidade do usuário e sua família, contribuindo para a

redução de gastos hospitalares, fortalecendo os vínculos

usuário/terapêutica/ profissionais e proporcionando a autonomia do cuidado.

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VISITA DOMICILIARVANTAGENSconhecimentos in loco;Relação família x profissional de saúde –sigilo;Liberdade para expor problemas;Planejamento de ações de saúde.

DESVANTAGENShorário de trabalho x afazeres domésticos;Método dispendioso –custo pessoal e de locomoção;Intromissão na vida das pessoas –alguns autores;Sem planejamento pode ser perda de tempo.

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VISITA DOMICILIAR

É ainda entendida como uma parte das ações a serem desenvolvidas no programa, porém de forma planejada e sistematizada.

Metodologia Para o sucesso de uma VD é necessário, em

primeiro lugar, termos uma sequencia bem elaborada dos passos utilizada por Kawamoto, 1995:

Planejamento Execução Registro de dados Avaliação

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PLANEJAMENTO DA VD

Demanda ProgramadaPRIORIDADES Demanda Espontânea Crianças RN de risco;Pessoas deficientes ou com dependências;Busca ativa -vacinas;Gestantes de risco;Adultos que necessitam assistência no domicílio (acamados);

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PLANEJAMENTO DA VD

Semestral mensal semanal visita

considerar o tempo disponível para a VD;horário que não atrapalhe;itinerário que facilite a locomoção;prioridades;preparo de material;PLANO DE VD – objetivos, identificação da família (endereço, condições socioeconômicas, culturais ...)

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EXECUÇÃO DA VD atender as prioridades traçadas; usar linguagem clara; permitir que as pessoas falem de seus problemas; observar o meio ambiente frente aos problemas de

saúde; manter contato discreto e amável e não interferir

nos afazeres domésticos; evitar comer e beber para não perder tempo ou

causar situações embaraçosas; avaliar a visita, anotando pontos positivos e

negativos.

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REGISTRO DE DADOSa partir de anotações nos prontuários para dar continuidade ao trabalho.

AVALIAÇÃO DA VDse os objetivos foram alcançados;avaliar os pontos positivos e negativos;se a família progrediu na resolução dos seus problemas.

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VISITA DOMICILIARÉ importante citar princípios que norteiam a assistência domiciliar:

abordagem integral à família; consentimento da família, participação do usuário e existência do cuidador; trabalho em equipe e interdisciplinaridade; adscrição da clientela; inserção na política social local.

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REFERÊNCIAS

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FERREIRA, J. R. & BUSS, P. M., O que o desenvolvimento local tem a ver com a promoção da saúde. Rio de Janeiro, ABRASCO, 2002.

KAWAMOTO. E. E. Enfermagem Comunitária. Editora Pedagógica e Universitária Ltda.,1995.

MATTOS TM. Visita domiciliária. In: Kawamoto EE, Santos MCH, Mattos TM. Enfermagem comunitária. São Paulo: Editora Pedagógica e Universitária; 1995. p. 35-9.

MAZZA MPR. A visita domiciliária como instrumento de assistência de saúde. Rev. Bras. Cresc. Des. Hum. 1994;4(2):60-8.

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MOREIRA, M. A Fundação Rockefeller e a construção da identidade profissional de enfermagem no Brasil na Primeira República. História, Ciências, Saúde

OPAS/OMS. Temas de Salud Mental em la comunidad. Paltex. Chile. N 19, 1992. 150p.

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ROSEN, G. Uma história da saúde pública. Trad. Marcos Fernandes de S. Moreira, (col.) José Rubens de Bonfim. Série Saúde em Debate. HUCITEC; UNESP; ABRASCO. Rio de Janeiro, 1994.  TAKAHASHI RF, Oliveira MAC. A visita domiciliária no contexto da saúde da família. In: Brasil IDS. Manual de Enfermagem. Universidade de São Paulo, Brasília: Ministério da Saúde; 2001.