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Publicação do Sistema Federação das Indústrias do Estado do Amazonas Polo Relojoeiro não para de crescer Ano VI • nº 56 • jan/fev • 2012

Polo Relojoeiro não para de crescer - Sistema FIEAM · 17Polo Relojoeiro amplia investimentos na produção 6Indústria e governo debatem alternativas sobre a Zona Franca ... curso

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Publicação do Sistema Federação das Indústrias do Estado do Amazonas

Polo Relojoeiro não para de crescer

Ano VI • nº 56 • jan/fev • 2012

índice

Sistema Indústria do Amazonas na web

www.fieam.org.br

4Coca-Cola tem planos para utilizar frutas regionais

5Campanha Carinho de Verdade ganha novos prêmiosFIEAM lança cronograma da Expocomer

12Empresas se mobilizam para elevar grau de inovação

13MDIC promete rever todos os PPBs do Polo Industrial de Manaus

14SENAI e SESI sensibilizam empresas para o EBEP

25 Declaração de renda do MEI deve ser enviada até 31 de maio

30Número de alunos do ensino profi ssional cresce 83% em seis anos

34 PAF do SESI ganha reforço com tênis de mesa

33SESI fatura oito medalhas no Open Amazonas de Jiu-Jítsu

17Polo Relojoeiro amplia investimentos na produção

6Indústria e governo debatem alternativas sobre a Zona Franca

10CAS e Codam

aprovam novos projetos 20Unidades de

Educação do SESI voltam às aulas

SENAI capacita instrutores em formação pedagógica

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diretoria

Presidente: ANTONIO CARLOS DA SILVA1º Vice-Presidente: ATHAYDES MARIANO FÉLIX2º Vice-Presidente: AMÉRICO AUGUSTO SOUTO RODRIGUES ESTEVESVice-Presidentes: NELSON AZEVEDO DOS SANTOS, TEREZA CRISTINA CALDERARO CORRÊA, NEILSON DA CRUZ CAVALCANTE, ROBERTO DE LIMA CAMINHA FILHO, AL-DIMAR JOSÉ DIGER PAES, WILSON LUIZ BUZATO PÉRICO, CARLOS ALBERTO ROSAS MONTEIRO, EDUARDO JORGE DE OLIVEIRA LOPES, AMAURI CARLOS BLANCO, HYR-LENE BATALHA FERREIRA1º Secretário: ENGELS LOMAS DE MEDEIROS2º Secretário: ORLANDO GUALBERTO CIDADE FILHO1º Tesoureiro: JONAS MARTINS NEVES2º Tesoureiro: AUGUSTO CÉSAR COSTA DA SILVADiretores: SÓCRATES BOMFIM NETO, FRANK BENZECRY, AGOSTINHO DE OLIVEI-RA FREITAS JÚNIOR, CARLOS ALBERTO MARQUES DE AZEVEDO, ROBERTO BENEDI-

TO DE ALMEIDA, LUIZ CARVALHO CRUZ, CARLOS ALBERTO MONTEIRO, MAURÍCIO QUINTINO DA SILVA, JOAQUIM AUZIER DE ALMEIDA, PAULO SHUITI TAKEUCHI, AN-TONIO JULIÃO DE SOUSA, MÁRIO JORGE MEDEIROS DE MORAES, DAVID CUNHA NÓVOA, GENOIR PIEROSAN, CRISTIANO IUKIO MORIKIO, CLEONICE DA ROCHA SAN-TOS, ARIOVALDO FRANCISCHINI DE SOUZA

Conselho Fiscal:Titulares: MOYSES BENARROS ISRAEL, RENATO DE PAULA SIMÕES, JOSÉ NASSERSuplentes: ALCY HAGGE CAVALCANTE, CARLOS ALBERTO SOUTO MAIOR CONDE, DAVID NÓVOA GONZALES Delegados representantes junto ao Conselho da CNITitulares: ANTONIO CARLOS DA SILVA, ATHAYDES MARIANO FÉLIXSuplentes: AMÉRICO AUGUSTO SOUTO RODRIGUES ESTEVES e FRANCISCO RITTA BER-NARDINO

expediente

Revista editada pelo Sistema FIEAM

COORDENADORIA GERAL DO CENTRO DE SERVIÇO COMPARTILHADOLuiz Alberto Monteiro Medeiros

DIRETORIA DE COMUNICAÇÃO E MARKETINGPaulo Roberto Gomes Pereira

GERÊNCIA DE COMUNICAÇÃOIdelzuita Araújo - MTb 049/AM

REDAÇÃOAdemar Medeiros - MTb 289/AMEvelyn Lima - MTb 151/AMMário Freire - MTb 092/AM

COLABORAÇÃOCássia GuterresMárcio Vieira - MTb/AM 0189Vanessa Damasceno

DiagramaçãoHerivaldo da Matta - MTb 111/AM

Capa e PublicidadesAndrea Monique Ribeiro

FOTOGRAFIASComunicação

O conteúdo dos artigos e textos assina-dos é de inteira responsabilidade de seus autores.Av. Joaquim Nabuco, 1919 Centro CEP 69020-031 Manaus/AM Fone: (0xx92) 3186-6576 Fax: (0xx92) 3233-5594 - acs@fi eam.org.br

expedienteexpedienteexpedienteexpedienteexpedienteexpedienteexpedienteexpedienteexpedienteexpedienteexpedienteexpedienteexpedienteexpedienteexpedienteexpediente

Revista editada pelo Sistema FIEAM

editorial

Miguel Ângelo/CNI

s resultados de 2011, no fatura-mento e geração de emprego, do Polo Industrial de Manaus (PIM), só vieram confi rmar todas as nossas

projeções feitas ao longo do ano. Desde julho, nossa indústria bateu seguidos recordes históricos. De janeiro a novem-bro, o faturamento global foi de US$ 41 bilhões, o que representou crescimento de cerca de 14% em relação ao mesmo período do ano passado.

E o crescimento não foi exclusivo de segmentos industriais específi cos: os 21 subsetores industriais pesquisados pela Suframa apresentaram alta no fa-turamento em comparação com igual período do ano anterior.

Na geração de emprego, foram regis-trados 119.445 trabalhadores, entre efetivos, temporários e terceirizados. Nos indicadores da Suframa, o polo Eletroeletrônico aparece em destaque com 50.028 empregos diretos gerados, seguido pelos polos de Duas Rodas (21.120) e de Termoplásticos (11.627).

Ainda de acordo com os números da Suframa, durante o ano, 61.413 pesso-as foram contratadas no PIM e 44.861 foram demitidas, o que dá um saldo de mais de 16 mil novas oportunidades de emprego criadas ao longo do ano.

Foi, de fato, um ano de recordes his-tóricos, mas não podemos esquecer que foi também um ano de debates sobre novas alternativas econômicas e de articulação política para obtermos melhorias na infraestrutura física e lo-gística para o segmento industrial do Amazonas.

Ainda temos muitos entraves ao desenvolvimento da nossa indústria, como as constantes mudanças nas leis federais, o contingenciamento dos recursos da Suframa, além da infraes-trutura aeroportuária, energia elétrica e

telecomunicações, entre outros.De nossa parte, estamos abertos e

favoráveis à criação de uma agenda comum para a indústria, por meio da qual possamos debater assuntos tão palpitantes, como a extensão dos incen-tivos fi scais para a região metropolitana e a reforma tributária, além de outros obstáculos que haveremos de superar neste ano.

Em fevereiro de 2012, em nossa primeira reunião de diretoria, tivemos uma boa demonstração da conver-gência de interesses dos setores mais importantes com ingerência sobre a indústria amazonense, como o Centro da Indústria do Estado do Amazonas (CIEAM), Suframa e Governo do Esta-do, nossos interlocutores na discussão sobre o futuro da Zona Franca de Ma-naus, assunto que continua rendendo boas pautas.

Antonio Carlos da SilvaPresidente do Sistema FiEAM

Ainda temos muitos entraves ao desenvolvimento da nossa indústria, como as constantes mudanças nas leis federais, o contingenciamento dos recursos da Suframa, além da infraestrutura regional

O

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destaques

O presidente da Coca-Cola Brasil, Xie-mar Zarazúa, em visita ao presidente da FIEAM, Antonio Silva, destacou o compro-misso assumido pela empresa ao longo de cinco anos, iniciados em 2010, de investir no país cerca de US$ 6 bilhões em novas tecnologias, lançamentos de produtos e novas fábricas. Também par-ticipou da reunião na FIEAM o vice-pre-sidente de Assuntos Governamentais da Coca-Cola, Jack Corrêa.

“Consideramos investimentos fortes em Manaus, pois é uma área de grandes oportunidades, na qual a Recofarma atua como parceiro deste Estado há mais de 15 anos. Acreditamos na Região e vamos contribuir com a indústria, incentivando empresas a seguir o exemplo da Compa-nhia que já faz parte da Zona Franca de Manaus”, declarou Xiemar.

Segundo Antonio Silva, a primeira vi-sita do presidente da Coca-Cola Brasil na FIEAM é mais uma iniciativa dos gestores da Companhia em se aproximar da en-tidade de classe da indústria local para fortalecer o Sistema, vislumbrando a am-pliação de suas ações no Amazonas.

Quando questionado sobre a inclusão dos sucos de frutas regionais nas linhas dos produtos da Coca-Cola, Zarazúa não descartou a possibilidade de aproveitar o potencial do Estado e revelou que a utili-zação dos sabores da Amazônia é uma idéia que está sendo estudada.

“É uma iniciativa que vamos perseguir, pois o projeto de levar o sabor das frutas

amazônicas ao resto do Brasil e para o mundo é um de nossos desafi os, porém trata-se de uma ação a longo prazo”, vis-lumbra.

De acordo com Zarazúa, mesmo com as crises econômicas mundiais ocorridas no decorrer de 2011, a Companhia vem crescendo e consolidando seu posiciona-mento no mercado brasileiro.

Coca-Cola pode utilizar frutas regionais

Novos instrutores em formação pedagógica para o SENAI

O Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) formou mais 330 instru-tores e técnicos da Rede SENAI no Progra-ma Especial de Formação Pedagógica para Formadores da Educação Profi ssional. O curso é ministrado à distância pela Univer-sidade do Sul de Santa Catarina (Unisul).

Nesta 5ª turma do convênio, o Depar-tamento Regional inscreveu 25 docentes das quatro unidades operacionais de Ma-naus, sendo cinco bolsas concedidas pelo Departamento Nacional e as demais 20 vagas custeadas pelo SENAI Amazonas.

A iniciativa tem fi nalidade de elevar a qualidade do ensino disseminado pelas escolas dos 27 Departamentos Regionais da instituição, bem como habilitar seus instrutores no exercício do magistério.

“Por meio desta graduação, o SENAI cumpre com os aspectos legais no que diz

George Cunha, com o diretor do SENAI, Aldemurpe Bar-ros, é um dos formandos da Unisul

respeito à formação de mão de obra, pois além da responsabilidade de transferir o conhecimento técnico aos futuros traba-lhadores, é necessário que nossos instru-tores estejam habilitados para exercer a docência”, disse o diretor do SENAI Amazo-nas, Aldemurpe Barros.

Jack Corrêa, Antonio Silva e Xiemar Zarazúa em reunião na FIEAM sobre a atuação da Coca-Cola no Amazonas

Prêmio CNI de Jornalismo já tem comissão de seleção

A comissão de seleção da primeira edição do Prêmio CNI de Jornalismo já está composta. São sete jornalistas expe-rientes e que representam quase todos os segmentos do jornalismo. Eles terão a tarefa de selecionar três fi nalistas para cada uma das 13 categorias do concurso que distribuirá R$ 240 mil brutos em prê-mios, o maior valor do país. As inscrições estão abertas até 5 de abril deste ano.

Poderão concorrer matérias publica-das em veículos de empresas jornalísticas entre 1º de abril de 2011 e 31 de março de 2012. Informações e o regulamento do prêmio estão no hot site http://www.premiocnidejornalismo.com.br/.

Campanha Carinho de Verdade,do SESI, ganha novos prêmios

As ações inovadoras da campanha Carinho de Verdade, iniciativa do Conselho Nacional do SESI contra a exploração sexual de crianças e adolescentes, têm conquistado o reconheci-mento do mercado publicitário, em nível nacio-nal e internacional. Além de ter sido premiada nos maiores festivais de publicidade do mundo – Cannes, Nova York, Clio Awards e INFOCCOM 2011, a campanha venceu duas categorias do Prêmio Colunistas Brasília 2011.

O “maior abraço do mundo” foi o vence-dor da categoria Ação Promocional. Por meio da utilização da técnica mapping, a estátua do Cristo Redentor fechou os braços, numa alusão ao gesto-símbolo da campanha. A projeção, exibida em outubro de 2010, teve criação conjunta das agências Monumenta e Agnelo Pacheco. O vídeo do abraço do Cristo já teve milhões de acessos na internet.

O case “50 mil tweets”, da agência Digi-tal Group, também foi premiado. A ação re-

alizada em maio de 2011 nas redes sociais, em prol do Dia Nacional de Enfrentamento ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, foi vencedora da categoria Peça Publicitária Viral. A idéia foi reunir, em um mês, 50 mil publicações (tweets) de usu-ários do Twitter em defesa dos jovens vítimas de abuso e exploração sexual. Mas, superan-do as expectativas, a meta foi atingida em apenas duas semanas. No prazo estimado, foi alcançado o dobro de tweets previstos: mais de 100 mil.

A campanha Carinho de Verdade conta com o apoio de artistas, atletas, entidades públicas e privadas. No total, mais de 120 mil pessoas já abraçaram a campanha. A última ação do Carinho de Verdade foi a gravação de um videoclipe com a participação de 22 artistas da música brasileira. O vídeo está disponível no Youtube e já conta com mais de 100 mil acessos.

Thomaz Nogueira assume a Suframa

O bacharel em direito com atua-ção na área fi scal e tributária, Tho-maz Nogueira, assumiu, em 10 de janeiro, como novo superintendente da Zona Franca de Manaus.

Funcionário de carreira da Secre-taria de Estado da Fazenda (Sefaz), com 30 anos de experiência na área, onde atua como secretário-executi-vo, Nogueira disse que os desafi os futuros da autarquia incluem as dis-cussões sobre o futuro do modelo Zona Franca que está em processo de debate no Congresso Nacional por conta da proposta de prorroga-ção dos incentivos fi scais por mais 50 anos, a partir da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) enca-minhada pelo governo federal. “Te-mos o apoio da presidente Dilma Rousseff com o modelo e a autar-quia”, frisou. Nogueira, falou ainda sobre a atuação da SUFRAMA na região: “A SUFRAMA gerenciou até agora um modelo de desenvolvimen-to vencedor que impacta em mais de 25% do território nacional (Amazônia Ocidental), apesar de gerar recursos em um espaço físico mais limitado (o Polo Industrial de Manaus). Ela faz muito mais do que apenas gerenciar benefícios”.

FIEAM lança cronograma da ExpocomerA Federação das Indústrias do Estado

do Amazonas (FIEAM), por meio do Centro Internacional de Negócios (CIN Amazonas), lançou a programação da Exposição Co-mercial Internacional, a Expocomer, a ser realizada na cidade do Panamá, em que o CIN está mediando informações para os in-teressados na missão empresarial. A 30ª edição da Expocomer será realizada nos dias 21 e 24 de março no Centro de Con-venções Atlapa. De acordo com o presiden-

te da FIEAM, Antonio Silva, a iniciativa visa incentivar o comércio internacional para micro, pequenos e médios empreendedo-res locais.

“A Expocomer é um canal de abertura de novos mercados. No propósito de internacio-nalizar empresas de capital regional, o CIN desenvolve serviços de competência e cre-dibilidade aos empreendedores locais com objetivo de torná-los mais competitivos no mercado internacional”, explicou Silva.

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primeira reunião de diretoria de 2012 da Federação das Indús-trias do Estado do Amazonas (FIEAM) foi marcada pelo debate

sobre o futuro do modelo Zona Fran-ca de Manaus. Estiveram presentes o vice-governador, José Melo, e o su-perintendente da Suframa, Thomaz Nogueira, além de todos os mem-bros da diretoria da organização. O presidente da FIEAM, Antonio Silva, apontou como entraves ao desen-volvimento do Polo Industrial de Ma-naus (PIM) as constantes mudanças nas leis federais, o contingencia-mento dos recursos da Superinten-dência da Zona Franca de Manaus (Suframa), além da infraestrutura aeroportuária, energia elétrica, tele-comunicações, entre outros.

“Precisamos traçar uma agenda comum para a indústria e debater assuntos como a extensão dos in-centivos fiscais para a região me-tropolitana, reforma tributária, des-contigenciamento dos recursos da Suframa, entre outros. Esses são os obstáculos que devemos superar este ano”, enumerou Silva

O presidente do Centro da Indús-tria do Estado do Amazonas (CIEAM), Wilson Périco, reforçou a importân-cia do PIM na arrecadação do go-verno federal. “Dos 27 Estados da Federação apenas oito devolvem em tributos mais do que recebem do

A

Indústria e governo debatem alternativasGoverno do Estado e Suframa discutem com a FIEAM os entraves ao desenvolvimento do polo industrial local

governo federal. O Amazonas é um deles: recebeu 4 bilhões e recolheu 6,3 bilhões, ou seja, não precisamos ficar com o pires na mão pedindo fa-vores do governo, somos importan-tes e temos impacto na balança co-mercial”, disse Périco, que também é vice-presidente da FIEAM.

Recém-empossado no cargo, o superintendente da Suframa, Tho-maz Nogueira, fez um balanço de seus primeiros 30 dias à frente da autarquia. “Estamos em diálogo com a sociedade, ouvimos as demandas das entidades representativas e da força sindical, pois é preciso que te-nhamos a maior interação possível”, disse. Nogueira afirmou que a guer-ra fiscal entre os Estados brasileiros existe devido à ausência de uma Política Industrial definida nacional-mente. “É preciso definir o que vai ser produzido em cada Estado. Não

zona franca

Diretoria da FIEAM durante a primeira reunião de 2012

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podemos nos excluir nem ser-mos excluídos. Não se trata de reduzir oportuni-dades e sim de otimizar as linhas que são nossa vocação”, disse o superintenden-te. Nogueira afir-mou ainda que o próximo passo é desenhar a Polí-tica Industrial do

Amazonas, que será desenvolvida pela inteligência da Suframa e dis-cutida com o Governo e as entidades representativas.

A necessidade da construção de uma política industrial para o Ama-zonas foi uma unanimidade no po-sicionamento dos líderes políticos e empresariais. O vice-governador, José Melo, finalizou a reunião afir-mando que “em nenhum outro mo-mento tivemos tantas convergên-cias. As entidades estão unidas frente ao mesmo objetivo. Isso de-monstra espírito público”, afirmou o vice-governador.

Contigenciamento

O superintendente da Suframa, Thomaz Nogueira, compartilhou a in-formação sobre o contingenciamen-to dos recursos da autarquia pelo governo federal. Segundo Nogueira, dos R$ 514 milhões destinados à Suframa em 2012, o montante de R$ 309 milhões já está contingen-ciado pelo governo federal.

Wilson Périco contestou: “A taxa (de Serviço Administrativo, TSA) que pagamos seria para propiciar à Suframa os recursos para melhoria da infraestrutura. Por que o empre-sariado vai continuar recolhendo (a TSA) se os recursos estão contingen-ciados?”, argumentou Périco.

“De todas as soluções, a deso-neração é a que eu menos prefiro. Como bom fiscal que sou, prefiro arrecadar e gastar bem com infra-estrutura”, respondeu o superinten-dente da Suframa..

6,3em bilhões de reais, esse é o montante que o Amazonas recolhe em tributos federais graças às atividades do PIM, segundo Wilson Périco

Presidente da FIEAM, Antonio Silva, abre a reunião com as reinvidicações da indústria local

Lideranças da indústria e também do comércio debateram alternativas ao modelo Zona Franca de Manaus

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Indicadores de 2011 apresentados pela Suframa comprovam resultados acima do esperado pela indústria

A

O Polo de Duas Rodas contribuiu com os bons resultados obtidos pelo PIM em 2011 ao produzir e vender mais de 1,8 milhão de unidades

cima das expectativas mais oti-mistas e com recorde histórico, o faturamento do Polo Industrial de Manaus (PIM), em 2011, chegou

a US$ 41 bilhões, mais de 14% acima do resultado de 2010. De acordo com a Suframa, o total faturado no ano pas-sado representa o melhor desempenho desde que a autarquia começou a divul-gar os indicadores do Polo.

O subsetor de duas rodas foi res-ponsável pelo faturamento de US$ 6,9 bilhões, com mais de 1,8 milhão de motocicletas, motonetas e ciclomotos produzidos e vendidos. Outro destaque

veio da produção de televisores com tela LCD/LED e telefones celulares que fatura-ram, respectivamen-te, US$ 6,7 bilhões e US$ 2 bilhões.

Ainda de acordo com o levantamento da Suframa, os celu-lares fi guraram en-tre os produtos mais exportados, com um total de 2,8 milhões de unidades vendidas para o mercado externo. No item ex-portação, o destaque são os cartuchos com lâminas de barbear. O PIM expor-tou quase 200 milhões de unidades do produto em 2011.

Também nos indicadores de mão de obra, no PIM, os números da Suframa apontam para outro recorde na geração de emprego: a média mensal de mão de obra chegou a 119.445 vagas, que, de

acordo com a autarquia, está acima da média pré-crise de 2008, quando 106.914 vagas foram mantidas no PIM. O polo Eletroeletrônico apare-ce em destaque: fechou o ano com 50.028 empregos diretos, seguido pelos polos de Duas Rodas (21.120) e de Termoplásticos (11.627). “Co-meçamos o ano com 110.437 empre-gos e encerramos com 120.566, um número nunca alcançado no PIM. O mais importante, porém, é observar que, durante o ano, 61.413 pessoas foram contratadas e 44.861 foram demitidas, ou seja, surgiram mais de

16 mil novas oportunidades de empre-go”, comentou o superintendente da Suframa, Thomaz Nogueira, na matéria que acompanha a divulgação dos resul-tados de 2011, no site da autarquia.

De acordo com o superintendente, em 2006, o Polo Industrial de Manaus obteve um saldo positivo de pouco mais de 1,5 mil empregos, e, em 2007, um ano antes dos efeitos da crise econômi-

14%Esse foi o crescimento do faturamento do PIM, em 2012, um recorde histórico, segundo a Suframa, em comparação ao resultado do ano anterior

indicadores

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ca mundial começarem a ser sentidos por aqui, o saldo foi de sete mil vagas. “Com a crise, tivemos um saldo negativo em 2009, com 5,8 mil vagas a menos. Os números do ano passado são históri-cos e teremos um grande trabalho pela frente para manter o saldo no patamar de 16 mil”, completou Thomaz Nogueira. A Suframa fez a divulgação dos resulta-dos de 2011 em 29 de fevereiro último.

Superação

Para o presidente da Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (FIEAM), Antonio Silva, os resultados de 2011 só vieram confi rmar todas as projeções feitas ao longo do ano. “Foi um ano de recordes históricos, de su-peração de projeções de faturamento e geração de emprego, mas também ano de debate sobre novas alternativas eco-nômicas e articulação para melhorias na infraestrutura física e logística para o segmento industrial”, disse ele.

Segundo Silva, mais importante que o crescimento da in-dústria como um todo é que esse resultado benefi ciou igualmen-te todos os setores industriais do PIM, es-pecialmente o Polo de Duas Rodas e o setor Eletroeletrônico, onde se destaca a produ-ção de televisores com tela de LCD/LED e telefones celulares.

Segundo Silva, a expectativa da indústria amazonense para 2012 é continuar crescendo, po-rém em menor escala, em consequ-ência do recrudecimento da crise na economia mundial, agora mais concen-trada na Europa, principalmente. “En-tretanto, continuamos otimistas porque as medidas já colocadas em prática e as anunciadas pelo governo federal nos

dão esperança de que a economia amazonense continue tendo um de-sempenho positivo neste e nos próxi-mos anos”, disse.

Uma das batalhas em que a FIEAM estará envolvida em 2012, segundo Silva, é pela aprovação da proposta de emenda constitucional (PEC) que prorroga os incentivos da Zona Franca de Manaus por mais 50 anos, confor-me promessa feita em outubro pela presidente Dilma Roussef. “Nossa luta pela manutenção das vantagens comparativas em relação a outros po-los produtores continua, já que além da prorrogação, precisamos manter

nossa competitividade e atrair novos investimentos. Sem os diferenciais com-petitivos, nossos custos logísticos se tor-nam pouco atraentes para os investido-res. Portanto, a luta continua em 2012”, disse Antonio Silva..

Com informações da assessoria da Suframa.

6,9Em bilhões de dólares, esse foi o faturamento registrado pelo Polo de Duas Rodas do PIM em 2011, com 1,8 milhão de unidades produzidas e vendidas

A produção de aparelhos de TV foi um dos destaques no faturamento recorde registrado pelo PIM em 2011

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indústria

se 17 mil empregos previstos em 2011 foi a maior oferta dos últimos dois anos. No ano passado, segundo a Seplan, a mão de obra prevista em 214 projetos foi de 11.705 em-pregos, e 9.391 ofertados em 2009.

Pelo balanço apresentado pela Seplan, entre 2009 e 2011, o Codam aprovou 666 projetos industriais com um total de inves-timentos de R$ 13.732 bilhões e 38.126 empregos.

Outro destaque em 2011, segundo a as-sessoria, foi a defi nição de um possível novo segmento no Polo Industrial de Manaus com a aprovação do projeto para a produção de medicamentos da Novamed, com previsão de gerar 320 empregos e com recursos de R$ 187 milhões.

Ainda de acordo com a Seplan, as em-presas A.Alves de Souza e CR Zongsheng tiveram projetos aprovaram para produção

CAS e Codam aprovam, respectivamente, 239 e 226 projetos para o Polo Industrial de Manaus em 2011

Conselho de Administração da Suframa (CAS) aprovou, em 2011, 239 novos pro-jetos para o Polo Industrial de Manaus (PIM), com previsão de investimentos

de cerca de US$ 3 bilhões e a geração de 9.545 empregos em até três anos. Na esfe-ra estadual, o Conselho de Desenvolvimento do Estado do Amazonas (Codam), encerrou o exercício de 2011 com um total de 226 projetos aprovados que somam investimen-tos de R$ 4.682 bilhões e a promessa de gerar 16.985 empregos no PIM.

Depois da grande polêmica do ano, en-volvendo a aprovação pelo Congresso da Medida Provisória (MP) 534, que inseriu os tablets no programa federal de inclusão digi-tal, isentando sua produção do recolhimen-to de impostos, o que deixou o polo de Ma-naus em ligeira desvantagem com relação a outras regiões do País, a fabricação desses computadores portáteis terminou como des-taque entre os projetos aprovados em 2011 pelo Codam: foi um total de sete, com um volume de investimentos que vai além dos R$ 255 milhões e a criação de 288 novas vagas no mercado de trabalho local.

Entre os projetos aprovados para produ-ção de tablets no PIM destacam-se os da Samsung, da Positivo e o da Evadin, que fe-chou contrato com a chinesa ZTE para pro-duzir o modelo V9 em Manaus

De acordo com a análise da Secretaria de Estado de Planejamento e Desenvolvi-mento Econômico (Seplan), o volume geral de investimentos em 2011 representou um pequeno recuo em relação ao ano anterior, quando foram apurados empreendimentos no valor de R$ 5.407 bilhões, mas os qua-

Uma nova linha de produtos no PIM

O

Reunião do Codam, com participação do presidente da FIEAM, Antonio Silva, e do vice-governador José Melo

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Pneus, energéticos e tabletsA empresa de origem austríaca Red Bull

recebeu aval tanto do Codam quanto do CAS para instalar projeto no Polo Industrial de Ma-naus com investimento previsto de R$ 509 milhões. A aprovação do projeto, que só foi possível graças à alteração do PPB (Processo Produtivo Básico) para refrigerantes, foi um dos destaques de 2011 por abrir um novo ni-cho industrial no Amazonas. Com a mudança nesse PPB, o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC) ampliou a lista de empresas com a concessão de benefí-cios fi scais para fabricantes de refrescos, isotônicos e energéticos.

Em junho passado, o diretor-presiden-te da Red Bull Brasil, Stefan Kozak, e o diretor de Marketing da empresa, Pedro Francisco Navio, entre outros executivos da empresa, manifestaram em encontro com o presidente da FIEAM, Antonio Silva, interesse em instalar no PIM a primeira fábrica da empresa em todo o mundo, já que a produção da bebida energética, atualmente, está concentrada em duas unidades terceirizadas, uma na Áustria e outra na Suíça, responsáveis pelo enva-se de mais de 4,5 bilhões de latas para o mercado mundial. A bebida energética foi lançada na Áustria em 1987 e chegou ao Brasil em 1998.

No projeto apresentado ao Codam, a em-presa calculou a capacidade de produção em 64 milhões de litros no primeiro ano e de 85 milhões no terceiro. De acordo com previ-sões da Suframa, a Red Bull deverá investir na substituição de insumos, aproveitando

ingredientes regionais, e na criação de novos produtos no PIM.

Entre os projetos de instalação aprovados pelo CAS, em 2011, destacam-se o da Tintas Brazilian Indústria da Amazônia, com investi-mentos fi xos de US$ 312 milhões para pro-duzir tintas à base de polímeros sintéticos; o da Touch da Amazônia, de US$ 143 milhões, para produzir relógios de pulso; o da Bertolini Construção Naval da Amazônia para produ-ção de barcos e outras estruturas fl utuantes.

Também é destaque o projeto de implantação da Andrade Ribeiro In-dústria do Látex Ltda, de US$ 2,2 milhões, para benefi ciamento de bor-racha granulada no mu-nicípio de Iranduba, a 25 quilômetros de Manaus, e o da Neotec Indústria e Comércio de Pneus, com previsão de US$ 58 milhões, para fabricar pneumáticos para moto-cicletas e bicicletas.

Entre os projetos de diversifi cação, destacam-se o da Electrolux da Amazônia e o da Whirlpool para produzir ar-condicionado do tipo split, com investi-mentos fi xos de US$ 1,4 milhão e US$ 11 mi-lhões, respectivamente; o da Foxconn, com investimentos de US$ 31 milhões, para pro-duzir games; e o da PST Eletrônica, no valor de US$ 5,3 milhões, para produzir autorrádio com TV e DVD player integrados.

509em milhões de reais, esse é o investimento previsto pela Red Bull Brasil para instalar seu projeto, já aprovado, no Polo Industrial de Manaus

Antonio Silva com o presidente da Red Bull Brasil, Stefan Kozak (esquerda) e outros executivos do grupo

de bicicletas elétricas, somando aproxima-damente R$ 159 milhões e 230 empregos. A Rexam aprovou projeto para fabricação de latas com R$ 136 milhões e mão de obra de 58 trabalhadores.

No setor de micro e pequenas empre-sas o destaque é o projeto da Venttos para produção de placa para informática, um empreendimento de R$ 4 milhões e 78 em-pregos.

Com informações das assessorias da Seplan e Suframa.

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Projeto de Mobilização para Elevação do Grau de Inovação nas Micro e Pe-quenas Empresas Industriais pretende sensibilizar neste ano 300 empresas,

capacitar outras 120 e oferecer diagnóstico e consultorias em elaboração de planos de inovação. A meta foi anunciada pelo coorde-nador José Nabir de Oliveira, durante lança-mento do projeto no auditório do SENAI, em 26 de janeiro. A expectativa, segundo Nabir, é implementar projetos de inovação em 60 empresas até 2013.

O projeto é promovido pela Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (FIE-AM), em parceria com a Confederação Na-cional da Indústria (CNI) e Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae). O presidente em exercício da FIEAM, Américo Esteves, disse que o evento representa opor-tunidade para micro e pequenas empresas

industriais começarem processo de mudança em 2012, visando a ino-vação. De acordo com Esteves, a inovação vai possibilitar aos empre-sários desenvolvimento das empresas, acesso a novos mercados e au-mento das margens de lucro.

“Inovar pressupõe geração de resultados. A ideia de inovação é fa-zer o novo, algo inédito no contexto”. A afi rmação é do especialista em Gestão da Inovação, pela Universidade de Santiago da Compostela (Espanha), Au-gusto César Rocha, em palestra realizada para os convidados da construção civil, se-tor moveleiro e naval.

De acordo com o consultor, 90% dos pro-dutos consumidos em 10 anos não existem hoje, e que não é preciso realizar pesquisa de mercado para lançar novos produtos, res-saltando que a inovação está em toda parte. “É uma questão de percepção”, disse.

Para o palestrante, medidas simples po-

dem ser consideradas inovadoras, citando como exemplo as antigas padarias que para se manter no mercado tiveram que diversifi car a sua produção oferecendo ao consumidor vários produtos. Segundo Ro-cha, um produto comercializado em outro país pode ser adaptado para ser utilizado em um mercado desconhecido. Ele disse ainda que o empresário não é resistente às mudanças e que as entidades de pesquisa e os empreendedores devem interagir, re-duzindo as distância para que os projetos de inovação sejam implementados.

Para o consultor, inovação e tecno-logia estão associadas, destacando a

importância do conhecimento científi co, o conhecimento prático e os meios (capital) para a viabilização de projetos de inovação.

O coordenado do projeto pela FIEAM/SENAI, José Nabir de Oliveira, disse que o projeto pretende sensibilizar 300 empre-sas durante os primeiros eventos, além da capacitação em Gestão e Inovação para empresários, diagnóstico das empresas e consultoria na elaboração de planos de inovação. “A expectativa é de implementar projetos de inovação em 60 empresas até 2013”, disse..

consultoria

Projeto de inovação mobiliza indústrias

Coordenador espera implementar projetos de inovação em 60 empresas industriais até 2013

O

300Essa é a meta de empresas que serão sensibilizadas em 2012, no Amazonas, por meio de parceria entre FIEAM, CNI e Sebrae

Augusto César Rocha, especialista em Gestão da Ino-vação, deu palestras no lançamento do projeto

O coordenador do projeto, José Nabir de Oliveira, quer oferecer diagnósticos e consultorias a 120 empresas

O presidente em exercício da FIEAM, Américo Esteves, disse que a inovação também gera desenvolvimento

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MDIC promete rever Processos Produtivos Secretário ministerial fez a promessa em reunião com lideranças industriais na sede da FIEAM

Ministério de Desenvolvimento, Indús-tria e Comércio se comprometeu a re-visar, no prazo de 60 dias, e atualizar,

em no máximo 120, todos os Processos Produtivos Básicos (PPB) do Polo Industrial de Manaus (PIM) para dar mais agilidade à industria. A promessa foi feita pelo se-cretário-executivo do Ministério do Desen-volvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Alessandro Teixeira, em reunião com o presidente da Federação das Indús-trias do Estado do Amazonas (FIEAM), An-tonio Silva, na sede da organização.

O presidente da FIEAM, Antonio Silva, aproveitou o encontro com o secretário para discutir os interesses da indústria amazonense, bem como dos demais seg-mentos econômicos do Estado, em reunião que contou também com a participação de outros representantes do MDIC, Suframa, Centro da Indústria do Estado do Amazo-nas (CIEAM), Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Amazonas (FAEA) e Associação Comercial do Amazonas (ACA).

Segundo o presidente da FIEAM, o Esta-do do Amazonas tem condições de mostrar uma política de desenvolvimento segura e lucrativa, porém é indispensável que os órgãos federais acreditem na capacidade da participação efetiva da indústria ama-zonense.

“Temos uma indústria produtiva e viável da qual a nossa população necessita para se manter independente, visto que somos um estado afastado dos grandes centros econômicos do País. Precisamos mostrar a importância dos investimentos empre-gados na região na geração de emprego, renda e desenvolvimento do Amazonas”,

destacou Silva.Dos pleitos apresentados a Alessan-

dro, o presidente do CIEAM, Wilson Péri-co, solicitou maior observação do MDIC nos PPB´s que estão prontos para serem aprovados, levando em consideração a competitividade, sustentabilidade e desen-

volvimento das em-presas que apostam no Polo Industrial de Manaus (PIM). “Es-tamos falando dos PPB´s relacionados à Videolar, à produ-ção de interruptor e tomadas e do cultivo da juta”, elencou Pé-rico, reivindicando também uma estra-tégia para a devo-lução das taxas da Suframa, no valor de

R$ 300 a R$ 400 milhões. Na visão do superintendente da Su-

frama, Thomaz Nogueira, o momento é de vencer as questões pontuais do PIM e construir diretrizes dos passos futuros para que o Modelo Zona Franca de Manaus seja sempre bem-sucedido.

Para Teixeira, a visita à FIEAM foi po-sitiva, pois trouxe uma visão ampla das preocupações dos setores econômicos aos técnicos do MDIC que participaram do encontro, sendo possível retornar a Brasí-lia com uma pauta das medidas a serem estudadas.

“Discutimos questões relacionados à economia do país, alinhando alguns pon-tos prioritários da indústria amazonense, bem como discutimos o futuro do PIM, a partir do ponto de vista da FIEAM, Supe-rintendência, Governo e demais entidades presentes”, concluiu o secretário-executivo do MDIC..

O secretário Alessandro Teixeira (esquerda), com o presidente da FIEAM, Antonio Silva, e outras lideranças

120esse é o prazo, em número de dias, em que o MDIC promete atualizar os Processos Produtivos Básicos pendentes do Polo Industrial de Manaus

O

produção

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Ensino articulado SESI e SENAI atende segmentos da construção civil e metalmecânica

Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) tem como obrigar as empresas a cumprir a cota de contratação de

aprendizes, mas é função do órgão, tam-bém, sensibilizar o empregador sobre a importância de se investir no jovem que passa pela formação básica, profi ssional e pela prática dentro de sua empresa.

Assim, a auditora fi scal Karina Andra-de, do MTE, iniciou sua explanação sobre a Lei Nº 10.097/2000 no workshop sobre Educação Básica do SESI articulada com a Educação Profi ssional do SENAI (EBEP), realizado na Escola SENAI Waldemiro Lus-toza, localizada no bairro Cachoeirinha. A programação ocorreu nos dias 28 e 29 de fevereiro e foi direcionada aos segmentos da construção civil e metalmecânica. “Este ensino (EBEP) permite que jovens entre 14 e 24 anos consigam a tão sonhada experi-ência profi ssional e se tornem mão de obra qualifi cada e com o perfi l adequado à de-manda dessa empresa”, disse ela.

De acordo com a Lei 10.097/2000 que alterou dispositivos da CLT (Consolidação das Leis do Trabalho), os estabelecimentos de qualquer natureza são obrigados não só a contratar um número de aprendizes equivalente a 5% (mínimo) ou 15% (máxi-mo) do seu efetivo, mas também matricu-lar esses menores em cursos dos Serviços Nacionais de Aprendizagem, ou industrial (SENAI), ou comercial (SENAC).

O ensino/aprendizagem dos alunos do EBEP segue o escopo do Programa Menor Aprendiz. Os cursos têm duração de 19 meses ou 1.600 horas. Na primeira parte do programa, o aluno recebe, pela manhã, a formação do ensino médio, com os pro-fessores do SESI que utilizam a metodolo-gia SESI Educa, e à tarde, o conhecimen-to profi ssionalizante com aulas teóricas e práticas dos instrutores do SENAI dentro

ebep

de salas e laboratórios da instituição.“Esta ação que SESI e SENAI estão dis-

ponibilizando para a indústria fortalece toda a cadeia produtiva atendida, possibili-tando que a empresa se torne mais compe-titiva contando com uma força de trabalho alinhada às suas atividades”, disse a ge-rente de Educação de Jovens e Adultos do SESI (EJA), Cassandra Augusta.

As outras 800 horas são cumpridas nas empresas que recebem este profi ssional em processo de aprendizagem. O aluno do EBEP é um trabalhador diferenciado dos demais, pois se trata de um menor que está sob responsabilidade de um monitor que deve acompanhar a última fase deste aprendizado no ambiente de trabalho con-dizente às técnicas e habilidades desenvol-vidas no SENAI.

Auditora fi scal do MTE, Karina Andrade, explicou sobre os benefícios do contrato do menor aprendiz

SESI e SENAI promoveram workshop para divulgar a importância

O

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do EBEP para os segmentos da Construção Civil e Metalmecânica

Mais 248 vagas em 2012A meta para este ano é matricular

248 novos alunos com a abertura dos cursos no segmento de metalmecânica, com turmas de almoxarife, mecânica de motocicleta, operador e programador de máquinas a CNC e mecânico de moto-res automotivos, e cursos para atender o segmento da construção civil, ofere-cendo turmas de instalador hidráulico predial e eletricista instalador predial de baixa tensão.

Para o coordenador de manutenção industrial da empresa Entec Longhi e Cia, Cleber Pinheiro, a proposta do Sistema S é grandiosa tanto para a empresa que contribui com a formação os futuros funcionários de seu quadro quanto com o próprio adolescen-te que passa a ter um amplo conhecimento educacional básico e profi ssional.

“Sou fruto deste brilhante projeto do Menor Aprendiz, iniciando minha carreira profi ssional aos 14 anos quando fui con-tratado como aprendiz pela Vale do Rio

Doce. Conquistei meu primeiro emprego atra-vés do SENAI. Sou um exemplo de que este projeto dá todas as fer-ramentas necessárias para o crescimento do trabalhador e da indús-tria”, afi rmou Cleber.

Todo o processo de contratação e escolha do jovem que irá partici-par do EBEP é realizado pela empresa, porém o

SENAI quando solicitado pode auxiliar com o encaminhamento de currículo de candi-datos para a formação.

Para mais informações sobre como as empresas podem participar do Programa de Educação Básica e de Educação Pro-fi ssional, ligar para Cassandra Augusta, no SESI, pelo 3238-9706, ou para Socorro Bu-tel, no SENAI, pelo 3182-9972.

Sou fruto deste

brilhante projeto Menor Aprendiz. iniciei minha carreira aos 14 anos e conquistei meu primeiro emprego através do SENAICLEBER PINHEIRO

Cleber Pinheiro começou no Menor Aprendiz do SENAI, iniciativa para atender a demanda industrial

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erramenta informatizada com acessibi-lidade pela Internet promete agilizar as transações aduaneiras na Zona Franca de Manaus. A novidade para o Amazonas

foi apresentada por grupo de técnicos e ges-tores do Sistema de Informações Gerenciais de Importação e Exportação do Vigiagro (Sis-tema de Vigilância Agropecuária Internacio-nal), na sede da Federação das Indústrias do Estado do Amazonas, para profi ssionais que lidam diretamente com os processos de gerenciamento, controle de recebimento, envio e fi scalização das mercadorias impor-tadas e exportadas pela indústria local.

A ferramenta foi desenvolvida pelo Mi-nistério da Agricultura, Pecuária e Abas-tecimento (Mapa) e lançado em 2009. As papeladas já foram substituídas pelos

documentos digitais em praticamente todos os portos do Espírito Santo ao Rio Grande do Sul, segundo informou o coordenador-ge-ral do Sigvig, Oscar Rosa Filho.

“Mais de 60% do volume de importa-ção e exportação praticado no territó-rio brasileiro já utili-za essa ferramenta que torna mais rápi-da a gestão da infor-mação e menos bu-rocrática a liberação e o recebimento das cargas nos portos e aeroportos do Brasil”, destaca o coordenador do Sigvig e fi scal fe-deral agropecuário.

O sistema destina-se a atender as ne-cessidades aduaneiras, oferecendo cadas-tro único dos estabelecimentos, represen-tantes autorizados e de requerimentos de

importação e exportação com seus res-pectivos termos.

“Com o Sigvig, a indústria ganha, pois deverá diminuir o tempo gasto no desembaraço da entrega e recebimento de insumos do PIM”, disse o vice-presi-dente da FIEAM, Nelson Azevedo.

Para a indústria amazonense, a gran-de expectativa está no módulo que ain-da será implantado no Sigvig referente às embalagens de madeira.

A Superintendência Federal da Agri-cultura no Amazonas deve defi nir um cronograma para realizar treinamento e promover testes da ferramenta para ex-portadores e importadores locais para que o Amazonas esteja inserido nesta tecnologia que já vem sendo empregada

com sucesso em outros Estados.Oscar lembra que os interessados em

mais informações sobre o Sigvig podem acessar o endereço on-line http://siste-masweb.agricultura.gov.br/pages/SIGVIG.html, onde estão disponíveis apostila via web e o passo a passo de como operacio-nalizar a ferramenta..

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negócios

Sigvig substitui papelada aduaneiraSistema de informações promete agilizar as transações aduaneiras na Zona Franca de Manaus

Apresentação da nova ferramenta recebeu a atenção de muitos empresários amazonenses Oscar Rosa Filho apresentou o novo sistema

Mais de 60% do volume de importação e exportação praticado no território brasileiro já utiliza essa ferramenta que torna mais rápida a gestão da informação

OSCAR R. FILHO

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Polo relojoeiro mantém crescimento

onsiderado por muitos como símbolo de poder, o relógio de pulso continua sendo, em plena era dos celulares,

objeto de desejo de homens e mulheres. Basta ver o investimento produtivo do Polo Relojoeiro da Zona Franca de Manaus, em 2011, de mais de US$ 104 milhões - um valor mais alto que todo o investimento de 2009 e 2010 somados - para perceber que a produção de relógios de pulso não dá o menor sinal de crise.

De acordo com levantamento da Sufra-ma, nos últimos dois anos, o faturamen-to do Polo Relojoeiro saltou de US$ 301 milhões para US$ 613 milhões, um cres-cimento de mais de 103%. Também se-gundo dados da autarquia, os postos de trabalho no segmento cresceram 34,5% entre 2010 e 2011, evolução considera-

da a maior do Polo Industrial de Manaus (PIM).

Depois de passar por período de es-tagnação em razão da popularização dos celulares que marcam a hora, o relógio foi reinventado com novos modelos e cores, ganhando novos consumidores em todo o mundo e passou a ser um acessório in-dispensável para todos. Não há nenhuma indicação de que a produção de relógios de pulso tenha reduzido.

De acordo com o presidente do Sin-dicato das Indústrias de Relojoaria e Ourivesaria de Manaus, Nelson Azevedo dos Santos, a aposta no setor relojoeiro do Polo Industrial de Manaus (PIM) tem apresentado bons resultados, ressal-tando que em 2010, o segmento teve crescimento de 103 % em relação ao ano anterior. Em 2009, o faturamento foi de US$ 301 milhões, enquanto que em 2010, faturou US$ 613milhões. “A expec-tativa é de que o faturamento ultrapasse US$ 644 milhões”, disse.

Segundo, o presidente do Sindicato, oito empresas compõem o Polo Relojo-eiro, entre as quais, Dumont, Technos, Seculus, Oriente, Magnus, Citizen, que produzem cerca de 1 milhão de unidades por mês, destacando que nos 11 meses

Polo Relojoeiro teve um dos melhores desempenho de 2011, tanto em faturamento quanto em emprego

C

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do ano passado foram vendidos mais de 9,8 milhões de relógios de pulso e de bol-so, sendo 99% para o mercado interno, considerado o melhor desempenho em 45 anos de criação da Zona Franca de Manaus.

Ele destacou ainda, a criação de no-vos postos de trabalho, de 1.372 empre-gos em 2006, o setor saltou para 2.425, em 2011. No comparativo entre 2011 e e 2010, o crescimento foi da ordem de 34,5%. Esta evolução foi a maior do Polo Industrial de Manaus, sem levar em con-ta o setor de benefi ciamento de borracha que cresceu 66,67%.

Ele disse também que o segmento de relógio passou por um período difícil no Polo de Manaus, em razão do forte con-trabando e da pirataria, mas que a situ-ação tem melhorado muito nos últimos anos devido o combate feito a essas prá-ticas pelo Polícia Federal, Receita Federal e Associação Brasileira de Combate ao Contrabando e outra s entidades.

Para Nelson Azevedo, os relógios pro-duzidos no Polo Industrial de Manaus tem boa qualidade e cada uma empresas tem a sua marca, com vários modelos, aten-dendo aos consumidores de baixa renda até os mais exigentes.

Santos esclareceu, que o mecanismo dos relógios são todos fornecidos por grandes empresas mundiais com a mes-ma qualidade, ressaltando que o custo mínimo para se produzir um relógios fi ca entre US$ 6,00 e US$ 8,00 para colocar no mercado. O presidente do Sindi-catos dos Relojoeiros e Ourivesarias, alertou para os danos causados à economia amazonense pelos produ-tos pirateados e contrabandeados ou subfaturados que são vendidos em Manaus.. “ Essa prática gera uma concorrência desleal e predatória para as empresas que estão instaladas no Polo Industrial de Manaus que pagam seus impostos e encargos, além de ge-rar emprego e renda” disse.

Finalizando, disse que os relógios populares produzidos em Manaus têm mais qualidades do que os chineses comercializados na cidade.

Dumont Saab do Brasil

Segunda empresa do segmento re-lojoeiro a se instalar na Zona Franca de Manaus, em abril de 1970, com a deno-minação de Nelima Indústria de Relógios LTDA, a Dumont, uma das empresas que

compõem o Polo Relo-joeiro de Manaus, pro-duz 132 mil unidades de relógios por mês ge-rando 300 empregos diretos.

De acordo cm o gerente de Recursos Humanos da empresa, Ivanildo Belém, 70% dos trabalhadores são mulheres que têm de-monstrado mais habili-dade e prazer para pro-duzir relógios. Ele disse

que a Dumont é detentora de 11 marcas de relógios, como Condor, Timex, Adidas, Diesel, Fossil Michael Kors, Marc Jacobs e Armani, que produzem cerca de 3 mil mo-delos de relógios, de variados designers para esportistas e executivos, crianças, jovens e adultos. Segundo Ivanildo, 5% do total dos trabalhadores têm qualifi cação

70%da mão de obra da Dumont, que é detentora de 11 marcas, são mulheres, que têm mostrado mais habilidade e prazer para produzir relógios no polo de Manaus

O presidente do Sindicato das Indústrias de Relojoaria e Ourivesaria de Manaus, Nelson Azevedo

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especial e são considerados relojoeiros, com larga experiência na área e que são muito disputados pelo mercado.

O coordenador do Sistema de Gestão e Qualidade, Almir Menezes disse que a produção é toda destinada ao consumo interno e que os relógios produzidos pela Dumont são comercializados em todos os estados brasileiros, ressaltando que depois de produzidos, os relógios são en-viados para a Unidade Comercial, em São Paulo, para a entrega aos estados. Se-gundo Menezes, os relógios Dumont são comercializados no valor entre R$ 70,00 e R$ 3.OOO,00 atendendo a todas as ca-madas sociais.

De acordo com o gerente-administrati-vo-fi nanceiro, Álvaro Regis, a produção da Dumont, no Brasil está toda concentrada em Manaus e atinge 40% da produção internacional, ressaltando que até 2012 toda a produção mundial com a marca Dumont estará concentrada no Polo In-dustrial de Manaus..

Gerente da Dumont, Ivanildo Belém, aposta na habili-dade das mulheres para produzir relógios

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Expectativa, choro, coração apertado, despedida e novos desafi os, marcaram a volta às aulas da Rede SESI de Edu-

cação. Na segunda (6), mais de 3 mil alu-nos das unidades de Manaus, Itacoatiara e Iranduba começaram o ano letivo, exceto os alunos da Unidade 8 (Dr. Francisco Ro-drigues Garcia), no Distrito Industrial, que terá as aulas iniciadas no próximo dia 13.

Esses sentimentos predominaram na família Diniz, que levou o pequeno Levi (4) para o seu primeiro dia de aula na unida-de 3 (Dra. Emina Mustafa), São José I, que disponibiliza Educação Infantil (a partir de

3 anos) e Ensino Fundamental (até o 9º ano).

Para o pai, Jupi Diniz, que também é professor, a expectativa para sua família é bem maior. “O Levi tem algumas limita-ções, como a fala. Nossa é expectativa é que a escola auxilie no seu desenvolvimen-to e facilite a sua integração com as outras crianças, almeja o pai.

Já na unidade 2 (Dr. Adalberto Valle), no Conjunto Ica – Paraíba, que oferece ensino de Educação Infantil e Ensino Fundamen-tal do 1º ao 5º ano, o clima foi de mais confi ança. Como em todas as unidades, os pais puderam acompanhar seus fi lhos nas primeiras horas de adaptação. Como a mãe, e contadora da empresa Foxconn, Alessandra Margatho, que aproveitou seu horário de almoço para participar do pri-meiro dia de aula de sua fi lha Isabela (5).

De acordo com a mãe, a criança estuda no SESI desde o maternal, e o motivo da criança continuar na instituição até hoje

E

educação

Emoção renovada na volta às aulas Unidades de Educação do SESI voltaram às atividades, com mais de 5 mil alunos matriculados

A gerente da Unidade 2, Lizette Coelho (ao fundo, à direita) dá as boas vindas aos alunos no primeiro dia A pequena Giovana folheia livro de histórias em seu primeiro dia

é a metodologia e confi ança nos profi ssio-nais da instituição. “Hoje estamos mais tranqüilas, pois não é nosso primeiro dia no SESI. Mas estou aqui do lado dela, pas-sando segurança e confi ança para enfren-tar esse retorno às aulas.

Para a gerente da unidade 02, Lizette Coelho, que retornou ao comando da uni-dade, a expectativa da Rede é elevar con-sideravelmente o nível da educação. “Além da manutenção anual das unidades, o SESI tem como novidade um professor para cada disciplina do 2º ao 5º, a educação fi nanceira

A mãe Alessandra Margatho acompanha o primeiro dia de aula da

que será trabalhada na disciplina de mate-mática e o trabalho na área musical na dis-ciplina de artes”, disse lizette.

A unidade 8, que atenderá esse ano mais de 2 mil alunos na faixa dos 4 me-ses a 5 anos, na Educação Infantil (Cre-che e Pré – Escola), teve a ampliação de 10 salas de aula para atender exclusiva-mente o maternal nesse ano de 2012. Com a volta às aulas desta turma, a Rede SESI de Educação somará mais de cinco mil alunos.

na Unidade 8

fi lha Isabela

Rede prevê novidades para 2012A equipe de docentes da Rede SESI de

Educação participou de capacitação pe-dagógica com consultores da Rede Pitá-goras, que desenvolve a metodologia de ensino utilizada nas Unidades do SESI.

Segundo o superintendente do SESI/AM, Luiz Alberto Medeiros, além da am-pliação de 10 salas de aula na Unidade 08 (creche), o SESI também investe em metodologia com objetivo de alcançar um nível de excelência em educação de crianças e adolescentes. “É preciso for-mar jovens preparados para os desafi os da vida adulta e esse processo começa já na educação infantil”, disse.

No encontro, foram debatidas temá-ticas como a educação inclusiva e os desafi os de cuidar e educar de crianças com necessidades especiais, o processo do construcionismo - a construção do co-nhecimento e; o estímulo ao engajamento dos alunos do 6º ao 9º ano e também a importância dos projetos especiais para as turmas do ensino fundamental.

“O projeto possibilita a interação entre as disciplinas e faz com que o aluno se torne mais responsável, comprometa-se com o grupo e possa se projetar no tem-po, planifi cando ações futuras”, disse a consultora Vera Maria Paixão.

Segundo a gerente de Educação do SESI/AM, Rita Machado, as novidades

para 2012 são as aulas de xadrez (para alunos do 1º período ao 9º ano), música (todos os alunos) e educação fi nanceira (ensino fundamental). “Para o segundo semestre, está previsto o lançamento da Sala de Recursos, dedicada exclusi-vamente para alunos com necessidades especiais. O aluno poderá frequentar esta sala em horários extras e será estimulado com jogos e metodologias dinâmicas, vi-sando seu desenvolvimento”, vislumbrou.

Machado aponta também a mudança no sistema de avaliação dos alunos. “O objetivo é adequar o padrão das avalia-ções do SESI às provas do Enem para que o aluno se adapte ao estilo de prova des-de cedo tornando o vestibular um proces-so natural”, projetou a gerente.

De acordo com a gerente, o SESI está na busca de alcançar novos patamares no sistema educacional. No ano passado, o SESI participou da Prova Brasil, realiza-da pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira/Ministério da Educação (Inep/ MEC), e da avaliação da Rede SESI (PAERS), feita pelo Instituto Nacional de Administração para o Desenvolvimento (Inad). Ambas com objetivo de avaliar os conhecimentos em matemática e língua portuguesa dos alunos do 5º e 9º ano do Ensino Funda-mental.

Superintendente do SESI, Luiz Alberto Medeiros, fala a professores da instituição durante capacitação pedagógica

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mpliada em mais dez salas de aula para alunos de creche, a Unidade de Educa-ção 8 “Francisco Garcia”, do Serviço So-

cial da Indústria (SESI), no Distrito Industrial, iniciou hoje (13) as atividades do ano letivo,

que benefi ciam 2,1 mil alunos de creche e pré-escola, em regime integral.

“O SESI investiu na ampliação da área física e recursos humanos da maior creche da América Latina para melhor atender os fi lhos e dependentes dos trabalhadores da indústria”, explicou o presidente da Fede-ração das Indústrias e diretor regional do SESI/AM, Antonio Silva.

Inaugurada em 21 de março de 1994, a Unidade 8 “Francisco Garcia” foi concebida com a função primordial de atender os tra-balhadores do Polo Industrial de Manaus

A

educação

Creche do SESI recebe 2,1 mil alunos após ampliação Unidade localizada no Distrito Industrial é considerada a maior creche da América Latina

Crianças são encaminhadas às salas de aula no primeiro dia do

O bercário da Unidade do SESI também passou por ampliação para dar mais conforto às crianças

Crianças fazem recreação antes de iniciar as atividades na volta às aulas na Unidade 8, do SESI

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(PIM) que precisavam deixar seus fi lhos na escola em tempo integral.

De acordo com a gerente da Unidade, Acilda Santos, a Unida-de 8 aumentou em 12% a oferta de vagas passando de 1,8 mil para 2,1 mil alunos, além da construção de um prédio todo cli-matizado com dependências no térreo e no primeiro pavimento.

No térreo foram construídas áreas para recepção, atendimen-to médico, odontologia e sala para nutricionista. No 1º pavi-mento foram construídas salas para profes-sores, estagiários, pedagogos, serviço so-cial, administração, secretaria de gerência e gerência, além de banheiros.

Acilda disse ainda que a Unidade 8 ado-ta ações pedagógicas que oportunizam aos alunos a construção conjunta do conheci-mento e a participação social constante.

Além do espaço físico, a Unida-de Francisco Garcia dispõe de estrutura que compreende 87 professores, 60 auxiliares de pré-escola, 50 estagiários, sete pedagogos, dois assistentes so-ciais, um médico, um psicólogo, dois enfermeiros e um nutricio-nista.

Ela disse também que hoje é um dia especial com a Unidade colocando toda sua estrutura para receber os alunos. “No 1º dia de aula, os alunos aprendem a lo-calização das salas de aula e têm

contato inicial com os professores”, disse.O arquiteto em software, da Fucapi, Yuri

Guimarães, disse que estava feliz em sua fi lha, Laura Guimarães, ao 1º dia de aula do ano. Yuri disse que a escola oferece segurança e que tem professores qualifi ca-dos em Educação Infantil. Laura é aluna do maternal 2..

12%Esse é o percentual de crescimento da capacidade da Unidade, que ampliou a oferta de vagas de 1,8 mil para 2.1 mil alunos em regime de tempo integral

Vista da área ampliada da Unidade de Educação 8, que ampliou sua capacidade em 12%

ano letivo de 2012, na Unidade de Educação 8, do SESI l

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convênio

Mulheres produtoras ganham feira de produtos regionais

om o intuito de abrir um espaço para as produtoras do Estado foi inaugura-da, em 4 de fevereiro, pelo governador Omar Aziz, a Feira da Economia Feminis-

ta e Solidária de Produtos Regionais do Ama-

zonas. A feira é resultado de um convênio do Governo do Estado com o 7° Comando Aéreo Regional da Aeronáutica (7° COMAR), onde serão comercializados produtos regio-nais a preços acessíveis para a população.

O destaque da feira é a representativi-dade feminina nos negócios da família, e como exemplo temos a Associação de Mu-lheres Indígenas de Benjamim Constant, município a 1.118 quilômetros de Manaus, que expõe artesanato confeccionado pelas mulheres do grupo juntamente com as produtoras do Projeto de Desenvolvimento

Sustentável do Instituto Nacional de Colo-nização e Regularização Agrária (Incra), em Iranduba, a 25 quilômetros de Manaus.

Segundo a líder de Projetos de Agrone-gócios do Sebrae Amazonas, Eliene Frei-tas, a feira acontece quinzenalmente no pátio do Clube dos Subofi ciais e Sargentos da Aeronáutica (Cassam) e abriga cerca de 100 produtoras dos municípios de Ma-naus, Autazes, Careiro da Várzea, Iranduba, Manacapuru, Rio Preto da Eva, Presidente Figueiredo, Itacoatiara, Manaquiri, Anamã, Tefé, Uarini, Maués e Careiro-Castanho..

C

Governador Omar Aziz (esquerda) comandou a inauguração da Feira ao lado de parlamentares, autoridades do Sebrae e da Agricultura

Governo do Estado e 7º Comar inauguram Feira da Economia Feminista e Solidária de Produtos Regionais do Amazonas

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Declaração de renda do MEI deve ser enviada até 31 de maio

A Declaração Anual do Simples Nacional equivale ao Imposto de Renda de Pessoa Jurídica

erca de 21 mil empreendedores indivi-duais do Amazonas devem enviar, até o dia 31 de maio, a Declaração Anual do Simples Nacional (DASN) à Receita Fe-

deral. Quem não enviar a declaração no pra-zo determinado estará sujeito ao pagamen-to de multas e fi cará com o CPF irregular.

A DASN equivale ao imposto de renda de pessoa jurídica, porém exigida às empresas optantes do Simples Nacional. Nelas os empresários fornecem as informações do faturamento bruto da empresa no ano base de 2011.

De acordo com o analista técnico do Se-brae no Amazonas, Douglas Mousse, para

fazer o envio da declaração o empreende-dor precisa visitar o site da Receita Federal (www.receita.fazenda.gov.br) e pelo link do Simples Nacional acessar o PGMEI, infor-mando seu CNPJ e seguir as instruções do site para o envio da DASN.

Para declarar é necessário informar se houve registro de funcionário durante o ano passado e para os que tiverem o negócio

ligado ao comércio ou indústria é preci-so declarar o valor da receita sujeito ao Imposto sobre a Circulação de Mer-cadorias e Serviços (ICMS). “É de extre-ma importância que o empreendedor saiba o valor exato de seu faturamen-to desde janeiro a dezembro de 2011 para que seja infor-

mado corretamente na declaração, que é de preenchimento simples e rápido”, co-menta Douglas.

Os que estiverem com dúvidas sobre como fazer a declaração anual podem pedir informações nos postos de atendimento do Sebrae no Amazonas ou ligar para a central de relacionamentos pelo número 0800 570 0800..

C

De acordo com orientações do Sebrae, o empreendedor individual precisa acessar, no site da Receita Federal, o link do Simples Nacional para acessar o PGMEI

21mil. Esse é o uni verso de micro empreendedor que o Sebrae espera que façam a Declaração Anual do Simples Nacional, o DASN

tributos

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Consultoria gratuita para micro e pequenos

mpresários interessados em empre-endedorismo, inovação tecnológica ou melhorias de gestão, devem se inscre-

ver no Programa de Iniciação Científi ca e Tecnológica para Micro e Pequenas Em-presas (Bitec). A iniciativa é do Instituto Euvaldo Lodi (IEL Amazonas), em parceria com a Fundação de Amparo à Pesquisa do Amazonas (Fapeam), e oferece 70 bolsas para que estudantes de nível superior ou superior tecnológico desenvolvam projetos em micro e pequenas empresas.

De acordo com a técnica responsável pelo Bitec, Joelma Muniz, a partir das ne-cessidades identifi cadas nas empresas, os universitários selecionados e orientados por professores elaboram projetos que ge-ram soluções tecnológicas capazes de tra-

zer ganhos de produtividade, redução de custos, aumento de receitas, inovação, im-plantação de tecnologia, modelo de gestão e empreendedorismo para as empresas.

“A vantagem para a empresa é a trans-ferência de conhecimentos do meio acadê-mico para o produtivo, com aplicabilidade prática, onde o aluno desenvolverá projetos nas áreas de inovação, empreendedorismo, tecnologia ou gestão que resultará em um

produto fi nal que poderá ser uma pesquisa, um software, um manual, um mapeamento ou um protótipo”, disse Muniz.

As inscrições podem ser feitas até 30 de março. Os projetos terão duração de seis meses cada. E os estudantes rece-berão bolsas mensais de R$ 360,00 e os professores de R$ 461,00. Das 70 bolsas, 35 são para alunos e 35 para professores, com total de 35 empresas contempladas. Destas, dez são exclusivas do polo naval.

Ao fi nal do projeto são escolhidos os três melhores e o primeiro lugar será publicado na coletânea do Projeto Bitec, pelo IEL Na-cional. Para se candidatar ao programa, os empresários, professores e alunos interes-sados podem se informar pelos números: 3233-4372/2125-8847..

E O Bitec oferece 70 bolsas para que estudantes desenvolvam micro e pequenos projetos

inovação

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Serviço Social da Indústria no Amazo-nas (SESI/AM) vai lançar até o início do segundo semestre de 2012 um con-curso de receitas gastronômicas ins-

piradas na cozinha regional e no conceito básico do Programa SESI Cozinha Brasil, a partir da mistura de três ingredientes fun-damentais para uma alimentação saudável e nutritiva: economia, qualidade e sabor.

Essa é apenas uma das ideias já forma-tadas após o Encontro Técnico do Progra-

ma Cozinha Brasil, que reuniu em Brasília, no início de dezembro passado, gestores e coordenadores técnicos dos Departamen-

tos Regionais do SESI para avaliar o de-sempenho do programa nos últimos anos e defi nir ações estratégicas para o planeja-mento de 2012.

Como representante do SESI/AM, ao lado da nutricionista Evely Medeiros, a ge-rente da área de Responsabilidade Social Empresarial e coordenadora regional do Cozinha Brasil, Simônica Sidrim, conside-rou o encontro muito produtivo por ter tido, segundo ela, pela primeira vez, oportunida-de de ter acesso a ações que em nível na-cional são desenvolvidas e que poderiam ser adaptadas à realidade do Amazonas.

Segundo Simônica, foi apresentado no encontro a necessidade de reforçar os três eixos de atuação do Cozinha Brasil, que são a redução do consumo, alimentação saudável e o investimento social privado.

alimentação

Cozinha Brasil terá cardápio regional

SESI Amazonas lançará concurso de receitas gastronômicas inspiradas no conceito básico do programa

A gerente de Responsabilidade Social Empresarial, do SESI, e coordenadora do Cozinha Brasil, Simônica Sidrim, mostra o novo manual lançado pelo Departamento Nacional

O

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“Esses são os eixos estratégicos com os quais o Cozinha Brasil já vem trabalhan-do, mas que serão reforçados a partir de agora. O nosso público alvo ainda é o trabalhador da indústria e seus depen-dentes, a população em geral e algumas instituições governamentais e não go-vernamentais, desde que respaldadas ou com apoio das indústrias”, disse.

Além do concurso de receitas, a co-ordenadora vem se reunindo com pes-quisadores do Inpa (Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia) para desen-volver projetos de inovação junto com indústrias usando alimentos saudáveis. Segundo Simônica, esse projeto seria acompanhado de estudos científi cos para verifi car como a mudança dos hábitos ali-mentares contribui para o aumento da pro-dutividade. “O projeto provavelmente deve envolver também a Universidade Federal do Amazonas (Ufam) e deve ser incluído no edital Inova SENAI SESI que deve sair em março”.

Para Simônica, o caminho do Cozinha Brasil, no futuro, tem que envolver a produ-

ção científi ca por meio de parcerias com as universidades. “Além dos projetos específi -cos que contemplam uma indústria ou outro parceiro, temos ainda os projetos com as mi-cro e pequenas empre-sas, em parceria com o Sebrae, e outros que a gente precisa desen-volver, tudo isso, claro, com apoio da Superin-

tendência do SESI do Amazonas, da Dire-toria Regional e do Conselho Nacional do SESI”, disse Simônica.

Com relação ao Conselho Nacional, a coordenadora lembra que o presidente, Jair Meneguelli, nessa reunião, deixou claro que as ações, enquanto forem inovadoras e realmente posicionem o Cozinha Brasil como agente transformador e de inclusão social, os Departamentos Regionais terão carta aberta para investir e ampliar cada vez mais sua atuação.

O nosso público

alvo ainda é o trabalhador da indústria e seus dependentes, a população em geral e algumas instituições governamen- tais e ONGs

SIMÔNICA SIDRIM

Um bom desempenho em 2011

O Cozinha Brasil ofereceu mais de 9.600 atendimentos em diversas ações, ao longo de 2011, incluindo degustações, orientações e atendimentos personaliza-dos, mas cumpriu apenas 70,23% da meta física dos cursos de educação alimentar. Das 4.290 vagas previstas, o programa certifi cou 3.013 alunos durante o ano. A meta para este ano é de 4.612.

“O programa pode não ter atingido a meta física de alunos nos cursos ofereci-dos, mas com as outras ações nós supera-mos o atendimento previsto para 2011. Ti-vemos excelente desempenho em relação à inclusão de cidadania das pessoas”, dis-se Simônica, referindo-se a eventos pontu-ais, como as participações em Sipats (Se-manas Internas de Prevenção de Acidentes de Trabalho) em empresas; atendimento a alunos de comunidades indicadas por em-presas e também a populações ribeirinhas

atendidas pelo barco-escola Samaúma, do SENAI Amazonas, no interior do Estado.

Simônica cita, ainda, como ação inovado-ra, em 2011, o curso para 60 pessoas com defi ciência visual e auditiva, na Escola Es-tadual Mayara Redman, em parceria com a

Sect (Secretaria de Estado de Ciência e Tec-nologia) e o SENAI. “Junto com alunos com defi ciência visual desenvolvemos uma recei-ta de bolo feito com casca de banana escrita em braile, o que representou mais um pro-cesso de inclusão”, disse a coordenadora.

Em 2011, o Cozinha Brasil ofereceu cursos de educação alimentar para 3.013 alunos da indústria e comunidade

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Os cursos oferecidos pelo SESI, no Programa Cozinha Brasil, atraem também o público mais jovem, tanto nas empresas quanto nas comunidades

Manual traz ‘passo a passo’

Novidade apresentada durante o En-contro Técnico do programa, em dezem-bro, em Brasília, o manual “Cozinha Brasil – Alimentação Saudável Com Três Ingre-dientes: Economia, Qualidade e Sabor” traz o passo a passo de cada um dos pro-cessos do Cozinha Brasil, ao mesmo tempo em que sistematiza e consolida o programa criado pelo SESI em 2004.

Hoje com o status de “tecnologia social”, o Cozinha Brasil é apresentado no manual em seis capítulos, um deles dedicado à metodo-logia do programa. No capítulo “Investimento Social Privado”, a indústria é chamada para dialogar com a comunidade e produzir impacto na qualidade de vida do público benefi ciado e de alterar positivamente a imagem que se tem das empresas.

Reconhecido internacionalmente como uma efi ciente opção de programa de educação alimen-tar e combate à fome, o Cozinha Brasil começa a cruzar as fronteiras do país para se instalar no Uru-guai, onde recebeu o nome Cocina Uruguay, e em Moçambique, na África.

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ensino profi ssional

número de brasileiros que frequentaram cursos de educação profi ssional cresceu 83% entre maio de 2004 e setembro de 2010. É o que revela pesquisa da Fun-

dação Getúlio Vargas (FGV) em parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Indus-trial (SENAI), divulgada em 08 de fevereiro, na Confederação Nacional da Indústria (CNI).

O estudo As Razões da Educação Profi s-sional: Olhar da Demanda, apresentado pelo diretor de Educação e Tecnologia da CNI e di-retor-geral do SENAI, Rafael Lucchesi, e pelo economista Marcelo Neri, do Centro de Políti-cas Sociais da FVG, mostra que os brasileiros da classe C são os que mais procuram esse tipo de formação, sobretudo jovens, mulhe-res, negros e moradores das regiões periféri-cas das grandes capitais.

O

Pesquisa da FGV em parceria com SENAI mostra as razões da alta demanda, no país, da educação profi ssional

Marcelo Neri, da FGV (esquerda), e Rafael Lucchesi, do SENAI, apresentam os resultados da pesquisa na CNI

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A adesão da classe C aos cursos de edu-cação profi ssional mostra que hoje o conheci-mento é mais importante do que a compra de um carro e da adesão à TV a cabo. O estudo aponta que os jovens entre 15 e 19 anos des-sa camada da população fazem clara opção por carteira de trabalho e veem nesse tipo de formação alternativa de ascensão social.

“A onda jovem está acontecendo de manei-ra sustentável. A classe C busca se qualifi car para obter emprego e, dessa forma, sustentar suas novas aspirações. Nesse contexto, a in-

dústria é um dos ato-res importantes e ca-pazes de induzir esta mobilidade, o que é fundamental para o desenvolvimento do país”, afi rmou Luc-chesi.

Neri, responsá-vel pela pesquisa, ressaltou haver uma clara relação entre a crescente demanda por cursos de educa-ção profi ssional e a

ascensão da chamada nova classe média a partir de 2004. “Quem faz um curso técnico tem 15% a mais de retorno de salário para toda a vida”, observou.

Mudança cultural

Para Luchessi, o Brasil passa por uma mudança cultural também no mundo do em-prego. E aumentar as oportunidades é fator crucial para o país crescer. “Iniciativas como o Pronatec, o Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego, têm papel funda-mental para fazer essa ponte entre os alunos do ensino médio e os da educação profi ssio-nal”, assinalou o diretor da CNI.

Segundo ele, entre 2011 e 2015 a indús-tria brasileira investirá US$ 650 bilhões, o que vai exigir um grande contingente de mão de obra qualifi cada. Ressaltou que 90% dos jovens que concluem o ensino médio não ingressam em curso de nível superior. Por isso, na sua opinião, é preciso incentivar as oportunidades e informar esses jovens sobre as diferentes formações técnicas – que não precisam de cursos de graduação.

O estudo revela também que alunos que

freqüentaram cursos de educação profi ssio-nal dos níveis mais elevados têm mais pos-sibilidade de encontrar emprego na sua área de formação. Tecnólogos (nível superior) e técnicos (nível médio) têm chances de 79,5% e 70,1%, respectivamente, de ingressar no mercado de trabalho na área de formação.

Quem freqüenta cursos de curta duração – chamados de qualifi cação - tem chance mé-dia de 60,8% de trabalhar no segmento para o qual se preparou - ou seja, quase 10% de diferença em relação aos alunos dos cursos com maior nível de especialização.

A pesquisa informa ainda que os ex-alu-nos das três modalidades da educação pro-fi ssional têm chances - entre 30,7% e 50,8% - de conseguir uma colocação profi ssional em áreas diferentes da sua formação. A possibili-dade aumenta proporcionalmente à duração do curso.

O estudo “As Razões da Educação Profi s-sional” é baseado em dados coletados de 400 mil entrevistas feitas pela Pesquisa Na-cional de Amostras em Domicílio (PNAD) de 2007 e pela Pesquisa Mensal de Emprego (PME), entre março de 2002 e setembro de 2010.

90%Esse é o percentual de jovens que concluem o ensino médio e não conseguem ingressar em curso de nível superior, segundo pesquisas

Jovens veem mais importância no conhecimento do que na compra de um carro ou da TV a cabo

ducadores do Serviço Social da Indústria no Amazonas (SESI/AM) já estão aptos a repassar aos alunos da Educação Básica e Continuada de Jovens e Adultos (EJA) o

conteúdo das disciplinas, tanto do ensino fun-damental quanto do médio, por meio das so-luções de aprendizagem inovadora da LEGO/ZOOM. Nesta terça-feira (17), eles concluíram a capacitação desenvolvida nos últimos qua-tro dias, com duração de 16 horas.

Depois de 8 horas de teoria sobre os conceitos e metodologia do projeto tecno-lógico, os professores da EJA receberam as caixas com centenas de peças para iniciar a fase prática do programa. Na última sex-ta-feira, antes de iniciar a parte mais avan-çada da robótica, os professores-alunos tiveram que montar e colocar em funciona-mento uma esteira rolante de 10 centíme-tros de comprimento.

De acordo com a gerente da EJA, Cas-sandra Augusta, os professores aprenderam

SESI capacita professores com projeto LEGO/ZOOMOs professores atuam na área da Educação de Jovens e Adultos e fi zeram a capacitação em 16 horas

educação

Professores concentrados na resolução do problema

E

Professores montam uma esteira rolante acompanhados do orientador Anderson Santana (de camisa branca

a fazer planejamento de aula adequando o conteúdo à realidade dos jovens e adultos matriculados no SESI. “A montagem também está relacionada ao conteúdo didático e ao dia a dia dos alunos no mercado de trabalho”, diz ela.

Para o orientador educacional da LEGO/ZOOM, Anderson Santana, 31, todo o con-teúdo do projeto é contextualizado. “No en-sino médio, por exemplo, está mais voltado para o ensino da física e da matemática”,

diz. Os alunos, segundo ele, aprendem a resolver cálculos só com a montagem dos objetos, porque treinam a concentração, desenvolvem o raciocínio lógico e apren-dem a trabalhar em equipe.

O SESI está entre os principais parcei-ros da ZOOM, empresa brasileira que de-senvolve soluções de aprendizagem por meio dos kits da LEGO Education, fascícu-los educacionais, assessoria às escolas e capacitação de educadores..

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jiu-jítsu

SESI fatura oito medalhas no Open AmazonasVinte alunos da Escola de Jiu-Jítsu do SESI Amazonas participaram da competição realizada em Manaus

SESI Amazonas conquistou oito me-dalhas, sendo quatro de ouro, duas de bronze e duas de prata no Open- Amazonas de Jiu-Jitsu, promovido

pela Federação Amazonense de Jiu-Jitsu Esportivo (FAJJE), nos dias 11 e 12 de fe-vereiro, no Ginásio de Esportes Ninimberg Guerra, bairro de São Jorge, Zona Oeste. A competição reuniu cerca de 200 atletas de várias associações de Manaus.

A Escolinha de Jiu-Jítsu do SESI partici-pou com 20 atletas e, segundo o instrutor e coordenador da escola, Fábio Pinheiro, a competição foi uma oportunidade des-ses atletas mostrarem sua evolução em competições ofi ciais, resultado de treinos diários. Ele disse que os alunos visam uma boa participação nos dois principais eventos na modalidade de jiu-jítsu progra-mados para o primeiro semestre de 2012: Copa América, nos dias 31 de março e 1º de abril, e Campeonato Brasileiro de Jiu-Jítsu, que será realizado nos dias 25, 26

O

Atletas-alunos do SESI exibem as medalhas conquistadas no Amazon Open, com o instrutor Fábio Pinheiro

e 27 de maio, na Arena Amadeu Teixeira, que reunirá cerca de mil atletas de todos estados brasileiros.

Luís Henrique Marques, categoria pesa-díssimo, faixa – azul conquistou uma das medalhas de ouro para o SESI. Marques, tem 16 anos e há um ano pratica jiu-jítsu na Escolinha do SESI, disse que a con-quista da medalha é importante porque as competições são sempre difíceis e exigem que o atleta mostre no tatame que está

preparado para os grandes desafi os. Ele disse também que o seu objetivo é partici-par das competições esportivas na moda-lidade MMA (Artes Marciais), ressaltando que para alcançar esse sonho começou a praticar karatê e boxe, que são modali-dades importantes para quem pratica o MMA. Luís Henrique tem 18 anos e cursa o 1º ano do Ensino Médio, na Escola Esta-dual professor Antônio Maurity, bairro do Coroado, zona Leste..

SESI RESULTADO AMAZON OPEN DE JIU-JITSU - 2012

N. ATLETA IDADE CATEGORIA FAIXA CLASSIFICAÇÃO

01 LARISSA NICÁCIO (IND) 10/11 MÉDIO AMARELA OURO

02 LARISSA BEATRIZ (COM) 12/13 PESADÍSSIMO BRANCA OURO

03 LUIZ HENRIQUE MARQUES (COM) 16/17 PESADÍSSIMO AZUL OURO

04 ANDRÉ HARDY (COM) MASTER MÉDIO AZUL OURO

05 TAYNARA SOUZA (IND) 16/17 PENA BRANCA PRATA

06 COSME JUNIOR (IND) 16/17 LEVE BRANCA PRATA

07 OSEIAS SAMPAIO (COM) 14/15 PENA LARANJA BRONZE

08 FELIPE MOURA (COM) ADULTO MÉDIO AZUL BRONZE

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uzentos alunos da Escola Estadual Ge-neral Sampaio, no São Jorge, zona Oes-te de Manaus, vão receber aulas de tê-

nis de mesa oferecidas pelo Serviço Social da Indústria (SESI Amazonas), em parceria com a Secretaria Municipal do Desporto, Lazer e Juventude (Semdej) e Federação de Tênis de Mesa do Amazonas (FTMA). Na sexta-feira, 2 de março, os parceiros cele-braram o acordo que incluiu a modalidade esportiva entre as opções do Programa Atleta do Futuro, o PAF.

Desenvolvido desde o ano passado pelo SESI e outros parceiros, o PAF já atende a 700 crianças e adolescentes, na faixa de 8 aos 17 anos, alunos das escolas estaduais General Sampaio e Myrthes Trigueiro (Co-roado II, zona Leste), com as modalidades dança (balé e jazz) e futsal. Ainda neste se-mestre, o programa fechará parceria para oferecer ginástica rítmica para mais 300 alunos de escolas públicas.

Ao assinar o termo com a Semdej e

FTMA, o superintendente do SESI Amazo-nas, Luiz Alberto Medeiros, reiterou que o PAF tem como objetivo contribuir na forma-ção do atleta cidadão, além da descoberta de novos talentos na área esportiva. Para ele, o programa possibilita também ao jo-vem participante, a inclusão social e um melhor aprendizado.

De acordo com o coordenador do PAF, Rodrigo Travessa, os 200 alunos da Escola

General Sampaio terão uma hora de aula duas vezes por semana, no Centro de Ativi-dades do SESI, no São Jorge. Segundo Tra-vessa, para dar maior visibilidade e mais fundamento à preparação dos alunos, as aulas serão ministradas pelos mesatenis-tas Israel Barreto, Márcio Costa e Amanda Silva, que têm projeção nacional e inter-nacional, além de participação em vários campeonatos e tornei os, como Copa Mun-dial de Tênis de Mesa, e ainda por profi s-sionais do SESI.

O secretário Fabrício Lima, da Sem-dej, disse que o Sistema FIEAM tem sido o maior parceiro da Prefeitura de Manaus em todos os eventos esportivos, como a Corrida da Mulher e Corrida Cidade de Manaus. De acordo com Fabrício, o PAF é um programa de grande alcance social que contribuirá na formação de atletas de nível em várias modalidades esportivas no Amazonas.

O presidente da FTMA, André Galvão, disse que os alunos do PAF usarão o mes-mo material utilizado pelos atletas na Copa Brasil de Tênis de Mesa 2011, realizada em Manaus, e que o programa contribui para o resgate da modalidade no Amazo-nas. De acordo com Galvão, os quatro atle-tas de melhor desempenho serão observa-dos pela Confederação Brasileira de Tênis visando as Olimpíadas de 2016 e 2020..

Tênis de mesa traz reforço ao PAF Modalidade é oferecida a alunos da Escola General Sampaio por meio de convênio com a Semdej e FTMA

Amanda Silva, Israel Barreto e Márcio Costa atuarão como instrutores Alunas da modalidade balé se apresentam como atração no evento

esporte

O superintendente do SESI, Luiz Alberto Medeiros

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